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68 Julho de 2014 MATA ATLÂNTICA, ARMAZENAI POR NÓS Fechamento Autorizado. Pode ser aberto pela ECT

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68Julho de 2014

Mata atlântica, arMazenai por nós

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2 Jornal do Biólogo | Julho de 2014 | CRBio04

editorial

CRBio04Av. Amazonas, 298 - 15º andar Belo Horizonte - MG - 30180-001 | Telefone: (31) 3207-5000 www.crbio04.gov.br | [email protected]

conselheiros efetivos: Bruce Amir Dacier Lobato de Almeida, Carlos Frederico Loiola, César Augusto Maximiano Estanislau, Elias Manna Teixeira, Evandro Freitas Bouzada, Mariana Nascimento Siqueira

conselheiros suplentes: Aneliza de Almeida Miranda Melo, Emilson Miranda, Fábio de Castro Patrício, Helena Lúcia Menezes Ferreira, João Paulo Sotero de Vasconcelos, José Alberto Bastos Portugal, Lucas Soares Vilas Boas Ribeiro, Meriele Cristina Costa Rodrigues

Diretoria executivaPresidente: Gladstone Corrêa de AraújoVice-Presidente: Jefferson Ribeiro da SilvaTesoureira: Sylvia Therese Meyer RibeiroSecretária: Norma Dulce de Campos Barbosa

Jornal do BiólogoAno XVIII - Nº 68 | Julho de 2014Produção Editorial: Berlim Comunicação | www.berlimcomunicacao.com.brJornalista Responsável: Vitor Moreira | Registro: 14055/MGProjeto Gráfico: Rafael ChimicattiImpressão: 1.500 exemplares

Quer sugerir, criticar ou elogiar? Fale com o Jornal do Biólogo: [email protected]

A última edição de nosso jornal trouxe, em sua matéria de capa, um debate sobre o papel das unidades de conservação no país e também dos preceitos por trás das políticas públicas de preservação ambiental.

Na ocasião, salientei, neste mesmo espaço, que a intenção não era defender ou condenar os que são favoráveis à flexibilização da legislação ou os que lutam por seu endurecimento. O obje-tivo era, antes de tudo, apresentar argumentos de ambas as vertentes para que o leitor pudesse formar seu próprio juízo sobre o assunto.

Seguindo nesta proposta, a reportagem de capa deste mês mantém a “pegada” ecológica. Nossa equipe de reportagem entrevistou o bi-ólogo Thiago Metzker, que desenvolveu uma pesquisa de seis anos no Parque Estadual do Rio Doce, maior área remanescente de Mata Atlântica em Minas Gerais.

O trabalho de Thiago tinha por objetivo estabelecer uma metodologia altamente con-fiável que pudesse averiguar o papel da Mata Atlântica na absorção e liberação de carbono na atmosfera. Afinal, as florestas têm um ca-ráter importante na luta contra o efeito estufa ou prevalece a ideia difundida, de que esses

Na trilha da ecologiaecossistemas produzem carbono tanto quan-to consomem? Os resultados da pesquisa, que você poderá conferir na página 8, podem não ser um argumento definitivo, mas com certeza contribuem para o enriquecimento da discus-são proposta no último jornal.

Essa reportagem, entretanto, não é a única desta edição que aborda questões relacionadas à Ecologia. Nas páginas 4 e 6 trazemos matérias com os biólogos André Baxter e Cláudia Siúves. André pesquisa há oito anos os sistemas Wetlands Construídos, tecnologia que recria artificialmente as características de pântanos e tem grande po-tencial de remoção de poluentes das águas. Já Claúdia atua no Laboratório de Ecotoxicologia do Centro de Inovação e Tecnologia SENAI FIEMG - campus CETEC, conduzindo ensaios que identifi-cam a qualidade das águas de Minas.

Por fim, temos ainda uma entrevista com Lúcio Lemos, profissional que dirige um labora-tório de análises clínicas em Juiz de Fora. O bi-ólogo fala dos desafios e de como a tecnologia impacta no setor laboratorial.

Boa leitura!Gladstone Corrêa de Araújo

Conselheiro Presidente

erramosAo contrário do publicado na página 6 da edição 67 do Jornal do Biólogo, a Portaria do IEF 182/2013 não cria áreas de soltura de animais silvestres em unidades de conservação, mas tão somente institui o projeto Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS). Pelo equívoco, pedimos desculpas.

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laboratório

Até o início dos anos 1990 a identificação e contagem de células em um hemograma eram feitas de forma manual. A análise era realizada em lâminas com amostras de sangue do paciente, com o auxílio de um microscópio. Cerca de vinte anos depois, os aparelhos mais modernos são ca-pazes de executar um exame em até dois minutos.

