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ANO XIX Nº 413 01 A 15 DE NOVEMBRO DE 2011 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR Foram três meses de mobilização, 21 dias de greve, quase 10 mil agências e inúmeros prédios administrativos parados em todo o Brasil. Mas os bancários venceram o enfrentamento com os bancos e conquis- taram um grande acordo na Campanha Nacional, encerrada agora, em outubro. A assinatura da nova Convenção Coletiva ocorreu no dia 21 e, com o fechamento do acordo, os bancários já começam a colher os frutos das conquistas. A primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) já foi paga. Agora, os trabalhadores recebem as dife- renças salariais e dos vales e auxílios referentes aos 9% de aumento, que serão creditadas na folha de pagamento de novembro. As conquistas dos bancários vão injetar R$ 7,2 bilhões na economia e ajudarão o Brasil e continuar crescendo, com distribuição de renda. Página 5. É HORA DA COLHEITA LEIA TAMBÉM Funcionários do BNB garantem mais conquistas Página 4 Sindicato publica gastos da Campanha Página 3 Insegurança bancária mata 38 em nove meses Página 7

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Page 1: Jornal dos Bancários - ed. 413

ANO XIX • Nº 413 • 01 A 15 DE NOVEMBRO DE 2011 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

Foram três meses de mobilização, 21 dias de greve, quase 10 mil agências e inúmeros prédios administrativos parados em todo o Brasil. Mas os bancários venceram o enfrentamento com os bancos e conquis-taram um grande acordo na Campanha Nacional, encerrada agora, em outubro. A assinatura da nova Convenção Coletiva ocorreu no dia 21 e, com o fechamento do acordo, os bancários já começam a colher os

frutos das conquistas. A primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) já foi paga. Agora, os trabalhadores recebem as dife-renças salariais e dos vales e auxílios referentes aos 9% de aumento, que serão creditadas na folha de pagamento de novembro. As conquistas dos bancários vão injetar R$ 7,2 bilhões na economia e ajudarão o Brasil e continuar crescendo, com distribuição de renda. Página 5.

É hora da colheita

leia taMBÉMFuncionários do BNBgarantem mais conquistasPágina 4

Sindicato publicagastos da Campanha

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Insegurança bancáriamata 38 em nove meses

Página 7

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liBÓrio MeloHumor

a luta continuaEDITORIAL Tema livre

Foi aberta mais uma temporada de divulgação dos lucros dos bancos. A novidade? Nenhuma. Como sempre, as instituições financeiras estão batendo recordes de lucratividade. Desta vez, quem ficou na ponta foi o Itaú Unibanco, que abo-canhou a “bagatela” de R$ 10,940 bilhões entre os meses de janeiro e setembro deste ano, alta de 15,9% ante o mesmo período do ano passado. Segundo a consulto-ria Economática, é o maior lucro da história entre os bancos brasi-leiros para o período.

Apesar do resultado estrondo-so, a instituição seguiu na contra-mão do emprego, fechando mais postos de trabalho. Os dados do balanço revelam que em dezem-bro de 2010 o banco contava com 102.316 trabalhadores no Brasil. O número caiu em setembro para 99.820, o que aponta um corte de 2.496 empregos.

Outro grande banco que já divulgou o lucro do terceiro trimestre foi o Bradesco, que acumulou ganho de R$ 8,302 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, crescimento de 18%. O resultado demonstra que o banco pode atender as reivindica-ções específicas de seus trabalhadores, entre elas um justo, transparente e democrático Plano de Car-

gos, Carreiras e Salários (PCCS), o auxílio-educa-ção; melhorias no plano de saúde com a inclusão de pais, além da ampliação das coberturas com a inclusão de especialidades como psicologia, psi-quiatria, fonoaudiólogo e manutenção do convênio durante a aposentadoria.

O Santander também divulgou seu lucro: R$ 5,956 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano, com expansão de 9% no confronto com igual intervalo em 2010. O resultado do Bra-sil evitou que o desempenho mundial do banco espanhol fosse pior que a queda de 13% registrada até setembro e manteve nosso país na li-derança da lucratividade do Santander. Com esse lucro fantástico, fruto do empenho e dedicação dos funcionários brasileiros, o banco tem totais

condições de apresentar uma proposta decente nas negociações para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva.

