jornal de caxias edição 185

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Duque de Caxias - 26 de julho a 9 de agosto de 2012 Acesse: www.jornaldecaxias.net R$ 1,00 edição 185 Volta às aulas em agosto Enfrentar a preguiça após um mês de férias não é tarefa fácil. Como estimular crianças a retomarem os estudos depois de semanas de folga? A resposta talvez seja investir em no- vos materiais e acessórios escolares PÁGINA 13 Frio em Duque de Caxias Enquanto as lojas oferecem pro- moções tentando acabar com o esto- que de roupas de frio, o inverno pare- ce enfim ter chegado à Baixada. Na última semana, casacos e cachecóis deixaram os armários para tomar as ruas de Caxias PÁGINA 06 PÁGINA 08 Terreno no Figueira está sendo usado como área de transbordo para o lixo produzido na cidade. População da região reclama de mau cheiro e trânsito pesado de caminhões nas ruas do bairro. Entenda a situação. Depois de um mês de atraso, a Série C do Campeonato Brasileiro 2012 finalmente teve iní- cio. Começa a caminhada do Duque para voltar a segundona em 2013. Duque volta a competir na Série C PÁGINA 16 ESPORTE Usando coletes da Polícia Federal, assaltantes roubaram agência bancária que funciona no pré- dio do Legislativo Municipal. Cerca de 350 mil reais foram levados na ação criminosa. Agência na Câmara é roubada PÁGINA 07 CIDADE Confira a programação completa do que está acontecendo na cidade. Saiba tudo sobre exposi- ções, shows e muito mais no Guia Cultural. Veja as promoções do Jornal de Caxias. Veja a programação cultural PÁGINA 11 GUIA CULTURAL FIGUEIRA RECEBE LIXO

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Jornal de Caxias Edição 185

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Page 1: Jornal de Caxias Edição 185

Duque de Caxias - 26 de julho a 9 de agosto de 2012 Acesse: www.jornaldecaxias.net

R$ 1,00edição 185

Volta às aulas em agostoEnfrentar a preguiça após um mês

de férias não é tarefa fácil. Como estimular crianças a retomarem os estudos depois de semanas de folga? A resposta talvez seja investir em no-vos materiais e acessórios escolares

PÁGINA 13

Frio em Duque de CaxiasEnquanto as lojas oferecem pro-

moções tentando acabar com o esto-que de roupas de frio, o inverno pare-ce enfim ter chegado à Baixada. Na última semana, casacos e cachecóis deixaram os armários para tomar as ruas de Caxias

PÁGINA 06

PÁGINA 08

Terreno no Figueira está sendo usado como área de transbordo para o lixo produzido na cidade. População da região reclama de mau cheiro e trânsito pesado de caminhões nas ruas do bairro. Entenda a situação.

Depois de um mês de atraso, a Série C do Campeonato Brasileiro 2012 finalmente teve iní-cio. Começa a caminhada do Duque para voltar a segundona em 2013.

Duque volta a competir na Série C

PÁGINA 16

ESPORTE

Usando coletes da Polícia Federal, assaltantes roubaram agência bancária que funciona no pré-dio do Legislativo Municipal. Cerca de 350 mil reais foram levados na ação criminosa.

Agência na Câmara é roubada

PÁGINA 07

CIDADE

Confira a programação completa do que está acontecendo na cidade. Saiba tudo sobre exposi-ções, shows e muito mais no Guia Cultural. Veja as promoções do Jornal de Caxias.

Veja a programação cultural

PÁGINA 11

GUIA CULTURAL

FIGUEIRA RECEBE LIXO

Page 2: Jornal de Caxias Edição 185

03POLÍTICAPOLÍTICA

26 de julho a 9 de agosto 201226 de julho a 9 de agosto 201202

Romário participa da campanha em CaxiasCraque fez caminhada no Calçadão em apoio à candidatura de Alexandre Cardoso

“Foi o Alexandre quem me trouxe para a política,

devo isso a ele”, disse o ex--jogador e, hoje deputado federal pelo (PSB), Romá-rio. O Baixinho esteve em Duque de Caxias na sexta--feira, 20 de julho, e partici-pou de caminhadas na cam-panha do também deputado federal, Alexandre Cardoso (PSB), para prefeito.

- O Alexandre merece essa oportunidade. Ele vai fazer uma administração diferente em Duque de Ca-xias, está na hora dessa ci-dade mudar – afirmou Ro-mário.

Candidatos a vice-prefeito em campanhaHistória mostra que o cargo é cobiçado e pode mudar os rumos de um projeto político

Se no futebol o segundo lugar em uma competi-ção é motivo de brinca-

deiras entre os torcedores, na política o vice não é motivo de piada. O cargo é cobiçado e exige uma série de costuras políticas.

Na escolha do vice, além de afinidades políticas e ide-ológicas, outros fatores in-terferem no processo. Tem-po de rádio e televisão para a campanha, importância do partido no plano estadual e federal para atrair recursos para a futura administração e toda a conjuntura das co-ligações envolvidas na dis-

Vices de 2012

Vice em 2014

Projeto de mudança

Os deputados federais Alexandre Cardoso e Romário durante caminhada no Calçadão e nas ruas do Centro da cidade

Laury Villar é candidato a vice prefeito na chapa Amor por Caxias

Cristiano de Souza (PT do B) na chapa com Dica

Vice de Zito Jorge Amorelli (PSDC) Manoel Figueiredo (PRP), vice de Washington Reis

Hugo Melo (DEM) que está com Samuquinha

puta, são fatores que podem definir a indicação de um nome. E, em Duque de Ca-xias, não é diferente.

Mas nem sempre a rela-ção entre os companheiros de chapa é amistosa pós--eleições. O professor de His-tória, Alexandre Marques, destaca um comportamento de rompimento na história política da cidade.

- De 1994 pra cá, os vices--prefeitos, de maneira geral, entraram em rota de colisão contra o mandatário do mo-mento na cidade. Atribuo a isso ao nosso sistema de co-ligações que na disputa mu-

Em 2012, os vices das eleições em Duque de Caxias são Laury Villar (PDT) que está na chapa de Alexandre Cardoso (PSB); Jorge Amorelli (PSDC) em campanha com Zito (PP); Hugo Neto (DEM) com Samuquinha (PR) e Manoel Figueiredo (PRP) que entra na disputa junto com Washington Reis (PMDB).

