jornal do senado · 2 jornal do senado bras˝lia, ter˙a-feira, 15 de abrilde 2003 agenda...

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Ó RGˆO DE DIVULGA˙ˆO DAS ATIVIDADES DO S ENADO F EDERAL A NO IX N” 1.680 B RAS˝LIA, TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 JORNAL DO SENADO JORNAL DO SENADO Ministro debate hoje com senadores venda de soja transgŒnica AlØm de expor planos do MinistØrio da Agricultura, Roberto Rodrigues deve explicar autorizaçªo para que seja comercializado produto geneticamente modificado, cujo cultivo estava proibido. P`GINA 2 Rodrigues fala em reuniªo conjunta das Comissıes de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais para expor a política agrícola do governo Pirataria pode dar atØ quatro anos de cadeia Tratamento para presos perigosos está em discussão Comissªo de Orçamento tem novos membros Começa análise da situação da criança no país Plenário precisa votar 18 MPs para desobstruir a pauta P`GINA 3 Projeto aprovado na Câmara e defendido por artistas deve ser votado amanhª pela Comissªo de Constituiçªo, Justiça e Cidadania. P`GINA 3 Subcomissªo de Segurança Pœblica examina hoje proposta de regime disciplinar rigoroso para presos considerados de alto risco. P`GINA 3 Presidente do Senado, JosØ Sarney, anunciou os nomes dos novos representantes da Casa na Comissªo Mista de Orçamento. P`GINA 5 Subcomissªo TemporÆria da Criança, do Adolescente e da Juventude deve estabelecer amanhª seu cronograma de trabalho e marcar primeiras audiŒncias. P`GINA 4 Waldemar Rodrigues GervÆsio Baptista/ABR

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Page 1: JORNAL DO SENADO · 2 JORNAL DO SENADO BRAS˝LIA, TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRILDE 2003 AGENDA TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 Presidente JosØ Sarney 10h Œ Recebe a embaixadora do

Ó R G Ã O D E D I V U L G A Ç Ã O D A S AT I V I D A D E S D O S E N A D O F E D E R A L A N O IX � Nº 1.680 � B R A S Í L I A, TERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003

JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADOMinistro debate hojecom senadores vendade soja transgênica

Além de expor planos do Ministério da Agricultura, RobertoRodrigues deve explicar autorização para que seja comercializadoproduto geneticamente modificado, cujo cultivo estava proibido.

PÁGINA 2

Rodrigues fala em reunião conjunta das Comissõesde Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais

para expor a política agrícola do governo

Pirataria podedar até quatroanos de cadeia

Tratamento parapresos perigososestá em discussão

Comissão deOrçamento temnovos membros

Começa análiseda situação dacriança no país

Plenário precisa votar 18 MPs para desobstruir a pautaPÁGINA 3

Projeto aprovado na Câmarae defendido por artistas deve ser

votado amanhã pela Comissão deConstituição, Justiça e Cidadania.

PÁGINA 3

Subcomissão de Segurança Públicaexamina hoje proposta de

regime disciplinar rigoroso parapresos considerados de alto risco.

PÁGINA 3

Presidente do Senado, José Sarney,anunciou os nomes dos novos

representantes da Casa naComissão Mista de Orçamento.

PÁGINA 5

Subcomissão Temporária da Criança,do Adolescente e da Juventude deve

estabelecer amanhã seu cronograma detrabalho e marcar primeiras audiências.

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Page 2: JORNAL DO SENADO · 2 JORNAL DO SENADO BRAS˝LIA, TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRILDE 2003 AGENDA TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 Presidente JosØ Sarney 10h Œ Recebe a embaixadora do

JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO BRASÍLIA, TERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 20032

A G E N D AA G E N D ATERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003

PresidenteJosé Sarney

10h � Recebe a embaixadora do México, Cecí-lia Soto10h45 � Audiência com o ministro da Agricul-tura, Roberto Rodrigues11h30 � Recebe o deputado Aldo Rebelo,acompanhado do deputado Vilmar Rocha e doembaixador da Austrália, John Sullivan12h � Recebe o deputado Nelson Pelegrino12h30 � Recebe o almirante-de-esquadraCarlos Eduardo Cezar de Andrade, presidentedo STM, acompanhado do ministro tenente-bri-gadeiro Cherubin Rosa Filho e do coronel-avi-ador Fernando Antonio Veiga Jordão15h � Audiência com o ministro de Planeja-mento, Guido Mantega

PLENÁRIO

14h30 � Sessão deliberativa ordináriaPauta: Projeto de Lei de Conversão 3/03 (MP82/02) (transferência da União para os estadose o DF de segmentos da malha rodoviária); MP85/02 (crédito extraordinário); Projeto de Leide Conversão 4/03 (MP 86/02) (cargos e grati-ficações na administração pública); MP 87/02(crédito extraordinário); MP 88/02 (crédito ex-traordinário); MP 89/02 (crédito extraordinário);MP 90/02 (crédito extraordinário); Projeto deLei de Conversão 6/03 (vigilância sanitária); MP92/02 (crédito extraordinário); MP 93/02 (cré-dito extraordinário); MP 95/02 (seguro de cré-dito à exportação); MP 96/02 (crédito extraor-dinário); MP 98/02 (crédito extraordinário); MP99/02 (crédito extraordinário); MP 102/02 (cré-dito extraordinário); MP 105/03 (crédito extra-ordinário); discussão em turno único, em regi-me de urgência, do PLC 1/03 (Estatuto do Tor-cedor); discussão em turno único, em regime deurgência, do PLC 92/01 (aumento de pena); PLS66/03 (altera o Código Penal); PDL 172/03 (pro-gramação monetária); entre outros.

COMISSÕES

10h � Comissão de Assuntos EconômicosPauta: ofício �S� 1/00; e ofício �S� 6/01. AlaSenador Alexandre Costa � Sala 19

11h � Reunião conjunta das Comissões de As-suntos Sociais e de Assuntos EconômicosPauta: audiência pública com o ministro daAgricultura, Roberto Rodrigues. Ala Senador Ale-xandre Costa � Sala 9

14h30 � Comissão Mista de OrçamentoPauta: apreciação de avisos do TCU. Plenário nº2 do Anexo Luís Eduardo Magalhães da Câmarados Deputados

14h30 � Subcomissão Temporária de Turismo.Ala Senador Alexandre Costa � Sala 19

18h � Subcomissão Permanente de SegurançaPública. Ala Senador Alexandre Costa � Sala 3

ESPECIAL

17h � Conselho de Ética e Decoro ParlamentarPauta: Oitiva do senador Antonio Carlos Maga-lhães. Ala Senador Nilo Coelho � Sala 6

JORNAL DO SENADO www.senado.gov.br - E-mail: [email protected] - tel.: 0800 612211 - fax: (61) 311 3137

Impresso pelaSecretaria Especial

de Editoração ePub l i cações

Endereço: Praça dos Três PoderesEd. Anexo I do Senado Federal,20º andar

Brasília - DF - 70165-920

O noticiário do Jornal do Senado éelaborado pela equipe de jornalistas

da Subsecretaria Agência Senado.Poderá ser reproduzido mediante

citação da fonte.

