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CRMVs traçam estratégias conjuntas em encontro em Porto Alegre PÁGINA 4 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO RS - ANO XIII Nº 58 - SET/OUT 2007 PÁGINA 7 Veterinária & Zootecnia Impresso Especial 0879/2002 - DR/RS CRMV/RS CORREIOS Um novo espaço para reunir os profissionais concretização de um sonho. Assim foi expressa por muitos médicos veterinários a satisfação pela ampliação da Casa do Veterinário, em Esteio. O prédio construído no Parque de Exposições Assis Brasil, onde anualmente acontece a Expointer, recebeu um segundo pavimento e se consolidou como um qualifica- do local para a realização de eventos. O Espaço Alternativo, como é chamado, sediou reuniões, palestras, lançamentos e confrater- nizações nos nove dias de feira em 2007 e agora segue a disposição do CRMV-RS, entidades, empresas e profissionais durante o ano. O presidente do CRMV-RS, Air Fagundes dos Santos, destaca a funcionalidade do Espaço. “Realizamos eventos dos mais diversos tipos, oferecendo aos palestrantes e ao público, as melhores condições para o desenvolvimento de suas ativida- des”, avalia. O local conta com infra-estrutura de áudio e vídeo e de cozinha. A inauguração do Espaço Alternativo, em 28 de agosto, reuniu profissionais, autoridades e representantes de A Divulgação CRMV-RS Espaço Alternativo sediou reuniões, palestras e confraternizações outros CRMVs, entidades e empresas. As obras foram coordenadas pelo tesoureiro do CRMV-RS, Mauro Gregory, responsável por obter o patrocínio de empresas que viabilizaram a construção sem a utilização de recursos financeiros do Conselho. “Agora temos mais um espaço em condições de ser utilizado pelos profissionais e empresas durante todo o ano, com qualidade para a realização dos eventos de interesse de nossa profissão”, destaca. Cada um dos apoiadores da construção recebeu uma estátua de gaúcho como agradecimento. Resgate histórico A primeira sede dos médicos veterinários no Parque Assis Brasil ficava localizada em frente ao pavilhão dos bovinos de corte. No entanto, na década de 1980 aconteceu a transferência para o atual local, em um prédio com melhores condições e cuja mudança foi considerada vantajosa. Na época, a Casa do Veterinário era adminis- trada, principalmente, pela Sovergs, em parceria com outras entida- des. Da primeira sede, não restam mais evidências, uma vez que a o prédio foi ampliado constantemente, até chegar à estrutura atual. Aulas simuladas Simuladores, vídeos e softwares oferecem alternativas para reduzir a utilização de animais em sala de aula. PÁGINA 10 Congresso Nacional A 35ª edição do Con- gresso Brasileiro de Veterinária (Conbravet) será realizada em Gramado, em 2008. PÁGINA 12 Homenagens no Dia do Veterinário Homenagens no Dia do Veterinário Divulgação AMPLIAÇÕES DA CASA DO VETERINÁRIO QUALIFICARAM SEDE DO CRMV-RS EM ESTEIO

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Page 1: Jornal CRMV Nov-2007 · veterinário Rafael Renner na palestra de inauguração do Espaço Alternativo. Segundo o consultor do Frigorífico Mercosul, alguns criadores chegam a registrar

CRMVs traçam estratégias conjuntas em encontro em Porto AlegrePÁGINA 4

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO RS - ANO XIII Nº 58 - SET/OUT 2007

PÁGINA 7

Veterinária& Zootecnia

ImpressoEspecial

0879/2002 - DR/RSCRMV/RS

CORREIOS

Um novo espaço parareunir os profissionais

concretização de um sonho. Assim foi expressa por mui tos médicos veterinários a satisfação

pela ampliação da Casa do Veterinário, em Esteio. O prédio cons t ru ído no Pa rque de Exposições Assis Brasil, onde anualmente acontece a Expointer, recebeu um segundo pavimento e se consolidou como um qualifica-do local para a realização de eventos. O Espaço Alternativo, como é chamado, sediou reuniões, palestras, lançamentos e confrater-nizações nos nove dias de feira em 2007 e agora segue a disposição do CRMV-RS, entidades, empresas e profissionais durante o ano.

O presidente do CRMV-RS, Air Fagundes dos Santos, destaca a funcionalidade do Espaço. “Realizamos eventos dos mais diversos tipos, oferecendo aos palestrantes e ao público, as melhores condições para o desenvolvimento de suas ativida-des”, avalia. O local conta com infra-estrutura de áudio e vídeo e de cozinha. A inauguração do Espaço Alternativo, em 28 de agosto, reuniu profissionais, autoridades e representantes de

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Espaço Alternativo sediou reuniões, palestras e confraternizações

outros CRMVs, entidades e empresas.

As obras foram coordenadas pelo tesoureiro do CRMV-RS, Mauro Gregory, responsável por obter o patrocínio de empresas que viabilizaram a construção sem a utilização de recursos financeiros do Conselho. “Agora temos mais

um espaço em condições de ser utilizado pelos profissionais e empresas durante todo o ano, com qualidade para a realização dos eventos de interesse de nossa profissão”, destaca. Cada um dos apoiadores da construção recebeu uma estátua de gaúcho como agradecimento.

Resgate históricoA primeira sede dos médicos veterinários no Parque Assis Brasil

ficava localizada em frente ao pavilhão dos bovinos de corte. No entanto, na década de 1980 aconteceu a transferência para o atual local, em um prédio com melhores condições e cuja mudança foi considerada vantajosa. Na época, a Casa do Veterinário era adminis-trada, principalmente, pela Sovergs, em parceria com outras entida-des. Da primeira sede, não restam mais evidências, uma vez que a o prédio foi ampliado constantemente, até chegar à estrutura atual.

Aulassimuladas

Simuladores, vídeos e s o f t w a r e s o f e r e c e m alternativas para reduzir a utilização de animais emsala de aula.

PÁGINA 10

CongressoNacional

A 35ª edição do Con-gresso Brasi leiro de Veterinária (Conbravet) s e r á r e a l i z a d a e mGramado, em 2008.

PÁGINA 12

Homenagensno Dia do

Veterinário

Homenagensno Dia do

Veterinário

Divulgação

AMPLIAÇÕES DA CASA DO VETERINÁRIO QUALIFICARAM SEDE DO CRMV-RS EM ESTEIO

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Anverso... De quem é a culpa?EXPEDIENTE

O jornal Veterinária & Zootecnia é um veículo de divulgação da classedos médicos veterinários e dos zootecnistas, editado pelo ConselhoRegional de Medicina Veterinária do RS (CRMV-RS). Os textos sãode responsabilidade dos autores.

