Nº 380 - Ano XVIII - 1º a 15/Ago/2010

A Campanha Nacional dos Bancários já está nas ruas. A pauta de

reivindicações foi concluída no dia 25 de julho e agora ela será entregue aos bancos. Aumento real de salários, PLR maior, melhores condições de trabalho, mais saúde e segurança estão entre as principais reivindicações. Para conquistá-las os bancários agora terão de lutar e participar das atividades que serão propostas pelo Sindicato.Páginas 4 e 5

LEIA MAIS

Diretoria cumpre compromissos em novo estatutoPág. 3

Após pressão, BNB apresenta propostas

para passivo trabalhistaPág. 7

Sindicato visita agências das cidades

atingidas pelas chuvasPág. 8

CAMPANHA ESTÁ NA RUA

Nº 380 - Ano XVIII - 01 a 15/Ago/2010

Outro banco é precisoTEMA LIVRE Jornal dos Bancários 2

AGENDAHUMOR

CHAT - Segue em temporada, aos sábados e domingos, 20 horas, no Teatro Joaquim Cardozo, o espetáculo CHAT, com texto do venezuelano Gustavo Ott e direção de Rodrigo Dourado.Inédito no Brasil, CHAT é uma provocação sobre temas urgentes para o nosso tempo. O Teatro Joaquim Cardozo fica no Centro Cultural Benfica, Madalena. MIMO - Estão abertas, até 13 de agosto, as inscrições para a etapa educativa da Mostra Internacional de Música em Olinda - MIMO. São seis categorias: oficina de formação de orquestra, curso de regência, master classes, workshops, Orquestra Sinfônica MIMO e o projeto MIMO para iniciantes. Acesse: http://www.mimo.art.br/

A diretoria

DANÇA - A Escola de Frevo Maestro Fernando Borges oferece, a partir de agosto, os cursos de Dança Contemporânea, de Salão, Sapateado e do Ventre. As atividades terão duração de dois meses e custam R$ 5 por sábado ou R$ 20 por mês. As aulas começam dia 07 de agosto.LITERATURA - O Laboratório Ascenso Ferreira, no Sesc Santa Rita, promove curso de sensibilização para a leitura e escrita, com o jornalista e escritor Cícero Belmar. Dias 12 e 13 e 19 e 20, das 14h30min às 17h30mim. Já de 17 a 20, à noite, haverá mini-curso sobre Colonialismo e Nacionalismo, com o sociólogo Roberto Cordeiro.

Depois de dois meses de deba-tes, os bancários fecharam no

último dia 25 a pauta de reivindi-cações para a Campanha Nacional deste ano. Nos próximos dias, ela será entregue aos bancos e as ne-gociações logo começarão. Como sempre, o embate com as institui-ções financeiras não será nada fácil. Afinal, estamos enfrentando o setor econômico mais poderoso do Brasil. Mesmo ganhando tanto dinheiro, os bancos relutam em valorizar os bancários e sequer acenam com a possibilidade de investir no cresci-mento econômico e social do Brasil.

É por isso que a Campanha deste ano vai dar um enfoque especial no sistema financeiro. É claro que a maior parte das nossas reivindica-ções é classista, como aumento real de salário, PLR maior, igualdade de oportunidades, melhores condições de trabalho. Mas, desta vez, temos uma série de questões relativas ao funcionamento dos bancos que queremos discutir.

De acordo com o artigo 192 da Constituição Federal de 1988, que prevê a regulamentação do Siste-ma Financeiro Nacional, os bancos

Libório

devem estar “estruturados de for-ma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses coletivos”. É exatamente isso que as instituições financeiras não fazem.

Para regulamentar essa lei, os bancários apresentaram uma proposta para deputados e sena-dores há 18 anos que prevê, entre outros pontos, a democratização do Conselho Monetário Nacional, a

limitação dos bônus dos executivos e aplicação do papel social dos ban-cos. Agora, vamos retomar essas propostas e lutar para que elas saiam do papel.

