jornal dos bancários - ed. 419

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ANO XX Nº 419 16 A 29 DE FEVEREIRO DE 2012 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR SEGURANÇA FECHA O CERCO CONTRA OS BANCOS Depois de sofrer nove assaltos só neste início de ano, as agências bancárias do Recife acabam de ser enquadradas pelas autoridades. A partir de agora, os bancos te- rão de cumprir a lei municipal de segurança bancária, em vigor há quase um ano, sob pena de serem multadas e até interditadas. Gra- ças à pressão do Sindicato, a Pre- feitura, o Procon e a Polícia estão fiscalizando todas as unidades e, logo nos primeiros dias da visto- ria, constataram que as instituições financeiras ainda não instalaram itens obrigatórios de segurança, como câmeras externas, vigilantes e vaga específica para carro-forte. Páginas 4 e 5

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de 16 a 29 de fevereiro

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Page 1: Jornal dos Bancários - ed. 419

ANO XX • Nº 419 • 16 A 29 DE FEVEREIRO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

Segurança

FeCHa O CerCO COnTra OS BanCOS

Depois de sofrer nove assaltos só neste início de ano, as agências bancárias do Recife acabam de ser enquadradas pelas autoridades. A partir de agora, os bancos te-rão de cumprir a lei municipal de segurança bancária, em vigor há quase um ano, sob pena de serem multadas e até interditadas. Gra-ças à pressão do Sindicato, a Pre-feitura, o Procon e a Polícia estão fiscalizando todas as unidades e, logo nos primeiros dias da visto-ria, constataram que as instituições financeiras ainda não instalaram itens obrigatórios de segurança, como câmeras externas, vigilantes e vaga específica para carro-forte.

Páginas 4 e 5

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editorial Tema livre

Plr sem irOs bancários estão recebendo a se-

gunda parcela da PLR, mas uma parte

considerável desses ganhos foi abocanha-

da pelo Imposto de Renda. Para corrigir

esta distorção, o Sindicato luta pela

isenção do IR na PLR. Em novembro, o

Sindicato fez um abaixo-assinado, que foi

encaminhado para o Congresso Nacional

e ao Governo Federal. “Agora estamos na

pressão para garantir esta isenção”, afir-

ma o diretor do Sindicato, Geral Times.

exPloraçãoA presidenta Dilma Rousseff tem feito

reuniões com a equipe econômica para

discutir o lucro dos bancos, boa parte

advindo dos juros extorsivos que cobram

dos clientes. Para ela, não há justificativa

para que o custo dos empréstimos ainda

se mantenha tão elevado no Brasil, espe-

cialmente num momento em que o Banco

Central está reduzindo a Taxa Selic. Para

tentar resolver a questão, a presidenta en-

comendou aos técnicos um estudo sobre

a composição do spread e o que pode ser

feito para que ele seja reduzido.

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi e Libório Melo. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosAlan PatricioBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorJoão Rufino

Secretaria da MulherSandra Albuquerque

FormaçãoTereza Souza

Ramo FinanceiroElvis Alexandre

IntersindicalCleber Rocha

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

Mais uma vez, os bancos ignoram o apelo de toda a sociedade e vão na contramão do clamor por mais segurança nas agências. Segundo reportagem publicada no último dia 9, pela Folha de São Pau-lo, os grandes bancos, sobretudo Itaú e Bradesco, estão retirando as portas giratórias com detectores de metais das agências em todo o país. Esta decisão absurda deve aumen-tar ainda mais a insegurança das agências, que a cada dia atraem a atenção dos bandidos. Só aqui em Pernambuco foram 12 crimes no último mês, contra 18 registrados ao longo do ano passado inteiro.

De acordo com a reportagem da Folha de S. Pau-lo, a decisão de retirar as portas com detectores de metal foi tomada por causa do “grande núme-ro de processos judiciais”. O jornal diz que esses processos que teriam motivado a mudança seriam por danos morais de clientes constrangidos diante das dificuldades de acesso às agências após o tra-vamento das portas.

