jornal do nº 5/2012 - stuprimavera com festa “marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos...

12
Outubro de 2012 nº 5/2012 GESTÃO Vamos à Luta! Jornal do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp Nesta edição, encarte especial sobre a reorganização do departamento Jurídico do STU e o andamento das ações coletivas. Saúde pública STF determina fim da terceirização nas unidades de saúde do Rio de Janeiro Greve nas federais Balanço positivo da luta nas IFES reforça importância da mobilização. Página 7 Eleições 2012 População rejeitou novo mandato a Pedro Serafim. Página 8 Auditoria do TCE aponta irregularidades na Unicamp Candidatos já fazem cam- panha pela Universidade mesmo sem abertura oficial do calendário de consulta à comunidade universitária sobre quem será escolhido pelo governador para coman- dar a Unicamp entre 2013 e 2017. Sindicato quer saber posicionamento das candida- turas sobre o Plano de Metas e isonomia . STU cobrará de candidatos à reitoria compromissos com trabalhadores Prestação de contas da Universidade ainda não foi julgada pelos conselheiros do Tribunal de Contas, mas relatório da fiscalização financeira aponta 13 diferentes problemas no balanço financeiro e patrimonial apresentado pela Unicamp. Gervásio Baptista/SCO/STF João Camilo DCE Unicamp Fernanda de Freitas Rodrigo Cruz Universidade Página 5 Plenária do seminário sobre o Plano de Metas realizado pelo STU e o CR.

Upload: others

Post on 16-Aug-2021

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

Outubro de 2012

nº 5/2012GESTÃO

Vamos à Luta!

Jornal doSindicato dos

Trabalhadores da Unicamp

Nesta edição, encarte especial sobre a reorganização do departamento Jurídico do STU e o andamento das ações coletivas.

Saúde pública

STF determina fim da terceirização nas unidades de saúde do Rio de Janeiro

Greve nas federais

Balanço positivo da luta nas IFES reforça importância

da mobilização.Página 7

Eleições 2012

População rejeitou novo mandato a Pedro Serafim.

Página 8

Auditoria do TCE aponta irregularidades na Unicamp

Candidatos já fazem cam-panha pela Universidade

mesmo sem abertura oficial do calendário de consulta à

comunidade universitária sobre quem será escolhido

pelo governador para coman-dar a Unicamp entre 2013 e 2017. Sindicato quer saber

posicionamento das candida-turas sobre o Plano de Metas

e isonomia .

STU cobrará de candidatos à reitoria compromissos com trabalhadores

Prestação de contas da Universidade ainda não foi julgada pelos conselheiros do Tribunal de Contas, mas relatório da fiscalização financeira aponta 13 diferentes problemas no balanço financeiro e patrimonial apresentado pela Unicamp.G

ervá

sio B

aptis

ta/S

CO

/STF

João

Cam

iloD

CE

Uni

cam

pFernanda de Freitas

Rodrigo Cruz

Universidade

Página 5

Plenária do seminário sobre o Plano de Metas realizado pelo STU e o CR.

Page 2: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

“Meu pai sempre me dizia, meu filho tome cuidadoQuando eu penso no futuro, não esqueço o meu passado”(Dança da Solidão, Paulinho da Viola)

2 - Jornal do STU

Campinas e a Unicamp na berlinda

“Unicamp Debate” resgata luta contra ditadura militar

Servidores comemoraram Primavera com festa

“Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições precárias das instalações destinadas à alimentação dos servidores nas unidades conquistou a redução do valor do bandejão para os Funcamp. Agora é seguir a luta para garantir gratuidade no bandejão para todos os trabalhadores técnico-administrativos e copas decentes nos locais de trabalho.

Carlos Eugênio Paz, Takao Amano, Toninho e Guiomar Lopes discutem a resistência à Ditadura Militar.

Depois de quase dois anos inin-terruptos nos quais a administração municipal ocupou a editoria policial dos principais veículos de comuni-cação do país, a população de Cam-pinas mostrou sua indignação nas urnas e o prefeito Pedro Serafim não chegou ao segundo turmo.

Este processo eleitoral também afetou diretamente a Unicamp. Ao figurar entre os candidatos das cha-pas majoritárias um professor da Universidade que foi julgado como “ficha suja” pela Justiça Eleitoral e teve a candidatura impugnada. A Unicamp foi pauta da mídia ao lon-go de toda a campanha por causa de políticas de gestão na Funcamp que teriam incorrido em “irregularidade insanável”, de acordo com o Ministé-rio Público Eleitoral.

O STU conti-nua acompanhan-do o caso e ressalta aos trabalhadores que os escândalos e malefícios causa-dos à cidade e ao nome da Unicamp têm relação direta com a política de desvalorização dos trabalhadores técnico-administrativos. A precari-zação, terceirização e privatização dos serviços públicos são a principal causa do achatamento salarial e de benefícios. Além disso, costumam trazer consigo práticas ilegais, como determinou recentemente o STF em relação à contratação de pessoal ter-ceirizado na saúde.

Sem falar que a promiscuidade

de relações entre público e privado que se tornou prática no país desde a implantação do modelo neoliberal abre as portas da administração pú-blica para a corrupção. Coisa que o julgamento do ‘mensalão’ também evidencia.

Por isso, o STU reitera a impor-tância da luta contra a precarização e a privatização da Universidade, que nesse momento concretiza na mobi-lização contra o Plano de Metas da reitoria Fernando Costa e por iso-nomia para todos os trabalhadores dentro da Unicamp e nas três univer-sidades estaduais paulistas.

Os últimos quatro anos demons-traram um reaquecimento das lutas sociais. Em Campinas, derruba-mos dois prefeitos, derrotamos o

PL29/2011 (que ten-tou entregar a gestão da saúde, educação, esporte, cultura e lazer nas mãos das entidades privadas) e frustramos o ver-gonhoso aumento de 126% no salário dos

vereadores. Estivemos juntos com a população nessas lutas por compre-ender que são a defesa dos nossos direitos que estavam em jogo. E se-guiremos juntos na defesa da univer-sidade pública, contra a política de metas e em defesa da isonomia.

A vitória da luta dos trabalhado-res da Funcamp após a mobilização e o “marmitaço” reafirmou que a luta persistente arranca conquistas. Vamos à luta!

Conforme anunciado na edição passada do Jornal do STU, o sindica-to, a Adunicamp e o DCE decidiram impulsionar um ciclo de debates e atividades culturais intitulado “Uni-camp Debate”. Nos meses de agosto e setembro ocorreram as primeiras atividades, que lançaram luz ao tema “Memória, Verdade e Justiça” em re-lação às graves violações de direitos humanos ocorridas durante o perío-do da Ditadura Militar. Os debates, com a presença de militantes contrá-rios ao regime militar, e a exibição de

filme sobre a época, serviram para identificar e tornar públicas circuns-tâncias daquele período que, de algu-ma forma, perduram até hoje.

Para o diretor do STU Antonio Al-ves Neto (o Toninho), “essa iniciativa conjunta é importante para fomentar a discussão com a comunidade aca-dêmica sobre a conjuntura brasileira, apontando inclusive caminhos para os nossos problemas”.

