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POR QUE LUTAMOS? Reposicionamento na carreira dos TAEs A questão que envolve o reposicionamento na carreira de aproximadamente 260 servidores TAEs do IFPR mantem-se ainda sem solução, com ares de disputa... Façam suas apostas: Se, de um lado, temos os servidores afetados pela ação da PROGEPE que questionam seus direitos e pedem solução honrosa, do outro lado temos uma Gestão absolutamente adormecida em berço esplêndido, despreocupada com o impacto financeiro na vida de chefes de família. Despreocupa-se também em esclarecer porque os servidores que não deram causa a este erro de interpretação da Lei são agora punidos com redução salarial e comporta-se assim: acima de seu pedestal autoritário, acessado apenas via e-mail que limita-se vergonhosamente a apontar a gestão pro tempore (indicada pelo MEC em decorrência da OPERAÇÃO SINAPSE, resultado da má administração Colombo) como a grande culpada. A esta Gestão queremos dizer: "Não precisamos de bodes expiatórios, precisamos de soluções inteligentes para os impasses administrativos" Esquece-se a Gestão Colombo que os servidores esperam uma administração de pessoas que os represente, que seja eficiente, que comunique suas questões e que, de fato, trabalhe com zelo e afinco pelos direitos garantidos de quem representa. Felizmente o legislador quando escreveu nossa Carta Magna, nos deixou de herança o direito de questionar na justiça. Certamente porque era sabedor do infortúnio que a Administração sofreria ao passar por mãos erradas, preocupou-se em garantir o acesso a instância superior àqueles que, por ventura, vissem seus direitos ultrajados pela caneta injusta e desigual de seus gestores. TAEs em Luta! Jornal dos Técnicos Administrativos em Educacão do IFPR Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná Edição 01 | Maio de 2014 EDITORIAL O Jornal vêm publicamente TAEs em Luta! apresentar à comunidade acadêmica do IFPR suas principais pautas e demandas frente aos desafios da melhoria da qualidade da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná. Ele foi elaborado junto ao SINDIEDUTEC com a colaboração de representantes dos(as) servidores(as) do Comando de Greve Estadual. Este comando foi criado para apoiar e acompanhar a Greve deflagrada em nível nacional e estadual, bem como agir em casos de assédio moral ou atos da administração que prejudiquem os servidores e servidoras que aderiram ao movimento de greve dos TAEs. A greve é um instrumento jurídico e político consagrado em nossa Constituição Federal e o Sindicato é um órgão de representação legítimo, previsto em lei, que tem por principal objetivo a defesa dos interesses dos seus filiados, diretamente, e dos(as) demais trabalhadores(as) não filiados(as) de forma indireta, em relação a assuntos relacionados à nossa carreira e atividade profissional. O papel fundamental de um sindicato representativo de classe é servir como um elemento de representação coletiva, que defenda o pensamento do grande grupo que o compõe sem se influenciar por pressões de ordem superior, buscando sempre resguardar os direitos dos(as) trabalhadores e trabalhadoras do IFPR. O Instituto Federal do Paraná vive um momento conturbado originado do modelo administrativo centralizador e distante da comunidade acadêmica. Os interesses particulares se sobrepõem sobre os interesses coletivos provocando o desrespeito às instituições colegiadas como Conselhos, Colegiados, Comissões, Agremiações Estudantis, Organizações de Base Sindical e demais formas de organizações sociais que são sistematicamente desacatadas pela gestão atual, que insiste em se manter no poder pelo método unilateral de comando e controle, desviando-se da gestão compartilhada preconizada na LDB e Constituição Federal. Sem acesso a sua representação na instância maior dentro do Instituto, os(as) Técnicos(as) Administrativos(as), refletem e dialogam sobre o real poder da organização coletiva, capaz de mover montanhas e concluir transformações profundas. Unidos à força da comunicação popular, não irão se calar diante dos desmandos institucionais e tornam público por este jornal seus principais anseios, angústias e, principalmente, suas contribuições para que o IFPR supere essa crise de poder e cumpra seu papel social de instituição de ensino profissional técnica e tecnológica, transparente e democrática, com a qualidade que a sociedade paranaense merece. Aqui, não estão informações de quem vê de fora ou de cima de um palanque qualquer, aqui estão escritos de vivências de trabalhadores(as) que perdem sua paz no dia a dia por conta de uma administração incoerente, que não atende os interesses de sua comunidade. Agradecemos aos colaboradores e colaboradoras que participaram da construção coletiva dos textos e conteúdos aqui apresentados e dedicamos esta edição do Jornal aos técnicos e técnicas administrativos da educação que estão mobilizados nos diversos campi apoiando e participando desta luta pela defesa dos nossos direitos. Rumo ao nosso Seminário Estadual no dia 05 de junho de 2014.

