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Maio/08 Jornal do V Congresso da USP • Publicação unificada das entidades representativas Adusp, APGs, DCE e Sintusp Resoluções do III Congresso (1987), forte estímulo aos debates da atualidade Marcado para 26 a 30 de maio de 2008, com recesso das atividades didá- ticas, o V Congresso da USP tem “da universidade que temos à universida- de que queremos” como eixo diretor. Este Congresso é um dos frutos da lu- ta realizada em 2007 contra os ataques do governo Serra à autonomia das uni- versidades estaduais. O Congresso reu- nirá professores, estudantes e funcio- nários, que discutirão um projeto para a USP, incluindo a participação efetiva do corpo da universidade na estrutura de poder; ensino, pesquisa e extensão; financiamento público da universida- de; acesso e permanência estudantil; e as relações que devem vigorar entre o público e o privado, muito particular- mente as fundações ditas de apoio. Além disso, e de central importân- cia, consta da pauta do V Congresso a construção de um plano de luta para instalação de uma Estatuinte da Uni- versidade, livre, soberana e exclusiva, para rediscutir em profundidade o Es- tatuto e o Regimento da USP. Cada ca- tegoria contará com 250 delegados, eleitos em toda a USP. Trata-se de uma oportunidade ímpar para realizarmos um debate central para o futuro da USP: os rumos do nosso tra- balho, a busca do equilíbrio entre o en- sino, pesquisa e extensão, a defesa da qua- lidade acadêmica, bem como o estabele- cimento de estruturas democráticas de deliberação, único modo de estabelecer bases sólidas para que a universidade se- ja socialmente responsável e instrumen- to da reversão da imensa injustiça social e econômica que carateriza a sociedade paulista e brasileira. No sentido de enriquecer este deba- te, reproduzimos, nas próximas páginas deste jornal, as resoluções do III Con- gresso da USP, realizado em 1987 com a participação paritária das três catego- rias. Como poderá depreender-se da lei- tura, as deliberações do III Congresso permanecem atuais, ganhando força co- mo referência histórica para os debates que iremos realizar. É importante regis- trar que a reformulação do Estatuto e Regimento da USP, levada a cabo pela Reitoria e CO em 1988, desconheceu as resoluções do III Congresso, mantendo a estrutura fortemente centralizada, an- ti-democrática e elitista, herdeira dire- ta dos ditames da ditadura militar e que, certamente, faz da estrutura de po- der da USP a mais autoritária das uni- versidades brasileiras. A publicação da íntegra das resolu- ções do III Congresso, incluindo as di- ferentes propostas que foram submeti- das a plebiscito, pode ser um grande es- tímulo aos consensos que professores, estudantes e funcionários precisarão for- jar na luta por uma democratização pro- funda da USP, reafirmando seu caráter público, gratuito, laico e socialmente re- ferenciado. Esperamos que você aproveite a leitura! Assembléia de docentes durante a greve de 2007 Daniel Garcia

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Maio/08Jornal do V Congresso da USP • Publicação unificada das entidades representativas Adusp, APGs, DCE e Sintusp

Resoluções do III Congresso(1987), forte estímulo aosdebates da atualidadeMarcado para 26 a 30 de maio de2008, com recesso das atividades didá-ticas, o V Congresso da USP tem “dauniversidade que temos à universida-de que queremos” como eixo diretor.Este Congresso é um dos frutos da lu-ta realizada em 2007 contra os ataquesdo governo Serra à autonomia das uni-versidades estaduais. O Congresso reu-nirá professores, estudantes e funcio-nários, que discutirão um projeto paraa USP, incluindo a participação efetivado corpo da universidade na estruturade poder; ensino, pesquisa e extensão;financiamento público da universida-de; acesso e permanência estudantil; eas relações que devem vigorar entre opúblico e o privado, muito particular-mente as fundações ditas de apoio.Além disso, e de central importân-cia, consta da pauta do V Congresso aconstrução de um plano de luta parainstalação de uma Estatuinte da Uni-versidade, livre, soberana e exclusiva,para rediscutir em profundidade o Es-tatuto e o Regimento da USP. Cada ca-tegoria contará com 250 delegados,eleitos em toda a USP.Trata-se de uma oportunidade ímparpara realizarmos um debate central parao futuro da USP: os rumos do nosso tra-balho, a busca do equilíbrio entre o en-sino, pesquisa e extensão, a defesa da qua-lidade acadêmica, bem como o estabele-cimento de estruturas democráticas dedeliberação, único modo de estabelecerbases sólidas para que a universidade se-

ja socialmente responsável e instrumen-to da reversão da imensa injustiça sociale econômica que carateriza a sociedadepaulista e brasileira.No sentido de enriquecer este deba-te, reproduzimos, nas próximas páginasdeste jornal, as resoluções do III Con-gresso da USP, realizado em 1987 coma participação paritária das três catego-rias. Como poderá depreender-se da lei-tura, as deliberações do III Congressopermanecem atuais, ganhando força co-mo referência histórica para os debatesque iremos realizar. É importante regis-trar que a reformulação do Estatuto eRegimento da USP, levada a cabo pelaReitoria e CO em 1988, desconheceu asresoluções do III Congresso, mantendo

a estrutura fortemente centralizada, an-ti-democrática e elitista, herdeira dire-ta dos ditames da ditadura militar eque, certamente, faz da estrutura de po-der da USP a mais autoritária das uni-versidades brasileiras.A publicação da íntegra das resolu-ções do III Congresso, incluindo as di-ferentes propostas que foram submeti-das a plebiscito, pode ser um grande es-tímulo aos consensos que professores,estudantes e funcionários precisarão for-jar na luta por uma democratização pro-funda da USP, reafirmando seu caráterpúblico, gratuito, laico e socialmente re-ferenciado.Esperamos que você aproveite aleitura!

