jornal "bombeiros de portugal" – edição 352 – março 2015

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Janeiro de 2016 Edição: 352 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva CRACHÁ DE OURO PARA BOMBEIROS FALECIDOS EM SERVIÇO Presidente da LBP lembra MAI: Associações de Bombeiros são estruturas especiais Presidente da LBP lembra MAI: Associações de Bombeiros são estruturas especiais Págins 16 e 17 Página 5 CACILHAS Foto: Marques Valentim

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Page 1: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

J a n e i r o   d e   2 0 1 6   Edição:  352  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

CRACHÁ DE OURO PARA BOMBEIROSFALECIDOS EM SERVIÇO

Presidente da LBP lembra MAI:Associações de Bombeiros são estruturas especiais

Presidente da LBP lembra MAI:Associações de Bombeiros são estruturas especiais

Págins 16 e 17

Página 5

CACILHAS

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Page 2: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

2 JANEIRO 2016

Obrigado por tocarem a sireneTodos, ou quase todos, os

quartéis de bombeiros, por princípio e também eventual necessidade, mantém-na em funcionamento. Falo da sirene.

Quando se ouve tocar em determinados momentos sus-cita surpresa, pesar, ou até apreensão, seja quando o faz em circunstâncias fora do co-mum, quando o faz para assi-nalar a descida à terra de mais um dos nossos heróis, ou quando se trata de chamar re-forços para a prestação do so-corro.

As novas tecnologias da co-municação há muito que deixa-ram de fazer depender exclusi-vamente da sirene para fazer uma chamada geral. Agora até permitem convocar grupos es-pecíficos de intervenção ou passar informações. Contudo, nos tempos que correm, ape-sar de todo esse desenvolvi-mento, a sirene permanece al-taneira como reserva para a chamada que se imponha quando as tecnologias falhem.

Mas a sirene, aparte a valia operacional tem frequente-mente outras qualidades que

muitas vezes só lhe são reco-nhecidas quando falta.

Aconteceu a poucos dias do final do último ano. Uma idosa, vizinha da associação de bom-beiros a que estou ligado há mais de quatro décadas, pas-sou pelo quartel para agrade-cer aos bombeiros pelo apoio dado e, em especial, para lhes agradecer o simples facto de continuarem a tocar a sirene ao meio-dia. E explicou o por-quê de tão aparente insólito agradecimento. Habitualmen-te, confere-lhe uma sensação de conforto, de bem-estar, por que ao ouvi-la tocar sabe que há alguém disponível para aju-dar e, por outro lado, ajuda-a também a gerir as múltiplas tarefas da lida da sua casa.

Quando mudámos de quar-tel há 20 anos, e até já operá-vamos com os ditos “bips”, pa-recia-nos ilógico continuar a accionar a velhinha sirene.

No passado, era eu miúdo, esperava-se pelo sinal horário do meio-dia da então Emissora Nacional para accionar a sire-ne.

Ao longo do tempo, o auto-

matismo acabou por evitar esta operação mas manteve inalterada a tradição.

Com a mudança de instala-ções e a cada vez maior inutili-dade, pensávamos nós, do to-que da sirene, decidiu-se re-metê-la ao silêncio. Eis senão quando, pouco tempo depois, surge um coro de protesto lo-cal no centro da Vila que, na prática, veio assinalar e validar uma outra função, eminente-mente social, de cuja impor-tância, afinal, não estaríamos tão cientes. O toque da sirene dos bombeiros ao meio-dia era, em si mesmo, uma insti-tuição.

Recuperada a antiga sirene, hoje, continua tocar no centro histórico da Vila, a par da, en-tretanto, montada no actual quartel. É, o dois em um no cumprimento de uma função social secular. Não para susci-tar surpresa, pesar ou alerta mas, simplesmente, para assi-nalar e valorizar a proximidade e aquecer os corações dos que a ouvem.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Por razões às quais é alheio, o jornal “Bombei-

ros de Portugal” publicou na sua última edição (dezem-bro 2015), página 7, uma notícia sob o título “MAI – Novos Secretários de Esta-do” na qual se insere uma foto da “Lusa” que não cor-responde à nova Secretária de Estado Adjunta e da Ad-ministração Interna, Isabel Oneto.