DIRETORIA EXECUTIVA DO CRMV-RS

PresidenteAir Fagundes dos Santos

Vice-presidenteMaria Helena Amaral

Secretário-geralJosé Arthur de Abreu Martins

TesoureiroMauro Gregory Ferreira

Conselheiros efetivosElci Lotar Dickel, Hélvio Tassinari dos Santos, Maristela LovatoFlores, Vera Lúcia Machado da Silva, Carlos de Lima Silveira eJosé Braz Mariosi

Conselheiros suplentesAna Mirtes de Souza Trindade, Rosane Maia Machado, RodrigoMarques Lorenzoni, Margarete Maria Paes Iesbich, JulianaIracema Milan e Angélica Pereira dos Santos

JORNAL VETERINÁRIA & ZOOTECNIA

Conselho editorialAir Fagundes dos Santos, José Arthur de Abreu Martins, RosaneMaia Machado e Leandro Brixius

Projeto GráficoRodrigo Vizzotto

Jornalista responsávelLeandro Brixius – RP 9468

ChargeMéd. Vet. Hudson Barreto Abella

Diagramação e Impressão

Tiragem12 mil exemplares

Endereço para correspondência

CRMV-RS – Rua Ramiro Barcellos, 1793, 2º andar – Bom FimPorto Alegre – RS – CEP 90035-006 – Fone/Fax: 51 2104 0566E-mail: [email protected] / www.crmvrs.gov.br

SECRETARIAS REGIONAIS

Secretaria Passo Fundo – Rua General Osório, 1204/602CEP 99010-140 – Fone/Fax: 54 3317 2121E-mail: [email protected]

Secretaria Pelotas – Rua Andrade Neves, 2077/402CEP 96020-080 – Fone/Fax: 53 3227 0877E-mail: [email protected]

Secretaria Santa Maria – Rua Appel, 475 – Prédio Sindicato RuralCEP 97015-030 – Fone/Fax: 55 3223 6824E-mail: [email protected]

www.crmvrs.gov.br

2 setembro e outubro 2007

Veterinária& Zootecnia

EDITORIAL

o consumo de alimentos de origem animal talvez esteja toda a explicação para a aproximação do homo sapiens.

Entre os mais antigos alimentos, provavelmente estava o leite de cabra, mostrado em desenhos, por volta de dez mil anos, na Mesopotâmia ou mais ao leste, na Ásia. Mais tarde, o historiador grego Heródoto, em torno de 500 a.C., deixou registrado a existência de um pão preparado com grãos de lótus misturados com leite e água, e quando consumido quente era leve e de fácil digestão. O leite de cabra, de ovelha, de égua e, mais tarde, de vaca, continuou a ser consumido pelos povos: egípcios, gregos, romanos, bárbaros etc, até chegar à Europa do século 17, onde a população rural era na ordem de 80% a 90%, como novo modismo - o café com leite. Entre nós, as grandes reservas genéti-cas da produção de leite e carne, principais fontes de proteínas de origem animal no mundo globalizado, foram muito bem representadas na recente mostra da Expointer 2007, indicando que esses produtos chega-ram para ficar na mesa do consumidor.

Ora, se os alimentos de origem animal chegaram para ficar, por que são maltratados? Por que o leite, pelos últimos escândalos de fraude, mesmo sendo alimento de primeira linha para crianças, jovens e adultos, caiu na vala comum da ganância do homem na

Nbusca de lucros fáceis? Por que da desatenção dos governantes de garantir a fiscalização por médicos veterinári-os, pelo simples fato de alegar falta de recursos para contratações e/ou melhores salários e para garantir infra-estrutura no exercício profissional.? Ou será que a saúde pública tem preço? Onde fica a segurança alimentar, cantada em trova e versos? São perguntas que não encontram respos-tas! Porém, são perguntas que tradu-zem com certeza a outra face da moeda, o anverso da moral. Ou seja, que parte de quem esta na cadeia de produção esteja querendo levar vantagem em tudo, como uma não tão antiga propaganda de cigarros. São eles: produtor, industrial e distribuidor que, pelo Código do Consumidor, respondem por isso, inclusive o profissional, seja ele dirigente, fiscal ou responsável técnico, que deixou de zelar pelo seu métier.

Como diz um ditado popular: existem males que vêm para o bem. Pensando melhor, vem a nossa mente o que disse Martin Luther King, circulando na internet, sobre o silêncio dos bons: "o que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética. O QUE MAIS PREOCUPA É O SILÊNCIO DOS BONS!" A nossa manifestação neste momento, médicos veterinários e zootecnistas, é indispensável.

HUMOR

Gráfica RJR Ltda

Air dos Santos* Fagundes

OPINIÃO

* Presidente do CRMV-RS

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AMPLIAÇÃO DA CASA DO VETERINÁRIO POSSIBILITOU REALIZAÇÃO DE EVENTOS DIVERSIFICADOS

3setembro e outubro 2007

Veterinária& Zootecnia

Palestras, confraternizações eintegração na Expointer 2007

O manejo incorreto e o estresse provocado nos animais podem fazer com que um bovino perca até 8,5% do seu peso vivo entre os preparativos para o embarque e a chegada aos currais dos frigorífi-cos. O dado foi apresentado pelo veterinário Rafael Renner na palestra de inauguração do Espaço Alternativo. Segundo o consultor do Frigorífico Mercosul, alguns criadores chegam a registrar prejuízos de R$ 200 mil por ano devido aos descontos realizados pelas marcas nas carcaças. Nas indústrias, as perdas são na redução da oferta de matéria-prima para a exportação, que rende até quatro vezes mais do que os valores pagos no mercado

sedia o Congresso Brasileiro de Veterinária (Conbravet), cujo lançamento aconteceu no dia 27. Programado para a cidade de Gramado, o evento científico, considerado o maior na área da medicina veterinária, vai marcar as comemorações de 70 anos da Sovergs. No dia seguinte, 28, o ex-secretário de Desenvolvimento Rural do Mato Grosso, Heitor David Medeiros, apresentou a experiência daquele estado na produção de carne orgânica. Ao final da tarde, o médico veteriná-rio Cláudio Real foi homenageado pela Revista A Hora Veterinária com a Comenda do Mérito da Medicina Veterinária Brasileira.

Um projeto de marketing profissional foi apresentado pelo presidente do CRMV-CE, José Maria dos Santos, no dia 29, pedindo a avaliação dos demais Conselhos antes da apresentação na Câmara de Presidentes. Em seguida, a Asgav lançou o I Congresso Sulbrasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios, que acontecerá no

rogramação in tensa , variada e abrangente foram as marcas das atividades realizadas na

Casa do Veterinário durante a Expointer 2007. Os profissionais e convidados tiveram a oportuni-dade de participar de palestras e lançamentos de eventos desde o manejo de bovinos, até a criação de chinchilas. A presença do público foi marcante durante os dias da feira.

No dia 25 de agosto, foi lançado o II Congresso Latino-Americano de Criadores de Chinchila, que aconteceu dias 12 e 13 de outubro, em Viamão, e debateu, entre outros temas, os processos de curtimento e o mercado de peles no mundo. No final da tarde do dia 26, os CRMVs de onze estados conhece-ram uma proposta de integração a um portal na internet para divulga-ção profissional e o programa de TV Repórter Vet, que está sendo desenvolvido em parceria pela Ulbra TV e pelo CRMV-RS.

Em 2008, o Rio Grande do Sul

P

próximo ano, com a presença significativa de público e autori-dades. No dia 30, os zootecnistas do sistema CFMV/CRMVs de todo o país reuniram-se na Casa do Veterinário. No mesmo dia, o professor da UFMG, Marcos Veiga, falou a respeito do merca-do de leite e o papel exercido pelo médico veterinário nesse

contexto. A semana se encerrou com o encontro dos formandos da turma de 1966 da UFRGS e com a homenagem póstuma por um grupo de parasitologistas ao professor Pedro Cabral Gonçalves, dentro da programa-ção da Academia Rio-grandense de Medicina Veterinária, no dia 31.