Ainda no páreo estão Allewerton da Silva (PSTU) que é companheiro de chapa de Florinda Lombardi do mesmo partido; Soneli Antunes (Psol) é candidata com Ivanete da Silva (Psol); Cristiano de Souza (PT do B) foi o escolhido por Dica (PSD); professor Roberto Muri (PTN) faz dobradinha com Marquinho Pessanha (PTN).

Grandes figurões da política nacional de hoje, foram vices-candidatos no passado. O presidente do Senado José Sarney (PMDB), o prefeito de São Paulo Gilber-to Kassab (PSD), os governadores de São Paulo e de Minas Gerais Geraldo Alckmin e Antônio Anastasia, ambos do (PSDB) são exemplos disso.

José Sarney sucedeu Tancredo Neves, que morreu antes de ser empossado presidente do país, Kassab her-dou a cadeira de prefeito do tucano José Serra, Alckmin tornou-se governador pela primeira vez com a morte Mário Covas (PSDB) e Anastasia é o fiel escudeiro do ex-governador e senador por Minas, Aécio Neves.

Outro que pretende entra na lista é Eduardo Pezão. O governador Sérgio Cabral sonha em ver o seu vice, no seu lugar em 1º de janeiro de 2015. Mas o sonho de Cabral, depende da realidade política que começa a ser desenhada a partir de outubro de 2012.

nicipal aglutina colorações partidárias, mas que logo são desfeitas devido a proje-tos políticos diferentes – ex-plica o professor.

O pesquisador destaca ainda que os acordos fecha-dos para a disputa estadual e federal, também impactam no plano municipal.

Nas próximas eleições, a história se repete. Nomes que hoje estão em pontos opostos, já estiveram lado a lado no palanque, como é o caso do deputado federal Washington Reis (PMDB) que foi vice-prefeito de Zito (PP).

Já Alexandre Cardoso, além de destacar o trabalho parlamentar realizado por Romário em projetos volta-dos para a pessoa com defi-ciência e o esporte, também enfatizou o projeto de mu-dança para a cidade.

- Nosso projeto é de mu-dança. Queremos trazer para Duque de Caxias o melhor na saúde, na educa-ção e na qualidade de vida. Por isso, estamos ao lado do

ex-presidente Lula, da pre-sidente Dilma, do senador Lindberg Farias e do minis-tro Marcelo Crivella, o que há de melhor para essa cida-de - destacou o candidato.

Romário participou de caminhadas na Vila São Luís e no Calçadão do Cen-tro. Por onde passou, o re-forço do craque no time dos socialistas movimentou as ruas da cidade. Fãs pediram fotos e autógrafos do eterno camisa 11 da seleção, que de pronto foram atendidos.

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Page 3: Jornal de Caxias Edição 185

CIDADE04 05

EDITORIAL

JORNAL DE CAXIAS, ONTEM

LEITOR

MV3 - Mídia e Comunicação LTDA.CNPJ: 14.467.152/0001-03 / Inscr. Estadual: 79.515.787

O Jornal de Caxias é uma publicação semanal vendida apenas no município de Duque de Caxias pelo valor de R$ 1,00

As colunas e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não represen-tam necessariamente a opnião do jornal.

Gráfica: Jornal do Comércio - 5.000 cópias

Fernando Rocha editor-chefe

Rafael Barreto repórter fotográfico

Alyne Costa repórter

http://[email protected]

End: Rua General Dionísio, 21-A, 25 de Agosto - CEP 25075-095 - Duque de Caxias - RJ - Brasil Tel: (21) 2653-4826

Dê a sua opiniãoLeia nesta edição do Jor-

nal de Caxias sobre quem são os vices candidatos a prefeito da cidade, o assalto que levou R$ 350 mil de uma agência bancária na Câmara Municipal e a situação do lixo nas ruas.

Veja também os textos de nossos colunistas que, como sempre, dão um tempero es-pecial as nossas edições.

Na coluna Conecta Ca-xias entenda as novidades da tecnologia; na Pitacolân-dia sempre uma rajada de in-formação sobre a vida social da cidade e a história bate ponto na Mais Caxia.

Curta a a programação cultural da semana. Acom-panhe a volta da Série C do

Campeonato Brasileiro e como o Duque está indo na terceirona.

Participe do Jornal de Caxias. Mande suas críticas, reclamações, dúvidas e su-gestões para nós.

Encaminhe para nossa equipe o problema da sua rua e do seu bairro. Sua par-ticipação é fundamental.

Acesse www.jornaldeca-xias.net ligue para nós no 2672-2189 ou esteja conosco nas redes sociais.

Precisamos saber a sua opinião para continuar a melhorar

Contamos com vocês!

Boa leitura.

N A S R E D E S S O C I A I S :

Emerson Torres diretor administrativo

João Carpalhauilustração e diagramação

Prestor projeto gráfico

[email protected]

[email protected]: Rua General Dionísio, 21-A, 25 de Agosto CEP 25075-095 - Duque de Caxias - RJ - Brasil

Tel: (21) 2653-4826

A edição do Jornal de Caxias de dezembro de 1995 trouxe um texto do colunista Jonas Freire que falava sobre a atenção na hora do voto. Reproduzimos a mensagem do articulista na íntegra, uma vez que o assunto continua atual.

Este ano não vai ser igual àquele que passou. Não pode ser. A oportunidade de fazer diferente, e diferente por pelo menos quatro anos seguidos, está nas urnas. Vamos eleger novos vereadores para a nossa cidade e compete a cada um expressar seu desejo de mudança. O voto consciente deve ser uma lição que os pais passam para os filhos. Chega de ficar jogando conversa fora e de baixar o porrete em tudo e todos para na hora agá entregar o ouro ao bandido, votando “em qualquer um”. Esse tal de “qualquer um” já foi eleito várias vezes. Faz “qualquer coisa”, menos o que esperamos. Votar assim é suicídio. Quem vive em Caxias e sabe da força econômica dessa cidade deve mostrar sua indignação com o lenga-lenga da Câmara Municipal. O eleitor deve votar de olhos abertos, contra a “vista grossa” dos vereadores em relação ao Poder Executivo. Afinal, para que serve um vereador?

