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JORNAL DO RACIONALISMO CRISTÃO ANO CIV – Nº 2684 – Junho / 2020 – PREÇO: R$ 3,00 Fundado em 19/12/1916 por Luiz de Mattos e Luiz Thomaz INDIVIDUALISMO O individualismo, uma das mui- tas ilusões que as pessoas vivem, as conduz ao egoísmo e às suas deriva- ções, como as ambições desmedidas, as rivalidades que aviltam, as discus- sões que ofendem. Pág. 7 criança Você dispõe dos meios para eliminar seus maus hábitos Se você tem hábitos que o de- sagradam ou o constrangem e quer livrar-se deles, basta fazer uso do raciocínio (para reconhecer esses erros), usar o livre-arbítrio (para decidir-se a corrigi-los) e a força de vontade (para lutar a fim de obter a mudança que deseja alcançar). Com esse empenho você vai adqui- rir hábitos saudáveis, agradáveis, que o transformarão em outra pes- soa, com mais ampla visão de mun- do e cercado de amigos, respeitado e admirado. Este foi o aconselhamento dos militantes do RC que atendem so- licitações de cunho espiritual a um leitor de A Razão que não se sentia bem com seu modo de ser. Pág . 4 O Racionalismo Cristão dispõe de uma equipe de militantes para atender os leitores de A Razão para lhes tirar dúvidas sobre a filosofia racionalista cristã. Essa equipe pode ser contactada atra- vés do e-mail [email protected], e seus inte- grantes terão muito prazer em oferecer esclarecimento e orienta- ção a quem os procurar. Se você, leitor, tem algum problema ou dificuldade de entendi- mento de fenômeno no campo espiritual, não hesite em nos enca- minhar sua dúvida ou experiência. Se a equipe de militantes julgar ser útil a outras pessoas o aconselhamento que der a você, poderá publicá-lo, mas sua identidade será mantida em sigilo. Lembre-se: muitos males físicos podem ser reflexos de proble- mas espirituais, e para esses o Racionalismo Cristão tem o remédio. Fale conosco FELICIDADE A felicidade está muito perto das pessoas e, portanto, fácil de ser con- quistada. Por exemplo, são felizes os que têm bom senso, levam a sério suas responsabilidades e estão con- tentes com o que têm. Pág. 7 MUNDOS-ESCOLA Admite-se que há mundos de es- colaridade além da Terra, onde os es- píritos do Astral Superior evoluem, mundos-escola superiores onde não há perturbações nem necessidade de um corpo físico. Pág. 10 Homenagem a Antonio Cottas A Razão homenageia, a cada mês de junho, o espírito que durante 57 anos esteve fisicamente à frente do Racionalismo Cristão e, após o fale- cimento, em 12 de junho de 1983, foi designado seu Presidente Astral. Du- rante sua gestão, aumentou conside- ravelmente o número de casas racio- nalistas cristãs, por isso considerado o Consolidador dessa Filosofia. Pág. 3 Em tempo de pandemia e conse- quente quarentena, as crianças pre- cisam de relacionamento social, tanto com coleguinhas com quem comparti- lhar on line jogos e brincadeiras, quan- to com os parentes, dentro de casa. Socialização Atendimento a distância A necessidade de recolhimento das pessoas em seu lares por causa da pandemia do coronavírus possibi- litou ao Racionalismo Cristão criar as reuniões públicas a distância. O comprovado acerto da medida está levando os dirigentes dessa filosofia espiritualista a dar mais um passo à frente com a criação do atendimen- to personalizado a distância. Pág 2

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Jornal do r acionalismo cristão

ano ciV – nº 2684 – Junho / 2020 – PrE Ço: r$ 3,00 Fun da do em 19/12/1916 por luiz de mat tos e luiz thomaz

criança

IN DIVID UALIS M O

O individualismo, uma das mui-tas ilusões que as pessoas vivem, as conduz ao egoísmo e às suas deriva-ções, como as ambições desmedidas, as rivalidades que aviltam, as discus-sões que ofendem. Pág. 7

criança

Você dispõe dos meios para eliminar seus maus hábitos

Se você tem hábitos que o de-sagradam ou o constrangem e quer livrar-se deles, basta fazer uso do raciocínio (para reconhecer esses erros), usar o livre-arbítrio (para decidir-se a corrigi-los) e a força de vontade (para lutar a fim de obter a mudança que deseja alcançar). Com esse empenho você vai adqui-rir hábitos saudáveis, agradáveis, que o transformarão em outra pes-soa, com mais ampla visão de mun-do e cercado de amigos, respeitado e admirado.

Este foi o aconselhamento dos militantes do RC que atendem so-licitações de cunho espiritual a um leitor de A Razão que não se sentia bem com seu modo de ser. Pág . 4

O Racionalismo Cristão dispõe de uma equipe de militantes para atender os leitores de A Razão pa ra lhes tirar dúvidas sobre a filosofia raciona lista cristã. Essa equipe pode ser contactada atra-vés do e-mail fale conosco @ ra cion alism ocr i sta o.org, e seus inte-grantes terão muito prazer em oferecer esclarecimento e orienta-ção a quem os procurar.

Se você, leitor, tem algum problema ou dificuldade de entendi-mento de fenômeno no campo espiritual, não hesite em nos enca-minhar sua dúvida ou experiência. Se a equipe de militantes julgar ser útil a outras pessoas o aconselhamento que der a você, poderá publicá-lo, mas sua identidade será mantida em sigilo.

Lembre-se: muitos males físicos podem ser reflexos de proble-mas espirituais, e para esses o Racionalismo Cristão tem o remédio.

Fale conosco

FE LI CIDAD E

A felicidade está muito perto das pessoas e, portanto, fácil de ser con-quistada. Por exemplo, são felizes os que têm bom senso, levam a sério suas responsabilidades e estão con-tentes com o que têm. Pág. 7

M U N D OS - E SCO L A

Admite-se que há mundos de es-colaridade além da Terra, onde os es-píritos do Astral Superior evoluem, mundos-escola superiores onde não há perturbações nem necessidade de um corpo físico. Pág. 10

Homenagema antonio cottas

A Razão homenageia, a cada mês de junho, o espírito que durante 57 anos esteve fisicamente à frente do Racionalismo Cristão e, após o fale-cimento, em 12 de junho de 1983, foi designado seu Presidente Astral. Du-rante sua gestão, aumentou conside-ravelmente o número de casas racio-nalistas cristãs, por isso considerado o Consolidador dessa Filosofia. Pág. 3

Em tempo de pandemia e conse-quente quarentena, as crianças pre-cisam de relacionamento social, tanto com coleguinhas com quem comparti-lhar on line jogos e brincadeiras, quan-to com os parentes, dentro de casa.

Socialização

atendimento a distância

A necessidade de recolhimento das pessoas em seu lares por causa da pandemia do coronavírus possibi-litou ao Racionalismo Cristão criar as reuniões públicas a distância. O comprovado acerto da medida está levando os dirigentes dessa filosofia espiritualista a dar mais um passo à frente com a criação do atendimen-to personalizado a distância. Pág 2

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PresidenteGilberto Silva

rePresentante regional na região norteEdiel Oliveira de Matos

rePresentante regional na região nordesteFrancisco Buarque Silva

rePresentante regional na região sulVilson Vieira

rePresentante regional na região Centro- oesteSilvana Benevides Ferreira

rePresentante regional no estado de Minas gerais Lília Rodrigues da Silva Paiva

rePresentante regional nos estados do rio de Janeiro e esPírito santoLucy Gonçalves da Costa

rePresentante regional no estado de são PauloHerval Tavares de Campos

rePresentante regional eM PortugalAntónio Lino Pinto dos Santos

rePresentante regional no norte da euroPaVitorino Chantre

rePresentante regional nos estados unidosEmmanuel Santiago

rePresentante regional nas ilhas de são ViCente, santo antão e são niColau, eM Cabo VerdeAntero Filipe dos Santos

rePresentante regional eM Cabo Verde, exCeto nas ilhas de são ViCente, santo antão e são niColau Tomé Cipriano Barreto Monteiro

RACIONALISMO CRISTÃO

A Redação não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve originais.

A Razão Empresa Jornalística Ltda.

CnPJ.: 28 345 494/0001-65 Fundadores: luiz de Mattos e luiz thomaz Diretor: gilberto silvae-mail: [email protected] Editor: João batista antunese-mail: [email protected]

Redação, Administração e Publicidade: rua Jorge rudge, 119, Vila isabel, rio de Janeiro. CeP: 20.550-220telefone: (21) 2117-2102

Para a reprodução de artigos e reportagens, favor consultar a direção.

RC já organiza o atendimento personalizado a distânciaGilberto Silva, presidente do Racionalis-mo Cristão.

durante o mês de maio, último, todas as casas racionalistas cristãos permane-ceram com suas atividades espiritualis-tas e administrativas suspensas devido às medidas cautelares tomadas por au-toridades da saúde dos diversos níveis governamentais em seus respectivos ter-ritórios, que recomendavam a continua-ção do recolhimento das pessoas em seu lares, salvo as diretamente envolvidas nos atendimentos de natureza médico-hospi-talar e nas atividades essenciais que dão suporte à vida familiar e comunitária, por conta da erupção mundial da pandemia do coronavírus, como destacamos aqui em nossa coluna, mês passado.

no entanto, o racionalismo Cristão, na sua faina de fortalecer, esclarecer e espiritualizar os seres humanos que buscam seus ensinamentos e seguem a disciplina de vida preconizada pela nos-sa Filosofia, criou as reuniões Públicas a distância (rPd), através da internet, como também noticiamos na última edi-ção de A Razão.

assim, é com muita alegria que cons-tatamos a realização dessas reuniões públicas “em casa”, como gostamos de dizer, por muitas casas racionalistas cris-tãs em todo o mundo. no início, diversas dificuldades técnicas tiveram que ser su-peradas, tais como, conexões fracas de internet, aprendizado de novas tecnolo-gias digitais pela maioria das pessoas en-volvidas, disciplina dos horários etc.; mas quando o ser humano tem um objetivo nobre e elevado supera os obstáculos, e foi o que aconteceu com dirigentes-gerais de nossas Casas e de militantes e assistentes, pois estão convictos de que

unidos, mesmo que virtualmente, forma-mos importantes polos atrativos para as Forças superiores poderem beneficiar toda a humanidade com seus fluidos revigoradores e intuições, em especial aqueles que estão na linha de frente no combate à pandemia e também aos cien-tistas e pesquisadores que estão numa corrida contra o tempo para descoberta de tratamentos eficientes e de vacinas contra esse mal.

logo, todos foram percebendo que as reuniões públicas a distância esta-vam cada dia mais vigorosas e úteis a todos, seja pela disciplina da limpeza psíquica praticada em conjunto e pelos esclarecimentos e orientações espiritu-alistas transmitidos de maneira a ajudar nossos assistentes em suas reflexões acerca da vida, seja pelo bem-estar es-piritual que todos sentem emanado da união das pessoas participantes dessas reuniões e da ação benfazeja das Forças superiores.

Pois foi com base nessa experiência exitosa que vislumbramos a possibili-dade de criarmos o atendimento Per-sonalizado a distância (aPd) e no dia 2 de maio passado realizamos a 2ª reu-nião Mundial de dirigentes-gerais do racionalismo Cristão para apresentar a ideia e ouvir sugestões, ponderações e comentários com base na experiência de cada um sobre o tema. no dia 5 de maio, encaminhamos a todos a norma do atendimento Personalizado a dis-tância que tem por objetivo primordial fortalecer espiritualmente aqueles que nos procuram pelo Whatsapp, skype ou Zoom e também dirimir dúvidas sobre os ensinamentos divulgados e defendidos pelo racionalismo Cristão. Constata-se, portanto, como afirma nossa Filosofia,

que podemos criar nas situações difíceis, como tem sido a pandemia do coronaví-rus, oportunidades para o desenvolvi-mento espiritual de todos.

estamos observando que regiões de muitos países começam a promover a flexibilização das medidas de isolamento social, porém ainda com muitas restri-ções quanto à quantidade de pessoas para se evitarem aglomerações e conse-quente contágio; e, como destacamos ao comunicarmos aos dirigentes-gerais de nossas Casas a decisão de mantermos suspensas as reuniões públicas: “todavia, se durante o transcurso do mês de maio vindouro houver qualquer decisão dos responsáveis pelo poder público, sejam de cidades, de estados ou de países, no sentido de terminar o confinamento so-cial em razão da pandemia, com a libera-ção do trânsito de pessoas e o recomeço das atividades econômico-financeiras lo-cais, iremos avaliar, a pedido dos dirigen-tes-gerais de casas racionalistas cristãs situadas nessas regiões, a possibilidade de reabertura das respectivas atividades espiritualistas e administrativas.”. assim, reiteramos que iremos analisar caso a caso, para decidirmos pelo retorno das nossas reuniões, mas com muito cuida-do e critério no sentido de preservarmos nossos militantes e assistentes do risco de contaminação pelo coronavírus, seja dentro de nossas Casas, seja durante o trajeto de ida e vinda às mesmas, quan-do muito ficam expostos em transportes coletivos.

Portanto, contamos com a compreen-são de todos, militantes e assistentes do racionalismo Cristão, para que saibamos esperar o melhor momento de retornar-mos com nossas atividades presenciais. enquanto isso, incentivemos a partici-

pação de mais e mais pessoas em nossas reuniões públicas a distância, que estão sendo realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras à noite, e aos domingos pela manhã, em várias de nossas Casas através do skype ou Zoom e pela sede Mundial, de segunda a sexta-feira, às 16 horas com a reunião pública a distância, e às 20 horas (hora de brasília) com o programa Conver-sa com o presidente, através do nosso canal no Youtube: www.youtube.com/raciona-lismocristao e Facebook: www.facebook.com/racionalismocristao.org. afinal, aprendemos no racionalismo Cristão que para o pensamento não há distância e que a união faz a força.

Para finalizar, destacamos a emocio-nante matéria da página 18 desta edição, que traz justa e merecida homenagem a galdino de andrade, feita pela sra. Ân-gela guimarães, dirigente-geral da Filial santa efigênia do racionalismo Cristão, onde dr. galdino se destacou como mi-litante dedicado e exemplar. através de suas ingentes e profundas pesquisas na história do racionalismo Cristão, nos brindou com as biografias de luiz de Mattos, luiz thomaz e antonio Cottas, além de nos enviar este ano a maior de todas elas, que resultará na “história do racionalismo Cristão”. dr. galdino, sem-pre muito humilde, como se pode notar na última mensagem que nos enviou, após revisar alguns textos desse seu magnífico trabalho: “Por isso, reli meu sofrível trabalho histórico. de sorte que dessa releitura resultaram as modifica-ções, que me pareceram convinháveis. só não sei se as emendas saíram piores do que o soneto”. nós o chamávamos ca-rinhosamente de “mestre da pena”!

boa leitura!

OLá, CARO LEITOR

Junho | 20202

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Preito ao Consolidador do RCNoventa anos de vida física, dos

quais 57 à frente do Racionalismo Cris­tão, tempo em que assumiu atitudes se­veras, retas e decisivas, po rém marcadas pela sensibilidade e simplicidade de seus atos. Este foi Antonio Cottas, que via o ser humano com falhas, fraquezas, que são inerentes ao mundo físico em que vivem, mas nele vislumbrava um poten­cial a ser trabalhado espiritualmente por meio de aconselhamento e orienta ção voltada para o entendimento da razão exata das encarnações sucessivas, bus­cando o aperfeiçoamento, ou seja, a evo­lução espiritual.

Ao longo da administração da filoso­fia racionalista cristã, Antonio Cottas foi somando novas filiais e correspondentes da Casa­Chefe, o que fazia crescer o nú­mero de militantes e frequentadores das reuniões públicas, fatos que fortaleciam o Racionalismo Cristão no mundo e o consolidavam daí ser chamado de Con­solidador.