Em paralelo, vamos lutar por nossas reivindicações classistas. Até porque, se os bancos lucram muito, isso também se deve aos bancários. Por isso vamos atrás da nossa parte e os bancários já

mostraram disposição para a luta, conforme pesquisa do Sindicato.

E tem de ser assim, porque os bancos só querem saber do lucro e não fazem nada que não lhe renda ganhos. Como você pode ler na próxima página, o Sindicato acaba de dar um exemplo para os bancos de que é possível abrir mão de algumas coisas em prol de um bem maior. Nós, da diretoria da entidade, estamos reduzindo nosso mandato, limitando a reeleição no

Sindicato e diminuindo o teto das mensalidades dos sócios. São me-didas que não beneficiam nossos diretores, mas que vão garantir mais democracia no Sindicato.

Esperamos que os bancos aprendam essa lição. Caso contrá-rio, estamos prontos para a luta.

Como sempre, o embate com as instituições financeiras não será nada fácil. Afinal, estamos enfrentando o setor econômico mais poderoso do Brasil

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ORGANIZAÇÃO Jornal dos Bancários 3

Sindicato muda estatuto paragarantir mais democracia

Alteração nas regras cumpre compromissos

assumidos pela direção

CARTA COMPROMISSO apresentada durante a campanha eleitoral já foi integralmente cumprida em seis meses de mandato

ELEIÇÃO DO SINDICATOHoje, a data da eleição do Sindicato coincide com o período da Campanha Nacional dos Bancários. Para evitar que o pleito atrapalhe a luta dos trabalhadores, a atual diretoria está encurtando seu mandato em cinco meses. Assim, a eleição será antecipada de outubro para o final de abril, a cada três anos.

REELEIÇÃO LIMITADAPara investir na renovação e evitar que os dirigentes se perpetuem nos cargos do Sin-dicato, cada diretor só poderá ficar dois mandatos consecutivos na mesma secretaria, inclusive na presidência.

MUDANÇAS NAS SECRETARIASHoje, o Sindicato tem uma Secretaria de Bancos Federais e outras de Bancos Estaduais. Com a privatização do Bandepe, o único banco estadual que atua em Pernambuco é o Banrisul, do Rio Grande do Sul, que funciona com uma única agência. Com o novo estatuto, as duas pastas serão fundidas na Secretaria de Bancos Federais. O Sindicato também vai criar uma nova pasta chamada de Secretaria do Ramo Financeiro, que cuidará dos demais funcionários do sistema financeiro que hoje não estão enquadrados na categoria bancária, como os financiários e os promotores de crédito.

COTA DE GÊNEROPara evitar que só os homens ou só as mulheres estejam na direção do Sindicato, o novo estatuto prevê a adoção da Cota de Gênero, na qual nenhum dos sexos pode ter mais de 70% e menos de 30% de representação na diretoria.

APOSENTADOSCriação da categoria de Sócio Aposentado do Sindicato com o objetivo de trazer para o movimento os bancários que não estão mais na ativa, criando uma política específica e de valorização dos aposentados.

COMISSÃO ELEITORALHoje os componentes da Comissão Eleitoral têm de ser obrigatoriamente bancário. Com o novo estatuto, poderão participar da Comissão pessoas idôneas de outras categorias.

Além das mudanças no estatuto, o Sindicato também está reduzindo o teto das mensalidades

O NOVO ESTATUTO

No final do ano passado, a atual diretoria do

Sindicato foi eleita com três grandes compromissos: proibir mais de dois man-datos no mesmo cargo da entidade, mudar a data das eleições para que ela não coincida mais com a campa-nha salarial dos bancários e ampliar a unidade nacional da categoria trabalhando em conjunto com os demais sindicatos do país.