MESA DO SENADO FEDERAL Agaciel da Silva MaiaRaimundo Carreiro SilvaArmando S. RollembergMaria da Conceição Lima Alves (61) 311-3573Antonio Caraballo (61) 311-3327Djalba Lima, Edson de Almeida, Eduardo Leão, Iara Altafin,João Carlos Ferreira da Silva, José do Carmo Andrade e Sylvio GuedesSergio Luiz, Wesley Bezerra de Carvalho, Osmar Miranda e Iracema F. da SilvaLindolfo do Amaral Almeida, Miquéas Dantas de Morais, Eny Junia Carvalho e Rita AvelinoEdmilson FigueiredoCirilo Quartim

Diretor-Geral do Senado:Secretário-Geral da Mesa:

Diretor da Sec. de Comunicação Social:Diretora do Jornal do Senado:

Diretor da Agência Senado:Editores:

Diagramação:Revisão:

Tratamento de Imagem:Arte:

José SarneyPaulo PaimEduardo Siqueira CamposRomeu TumaAlberto SilvaHeráclito FortesSérgio ZambiasiJoão Alberto SouzaSerys SlhessarenkoGeraldo Mesquita JúniorMarcelo Crivella

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:

1º Secretário:2º Secretário:3º Secretário:4º Secretário:

Suplentes de Secretário:

Circulação e Atendimento ao leitor: John Kennedy Gurgel (61) 311-3333

Ministro debate hoje políticaagrícola e venda de transgênicos

Em reunião conjunta, os inte-grantes das Comissões de Assun-tos Econômicos (CAE) e de As-suntos Sociais (CAS) ouvem, apartir das 11h de hoje, o minis-tro da Agricultura, Pecuária eAbastecimento, Roberto Rodri-gues, sobre a política agrícola dogoverno.

O ministro deve debater, segun-do informações da liderança dogoverno, a recente autorizaçãopara que os agricultores possamcomercializar a sua produção detransgênicos. No Rio Grande doSul, por exemplo, a maior parteda soja plantada na safra 2002/2003 é geneticamente modificada.Os produtores gaúchos estimamque cerca de 80% da produçãode soja do estado, que é de 7,8milhões de toneladas, seja trans-gênica.

A audiência com Roberto Ro-drigues foi solicitada pelos sena-dores Romero Jucá (PSDB-RR),Ana Júlia Carepa (PT-PA) e Ar-thur Virgílio (PSDB-AM). Outroassunto que deve estar na pautado debate entre os senadores e oministro é a criação do programade seguro rural que modificou oantigo sistema, denominado Proa-gro, que funcionava como uma ga-

rantia aos bancos para a eventua-lidade de uma frustração da co-lheita.

SOLICITAÇÕESAntes da apresentação e dos

debates com o ministro da Agri-cultura, a CAE deve examinar doisitens não terminativos, porque asmatérias terminativas continuambloqueadas pelo fato de 18 medi-das provisórias não terem sidovotadas pelo Plenário.

O primeiro item é um pedido daprefeitura de Joinville (SC) paraque o Senado conceda autoriza-

ção específica que viabilize o aces-so dos municípios aos recursos doPrograma Nacional de Apoio àGestão Administrativa e Fiscal dosMunicípios (PNAFM), administra-do pela Caixa Econômica Federale financiado parcialmente peloBanco Interamericano de Desen-volvimento (BID). O relator, sena-dor Ney Suassuna (PMDB-PB),defendeu em seu parecer o arqui-vamento do pedido, mas o sena-dor Leonel Pavan (PSDB-SC) pe-diu vista do relatório.

O outro assunto da pauta da

CAE é um ofício encaminhadopelo presidente da Câmara Muni-cipal de Barretos, José Rubens deSouza, ao presidente do Senado,José Sarney. No documento, elesolicita ao Senado que edite nor-mas fixando o prazo máximo de15 minutos para que as institui-ções creditícias, oficiais e particu-lares, atendam às pessoas que asprocuram, estabelecendo san-ções drásticas para os infratores.O relator, senador Rodolpho Tou-rinho (PFL-BA), deu parecer peloarquivamento da matéria.

Alimentos transgênicos sãoorganismos geneticamentemodificados (OGM), ou

seja, produtos criados em la-boratório por meio de técni-cas de engenharia genética quepermitem a quebra do DNA e aalteração da estrutura naturalde um organismo com a intro-

dução de características especí-ficas de outro.

Apesar da proibição do culti-vo e da comercialização de qual-quer OGM no Brasil, agriculto-res fizeram uso de soja transgê-nica. Estima-se que cerca de 15%da área plantada de soja sejageneticamente modificada e que

pelo menos 65% do plantio es-teja no Rio Grande do Sul.

Para permitir a comercializa-ção da safra da soja modificadade 2003, inclusive para o consu-mo humano no mercado inter-no, o presidente Luiz Inácio Lulada Silva publicou a Medida Pro-visória (MP) nº 113, em 26 de

março deste ano, atualmenteem tramitação no CongressoNacional. A MP determina queos produtores terão até 31 dejaneiro de 2004 para vendertoda a colheita e mantém a proi-bição do plantio e comercia-lização de soja transgênica noano agrícola 2003/2004.

Soja transgênica foi produzida ilegalmente no Brasil

Roberto Rodrigues, que fala em audiência aos integrantes das Comissões de AssuntosEconômicos e de Assuntos Sociais, também discute novo programa de seguro rural

Romero Jucá, Ana Júlia Carepa e Arthur Virgílio solicitaram audiência com ministro da Agicultura para debater,entre outros assuntos, a recente liberação da comercialização da soja transgênica produzida no país

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Page 3: JORNAL DO SENADO · 2 JORNAL DO SENADO BRAS˝LIA, TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRILDE 2003 AGENDA TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 Presidente JosØ Sarney 10h Œ Recebe a embaixadora do

BRASÍLIA, TERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 3JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO

Os senadores daComissão de Cons-tituição, Justiça eCidadania (CCJ)examinam, na reu-nião de amanhã, às10h, relatório dosenador João Capi-beribe (PSB-AP)favorável a proje-to de lei da Câma-ra que altera osCódigos Penal e deProcesso Penal,com objetivo deaumentar as penas de condena-do por pirataria de obras de arteprotegidas pelo direito autoral.

O projeto do Poder Executivotramita desde 1996 e define que acomercialização ilegal de músicas,vídeos, livros, obras de arte e soft-wares (programas de computador)será punida com reclusão de doisa quatro anos, além da aplicaçãode multas. A reprodução de obraspara uso individual, como a grava-ção caseira de CDs, não é caracte-rizada crime pela proposta.

Na terça-feira passada, os can-tores Tony Garrido, Martinho daVila, Alcione, Gabriel O Pensador,Xandy, Leonardo, Paraná, Gian eGiovanni, acompanhados do dire-tor da Associação Brasileira deProdutores de Discos (ABPD),Paulo Rosa, visitaram o presiden-te do Senado, José Sarney, e opresidente da CCJ, senador EdisonLobão (PFL-MA), para pedir rapi-dez na aprovação do projeto. Osartistas argumentaram que a pi-

A Subcomissão de SegurançaPública reúne-se hoje, às 18h, paraanalisar o projeto de lei da Câmaraque aumenta o rigor no tratamen-to a condenados por crimes gra-ves, considerados de alto risco. Aproposta, apresentada pelo Execu-tivo, já foi aprovada pela Câmara eaguarda parecer do relator na Co-missão de Constituição, Justiça eCidadania (CCJ), senador TassoJereissati (PSDB-CE), presidente dasubcomissão vinculada à CCJ.

Pelo projeto, que altera a Lei deExecução Penal e o Código deProcesso Penal, será criado um�regime disciplinar diferenciado�para esses presos. Por esse siste-

O Plenário reúne-se, hoje, apartir das 14h30, para exami-nar 18 medidas provisórias(MPs) � três das quais median-te projetos de lei de conversão� que estão trancando a pau-ta. Se essas matérias forem vo-tadas, os senadores passarãoentão a analisar os outros qua-tro itens da ordem do dia, quesão o Estatuto do Torcedor,dois projetos de lei que im-põem penas mais duras parahomicídio cometido contraagentes públicos e projeto dedecreto legislativo que aprovaa programação monetária re-lativa ao segundo trimestre doano de 2003.