Cabe-lhe acompanhar o orçamento municipal e a prestação de contas do prefeito. Mas qual a liberdade de um vereador de rabo preso com o prefeito? Cabe ao eleitor questionar de onde o candidato, ou o vereador está tirando tanta condição de favores impossíveis. Em geral essa conta já vem sendo paga pelo contribuinte. Ou seja, nós bancamos e eles ganham cartaz. Em 96, despache os come-come. No voto. Você merece.

Caro Leitor, esse espaço é seu.

Mande suas críticas e sugestões para nós.

Vamos fazer, juntos, o Jornal de Caxias cada

vez melhor.

O político Tenório Cavalcanti, o mítico Homem da Capa Preta

Pitacolândia

Heraldo HBwww.lurdinha.org

Poucas cidades no país sofreram tanto com estig-mas quanto Duque de Ca-xias, em praticamente um bullying midiático ao longo dos anos.

Primeiro nos tempos do lendário Tenório Cavalcan-ti, o Homem da Capa Pre-ta, que foi um dos políticos mais conhecidos no país dos anos 40 a 60, responsável em grande parte por toda uma simbologia de faroeste caboclo na cidade. Figura polêmica que criou a mítica do cabra-macho protetor dos fracos, Tenório foi um dos deputados mais populares de sua época, sobretudo pelo voto dos milhares de nordes-tinos que chegaram aqui nas ondas migratórias nas déca-das de quarenta a setenta.

Essa fama de terra da pistolagem foi aproveitada e ainda mais reforçada si-nistramente nos anos da di-tadura militar pela imprensa sensacionalista, que endeu-sava a ação do Esquadrão da Morte, do Mão Branca e afins, e folclorizava a cida-de com requintes de mundo cão. Um programa de rádio

de avassaladora audiência, por exemplo, Patrulha da Cidade, chegava a ter um personagem, motorista da li-nha Caxias-Mauá, que era a crônica diária das tragédias e do abandono da cidade – Dallas City, Terra de Marl-boro, “cidade onde a galinha cisca pra frente”, indo por aí.

Fora isso a cidade virou área de segurança nacional pelos militares, sem direito a voto, administrada por interventores e prefeitos bi-ônicos durante anos, e com sua autoestima continua-

mente massacrada. É como se a soma de tudo isso fosse amalgamando uma carga pesada no ser caxiense.

Até meados dos anos 90, falar que morava em Caxias era uma vergonha mesmo, constrangimento certo; e todo esse imaginário está impregnado em tudo o que foi feito e pensado na cidade desde muito tempo. Que ci-dade era essa? Que vergonha era essa? Porque os cidadão daqui carregam esse receio em viver e conhecer sua ci-dade? Porque o sonho da

juventude era ficar “bem de vida” e se mandar daqui?

Esse quadro explica bas-tante porque Caxias teve um problema sério de identida-de e amor-próprio durante muito anos... Esse estigma foi devastador para gerações inteiras de caxienses e res-quícios concretos dele ainda persistem.

Mas aos poucos a cidade está se redescobrindo, ten-tando ressignificar sua histó-ria e sua auto-imagem. E é nesse terreno do simbólico que dá para compreender a situação do Amiguzito e isso que alguns ainda chamam de governo.

É justamente essa ima-gem de clientelismo, autori-tarismo e tosquice que está em jogo e basta andar pelas ruas e conversar com a popu-lação para sentir que a ficha começou a cair de verdade.

Essa política atrasada que está aí há décadas não é só nociva – é também sim-bolicamente vinculada ao passado atrasado e massa-crante das periferias desse país imenso e desigual. O

momento de repensar as ci-dades é agora e o desespero dos nossos políticos é evi-dente por conta desse sopro de mudança.

E é sempre bom lembrar que o que está sendo dispu-tado no mundo atual com mais potência é justamente a ficção, o território do ima-ginário.

E quando a rede Globo de televisão estreou uma novela que tinha a cidade como ce-nário, Senhora do Destino, muita gente ficou engasgada com aquela Caxias estéril e estereotipada, sem a força do que tanta gente sentiu e decidiu transportar para a arte e para a vida.

Duque de Caxias é um rolo compressor esmagando sonhos de gerações de jovens há décadas, mas também é um potente liquidificador trabalhando para o futuro, processando muitas vitami-nas mistas para a Cultura do mundo nesse século. Pode levar fé.

CARTUM

26 de julho a 9 de agosto 201226 de julho a 9 de agosto 2012

Reprodução

Page 4: Jornal de Caxias Edição 185

CIDADE

06 07CIDADE

350 mil são roubados de agência na CâmaraInverno enfim chega a Duque de Caxias

Enquanto as lojas ofe-recem promoções tentando acabar com

o estoque de roupas de frio, o inverno parece enfim ter chegado à Baixada. Na úl-tima semana, casacos e ca-checóis deixaram os armá-rios para tomar as ruas de Caxias.

Acostumada a altas tem-peraturas, a maioria dos ca-xienses se surpreendeu ao revelar que está aproveitan-do o frio, seja ficando mais tempo em casa ou arriscan-do no preparo de pratos típi-cos desta época do ano.

Apesar de ter iniciado oficialmente no dia 20 de junho, parece que o auge do inverno só chegou agora. E este ano, trouxe uma surpre-sa: a chuva. A estação, con-siderada época de estiagem, teve dias de tempestades para a alegria de produtores rurais.

Ação criminosa durou cerca de 10 minutos. Nenhum tiro foi disparado durante o assaltoMoradores estranham o frio na cidade e tiram cobertores, blusas e cachecóis do armário

Cachecóis e casacos

Novo comportamento

Ninguém ficou feridoSentir frio não é um há-

bito para os moradores da Baixada.

A população está acos-tumada a enfrentar tempe-raturas altas, e termômetros que não raramente, marcam mais de 40 graus.

- Apesar de gostar mais do verão, porque adoro praia e adoro me bronzear, acho bom variar de vez em quando, disse a agente co-munitária Sônia Brandão, de 48 anos.