Sete meses depois da posse, a atual diretoria já está cumprindo todos esses compromissos. Para tanto, o estatuto do Sin-dicato terá de ser alterado (veja proposta no quadro). “Montamos uma chapa para disputar a direção do Sin-dicato porque entendemos que nossa entidade preci-sava de mais democracia e transparência. Fomos eleitos porque os bancários tiveram a mesma opinião. Então, procuramos cum-prir os compromissos que assumimos o mais rápido possível. Fizemos todos os estudos para mudar o esta-tuto e agora apresentamos nossa proposta, que precisa ser aprovada pelos ban-cários em assembleia que vamos realizar no dia 19 de agosto”, diz a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Segundo ela, a dire-ção está cumprindo esses compromissos com muito orgulho, mesmo tendo que diminuir seu mandato em cinco meses. “O que que-remos é o melhor para os bancários, com um Sindi-cato mais transparente e democrático”, afirma.

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CAMPANHA NACIONAL Jornal dos Bancários 5

Bancários definem pauta de reivindicações para 2010

CONFERÊNCIA reuniu cerca de 700 bancários de todo o Brasil. No destaque, a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, na mesa de abertura da Conferência

Aumento salarial de 11%, PLR maior, mais

empregos, fim das metas abusivas e do assédio

moral estão entre as prioridades

CONFIRA AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS PARA A CAMPANHA NACIONAL 2010

REIVINDICAÇÕES ECONÔMICAS

Reajuste salarial 11% (inflação do período mais 5% de aumento real)

PLRParticipação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário

Piso salarial Valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)

Outras verbasElevação do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-cre-che/babá para o valor de um salário mínimo para cada item

Previdência ComplementarFundo de pensão fechado em todos os bancos para todos os bancários

EMPREGOMais contratações

Garantia de emprego

Qualificação e requalificação profissional

Ampliar a contratação de mulheres, negros e pessoas com deficiência, garantindo a igualdade de oportunidades

SAÚDEFim das metas abusivas

Combate ao assédio moral

Proteção contra os riscos de acidente de trabalho ou doença ocupacional

Programa de Reabilitação Profissional

Prevenção de adoecimento e promoção da saúde da mulher

Assistência médica, hospitalar, odontológica e medicamentosa

SEGURANÇAAssistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros ou extorsões

Ampliação dos equipamento de prevenção

Adicional de risco de vida de 30% para agências, postos e tesouraria

Proibição de transporte de valores e guarda das chaves pelos bancários

Estabilidade provisória para vitimas de assaltos, sequestros e extorsões

SISTEMA FINANCEIRORegulamentação do artigo 192 da Constituição Federal

Regulamentação da remuneração dos executivos

Democratização e ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN)

Regulamentação do papel social dos bancos

Fim dos correspondentes bancários

Reajuste salarial de 11%, PLR maior, valo-rização dos pisos, mais empregos, fim das metas abusivas e do assédio mo-ral, mais saúde e melhores condições de trabalho e de segurança. Essas são as principais reivindica-ções dos bancários para a Campanha Nacional 2010. A pauta da categoria foi definida no último dia 25 de julho, depois de três dias de muito debate na Conferência Nacional dos Bancários, realizada no Rio de Janeiro.

De acordo com a pre-sidenta do Sindicato, Ja-queline Mello, a pauta de reivindicações reuniu as principais propostas apre-sentadas pelos bancários nos encontros estaduais e conferências regionais. “Fi-zemos um grande debate na Conferência Nacional, discutindo de forma demo-crática os anseios aponta-dos pelos mais de 460 mil bancários espalhados por todo o Brasil. Somos a úni-ca categoria que tem uma Convenção Coletiva Nacio-nal e ela, como sempre, deve refletir as necessida-des dos trabalhadores em todas as regiões do país”, destaca.