O primeiro item da pauta ésobre projeto de lei de conver-são que trata da transferência,da União para os estados e Dis-trito Federal, de trechos da ma-lha rodoviária sob jurisdição fe-deral. Outro projeto de lei deconversão altera a lei que cria

O senador Ramez Tebet (PMDB-MS) apelou ao ministro dos Trans-portes, Anderson Adauto, paraque não deixe faltar os cerca deR$ 8 milhões necessários à con-clusão da ponte sobre o Rio Para-naíba, que liga Minas Gerais a MatoGrosso do Sul, na BR-497 � a cha-mada Ponte Alencastro.

O senador lamentou ontem nãoter podido comparecer à soleni-dade de retomada e finalizaçãodas obras da ponte, no último sá-bado, em Paranaíba, que contoucom a presença do ministro e dogovernador de Mato Grosso doSul, Zeca do PT. De acordo com

rataria causa grandes prejuízosnão apenas para os profissionaisenvolvidos pelo setor fonográfico,mas também para os cofres públi-cos, pela perda de arrecadação deimpostos.

Sarney afirmou ao grupo que aproposta deverá ser aprovadaainda neste semestre e, de prefe-rência, sem alterações, para quenão precise voltar à Câmara. Opresidente do Senado condenoua pirataria por acreditar que atin-ge diretamente a cultura brasilei-ra. Já Lobão se comprometeu apedir aos membros da CCJ queaprovem a matéria sem emendas.

A CCJ, que tem 46 itens em suapauta de amanhã, também podevotar dois requerimentos que so-licitam informações ao ministroda Fazenda, Antonio Palocci. Oprimeiro deles, do senador Anto-nio Carlos Valadares (PSB-SE),procura esclarecer se houve va-zamento de informações privile-giadas sobre a descoberta de cam-

CCJ vota amanhã projeto que pune piratariaPresidente da comissão, senador Edison Lobão, pedirá aos líderes partidários que aprovem texto sem fazer

emendas, para que proposta não tenha que retornar à Câmara dos Deputados. Reunião está marcada para as 10h

ma, o detento deverá permane-cer em cela individual por 16 ho-ras por dia, com direito a duashoras de banho de sol, e só pode-rá receber duas visitas semanais,com duração de duas horas. Paratanto, o projeto prevê que a Uniãopoderá construir penitenciáriasespeciais apenas para presos sobesse regime.

A proposta também define queo regime diferenciado terá prazomáximo de 360 dias, mas poderáser renovado em caso de partici-pação dos presos em rebeliões emotins em penitenciárias e presí-dios, até o limite de um sexto dapena total.

po de petróleo, pela Petrobras, emSergipe. O segundo, do senadorJefferson Péres (PDT-AM), pedeesclarecimentos sobre a decisãodo Banco do Brasil de participardo capital de uma empresa parti-cular que explora vales-alimenta-ção e refeição. O relator dos re-querimentos, senador Tião Viana(PT-AC), sugere a aprovação deambos.

Caso o Senado tenha sua pautaliberada, a CCJ poderá analisar pro-postas em caráter terminativo,como projeto de lei de JeffersonPéres que, com o apoio do relatorPedro Simon (PMDB-RS), atualizao Código de Processo Penal quan-to às competências do MinistérioPúblico definidas pela Constituição.Jefferson acredita que as divergên-cias entre os dois textos têm cau-sado atrasos e falhas processuais,principalmente no que diz respei-to às responsabilidades de promo-tores e procuradores e das autori-dades policiais.

Subcomissão analisa proposta queaumenta rigor contra preso perigoso

Comissão de músicos visitou o presidente José Sarney (C) na terça-feira da semana passada

Tasso Jereissati, relator do projetona CCJ, preside a Subcomissão

de Segurança Pública

Tebet, Anderson Adauto teria ga-rantido que a obra é prioridadepara o governo e, provavelmen-te, será inaugurada no próximodia 4 de julho.

Segundo o senador, a PonteAlencastro está sendo construídadesde 1993, já tendo sido investi-dos cerca de R$ 30 milhões. Dos700 metros de extensão do proje-to, faltam concluir apenas 30.�Lembro-me de ter pedido váriasvezes a agilização das obras e aliberação dos recursos que falta-vam. Agora, só precisa um aterrodo lado de Mato Grosso do Sul�,disse Ramez Tebet.

cargos efetivos, comissionadose gratificações no âmbito da Ad-ministração Pública Federal, e oterceiro modifica a lei que dis-põe sobre a vigilância sanitária aque ficam sujeitos as drogas, osinsumos farmacêuticos e cor-relatos, cosméticos, saneantes eoutros produtos.

Das 18 MPs da pauta, 12 abremcréditos extraordinários em fa-vor de ministérios e estatais.Constam ainda da ordem do diaa medida provisória que altera alei sobre o seguro de crédito àexportação, a que estabelecemecanismos para reduzir a pre-sença do setor público estadualna atividade bancária e a quemuda duas leis sobre a capaci-tação e competitividade do se-tor de tecnologia da informação.

Amanhã, a sessão do Senadotambém é deliberativa e a ordemdo dia ainda não foi definida, jáque depende da desobstruçãoda pauta.

Pauta do Plenário parahoje à tarde inclui 18 MPs

Tebet pede conclusão deponte sobre Rio Paranaíba

Ramez Tebet informouque só faltam 30 dos

700 metros da ponte,que deverá ser

inaugurada em julho

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Page 4: JORNAL DO SENADO · 2 JORNAL DO SENADO BRAS˝LIA, TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRILDE 2003 AGENDA TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 Presidente JosØ Sarney 10h Œ Recebe a embaixadora do

JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO BRASÍLIA, TERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 20034

A assessoria do senador Anto-nio Carlos Magalhães (PFL-BA) in-formou que ele deverá compare-cer pessoalmente para prestardepoimento ao Conselho de Éticae Decoro Parlamentar na reuniãomarcada para as 17h de hoje. Aexposição foi solicitada pelo se-nador Geraldo Mesquita Júnior(PSB-AC), relator da sindicânciaque apura possível envolvimentodo senador baiano no episódio deescutas clandestinas de telefonesna Bahia.

Em entrevista concedida à im-prensa na manhã de ontem, o re-lator considerou a possibilidade� divulgada no final de semanapela imprensa � de o conselho re-ceber exposição por escrito de An-tonio Carlos Magalhães, e afirmouque respeitaria essa opção. ParaMesquita, porém, tal modalidade,apesar de legal, poderia frustraras expectativas dos senadores quegostariam de fazer questiona-mentos a Antonio Carlos.

Geraldo Mesquita Júnior disseque o depoimento de AntonioCarlos é fundamental para a con-clusão de seu relatório, indicativoou não da participação do sena-dor no caso dos �grampos�. Eleprometeu entregar o relatório nopróximo dia 22 para deliberaçãodo conselho. O relator explicouque já dispõe de um volume con-siderável de informações, inclusi-ve dos testemunhos prestados noinquérito da Polícia Federal.

� Na verdade, o depoimento dosenador servirá para confronta-ção de todos esses dados de quejá disponho � esclareceu Mesqui-ta Júnior, aproveitando para ne-gar que já tenha algum tipo deconclusão sobre o caso.

O relator rebateu, enfaticamen-te, tal possibilidade, lembrandoque, sem o depoimento do sena-dor Antonio Carlos, um encami-nhamento definitivo seu sobre osresultados da sindicância que oconselho realiza constituiria uma�falta de senso de justiça e de éti-ca� para com a questão. � Só voudar um rumo ao relatório apósouvir o senador�, disse ele.

