jornal do sinsprev/sp - edição nº 287

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Edição 287 Fotos: Manoel Messina Servidores do INSS cruzam os braços por melhores condições de trabalho Os servidores da Anvisa estão travando uma forte luta contra o fechamento do Posto no Aeroproto de Congonhas, único na cidade de São Paulo, que além de prejudicar à categoria, trará sérios problemas à população. O Sinsprev/SP levou à questão ao Ministério Público. Pág. 11 SAÚDE Pelo não fechamento do Posto de Congonhas REDISTRIBUÍDOS O Sinsprev/SP comprovou o caos nas Agências e Gerências do INSS em todo o Estado de São Paulo. Foram inúmeras as reuniões com os servidores. Em praticamente todas as unidades as principais reclamações giram em torno das condições de tra- balho e cumprimento das metas, principalmente pela falta de servidores. Págs. 5 à 9 A pressão diária para produzir, atingir indicadores e metas, sempre com a ameaça da retirada do turno esten- dido nas Agências do INSS e sem o direito dos servidores da área meio poderem exercer a jornada de 30 horas semanais, juntamente com as precárias condições de trabalho, fez com que os servidores do Instituto realizassem uma paralisação, em 15 de maio de 2014, como há muitos anos não faziam. Foi a forma encontrada de demonstrar ao governo que a categoria não mais suporta esse tipo de gestão que se instaurou dentro do INSS, trazendo graves prejuízos tanto para os servidores quanto para os segurados. A paralisação foi em âmbito nacional. No estado de São Paulo mais de 80 Agências fecharam as portas ou participaram da mobilização realizando apenas o atendimento dos agendados. A luta está apenas começando. O funcionalismo federal está em campanha salarial, assim como os demais traba- lhadores das três esferas de governo e da iniciativa privada. As ruas do país, principalmente dos grandes centros, estão tomadas de manifestações de trabalhadores contrários a atual política de governo. Págs. 2 e 3 ANVISA O Núcleo Estadual do Ministério da Saúde em São Paulo exige que os servidores que não consegui- ram chegar a unidade em decorrência de greve no transporte coletivo reponham o período. O Sins- prev/SP orienta que é garantida essa falta justifi- cada do servidor. Pág. 10 INSS O Sinsprev/SP realizou reunião na Receita Federal para reivindicar o cumprimento da lei para os ser- vidores do INSS redistribuídos à Receita. A garan- tia, por lei, da preservação de todos os direitos da carreira do Seguro Social, não está sendo cumpri- da. Pág. 11 Os servidores da Saúde também participaram da mobilização realizando ato público em frente ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde de São Paulo e entregando a pauta de reivindicações à Administração. Servidores do INSS paralisam por seus direitos Trabalhadores da Saúde reivindicam seus direitos

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Uma publicação do Sindicato dos Trab em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo

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Page 1: Jornal do Sinsprev/SP - Edição nº 287

JORNAL DO SINSPREV/SP EDIÇÃO 287- Julho de 2014 1Edição 287Edição 287

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Servidores do INSS cruzam os braços por melhores condições de trabalho

Os servidores da Anvisa estão travando uma forte luta contra o fechamento do

Posto no Aeroproto de Congonhas, único na cidade de São Paulo, que além de prejudicar

à categoria, trará sérios problemas à população. O Sinsprev/SP levou à questão ao

Ministério Público. Pág. 11

SAÚDE

Pelo não fechamento do Posto de Congonhas

REDISTRIBUÍDOS

O Sinsprev/SP comprovou o caos nas Agências e Gerências do INSS em todo o Estado de São Paulo. Foram inúmeras as reuniões com os servidores. Em praticamente todas as unidades as principais reclamações giram em torno das condições de tra-balho e cumprimento das metas, principalmente pela falta de servidores. Págs. 5 à 9

A pressão diária para produzir, atingir indicadores e metas, sempre com a ameaça da retirada do turno esten-dido nas Agências do INSS e sem o direito dos servidores da área meio poderem exercer a jornada de 30 horas semanais, juntamente com as precárias condições de trabalho, fez com que os servidores do Instituto

realizassem uma paralisação, em 15 de maio de 2014, como há muitos anos não faziam. Foi a forma encontrada de demonstrar ao governo que a categoria não mais suporta esse tipo de gestão que se instaurou dentro do INSS, trazendo graves prejuízos tanto para os servidores quanto para os segurados. A paralisação foi em âmbito nacional. No estado de São Paulo mais de 80 Agências fecharam as portas ou participaram da mobilização realizando apenas o atendimento dos agendados.

A luta está apenas começando. O funcionalismo federal está em campanha salarial, assim como os demais traba-lhadores das três esferas de governo e da iniciativa privada. As ruas do país, principalmente dos grandes centros, estão tomadas de manifestações de trabalhadores contrários a atual política de governo. Págs. 2 e 3

ANVISA

O Núcleo Estadual do Ministério da Saúde em São Paulo exige que os servidores que não consegui-ram chegar a unidade em decorrência de greve no transporte coletivo reponham o período. O Sins-prev/SP orienta que é garantida essa falta justifi -cada do servidor. Pág. 10

INSS

O Sinsprev/SP realizou reunião na Receita Federal para reivindicar o cumprimento da lei para os ser-vidores do INSS redistribuídos à Receita. A garan-tia, por lei, da preservação de todos os direitos da carreira do Seguro Social, não está sendo cumpri-da. Pág. 11

Os servidores da Saúde também participaram da mobilização realizando ato público em frente ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde de São Paulo e entregando a pauta de reivindicações à Administração.

Servidores do INSS paralisam por seus direitos Trabalhadores da Saúde reivindicam seus direitos

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JORNAL DO SINSPREV/SPEDIÇÃO 287 - Julho de 20142

Direito não se ganha, se conquistaO dia 15 de maio de 2014

� cará marcado como a retomada das ruas pelos

trabalhadores, das mais diversas ca-tegorias, para cobrar e exigir seus direitos. Já no início da madrugada, avenidas dos grandes centros foram paralisadas pela multidão que exigia o mesmo tratamento dado ao tão falado Padrão Fifa para a Copa do Mundo.

Nesse dia, os servidores do INSS em todo o Estado de São Paulo não abriram as portas de mais de 70 Agências. Em outras, onde a parali-sação não foi possível, a mobilização esteve presente por meio de recusa de atendimento do espontâneo, de camisetas, coletes e Carta Aberta à População.

Há anos os servidores do INSS não realizavam uma mobilização desse porte. A paralisação atingiu diversos estados. A jornada de traba-lho de 30 horas semanais para todos os servidores do INSS está entre os principais itens reivindicados pela categoria, assim como a questão sa-larial e condições dignas de trabalho.

A atual política de gestão do INSS tem levado gradativamente os servidores ao limite de suas ca-pacidades físicas e mentais. O Ins-tituto tem demonstrado habilidade no quesito exigência de seus tra-balhadores, mas não demonstra o

mínimo de capacidade para gerir os fatores que in� uenciam diretamen-te o cumprimento de indicadores, elaborados por gestores, cujos limi-tes são as salas com ar condicionado de Brasília, sem o mínimo contato com a realidade vivenciada pelos servidores nas Agências e Gerências de todo o país.

A ine� ciência dessa gestão é vi-sível e palpável. Como o Sinsprev/SP tem denunciado sistematica-mente, centenas de Agências e Ge-rências sequer tem estrutura física adequada para abrigar servidores e segurados. É comum notícia de de-sabamento de forros, inundações, ventilação inadequada, inexistência de rotas de fugas etc. Aliada a isso, a inauguração de novas Agências, apenas para noticiar na mídia a am-pliação do atendimento prestado pelo INSS, faz com que a falta de servidores esteja transformando o Instituto numa bomba relógio.

Nessa paralisação do dia 15 de maio, os servidores deixaram claro que estão perto do limite para conti-nuarem cumprindo todos os indica-dores. A estrutura inadequada, jun-tamente com a não realização de um concurso público que complete todo o quadro funcional, assim como, sis-temas que não funcionam, tem pre-carizado o trabalho e, consequente-mente, o atendimento ao segurado.

A prova de que não dá mais para o governo tapar o sol com a penei-ra, ou seja, restringindo suas ações a discursos mirabolantes, está na repercussão que a paralisação do INSS teve junto à imprensa, prin-cipalmente a do interior e, também, na forma em que a população rece-beu a notícia de que naquele dia não haveria atendimento.

SAÚDE

A ine� ciência de gestão é uma marca registrada desse governo. O drama vivido pela população e pe-los servidores que atuam na Saúde Pública é mais uma das provas de que esse governo privilegia o discur-so, em detrimento da prestação de um serviço público e� ciente.

Os servidores da Saúde também se integraram ao movimento do dia 15 de maio realizando um ato pú-blico em frente ao Núcleo Estadu-al do Ministério da Saúde em São Paulo e, mais uma vez, protocola-ram suas reivindicações junto à Ad-ministração (Ver página 10).