Para Jaqueline, agora os bancários terão de lu-tar muito para conquistar as reivindicações. “Nos últimos seis anos tivemos

grandes vitórias em todas as Campanhas Nacionais. Conquistamos aumentos salariais acima da inflação, valorizamos a nossa PLR e ampliamos as conquistas, com a inclusão de novos direitos na nossa Conven-ção Coletiva. Todas essas vitórias, no entanto, vieram com muita luta. E este ano não será diferente. Os ban-cos nunca nos deram nada de graça e para conquis-tar nossas reivindicações novamente teremos de mostrar força, organização e mobilização”, ressalta. A pauta será entregue aos bancos na primeira quinzena de agosto. Antes dela chegar às mãos dos banqueiros, os bancários realizam assembleias no Brasil inteiro para ratificar a pauta. Em Pernambuco, a assembleia está marca-da para o dia 4 de agosto. Leia a cobertura completa da 12ª Conferência Nacio-nal dos Bancários em www.bancariospe.org.br.

Eleições 2010 – Além da pauta de reivindicações,

Participação das mulheres na Conferência foi uma das maioresA Conferência Nacional dos Bancários reu-

niu este ano uma das maiores delegações de mulheres desde que o evento foi criado, há 12 anos. Dos 628 participantes, 195 eram bancárias, o que representa mais de 31% do total de delegados. A presidenta do Sindi-cato, Jaqueline Mello, conta que a cada ano tem crescido a participação das mulheres no movimento sindical.

“A categoria bancária é praticamente dividida igualmente entre homens e mulhe-res. Mas as trabalhadoras ainda são minoria nos sindicatos, embora essa história esteja mudando, principalmente em Pernambuco. Temos lutado para ampliar a participação feminina, até porque as mulheres são muito

os bancários debateram na Conferência Nacional a eleição deste ano para a Presidência da República. A avaliação que preva-leceu é de que existem dois projetos distintos em disputa. Um deles, repre-sentado pela candidatura

Serra, significa uma volta ao passado, com políti-cas sociais e econômicas contrárias aos interesses dos trabalhadores e novas privatizações.

O outro projeto, puxado pela candidatura Dilma, representa a continuidade

das políticas de desenvol-vimento econômico com inclusão social, geração de empregos e respeito aos trabalhadores - iniciadas pelo governo Lula. Em ra-zão disso, o plenário apro-vou o apoio à candidatura Dilma Roussef.

discriminadas nos bancos. A pesquisa do Mapa da Diversidade, aplicada pela Fenaban em parceria com os sindicatos, mostra que as mulheres ganham menos que os homens e têm mais dificuldade para crescer na carrei-ra. Para mudarmos essa situação, temos de trazer cada vez mais mulheres para participar da vida do Sindicato”, ressalta Jaqueline, que é a primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato dos Bancários de Pernambuco.

Para que as bancárias pudessem participar com mais tranquilidade da Conferência, a organização preparou uma estrutura especial para receber as crianças. Com uma creche e monitores, as mães puderam participar dos debates despreocupadas.

Olguinha se diverte enquanto seus pais, Alan Patrício e Daniella Almeida, diretores do Sindicato, participam da Conferência

CONTRAF-CUT

Francisco Ferreira

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BANCOS Jornal dos Bancários 6

Sindicato garante reintegração de bancária demitida ilegalmente pelo Itaú

Quatro meses depois de ser demitida ilegal-

mente pelo Itaú, a bancária Kelly Silva conseguiu na Justiça sua reintegração ao quadro de funcionários do banco. Com o auxílio do Sindicato, Kelly reverteu sua dispensa por sofrer com uma doença ocupacional causada pelo próprio Itaú. Seu drama começou há dois anos, quando ela pe-diu transferência de Cuiabá para Recife. Logo ao chegar na agência Jaboatão Centro começou a sofrer com o assédio moral da gerente. “Eu adorava trabalhar em Cuiabá, me dava muito bem com os colegas e com os gestores do Itaú. Pedi minha transferência para Recife porque meu marido vinha trabalhar aqui. Mas minha vida em Pernambuco foi um pesadelo só. O assé-dio moral que eu sofria na agência acabou com meu casamento e me impediu de fazer amizades”, conta.