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Técnicos(as) administrativos do IFPR produzem jornal com suas pautas durante greve.

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Page 1: Jornal comando de greve (1)

POR QUE LUTAMOS?Reposicionamento na carreira dos TAEs

A questão que envolve o reposicionamento na carreira de aproximadamente 260 servidores TAEs do IFPR mantem-se ainda sem solução, com ares de disputa... Façam suas apostas: Se, de um lado, temos os servidores afetados pela ação da PROGEPE que questionam seus direitos e pedem solução honrosa, do outro lado temos uma Gestão absolutamente adormecida em berço esplêndido, despreocupada com o impacto financeiro na vida de chefes de família. Despreocupa-se também em esclarecer porque os servidores que não deram causa a este erro de interpretação da Lei são agora punidos com redução salarial e comporta-se assim: acima de seu pedestal autoritário, acessado apenas via e-mail que limita-se vergonhosamente a apontar a gestão pro tempore (indicada pelo MEC em decorrência da OPERAÇÃO SINAPSE, resultado da má administração Colombo) como a grande culpada. A esta Gestão queremos dizer: "Não precisamos de bodes expiatórios, precisamos de soluções inteligentes para os impasses administrativos" Esquece-se a Gestão Colombo que os servidores esperam uma administração de pessoas que os represente, que seja eficiente, que comunique suas questões e que, de fato, trabalhe com zelo e afinco pelos direitos garantidos de quem representa. Felizmente o legislador quando escreveu nossa Carta Magna, nos deixou de herança o direito de questionar na justiça. Certamente porque era sabedor do infortúnio que a Administração sofreria ao passar por mãos erradas, preocupou-se em garantir o acesso a instância superior àqueles que, por ventura, vissem seus direitos ultrajados pela caneta injusta e desigual de seus gestores.

TAEs em Luta! Jornal dos Técnicos Administrativos em Educacão do IFPR

Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná

Edição 01 | Maio de 2014

EDITORIAL O Jornal vêm publicamente TAEs em Luta!apresentar à comunidade acadêmica do IFPR suas principais pautas e demandas frente aos desafios da melhoria da qualidade da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná. Ele foi elaborado junto ao SINDIEDUTEC com a colaboração de representantes dos(as) servidores(as) do Comando de Greve Estadual. Este comando foi criado para apoiar e acompanhar a Greve deflagrada em nível nacional e estadual, bem como agir em casos de assédio moral ou atos da administração que prejudiquem os servidores e servidoras que aderiram ao movimento de greve dos TAEs. A greve é um instrumento jurídico e político consagrado em nossa Constituição Federal e o Sindicato é um órgão de representação legítimo, previsto em lei, que tem por principal objetivo a defesa dos interesses dos seus filiados, diretamente, e dos(as) demais trabalhadores(as) não filiados(as) de forma indireta, em relação a assuntos relacionados à nossa carreira e atividade profissional. O papel fundamental de um sindicato representativo de classe é servir como um elemento de representação coletiva, que defenda o pensamento do grande grupo que o compõe sem se influenciar por pressões de ordem superior, buscando sempre resguardar os direitos dos(as) trabalhadores e trabalhadoras do IFPR. O Instituto Federal do Paraná vive um momento conturbado originado do modelo administrativo centralizador e distante da comunidade acadêmica. Os interesses particulares se sobrepõem sobre os interesses coletivos provocando o desrespeito às instituições colegiadas como Conselhos, Colegiados, Comissões, Agremiações Estudantis, Organizações de Base Sindical e demais formas de organizações sociais que são sistematicamente desacatadas pela gestão atual, que insiste em se manter no poder pelo método unilateral de comando e controle, desviando-se da gestão compartilhada preconizada na LDB e Constituição Federal. Sem acesso a sua representação na instância maior dentro do Instituto, os(as) Técnicos(as) Administrativos(as), refletem e dialogam sobre o real poder da organização coletiva, capaz de mover montanhas e concluir transformações profundas. Unidos à força da comunicação popular, não irão se calar diante dos desmandos institucionais e tornam público por este jornal seus principais anseios, angústias e, principalmente, suas contribuições para que o IFPR supere essa crise de poder e cumpra seu papel social de instituição de ensino profissional técnica e tecnológica, transparente e democrática, com a qualidade que a sociedade paranaense merece. Aqui, não estão informações de quem vê de fora ou de cima de um palanque qualquer, aqui estão escritos de vivências de trabalhadores(as) que perdem sua paz no dia a dia por conta de uma administração incoerente, que não atende os interesses de sua comunidade. Agradecemos aos colaboradores e colaboradoras que participaram da construção coletiva dos textos e conteúdos aqui apresentados e dedicamos esta edição do Jornal aos técnicos e técnicas administrativos da educação que estão mobilizados nos diversos campi apoiando e participando desta luta pela defesa dos nossos direitos.Rumo ao nosso Seminário Estadual no dia 05 de junho de 2014.

