Jornal do Advogado

ANO I • Nº 4 • junho 2010

Informativo da Ordem dos Advogadosdo Brasil, Seccional do Maranhão

OAB recebe Comenda do Centenário de Maria Aragão. Pág. 3

A OAB/MA foi uma das parceiras da Defensoria Pública na realização do Dia Nacional da Defensoria, cujo tema central foi: Cidadania começa em casa – Defensores Públicos pelo Direito à Moradia. Os debates mobilizaram a participação de representantes de entidades populares e de especialistas em questões relacionadas ao Direito à Moradia. Pág. 4

SONHO REALIZADO Terreno é doado para construção da sede

da Subseção de Imperatriz. Pág. 9

ADVOCACIA POPULARQuinta Jurídica com o mestre Jacques Alfonsín.

Pág. 12

ENtREVIStA A consultora Lara Selem defende gestão executiva na

advocacia moderna. Págs. 6 e 7

2O Fór um

Ed i tor i a l

Em uma palestra realizada no Dia Nacional da Defenso-ria Pública, 19 de maio, o ad-vogado e procurador aposen-tado, Jacques Távora Alfonsin, mestre em Direito pela Uni-versidade do Vale dos Sinos e membro da Rede Nacional de Advogados Populares de-clarou, de forma indignada: “Teto e alimento figuram no rol das necessidades mais bási-cas do ser humano. O direito à moradia não pode mais con-tinuar a ser violado”.

A declaração fez eco numa platéia que vive em um estado com o maior déficit habitacio-nal relativo no país, 38,1%. Em termos absolutos, o défi-cit no Maranhão chega a mais de meio milhão de moradias, 570.606 de unidades, o quin-to maior no país, representan-do 7,14% do déficit absoluto total do Brasil.

Em São Luís, 53% da po-pulação vivem em áreas sem segurança jurídica alguma, ocupando áreas de mangue, rios, encostas. Desse total, 60 mil vivem em áreas sem con-dições de habitabilidade, em encostas, morros, zonas de desmoronamento, a exemplo das comunidades do Novo

OAB sem omissãoAngelim, Salinas do Saca-vém, Alto da Esperança.

O oportuno tema debati-do no Dia Nacional da De-fensoria faz parte da agenda diária de trabalhos da Comis-são de Direitos Humanos da OAB do Maranhão que, em parceria com a Defensoria Pública do Estado, tem en-frentado embates, realizado dezenas de ações conjuntas em favor da moradia digna - um direito constitucional, já previsto na Declaração Uni-versal dos Direitos Huma-nos, desde 1948. A vinda da Plataforma Dhesca Brasil ao Maranhão, com a proposta de criação da Relatoria Esta-dual de Direito à Moradia é um reflexo da grave situação em torno dos conflitos fundi-ários no Maranhão, mas que pode se tornar um exemplo nacional - conforme afirma-ram os próprios relatores. O enfrentamento desta questão, e de tantas outras que ferem direitos fundamentais da pes-soa humana e direitos cole-tivos, é uma amostra de que a Seccional maranhense da OAB não se omite diante de temas que exigem sua presen-ça na sociedade.

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Dr. Mário, sua gestão está fazendo toda diferença, com cursos, palestras, que bom, até o curso de Aperfeiçoamento do TRIBUNAL DO JURI no interior! D+++ Nasci lá, Bacabal é um pouco quente, mais gosto muito da minha terra, tenho irmães que moram lá.

Parabéns, sucesso sempre.

Graça Mendes

Tribuna do LeitorPeriodicidade: mensaltiragem: 7 mil exemplaresReportagens: Antônio Carlos de OliveiraFotos: Handson Chagas e colaboradoresProjeto Gráfico: Ideia PropagandaCoordenação do Núcleo de Comunicação: Flávia Regina MeloEndereço para correspondência: Rua Dr. Pedro Emanuel de Oliveira, 01, Calhau.CEP: 65.076-908 - São Luís/MaranhãoFone: (98) 2107 5407E-mail: redacaoabforum@hotmail.comSite: www.oabma.org.br