Como se vê, a Campanha Nacional acabou, mas a vida continua. Os bancos seguem ganhando mui-to e os bancários continuam exigindo valorização e melhores condições de trabalho.

A Campanha Nacional acabou, mas a vida continua. Os bancos seguem ganhando muito e os bancários continuam exigindo valorização e melhores condições de trabalho

Caixa pode ContratarA edição de 24 de outubro do “Diário Ofi-

cial da União” divulga a portaria do Depar-tamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), órgão vinculado ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, na qual a Caixa fica autorizada a alterar o limite máximo de seu quadro de pessoal próprio para 99.024 empregados. A ampliação do quadro é uma conquista da Campanha Nacional dos Bancários.

isso é um assalto!Os bancos brasileiros cobraram dos seus

clientes mais de R$ 870 milhões em tarifas indevidas entre 2008 a 2009. Depois de muita pressão do Ministério Público, o San-tander, HSBC e Itaú só aceitaram devolver aos clientes pouco mais de R$ 180 milhões. O MP entrou com ação civil pública para obrigar os bancos a ressarcirem em dobro o valor total devido aos clientes, acrescido de um montante referente a danos morais.

terCeirização em foCoA CUT participou no dia 26 da primeira

rodada de negociação com os deputados da Comissão Especial do Trabalho, criada na Câmara para debater e elaborar estudos so-bre os projetos de terceirização que tramitam na Câmara. A negociação foi aberta depois de muita pressão da central.

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Josenildo dos Santos, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Impressão: NGE Tiragem: 10.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosAlan PatricioBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorJoão Rufino

Secretaria da MulherSandra Albuquerque

FormaçãoTereza Souza

Ramo FinanceiroElvis Alexandre

IntersindicalCleber Rocha

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

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TRAnspARêncIA

Sindicato presta contas sobre gastos da campanha NacionalCom a assinatura da Conven-

ção Coletiva de Trabalho e dos acordos específicos dos

bancos, os bancários encerram mais uma Campanha Nacional vitoriosa, a oitava consecutiva. Para conquistar mais um resultado positivo nas nego-ciações, o Sindicato teve de investir quase R$ 613 mil nos últimos meses.

De acordo com a secretária de Fi-nanças do Sindicato, Suzineide Ro-drigues, este dinheiro foi investido na produção de jornais, adesivos, cartazes, na realização de congres-sos e encontros, e nas caravanas que o Sindicato realizou pelo interior, entre outros pontos.

“Foi um dinheiro bem investido. Com isso, conseguimos construir uma grande Campanha, que mobi-lizou os bancários numa greve que durou 21 dias e foi considerada a mais forte dos últimos 20 anos. E os resultados foram excelentes: con-quistamos reajuste salarial acima da inflação pelo oitavo ano consecuti-vo, valorizamos o piso e a PLR (Par-ticipação nos Lucros e Resultados), e avançamos na segurança bancária e no combate ao assédio moral, entre outros pontos”, destaca.

Para aumentar a transparência dos atos do Sindicato, a diretoria publica, agora, um balanço com a prestação de contas dos gastos da entidade com a Campanha Nacional dos Bancários. Pela lei, a direção só precisa publicar um balanço anual com as receitas e despesas gerais do Sindicato.

“Mas a transparência foi um dos compromissos que esta direção assumiu na época da eleição. Em 2010, primeiro ano da nossa gestão, publicamos esta prestação de con-tas da Campanha pela primeira vez. E agora estamos repetindo o gesto, porque queremos que os bancários acompanhem de perto todas as con-tas do Sindicato”, explica Suzineide.