Assembléia de docentes durante a greve de 2007

Daniel Garcia

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2 Jornal do V Congresso da USP Maio/2008

ENCAMINHAMENTOSE LUTA

Os trabalhos em grupo e as dis-cussões nas Plenárias do Congres-so mostraram que havia diver-gências significativas apenas emrelação ao Tema 2, particular-

mente nos organismos máximosdas Unidades e da Universidade,sendo menos agudas no caso dosDepartamentos. Nos Temas 1 e3, havia divergências de menorporte, que foram contornadas pe-la discussão política em plenário.Assim, é em relação ao Tema 2que temos em geral duas, às ve-zes três, propostas que deverãoser submetidas ao Plebiscito,pois receberam pelo menos 40votos do Plenário.

Uma visão presente no Con-gresso é que a constituição de or-ganismos colegiados deveria sepautar pela presença de 50% dedocentes e 25% de alunos e 25%

de funcionários. Além disso, aseleições para os cargos executi-vos nas unidades e Departamen-tos deveriam ser diretas, mas opeso do voto de cada uma das ca-tegorias seria decidido pelos or-ganismos máximos respectivos.

Indicava-se ainda a exigência dotítulo de doutor para o exercíciode qualquer cargo executivo.Uma outra visão preconizava aconstituição paritária de todos osorganismos colegiados máximose a abertura da inscrição para can-didatura aos cargos executivos atoda a comunidade.

Em relação ao reticulado deestrutura de poder, à eleição pa-ritária para reitor e vice, ao ple-biscito paritário para mudançade Estatutos, ao Conselho Co-munitário, à constituição do COe às atribuições dos diversos or-ganismos colegiados, não haviagrandes diferenças de opinião.

Em particular, o caráter coorde-nador dos cargos executivos, atransparência na administraçãode verbas e insumos, e uma des-centralização administrativa quemantenha a perspectiva de ca-minharmos em direção a umaUniversidade autônoma, crítica,democrática e competente tive-ram amplo apoio por parte dasPlenárias.

Será necessário aprofundar-mos o debate político de propos-tas e idéias levantadas no IIICongresso.

É preciso, no entanto, ter cla-ro que as visões concorrentesque se apresentam ao voto docorpo da Universidade estão den-tro de uma mesma perspectivade combate em função de umaUniversidade pública e gratui-ta, sensível às necessidades demelhoria das condições de vida,trabalho, saúde, educação e par-ticipação política da maioria dapopulação brasileira.

Apresentamos abaixo o deta-lhamento, tema por tema, dasdecisões do III Congresso Pari-tário, marco da construção daunidade na luta dos professores,alunos e funcionários da Univer-sidade de São Paulo.I. Princípios gerais

Concebemos a UniversidadePública como uma das instân-cias onde deve se dar, de formaintegrada, a capacitação ao tra-balho e a reflexão crítica sobre

a sociedade na qual está inseri-da, assim como a produção doconhecimento, o desenvolvi-mento e a democratização dosaber crítico em todas as áreasda atividade humana. São fun-ções básicas da Universidade oensino, a pesquisa e a extensãoà comunidade, desenvolvidasde forma harmônica e interdis-ciplinar. Deverá estar atentaaos anseios e necessidades damaioria da população, contri-buindo para a correção da imen-sa injustiça social que caracteri-za a sociedade brasileira. Deve-rá orientar-se por um plano pe-riódico de prioridades em queserão contemplados os proble-mas nacionais de relevância.Deverá ser autônoma em rela-ção ao Estado e aos Governos,pautando-se pela liberdade dopensamento e informação, sen-do vedada toda e qualquer for-ma de censura ou discrimina-ções de natureza filosófica, reli-giosa, ideológica, politica, étni-ca ou sexual. Sua manutenção eampliação são responsabilida-des do Estado e seu funciona-mento e organização devem ga-rantir que:

1. seja gratuita, autônoma nonível administrativo, acadêmi-co, pedagógico, científico e nogerenciamento de insumos e re-cursos;

2. seja pública, democrática etransparente em seu modo defuncionamento, nas suas delibe-

As resoluções doIII Congresso da USPAo apresentarmos a consolidação das deliberações do III Congresso Paritário da USP,

as Diretorias da Adusp, Asusp e DCE gostariam de oferecer, ao corpo da Universidade,uma visão do conteúdo do debate político que se deu em seu interior.