Ele próprio, logo na primeira reu­nião pública após seu falecimento, na orientação que ofereceu, deu margem ao título que recebeu em reconheci­mento ao seu trabalho. Na memorável reu nião pública de 13 de junho de 1983, quando passou a presidência física da Filosofia a Humberto Rodrigues (hoje seu Presidente Astral), a manifestação do espírito de Antonio Cottas, num de­poimento emocionante, disse a todos haver dei xado o Racionalismo Cristão bem consolidado, e fez uma afirma­ção histórica: “Ela ficou bem entre gue. Confia mos em ti, Humberto Rodri gues,

Procure pensar com elevação e nunca se entregue ao desânimo por piores que sejam as dificuldades que venha a enfrentar. Estamos sempre prontos para levar a palavra amiga aos que nos querem escutar ou ler. Tenha fortaleza espiritual para sair vitorioso dos dissabores. Lute, sim, e sempre. Passe por cima das pedras, mas não caia. Se cair, levante-se. Quem assim procede pode considerar-se um forte, um bravo.

Do livro Clássicos de Antonio Cottas

tu és o meu sucessor! Deixei­te exem­plos de amor e respeito, exemplos para dares continuidade ao que já está con­solidado, auxiliado pelos ra cionalistas cristãos amigos, verdadeiros e leais”. Antonio Cottas nasceu em19 de no­vembro de 1892 e faleceu em 12 e ju­nho de 1983, elevando­se à condição de Presidente Astral da filosofia racio­nalista cristã. Foi substituído na presi­dência física e, depois, na Presidência Astral por Humberto Rodrigues.

Mostrou sempre a preocupação em manter as pessoas voltadas para os seus deveres materiais e espirituais. Al gumas vezes suas orientações são fortes aler­tas para aqueles que, aos poucos, vão descuidando­se dos deveres espirituais

Antonio Cottas Capa do livro Clássicos, volume 4

e também para os que ainda não têm no­ção ou conhecimento da espiritualidade.

Antonio Cottas, em vida física, deu esmerado exemplo como filho, esposo, genro, pai e avô, sem, contudo, se distan­ciar dos leais amigos que soube conquis­tar. Nos 57 anos como presidente físico respondeu a milhares de cartas enviadas por pessoas que lhe pediam orientação para resolver os mais diversos proble­mas espirituais. Não se permitiu des­canso, pois, sua felicidade era ver seu semelhante feliz. Cerca de 3 mil dessas correspondências foram publicadas nos 26 volumes da série Cartas Doutrinárias, de 1932 a 2005.

A Casa­Chefe criou a coleção Clás-sicos do Racionalismo Cristão. Trata­se de

uma coleção objetiva reunir em volumes sucessivos textos dos fundadores, do con­solidador e de outros seus continuadores, e orientações de espíritos do Astral Supe­rior em manifestações ocorridas na Casa­Chefe. Os três primeiros volumes foram sobre Luiz de Mattos, Luiz Thomaz e Maria Cottas. O de número 4, lançado em 2014, aborda parte da obra de Antonio Cottas. Além da apresentação, prefácio, um tex­to tratando da finalidade do Racionalismo Cristão e outro destacando a Casa­Chefe como um monumento à espiritualidade, o livro reúne 60 orientações de Antonio Cottas como Presidente Astral. O home­nageado destacou­se pelo poder de con­cisão em orientações à cabeceira da mesa do estrado da Casa­Chefe

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Conheça o RC

Se você, leitor, ainda não conhece o Racionalismo Cris-tão, visite nosso site na internet

www.racionalismocristao.org

e alcance informações básicas sobre essa Filosofia, sua ori-gem e seu propósito.

No site você encontrará os endereços de todas as casas racionalistas cristãs, no Brasil e no exterior, com a identificação dos respectivos presidentes, e os horários das reuniões públi-cas de limpeza psíquica.

REPORTAGEM

Junho | 20203

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Veja como eliminar os maus hábitosNão consigo permanecer bem no meu ambiente pro-

fissional, não consigo conviver em grupo. Gosto de ficar no meu canto sem muita conversa. Não sei como lidar com esse hábito tão enraizado em mim e que prejudica a minha vida. Como me libertar disso?

Resposta: Prezada, você apresenta boa percepção da

realidade da vida espiritual. Encarnamos com toda a ba-gagem espiritual que construímos em várias encarnações durante nosso processo evolutivo.

Essa bagagem é constituída de bons e maus hábitos. E nosso objetivo, ao encarnarmos neste mundo-escola, é exatamente ampliar o que já conquistamos de positivo e combater as tendências negativas que, como você bem observa, podem estar bem enraizadas em nosso espírito.

Para mudar essa situação e vencer os maus hábitos, como alimentar maus sentimentos (raiva, ódio, desejo de isolamento e outros), devemos usar nosso raciocínio (para reconhecer esses erros), usar nosso livre-arbítrio (para nos decidirmos a corrigi-los) e usar nossa força de vonta-de (para lutarmos a fim de obter a mudança que deseja-mos alcançar).

Nós somos seres sociais. Vivemos em sociedade para aprender com as diferenças que encontramos ao nosso redor: em nossa família, em nosso ambiente de trabalho, em nossas relações sociais.

Sempre encontramos pessoas diferentes de nós e podemos não só aprender com elas como ensinar a elas nossas conquistas espirituais. Essa é uma troca muito po-sitiva.

Você observou bem: maus hábitos podem estar enrai-zados, mas não podemos desistir de substituí-los por bons hábitos. Como é o processo de enraizamento de um mau hábito? Ele ocorre porque o repetimos muitas e muitas vezes.Como vamos substituí-lo por hábitos mais compa-tíveis com nosso crescimento espiritual? Repetindo mui-tas e muitas vezes o bom comportamento. Por isso, você percebeu que, quando parece que já conseguiu superar a dificuldade, ela volta a aparecer.

Só com a firme decisão de mudarmos esse hábito e substituí-lo por um bom hábito, poderemos enfrentar cada ocorrência em que o mau hábito vem à tona. É o mo-mento de enfrentá-lo e reafirmarmos o novo hábito que desejamos enraizar em nosso espírito.

Esse procedimento é válido para todas as imperfei-ções que ainda estão presentes em nosso espírito. E cada vez que corrigimos uma dessas falhas (pela repetição do processo de substituição realizado muitas e muitas vezes) evoluímos.

É assim que avançamos em nossa trajetória evolutiva: reconhecendo nossos erros e persistindo em nossa deci-são de substituí-los por acertos até que novos hábitos po-

sitivos se enraízem em nosso espírito.Em nossa próxima encarnação, traremos em nossa

bagagem espiritual mais uma conquista adquirida com luta e perseverança. É usando nossa força de vontade que nunca desistiremos e venceremos essa luta.

Não fique com os olhos voltados para o passado! É o presente e o futuro que devemos ter em mente quando desejamos evoluir.

Deixe de lado o modo como tem conduzido sua vida até agora e volte os olhos e a atenção para o que decidiu fazer: mudar para que sua vida seja melhor.

A evolução é conquistada exatamente quando deixa-mos o passado para trás e nos determinamos a construir um futuro melhor, superando as falhas que percebemos em nós mesmos.Também não vale a pena ficarmos ava-liando como os outros agem, observando se estão supe-rando suas falhas ou persistindo nos erros cometidos. Não podemos mudar as pessoas. Nossa luta deve voltar-se para mudarmos a nós mesmos. E já teremos trabalho sufi-ciente para ocupar nossa mente com o que devemos fazer para alcançar essa mudança. Como você já percebeu, essa mudança exige determinação e força de vontade.

Esperamos ter oferecido a você elementos para refle-tir e compreender que é esse o nosso objetivo: ter cons-ciência de nossas tendências negativas e persistir na luta para substituí-las por tendências positivas.

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Junho | 20204

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Parece que nasci alcoólatra e deprimido. Não que-ro continuar assim; me ajudem, por favor.

Resposta: Prezado, se nos escreve é porque está des-pertando em você a vontade de largar definitivamente esse vício que tanto o tem prejudicado. Como temos dito, o reconhecimento de um erro já é meio caminho andado para a recuperação. Sentir vontade de suprimir tal vício de sua vida para que ela seja mais longa e mais proveitosa é mais uma motivação para abandoná-lo, mas isso não depende de nós. Depende exclusivamente de você.

Você tem consciência de que a falta de controle na ingestão do álcool degrada o ser humano, tornando-o mal visto pela sociedade, fazendo sofrer a família que o ama, desperdiçando dinheiro que poderia ser emprega-do na sua manutenção, tentando fugir das responsabili-dades que o mundo nos apresenta com pretenso auxílio da bebida, prejudicando a saúde e atraindo espíritos que em vida física possuíam o mesmo vício e lhe intuem para, por seu intermédio, saciar seus desejos.

Antepassados podem ter influído no mau exemplo que deixaram e que você provavelmente achou natural seguir: o do excesso de bebida; mas não serve como des-culpa, pois um erro não pode justificar outro.

O Racionalismo Cristão pode ajudá-lo por meio dos ensinamentos sobre quem você é, ou seja, um espírito encarnado, uma Força, uma vontade que, pelo pensa-mento, disciplina e determinação e a constância em manter seus objetivos, pode vencer suas dificuldades exercitando essa mesma vontade através do trabalho e persistência, evitando locais que o façam lembrar da be-bida e afastando-se de pretensos amigos que o induzam a beber. A cada irradiação de bons pensamentos emiti-dos, a cada aplicação da força da vontade bem exercita-

da, a cada vitória conseguida, irá tornando-se mais forte e sentindo em si a energia capaz de resistir.

Também fora da filosofia racionalista cristã isto pode ser reforçado, associando-se a grupos de alcoólicos anô-nimos que se reúnem com a mesma finalidade para for-talecerem-se mutuamente, vencendo suas dificuldades em grupo. Por isso, indicamos o site dessa instituição: www. alcoolicosanonimos.org.br.

Se nos escreve deve saber que, com nossos pensa-mentos e ações, podemos atrair o bem ou o mal. Atraímos o bem, quando usamos nossa liberdade de ação para esta finalidade, e recebemos intuições e eflúvios do Astral Su-perior; com isto estaremos sempre bem assistidos.

É isso que fazemos quando praticamos diariamente a limpeza psíquica, que, acreditamos, você já conheça. Não é para realizar pedidos, mas para nos conscientizar-mos dos nosso deveres através do fortalecimento obtido junto às Forças Superiores na superação de nossas fra-quezas. Atraímos o mal, quando nos deixamos levar por pensamentos e ações negativas, como os vícios.

O esclarecimento que esta filosofia espiritualista nos dá em suas obras editadas é sobre aquilo que repre-sentamos na Terra, como espíritos encarnados sujeitos a várias e sucessivas encarnações para o aprimoramento espiritual. A cada volta a este mundo procuramos melho-rar combatendo nossas deficiências, inclusive os vícios.

Estes são ensinamentos que você, aos poucos, irá entendendo com o estudo dos livros Racionalismo Cris-tão, 45ª edição, e A vida fora da matéria, 24ª edição.

Portanto, cabe a você libertar-se desse vício e des-ses espíritos, com o fortalecimento da sua vontade e domínio próprio, atributos espirituais que precisam ser exercitados. Só assim atrairá as forças do bem, que o aju-darão a fortalecer-se cada vez mais. Por isso, conclama-mos você a praticar a limpeza psíquica no lar.

Há mais de 20 anos sou frequentador do Raciona-lismo Cristão, cujo livro básico tem uma passagem que diz: “Quando o homem se torna superior às sensações da pobreza e da fortuna que completam o quadro das referidas emoções, aí, sim, o sentido da vida espiritu-al começa nele a despertar”. A pergunta que faço é: não é necessário uma pessoa ter muito dinheiro para viver, então por que há essa acumulação de bens por parte de muitos? Coloque-se no lugar de uma pessoa que acredita que a distribuição de riqueza no mundo traria mais benefícios para todos. Tente pensar como essa pessoa.

Resposta: Prezado, como estudioso do Racionalis-mo Cristão, sabe que a Terra é uma escola onde inte-ragem espíritos de várias classes espirituais. Nessas sucessivas idas e vindas, o espírito experimenta as sensações descritas no livro básico, como as do poder, do egoísmo, da ganância, da soberba, da prepotência e muitas outras, que precisam ser eliminadas, até que o espírito atinja um grau de aperfeiçoamento que lhe permita evolar-se a esferas mais elevadas.

Muitos espíritos que, pelo seu esforço, consegui-ram amealhar fortuna se conscientizaram da finalida-de de tal empenho, e se doaram no intuito de benefi-ciar os seus semelhantes, como aconteceu com Luiz Thomaz, ao unir-se a Luiz da Mattos na codificação do Racionalismo Cristão.

São gestos de desprendimento, de solidariedade que, na atualidade, com o aparecimento de uma pan-demia, se tornam mais palpáveis.

Desde sua fundação, o Racionalismo Cristão nos ensina que o crescimento material deve vir sempre pelo trabalho e pelo esforço, mas também acompa-nhado do correspondente crescimento espiritual.

Abandonar o vício depende da vontade do viciado

Por que acumular riquezas, se viverexige pouco dinheiro?

Direito Civil – Empresarial – Consumidor

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Junho | 20205

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Quando fui ao Racionalismo Cristão pela primeira vez, estava interessada apenas no aspecto de prosperida-de econômica e de elevação do valor do trabalho que Luiz de Mattos desenvolveu. Ele impulsionou a economia da região em que vivia e investiu no bem-estar de todos. Ta-manha bondade e altruísmo não pode ser esquecida. Por isso, a par da espiritualidade, houve também a prosperi-dade intelectual. Façamos pois a apologia dessa bondade.

Resposta: Prezada, Luiz de Mattos foi um espírito de grande evolução que encarnou para alavancar a huma-nidade no aspecto espiritual, fazendo-a refletir sobre a transcendência do Todo Universal e sobre a responsabi-lidade do espírito encarnado em promover sua própria evolução, por meio das ferramentas materiais ao seu dis-por, inclusive o próprio corpo humano.

Há inúmeros trabalhos produzidos pelo Raciona-lismo Cristão que retratam a vida de Luiz de Mattos, destacando-se o livro Luiz de Mattos, sua vida, sua obra, de Galdino Rodrigues de Andrade, e o livro Prática do Ra-cionalismo Cristão, 13ª edição, do qual extraímos alguns trechos que ilustram o legado deixado por nosso ines-quecível Mestre.

“Humanista por excelência, Luiz de Mattos foi con-

siderado polêmico, porque defendia causas sociais de extrema importância para os seres humanos. Era abolicio-nista, republicano e espiritualista. Combatido e criticado, nada temia, pois não combatia pessoas. Defendia ideias.”

“Ensinou que o espírito não tem cor, raça ou sexo. O ser humano ao nascer tem como meta a evolução espiri-tual, e, para essa conquista, deve ter direitos iguais. Assim sendo, era necessário que houvesse igualdade de oportu-nidades para todos. Esse era o ideal de Luiz de Mattos, a razão de sua luta gigantesca. Entendia que a evolução so-mente se daria pela prática do espiritualismo autêntico.”

“As obras que deixou, os seus memoráveis escritos, a sua famosa Notas, coluna do jornal A Razão, que fundou em 1916 juntamente com Luiz Thomaz, são fontes pere-nes de inspiração para novas produções e normas de viver que todos devem seguir...”

“Seus exemplos de vida luminosa, dedicada ao bem da humanidade, jamais serão esquecidos.”

Todos os racionalistas cristãos devem mirar-se nos exemplos de Luiz de Mattos e empenhar-se nos estudos espiritualistas e no cumprimento rigoroso da disciplina ra-cionalista cristã, para se fortalecerem e alcançarem maior esclarecimento espiritual, meta a ser atingida por todos os espíritos que passam por este planeta-escola.

