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4/7/2014 Blog da Greve: O EPISÓDIO DA CRECHE CAROCHINHA http://www.greveusprp.blogspot.com.br/2014/07/o-episodio-da-creche-carochinha_1.html 1/3 Blog da Greve terça-feira, 1 de julho de 2014 O EPISÓDIO DA CRECHE CAROCHINHA Ocorreu em 1º de julho, última terça-feira, 36º dia da greve: Local: Creche Carochinha Participaram do episódio um grupo de funcionários da Creche - incluindo sua direção, um grupo de mães e pais de crianças usuárias da Creche e grevistas. Os fatos: Em Assembleia do dia 27 de junho, o Comando de Greve dos funcionários da USP – Campus Ribeirão deliberou o fechamento da Creche Carochinha a partir de 30 de junho. Isso porque com um número reduzido de funcionários, a Creche só dava conta da metade de sua capacidade de atendimento. No dia 30 de junho, então, a Plenária da Greve foi realizada ali, com a presença de grevistas, pais e funcionários locais. Manifestação pacífica, organizada, tranquila. Apesar dos esclarecimentos do Comando de Greve sobre as reivindicações do movimento e das tentativas de convencimento dos trabalhadores que ainda não haviam aderido à Greve, estes trabalhadores mantiveram sua decisão. Devido à circulação de mensagens eletrônicas com conteúdo hostil em relação às intenções do movimento grevista e ao questionamento sobre a legitimidade das ações deliberadas pelo Comando, decidiu-se por voltar a Creche na manhã de 1/7, com o objetivo de esclarecer possíveis equívocos e garantir a manutenção da decisão do Comando: portões fechados. Para deixar claro o objetivo do fechamento – a luta permanente por uma creche de qualidade – o Comando elaborou uma “Carta aos Pais” (Vide abaixo). Foi nesta ocasião que três pais, em uma atitude isolada e destemperada, solicitaram intervenção da Polícia Militar para forçar a abertura dos portões, antes de qualquer tentativa de diálogo ou de negociação com o Comando de Greve. Aliás, mais do que o não diálogo, o que ocorreu foram duras ofensas aos trabalhadores ali presentes, com xingamentos de VAGABUNDOS e acusações de que os grevistas não teriam poder para este tipo de ação. Triste saber que a pessoa que proferiu os insultos é professora do Departamento de Psicologia da Filô... Além disso, uma das mães, que é funcionária da EERP, alegou que estava registrando sua ocorrência por estar impedida de deixar sua filha na Creche e por isso, impedida de trabalhar. Argumentou que isto havia lhe ocasionado corte de ponto. Argumento falso, imediatamente combatido pelos demais trabalhadores, que alegaram que no Campus de Ribeirão Preto e mesmo em toda a USP não há ocorrência de corte de ponto. Os policiais militares chegara no momento em que, em clima de tranquilidade, os manifestantes estavam do lado de fora e os pais dentro da Creche. De forma muito correta, o grupo de pais e funcionários da Creche impediram que a polícia entrasse na Carochinha! Os três pais, isolados, tiveram que sair e ir conversar com a polícia na rua. E ainda tiveram que ouvir de uma funcionária que representava a Creche que “a Administração não havia chamado a polícia”. Todos os outros pais, que estavam em reunião, também repudiaram o ato de chamar a polícia e condenaram esse ato isolado. Os policiais compreenderam que não havia o que fazer ali e foram embora. Saldo do Episódio Apesar das tensões são estes os principais resultados: A atitude de chamar a polícia foi reprovada e repudiada pelos funcionários da Creche e pais das crianças, os quais fizeram questão de ressaltar publicamente que aquelas três pessoas agiram isoladamente. Os portões da Creche Carochinha continuam fechados! O atendimento as crianças continua interrompido, por tempo indeterminado, até nova deliberação. O mais importante: três funcionárias da Creche Carochinha se uniram imediatamente aos bravos manifestantes, somando ao movimento de Greve em defesa da Universidade e de nossas condições de trabalho. Temos certeza de que o fato ocorrido sensibilizou os demais trabalhadores daquela Unidade, e que novos companheiros irão aderir! Comando de Greve Visualizar meu perfil completo Quem sou eu 2014 (3) Julho (3) Carta da Ana M ello O EPISÓDIO DA CRECHE CAROCHINHA Carta aos Pais da Creche Carochinha Arquivo do blog 0 mais Próximo blog» Criar um blog Login