Para o Sindicato, essa desculpa das instituições financeiras não se sustenta, sobretudo porque os bancos sequer apresentam dados para justificar a decisão. E, mesmo que haja um grande número de processos, eles são irrisórios perto da importância da porta de segurança. Além do mais, os bancos têm

muito mais processos por causa das cobranças inde-vidas e das altas taxas que cobram dos clientes, além de ações trabalhistas de bancários que foram preju-dicados pela empresa. E nem por isso as instituições

financeiras deixam de explo-rar os clientes e bancários.

O Itaú já confirmou a mu-dança e disse que retirará as portas de segurança em todas as agências do país. Já o Bra-desco nega, apesar de casos registrados pela reportagem. Segundo a Folha, “as novas agências estão sendo constru-ídas já sem os equipamentos.

As antigas estão sendo reformadas para a retirada”.O Sindicato defende que todas as agências e pos-

tos de atendimento bancário tenham as portas gira-tórias com detector de metais. Esta é uma reivindi-cação que o Sindicato faz em todas as campanhas salariais e também já apresentou esta proposta para o projeto de lei que cria o estatuto de segurança privada, que está em estudo no Ministério da Jus-tiça. Além disso, o Sindicato ajudou a escrever as leis municipais de segurança bancária que estão em vigor em Pernambuco e garantiu a obrigatoriedade das portas giratórias. O Sindicato vai ficar atento e denunciar qualquer irregularidade dos bancos e, sobretudo, lutar para impedir este retrocesso.

Enquanto todo mundo pede mais segurança, os grandes bancos iniciam a retirada das portas giratórias com detectores de metais

na contramão

LIBÓrIO MeLOHumor

e se a lei de segurança bancária funcionar...

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dinheiro no bolso

Jurídico

sindicato garante três reintegrações e vitória em processo contra o inss

Os bancários já começaram a receber o pagamento da segunda parte da Participa-

ção nos Lucros e Resultados (PLR). A data-limite para o crédito, con-forme a convenção coletiva da ca-tegoria, é 1º de março. Mas muitos bancos já anteciparam o pagamento a pedido do Sindicato.

Segundo a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello, a PLR foi uma das principais conquistas da Campa-nha Nacional do ano passado, quan-do os bancários encararam 21 dias de greve. “Depois de muita pressão, conseguimos ampliar os valores da nossa PLR, aumentando a distribui-ção dos lucros para os trabalhadores, que também fora responsáveis pelos ganhos magníficos dos bancos, co-menta Jaqueline.

Conforme estudo lançado no últi-mo dia 6 pelo Sindicato dos Bancá-rios de São Paulo, o pagamento da participação nos lucros ou resulta-dos da categoria bancária tem evolu-ído ano a ano desde 1995, quando a PLR foi incluída na convenção cole-tiva de trabalho.

No intervalo de 16 anos, diz o estudo, houve crescimento real de 264% no valor da PLR aplicada ao salário de ingresso de um caixa de banco. “Tal resultado deve-se, prin-cipalmente, à correção anual da par-cela fixa da regra básica de PLR e à introdução da parcela adicional em 2006, garantindo que parte do valor individual a ser pago aos bancários fosse definido de forma linear e igualitária, independentemente do cargo ou do salário do empregado”, aponta o estudo.

Ainda de acordo com o levan-tamento, pela regra básica o valor médio da PLR do caixa passou de R$ 617, em 1995, a R$ 5.910,32 no ano passado.

LuCrOS eSTraTOSFérICOS

Para Jaqueline Mello, o desafio do Sindicato é continuar ampliando os valores da PLR, já que os ban-cos continuam batendo recordes de lucratividade. “Nos últimos dias, as instituições financeiras começaram

a divulgar o balanço consolidado do ano passado e o resultado apon-ta para ganhos da ordem de R$ 50 bilhões apenas entre os cinco gran-des bancos”, comenta Jaqueline. O Itaú, por exemplo, obteve em 2011 o maior lucro da história bancária no Brasil: R$ 14,6 bilhões, 9% mais do que em 2010.