Senhores, na visão do Racionalismo Cristão, o que é a loucura? Por que tantos jovens são diagnos-ticados com problemas mentais? Isso é mediunidade?

Resposta: Prezada, Luiz de Mattos, fundador do Racionalismo Cristão, já previa que este século seria marcado por graves perturbações psíquicas em grande parte dos seres humanos, pela falta de esclarecimento espiritual, pelo desconhecimento do real sentido da vida, pela ausência de bons pensamentos e de senti-mentos superiores. Todas as maldades arquitetadas neste planeta-escola concorrem decisivamente para o desequilíbrio psíquico de mais seres humanos, por-que se deixam envolver em correntes vibracionais ne-gativas que lhes tolhem a razão e o bom senso, e lhes impõem dores morais e grandes sofrimentos.

O Racionalismo Cristão, por meio das reuniões públicas realizadas em suas Casas, procura fortale-cer as pessoas que ali chegam, para reagirem às más influências astrais e terem coragem e determinação para modificarem suas vidas para melhor, preocupan-do-se em aprimorar suas qualidades espirituais, rumo ao esclarecimento espiritual indispensável à evolu-ção do espírito.

Luiz de Mattos veio paraestimular a espiritualidade

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Maldades humanassão a causa dodesequilíbrio psíquico

ACONSELHAmENtO

Junho | 20206

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Humberto Rodrigues, Presidente Astral do Racionalismo Cristão.

As pessoas vivem muitas ilusões. Uma das maiores é a do individualismo, sentimento relacionado ao eu de cada uma, senso inerente ao próprio corpo, que acham ser algo único, quando, na realidade, o ser humano em evolução na Terra é composto de espírito, corpo fluídico e corpo físico, conforme escla-rece o Racionalismo Cristão. Desco-nhecem a condição transcendente de serem emanações eternas e indivisíveis da Inteligência Universal, a quem cha-mam Deus em sua maioria. Não sabem, portanto, que são uma individualidade em evolução neste planeta-escola. Por isso, não deveriam guardar a conduta individualista no subconsciente.

O individualismo conduz os seres humanos ao egoísmo e às suas deriva-ções, como as ambições desmedidas, as rivalidades que aviltam, as discus-

sões que ofendem. É necessário que substituam essas mazelas morais pela solidariedade, renúncia e fraternida-de, que enxerguem os semelhantes como indivíduos que têm essência es-piritual idêntica à deles e da Inteligên-cia Universal.

As lutas que os seres humanos travam individualmente na Terra pela sobrevivência são, portanto, idênticas. Também são lutas coletivas, como são os projetos, as necessidades e os res-gates espirituais dos componentes de uma sociedade. Sendo, como dissemos, emanações da Inteligência Universal, todos têm a mesma origem e buscam equivalente objetivo evolutivo no de-correr das múltiplas existências do es-pírito de posse de um corpo humano, desde sua concepção até à morte a cada passagem por este mundo.

Por isso, lutar pela conquista da felicidade não é só querer uma família unida, ter bom emprego, possuir boa

casa e o automóvel do ano, coisas que todos têm o direito de conseguir. É bem mais que isso: é lutar pelo bem-estar do gênero humano, por seu desenvolvi-mento cultural e intelectual, pelo vigor da sua conduta moral e do seu progres-so espiritual, é lutar, enfim, pelo conjun-to de condições sociais que possibilitam a felicidade coletiva.

Quanto mais os seres humanos vibrarem os pensamentos de forma positiva, quanto mais demonstrarem sentimentos elevados, menos espíritos permanecerão na atmosfera fluídica da Terra em estado perturbativo no final da existência física, a provocar vícios, a intuir comportamentos inadequados, a criar desequilíbrios psíquicos nas pes-soas que os atraem com idênticos pen-samentos e sentimentos.

Então, é importante que as pessoas não desanimem diante das dificuldades naturais deste mundo nem se envolvam com as ilusões que a materialidade exa-

cerbada oferece às que desconhecem os valores da espiritualidade. Elevem os pensamentos, raciocinem, utilizem de forma adequada os atributos e as fa-culdades espirituais. Façam da limpeza psíquica diária nos lares um hábito, para rejeitarem as influências negativas no viver cotidiano. Mantendo-se psiquica-mente equilibradas, estarão aptas a to-mar decisões acertadas e a se responsa-bilizar por elas.

O esclarecimento possibilita aos seres humanos fazer bom uso do livre-arbítrio na luta que empreendem por seu progresso material e sua evolução espiritual, que, insistimos, ocorre no convívio com os semelhantes median-te a troca de experiências e apren-dizados. É dessa forma que podem absorver a sabedoria da Inteligência Universal como emanações espirituais individualizadas na construção de um mundo sem individualismos; portanto, mais solidário e fraterno.

Maria Cottas, escritora

Disse Luiz de Mattos, com mui-ta propriedade, que felicidade é ter a consciência tranquila do dever bem cumprido. Um conceito singelo, mas que encerra grandioso alcance.

São felizes as pessoas que obser-vam a vida com bons olhos, que escu-tam o próximo com atenção e respei-to, que sentem tranquilidade junto ao semelhante, que compreendem quem está ao redor, incapazes que são de mal-dizer de alguém. Querer bem uns aos

outros traz felicidade, e como são feli-zes os indivíduos que se desculpam por erros cometidos ou estendem as mãos aos necessitados! São felizes os seres humanos que têm bom senso e levam a sério suas responsabilidades, que, não sendo gananciosos, estão contentes com o que têm. A felicidade está muito perto das pessoas e, portanto, fácil de ser conquistada.

Em nossa última existência física, fi-cávamos felizes ao observar a felicidade de quem estava ao nosso lado. O Racio-nalismo Cristão foi implantado na Terra

com a finalidade de ajudar as pessoas a terem maior conscientização dos deve-res a cumprir, para que se tornem mais espiritualizadas e, portanto, mais felizes.

Quando os seres humanos elevam os pensamentos, afastam do corpo flu-ídico o que há de mau e perverso na at-mosfera fluídica da Terra. Ficam acima das misérias humanas existentes no plano físico ao se envolverem na luz do esclarecimento espiritual procedente dos campos superiores da espirituali-dade. Seus semblantes mostram felici-dade, ao contrário das fisionomias car-

regadas e do mau humor das pessoas infelizes. As misérias humanas estão em toda parte, infelizmente. Quanto menos se imiscuírem nelas, melhor.

Há muitas coisas belas no mundo para se ver e admirar, é só querer. O conhecimento da espiritualidade é uma delas, porque proporciona os meios ne-cessários à conquista da felicidade. São de farta espiritualidade e grande felici-dade os momentos desfrutados pelos assistentes de reuniões públicas reali-zadas nas casas racionalistas cristãs em âmbito mundial.

Nota

Sábias palavras

Abandonem o individualismo

Há muitos meios de alcançar a felicidade

ORIENTAÇÕES DO ASTRAL SUPERIOR

Junho | 20207

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Antonio Cottas, Consolidador do Racio-nalismo Cristão.

Em qualquer organização, pública ou particular, com ou sem fim lucrativo, há uma pessoa responsável por sua ad-ministração e seu objetivo. Ela dirige os trabalhos, distribui os servidores e em-pregados pelos cargos e setores produ-tivos conforme suas qualificações, para que os resultados programados sejam alcançados.

Assim também acontece nas casas racionalistas cristãs, onde seus diri-gentes-gerais têm a responsabilidade de conduzir, juntamente com os dire-tores e demais militantes, as ativida-des administrativas, com vistas a uma boa gestão, e as espiritualistas, tendo sempre em conta auxiliar as Forças Su-periores na limpeza da atmosfera flu-ídica da Terra e na espiritualização da humanidade.

Em campo astral ocorre algo seme-lhante em razão de sua natureza fluídi-ca mais diáfana.

As casas racionalistas cristãs estão submetidas à coordenação espiritual da plêiade do Astral Superior e sob a li-derança do seu presidente astral. Suas atuações no plano físico alcançam os militantes em geral e, em especial, os dirigentes-gerais e diretores de nossas Casas, bem como o presidente do Ra-cionalismo Cristão e os integrantes dos conselhos e das diretorias da sede mun-dial do Racionalismo Cristão.

Sendo assim, as atividades espi-ritualistas e administrativas realiza-das não estão sujeitas ao acaso. Suas ações devem ser executadas com de-dicação e competência por seus res-

ponsáveis, mas conscientes de que o Presidente Astral do Racionalismo Cristão e a plêiade do Astral Superior estão atentos à eficaz condução admi-nistrativa, à ampla e sempre cautelo-sa divulgação da espiritualidade que o Racionalismo Cristão defende com seus princípios e ao rigoroso cumpri-mento de sua disciplina.

Nas casas racionalistas cristãs, são sugeridas às pessoas que frequentam as reuniões públicas ou que procuram o atendimento personalizado alter-nativas de solução para os problemas de natureza material e espiritual por que passam. As dificuldades materiais estão em sua maioria relacionadas a trabalho, seja por inaptidão para a luta diária que ele exige, seja por atritos de relacionamento entre patrões e em-pregados, dirigentes e subordinados. O trabalho está na essência da vida pessoal e universal, pois o Universo é uma imensurável oficina de trabalho. Para tanto, o indivíduo deve unir-se à ação ativa da Inteligência Universal mediante seu trabalho metódico, dis-ciplinado e competente, o que lhe pro-porcionará bem-estar físico e psíquico. Com isso em mente, os amplos proble-mas de caráter material poderão ser resolvidos a contento.

Quanto à parte espiritual, há um método disciplinar, vigente desde a fundação do Racionalismo Cristão, que dá segurança e continuidade ao siste-ma de que fazem parte as casas racio-nalistas cristãs em âmbito mundial e o conjunto dos integrantes da plêiade do Astral Superior e da militância em ge-ral. Esse método singular, o único exis-tente neste mundo de escolaridade há

mais de um século, é que garante a be-néfica e ampla assistência proporcio-nada pelas Forças Superiores, com o fortalecimento espiritual que dá apoio à normalização psíquica das pessoas mentalmente perturbadas e a limpeza global que realiza na atmosfera fluídi-ca da Terra.

Logo, são várias as atividades de-senvolvidas em nossas Casas, mas com um único objetivo, que é o de espiritua-lizar a humanidade. É mediante estudo, disciplina e trabalho que as pessoas se esclarecem e alcançam maior progres-so material e evolução espiritual.

As casas racionalistas cristãs são escolas de espiritualidade, onde os li-vros publicados pela Sede Mundial são fontes de esclarecimento nas expla-nações dos orientadores de reuniões públicas. A espiritualidade defendida pelo Racionalismo Cristão reclama a presença da disciplina na interpretação de seus princípios. Disciplina é norma de retidão e as pessoas que ignoram a disciplina contrariam as leis evolutivas, concorrem, entre outras coisas, para a desordem de qualquer trabalho. E o trabalho disciplinado fortalece, traz satisfação, agrega valor, dignifica o caráter dos seres humanos. Portan-to, compareçam às casas racionalista cristãs com a possível assiduidade, estudem com interesse o Racionalis-mo Cristão, sigam a disciplina diária de limpeza psíquica e compreendam que o progresso material conquistado com trabalho honesto, competente e produtivo é meio de aperfeiçoamento espiritual, é instrumento de equilíbrio psíquico e bem-estar físico, de igualda-de social e paz universal.

Lições de vida

Astral Superior coordenaatividades nas Casas do RC

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A disciplina do Raciona-lismo Cristão recomenda a limpeza psíquica como forma primordial de limpar psiqui-camente o ambiente em que nos encontramos, afas tando influências negativas que pos-sam prejudicar nosso humor, nossas atividades, nossa vida, enfim.

A limpeza psíquica se dá por meio de irradiações, que devem ser feitas em horários determinados, pela manhã e à noite. A Irradiação A deve ser feita uma vez e a Irradiação B deve ser repetida por cinco mi-nutos; ao final, uma Irradiação B ao Astral Superior e outra ao Presidente Astral do Racio-nalismo Cristão, Humberto Rodrigues.

Irradiação A

Ao Astral SuperiorGrande Foco! Força Criadora!Nós sabemos que as leis que

regem o Uni verso são na turais e imutáveis, e a elas tudo está su-jeito.

Sabemos também que é pelo estudo, raciocínio e crescimento, derivado da luta contra os maus hábitos e as imperfeições, que o espírito se esclarece e alcança maior evolução.

Certos do que nos cabe fazer, e pondo em ação o nosso livre-ar-bítrio para o bem, irradiamos pen-samentos aos Espíritos Superio-res para que eles nos envolvam na sua luz e fluidos, fortificando-nos para o cumprimento dos nossos deveres.

Irradiação B

Grande Foco! Vida do Uni-verso!

Aqui estamos a irradiar pensa-mentos às Forças Superiores para que a luz se faça em nosso espírito, e tenhamos cons ciência de nossos erros, a fim de evitá-los e nos for-talecer para praticar o bem.

Limpeza psíquica

ORIENTAÇÕES DO ASTRAL SUPERIOR

Junho | 20208

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Dr. João Baptista Cottas

O sono é a cessação parcial das ati-vidades mentais e físicas. E um período de repouso, durante o qual se restau-ram as energias consumidas na ativida-de diária. Para os racionalistas cristãos, o sono é o meio pelo qual o espírito se refaz da vida anímica despendida. E pela diminuição das funções psíquicas e abolição dos movimentos voluntá-rios do corpo carnal, que o espírito se desliga do mesmo, embora a ele fique preso por cordões fluídicos, invisíveis, segundo o espiritualista e cientista Dr. Pinheiro Guedes. Nesse desligamento ou desprendimento, ele ascende ao seu mundo de luz Astral Superior, receben-do efluviações, novas forças e energias para a luta diária.

O sono e o alimento físico são indis-pensáveis ao organismo. Para que haja saúde perfeita, é necessário dormir bem e proporcionar ao corpo alimenta-ção sadia.

Uma noite bem dormida, isenta de sonhos desagradáveis, proporcio-na bem-estar físico e contribui para a eliminação das toxinas que se tiverem acumulado no organismo, durante o dia.

A disposição do espírito que leva-

mos conosco ao deitar, para dormir, influi consideravelmente na qualidade e duração do sono. As últimas cenas, ações ou fatos do dia e principalmente à noite, ficam gravados de tal forma em nosso espírito, que podem causar distúr-bios ao sono, dando origem aos sonhos, que nada mais são que ideias e imagens apresentadas ao espírito enquanto o corpo permanece adormecido.

Já observaram como são prejudi-ciais às crianças certos programas de televisão no horário do jantar, tornan-do-as irritadiças e desobedientes?

Já avaliaram a perturbação e o ner-vosismo que provocam determinados programas policiais, mortes repentinas, assassinatos, brigas, no espírito das crianças e adultos, pouco antes de se recolherem à cama?

Antes de dormir, todos nós devía-mos ler um bom livro, interessante, di-vertido mesmo, ou escutar boa música.

Enquanto o sono nos recompõe, restaura nossas energias, nos acalma e rejuvenesce, a insônia perturba, torna o indivíduo irritadiço, nervoso mal-hu-morado.

Uma noite mal dormida, cheia de pesadelos, de sonhos desagradáveis, provoca na criatura dores no corpo e

indisposição para o trabalho.Os aborrecimentos, as preocupa-

ções jamais devem acompanhar-nos para a cama, pois muito poderão per-turbar-nos o sono, excitando o sistema nervoso e originando a insônia.

Toda pessoa excitada, nervosa, que leva uma vida irregular e intranquila, está sujeita à insônia, e quanto menos dormir mais irritadiça ficará, podendo chegar à loucura, à obsessão, devido ao desgaste da sua vida anímica.