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Público prestigiou a programação na Casa do Veterinário durante a Expointer

EVENTO

Manejo e transporte adequados podem garantir maior renda aos criadores

DE 60% A 70% DAS CONDENAÇÕES DE

CARCAÇA SÃO ORIUNDAS DO

MANEJO NO CAMPO

interno. Percentual-mente, de 60% a 70% das condenações de carcaça são oriundas do manejo no campo, de 15% a 20% no transporte, 5% no frigorífico e o restante em outras causas.

Renner ensinou que os cuidados para evitar essas perdas começam no manejo na proprie-dade, em ambiente tranqüilo e durante toda a criação, não somente quando os animais estão próximos do abate. O embarque e o transporte são apontados pelo veterinário como momentos críticos nesse processo de levar os

animais do campo ao frigorífico. Em muitas propriedades, os embarcadouros es tão mal localizados e com diferenças de altura com relação aos caminhões.

Além disso, os veículos não têm um desenho ade-quado, as portas são e s t r e i t a s e h á excesso de divisóri-as. A indicação é de c o l o c a ç ã o d a s portas na lateral e com maior largura,

piso firme e antiderrapante. Antes de partir, deve-se aguardar 15 minutos para entrar em movimen-to, permitindo a ambientação dos animais.

A lotação é outro ponto importante a ser observado. O padrão é de 500 quilos de animal vivo por metro quadrado. As velocidades máximas devem ser observadas e a cada 40 minutos em estradas de terra e duas horas em rodovias asfaltadas, devem ser realizadas paradas. “Motoristas treinados reduziram em 50% as lesões nas carcaças”, contabiliza. O desembarque é o ponto final desse processo e deve ocorrer em, no máximo, 12 minutos. “Em geral, são realizadas adequações simples e sem grande necessidade de investimentos, mas que revertem na melhoria da carne e na maior rentabilidade dos produtores”, finalizou.

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in tegração en t re os conselhos regionais de Medicina Veterinária é fundamental para o bom

atendimento aos profissionais.

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Veterinária& Zootecnia

Integração foi o foco de encontroadministrativo de CRMVs

Excelência da Região Sul ficou evidenciadaNas discussões realizadas nos

grupos, foi destacado o bom nível de integração já alcançado pelos três CRMVs da Região Sul e seu nível de excelência nos procedimentos realizados, fruto de oportunidades anteriores de troca de experiências e intercâm-bio entre os servidores. Para a chefe do setor de registros do CRMV-RS, Carla Bavaresco, a integração dos conselhos é importante, especialmente, para os médicos veterinários e zootecnistas classificados como pessoa física. “Alguns desses profissionais trabalham em mais de um estado ou se transferem e necessitam de precisão e agilidade nas informações e nos processos para que não tenham prejuízos”, explica.

Nesse sentido, no grupo que tratou de assuntos administrati-vos e financeiros foram discuti-dos os trâmites entre os CRMVs

para otimizar os processos, como a troca de dados e de informações. Um dos objetivos é, também, evitar fraudes. As transferências e as inscrições secundárias serão encaminhadas por cada regional de forma individuali-zada. Além disso, os setores de registro e cobrança de cada CRMV irão trocar informações para localizar profissio-nais inadimplentes.

A padronização nos procedimentos de fiscalização nos três estados do Sul também foi destacada. “No Rio Grande do Sul, temos nove fiscais em atividade, que rodam todo o estado a cada 90 dias”, detalha o chefe do setor de fiscalização do CRMV-RS, José Pedro Martins. Um dos temas tratados foi a fiscalização de laboratórios

clínicos humanos que realizam exames para animais, entendendo que, como a atividade base se refere a humanos, não deve ser cobrado registro no CRMV, mas sim ser exigido o responsável

técnico e o cadastra-mento da empresa como isenta de a n u i d a d e . P a r a laboratórios veteri-nários, é exigido registro e RT. “É importante orientar o s l abo ra tó r io s sobre a necessidade d e u m m é d i c o veterinário como

responsável técnico e orientar os médicos veterinários para utilizar laboratórios regularizados”, afirma. Na investigação de denúncias de exercício ilegal da profissão na qual não há provas, porém indícios e relatos de profissionais aos fiscais ou

setembro e outubro 2007

EVENTO

REPRESENTANTES DA REGIÃO SUL E DE ESTADOS CONVIDADOS ESTIVERAM REUNIDOS EM PORTO ALEGRE

Com esse objetivo, foi realizado, em Porto Alegre, dias 27 e 28/08, o 4º Encontro Administrativo dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária da Região Sul e

Convidados, reunindo, além das equipes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, represen-tantes do Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Ceará, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As atividades aconteceram na sede do CRMV-RS e também no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, já que o evento coincidiu com a realização da Expointer.

O presidente do CRMV-RS, Air Fagundes, destaca a necessidade de integração e discussão dos problemas comuns encontrados pelos conselhos em sua adminis-tração. “Muitas vezes, um procedi-mento administrativo ou de fiscalização realizado por um conselho pode servir de exemplo para resolver a dificuldade de outra autarquia do sistema”, exemplifi-ca. Um ponto importante para o sucesso desse objetivo é a partici-

pação dos servidores no Encontro, uma vez que as diretorias têm mandatos temporários e são os funcionários os responsáveis por manter a padronização no atendi-mento. Para otimizar as discussões, os participantes foram divididos em grupos por temas: fiscalização, diretoria, jurídico, saúde pública e financeiro / contábil / administrati-vo / informática.

A abertura do Encontro foi realizada com a palestra do presidente do Centro Paname-ricano de Febre Aftosa (Panafto-sa), Albino Belotto, primeiro médico veterinário brasileiro a assumir a direção do órgão. A partir do tema “Pespectivas da Saúde Pública Veterinária no Século XXI”, Belotto informou que a entidade dará ênfase às zoonoses, considerando que 60% das patologias humanas têm vindo de animais.

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Encontro aconteceu na sede do CRMV-RS e também teve atividades na Expointer

delegados, deverá ser elaborado um relatório com base em depoimentos para encaminha-mento ao Ministério Público no município. Nesses casos, deve-se tentar configurar também, maus tratos aos animais e falsidade ideológica.

Na área jurídica, foi debatida a proposta de um projeto de lei para criação de um receituário veterinário, semelhante ao utilizado pelos agrônomos, a ser exigido obrigatoriamente para a comercialização de medicamen-tos veterinários. Também foi abordada a necessidade de um convênio com a Receita Federal para obtenção de dados para utilização nas execuções fiscais. O CFMV já possui o convênio e será solicitado um aditamento ao contrato para que os regionais também tenham acesso na consulta de endereços de profissionais e empresas.

BOM NÍVEL DE INTEGRAÇÃO JÁ

ALCANÇADO PELOS TRÊS CRMVS DA REGIÃO SUL FOI

DESTACADO

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Campo de atuação do zootecnistadebatido em Fórum Nacional

O campo de atuação dos zootecnistas foi discutido durante do Fórum Nacional de Zootecnistas do Sistema CFMV/CRMVs, reunindo, aproximadamente, 30 pessoas, na Casa do Veterinário, durante a Expointer 2007. Na reunião, também foram escolhidos representantes para as comissões de ensino de zootecnia e de responsabilida-de técnica de zootecnia no Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o que fez com que os resultados do encontro fossem considerados

positivos pela coordenadora e conselheira suplente do CRMV-RS, Angélica dos Santos. Estiveram presentes no Fórum, zootecnistas de Minas Gerais, Paraná, Roraima, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Acre, São Paulo e Goiás, além do Rio Grande do Sul, e de representante do CFMV. O presidente da Associação Brasileira de Zootecnia (ABZ), Severino Benone, t ambém par t i c ipou das atividades. Em março de 2008 acontecerá uma nova reunião, em Cuiabá.