Graças à luta e pressão da categoria, a PLR cresceu 264% nos últimos 16 anos

Bancários começam receber a segunda parcela da PLr

No mês passado, o Sindicato conseguiu garantir a reintegração de três bancários que haviam sido demitidos ilegalmente pelos bancos. Em todos os casos, os trabalhadores eram portadores de do-ença ocupacional. Das reintegrações, duas foram de empregados do HSBC. Uma delas, de Pedro Francisco Pereira Filho, foi conseguida por meio da negociação com o banco. Já Marcos Vinícius

dos Santos teve de recorrer à via judicial. Também através da Justiça, Luiz Kleber Oliveira, do Bra-desco, garantiu seu emprego de volta.

Além das reintegrações, o Departamento Ju-rídico do Sindicato garantiu a reimplantação do benefício acidentário de Alcenira Brito de Moura, bancária do Santander. Portadora de doença ocu-pacional, ela teve seu benefício cessado pelo INSS

em 2010 sem que tivesse ocorrido qualquer altera-ção em seu quadro clínico.

O Sindicato entrou com processo judicial contra o Instituto e o juiz Luiz Sérgio Silveira, da 2ª Vara de Acidentes de Trabalho da capital, garantiu a tutela antecipada, com prazo de 10 dias para que o INSS restabelecesse o auxílio--doença acidentário.

Para Jaqueline Mello,o desafio do Sindicatoé continuar ampliandoos valores da PLr

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Quase um ano depois de entrar em vigor, a lei de segurança bancária do

Recife começa finalmente a ser co-locada em prática. Depois de muita pressão do Sindicato e do Ministé-rio Público, a Prefeitura, o Procon e a Polícia começaram a fiscalizar os bancos no último dia 13. Logo no primeiro dia de vistoria, o gru-po constatou que as instituições financeiras ainda não instalaram itens obrigatórios de segurança, como câmeras externas, vigilantes e vaga específica para carro-forte.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a falta de respeito dos bancos com a lei e com a vida das pessoas pode estar com os dias contados no Recife. “Estamos con-fiantes de que agora a lei vai sair do papel. As fiscalizações começaram de vento e popa e esperamos que as instituições financeiras se enqua-

drem imediatamente à legislação e invistam em mais segurança para os clientes e bancários”, comenta.

Segundo Jaqueline, o Sindicato está auxilando a Prefeitura, os Pro-cons do Recife e de Pernambuco e a Polícia nas fiscalizações. “Apre-sentamos à Dircon uma lista de bancos que não seguem as normas de segurança exigidas. As agências que estiverem irregulares serão pu-nidas com multas e podem ser, até mesmo, interditadas ou ter o alvará de funcionamento cassado”, expli-ca Jaqueline.

FOra da LeIA primeira agência visitada, ain-

da durante a manhã do dia 13, foi a do Banco do Brasil localizada na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Derby, área central do Recife. A unidade foi assaltada no último dia 9 de janeiro. A Dir-

con encontrou algumas irregula-ridades. De acordo com o órgão, a agência não conta com câmeras nem vigilantes na parte externa, assim como portas, janelas e ca-bines blindadas. Outro problema apontado foi a ausência de vaga re-servada para o estacionamento do carro forte. A agência foi notifica-da para regularizar a situação num prazo de cinco dias. Caso contrá-rio, pode receber multa de até R$ 10 mil e corre o risco de ser inter-ditada (veja o resultado em www.bancariospe.org.br).

A segunda agência a ser fiscali-zada na cidade foi a do Bradesco do bairro da Encruzilhada, na Zona Norte do Recife, que foi assaltada no último dia 16 de janeiro. O cri-me deixou os bancários e clientes em pânico, por conta da troca de tiros entre os assaltantes e a polí-cia, que resultou na morte de um

dos ladrões. Outro bandido e mais um cliente ficaram feridos. Duran-te a fiscalização, algumas irregula-ridades foram constatadas, como a ausência de vigilantes na área ex-terna e de cabines blindadas.