Pelo facto, não obstante declinarmos qualquer responsabilidade, não queremos dei-xar de apresentar sinceras desculpas à visada, certos de que, pelo facto de também ser ex-jornalista (1979/2000), melhor compreenderá o sucedido. Quer no site do jornal, como já aconteceu, e nesta edição do jornal (janeiro 2016) faz-se a devida retificação.

A notícia em causa foi construída e paginada na altura em que no site oficial ainda não estavam disponíveis fotos dos dois secretários de Estado. Face a isso, recorremos ao arqui-vo da agência “Lusa” para ilustrar a notícia, incorrendo então no referido erro.

Aproveitamos a oportunidade para referir que a nova se-cretária de Estado é licenciada em Direito e mestre em Ciên-cias Jurídico-Criminais, foi deputada à Assembleia da Repú-blica (2009/2015), integrou a Comissão Parlamentar de As-suntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, in-tegrou o Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação Criminal (2010/2014), foi governadora civil do distrito do Porto (2005/2007), vereadora da Câmara Munici-pal do Porto (2001/2005) e professora assistente de Direito na Universidade Lusófona do Porto.

RETIFICAÇÃO

Secretária de Estado Adjuntae da Administração Interna

Passa o tempo, altera-se a con-juntura, mudam os governos e

governantes, redefinem-se regras, ajustam-se leis e, não obstante as contrariedades e a complexidade dos desafios, as associações e os bombeiros continuam firmes no propósito maior de socorrer, de sal-var vidas, não descurando, ainda, outras missões, nas vertentes so-ciais, culturais ou desportivas.

Desde o início deste novo ano a equipa do jornal Bombeiros de Por-tugal já esteve em quase uma deze-na de instituições que são exemplo de uma saudável versatilidade nos serviços prestado á comunidade, assumindo uma importante função social.

Nesta área, é amplo e versátil o conjunto de competências destas associações que dinamizam bandas e fanfarras, promovem o ensino de música, patrocinam grupos de teatro, acolhem e promovem eventos vários e ainda asseguram transportes escolares, apoiam cidadãos com necessi-dades especiais, assumem apoio aos idosos, contribuem para a reintegração social de jovens e ainda dinamizam um sem núme-ro de atividades desportivas, quer em regime mais informal, quer a nível federado e, em alguns casos, com excelentes resul-tados.

Embora sejam muitos os exemplos de boas práticas e de pro-jetos bem-sucedidos permitimo-nos dar conta do trabalho de-senvolvido pelos Voluntários de Valbom na sinalização apoio e acompanhamento de famílias socialmente vulneráveis, mas também do importante trabalho dos Bombeiros da Azambuja na “recuperação” de jovens com problemas comportamentais:

Numa outra vertente, registem-se os casos dos Bombeiros de Alcabideche que arrecadam resultados de excelência no karaté, ou dos das congéneres de Fanhões, Zambujal. Loures ou Fornos de Algodres que não só se podem orgulhar das bandas e orques-tras que as representam, mas também do serviço que prestam à comunidade na ocupação e formação musical dos mais jovens.

E, de facto, sobram exemplos para ilustrar a atividade das as-sociações humanitárias de bombeiros voluntários, que, em vá-rias frentes, combatem as adversidades com trabalho, criativida-de e, mesmo, com poucos recursos se reinventam todos os dias para continuar um bom e vasto serviço à comunidade, onde se continuam a distinguir pela identidade e pela tradição, mas se afirmam pela constante e oportuna adaptação aos ditames do presente.

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Fazer tanto, com tão pouco

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3JANEIRO 2016

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Desde que fomos eleitos, com expressivo resultado, temos desenvolvido um con-junto de temas e uma estratégia para os

conduzir aos diferentes níveis institucionais, identificados como importantes para alcançar os objetivos traçados a bem dos Bombeiros Por-tugueses, da sua missão e do reconhecimento que lhes é devido.

Para nós, desde logo, em permanência, os dados estão lançados no sentido da busca, do desenvolvimento, do debate e da discussão desses temas, quer, prioritariamente, no nosso seio, quer também no exterior interagindo com todas as entidades parceiras, oficiais, públicas e privadas.

