jornal circuito fump junho 2011

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Para que tanta burocracia para acessar os benefícios? Por que enviar tantos documentos para ser classificado? O método de classificação da Fump é moderno? O que significam os níveis I, II e III? i Livro Circulante Campanha está em pleno vapor na UFMG PÁG. 02 ilustração Bruna Caldeira I Desmitificando a análise socioeconômica Seminário da Fump promoveu diálogo aberto com a comunidade acadêmica PÁG. 03 i Baeta Vianna Bolsa premia bom desempenho acadêmico PÁG. 04 #56 junho 2011

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Jornal Circuito Fump Junho 2011

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Page 1: Jornal Circuito Fump Junho 2011

Para que tanta burocracia para acessar os benefícios? Por que enviar

tantos documentos para ser classificado?

O método de classificação da Fump é moderno?

O que significam os níveis I, II e III?

i Livro Circulante

Campanha está em pleno vapor na UFMG Pág. 02

ilust

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o B

runa

Cal

deir

a

i Desmitificando a análise socioeconômica

Seminário da Fump promoveu diálogo aberto com a comunidade acadêmica Pág. 03

i Baeta Vianna

Bolsa premia bom desempenho acadêmico Pág. 04

#56

junho2011

Page 2: Jornal Circuito Fump Junho 2011

02 www.fump.ufmg.br

i Campanha

Circulando a literatura na UFMg

desmitificar significa desfazer um mito, mostrar um assunto como ele realmente é em sua simplicidade, concretude ou até mesmo em sua complexidade. E há uma maneira melhor para desmitificar algo do que por meio de um debate democrático em que as partes interessadas têm o direito de opinar e esclarecer dúvidas? Com essa intenção, a Fump realizou o I Seminário sobre a Metodologia de Análise Socioeco-nômica, que aconteceu no dia 15 de junho, no auditório da Reitoria.

Para uma plateia atenta, o presidente da Instituição, professor Seme Gebara Neto, apresentou de forma transparente como é construída a metodologia, bem como as variáveis que compõem o questionário e o passo a passo para a realização do procedi-mento de análise socioeconômica e o acesso aos benefícios. O objetivo foi esclarecer todo o processo desde a solicitação feita pelo estudante até o resultado que indica o nível de classificação obtido pelo aluno.

Metodologia reestruturada

O professor ressaltou que a análise socio-econômica da Fump foi planejada para estar sempre atualizada de acordo com as mudan-ças sociais, culturais, econômicas e acadêmi-cas observadas na sociedade como um todo e, em particular, dentro da própria Universi-dade. Por isso, recentemente a metodologia passou por um processo de reestruturação visando sua atualização.

De acordo com Seme Gebara Neto, para aumentar o nível de assertividade do proces-so serão implementados mais instrumentos de controle, como é o caso da reanálise dos estudos socioeconômicos e a utilização, com maior frequência, dos instrumentais técnicos como a entrevista e a visita domiciliar.

Essa proposta, ressalta o professor, objetiva avaliar o grau de confiabilidade do processo de análise como um todo. “De uma amostra aleatória do universo de estudos concluídos vamos sortear, a cada semestre, 2% dos casos que passarão por essa reanálise”, exemplificou. “Se apurar-mos erros e informações equivocadas nessa amostragem, vamos corrigi-los, pois nossa intenção é sempre aprimorar a qualidade do nosso trabalho e da assistência prestada ao estudante”, concluiu.

Presente ao evento, a vice-reitora da UFMG, professora Rocksane de Carvalho Norton, que já presidiu a Fump, entre maio de 2007 a se-tembro de 2009, lembrou que, desde então, a Fump vem trabalhando na construção de uma nova proposta de metodologia muito em função do que os estudantes apresentam como demandas e também por uma inquie-tação interna do grupo de assistentes sociais

/ E você, gostou da campanha? /

Já encontrou algum livro circulan-do na UFMG? Escreva para o email [email protected] e dê o seu depoimento para que possamos saber a abrangência do projeto.

já pensou em encontrar livros em locais públicos, desfrutar de sua leitura e depois colocá-los em circulação para que outras pessoas tenham acesso aos exemplares lidos por você? Essa é a proposta da Campanha Livro Circulante, que está mobilizando a co-munidade acadêmica da UFMG desde maio.

Organizada pela Fump, a campanha tem o objetivo de incentivar o hábito de leitura na Universidade e envolve os funcionários da Instituição (que doaram os primei-ros 300 livros) estudantes, professores, servidores técnico-administrativos, além da sociedade de maneira geral.