Entre outros itens, a lei de se-gurança bancária do Recife obriga as agências a instalarem circuito de TV, incluindo pelo menos três câmeras na área externa e passa--volumes. Também é exigido um sistema de segurança com dois vigilantes usando coletes à prova de bala e em cabines blindadas em cada pavimento. Outros dois vigi-lantes armados devem estar aten-tos à circulação das pessoas na parte externa. A legislação ainda determina que todas as entradas e saídas tenham portas e janelas blindadas, além de porta detectora de metais e vaga de estacionamen-to para carro forte.

segurança bancária

Fiscalização nos bancos constata irregularidadesDepois de muita pressão do Sindicato e do Ministério Público, a Prefeitura,o Procon e a Polícia começaram a fiscalizar os bancos no último dia 13

O Bradesco da encruzilhada, alvo de um assalto no dia 16 de janeiro e de um protesto do Sindicato nodia 20, continua fora da lei

O Bradesco da encruzilhada, alvo de um assalto no dia 16 de janeiro e de um protesto do Sindicato nodia 20, continua fora da lei

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segurança bancária

Depois da luta para garan-tir a aprovação da lei de segurança bancária do

Recife, o Sindicato iniciou uma ba-talha ainda maior para que a nova legislação saísse do papel. Em vi-gor desde abril do ano passado, a lei 17.647/2010, de autoria do ve-reador Josenildo Sinésio, estava sendo solenemente ignorada pelas instituições financeiras, já que até agora não havia definições sobre quem seria responsável pela fiscali-zação ou mesmo sobre as punições.

A primeira vitória do Sindicato nesta luta foi a conquista de uma parceria importantíssima: o Ministé-rio Público de Pernambuco (MPPE). O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Ricardo Van der Linden Coelho, decidiu comprar a briga, junto com o Sindicato, e tem pressionado os bancos e a Prefeitura para garantir o cumprimento da lei.

No último dia 8 de fevereiro, o MP realizou uma reunião que de-terminou o início das fiscalizações De acordo com o secretário adjunto de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Justiniano Júnior, que representou os bancários na reunião, o promotor foi bastante incisivo. “Ele afirmou que a Prefeitura não pode se omitir desta responsabilidade ou será alvo de uma ação por improbidade ad-ministrativa, já que o Executivo não estaria cumprindo seu papel. Cinco dias depois, as fiscalizações come-çaram”, conta Justiniano.

Durante a reunião, o Sindicato pontuou que a fiscalização não pode ficar restrita ao Recife. “Queremos que os bancos invistam em seguran-ça não só na capital, mas em todas as cidades de Pernambuco. Há leis federais e municipais sobre segu-rança bancária que estão sendo des-cumpridas pelos bancos em todas as cidades”, diz Justiniano.

na CâMarade VereadOreS

O Sindicato tem lutado em várias frentes para garantir o cumprimento da lei de segurança bancária do Re-cife. No dia 7 de fevereiro, a enti-dade participou de uma reunião na Comissão de Segurança da Câmara Municipal do Recife para discutir o descaso dos bancos.

“Os bancos acham que estão acima das leis e não raciocinam com senti-mento; são matemáticos, financeiros”, explica o vereador Maré Malta, presi-dente da Comissão, se referindo à con-ta da relação custo e benefício feita pe-los banqueiros que os leva a constatar que é mais barato pagar o seguro e ser ressarcido a cada assalto que investir nos equipamentos de segurança.

Malta levará a discussão ao plená-rio da Câmara e poderá ouvir de seus colegas parlamentares ideias e pro-postas para como melhorar e inten-sificar a fiscalização aos bancos. Um das sansões que está sendo estudada é o cancelamento do alvará de funcio-namento das agências irregulares.

na PreFeITuraUm dia antes, e, 6 de fevereiro, o

Sindicato se reuniu com a diretora de Controle Urbano (Dircon) da Pre-feitura, Roberta Valença, para cobrar uma ação mais enérgica contra os bancos. “A reunião foi muito boa, a diretora da Dircon mostrou bastante interesse nas nossas reivindicações”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, que representou os bancários no encontro, juntamen-te com o secretário-geral, Fabiano Félix, e o secretário de Saúde, João Rufino. O Sindicato e a Dircon com-binaram, durante a reunião, a insta-lação de um fórum permanente para discutir o problema da segurança bancária e as leis municipais que tratam do assunto no Recife.