Os trabalhos do Congresso foram divididos por temas, a saber:Tema 1: Funções e objetivos da Universidade. Extensão de serviços à comunidade;Tema 2: Estrutura de PoderTema 3: Carreira Docente e Funcional. Regimes de Trabalho

A Universidade “deverá ser autônoma emrelação ao Estado e aos Governos, pautando­se pela liberdade do pensamento einformação, sendo vedada toda e qualquerforma de censura ou discriminações denatureza filosófica, religiosa, ideológica,politica, étnica ou sexual”

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rações, na destinação da sua pro-dução e no seu acesso;

3. sua administração seja fun-dada em organismos democrá-ticos, com participação de pro-fessores, alunos e funcionários;

4. se mantenha a indissociabi-lidade entre ensino e pesquisa;

5. se propicie a integração e sis-tematização de conhecimentos eexperiências, evitando o fracio-namento e desarticulação do tra-balho funcional, acadêmico e ci-entífico e promovendo a interdis-ciplinariedade. Neste sentido, de-ve estabelecer a associação dosprofissionais uma mesma área desaber em Departamentos pluri-disciplinares, entendidos comounidade mínima de divisão ad-ministrativa, definidos em basespuramente acadêmicas e cientí-ficas. É nesta instância que se de-vem tomar as decisões fundamen-tais de natureza acadêmica e ci-entífica, elaborando-se políticasde desenvolvimento e avaliaçãoque propiciem a produção do sa-ber, o aprimoramento do ensino,o estímulo à reflexão crítica e àextensão;

6. se prestem serviços à socie-dade sem substituir o Estadoem suas responsabilidades, es-tando tais serviços voltados pri-oritariamente para os setores pú-blicos essenciais, para os cursosde atualização dos profissionaisdas diferentes áreas e para solu-cionar problemas e atender às

necessidades da maioria da po-pulação. A extensão de serviçosdeve estar intrinsecamente liga-da ao ensino e à pesquisa reali-zados na Universidade de formaa refluir sobre os mesmos;

7. as carreiras docente e fun-cional tenham uma estruturasimples, com ascensão determi-nada por critérios claros e am-plamente debatidos. Em relaçãoà carreira funcional, deve-se pro-piciar o acesso dos funcionáriosao conhecimento produzido etrabalhado pela Universidade.O Regime de Dedicação Inte-gral à Docência e à Pesquisa de-verá ser o regime primordial detrabalho na Universidade, pro-porcionando condições para opleno atendimento de seus ob-jetivos;

8. seja mantido um esquemapermanente de Avaliação enten-dida como retrospectiva críticacontextualizada socialmente e nascondições concretas em que se dáo trabalho acadêmico e funcional;

9. a representação de profes-sores, alunos e funcionários sejaefetiva, assegurando:

a) a necessária democratiza-ção regimental, no sentido depermitir que, efetivamente, asdeliberações advenham do de-bate amplo de idéias e que pro-postas e encaminhamentos se-jam executados. Neste sentido,os cargos executivos devem terum caráter coordenador e vol-

tar-se para a viabilização das de-liberações e encaminhamentos;

b) uma estrutura deliberativada Universidade que tenha re-presentatividade e flexibilidadepara que, a partir de sua imple-mentação, se possa desenvolvero aprofundamento do processode organização do trabalho deensino, pesquisa e extensão, le-vando em conta a diversidade eas especificidades dos diversosramos do saber;

c) participação ampla dos di-versos segmentos na determina-ção de seus rumos e políticas aca-dêmicas e científicas, mantendoa possibilidade da existência deorganismos democráticos de ad-ministração e deliberação cotidi-ana;

d) eleição direta de represen-tantes e ocupantes de todos oscargos executivos, com a parti-

cipação dos docentes, discentese funcionários;

10. se delibere sobre as prio-ridades orçamentárias, assim co-mo se controle e fiscalize a uti-lização de todas as verbas e ren-das, seja qual for a sua origem,a partir de organismos de deli-berações acadêmica e científicada Universidade, em todos os ní-veis. Esta administração deveráse adequar a critérios mínimosde transparência, compatíveiscom o gerenciamento de insti-tuições públicas;

11. mudanças dos Estatutosda Universidade somente sejamfeitas com participação de todos

os alunos, professores e funcio-nários, estabelecendo-se um quó-rum mínimo que impossibilitemudanças sem a mais amplaaprovação coletiva.II. Estrutura de podere deliberação

Sobre esta questão houve du-as propostas básicas: uma, a dadiretoria da Adusp, aprovadacom algumas modificações, de-fendendo, basicamente, repre-sentação diferenciada entre as ca-tegorias nos colegiados da Uni-versidade; outra proposta, queapresentou nuances em sua for-mulação, procura adaptar o prin-cípio da paridade a uma estrutu-ra de poder para a Universidade.Passaremos a delinear as propos-tas discutidas e aprovadas:

II.1. Cargos ExecutivosSão considerados cargos exe-

cutivos:• Reitor, Vice-Reitor e Coor-

denadores de campi do interior;• Diretores de Unidade• Chefes de Departamento.II.1.1. Duas propostas surgi-

ram em relação a quem podeexercer as funções executivasdentro da Universidade: umaestendendo esta possibilidade aqualquer membro da comuni-dade universitária, independen-temente de categoria ou titula-ção; e outra estabelecendo co-mo requisito mínimo a titula-ção de professor-doutor.