SiNdicato doS BaNcarioS de PerNaMBUcoPreStação de coNtaS - caMPaNha NacioNal Salarial de 2011

1 DESPESAS DIRETAS DA CAMPANHA

1.1 Congresso Banco do Brasil 24.455,00

1.2 Congresso Caixa Econômica Federal 23.318,00

1.3 Congresso Banco Nordeste do Brasil 10.318,31

1.4 Conferencia Regional e Nacional 51.073,18

1.5 Alimentação 52.686,55

1.6 Caravanas do Interior e Seminário Salgueiro 11.826,00

1.7 Despesas viagens e hospedagem 30.590,87

1.8 Atividade de apoio a greve (filmagens, fotografias, camisas, teatro e outros) 93.656,80

1.9 Reunião Comando Nacional 8.897,64

SOMA DAS DESPESAS DIRETAS DA CAMPANHA 306.822,35

2 DESPESAS COM MATERIAIS

2.1 Gráfica (jornais, adesivos, cartazes, faixas) 106.457,40

2.2 Energia elétrica 5.843,50

2.3 Locação de equipamentos (veículos e som) 57.580,15

2.4 Combustível 25.834,67

2.5 Locomoção (taxi e outros) 55.160,00

2.6 Telefone 13.441,77

2.7 Correios 13.493,80

2.8 Divulgação na mídia (jornais, editais e radio) 5.943,27

SOMA DAS DESPESAS COM MATERIAIS 283.754,56

3 DESPESAS COM PESSOAL

3.1 Remuneração de funcionários (horas extras) 16.396,56

3.2 Encargos sociais (INSS / FGTS) 5.902,76

SOMA DAS DESPESAS COM PESSOAL 22.299,32

TOTAL GASTO NA CAMPANHA SALARIAL 612.876,23

coNtriBUição aSSiSteNcial

colaBore e ajUde a fortalecer o SiNdicatoOs bancários podem ajudar o Sindicato a cobrir

uma parte dos gastos com a Campanha Nacional 2011 com a contribuição assistencial. Aprovada pela categoria em assembleia realizada no início da Campanha, a contribuição é uma taxa única de R$ 15, que será descontada na folha de pagamento.

“Os recursos do assistencial auxiliam o Sindicato na condução da greve e das lutas por melhores condi-ções de trabalho. Apenas uma entidade forte é capaz de conquistar vitórias como o aumento real e uma PLR maior a cada ano. Por isso, contribua com o Sindicato e fortaleça a nossa categoria, pagando o assistencial”, destaca o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix.

Para ele, os R$ 613 mil gastos na campanha foram um investimento que agora se traduz em benefícios para os bancários, garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho e nos acordos específicos com os bancos.

OposiçãoQuem não quiser colaborar pode solicitar o não-

-desconto do assistencial até o dia 14 de novem-bro. O bancário que mora no Recife ou na região metropolitana deve comparecer pessoalmente no Sindicato ou enviar um representante munido de procuração com firma reconhecida para preencher e assinar sua oposição. Já quem mora no interior pode solicitar o não-desconto pelo correio, através de carta registrada postada até o dia 14.

“Esses R$ 15 são um valor simbólico e vão cobrir apenas parte das despesas. Não deixe de contribuir, pois o valor é pequeno para quem paga, mas será de grande ajuda para o Sindicato”, afirma Fabiano.

O Sindicato fica na avenida Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife. Mais informações pelo telefone 3316-4233.

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BAncO DO nORDEsTE

Pressão dos bancários arranca acordo com mais conquistasFuncionários do BNB tiveram de encarar uma greve mais longa que o restante da categoria para terminar Campanha Nacional com vitória

Depois de encararem uma gre-ve mais longa que os demais bancários, os funcionários do

Banco do Nordeste do Brasil (BNB) voltaram ao trabalho no último dia 26 confiantes em seu poder de pressão.

Graças à paralisação nacional de 29 dias (23 em Pernambuco), os emprega-dos conquistaram, entre outros pontos, reajuste de 10% no Plano de Carreira e Remuneração (PCR), com elevação do piso para R$ 1.760, e uma rodada de promoções em janeiro de 2012, com foco em quem está no início da carrei-ra. O BNB também aceitou manter a PLR Social, que garante a distribuição de 3% do lucro líquido de forma linear entre todos os funcionários.