Mesmo tendo uma doença ocupacional

causada pelo próprio banco, a funcionária foi

dispensada

Mais um município pernambucano aprovou a Lei das Filas, que limita o tempo de espera por atendi-mento em agências bancárias: Tuparetama. A Lei Municipal 283/2010, do vereador Francisco Sávio da Silva - PMN, foi aprovada no final do mês de junho, com um avanço em relação a outras leis do tipo: em seu artigo 1º, ela estabelece que as agências do município ficam obrigadas a colocar à disposição dos usuários pessoal suficiente no setor de caixas.

Há outros pontos importantes: em seu artigo 18, por exemplo, ela cria uma parceria com o Sindicato, “que poderá auxiliar no cumprimento da lei, divulgando a forma de seu exercício, recebendo as denúncias e re-metendo-as à Secretaria Municipal de Administração”.

O assédio moral cons-tante abalou a bancária emocionalmente, que hoje faz tratamento psicológico. O INSS reconheceu que os problemas de Kelly tinham como origem o assédio moral que sofria no banco e os enquadrou como do-ença ocupacional. Mesmo assim, o banco a demitiu. “Foi no final de março, eu tinha acabado de voltar de férias e a gerente me chamou em sua sala. Dis-se que estava me demitin-do por produção incorreta. Perguntei o que era aquilo e ela me disse que a as-sinatura dos clientes nos produtos que eu vendia eram falsas. Mas ela não tinha prova alguma, nem os clientes reclamaram. Tanto é, que ela nem se arriscou a me mandar em-bora por justa causa, ape-nas deu o contrato de tra-balho por encerrado”, diz.

Kelly, então, procurou o Sindicato que ingressou com uma ação na Justiça pedindo sua reintegração. Apesar da vitória, a bancária diz que não quer voltar para a mesma agência. “Antes mesmo da minha demis-são eu já estava tentando

minha transferência para Goiânia (GO), que é minha cidade. Com a reintegra-ção, vou retomar o proces-so para ver se eu consigo voltar para casa”, comenta. Assédio moral – Além da ação pela reintegração,

Kelly está processando o banco Itaú e a gestora pelo assédio moral que so-freu. “Não quero ter ganho financeiro nenhum com essa ação, apenas quero mostrar que a pessoa não pode praticar o assédio mo-ral e sair impune”, afirma.

Tuparetama é mais um município a adotar a Lei das FilasLeis que restringem o tempo de espera por atendi-

mento nos bancos já existem na esfera estadual, em vários municípios e na capital pernambucana. Como as demais, também a de Tuparetama estabelece o tempo máximo de 15 minutos para atendimento em dias comuns e 30 minutos nos dias que sucedem e an-tecedem feriados; dias de pagamento de funcionários públicos; de vencimento de contas de concessioná-rias de serviços públicos e de recebimento de tributos.

As agências têm até o final de agosto para se adap-tarem às novas disposições. O não cumprimento das determinações legais acarreta multas de 200 a 400 UFIR - Unidades Fiscais de Referência e, após a quinta reincidência, suspensão do alvará de funcionamento.

KELLY comemora a decisão da Justiça

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Jornal dos Bancários 7BANCOS

Pressão arranca proposta do BNB para solucionar passivo trabalhista

Bancários decidirão se aceitam acordo em assembleia no

dia 5 de agosto

Depois da pres-são dos bancá-

rios, o BNB final-mente apresentou sua contraproposta para solucionar o passivo trabalhista da URP e do Plano Bresser (veja a pro-posta no quadro).

De acordo com o secretário de Assun-tos Jurídicos do Sin-dicato, Alan Patrício, a proposta apresen-tada pelo banco está sendo ana l i sada pelo Sindicato, que deve se posicionar nos próximos dias.