II.1.2. O Reitor e o Vice-Rei-tor, considerados como chapa, e

“O Reitor e o Vice­Reitor, consideradoscomo chapa, e os coordenadores de CAMPIdo Interior serão indicados por votaçãoparitária de docentes, alunos efuncionários. Os Diretores de Unidadeserão eleitos pelo voto direto e paritário deestudantes, funcionários e docentes”

Greve da FFLCH, 2001

Daniel Garcia

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4 Jornal do V Congresso da USP Maio/2008

os coordenadores de campi do In-terior serão indicados por vota-ção paritária de docentes, alu-nos e funcionários. No caso doscoordenadores de campi do Inte-rior, votarão os alunos, funcio-nários e professores dos respec-tivos campi. No caso do Reitor eVice a eleição será em dois tur-nos. O mandato destes cargosexecutivos será de 4 (quatro)anos, não sendo permitida a re-condução.

II.1.3. Os Diretores de Unida-de serão eleitos pelo voto diretoe paritário de estudantes, funci-onários e docentes da respectivaUnidade. Terão função de coor-denadores das atividades da Uni-

dade e seu mandato será de 2(dois) anos, com direito a uma re-condução subseqüente.

II.1.4. Os Chefes de Departa-mento serão indicados pelo vo-to de todos os alunos, professo-res e funcionários na proporçãodecidida pelas respectivas Ple-nárias.

Os Chefes serão coordenado-res das atividades de seu Depar-tamento e seu mandato será de2 (dois) anos, com direito a umarecondução subseqüente.

A votação para os executivose respectivos vices deverá ser emchapa.

A principal atribuição dos car-gos executivos é de zelar para

que as decisões dos órgãos cole-giados sejam fielmente cumpri-das. Para tanto, no âmbito doque lhes for delegado, deverãoter ampla liberdade de ação, to-mando iniciativas que imple-mentem as decisões coletivas,organizando os trabalhos de co-missões, representando os depar-tamentos e Unidades junto aosórgãos da Universidade e peran-te órgãos externos a esta quan-do tiverem atribuições para tan-to. Sua gestão deve ser marcadapela transparência, que implicaa contínua prestação de contasde suas atividades para seus re-presentados.

Os ocupantes destes cargospoderão ser destituídos pelo vo-to de 2/3 dos respectivos orga-nismos colegiados máximos (...).

II.2. Dos DepartamentosNo nível dos Departamentos

serão soberanas as Plenárias cu-ja constituição recebeu três for-mulações básicas:

1)• todos os docentes do Depar-

tamento;• representantes dos funcio-

nários do Departamento em nú-mero igual à metade do núme-ro total de professores; se o nú-mero de funcionários for menorque a metade do número de do-centes, todos os funcionários te-rão assento na Plenária.

• representantes dos alunosdo Departamento em númeroigual à metade do número totalde professores. Se o número dealunos for menor que a metadedo total de docentes, todos osalunos terão assento na Plenária.

2)Plenária paritária com a se-

guinte composição:• todos os docentes do Depar-

tamento;• igual número de represen-

tantes dos funcionários eleitospor seus pares. Se o número defuncionários for menor que o dedocentes, todos os funcionáriosterão assento na Plenária.

• igual número de represen-tantes dos alunos. Observam-se

as mesmas disposições estabele-cidas para os funcionários.

Em qualquer caso a votaçãona Plenária é feita por cabeça.

3)Plenária paritária: igual nú-

mero de representantes de pro-fessores, funcionários e estudan-tes, determinado pela quantida-de de membros da categoria emmenor número.

São atribuições da Plenária deDepartamento:

II.2.1. deliberar sobre a polí-tica de Ensino, Pesquisa e Ex-tensão do Departamento, bemcomo sobre a constituição e fun-cionamento de comissões neces-sárias ao seu trabalho e desen-volvimento;

II.2.2. discutir a necessidadede um Conselho de Departa-mento juntamente com as res-pectivas normas de funciona-mento deste Conselho, respeita-das as disposições do Estatutoda Universidade;

II.2.3. elaborar e aprovar o re-gimento do Departamento, res-peitadas as disposições do Esta-tuto da Universidade;

II.2.4. definir a política decontratação e efetivação de do-centes e funcionários do Depar-tamento;

II.2.5. organizar, discutir eaprovar o orçamento do Depar-tamento;

II.2.6. deliberar sobre a for-ma de eleição de Chefes e Vice-Chefes do Departamento, ga-rantida a participação de todosos docentes, alunos e funcioná-rios;

II.2.7. organizar processo am-plo e aberto de avaliação das ati-vidades do respectivo Departa-mento, processo este indelegá-vel a qualquer outra instância;

II.2.8. as Plenárias de Depar-tamento deverão se reunir pelomenos uma vez por semestre,convocadas por seu Chefe, ou ex-traordinariamente, convocadaspelo mesmo ou por 20% de seusmembros. As Plenárias ordinári-as deverão ser convocadas obri-gatoriamente durante o períodoletivo da Universidade.