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ELEIÇÕES NO IFPR Administração do IFPR é marcada por inconstâncias!

Para Aurélio Buarque de Holanda, eleição é um processo realizado por meio de votação em um candidato (sufrágio universal), que é um sistema em que o corpo eleitoral é constituído por todos(as) os(as) cidadãos(as) de maior idade e não incapazes por lei. No caso dos Institutos Federais – IF´s, as eleições para escolha de Reitor e Diretores Gerais de Campi, são realizadas a cada quatro anos e estão amparadas no artigo 120 e 130da lei 11.892/08, de criação dos IF´se no decreto 6.986/09. O Prof. Alípio Santos Leal Neto foi o primeiro reitor eleito do IFPR, assumiu o cargo em 30 de abril de 2010 (portaria 544 do Ministério da Educação), com término previsto para o mandato em 30 de abril de 2014. Porém, em decorrência da sua renúncia, em 04 de janeiro de 2011, o IFPR tomou todas as providências legais e realizou novo processo de consulta eleitoral para eleger um novo Reitor com mandato tampão, para o triênio 2011-2014. Assim foi eleito o Prof. Irineu Mario Colombo. Lamentavelmente, durante a gestão de Colombo, o IFPR entrou para as páginas policiais. Primeiro com a operação SINAPSE1,, deflagrada em 08 de agosto de 2013, quando o reitor foi afastado por cinco meses. Em meio a isso tudo, a Polícia Federal flagrou uma ligação em que Colombo era avisado pelo ex-presidente da FNDE, José Carlos Wanderley Dias de Freitas, sobre as operação SINAPSE. No relatório final, a PF indica que Colombo agiu para atrapalhar as investigações. O então presidente do fundo ligou de um orelhão de São Paulo para alertar Colombo.

O SINDIEDUTEC e o Comando de Greve do Campus Curitiba, inconformados com a política acéfala de "não trabalhar em prol dos(as) servidores(as)" que a Gestão Colombo insiste em adotar, mobilizaram-se para reaver os direitos perdidos dos servidores reenquadrados.

A primeira ação, após tentativa frustrada de negociar com a PROGEPE, foi organizar força tarefa para levantar os documentos que comprovaram a redução salarial no mês de abril dos servidores do "grupo 04", quais sejam, aqueles que não recorreram da decisão da PROGEPE e sofreram o reenquadramento no mês de abril de 2014. A ação coletiva será ofertada pelo departamento jurídico do SINDIEDUTEC, em nome dos(as) servidores(as) que procuraram a força tarefa. O próximo passo é mobilizar os servidores do "Grupo 03", quais sejam, aqueles que recorreram a PROGEPE e agora recebem a notificação de indeferimento de seus recursos com indicação de reenquadramento. A este grupo, solicitamos que encaminhem cópia de seus processos para o e-mail [email protected]. A estratégia será esgotar as instâncias administrativas para, então, impetrar ação jurídica. A todos os(as) servidores(as), o SINDIEDUTEC e o Comando de Greve do Campus Curitiba, colocam-se à disposição para esclarecer estas e outras questões que envolvam o trato dispensado aos servidores do IFPR. Não admitimos uma Gestão centrada nos interesses particulares, inerte com as questões comunitárias e alheia aos compromissos institucionais.