Dissídio de 2005 está disponível aos empregados

NOTÍCIAS

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Veterinária& Zootecnia

Odissídio de 2005 dos médicos veterinários já foi julgado e o Acórdão do Tribunal do Trabalho

dá algumas vantagens aos profissionais, como recomposi-ção salarial, horas-extras e trabalho em domingo e feriados. A cópia do documento pode ser solicitado ao Sindicatos dos Médicos Veterinários (Simvet) e apresentada ao empregador. “O processo de construção de um dissídio é longo e quanto maior a part icipação dos colegas, melhores são os resultados alcançados”, alerta o presidente do Simvet/RS, José Romélio Aquino.

As discussões do dissídio iniciam-se cerca de 90 dias antes da data-base, em 1º de novembro.

É marcada uma assembléia e então publicado um edital em jornal de circulação estadual. Na data da Assembléia, respeitado o horário de convocação, apresen-ta-se a pauta e aprova-se item a item as reivindicações, lavrando-se, então, a ata. Com esse documento, convidamos os sindicatos patronais para negoci-ação, por meio de sedex com aviso de retorno, com prazo de 10 a 15 dias para que os patronais tenham tempo de comparecer à reunião. “Em geral, os patronais não aparecem para negociação”, constata. Essa ausência exige o envio de um pedido para a Delegacia Regional do Trabalho para que convide os sindicatos patronais para negociação, que também costumam não compare-

setembro e outubro 2007

cer à reunião. A Delegacia emite uma certidão de que houve a tentativa de negociação. “Visto não haver mais possibilidade de entendimento pacifico, só resta a via judicial”, diz José Aquino.

O procedimento adotado é enviar, ao Tribunal Regional do Trabalho, cópias autenticadas do Estatuto, das atas, das certidões, das cartas remetidas, dos avisos de retorno que elas foram recebidas, dos convites da Delegacia com seus Ars, antes do dia 1º de novembro. O cumpri-mento da data é fundamental, uma vez que se estiver após o prazo não há processo de dissí-dio. Após, é aguardado o anda-mento do processo e a sentença. “Em sua defesa, os patronais alegam que o Simvet/RS não é

competente para ajuizar a ação e que não representam empregado-res de veterinários, entre outras coisas”, explica.

Para que todo esse processo ocorra, as despesas com advoga-do, edital, correio e tabelião ficam em R$ 2,1 mil, aproxima-damente, além do tempo do funcionário e despesas de expediente da estrutura do s ind ica to . “Agora que o Congresso vai votar a Con-tribuição facultativa, o que inviabiliza o Sindicato, é impor-tante que os colegas pensem em como será viabilizado esse trabalho pela classe, alerta o presidente do Simvet/RS. No dia 7 de dezembro haverá assembléia para aprovação de contas e votação do orçamento de 2008.

Câmara aprova criação de Conselho de ZootecniaA Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara

dos Deputados aprovou, em 23 de agosto, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 1372/03, do deputado Max Rosenmann (PMDB/PR), criando os conselhos federal e regionais de Zootecnia. Agora, o tema está em análise no

Jornada trata da conjunturada pecuária de corte

Aproximadamente 120 pessoas, entre estudantes e profissionais, participaram da II Jornada Técnica em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeias Produtivas, organizada pelo Núcleo de Estudos nesse tema n o D e p a r t a m e n t o d e Zootecnia da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dias 27 e 28 de setembro. Entre os principais temas discutidos, está a conjuntura do mercado e o uso de estratégias tecno-

lógicas para a pecuária de corte. Os organizadores agradecem o apoio da UFRGS, Propesq, Faculdade de Agronomia, Associação B r a s i l e i r a d e A n g u s , Associação Brasileira de Hereford e Braford, M3teh, Agência W3Marias e CRMV-RS, assim como o patrocínio de Azevedo Bento, Merial, Pfizer, Serrana, Semeia Genética e Shering Ploug. Em 2008, a III Jornada está confirmada para a mesma época.

Senado. Em caso de aprovação, os zootecnistas terão de registrar-se até 30 dias após a instalação dos conselhos regionais para o exercício da profissão. O autor do projeto apontou as especificações da área e o grande número de zootecnistas como razões para a criação das autarquias.

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Veterinária& Zootecnia

Resistência aos anti-helmínticos

setembro e outubro 2007

DEBATE

Augusto Langeloh*

O que é resistência?Considera-se que os helmintos são resistentes aos fármacos antiparasitários quando a dosagem correta de um produto de boa qualidade, adequadamente administrado, não consegue eliminar a quase totalidade dos parasitos. Não é correto falar em resistência quando se usa sub-dosagem, produto de baixa qualidade, vencido (decomposto) ou “substância química errada”. A resistência acontece de forma

variada entre as diferentes regiões e propriedades e aumenta pelo “manejo parasitológico” incorreto.

Qual a incidência de helmintos resistentes?A resistência aos anti-helmínticos está se ampliando devido aos relativamente poucos grupos químicos ativos. Existem três ou quatro classes químicas principais, como por exemplo imidazotiazois, benzimidazois e lactonas macrocíclicas, dentro das quais os compostos atuam por mecanismo de ação similar ou idêntico. É comum a resistência a um composto particular ser acompanhado por resistência a

outros membros do grupo químicos. A resistência aumenta diretamente com a freqüência de uso do(s) fármaco(s).

Como impedir ou retardar o aparecimento de resistência?Não há como impedir, mas pode-se retardar. Só trate com base num exame de fezes de amostra representativa da população a ser tratada. Adote práticas de manejo que reduzam a exposição aos parasitos (reinfestações) e que minimizem a freqüência de uso de anti-helmínticos. Reveze entre bovinos e ovinos nas pastagens (importante nas infestações por nematódeos Cooperia e Ostertagia, pouco útil

no caso Haemonchus). Descanse as pastagens. Reveze, amiúde ou lentamente, entre fármacos com distintos mecanismos de ação (níveis signifi-cativos de resistência são observados após o emprego da mesma classe de anti-helmíntico por nove ou dez gerações de helmintos). Decida-se pelo tratamento fundamentado no exame de fezes, no tipo de helminto, na carga de infestação e na escolha do fármaco mais eficaz contra essa infesta-ção. O produto deve ser de laboratório farmacêutico bem conceituado (produtos bem sucedidos comercialmente costumam ser falsificados, por isso suspeite de produtos cujo preço está (muito) abaixo do preço de mercado). Adquira o medicamento em estabelecimento idôneo, com respon-sável técnico (os produtos devem ser conservados em condições mínimas evitando a sua deterioração – ao abrigo da luz solar, calor e umidade). Obedeça ao prazo de validade. Evite embalagens com sinais de violação. Prefira os produtos com uma única substância ativa (denominados de “monodrogas”). Use a dosagem e a via recomendada pelo fabricante ou fundamentado em um bom livro de Farmacologia. Separe os animais a serem tratados em lotes de massa corporal o mais homogênea possível. Administre o produto corretamente: se recomendado por via SC, não deve ser IM e vice-versa. Se oral, não deve ser pulmonar.