Após o lançamento, no dia 18 de maio (fo-tos), a campanha ganhou fôlego impulsiona-da pela grande repercussão que recebeu da mídia. Desde então mais de 300 livros foram doados e já estão circulando na Universidade.

Como funciona

O primeiro passo é encontrar o livro que está identificado com a marca do projeto em sua folha de rosto. A pessoa que o en-contrar poderá levá-lo para casa e, depois de lê-lo, deverá colocá-lo em circulação novamente, depositando-o em algum local da Universidade, de preferência visível e protegido das variações do tempo.

Como participar

Quem quiser se juntar a esse movimento de valorização da leitura pode doar livros que já tenha lido e entregá-los na sede da Fump (Av. Afonso Pena, 867, 12° andar, sala 1221, Centro, Belo Horizonte/MG), na unidade do campus Pampulha (ao lado do Restaurante Universitário Setorial II) ou na Coordenadoria Montes Claros (Av. Universi-tária, 1000, bloco B, bairro Universitário).

A pessoa que não puder ir até a Fump também pode colaborar. Basta acessar o portal www.fump.ufmg.br, clicar no menu “Fump” (no alto da página) e depois em “Livro Circulante”. O passo seguinte é fazer download da mensagem de orientação da campanha, imprimir o texto e colá-lo na folha de rosto do livro a ser doado. Assim, as pesso-as poderão identificar que aquele exemplar faz parte da Campanha Livro Circulante.

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”A ideia de fazer os livros circularem pela UFMG é muito interessante. Acho que a campanha tem grandes chances de dar certo. Eu me considero uma leitora assí-dua, pois desde cedo meus pais me incentivaram a ler. É muito importante que esse hábito seja estimulado ainda na infância”.

Mônica Theodoro, estudante do 9º período da primeira turma do curso de Pedagogia com Formação Com-plementar em Educação Social

”Incentivar o hábito de leitura é uma iniciativa muito válida. O ato de ler abre novas pers-pectivas e beneficia o desen-volvimento pessoal e também profissional. Pretendo colabo-rar com a campanha”.

Renato Luiz de Souza, mestrando em Engenharia de Produção

”Achei louvável o espírito altruísta da campanha. Essa é uma das raras iniciativas que realmente agregam valor ao indivíduo. Eu vou colaborar e espero que mais gente possa aderir à campanha”.

Tiago Gontijo, estudante do 1º período do curso de Controladoria e Finanças

Confira mais opiniões no portal www.fump.ufmg.br.

Page 3: Jornal Circuito Fump Junho 2011

03 Informativo Institucional

i Seminário de análise socioeconômica

Diálogo aberto com a comunidade acadêmica

da Instituição. “A nova metodologia traz algumas modificações que visam melhorar o sistema de classificação, tornando-o mais transparente e acessível ao aluno”, acrescentou.

Debate de qualidade

Após as apresentações, o público foi convi-dado a participar do debate e apresentar suas dúvidas sobre a metodologia de análise socio-econômica. Os componentes da mesa foram respondendo um a um os questionamentos dos estudantes.

Apesar da temática do seminário ter sido focada nos métodos utilizados para avaliar as necessidades socioeconômicas dos estudan-tes, outros assuntos relacionados à assistência estudantil permearam o debate, a exemplo da criação de uma pró-reitoria de assistência estudantil, bandeira defendida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG.

A coordenadora geral do DCE, Izabela Rodri-gues Ligeiro, afirmou que todas as iniciativas que contribuam para aprofundar o debate sobre a assistência estudantil são importantes e necessárias. “Hoje pudemos tirar dúvidas sobre a metodologia da Fump. Nesse sentido, a discussão foi produtiva”.

Segundo a representante, para o movimento estudantil o debate ainda está “muito superfi-cial, pois defendemos a criação de uma pró-rei-toria de assistência estudantil e essa não é uma questão descolada da Fump e da realidade que vivemos hoje na Universidade. A nossa principal discordância é com relação a uma fundação privada gerir recursos públicos, mesmo sabendo que há prestação de contas”, questionou.

Em resposta ao posicionamento da coor-denadora do DCE, a vice-reitora, professora Rocksane de Carvalho Norton, declarou que a Universidade não se furta ao debate, mas que precisa ser convencida da real necessidade da criação de uma pró-reitoria de assistência estudantil em relação ao trabalho que hoje é desempenhado pela Fump.

“A Fump é uma instituição sólida e efi-ciente que cumpre bem seu papel de prestar assistência estudantil aos alunos da UFMG há mais de 80 anos. Ela é pioneira no assunto no país tanto que muitas das pró-reitorias existentes hoje se pautam pelo seu trabalho e têm a instituição como exemplo. O dinheiro investido é público sim mas sua aplicação é feita com muita seriedade e transparência. As prestações de contas são todas aprovadas pelo Conselho Diretor da Fump, que é paritário, e pelo Conselho Universitário, órgão máximo da Universidade”, argumentou.