Estamos de olho!

Após voltar ao cargo, em janeiro de 2014, Colombo e sua equipe seguiu perseguindo funcionários que colaboraram na gestão do reitor pró-tempore, Jesué Graciliano. Pelo menos 14 servidores foram retirados de cargos de chefia entre janeiro e fevereiro, profissionais com funções gratificadas foram dispensados, Pró-reitores e diretores gerais de Campi foram exonerados, a exemplo do Diretor do Câmpus Curitiba Prof. Luiz Gonzaga de Araújo que foi o único Diretor eleito na história do IFPR, mas teve seu mandato cassado pela administração Colombo. Na sequência veio a luta da comunidade acadêmica (professores, técnicos administrativos em educação e estudantes) por democracia e eleições para diretores gerais de campi e reitor em 2014, quando novamente o reitor foi afastado pela Justiça Federal por meio de Liminar de Ação Civil Pública, impetrada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná – SINDIEDUTEC2,3. Em cumprimento a legislação vigente, bem como, com base no Parecer Jurídico da Controladoria Geral da União - CONJUR-MEC/CGU/AGU, na decisão liminar da Ação Civil Pública da Justiça Federal em tramitação, foi deferida a SUSPENSÃO do mandato do atual reitor a partir de 01/05/2014 e determinada a imediata convocação do processo eleitoral para diretores de Campi e reitor do IFPR. Lamentavelmente, a gestão Colombo continua usurpando o poder no IFPR por meio de manobras judiciais, desrespeitando o processo eleitoral, a comunidade interna e externa do IFPR e perseguindo os(as) servidores(as) que não compactuam com seu poder ditatorial. A gestão atual usa o processo eleitoral para se encastelar no poder e, nas suas práticas administrativas, utilizam a máxima que diz “para os amigos as benesses da lei e para os demais, os rigores da lei”. Para o SINDIEDUTEC e categoria, não resta outro caminho se não seguir firme na luta, irmanado com a comunidade acadêmica para juntos fazer cumprir a lei, defender a democracia por meio de eleições já livres, gerais e democráticas para diretores(as) gerais de campi e reitor do IFPR.

MATÉRIAS RELACIONADAS

2. http://www.sindiedutec.org.br/midia/96da_das-inconsistencias-na-argumentacao-do-reitor.pdf

3. http://www.sindiedutec.org.br/noticias/justica-federal-determina-afastamento-do-reitor-colombo

Page 3: Jornal comando de greve (1)

UNINDO FORÇASAs negociações da greve em nível nacional

As negociações da greve em nível nacional estavam estagnadas, mas, nessa semana (qual semana? colocar datas), ocorreu um fato novo que pode trazer novidades. O Ministério do Planejamento vai discutir com instâncias superiores para tentar abertura de negociações e retornar com uma posição até o dia 22 de maio, conforme divulgado pela FASUBRA. Enquanto isso, servidores(as) da Cultura iniciaram greve, no dia 12 de maio, com maioria dos trabalhadores(as) do Executivo das entidades ligadas ao CONDSEF e deliberaram por indicativo de greve para o dia 10 de junho. Demais setores estarão realizando manifestações diversas nos dia 15 de maio, com isso, o movimento paredista iniciado pela FASUBRA e, posteriormente, com adesão do SINASEFE, começa a tomar maiores proporções. No IFPR, segue a greve nos campus Curitiba, Londrina e Jacarezinho, sem muita expectativa de adesão dos demais campus visto que essas unidades já fizeram a discussão de greve em outros momentos e optaram pela não participação.