Fique atento à programação dos próximos eventos, que será divulga-da no site e no Boletim do STU.

A Festa da Primavera dos Aposentados marcou a chegada da estação mais bela do ano. A confraternização, organizada pelo Departamento de Aposentados e Assuntos de Aposentadoria do STU, aconteceu no dia 21/09 e contou com cerca de 100 pessoas entre aposentados e acompanhantes.

Na próxima edição do Jornal do STU, próximas atividades do Deptº de Aposentados, desaposentadoria e orientações para prevenir o diabetes estarão na pauta.

Editorial

Imagem

Reflexão

Elisa

Ton

in F

ragu

as

Fern

anda

de

Frei

tas

Aposentados

Fernando Piva/Adunicam

p

A vitória da luta dos trabalhadores da Funcamp após a mobilização e o

“marmitaço” reafirmou que a luta persistente

arranca conquistas.

Page 3: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

“Apesar de toda a opressão /Soube conservar os seus valores /

Dando em todos os setores /Da nossa cultura / Sua contribuição”

(Uma história diferente, Paulinho da Viola)

Jornal do STU - 3

Universidade

Mesmo sem formalização, campanha pela reitoria da Unicamp está a todo vaporHá cinco meses do processo que indicará novo dirigente da Universidade, candidatos disputam apoios nas unidades * STU critica modelo anacrônico de consulta e cobra de candidatos compromisso de derrubar Plano de Metas

Rodrigo Cruz

Embora o processo de con-sulta para escolha do novo reitor esteja marcado para fevereiro de 2013, a campanha já acontece de maneira informal. O professor da Faculdade de Engenharia Agríco-la (Feagri) José Tadeu Jorge, reitor entre 2005 e 2009, já teve sua can-didatura anunciada extraoficial-mente, assim como o Professor da Faculdade de Medicina (FCM) Mário Saad, representante do gru-po político liderado por Fernando Costa. Nos corredores, ambos já disputam o apoio de docentes e funcionários.

Para o diretor do STU Iuriatan Muniz, a campanha antecipada prejudica a participação dos tra-balhadores técnico-administrati-vos no processo. “Sem a forma-lidade fica difícil para a entidade

sindical divulgar a posição das candidaturas sobre os temas que interessam à comunidade univer-sitária. Nas reuniões de unidade, os candidatos se comprometem com tudo, mas até então nenhum deles divulgou um material escri-to com sua plataforma política”. O diretor lembra que este ano, como não há, entre os docentes, vantagem clara para nenhum candidato, a disputa pelos votos de funcionários tende a ser mais acirrada.

Processo é antidemocrático

Para Iuri, a categoria docente não está respeitando o proces-so de sucessão que eles mesmos definiram. Formalizar o perío-do de campanha ajuda a evitar o descompromisso com o debate político. “Isso só torna o proces-

so de consulta ainda mais anti-democrático. É bom lembrar que não há paridade de votos entre as três categorias (os trabalhado-res representam somente 20% do pleito), que apenas os docentes no

último nível de carreira podem se candidatar e que independente do resultado da consulta, é o gover-nador quem escolhe o novo reitor por meio da lista tríplice”, argu-menta.

Responsável pela reestruturação da carreira PCVS para a atual (PAEPE) e pelo fim da jornada de 30 horas na Área da Saúde, o ex-reitor José Ta-deu Jorge enfrentará um duro balanço de sua ad-ministração durante o debate entre os reitoráveis no ano que vem. A atual carreira, implementada por ele durante a gestão 2005-2009, dificultou ain-da mais a progressão dos funcionários, criou um processo avaliatório baseado em critérios subje-tivistas e consolidou a lógica do favoritismo e do apadrinhamento. E o fim das 30 horas na saúde trouxe enormes prejuízos para os trabalhadores.

No plano político, a gestão Tadeu foi de con-tinuidade ao projeto conservador do antecessor Carlos Henrique Brito. O mandato de Tadeu também foi marcado pela repressão aos estudan-tes durante a ocupação da reitoria, em junho de 2007, pelo avanço de parcerias entre a Universi-

dade e empresas privadas e pela falta de compro-metimento com as demandas dos trabalhadores.

Embora tenha recebido a categoria diversas vezes, Tadeu ficou conhecido por marcar reuni-ões meramente formais e não atender às reivin-dicações dos funcionários.

Ao sair da reitoria, Tadeu assumiu a Secreta-ria de Educação do governo Hélio, na Prefeitura.

Fernando Costa, principal apoiador de Mário Saad, foi vice-reitor na gestão Tadeu

Do outro lado, Mário Saad representa a con-tinuidade da gestão Fernando Costa, que jamais recebeu o STU para discutir as reivindicações da categoria, aprovou a reestruturação da carreira PAEPE e a autarquização do Hospital de Clíni-

cas sem ouvir os trabalhadores e cortou o ponto dos funcionários que participaram da greve por isonomia em 2011. Isso sem contar que Fernan-do nunca recebeu a nova diretoria do STU para qualquer discussão e as diversas tentativas de inviabilizar o sindicato com processos jurídicos, postura que a gestão “Vamos à Luta” considera abertamente antissindical.

Nos corredores, Tadeu e Saad já se apresen-tam como candidaturas opostas. No entanto, não estão claras as diferenças políticas entre os dois candidatos. Basta lembrar que Fernando Costa, principal apoiador de Mário Saad, foi vice-reitor na gestão Tadeu. Além disso, ambos os candidatos contam com o apoio do atual go-vernador Geraldo Alckmin (PSDB), que pelas regras do jogo, é quem realmente escolherá o futuro reitor da Unicamp.

Tadeu e Saad não mostram diferenças programáticas

Para a gestão “Vamos à Luta”, a sucessão que se aproxima será um momento importante para os trabalhadores técnico-admi-nistrativos cobrarem dos can-didatos o compromisso com as principais bandeiras de luta da cate-goria: isonomia de salários e bene-fícios com a USP e a Unesp; a der-rubada do Plano de Metas; o fim das terceirizações e das punições.

Diante da insatisfação geral dos com os atuais parâmetros de progressão da carreira PAEPE, o debate sobre reestruturação da carreira também deve ganhar peso. Em breve, o STU deverá convocar uma assembleia geral para a discussão da plataforma de reivindicações que os traba-lhadores irão apresentar aos rei-toráveis no início de 2013.