Mesquita Júnior também des-mentiu notícias de que estaria sen-do pressionado por integrantes doPFL, partido a que pertence o se-

nador Antonio Carlos Magalhães,ou mesmo por autoridades do Pa-lácio do Planalto, para adotar de-terminada postura frente ao caso.

� Eu tenho absoluto respeitopelo trabalho da imprensa, masnão afirmei a ninguém que já te-ria alguma posição definida so-bre a conclusão do relatório,pois isso seria prejulgamento �afirmou o senador, acrescen-tando ainda que não teme re-sultados distintos entre o seu re-latório e o inquérito da PolíciaFederal.

Segundo Mesquita Júnior, osdois trabalhos têm objetos diferen-tes, pois, enquanto a Polícia Fe-deral investiga a ocorrência de umcrime, o Conselho de Ética exami-na se houve desvio de conduta deum parlamentar.

Tramita na Comissão deConstituição, Justiça eCidadania (CCJ), em caráterterminativo, projeto dosenador Aloizio Mercadante(PT-SP) que tornaobrigatória a identificaçãodos servidores de órgãos desegurança pública do Estadoem operações de controlede passeatas, protestos eoutras formas demanifestação pública.A idéia é colocar umaidentificação numéricapersonalizada, visível de diae à noite, no uniformepadrão de serviço. Ainda deacordo com o projeto, todaoperação de controle daordem pública deverá serfilmada pela corregedoriaou, quando for o caso, pelaouvidoria do órgãoresponsável, para que aforma como foi conduzida aação possa ser clara ecompletamente avaliada.Mercadante afirma, najustificação da proposta, queseu propósito é coibir os�excessos� por parte deagentes das instituições desegurança em manifestaçõespúblicas. Tais excessos quasesempre resultam emferimentos e, nos casosextremos, em mortes. Aapuração dos casos,acrescenta, freqüentementeesbarra em dificuldades paraidentificar envolvidos ecomprovar o que de fatoocorreu.�Como resultado, dilui-se aresponsabilidade e assegura-se a impunidade, tanto dosservidores que promovemou são complacentes comesse tipo de comportamentocomo daqueles que exercemdiretamente a violênciacontra os cidadãos�, explica.

Projeto que proíbe a compra devoto desde a escolha do candida-to na convenção partidária, de au-toria do senador Antonio CarlosValadares (PSB-SE), foi encami-nhado à Comissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania para de-cisão terminativa. A legislação emvigor proíbe a compra de votodesde o registro da candidaturaaté o dia da eleição.

A compra de voto ocorre, deacordo com a lei, se o candidatodoar, oferecer, prometer, ou en-tregar ao eleitor, com o fim de ob-ter-lhe o voto, bem ou vantagempessoal de qualquer natureza, in-clusive emprego ou função públi-ca. As penas para quem cometeresse crime são multa de mil a cin-qüenta mil Ufirs (Unidade Fiscal deReferência) e cassação do regis-tro ou diploma.

O senador explicou que a mu-dança proposta decorre do fatode que alguns candidatos, aindanão registrados, �efetivam a mal-fadada compra de votos, pois en-tre a escolha em convenção par-tidária e o dia do registro da can-didatura (5 de julho do ano emque acontecem as eleições) háum lapso temporal que acobertao ilícito�.

� O pior ocorre com os candi-datos que concorrem às eleiçõescom o registro de candidaturasub judice , pois no caso deindeferimento definitivo desseregistro, ainda que tenham pra-ticado ato tão vil ao pleito eleito-ral e contrário à democracia, es-tarão eles livres de sofrer a puni-ção respectiva, justamente por-que o ato judicial definitivo deindeferimento do registro irá re-troagir ao dia do registro, que é5 de julho do ano das eleições �afirmou.

Valadares acrescentou ser ne-cessário resguardar a força daconvenção partidária que definiuos candidatos, responsabilizando-os pela eventual compra de votosque pratiquem desde quando es-colhidos em convenção.

Conselho de Ética deveouvir hoje Antonio CarlosDepoimento solicitado pelo relator, Geraldo Mesquita Júnior, seráo último antes da apresentação das conclusões, prevista para dia 22

Ação policial empasseatas podeser controlada

Mercadante diz que seupropósito é coibir excessosde agentes de segurança Valadares quer

mais rigor paracompra de voto

Projeto de Valadares punea compra de votos já a partir

da convenção partidária

Antonio Carlospode comparecerao conselho ouenviar informaçõespor escrito

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José

Cruz

José

Cruz

A Subcomissão Temporária daCriança, do Adolescente e da Ju-ventude realiza amanhã, a partirdas 14h30, a sua primeira reuniãoordinária, destinada a elaborar ocronograma de trabalho e definiras audiências públicas com auto-ridades e estudiosos da área.

Quem preside a subcomissãoé a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). Ela acredita que o colegia-do, criado no âmbito da Comis-são de Assuntos Sociais (CAS),tem condições de buscar novosmecanismos de amparo e prote-ção às crianças e adolescentesde todo o país, principalmenteos de baixa renda.

A subcomissão, composta porsete membros, tem prazo de seismeses � que pode ser prorro-gado, conforme decisão dos se-nadores � para apresentar rela-tório sobre a real situação da cri-ança e do jovem no país, alémde propor saídas concretas paratentar minorar os problemas queatingem milhões de brasileirosnessa faixa etária.

Entre os temas a serem abor-dados pela subcomissão, ga-nham destaque o abuso sexual,trabalho infantil, violência fami-liar, exploração da juventudepelo crime organizado e uso dedrogas.

Subcomissão da Criança inicia trabalhos

Lúcia Vânia, presidente, acreditaque comissão poderá melhorarsituação das crianças no país

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Page 5: JORNAL DO SENADO · 2 JORNAL DO SENADO BRAS˝LIA, TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRILDE 2003 AGENDA TER˙A-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 Presidente JosØ Sarney 10h Œ Recebe a embaixadora do

BRASÍLIA, TERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 5JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO

O presidente do Senado, José Sarney, anunciouontem os nomes dos senadores que integrarão a

Comissão Mista de Orçamento.

Sarney anuncia senadoresda Comissão de Orçamento

Projeto de lei tornaobrigatório que os ges-tores públicos da Uni-ão, dos estados, muni-cípios e Distrito Fede-ral publiquem as recei-tas e despesas dos go-vernos em tempo realpela Internet. A pro-posta, de autoria dosenador João Capibe-ribe (PSB-AP), foi apre-sentada ontem e modi-fica a Lei de Responsabilidade Fis-cal. O senador, que considerou afalta de credibilidade pública umdos mais graves problemas dopaís, enfatizou que a matéria bus-ca recuperar a confiança do con-tribuinte.

Pela proposta, a transparênciadas contas públicas será assegu-rada também mediante incentivoà participação popular e realiza-ção de audiências públicas duran-

Ao fazer uma análise dos trêsprimeiros meses do governo LuizInácio Lula da Silva, o senadorPaulo Paim (PT-RS) registrou vá-rios elogios que o presidente temrecebido da imprensa mundial ebrasileira, de representantes deentidades sindicais e patronais etambém de economistas, sobre aforma como vem conduzindo opaís. Ele também destacou o re-sultado de recente pesquisa doIbope, que revelou um índice deaprovação ao governo de 75%.

Mesmo concluindo que o go-verno trilha o caminho certo,Paim comentou que ainda hámuito por fazer, e que as vitóriasna condução da economia pre-cisam se refletir imediatamenteno campo social. Ele citou comoexemplos a necessidade de redu-zir a taxa de juros e a desnutri-ção infantil e de ampliar a rendaper capita nacional e o total dealunos que completam o ensinobásico.