Se o calor exige roupas leves e frescas, o inverno pede justamente o contrá-rio e para os moradores, se agasalhar pode se tornar um problema. Assim como sair de casa.

A estação também regis-tra um novo comportamento do consumidor.

Em dias ensolarados, é frequente os clientes busca-rem sucos e saladas. No frio, sopas e caldos são os prefe-ridos.

- A gente aproveita este tempinho para comer coi-sas diferentes, preparar um caldinho. É hora de trocar o choppinho, tão amado por quem mora por aqui, pelo vinho. E desta forma a gen-te vai se aquecendo, brincou Bruno Pires, 28.

Ao chegar a Câmara, os assaltantes se identificaram

Usando coletes da Po-lícia Federal, assal-tantes rendem vigi-

lante e trancam funcionários dentro de agência bancária

Cinco homens fortemen-te armados e usando coletes da Polícia Federal assalta-ram, na terça-feira, 24 de julho, o caixa eletrônico do Banco do Brasil, que funcio-na dentro do prédio da Câ-mara Municipal de Duque de Caxias. De acordo com a assessoria da Câmara, foram levados cerca de R$ 350 mil.

Sem levantar qualquer suspeita, os falsos policiais federais, armados com fuzis, entraram pela porta lateral da Câmara, onde somente vereadores têm acesso.

Os bandidos recolheram todos os malotes que haviam chegado em um carro-forte. Câmaras de segurança insta-ladas no interior da Câmara registraram a invasão.

Roubo causou tumulto no Legislativo, mas ninguém ficou ferido durante a ação dos bandidos. Vítimas ficaram presas por 25 minutos

Moradores no Centro de Duque de Caxias usam agasalhos pesados nos dias de frio. Até o fim do inverno, situação será rotineira

À esquerda Dalva da Conceição e Sônia Brandão: “ o inverno com certeza é mais chique”. À direita, Bruno Pires: “ a gente aproveita este tempinho para preparar coisas diferentes”

Prestor26 de julho a 9 de agosto 201226 de julho a 9 de agosto 2012

e disseram que estavam ali para fazer uma investigação. Seguiram por um corredor que dá acesso à agência, no subsolo da Câmara. Ao chegarem ao local, onde já havia uma fila de funcioná-rios, eles pediram que todos entrassem no banco. Rende-ram o vigilante, pegaram sua arma, assim como os celula-

res dos correntistas. Logo em seguida, pegaram os malotes com o dinheiro. Ao final da ação, que durou cer-ca de 10 minutos, trancaram as vítimas e levaram a chave. Ninguém ficou ferido.

Ao saberem que o banco estava sendo assaltado, o cli-ma de pânico tomou conta da Câmara. Funcionários

correram e acionaram uma patrulha do 15º BPM, que costuma ficar parada em frente à Casa Legislativa. Imediatamente, as policiais de plantão pediram reforço e em cerca de 10 minutos, outros militares chegaram ao local. As vítimas ficaram trancadas durante 25 minu-tos até um funcionário do

Banco do Brasil chegar e abrir a porta.

As imagens foram en-viadas para a Delegacia de Roubos e Furtos, em Pilares, Zona Norte do Rio, que está investigando o caso. A Po-lícia Federal também esteve no local e levou cópia das imagens.

- O inverno com certeza é mais chique. A gente pode usar casacos, cachecóis, botas. O problema é saber quando parar, divertiu-se a aposentada Dalva Vaz da Conceição, 74.

Page 5: Jornal de Caxias Edição 185

08 09CIDADECIDADE

Lixo continua causando polêmica em Duque de Caxias e população reclama da indefiniçãoDesta vez,o problema é o destino dos resíduos. Terreno no bairro Figueira está servindo como área de transbordo para lixo domiciliar. Situação causa indignação entre moradores da região

Origem do problema

Ratos e outros bichos peçonhentos

Prefeitura se posiciona

Escola vizinha

Apesar de ter encer-rado suas atividades em junho deste ano,

o Aterro do Gramacho dei-xou um legado difícil de ex-tinguir. Na última semana, a mídia divulgou imagens de caminhões despejando lixo em depósitos provisórios si-tuados na principal avenida do bairro, a Monte Castelo. O flagrante mostrou filas de veículos lotados de detritos e motoristas que aguardavam até seis horas para darem um destino aos resíduos. Na última terça-feira, os cami-

26 de julho a 9 de agosto 201226 de julho a 9 de agosto 2012

Caminhões fazem fila na rua Araújo Guimarães para depositar o lixo no terreno antes de levá-lo para a CTR Seropédica, de acordo com a prefeituraCaminhão sai de de terreno usado como área de transbordo para o envio do lixo para Seropédica

Elisabete Borges, 41 anos, moradora do bairro Figueira: “nosso bairro não tem estrutura para receber os caminhões”

Galpão cedido pela Comlurb à prefeitura de Caxias na Avenida Monte Castelo, no bairro Jardim Gramacho

O galpão que servia como depósito de material reciclado, agora funciona como ponto de baldeação para o lixo coletado em Caxias

Moradores improvisam barricadas tentando evitar a passagem de caminhões

O transtorno teve origem depois do fechamento do Aterro. A Comlurb cedeu à prefeitura um galpão que antes servia para depósito de recicláveis. O local foi transformado em ponto de baldeação para os resíduos coletados em Caxias, onde os detritos eram armazena-dos antes de seguirem para seu destino final – a Central de Tratamento de Seropédica.

Mas a medida, que deveria ser paliativa, acabou significando um novo transtorno para a vida do bair-ro Jardim Gramacho. Diante das manifestações dos moradores e denúncias da mídia, os caminhões foram redirecionados para o bairro Figueira, onde estão des-carregando os resíduos em um terreno, que segundo os moradores, pertence à antiga empresa responsável pela coleta do lixo no município.

Um colégio para crianças na pré-escola, também so-fre as consequências de estar situado a cem metros do terreno. De acordo com os moradores, o mau cheiro e os insetos fazem parte da rotina dos alunos.