Outros cuidadosConfira o sucesso do tratamento por meio de exames de fezes. Lembre que os produtos com longo efeito residual exigem longos períodos de retirada (ou abstinência) antes de destinar ao abate para consumo humano. O leite dos animais lactantes não deve ser destinado ao consumo humano durante o período de retirada.

Outras informaçõesNa página http://cnia.inta.gov.ar/helminto, uma rede de helmintologia patrocinada pela FAO recentemente realizou uma conferência eletrônica sobre resistência e constitui uma fonte para conhecer a realidade da resistência aos anti-helmínticos na América do Sul.

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5* Médico Veterinário, professor aposentado de Farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

e presidente da Academia Rio-grandense de Medicina Veterinária. [email protected]

Divulgação

Ovos, larva-3 infectante e exemplares adultos de Haemonchus contortus, e exemplares de Cooperia e Oesophagostomum

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P a r a a p r o f e s s o r a d a Universidade de São Paulo (USP),

J ú l i a M a r i a Mattera, os mé-todos alternativos de t re inamento c i r ú r g i c o v ê m ganhando cada vez mais espaço em todo o mundo. "Nos Estados Unidos, das 31 faculdades d e m e d i c i n a veterinária exis-t en tes , 27 não fazem mais uso de

animais vivos", enumera. Além da utilização de cadáveres e de

ENSINO

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Veterinária& Zootecnia

setembro e outubro 2007

Aumentam alternativas à utilizaçãode animais em sala de aula

uso ou não de animais em aulas e experimentos científicos rompeu os limites das discussões nos

meios acadêmicos e entrou para as conversas do cotidiano de muitas pessoas quando, em junho, um e s t u d a n t e d e B i o l o g i a d a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) conquis-tou, na Justiça, o direito de não participar de aulas práticas em que se dissecam animais. No final de agosto, a liminar que concedia a Róber Bachinski, de 21 anos, o direito de fazer trabalhos teóricos no lugar da dissecação de rãs e ratos foi derrubada no Tribunal Regional Federal após recurso da Univer-sidade.

O argumento do estudante é de que matar animais para as aulas vai contra sua consciência e a discussão ganhou outros rumos, questionan-do, também, até que ponto é necessário o uso de animais e quais são as opções para substituição por outras alternativas. Segundo a UFRGS, as cobaias são criadas na instituição e sacrificadas em procedimentos “indolores e rápidos”.

A integrante da Comissão de Bem-estar Animal do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS), Graciela Naibert Giurni, diz que estão sendo pesquisadas alternativas para reduzir a utilização dos animais no ensino. “Hoje temos acesso a vídeos, simulações por computa-dor, modelos de tecidos e órgãos”,

O

Divulgação

Vídeos e programas de informática estão entre as opções mais utilizadas

LIMINAR OBTIDA POR ESTUDANTE LIBERANDO DE PARTICIPAR DE DISSECAÇÕES COLOCOU ASSUNTO EM DISCUSSÃO

cita. Além disso, a médica veteriná-ria defende o uso de animais que m o r r e r a m p o r doenças ou aciden-tes, reduzindo a necess idade de sacrifícios de ani-mais saudáveis. Segundo Graciela, o tema foi bastante discutido no último Congresso Inter-nacional de Bem-estar Animal, no Rio de Janeiro, no qual palestrantes apresentaram as inovações na área (veja sugestões de sites abaixo).

ALÉM DE UM AVANÇO ÉTICO, MÉTODOS

ALTERNATIVOS SÃO UM PROGRESSO NO

QUE DIZ RESPEITO AO ESTRESSE DOS ESTUDANTES

Uso de cobaias exige observação de regrasO uso de cobaias é essencial em algumas áreas e

pesquisas. Para garantir que os animais sejam respeitados, há regras que orientam sobre as práticas, sistemas de criação e a eliminação. De acordo com o coordenador da Comissão de Ética e Experimentação Animal do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Wothan Tavares de Lima, utilizar as cobaias com “respeito” significa fornecer ao animal um espaço mínimo para o seu desenvolvimento, em um ambiente apropriado, o mais próximo possível do seu habitat natural. Além disso, no momento do

sacrifício, deve-se ministrar doses de analgésicos, para minimizar o desconforto do bicho, entre outras práticas adequadas. No Brasil, apesar dessas especificações, o conceito ainda é vago em razão da falta de regulamentação. O projeto de lei que visa preencher esta lacuna está em tramitação na Câmara dos Deputados há 12 anos, sem ter entrado em votação. “A comunidade científica acha importante que haja uma lei específica para o País e a sociedade precisa saber disso. É preciso esclarecer as pessoas sobre o nosso trabalho”, afirma Lima.

Sites apresentamsugestões

www.surgicalsimulators.comwww.interniche.orgwww.clive.ed.ac.uk

www.vetmed.ucdavis.edu/animal_alternatives

www.humanelearning.infowww.eurca.org

www.vet.ed.ac.uk/animalpain

vísceras de animais abatidos em matadouros, existem diversos aparelhos e instrumentos que simulam órgãos e tecidos para o treinamento de estudantes. "No Brasil, no entanto, a maioria das faculdades ainda usa animais vivo", aponta.

A professora destaca que, além de um avanço ético, o método é um progresso no que diz respeito ao estresse ao qual o estudante é submetido. "Para grande parte dos alunos era difícil ver o cão todo feliz, brincando com eles antes da aula, sabendo que depois iríamos anestesiá-los e sacrificá-los. Sem esse tipo de estresse o aluno fica mais tranqüilo e consegue absorver mais o conteúdo da aula", constata.

A aceitação entre os alunos é alta. A dissertação desenvolvida pela pesquisadora Rosane Maria Guimarães da Silva, na Faculdade de Medicina Veter inár ia e Zootecnia da USP, aponta que entre 190 estudantes que cursaram a disciplina de Técnica Cirúrgica entre 2001 e 2003, 93,29% são a favor do método de ensino que inclui o treinamento inicial em cadáveres, seguido de castrações em campanhas. Com relação à assimilação do conteúdo, 84,79% consideraram que foi boa. Segundo Júlia Matera, alguns alunos ainda consideram inadequado utilizar os animais mortos em sala de aula no lugar dos vivos, que dariam mais realismo ao aprendizado. Porém, para ela, "anormal é usar animal vivo para o treinamento básico".

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Veterinária& Zootecnia

Langeloh é o novo presidente da Academia

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ACADEMIA

Academia Rio-gran-dense de Medicina Veterinária está sob o comando uma nova

diretoria desde o dia 14 de setembro. Na eleição promovida pelos acadêmicos, o professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Augusto Langeloh, foi escolhi-do presidente. A cerimônia de posse reuniu acadêmicos e representantes de entidades no auditório do CRMV-RS.

Entre os projetos definidos pela nova gestão, estão a implementação das comissões regimentais permanentes de recuperação da história da Medicina Veterinária e a Comissão Cient í f ica , de Editoração e Difusão Cultural, construção de um canal de comunicação e a participação ativa nas reuniões científicas e técnicas promovidas pelas várias associações da classe.

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Divulgação C

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ACADÊMICO FOI ELEITO EM SETEMBRO E IMPLEMENTAÇÃO DE COMISSÕES ESTÁ ENTRE AS METAS

Além disso, deve ser editado um novo exemplar dos Anais da Academia.