Pressão do sindicato garante ação enérgica das autoridades

AI -

Câm

ArA

na CâMara: vereadores têm apoiado a luta do Sindicato

na PreFeITura: Sindicato tem pressionado a dircon

nO MP: o promotor ricardo Van der Linden Coelho decidiu comprar a briga contraos bancos

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banco do brasil

definidos os nomes para ação do anuênioO Sindicato vai dar um parecer

sobre a lista de trabalhadores do Banco do Brasil com direito à ação do anuênio. Os 1.439 nomes foram determinados pelo perito.

“É essencial que aqueles que se in-cluem dentro dos critérios e não estão na listagem entrem em contato com o Sindicato até o dia 30 de março, para que possamos encaminhar a docu-

mentação para a Justiça”, informa o secretário adjunto de Assuntos Jurí-dicos do Sindicato, Justiniano Júnior.

“Os critérios incluem todos os que ingressaram no banco até 31 de agosto de 1996 e que não tenham se desligado até setembro de 2000. Se a pessoa recebe o anuênio desde dezembro de 2009, também tem di-reito a fazer parte da ação”, explica

o secretário-geral do Sindicato, Fa-biano Félix.

Confira a relação determinada pelo perito em www.bancariospe.org.br. Mais informações pelos te-lefones 3316-4220 ou 3316-4218 ou [email protected]. O Sindicato também está informando o valor que cada bancário tem direi-to, mas apenas pelo e-mail.

Sindicato retoma negociações com a Caixa, Itaú e o HSBC

debates Permanentes

O Sindicato participou nos últimos dias de três ne-gociações nacionais com

os bancos. A primeira foi com o HSBC, no dia 31 de janeiro. Já os debates com Itaú e Caixa ocorreram na mesma data, no dia 10 passado. As três reuniões marcam a retoma-da das negociações permanentes com os bancos.

“Foram as primeiras negociações do ano”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. Segun-do ela, as negociações permanentes são uma importante conquista dos bancários que garantem a solução de problemas específicos ao longo do ano todo.

CaIxaNa negociação com a Caixa, o

Sindicato e a Contraf-CUT vol-taram a cobrar uma solução para os problemas que os empregados vêm enfrentando com as mudanças das Ret/PVs, a chamada retaguar-da das unidades. De acordo com a secretária de Comunicação do Sin-dicato, Anabele Silva, não houve avanços na primeira reunião nacio-nal do ano com a Caixa. “Reapre-

sentamos as nossas rei-vindicações e pedimos agilidade da Caixa na solução de diversos pro-blemas. Esperamos que as próximas negociações sejam mais produtivas. Mas, para isso, é neces-sário que os empregados se mantenham mobiliza-dos”, explica Anabele, que representou os ban-cários de Pernambuco na negociação realizada em Brasília.

ITaúNa retomada das nego-

ciações com o Itaú, o Sin-dicato e a Contraf-CUT entregaram ao banco a minuta específica de reivindica-ções dos funcionários, que possui nove itens: emprego, remuneração, metas abusivas, saúde e condições de trabalho, segurança bancária, li-berdade sindical, previdência com-plementar, plano de saúde e igual-dade de oportunidades. Durante a reunião, ficou combinado de as negociações serem feitas por blo-

cos temáticos ao longo do primeiro semestre. A primeira reunião está prevista para o final de fevereiro e as demais devem acontecer quin-zenalmente. “Vamos começar os debates pelo Plano de Saúde, pela PCR e auxílio-educação”, explica o diretor do Sindicato, João Rufi-no, que representa Pernambuco na Comissão Nacional dos Emprega-dos do Itaú.

HSBCA negociação com o HSBC

foi frustrante para os bancários. O principal ponto da pauta foi a reivindicação de alterações no PPR/PSV de 2011, dentre elas a não compensação dos programas próprios de remuneração variá-vel na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da categoria. O banco, no entanto, disse que não pode alterar nada em relação ao programa de 2011, mesmo reco-nhecendo que existem diversas falhas no programa. Segundo o diretor do Sindicato, Alan Patrí-cio, que representa os bancários de Pernambuco na Comissão Na-cional dos Empregados do HSBC, o PPR/PSV “é muito ruim” e está abaixo do que é assegurado na própria convenção coletiva, pro-vocando muita indignação nos funcionários. “Vamos continuar pressionando o HSBC para corri-gir os problemas do PPR o quanto antes”, afirma.