Há insônia provocada por afecções mentais; por preocupações de caráter anormal; no início de doenças infeccio-sas agudas; por meningites, tumores cerebrais, sífilis cerebral etc. Nestes casos, a insônia deverá ser tratada em clínicas especializadas.

Temos ainda a insônia dos velhos, própria da idade. Na velhice dorme-se pouco. Um sono de três a quatro horas satisfaz.

Evitemos, pois, à hora de deitar, emoções, aborrecimentos, deixemos os problemas para o dia seguinte, escute-mos um pouco de música ou nos deleite-mos com um bom livro e, então, não ha-verá insônia nem sonhos desagradáveis.

Publicado em 20 de julho de 1964.

Terá sido por açodamento? Terá sido por imposição de patrocinadores da campanha eleitoral? Terá sido por desinformação? O que terá levado, afi-nal, o presidente da República a formar uma equipe ministerial que não se afi-na e que a menos da metade do cami-nho começa a esfacelar-se; na verdade um amontoado de ilustres senhores que receberam os mais importantes e bem pagos cargos do Executivo, capa-citados ou não.

A cúpula regente do país não se entende. Em um microfone o presi-dente diz que a palavra final sobre determinado assunto é a do ministro X; noutro microfone sugere compor-tamento diverso do recomendado por tal ministro. Em que microfone acre-

ditar? O eleitor-contribuinte fica des-norteado, se perde.

O presidente nomeia seus minis-tros; tem o direito e o poder de demi-ti-los. Não precisa provocar expectati-vas, clima de terror, cozinhar o galo em água morna. Se decide exonerar que o faça sem irritar a opinião pública, sem criar suspense.

Os brasileiros acompanharam, es-tarrecidos, a grosseira brincadeira de cabo-de-guerra entre o presidente e o então ministro da Justiça e Segurança Pública em torno da demissão de um servidor público. Todos sabiam como acabaria o jogo, mas o final foi retar-dado, adiado. Seguiu-se ferrenha troca de acusações: traíra pra lá, traíra pra cá, libera ou não libera o vídeo da reunião

definitiva... enquanto isso os brasileiros se espremiam no alambrado tentando adivinhar o que continha o vídeo que não podia ser divulgado. O que os mi-nistros do Supremo e o povo não po-diam saber? Vergonhoso episódio!

Pouco antes desse vexame já o mi-nistro da Saúde havia sofrido um perí-odo de fritura até o defenestramento, porque, com o conhecimento de que dispõe, alinhou sua opinião à da Orga-nização Mundial de Saúde com relação aos cuidados com o coronavírus, tema tabu no Palácio do Planalto.

Surge um terceiro vai-vem, este de fundamento puramente ideológico que levou o personagem a professar publi-camente simpatia pelo golpe de 1964 e suas consequências. Até que foi.

Quando se pensava que a crise ha-via sido superada, eis que o novo mi-nistro da Saúde pula fora. Teve lá suas razões.

Ah, a confiança começa a esvair-se! A esperança na recuperação do equilí-brio, fortemente abalado, porém, não se esvai. Ainda é tempo, acredita-se, de acertar, de compor, de afinar o trabalho. E agora, mais necessário que nunca, por-que será preciso muita força e coesão para soerguimento da derrubada que a pandemia da Covid 19 está provocando.

Sr. Presidente, ponha a mão na cons-ciência e poupe-nos de suas bravatas e exibições. Não foi para isso que a grande maioria do povo brasileiro lhe entregou o destino do país. Esse povo quer um go-verno sadio e descomplexado.

Sopa de entulho, frituras e engulhos

Reflexões

Editorial

Nossa razão de ser

Sono e insônia O homem não é mais do que a série dos seus atos.

Georg Wilhelm Friedrich Hegel

A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.

Charles Chaplin

Se eu aparentasse 30 anos, alguma coisa estaria errada. Tenho rugas. E daí?

Brigitte Bardot

Nada ocorre na natureza de for-ma isolada. Cada fenômeno afeta outro e é, por seu turno, influenciado por este.

Friedrich Engels

A consciência é o melhor livro de moral e o que menos se consulta.

Blaise Pascal

Até cortar os nossos próprios de-feitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edi-fício interior.

Clarice Lispector

A juventude é um bem imenso que você não prolonga. A juventude se acaba, nem que você queira ilu-dir-se com esse negócio de jovem de espírito. Jovem é jovem, ponto final.

Jorge Amado

ARTIGO

Junho | 20209

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Valdir Aguilera, físico

Mundos-escola ou mundos de esco-laridade são conceitos tratados na filo-sofia racionalista cristã. Você sabe o que são esses mundos? Sabe mesmo? Come-cemos pelo princípio, como deve ser.

O Universo é composto de Força e Matéria. A Força está em constante e imperiosa evolução. Somente após passar pelos reinos mineral, vegetal e animal é que a Força tem os atributos necessários para atuar em um corpo humano. A partir daí, passa a ser deno-minada espírito e deixa de fazer parte do mundo físico, passando a pertencer aos mundos espirituais. Um espírito não pertence, portanto, ao planeta Ter-ra, mas, sim, ao mundo espiritual apro-priado ao seu grau de evolução.

A evolução do espírito se dá nos mundos-escola. É nesses mundos de escolaridade que espíritos encontram oportunidades para promover entre si o intercâmbio de conhecimentos inte-lectuais, morais e espirituais.

Já sabíamos disso. O Racionalismo Cristão há muito tempo nos vem en-sinando. Há algo a ser acrescentado? Sim, vejamos.

Há qualidades predominantemente do intelecto que não podem ser adqui-ridas na Terra. Por ser a evolução uma condição mandatória, é lícito inferir que mundos de escolaridade não são apenas

os mundos-escola do plano físico.É preciso notar que, embora o livro

Racionalismo Cristão não mencione ex-plicitamente, parece-nos sensato con-cluir que há mundos de escolaridade também no Espaço. É nesses mundos que espíritos do Astral Superior evo-luem desenvolvendo tarefas bastan-te complexas, de ordem inimaginável. Uma diferença importante com respei-to ao mundo-escola Terra é que nesses mundos de escolaridade superiores não há as perturbações intrínsecas do mun-do-escola Terra, nem necessidade de um corpo físico.

O livro citado, no capítulo O Espa-ço, nos ensina que os mundos de esco-laridade são de natureza idêntica à do nosso planeta. Em nosso entendimento, natureza idêntica não significa que são mundos do plano físico, como o mundo-escola Terra, mas, sim, mundos onde o espírito desenvolve atividades condi-zentes com seu grau de evolução. Ficou complicado? Vamos ilustrar a ideia com uma situação familiar.

Sabemos que uma universidade é uma escola de natureza idêntica à de uma escola de ensino fundamental, isto é, numa e noutra se ministram ensina-mentos apropriados aos alunos que as frequentam. Porém, há diferenças en-tre essas escolas, embora sendo ambas de mesma natureza. Uma das diferen-ças é o grau de conhecimento dos alu-

nos que as frequentam. Outra diferença é aquilo que os alunos aprendem nelas.

Assim são os mundos-escola. Espí-ritos partem de seus mundos de estágio para continuarem seu aprimoramento em mundos que lhes ofereçam aquilo de que necessitam. Espíritos dos mun-dos de estágio densos, opacos e inter-médios partem para mundos físicos, como a Terra, onde passam a animar um corpo físico. Espíritos dos mundos diá-fanos e de luz puríssima não precisam mais de um corpo físico para continuar sua caminhada gradativa em busca de mais evolução.

Nossas conclusões sempre serão mais abrangentes e ricas se não nos limitarmos a raciocinar com base na nossa experiência e conhecimentos ob-tidos em um mundo físico. Isto é, será muito mais produtivo raciocinar sob uma perspectiva universal, em vez de terrena. Ainda em outras palavras, nos-sas ponderações devem ter por base, isto é, devem levar em consideração o espírito em sua própria natureza e não em sua condição temporária de encar-nado. É uma tendência, até compreen-sível, desenvolver nossas análises sob a perspectiva de encarnações e reen-carnações. Contudo, elas são apenas etapas temporárias da longa trajetória evolutiva a ser percorrida.

Lembremo-nos: somos todos alu-nos, mas esta escola não é nossa casa.

Há outros mundos-escolaalém da Terra. Você sabia?

Vencendo os próprios limites

Rose Monteiro, assistente da Filial de Santos (SP).

Os esclarecidos dos porquês da exis-tência sabem que, destino não existe, tudo tem uma razão de ser e acontece quando tem que acontecer, por estar-mos sujeitos às sábias leis naturais, que tudo regem. Podemos programar a tra-jetória terrena com disciplina e trabalho, vencendo os limites próprios das imper-feições do espírito, mas aceitar aquilo que nos é dado a qualquer momento, sem exigir mais do que necessitamos.

A compensação por nosso esforço e força de vontade empregados nos pro-jetos de vida surge quando menos espe-ramos e deve ser aguardada com muita calma e paciência. Eventualmente, nos arriscamos a sofrer decepções por insu-cessos inesperados, os quais devem ser encarados como experiências e falta de preparo, mas jamais como fracassos.

Se pudéssemos voltar no tempo, com experiências armazenadas nas fa-ses vividas, evitaríamos os erros come-tidos, repaginando o curso da existên-cia terrena. A história de cada indivíduo começa na pureza e alheamento da in-fância, continua nos sonhos e anseios da adolescência, em projetos de vida na mocidade, na realização pessoal na madureza, e na reflexão e sabedoria na velhice.

Os capítulos complementam um cabedal de conhecimentos entrelaça-dos em sucessos e fracassos, mas perti-nentes aos objetivos traçados. A autor-reflexão é fator relevante no cotidiano e o raciocínio posto em ação irá revelar o quanto crescemos em aprendizado – através, das lições apreendidas nos caminhos da jornada evolutiva. Habi-tamos, temporariamente, um mundo-escola assimilando lições preciosas ao aprimoramento do espírito – os erros e acertos são inerentes às nossas imper-feições, cabendo-nos reciclá-los sem perda de tempo. As ilusões terrenas são um entrave à evolução do espírito en-carnado tornando-o alheio aos deveres a cumprir e à verdadeira finalidade da encarnação.

O esclarecimento da vida fora da matéria auxilia as pessoas a refletir e posicionar-se como parcela do Todo Universal, construindo o progresso ma-terial e espiritual em benefício próprio e do semelhante.

ARTIGO

Junho | 202010

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Marcelo Fonseca Pinto, militante da Fi-lia Patrocínio.

As irradiações do Racionalismo Cris-tão, pelas quais realizamos a limpeza psíquica, encerram, em síntese, todo o arcabouço teórico e prático da filosofia espiritualista racionalista cristã. Orienta-se os praticantes dessa salutar atividade disciplinar que, concomitante à concen-tração necessária para a realização da limpeza psíquica, meditem profunda-mente sobre o conteúdo das palavras contidas nas irradiações. Quem aplica de forma consciente estas orientações cons-tata na prática os efeitos salutares dessa disciplina, que são saúde física e psíquica, estado este que proporciona serenidade e equilíbrio para tomadas acertadas de decisões aplicáveis às mais diversas situ-ações do cotidiano.

Nas irradiações estão contidas as se-guintes sentenças: “é pelo estudo, raciocí-nio e crescimento derivado da luta contra os maus hábitos e as imperfeições que o espírito se esclarece e alcança maior evo-lução”. Segundo o PRC, 13ª edição, esta afirmação é “indicativa de que, pelo es-tudo dos princípios racionalistas cristãos, pelo uso do raciocínio e pelo crescimento espiritual decorrente da luta cotidiana para eliminar erros e defeitos morais, o ser humano manifesta esclarecimento progressivo e consequente evolução”. Po-demos, assim, aferir que este amplo cam-

po de aprendizado e oportunidade de crescimento, que é o ciclo encarnatório, é meio eficaz de enxergar em si os erros e buscar eliminá-los de forma sucessiva e efetiva no âmbito do subconsciente.

Fortalecimento espiritual. Na irra-diação A, lê-se: “Certos do que nos cabe fazer, e pondo em ação o nosso livre-arbí-trio para o bem, irradiamos pensamentos aos Espíritos Superiores, para que eles nos envolvam na sua luz e fluidos, fortifi-cando-nos para o cumprimento dos nos-sos deveres”.

Esta sentença, denota responsabili-dade correlata à faculdade da consciên-cia e da capacidade de raciocínio apura-do e entendimento crescente de que o esclarecimento é oriundo da prática do bem, da consciência de si mesmo, da com-preensão da função de cada um no Todo Universal e do cumprimento dos deveres, levando a um contínuo estado de fortale-cimento espiritual, tão necessário para a permanência lúcida e produtiva no plane-ta Terra.

Recorrer em erros significa falta de esclarecimento espiritual, ausência de força de vontade ativa e falta de raciocínio apurado, ou seja, quem não luta contra as inclinações negativas encontra-se desa-bilitado, no que concerne a fortalecer-se espiritualmente, e encontra-se fora de um estado natural de equilíbrio propício ao esclarecimento espiritual. Analisando

os efeitos de uma só causa, que pode ser vista por ene aspectos, que é a falta de sensibilidade no tocante à espiritualida-de, encontra-se o ser, interdependentes e intrincadas que são as relações entre o fortalecimento e o esclarecimento espiri-tual, impossibilitado de exercer estas duas funções evolutivas e eficazes ferramentas do desenvolvimento do indivíduo, assim, marcando passo na jornada evolutiva. Sem esclarecimento não existe fortaleci-mento e sem fortalecimento não é possí-vel o esclarecimento.

Erros. Esclarecimento é algo que deve ser exercido, e este exercício consiste na ampliação da consciência mediante es-tudo e prática dos princípios difundidos pelo Racionalismo Cristão, minimização e eliminação de erros, potencialização e agregação de valores intelectuais, morais e espirituais. Não obstante, vez ou outra, por mais esclarecido que seja, o espírito encarnado erra, vacila, pratica deslizes, incorrendo assim na autolimitação, auto-castração ou boicote de si mesmo como unidade em evolução. O limiar entre evo-luir ou marcar passo está na capacidade inata e sempre em desenvolvimento de enxergar os erros, aprender com eles e lu-tar para eliminá-los do corpo fluídico.

Estas ponderações estão contidas na irradiação B, na seguinte passagem: “e tenhamos consciência de nossos er-ros, a fim e evitá-los e nos fortalecer para

praticar o bem”, ou seja, o exercício da evolução é um moto-contínuo de atri-butos espirituais. À medida que os erros são identificados e corrigidos, fica o ser humano conhecedor de si mesmo em maior escala, entendedor de suas neces-sidades evolutivas, e à medida que utiliza cada atributo necessário em sua contínua evolução, simultaneamente, os aprimora. Não basta apenas identificar os erros, é necessário desenergizá-los. Uma vez identificados os erros, não se esforçando o ser humano para não mais os praticar, a iniciativa do reconhecimento dá à luz como um natimorto e uma série de an-gústias que terminam por levar as pesso-as a estados deploráveis.

A prática da limpeza psíquica ou hi-giene mental é ininterrupta, vai muito além dos sete minutos dedicados a ela nos horários recomendados, consiste em pra-ticar diuturnamente aquilo que foi anali-sado pelo ser irradiante em seu cotidiano, em favor próprio e da humanidade. Assim, compreendidos estes pontos, quando se assinala que “(…) estamos a irradiar pen-samentos às Forças Superiores(…)”, “(…) para o cumprimento dos nossos deveres” e ainda “(…) e nos fortalecer para praticar o bem”, concluímos que agir de forma corre-ta é uma forma direta e eficaz de irradiação de pensamento voltada para a evolução, dever de todos para com todos, praticada inclusive por quem nem mesmo conhece esta efetiva prática de higiene mental.