De forma incontestável, a revolução tecno-lógica que se instaurou no setor trouxe mais efi-ciência, confiabilidade e segurança para os pro-cessos. No encalço dessas mudanças, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária também bus-cou contribuir para o aperfeiçoamento do tra-balho laboratorial e publicou, em 2005, a RDC 302, que dispõe sobre o regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos.

Entretanto, o fator humano ainda é prepon-derante quando se fala em qualidade em análises laboratoriais e deve receber especial atenção. “Cerca de 80% dos erros em resultados de exa-mes decorrem de problemas pré-analíticos, ou seja, fatores como transporte inadequado e falta de jejum apropriado que interferem no resultado da análise antes mesmo dela ser rea-lizada”, argumenta Lúcio Lemos, diretor e res-ponsável técnico do Lemos Laboratórios.

Para sanar a questão, Lúcio explica que os laboratórios investiram na criação de setores de triagem. “Hoje não é mais o atendente que recebe o material de coleta. São técnicos capa-citados, sob a supervisão de um profissional de nível superior, treinados para identificar e resolver esses problemas”.

Formação

Mas se os avanços tecnológicos e o surgimen-to de setores cada vez mais segmentados den-tro dos laboratórios – tais como hematologia, micologia, imunologia, urinálise – impuseram também o aperfeiçoamento dos profissionais

que atuam na área, como os biólogos se situam nesse contexto? “Como um profissional capa-citado como qualquer outro”, afirma Lúcio, que cita seu próprio exemplo. “Atuo em análises clí-nicas como biólogo desde que me formei, em 1985. Mas antes disso já trabalhava como técni-co e, quando fui escolher minha graduação, não tive dúvidas de que o curso de Ciências Biológicas me ofereceria o conhecimento que demandava”, ressalta.

De fato, ao contrário do que se propaga, se-gundo o Sistema CFBio/CRBios inexistem em-pecilhos técnico ou legal para que os biólogos, desde que atendam as exigências curriculares e possuam ART e TRT expedidas pelos Conselhos Regionais de Biologia, exerçam atividades em análises clínicas, inclusive no posto de Respon-sável Técnico.

“O primordial é que o profissional realize bons estágios durante sua graduação. Uma pós-graduação em análises clínicas também poderia ser indicada, mas a verdade é que esse é um trabalho que se aprende na prática, pois os avanços se dão de forma muito rápida”, conclui Lúcio Lemos.

o avanço das análises clínicasQuem quer seguir na área deve investir em formação prática

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biologia saNitária

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Em geral, eles não são vistos com bons olhos. Levam reputação – parte justificada, parte infundada – de serem feios, fedidos e re-pletos de animais peçonhentos. Até mesmo o cinema se aproveita dessa “má fama” em algu-mas produções. Não é difícil achar por aí algum filme de terror de qualidade duvidosa que leve a palavra “pântano” no nome.

Porém, nenhum desses atributos impres-sionou a pesquisadora alemã Käthe Seidel. Na década de 1950, após observar as proprieda-des naturais que esses ecossistemas possuíam de purificar águas poluídas, a cientista iniciou pesquisas com macrófitas – espécies vegetais aquáticas – cultivadas em ambientes controla-dos, especialmente com o bunho (Schoenoplectus lacustris). A ideia era replicar artificialmente as características de um pântano, permitindo a criação do que Käthe Seidel chamou de siste-mas hidrobotânicos, capazes de tratar diversos tipos de águas.

Atualmente, a tecnologia é conhecida por sistema Wetland Construído – ou Sistema Alaga-do Construído (SAC) –, e pode ser projetada com configurações distintas para promover a remoção de diferentes tipos de poluentes. Extremamen-te versátil, o sistema pode ser aplicado no trata-mento de efluentes sanitários e industriais, no pré-tratamento de águas para abastecimento,

águas tratadas de forma sustentávelWetlands recriam características filtrantes de pântanos

na remediação de águas subterrâneas, no tra-tamento de lixiviados de aterros sanitários e no tratamento de águas de drenagem ácida de mi-nas, entre outras possibilidades.

Além dessa multifuncionalidade, os Wetlands Construídos também têm por característica uma elevada eficiência na remoção de poluen-tes, que varia de 80% a 99% nos casos de ma-téria orgânica e sólidos em suspensão e chega a até 40% para Nitrogênio Total. “Eles também apresentam grande eficiência na remoção de organismos patogênicos e indicadores de con-taminação fecal, como coliformes termotole-rantes e E. coli. Seu potencial para a produção de água de reuso não potável, como por exem-plo, irrigação de jardins e culturas e lavagens de estruturas, é muito grande”, explica o biólogo André Baxter Barreto, doutorando da Universi-dade Federal de Minas Gerais que se dedica ao estudo dos SACs há oito anos.

Segundo André, um sistema Wetland Cons-truído atua de forma completamente natural e passiva, o que gera baixos custos, ausência de odores e ruídos, e independência de energia elétrica ou produtos químicos. "Além do tra-tamento de efluentes, os Wetlands podem ser usados para o controle da poluição difusa ou re-vitalização de rios, criando espaços públicos ou áreas de preservação com alto valor agregado."