Para a vice-reitora, “no que diz respeito à trans-parência da instituição não há do que se queixar, em relação à eficiência e à história muito menos, então fica difícil sermos convencidos de que uma pró-reitoria funcionaria melhor do que a Fump”.

Professor Seme Gebara Neto, presidente da Fump, fez a apresentação do seminário sobre a metodologia de análise socioeconômica

fotos Sara Grunbaum

”A iniciativa é de fundamental importância porque aproxima o estudante da Fump, mesmo os que não são assistidos como é o meu caso. O seminário foi bem divulgado, a agenda bem construída e a apresentação do presidente da Fump clara e precisa. O mais importante é que teve tempo para o debate, espaço democrático onde as pesso-as puderam ser ouvidas. Penso que o contato com o estudante tem que ser cotidiano e não só pontual apenas na forma de seminários, mas saio daqui satisfeito e esclarecido”.

Jean Lopes Xavier, estudante do 8º período de Educação Física

”O seminário esclareceu como a Fump vem tentando criar condições para incluir um número cada vez maior de estudantes em seus programas. Estar na Universidade é uma conquista, mas permanecer nela é um desafio ainda maior para muitos estudantes como é caso dos alunos de cursos semi-presenciais criados a partir da adesão da UFMG ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades (Reuni). Apesar de se enquadrarem nas condi-ções socioeconômicas exigidas pela Fump, eles não têm acesso à maioria dos programas da Instituição pois pertencem a uma modalidade que não é atendida com recursos do Pnaes. As coordenações dos cursos devem atuar do ponto de vista político junto à Universidade e à própria Fump para ampliar o acesso desses estudantes aos programas da Instituição”.

Maria de Fátima Almeida Martins, coordenadora do Curso de Licenciatura do Campo da Faculdade de Educação (FAE)

”O seminário foi muito importante. Como eu frisei no momento do debate, a quali-dade da minha graduação seria muito baixa se eu não fosse assistida pela Fump. O evento foi muito bom porque nos deu a oportunidade de debater vários assuntos que a gente tinha dúvida, inclusive porque há algumas questões mais burocráticas que no dia a dia não têm como ser respondidas. É sempre bom abrir o debate ao público, porque nós, às vezes, vemos algumas falhas que podem ser melhoradas”.

Cláudia Kelly Fernandes da Cruz, estudante do 2º período de Ciências Biológicas

”O debate foi importante pois hoje a assistência estudantil é pensada como direito e não como favor ou assistencialismo. Como o seminário se resumiu mais à apresen-tação da metodologia da Fump, não senti tanto um espírito de debate, de inter-rogações. Vim com a expectativa de conversar um pouco mais, mas acho que vão acontecer outros momentos de discussão e eu estarei presente”.

Cláudia Mayorga, professora do curso de Psicologia e coordenadora do Projeto Conexão de Saberes

Confira mais depoimentos sobre o seminário no portal www.fump.ufmg.br.

Teresa (assistente social), prof Seme, profa Rocksane (vice-reitora), Marisnei (coordenadora de Serviço Social) e Kely (assistente social)

Page 4: Jornal Circuito Fump Junho 2011

Presidente Prof Seme Gebara Neto · Superintendente Paulo Roberto Manso · Assessora de Comunicação Maria do Rosário Rangel · Jornalista responsável

Déborah Gurgel (MG05360JP) · Revisão Maria do Rosário Rangel e Déborah Gurgel · Projeto gráfico e diagramação Bruna Caldeira · Tiragem 10.000 ·

Fundação Universitária Mendes Pimentel (31) 3409 8464 · [email protected] · Edifício Acaiaca · Av Afonso Pena 867, 21º andar, Centro ·

CEP 30130-002 · Belo Horizonte · MG · Brasil · Assessoria de Comunicação Social (31) 3409 8461 · [email protected]

www.fump.ufmg.br

Informativo Institucional04

i Baeta Vianna

Nova bolsa já atende centenas de estudantes

a recém-criada Bolsa de Manutenção Baeta Vianna, cujo nome homenageia o professor José Baeta Vianna (leia abaixo), já está beneficiando cerca de 600 estudantes do nível I que estão cursando a primeira graduação na UFMG.

Segundo a coordenadora de Serviço Social, Marisnei Doura-do, a bolsa tem como objetivo assegurar um apoio financeiro mensal, no valor de R$ 300,00, aos estudantes que apre-sentam bom aproveitamento acadêmico a cada semestre no decorrer do curso.