No nosso entendimento, de facto, os dados nunca deixaram de estar lançados. Mas, sem-pre que ocorrem mudanças na sociedade, no-meadamente decorrentes de processos eleito-

rais, importa reiterar posições, com tanta fron-talidade quanto rigor, transparência e verticali-dade que sempre têm caracterizado a nossa forma de ser e estar.

Independentemente das mudanças que ine-vitavelmente ocorrem, inclusivé no panorama governativo, de facto, o nosso posicionamento mantém-se inalterado sobre as matérias em apreço. É certo que os novos governantes não têm que forçosamente estar familiarizados ou conhecedores dos temas que nos são caros. Por isso, neste momento, e correspondendo à nova plataforma de debate que se nos apresenta com novos responsáveis e porventura novas ideias importa voltar a lançar os dados.

Os contactos já realizados, em primeiro lugar, com o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e com o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, e de seguida com a Mi-

nistra da Administração Interna, Constança Ur-bano de Sousa, e com o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, são bem demonstrativos da vontade de rapidamente dar continuidade ao debate e à construção de solu-ções relativas a questões que já vínhamos arti-culando com o Governo anterior ou outras que venham a surgir.

Em qualquer dos casos, continuidade das questões ou arranque de novas, a nossa deter-minação é total, a nossa abertura é igualmente total, como fizemos questão de sublinhar a to-dos os responsáveis governativos com quem já reunimos.

A todos eles, nos diferentes momentos de encontro, fizemos questão de sublinhar, com a clareza, a frontalidade e o rigor que sempre co-locámos na nossa forma de ser e estar, ao que vínhamos, o que anima e sustenta as nossas

teses, a premência, a lógica e a oportunidade de cada uma delas. E, deixámos sempre claro que, o que nos anima não é a busca de benes-ses, apoios ou quaisquer subsídios. Não temos qualquer rebuço em propor que se possa e deva medir o impacto da nossa missão, os resultados práticos do nosso trabalho em prol da defesa, do bem-estar e da segurança das populações. Chegados aí, também o temos dito, e voltámos a reforçar perante os novos governantes, im-porta que a comunidade, as autarquias e o pró-prio Estado saibam corresponder a esses dados concretos com o ressarcimento adequado e cor-reto devido aos Bombeiros Portugueses.

Vamos continuar a trabalhar imbuídos da mesma determinação, do mesmo espírito de diálogo, da mesma vontade de concertação, mas também com a convicção da justeza dos nossos princípios em prol da comunidade.

Os dados voltam a estar lançados

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4 JANEIRO 2016

O ministro da Saúde, Adalberto Gomes Fernandes, correspondeu à solicitação do presidente da Liga dos Bombeiros

Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, para que seja reposta a isenção de taxas moderadoras para os bombeiros portu-gueses e, inclusive, alargadas a todos os cui-dados de saúde hospitalar do Serviço Nacional de Saúde.

Esta foi uma das conclusões da reunião de 23 de dezembro, solicitada pela LBP para apresentação de cumprimentos e também

para uma primeira abordagem aos temas ca-ros à colaboração existente entre os Bombei-ros e o novo titular do Ministério da Saúde.

O socorro pré-hospitalar em Portugal, no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), que depende em cerca de 90 por cento dos bombeiros será um dos temas. Outro, o transporte de doentes não urgentes onde a intervenção dos bombeiros é capital.

Recorde-se que a isenção das taxas mode-radoras foi retirada aos bombeiros em 2011 e, desde então, a LBP lutou pela sua reposição.

TAXAS MODERADORAS

LBP recupera isençãopara os bombeiros

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A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, visitou recentemente a

sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), em Carnaxide, acompanhada pelo secre-tário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.

Durante a visita, iniciada com a apresentação de uma formatura de elementos da Força Espe-cial de Bombeiros, a ministra manteve contactos com os principais responsáveis daquela estrutu-ra, nomeadamente, o presidente, major-general Grave Pereira, o diretor nacional de bombeiros (DNB), Pedro Lopes, o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, e outros dirigentes, das direções nacionais, dos Recursos da Proteção Civil, do Planeamento de Emergência e da Audi-toria e Fiscalização.