“As mudanças de Estatuto serão deliberadaspor maioria absoluta do voto paritário dealunos, professores e funcionários. Aspropostas serão submetidas ao PlebiscitoParitário se subscritas por 1.000 alunos, 1.000funcionários e 500 docentes ou receberempelo menos 30% dos votos do CO ou daPlenária da Universidade”

Passeata contra veto de Alckmin, 2005

Daniel Garcia

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II.3. Das UnidadesPara as Unidades foram apro-

vadas duas estruturas de funci-onamento:

1) Nas Unidades será sobera-no o Conselho de Unidade, cons-tituído da forma seguinte:

II.3.1. O número de mem-bros do Conselho de Unidade(N) será o menor número intei-ro divisível por 4 que é maiorque o número obtido somando-se 20% do total de docentes daUnidade e o número de Depar-tamentos da Unidade.

II.3.2. A constituição do Con-selho é:

• diretor e vice-diretor, semdireito a voto;

• N/2 docentes, neste núme-ro se incluem todos os chefes deDepartamento, sendo os outrosmembros eleitos por todos os do-centes da Unidade.

• N/4 alunos, eleitos por seuspares;

• N/4 funcionários, eleitospor seus pares.

II.3.3. O mandato da repre-sentação das categorias no Con-selho da Unidade será de doisanos, devendo ser renovada ametade de cada representação acada ano.

São atribuições do Conselhode Unidade:

II.3.4. elaborar e aprovar o Re-gimento Interno de funciona-mento da Unidade.

II.3.5. coordenar a política deensino e pesquisa da unidade, fa-vorecendo a integração entre osDepartamentos, a interdiscipli-naridade onde julgada conveni-ente, e a extensão.

II.3.6. definir a constituição eo regimento das diferentes co-missões necessárias ao funciona-mento da Unidade.

II.3.7. coordenar os diferentesprocessos de avaliação desenvol-vidos nos Departamentos, pro-curando adequar os critérios aodesenvolvimento do todo.

II.3.8. constituir e aprovar ascomissões necessárias ao funcio-namento da Unidade.

II.3.9. organizar, discutir eaprovar o orçamento da Unida-

de como um todo.II.3.10. discutir em grau de re-

curso as decisões das Plenáriasdos Departamentos. Caso o Con-selho assim decida, a materia de-verá voltar à discussão na respec-tiva Plenária, que decidirá em úl-tima instância.

II.3.11. deliberar sobre a exis-tência e constituição da Congre-gação da Unidade, respeitadosos princípios de representativi-dade e demais determinações es-tatutárias.

2) Nas Unidades o órgão má-ximo será o Congresso Paritárioda Unidade, convocado de doisem dois anos, com as seguintesatribuições:

a) discutir e definir os rumose políticas da Unidade;

b) elaborar e aprovar o Regi-mento Interno de Funcionamen-to da Unidade.

c) determinar o número de ele-mentos que comporão um Con-selho (que também pode ser cha-mado de Congregação) paritá-rio da Unidade. Este Conselhoteria como tarefas implementaras políticas definidas no Con-gresso da Unidade, bem comoteria as atribuições fixadas nositens II.3.5. a II.3.10 da estru-tura anteriormente apresentada.Neste Conselho terão assento oDiretor da Unidade, que presi-

dirá a reunião, sem direito a vo-to, e todos os Chefes de Depar-tamento, sendo que o direito des-tes terem voto ou apenas voz fo-ram, ambas formulações, defen-didas e aprovadas no Congressoda USP.

O número de membros doCongresso da Unidade (N) seráo menor número inteiro divisí-vel por 3 que é maior que o nú-mero obtido somando-se 20%do total de docentes da Unida-de e o número de Departamen-tos da mesma. A constituiçãodo Congresso é:

• diretor e vice, sem direito avoto;

• N/3 docentes, eleitos porseus pares;

• N/3 funcionários, eleitospor seus pares;

• N/3 estudantes, eleitos porseus pares.

II.4. Instâncias GeraisII.4.1. Plenária da Universi-

dade

A Plenária da Universidade,órgão máximo da Universidade,recebeu duas propostas de cons-tituição:

1) Será constituída pela reu-nião dos Conselhos de Unidadee do Conselho Universitário pre-sidida pelo Reitor, sem direito avoto.

Deverá reunir-se ordinaria-mente a cada dois anos, ou ex-traordinariamente quando con-vocada pelo Reitor, pelo CO oupela assinatura de 10% de seusmembros.

2) Será constituída de 5% ou10% do total de docentes, elei-tos por seus pares, igual núme-ro de estudantes e funcionáriostambém eleitos por seus pares.

Deverá ser convocada a cadadois anos, ou extraordinaria-mente por decisão do CO.