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o papel das macrófitas

De que forma essas espécies atuam em áreas alagadas naturais e artificiais, transformando-as em grandes sistemas filtrantes

• Aumentam a área de filtragem e a superfície de contato na subsuperfície;

• Estabilizam o meio suporte;

• Liberam oxigênio e elevam o potencial de oxirredução;

• Aumentam a diversidade, densidade e atividade microbiológica;

• Absorvem nutrientes e elementos--traço a certo limite;

• Liberam exsudatos radiculares impor-tantes para as reações bioquímicas na subsuperfície;

• Produção de biomassa passível de reuso;

• Agregam valor estético e paisagístico.

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biologia saNitária

águas tratadas de forma sustentávelWetlands recriam características filtrantes de pântanos

Como funciona

No desenvolvimento de um SAC, as ma-crófitas desempenham uma função essencial: elas proporcionam um ambiente favorável ao desenvolvimento de uma complexa comuni-dade microbiana que participa ativamente no processo de remoção dos poluentes. Além dis-so, por necessitarem de nutrientes para se de-senvolverem, as raízes das macrófitas também são responsáveis pela absorção de parte das substâncias contaminantes da água. “As raízes das plantas criam micronichos ecológicos, au-mentando a riqueza e a atividade biológica do sistema", esclarece André (veja mais no quadro).

Para serem utilizadas, é importante que as espécies tenham um ciclo de vida perene, baixa suscetibilidade à incidência de pragas, sistema radicular volumoso e facilidade de manejo. En-tre as macrófitas mais aplicadas em Wetlands Construídos estão a taboa (Typha latifolia), o junco (Juncus effusus) e a cana de jardim (Canna x generalis). Além de seu potencial filtrante, essas espécies também possuem características or-namentais, que tornam os sistemas atraentes também paisagisticamente.

Porém, uma série de outros fatores tam-bém deve ser levada em consideração ao se construir um SAC, pois eles seguem critérios de engenharia hidráulica e sanitária: dimensões do sistema, tipo de escoamento, regime de ali-mentação, cargas aplicadas etc. A área requerida para um Wetland Construído, inclusive, pode ser considerada sua principal desvantagem. Por outro lado, o sistema é viável para o tratamento de águas desde uma propriedade rural ou con-domínio residencial até grandes indústrias e mineradoras. “Os SACs não são a solução para todos os casos, mas têm potencial para solucio-nar boa parte, especialmente no Brasil. É preciso que os Wetlands, já amplamente estudados na academia, dêem um salto para o mercado”, avalia André.

André Baxter no UFZ - Centro Helmholtz para Pesquisas Ambientais, em Leipzig, na Alemanha

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bioiNdicadores

O mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) é um dos principais problemas ambientais enfren-tados em usinas hidrelétricas do país, especial-mente nas regiões Sul e Sudeste. Originária da Ásia, a espécie chegou ao Brasil na água de las-tro de navios cargueiros e, por ter uma grande capacidade de reprodução e dispersão, além de praticamente não possuir predadores naturais, se espalhou rapidamente pelas bacias hidro-gráficas do país.

Porém, o acúmulo de colônias do mexilhão dourado, que se fixam em qualquer superfície sólida, causa o entupimento de tubulações e fil-tros de hidrelétricas, comprometendo o funcio-namento dessas usinas. Um dos métodos mais recorrentes no combate a essa espécie invasora é a aplicação de cloro. Entretanto, essa é uma al-ternativa com um alto custo ambiental, uma vez que o produto é tóxico e também causa corrosão.

Há alguns anos, uma empresa mineira espe-cializada em produtos para o combate de orga-nismos invasores desenvolveu uma nova fórmula que poderia substituir o cloro no controle do me-xilhão. Antes de comercializá-la, contudo, era necessário verificar se o composto era ou não tóxico. Para isso, a empresa recorreu às Ciências Biológicas, mais especificamente ao Laboratório de Ecotoxicologia do Centro de Inovação e Tec-nologia SENAI FIEMG - campus CETEC.

É lá que atua há 12 anos a bióloga Cláudia Lauria Fróes Siúves. “Nosso trabalho consiste em analisar a interação de substâncias quími-cas no meio ambiente e o que elas causam a seus organismos”, sintetiza. Para isso, Cláudia e a equipe do laboratório – composto por mais dois biólogos, um estagiário e um técnico – re-alizam os chamados ensaios de ecotoxicidade. Esses ensaios são executados por meio da ob-servação de duas espécies de microcrustá-ceos bioindicadoras, conhecidas popularmente

como pulgas d’água, e se dividem em dois ti-pos: agudo e crônico.