COPA

Às vésperas da Copa do Mun-do, os trabalhadores públicos e privados, juntamente com os mo-

vimentos sociais, principalmente os ligados à moradia, ampliaram suas mobilizações exigindo seus direitos.

As greves avançam por todo o país, nas três esferas de governo e, também, no setor privado. Policiais civis, militares em diversos estados já realizaram greve. Os Federais es-tão mobilizados tendo havido gre-ves no setor de cultura, judiciário e dos servidores universitários.

Na cidade de São Paulo, o pre-feito, as empresas e o próprio sin-dicato dos motoristas e cobradores, foram “surpreendidos” com uma greve da categoria que paralisou a cidade nos dias 20 e 21 de maio. Esses trabalhadores foram pouco a pouco desligando pelas ruas da cidade os ônibus que conduziam, dando um basta à política de con-chavos, de privilégio ao capital, em detrimento aos que realmente tra-balham e merecem condições e sa-lários dignos.

O movimento da classe trabalha-dora está crescendo dia a dia. Nossa categoria também deve continuar mobilizada e repetir, quantas vezes forem necessárias, a paralisação do dia 15 de maio. Todos nossos di-reitos foram conquistas ao longo de décadas por meio de muita luta. Para mantê-los e avançarmos, nossa luta tem de ser ampliada e conjunta com os demais trabalhadores.

Direito de greve do servidor públicoEm todas as greves dos servi-

dores públicos, tanto fede-rais, quanto estaduais e mu-

nicipais, os governos argumentam sobre a sua ilegitimidade em função da não regulamentação de disposi-tivo constitucional e, com isso, se acham no direito de realizar descon-to salarial. O fato de ainda não ter sido regulamentado, conforme pre-visto no inciso 7º do artigo 37 da Constituição Federal, não signi� ca que os servidores não possam exer-cer o livre direito de greve. Para os trabalhadores da iniciativa privada, a previsão está inserida no Capítulo 2 que cuida dos Direitos Sociais.

Como não houve nenhum es-forço dos governantes em regula-mentar esse dispositivo, apesar da atual Constituição Federal ter sido promulgada em 1988, o Supremo Tribunal Federal já proferiu diversas decisões em mandados de injunção para suprir a lacuna constitucional, garantindo o direito de que, en-quanto não for regulamentado, será aplicada aos servidores públicos a lei de greve do setor privado.

Diante das decisões do STF, a greve no serviço público não pode ser considerada ilegal, tampouco

abusiva, desde que cumpridas as exigências estabelecidas pela Lei 7783/89 que dispõe sobre o exercí-cio do direito de greve, como a no-ti� cação com antecedência mínima de 48 horas e de 72 horas quando se trata de serviços ou atividades essenciais, desde que devidamente aprovada em assembleia.

Dessa forma, o servidor públi-co não pode sofrer qualquer sanção quando no exercício legítimo de greve, sendo totalmente inconsti-tucional o decreto presidencial nº 1480/95, impondo aos servidores grevistas falta injusti� cada e até exo-neração.

Essas medidas autoritárias são, inclusive, utilizadas como instru-mento de assédio moral e punições, como ocorreu em relação aos servi-dores do Ministério da Saúde que até hoje estão sendo obrigados a reporem os dias paralisados na gre-ve de 2012, mesmo ela tendo sido realizada em cumprimento ao esta-belecido pela lei de greve, conforme decisões do STF.

Por outro lado, a Diretoria de Gestão de Pessoas do INSS, em re-lação a paralisação dos servidores do dia 15 de maio de 2014, emitiu o

Memorando Circular nº 17, reco-nhecendo a aplicação do código de greve aos servidores que aderiram ao movimento.

Recentemente o Tribunal de Jus-tiça do Rio de Janeiro proibiu o des-conto de servidores grevistas por en-tender que representa a negação do próprio direito de greve, na medida em que retira o meio de subsistên-cia. Ainda, segundo a decisão, não há norma legal autorizando o des-conto pelo fato de o governo ainda não ter editado uma lei especí� ca de greve para o setor público. Essa questão já chegou ao STF que, por meio do plenário virtual, reconhe-ceu a existência de repercussão geral em relação a essa matéria.

De acordo com o ministro do Supremo, Dias Tófolli, a questão do direito de greve do servidor público e suas consequências é tema emi-nentemente constitucional, extra-polando os interesses subjetivos das partes, sendo relevante para todas as categorias de servidores públicos civis.

PROJETO DE LEI

Existe em curso o Projeto de

Lei 710/2011, de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB--SP), que pode signi� car o � m do direito de greve dos servidores públicos, pois estabelece requisi-tos como: 50% dos funcionários trabalhando durante a greve, ele-vando o percentual para 60% e 80%, no caso de paralisação em serviços essenciais à população: saúde, abastecimento de água e energia, transporte coletivo e se-gurança pública. Além disso, a proposta de Aloysio Nunes tam-bém obriga a entidade sindical a demonstrar a tentativa de nego-ciar com o governo e comunicar a decisão de entrar em greve 15 dias antes de iniciar o movimen-to, limitando a remuneração dos grevistas em até 30% do que receberiam se estivessem traba-lhando.

A greve é um direito inerente ao trabalhador, exercido coletiva-mente. É decorrente de governos autoritários e intransigentes que se negam ao processo de negocia-ção coletiva e não reconhecem às reivindicações legítimas dos traba-lhadores pela melhoria das condi-ções de trabalho.

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JORNAL DO SINSPREV/SP EDIÇÃO 287- Julho de 2014 3

Estado de São Paulo no Dia Nacional de Luta com Paralisação

DIREITOS

BOTUCATU BRIGADEIRO

COTIA DRACENA

TATUAPÉ TATUÍ

SUPERINTENDÊNCIA INSS SANTANA DO PARNAÍBA

RIBEIRÃO PRETORANCHARIA

ITAQUERA QUITO JUNQUEIRA

ARARAQUARA AVARÉ BARUERI BAURU

CAMPINAS CARAPICUÍBA

FERNANDÓPOLIS GLICÉRIO

PRESIDENTE VENCESLAUMOOCA

STA CRUZ DO RIO PARDOSAÚDE

SÃO MIGUEL PAULISTA TAQUARITUBA

VILA PRUDENTE XAVIER DE TOLEDO

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JORNAL DO SINSPREV/SPEDIÇÃO 287 - Julho de 20144

MOBILIZAÇÃO

Judicialização da luta dos trabalhadores

Fenasps e Sinsprev/SP participam de audiência pública no Senado

Uma calorosa discussão acon-teceu no dia 15 de maio de 2014 na audiência pública

realizada no plenário 9 da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal.

Sob a coordenação do senador Paulo Paim e com a participação de representações da Direção e Assessoria Jurídica da Fenasps, Geap e Ministério do Planejamento, a audiência pública, cujo tema era "Qualidade de vida do aposentado e pensionista é uma ques-tão de justiça social", teve nas falas dos

representantes da Federação enfoque à urgente necessidade de correção sala-rial que considere a paridade entre ati-vos e aposentados e ao respeito que os gestores da Geap devem ter em relação ao principio da solidariedade.

O Sinsprev/SP também se fez pre-sente e, junto com os representantes da Fenasps, se posicionaram contrá-rios aos aumentos sistemáticos da Geap, que tem comprometido em muitas vezes mais de 50% do salário dos servidores da Carreira da Seguri-dade Social.

APOSENTADOS

Dirat a� rma que senha não deve respeitar horário de agendamento

O Memorando Circular nº 11, editado pela Dirat, representa mais um capítulo nas di� cul-

dades criadas pelo INSS para o cum-primento dos indicadores das Agências e, consequentemente, podendo afetar diretamente o turno estendido.

Os servidores que trabalham nas APSs lidam diariamente com segura-dos que chegam horas antes do horário pré-agendado, criando impasse na dis-tribuição de senha, uma vez que uma espera superior a duas horas afeta a meta estabelecida pela Administração.

A Diretoria de Atendimento, por

meio desse memorando circular, alega que a obrigatoriedade da entrega de se-nha no momento da chegada do segu-rado a Agência é prevista na Resolução nº 30, bem como é orientação da Con-troladoria Geral da União, porém não especi� ca como o servidor deve agir para atender esses segurados, o agen-damento e a demanda espontânea sem prejudicar o índice de atendimento em até duas horas após a distribuição da senha.

Limita-se a justi� car tal procedi-mento como forma de “proporcionar subsídios para ações estratégicas do

Instituto”. Cita como exemplos a ade-quação do espaço físico e compra de mobiliário, além de “propostas de ho-rário de funcionamento e atendimento das unidades.”

A necessidade de ampliação do es-paço físico e compra de mobiliários na grande maioria das agências do INSS não é novidade alguma, muito pelo contrário, o Sinsprev/SP tem uma sé-rie de denúncias das péssimas condi-ções de trabalho a que são submetidos os servidores e, consequentemente, a precariedade no atendimento do segu-rado.