� Claro que o breve governoLula ainda não tem nada a ver coma calamidade social que os núme-ros apontam. Mas para evitar queum dia possa vir a ter qualquercompromisso com esse desastresocial, precisa logo dar novo cur-

A lei que instituiu a Política Na-cional do Meio Ambiente pode seralterada para que informaçõesrelativas a licenciamento ambi-ental sejam divulgadas na Inter-net, caso se aprove projeto de leido senador Aloizio Mercadante(PT-SP). A proposta está na Co-missão de Constituição, Justiça eCidadania (CCJ) e, se aprovada,segue para a Comissão de Assun-tos Sociais (CAS), onde tramitaráem caráter terminativo.

O projeto obriga o responsávelpor licenciamento ambiental acolocar na Internet dados com-pletos sobre os processos admi-nistrativos que envolvem a licen-ça, como estudos ambientais, san-ções, pedidos de licença, conces-sões e indeferimentos. Pela legis-lação atual, o licenciamento ambi-ental é responsabilidade de órgãoambiental estadual. No caso de ati-vidades ou obras cujo impactoambiental tem âmbito nacional ouregional, o licenciamento cabe aoInstituto Brasileiro do Meio Am-biente e Recursos Naturais Reno-váveis (Ibama).

Mercadante sugere que a falta

Governos podem ter quedivulgar gastos na Internet

Projeto de João Capiberibe visa combater corrupção e tornartransparente a ação dos chefes do Executivo em todos os níveis

te os processos deelaboração dos pla-nos, lei de diretrizesorçamentárias e or-çamentos.

Segundo Capiberi-be, o projeto se ba-seia em experiênciarealizada por ele noAmapá quando go-vernador do estado,na qual as pessoaspodiam controlar os

gastos do governo através do sitewww.amapa.gov.br. Ele observouque, se houvesse controle socialmais rígido, não teria passado al-guns dissabores quando assumiuo governo estadual. Conformedisse, o governador que o ante-cedeu transferiu os recursos deinvestimento do Executivo para oTribunal de Contas, AssembléiaLegislativa e Ministério Público,praticamente impossibilitando

seu governo de investir. PREVENÇÃO A iniciativa de colocar na

Internet os dados sobre receitas edespesas públicas torna transpa-rente a ação dos governantes epode prevenir desvios de recur-sos, já que hoje a sociedade sódescobre a irregularidade depoisque ela ocorreu. Também visacombater a corrupção, uma dasformas de concentração de ren-da, no entendimento do senador.Dado o grande número de pesso-as que acessa a Internet, Capi-beribe acredita que seu projetopoderá viabilizar poderoso instru-mento de controle da populaçãosobre os gastos do governo.

Os senadores Roberto Satur-nino (PT-RJ), Mão Santa (PMDB-PI), Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC), Papaléo Paes (PTB-AP) eAlberto Silva (PMDB-PI) apoiarama proposta de Capiberibe.

Paulo Paim defende avanços no campo socialso à política econômi-ca, que, em última aná-lise, é responsável poressa situação � afir-mou Paulo Paim.

O senador tambémcomentou que as pou-cas críticas que Lulavem recebendo noPlenário do Senadonão têm sustentaçãoporque são emitidaspor parlamentaresque apoiavam o governo anteri-or, que, segundo ele, alimentavao desastre social com o objetivode tentar frear a vitória de Lula.

Em aparte, o senador Mão San-ta (PMDB-PI) declarou que suaexpectativa com o governo Lulaé a mesma da população do país:que a administração seja cober-ta de êxito. Mesmo assim, criti-cou o aumento do número deministérios, defendendo a tese deque um governo não pode sermuito grande, nem pequeno de-mais.

BR-101Paulo Paim também informou

que soube do ministro dosTransportes, Anderson Adauto,que a licitação da duplicação daBR-101, no trecho que liga

Florianópolis (SC) aOsório (RS), foi adia-da para que o gover-no acertasse detalhesambientais, técnicos efinanceiros. Ele acres-centou que a questãoambiental foi solucio-nada, mas persistemoutros problemas.

O ministro disse aPaim que, com a de-sistência do Banco do

Japão para Cooperação Interna-cional (JBIC) de participar do fi-nanciamento da obra, o governoestá procurando novo parceiroe já foram iniciadas negociaçõescom o Banco Interamericano deDesenvolvimento (BID) e outrosmecanismos multilaterais.

Paim também tratou com o mi-nistro da medida provisória (MP)que transfere as rodovias federaispara os estados. A MP está tran-cando a pauta do Senado. De acor-do com o senador, AndersonAdauto concordou com a pro-posta dos governadores de queas estradas só deverão ser repas-sadas após sua recuperação. Paimacredita que a sinalização do mi-nistro facilitará um acordo para aaprovação da MP.

de publicação das informaçõessobre licenciamento seja punidacom detenção de um a três anos.De acordo com o senador, olicenciamento ambiental deve sesubordinar ao princípio da publi-cidade. Além disso, os procedi-mentos legais relativos a esse prin-cípio devem sempre se ajustar àsinovações tecnológicas, como aInternet. Como a lei que instituiua Política Nacional de Meio Ambi-ente foi editada há mais de 20 anos,não previa essa forma de divulga-ção de informação.

O licenciamento é um dos prin-cipais instrumentos de prevençãode danos ao meio ambiente, já quedetermina a necessidade de licen-ça ambiental para empreendimen-tos potencialmente poluidores.Assim, acredita Mercadante, a pu-blicidade dos dados relacionadosaos procedimentos de concessãode licença é de extrema relevân-cia para que a sociedade civil atuecomo parceira dos órgãos am-bientais, para que estes se inte-grem mais e o Ministério Públicoseja mais eficaz em questões am-bientais.

Capiberibe se baseiaem experiência querealizou no Amapá

Paulo Paim observaque governo Lula

trilha caminho certo

Dados sobre licenciamentoambiental devem ser acessados

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JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO BRASÍLIA, TERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 20036

O senador Almeida Lima (PDT-SE) elaborou projeto de lei com oobjetivo de promover a reinserçãosocial do preso. Pela proposta,apresentada ontem ao Plenário,ficariam isentas do recolhimentoda contribuição previdenciária asempresas que contratassem ape-nados em regime aberto e egres-sos em liberdade condicional.

Ao defender sua iniciativa, Al-meida Lima afirmou que �é preci-so criar condições para que aque-les que cumprem pena em regimeaberto ou semi-aberto possam serreintegrados ao convívio social�.Além de propiciar o �aprendiza-do ou aperfeiçoamento de umofício�, o estímulo à ocupaçãoprodutiva desses presos seria umfator de �preponderante influên-cia� em sua recuperação.

� A ocupação retira o preso daociosidade durante o cumprimen-to da condenação, preservando-o dos vícios prisionais e elevandosua auto-estima � observou. Naverdade, as empresas tomariampara si a tarefa de reeducar ereinserir socialmente os condena-dos, atribuída pela legislação pe-nal ao sistema penitenciário. Al-

Almeida Lima quer incentivopara a reinserção de presos

Senador propõe isenção de contribuição previdenciária para empresaque contratar condenado em regime aberto ou em liberdade condicional

meida Lima assinala o fracasso dosistema prisional na execução des-sa missão, afirmando que, em vezde reeducar os presos, esse apa-rato estaria aprimorando seusconhecimentos sobre o crime.

EXECUÇÃO PENALA revisão da Lei de Execução

Penal, que atribui ao trabalho docondenado caráter educativo esocial, também foi reivindicadapelo senador por Sergipe. �Nãoprecisamos de penitenciárias desegurança máxima, mas de regi-me de segurança máxima�, decla-rou, criticando a concessão de�regalias�, como progressão de

pena e livramento condicional acriminosos violentos.