mário de Andrade macieira Presidente

Valéria Lauande Carvalho Costa Vice-Presidente

Carlos Augusto macedo Couto Secretário Geral

Valdênio Nogueira Caminha Diretor - Tesoureiro

Ana Flávia melo e Vidigal Sampaio Secretária Geral-Adjunta

ExpedienteO Fórum - Informativo oficial da OAB-mA

CARTUM GENTILMENTE CEDIDO POR SELEM, BERTOzzI CONSULTORES ASSOCIADOS

Respeito às prerrogativas O Conselho Seccional da OAB/MA acolheu voto do relator-conselheiro, Ivaldo Castelo Branco e decidiu, em sessão plená-ria, promover Desagravo Público, em favor do advogado, Alan Paiva, que teve as suas prerrogativas desrespeitadas pelo senador Magno Malta, durante sessão da CPI da Pedofilia, em outu-bro do ano passado, na Assembléia Legislativa do Maranhão. O senador cerceou o direito do advogado de conduzir a defesa de seu cliente, impedindo-o de falar e permanecer no recin-to, expulsando-o, de forma arbitrária, solicitando, inclusive, seguranças para retirá-lo do local. Os membros do Conselho Seccional devem também apresentar notícia-crime, no STF, e ingressar com uma representação na Procuradoria-Geral da Re-pública contra o senador, Magno Malta, que, na ocasião, pro-tagonizou cenas de abuso de poder e excesso de autoritarismo.

Última oportunidadeOs advogados e advogadas que estão em atraso com a anuida-de de 2010 têm agora mais uma chance. É possível parcelar a contribuição em até três prestações mensais, sendo que a pri-meira prestação do parcelamento terá vencimento até o dia 30 de junho e as demais em igual data nos próximos meses. Para solicitar o parcelamento e ter acesso às vantagens, basta entrar em contato com a Divisão Financeira da Instituição, telefone: 21075405 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12 horas e das 14 às 18 horas). Após a solicitação do parcelamento, serão gerados os boletos bancários, que ficarão disponíveis, para impressão, no site da OAB/MA, ou serem enviados diretamente por e-mail .

mutirão e desorganizaçãoAinda repercute no meio jurídico a desorganização geral verificada no Mutirão do 4º Juizado Especial Cível e das Relações de Consu-mo da Capital, realizado dia 15 de maio. A nota oficial publicada pela OAB/MA tornou públicas as queixas de dezenas de advogados e partes quanto à informação sobre locais, horários de audiências, bem como localização física dos processos. Os pregões, realizados de forma inadequada, causando insegurança aos presentes, resultaram em revelias e arquivamentos de processos, por não comparecimen-to dos interessados. Houve arquivamento de 285 processos, sendo que em 94 que foi decretada a revelia, por não comparecimento das partes, embora muitas delas estivessem presentes. Isto significa que quase metade dos feitos postos em pauta foi arquivada, sem aprecia-ção do mérito, o que demonstra a ineficácia dos propósitos reais que um mutirão visa alcançar.

3 O Fór um

OAB é homenageada com a Comenda do Centenário de maria Aragão

A OAB/MA acaba de rece-ber a Comenda Comemorativa do Centenário da médica Maria Aragão, concedida pelo Conse-lho Regional de Serviço Social do Maranhão, pelos relevantes trabalhos realizados em defesa dos Direitos Humanos. A ho-menagem à Seccional ocorreu no encerramento do XXXI En-contro Estadual de Assistentes Sociais do estado do Maranhão, que teve como tema central For-talecer as lutas sociais para com-bater as desigualdades. Na ceri-mônia, realizada na sede social do Sesc, do Olho D’Água – a Seccional foi representada pelo vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Rafael Sil-va, que recebeu a comenda das mãos das dirigentes do Conse-lho Regional de Serviço Social.

Na oportunidade, outras entidades ligadas aos movi-mentos sociais receberam a Co-menda, entre elas, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST). Mili-tantes e defensores históricos da causa dos direitos humanos no

Maranhão, como o padre Vitor Asselim e a professora aposenta-da do Departamento de Serviço Social da Ufma, Franci Cardo-so, também foram homenagea-dos pelo Conselho Regional de

Serviço Social. Para o presidente da OAB/MA, Mário Macieira, “o prêmio representa o compro-misso inequívoco da entidade com a luta em defesa dos Di-reitos Humanos”. “Como presi-

dente da OAB e neto de Maria Aragão, o prêmio é um símbolo ainda mais forte, representando um legado que se estende na carreira e nas causas que abracei em minha vida”, enfatizou.