A diminuição do tempo de espe-ra só será resolvida com a contrata-ção de servidores, reestruturação das Agências e sistemas adequados. Me-didas desse tipo exploram ainda mais os servidores, expondo-os à popula-ção para camu� ar a responsabilida-de do governo pela deterioração do atendimento.

Esse memorando circular junta-mente com a decisão do Supremo Tri-bunal Federal garantindo atendimento preferencial aos advogados aumentará o caos já existente nas Agências, preju-dicando servidores e segurados.

Um dos principais legados da Copa do Mundo no Brasil é a criminalização dos movimen-

tos sociais e a transformação da luta dos trabalhadores em caso de polícia. Antes e durante os jogos o cenário fora dos estádios foi de repressão violenta aos que lutam por garantir seus direi-tos e questionam os valores gastos com esse mundial.

A cidade de São Paulo foi o palco de dois grandes movimentos da classe trabalhadora. O primeiro com os ro-doviários, responsáveis pelo transporte coletivo urbano, e o segundo com os metroviários. Nos dois casos a polícia foi acionada e agiu com truculência contra os manifestantes.

O judiciário, ao invés de garantir a lei e o legítimo direito de greve, impôs multas altíssimas ao Sindicato dos Me-

troviários de São Paulo ao determinar que, durante a greve, o Metrô deveria operar com sua capacidade máxima em horários de picos, ou seja, inviabi-lizou o movimento da categoria e per-mitiu 42 demissões arbitrárias, com o agravante de justa causa.

Os ataques sofridos pelos rodo-viários e metroviários atingem toda classe trabalhadora. A truculência da prefeitura, do governo estadual e do judiciário para tratar de um legítimo direito dos trabalhadores abre caminho para que atitudes como essas se expandam às demais categorias, tanto do setor privado quanto público, como na greve das universidades federais onde foram impostas multas milionárias aos sindicatos para acabar com o movi-mento grevista.

INSS

O Sinsprev/SP acompanha de per-to toda a luta desses trabalhadores,

aprovando em seus fóruns o apoio pela readmissão dos metroviários.

O Sinsprev/SP acompanhou a audiência pública

Servidores do Sinsprev/SP apoiam a luta dos metroviários

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JORNAL DO SINSPREV/SP EDIÇÃO 287- Julho de 2014 5

INTERIOR

Servidores da GEX protestam em visita da Administração

A Delegacia Regional do Sins-prev/SP em Campinas, junta-mente com uma comissão de

servidores da GEX Campinas, organi-zaram um protesto contra a tentativa, por parte da Superintendência do INSS em SP (SR1), de ampliar o número de vagas de agendamento de serviços.

A superintendente, Dulcina de Fátima Golgato Aguiar, e o diretor de Atendimento, Ricardo Ferro, con-vocaram gerentes das APSs Pedreira, Campinas Carlos Gomes, Campinas (centro), Campinas Amoreiras para uma reunião na GEX Campinas. Os servidores organizaram uma comissão e, juntamente com representantes da Regional do Sinsprev/SP, solicitaram à superintendente a participação na reu-nião, uma vez que o INSS prega que todas as metas de atendimento são dis-cutidas e construídas coletivamente pe-las agências. Porém, a realidade é mui-to diferente do discurso o� cial, pois a superintendente impediu que os servi-dores participassem da reunião, onde poderiam levar relatos e debater as con-dições de trabalho as quais estão sub-metidos. A superintendente chegou a

CAMPINAS

sugerir que permitiria apenas a partici-pação de servidores não sindicalizados, proposta essa que não foi aceita pelos servidores. Mais uma vez, comprova-se que o discurso da construção das metas de forma democrática é uma mera falá-cia, pois quando é objetivo da institui-ção preservar apenas os seus interesses, não existe nenhuma preocupação com a sobrecarga de trabalho e adoecimento dos seus servidores.

Mesmo com a recusa da Adminis-tração do INSS para que os servidores participassem da reunião, foi colocado para a superintendente a situação de estresse, sobrecarga e adoecimento dos servidores nos locais de trabalho e que sem a realização de concurso público e contratação de funcionários seria im-possível qualquer aumento no número de agendamentos.

A comissão de servidores convidou a superintendente para que fosse até a APS e atendesse alguns segurados para se familiarizar com o rimo de tra-balho nas Agências. Surpreendida, a superintendente mostrou-se ofendida com o convite dos servidores e, inclu-sive, esboçou um sorriso de escárnio

com a proposta. Tal atitude provocou indignação nos servidores cujo traba-lho é de extrema importância para a sociedade, atendendo todos os dias milhares de cidadãos, trabalho esse ne-gligenciado e desvalorizado pelos ges-tores do INSS.

Os servidores da GEX Campinas produziram um documento, que foi protocolado junto a Ricardo Ferro, expressando o descontentamento com

a imposição de metas abusivas e ques-tionando o atual modelo de gestão do INSS que tem foco apenas nas metas, abandonando os trabalhadores do Ins-tituto à própria sorte. Além disso, foi de� nido que se houver aumento do número de agendamentos, não será possível atender a demanda não agen-dada, criando sérios prejuízos aos se-gurados que comparecem ao INSS em busca de informações.

Condições de trabalho no limiteBATATAIS

O Sinsprev/SP realizou reunião com os servidores da APS Batatais para debater os prin-

cipais problemas da Agência e encami-nhar a mobilização dos servidores.

A APS Batatais, como a grande maioria das Agências do INSS, sofre com a falta de funcionários para atender toda a demanda. Para agravar a situação, não está contemplada com o turno es-tendido, em decorrência de ter � cado por algum tempo sem servidor para o cargo de che� a, um dos requisitos para a realização da jornada de 30 horas.

Diante dos problemas enfrentados,

muitos servidores têm adoecido, mas evitado tirar licença, pois Batatais é uma cidade com mais de 100 mil habi-tantes, gerando uma grande demanda no INSS.

A Agência também necessita de reformas. A precariedade chegou a tal ponto que a perícia médica divide a sala, sem janela, com o serviço social e o banheiro utilizado pelos servidores � ca nessa sala.

O Sinsprev/SP encaminhou os problemas da APS Batatais à Superin-tendência Estadual do INSS exigindo providências

PRESIDENTE PRUDENTE

Assédio moralO assédio moral foi o tema da pa-

lestra promovida pela Delegacia Regional do Sinsprev/SP em Pre-

sidente Prudente, em 6 de junho de 2014, que contou com a presença de servidores ativos e aposentados e da Secretaria de Dele-gacias e Núcleos do Sinsprev/SP. A palestra foi preferida pela procuradora do Trabalho, Renata Aparecida Crema Botasso Tobias.

A procuradora iniciou o debate concei-tuando o assédio moral para que o traba-lhador possa identi� cá-lo: “Toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos,

escritos que possam trazer danos à persona-lidade, dignidade ou integralidade física ou psíquica de uma pessoa, por em perigo seu em-prego ou degradar o ambiente de trabalho.”

Segundo informou, as principais carac-terísticas do assédio moral são a reiteração e frequência da conduta abusiva, degradação das condições de trabalho. Informou que as principais práticas do assediador são a recusa de comunicação, desquali� cação da vítima, destruição da autoestima e o cor-te das relações sociais do trabalhador, além dos constrangimentos e humilhações.

De acordo com a procuradora, os es-

tudos indicam que o assédio moral pode trazer graves consequências. No campo da saúde, física e mental, declarou que é comum gerar falta de ar, fadiga, ner-vosismo, irritabilidade, dores de cabeça

e estômago, perturbações digestivas, além de ansiedade e estado depressivo, levando, muitas vezes, o afastamento do trabalhador, inclusive com abandono do emprego.

Servidores de Campinas exigem da Administração mudança nas metas

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JORNAL DO SINSPREV/SPEDIÇÃO 287 - Julho de 20146

INTERIOR

Sindicato se reúne com servidores da região de Marília

O Sinsprev/SP e sua Delegacia Regional em Marília reali-zaram reuniões com os ser-

vidores das APSs Assis, Ourinhos e Botucatu para discutir a mobilização dos servidores na Campanha Salarial Uni� cada 2014, bem como para enca-minhar as reinvindicações dos locais de trabalho.

Na cidade de Assis foram realizadas duas reuniões. A primeira com os apo-sentados e a segunda com os servido-res ativos. O Sinsprev/SP repassou aos aposentados os informes sobre as ações, Geap, campanha salarial e paridade.

Na reunião com os ativos, os ser-vidores expuseram que correm o ris-co de perderem o turno estendido por não conseguirem manter os índi-ces. Informaram que tentam manter o equilíbrio, porém esbarram na falta de funcionários para atingir as me-tas. Segundo declararam, a APS está abaixo da lotação ideal. Os proble-mas em decorrência disso já foram sentidos pelos segurados que aponta-

ram, na caixa de sugestão/reclamação da Agência, a falta de servidores no atendimento como a principal recla-mação.