- É um absurdo! Muitas crianças estudam ali. Sem contar a rede de esgoto, que não existe. Quando chove, os valões enchem e o esgoto volta para dentro das casas. Viver aqui está se tornando um pesadelo, comentou Isa-bel Rodrigues, 37 anos.

Enquanto a solução definitiva para o problema não é dada, ratos, mosquitos e até urubus, revezam presença pelas ruas do bairro Figueira. A estudante Maria Fer-nanda da Silva, de 18 anos, mora ao lado do terreno usado como ponto de baldeação. Desde que os cami-nhões voltaram a depositar lixo no local, a vida se tor-nou impossível.

- A gente tem que enxotar urubu do quintal e não pode deixar comida sem tampa que enche de mosqui-tos. Sem falar nestes caminhões que ficam entrando e saindo da rua correndo o risco de atropelar uma crian-ça, indignou-se.

A equipe do Jornal de Caxias entrou em contato com a Prefeitura, que garantiu que instalará um terceiro pon-to para transbordo do lixo a fim de solucionar os proble-mas. Confira a resposta na íntegra.

“Previsto para fechar em dezembro de 2012, o aterro Sanitário do Jardim Gramacho teve suas atividades en-cerradas de forma antecipada para junho deste ano pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Com isso, as 865 toneladas de lixo produzidas diariamente na cidade passaram a ser levadas para o CTR Seropédica, que fica a 80 km de Ca-xias.

Toda a logística da cidade teve que ser mudada e se adequar a esta nova realidade. Devido a esta antecipa-ção, a Comlurb garantiu um espaço no município para o transbordo do lixo, onde ele é acumulado para ser levado em veículo maiores para Seropédica. O Estado do Rio e a Prefeitura da cidade Rio também têm pontos de trans-ferência de resíduos como este há décadas pela mesma razão.

O espaço oferecido pela Comlurb, porém não é sufi-ciente para o transbordo do lixo da cidade e a prefeitura instituiu outro terreno na Figueira para dividir esta fun-ção. Em breve um terceiro terreno também deverá ser utilizado.”

nhões haviam sumido do local. Mas bastou um olhar mais atento para descobrir que o problema foi transferi-do – do outro lado da cida-de, moradores da Figueira voltaram a sofrer as conse-quências de morar ao lado de um lixão improvisado em um terreno da Rua Araújo Guimarães.

Um capítulo que deveria ter sido encerrado com o fechamento dos portões do Aterro de Gramacho, parece estar longe do fim. O lixo, a sujeira e o mau cheiro volta-

ram a fazer parte da rotina de Duque de Caxias. Desta vez, as vítimas são os mora-dores do bairro Figueira.

- Nosso bairro não tem estrutura para receber os ca-minhões. Estou aqui desde que nasci, o asfalto não che-gou, muito menos o sanea-mento. Mas lixo e caminhão não faltam, disse Elisabete Borges, 41 anos, moradora da Rua Araújo Guimarães, onde está localizado o ter-reno que serve de depósito provisório para o lixo.

Page 6: Jornal de Caxias Edição 185

10 1126 de julho a 9 de agosto 201226 de julho a 9 de agosto 2012

MP exige monitoramento em Lixão fechadoMesmo com suas atividades encerradas Aterro do Jardim Gramacho exige atenção

Chorume na Baía

Aterro do Gramacho fecha definitiva-mente suas portas

O Ministério Públi-co Federal em São João de Meriti está

movendo uma ação civil pú-blica com pedido de liminar exigindo o monitoramento rigoroso do Aterro de Gra-macho.Apesar de ter suas atividades encerradas em ju-nho deste ano, o lixão ainda é uma ameaça ao meio am-biente.

A decisão foi baseada em um relatório produzido pelo Conselho Regional de Enge-nharia e Agronomia (Crea), que apontou possíveis falhas no monitoramento da parte hídrica do Aterro, poden-do acarretar vazamentos de chorume para as águas da Baía de Guanabara.

Os réus da ação são a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb), o Instituto Esta-dual do Ambiente (Inea) e a concessionária Nova Gra-macho Energia Ambiental S/A, empresa que explora-rá o gás metano produzido pelo lixão durante os próxi-mos 15 anos.

Imagens de catadores de material recicláveis no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho quando funcionava

Depois de 34 anos rece-

Depois de mais de 30 anos, no dia 03 de junho, foi descarregado o último caminhão de lixo no Aterro de Jardim Gramacho. O prefeito do Rio, Eduardo Paes e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, oficia-lizaram o encerramento das atividades do lixão, consi-derado o maior da América Latina. Não sem tristeza, catadores que trabalhavam no local aproveitaram para se despedir do que, durante anos, foi sua única fonte de sustento.

Com o fim do aterro de Gramacho, as 8,5 mil tonela-das de lixo da cidade do Rio de Janeiro foram transferi-das para a Central de Tratamento de Resíduos de Sero-pédica. O restante proveniente de outros municípios foi encaminhado para a central de Nova Iguaçu enquanto a central de Paracambi não é inaugurada. O lixo do Rio continua a ser despejado na Baixada.

A ação foi impetrada de-pois que foram encontradas possíveis falhas no moni-toramento da parte hídri-ca. Segundo informado, as amostras de água para con-trole são coletadas já na Baía de Guanabara e o resultado alarmou as autoridades.

-O monitoramento tem que ser feito de forma mais completa e rígida. Quere-mos que as coletas sejam in-tensificadas, criando-se mais pontos de observação. Este procedimento não vai trazer um custo a mais. Pelo con-trário, será mais eficaz, pois haverá mais chances de se

detectar vazamentos de cho-rume antes de um desastre ambiental. Então, por que não fazer?, disse o procura-dor da República, Renato Machado.

bendo 8,5 mil toneladas de detritos por dia, era de se esperar que o Aterro con-tinuasse sofrendo efeitos colaterais mesmo após o fe-chamento. O terreno onde funcionava o lixão possui rachaduras, aumentando o risco de vazamento de cho-rume para a Baía de Guana-bara.

A ação civil foi uma for-ma encontrada pelo Minis-tério Público de tentar evitar futuras complicações para a região.

Segundo a ação, a Comlurb (principal deposi-tante do Aterro) repassou a exploração do biogás produ-zido pela decomposição do material orgânico à conces-sionária Novo Gramacho, sem exigir o monitoramento ambiental completo da área.