STU cobrará compromisso dos candidatos com plataforma dos trabalhadores

Confira o Caléndário do processo de consulta para escolha do reitor:

Inscrições: 04 a 08/02/2013Fechamento do Colégio Eleitoral: 08/02/2013Divulgação das listas de eleitores: 21/02/2013Primeiro turno: 06 e 07/03/2013Segundo turno: 20 e 21/03/2013

Page 4: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

“Quando chego no trabalho / O patrão vem com aquela his-tória / Que o serviço não está rendendo /Eu peço minhas contas e vou-m’embora / Quando falo no aumento / Ele sempre diz que não é hora”(Que trabalho é esse, Paulinho da Viola)

4 - Jornal do STU

Universidade

Luciana Araújo

O Jornal do STU teve acesso ao processo que analisa o balanço geral do exercício da Unicamp relativo ao ano de 2011, em tramitação no Tribu-nal de Contas do Estado. O relatório da fiscalização realizada pelos técnicos do TCE traz uma série de questiona-mentos à administração da Universi-dade, encabeçada pelo reitor Fernando Costa. Os auditores relatam desde “au-sência de planejamento” na elaboração da programação de pesquisas, passan-do pela impossibilidade de análise da legalidade das despesas contraídas pela Universidade com passagens aéreas e afastamentos para o exterior, falhas na instrução de processos licitatórios, cessão de funcionários a outros ór-gãos - como secretarias municipais e zonas eleitorais – “sem a formalização de convênios, nem a demonstração do interesse da Universidade, em desacor-do com o Estatuto da Unicamp”, entre outras ocorrências.

A análise da relação jurídica entre a Universidade e a Funcamp ocupa a maior parte das 170 páginas do docu-mento. Resumidamente, os técnicos apontam a violação dos artigos 57 e 116 da Lei 8666/93 (lei de licitações),

que proíbem a celebração de convê-nios por prazo indeterminado. A Uni-camp tem um convênio firmado cowm a Funcamp desde agosto de 1987, que vem sendo aditado pelas sucessivas ad-ministrações. Além disso, só em 2011 a Unicamp transferiu à Fundação R$ 9.421.467,84 a título de pagamento de taxas de administração de convênios “sem que fosse apresentada legislação amparando a despesa”. No mesmo pe-ríodo, o montante total de recursos re-passados diretamente pela Universida-de á Fundação foi de R$ 13.004.157,67.

Os técnicos do TCE questionam a “terceirização desmedida à Funcamp, incluindo: serviços, administração de recursos, aquisição de bens, contra-tação de pessoal, administração de almoxarifados, ambulatórios e hospi-tais”. Também é criticada a “terceiriza-ção de convênios firmados com outros órgãos públicos” (como a Eletrobrás, o Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio e a Secretaria de Estado de Saúde). O relatório da auditoria afirma existir até mesmo contratação da Funcamp, com dispensa de licitação, para realizar reformas e manutenção no prédio do Hospital de Clínicas, “objeto estranho aos Estatutos da Funcamp”.

Entre os diversos itens dos termos

aditivos firmados entre a Unicamp e a Funcamp, os técnicos do Tribunal de Contas questionam com destaque a terceirização integral da gestão do Hospital Estadual Sumaré. Os técni-cos apontam, entre outros problemas, o fato de que está previsto neste con-trato que a Funcamp está totalmente isenta de responsabilidade por quais-quer ações judiciais que venham a ser movidas contra a Fundação. Pelo con-trato, cabe exclusivamente à Unicamp responder por todas as despesas decorrentes de eventuais condena-ções judiciais da Funcamp, embora a Universidade repasse à Fundação recursos mensais para composição de um fundo de reserva para encar-gos trabalhistas e pague à entidade uma taxa mensal de administração por serviços prestados. Para os téc-nicos do Tribunal de Contas, trata-se de ajuste “totalmente contrário ao interesse público”.

Também são questionados os convênios firmados entre a Uni-camp e a Funcamp para gestão dos ambulatórios de especialidades mé-dicas de Rio Claro, Piracicaba, Li-meira, Mogi-Guaçu e São João da Boa Vista. Em todos esses casos, para os técnicos do TCE, ocorreu “terceirização integral” do objeto do convênio celebrado entre a Uni-camp e a Secretaria de Estado de Saúde – o que é ilegal porque ativi-dades fins não podem ser terceiriza-das pela legislação do país.

A auditoria técnica do TCE também verificou que a Unicamp devolveu integralmente R$ 4,8 mi-lhões recebidos do Governo Federal para aplica-ção em programas de saúde porque não atendeu a formalidades legais. Na opinião dos agentes de fiscalização “os princípios constitucionais da efici-ência e efetividade” foram feridos nesse processo.

Pelo convênio, firmado em 2008, a Faculda-de de Ciências Médicas deveria desenvolver um projeto piloto de especialização em Saúde da Família à distância. Em agosto de 2010 o pro-jeto ainda não havia sido executado e, então, a Universidade consultou o Fundo Nacional de Saúde sobre a possibilidade de contratar a Fun-

camp por dispensa de licitação para realizá-lo. O pedido foi negado e o contrato, rescindido. De acordo com a auditoria, “houve descuido da Universidade no que toca às providências que lhe cabia para a efetiva execução do objeto, violando preceitos constitucionais da eficiên-cia e da efetividade”.

Os balanços gerais da Unicamp relativos aos exer-cícios de 2008 até 2011 ain-da não foram julgados pelos conselheiros do TCE. A rela-tora do processo referente ao ano passado é a conselheira Cristina de Castro Moraes. A reportagem procurou os relatores dos processos em andamento, mas a assesso-ria de imprensa do Tribunal informou que os conselhei-ros não são autorizados a se pronunciarem sobre os rela-tórios antes do julgamento dos autos. Ainda de acordo com a assessoria, mesmo depois da apreciação dos ór-gãos responsáveis, a posição oficial do Tribunal é o voto dos conselheiros formaliza-do nos processos.

Até a conclusão des-ta edição a Unicamp ainda não havia apresentado suas justificativas às ocorrências relatadas pelos agentes de fiscalização do TCE. Em 7 de agosto deste ano havia sido autorizada pela relatora a terceira prorrogação de pra-zo solicitada pela Procurado-ria da Universidade, por um período de 30 dias.

Auditoria do TCE aponta irregularidades na Unicamp em 2011Contas de 2008 a 2011 ainda não foram julgadas pelo TCE, mas auditoria técnica realizada para verificação da prestação de contas apresentada pela Unicamp no ano passado aponta burlas legais, em particular nos proces-sos de terceirização * Relação Funcamp/Unicamp é campeã de questionamentos

Unicamp perdeu R$ 4,8 milhões por repassar convênio à Funcamp

Entenda o caso

Os técnicos do TCE questionam a “terceirização

desmedida à Funcamp

Page 5: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

“A toda hora rola uma históriaQue é preciso estar atento

A todo instante rola um movimentoQue muda o rumo dos ventos”

(Rumo dos ventos, Paulinho da Viola)

Jornal do STU - 5

STF: ‘é ilegal terceirizar pessoal na saúde’

Luciana Araújo Em julgamento realizado no dia 28 de

agosto deste ano, a Segunda Turma do Su-premo Tribunal Federal determinou o fim da terceirização na área da saúde pública do município do Rio de Janeiro. Os ministros do STF negaram por unanimidade provi-mento a um recurso extraordinário pro-posto pela Prefeitura da capital fluminense contra ação movida pelo Sindicato dos Mé-dicos. No processo, que teve início no ano 2000, o sindicato questiona a legalidade das contratações de profissionais de saúde por meio de terceirizações. A entidade sindical já tinha obtido vitória em primeira, segunda e terceira instâncias, mas as sucessivas ad-ministrações municipais buscavam evitar a reversão do modelo privatista. “O tiro pri-vatizante acabou saindo pela culatra e agora temos uma decisão da máxima Corte judi-cial do país que evidencia que contratações terceirizadas na saúde são ilegais e que os órgãos têm que fazer concurso. Vamos à luta para fazer valer essa posição do STF na Unicamp”, afirma o diretor do STU e servi-dor da CECOM Iuri Muniz.