OURINHOS

Em Ourinhos a situação não é mui-to diferente. A APS também corre o risco de perder o turno estendido em decorrência do número insu� ciente de servidores e das péssimas condições de trabalho. O auditório onde foi re-alizada a reunião, em 18 de março, é o retrato do descaso da administração com as instalações das Agências. Nesse local, onde funcionava a Procuradoria, o piso está solto e o ar condicionado quebrado.

O Sinsprev/SP e a Regional de Ma-rília debateram a importância da mobi-lização da categoria para reverter esses problemas,.

O Sindicato também repassou in-formes sobre ações judiciais, Geap, tur-no estendido e paridade.

BOTUCATU

No dia 20 de março o Sinsprev/SP e a Regional se reuniram com os servi-dores da APS Botucatu repassando os informes sobre turno estendido, condi-ções de trabalho, metas, insalubridade. Também foi realizada uma análise da

conjuntura, tanto com relação às polí-ticas de governo como as do INSS.

Os servidores expuseram as di� cul-dades que encontram para manter os índices e a agenda da Agência.

O Sinsprev/SP acompanhará de perto a questão do turno estendido nessas três APS, mobilizando a categoria para luta.

BOTUCATU

O Manifesto dos Servidores da APS Botucatu e a uni-dade na luta para impedir

que um servidor, aprovado no últi-mo concurso para técnico do INSS, fosse encaminhado à Procuradoria

Mobilização faz Administração reverter ato de nomeação

Federal da cidade, antes mesmo de entrar em exercício, conforme de-terminou a Gerência Executiva, fez com que a Administração Central do INSS em Brasília, revertesse à si-tuação e determinasse que esse servi-

dor tomasse posse na Agência.Como já noticiado, o Sinsprev/

SP encaminhou o Manifesto da APS Botucatu à Superintendência Estadual do INSS em São Paulo e a DGP- Diretoria de Gestão de Pes-soas. Paralelamente os servidores obtiveram a con� rmação de reunião com o gerente executivo para tratar da questão, porém o gerente não compareceu a essa reunião.

Enquanto aguardavam o gerente executivo, os servidores deliberaram que, caso a medida fosse mantida, paralisariam as atividades a partir do dia 6 de maio. O Sinsprev/SP entrou em contato com a Adminis-tração em Brasília repassando essa informação. No período da tarde, o diretor de Gestão de Pessoas, José Nunes Filho, enviou e-mail infor-mando que o servidor passaria a trabalhar na APS Botucatu e não na Procuradoria.

A unidade e mobilização dos tra-balhadores da Agência foram funda-mentais para impedir mais esse ato de desrespeito à categoria. A falta de servidores públicos em praticamente todas as unidades do INSS já se tor-nou uma calamidade, causando inú-meros problemas físicos e mentais na categoria, que tem de cumprir me-tas que não estão de acordo com a estrutura oferecida pelo governo. A APS Botucatu é um claro exemplo dos problemas de gestão do INSS. Não faz sentido o encaminhamento de um servidor para a Procuradoria enquanto a Agência tem carência ex-trema de funcionários.

Manifesto dos Servidores de

Botucatu

Fique informado das atividades de seu Sindicato e de toda à categoria.Acesse o site do Sinsprev/SP: www.sinsprev.org.br

e curta a página no Facebook

Em Assis um dos principais problemas é o número insu� ciente de servidores

Servidores de Botucatu fazem manifesto e conquistam reivindicação

Page 7: Jornal do Sinsprev/SP - Edição nº 287

JORNAL DO SINSPREV/SP EDIÇÃO 287- Julho de 2014 7

INTERIOR

Precariedade nas instalações da APSUm galpão adaptado que sequer

possui o atual padrão de desig-ner do INSS é onde funciona

a APS Jaú. Os balcões de madeira e a Agência de cor verde não são proble-mas, mas demonstra a falta de gestão da Administração nessa APS que não possui rota de fuga e só tem uma porta que serve de entrada e saída. O mesmo galpão também abriga, em seu primeiro andar, a Procuradoria.

O problema estrutural da Agência foi a principal denúncia dos servidores na reunião realizada com o Sinsprev/SP e sua Delegacia Regional em Marília.

Segundo informaram, foram inú-meras as promessas de mudança da APS para um prédio mais adequado, inclusive com visita da Coordenação de Logística de Brasília, porém, ano após ano, nenhuma medida concreta foi tomada pela Administração. Para os

JAÚ

servidores, a solução seria a construção de uma Agência em um terreno que o INSS possui na cidade de Jaú, mas a Administração prefere pagar R$ 8 mil de aluguel por um galpão adaptado que apresenta inúmeros sinais de umidade e bolor.

Os servidores também estão receosos porque nas proximidades há um córre-go, com muito mato, facilitando a pro-liferação de insetos. Há poucos dias foi achado um escorpião dentro da APS.

O Sinsprev/SP encaminhará à Su-perintendência Estadual à reivindicação da categoria em Jaú para que sejam to-madas medidas urgentes para a mudan-ça da Agência.

MOBILIZAÇÃO

O Sinsprev/SP e sua Delegacia Re-gional repassaram os informes sobre

as ações judiciais do Sindicato e, tam-bém, sobre os aumentos abusivos da Geap. Também convocaram a catego-

ria a participar da mobilização nacio-nal dos servidores federais na Campa-nha Salarial 2014.

Jales: Luta pelo turno estendidoA Delegacia Regional do

Sinsprev/SP em São José do Rio Preto realizou reu-

nião com os servidores da APS Jales para debater e encaminhar a mobilização da categoria para im-

pedir a perda do turno estendido, em decorrência da chefe de Serviço de Benefício ter renunciado à fun-ção.

A Delegacia Regional, junta-mente com os servidores, também

se reuniu com a gerente da APS na tentativa de encontrar uma so-lução para o problema.

Em reunião com o gerente Executivo da região de São José do Rio Preto foi acordado com a Re-

gional do Sinsprev/SP, a poster-gação do risco da perda do turno estendido até a nomeação de um substituto para a Che� a de Ser-viço de Bene� cio, o que acabou ocorrendo.

AVARÉ

Instalações com sérias rachaduras coloca APS em risco

O Sinsprev/SP reuniu-se, no iní-cio de maio de 2014, com os servidores da APS Avaré que há

anos reivindicam melhorias no prédio em que está instalada a Agência e, até o mo-mento, nenhuma providência concreta foi tomada pela Administração do Instituto.

Segundo as apurações do Sinsprev/

SP, o prédio é alugado por aproximada-mente R$ 12.000,00 e apresenta sérios riscos estruturais, pois ao que tudo indica uma coluna está rachando, além do fato de existir um rio embaixo da edi� cação e que tem provocado rachaduras no chão.

As instalações já abrigaram uma fu-nerária. Com a adaptação para o INSS,

a sala onde preparavam os corpos e � -cavam os freezers hoje é utilizada como arquivo, não havendo ventilação algu-ma, deixando o ambiente abafado e com mal cheiro muito forte. No mes-mo local, há uma espécie de caixa em alvenaria, na qual aparentemente eram lavados os corpos, segundo relato dos servidores. Dentro dessa caixa tem uma escada e um motor pequeno e velho que também exala cheiro forte.

A Agência tem muitos focos de umidade, provenientes principalmente das chuvas que penetram pelo teto por todos os ambientes. Em alguns locais, os servidores improvisaram uma lona para evitar que molhe documentos. É comum partes do forro caírem, pois a estrutura que os segura é precária.

Outro agravante dessa Agência é que não existe uma rota de fuga. Há uma porta que funciona como entrada e saída. Além da ventilação ser precá-ria, o aparelho de ar condicionado é de� ciente, pois é antigo e barulhento. Embora haja manutenção, os proble-mas que apresenta não são resolvidos.

A luta pela melhoria ou mudan-ça de prédio é antiga. Em janeiro de 2012, os servidores � zeram um re-querimento à GEX Bauru solicitando vistoria para veri� car os riscos, tanto para a categoria como para os segura-dos. Na época quatro funcionários da empresa de manutenção do ar con-dicionado caíram de uma altura de cinco metros quando diversas placas de forro cederam. Segundo apurou o Sinsprev/SP, essa empresa se pronun-ciou por escrito, declarando que não mais enviaria seus funcionários para a APS Avaré por se tratar de local de alta periculosidade.

Como resposta, vieram da Logística e do Gerente Executivo, documentos falando que já haviam veri� cado com a empresa terceirizada algumas formas de melhoria para fazer a manutenção e que tinham agendado uma vistoria para o mês seguinte, bem como que outras providências seriam tomadas para aten-der a solicitação dos servidores, porém até o momento os problemas continu-am e se agravam com o tempo.