Limpeza psíquica não consiste apenas em irradiar às Forças Superiores

A espiritualidade ao alcance de todosO que é o Racionalismo Cristão

O Racionalismo Cristão é uma filosofia de caráter espiritua-lista, esteada no cristia nismo e, de forma objetiva, nos ensina a viver melhor, para obtermos nossa evolução espiritual. Valoriza o pensamento, a vontade, a disciplina, o trabalho, a moral, e não discrimina raça nem tem cor política. Prepara o ser humano para, consciente de suas responsabilidades, tornar-se útil a si, à famí-lia, à pátria e à humanidade.

Rua Jorge Rudge, n° 119, Vila Isabel, Rio de Janeiro, RJCEP 20550-220 – Telefone (21) 2117-2100

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Márcia Teixeira, Filial Petrópolis (RJ) Encontramos no livro Práticas do

Racionalismo Cristão - PRC 13, pág. 62, 4º parágrafo o seguinte ensina-mento: “Os estudantes do Raciona-lismo Cristão sabem que os espíritos do astral inferior esperam a ocasião oportuna para desfechar seus ata-ques contra os desprevenidos, princi-palmente aqueles que lhes oferecem receptividade como, no caso, os mais sensíveis”.

Trata-se de um parágrafo bem esclarecedor de como médiuns po-dem ser influenciados pelo meio ou por pessoas com quem convivem ou precisam conviver, embora muitos já possam controlar essas influências pelo conhecimento adquirido e pela disciplina que o Racionalismo Cristão sugere para o bom andamento e segu-rança dos médiuns.

Ela acontece em vários níveis da vida no planeta-escola Terra. As con-turbações terrenas, em vários níveis da vida na Terra, carregadas com fortes vibrações de pensamentos deletérios, podem envolver o médium no seu dia a dia.

É preciso observar com toda cau-tela a conduta daqueles que nos ro-deiam e contrastar com a disciplina e conhecimentos esclarecedores do Racionalismo Cristão. Dessa forma, podemos alinhar-nos com firmeza sem nos deixarmos envolver por influên-cias que podem levar-nos a condutas inapropriadas para um médium escla-recido, as quais prejudicam o trabalho mediúnico em que estará envolvido à noite, na reunião pública ou de desdo-bramento.

O raciocínio é preponderante para que possamos entender como separar as ações daquela atitude que envolve o momento e não deixarmos que nos atinja. É preciso que fique claro que a influência tanto pode ser benéfica como

maléfica, porém, devido à densidade do planeta Terra e aos ambientes em que vivemos, as maléficas tendem a preva-lecer por ser este planeta destinado a espíritos de várias classes evolutivas.

No entanto, as influências podem ser também positivas, dependendo da disciplina a que o médium se impõe na sua conduta diária. Se o médium esti-ver no seu trabalho honesto, vivendo como um verdadeiro ser esclarecido, que promove a harmonia onde quer que esteja, estará certamente envol-vido pela assistência Astral Superior, dando, assim, o exemplo de como deve comportar-se um verdadeiro instru-mento das Forças Superiores.

As companhias também trazem forte influência para o médium, daí o cuidado antes de estabelecer uma amizade.

Afinidade de caráter. Muitos até pensam que isso não importa, porém importa, sim. É preciso ter afinidade de caráter para que se estabeleça uma conexão verdadeira de apoio, pois a falta dessa afinidade pode ser traumática para aqueles que, de fato, querem ser um instrumento dócil do Astral Superior.

Muitos podem achar essas linhas rigorosas demais, mas digo para aque-les que se firmaram como instrumento mediúnico do Racionalismo Cristão que é preciso estar a par dos riscos que correm e, portanto, saberem como lidar, de forma prática e esclarecida, com as intempéries nas quais estamos sujeitos neste mundo.

Quando tudo isso é bem compre-endido, a caminhada se torna mais fácil, tranquila e satisfatória, principalmente por termos a honra de ser instrumen-tos mediúnicos nas correntes de alta frequência vibratória do Racionalismo Cristão, únicas nesse planeta.

Portanto, o conhecimento e os es-clarecimentos espirituais são de suma

importância para que saibamos vibrar corretamente. Os esclarecimentos ex-planados pelo Racionalismo Cristão, quando aplicados de forma correta, sem dúvidas, proporcionarão aos mé-diuns sabedoria para, se preciso for, modificarem uma ação em que predo-mina uma atitude negativa.

Para isso, é preciso ter a forte convicção naquilo que se acredita e, se não conseguir obter a convicção de que pode ajudar sem se prejudicar, poderá optar por se recolher e não se envolver em vibrações que poderão lhe trazer dissabores emocionais e descontrole psíquico.

A segurança do médium é e sem-pre será muito observada pela pre-sidência de uma Casa, pois é pelo médium que ouvem as orientações su-periores dadas ao final de uma reunião pública. E, para tanto, o trabalho pre-liminar é de grande importância para que se feche com chave-de-ouro uma reunião pública em que os médiuns, livres de toda a influência recebida e retida durante o dia, darão uma gran-de e valorosa contribuição às Forças Superiores nos trabalhos de esclareci-mento da humanidade.

É preciso compreender que a in-fluência é tão sutil que o médium pode não perceber de imediato, levando-o, muitas vezes, a ser portador de ati-tudes que não condizem com a disci-plina preconizada pelo Racionalismo Cristão. Isso causa forte impacto no meio onde se encontra no momento da ação, gerando emoções conflitan-tes que comprometem a aproximação superior, influenciada pelo peso que se formou no seu corpo fluídico.

Esse peso, que eventualmente pode ocorrer com o envolvimento nas correntes fluídicas pré-estabelecidas nas casas racionalistas cristãs, vão dissipar-se à medida que o médium se conecta com o Astral Superior e muda assim a sintonia na qual se envolveu

durantes as tarefas do cotidiano, o que torna seu corpo fluídico mais diáfano e mais bem adequado à sutileza que a sintonia com os Espíritos Superiores exige para uma perfeita conexão no trabalho que será realizado.

Cuidado com a disciplina. Os mé-diuns da atualidade mudaram seus comportamentos, trabalham, estudam e precisam ter uma vida em que convi-vem com todas as influências e vibra-ções do meio terreno. Em razão disso, devem ter o cuidado redobrado com a disciplina, que precisa ser pronta-mente obedecida, conforme as orien-tações claras propostas pelo nosso Mestre Luiz de Mattos, que se encon-tram inseridas nas obras essenciais do Racionalismo Cristão.

Os médiuns que já trabalham nas correntes fluídicas, muitos com gran-de desprendimento e enfrentando a sua rotina em meio a grande turbu-lência, precisam e devem reservar um tempo para assentar o corpo fluídico, acalmar as emoções que são geradas pelo ambiente em que forçosamente precisam estar, esforçando-se para chegar dentro do horário, para se re-colher alguns minutos antes de sentar à mesa dos trabalhos.

Por consequência, poderão conec-tar-se melhor às correntes vibrató-rias formadas pelo Astral Superior e libertarem-se de maléficas influências eventualmente absorvidas nas atribu-lações diárias, o que facilita a sintonia para que possa dar o seu melhor na re-alização dos trabalhos na casa racio-nalista Cristã onde atua como instru-mento das Forças Superiores.

Com esse procedimento, o mé-dium demonstrará ter claro enten-dimento do delicado trabalho que realiza e profunda compreensão da responsabilidade que um dia assumiu perante a sua consciência e às Forças Superiores.

Influências na vida de um médium

Atua nos seguintes segmentos: Elétrica, Hidráulica, Marcenaria, Pintura: interna e externa e Revestimentos.Reforma e Manutenção de: Apartamento, casa, prédio etc.Engenharia: Autovistoria, Consultoria, Fiscalização, Laudo, Legalização, Projeto e Vistoria.Eduardo de Souza Alexandre – Engenheiro civil

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aos ouvintes que vivenciam problemas existenciais.

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Junho | 202012

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Saulo J. P. Machado, colaborador na Filial Petrópolis (RJ).

Em razão de serem mais evoluídos que a maioria dos encarnados, mui-tas parcelas da Inteligência Universal, em campo astral, que não mais estão submetidos à lei universal da reen-carnação, ajudam de várias formas o progresso da humanidade. Com base em análises feitas ao longo das partici-pações das reuniões públicas e de des-dobramentos, pode-se concluir que os objetivos principais desses espíritos no mundo Terra são:

1. acabar com o conflito bélico entre as nações, ainda recorrentes em função da xenofobia, racismo e imperialismo;

2. intuições direcionados aos líderes religiosos para favorecer diálogos mú-tuos que façam diminuir a intolerância, fazendo-os compreender os pontos em comum das religiões, até que os espíritos percebam as contradições dos seus con-ceitos para, enfim, seguirem caminhos mais prósperos de evolução espiritual;

3. ajudar no desenvolvimento da ci-ência para gerar avanços tecnológicos para que facilitem ainda mais o tipo de vida dos encarnados bem como o tem-po de permanência das pessoas neste mundo.

Neste artigo nos interessa o tercei-ro tópico apresentado e, a partir dele, vamos apontar a relação intrínseca en-tre ciência e espiritualidade, sabendo, obviamente, separar o joio do trigo. No futuro, como sabemos, o Racionalismo

Cristão e a Ciência serão uma e mesma coisa, isto é, a ciência desenvolverá pes-quisas para comprovar e ajudar o desen-volvimento espiritual dos habitantes do orbe terrestre. Atualmente, se enfatiza muito a importância de aprendermos a controlar a matéria densa. Dito de outra maneira, o corpo humano e sua relação com o meio ambiente.

Em pesquisas recentes, o biólogo Bru-ce H. Lipton, na sua obra magna chamada A biologia da crença (2005), concluiu o se-guinte argumento: as células humanas in-teragem com o meio ambiente. Ao analisar o comportamento das células, ele concluiu que elas, quando colocados em recipien-tes diferentes, se modificam, tornando-se mais saudáveis ou enfermas. Com isso, ele generalizou o estudo, do nível celular para o organismo humano de modo geral, apon-tando que, se o ambiente gera danos ou be-nefícios a seres microscópicos, então tam-bém da espécie homo sapiens, complexa e diversa como é. Tal evidência científica vai ao encontro de pesquisas feitas por Masa-ru Emoto, que, após separar sementes de arroz e em cada uma vibrar tipos de pen-samentos específicos, ora negativos, ora positivos, percebeu que as primeiras defi-nham e morrem e as segundas progridem e vivem.

Tais análises entram em consonância com as experiências diretas, reuniões, e indiretas, livros, que temos quando vi-venciamos experiências proporcionadas pela filosofia racionalista cristã. Quando lemos as obras dessa Filosofia, automa-ticamente entramos em outro campo

vibratório, na sintonia dos espíritos mais evoluídos, algo que se repete nas reu-niões púbicas e de desdobramentos, só que em nível mais elevado em razão de o campo vibracional atrair maior número de espíritos de elevação espiritual. Nun-ca repararam que, quando essas reuni-ões acontecem e após se encerrarem, os nossos corpos ficam mais energizados e, por vezes, mal conseguimos controlar a grande felicidade que temos ao sair de tais recintos (filial ou Casa-Chefe)? Pois é. Essa sensação se deve à fluidificação do ambiente exercida por tais espíritos, que, não mais conseguindo vibrar maus pen-samentos, só vibram o seu oposto, o que, quando em contato com os encarnados, reestabelece toda a saúde das células que trabalham constantemente em todas as partes do organismo para o seu bem maior: a preservação da vida.

Além dessa relação, podemos inter-ligar os fundamentos do Racionalismo Cristão com as recentes pesquisas fei-tas pelas neurociências. Como já men-cionei em outra matéria simples que escrevi no mês de maio de 2020 para A Razão, o cérebro humano só funcio-na em razão da vibração que o espírito exerce sobre a matéria densa, contro-lando-a a partir da glândula pineal, es-tando essa localizada na parte central ou medial do crânio e que atua com mais constância durante o sono, evidência que colaborou para que os psiquiatras concluíssem que isso ocorre em função do desdobramento espiritual.

Como sabemos, nas obras literárias

e orientações do Astral Superior, cons-tantemente nos ensinam a racionalizar e metodizar as ações, para que menos imprevistos ocorram e cada vez mais nos tornemos conscientes de nossas ações, o que facilitaria significativamente a evolu-ção do espírito, direcionando o livre-arbí-trio para a prática do bem em detrimento do mal. Atualmente, pesquisas de alguns cientistas das neurociências estão con-cluindo que a busca pelo cérebro, em sen-tido anatômico e fisiológico, para alguns, está sendo substituída pela busca da cons-ciência. Alguns deles, que se debruçaram no estudo das emoções, concluíram que o controle delas colabora para o sucesso, apontando que para isso é fundamental saber conviver e conflitar menos com os semelhantes; reprogramar as emoções, que, sendo controladas por uma estrutu-ra do cérebro chamada amígdala, quase sempre repete atos e hábitos em função da memória emocional guardada consi-derada mais intensa por ela, mandando mensagens ora positivas, ora negativas para o lobo frontal, em particular, para zo-nas que controlam as ações conscientes, o que resulta em escolhas certas ou erradas das pessoas no dia-a-dia. Tal pesquisa, por analogia, pode ser comparada com a inter-pretação espiritual da relação de como as experiências gravadas no corpo fluídico ou subconsciente ainda aprisiona a maioria dos encarnados a fazer os hábitos simila-res de encarnações passadas, e, quando erradas, retardam mais do que ajudam o progresso espiritual dos encarnados na presente existência.

Ciência e espiritualidade

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Junho | 202013

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Caruso Samel, escritor, militante da Filial Butantã (SP).

A sequência de palavras que dá tí-tulo a este artigo foi criada e aplicada por Luiz de Mattos, fundador da filo-sofia Racionalismo Cristão, em seus artigos publicados pelo Jornal A Razão em diversas ocasiões na coluna No-tas. Igualmente, assim o foi em obras editadas pela instituição depois de seu falecimento, em 1926. E, após sua desencarnação, nas suas orientações espirituais, por muitas vezes quando alçado à condição de Presidente Astral do Racionalismo Cristão. Tal é a impor-tância dos conceitos e utilidade que cada um desses termos subentende que nos motivou a escrever esse artigo desenvolvendo mais amplamente o real sentido dessas palavras.

Ponderação. O termo ponderação é aplicado com o sentido de precau-ção, sensatez de julgamentos, cautela e seriedade na avaliação de juízos e fa-tos. Em contradição, temos as palavras insensatez e leviandade. Ponderar é adotar uma linha de equilíbrio entre os extremos, entre o excesso e a escassez, tanto na atividade pensante e racional como nas atitudes da vida humana. É uma palavra que justifica o dito popular “a virtude está no meio”. Daí porque, de-vemos sempre nos alinhar com o bom senso que supera o senso comum.

Moderação. Moderação tem um si-nônimo quase perfeito que é prudência, também uma verdadeira virtude. Quem tem prudência demonstra moderação e vice-versa. Essa palavra subentende um conteúdo bem mais simples do que ponderação. É a atitude de quem não comete excessos, da pessoa que não usa exageros em suas manifestações e reações. Continuando nessa perora-ção, as pessoas que têm esse atributo são tranquilas, comedidas e, sobretudo, prudentes. É uma condição que guia as pessoas a errar menos e acertar mais por não agirem intempestivamente às contingências da vida. Em contraparti-da, elas cumprem melhor os seus deve-res em todas as circunstâncias.

Valor. O vocábulo valor tem origem latina na palavra valere e nos remete tanto para a ideia do merecimento mo-ral como à da ética que se impõe, pri-mordialmente, à consciência do todos

nós, como também à ideia de força e po-der de sermos influenciados por fatos e objetos de ordem material.