Langeloh é acadêmico desde 19 de maio de 2005 e ocupou o cargo de vice-presidente na gestão anterior. A diretoria ainda é composta pelo vice-presidente Augusto César da Cunha, pelo secretário Hilton Machado Magalhães e pelo tesoureiro Antônio de Pádua da Silva Filho. O conselho fiscal é composto por Huldo Cabral Cony, Sérgio Paixão Padilha e V l a d i m i r P i n h e i r o d o Nascimento, além do suplente Édison Armando de Franco Nunes.

Em seu discurso de despedi-da, o ex-presidente José Carlos Coelho Nunes destacou algumas iniciativas da gestão, como a regularização da natureza jurídica da Academia, a adapta-ção do Estatuto Social às exigências do novo Código

Civil Brasileiro, a criação do prêmio Virgínio Teixeira dos Santos, a primeira concessão honorífica ao professor Cláudio Martins Real, o reverenciamen-to póstumo aos acadêmicos

Cunha e Langeloh estão a frente da nova diretoria da Academia

Pedro Cabral Gonçalves e Mozart Pereira Soares, a inauguração da galeria de ex-presidentes e o início do proces-so de admissão de três novos acadêmicos titulares.

médico veterinário Carlos Estevão Quintana da Rosa foi homenageado com o prêmio Virgínio Teixeira dos Santos, distinção dla Academia Rio-

grandense de Medicina Veterinária em reconhecimento por seus trabalhos em prol do sanitarismo animal. A premiação aconteceu em uma assembléia geral extraordinária, juntamente com a comemoração do dia do médico veterinário, em 18 de setembro, na Ulbra, em Canoas.

O Prêmio foi instituído com a finalidade de preservar e reverenciar a memória do saudoso médico veterinário Virgínio Teixeira dos Santos, um dos membros titulares fundadores e que no exercício profissional de quase cinco décadas como sanitarista, pesquisador e professor tornou-se reconhecido como uma das proeminentes expressões da Medicina Veterinária. O premiado foi selecionado dentre

os concorrentes por uma Comissão Científica nomeados pela direção da Academia, formada pelos acadêmicos Augusto César da Cunha, Augusto Langeloh e Vladimir Pinheiro do Nascimento. O acadêmico José Carlos Coelho Nunes fez o pronunciamento de entrega de uma placa simbolizando a premiação.

Quintana nasceu em Bagé e formou-se médico veterinário na UFRGS, em 1970. Foi docente na Faculdade de Medicina Veterinária da UFPel, consultor científico e gerente regional da Bayer S.A., presidiu o Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS (CRMV-RS) (1981 a 1987), a Sociedade de Veterinária do RS e, fora do âmbito profissio-nal, a Associação de Pais e Mestres do Instituto Metodista de Educação e Cultura. Foi gerente de vendas, depois gerente geral e, desde 1996, é diretor presidente do IRFA Química e Biotecnologia Industrial Ltda.

O médico veterinário Hélvio Tassinari dos Santos, filho de Virgínio Teixeira dos Santos, não pôde participar da cerimônia e enviou uma correspondência à Academia, cujos trechos publicamos abaixo:

“Agradecemos à Academia pela honrosa homenagem prestada ao nosso pai, na instituição do Prêmio que leva o seu nome, o que jamais será esquecido por nós. (...)Dr. Quintana, a sua escolha foi para nós motivo de grande orgulho, pois reflete a dedicação e preocupação do médico veterinário na prevenção e controle de enfermidades, não só que causam prejuízos econômicos, mas também na saúde pública. Gostaríamos de, ao cumprimentá-lo, expressar nosso reconhecimento juntamente com a Academia, pela justa e merecida homena-gem que sem dúvida é o fruto de um trabalho sério e competente daquele que tem contribuído durante sua vida profissi-onal para o desenvolvimento e aprimora-mento de produtos e serviços direcionados à base da pecuária gaúcha e nacional, ou seja, a defesa sanitária animal, projetando o Rio Grande do Sul no cenário nacional e internacional.”

Quintana recebe PrêmioVirgínio Teixeira dos Santos

O

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Fique atento

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NOTÍCIAS

INSCRIÇÕES JÁ FORAM REALIZADAS NO INCRA E PROVAS SERÃO EM BREVE. OBRAS AINDA NÃO COMEÇARAM

NOTAS

InadimplentesO CRMV-RS está concedendo uma nova oportunidade para empresas e profissionais para a regularização de débitos por meio de parcelamento ou concedendo prazos, evitando assim cancelamentos de responsabilidade técnica e ajuizamentos. Entre em contato para regularização com o setor financeiro, pelo telefone 51 2104 0554 e e-mail [email protected], ou com o setor jurídico, pelo telefone 51 2104 0566 e e-mail [email protected].

Seminários de RTA experiência gaúcha na realização de seminários de Responsabilidade Técnica está sendo difundida para os colegas de outras regiões. Além da tradicional parceria com o CRMV-SC, agora os médicos veterinários do Ceará contaram com a participação de representantes gaúchos em suas atividades de atualização e aprofundamento de conheci-mentos.

Febre aftosaPorto Alegre será sede, 10 a 14 de março, da 35ª reunião da Comissão Sulamericana de Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa). A Assembléia Legislativa apoiará a realiza-ção do evento e o deputado Jerônimo Goergen (PP), que liderou a mobilização pela definição do Rio Grande do Sul como sede, avalia que o encontro é um passo importan-te para ter o estado com status de zona livre sem vacinação. “Precisamos do evento para divulgar nossas ações de combate à aftosa e de controle sanitário”, diz.

Seleção para curso de veterináriapara assentados em andamentostá em andamento o processo de seleção dos 60 a lunos que deverão formar a primeira turma

de Medicina Veterinária do P r o g r a m a E s p e c i a l d e Formação de Recursos Humanos e Educação do Campo na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Trata-se do curso criado por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) para atender filhos de assentados, cuja abertura é repudiada pelos professores e alunos de Medicina Veterinária, Conselhos Federal e Regional de Medicina Veterinária e entidades ligadas à área.

As inscrições dos interessados aconteceram na Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em apenas três dias – de 17

E

A CRIAÇÃO DO CURSO PROVOCOU A MOBILIZAÇÃO CONTRÁRIA DOS ESTUDANTES EM PELOTAS, MAS MESMO ASSIM FOI APROVADA

PELO CONSELHO UNIVERSITÁRIO

a 19 de outubro – e o edital foi publicado no dia 14 de outubro. No ato, o candidato deveria comprovar ser beneficiário do Programa Nacional de Reforma

Agrária. Após, o edital prevê a aplicação de prova de português, redação e matemática, de caráter eliminatório, no dia 16 de novem-bro, e uma segunda fase para os 80 primeiros colocados, composta por 18 dias ininterruptos de estudos e avaliações em 120 horas-aula e provas de ciências, história da agricultura e agroeco-

logia. O resultado final será divulgado até 7 de janeiro de 2008.

A criação do curso provocou a mobil ização contrár ia dos estudantes em Pelotas, mas

mesmo assim foi aprovada pelo Conselho Universitário. A liminar que havia sido obtida em agosto pelo procurador da República, Max Palombo, foi cassada. Há, ainda, em tra-mitação um processo junto ao Conselho Nacional de Educa-ção, em Brasília, movido por um conselheiro. O professor da

UFPel, Celso Fagundes, revela que até o momento, não foram iniciadas as obras de construção das instalações para o curso, cujas aulas devem começar em março. “Já temos problemas para atender os alunos regulares. Não há condições de atender mais uma turma nas atuais condições”, afirma.