Servidores de Jaú denunciam os problemas estruturais na APS

APS Avaré está instalada numa antiga funerária

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JORNAL DO SINSPREV/SPEDIÇÃO 287 - Julho de 20148

INTERIOR

APS é o retrato dos problemas gerados pelo PEX

ITAPEVI

O Sinsprev/SP visitou a APS Itapevi para conversar com os servidores sobre os problemas

locais. Essa Agência é fruto do PEX – Plano de Expansão de Atendimento. No � nal do ano passado, quando foi inaugurada, a Administração do INSS garantiu aos trabalhadores que aceita-ram a transferência que haveria turno estendido, porém, embora a APS tenha sido construída pelo próprio INSS, é pequena e não há espaço para 10 gui-chês de atendimento.

Atualmente cinco servidores aten-dem a demanda espontânea. A preca-riedade é tamanha que a gerente faz parte desse grupo de cinco servidores, � cando no guichê durante todo o perí-odo de atendimento. A Administração já encaminhou um formulário para os servidores assinarem remoção a pedido para a APS Itapevi e, assim, começarem a fazer as oitos horas diárias. Muitos servidores que iriam para essa Agência desistiram da remoção em decorrência das condições. Também há casos em que os gerentes não liberam os servi-dores, uma vez que não há concurso

público para suprir a falta de trabalha-dores no INSS.

A sala de espera tem capacidade para aproximadamente 20 segurados, enquanto a demanda diária gira em torno de 200 pessoas. Para agravar a situação, parte do forro caiu duas du-rante chuvas fortes e só foi consertado após a denúncia do Sinsprev/SP.

Os segurados, por sua vez, recla-mam da falta de condições de aten-dimento, das longas esperas e pela Agência não prestar todos os serviços fornecidos pelo INSS. Como o servi-dor é o que está na linha de frente, é comum sofrerem agressões verbais da população.

PEX

O Plano de Expansão de Atendi-mento é mais uma medida do governo para propagar que aumentou o atendi-mento do INSS, porém realiza pouco investimento para isso. A APS Itapevi é o retrato dessa falsa ampliação da rede. Não haverá um atendimento adequado enquanto a falta de servidores não for

suprida com a realização de novos con-cursos públicos.

A forma como esse PEX está sen-do implantado tem gerado reclama-ções em todo o país. O Sinsprev/SP obteve a informação que só na Bai-xada Santista serão inauguradas mais três Agências até o � nal desse mês de abril. Agora haverá APSs nas cidades de

Bertioga, Peruíbe e Mongaguá, porém sem a contratação de servidores. Tudo será na base da transferência dos traba-lhadores, ou seja, as Agências � carão ainda mais desfalcadas e os servidores correndo o risco de perderem o turno estendido ou por falta de trabalhador ou por não conseguirem cumprir todos os indicadores.

RIBEIRÃO PRETO

INSS corta adicional de insalubridadeEm reunião do Sinsprev/SP com

os servidores da APS Ribeirão Preto, o principal item da pauta

foi a retirada do adicional de insalubri-dade, mediante novo laudo encomen-dado pelo gerente Regional do INSS, não mais caracterizando como ativida-de insalubre o trabalho realizado pelos servidores nas APSs de Ribeirão Preto e região, com exceção dos médicos pe-ritos.

O Sindicato abordou que essa me-dida afronta diretamente a � nalidade do próprio adicional de insalubrida-de, pois atividade insalubre é conceito amplo, envolvendo circunstâncias am-bientais e pessoais dos trabalhadores aos agentes nocivos biológicos. Além de ser evidente que todos os traba-lhadores das APSs estão expostos aos agentes nocivos pela própria natureza de suas atividades no atendimento ao público, não só para a perícia médica, mas também para concessão de diver-sos benefícios.

O Departamento Jurídico, também presente na reunião, orientou os servi-dores a requererem cópia do processo

de concessão do adicional de insalubri-dade, além de cópias de contra cheques com o último pagamento do adicional, o primeiro onde já não consta e o atu-al, para que o Sinsprev/SP possa adotar todas as medidas necessárias para o seu restabelecimento.

Como a categoria estava em perí-odo de avaliação do ciclo da GDASS, foram debatidos os problemas en-frentados para o cumprimento de todas as metas, principalmente os relacionados às condições de traba-lho, que têm gerado instabilidade na seção, por estar diretamente relacio-nado à manutenção ou não do turno estendido e, também, da integralida-de do salário, composto basicamente por grati� cações. O Sinsprev/SP ex-pôs que a incorporação dessas grati� -cações é uma das principais bandeiras de luta e sempre é debatida nas reu-niões das entidades representativas da categoria com a Administração e o governo.

A importância da mobilização na Campanha Salarial 2014 dos servidores públicos federais, também foi tema de

debate na reunião. O Sinsprev/SP con-vocou a todos para participar do Dia Nacional de Luta com Paralisação, em 15 de maio de 2014.

GEX

Na oportunidade, o Sinsprev/SP vi-sitou os GEX Ribeirão Preto e em uma

rápida conversa com alguns servidores da APS, foram relatadas as mesmas di� culdades para o cumprimento das metas. Ficou acertado que Sinsprev/SP realizará reunião com todos os servido-res que trabalham no prédio da GEX para debater e encaminhar os proble-mas que enfrentam, bem como a Cam-panha Salarial.

Servidores de Ribeirão Preto mobilizados contra arbitrariedades do INSS

A construção da APS é recente, porém já apresenta problemas de estrutura

Servidor: Atualize seu cadastro junto ao Sinsprev/SP. Algumas vezes o Sindicato tem difi culdade de localizar o servidor para enviar as correspondências de ações judiciais. A atualização pode ser feita no site do

Sinsprev/SP, na sede ou nas Delegacias Regionais.

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JORNAL DO SINSPREV/SP EDIÇÃO 287- Julho de 2014 9

INTERIOR

Falta de servidores e condições de trabalho na APS precarizam atendimentoA Delegacia Regional em Soroca-

ba e o Sinsprev/SP estão percor-rendo as unidades do INSS em

toda a região para debater os problemas e reivindicações locais, bem como para discutir a mobilização da categoria na Campanha Salarial 2014.

A Regional e o Sinsprev/SP reuniram com a categoria da APS Salto que expôs os inúmeros problemas gerados, princi-palmente, pela falta de servidores, pois nos últimos três anos, oito trabalhadores aposentaram e a Administração não pre-encheu as vagas. A situação é tão grave, que a gerente da APS passa grande parte do dia no guichê de atendimento.

Os servidores abordaram que a Ad-ministração do INSS não observa a fal-ta de estrutura fornecida quando cobra o cumprimento das metas, com amea-ças de retirada do turno estendido.

Atualmente apenas sete trabalhado-

SALTO

res estão no atendimento da APS que, além da cidade de Salto, recebe segura-dos de outras localidades, inclusive de outras Gerências Executivas, como In-daiatuba, Campinas e Jundiaí, por não existirem vagas para agendamento nes-sas cidades, que também sofrem com a precariedade nas condições de trabalho proporcionadas pelo INSS.

Além disso, os servidores também expuseram os inúmeros problemas ge-rados pela Dataprev, por não realizar manutenção adequada nos sistemas e por, diversas vezes, sequer retorna os chamados da APS Salto.

A falta de material como toner e lacre de Correio, além da ausência de manutenção dos equipamentos de in-formática, também contribuem para agravar a pressão diária sofrida pelos servidores da Agência.

Todos esses fatores, na própria

avaliação dos trabalhadores, compro-metem o atendimento ao segurado, além de trazer prejuízos à saúde dos servidores. A Regional de Sorocaba e o Sinsprev/SP comprometeram-se em

encaminhar a Superintendência do INSS um documento abordando todos os problemas existentes na APS Salto e negociarem para que às reivindicações locais sejam atendidas.

GUARULHOS

Servidores se mobilizam pelo � m das pressões e assédio moral

A Sub Sede do Sinsprev/SP em Guarulhos e Região protoco-lou ofício, no � nal do mês de

maio, na Superintendência Estadual do INSS solicitando audiência para discutir e encaminhar diversos proble-mas que os servidores têm sofrido em toda a região.

Dentre as reivindicações está a apresentação do histórico o� cial dos processos de licitação dos novos pré-dios para as Agências do INSS Gua-rulhos, Guarulhos Pimentas e Suzano, bem como o histórico da evolução des-tes processos, demonstrando justi� ca-tivas plausíveis da não conclusão até o presente momento.

A situação da APS Guarulhos é a mais grave, em decorrência do in-cêndio que destruiu todo o primeiro andar, em fevereiro desse ano. Desde então, os servidores estão com espaço reduzido para atendimento e para os demais serviços. No documento en-tregue à Superintendência, a Sub Sede do Sinsprev/SP solicita esclarecimento o� cial do plano para resolver a situa-ção, denunciando, inclusive, a falta de espaço para abrigar servidores e segu-rados e verdadeiras disputas por com-putadores e até cadeiras para efetuar o atendimento ao público, com locais inapropriados para análise de proces-sos complexos, além do forte cheiro e sujeira do incêndio ao qual ainda estão expostos.