Cláudia explica que a utilização desses micro-crustáceos específicos se justifica pelo seu alto grau de sensibilidade a agentes contaminantes e pela praticidade na realização dos testes. “Exis-tem espécies de algas e peixes com proprieda-des bioindicadoras. Porém, são análises que de-mandam muito mais tempo e espaço físico para um resultado similar”, pondera.

O ensaio agudo é um teste de efeito rápido, com resultados em 24 ou 48 horas. Ele é execu-tado com a utilização de indivíduos da espécie Daphnia similis e tem por objetivos a avaliação de mobilidade e letalidade.

Já o ensaio crônico é realizado com indiví-duos de Ceriodaphnia dubia e tem prazo de sete dias. Nesse caso, a análise recai sobre o com-portamento reprodutivo da espécie. As pulgas d’água se reproduzem de forma assexuada, por meio de partenogênese. Para a realização do ensaio é colocado um único filhote por bé-quer com amostras da água que está sendo ana-lisada. A partir daí, são feitas leituras diárias para acompanhar o ritmo de reprodução dos indivíduos. Qualquer desvio que esteja fora dos parâmetros de controle indica a toxicidade da amostra.

Minúsculas, mas de importância gigantescaPulgas d’água são “coringas” em ensaios de ecotoxicidade

Ceriodaphnia dubia é utilizada em ensaios crônicos

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bioiNdicadores

Desde 1997, o Estado de Minas Gerais re-aliza o monitoramento da qualidade de suas águas superficiais por meio do trabalho do Insti-tuto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). Há 13 anos, os ensaios ecotoxicológicos conduzidos pelo Centro de Inovação e Tecnologia SENAI FIEMG - campus CETEC fazem parte do rol dos parâmetros considerados pelo IGAM, dentro do projeto Águas de Minas.

De acordo com o último relatório do órgão, que compila os resultados de 2013, a rede bá-sica de monitoramento conta com 544 esta-ções de amostragem distribuídas nas bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Grande, Doce, Paranaíba, Paraíba do Sul, Mucuri, Jequi-tinhonha, Pardo, Buranhém, Itapemirim, Ita-bapoana, Itanhém, Itaúnas, Jucuruçu, Peruípe, São Mateus e Piracicaba/Jaguari. Desse total, os ensaios de ecotoxicidade são realizados tri-mestralmente em 198 estações.

Cláudia Fróes explica que, no caso desse monitora-mento, apenas o ensaio crônico é aplicado, uma vez que a grande vazão de água dos pontos de coleta poderia mascarar os resultados de ensaios agudos. Isso não elimina, porém, os registros de efeitos agudos quando constatados (letalidade nas primeiras 48 horas do ensaio).

centro seNai FieMg auxilia no monitoramento das águas de Minas

A bióloga Cláudia Fróes atua na área de ecotoxicidade há 12 anos

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Efeito agudo

Efeito crônico

Não tóxico

Frequência de ocorrência dos resultados de ecotoxidade em Minas Gerais ao longo da série histórica de monitoramento

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Adaptado do Relatório de Qualidade das Águas Superficiais de MG do IGAM

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Matéria de capa

Uma aliada de peso contra o efeito estufaMata Atlântica comprova potencial de sequestro de carbono

A ratificação, em 1998, do Protocolo de Kyoto potencializou o debate sobre o seques-tro de carbono, processos naturais e artificiais de captura e armazenagem de carbono para mitigar o efeito estufa.

Dentro desse debate, um grande número de trabalhos científicos apontou o papel protago-nista das florestas tropicais. A estimativa é que cerca de 40% de todo o carbono terrestre esteja estocado nesses ecossistemas. Somente na Amazônia são 100 bilhões de toneladas.

Mas, apesar de ser a grande “vedete” das pesquisas científicas, nem só de floresta amazô-nica se faz o bioma brasileiro. Por isso, em 2007 o biólogo Thiago Metzker e um grupo de outros pesquisadores iniciaram um trabalho no Parque Estadual do Rio Doce, na região do Vale do Aço mineiro. A área, de 36 mil hectares, é a maior re-manescente de Mata Atlântica no Estado.

O objetivo da equipe era promover estu-dos que avaliassem o potencial de incremento de biomassa e, consequentemente, de carbo-no dessas florestas, ainda pouco exploradas. "Queríamos, através de um forte protocolo de monitoramento para a Mata Atlântica, a ge-ração de dados que fossem mensuráveis, re-portáveis e validáveis", explica Thiago. “Além disso, buscamos compreender a dinâmica da floresta e a influência das mudanças climáticas,

contribuindo para a formulação de estratégias de manejo e a criação de políticas públicas de valoração da Mata Atlântica”.

A pesquisa de Thiago se baseou no monito-ramento anual, por seis anos, de quatro Parcelas de Monitoramento Permanentes (PMPs), áreas delimitadas dentro das quais a pesquisa seria conduzida. Cada parcela definida por Thiago e sua equipe tinha uma área total de 10 mil m², contendo, cada uma, uma média de 800 árvores.