No acórdão da decisão do STF, publica-do no último dia 19 de setembro, o relator do caso, o ex-ministro Cezar Peluso, afir-ma que “os cargos inerentes aos serviços de saúde, prestados dentro de órgãos públicos, por terem a característica de permanência e de caráter previsível, devem ser atribuídos a servidores admitidos por concurso público, sob pena de desvirtuamento dos comandos

constitucionais referidos “.A decisão do STF, embora não impeça

que as Organizações Sociais continuem ad-ministrando unidades de saúde, obriga que a contratação de pessoal para trabalhar nas unidades seja feita por concurso público.

O Subprocurador-Geral da República, Wagner de Castro Mathias Netto, já havia opinado no mesmo sentido quando a Pro-curadoria foi chamada a se manifestar no processo. Para Wagner, “é certo que o texto constitucional faculta, ao Estado, a possibi-lidade de recorrer aos serviços privados para dar cobertura assistencial à população, ob-servando-se, as normas de Direito Público e o caráter complementar a eles inerentes. Toda-via, não é essa a discussão aqui travada, mas sim, a forma como a Municipalidade concre-tizou o ato administrativo, emprestando-lhe característica de contratação temporária, desvirtuada do fim pretendido pelo artigo 197 da CF/88. Na hipótese, os serviços con-tratados não podem ser prestados em órgãos públicos, onde necessariamente, deveriam trabalhar profissionais da área de saúde, aprovados em concurso público, a teor do ar-tigo 37, II, da CF/88.”

Com essa manifestação da Procurado-ria Geral da República, fica evidente que o

mesmo tratamento deve ser dado a todas as unidades de saúde do país.

Em 18 de dezembro de 2009, o também ministro do STF e hoje presidente do ór-gão, Carlos Ayres Brito, já havia se mani-festado contra recurso do município flu-minense afirmando que “a Administração Pública direta e indireta, ao prover seus cargos e empregos públicos, deve obediên-cia à regra do concurso público. Admitem-se somente duas exceções, previstas consti-tucionalmente, quais sejam, as nomeações para cargo em comissão e a contratação destinada ao atendimento de necessidade temporária e excepcional”.

Em SP, contratos da SES com OSSs são considerados nulos

A Justiça do Trabalho em São Paulo tam-bém julgou nulos todos os contratos entre a Secretaria de Estado da Saúde e OSSs (Organizações Sociais da Saúde), em razão de irregularidades trabalhistas. A senten-ça, em ação movida pelo Ministério Públi-co do Trabalho, determina a troca imediata de funcionários terceirizados por servido-res concursados nos 37 hospitais e outras 44 unidades de saúde administradas por OSSs no Estado. Cabe recurso e o gover-no Alckmin afirma que tentará reverter a decisão. Mas, diante do posicionamento do STF, parece estar se formando jurisprudên-cia sobre o tema.

Com informações do STF e MPT-SP.

Sessão da 2ª Turma do STF que julgou inconstitucional a terceirização na saúde do Rio de Janeiro

Ger

vásio

Bap

tista

/SC

O-S

TF

Luta contra a privatização

Decisão do STF, embora não impeça que as Organizações Sociais continuem administrando unidades

de saúde, obriga que a contratação de pessoal para trabalhar nas unidades

seja feita por concurso público.

Page 6: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

“Eu canto a esperança que nunca morreu /Sei qual a minha sentença /O vento é quem tira a poeira de tudo”(Pra jogar no oceano, Paulinho da Viola)

6 - Jornal do STU

Eleições 2012

Rodrigo Cruz

O primeiro turno das eleições municipais de 2012 encerrou um importante ciclo de lutas sociais na cidade de Campinas. Desde o primeiro semestre de 2011, quan-do a população barrou a aprova-ção do projeto de lei do executivo 29/2011, que entregaria à entida-des privadas “sem fins lucrativos” a responsabilidade pela gestão dos serviços públicos nas áreas da saúde, educação, cultura, esporte e lazer, a cidade se tornou palco de grandes mobilizações contra a corrupção e a privatização dos serviços públicos. O próprio Dr. Hélio (PDT), prefeito reeleito com quase 70% dos votos válidos em 2008 , foi cassado sob forte pressão popular depois que investigações do Ministério Público Estadual (MPE) comprovaram o seu envol-vimento com fraudes em contratos da Sanasa. O mesmo destino teve seu vice Demétrio Vilagra (PT), acusado de participar do mesmo esquema de corrupção.

E não parou por aí. A popula-ção indignada também impediu que os vereadores aprovassem um projeto de lei, assinado pelo então presidente da Câmara Pedro Se-

rafim (PDT), que aumentava os próprios salários em 126%. Com muita disposição, militantes de sindicatos, centros acadêmicos, associações de bairro e partidos políticos recolheram 10 mil assi-naturas contrárias ao aumento. O abaixo-assinado fez com que os parlamentares recuassem da de-cisão e aprovassem uma emenda que fixou um reajuste de 0% para a próxima legislatura. Essa vitória só foi possível graças à enorme ca-pacidade de mobilização popular, que colocou novamente o povo campineiro como protagonista da cena política da cidade.

Povo disse não à continuidade do ‘projeto Hélio’

Eleito de forma indireta pelos vereadores no início deste ano após o impeachment de Demé-trio Vilagra, Pedro Serafim (PDT) tentou se eleger, desta vez com o voto popular, mas acabou em ter-ceiro lugar na disputa pela prefei-tura com 18,73% dos votos. Para tentar obter o apoio da população e se apresentar como uma alter-nativa política, Pedro escondeu o próprio sobrenome dos materiais de campanha, evitou usar o termo

“reeleição” e se manteve longe de qualquer referência à sua partici-pação no governo do Dr. Hélio. Como se sabe, além de pertence-rem ao mesmo partido (o PDT), Pedro foi presidente da Câmara durante a gestão do ex-prefeito. Nada disso, no entanto, foi sufi-ciente para garantir a continui-dade do projeto privatizante e corrupto que governou Campinas nos últimos oito anos e o povo re-jeitou o prefeito biônico.