INFORMAÇÕES DA FASUBRA

Após pressão dos caravaneiros governo admite a possibilidade de abrir uma agenda de negociações. Após o bloqueio das entradas de acesso do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) pelos grevistas da base da FASUBRA Sindical, o Governo Federal recebeu, na manhã de quarta-feira, 07 de maio, uma representação da FASUBRA e do SINASEFE, à qual admitiu a possibilidade de negociar com os(as) grevistas.A representação foi recebida pelo Secretário de Relações de Trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça, acompanhado pelo Secretário de Ensino Superior do MEC, Paulo Speller, e assessores. A FASUBRA Sindical lembrou que as categorias já haviam comunicado ao governo sua pauta de reivindicações e questionaram o Secretário sobre a disposição do governo em negociar. A resposta do representante do MPOG foi de que, até aquele momento, não há por parte do governo nenhuma nova proposta ou nenhuma mudança em relação à posição quanto às reivindicações da pauta. No entanto, assumiu o compromisso de que irá consultar as instâncias superiores para discutir a abertura de negociações e, num prazo de até 15 dias, ou seja, até 22 de maio, apresentar uma resposta à categoria.”

Fonte: http://www.fasubra.org.br/index.php/fasubra/558-apos-pressao-dos-caravaneiros-governo-admite-a-possibilidade-de-abrir-uma-agenda-de-negociacoes

INFORMAÇÕES DO CONDSEF

Maioria do Executivo aprova indicativo de greve para 10 de junho e Condsef esclarece que não apoia movimento “Volta Lula” A maioria dos servidores do Executivo aprovou indicativo de greve para o dia 10 de junho. A decisão foi tomada na quinta-feira, 8 de maio, em plenária nacional da base da Condsef, entidade que representa 80% dos servidores do Executivo em todo o Brasil e será ratificada em assembleias que acontecem nos estados entre os dias 12 e 30 desse mês. No dia 30 uma nova plenária nacional será realizada em Brasília. Também da base da Condsef, servidores da Cultura já aprovaram e iniciam greve por tempo indeterminado a partir desta segunda, 12. A decisão de ampliar a pressão junto ao governo vem da postura inflexível que tem sido adotada para tratar a pauta de reivindicações apresentadas pelos trabalhadores do setor público. O Ministério do Planejamento insiste em dizer que está cumprindo integralmente o que negociou com os servidores em 2012, apesar de diversas cláusulas de termos de acordo assinados continuarem pendentes e sem qualquer avanço. Em nota do Correio Braziliense publicada na sexta, 09 de maio, abordando a questão, a Condsef apenas esclarece que nunca apoiou o movimento denominado “Volta Lula”. A entidade, filiada à CUT desde sua criação, respeita a liberdade de pensamento e expressão de seus dirigentes sindicais, mas esclarece, no entanto, que é desatrelada de qualquer partido político e defende integralmente os interesses dos servidores de sua base e do serviço público brasileiro independente dos governos de plantão. Atividades não param – Os servidores seguem apostando no diálogo com o governo, mas reforçam a mobilização em torno de sua pauta. Diversas atividades de pressão foram aprovadas para este e o próximo mês. A expectativa é sensibilizar o governo para a necessidade de atender a pauta urgente apresentada pelos federais; pleitos considerados legítimos pelo próprio relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2015, senador Romero Jucá. Além das pautas negociadas e ainda pendentes, a necessidade de antecipação da parcela de reajuste prevista para 2015 segue como prioridade e está baseada em estudo feito pela subseção do Dieese na Condsef que mostra que a previsão da inflação superou o que o governo previa para o período. Nesse caso, os mais de 90% dos servidores que receberam reajustes de em média 15,8% amargam uma perda de poder aquisitivo. Mesmo com a negativa do Planejamento, a busca por reajuste de benefícios para o Executivo, como o auxílio-alimentação e saúde suplementar, sinalizada inicialmente como possibilidade, também continua entre as prioridades da categoria. Se quiserem lutar por avanços nos processos de negociação com o governo os servidores devem acompanhar o calendário de atividades proposto em defesa da categoria e dos serviços públicos. O objetivo continua sendo intensificar as pressões junto ao governo para conquistar avanços nas negociações que seguem estagnadas. Confira as próximas atividades aprovadas pelo fórum dos federais e participe:

Fonte:http://condsef.org.br/inicial/6417-0905--maioria-do-executivo-aprova-indicativo-de-greve-para-10-de-junho-e-condsef-esclarece-que-nao-apoia-movimento-volta-lula

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POR MELHORES CONDIÇÕESPRODESEN deve garantir desenvolvimento do/a servidor/a