São atribuições da Plenária daUniversidade:

II.4.1.1. discutir e avaliar aspolíticas acadêmicas e científi-cas gerais da Universidade, as-

“A escolha do Reitor pelo Governadorcaracteriza uma intervenção incompatívelcom um estatuto democrático e com umaUniversidade de fato autônoma”

IV Congresso da USP, 2001

Daniel Garcia

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sim como as políticas de finan-ciamento e fomento das ativida-des universitárias, estabelecen-do diretrizes globais para o fun-cionamento e desenvolvimentoda universidade e propiciando aavaliação pública dos resultados.

II.4.1.2. discutir e deliberarsobre propostas que forem apro-vadas no Conselho Comunitário.

II.4.1.3. discutir e deliberarem grau de recurso sobre as de-cisões do Conselho Universitário.

II.4.1.4. discutir e votar pro-postas de mudanças do Estatu-to da Universidade. As propos-tas que obtiverem 30% dos vo-tos dos membros da Plenáriairão a Plebiscito paritário paradeliberação.

II.4.2. Conselho UniversitárioSerá constituído na forma se-

guinte:• O Reitor que o preside, sem

direito a voto;• o Vice-Reitor, sem direito a

voto;• todos os diretores de Uni-

dade;• um representante dos pro-

fessores de cada Unidade;• igual número (ao dos docen-

tes representantes de Unidades)

de funcionários e estudantes elei-tos por seus pares.

Em relação à participação dosdiretores de Unidade no CO, oIII Congresso Paritário da USPaprovou e enviará a Plebiscitoduas alternativas:

• diretores com voz e sem vo-to;

• diretores com voz e voto.Serão atribuições do Conselho

Universitário:II.4.2.1. A discussão e enca-

minhamento das políticas aca-dêmicas e científicas gerais daUniversidade, o acompanhamen-to da sua execução dentro dasdiretrizes estabelecidas pela Ple-nária da Universidade, propici-ando a avaliação pública dos re-

sultados.II.4.2.2. A deliberação das pri-

oridades orçamentárias da Uni-versidade e o controle e fiscali-zação de todas as verbas, sejaqual for a sua origem, de usonas atividades universitárias, ga-rantindo a transparência e o de-bate público sabre o tema, den-tro das diretrizes estabelecidaspela Plenária da Universidade.

II.4.2.3. A indicação dos co-ordenadores de todos os orga-

nismos submetidos à Reitoriaqualquer que seja o seu caráter.

II.4.2.4. A criação de comis-sões especiais de Graduação,Pós-Graduação, Pesquisa ou ou-tras de assessoria de seu traba-lho, sempre constituídas de re-presentantes oriundos de comis-sões análogas das Unidades. Es-sas comissões têm caráter con-sultivo e elegerão um presidenteque participará do CO com di-reito a voz, sem direito a voto.

II.4.2.5. A proposta de medi-das e providências que julgar ca-bíveis a Plenária da Universidadee sua convocação extraordináriapor decisão da maioria simples deseus membros.

II.4.2.6. As deliberações do Con-selho Universitário serão abertas.

II.4.3. Plebiscito EstatuinteAs mudanças de Estatutos se-

rão deliberadas por maioria abso-luta do voto paritário de alunos,professores e funcionários. As pro-postas de mudança só serão sub-metidas ao Plebiscito Paritário se:

• forem subscritas por pelomenos 1.000 alunos, 1.000 fun-cionários e 500 docentes ou

• receberem pelo menos 30%dos votos do Conselho Univer-sitário ou da Plenária da Univer-sidade.

II.4.4. Conselho ComunitárioAté o momento, a presença

da comunidade exterior dentroda estrutura da Universidadetem sido encarada a partir dedois pontos de vista. O primei-ro é o da intervenção direta dopoder do Estado, através da es-colha do Reitor pelo Governa-dor. Segundo é o da presença derepresentantes da Fiesp, da Fa-pesp, dos ex-alunos, etc. no Con-selho Universitário. A primeiracaracteriza uma intervenção in-compatível com um estatuto de-mocrático e com uma Universi-dade de fato autônoma; a segun-da, enquanto representação dasociedade, é inócua e distorcida.Propomos uma forma alternati-va de encarar pressões e exigên-cias sociais manifestas organiza-damente, a partir de uma óticaque garanta eficácia e efetivida-

de às intervenções de fora daUniversidade e ao mesmo tem-po resguarde a autonomia des-ta. Esta forma é a organizaçãode um Conselho Comunitário,constituído por:

1. Membros da Universidade:• Reitor;• Vice-Reitor;• Representação do Conselho

Universitário: um docente, umaluno, um funcionário;

• Representações das associa-ções de categoria: Adusp,Asusp, DCE, associações de fun-cionários dos campi do Interior;APG-USP;

• Representação das comis-sões de Trabalho que se refiramao Ensino, à Pesquisa e à Exten-são.

2. Representantes do Estado:• Governador ou seu repre-

sentante;• Secretários de Estado;• Presidente da Assembléia

Legislativa e Lideranças dos Par-tidos Políticos nela presentes(ou seus representantes);

• Representante do Poder Ju-diciário;

• Representante do ConselhoEstadual de Educação;

• Ministro da Educação(MEC) ou seu representante.