Para a presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello, o acordo traz avanços significativos, principalmente no que diz respeito à valorização do piso com reflexo em todo o Plano de Cargos e Remuneração. “Com o acordo, conse-

guimos equiparar o piso do BNB com o do Banco do Brasil. Essa valorização, mais o aumento real de salários e os avanços específicos vão ao encontro da estratégia do Comando Nacional dos Bancários”, comenta Jaqueline.

Greve MaiS loNGaMesmo quando os funcionários de

outras instituições financeiras já ha-viam voltado às agências, os bancários do BNB decidiram manter a greve. Entendiam que as negociações ainda podiam avançar mais e se sentiam des-respeitados depois que o banco atrope-lara o movimento sindical apresentan-do propostas para a base sem passá-las pela mesa de negociação.

Em Pernambuco, os funcionários tinham encerrado a greve no dia 17, junto com os demais trabalhadores da categoria. Mas, na sexta-feira, 21, rea-valiaram a posição e decidiram retomar o movimento. E o fizeram com força

total. “Até algumas agências que não ti-nham parado antes resolveram aderir”, conta o secretário de Assuntos Jurídi-cos do Sindicato, Alan Patrício, repre-sentante de Pernambuco na Comissão Nacional de Funcionários do BNB.

Para Alan, os bancários do BNB de-ram uma demonstração de força e or-ganização. “Agora, vamos manter esta força para exigir mais avanços no pro-cesso de negociação permanente, que, inclusive, já está em andamento”, diz.

PriNciPaiS coNQUiStaSAumento real de saláriosReajuste de 10% na tabela de cargos do PCR e no VCP.

Demais verbas e benefíciosReajuste de 9%.

Valorização do pisoR$ 1.760.

PLRRegra Fenaban, sem teto, limitado a 9% do lucro líquido do banco. Mais PLR social de 3% do lucro líquido, distribuído de forma linear.

Auxílio-educaçãoReajuste da bolsa para graduação dos atuais R$ 380,77 para R$ 420, com elevação do percentual de participação dos atuais 70% para 80%.

Mais segurançaProibição de transporte de numerário pelo bancário.

Dias paradosAs faltas deverão ser compensadas até 15 de dezembro com, no máxi-mo, duas horas extras por dia, com finais de semana e feriados livres. Após esta data, as horas remanescentes serão anistiadas.

Paralisação no BNB durou 23 dias

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cAmpAnhA nAcIOnAL

desfrutando a vitóriaAs conquistas da Campanha começam a chegar. Parte da PLR já foi paga e, agora, vem o reajuste nos salários e nas verbas, que injetarão R$ 7,2 bilhões na economia

Depois de três meses de mo-bilização e 21 dias de gre-ve, a Campanha Nacional

dos Bancários chegou ao fim com a assinatura da nova Convenção Co-letiva de Trabalho, no último dia 21 de outubro. Com o fechamento do acordo, os bancários já começaram a receber os frutos da greve, que foi a maior dos últimos vinte anos.

A primeira conquista a ser des-frutada é a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que já teve uma parte antecipada pelos bancos. Agora, os trabalhadores começam a receber as diferenças salariais e dos vales e auxílios referentes aos 9% de aumento (1,5% acima da

inflação), que serão creditadas na folha de pagamento de novembro. Serão dois meses de diferenças, já que a data-base dos bancários é 1º de setembro.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, os bancários me-recem desfrutar dessas conquistas, que foram garantidas com mui-ta luta, garra e suor. “Não é fácil fazer uma greve, principalmente quando os patrões são os bancos. Os bancários tiveram de encarar muita pressão, assédio, ameaças. Mas superamos as adversidades e conseguimos manter uma paralisa-ção forte por três semanas. Assim, terminamos mais uma Campanha

Nacional vitoriosa e, agora, é hora de aproveitar as conquistas”, co-menta Jaqueline.

ecoNoMiaJaqueline ressalta que as con-

quistas da Campanha Nacional, além de favorecer os bancários, vão ajudar a economia de todo o país. “Só a PLR e o reajuste de 9% nos salários e nos vales refeição e alimentação vão injetar R$ 7,2 bi-lhões na economia, de acordo com projeção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estu-dos Socioeconômicos)”, detalha.