Esquerda cresceu e elegeu mandato de oposição

Apesar da derrota de Pedro Se-rafim no primeiro turno, as duas candidaturas que permanecem na disputa pela prefeitura são li-gadas direta ou indiretamente à administração do Dr. Hélio. Basta lembrar que o PT de Márcio Po-chman era o partido do vice tam-bém cassado Demétrio Vilagra e que o PSB de Jonas Donizette foi base fiel do governo na Câmara durante as duas últimas legislatu-ras. A boa notícia é que o cenário de acirramento das lutas sociais na cidade favoreceu os candidatos de oposição de esquerda. Juntos, Arlei Medeiros (PSOL) e Silvia

Ferraro (PSTU) ganharam espa-ço no debate político e somaram quase 5% dos votos. O resultado é cerca de três vezes maior do que a votação obtida pela Frente de Esquerda em 2008, quando o go-verno Hélio era considerado uma unanimidade por grande parte da população campineira.

O voto de confiança nos parti-dos que estiveram presentes nas principais lutas da cidade também foi respensável pela eleição de um mandato de oposição na Câma-ra Municipal. O professor Paulo Búfalo (PSOL) foi eleito vereador com 6.138 votos, que garantiram a ele o quinto lugar entre os candi-datos proporcionais mais votados da cidade. Outro destaque do plei-to foi a trabalhadora da Unicamp e militante de base da categoria Mariana Conti (PSOL), que rece-beu 5.953 votos, mas não se ele-geu devido ao coeficiente eleitoral. Mariana teve a sexta candidatura com maior número de votos da ci-dade e foi a mulher mais votada de Campinas nessas eleições. O STU parabeniza todos os lutadores que expressaram nas urnas a sua indig-nação com a velha política e desde já convoca a categoria para conti-nuar firme nas lutas da cidade.

Campinas mostrou indignação nas urnasDepois de um período de intensa mobilização contra a corrupção e as privatizações, campineiros derrotam a candidatura de continuidade do governo Hélio e elegeram mandato de oposição na Câmara Municipal

O STU esteve presente nas lutas contra a corrupção em Campinas, em defesa dos direitos dos trabalhadores da saúde e por mais segurança para as mulheres na cidade.

Arquivo DCE-Unicamp Ellen Machado

Arquivo DCE-Unicamp

Page 7: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

“Tenho pena daqueles que se agacham até o chão /Enganando a si mesmo por dinheiro ou posição /

Nunca tomei parte desse enorme batalhão,”(Meu mundo é hoje, Paulinho da Viola)

Jornal do STU - 7

Rodrigo Cruz

Expressão legítima da resistência dos traba-lhadores da educação e do funcionalismo pú-blico brasileiro por melhores salários e con-dições de trabalho, a greve dos trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior obteve importantes vitórias para a categoria, apesar da intransigência do Governo Dilma Rousseff. Foram mais de 70 dias de paralisa-ção nos quais os trabalhadores fecharam ro-dovias, realizaram passeatas que pararam as principais cidades do país, ocuparam reitorias e até acamparam na Esplanada dos Mministé-rios, em Brasília. Essa grande mobilização, ar-ticulada com estudantes, docentes e outras ca-tegorias em greve, fez com que Dilma tivesse que negociar. Apesar das limitações do acor-do, o índice concedido pelo governo (15,8% parcelado em três anos), a ampliação do valor do intervalo entre os níveis das carreiras dos servidores (3,7 e 3,8 até 2015) e a extensão do incentivo à qualificação para todas as classes derrotaram a política de congelamento de sa-lários de Dilma.

Ataques ao direito de greve

O caminho até as primeiras negociações, no entanto, não se deu sem a adoção de medidas repressivas por parte do Executivo. Logo nas primeiras semanas de greve o governo editou a medida provisória 568/2012, que congelava os adicionais de insalubridade/periculosida-de e reduzia o salário dos médicos e médicos veterinários. Com o avanço do movimento, o governo recuou com a MP 568, mas determi-nou o corte de ponto dos servidores parados e editou o decreto 7777/2012, que permitiu a substituição dos grevistas por trabalhadores temporários ou funcionários públicos estadu-ais e municipais. Para completar, adotou me-didas coercitivas contra reitores que não obe-deceram à política do corte de ponto.

Para Jorge Martins, advogado do STU e militante do movimento sindical, “do ponto de vista jurídico, esse decreto representa uma alteração profunda do comportamento go-vernamental em relação à liberdade de greve prevista no artigo 37 da Constituição Federal. Trata-se de uma maneira objetiva de neutra-lizar o movimento, uma vez que sem a inter-

rupção do trabalho as reivindicações perdem força”, afirma.

Jorge também lembra de que o governo se utilizou de chantagem para desarticular o mo-vimento, como mostra o recente depósito de 50% do salário descontado pelos dias parados entre 15 de julho e 15 de agosto na conta de 8.932 servidores do Executivo que estiveram em greve. “Nos bastidores, Dilma possivel-mente prometeu devolver os descontos caso os grevistas voltassem ao trabalho”. Ele acre-dita que a postura do governo durante a re-cente onda de greves no funcionalismo federal abre um precedente perigoso para que outras esferas governamentais também endureçam a relação com o movimento sindical nas próxi-mas campanhas salariais. “Isso só poderá ser superado com muita mobilização”, conclui.

Greve no funcionalismo federal derrotou intransigência do governo DilmaPrimeiro enfrentamento direto dos trabalhadores brasileiros contra a presidenta foi marcado por medidas do Executivo para neutralizar o movimento

Foto

s: Jo

ão C

amilo

Grande mobilização, articulada com estudantes, docentes e

outras em greve, fez com que Dilma tivesse que negociar.

Page 8: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

“O samba é alegria /Falando coisas da gente /Se você anda tristonho /No samba fica contente”(Eu canto samba, Paulinho da Viola)

8 - Jornal do STU

Opressões

STU atua na reorganização do Núcleo de Negros e Negras na UnicampColetivo busca incentivar a discussão étnico-racial dentro e fora da universidade

Fernanda de Freitas

Uma das deliberações da ges-tão “Vamos à Luta” é reforçar a luta dos grupos mais explorados e oprimidos (negros, mulheres e homossexuais). Reforçando essa iniciativa e referendando a orientação do XXI Congresso da Fasubra, o XI Congresso dos Tra-balhadores da Unicamp aprovou impulsionar a retomada do fun-cionamento do Núcleo de Negros e Negras da Unicamp.

Fundado na década de 1990, o Núcleo tem por objetivo avançar nas propostas de inclusão étnico-social dentro da universidade. E, embora seja composto por traba-lhadores, a intenção é que seja um espaço de articulação e debate com os demais setores da comunidade universitária, de forma a compre-ender e agir na realidade que afe-ta a todos. Essa integração se dará buscando o enfrentamento conjun-to das demandas da comunidade como um todo e lançando luz à reflexão sobre o papel da universi-dade pública na construção de um pensamento antirracista. “Precisa-mos levar em consideração que há poucos estudantes e docentes negros na Unicamp e, principal-mente, que trabalhamos numa Universidade contrária as políti-cas afirmativas de cotas raciais, tão necessárias para o acesso da população negra e de baixa renda ao ensino supe-rior e à estru-tura funcional da universi-dade”, ressalta o diretor do STU Antônio Alves Neto (o Toninho).