As primeiras reuniões do ano apresentaram poucos avanços para os bancários

Fabiano Félix

anabele Silva representou os bancários de Pernambuco na negociação com a Caixa

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Mais dois protestos do Sindicato agitaram os bancos do Recife nos úl-

timos quinze dias. As manifestações fazem parte do calendário de mobili-zação permanente do Sindicato e são realizadas todas as sextas-feiras.

No dia 3 de fevereiro, o protesto chegou ao Santander e o foco foi a falta de condições de trabalho. Para a mobilização, o Sindicato anteci-pou o Carnaval e colocou o bloco na rua, denunciando a extrapolação da jornada, o não pagamento das horas extras e as metas abusivas. Apesar da seriedade do tema, o protesto foi bem-humorado e contou com o apoio massivo dos clientes e bancá-rios, com direito a confetes, serpen-tinas e uma Banda de Frevo. O bloco percorreu as seis principais agências do Santander no centro do Recife.

O secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Neto, contou que entre as principais quei-xas dos bancários estão a carência de funcionários e a extrapolação de jornada. “Os bancários fazem hora extra, o banco não paga e obriga o trabalhador a compensar de acordo com sua conveniência. Em geral, o gestor manda o empregado para

bancos Públicos

Seja delegado sindicalContinuam abertas as inscrições para a eleição que vai escolher os novos

delegados sindicais do Banco do Brasil, Caixa, BNB, BNDES e Banrisul. Os interessados podem se inscrever até o dia 16 de março pelo formulário que será disponibilizado no site (www.bancariospe.org.br). O pleito será realizado entre os dias 20 e 22 de março e a posse dos eleitos ocorre em abril. Nas eleições deste ano, os bancários da Caixa elegem 1 delegado para cada 100 empregados. No BNB, a eleição será de 1 para cada 50 fun-cionários. Nos dois bancos está garantida a eleição de, no mínimo, um representante por unidade. No BB a proporção é de 1 para 80 e a eleição será por grupo de agências.

mobilização Permanente

Protestos do sindicato agitam o santander e banco do brasilEm foco: falta de condições de trabalho no banco espanhol e assédio moral no BB

casa no meio do expediente quando o movimento está fraco. Isso é um absurdo, pois o bancário não pode se planejar para tirar a sua folga quando ele quiser. As metas abusi-vas são outro problema: aumentam cada vez mais o número de bancá-rios doentes e contrastam com o ba-lanço divulgado recentemente pelo banco, que aponta lucro de quase R$ 8 bilhões no ano passado”, afir-ma Epaminondas.

BanCO dO BraSILQuem chegou ao CSL (Centro de

Suporte Logístico do Banco do Bra-sil) no dia 10 de fevereiro foi rece-bido com suco de laranja. Logo no início da manhã, o Sindicato armou uma barraca em frente ao prédio, chamada de Banca do Dida, como é conhecido o presidente do BB, Alde-mir Bendine.

A distribuição de suco feita pelo Sindicato foi uma forma de chamar a atenção de todos para o fato de o banco ter se tornado uma máquina de moer gente. “A prática do BB tem sido a de espremer os funcionários até o esgotamento e, depois que ele adoece, jogar o bagaço fora”, expli-ca o secretário-geral do Sindicato,

Fabiano Félix.A escolha do CSL para ser palco

do protesto tem sua razão de ser. “De uns tempos para cá, a unida-de passou a ser um foco de pressão para que os gestores atinjam metas. Somente nos últimos dias, o Sindi-cato recebeu cinco denúncias de as-sédio moral”, conta Fabiano. Des-tas, três casos foram registrados na ouvidoria do banco.

O assunto também já foi levado à Gerência de Pessoas do banco, que garantiu que vai dar início, em bre-ve, à investigação do assédio e que o Sindicato poderá acompanhar o

processo. Segundo Fabiano, o obje-tivo do ato foi chamar a atenção dos trabalhadores para a necessidade de não se calar e denunciar qualquer abuso no ambiente de trabalho. “O silêncio da vítima é o combustível do assediador”, diz.

epaminondas netoepaminondas neto

Manifestação contra o Banco do Brasil distribuiu suco de laranja, no dia 10 passado

Protesto contra o Santander antecipou o Carnaval, em 3 de fevereiro

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Estão abertas as inscrição para os 1º Jogos do Sindicato. O formulário pode ser aces-

sado no site do Sindicato (www.ba-cariospe.org.br) e as inscrições são individuais, ainda que a modalidade escolhida seja disputada em equipe ou com parceria.