“O benefício visa a manutenção das despesas acadêmicas, amenizando as dificuldades econômicas dos estudantes, portanto, possibilitando a sua permanência na Universidade com qualidade e menor risco de retenção e evasão”, explica.

Além do rendimento acadêmico, existem outros critérios para acessar o programa. Os estu-dantes devem estar matriculados em disciplinas que atinjam o mínimo de créditos exigidos pelo colegiado de cada curso, conforme grade curricular, exceto para alunos no último período que seguem as especificidades do curso. Esses casos são analisados pelos assistentes sociais da Fump.

Outros critérios de acesso: ser aprovado em todas as disciplinas matriculadas no semes-tre avaliado, conforme Rendimento Semestral Global (RSG), não apresentar ocorrências de trancamento total no decorrer do curso (ou parcial em disciplinas obrigatórias no semestre avaliado), estar dentro do período estabelecido pelo colegiado para integralização do curso e ser acompanhado pela equipe socioassistencial da Fump.

Os estudantes concorrem com colegas do mesmo curso, já que as 600 bolsas são proporcionais ao número de alunos de nível I em cada curso.

/ Quem foi Baeta Vianna?Na década de 1930, o professor da Faculdade de

Medicina José Baeta Vianna, concretizando aspira-ções do primeiro reitor da Universidade de Minas Gerais (UMG), professor Francisco Mendes Pimentel, dá continuidade à organização da assistência aos estudantes da Universidade.

Na liderança do processo de institucionalização da assistência na UMG, Baeta Vianna tem como meta a criação de uma Diretoria Autônoma, com o objetivo de formar um fundo patrimonial para a as-sistência, mas foi preciso aguardar a aprovação do estatuto da Universidade em 1935. Logo após esse fato, é que são instituídas formalmente as bases que irão reger a assistência aos estudantes da Universidade.

Criadas as condições, Baeta Vianna envia ao Conselho Universitário o projeto do estatuto da Assistência aos Universitários Mendes Pimentel (Aump), que mais tarde veio a se cha-mar Fundação Universitária Mendes Pimentel.

A atuação do professor Baeta Vianna não se restringiu apenas ao ensino. Pesquisador de renome internacional, foi sócio-fundador da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciên-cia (SBPC) e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As realizações dele no campo da saúde e da medicina social marcaram de maneira dignificante sua vida. Entre suas obras de grande relevância, estão a fundação do antigo Hospital Maria Guimarães e do atual Hospital da Baleia.

Fonte: Livro Fump 75 anos, da escritora Maria Efigênia Lage de Resende

ampliar as oportunidades de inclusão di-gital ao estudante assistido e, indiretamen-te, ao seu grupo familiar. Esse é o objetivo do Programa de Bolsa de Acesso à Infor-mação Digital que concedeu, no primeiro semestre deste ano, 625 bolsas para que os alunos contemplados pudessem adquirir computadores de mesa ou equipamentos portáteis como notebooks e netbooks.

Beneficiada com a bolsa, a estudante do 2º período do curso de Geografia, Érica do Nascimento de Paula Goularth, 28 anos, conta que não tinha computador em casa e precisava utilizar a máquina de parentes para produzir seus trabalhos escolares.

“Sempre dependia do meu irmão ou do primo do meu marido, mas precisava adequar meus estudos aos horários deles. Era uma correria e muitas vezes, além de incomodá-los, sempre havia um estresse. Estou extremamente feliz em ser contem-plada com a bolsa que fará uma grande diferença na minha vida. Além de mim, meu marido também poderá utilizar o computador”, afirma.

Mesmo estudantes que já têm computa-dor reforçam a importância do projeto por oferecer oportunidades de acesso àqueles que não dispõem do equipamento. “O pro-grama é muito importante para os universi-tários pois a aquisição do computador ajuda no desempenho acadêmico, além de pro-mover um certo conforto porque às vezes não encontramos computadores disponíveis para estudar. Ainda é um produto caro e nem todos têm condições de comprá-lo”, ressalta a estudante do 5º período de Peda-gogia, Mônica Heloísa de Oliveira, 29 anos.

Sobre o Programa - Criado recentemente pela Fump, o Programa de Bolsa de Acesso à Informação Digital atende estudantes de cursos presenciais de graduação da UFMG, classificados socioeconomicamente nos níveis I, II e III (nesta ordem de prioridade), que estejam em acompanhamento com a equipe de Serviço Social da Instituição. Os alunos que já foram beneficiados pelo antigo Programa Meu Primeiro Computador não podem pleitear a bolsa pois já tiveram acesso em outro momento.

i inclusão digital

Fump concede bolsas para aquisição de computadores

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expediente