Nas primeiras reuniões realiza-das neste ano, o Núcleo aprovou um plano de atividades com exibi-ção de filmes sobre a questão racial; curso de formação sociopolítica sobre temas como História da Áfri-ca, Estatuto da Igualdade Racial, cotas e outros; debates sobre a si-tuação do negro na sociedade, com enfoque no mundo do trabalho; organização do tradicional Torneio Zumbi dos Palmares; atividades

políticas e culturais na Semana da Consciência Negra, entre outras iniciativas.

Para dar conta de todas essas de-mandas, a formação terá um papel central e constante, com a perspec-tiva da promoção do povo negro como sujeito e conhecedor de sua própria história, principalmente no espaço universitário. O grupo acredita que a formação é funda-mental para construir uma força política e ideológica a partir do res-gate de bandeiras e lutas históricas do movimento negro brasileiro, que há muito tempo estão fora da pauta da Universidade.

“Resgatamos o Núcleo de Ne-gros e Negras da Unicamp não só para atender uma demanda do congresso da categoria, mas por-que desejamos que ele se torne um organismo vivo na articulação das questões raciais dentro da Univer-sidade e um instrumento de luta dos trabalhadores, docentes e estu-dantes”, explica Toninho.

Combate ao racismo no serviço público é prioridade

O primeiro passo do Núcleo na construção de uma inteligência coletiva negra dentro da Univer-sidade é a discussão das questões do mundo do trabalho, que afe-tam diretamente o servidor pú-

blico negro da Unicamp. Para isso, será reali-zada uma pes-quisa para iden-tificar quem são os funcionários técnico-admi-nistrativos ne-gros, onde eles estão lotados, o que pensam, qual a forma-ção e origem es-colar, situação

profissional e socioeconômica desses trabalhadores.

A intenção é reunir o máximo de informação possível e usá-las para ações de combate à segrega-ção racial e social no serviço pú-blico (diferenciação de salários e/ou direitos entre brancos e negros) e também para reivindicar melho-rias específicas na saúde e da for-mação universitária.

Núcleo de Consciência Negra da USP: um modelo de resistência

Para os integrantes do Nú-cleo de Negr@s da Unicamp, o Núcleo de Consciência Negra (NCN) da USP é um exemplo a seguir. Entidade sem fins lu-crativos presente há 25 anos no Cidade Universitária do Bu-tantã (na capital do Estado), o NCN luta pela implementação de cotas sócio-raciais como meio de reparação histórica ao povo negro brasileiro e na defesa dos direitos e fortale-cimento da organização dos negros e negras dentro e fora daquela Universidade.

A entidade mantém a Biblio-teca Carolina Maria de Jesus, um Cursinho Pré-Vestibular Popular, um Centro de Estudo

de Idiomas e organiza oficinas de teatro e comunicação, além de atividades culturais, semi-nários e palestras sobre a his-tória, as demandas sociais e a cultura afro-brasileira Apesar dos sucessivos ataques promo-vidos pelas reitorias da USP, o Núcleo de Consciência Ne-gra resiste devido ao respeito e apoio que acumulou junto à comunidade daquela Univer-sidade e já é parte da história dos movimentos negro e social brasileiros.

Com informações do Blog “Em defesa do Núcleo de Cons-ciência Negra” (http://emdefe-sadoncnusp.blogspot.com.br/)

Blog Cotas na U

nicamp

Agenda da Consciência NegraA Coordenação de Cultura do STU está preparando, junto com o Núcleo de Negros e Negras da Unicamp, um calendário em ho-menagem à semana do dia 20 de novembro (a Semana da Consci-ência Negra). A programação será divulgada em breve no site do sindicato na internet (www.stu.org.br) e nos boletins.Além disso, nos dias 10 e 11 de novembro, será realizado o Tor-neio de Futebol Society Zumbi dos Palmares. As incrições estão abertas até o dia 30 de outubro, na secretaria do sindicato. Para inscrever a equipe, será cobrada uma cesta básica grande.

“Precisamos levar em con-sideração que há poucos

estudantes e docentes negros na Unicamp e, principalmen-

te, que trabalhamos numa Universidade contrária as

políticas afirmativas de cotas raciais, tão necessárias para o acesso da população negra e de baixa renda ao ensino su-

perior e à estrutura funcional”

Page 9: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

Caderno Jurídico - 1

Desde setembro do ano pas-sado o Departamento Jurídico do STU está sob a responsabi-lidade de uma nova equipe de advogados e advogadas. Nesse primeiro ano, dezenas de no-vas ações coletivas e processos individuais. Além disso, uma vez por mês os advogados pas-saram a atender aos associados que trabalham nos campi de Limeira e Piracicaba em plan-tões locais. O departamento também ampliou sua área de atuação em defesa dos asso-ciados ao STU e da categoria. Agora, além dos processos cí-veis e trabalhistas, o Jurídico do STU também conta com profissionais especializados em Direito Previdenciário e Direi-to Criminal.

Ainda no mês de outubro terá início a ação coletiva pe-dindo o não desconto do im-posto sindical dos salários dos associados ao STU a partir de 2013, conforme decisão do XI Congresso dos Trabalhado-res da Unicamp. Tal medida é necessária uma vez que par-te deste dinheiro é retido pelo Ministério do Trabalho e Em-prego (para compor o Fundo de Amparo ao Trabalhador), federações e confederações de trabalhadores (apenas 60% fica com os sindicatos).

Também estão sendo pre-parados dois seminários para

esclarecimentos da categoria sobre organização sindical e mudanças nas regras da apo-sentadoria.

Consulta processual online

A partir de agora, os asso-ciados ao STU que tiverem in-teresse em saber informações sobre os procesos nos quais es-tão incluídos podem entrar em contato pelo e-mail <[email protected]> ou pessoalmente, na sede da entidade, de segun-da a sexta-feira das 13 às 17 ho-ras. Apresentando o número da ação, o servidor será orientado sobre o andamento processual e sobre como acessar os dados pela internet.

Neste encarte especial sobre o departamento, divulgamos os andamentos atualizados dos processos Coletivos, buscando facilitar o acesso da categoria à movimentação das ações que aguardam decisão.

É importante esclarecer que parte das ações coletivas dis-tribuídas até setembro de 2011 permaneceram com o escritó-rio que prestava assessoria para o STU anteriormente (dr. Cre-masco). Nestes casos, as consul-tas serão remetidas ao referido escritório, que é o responsável pelos andamentos. E a resposta ao servidor será fornecida após retorno dos advogados.

A assessoria jurídica do STU é coordenada pelos ad-vogados Jorge Luís Martins e Marcel Roberto Barbosa, e conta ainda com os advoga-dos Eliane Maria dos Santos, Renata Pereira Santos Leite e o estagiário Leonel Orme-zi Neto.

JORGE LUÍS M A RT I N S , 54 anos, gra-duado pela Universida-

de Paulista de São Paulo (Unip). Especialista em Direito do Trabalho (pela Escola de Desenvolvimen-to de Turim, na Itália) e em Economia do Trabalho pelo Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT) da Unicamp.