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4/7/2014 Blog da Greve: O EPISÓDIO DA CRECHE CAROCHINHA

http://www.greveusprp.blogspot.com.br/2014/07/o-episodio-da-creche-carochinha_1.html 1/3

Blog da Greve

t e r ç a - f e i r a , 1 d e j u l h o d e 2 0 1 4

O EPISÓDIO DA CRECHE CAROCHINHA

Ocorreu em 1º de julho, última terça-feira, 36º dia da greve:

Local: Creche Carochinha

Participaram do episódio um grupo de funcionários da Creche - incluindo sua

direção, um grupo de mães e pais de crianças usuárias da Creche e grevistas.

Os fatos:

Em Assembleia do dia 27 de junho, o Comando de Greve dos funcionários da USP –

Campus Ribeirão deliberou o fechamento da Creche Carochinha a partir de 30 de junho. Isso

porque com um número reduzido de funcionários, a Creche só dava conta da metade de sua

capacidade de atendimento.

No dia 30 de junho, então, a Plenária da Greve foi realizada ali, com a presença de

grevistas, pais e funcionários locais. Manifestação pacífica, organizada, tranquila. Apesar dos

esclarecimentos do Comando de Greve sobre as reivindicações do movimento e das tentativas

de convencimento dos trabalhadores que ainda não haviam aderido à Greve, estes

trabalhadores mantiveram sua decisão.

Devido à circulação de mensagens eletrônicas com conteúdo hostil em relação às

intenções do movimento grevista e ao questionamento sobre a legitimidade das ações

deliberadas pelo Comando, decidiu-se por voltar a Creche na manhã de 1/7, com o objetivo de

esclarecer possíveis equívocos e garantir a manutenção da decisão do Comando: portões

fechados. Para deixar claro o objetivo do fechamento – a luta permanente por uma creche de

qualidade – o Comando elaborou uma “Carta aos Pais” (Vide abaixo).

Foi nesta ocasião que três pais, em uma atitude isolada e destemperada,

solicitaram intervenção da Polícia Militar para forçar a abertura dos portões, antes de qualquer

tentativa de diálogo ou de negociação com o Comando de Greve. Aliás, mais do que o não

diálogo, o que ocorreu foram duras ofensas aos trabalhadores ali presentes, com xingamentos

de VAGABUNDOS e acusações de que os grevistas não teriam poder para este tipo de ação.

Triste saber que a pessoa que proferiu os insultos é professora do Departamento de

Psicologia da Filô...

Além disso, uma das mães, que é funcionária da EERP, alegou que estava

registrando sua ocorrência por estar impedida de deixar sua filha na Creche e por isso,

impedida de trabalhar. Argumentou que isto havia lhe ocasionado corte de ponto. Argumento

falso, imediatamente combatido pelos demais trabalhadores, que alegaram que no Campus de

Ribeirão Preto e mesmo em toda a USP não há ocorrência de corte de ponto.

Os policiais militares chegara no momento em que, em clima de tranquilidade, os

manifestantes estavam do lado de fora e os pais dentro da Creche. De forma muito correta, o

grupo de pais e funcionários da Creche impediram que a polícia entrasse na Carochinha! Os

três pais, isolados, tiveram que sair e ir conversar com a polícia na rua. E ainda tiveram que

ouvir de uma funcionária que representava a Creche que “a Administração não havia chamado

a polícia”. Todos os outros pais, que estavam em reunião, também repudiaram o ato de

chamar a polícia e condenaram esse ato isolado. Os policiais compreenderam que não havia

o que fazer ali e foram embora.

Saldo do Episódio

Apesar das tensões são estes os principais resultados:

A atitude de chamar a polícia foi reprovada e repudiada pelos funcionários da

Creche e pais das crianças, os quais fizeram questão de ressaltar publicamente

que aquelas três pessoas agiram isoladamente.

Os portões da Creche Carochinha continuam fechados! O atendimento as crianças

continua interrompido, por tempo indeterminado, até nova deliberação.

O mais importante: três funcionárias da Creche Carochinha se uniram

imediatamente aos bravos manifestantes, somando ao movimento de Greve em

defesa da Universidade e de nossas condições de trabalho. Temos certeza de que

o fato ocorrido sensibilizou os demais trabalhadores daquela Unidade, e que novos

companheiros irão aderir!

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