DEMANDA ESPONTÂNEA

Os servidores também reivindicam que o INSS, por meio de suas gerên-cias e superintendências, implemen-tem convênios de assistência mútua, tanto quanto ao uso de programas em comum, como em procedimentos de atendimento, com alguns órgãos governamentais ou não, que “criam” uma demanda excessiva de atendi-mento espontâneo nas agências onde os segurado vão em busca de informa-ções e documentos o� ciais que podem ser obtidas de outras formas (Guaru-pas, Correios, Ministério do Trabalho, Caixa Econômica Federal, Prefeitura e outros).

No documento também é exposto que, apesar da precariedade da Agên-cia Guarulhos, houve um aumento das vagas de agendamento diário que, mesmo nas condições anteriores ao incêndio, o atendimento estaria pre-judicado. Denunciam que os servi-dores são cobrados como se tivessem culpa acontecido. Para sanar esse pro-blema, reivindicam uma explicação plausível e solicitam a participação das equipes de trabalho na discussão das aberturas de vagas nas agendas e em toda e qualquer alteração rea-lizada no atendimento, acreditando que decisões conjuntas aumentam o comprometimento e geram maior re-solutividade.

ASSÉDIO MORAL

Os servidores também expõem que diariamente a gerente executiva se faz presente na Agência e que, apesar de todas as di� culdades e garantia de aten-dimento, sofrem cobranças infundadas, havendo, inclusive, desautorização das che� as imediatas. Denunciam um epi-sódio em que, em alto e bom som, a gerente executiva questionou a falta de comprometimento dos servidores com

o trabalho, durante o atendimento en-tre os segurados que aguardavam. Res-saltam que tal fato ocorreu em um dos dias que, por falta de sistema, não estava ocorrendo o atendimento normalmen-te. Relatam, ainda, que de forma contí-nua e intimidatória, a gerente executiva vem abordando os servidores, durante o atendimento.

Até o fechamento dessa edição do Jor-nal do Sinsprev/SP à Superintendência do INSS não havia agendado a audiência.

Falta de estrutura na APS Salto di� culta cumprimento das metas

AMEAÇA BOMBA

Para piorar a situação, os servidores da APS Guarulhos foram surpreendidos, em 3 de junho, com a ameaça de uma bomba na Agência. Após encontrarem um pacote suspeito no banheiro, a Polícia Militar foi acionada e o prédio totalmente evacuado. No momento havia cerca de 200 segurados na Agência, além dos ser-vidores.

O esquadrão antibombas detonou o pacote que, segundo declarações da PM à Imprensa, não era uma bomba.

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JORNAL DO SINSPREV/SPEDIÇÃO 287 - Julho de 201410

No Dia Nacional de Mobilização servidores entregam pauta de reivindicações

SAÚDE

Servidores da Saúde debatem reivindicações com a Administração

Os servidores da Saúde re-alizaram um ato público em frente ao Núcleo Es-

tadual do Ministério da Saúde em São Paulo, em 15 de maio de 2014, Dia Nacional de Luta, denuncian-do o descaso do governo com a Saúde Pública Brasileira e com os servidores.

Após a manifestação, uma co-missão foi recebida pela chefe de Gestão da Administração do Nuesp. Dentre os assuntos deba-tidos nesse encontro está a reposi-ção da greve de 2012, avaliação de desempenho, cedidos, condições de trabalho, relógio eletrônico e jornada de oito horas, bem como a Mesa Setorial de Negociação que os servidores do estado de São Paulo reivindicam.

A reunião permitiu delinear qual a dinâmica que a Administração local pretende dar a Mesa Setorial de Negociação em São Paulo, pre-vista para 30 de julho, porque há pendências, como por exemplo, em relação ao protocolo assinado pelo Ministério da Saúde e as entidades representativas que não teve eco no MPOG e que prevê o pagamen-to de 100 pontos da GDPST para esse segmento, ou seja, que sejam excluídos do ciclo de avaliação de desempenho pela situação adversa a que estão submetidos nas diferentes gestões, tanto públicas quanto pri-vadas.

De acordo com a composição apresentada pela Administração, boa parte da representação do Mi-nistério em São Paulo está restrita ao Núcleo, sendo que não existe re-presentação dos servidores cedidos. Para o Sinsprev/SP essa parcela da categoria deve ter uma representa-ção junto a essa Mesa.

O Sinsprev/SP questionou a chefe de Administração sobre os critérios utilizados pelas che� as para indicação de servidores dos setores do Núcleo Estadual, sem

qualquer tipo de discussão com os "representados". Embora a chefe tenha dito que não tem obrigação de consultar o Sindicato sobre suas indicações, teceu seus comentários de como acha que a bancada sindi-cal deve indicar sua representação da bancada sindical, que terá di-reito a três efetivos e três suplentes, tanto para o Sinsprev/SP quanto para o Sindsef.

GREVE DE 2012

A chefe de Administração de-clarou categoricamente que não irá reconhecer a reposição da greve de 2012 registrada quando vigorava o ponto impresso. Segundo infor-mou, orientou as che� as a não assi-narem as folhas de frequências dos servidores nesta situação. O Sins-prev/SP argumentou que houve um acordo nacional e, portanto, válido para todos os estados da federação e não aceitaria que somente em São Paulo os servidores sejam tratados de forma diferenciada por entender que isso signi� ca retaliação política aos grevistas.

Os servidores veri� caram que no ponto eletrônico foram lança-das as horas a serem compensadas em decorrência da greve 2102 (al-guns com mais de 200 horas) sem que a Administração tenha entre-gado qualquer noti� cação ou rea-lizado discussão com os servidores ou mesmo com o Sinsprev-SP e a Fenasps, mesmo estando a pratica-mente a dois meses do encerramen-to no prazo para a reposição, que se encerra em 31 julho de 2014.

Em reunião realizada com o Sinsprev/SP, em agosto de 2013, o SEGEP se comprometeu a oferecer as planilhas das horas repostas e não o fez, alegando aguardar consultas da COLEP em Brasília, porém até o momento não houve resposta o� -cial.

Quanto à avaliação de desem-

penho, o Sinsprev/SP abordou que até o momento não houve reunião com participação da representa-ção dos servidores, uma vez que não saiu a publicação em DOU de novos nomes para substituir os dois antigos representantes do Sinsprev/SP no SUBCAD que se aposentaram.

Outro problema apresentado, foi os dos funcionários do Núcleo Estadual que antes da instalação do relógio de ponto, chegavam ao tra-balho antes das 7h00, porém agora estão sendo impedidos de entrarem no prédio antes desse horário. O Sinsprev/SP argumentou que a re-gião em que está localizado o Nú-cleo Estadual apresenta inúmeros problemas de transporte e, princi-palmente, de segurança, e que essa atitude demonstra falta de preocu-pação com a integridade física dos servidores.

Também abordou que os servi-dores que entram no trabalho no período da tarde, fazem sua hora de descanso, como se fosse o “almo-ço”, por volta das 18 ou 19 horas, porém após esse horário não é mais permitida a entrada no prédio, que sequer tem refeitório.

Quanto às condições de traba-

lho, foi cobrado o sub aproveita-mento de vários servidores, uma vez que existem dados coletados de que a média tem formação escolar acima do exigido para suas fun-ções, muitos, inclusive, com nível universitário, pós-graduação e es-pecialização. Por � m, enfatizamos as precárias condições de trabalho por falta de material, inclusive de computadores para servidores exer-cerem suas atividades.

MOBILIZAÇÃO

O Sinsprev/SP e a categoria não permitirão que, mais uma vez, o go-verno utilize de uma reivindicação histórica do movimento, como a Mesa Setorial de Negociação, para atacar, desrespeitar ou até mesmo extinguir os direitos e garantias conquistadas por meio de muita luta ao longo de décadas. Também não aceitarão qualquer tipo de as-sédio moral, intimidação ou cons-trangimento por parte de che� as que comporão esta Mesa. A partir do pressuposto de que a Mesa pre-coniza a democratização nas rela-ções de trabalho.

A mobilização da categoria é a garantia das conquistas.

Falta justi� cada em função de greve do transporte coletivo

O Núcleo Regional do Minis-tério da Saúde em São Paulo está exigindo dos servidores

que não conseguiram chegar à uni-dade no dia 22 de maio de 2014, em decorrência dos condutores do trans-porte público da cidade de São Paulo, a reposição desse dia.

O Departamento Jurídico do Sins-prev/SP informa que é garantida a falta justi� cada do servidor que se ausentou do trabalho em função dessa greve. A não obrigatoriedade da reposição está prevista no Código e Descrições para o Preenchimento da Ocorrência da Folha de Ponto.

Para não sofrer o desconto salarial ou ter de repor as horas, o servidor deve justi� car em seu ponto: Falta por mo-tivo de força maior: greve dos traba-lhadores do transporte público de São Paulo, conforme previsto, sob o nº 99003, no Código e Descrições para o Preenchimento da Ocorrência da

Folha de Ponto.Caso o Núcleo Estadual do Mi-

nistério da Saúde em são Paulo queira realizar o mesmo procedimento em decorrência da greve dos trabalhado-res metroviários, realizada no início do mês de junho, o servidor deve fazer o mesmo procedimento.