Cada uma dessas árvores foi, então, identifi-cada, georreferenciada, marcada e medida em seu diâmetro e altura (o cálculo dos estoques de carbono leva em conta três fatores: a altura da árvore, seu diâmetro e a densidade especí-fica da madeira). Foi nessa medição de altura que Thiago se deparou com o primeiro grande desafio. O biólogo observou que o método de estimativa comumente usado não traria re-sultados confiáveis em uma pesquisa na Mata Atlântica, pois a mata fechada impedia de se enxergar o topo das árvores.

A solução foi modelar uma equação especí-fica para a situação. “A margem de erro preju-dica muito os cálculos de incremento de carbono. Por isso, medimos manualmente, com uma corda graduada, um conjunto de árvores, para que pudéssemos adaptar o protocolo e dimi-nuir nosso erro para 0,02%”, detalha.

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Thiago Metzker (1º da esq. p/ dir) e parte da equipe, que contou também com as professoras Queila Garcia e Tereza Spósito

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Matéria de capa

Estabelecido esse trabalho de implantação das parcelas, que durou dois anos, Thiago e a equipe iniciaram o monitoramento anual dessas áreas, ou seja, uma vez por ano eles refaziam a medição da altura e diâmetro de cada uma das árvores. Taxas de mortalidade e recrutamento (novas árvores) também eram consideradas para a avaliação completa da dinâmica da floresta.

Resultados

Todos os dados coletados eram, então, sub-metidos a análise e utilizados em uma outra equação – também adaptada às peculiaridades da Mata Atlântica – para o cálculo da biomassa e dos estoques de carbono. Os resultados obti-dos jogaram por terra o senso comum de que florestas maduras não têm efetividade no se-questro de carbono, pois supostamente o ba-lanço da fotossíntese e fotorrespiração zeraria.

“Nos seis anos de monitoramento houve incremento de biomassa na análise global e também ano a ano. O que se comprovou é que quanto maior a biomassa, maior o incremento, pois a dinâmica do sistema é menor. Florestas ‘novas’ gastam muita energia, porquanto o ga-nho de biomassa é baixo”, explica Thiago.

Em números absolutos, a pesquisa de Thiago concluiu que a Mata Atlântica do Parque Esta-dual do Rio Doce é um importante sumidouro de carbono da atmosfera, a uma taxa média de 1 tonelada/ano por hectare, ou seja, acumulando mais de 2 toneladas/ano por hectare de bio-massa em seu estoque florestal.

O trabalho do biólogo, que resultou em sua tese de doutorado defendida pela UFMG em 2012, também comprovou a correlação direta entre o incremento de biomassa e a média de precipitações. Com pouca chuva, a taxa de mor-talidade de árvores aumenta, o que afeta o ba-lanço entre o carbono liberado e absorvido. Esse fato indica a vulnerabilidade das florestas ao au-mento da frequência de eventos climáticos extre-mos (como secas prolongadas), que as mudanças climáticas podem acarretar.

Capital mundial do capital natural

Thiago Metzker defende que tra-balhos de monitoramento como o que realizou deveriam ser promovidos em larga escala, alimentando um banco de dados nacional. Dessa forma, se-gundo o biólogo, seria possível a ela-boração de planos de manejo e políti-cas públicas mais efetivas, baseadas em informações sólidas. "Essa política de Governança Ambiental, exemplifi-cada pela iniciativa de monitoramen-to nacional em rede, pode funcionar como um dos fatores determinantes para se alcançar a almejada credibili-dade internacional pelo país".

O biólogo também argumenta que seria importante a adoção de discipli-nas de economia e gestão de projetos nas grades curriculares dos cursos de Ciências Biológicas. “O Brasil é a capi-tal mundial do capital natural global. Já temos o conhecimento científico e produzimos mais a cada dia, porém, por vezes nos faltam os argumentos certos para dar a devida valoração à biodiversidade e aos serviços ecossis-têmicos", conclui.

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Definitivos

Distrito FederalAldemiro Sousa Jorge JuniorAmanda Coelho Guimarães da SilvaAna Lívia e Palos BritoAndré Luis Rodrigues Torres MouraAulus Estevão Anjos de Deus BarbosaClarice Andreozzi de La-Rocque CoutoDaniela Satie Maekawa CostaDanielle de Paula Lira MarquesEstevão do Nascimento Fernandes de SouzaFelipe Oliveira ResendeFernanda Mendes DuqueFlávia Michels Gonçalves SargesIvonete Conceição de Oliveira NoletoJonatas Barbosa Cavalcante FerreiraJoyce Laís Alves de SousaJuarez dos Santos Fonseca FilhoJuliana Ribeiro RochaLilian Glenadel PereiraLuisa de Sordi GregórioMarcela da Trindade PassosMárcia Cristina Prado LimaMaria Lúcia Rodrigues LacerdaMurilo Felipe Azeredo MatosNadia Skorupa ParachinNathalia Oliveira MedeiroOlga Marluci PassarinPaulo Henrique de Franco AlcântaraRaimunda Nonata Melo RosendoTalita Tabosa Souza de PaulaTheomaris Reimann Da SilveiraVivian D'Afonseca da Silva de Resende