ANPC

Ministra em Carnaxide

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NPC

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) regista mais

uma vez com muito agrado que o presidente do INEM, Luis Mei-ra, “tenha entendido a nossa justa pretensão e tenha decidi-do no sentido de que as visto-rias/certificações das ambulân-cias se façam sem perder a sua objetividade nem critérios per-feitamente claros, mas que cor-respondam com esta decisão àquilo que são as nossas neces-sidades e preocupações do dia a dia” refere o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, em circular enviada a todas as associações, câmaras municipais com corpos de bom-beiros, comandos, federações e órgãos sociais da LBP.

“Registamos e saudamos a forma expedita como este as-sunto foi interpretado, havendo

contudo a necessidade de, a curto prazo, serem analisados e reajustados os regulamentos, que complementem o sentido de cooperação ora demonstra-do pelo INEM, perante os Bom-beiros de Portugal, que de uma forma profissional e competen-te querem continuar a contri-buir para melhorar o Sistema Integrado de Emergência Médi-ca” sublinha ainda o presidente da LBP na mesma informação.

Como é sabido, a certificação de ambulâncias dos bombeiros pelo INEM, “tem sofrido nos úl-timos tempos, contratempos in-desejáveis, levando a uma per-manente reclamação junto des-ta entidade e da Liga dos Bom-beiros Portugueses, por parte das direções e comandos das associações e corpos de bom-beiros.

Com efeito, “as ambulâncias são por vezes reprovadas, por questões de simples pormenor, que não têm do ponto de vista prático, qualquer incidência re-gulamentar ou diminuição da prestação de serviço de quali-dade que todos desejamos, mas por essas razões de exces-so de rigor, criam dificuldades acrescidas às nossas Associa-ções” aponta o comandante Jai-me Soares.

No sentido de colmatar estas situações, o presidente da LBP oficiou ao presidente do INEM para que e “sem desvirtuar o normativo regulamentar, pu-desse criar critérios objetivos e claras interpretações das nor-mas, no sentido das vistorias/certificações se tornarem mais simplificadas e por essa razão mais céleres e objetivas”.

VISTORIAS DE AMBULÂNCIAS

Atitude do INEM é saudada

O secretário de Estado da Administração Inter-na (SEAI), Jorge Gomes, participou pela pri-

meira vez no “briefing” operacional de proteção civil realizado na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) em Carnaxide, na presença do presi-dente do conselho executivo da Liga dos Bombei-

ros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares.

Esta reunião semanal, que conta com a partici-pação da LBP, congrega todos os restantes agen-tes da proteção civil e as entidades que intera-gem nesse âmbito.

Secretário de Estado no briefing

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O secretário de Estado da Admi-nistração Interna, Jorge Go-

mes, deslocou-se no passado dia 14, pela primeira vez, à sede da Escola Nacional de Bombeiros. A visita teve como principal objetivo a apresentação da ENB, resulta-dos, desafios e projetos a concre-tizar brevemente ao nível das in-fraestruturas.

A visita contou com a presença do presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, do Diretor Nacional de Bombeiros, Pedro Lopes, e do presidente da

Assembleia Municipal de Sintra e antigo diri-gente da ENB, Domingos Quintas.

ENB

SEAI visita instalações

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5JANEIRO 2016

Todos os bombeiros faleci-dos em serviço vão passar a receber o crachá de ouro

da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) conforme foi deci-dido por unanimidade na última reunião do ano transato do con-selho executivo, por proposta do seu presidente, comandante Jaime Marta Soares.

A decisão, tomada em 29 de dezembro último, abrange os 17 bombeiros falecidos em serviço desde 2012, não obstante al-guns deles, oito, já terem sido homenageados em 2014 com a atribuição póstuma dessa dis-tinção. Haverá agora que distin-guir os nove restantes.

A fixação do prazo para a atri-buição do crachá de ouro nestes casos, desde 2012, tem a ver com o início da vigência do pri-

meiro mandato dos órgãos so-ciais da LBP sob a presidência do comandante Jaime Marta Soares, logo, fundamento para a legitimidade da decisão, e que o próprio defendeu ao apresen-tar a proposta.

Para o presidente da LBP “tra-ta-se de prestar a devida home-nagem aos nossos, que no cum-primento do dever levaram ao limite o lema Vida por Vida”. “Importa homenageá-los e tam-bém por essa via perpetuar a sua memória como exemplo, como reserva moral deste notá-vel universo de mulheres e ho-mens que vestem de soldados da paz e todos os dias dizem presente para servir a comuni-dade, prevenir e socorrer e, se necessário, sacrificar-se pelo seu semelhante” sublinhou o

comandante Jaime Marta Soa-res.