Processo 1361/92 Bresser

Pagar até 70% dos valores apurados pelo banco;Inclusão dos 134 nomes em negociação com o sindicato;Não pagar honorários advocatícios já que eles foram declarados indevidos em juízo;Manter valores atualizados corrigidos pela tabela única de atualização e conversão de débitos trabalhistas;A proposta de acordo representa o pagamento pelo banco de mais de 90% do valor total do processo (informação do banco).

Processo 1264/88 URP

Pagar 75% dos valores apurados pelo banco;Efetuar o pagamento dos honorários advocatícios (15%)Manter valores atualizados corrigidos pela tabela única de atualização e conversão de débitos trabalhistas.

“Estamos anal isan-do todos os pontos apresen-tados pelo BNB para verificar se a proposta c o n t e m -pla nossas reivindica-ções. Tam-b é m t e -mos uma assembleia com os bancários do BNB no dia 5 de agosto para deliberar se aceitam ou não um acordo com o banco”, explica Alan.

Segundo o diretor, as negociações entre o Sindicato e o BNB vêm se arrastando

Nos dois casos, o banco paga os honorários periciais, o FGTS e INSS patronal. Mas o BNB só efetuará o pagamento após homologação de acordo na Justiça e a quitação dos processos

há anos e nos úl t i -mos me-ses ela en-trou num impasse. Depois de um longo p e r í o d o , os deba-tes foram retomados no último dia 18 de j u n h o ,

quando o Sindicato apresentou sua pro-posta para o BNB. O banco pediu um tempo para analisar e agora apresentou sua contraproposta.

Confira a relação dos beneficiados em www.bancariospe.org.br.

O clima de trabalho no Bradesco vai de mal a pior. A extrapolação de jornada, falta de pessoal e autoritarismo se agra-varam com a recente mudança de gerentes administrativos em todas as agências. Funcioná-rios denunciam um ver-dadeiro “clima de terror”.

As denúncias chegam de todas as partes: En-cruzilhada, Cabo, Paulis-ta, Jaboatão, Olinda, Im-biribeira, Piedade, Derby, Casa Forte, Cordeiro, Mercado, Camaragibe. Ou seja, não se trata de uma situação isolada.

O Sindicato foi até às agências para escu-tar os trabalhadores. A prática é a mesma: os gerentes são cobrados pelo banco para que a

Bancários do Bradesco vivem “clima de terror”agência cumpra metas e repassam a cobrança aos outros trabalhadores.

“A concorrência entre colegas é visível. Mas os bancários veem o proble-ma apenas como ques-tão individual, de conflito nas relações, e não per-cebem a responsabilida-de do banco”, afirma a secretária de Finanças

do Sindicato, Suzineide Rodrigues, que também representa Pernambuco na Comissão de Organi-zação dos Empregados do Bradesco.

Suzi foi uma dentre os sete diretores do Sin-dicato que visitaram as agências do banco. Se-gundo ela, este tipo de organização do trabalho

está ampliando o número de bancários doentes.

Outro problema é a segurança. O Bradesco só tem porta de seguran-ça em unidades que já sofreram assaltos. Além disso, não há rendeiro para os vigilantes na hora do almoço, quando a agência fica resguarda-da só por um segurança.

As reuniões serviram, também, para conversar sobre a pauta específica dos trabalhadores. O banco terminou o se-gundo trimestre com lucro líquido de R$ 2,405 bilhões – 4,7% a mais que no mesmo período de 2009. Mas se recusa a discutir, por exemplo, o auxílio-educação, como já existe em todos os demais bancos privados.