Na vida, a palavra valor tem dife-rentes acepções, tanto materialmen-te como filosoficamente. Do ponto de vista meramente material, ela é quase sempre utilizada junto com um adjetivo qualificativo como, por exemplo, valor econômico, valor financeiro, valor ve-nal etc. Há, também, não devemos nos esquecer, os assim-chamados valores sociais, que podem ser enquadrados como políticos, estéticos, ecológicos, religiosos etc. Vejam a hierarquização dos valores numa escala apresentada no parágrafo seguinte.

De acordo com Max Scheler (1874-1928), filósofo alemão, os valores de nossa realidade material são objeti-vos e se organizam na seguinte escala de importância: ético é o juízo sobre o bem e o mal e refere-se ao que é vital no convívio humano; moral abrange a ação normativa do comportamento, costu-mes, hábitos, normas e leis e refere-se ao convívio humano em sociedade; ma-terial é o juízo sobre o que é necessário para a sobrevivência humana; religioso é o juízo sobre o que é bom para o es-pírito e diz das coisas da alma; estético, que opera um juízo sobre o belo e o feio e refere-se às coisas do mundo sensível, da natureza; e, finalmente, valor de uti-lidade, que se refere ao juízo do que é melhor e pior e diz respeito às coisas e aos objetos. Observamos que o autor dessa escala colocou o valor espiritual como valor religioso. Ainda, de acordo com o autor dessa escala, “atribuir va-lor a uma coisa é não ficar indiferente a ela. Isto é a principal característica do valor”.

Todavia, interessa-nos aqui examinar o seu sentido moral e ético ou, mais ex-tensivamente, o seu sentido teórico-filo-sófico-espiritualista, precisamente, com destaque para o sentido espiritual que

fala diretamente à nossa consciência. Assim, valor é uma palavra de senti-

do amplo que expressa a qualidade atri-buída a quem tem certas virtudes de or-dem moral e espiritual, como mérito ou merecimento intrínseco. No sentido fi-gurado, o vocábulo valor consubstancia apreço, afeto, estima, consideração, ta-lento etc. Mas também, ainda no sentido figurado, valor denota coragem, valentia e bravura para enfrentar as vicissitudes da vida. Enfim, valor se impõe à nossa consciência de uma maneira peremp-tória e obrigatória à nossa natureza de Homo sapiens em evolução na qualidade de seres humanos que somos.

Não temos aqui espaço para dis-correr sobre a Teoria dos Valores, algo mais profundo cujo estudo cabe à Axiologia, capítulo especial da Fi-losofia. A propósito, axiologia é uma palavra cuja origem etimológica vem da língua grega, onde “axi” significa “valor” e “logos” significa “estudo ou tratado” – ciência do valor ou tratado dos valores. Mas devido ao processo evolutivo da Força que no homem tor-nou-se espírito individualizado, cabe à intuição, aos sentimentos e às emo-ções o conhecimento direto dos valo-res que repercutem em nossa mente e em nossa consciência como baliza-mento de nossa espiritualidade.

Esse é o apanágio que nos leva a praticar o bem como dever espiritu-al sintetizado nas palavras moral e ética. Sobre o significado desses dois termos já cuidamos no livro de nossa autoria Virtudes eternas com os títulos Ética, moral e moralidade (página 43) e Moral e moralidade à luz do espiritualis-mo (página 26).

Seria possível vivermos à margem dos valores em nossa sociedade? Com certeza a resposta é não. A evolução não se concretizaria e a humanidade não teria chegado à posição civilizató-ria a que chegou até os dias atuais indi-

cando um futuro brilhante para o viver humano neste nosso planeta Terra.

Justiça. Sob o crivo da moral espiri-tual, o sentimento de justiça é natural por derivar das leis naturais e imutá-veis. E sendo natural, a justiça faz par-te dos atributos do homem, lhe é inata. Como as pessoas não são perfeitas, suas interpretações sobre o que é ou não justo são díspares, o que as leva a julgamentos equivocados sobre o que é correto e o que é incorreto. Toda crian-ça, mesmo em tenra idade, sabe muito bem o que é certo e o que é errado no âmbito dos fatos e das coisas que já co-nhece no ambiente em que vive.

Mas, afinal, em que consiste a justi-ça? A justiça consiste em dar a cada um o que lhe é próprio, o que lhe pertence por respeito aos seus direitos.

Primordialmente, os direitos decor-rem das leis naturais, em seguida, das leis humanas que variam em função da cultura de cada sociedade constituída e estruturada segundo cada país, levan-do-se em conta os costumes e crenças pré-estabelecidas. São essas leis que consagram os direitos e deveres dos homens e regulam os relacionamentos em sociedade.

A base da justiça ensejada pela lei natural decorre da regra de ouro de Jesus Cristo: “não querer aos outros aquilo que não quer para si mesmo”. É sempre necessário perguntar-se como desejaria que as pessoas agissem com você nas mesmas circunstâncias, to-mando mentalmente a posição de seu semelhante. No fundo, é preciso estar em paz com sua própria consciência.

É claro que viver em sociedade não é fácil, pois precisamos respeitar os di-reitos conferidos aos nossos semelhan-tes individualmente ou decorrentes das leis humanas vigentes, pois assim estaremos sendo justos e praticando a justiça. Reforçando, é sabido que a vida em sociedade confere-nos direitos, mas também exige o cumprimento de deve-res. Fora dos limites da lei impõe-se um freio, salvaguardas aos direitos de cada um, aplicando-se sanções em função do desvio legal que tenha ocorrido.

Praticar o bem sem olhar a quem ou o amor ao próximo assegura a prática da justiça em toda sua inteireza e con-fere ao homem um viver tranquilo de acordo com sua consciência, resguar-dando-o de todo o mal. Então, ele será um verdadeiro justo.

Ponderação, moderação,

valor e justiça

O RACIONALISMO CRISTÃO ALERTA SOBRE A VERDADEIRA VIDA

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Junho | 202014

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J. A. Martins, militante da Filial São Paulo

Marco Aurélio -- o imperador-filósofo, autor de uma autobiografia, que se perdeu, e de Meditações, obra lida até hoje -- viveu no século II de nossa era. De família proveniente da Bética (atual Andaluzia), ele nasceu em Roma, no ano 121, e foi ainda na infância, aos 11 anos, que resolveu ser filósofo.

Tendo perdido os pais, também ainda na infância, Marco Aurélio ficou sob a tutela do avô e algum tempo depois foi adotado por seu tio, Antonino Pio (86-161). Este, por sua vez, seria, mais tarde, aos 52 anos, adota-do e associado ao poder pelo imperador Adriano, com direito a sucedê-lo, desde que também adotasse Lúcio Cômodo, um garoto cujo pai, amigo de Adriano, morrera.

A excelente educação que recebeu proporcionou a Marco Aurélio acurados estudos de gramática e lite-ratura da língua latina (falada pelos antigos romanos), bem como grego, filosofia, ciências jurídicas, eloquên-cia e pintura. Antonino Pio, ao assumir o trono, com a morte de Adriano, em 138, não só associou ao poder seu sobrinho e filho adotivo, como também o nomeou como seu sucessor.

Uns tais senhores. Ao mesmo tempo, Marco Auré-lio, já com 17 anos, passara a se interessar pela doutrina e a vida de uns tais senhores conhecidos como estoicos que, havia pouco tempo, tinham chegado à Roma im-perial. Conta-se que adotou, então, andrajoso manto, passou a se alimentar de comida simples e a dormir sobre dura enxerga. É escusado dizer que tal compor-tamento, inédito na história das cortes romanas, não seria admitido pela família imperial, que logo chamaria à ordem o príncipe adolescente e futuro imperador do mais poderoso império do mundo antigo.

Em 139, Antonino conferiu a Marco Aurélio o título de “césar” e, em 140, o de “cônsul”. Cinco anos depois, em 145, além de conceder a Marco Aurélio o título de “augusto”, ainda lhe daria em casamento sua filha Faus-tina, a Jovem.

Fato único. Com a morte de Antonino Pio, em 161, Marco Aurélio tornou-se, aos 40 anos, o novo ocupante do trono de Roma. O império tinha agora um governante-filósofo - fato único na história de Roma, se não do mundo.

Quando o imperador Antonino Pio nomeara Marco Aurélio como seu sucessor, não fizera qualquer menção a seu outro filho adotivo, Lúcio Cômodo. No entanto, tão logo se tornou imperador, Marco Aurélio baixou

uma lei nomeando o irmão como coimperador. Em ra-zão dessa lei, Lúcio Cômodo dividiria o poder com Mar-co Aurélio e passaria a chamar-se Lúcio Aurélio Vero.

Marco Aurélio tinha um filho também chamado Cômodo e o associou ao poder ao conferir-lhe, em 166, o título de “césar”. Em 177, concedeu-lhe o de “augus-to” e não só chegou a nomeá-lo como “coimperador”, no lugar de Lúcio Vero, que morrera em 169, aos 38 anos, atingido pela peste, como também o declarou herdeiro do trono, decisão infeliz, diga-se, a bem da verdade. O filho herdaria o trono, sim, mas não a honradez, a digni-dade, a grandeza moral do pai. E o reinado de Cômodo marcaria o início da decadência do Império Romano.

O início do reinado de Marco Aurélio foi, porém, marcado por grandes calamidades - na Itália, terríveis inundações; na Ásia Menor, terremotos; e invasões dos bárbaros. Mas isso de invasões de bárbaros era só o co-meço. Apesar de sua índole pacífica e de sua dedicação às letras e à reflexão filosófica, o imperador Marco Au-rélio haveria de passar todo o seu reinado, ou seja, de 161 a 180, em incessantes guerras contra os bárbaros, que, como dito anteriormente, passaram a invadir terri-tórios do império. Se tal não bastasse, a partir de 166 ain-da teve de enfrentar outro grave problema, a chamada “Peste Antonina”, que se espalharia por todo o império.

Morte de Marco Aurélio. Os bárbaros não davam trégua aos exércitos romanos. E as guerras continua-ram. Em 180, após comandar e ganhar mais uma, para ele a última, Marco Aurélio perdeu a vida, não em com-bate, e sim vítima de fatal ataque da peste.

Morria assim, em Vindobona (atual Viena, Áustria), aos 59 anos de idade, Marco Aurélio, o imperador-filó-sofo, personificação, talvez não tão ao pé da letra, do “filósofo-rei” idealizado vários séculos antes por Platão.

História do racionalismo - 83

O estoicismo na Roma imperial – 4

Réplica da estátua equestre de Marco Aurélio, em bronze, feita em 1981 e instalada na Piazza del Cam-pidoglio, Roma. A original está em restauração.

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Junho | 202015

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Sandra Carvalho, Londres & Filial de Montes Claros (MG)

O mundo passa por uma pandemia, um vírus tem tirado muitas vidas em todo o mundo. Pessoas choram a perda de entes queridos, no mundo todo estão com medo do que está por vir, de pegar o vírus e morrer precocemente. A hu-manidade pede socorro, o mundo está em alerta e, apesar de todos os pedidos para ficarem em casa, no Brasil muitas pessoas ainda estão ignorando essa ne-cessidade.

É preciso entender que o momento é de precaução, entender que o vírus é invisível e pode estar bem pertinho da gente, ele foge do nosso controle. Não podemos deixar que o vírus se espalhe ainda mais, é necessário muita prudên-cia e cuidado ao sair de casa. Temos que ter respeito pelo próximo, se não cui-darmos dele quem cuidará?

A invisibilidade do vírus faz com que ele seja ignorado, esse vírus está ma-tando e muitas mortes precoces ainda vão acontecer, se não aprendermos que o ser humano vale mais que tudo, que toda vida é importante, que cada pessoa contribui para a evolução deste planeta, que somos a favor da vida porque res-peitamos e lutamos para que possamos atingir nossa evolução. Nosso país está vivendo uma guerra política, porém nes-

te momento a batalha que se deve tra-var é contra o vírus. Como cidadãos do bem e responsáveis, devemos cobrar de nossas autoridades humanização, e não devemos distribuir discórdia nas redes sociais. O nosso inimigo neste momento é o vírus, que tem espalhado terror por todo o mundo. Estamos em um processo delicado em que a vida e a segurança do ser humano jamais poderão ser ques-tionadas, porque se colocarmos o capi-talismo ou a economia do país acima de vidas já teremos perdido parte da nossa essência, porque estaremos trocando bens materiais por vidas.

O vírus afeta pessoas com sistema imunológico debilitado, mas tem mata-do também pessoas saudáveis. Sabem por quê? Porque, apesar de aparentar saúde total, se a alimentação não for boa, se a pessoa não se exercitar, pode-rá estar com imunidade baixa, e quan-do é afetada por esse vírus potente a pessoa não tem anticorpos suficientes para enfrentá-lo e acaba tendo morte precoce.

É preciso despertar, o ser humano tem que entender que esse vírus veio para mudar a nossa sociedade, mudar nossos valores, para tornar evidente a realidade de que o dinheiro não é tudo na vida, e que estamos esquecendo da importância de momentos com paren-tes, deixando de nos relacionar dentro

da mesma casa, devido ao capitalismo desenfreado, à mídia que propaga pu-blicidades tóxicas, à cultura ao corpo, a buscarmos uma felicidade que não existe, a trocar a vida e momentos de la-zer com pessoas queridas por uma rede social, que só nos intoxica e nos impede de produzir, de exercitar, de viver. Hoje, pessoas passam mais tempo e se preo-cupam mais em estar no computador e nos celulares do que com sua vida real e seus familiares.

O mundo passa por uma transição, na qual devemos aprender que a vida vale mais que tudo, que não podemos deixar de ser humanos, que devemos deixar de pensar em tirar vantagem das pessoas, e pensar em ajudar, que devemos espalhar o bem, pois quem o bem faz o bem recebe. A busca pelo ouro, pelos bens materiais que, quando partimos, deixamos da Terra, nos le-vam a uma falsa sensação de que sere-mos felizes em ter, mas se observamos, os casos de problemas psicológicos e depressão estão presentes com mais frequências nas famílias de alto poder aquisitivo. E por quê? Porque seus va-lores são inversos, porque são criados para deixar de ser humanos, são ego-cêntricos e só pensam em tirar vanta-gens e, acabam deparando-se com uma realidade dura que é a de que dinheiro não traz felicidade. Consumir não é a

base de tudo, e hoje a sociedade está vivendo isso, não adianta ter dinheiro porque ele não mata o vírus, o mundo entrou em colapso, pessoas que vivem na Europa e têm alto poder aquisitivo se depararam com a impotência, se de-ram conta de que o sistema de saúde entrou em colapso, que seu dinheiro não vale nada.

Por isso, meus amigos, na medida do possível, fiquem em casa, dias difí-ceis virão, porém somos fortes, chegou o momento de voltar a plantar aquela cebolinha no quintal, de cultivar aquele pé de tomate e de dividir o pouco que temos. Passamos por uma mudança global, temos que pensar no que está por vir, no que vai acontecer daqui para a frente, porque não podemos pensar que ignorar o vírus e fingir que nada acontece será a melhor solução. O mundo vai passar por uma trans-formação muito grande, e precisamos despertar para estarmos preparados para momentos difíceis, porém sem esquecer o mais importante, que é o ser humano, da importância da vida, da união e respeito. Se mudarmos nossa maneira de pensar e cuidarmos do pró-ximo como de nós mesmos, poderemos enfrentar esse vírus, poderemos fazer diferença no mundo; se cada um con-tribuir um pouquinho o mundo vai ser muito melhor...

Em tempo de pandemia, a importância de ficar em casa

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Faleceu em sua residência,em 4 de abril de 2020, José Feliciano da Silva, militante da Filial Niterói há 32 anos. Feliciano, como era conhecido, apesar dos seus 70 anos de idade, guarnecia garbosamente o portão nas nossas reuni-ões públicas e era muito querido por todos os militantes e pelos assistentes que frequentam nossa Casa. Certamente fará muita falta entre nós, mas temos certeza de que ascen-deu rapidamente a seu mundo de estágio, por ter cumprido sua jornada com dignidade e valor, exemplo a ser seguido por todos nós.