GoiásAdriano Batista dos SantosAlessandra Rodrigues Marçal Silva EstrelaAlliny Taiane Vieira SilvaÁlvaro Ferreira Duarte MaltaAmanda Cristina da Silva RamosAna Tábata RabschAnna Cristina de Paiva CorreiaAntonio Batista de SousaBelkis Martins FerreiraCaio de Faria e SiquieroliCarolina Prudente MarquesCássia Pereira da SilvaCiron Ribeiro de AndradeCláudia Félix de AlmeidaCláudia Nunes ArrudaCristiany Rodrigues de LimaDirce Inácio Moraes OliveiraDjecelyn Nicole Reinprecht PaschoalEdimaria Alves BastosElias Gonzaga de CastroElizabeth Ferreira Guimarães LimaEllen Rízia Marcelino BorgesÉrica Diniz FerreiraEridani Isaacs VasconcelosEunice Parreira de Souza

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Fabíola Leide Teixeira dos SantosFélix Gonçalves de SiqueiraFernanda Barbosa VieiraFernanda Borges da SilvaFernanda Cerqueira SantosFlavia Odília GomesFlaviana Naves de FariaGessika Cristine Pereira RibeiroGrayce Kelly da Costa OliveiraGraziele Alves CamposGraziele Aparecida Fernandes da CruzGustavo Leandro SilvaIsaias MedeirosIvana Carvalhães CoutoJackeline de Oliveira MonteiroJade RamosJakelyne Martins Correia MirandaJefferson Manoel CostaJefferson Pacheco VazJosé Carlos Mendes NovaisJosé Marques dos Santos NetoJuliana Costa AlvesKallinna Gontijo RegisKarla Cordeiro Ferreira de SousaKarll Cavalcante PintoKênia Alves Silva AlmeidaKênia Oliveira SousaKyrly Morais CarneiroLaiany Luiza FerreiraLaís Lima de PaulaLayara Silva BarrosLee Anderson Gomes VianaLetícia Cunha FernandesLia Raquel de Souza Santos BorgesLilian Toledo Gomes de RezendeLivya dos Santos Luiz DouradoLiz de Lima e SilvaLorena da Silva CosmeLorena Marques FreitasLorrayne Veloso de AlmeidaLucas Cassiano Gonçalves Prudente SilvaLuciavanda EspíndolaLuis Henrique Mantovani de FariasLuiz Fernando Nunes RochaLuzia Faustino de PaulaManoel Antonio VolffMarcela Peixoto dos SantosMarcos Paulo dos Santos VieiraMaria Antonio da SilvaMaria Cecília Alves de VasconcelosMaria Eliene Mafra TeixeiraMaria Valdicéia Cirqueira PintoMarina Garcia SousaMyllena Borges MarquesNatália Cristina de Moura ParreiraNathalia de Faria Carvalho e SilvaNehemias Mendes de SouzaPâmela Roberta Dias FrancoPatrícia Aparecida VilelaPolyanna Batista dos SantosPriscilla Ferreira BrandãoRafaella Alves Godinho

Roberta Ferreira de OliveiraRoberta Marques ReisRômulo Gonçalves PintoRúbia Domingos Lima AraújoRute de Paula Lemes da SilvaStephania Samara de Morais HonoratoSuellen Augusta de Mesquita MartinsTadeu Anhanguera MalheirosTaislaine Tosta QueirozTanekr Gonçalves dos SantosTatiane Linha TorresThais Godoi Vieira NavesThamires Sousa SilvaThayna Carolinne Guimarães PapalardoUgo Leonardo Rego e FurlanettoViviane Costa da SilvaViviane de LourençoWelington Donizete Marcelino