As inscrições vão até o dia 29 de fevereiro e a participação é restrita aos associados ao Sindicato. Mas a sindicalização pode ser feita até o úl-timo dia de inscrição.

A competição acontece nos dias 3 e 4 de março. Inédita na história do Sindicato, será dividida em diver-sas modalidades. No primeiro dia, um sábado, disputam os inscritos no vôlei de areia, sinuca e dominó. No domingo, é a vez dos nadadores, nas categorias livre, peito, borbole-

ta e costas. E, também, dos inscritos no tênis de mesa e xadrez. Todos os jogos serão realizados no Clube de Campo dos Bancários.

Os quartetos de vôlei de areia de-vem ter, no mínimo, uma mulher. E os inscritos na natação concorrem nas categorias “absoluto” - corres-pondente aos que nasceram após 31/12/1972 e “master” - para quem nasceu antes desta data.

InTerdIçãO

O Sindicato informa que nos dias 3 e 4 de março o parque aquático e a quadra de vôlei do Clube de Campo serão ocupadas pelos bancários es-portistas que participam dos Jogos do Sindicato. Portanto, quem for passar o final de semana no clube terá restri-ções ao uso desses espaços.

esPorte e lazer

estão abertas as inscrições para os Jogos do Sindicato

Sindicato faz a festa dos bancários foliões

Aposentados caem na folia em café da manhã

No clima do reinado de Momo o Sindicato promoveu, no dia 16, o já tradicional Café da Manhã dos Aposentados. Realizado sempre na 3ª sexta-feira de cada mês, excepcio-nalmente o evento ocorreu numa quinta-feira para não coin-cidir com a sexta de carnaval.

Instituído pela atual diretoria do Sindicato com objetivo de integrar à vida sindical aqueles que já não estão mais na ativa, mas deram sua contribuição à história dos bancários de Pernambuco, o “Café” completa, este mês, seu segundo aniversário. Para marcar a data, a Secretaria de Aposentados da entidade preparou uma programação especial. Uma ban-dinha de frevo animou o evento. A decoração também teve motivos carnavalescos.

“Ficamos muito felizes com o sucesso que se tornou o café da manhã dos aposentados. O pessoal costumava recla-mar muito de que não havia espaço para que eles pudessem se integrar à vida sindical, rever os amigos e colocar a con-versa em dia. Com a realização destes encontros mensais essa lacuna foi suprida. A cada mês mais aposentados se integram à atividade”, comenta Freitas.

O Sindicato sorteou entre os bancários sindicalizados cin-co convites para o 48º Baile Municipal do Recife e outros cinco para o Baile do “Enquanto isso na Sala da Justiça”. O objetivo do sorteio é incentivar o lazer dos trabalhadores e aproximar, ainda mais, o Sindicato da categoria.

“Graças à essa iniciativa, dez sortudos bancários foli-ões participaram de dois dos mais tradicionais e divertidos eventos que antecedem o Carnaval pernambucano”, co-menta Epaminondas Neto, secretário de Administração do Sindicato.

Para o Baile Municipal do Recife, os cinco contemplados foram: Aleide Aline Sales (Itaú Olinda), Adriana Teixeira Luz (Itaú Peixinhos), Sílvia Caroline (Itaú Hospital Portu-guês), Maria Rita Rodrigues (Bradesco Olinda), e João Go-mes Lima (Banco Rural da Agamenon Magalhães).

As cinco entradas para o Baile de Carnaval do “Enquanto isso na Sala de Justiça” ficaram com: Gláuber Nascimen-to (Bradesco), Catarina Pereira Dorta (Bradesco); Alberico Antônio (Itaú), Tercília Cláudia (Itaú), e Rodrigo Gomes César (Caixa Econômica Federal).

CARNAVAL