O Inea, por sua vez, res-ponsável pela emissão das licenças ambientais para a concessionária, está sendo acusado de omissão por não exigir um monitoramento mais rígido.

CULTURACIDADE

Teatro

Infantil

Dança

Filme

Shows

Duas atrizes e dois atores se desdobram para viver os personagens Duda & Cacau, que lançam luz sobre quatro das diversas possibilidades do amor. No palco, eles con-tam e cantam suas próprias histórias através da música e da poesia de Ivan Lins. Lo-cal: Sesi Duque de Caxias, Rua Arthur Neiva, nº 100, 25 de Agosto. Sexta-feira (27/07) às 20h. Ingresso R$ 15. Classificação 16 anos. Informações: 3672-834

O espetáculo apresenta um jardim sinistro, com per-sonagens reais que levam o espectador a ver-se em um espelho do cotidiano. O tex-to é narrado pelo proprietá-rio do Jardim, O Acusador, interpretado pelo autor e di-retor do espetáculo, Caíque Oliveira; que no decorrer da trama, persegue suas vítimas através da mente. Local: Te-atro Raul Cortez, Praça do Pacificador, Centro. Sexta (03/08) e sábado (05/08) às 20h e domingo às 19h. En-trada R$30. Classificação livre. Maiores informações: 2771-3062

O I Festival Cenáculo de Teatro Cristão apresentará gratuitamente dez produ-ções com a temática cristã e/ou social oriundos do Rio de Janeiro, São Paulo, Es-pírito Santo e Paraná, que concorrerão a prêmios em categorias técnicas e religio-sas. Além das apresentações, os intervalos do festival se-rão preenchidos com jogos de improviso, louvores com a Comunidade Kerissein e orações. Local: Teatro Raul Cortez, Praça do Pacifica-dor, Centro. Sábado (28/07) e domingo (29/07) às das 10h às 19h. Entrada Franca. Classificação livre. Maiores informações: www.cenacu-lociateatral.blogspot.com

O SESI Cultural apresen-ta o Palco MPB, com artistas de sucesso da música popu-lar brasileira. Venha curtir um grande show com a gen-te. Transmissão pela MPB FM – 90,3. . Local: Sesi Du-que de Caxias, Rua Arthur Neiva, nº 100, 25 de Agos-to. Segunda-feira (30/07) às 19h. Entrada franca. Classi-ficação 16 anos. Informa-ções: 3672-834

O espetáculo é gratuito e faz parte do projeto Pal-co Caxias. Considerada a melhor banda cover do gru-po de Liverpool no Brasil e uma das melhores do mun-

4 faces do amor

Festival cenáculo de teatro cristão

O Jardim do inimigo

Palco MPB

Black Bird no shopping

TomaRock na Lira

Festival de Quadrilhas

Matanza no Recreativo Caxiense

Amigos do Samba

Cineclube CederjUm conto para rosa

Envie seu evento para nossa equipe: [email protected]

Comemorando o mês mundial do rock, a próxima edição do TomaRock terá shows com bandas covers do korn, red hot chili peppers, guns n roses, além de dj’s e outras atrações. Local: Es-paço Cultural Lira de Ouro, Rua José Veríssimo da Cos-ta, 72, Centro. Domingo (29/07), às 15h. Ingresso: R$ 10.

A LIQUABAFERJ, jun-tamente com o B.E.M., apresenta um grande espetá-culo de cores, coreografias e músicas que resgata a tradi-ção das quadrilhas juninas. Local: Sesi Duque de Ca-

O grupo Amigos do Sam-ba promete honrar o publico

A banda sobre aos pal-cos, em única apresentação, no Recreativo Caxiense, para mais uma edição do Rock Hero. O evento terá ainda duas outras bancas se apresentando em dois palcos diferentes. Local: Recreativo Caxiense, Rua Manoel Viei-ra, 397, Centro. Domingo (05/08), às 15h. Informa-ções: 2671-0580.

Que tal assistir gratuita-mente a um bom filme no Museu Ciência e Vida? Com o Projeto Cineclube Cederj, o público do museu poderá assistir uma vasta programa-ção de filmes e documentá-rios.

No mês de julho, o filme em cartaz será A invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese. Local: Museu Ci-ência e Vida, Rua Aílton da Costa, s/n, 25 de Agosto. Entrada Franca. Exibições às terças (14h30), quintas (14h30), sábados (13h30) e domingos (14h30). Informa-ções: 2671-7797

De volta ao sótão de seus avós depois de muitos anos e tomada por lembranças de sua infância, Rosa volta a ser criança e reencontra vá-rios personagens mágicos, que povoam os inesquecí-veis contos de fada. . Local: Sesi Duque de Caxias, Rua Arthur Neiva, nº 100, 25 de Agosto. Domingo (29/07) às 17h. Ingresso R$ 10. Classi-ficação Livre. Informações: 3672-834

do, a Black Bird conta com um repertório bastante va-riado, composto de músicas de todas as fases dos Beatles, além de sucessos da carreira solo de seus integrantes. No currículo, 15 anos de estrada e mais de 1000 shows. Lo-cal: Praça de Alimentação do Caxias Shopping, Rodo-via Washington Luiz, 2895. Quinta-feira (26/07), às 19h. Entrada Franca.Telefone: 2430-5110.

xias, Rua Arthur Neiva, nº 100, 25 de Agosto. Domin-go (29/07) às 15h. Entrada Franca. Classificação Livre. Informações: 3672-834

com o melhor do gênero na Lira de Ouro. Entrada fran-ca. Classificação 16 anos. Local: Rua Sebastião de Oli-veira, 72 – Centro – Duque de Caxias. CEP 25045-348

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12MAIS CAXIAS

25 de Agosto de Duque de Caxias Volta às aulas: opções de material agradam Em pesquisa pelo Centro, o Jornal de Caxias descobriu que dá para agradar a garotada

Enfrentar a preguiça após um mês de fé-rias não é tarefa fácil.