Minas GeraisAdelaide Siqueira SilvaAdriana Carneiro dos ReisAdriana Rodrigues de OliveiraAires MartinsAlessandra Araújo FrançaAlessandra Santos LavioAlessandro AlvesAlessandro Ambrósio dos ReisAlex Fiorini de CarvalhoAlexandre Túlio Amaral NascimentoAline Francis Carvalho de AndradeAline Gisele Costa AlmeidaAmanda Cardoso de Oliveira SilveiraAmanda Schneider Quintela CostaAna Carolina Araújo RapiniAna Cristina Moreira DayrellAna Luisa Guimarães TorresAna Luiza Scomparim OliveiraAna Paula de Jesus MenezesAna Paula de Oliveira ForapaneAna Paula Ramos Eller MatosAndjara Thiane Cury SoaresAndré Luiz Assis GomesAndréa Amélia Silva VieiraAndréa de Freitas Faleiros LealiAndreísa Costa BatistaArgélia Aparecida dos SantosAriana Carmelita Naves PelegriniArley Cristiano de AndradeAryane Aparecida Magalhães Cassiano RochaAtíllio Barreto Ogawa SilvaBárbara Bruna Abreu de CastroBernadete Monteiro OliveiraBraz Henilson MachadoCaio Antunes de CarvalhoCamila Benevides de Moura FerreiraCamila Pacheco Silveira MartinsCamilla Ribeiro NeryCarla Gabriela Braga de OliveiraCarla Quinhones Godoy SoaresCarlos Henrique Patrício de OliveiraCarolina de Silvério Arantes

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registros

Carolina Rezende Savino SilveiraCarolina Silva de SousaCássia Carla Guimarães Alves BernardesCelton Lopes da SilvaCintia Mara Leal NevesCláudia de Lima e SilvaClaudiana Dias SeixasCleusa Imar Vieira SouzaClovis Augusto Pereira AzambujaCristiane dos Santos SanchesCristiane Lopes Paim PintoCynthia de Oliveira AssisCyntia Andrade ArantesDaiana Cristina Barbosa ZorzanDaniel Dutra Batista CatalanDaniel Fernandes Mamede Teixeira LopesDaniela Gonçalves FerrareziDaniele Alves dos Reis MirandaDanielle Esteves FonsecaDaphne de Mello Quinaud Vaz de CarvalhoDébora de Cássia Silva RodriguesDébora Pereira de FariaDeborah Dias de OliveiraDeborah Regina de Oliveira e SilvaDevair Benedito RodriguesDiego Marcel Parreira de CastroDiego Oliveira da SilvaDouglas Ferreira CouraEdel Quinn Barbosa de Oliveira TrindadeElcio Meira da Fonseca JuniorEliane Denuncio LopesElias TiagoElisângela Rodrigues FigueiraEloisa Assunçao de Melo LopesEmanuelle Chrystina Ferreira SilvaEmanuelle Silva LobatoErica Simonelli Duarte TamakiErick Augusto Pedroso de AndradeEverton da Silva RamosFabiana AlvesFátima Carolina Santana MarquesFernanda CosenzaFernanda de Oliveira LanaFernanda Santos Pacheco SilvaFernanda Silva MonçãoFlávia Fernandes CarneiroFrederico França CardosoGabriela Cardeal de CarvalhoGabriella de Faria Oliveira Damasceno RibeiroGabriella Guimarães FigueiredoGilberto Soares Moreira JuniorGislaine Célia da SilvaGuilherme Camargos DiasGuilherme Maia Rodrigues FonsecaGutemberg Eloi de SousaHaryene Dutra Pereira de AraújoHeliqueni Alves da SilvaHenrique Fernandes DiasHuberman Valadares GonçalvesIghor Antunes ZappesIneli Gonçalves Ferreira de AlmeidaIsabel Francisco de Araújo Reis

Isabella Caroline dos Santos PereiraItamar Vinicius Perpetuo LeãoIzabela Sandy MattosIzabella Fernandes Carvalho FrançaJairo Rodrigues da SilvaJanaína da Luz DumbaJanaína de Faria PachecoJanaína Silva MeloJaniele Rodrigues de OliveiraJaqueline Ladeira MeloJaqueline Paula RodriguesJhenifer Kliemchen RodriguesJoão Batista dos ReisJosé Anselmo da Silva JuniorJosiane Marques RodriguesJuliana Pace SalimenaJuliana Pereira de CastroJuliano Sá de OliveiraJúlio Antônio Alvarenga SantosJunior Cezar Antunes MillaniJurema da Silva BelinaKarina Machado GonçalvesKarina Silva de CarvalhoKatymilla Guimarães GirottoKeith Nilo Abranches de Oliveira PintoKethrein Priscila dos SantosLeandro Cirilo Monteiro de CastroLiana Sisi dos ReisLigia Soares de FreitasLiliane Aparecida de Oliveira TomazLiliane Teixeira LopesLillian Franco BarciaLivia Maria dos ReisLivian Mara PedrosoLorena D'Anunciação SilvaLucas Garcia do ValleLuceleide Lucas da SilvaLuciana Hélvia Silveira de MeloLuciana Mattar NavesLudmila Rodrigues LopesLuiz Henrique Toledo FernandesLuiza Cenízio BarbieriLuiza Muniz AmâncioManuela Cardoso SteinMarcela Gonçalves DrummondMarcela Ribeiro LeiteMárcia Regina da SilvaMárcio Cleib PereiraMarco Antônio PadilhaMarcos Hanashiro e SilvaMaria de Lourdes da Silva ScottaMariana Campos das Neves Farah RamosMariana de Oliveira CaetanoMariana Gontijo FreireMariana Lourenço CampolinoMarisa Brandão RodriguesMarisa Esmeria TorresMaristella de Souza RibeiroMax Miller Fernandes da SilvaMaysa Fernanda Villela Rezende SouzaMeirilane Gonçalves CoelhoMercya Nico Sampaio Vassuler