QUAL É O PROCEDIMENTO CORRETO PARA O PREENCHIMENTO DAANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART)?

A chefe do setor de registros do CRMV-RS, Carla Bavaresco, responde:

Todos os dados solicitados devem ser preenchidos de forma clara, sendo que no campo da descrição sucinta deverão estar especificadas as atividades do profissional de forma clara. O formulário será devolvido para correção caso um

A pergunta acima está entre as mais comuns que chegam ao CRMV-RS. Por isso, este espaço

foi criado para você tirar suas dúvidas. Compartilhe seus questionamentos, pois eles

podem ser esclarecedores também para seus colegas. Escreva para o e-mail

[email protected] e participe.

dos campos não esteja preenchido. Enquanto isso, a empresa ficará em situação irregular. Lembre-se que a carga horária mínima para cada ART são de seis horas semanais, correspondendo a um salário mínimo nacional e não podendo ultrapassar a distância de 50 quilômetros entre a residência do Responsável Técnico e a empresa.

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TEMA SERÁ VETERINÁRIA NO

CONTEXTO DA QUALIDADE DE VIDA, DO BEM-ESTAR ANIMAL E DO RESPEITO AO MEIO

AMBIENTE

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NOTÍCIAS

CONGRESSO MARCARÁ 70 ANOS DA SOVERGS

Conbravet 2008será em Gramado

Rio Grande do Sul vai sediar, em 2008, o 35º Congresso Brasileiro de Veterinária (Conbravet).

O evento será organizado pela Sociedade de Veterinária do Rio Grande do Sul (Sovergs), que estará comemorando 70 anos, e S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e Veterinária (SBV). As atividades serão realizadas na Expo-gramado, em Gramado, de 19 a 22 de outubro. O tema desta edição será “A veterinária no contexto qua l idade de vida humana, bem-estar animal e respeito ao meio ambiente”.

Para a comis-são organizado-ra, o Conbravet é o v e r d a d e i r o congresso de veterinária, pois é o único no Brasil que reúne todas as áreas de conhecimento relacionadas aos animais. Em 2002, o Congresso foi realizado em Gramado pela última vez, reunindo 3,5 mil participantes e 1,7 mil trabalhos científicos. “Queremos superar os números da última edição ocorrida no

O

Centro de eventos da Expogramado irá receber o Conbravet em outubro

Estado, reunindo toda a comuni-dade veterinária brasileira e dos países do Conesul, marcando fortemente a importância da veterinária no progresso e na sustentabilidade dos países”, prevê o presidente da Sovergs e do Congresso, Gilson Renato de Souza.

O evento é realizado em parceria com a Anclivepa/RS e apoio do CFMV e do CRMV-RS. Além do Conbravet, estão programados, paralelamente, o

17 º Congresso E s t a d u a l d e M e d i c i n a Veterinária, o 3 º C o n g r e s s o E s t a d u a l d a Anclivepa/RS, o 5º Congresso de Médicos Veteri-nários do Cone Sul e a 11 º Expovet – Feira de Produtos e

S e r v i ç o s e m M e d i c i n a Veterinária. A reserva de espaços para expositores já está sendo realizada. As informações a respeito da organização dos eventos podem ser acompanha-das no site especial www.so-vergs.com.br/conbravet2008.

Divulgação E

xpogramado

Participantes aprovaram setemoções na edição 2007

O 34º Conbravet aconteceu em Santos (SP), de 9 a 12 de setembro, e no encerramento, os participantes aprovaram sete moções. Entre os temas abortados nos textos, está a adoção de permanentes e rígidos princípios de biossegu-rança para prevenção da febre aftosa, principalmente em função da manipulação de vírus exótico realizada em um laboratório argentino, e a solicitação de recursos para manutenção e qualificação dos programas de defesa sanitária animal. Tratando especifica-mente de aqüicultura, há uma moção pedindo a inclusão dos animais aquáticos de interesse

comercial nos conteúdos programáticos das disciplinas dos cursos de Medicina Veterinária, a introdução de uma disciplina de sanidade aquícola a ser ministrada por um médico veterinário e o controle sanitário nos cultivos por meio de RTs. A observação de boas práticas de produção de produtos alimentí-cios e os cuidados a ser observa-dos e exigidos na aquisição e manejo integram uma moção que ressalta a importância de campanhas de comunicação de massa a respeito do assunto. Por fim, foi aprovado um voto de louvor à comissão organizadora do Congresso pelo êxito alcançado.

Fraudes no leite evidenciamnecessidade de fiscalização

Uma operação realizada pela Polícia Federal, em outubro, colocou em dúvida a qualidade do leite consumido no Brasil. Batizada de Ouro Branco, as investigações constataram a adição irregular de substâncias químicas ao produto em duas cooperativas mineiras. Ao mesmo tempo, testes realizados em laboratório também mostraram irregulari-dades em outros estados.

Com as denúncias, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), anunciou mudanças na fiscalização em empresas, como a criação de grupos de auditores, que visitarão as indústrias pelo menos uma vez por mês, e o fim da figura do fiscal fixo na fábrica, comba-tendo a possibilidade de corrupção de servidores. Para fiscalizar 1,7 mil estabeleci-mentos que produzem leite, o Mapa conta com 210 fiscais. As

equipes do Ministério serão formadas por dois médicos veterinários e um agente de inspeção sanitária e a escolha das companhias será aleatória.

Para o presidente do CRMV-RS, Air Fagundes dos Santos, a constatação de irregularidades com a adição de substâncias proibidas ao leite evidencia a necessidade do acompanha-mento de médicos veterinários do processo de produção. “O médico veterinário é o profissi-onal que zela pela saúde pública e por isso comprometido com a qualidade dos produtos, além de possuírem formação na área de produção de al imentos”, ressalta. O Conselho é contrário à contratação de outros profissi-onais, como químicos, para atuação nas indústrias de alimentos de origem animal. Em Minas Gerais, o CRMV obteve decisões judiciais proibindo a atuação de químicos nesse tipo de empresa.

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Todas as quartas-feiras, os pacientes internados na pediatria do Hospital Universitário da Ulbra, em Canoas, recebem uma visita especial: a cadelinha Flor. Criado no primeiro semestre de 2006, o projeto de zooterapia levado a efeito pela área de Ciências Agrárias e pelo Hospital Veterinário procura levar diversão e renovar o ânimo dos pequenos pacientes. A zooterapia ajuda na recupe-ração das crianças, que ficam mais felizes e renovam seu estado de espírito, um fator fundamental para sua melhora. O processo está sendo utilizado em muitas unidades hospitala-res do Brasil, com resultados animadores.

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O

ENSINO

curso de Medicina Veterinária da Ulbra tem uma trajetória em atividades extensionistas que buscam, principal-mente, o bem-estar animal e a educa-

ção a saúde. “As atividades de extensão possibilitam a aplicação do conhecimento teórico-prático dos acadêmicos em parceria com a comunidade, realizando dessa maneira a retro-alimentação tão necessária ao ensino e a pesquisa”, avalia o coordenador do curso, Victor Hermes Cereser. São cinco projetos de extensão permanentes: esterilização de cães e gatos de donos carentes, atendimento de eqüinos de proprietários de baixa renda, atendimento clínico veterinário a animais de pequenos proprietários rurais da área de abrangência de Canoas, atendimento bucoma-xilofacial de pequenos animais na área de abrangência do Hospital Veterinário e zootera-pia na Unidade Pediátrica do Hospital Universitário da Ulbra.