Como estimular crianças e adolescentes a retomarem os estudos depois de semanas de folga? A resposta talvez seja investir em novos ma-teriais e acessórios escolares como forma de incentivo. Lápis, canetas, cadernos, as opções são variadas e feitas para todas as idades, gos-tos e principalmente bolsos, como a equipe do Jornal de Caxias descobriu na última semana em visita ao Calça-dão do município. Confira os preços na matéria a seguir

A cidade de Duque de Caxias possui um importan-te e vistoso cartão de visi-tas: chegando pela Rodovia Washington Luiz, entran-do pela Avenida Brigadei-ro Lima e Silva depara-se com o bairro 25 de agosto. Urbanizado, organizado e com todos os serviços públi-cos funcionando. Diferente, muito diferente, dos outros bairros da cidade.

Este bairro era parte da Fazenda Engenho Velho, conhecida como Fazenda das Macieiras. Entre 1940 e 1942 ela foi vendida para a Empresa de Melhoramen-to Duque de Caxias LTDA que em 1951 loteou a anti-ga fazenda. Curiosamente, Braulino Reis, o corretor responsável pelo divisão das terras, era também tabelião do Terceiro Ofício de Notas de Duque de Caxias e mais tarde, tornou-se prefeito da cidade e deputado estadual.

Um dos poucos bairros planejados da cidade, quan-do foi loteado, possuía uma pedreira onde hoje está ins-talada uma praça e parte da UNIGRANRIO. Os enge-nheiros Vicenzo Barrese e

13 SEU DINHEIRO

Alexandre [email protected]

Panorâmica do bairro Jardim 25 de agosto. Ao fundo Avevida Brigadeiro Lima e Silva, espaço da atual Praça Governador Roberto da Silveira

Preços de livros didáticos ficaram entre 8% e 10% mais caros na cidade

Clientes observam fachada e fazem pesquisa de preço de produtos

Acervo do Instituto Histórico da Câm

ara Munkicipal

26 de julho a 9 de agosto 201226 de julho a 9 de agosto 2012

e esteja previna-se antes de sair para as compras e agra-dar a garotada.

O retorno ao segundo semestre do ano letivo já foi mais lucrativo para o comércio. Segundo Eraldo Júnior, gerente de papelaria, as compras de volta às aulas já representou 30% do lu-cro nesta época do ano, mas com o tempo, foi perdendo força.

- A volta às aulas de agos-to não é tão intensa como no início do ano. A gente apro-veita esta época para fazer reposição dos produtos, mas

o que saem são cadernos, fi-chários, coisas bem básicas, disse.

Apesar da mudança, ain-da existem pais que apostam em novos acessórios escola-res para agradar os filhos e conseguir levá-los para a es-cola satisfeitos. A estratégia pode dar certo, caso o con-sumidor estipule os gastos antes de sair de casa.

São centenas de opções para todos os bolsos. Um fichário novo pode sair por até R$ 110, mas existem al-ternativas que custam R$ 29,90.

Os produtos com perso-nagens infantis que caíram no gosto da meninada ge-ralmente custam um pou-quinho a mais. A lancheira da Galinha Pintadinha está saindo por R$ 49,99. Já dos palhaços Patati Patatá está a R$ 39,90.

De acordo com o gerente de uma livraria, Washington Luiz Ribeiro Oliveira, o pre-ço do material escolar não sofreu muita alteração desde o início do ano, mas o mes-mo não se pode dizer dos li-vros didáticos.

-O valor do material es-colar não sofreu muita al-teração. Na verdade, vale a pena comprar agora porque muita coisa está em promo-ção. Mas os livros sofreram em média uma alta de 8% a 10% em relação ao início do ano escolar, contou.

A dona-de-casa Carla Ferreira dará uma forcinha para que Manuela, de qua-tro anos, volte para a escola sem reclamar. Ela se prepa-

rou para comprar novos lá-pis e até uma nova mochila para a menina.

- De qualquer maneira é preciso repor algumas coi-sas. Um lápis, uma borra-cha, e como este ano a si-tuação está melhor, vamos aproveitar e comprar uma mochila nova também. Ela tem se comportado bem na escola e tem se mostrado in-teressada. Acho importante incentivar, concluiu.

José Gaspar Corrêa Meyer, o projetaram e o lotearam com a preocupação de pa-dronizar as futuras constru-ções. Este recurso encareceu os lotes e fez com que pes-soas mais abastadas ali se instalassem, ao contrário do que ocorreu no restante da cidade que foram ocupados por pessoas com menos re-cursos.

A antiga pedreira forne-ceu pedras para o calçamen-

to da Rio-Petrópolis, atual Presidente Kennedy, e para algumas ruas do bairro.

No início da década de 50, a luz chegou através de um “puxadinho” que vinha de Vigário Geral. Água en-canada só chegaria em 1960. Até hoje muitos moradores do bairro mantém seu poços.

Em 1953 a Empresa de Melhoramentos doou para a cidade a “Casa dos Prefei-tos” situada na rua Piauí e no

ano seguinte o terreno onde foi construído o “Maracanã-zinho de Caxias”, batizado como Estádio Municipal de Duque de Caxias, atual Vila Olímpica. Na época, Duque de Caxias era administrada por Braulino Reis.

Em 1957 a prefeitura instalou-se na Praça do Ria-chuelo, atual Praça Gover-nador Roberto Silveira. João Bicheiro construiu sua man-são onde hoje é o Banco Bra-desco e, em 1969, a Câmara

Municipal ocupou o prédio atual.

Após mais de cinco dé-cadas poderíamos fazer a seguinte indagação: por que outros bairros que surgiram na mesma época não tive-ram a mesma atenção do poder público e, consequen-temente, não se desenvolve-ram da mesma forma?

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14 15 CIDADE

Enredo

Acompanhe as mudanças:

Rainha de bateria sem definição

Novo intérprete

De volta às origens

Carnavalesco

Diretoria promove mudanças na Grande Rio

A Acadêmicos do Grande Rio entrará na Marquês de Sa-

pucaí em 2013 apresentando grandes mudanças.Do carro de som à rainha de bateria, novidades pegaram de sur-presa os foliões caxienses.