3. Representantes de órgãos ofici-ais financiadores

FAPESP;CAPES;CNPq;FINEP.4. Representantes da Indústria,

Comércio e Agricultura:FIESP;CIESP;Federação do Comércio;Federação da Agricultura;5. Representantes de Associações

de Funcionários do Estado e de or-ganizações sindicais:

• Representação das CentraisSindicais com sede no Estado;

• Representação da Plenáriado Funcionalismo;

• Presidente da Andes, ouseu representante;

• Presidente da UNE, ou seurepresentante;

• Presidente da UEE-SP, ou

“O RDIDP deverá se constituir em regimepreferencial de trabalho. O Departamento será asede de deliberação sobre o projeto de trabalhoacadêmico e científico de seus docentes”

CO debate fundações privadas, 2004

Daniel Garcia

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Maio/2008 Jornal do V Congresso da USP 7

seu representante.Este Conselho deverá se reu-

nir a cada 2 anos, convocado pe-lo Reitor da Universidade, comobjetivo de discutir os rumos dapolítica de Ensino, Pesquisa eExtensão, e de elaborar uma ava-liação do desempenho da insti-tuição. O Conselho terá caráterconsultivo, mas qualquer pro-posta nele aprovada deverá sernecessariamente levada à pautada Plenária da Universidade pa-ra deliberação.III. Carreira Docente e Fun-cional, Regimes de Trabalho

Em relação tanto à carreira do-cente e funcional quanto a regi-mes de trabalho não havia noplenário do Congresso divergên-cias agudas. Listamos abaixo aspropostas aprovadas, que cons-tituem uma visão coerente des-te tema em relação à Universi-dade cujos princípios gerais fo-ram aprovados pelo III Congres-so.

III. 1. Carreira DocenteIII.1.1. O acesso à atividade

docente se dará por contrataçãodecidida após processo públicode seleção, sendo que o contra-to de trabalho deverá ter regimejurídico definido no regimentogeral.

III.1.2. A carreira docente con-terá os níveis de auxiliar de en-sino, professor assistente, dou-tor, associado e titular. Não ha-verá mais coincidência entre car-go e função no último nível dacarreira, havendo o cargo e a fun-ção de professor titular.

III.1.3. Será criado o título deProfessor Pleno, outorgado porconcurso específico constandode provas equivalentes, no nívele na forma, às exigidas para oprovimento do cargo de Profes-sor Titular. Poderão se inscreverem tal concurso especialistasque possuam titulação equiva-lente à de Professor Associadoda USP. O docente da USP por-tador deste título será promovi-do à função de Professor Titular.

III.1.4. Os concursos de efeti-vação, que deverão ser realiza-

dos com periodicidade definidaem função das necessidades daunidade, serão abertos às inscri-ções de Professores Assistentesportadores do título mínimo deMestre ou equivalente, havendoconcurso específico para Profes-sor Titular. Os critérios de efeti-vação deverão respeitar as espe-cificidades das áreas de saber eser decididos pelas Plenárias deDepartamento. A progressão sedará por concurso ou prova pú-blica, sendo os títulos de mestreou doutor os requisitos para pas-sagem a Professor Assistente eProfessor Doutor, respectivamen-te. O concurso para ProfessorAssociado será público, exigirápara inscrição o título de doutorou o equivalente reconhecidopor decisão da respectiva Uni-dade.

III.1.5. Quanto à obtençãodos títulos de Professor Associ-ado e Professor Titular, será exi-gido um memorial ou defesa detese ou de texto que sistematizea obra do candidato, deixando aopção a critério dele próprio.No memorial o candidato deve-rá referir, de modo explícito:

a) produção científica, literá-ria, filosófica ou artística;

b) atividade didática;c) atividade de formação e ori-

entação.d) atividades profissionais vin-

culadas à matéria em concurso(para Professor Titular), bem co-mo as referentes a planejamen-to e organização de serviços.

Quando for o caso, a produ-ção posterior ao último acessodeverá ser preferencialmente con-siderada no julgamento do me-morial.

III.1.6. Nos concursos ou te-ses em que haja provas didáticashaverá a participação de estu-dantes na avaliação dessas pro-vas. A nota dada pelos estudan-tes entrará nos cálculos de mé-dias e definição de classificações,mas em nenhuma hipótese po-derá causar reprovação do can-didato.

III.1.7. Não haverá exigênciade prazo de permanência num

mesmo nível da carreira, man-tendo-se a figura do ProfessorColaborador como foi original-mente concebida. Em particu-lar, todos os docentes que foramcontratados como “colaborado-res” devido à “lei dos seis anos”deverão voltar imediatamenteao contrato regular de trabalho.

III.1.8. Em relação aos regi-mes de trabalho serão mantidosos atuais: RTP, RTC e RDIDP.O regime de RDIDP deverá seconstituir em regime preferen-cial de trabalho. O Departamen-to será a sede de deliberação so-bre o projeto de trabalho acadê-mico e científico de seus docen-tes que, no interesse do desen-volvimento do saber, poderáenvolver atividades profissionaisno mercado de serviços.