Moisés Juliano PintoMônica Aparecida de AlmeidaNaiara Viana CamposNayara Alves RibeiroNoelly Alves LopesOziel Barreira de Matos JuniorPatrícia Silva CoutoPaula Araújo BretasPaulo Roberto Regato FilhoPedro Bernardes GontijoPedro Leandro Moreira NetoPriscila Brustin RibeiroPriscila GrynbergPryscila Maria SantosRafaela Cristina de Souza RossiRaissa Maria Mattos GonçalvesRarine Drielle Ferreira da SilvaRenata Bernardes Faria CamposRenata Luiz UrsineRoberta Mara da Silva SouzaRodrigo Gomes TinocoRodrigo NicoliSalma Aparecida Tavares GregórioSamuel Teobaldo de OliveiraSilvânio Eduardo da SilvaSimone Maria Mendes BuzimSiziomar Antônio Domingues BragaSulamita AndrinoTamires de Lima SouzaTássia Costa SouzaTerezinha Maria de SousaThais de Oliveira FreeszThais Silveira PereiraThécia Alfenas Silva Valente PaesThiago Augusto da Costa SilvaTone Vander MarcilioUemerson Ferreira da CostaValdir Dias MagalhãesVanessa Leite AndradeVinicio Tadeu da Silva CoelhoWarley Ávila CostaWashington Cardoso da CostaWolmar Gomes CândidoZamara Gomes LaranjeiraZilma Mendes Lourenço

ParáInês Angélica Cordeiro Gomes

TocantinsAdriana Barbosa AndradeAdriene Aires MendesAlessandra de Sousa PereiraAna Carolina Freire CarvalhoDallyla Tais Assunção Milhomem FerreiraDébora Mendes SiqueiraJosué Leasi da Silva RicardoKarine Dias Gomes dos SantosLeonidio Rodrigo Fernandes CustódioSonaira da Glória Gomes ParenteStella Costa SantosValdir Elvídio da Silva Junior

Page 12: Jornal do Biólogo Julho 2014 web

Os três diretores da Bocaina recebem o certificado do presidente do CRBio04

Remetente:Conselho Regional de Biologia - �ª RegiãoAv. Amazonas, ��� - ��º andarBelo Horizonte - MGCEP: ­����-���

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

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A Sociedade Botânica do Brasil (SBB) conta, desde o início do ano, com uma nova diretoria, eleita para o quadriênio 2014-2017. A nova presi-dente da entidade é a bióloga Renata Maria Strozi Alves Meira, professora do Departamento de Bio-logia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa.

Renata assumiu o cargo após dois mandatos à frente da diretoria regional – que contempla os Estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo –, no período entre 2010 e 2013. A bió-loga também é membro da Comissão de For-mação e Aperfeiçoamento Profissional (CFAP) do CRBio04 e coordenadora do curso de licen-ciatura noturno em Ciências Biológicas da UFV.

Há pouco mais de seis meses no cargo, a pre-sidente reafirma o compromisso em dar conti-nuidade ao bom trabalho desenvolvido pelas diretorias anteriores e traça metas de ampliar o

bióloga da UFV assume presidência da sbbRenata Strozi comandará a Sociedade Botânica do Brasil até 2017

Os diretores da empresa Bocaina Ciências Na-turais & Educação Ambiental - Felipe Fonseca, Lucas Perillo e Vinicius Cerqueira - receberam, das mãos do presidente Gladstone Araújo, uma moção de congratulações pela realização da Con-ferência Nacional de Biologia da Conservação.

O evento foi realizado online, entre os dias 19 e 25 de maio, e contou com palestras de 24 profissionais. Com participação gratuita, a Con-ferência teve 7.845 inscritos, de todos os Estados brasileiros e de 50 países. “É uma iniciativa muito interessante, que disponibiliza o conhecimento de profissionais de renome de forma democrática”, ressaltou Gladstone durante a entrega da moção.

ensino de botânica. “Queremos envolver mais pesquisadores e estudantes de graduação e pós, mas também atuar com professores e alu-nos de ensino básico e médio, para difundir o conhecimento da botânica”, afirma.

Para conhecer mais sobre o trabalho da SBB, acesse o site www.botanica.org.br.

Renata Strozi (2ª da dir. p/ esq.) e demais membros da diretoria da SBB

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bocaina recebe homenagem do crbio04Biólogos promoveram conferência sobre conservação

No site da Bocaina é possível saber mais so-bre a empresa e também sobre a Conferência: www.bocaina.bio.br.