Segundo Jaqueline, o Brasil tem se mantido estável diante da crise

econômica mundial também por causa do aumento do emprego e da renda dos trabalhadores, que têm ajudado a manter o mercado interno aquecido. “Neste momento de tur-bulência econômica, as campanhas salariais de grandes categorias, como a dos bancários, se tornaram fundamentais para manter a política de crescimento e desenvolvimento do governo federal. Essa sempre foi a nossa tese que, com muita luta, venceu a teoria dos bancos de que salário gera inflação. Os R$ 7,2 bi-lhões que os bancários conquista-ram vão circular e ajudar o Brasil e continuar crescendo, com distribui-ção de renda”, finaliza Jaqueline.

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Da entrega da pauta de reivindicações à assinatura da Convenção Coletiva foram quase três meses de muita luta e pressão

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cAIXA

ação do ctva só vale para bancários sindicalizadosQuem quiser ser contemplado na ação deve se associar ao Sindicato até o dia 17

Atenção bancários da Caixa: quem quiser ser contem-plado na ação do CTVA

tem até o dia 17 de novembro para se sindicalizar. É que o Sindicato está atuando como substituto pro-cessual e, nestes casos, para figurar na lista de substituídos, o trabalha-dor precisa ser associado à entidade.

A primeira audiência da ação está marcada para o dia 21 de novembro.

O CTVA é uma diferença paga pelo banco para complementar o salário de alguns de seus trabalha-dores, ajustando-os ao valor de mer-cado. O problema é que, para quem pertenceu ao antigo plano da Funcef (fundo de previdência dos emprega-

dos do banco), o complemento não entrou para compor os descontos de contribuição. Ou seja, quando eles migraram do antigo para o novo pla-no, este valor não foi incorporado.

O objetivo da ação, que foi in-terposta pelo Sindicato em agosto passado, através do escritório Ga-lindo, Falcão e Gomes Advogados

Associados, é recalcular este valor. “Para algumas pessoas, a diferença é de até 50%”, afirma o diretor do Sindicato, Justiniano Júnior.

A ação é válida para os bancários que foram do antigo Reg/Replan, plano da Funcef anterior a 98 e que, durante algum momento deste perío-do, tenham recebido CTVA.

BAncO DO BRAsIL sAnTAnDER

sindicato analisa dados do perito em ação do anuênio

Agência de camaragibesem condições de trabalho

A ação do anuênio no Banco do Brasil entra, agora, em nova etapa. A perícia, para verificação dos valores devidos a cada um e apresentação dos nomes dos beneficiados, foi pro-tocolada no início de outubro. Ago-ra, os dados serão objeto de apre-ciação entre as partes. O Sindicato já está tentando uma audiência para requerer a documentação.

“Nós teremos de confrontar os da-dos da relação apresentada pelo Sin-dicato no início do processo com os que foram disponibilizados pelo peri-to, já que existe uma diferença de 961 nomes”, afirma a secretária da Mu-

lher do Sindicato, Sandra Albuquer-que, funcionária do Banco do Brasil.

Ela lembra que, desde já, é bom que as pessoas tenham claro que a ação vale para aqueles que ingres-saram no banco até 31 de agosto de 1996 e que não tenham se desligado até setembro de 2000. Também não fará parte da lista quem pediu para ser excluído do processo.

O Sindicato ingressou com a ação do anuênio na Justiça em junho de 2000. A relação inicial, apresentada pela entidade, continha um total de 2.400 pessoas. A lista do perito in-clui 1.439 nomes.

Um assalto ao Santander de Ca-maragibe, no último dia 19, revelou a insalubridade a que o banco sub-metia os funcionários da agência, que estava em obras. O Sindicato foi até o local para prestar assistência aos bancários, vítimas da insegurança do banco, e se assustou com a situação precária do local.