Advogou para o Sindicato dos Trabalhadores Quími-cos Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo, entre 2006 e 2011. Fundador e ex-dirigen-te da Central Única os Traba-lhadores (CUT), foi nomeado para o Conselho Nacional do Trabalho como representante dos trabalhadores no debate sobre Reforma Sindical e re-presentante dos trabalhadores junto ao Grupo de Trabalho de Formação do Mercosul, no debate de Direitos Traba-lhistas, durante o processo de integração do Brasil ao Bloco.

MARCEL ROBERTO BARBOSA, 40 anos, graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Direito do Trabalho com ênfase na Área Sindical.

Entre 2003 e 2007 assessorou o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campinas e Região e, desde 2007, é advogado do Sindicato dos Químicos Unificados - Regional Campinas.

Luta por direitos

Novo Jurídico articula reclamações trabalhistas com a luta da categoria

Conheça os seus

advogados

Advogados e gestão ‘Vamos à luta!’ compreendem que todo o esforço judicial possível é necessário para buscar defender os direitos da categoria, mas o que garante o respeito e a dignidade dos trabalhadores é a luta organizada.

Cade

rno

Jurí

dico

Publ

icaç

ão e

xtra

ordi

nári

a do

Sin

dica

to d

os T

raba

lhad

ores

da

Uni

cam

p –

Out

ubro

/201

2

Foto

s: F

erna

nda

de F

reita

s

Page 10: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

2 - Caderno Jurídico

Luta por direitos

No mês agosto, os trabalha-dores da Unicamp tiveram duas importantes vitórias na luta con-tra o assédio moral na Universi-dade. A Funcamp foi condenada a pagar indenizações por danos morais a trabalhadores em dois processos movidos pelo departa-mento Jurídico do STU.

Uma das ações denunciava que a Funcamp alterou unilateralmente o local e o horário de trabalho de uma funcionária do Hospital de Clínicas que esteve em licença médica por depressão, após o retorno da tra-

balhadora às atividades profissio-nais. A servidora, que mora fora de Campinas e trabalhou por mais de 10 anos no turno da noite, perdeu o direito ao adicional noturno e teve toda a sua vida bagunçada. O juiz da causa considerou a mudança imposta pela Funcamp “arbitrária, autoritária e um descaso”. Por isso, determinou que a trabalhadora seja relotada no seu local de trabalho de origem, no horário em que cos-tumeiramente trabalhava e ainda condenou a Funcamp a pagar uma indenização de R$ 40 mil.

Em outra ações, referente a contratações feitas também pela Funcamp, que costumeiramente são consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado, os juízes têm reconhecido também a imposição de dano moral por par-te da Fundação contra seus funcio-nários. E, em alguns casos, o STU tem obtido decisões favoráveis ao reconhecimento de que a Fun-camp deve pagar verbas rescisórias aos trabalhadores demitidos com multa de 40%. Em um processo julgado também no mês passado,

em primeira instância, a Funcamp foi condenada a indenizar um tra-balhador em R$ 20 mil.

Embora caiba recurso a essas decisões, pelo fato de serem de pri-meira instância, as condenações judiciais ao modelo de gestão da Funcamp vão estabelecendo juris-prudência e seu acúmulo evidencia perante o Judiciário que a Funda-ção extrapola os limites legais na re-lação com seus trabalhadores. Com isso, consolida-se um arcabouço jurídico que constrangerá novos ataques no futuro.

Entre as várias demandas acompanhadas pelo novo departamento Jurídico do STU, as respostas às ações antissindicais da reitoria Fernando Costa têm sido das tarefas mais ár-duas. Numa clara postura de tentativa de des-monte da representação sindical dos trabalha-dores, a atual reitoria vem adotando diversas medidas que implicam em tentativas de im-por pesadas multas ao sindicato. Além de per-seguir e reprimir servidores, desrespeitando o direito constitucional de greve e a liberdade de organização sindical.

Até agora, o ataque mais grave da reitoria foi retomar uma ação judicial de 1997, em relação à qual a própria administração tinha feito acordo com o sindicato, e cobrar uma multa de R$ 453 mil ao sindicato. Esse golpe levou à retenção do imposto sindical descon-tado pelos servidores, já que a administração exigiu do STU o pagamento em parcela úni-ca e chegou a bloquear as contas da entidade.

A reitoria Fernando Costa também está

processando o STU por causa do fecha-mento do bandejão durante a greve de 2011 (em flagrante desrespeito ao direito de gre-ve exercido pelos trabalhadores R.U). Além disso, recusa-se a devolver o dinheiro inde-vidamente descontado de quem participou da greve em defesa da isonomia salarial. E, agora, ameaça impor nova ação judicial contra o sindicato em função do Jornal do STU ter repercutido matérias publicadas pela grande imprensa que tratam de deci-sões do Tribunal de Contas da União, do Tribunal de Contas do Estado e do Judici-ário Estadual apontando irregularidades na condução da Universidade.

Os advogados do sindicato acompanham ainda o processo administrativo e cível con-tra 10 trabalhadores em represália à greve de 2010 e dezenas de comissões processantes, a luta pela implantação de uma subsede do STU na Área da Saúde. Até mesmo no que diz respeito à liberdade de organização sin-

dical a reitoria tem buscado ingerir. No pro-cesso que pede o reconhecimento do STU como representante legal dos trabalhadores da Funcamp, a Fundação e a própria Uni-camp entraram com recurso contra a deci-são de primeira instância atendendo ao plei-to dos trabalhadores.

Por último, foi necessário também en-trar com medida judicial para garantir o direito dos servidores em estágio probató-rio participarem do processo de eleição de representantes das unidades na CIPA (Co-missão Interna de Prevenção de Acidentes da Unicamp). A reitoria, descumprindo decisão judicial anterior tentou de todas as formas excluir esses trabalhadores do pro-cesso, da mesma forma que tentou excluí-los da disputa pela representação dos ser-vidores no Conselho Universitário. O STU também obteve liminar judicial garantin-do a participação de servidores em estágio probatório na eleição para o CONSU.

Dúvidas sobre movimentação processual - De 2ª a 6ª, das 13 às 17 horas, pelo e-mail [email protected] ou na sede do STU, falar com o estagiário Leonel Ormenezi Neto.

Outras dúvidas e agendamento com os advogados (in-clusive nos plantões em Limeira e Piracicaba) – De 2ª a 6ª, das 9 às 17 horas, pelo telefone (19) 3289-4242 ou na sede do sindicato, falar com Zé Prettu.

Próximo plantão em Limeira e Piracicaba

27/11 (terça-feira)

Piracicaba: das 9h às 11hLimeira: das 13h às 15h

Funcamp é condenada por danos morais em ações movidas pelo STU

Novo Jurídico também combate práticas antissindicais da reitoria Fernando Costa

Atendimento jurídico

Page 11: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

Caderno Jurídico - 3

Luta por direitos

Reajuste do plano de saúde Assimédica/2011 Ação questionava reajuste de 112% estabelecido unilateral-

mente pela prestadora de serviço em 2011.

Após acordo judicial, o reajuste foi limitado a 30% e ficou estabelecida necessidade discussão dos próximos reajustes por uma Comissão com representação do sindicato.