O momento e as circunstân-cias em que irão ser atribuídos referidos crachás de ouro estão ainda por definir mas, segura-mente, serão entregues no de-correr de 2016 conforme defen-de o presidente da LBP.

Entre os bombeiros falecidos em serviço em 2012 está Paulina Maria Gomes Pereira, bombeira de 3.ª dos então Municipais de Abrantes vítima de despiste da viatura em que se dirigia para combate a incêndio em 21 de ju-lho. Pelo mesmo motivo, em 9 de agosto, faleceu o bombeiro de 3.ª dos Voluntários de Figuei-ró dos Vinhos, Vitor Manuel Mendes Joaquim.

Em 15 de setembro, dois bombeiros de 3.ª dos Voluntá-

rios de Coja, Patrícia Alexandra Rodrigues Abreu e Pedro Manuel Santos Brito, viram a viatura em que se deslocavam envolta em chamas durante o combate a um incêndio florestal. Ambos falece-ram em consequência disso, o segundo no dia 21 do mesmo mês após internamento hospita-lar.

Em 22 de outubro o chefe Fer-nando Manuel Oliveira Reis, dos Voluntários da Aguda, foi vítima mortal de um acidente rodoviá-rio ao volante da ambulância de socorro onde se dirigia para cor-responder a um pedido de so-corro.

Ainda em 2012, no dia 30 de novembro, o subchefe dos Vo-luntários do Sabugal, Sérgio Do-mingos Martins Hilário, foi aco-metido de doença súbita mortal

quando procedia ao transporte de doentes.

Em 2013 ocorreu o falecimen-to em serviço de 9 bombeiros, 8 deles no combate a fogos flores-tais entre agosto e setembro. Neste grupo incluem-se, o bom-beiro de 1.ª dos Voluntários de Miranda do Douro, António Nuno Joaquim Ferreira, o bombeiro de 2.ª dos Voluntários da Covilhã, Pedro Miguel Jesus Rodrigues, a bombeira de 2.ª dos Voluntários de Alcabideche, Ana Rita Abreu Pereira, o bombeiro de 3.ª dos Voluntários dos Estoris, Bernar-do Albuquerque de Vasconcelos Figueiredo, os bombeiros de 3..ª dos Voluntários de Carregal do Sal, Cátia Pereira Dias e Bernar-do Cardoso, o bombeiro de 2.ª dos Voluntários de Valença, Fer-nando Reis, o bombeiro de 3.ª

dos Voluntários de Miranda do Douro, Daniel Falcão.

Ainda em 2013 houve a regis-tar a morte em serviço do bom-beiro de 3.ª dos Voluntários de Belas, Luís Manuel da Cruz Mon-teiro, vítima de queda em cená-rio de exercício operacional.

Em 2014, registou-se o faleci-mento em serviço do bombeiro de 1.ª dos Voluntários do Faial, Herberto Luís Alves Correia, de-vido a despiste da ambulância de socorro em que seguia para um acidente.

Em 2015, o bombeiro de 2.ª dos Voluntários de Carcavelos e S. Domingos de Rana, José Joa-quim Mendes Moreira, foi a víti-ma portal do acidente com o au-totanque em que se deslocava a caminho de um incêndio flores-tal.

DECISÃO DA LBP

Bombeiros falecidos em serviço recebem crachá de ouro

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime

Marta Soares, manifestou-se sa-tisfeito com a “total abertura” demonstrada pela titular do Mi-nistério da Administração Inter-na (MAI), Constança Urbano de Sousa, e, no caso concreto, do anúncio feito por esta de que a reivindicação da LBP em torno da isenção para a viatura VDTD estar já a ser tratada.

A LBP defende há muito a aclaração da legislação que ga-ranta também a isenção tributá-ria para o veículo dedicado ao transporte de doentes (VDTD) no âmbito da já existente para os restantes veículos adquiridos pelas associações de bombeiros para cumprimento das missões de proteção e socorro atribuídas aos seus corpos de bombeiros. Na lista de missões, como é sa-bido, inclui-se o transporte de doentes com recurso, também,

ao veículo dedicado ao transpor-te de doentes (VDTD). Importa agora que, correspondendo à reiterada reivindicação da LBP, se inclua também o VDTD no grupo de veículos isentos.