I Ciclo de Debates Medico Juridicos

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4O Fór um

Defensoria Pública e OAB na luta pela direito à moradia digna

maranhão sem teto

A OAB/MA foi uma das par-ceiras da Defensoria Pública do Estado na realização do evento sobre o Dia Nacional da Defen-soria (19/5), cujo tema central foi: Cidadania começa em casa – Defensores Públicos pelo Direito

à Moradia. Os painéis de debates em torno do tema mobilizaram a participação de representantes de entidades como o MST (Mo-vimento dos Trabalhadores Sem Terra), CPT (Comissão Pastoral da Terra), Núcleo de Moradia e

Defesa Fundiária (DPE/MA), União Estadual por Moradia Po-pular e de especialistas em ques-tões relacionadas ao Direito à Moradia.

O painel A função social da posse urbana: um novo paradig-ma hermenêutico em favor do povo pobre que vive nas cidades teve como expositor o procura-dor da República aposentado, Jacques Távora Alfonsin, mestre em Direito pela Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) e advo-gado do Movimento dos Traba-lhadores Sem Terra (MST).

O palestrante afirmou que o Poder Judiciário tem, também, um papel fundamental na ga-rantia do direito à moradia e que os magistrados, aplicadores do

Direito, precisam agir com mais sensibilidade na interpretação das questões que envolvem esse direito, incorporando, positiva-mente, as mudanças de paradig-mas que a Constituição de 1988 proporcionou. “Sem moradia, o cidadão não tem atendida a sua dignidade enquanto ser huma-no”, assinalou. O tema Luta por Direitos Humanos no Brasil e as Relatorias de Direitos Humanos da Plataforma DHESCA Brasil integrou o painel de encerramen-to do Dia Nacional da Defenso-ria Pública, com o expositor Da-nilo Uler Corregliano, advogado, secretário executivo da Platafor-ma DHESCA Brasil, que reúne mais de 30 organizações em Di-reitos Humanos.

Com o índice de 38,1%, o Maranhão apresenta o maior dé-ficit habitacional relativo no país, total que equivale ao número de imóveis existentes, dividido pelo de moradias necessárias para su-prir a demanda da população.

Em termos absolutos, o dé-ficit no estado chega a mais de meio milhão de moradias, 570.606 de unidades, o quin-

to maior no país, representando 7,14% do déficit absoluto total do Brasil. Os números são de um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base nos dados da Pesquisa Nacio-nal por Amostra de Domicílios (Pnad/BGE). De acordo com o estudo, divulgado no fim do ano passado, o déficit habitacional relativo do Maranhão está muito

acima da média do país, que é de 14,6%.

Em São Luís, 53% da popu-lação vivem em áreas sem segu-rança jurídica alguma, ocupando áreas de mangue, rios, encostas. Desse total, 60 mil vivem em áre-as sem condições de habitabilida-de, em encostas, morros, zonas de desmoronamento, a exemplo das comunidades do Novo Angelim,

Salinas do Sacavém, Alto da Es-perança. A Comissão de Direitos Humanos da OAB tem realizado dezenas de ações conjuntas com a Defensoria Pública, entidades populares, representantes de ór-gãos públicos e da população, como a vereadora Rose Sales, a deputada estadual Helena Heluy e outros, em favor do direito à moradia digna no Maranhão.

5 O Fór um

6O Fór um

A reinvenção da advocacia

De que forma a contempo-raneidade impõe a importân-

cia de uma gestão de negócios na atividade advocatícia?

O mundo está passando por uma série de transformações, nos últimos tempos, refletida nas próprias empresas tradicio-nais, que começaram a se pro-fissionalizar muito nas últimas décadas. Isso veio impactar na advocacia porque, querendo ou não, os escritórios de advo-cacia têm essas empresas como clientes para atuarem na área empresarial, o que acaba for-çando para que o escritório fale a mesma língua da empresa. Então, a partir dessa necessida-de a gente começou a perceber que os escritórios eram tocados,

de forma muito amadora e esse amadorismo levava a uma série de perdas por parte dos escritó-rios, por parte dos advogados.