Em aparte, os senadores pee-medebistas Alberto Silva e MãoSanta, ambos do Piauí, elogiarama proposta socioeducativa de Al-meida Lima. �Trata-se de uma ini-ciativa do mais alto interesse pú-blico�, definiu Alberto Silva, invo-cando a necessidade de os presí-dios tornaram-se centros de re-cuperação, em vez de simples cen-tros de reclusão de delinqüentes.Já Mão Santa alertou para a pos-sibilidade de a proposta desper-tar a atenção da Presidência daRepública.

O senador Garibaldi Alves Fi-lho (PMDB-RN) propôs on-tem, em requerimento, que oSenado indique uma comissãode parlamentares para parti-cipar do 13º Congresso Mun-dial de Criminologia, de 10 a15 de agosto, na cidade do Riode Janeiro. Estarão presentesespecialistas de dezenas de pa-íses, os quais mostrarão suasexperiências, de sucesso ou fra-casso, no combate ao crime.

Conforme o senador, o Con-gresso não pode perder opor-tunidades como a desse con-gresso, lembrando que �a realida-de do crime organizado� passouao largo das preocupações dosparlamentares por muito tempo,até que se descobriu que o terri-tório brasileiro é hoje parte do ca-minho das grandes quadrilhas dotráfico internacional de drogas.

� O legislador tem a obrigaçãode antever o que pode ocorrer,agindo não pelo modismo e nem

Garibaldi sugere participação em congresso

movido pelo clamor social do fatoconsumado � disse.

Integrante da SubcomissãoTemporária de Segurança Pública,da Comissão de Constituição, Jus-tiça e Cidadania (CCJ), GaribaldiAlves alertou que o crime ciber-nético tem recebido pouca aten-ção dos congressistas e esse é umdos assuntos em discussão noCongresso. Para ele, qualquer es-

pecialista em segurança de siste-mas digitais já sabe que o Brasiltem liderado os rankings de ata-ques a sites na Internet.

� A legislação e as ações diretasde combate ao crime cibernéticojá estão sendo aplicadas em largaescala na Comunidade Européiae nos Estados Unidos, enquantocontinuamos a achar que isso nãopassa de brincadeira de adoles-centes desocupados. Mas os pre-juízos para pessoas e empresas sãoreais � observou.

TERRORISMOEntre outros assuntos em de-

bate no Congresso Mundial deCriminologia encontram-se o ter-rorismo internacional, a preven-ção do comportamento anti-so-cial, os crimes do colarinho bran-co, a justiça alternativa e o com-bate ao tráfico de drogas. O con-gresso é realizado a cada quatroanos e os últimos foram na Áus-tria, Alemanha, Hungria e Coréiado Sul, informou o senador.

A senadora Iris de Araújo(PMDB-GO) afirmou ontem que,a cada ano, são cometidos 40 milhomicídios no Brasil, e que, alémdisso, dezenas de milhares de pes-soas ficam física ou mentalmenteincapacitadas pela violência, quecusta ao país R$ 25 bilhões porano, somente com as despesas desaúde das vítimas. �E não incluí-mos aí as vítimas de violência apa-rentemente não intencional, comoo trânsito. Falo apenas dos homi-cídios cometidos com as chama-das armas leves, tais como revól-veres, facas e instrumentos con-tundentes�, disse a senadora.

Em seu discurso, a senadorabusca as causas da violência, quea seu ver fugiu inteiramente aocontrole da sociedade e das auto-ridades. Ela lembrou as desigual-dades sociais do Brasil e a convi-vência entre riqueza ostensiva emiséria degradante, que conside-ra como uma das causas da vio-lência, mas não a principal. �E essaconstatação se mostra ainda maiscristalina quando observamos quemuitos dos casos de violência quetanto nos assombram são prota-gonizados por pessoas de classes

Perda de valores familiaresgera violência, afirma Iris

mais favorecidas.�Iris de Araújo mencionou ain-

da as drogas como fonte de vio-lência e até mesmo a certeza daimpunidade. Mas, para ela, o âma-go da questão é a deterioração dosvalores da família. �Esses valorestêm sido aviltados pela desagre-gação das estruturas familiares,pela pouca convivência entre paise filhos, pela banalização da vio-lência e da agressividade em pro-gramas de televisão. Retomemosos valores familiares, é tudo o quepeço�, conclamou a senadora.

Os empregados contratadospelo regime da Consolidação dasLeis do Trabalho (CLT) terão di-reito à estabilidade de seis mesesno emprego após o término deuma greve, conforme projeto dosenador Paulo Paim (PT-RS) quetramita na Comissão de AssuntosSociais (CAS) em caráter termina-tivo. Se aprovada, a proposta se-guirá diretamente ao exame daCâmara, a não ser que um décimodos senadores requeiram delibe-ração também em Plenário.

Paim defende mecanismosde estabilidade no emprego

Pela proposta, os empregadosque tiverem concorrido a elei-ções sindicais poderão ter esta-bilidade de um ano. Trabalhado-res aos quais faltam apenas doisanos para a aposentadoria tam-bém não poderão ser demitidos.O objetivo, de acordo com o au-tor da proposta, é evitar demis-sões injustas.

Ainda segundo o projeto apre-sentado pelo senador, o empre-gado será reintegrado e terá es-tabilidade de seis meses se ganharação contra o empregador, sen-do assegurado o recebimento detodos os vencimentos relativosao período. Igual estabilidade égarantida ao trabalhador queretornar após licença em razãode gozo do benefício da Previ-dência Social ou acidente de ser-viço. Da mesma forma, o afasta-mento por serviço militar obri-gatório não será motivo de de-missão.

De acordo com Paulo Paim, aestabilidade provisória é funda-mental até que seja proibida a de-missão imotivada a todos os tra-balhadores.

Drogas e certeza de impunidadetambém aumentam violência,

argumenta Iris de Araújo

Paim propõe estabilidadeprovisória até que demissão

imotivada seja proibida

Garibaldi quer parlamentares emevento mundial de criminologia

Para Almeida Lima,ocupação retira opreso da ociosidadee eleva suaauto-est ima

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BRASÍLIA, TERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2003 7JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO

O senador RomeroJucá (PSDB-RR) propôsontem que o presidenteda Comissão de Rela-ções Exteriores e DefesaNacional (CRE), Eduar-do Suplicy (PT-SP), or-ganize uma comissão desenadores para ir a Cubae tentar interceder emfavor dos 75 dissidentescubanos condenadospelo regime de Fidel Cas-tro a penas que variamde 6 a 28 anos de prisão.

Jucá lamentou a deci-são do governo cubanode encarcerar militantes conside-rados moderados, que não pre-gavam a subversão, mas somentealguns ajustes e mudanças. Eleconsiderou imprescindível que oembaixador de Cuba no Brasil,Jorge Lezcano Pérez, compareçaà CRE para prestar esclarecimen-tos e apresentou requerimentonesse sentido.

O senador Eurí-pedes Camargo(PT-DF) afirmouontem que o pre-sidente dos Esta-dos Unidos, Geor-ge W. Bush, �res-ponsável pelomassacre ao povoiraquiano�, e ogovernador doDistrito Federal,Joaquim Roriz(PMDB), �cujopoder se baseiana manutençãoda miséria e da corrupção�, des-tacam-se como exemplos de ad-ministradores públicos que de-fendem interesses de grupos enão o conjunto da sociedade.