Além do alagamento por conta da chuva e dos tapumes que substituíam as paredes, havia fios expostos, ci-mento, poeira espalhados por todos os locais. As cadeiras onde os bancários sentavam estavam cobertas de pó. No primeiro andar, escoras seguravam as

telhas e lonas plásticas improvisadas substituíam o forro de gesso. Um dos trabalhadores chegou a afirmar que ouvira de um cliente a seguinte afirma-ção: “Aqui, vocês têm de trabalhar com capacetes e luvas, como operários”.

Estavam presentes o secretário de Bancos Privados do Sindicato, Geral-do Times; o secretário de Administra-ção, Epaminondas Neto; o secretário de Saúde, João Rufino; o secretário de Cultura, Esportes e Lazer, Adeílton Fi-lho, e o diretor Fábio Régis. Eles entra-ram em contato com o banco e fecha-ram a agência até que as condições de trabalho estivessem asseguradas.

O CTVA é uma diferença paga pela Caixa para complementar o salário de alguns bancários

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InsEguRAnçA BAncáRIA

assaltos a bancos matam 38 pessoas de janeiro a setembroOs números deste ano já ultrapassam os casos verificados nos primeiros nove meses de 2010, quando ocorreram 18 mortes, um crescimento de 111,11%

Nova pesquisa da Confedera-ção Nacional dos Trabalha-dores do Ramo Financeiro

(Contraf-CUT) e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) re-vela que 38 pessoas foram assassina-das em assaltos envolvendo bancos até setembro de 2011 em todo país, uma média de 4,2 mortes por mês.

O número já ultrapassa os casos verificados nos primeiros nove me-ses de 2010, quando ocorreram 18 mortes, um crescimento de 111,11%. O mais preocupante é que essas ocor-rências já superaram o total de mortes de todo ano passado, quando foram apurados 23 óbitos.

“E as estatísticas não param de crescer. No dia 31 de outubro, por

exemplo, uma bancária e um vigi-lante foram baleados após tentativa de assalto em agência do Bradesco na zona norte de São Paulo. Um suspeito também foi atingido e morreu no local. O estabelecimento não tinha nem porta de segurança”, explica a diretora do Sindicato, Su-

zineide Rodrigues.A principal ocorrência foi o crime

de “saidinha de banco”, que provo-cou 24 mortes. Já a maioria das víti-mas foram clientes (27), seguido de vigilantes (6) e policiais (3).

Para o Sindicato, essas mortes re-fletem a carência de investimentos

dos bancos na proteção da vida de trabalhadores e clientes. Segundo dados do Dieese, no primeiro semes-tre deste ano, os cinco maiores ban-cos que operam no país investiram, em média, somente 5,09%,. O Bra-desco é o que menos investe: apenas 2,48% do lucro.

cARgA TRIBuTáRIA REcADAsTRAmEnTO

Trabalhadores lançam abaixo-assinado para isentar pLR de Imposto de Renda

Atualize seus dados e concorra a uma moto

Os bancários, químicos e meta-lúrgicos estão lançando um abai-xo-assinado conjunto que será encaminhado ao Congresso Na-cional e ao Governo Federal para cobrar a isenção de Imposto de Renda na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) recebida pe-los trabalhadores. A proposta visa corrigir uma das muitas distorções do sistema tributário brasileiro, que favorece as empresas em de-trimento dos trabalhadores.

“Hoje, os trabalhadores pagam Imposto de Renda sobre a PLR, mas os acionistas ficam isentos quando recebem seus dividendos. Isso é muito injusto, porque nosso sistema tributário favorece os mais

ricos, enquanto penaliza os mais pobres. Precisamos de uma reforma que inverta essa lógica e este abai-xo-assinado vem ao encontro das mudanças que o Sindicato sempre defendeu para a cobrança de impos-tos no Brasil”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Como o sistema tributário bra-sileiro é regressivo, a carga de tri-butos recai de forma mais pesada sobre quem ganha menos, enquan-to as grandes empresas contribuem com muito pouco. Para o Sindi-cato, uma reforma tributária justa teria de inverter essa lógica regres-siva com a adoção, entre outras medidas, de uma tabela progres-siva de IR como instrumento de

distribuição de renda. “Por isso é importante que todos os bancários participem deste abaixo-assinado”, ressalta Jaqueline.