Perda em que níveis? De produtividade porque não se administra bem o tempo, de dinheiro, porque não se admi-nistram bem os honorários que entram, nem as despesas que são feitas. De gestão de pesso-as mesmo porque não se apro-veitam os talentos, porque nós não temos muito tempo pra olhar quem é talentoso, mesmo quem não é, o que eu tenho de

A advogada e consultora paranaense Lara Selem acumula na bagagem pessoal um vasto currículo que não apenas a fez dar vôos mais altos, em sua própria carreira, como também contribuíu, decisivamente, para a reinven-ção da advocacia, título acima, emprestado de um dos livros publicados por ela. Especialista em áreas que vão desde Planejamento Estratégico e Gestão de Pessoas na Advocacia, Gestão de Serviços Jurídicos, Liderança de

Empresas, possui certificações pela FGV (SP), Harvard Business School (EUA) e Baldwin-Wallace College (EUA). É membro do Conselho Editorial da OAB Editora, colaborada de revistas como Consultor Jurídico e outras. Lara Selem, que esteve em São Luís, ministrando cursos na OAB/MA, mostra, nesta entrevista, que a advocacia é uma atividade que exige cada vez profissionalização e gestão. Confira as dicas.

Lara Selem, advogada, consultora em Planejamento Estratégico, com especialização pela Harvard Business School

7 O Fór um

A reinvenção da advocaciaA advogada e consultora paranaense Lara Selem acumula na bagagem pessoal um vasto currículo que não apenas a fez dar vôos mais altos, em sua própria carreira, como também contribuíu, decisivamente, para a reinven-

ção da advocacia, título acima, emprestado de um dos livros publicados por ela. Especialista em áreas que vão desde Planejamento Estratégico e Gestão de Pessoas na Advocacia, Gestão de Serviços Jurídicos, Liderança de Empresas, possui certificações pela FGV (SP), Harvard Business School (EUA) e Baldwin-Wallace College (EUA). É membro do Conselho Editorial da OAB Editora, colaborada de revistas como Consultor Jurídico e outras.

Lara Selem, que esteve em São Luís, ministrando cursos na OAB/MA, mostra, nesta entrevista, que a advocacia é uma atividade que exige cada vez profissionalização e gestão. Confira as dicas.

fazer pra desenvolvê-los. Por-que acho que “é obrigação dele fazer petição” e “se fizer já está de bom tamanho”, quando na verdade isso é só uma parte do trabalho, eu perco cliente por-que não faço um bom trabalho de manutenção, eu fico com um olhar muito focado em querer mais novos clientes do que de cuidar daqueles que eu já tenho.

Então, a gente começou a perceber uma série de áreas dentro da gestão que existem dentro dos escritórios, não importa de que porte, não im-porta quem seja o cliente, en-fim, não importa exatamente qual seja a advocacia essas áreas eram relegadas a um segundo plano e gerando perdas aos es-critórios, não se fazendo plane-jamento, não se enxergando os escritório a longo prazo, não se construindo uma marca de ver-dade, não se fazendo projetos periódicos de alavancagem de novos serviços, de novas teses, de novos estudos de novas for-ma de atender o cliente. Enfim, esse momento que nós estamos vivendo está impondo aos es-critórios, aos jovens advogados,

aos advogados que já estão aí estabelecidos há muito tempo, que repensem a forma de ges-tão.

marketing Jurídico, Ges-tão de Negócios nos escri-tórios. Com todas essas fer-ramentas, essas disciplinas, você concorda que essas ferra-mentas estão tornando o ad-vogado mais próximo de um perfil de executivo?

Eu tenho até um artigo que escrevi sobre isso, falando que hoje nós não temos mais o ad-vogado, no sentido técnico da palavra, isso é só uma das capas que ele precisa vestir no dia a dia dele. Ele é, sim, um execu-tivo, quanto mais ele trabalha para empresas, mais esse perfil vai ficar claro, o perfil do ad-vogado consultor, não somen-te o advogado de tribunal, de fórum, mas há uma exigência muito grande de que esse advo-gado tenha visão técnico-jurídi-ca, que conheça muito bem seu cliente a ponto de influenciar nas decisões dele e, para isso, ele tem que ser um executivo, não tenha dúvida.