Conforme disse, �parecem atosisolados e dessemelhantes, masambos estão calcados em um des-respeito atroz à democracia e aosdireitos humanos�. No Distrito Fe-deral, ressaltou, Roriz teria perdi-do se a eleição tivesse sido reali-zada de �forma honesta�, pois a�população não compactua com

Jucá propõe comissão paradefender cubanos dissidentes

Todos os funcionários do Sena-do podem fazer cursos oferecidospelo Instituto Legislativo Brasilei-ro (ILB), no horário das 9h às 18h,sem sair de seus locais de traba-lho. De hora em hora, o canal 46do sistema VIP � transmitido pelarede interna de televisão � apre-senta cursos, palestras e seminá-rios destinados a aperfeiçoar otrabalho dos servidores da Casa.São cursos na área gerencial, demarketing, recursos humanos egestão, além de temas específicosdo Congresso Nacional.

Há apresentações com títuloscomo �Comunicação Empresari-al�, �Direito do Consumidor� e�Estratégia de Marketing�. Os cur-sos exibidos pela manhã são re-petidos à tarde. Hoje, às 9h, co-meça o curso �Orçamento e Finan-ças Públicas�. Às 10h haverá aulasobre �Administração: Panoramade Crescimento Global de uma Em-presa�. Às 11h será transmitidovídeo sobre técnicas de apresen-tações direcionadas a equipes.

Ao meio-dia será a vez do pro-grama chamado �Negociando eAdministrando Conflitos de For-ma Criativa�. Às 13h está previsto

A adoção de cotas para negrosno acesso a universidades e ór-gãos públicos foi criticada pelo lí-der do PDT no Senado, JeffersonPéres (AM). Ao analisar recentevestibular da Universidade do Es-tado do Rio de Janeiro (Uerj), emque menos de 37% dos candida-tos aprovados obtiveram classifi-cação independentemente do sis-tema de cotas, Jefferson conside-rou o resultado do exame um �re-matado desastre�.

� Tomemos como exemplo ocurso de Odontologia. Ali, o últi-mo aprovado com base nas cotasobteve pontuação cerca de 15 ve-zes menor que o último classifica-do no esquema tradicional � afir-mou. Além de gerar �classes dis-tintas de estudantes�, a adoção decotas no processo seletivo da Uerjteria provocado discriminação noacesso e até fraude por parte decandidatos que teriam se decla-rado afrodescendentes só paraaproveitar o benefício, salientou.

Jefferson Péres adverte parapossíveis distorções socioeconô-micas e �situações de absoluta ini-

Proposta para que senadores intercedam em favor dos opositores aFidel Castro condenados à prisão foi apresentada ao presidente da CRE

A execução, na semana passa-da, de três homens que tentaramfugir para os Estados Unidos numabalsa foi motivo de protesto dosenador. �Não é possível matarpessoas simplesmente por quere-rem sair de um país.�

Jucá solicitou que o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva não maisconvide Fidel Castro para �noita-

os métodos antié-ticos do governa-dor�.

� Nos EstadosUnidos a eleiçãode Bush não foimenos questio-nada, pois duran-te cinco dias apopulação ame-ricana ficou semsaber quem seriaseu governante.�Escolhido� Bush(sim, foi uma es-colha parcial),

sua aprovação dependia de seudiscurso de �salvador do plane-ta� dos males terroristas.

Para Eurípedes Camargo, no en-tanto, se por um lado Bush e Rorizpraticam �atos sórdidos�, por ou-tro lado ocorrem mobilizações�jamais vistas� por parte da socie-dade. De acordo com o senador,é esse exemplo de generosidade esolidariedade que deve ser segui-do �se quisermos construir ummundo melhor para nós e nossosfilhos�.

vídeo cultural do ILB. Às 14h o ci-clo recomeça.

O diretor-geral do Senado,Agaciel da Silva Maia, destacouque o ensino a distância é o mo-delo educacional que mais temdemonstrado eficácia na demo-cratização do aprendizado. Aga-ciel lembra que, já há tempo, o Se-nado, por meio do ILB e da Uni-versidade do Legislativo (Unilegis),tem firmado convênios para pro-moção e ampliação da capa-citação a distância de servidorespúblicos do país.

CONVÊNIOSHá convênios celebrados com a

Universidade de Brasília (UnB),Fundação Getúlio Vargas (FGV),Agência Nacional de Energia Elé-trica (Aneel) e Departamento dePolícia Federal. Agaciel informouque logo será assinado acordocom uma das mais antigas univer-sidades virtuais do mundo, a OpenUniversity, da Inglaterra.

De acordo com o diretor exe-cutivo do ILB, Florian AugustoCoutinho Madruga, o objetivo doscursos transmitidos pelo canal 46é incrementar o material humanoem seu desempenho profissional.

qüidade� geradas pelas cotas ra-ciais.

� Iníquo é favorecer alguém emrazão de sua cor, sem atentar paraa sua renda � assinalou.

Na sua opinião, as melhores po-líticas de ação afirmativa precisamestar focadas na renda como di-ferencial de oportunidades naárea educacional. Tais providên-cias também deveriam mesclarmedidas de caráter emergencial ede longo prazo.

No primeiro caso, disse, estari-am as bolsas de cursinho pré-ves-tibular, financiadas pelo poderpúblico e concedidas a estudan-tes comprovadamente pobres,negros ou não. Fariam parte dosegundo grupo iniciativas para ofortalecimento do Programa Bol-sa-Escola e a concessão de incen-tivos salariais a professores e di-retores de escolas públicas cujosalunos obtivessem bom desempe-nho em exames nacionais perió-dicos.

DEBATESNa expectativa de desestimular

a aprovação pela Câmara de pro-

jeto de lei sobre o regime de co-tas, já aprovado pelo Senado,Jefferson Péres solicitou àconsultoria legislativa da Casa es-tudo que coloque em perspectivahistórico-comparativa os resulta-dos da legislação sobre cotas vi-gente em países desenvolvidos.

� São análises que a curto pra-zo poderiam alimentar ciclos dedebates e audiências públicas nascomissões de Educação e de As-suntos Sociais, com vista a umaprodução legislativa oportuna esensata � declarou.

das de churrasco� na Granja doTorto, como aconteceu por oca-sião da posse presidencial em ja-neiro. Para Jucá, gestos como esse�não combinam com a democra-cia brasileira�, que �deu mostrasde pujança com a eleição e possede um candidato de oposição�.

O vice-presidente do Senado,Paulo Paim (PT-RS), também la-mentou as medidas tomadas pelogoverno cubano contra dissiden-tes e afirmou que faz questão deassinar o requerimento para quea comissão convide o embaixadorcubano a prestar esclarecimentoaos senadores.

Segundo Paim, a recepção aFidel Castro na posse de Lula nãofoi diferente daquela que o presi-dente cubano recebeu quando opresidente Fernando HenriqueCardoso assumiu a Presidência,em 1999. Ele considerou naturalque presidentes sejam cortesesuns com os outros. �É bom paraas relações entre os países.�

Sistema de cotas deve considerarrenda e não cor, defende Jefferson

Jucá lamenta a decisão do governo cubano deenviar à prisão dissidentes moderados

Para Jefferson, é �iníquo favoreceralguém em razão da sua cor, sem

atentar para a renda�

Roriz e Bush desrespeitama democracia, diz Eurípedes

Eurípedes: governador do DF éexemplo de administrador que

defende interesse de grupos

Servidor pode fazer cursosdo ILB no local de trabalho

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JORNAL DO SENADOJORNAL DO SENADO BRASÍLIA, TERÇA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 20038

A sessão de ontem do Senado Federal foi presidida pelos senadores José Sarney, Paulo Paim,Garibaldi Alves Filho e Mão Santa

O senador Mão Santa (PMDB-PI) defendeu ontem a reativaçãoda Central de Medicamentos(Ceme), órgão federal responsá-vel pela fabricação de remédios apreços mais baixos extinto em1997 por medida provisória, trans-formada em lei no ano seguinte.De acordo com o senador, a dis-tribuição de remédios à popula-ção mais pobre é uma forma deproteção social tão importantequanto o programa de combate àfome implantado pelo governoLuiz Inácio Lula da Silva.