III.2. Carreira FuncionalO trabalho funcional é um ele-

mento essencial de apoio e de vi-abilização do ensino, pesquisa e

extensão de serviços à sociedade.III.2.1. O acesso e a progres-

são na carreira funcional dar-se-ão por concurso público abertoinclusive para funcionários daUSP. Tanto o acesso como a pro-gressão na carreira serão basea-dos em um Estatuto específicoelaborado pela comunidade uni-versitária e que deverá ser incor-porado aos Estatutos da USP.

III.2.2. A carreira funcionaltera três niveís: básico, médio esuperior. Cada nível deverá tersubníveis a serem detalhados noRegimento Geral de maneiraque haja correspondência entresubníveis finais de um nível esubníveis iniciais do nível ime-diatamente superior, de manei-ra ainda que permitam a ascen-ção e a valorização do trabalhodos funcionários como forma deestimular sua integração plenanas atividades de ensino, pesqui-sa e extensão.

“O trabalho funcional é um elemento essencialde apoio e de viabilização do ensino, pesquisae extensão de serviços à sociedade. O acessoe a progressão na carreira funcional dar­se­ão por concurso público aberto inclusive parafuncionários da USP”

IV Congresso da USP, 2001

Daniel Garcia

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8 Jornal do V Congresso da USP Maio/2008

III.2.3. Caberá aos Órgãos co-legiados da Universidade decidirsobre recursos e zelar pelo bomandamento do enquadramentode funcionários na carreira.

III.2.4. As comissões setoriaisserão paritárias com funcionári-os eleitos por seus pares ativos einativos e representação de es-tudantes e docentes eleitos porseus pares. Os inativos terão umrepresentante junto à ComissãoCentral.

III.2.5. As comissões devemtrabalhar de forma transparen-te com critérios claros e objeti-vos de tal forma que o própriofuncionário, se quiser, consigaenquadrar-se. As comissões de-vem ser autônomas em relaçãoa todas as outras instâncias ad-ministrativas da Universidade.Cabe recurso das decisões das co-missões setoriais à Comissão Cen-tral que, discordando da decisãoda primeira, devolverá a maté-ria a esta para novo exame.

III.2.6. O processo de avalia-ção deve ser anual, a partir doenquadramento já feito.

III.2.7. Deve haver isonomia

de cargos, salários e funções res-peitando-se as diferenciaçõespor mérito, tempo na função eescolaridade.

III.2.8. Os proventos da apo-sentadoria serão revistos sempreque se modificar a remuneraçãodos servidores em atividade, namesma data e na mesma propor-ção, bem como sempre que fortransformado ou reclassificado ocargo ou função em que se deua aposentadoria. (Como remu-neração compreendem-se o ven-cimento, as gratificações, os adi-cionais e as demais vantagens aqualquer título percebidas).

III.2.9. Será estendido aos fun-cionários o direito de afastamen-to para especialização ou asses-soria e a participação em comis-sões julgadoras ou bancas, a cri-tério da Plenária do Departa-mento.

III.3. Recomendações sobre Salá-rios

O menor salário pago na Uni-versidade não poderá ser inferi-or a um décimo do maior salário.

Encaminhamento e Luta1. Sobre o voto aberto e nomi-

nal no atual CO, o III Congres-so aprovou por unanimidade:

a) que as propostas de reestru-turação dos Estatutos e Regimen-tos no atual CO sejam votadascom voto aberto e nominal.

b) que seja enviada ao CO rei-vindicação de que esta questãoseja rediscutida e revotada antesde qualquer votação sobre rees-truturação dos Estatutos.

c) que a deliberação do IIICongresso sobre o voto aberto enominal seja submetida ao Ple-biscito.

2. Encaminhamentos aprova-dos:

a) Formação de comissão comas três entidades mais 5 mem-bros de cada categoria, eleitosno Congresso, para organizar oplebiscito;

b) Até 26/10, reunião da co-missão para definir divulgaçãodas propostas tiradas no Con-gresso;

c) Confecção de Boletim ouJornal com propostas do Con-gresso;

d) Entrega das propostas doCongresso para o Reitor ou Vi-

ce-Reitor no dia 30/10;e) Plebiscito nos dias 11, 12 e

13 de novembro;f) Assembléia Geral das 3 ca-

tegorias para análise dos resul-tados do plebiscito e formas deencaminhamento, no dia 19 denovembro, às 12 e 18 horas;

g) A partir de 26/10, realiza-ção de debates nas Unidades or-ganizadas pelos seus delegadosno Congresso;

h) Enviar formalmente o re-sultado do Congresso para to-dos os membros do ConselhoUniversitário;

i) Que o CO não vote altera-ções do estatuto durante o pe-ríodo de férias letivas.

j) Propor à Assembléia Geraldas 3 categorias a entrega, compresença massiva, de propostaaprovada no Plebiscito.

l) Os delegados devem levara suas respectivas unidades asresoluções deste Congresso,através de reuniões, preparan-do o plebiscito.

m) Nas Unidades onde nãoconstam delegados, as entida-des devem fazer a divulgação.