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JORNAL DO SINSPREV/SP EDIÇÃO 287- Julho de 2014 11

ANVISA

MPF investiga fechamento do Posto em Congonhas

O Ministério Público Federal aceitou a representação do Sinsprev/SP para investigar a

denúncia do fechamento do Posto da Anvisa no Aeroporto de Congonhas. Em sua denúncia, o Sinsprev/SP infor-mou que a coordenadora da Anvisa no estado de São Paulo, Lúcia Simon, ha-via anunciado, aos servidores, que essa unidade seria fechada até 30 de abril de 2014 e que teriam de optar por um novo local de trabalho até o dia 23 de abril.

A coordenadora, quando noti� ca-da pelo MPF a prestar esclarecimentos sobre a denúncia do Sindicato, infor-mou que não se tratava de fechamento, mas de reestruturação. Declarou que as atividades de produtos e mercado-rias seriam transferidas para o Posto da Anvisa no Aeroporto de Guarulhos e a � scalização nas aeronaves, serviços de área restritas e infrações sanitárias se-riam transferidas à Vigilância Sanitária Municipal, por meio de convênio.

Na audiência realizada no dia 29 de abril de 2014 com a promotora responsável Adriana Scordamaglia, Sinsprev/SP, Fenasps, coordenadora e representante da Secretaria Municipal de Saúde, o Sinsprev/SP informou que a transferência das atividades não tem produzido resultados favoráveis nos lo-

cais onde os postos já foram fechados, como os aeroportos de Petrolina e San-tos Dumont. Para provar a fragilidade da delegação dessas atribuições a outros órgãos, salientou que, no momento da audiência, os hospitais Emílio Ribas e das Clínicas não estavam fornecendo o certi� cado de vacinação para viajante, obrigando os usuários a procurarem o Posto da Anvisa em Congonhas.

Na audiência, a coordenadora não apresentou documento comprovando o convênio com o município, negan-do, inclusive, o fechamento imediato do Posto, conforme havia anunciado aos servidores. Relatou que o processo de convênio com a prefeitura está em andamento, porém a representante da Secretaria Municipal de Saúde, a� r-mou que está em início de “conversa-ção” para veri� car a possibilidade de um convênio.

A promotora estabeleceu prazo de 60 dias para que a Anvisa apresente seu plano de reestruturação, garantindo a manutenção de atribuições, mesmo que delegadas ao município ou ao estado.

MOBILIZAÇÃO

O fechamento de Posto da Anvisa em Congonhas é mais um na lista dos problemas de gestão nesse governo. Ao

invés de realizar concurso público para suprir a falta de servidores, a coordena-dora em São Paulo pretende fechar essa unidade para suprir a falta de trabalha-dores no Aeroporto de Guarulhos.

A mobilização da categoria, com atos públicos dentro do aeroporto e em frente a Coordenação em São Paulo, foi fundamental para evitar o fechamento nesse momento, possibilitando que o Sinsprev/SP entrasse com essa repre-sentação.

A coordenadora da Anvisa no esta-do de São Paulo, Lúcia Simon, conti-

nua negando não só a participação dos servidores da Anvisa no estado de são Paulo em reuniões das entidades sindi-cais como também em reuniões o� ciais, convocadas pelos órgãos da administra-ção, inclusive negando a liberação dos servidores para participarem da reunião agendada com o diretor presidente da Anvisa, Dirceu Brás Aparecido Barbano, fato que foi revertido após determinação de Brasília, para discutir o fechamento do Posto de Congonhas. Con� gurando assédio moral e crime contra a liberdade da organização sindical.

REDISTRIBUÍDOS

Os servidores do INSS redis-tribuídos para a Receita Fe-deral do Brasil, em 2007,

tiveram, à época, a garantia de preser-vação de todos os direitos da carreira do Seguro Social, ou seja, do seu vín-culo com o INSS, até que fosse cria-da uma carreira especí� ca na Receita Federal. Passados todos esses anos, além da não criação da nova carreira, os servidores perderam alguns direitos em relação aos que permaneceram no Instituto.

Para reivindicar a solução dessas questôes, o Sinsprev/SP e a Delegacia Regional de Presidente Prudente reu-niu-se com o superintendente-adjunto da Receita Federal do Brasil no Estado de São Paulo, Marcelo Barreto. Nessa reunião foram abordados os problemas que esses trabalhadores estão enfren-tando com relação ao Plano de Saúde Geap e a averbação do tempo insalubre exercido até dezembro de 1990, perío-do celetista.

Sinsprev/SP negocia manutenção de direitos dos servidores

GEAP

Em relação ao plano de saúde, o Sinsprev/SP colocou ao superinten-dente adjunto que o novo contrato � r-mado entre a Geap e o Ministério da Fazenda, diferentemente do contrato com o INSS, não prevê o valor per ca-pita pago pelos co-patrocinadores aos pais dependentes. Em decorrência dis-so, para incluir seus pais dependentes, o servidor tem de pagar esse valor.

O Sinsprev/SP requereu que a Ad-ministração da Receita Federal faça um termo aditivo a esse contrato para que os redistribuídos não percam esse direi-to. Em sua exposição o Sindicato argu-mentou que a lei 11.457 de 16 de mar-ço de 2007, que trata da redistribuição, garante que os servidores “perceberão seus respectivos vencimentos e vanta-gens como se em exercício estivessem no órgão de origem”.

O superintendente adjunto reco-nheceu que a reivindicação é legítima,

comprometendo-se a encaminhá-la aos setores competentes para análise e solu-ção do problema.

AVERBAÇÃO

Com relação à averbação do perí-odo exercido em atividade insalubre até dezembro de 1990, o Sinsprev/SP expôs que os Recursos Humanos da Receita Federal do Brasil têm se negado a procedê-la, alegando que o INSS deve emitir certidão de tempo de serviço sobre esse período especial. O Sindicato explicou que os assentos funcionais dos servidores encontram--se hoje junto ao RH da Receita Fe-deral, impedindo, dessa forma, que o INSS emita essa certidão de tempo de serviço. Alegou, ainda, que muitos servidores já tinham averbado esse pe-ríodo especial quando redistribuídos para a Receita Federal, de acordo com as normas vigentes à época, e que a Receita Federal não pode desconside-

rar esse período. Em sua exposição, o Sinsprev/

SP também argumentou que se apli-ca aos servidores redistribuídos a Orientação Normativa nº 15, de de-zembro de 2013, do Ministério do Planejamento, que estabelece os pro-cedimentos para comprovação e con-versão do tempo especial em tempo comum pelos servidores submetidos ao regime CLT. Como trata-se de um direito adquirido no período de vín-culo junto ao INSS e a conversão e averbação desse período vem sendo cumprido aos servidores do Instituto, deverão os RHs da Receita Federal proceder a averbação, para assegurar os mesmos direitos, nos termos da lei da redistribuição.

O superintendente adjunto, nova-mente, considerou legítima a reivindi-cação e comprometeu-se a encaminhar o pleito para a Administração em Bra-sília para que seja publicada uma orien-tação aos RHs.

Servidores da Anvisa lutam contra o fechamento do Posto em Congonhas

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JORNAL DO SINSPREV/SPEDIÇÃO 287 - Julho de 201412