� A Organização Mundial daSaúde (OMS) define saúde nãocomo a ausência de doença, mascomo o mais completo bem-estarfísico, mental e social. Devemoscombater a miséria, o pauperismoe a fome. E a volta da Ceme é por-

A importância da relação entreo meio ambiente e a qualidade devida das crianças, tema, neste ano,do Dia Mundial da Saúde, come-morado em 7 de abril, foi destaca-da pela senadora Patrícia Saboya(PPS-CE). Ela afirmou que os me-nores representam um terço dapopulação total da América Lati-na e do Caribe, daí a necessidadede essa discussão ser ponto prio-ritário na agenda pública.

Citando dados da OrganizaçãoPan-Americana da Saúde (Opas),a senadora disse que, no conti-nente, 80 mil crianças até 14 anosperdem a vida em decorrência dedoenças relacionadas com o am-biente em que vivem. No Brasil,acrescentou, dados do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatísti-ca (IBGE) mostram que 16,8% dosóbitos entre um e quatro anos de

Experiência realizada no Piauícom 1.200 lavradores em área de1.200 hectares plantados commamona e feijão caupi, uma es-pécie desenvolvida pela Empre-sa Brasileira de Pesquisa Agrope-cuária (Embrapa), foi relatadaontem, da tribuna, pelor senadorAlberto Silva (PMDB-PI). Ele dis-se que a intenção é sugerir a ado-ção do programa, de �resultadoaltamente satisfatório�, ao presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva. Aexperiência, informou, pode ge-rar renda de R$ 6.100 por hecta-re/ano.

A experiência, afirmou AlbertoSilva, usou também mamona de-senvolvida pela Embrapa, resisten-te à estiagem. O óleo obtido da ma-mona, informou, pode ser trans-formado em biodiesel, capaz demovimentar tratores e caminhões,ou querosene de aviação. Entreos pés de mamona era plantado ofeijão caupi, de grande capacida-de nutricional.

De acordo com o senador, paracada tonelada de semente da ma-mona, é possível produzir meia to-nelada de óleo. Com o que restade cada planta, é possível produ-zir fertilizante organomineral, naproporção de um por um. Confor-me o senador, esse insumo podesubstituir perfeitamente o aduboimportado NPK, �imprescindívelnas lavouras de soja de São Pauloe Paraná�.

Alberto Silva destacou que, emcada hectare, é possível produzirdez toneladas de pó de pé de ma-mona, que processado se trans-

A confecção de cédulas em di-mensões diferenciadas para faci-litar a identificação do dinheiropelos portadores de deficiênciavisual foi proposta pelo senadorPaulo Octávio (PFL-DF) em proje-to de lei complementar. A maté-ria será examinada pela Comissãode Assuntos Sociais e, depois, pelaComissão de Assuntos Econômi-cos, em decisão terminativa.

Mão Santa pede volta da Central de MedicamentosSenador argumenta que distribuir remédios à população mais pobre é uma forma de proteção social tão importante quanto o programa de combate à fome, implantado pelo governo Lula

tanto muito oportuna.Mão Santa reconheceu avanços

na saúde pública brasileira, masressaltou que ainda falta muito aser feito. Ele criticou o ex-minis-

tro da Saúde José Serra pelaextinção da Ceme. A decisão, se-gundo o parlamentar, foi fruto devaidade e atendeu a interesses dosgrandes laboratórios.

Em apoio a Mão Santa, o sena-dor Alberto Silva (PMDB-PI) pro-pôs uma �cruzada parlamentar�em defesa da reativação da Ceme.Para ele, falta de recursos nãopode ser justificativa para que adecisão não seja tomada.

� É como o Fome Zero. A ne-cessidade de remédios vem logodepois da fome � disse AlbertoSilva.

O senador Papaléo Paes (PTB-AP) também apoiou a iniciativa.Ele sugeriu o envio de documen-to ao presidente da Repúblicacom apoios parlamentares àreativação da Ceme.

idade ocorrem devido a doençasinfecciosas e parasitárias.

Patrícia observou que, por trásdesses números, estão problemassimples de resolver, como a ques-tão do saneamento básico. Ela sa-lientou que, de acordo com pes-quisa feita pelo IBGE em 1999,38,8% dos domicílios de jovens até17 anos, no Nordeste, não con-tam com abastecimento de águaadequado, e 79,1% não dispõemde saneamento básico.

A senadora, porém, afirmounão ter dúvidas de que o proble-ma pode ser resolvido. Segundofrisou, cálculos da Fundação Na-cional de Saúde (Funasa) mos-tram que, para cada real aplicadoem saneamento básico, é possíveleconomizar R$ 4 na área de me-dicina curativa. Ela ressaltou, ain-da, que no Ceará a taxa de morta-

Mão Santa criticou a decisão do ex-ministro da Saúde José Serra que

resultou na extinção da Ceme

lidade de crianças de até um anode idade decorrente de doençasparasitárias e diarréia, que era de60% em 1987, hoje está em tornode 15%.

� Foi possível alcançar tais re-sultados com a adoção de açõeseducativas e também com investi-mento em saneamento básico.

forma em dez toneladas de adu-bo, que pode ser vendido a R$ 400a tonelada. Além disso, a experi-ência piauiense gerou uma tone-lada de semente de mamona porhectare, cotada a R$ 700. Somadaa uma tonelada de feijão, que po-deria ser vendida por R$ 1.500,chega-se à renda de R$ 6.100 porhectare, afirmou.

� Podemos ter 5 milhões de la-vradores nordestinos com salári-os de R$ 1.000 por mês. Isso não ésonho, é realidade � afirmou oparlamentar, tomando como basemódulos de dois hectares.

O senador informou que apre-sentou a idéia ao ministro da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimen-to, Roberto Rodrigues, que semostrou muito interessado.

Alberto Silva também elogiou odiscurso proferido anteriormen-te pelo senador Mão Santa (PMDB-PI) � que pediu o restabele-cimento da Ceme �, bem como oPrograma do Leite instituído peloentão presidente da RepúblicaJosé Sarney.

Patrícia: saneamento protege saúde infantil

De acordo com o projeto, ascédulas também conterão mar-cas ou signos que tornem possí-vel sua identificação tátil pelosdeficientes visuais. Segundo Pau-lo Octávio, no último censo de-mográfico, realizado em 2000,24,6 milhões de brasileiros decla-raram ser portadores de algumtipo de deficiência física ou men-tal. Em termos percentuais, esse

número representa 14,5% da po-pulação do país, salientou.

Caso seja aprovado o projeto,observou o parlamentar, a medi-da vai atender, aproximadamen-te, a 9,8% da população brasilei-ra. �No cotidiano, incontáveis sãoos negócios em que as cédulassão utilizadas como meio de pa-gamento, portanto a possibilida-de correta da identificação das

notas por considerável parcelada população é medida de ine-gável alcance social e de cidada-nia�, afirmou.

Paulo Octávio disse que duran-te o lançamento do euro foi aco-lhida uma proposta da União Eu-ropéia de Cegos de confecçãodas cédulas da nova moeda emtamanhos diferentes, medida quetem se mostrado eficaz.

Paulo Octávio argumenta que suaproposta deve beneficiar 9,8% da

população brasileira

Alberto Silva vai sugerir aLula experiência piauiense

Para Alberto Silva, programapode atender a 5 milhões de

lavradores nordestinos

Projeto facilita identificação de cédula por deficiente visual

Patrícia Saboya cobra realizaçãode obras para melhorar

qualidade de vida da criança

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