Cobrança de multa ao STU pela reitoria (greve 2010)

A reitoria buscou no Judiciário proibir o exercício do direito de greve e, posteriormente, impor multa financeira ao sin-dicato em razão da greve realizada pelos trabalhadores em 2010.

O juiz do processo extinguiu a ação considerando desneces-sário o julgamento de mérito. De acordo com o juízo: “Não houve, portanto, qualquer ato que possa ensejar a aplicação da multa cominatória, mostrando-se inócuo, portanto, também por tal motivo, sentenciar no mérito a lide. Isto posto, JULGO EXTINTO o feito sem apreciação de mérito, com fundamento no artigo 267, VI, do CPC. Transitada, arquivem-se.”A reitoria Fernando Costa recorreu e o recurso ainda não foi julgado.

Eleições para a CIPA e o CONSU Requer o reconhecimento do direito dos servidores em está-gio probatório participarem da eleição para a CIPA

Em 2011, o STU obteve o reconhecimento do direito dos ser-vidores em estágio probatório participarem do pleito e a elei-ção realizada pela Unicamp foi declarada nula pelo Judiciário.Em 2012, mais uma vez por força de decisão judicial obtida pelo STU, os servidores em estágio probatório puderam parti-cipar das eleições para a CIPA e para o CONSU

Salários profissionais(São diversos processos, consultar numeração junto ao deptº.)

Pleiteia o pagamento de salário base de acordo com a regula-mentação profissional para engenheiros, químicos, biólogos, geólogos e outras profissões.

Algumas audiências já foram realizadas e outras aguardam designação. Ainda não há sentença.

PIP (Prêmio de Incentivo à Produtividade)/estatutários1079.2012.131 /12ª Vara da Fazenda Pública de Campinas

Requer o pagamento retroativo da GRI, com juros e corre-ção monetária, aos trabalhadores que deixaram de receber o benefício a partir da nova tabela salarial. Pleiteia também o descongelamento do valor da gratificação, a partir de 1º de abril de 2011, para os funcionários que continuam recebendo a gratificação sem direito a reajuste dos valores. Requer ainda a extensão de todos os pedidos aos aposentados e a extensão a todos os que recebem a GRI dos reajustes aplicados à nova tabela apenas para alguns servidores e docentes.

Judiciário ainda não marcou audiência.

PIP (Prêmio de Incentivo à Produtividade)/celetistas964.2012.092/5ª Vara do Trabalho de Campinas

Pleiteia a retomada do pagamento do PIP a servidores que tiveram o benefício suspenso em outubro de 2006.

Judiciário abriu prazo para o Jurídico do STU apresentar réplica às argumentações da Unicamp.

GRI (Gratificação de Representação Incorporada)/estatutários852/2012 - 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas

Requer o pagamento retroativo da GRI, com juros e corre-ção monetária, aos trabalhadores que deixaram de receber o benefício a partir da nova tabela salarial. Pleiteia também o descongelamento do valor da gratificação, a partir de 1º de abril de 2011, para os funcionários que continuam recebendo a gratificação sem direito a reajuste dos valores. Requer ainda a extensão de todos os pedidos aos aposentados e a extensão a todos os que recebem a GRI dos reajustes aplicados à nova tabela apenas para alguns servidores e docentes.

Judiciário ainda não marcou audiência.

GRI (Gratificação de Representação Incorporada)/celetistas1079/2012 - 12ª Vara do Trabalho de Campinas

Requer as mesmas decisões do item anterior.

Após audiência realizada em agosto sem acordo entre as partes, Jurídico do STU prepara réplica às argumentações da Unicamp. Previsão de julgamento em 1ª instância ainda este ano.

Descontos salariais e sobre as férias em decorrência da greve de 201129206/2012 - 4ª Vara do Trabalho de Campinas

Ação distribuída à 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas cobra reversão dos descontos por parte da Unicamp e do IPESP.

Aguardando agendamento de audiência. Unicamp já foi noti-ficada a se manifestar.

Representação sindical dos trabalhadores contratados pela Funcamp1253/2012 - 5ª Vara do Trabalho de Campinas

STU obteve vitória em 1ª instância, mas Funcamp/Unicamp e SEAAC recorreram. Agora, STU entrou com recurso junto ao Tribunal Superior do Trabalho.

Aguardando julgamento.

Adicional de insalubridade00210-2007-092-15-00-9/5ª Vara do Trabalho de Campinas

Cobra que o adicional seja calculado sobre o conjunto da remuneração dos servidores, e não sobre o salário mínimo.

Juízo negou recurso do STU, que tornará a recorrer em 2ª instância.

Novas ações coletivas em tramitação

Page 12: Jornal do nº 5/2012 - STUPrimavera com festa “Marmitaço” realizado em frente à reitoria pelos trabalhadores contratados pela Funcamp e pela Unicamp para denunciar as condições

4 - Caderno Jurídico

Denúncias ao Ministério Público do Trabalho acompanhadas pelo novo Jurídico do STUCasos de LER/Dort em função das condições de trabalho15954/2003-905

Denúncia de trabalho repetitivo realizado em condição não ergonômica.

Em análise pelo MPT.

Condições do PS919.2007.15.000/3

Falta de condições de trabalho para um bom atendimento ao paciente, falta de leito e péssimo atendimento ao Público etc.

Em análise pelo MPT.

Condições sanitárias881.2011.15.000/4

Condições de trabalho dos vigilantes contratados pela Funcamp. Em análise pelo MPT.

Assédio moral1872.2011.15.000/8-07

Com a quebra da máquina de lavar louças/ban-dejas os funcionários da limpeza foram obrigados a lavá-las

Aguardando audiência.

Desrespeito a normas regulamentadoras de condições de trabalho1517.2010.15.000/3

Existem muitos trabalhadores com LER/DORT por causa de equipamentos obsoletos, falta de treinamento, trabalhos sem pausa e falta de rodi-zio de funções.

Perícia solicitada.

Desrespeito à legislação no pagamento de horas trabalhadas no período noturno610.2010

Irregularidades no pagamento do adicional. Em análise pelo MPT.

Intervalo entre jornadas1537.2008.15.000/5

Desrespeito à legislação quanto ao intervalo mí-nimo de 11 horas entre jornadas de trabalho. Em análise pelo MPT.

Precariedade das condições de trabalho no R.U47998.00.763/2011-81

Operação inadequada e falta de equipamentos de anti-explosão da Caldeira. Em análise pelo MPT.

Os servidores que quiserem informações sobre os processos iniciados antes de setembro de 2011, de responsabilidade do antigo escritório (dr. Cremasco), devem entrar em contato com o sindicato nos plantões de atendimento (de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas, na sede do STU) ou pelo e-mail <[email protected]>.

Leonel Ormezi Neto, estagiário.

Eliane Maria dos Santos Queiroz, advogada especialista em Direito Previdenciário e Direito do Trabalho.

Renata Pereira Santos Leite, dvogada especialis-ta em Direito Cível e Trabalhista.