E considerando todos esses conceitos das áreas de Gestão, de Planejamento, quais os principais pecados assim que um escritório não deveria co-meter de jeito nenhum?

Desvalorizar suas pessoas: esse é o ponto. Advogados, es-tagiários, administrativos... não olhar de modo racional para o crescimento das pessoas, achar “que eu sou paizão e sei o que

você precisa ganhar, o que você precisa fazer”. Esse é o pecado número um, ignorar a carreira das pessoas e ignorar o cresci-mento e desenvolvimento de-las.

Segundo: não saber fazer gestão de tempo. Esse é um pe-

cado, não só para o advogado, mas para todo mundo. Hoje, mais do que nunca, a gente pre-cisa ser PHD nessa arte de ad-ministrar o tempo, de usar tem-po, informação, quantidade de informação que você vai ter que descartar o que é útil, o que não é, o que vou descartar. Esse é o segundo, que eu não chamaria de pecado, mas o segundo co-nhecimento absolutamente ne-cessário para que a gente possa abraçar todas essas mudanças.

O terceiro, que eu já tinha comentado, é estar com um olhar no novo cliente e não cui-

dar do cliente que já tem, esse é assim um pecado enorme. O quarto pecado é misturar as fi-nanças do escritório com as fi-nanças pessoais dos sócios - esse é um pecado que vejo acontecer com bastante recorrência. Você vai criando um câncer dentro do escritório. Eu já vi sócio rico e escritório pobre.

Qual o conselho que você daria ao advogado que está iniciando sua carreira agora e quer montar um escritório?

Uma das grandes vantagens competitivas de quem está co-meçando é poder errar, poder arriscar mais e, geralmente, se a gente estiver falando de recém formados, de jovens com vinte e poucos anos, há um padrão. Essas pessoas ainda não têm famílias constituídas, moram com os pais e têm uma estru-tura relativamente segura e vão poder arriscar mais, incluindo não fazer aquelas áreas tradicio-nalmente do campo de batalha pesado da advocacia, fazer o cível tradicional, o tributário tradicional (porque isso a gran-de maioria dos escritórios está fazendo). Um advogado novo vai querer se diferenciar nessas áreas, que são tão tradicionais, e vai ter muito mais dificulda-des. Então, o ideal é que ele consiga identificar qual seria o foco que poderá abraçar nes-se início, escolher um foco de carreira, definir um segmento para conhecer, profundamente, e fazer desse momento o treino dele para ser, talvez, o melhor dessa área em 5 ou 10 anos.

“O advogado tem que ser um

executivo”

“Esse momento que nós estamos vivendo

está impondo aos escritórios, aos

jovens advogados, aos advogados que já estão aí estabelecidos, que repensem a forma

de gestão de suas carreiras”.

8O Fór um

“A falta de informação ainda

é um entrave para a defesa das

prerrogativas profissionais”

9 O Fór um

Subseção de Imperatriz vai realizar sonho da nova sede

Vandir Fialho Júnior: “é a realização de um sonho para os advogados da região”

Oab cada vez

mais presente

Superintendente Regional SPU - Jorge Luis Pinto foto Handson Chagas

O presidente da Sec-cional, Mário Ma-cieira, e o Superin-

tendente do Patrimônio da União, Jorge Luis Pinto, em audiência na sede da Secreta-ria de Patrimônio da União, assinaram no último dia 26/5, na presença do conselheiro es-tadual, Everton Pacheco Silva, o Contrato de Doação, que fez a União Federal à OAB, do terreno onde será construída a nova sede da Subseção de Im-peratriz. A sede ocupará uma área de 2.399,83 metros qua-drados, avaliado em torno de 800 mil reais, em uma das re-giões mais valorizadas, na rua Simplício Moreira, na região central daquela cidade, pró-xima ao fórum do município.

O presidente da OAB/MA, Mário Macieira, afirmou que todas as providências téc-nicas para a construção do novo prédio da unidade da Ordem na maior cidade do sul do Maranhão estão sendo

tomadas, inclusive junto ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que está investindo e dando apoio incondicional ao projeto.