Outro ponto de integração com a comuni-dade é o Hospital Veterinário, no qual os alunos praticam a clínica e a cirurgia. Criado em 1993, o curso da Ulbra está completando 15 anos. “Nesse período, formamos 20 turmas de médicos veterinários com perfil generalista, voltados ao mercado de trabalho e à realidade nacional, fornecendo aos egressos, por isso, os conhecimentos necessários nas diferentes áreas de atuação”, explica Cereser. No primeiro ano de funcionamento do curso, foram iniciadas as obras do Hospital, que teve 80% delas concluídas em 1996, quando passaram a ser ministradas as disciplinas de clínica e cirurgia. Até então, as disciplinas básicas eram realizadas em laboratórios já

existentes na universidade. Com uma duração de cinco anos e regime

semestral, o curso de Medicina Veterinária faz parte da área de Ciências Agrárias, conjunta-mente com os cursos de Agronomia e Engenharia Agrícola. O Curso de Medicina Veterinária está estruturado em um Conselho de Curso, presidido pelo coordenador do curso, com representantes das áreas de pesquisa, pós-graduação, extensão, graduação e representação discente. O corpo docente é formando por 42 professores, sendo que 80%

Extensão marca atividades damedicina veterinária da Ulbra

AO COMEMORAR 15 ANOS, CURSO COMEMORA RESULTADOS EM PROJETOS DE INTEGRAÇÃO COM A COMUNIDADE

Domínio da transferência de embriões rende campeonatos na ExpointerEm dois anos, a Ulbra conquistou, na Expointer, diversos

prêmios que comprovam a excelência do programa de transferência de embriões desenvolvido no Laboratório de Reprodução Animal do Hospital Veterinário da universidade. Na última edição da feira, a terneira angus Ulbra 03 ficou com os prêmios reservada de grande campeã da Copa Incentivo, para novos criadores; e campeã de sua categoria. Outro animal, da mesma raça, foi premiado com o terceiro lugar geral entre as fêmeas de oito meses, além do segundo lugar na sua categoria.

O programa de transferência, coordenado pelo professor Paulo Ricardo Loss Aguiar, é desenvolvido há cinco anos no laboratório que serve de apoio ao curso de Medicina Veterinária. Nele a técnica é repassada aos acadêmicos do curso que aprendem o processo e atuam em todas as etapas, que vão da escolha do touro até o nascimento do animal e a formação do rebanho. Os bons resultados, segundo o Paulo Ricardo, são creditados ao alto nível de tratamento dispensado aos animais e a precisão na seleção dos embriões.

possuem titulação de mestres e doutores. A grade curricular é composta por 52 disciplinas organizadas em seqüência recomendada de estudos, sendo que no último semestre o acadêmico realiza o estágio curricular supervi-sionado em área de sua eleição. As criações de animais silvestres e de produção são realizadas no Campo Experimental (Ceulbra). “Busca-mos um profissional capacitado para agir nos setores da saúde e produção animal, contribu-indo para o desenvolvimento social e econô-mico”, destaca.

Zooterapia se integra ao tratamento pediátrico

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Um programa de TV que dê visibilidade às múltiplas atividades desenvolvidas pelos médicos veterinários e oriente a população sobre cuidados de animais, saúde pública e produção de alimentos. Essa é a proposta do Repórter Vet, programa que está sendo produzi-do pelo CRMV-RS em parceria com a Ulbra TV. Com veiculação semanal e 30 minutos de duração, será um programa de notícias, informações, entrevistas e comentários com especia-listas e profissionais do setor primário e seus reflexos na sociedade urbana e rural.

Pela área de cobertura da emissora, o Repórter Vet é focado no consumidor urbano e procura tirar dúvidas sobre a criação de animais e a produção e consumo de alimentos de origem animal. Segundo um dos responsáveis pelo programa, o médico veterinário Luis Pascotini, prevenção de zoonoses,

Um programa de TV com a cara da veterinária

Atuação profissional e atividadesdestacadas no Dia do Veterinário

Divulgação S

overgs

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CERIMÔNIA COM HOMENAGENS E JANTAR MARCOU AS COMEMORAÇÕES NO ESTADO

Homenagem públicaAutoridades prestigiaram solenidade ocorrida no auditório da Ulbra

m jantar e a entrega do p r ê m i o Ve t e r i n á r i o Destaque 2007 marcaram o D i a d o M é d i c o

Veterinário, celebrado em 9 de setembro e com comemoração em 18 de setembro, na Ulbra, em Canoas. O evento, organizado pela Sovergs , CRMV-RS, Academia Rio-grandense de Medicina Veterinária, Simvet,

UPa t rona lve t , Anc l ivepa e Fundavet reuniu cerca de 130 convidados.

O Prêmio tem como objetivo reconhecer os profissionais que estiveram em foco durante o ano, assim como promover a confra-ternização entre os médicos veterinários e aqueles que colaboram para o engrandeci-mento da profissão.

O CRMV-RS publicou, no dia 9 de setembro, um anúncio nos jornais Zero Hora e Correio do Povo, homenageando os profissio-nais e destacando seu trabalho em prol dos animais, do homem e do meio ambiente. Já a campanha do CFMV ressaltava, a partir do slogan “Deus criou, Nóe protegeu e o médico veterinário multipli-cou”, a atuação nas áreas de qualidade dos alimentos, controle de zoonoses, melhoramento das raças e pesquisa, contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio.

Veterinários Destaque 2007- médico veterinário e responsável pelo Laboratório de

Parasitologia do Instituto de Pesquisas Veterinárias DesidérioFinamor, João Ricardo de Souza Martins;

- médico veterinário e professor titular da Universidade Federalde Santa Maria (UFSM), Alceu Gaspar Raiser;

- médico veterinário e diretor da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), VladimirPinheiro do Nascimento;

- médico veterinário e professor-adjunto da UniversidadeLuterana do Brasil (Ulbra), Sérgio José de Oliveira;

- médico veterinário e professor-adjunto da UniversidadeFederal de Pelotas (UFPel), Carlos Eduardo Wayne Nogueira;

- Hospital Veterinário da Ulbra.

inspeção de alimentos, escolha e cuidados de animais de companhia, pragas urbanas, conservação de produtos de origem animal e mercado de produtos veterinários serão temas freqüentes.

“Estamos apresentando o programa aos patrocinadores e, em breve, vamos estrear na programação da Ulbra TV”, prevê Pascotini.

Os anunciantes podem optar por cotas de três tipos, com variados aproveita-mentos comerciais e valores. O progra-ma irá mesclar entrevistas em estúdio com reportagens externas, dando dinamicidade e didatismo aos assuntos abordados. A Ulbra TV pode ser captada no canal 48 UHF na região metropolita-na, no canal 21 da NET Porto Alegre, por retransmissoras em Jaguarão (06 VHF), Santa Maria (23 UHF), Torres (43 UHF), Cachoeira do Sul (49 UHF) e Jacinto Machado (SC) (08 VHF) e na América do Sul e Central pelo satélite.