Acesse o site do Sindicato e im-prima o abaixo-assinado para co-letar adesões ou fale com um dos nossos diretores..

Para organizar melhor a luta dos bancários, o Sindicato está realizan-do um recadastramento dos sócios.

Para estimular os bancários a fa-zer o recadastramento, o Sindica-to vai sortear dezenas de prêmios, entre eles, uma moto zero, além de notebooks, iPads e iPhones. O sor-teio será realizado na festa de ani-versário dos 80 anos do Sindicato, no dia 26 de novembro.

O recadastramento é simples e rápido. Basta acessar a página do Sindicato (www.bancariospe.org.br) e clicar na imagem que fica do lado direito da tela. Quem se filiou ao Sindicato de agosto para cá não pre-cisa se recadastrar. Já está, automa-ticamente, concorrendo aos sorteios.

O Bradesco é o banco que menos investe em segurança

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T eve piscina, brincadeiras, música, recreação, pipo-ca, algodão-doce e mui-

ta animação na Festa do Dia das Crianças promovida pelo Sindica-to no último dia 30. O Clube de Campo dos Bancários, em Aldeia, ficou pequeno para tanta gente.

Nem mesmo a fila para o exame médico, que dá acesso ao Parque Aquático, incomodou a meninada. Elas tomaram conta da piscina, das camas-elásticas, do tobogan, da piscina de bolas. Também par-ticiparam das brincadeiras com o grupo de recreadores, comeram pipoca e algodão-doce.

Enquanto isso, os adultos po-diam usufruir dos atrativos do

lugar. Alguns fizeram piquenique sob as árvores. Muitos se refres-caram na bica e nas piscinas, junto com a criançada. Outros preferi-ram usufruir da cervejinha gelada e dos tira-gostos do bar e restau-rante do local. No som, quem co-mandava era a banda Atlantis. E teve até karaokê, com adultos e crianças mostrando suas habilida-des musicais.

Segundo o secretário de Cultura e Esportes do Sindicato, Adeilton Filho, quase mil pessoas partici-param da festa. “A gente procura melhorar a cada ano. E o cresci-mento no número de pessoas mos-tra que estamos no caminho cer-to”, afirma.

DIA DAs cRIAnçAs

Garotada brinca e faz festa no clube de campo do SindicatoEvento promovido para comemorar o Dia das Crianças reuniu cerca de mil pessoas, que passaram um domingo divertido e recheado de atrações

cOpA 80 AnOs

começa a segunda fase do campeonato de Futebol dos Bancários de pernambuco

As disputas entre Santander e Bradesco Jurídico, Itaú e Brades-co, abrem a segunda fase do Cam-peonato de Futebol dos Bancários, no dia 2 de novembro. A grande surpresa da classificação ficou por conta do Banco do Brasil que, vi-ce-campeão do ano passado, desta

vez fica fora da disputa. A equipe perdeu sua vaga

para o BB-Bradesco, de quem perdeu por 3X1 no sábado, 29. Este foi o úni-co jogo que aconteceu na rodada do final de semana. Todos os outros três jogos marcados

não ocorreram por ausência das equipes: do Bradesco Caxangá, apenas seis jo-gadores compareceram; do BNB, apenas um; e nenhum do Bradesco Conselheiro Aguiar. Estes times perde-

ram por WO e, caso seus jogadores

não justifiquem o motivo da falta, correm o risco de não poderem par-ticipar do próximo campeonato.

A artilharia da primeira fase fi-cou com Daniel de Oliveira, do Itaú, com dez gols. Logo em se-guida, vem Vital Pessoa, do BB--Bradesco, com oito gols.

As crianças tomaram conta da piscina, das camaselásticas, do tobogan, da piscina de bolas

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Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Ele jamais seria derrotado se não tivesse lutado sozinho