“Além de representar a va-lorização dos advogados com

atuação naquela comarca, a iniciativa de construir a nova sede da Subseção de Impe-ratriz representa, também, o esforço e o compromisso do ex-presidente da Seccional, José Caldas Gois, que, jun-tamente com o ex-presidente da Subseção de Imperatriz, Adailton Bezerra, deram os primeiros passos para a mate-rialização do projeto”, ressal-tou Mário Macieira. Segundo ele, a iniciativa vai abrir ainda mais as portas da OAB para a sociedade, permitindo um atendimento mais eficiente aos profissionais de advocacia e ao público em geral, além de oferecer melhores condições de trabalho aos servidores da OAB lotados na Subseção.

A doação do terreno para a construção de uma nova sede para a Subseção de Imperatriz é uma reivindi-cação antiga da classe na região tocantina. No dia 6 de maio, o presidente da OAB/MA, Mário Macieira, o presidente da subseção de Imperatriz, Vandir Fialho Júnior estiveram reunidos, na sede do Conselho Federal da OAB, em Brasília, com o presidente nacional da

Ordem, Ophir Cavalcante, para tratar da doação do ter-reno da sede de Imperatriz. Participaram da reunião, o vice-presidente da OAB nacional, Alberto de Paula Machado, o secretário-geral, Márcio Vinícius Furtado, a secretária-geral adjunto, Maria Regina Melaré e o Di-retor Tesoureiro Miguel Ân-gelo Cançado. Na ocasião, foi assumido o compromis-so de cessão de uso onerosa,

com compromisso de con-strução a sede. O presidente da Subseção de Imperatriz, Vandir Fialho Júnior enalte-ceu a conquista. “A doação desse terreno representa toda a grandeza dos advoga-dos da região tocantina, nós precisamos dessa representa-tividade, somos mais de 700 advogados. Com o empenho do Dr. Mário Macieira e anuência do Dr, Góis esse sonho foi realizado.”

Vandir Fialho, presidente da subseção de Imperatriz

10O Fór um

Dica De SaúDe

treinamento Funcional

O Functional Training, ou TREINAMENTO FUNCIO-NAL, é uma técnica de trei-namento físico focada no de-senvolvimento de um sistema neuromuscular integrado, cujo objetivo principal é tornar o cor-po humano uma máquina de lo-comoção mais eficiente. Esse tipo de exercício desenvolve ainda a

coordenação motora, a postura e, obviamente, o equilíbrio.

A maior virtude do Treina-

mento Funcional é a notória per-cepção de como a máquina “cor-po humano” funciona. Há muitos anos, mantém-se uma cultura de treinamento voltada ao ganho de massa, à hipertrofia, à queima de calorias e, quase sempre, o fator qualidade de movimento é negli-genciado.

Esse tipo de treinamento sur-ge, exatamente, da necessidade de se suprir a carência existente na integração dos movimentos do corpo quando da realização de exercícios. Ele parte da premissa de que o corpo humano é uma máquina criada para trabalhar em constantes ciclos de estabilidade e/ou mobilidade, variando con-forme a área do corpo trabalhada no momento.

Assim, os maiores responsáveis por todo o suporte dessa cadeia cíclica são os músculos da pare-de abdominal que se estendem posterior e conjuntamente com os músculos estabilizadores da coluna lombar, conectando as ati-vidades dos membros superiores com as atividades dos membros inferiores.

Funcionalmente falando, ne-nhuma atividade seria realizada em nosso corpo, caso estes mús-culos estabilizadores não traba-lhassem eficientemente para que

os membros, tanto inferiores (per-nas) quanto superiores (braços), pudessem executar suas funções.

O desenvolvimento da estabi-lidade do tronco é essencial para o desenvolvimento de qualquer atividade física, desde as mais simples, como caminhar, correr, sentar, levantar, agachar, subir e descer escada, às mais complexas, como a prática de esportes recrea-tivos e de alto rendimento.