O Programa de Desenvolvimento dos Servidores (PRODESEN) foi o único programa instaurado no IFPR para atenuar a falta de políticas concretas de desenvolvimento contínuo do(a) servidor(a). A sua criação se deu no contexto da reversão da progressão por capacitação dos(as) técnicos(as) administrativos(as), momento de perda para os(as) servidores(as) devido a erros da administração, mas com um vislumbre do empenho de algum esforço da gestão em apoiar a construção de saberes e o desenvolvimento dos(as) trabalhadores(as). O PRODESEN inclui ações internas, externas, presenciais, semipresenciais e à distância para desenvolvimento do processo de trabalho e desenvolvimento do servidor na carreira, conforme a RESOLUCÃO Nº44 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013, aprovado pelo CONSUP. Em cumprimento da Resolução Nº 44, foi divulgado, em 06 de novembro de 2013, as inscrições para os primeiros quatro cursos ofertados pelo Programa de Desenvolvimento de Servidores Módulo EAD. Conforme Edital Nº 012/2013, os cursos ofertados foram Liderança, Ética e Servidora, Comunicação, Ética na Gestão Pública e Planejamento, priorizando os servidores técnicos administrativos atingidos pela reversão da progressão por capacitação profissional em desacordo com os §§ 1º e 3º do art. 10 da Lei 11.091/2005.Devido à reestruturação da equipe, quando se deu o retorno do Ex-Reitor Colombo, o programa que ofertava os 4 cursos EAD, com acesso a plataforma moodle, foi abandonado. Faltou continuidade na assistência de tutores e a última notícia era que o prazo para entrega de atividades deste programa teria sido estendido até 31 de março deste ano. Porém, desde então, nenhuma informação foi divulgada pela PROGEPE a respeito da finalização e entrega de certificação dos servidores que realizaram os cursos. Hoje, para a nossa “surpresa”, não há nenhuma movimentação da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas em finalizar estes cursos, com emissão de certificados, culpando a gestão anterior por falta de organização, como se, em algum momento essa gestão de pessoas, se é que podemos chamar de gestão de pessoas, tivesse se interessado em instituir, organizar, planejar, priorizar e fortalecer um projeto de desenvolvimento de capacitação no Instituto para todos os servidores, Docentes, Técnicos e colaboradores do IFPR efetivamente. Até mesmo os participantes do curso de Licitações e Contratos Públicos (Edital 1/2013), finalizado no começo do ano, também aguardam informação referente à certificação deste curso que, como é de praxe, não foi finalizado. Além dos cursos EAD estavam sendo planejados, implantados e divulgados outros cursos do PRODESEN, além de sistemas e ferramentas de gestão que não estão sendo desenvolvidos, como: “Projeto Ingresso de Servidores-Introdução ao Serviço Público e ao IFPR; Rateio e publicação de recursos para Capacitação Externa – conforme IIP23/2013; Trilhas de aprendizagem: disponibilização de cursos online de video-aulas recomendadas para cumprimento dos requisitos previstos na Resolução 44/2013 do CONSUP, com sistema operacional já desenvolvido pela DTIC; Oferta de cursos através Termo de Cooperação com Escolas de Governo; Emissão de certificação Capacitação, além do resgate de certificação de cursos antigos não certificados.

COMISSÃO INTERNA DE SUPERVISÃOPara que serve a CIS?

A Comissão Interna de Supervisão – CIS, foi criada pela Lei nº 11.091, de 12/01/205 (a mesma que criou o plano de carreira dos TAEs – PCCTAE), visando cumprir efetivamente, nas instituições federais de ensino, o que determina a legislação. A CIS é uma comissão colegiada composta por TAEs eleitos por seus pares, cuja função é orientar e fiscalizar o PCCTAE e demais decisões administrativas relacionadas. A CIS deve também, propor a Comissão Nacional de Supervisão as alterações necessárias para o aprimoramento do Plano de Carreira dos TAEs. No IFPR a CIS está instituída e, desde então, atuou de maneira tímida e não obteve o apoio por parte da administração superior do IFPR. Pela dificuldade de atuação a CIS-IFPR está na pauta de greve dos TAEs por sua significativa importância e pela necessidade de reestruturação, seja do ponto de vista de reconhecimento de organização técnica-administrativa, seja pela falta de estrutura física e de pessoal. Por isso, convidamos nossos colegas a colaborarem com a CIS e a participarem efetivamente desse processo de reestruturação da CIS e na defesa intransigente de condições mínimas para o seu pleno funcionamento e para elaboração de um plano de trabalho em defesa dos interesses da carreira dos TAEs.