DIRETORES DO SINDICATO visitaram agências do Bradesco e constataram muitos problemas

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CIDADANIA Jornal dos Bancários 8

Informativo do Sindicato dos Bancários de PernambucoCirculação quinzenal

Redação: Av. Manoel Borba, 564 Boa Vista, Recife/PE - CEP 50070-000Fone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: imprensa@bancariospe.org.br Sítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Dileã Raposo, Geraldo Times e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho e Wellington Correia. Diagramação: Libório Melo e Jairo Barbosa. Impressão: Alexsandro Tiragem: 9.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAPresidenta: Jaqueline MelloSecretário-Geral: Fabiano FélixComunicação: Anabele Silva Finanças: Suzineide RodriguesAdministração: Epaminondas FrançaAssuntos Jurídicos: Alan PatricioBancos Privados: Geraldo TimesBancos Federais: Daniella AlmeidaBancos Estaduais: Lilian BrandãoCultura, Esportes e Lazer: Adeílton CorreiaSaúde do Trabalhador: João RufinoSec. da Mulher: Sandra AlbuquerqueFormação: Tereza SouzaAposentados: Elvis AlexandreIntersindical: Cleber Rocha

Embora a situação dessas cidades esteja

um pouco melhor, o cenário continua sendo de

calamidade e tristeza

Sindicato visita municípios atingidos pelas chuvas em Pernambuco

CAIXA está funcionando num contêiner em Barreiros

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O Sindicato visitou no último dia 20 de julho

cinco municípios que estão entre os mais atingidos pelas chuvas em Pernambuco para verificar as condições dos bancários após a tragédia. Embora a situação de Bar-reiros, Palmares, Água Preta, Belém de Maria e Catende esteja um pouco melhor, o cenário continua sendo de calamidade e tristeza.

“Muitos bancários perde-ram tudo com as enchentes, alguns ainda estão desa-brigados. Fomos verificar a situação deles e ver como o Sindicato pode ajudar”, conta a diretora do Sindi-cato, Sandra Albuquerque.

Além de Sandra, estive-ram nessas cidades os dire-tores do Sindicato Francisco Ferreira e Fábio Sales.

Bancos não ajudam – Os bancários que foram vítimas das chuvas em Pernambuco pouco tiveram a ajuda dos bancos. Mesmo as institui-ções financeiras públicas quase nada fizeram para auxiliar os funcionários que perderam quase tudo com as enchentes.

Confira a situação dos bancários em cada mu-nicípio e em cada banco em www.bancariospe.org.br/destaques_aparece.asp?codigo=1015

Solidariedade - O Sindicato continua com a campanha de solidariedade para arrecadar donativos para as vítimas das chuvas. A doação pode ser feita na sede do Sindicato (Avenida Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

Começa no próximo dia 21 o XII Campeonato de Futebol de Campo dos Bancários de Pernambu-co, que este ano terá 12 times. O calendário e o re-gulamento da competição foram definidos no final de julho durante reunião entre o Sindicato e os re-presentantes das equipes.

“Os jogos se estenderão até o início de outubro. Serão três chaves, com

Campeonato de Futebol começa dia 21quatro times. Os jogos terão dois tempos de 35 minutos, com intervalo de dez minutos entre eles”, conta Adeílton Filho, secre-tário de Esportes, Cultura e Lazer do Sindicato.

Para a segunda fase, haverá duas chaves, com quatro equipes cada. Serão classificados os dois pri-meiros colocados de cada chave e os dois melhores terceiros colocados.

A Caixa em Barreiros retomou o atendimento de forma provisória num contêiner e está obrigando os bancários a trabalharem além da jornada sem o re-gistro do ponto quando o empregado passa das duas horas extras permitidas por lei.

O Sindicato procurou a Superintendência Regional para cobrar uma satisfação. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a Caixa reconheceu que houve problemas de ex-

Bancários da Caixa reclamam daextrapolação da jornada em Barreiros

trapolação da jornada nos primeiros dias, mas disse que já realocou 8 funcio-nários para a unidade para solucionar a questão.

“A Caixa, no entanto, ressaltou que não houve nenhuma orientação para não registrar as horas ex-tras. Portanto, quem tra-balhou a mais deve cobrar do banco. E quem não receber as horas extras deve procurar o Sindicato para que a gente tome as medidas cabíveis”, destaca Jaqueline.