Não importa o grupo que se priorize, cada série de movimen-tos mobiliza 70% de toda a mus-culatura. E mais: 45 minutos de treinamento funcional queimam, em média, 50% mais calorias do que uma sessão de musculação nos moldes tradicionais. O trei-no fica mais puxado por causa do esforço que o aluno tem de fazer para se equilibrar.

Assim, um sistema neuro-muscular locomotor mais efi-ciente se mostra primordial para o bom desempenho de qualquer atividade. Essa é a principal finalidade do Treina-mento Funcional: melhorar consi-deravelmente o rendimento físico.

Na Academia VIVA ÁGUA (que mantém convênio com a CAA), você encontra esta modalidade de ativida-de física. Endereço: rua das Gaivotas, quadra 2, lote, Renascença II, São Luís. Fone: (98) 3235.6198

Nesta edição, a Caixa de Assistência (CAA) oferece aos advogados e advogadas a dica de uma atividade física capaz de melhor o rendi-mento, com maior queima de calorias e, é claro, contribuindo para

o bem-estar necessário às atividades da profissão. Confira!

11 O Fór um

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Confira a relação de mais alguns estabelecimentos credenciados pela OAB:

12O Fór um

Quinta Jurídica debate função social da posse com Jacques

Alfonsín(ESA) da OAB/MA, promo-

veu, no dia 20 de maio, uma exposição alusiva aos debates realizados por ocasião do Dia Nacional da Defensoria Pública (19/5). O advogado do Movi-mento dos Trabalhadores Ru-rais Sem Terra (MST) e mestre em Direito pela Unisinos (RS), Jacques Távora Alfonsin foi o palestrante do evento. Com o tema Proteção Possessória Con-temporânea, a conferência rela-cionou questões como: Direito à Moradia; Direito humano so-cial; Função social da posse da posse e da propriedade; o papel

social da sociedade civil e do Es-tado, entre outras.

Alfonsín, que também é pro-curador do Estado aposentado e advogado popular, defendeu com afinco a moradia como um direito constitucional, atribuin-do ao Estado a função social e o dever de garantir esse direito, previsto na Declaração Uni-versal dos Direitos Humanos, desde 1948. A exposição lotou o auditório da Seccional e con-tou com a presença de procu-radores, defensores, estudantes e integrantes de movimentos populares.

a ORDeM É

eNSiNaR DiReiTO

Estante do AdvogadoAgenda & PrazosQuinta Jurídica com martius Sávio Lobato (advogado e professor da UNB)tema: A Jurisdição Constitucional TrabalhistaData: 24/6Horário: 19hLocal: Auditório da OAB/MA Apresentação do Boizinho Barrica CURSO A ADVOCACIA NAS ELEIÇÕES EStADUAIS 2010Nome: A advocacia nas eleições estaduais 2010modalidade: PresencialCarga horária: 12h Período: dias 12, 13, 14 e 15/07Horário: das 19h às 22:30Expositor: advogado e professor Rodrigo LagoObjetivos: O curso A Advocacia nas Eleições Estaduais 2010 tem como objetivos específicos:a) mesclar a a parte teórica do direito eleitoral com a prática de advocacia eleitoral; b) sistematizar, junto com os alunos, a experiência concreta da advocacia eleitoral;c) preparar os advogados para os desafios do processo eleitoral em eleições estaduais.

A obra aborda os principais temas tratados no III Congresso Brasileiro da Advocacia Ambiental, ocorrido em São Luís/MA, que reuniu os mais importantes doutrinadores do tema. O livro apre-senta a Carta de São Luís do Maranhão, docu-mento histórico dentro da área jurídica ambien-tal e também traz os seguintes estudos: Negócio imobiliário em greenfield urbano; Relevância e classificação das unidades de conservação; O Me-canismo de Desenvolvimento Limpo e a natureza jurídica das Reduções Certificadas de Emissões no Brasil; O Estatuto da Ci-dade e a proteção ambiental; A ordem econômica ambiental bra-sileira; A proteção ambiental do meio ambiente urbano e outros temas. A obra é coordenada pelos advogados com experiência e/ou militância no campo, tais como Edson de Oliveira Braga Fi-lho, Flávio Ahmed, Luiz Carlos Aceti Júnior e Samir Jorge Mu-rad, presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB/MA.

Jacques Afosín