CRÔNICA SOBRE ASSÉDIO MORALPassei em um concurso público!

Passei em um concurso público! Oba! Tenho o mérito de uma minoria! Vou ter meus direitos respeitados. Não vou mais precisar puxar o saco de ninguém e vou ter aumentos regulares, pois conforme estudei para o concurso, a constituição preconiza as correções inflacionárias anualmente.Minha vida vai mudar. Serei amplamente respeitado no meu ambiente de trabalho. Serei admirado pela sociedade, pois estarei servindo-a. Vou ter uma aposentadoria tranquila. Não precisarei correr atrás de mais nada. Essas coisas todas da iniciativa privada ficaram pra trás. Hoje é meu primeiro dia de trabalho. Estou ansioso para iniciar. - Olá, sou o servidor que vai começar hoje. É aqui que eu trabalharei, né? Minha futura colega de trabalho, com mais de 30 anos de casa, me olha com uma cara desconfiada e tira um cigarro da bolsa e o acende na minha frente. - É aqui sim. Sente-se ali. Não vou te repassar o trabalho, pois esta não é minha função e sim da sua chefe. Ah, ela não chegou ainda. - Ok, mas o que eu faço enquanto isso? - Fica na internet. Isso foi só o começo de uma série de agressões que sofri. Tive que mudar de sala, devido ser alérgico a cigarro. Tempos depois, a mulher saiu do setor, pois não gostava de mim. Achei que meus problemas se resolveriam. Mas não. Tinha uma chefe que me humilhava em reuniões, que exacerbava o título de doutora, mas que não tinha as noções básicas de educação. Além disso, usava o email institucional para dar alfinetadas nas pessoas, incluindo eu, que mais pareciam facadas. Tempos depois, consegui trabalhar com a área que me formei. Achei que tudo seria mais fácil. Ganhei um cargo de confiança. Puxa, que legal! Confiam em mim, no meu trabalho, no meu potencial. Vou dar o meu melhor. Saía tarde do trabalho, fazia tudo o que me pediam. Até quando começaram a me pedir para fazer coisas erradas. Fora da lei. Fora da ética.Por me recusar a esse tipo de prática e a questionar bastante, comecei a ser boicotado. Deixado de lado. Até que hoje não sou mais de confiança. Minhas horas de trabalho que fiquei a mais não voltam atrás. Deixei de passar momentos com minha família, meus amigos, meus relacionamentos. Ops....mas 'peraí'! Eu nem conseguia namorar. Quem iria querer namorar com alguém que não tempo pra nada? Ganhando pouco ainda por cima?Hoje perdi o ânimo. Não quero crescer. Repenso a iniciativa privada. Nessas horas, lembro-me sempre daquela música do Cazuza, "Ideologia", em especial na parte:(...)Pois aquele garotoQue ia mudar o mundoMudar o mundoAgora assiste a tudoEm cima do muroEm cima do muro(...)"

Hoje, eu sou esse garoto.

SEMINÁRIO TEMÁTICO TAEs: carreira e direitos

No dia 05 de junho de 2014, acontece, em Curitiba, o Seminário dos(as) Técnicos(as) Administrativos(as) do IFPR. O objetivo do encontro é trocar experiências, fortalecer o processo de formação e organização dos(as) servidores(as) em defesa da dignidade e por melhores condições de trabalho. Toda comunidade está convidada, acompanhe a programação:*9h – Atividade cultura e abertura - PCCTAE: avanços e propostas. Mesa com representante da FASUBRA e do CONIF*13h30 as 15h – Trocando experiências sobre a CIS. Representantes UTFPR e UFPR*15h30- apresentação Cultural*15h45 as 17h – Encaminhamentos e encerramento

EXPEDIENTE O Jornal Comando de Greve é uma publicação do SINDIEDUTEC-PR

Site: www.sindiedutec.org.br // E-mail: [email protected] DIRETOR RESPONSÁVEL: Nilton Brandão

REDAÇÃO: Comando de Greve REVISÃO: Comunicação SINDIEDUTEC

DIAGRAMAÇÃO: Professor Paulo César Medeiros FOTOS: Comunicação SINDIEDUTEC