JURÍDICO

JORNAL DO SINSPREV - É uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo. - Filiado a Fenasps - Jornalista responsável, editoração e diagramação: Mila Natour (MTb: 18.196). Estagiário: Flávio Costa. Fotolitos e Impressão: Editora Forma Certa. Tiragem: 23 mil exemplares. Endereços: Sede Capital – Centro: Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar – Centro - Fone: (11) 3352-4344 - CEP: 01034-000 - E-mail: [email protected] - Site: www.sinsprev.org.br - Sub-Sede de Guarulhos: Rua Dr. Eloy Chaves, 208 - Vila Sorocabana - Guarulhos – SP - Fone (11) 2421-0175 - CEP: 07024-181 - [email protected] Delegacia Regional de Araçatuba: Rua Euclides da Cunha, 237 – Vila Bandeirantes - Fone/Fax: (18) 3625-9002 - CEP: 16015-495 - E-mail: [email protected] Delegacia Regional da Baixada Santista: Rua Sergipe, n° 1 - Gonzaga - Santos - CEP: 11065-001 - Fone (13) 3322-3028 - E-mail: [email protected] - CEP: 11065-001. Delegacia Regional de Campinas: Rua Delfi no Cintra, 618 - Botafogo - Fone (19) 3325-4344 - CEP 13020-100 - E-mail: [email protected] Delegacia Regional de Marilia: Paulino da Silva Lavandeira, 168 - Bairro: Fragata - CEP: 17501-250 Fone/Fax: (14) 3433-8159 - E-mail: [email protected] Delegacia Regional de Piracicaba: Av Armando Salles Oliveira, 642 – Centro – Piracicaba - CEP: 13400-005 - Fone/Fax (19) 3434-3309 e (19) 3371-4661- E-mail: [email protected] Delegacia Regional de Presidente Prudente: Rua Francisco Machado de Campos, 503 - Vila Nova - Presidente Prudente - Fone (18)-3221-9859 - E-mail: [email protected] - CEP: 19010-300. Delegacia Regional de Ribeirão Preto: R. Amador Bueno, 983 – Centro - Ribeirão Preto - Fone/Fax (16) 3625-3228 - E-mail: [email protected] - CEP: 14010-070. Delegacia Regional de Sorocaba: Rua Jaçanã, nº 88 - Vila Jardini - Sorocaba - Fone (15) 3326-4340 - CEP 18044-220 - [email protected] Sub-Sede de Barretos: Rua Avenida 13, 570 – Centro - Barretos – SP - CEP: 14780-615 - (17) 3323-3674 - E-mail: [email protected] - [email protected] - [email protected] - Delegacia Regional de São José do Rio Preto: Rua Boa Vista, nº 971 - Boa Vista - São José do Rio Preto - Fone/Fax (17) 3215-3648 ou 3022-1628 - CEP: 15025-010 - São José do Rio Preto – SP - E-mail: [email protected] - Delegacia Regional do Vale do Paraíba: Rua Áurea, 62 – Centro - São José dos Campos - CEP: 12209-600 - Fone/Fax (12) 3923-9037 - E-mail: [email protected] - DIRETORIA COLEGIADA - SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO: Gilceli Leite Lima (Licenciada), Felipe Radiante, Vanderlei Lemes da Silva. SECRETARIA DE APOSENTADOS: Evardo Rosa. SECRETARIA DE ASSUNTOS JURÍDICOS: Gilberto dos Santos, Gilmar Rodrigues Miranda, Jesiel Santo Silva. SECRETARIA CULTURAL E DE POLÍTICAS SOCIAIS: Diná dos Santos Neres, Rosalina Soares Poneda, Vania Regina dos Anjos da França. SECRETARIA DE DELEGACIAS E NÚCLEOS: Eduardo Aparecido Franco, Maria Aparecida dos Santos Santana, Maria Rodrigues do Amorim. SECRETARIA DE FINANÇAS: Irene Guimarães dos Santos, Nelson Novaes Rodrigues (Licenciado), Rita de Cassia Assis Bueno. SECRETARIA DE FORMAÇÃO SINDICAL E POLÍTICA E RELAÇÕES INTERSINDICAIS: Cecília Gomes dos Santos Amarante, João Maia, Rita de Cassia Pinto. SECRETARIA DE IMPRENSA E DIVULGAÇÃO: Cristiano dos Santos Machado, Filipe Augusto Gois Alves, Mario Jorge Ferreira. SECRETARIA DE SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL: Deise Lúcia do Nascimento, Maurício Ariovaldo Amalfi , Roberta Almeida Matarazzo. SUPLENTES: Claudio José Machado, Maria Noeme de Jesus, José Aparecido Antunes, Nilton Ribeiro de Macedo, Sueli Domingues. CONSELHO FISCAL: Ângela Láucia Piva Ruiz Dias, Antônio Ubiratã Prado, Duilio Manoel dos Santos, Gilberto Silva, Ovídio Belarmino Vieira. SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL: Lucia Helena Darbo Facio, Maurício de Campos Moreira Lima.

STF reconhece auxílio transporte para quem utiliza veículo próprio

INSS

O Tribunal Regional Federal do estado de São Paulo, por meio do desembargador fe-

deral Cotrim Guimarães, con� rmou o entendimento de que o servidor que optar em não utilizar o transporte co-letivo terá direito ao recebimento do auxílio transporte.

Essa decisão decorre da negativa de seguimento ao agravo de instrumento interposto pelo INSS e mantém o en-tendimento do juiz da 22ª Vara Federal de São Paulo que determinou o resta-belecimento do pagamento do benefí-cio em favor de um servidor. A decisão foi publicada no Diário Eletrônico do

dia 21 de março de 2014.Essa decisão se aplica a todos os ser-

vidores federais, independentemente do órgão em que esteja lotado, além de formar forte jurisprudência no sentido de garantir esse direito.

Para não efetuar o pagamento, o INSS se fundamenta em orientação do Ministério do Planejamento prevendo que o auxílio transporte só é devido aos servidores que se utilizam de trans-portes coletivos, devendo o servidor apresentar o comprovante no caso de utilização de transporte intermunicipal ou interestadual. O Sinsprev/SP tem informações de que em alguns locais de

trabalho, as che� as chegaram a veri� car no estacionamento do INSS se o servi-dor havia ido trabalhar de carro.

O recebimento do auxílio trans-porte foi normatizado pela Medida Provisória 2.165-36/2001, na qual está previsto que essa verba tem natu-reza indenizatória, portanto, indepen-dentemente do meio de transporte, o servidor tem direito ao ressarcimento dos valores gastos ou que gastaria caso utilizasse o transporte coletivo.

AÇÕES

O Sinsprev/SP orienta os servidores

que estão sem receber o auxílio transpor-te a preencherem requerimento junto ao seu RH, apresentando o comprovante de endereço e indicando os meios de trans-portes coletivos que atenderiam suas ne-cessidades para que possa ser realizada a apuração dos valores a serem recebidos.

O Departamento Jurídico do Sins-prev/SP já obteve diversas liminares individuais nesse mesmo sentido da decisão do TRF.

Caso o INSS, mesmo após o reque-rimento, insista em negar o pagamento do auxilio transporte, o servidor deverá entrar em contado com o Departamen-to Jurídico do Sinsprev/SP.

Quando a Avaliação vira assédio moralA avaliação de desempenho tem

gerado inúmeros casos de assé-dio moral no serviço público em

geral. Muitas che� as utilizam esse mo-mento para penalizar os trabalhadores. No setor de Saúde essa prática tem sido comum tanto para os que trabalham na área administrativa do Núcleo Regio-nal do Ministério, quanto aos cedidos ao SUS. No último caso a incoerência dessa avaliação de desempenho pode ser medida pelo fato de, geralmente, o ava-liador sequer conhecer o avaliado, pois

são gestores do estado, município e até mesmo da iniciativa privada, por meio das Organizações Sociais.

No INSS essa avaliação vem com-binada com o cumprimento de indi-cadores e metas não condizentes com a realidade e as condições de trabalho fornecidas pela Instituição, como a fal-ta de servidores, sistemas falhos e pre-cariedade na infraestrutura básica das agências.

Os servidores em estágio probatório também são vítimas do assédio moral

gerado pela avaliação de desempenho. Che� as, inaptas para che� ar, pressio-nam esses servidores ameaçando-os da não efetivação em decorrência da ava-liação insu� ciente.

O resultado dessa política de avalia-ção baseada no assédio moral, na fal-ta de informação sobre a atividade do servidor ou, ainda, pela falta de con-dições de trabalho, além de reduzir o vencimento, é prejudicial ao próprio governo ao gerar problemas na saúde mental e física do trabalhador, tendo

como consequência a redução de sua capacidade de trabalho, muitas vezes levando-o até ao afastamentos médicos.

O Sinsprev/SP orienta a todos os servidores a recorrerem, com funda-mentos, a cada ponto de avaliação ne-gativa para a Comissão de Recursos. Esse é um direito que deve ser exercido e tem previsão legal nas regulamenta-ções das avaliações de desempenho. No caso de dúvidas, o servidor deve procurar o Departamento Jurídico do Sinsprev/SP.

Ações das Grati� cações da SaúdeO Sinsprev/SP alerta os servi-

dores da Saúde para não con-fundirem as duas ações que o

Sindicato está impetrando para o rece-bimento da GDPST e da GDASST. O servidor deve observar, no alto da car-ta que recebeu em sua casa, a qual das duas ações a documentação se refere.

Esse alerta é necessário, pois muitos servidores estão encaminhando mais de uma vez a documentação para a mesma

ação. Esse procedimento é entendido pelo judiciário como litigância de má fé. Caso ocorra, o juiz determina, além da devolução do montante recebido, o pagamento de multa.

GDPST

Os servidores que ainda não envia-ram a documentação para a propositura da ação da GDPST, iniciada em 2013,

ainda tem tempo de encaminhá-la ao Departamento Jurídico do Sinsprev/SP. Os documentos estão disponíveis no site do Sindicato (www.sinsprev.org.br).

GDASST

Esse ano o Sinsprev/SP está recolhendo documentação para execução da GDASST. O servidor deve aguardar o recebimento de carta do Sinsprev/SP explicando a ação,

bem como da procuração e o contrato.O Departamento Jurídico do Sins-

prev/SP está realizando um levantamen-to, por ordem alfabética, dos servidores que têm direito a ingressarem com essa ação. Esse é o motivo que alguns já re-ceberam e outros não. Por semana, o Sindicato está enviando cerca de 400 correspondências. Dessa forma, é fun-damental o servidor aguardar o recebi-mento da correspondência do Sindicato.