Forno e fogão

Maria Tereza Gomes, secretária da Casa-Chefe.

Macarrão gratinado com calabreza

Obituário

INGREDIENTESAzeite para refogarUma cebola picadaDois dentes de alho picadosUma lata de tomate peladoUma colher (sopa) de extrato de to-

mateSal e pimenta do reino200g de bacon picado200g de linguiça tipo calabresa em

fatias200g de macarrão fusilimeio molho de manjericão picadoDuas xícaras de águaDuas xícaras de muçarela ralada

INSTRUÇÕESEm uma panela quente, dispor o

azeite e refogar a cebola e o alho.

Juntar os tomates pelados e mistu-rar bem.

Juntar o extrato de tomate e tem-perar com sal e pimenta do reino.

Deixar ferver até que fique um mo-lho espesso e reservar.

Em uma frigideira que vá ao forno, dourar o bacon e juntar as fatias de ca-labresa.

Adicionar o molho vermelho e mis-turar bem.

Juntar as folhas de manjericão e misturar.

Juntar o macarrão, envolver com o molho e adicionar a água. Tampar a pa-nela e deixar cozinhar em fogo médio por nove minutos.

Cobrir toda a panela com o queijo muçarela e levar ao forno para gratinar.

Sorvete de abacateINGREDIENTES

Um abacate madu-ro; meia xícara (chá) de creme de leite fresco; caldo de meio limão; um quarto de xícara (chá) de açúcar

INSTRUÇÕESDescasque, cor-

te ao meio o abacate e descarte o caroço. Corte a polpa do abaca-te em pedaços de 2cm. Transfira para uma assadeira e leve ao congelador - evite amontoar os pedaços, assim eles ficam soltinhos e fica mais fácil bater. Deixe por pelo menos três horas antes de usar (se preferir, congele na noite anterior).

Para fazer o sorvete, retire o aba-cate do congelador e deixe em tempe-ratura ambiente por cinco minutos an-tes de bater – assim ele bate mais fácil e você não corre o risco de danificar o processador. Se estiver muito calor, aproveite para colocar o creme de lei-te no congelador – quanto mais gelado estiver melhor.

No processador de alimentos, junte o abacate congelado e bata, no modo

pulsar, até começar a triturar os peda-ços. Junte o caldo de limão, o açúcar e o creme de leite, e deixe bater até fi-car bem cremoso, com a consistência de sorvete - no começo pode demorar, mas, acredite, quanto mais tempo bater mais cremoso fica. Se necessário, pare de bater e raspe a lateral do processa-dor com uma espátula para bater por igual. Sirva a seguir.

Tenha sempre abacate no congela-dor. Assim que o abacate estiver conge-lado, transfira os pedaços para um saco com fechamento hermético e mante-nha no congelador por até três meses. Dessa forma você economiza espaço no congelador e garante a sobremesa de última hora.

José Feliciano da Silva, 70

Faleceu, em 10 de maio de 2020, o militante da Filial Petrópolis Carlos Gonçalves, aos 96 anos de idade. Car-los estava licenciado devido à idade. Quando na ativa, nessa filial, foi um militante assíduo, muito amigo dos companheiros, respeitado e querido por todos. Fez parte do Conselho local e trabalhou com dedicação e esmero durante 24 anos por esta filosofia es-piritualista. É uma grande perda para a Filial Perópolis, para seus familiares e amigos.

Carlos Gonçalves, 96

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Junho | 202017

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No dia 14 de março de 2020, assim que chega-mos da reunião mensal, recebemos a notícia: nosso grande amigo, Dr. Galdino Rodrigues de Andrade, ha-via falecido e o sepultamento iria acontecer na tarde desse mesmo dia. Foi um grande susto, sabíamos de sua fragilidade física, porém não esperávamos esse desfecho tão rápido. Ele, que esteve junto a nós desde os primeiros passos da Casa de Santa Efigênia, quan-do ainda éramos Correspondente, fez questão de doar os tijolos para iniciarmos a construção do pré-dio, pois naquela época realizávamos nossas reuniões em uma casinha de cômodos. Hoje, a sede da Filial de Santa Efigênia enfeita a Rua Benjamin Quadros com sua exuberância. Sabemos que foram os abnegados beneméritos que tornaram possível a concretização desse feito, porém quando entramos no prédio cada canto nos faz lembrar o esmero, dedicação, empenho e bom gosto ímpar de Galdino, registrado na delica-deza dos detalhes sua assinatura.

Os vidros jateados, alguns com desenho feito por ele próprio; a mesa do estrado, uma obra de arte – a cada torneamento da madeira ele estava vigilante a orientar o marceneiro; os detalhes das canaletas de madeira a proteger as quinas das pilastras da sala das crianças deram ao ambiente um charme especial; os jardins; a madeira do estrado; as janelas do salão prin-cipal; o painel de azulejos pintados fazendo moldura aos bebedouros... São muitos detalhes, sem contar com o empenho em ajudar outras casas racionalistas cristãs. Se enumerássemos todos os feitos desse gran-de benemérito o texto ficaria enfadonho e prejudicaria a exposição do que julgamos mais importante: a perso-nalidade desse ser especial. Galdino soube ser um ami-go conselheiro de todas as horas, um racionalista cris-tão de escol, estudioso, grande conhecedor da história e dos princípios dessa Filosofia, o que lhe rendeu três magníficas obras já publicadas: Luiz de Mattos – sua vida, sua obra; Antonio Cottas, uma lição de vida; Luiz Thomaz, benfeitor da humanidade; e, uma ou-tra, em fase de revisão, que discorre sobre a história do Racionalismo Cristão.

Nascido no interior de Minas Gerais, na cidade de Viçosa, seguiu os passos de seu pai na lavoura desde tenra idade. De família muito católica, na me-ninice, chegou a ser congregado mariano. Rapazola, descobriu o fascínio pelos livros, e foi esse fascínio que o fez conhecer o Racionalismo Cristão, em uma passagem importante em sua vida, que vale a pena ser contada.

Existia na região um senhor respeitado pela ha-bilidade de “benzer” as pessoas, atividade muito co-mum nos interiores brasileiros. Esse benzedor aten-dia ao chamado das pessoas sempre com um livro a tiracolo. Um livro amassado, de páginas encardidas, ensebadas mesmo, conforme descrição do próprio

Galdino. Aquele livro, que não era nada mais que Cartas Doutrinárias de 1936, considerado pelo fascinado leitor como uma relíquia, aguçou a curio-sidade do astuto rapazola. Tanto fez que o herdou do benzedor. E foi assim, para o desgosto de seu amoroso e religioso pai, que nosso futuro escritor deu início aos estudos da espiritualidade, abrindo sua mente para os princípios racionalistas cristãos. Por sua convicção inquebrantável não cedeu às im-posições da família. Porém, como filho amoroso que era, não deixou que esse desgosto prejudicasse a harmonia e o afeto existente entre pai e filho. Sou-be levar a situação com habilidade de magistrado, usando de postura digna e respeitadora, sempre dei-xando bem claro o afeto e a admiração que nutria pelos seus. Assim fazendo, já colocando em prática os princípios aprendidos, conseguiu, novamente, conquistar a admiração e o respeito de sua família.

Soube ser um pai dedicado e responsável, espo-so atuante – um homem de família, distinto, honesto

e honrado. Dentro daquele corpo frágil guardava um tesouro de bondade, compreensão e amor ao próximo, sem deixar de ser enérgico e exigente. Energia esta que definia o seu lado disciplinador. Como um bom precep-tor nos preparou para os embates que enfrentamos e para os que ainda estão por vir.

Nasceu em 15 de abril de 1931. Em seu registro de nascimento consta a data de 15 de maio, porém não considerava essa data como seu aniversário, pois, contava ele, seu pai o havia registrado um mês depois do seu nascimento.

Faleceu em 14 de março de 2020 – completaria, então, 89 anos de um viver profícuo, pois soube apro-veitar as oportunidades oferecidas pela vida sempre com retidão de caráter, coerência nas atitudes e o que mais destacava neste espírito, já com grande baga-gem, a capacidade de cultivar boas amizades.

Amizade é um sentimento que ele louvava, consi-derando como joia rara de grande beleza. Tanto preza-va esse sentimento que nos confessou, um dia, que o capítulo que ele mais gostou de escrever e se emocio-nava sempre ao relê-lo era o capítulo 17 do livro Luiz de Mattos sua vida, sua obra intitulado Luiz de Mat-tos, um alter ego. Conta, nessa passagem, a história da grande amizade de Luiz de Mattos com Júlio Ribei-ro. Ali ele descreve a capacidade que Luiz de Mattos tinha de cultivar a amizade conservando-lhe sempre o viço e a pureza.

Sabendo que todo artista deixa cravado em suas obras um pedaço de sua alma, ouso, aqui, modificar um parágrafo desse capítulo, trocando o nome – A amizade de Luiz de Mattos era [...] por: A amizade de Galdino Rodrigues de Andrade era, pois, aquele “Sol do Mundo” de que falava Cícero, que brilhava sem-pre para iluminar a alma dos amigos na escuridão da adversidade, para animá-la no momento turvo das dificuldades, para aquecê-la na estação fria das con-trariedades, sem perder, jamais, o brilho e o calor da afetividade.

Nós tivemos o prazer de tê-lo como amigo, essa afeição que nos aquecia a alma. Felizes de nós que pudemos usufruir e sentir sua amizade! “Ornamento afetivo de sua nobre alma” – palavras dele para Luiz de Mattos, que mais uma vez as uso nessa exposição, por me faltarem melhores palavras para descrever tão grandioso sentimento.

Não contamos mais com a sua presença física, e isso ainda dói em nós, mas buscamos o consolo em suas obras e o conforto em suas constantes vibrações astrais em favor da humanidade e em especial ao nos-so grupo que tanto o admira. Consideramos ser o nos-so dever fazer por merecer essas vibrações.

Ângela GuimarãesDirigente-geral da Filial Santa Efigênia

Galdino Rodrigues de Andrade, 88 anos

Galdino foi agraciado com o Troféu Humberto Rodrigues por sua dedicação à nossa Filosofia

O RACIONALISMO CONDUZ AO SUCESSO ESPIRITUAL

ARTIGO

Junho | 202018

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Comemorações e solenidades em casas racionalistas cristãs em junho de 2020

Dia 1Filial Nova Iguaçu – 68º aniversário da fundação e ascensão a filialSede – Avenida Nilo Peçanha, 495, CentroNova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil Presidente – Terezinha Rodrigues da Silva Mi-randa

Dia 6Correspondente São Sepé – 5º aniversário da nova sedeSede – Rua José Luiz Ferreira Pinto, 984, KurtzSão Sepé, Rio Grande do Sul, BrasilPresidente – Eleni Carmo GonçalvesPresidente em exercício – Boneval Carmo de Ávila

Núcleo Uckange – 28º aniversário da fundaçãoSede – 1 Rue Anatole FranceUckange, FrançaPresidente – Maria José da Luz

Dia 8Filial Campo Grande – 72º aniversário da funda-çãoSede – Estrada do Campinho, 190, Campo GrandeRio de Janeiro, RJ, Brasil Presidente – Nelson Pinheiro

Dia 9Correspondente Macapá – 13º aniversário da fundaçãoSede – Avenida Duca Serra, 200, bairro AlvoradaMacapá, Amapá, BrasilPresidente – Saloé Ferreira da Silva

Dia 12Filial Bebedouro – 71º aniversário da fundaçãoSede – Praça Abílio Alves Marques, 121, Centro Bebedouro, São Paulo, BrasilPresidente – Valdecir Valêncio

Dia 15Correspondente Povoação Velha – 21º aniver-sário da fundaçãoSede – Povoação Velha Ilha da Boa Vista, Cabo Verde Presidente – Lázaro Maria da Cruz

Dia 17Correspondente Praia Branca – 30º aniversário da fundaçãoSede – Praia Branca, São Nicolau Concelho de Tarrafal, Cabo Verde Presidente – Joaquim Jorge Spencer

Correspondente Guaçuí – 69º aniversário da fundação e nova sedeSede – Rua Joaquim Beato, 186, CentroGuaçuí, Espírito Santo, BrasilPresidente – Gilceia Azevedo Soares

Dia 21Filial Santos – 108º aniversário da nova sedeSede – Avenida Ana Costa, 67, Vila MatiasSantos, São Paulo, Brasil Presidente – Jorge Alexandre Fares

Dia 26

Filial Den Haag – 36º aniversário da nova sede; ascensão a filial em 12/6/2006Sede – Zonneoord, 134, BouwlustHaia, Holanda

Presidente – Joaquim Alberto Neves

Filial Ilha da Boa Vista – 45º aniversário da fun-dação e 19º da nova sede Sede – Avenida 4 de Junho, Vila de Sal ReiBoa Vista – Cabo VerdePresidente – Serapião Antonio Oliveira Filial Prainha – 11º aniversário da ascensão a filial Sede – Rua Hotel Trópico, PrainhaPraia, Ilha de Santiago, Cabo Verde Presidente – Jorge Emanuel Rodrigues Bar-bosa

Dia 27 Filial Conselheiro Lafaiete – 25º aniversário da fundaçãoSede – Rua Santana, 237, CentroConselheiro Lafaiete, Minas Gerais, BrasilPresidente – Albertino de Souza Pereira Filho

Dia 30Filial Lisboa – 41º aniversário da fundaçãoSede – Praceta Professor Francisco Gentil, lote 6-A, Póvoa de Santo Adrião Lisboa, PortugalPresidente – Maria do Céu Almeida Martins de Sousa

Filial Avenida de Holanda – 44º aniversário da ascensão a filialSede – Avenida de Holanda s/nMindelo, Ilha de São Vicente, Cabo Verde Presidente – Antonio Simas de Oliveira Vera-Cruz

Visite o canal do Racionalismo

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Mais de 600 vídeos sobre espiritualidade

eventos

Junho | 202019

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comentário internacional

Junho | 202020

Clecy Ribeiro, jornalista, professora. Eis que o tema valores retorna ao

topo de nossas preocupações e julga-mento. Faz parte da condição humana tentar dar sentido à vida, sobretudo quando em crise. Valores implicam crenças, fé, atuam nas decisões que o homem toma e, destas, despontam he-róis, indecisos ou omissos – a partir de escolhas individuais e coletivas.

Luiz de Souza, em A Felicidade Existe (edições Centro Redentor, 1962), evo-ca a plêiade de almas ricas em conheci-mentos especializados, desprendidas, simples, devotadas e pertinazes, que vêm encarnando e projetando-se, até com inventos surpreendentes. Ecoa no agora dos servidores da saúde, valori-zando sua abnegação e desprendimen-to e, mesmo, coragem: a de cumprir o dever e revelar-se nestes grandes mo-mentos de exposição ao risco.

O teólogo Leonardo Boff nos pro-põe duas dimensões fundamentais da existência humana: o cotidiano pro-saico, enraizado, limitado – a galinha; a abertura, a mesma vida, mas com vontade de voar, o ilimitado – a águia. “Todos os seres vivos nascem, crescem, maduram, envelhecem e morrem”. Um curso “irrefragável, uma passagem al-química para um estágio mais alto e mais complexo”.