Do carnavalesco ao presidente, novidades na agremiação movimentam toda a escola

Acima: Fachada da quadra da escola e ensaio técnico realizado pela escola para o carnaval de 2012

26 de julho a 9 de agosto 201226 de julho a 9 de agosto 2012

A escola de samba Acadêmicos do Grande Rio divul-gou, no último dia 17 de julho, a sinopse do enredo para 2013. Com “Amo o Rio e vou à luta: Ouro Negro sem disputa... Contra a injustiça em defesa do Rio” o car-navalesco Roberto Szaniecki defenderá a escola falando dos direitos sobre os royalties do petróleo.

A apresentadora e atriz Ana Furtado confirmou ofi-cialmente que não terá agenda para continuar na posi-ção de rainha de bateria da Grande Rio. Ana foi rainha da Grande Rio em 2012. A diretoria ainda não infor-mou qual musa passará a ocupar a posição de rainha da escola.

Emerson Dias é o novo intérprete oficial da Grande Rio para o carnaval 2013. O cantor, leva o sobrenome ‘Dias’ em homenagem a seu tio que o lançou como can-tor, o também intérprete Celino Dias. Ele assume a vaga deixada por Wantuir Oliveira, que deixou a escola no dia 28 de maio.

Verônica Barbosa Limeira estava na União da Ilha até o ano passado. A porta bandeira volta para a Grande Rio depois de 12 anos afastada. Ela é nascida em Du-que de Caxias e estreou na Marquês de Sapucaí quando tinha apenas 9 anos. Além da União da Ilha,Verônica passou também pela Imperatriz Leopoldinense.

O novo carnavalesco da Escola de Samba Acadêmi-cos do Grande Rio, Roberto Szaniecki, polonês natura-lizado brasileiro, volta à agremiação de Caxias pela ter-ceira vez. Szaniecki substitui Cahê Rodrigues que pediu desligamento da Grande Rio em março deste ano. Cahê já confirmou sua participação em 2013 na agremiação paulistana Vai Vai.

A começar pelo presidente da Escola. Helinho Ribeiro deixou o cargo e no lugar, foi empossado o engenheiro Edson Alexandre.

A agremiação também fechou acordo com o carna-valesco Roberto Szaniecki,

que entra no lugar de Cahê Rodrigues, e com a porta bandeira Verônica Barbosa Limeira, que formará com o mestre sala Luiz Felipe o pri-meiro casal a entrar na Ave-nida para defender a bandei-ra da Escola.

CONECTA CAXIAS

A coluna desta semana vai ensinar a melhorar a di-vulgação de seu trabalho na internet. Pode ser bar, restaurante, loja, centro so-cial, bloco carnavalesco, consultório médico, escola, universidade, entre outros. São várias as maneiras para alavancar as visitas e é muito fácil preparar tudo.

Você pode criar a loca-lização de seu comércio no Google Maps. Lá, lista en-dereço, telefone, site e horá-rio de funcionamento.

h t t p : / / w w w. g o o g l e.com/places/

Quando busca alguma palavra no Google, entre os primeiros resultados está sempre a Wikipédia (que funciona como uma enci-clopédia virtual), por isso seu projeto tem que estar lá. Sugiro que crie uma conta e utilize as informações da

Divulgue na web

Seu trabalho/projeto no Google Maps

Página no Facebook

Você na Wikipédia

Arthur Williamwww.arturoilha.com.br

É como um site dentro do Facebook. A partir de uma página, se alguém estiver em seu estabelecimento, também pode divulgar para os amigos da rede social através do “che-ck-in”.

http://www.facebook.com/pages/create.php

“Lira de Ouro”, como um bom exemplo para criar a sua base de informações.

http://pt.wikipedia.org

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16ESPORTE

Duque de Caxias volta a disputar a Série CNo total, 20 clubes aguardavam o início do Campeonato que dá acesso a segundona

Depois de um mês de atraso, a Série C do Campeonato

Brasileiro 2012 finalmente teve início. O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Rubens Approbato, deu despacho favorável à liberação do iní-cio da competição, parali-sada após pedido do Santo André/SP. Os 20 clubes que estão na disputa da Série C estavam na expectativa de

jogarem desde o dia 27 de maio.

O imbróglio começou quando a CBF acatou a li-minar da Justiça Comum gaúcha para incluir o Brasil de Pelotas/RS na Série C. O Santo André, que automati-camente perdeu a vaga, en-trou com Mandado de Ga-rantia para não se ver fora da competição. No dia 22 de maio, pediu que as duas

26 de julho a 9 de agosto 2012

últimas divisões do futebol nacional não começassem enquanto a briga jurídica não se resolvesse. E foi o que aconteceu.

Com uma chuva de limi-nares da Justiça Comum, a situação complicou ainda mais. Após um acordo entre CBF e Rio Branco/AC, que o incluiu na Série C, Treze/PB e Araguaína/TO entra-ram com ações questionan-

do o acordo.

Após parte do imbróglio resolvido, com o Rio Branco e Araguaína retirando suas ações, e ainda a derrota do Brasil de Pelotas já no Tribu-nal de Justiça do Rio Grande do Sul, o Santo André pediu ao STJD que as competições fossem iniciadas, o Treze/PB se recusou a tirar o pro-cesso da Justiça Comum.

Para liberar a competi-

ção, a CBF pagou a mul-ta máxima prevista, de R$ 2.488 milhões, ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ/PB), que constava no caso de a entidade não incluir o Tre-ze na Série C. O depósito, feito em consignação, se deu em uma conta aberta pelo TJ/PB. Diante dessa medi-da, o presidente do STJD acatou o pedido de início da disputa.

Pela quarta rodada da Série C, o Duque de Caxias foi até o Serra Dourada, em Goiânia, e acabou sendo der-rotado pelo Vila Nova por 4 a 1, no domingo, dia 22 de julho.Com o resultado, o Tricolor da Baixada caiu para nona colocação no Grupo B com apenas três pontos ga-nhos. Pela quinta rodada, o Duque de Caxias volta a atuar no Marrentão, e recebe a equipe do Chapecoense, no sábado, dia 28, às 16 horas.

Duque enfrenta o Chapecoense no pró-ximo sábado, 28 de julho, em Caxias

Comissão técnica do Duque de Caxias que tem o desafio de colocar o time de volta na Série B do Brasileirão

Divulgação