Como amenizar a trajetória? Para Boff, o grande desafio é criar condições de aflorar o arquétipo da águia. Os po-deres mundiais persistem em manter o ser humano na situação de galinha, constata, cerceando o voo da águia. Ressente-se, assim, a humanidade de solidariedade, compaixão, cooperação, convergência de energias para chegar ao bem comum. E de valores de respei-to à dignidade do corpo, defesa da vida, amor à verdade, combate à corrupção, guerras, violência. “Valores que nos tor-nam sensíveis ao novo que emerge, com responsabilidade, seriedade e sentido

de contemporaneidade”. Onde está o bem comum? Estu-

do do Fórum Econômico Mundial, em parceria com a Bocconi University, detém-se em alguns valores julgados essenciais para prover uma base de jus-tiça social e crença nas instituições, tão desestimadas. O tema remete à história do ser humano, bastante cultivado lá pelos idos de Aristóteles e Platão, e fala de partilha, cooperação – e os correla-tos confiança, credibilidade, segurança.

A realidade lhes dá as costas. A dis-criminação traz sequelas crescentes. Re-latório da Oxfam Internacional (inícios de 2020) mostra a pobreza em números simples: 2.153 bilionários no mundo com renda cumulativa maior que 4,6 bi-lhões de pessoas. Um dado que ilustra o setor finanças, sem detalhar a questão do capital humano, o valor da força de

trabalho, em plena revirada.Duas vias desafogam nas relações

internacionais, segundo o professor Bertrand Badie (Sciences Po). A da con-testação põe tudo em causa, inclusive a ascensão individual; a da aproxima-ção vê o Estado além de seu próprio espaço e faz assomar o valor da união. Como a regionalização em curso na Ásia, sem aspirações a disseminar seu “Evangelho”. Fruto da já iniciada des-globalização, com aplausos para o valor segurança, se der certo. Muito está em experimento. Por exemplo, as cadeias de abastecimento via vídeo chat. Um meio a mais de levar o trabalho (digital) para casa e propiciar o emergir de outro valor hoje inconteste: a inclusão digital e, com ela, justiça social.

Necessária para criar oportunida-des justas de emprego, aprendizado,

acesso a serviços essenciais – e, claro, informação – infelizmente, o efeito co-lateral da pretendida igualdade digital caminha pari passu: a falta de infra-estrutura de muitos países. Ciência e aprendizado de tecnologia sofrem com a falta de recursos, fuga de cérebros e outros males crônicos de governanças domésticas.

No interminável fio de nós a desa-tar, a governança (em qualquer nível) e as instituições globais falham em de-monstrar valores de solidariedade e co-operação, além do blablablá. O sistema internacional anômico, como o define Bertrand Badie, tem a ver com a exclu-são do fraco, pobre e dominado do jogo normativo. E, pior, “busca legitimar os grupos de conivência afins, conforme a esmagadora parcela que detêm no PIB mundial”. Para os céticos, ou escla-recidos, a governança global não tem chance de funcionar se deixar alguém à porta.

A boa nova estaria na queda da po-luição, já pelo retarde da atividade eco-nômica, já pela restrição ao transporte. Matthias Horx, futurologista, 65 anos, acredita que isso irá injetar mais solida-riedade à sociedade para que aprenda a viver com menos. Indago eu: seriam a aviação, ora em purgatório, ou o efei-to dito perverso das aglomerações (um nanésimo) os grandes culpados? A má nova (ou velha) corrobora experiên-cia do teórico Bazon Brock, 83 anos: o povo nunca aprende.

Enfim, pensar no bem comum já é um ponto de partida confluente aos in-teresses de todos. “Reveste-se de valor somente se conceder aos povos e socie-dades atingir suas altas aspirações”, diz Boff. Como na sua metáfora da galinha e da águia, os “valorosos” terão alçado voo como águias que são e emergiram de sua condição de galinha para imergir o Sol dentro de si, e assim entrar “num novo ser e num novo estado de consciência”.

Até lá, morituri te salutant.

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Valores sob as lentes

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Ajudar os filhos a se socializarem

Para aumentar o foco e a concentração:

l Jogar com o seu filho: jogos de tabuleiro que faziam parte da infância dos adultos, como dama, ludo, dominó e tantos outros. Isso permite manter o foco por mais tempo numa mesma atividade.

l Inserir na rotina momentos em que possa ser feita uma atividade de cada vez. A tendência é que façamos várias coisas ao mesmo tempo, até na hora da diversão. Saber focar e se concentrar mesmo quando a tarefa é a brincadeira vai servir para quando a criança precisar transferir isso para os estudos.

Tharsila Prates, jornalista, coordenadora do A Razão Criança

Será que conteúdo novo da escola é do que as crianças precisam mesmo neste momento? O que os filhos precisam aprender além do conteúdo formal? Nessa quarentena imposta pelo ataque de um novo vírus, o que as crianças precisam - também - é de relacionamento social, segundo Taís Bento, do SOS Educação, ligado ao grupo Santillana.

“Proporcione ao seu filho momentos em que ele conviva com os colegas da escola, com o auxílio da tecnologia”, diz Taís, em um vídeo divulgado pela plataforma. Ela explica que não é uma simples ligação pelo celular. É necessário proporcionar o encontro de outra maneira: “Enquanto o seu filho brinca, faz um lanche ou assiste a uma série ou filme de que ele gosta na TV, o amigo assiste a mesma coisa do outro lado, e eles vão comentando o que estão vendo.” Às vezes, pode funcionar.

De acordo com Roberta Bento, também do SOS Educação, isso ajudará durante o isolamento e também na volta às aulas presenciais, porque manter esse vínculo fará

diferença para o desempenho dos alunos quando eles retornarem.

A segunda dica das especialistas é aproveitar a rotina da casa para desenvolver habilidades que são base para tudo na vida: paciência, concentração e senso de responsabilidade. “Fazer as refeições em família sem tecnologia, pedir ajuda do seu filho para cumprir as atividades domésticas, fazer jogos

de tabuleiro e momentos de leitura ajudam a desenvolver essas habilidades”, comenta Taís (veja mais dicas no quadro).

A criança deve ter um tempo reservado às atividades online escolares, equilibrando também essas outras tarefas, de convívio e da rotina familiar. “Sem conteúdo, a escola não cumpre o seu papel; só com conteúdo, menos ainda”, afirma Roberta.

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1. O que é um pontinho preto dentro de um avião? 2. O que é um pontinho no mato com outros pontinhos vermelhos dentro?3. O que é um pontinho amarelo na limusi-ne?4. O que é um pontinho verde no meio do gelo?5. O que é um pontinho rosa no congelador?6. O que é um pontinho vermelho girando no meio do mar?7. O que são quatro pontinhos marrons no canto da sala?8. O que são vários pontinhos amarelos na parede?9. O que é um pontinho amarelo e quatro pontinhos azuis?10. O que é um pontinho rosa no estádio de luta dos Pokémons?11. O que é um pontinho vermelho no meio do rio?12. O que são dois pontinhos juntos, um preto e outro vermelho?

criança Junho | 20202

Passatempo

Organizeas sílabase descubrao coletivo de estrelas

laconsçãote

Ordene as frasesRoma a roupa O rato roeu do rei de

e um cachorro O meu tem vizinho três irmãos

pato fundo mergulhou da lagoa O no

porco-espinho estranho um é O bicho

Mickey Mouse supercolorida A casa do é

Fonte: Proibido para maiores, Paulo Tadeu

a) Contrário de pouco b) Não acertar algo c) Contrário de ligeiro d) Meio de transporte aéreo e) Meio de transporte aquático,

usado para viagem longa f) O que usamos para segurar

a calçag) Contrário de diferente h) Oposto de fechar

Responda às questões e descubra, na pri-meira casa, qual é a fruta preferida da perso-nagem Magali, da Turma da Mônica:

José Rapunzel fica da história com no final

cantou bem galo cedinho O

de gelo Olaf é das irmãs o amiguinho Ana e Elza

bezerro no O corre pasto

todo ovo A bota galinha dia

Respostas na página 3

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criança Junho | 20203

Nossos bichos

TartarugaNão dá para falar da tartaruga, sem fazer refe-

rência a seus primos mais conhecidos: o cágado e o jabuti. (Psiu! Deixe de graça. É cá-ga-do. Forte é o primeiro A, e não o segundo.) Pois bem: eles são parecidos, mas diferentes, e essas diferenças vão até os costumes e a alimentação. Veja carac-terísticas, costumes e hábitos alimentares de cada um dos três:

Tartaruga - Cascos mais leves e patas em for-mato de remo. O pescoço é retraído verticalmente para dentro do casco em situações de ameaça. Passa quase toda a vida na água (doce ou salga-da), exceto no momento da desova. Come peixes, moluscos, crustáceos e algas.

Cágado - Cascos achatados para melhor lo-comoção na água e patas com dedos e unhas para o movimento em terra. Dobra o pescoço la-teralmente para dentro do casco para se proteger de predadores. Transitam entre a água doce e a vida na terra. Gostam de peixes e crustáceos.

Jabuti - Lentos, com cascos altos e pesados e patas com dedos e unhas em formato cilíndrico, que lembram as patas de um elefante. O pescoço é retraído verticalmente, da mesma forma que o da tartaruga. É exclusivamente terrestre e alimentam-se preferencialmente de frutas, verduras e legumes.

Tartarugas, cágados e jabutis são répteis que recebem o apelido pomposo de quelônios. As tartarugas surgiram na Terra há 200 milhões de anos e podem ser encontradas em quase todas as regiões tropicais do planeta, mas correm risco de extinção. Seus maiores predadores, afora o ser humano, surgem logo no momento do nascimen-

to. A tartaruga marinha enterra os ovos na areia da praia e ali nascem seus filhotes. Ao nascerem, as pequenas tartarugas precisam encontrar o mar, que oferece mais segurança. Durante o percurso muitas são alvos de pássaros e outros animais.

Um dos principais fatores que encolhem o tempo de vida das tartarugas é a pesca inciden-tal, em que pescadores acabam capturando-as em suas redes de pesca. Elas ficam presas e não podem voltar à superfície para respirar. Por isso, muitas morrem afogadas.

Além da pesca incidental, as alterações no am-biente feitas pelo homem são outro dos fatores de risco. Isto por causa da mudança no habitat das espécies e a introdução de predadores que não existiriam em outros locais.

No Brasil, o Ibama controla os quelônios que podem ser animais de estimação. Somente jabutis e a tartaruga tigre d’água (um cágado) são permi-tidos como pets. Alguns estados estabeleceram re-gras próprias para a criação desse tipo de animal em casa. Em São Paulo, por exemplo, ter um jabuti como pet é proibido.

Tartarugas, cágados e jabutis requerem ambien-te muito particular para se desenvolverem plena-mente. Ter um jabuti no jardim está longe do ideal, uma vez que o habitat superficial pode causar pro-blemas para estes animais. Cascos irregulares, falta de crescimento e pouca locomoção são alguns dos problemas que podem custar a vida do animal.

Tartarugas medem em média 90cm de compri-mento e têm peso médio de 135kg, embora se te-nham registrado também exemplares maiores, com comprimento de até 213cm e peso de até 545kg. Há cerca de 250 espécies, ou tipos, de tartarugas.Algumas espécies, como a tartaruga-gigante das ilhas Galápagos, podem viver mais de cem anos.

Passeie como Snoopy e se liguena mensagemque ele traz

Ordene as trases - O rato roeu a roupa do rei de Roma; Rapunzel fica com José no final da história; Olaf é o amiguinho de gelo das irmãs Elza e Ana; A casa do Mickey Mouse é super-colorida; A galinha bota ovo todo dia; O meu vizinho tem três irmãos e um cachorro; O pato mergulhou no fundo da lagoa; O bezerro corre no pasto; O porco-espinho é um bicho estranho; O galo cantou bem cedinho.

Organize as sílabas - Constelação

Fruta preferida da Magali - Muito, errar, lerdo, avião, navio, cinto, igual, abrir (Melancia)

O que é um pontinho... - 1. Uma aeromosca. 2. Uma formiga com catapora. 3. Um milhonário. 4. Uma azeitona esquiando. 5. Um gelo fanta-siado de Pantera Cor de Rosa. 6. Um redmoinho. 7. Quatro pulgas jogando truco. 8. Fandangos alpinistas. 9. Um yellowfante usando bluetinas. 10. O invencível pinkachu! 11. Um jacared.12. Um tomate brigando com uma pimenta do reino

Respostas do Passatempo

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Pedro BandeiraIlustrações de Carlos Edgard Herrero

No antigo país da imaginação horrorosa, existem lobisomens. Lá é sempre noite, e a lua é sempre cheia para que os lobisomens fiquem sempre assustadores.

E por que assustadores? Porque eles foram inven-tados para assustar as crianças. Do jeito que eles fo-ram inventados, moram em casas feias, escuras, des-pencadas e apavorantes.

E ficam uivando o tempo todo para a lua cheia à espera do momento de pregar sustos nas crianças que acreditam em lobisomens assustadores.

Só que, como todo mundo, o lobisomem tem uma família. Mas não é uma família como a sua. Ele é

casado com a lobismulher e já tem uma lobismenina, também muito feia, peluda e assustadora.

A dona lobismulher estava grávida e vivia fazen-do tricô. E fazia tudo bem malfeito, para as roupas do bebê saírem bem feias, pois roupa de lobisomem tem sempre de ser feia e despencada.

O bebê nasceu, e não era tão feio e peludo como devia ser. E ele também gostava de beber leite na mamadeira, e não suco de pimenta bem ardida.

Em uma das vezes que a família saiu, o bebê conseguiu engatinhar e foi pra bem longe de casa.

Como o mundo era diferente do país da imagi-nação horrorosa! Havia árvores, flores e pássaros! Nada era escuro, cheio de pragas e despencado como na casa onde ele havia nascido.

Por entre as árvores, o lobisbebê viu crianças brincando com uns bichos engraçados e peludinhos como ele, mas um pouco diferentes. Os bichos pula-vam em torno das crianças, recebiam cafuné no pelo e ganhavam biscoitos que pareciam deliciosos.

Na mesma hora, o lobisbebê descobriu que era aquela a vida que queria ter. Ele queria ser um daque-les bichos (já adivinharam qual é, né) e viver para sem-pre brincando com as crianças, sem assustar ninguém.

E lá foi ele, engatinhando, mas logo que viram o pobrezinho do lobisbebê chegando, feliz da vida, sacudindo o rabinho, todos fugiram correndo...

Quando escureceu, umas luzes estranhas acen-deram-se na ponta de paus compridos. Isso porque lobisbebê nunca tinha visto um poste antes.

E justamente debaixo de uma daquelas luzes, sentadinha na calçada, estava uma menina. E ela chorava como o lobisbebê.

Pendurada entre dois postes, havia uma faixa de pano, onde estava escrito:“Procura-se cachorrinho de estimação. Menina muito triste. Gratifica-se quem o encontrar”.

Lobisbebê não sabia ler o que estava escrito, mas tinha entendido que aquela menina estava triste. Tris-te como ele. Resolveu aproximar-se dela, ainda com medo, mas ela não percebeu. Mas sentiu quando o pequeno lobisomem começou a lamber-lhe as mãos...

Ninguém sabe direito o que a menina pensou. Nin-guém sabe se o cachorrinho perdido era parecido com lobisbebê. O certo é que a menina abraçou o peque-no lobisomem, do jeito que ele queria ser abraçado.

Desse dia em diante, lobisbebê encontrou a vida com que ele sonhava. Tornou-se o cachorrinho de es-timação da menina e ninguém mais fugiu dele. Lobis-bebê tinha encontrado o país da imaginação mara-vilhosa! Porque agora ele vive junto de uma criança como vocês!

criança Junho | 20204

Opequeno

lobisomem

O pensamento é faca de dois gumes: tanto atrai como repele. Se os seres humanos pensarem no bem, o bem virá; se mal pensarem, receberão de volta esse mal, muitas vezes com sofrimentos. Por isso, ensinamos nas casas racionalistas cristãs que os assistentes das reuniões públicas devem pensar com altivez e valor, para serem felizes, irradiarem alegria, tendo saúde do corpo e lucidez da mente.

Antonio CottasO PENSAMENTO