Na sequência disso, o coman-dante Jaime Soares, saudou a disponibilidade demonstrada pela ministra “para a negociação e para se encontrar soluções para os muitos problemas dos Bombeiros que estão em cima da mesa”.

O comandante Jaime Soares, acompanhado de outros ele-mentos do conselho executivo da LBP, os vice-presidentes Ro-deia Machado e José Miranda, e o vogal Rama da Silva, reuniu-se no início do mês, pela primeira vez, com a ministra e com o se-cretário de Estado da Adminis-tração Interna, Jorge Gomes, que passa a ter responsabilidade delegada na Proteção Civil.

Tratou-se de um encontro

para apresentação de cumpri-mentos da Confederação dos Bombeiros Portugueses à res-ponsável pelo MAI e, na oportu-nidade, também, para a apre-sentação de um detalhado mas breve memorando que permita arrancar com um processo ne-gocial “sólido e construtivo”, como caracterizou o presidente da LBP.

Além da abertura demonstra-da pela ministra, o comandante Jaime Soares saudou ainda a oportunidade de, na semana se-guinte, poder iniciar um plano de trabalho com o secretário de Estado Jorge Gomes para análi-se do referido memorando.

São muitos os temas incluídos nesse memorando incluindo al-guns que são transversais a ou-tros departamentos governa-mentais.

O presidente da LBP, a propó-sito, desafiou Constança Urbano de Sousa para que possa “de

certa forma, ser nossa “embai-xadora” junto de outras áreas do Governo”.

A questão do VDTD é um exemplo disso. Os incentivos ao voluntariado e o Cartão Social do Bombeiro defendido pela LBP, a isenção de taxas moderadoras, a retoma da bonificação do tem-po de serviço para efeitos de re-forma ou garantir a pensão de

preço de sangue para bombeiros com incapacidade absoluta e permanente para o trabalho por acidente ocorrido em serviço ou por causa das suas funções são outros exemplos.

A LBP lembra também a im-portância de dar continuidade ao programa de vigilância médi-ca dos bombeiros, de consagrar a isenção de IRS para todo e

qualquer dispositivo, a possibili-dade de redução no IRC ou TSU para as empresas que empre-guem bombeiros voluntários e ainda a necessidade de legislar sobre o processo específico de reforma dos bombeiros voluntá-rios e assalariados das associa-ções que consagre o caráter pe-noso e desgastante dessa ativi-dade.

LBP REÚNE COM MAI

Presidente da LBP satisfeitocom VDTD a ser tratado

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Page 6: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

6 JANEIRO 2016

A peça museológica que apresentamos este mês corresponde a um dos

testemunhos mais antigos e também mais emotivos da pre-sença dos bombeiros portugue-ses no ex-Utramar.

É um fragmento de história, de uma longa história, que im-portaria passar a escrito, de modo suficientemente abran-gente, com rigor e detalhe.

Referimo-nos a um livro ma-nuscrito onde estão presentes várias curiosidades, entre as quais fotografias e recortes de jornais, reunidas pelo coman-dante José Sacadura Bretes, fi-gura proeminente no processo de reorganização da Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Moçâmedes (AHB-VM), em 1949.

A mesma instituição foi pio-neira, ao nível do associativis-mo e do voluntariado em bom-beiros, na então província de Angola.

Criada em 19 de Maio de 1904, data da aprovação dos respectivos Estatutos, por por-taria do governador-geral do território, a AHBVM esteve en-tretanto inactiva durante 45 anos. Efectivamente ficou a de-ver-se a José Sacadura Bretes, director da Alfândega de Moçâ-medes, o relançamento da As-sociação, em razão da ocorrên-

cia de um grave incêndio que deixou bem patente, na locali-dade, a falta que fazia uma cor-poração de bombeiros.

Ao longo do livro é-nos pro-porcionada a identificação com factos marcantes da trajectória associativa, nomeadamente, a filiação na Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), sob o nú-mero 315, e a posterior partici-pação no XI Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, reunido em Leiria de 3 a 5 de Setembro de 1954.

A todos os factos está ligado o comandante José Sacadura Bretes, cuja vontade inque-brantável de afirmar os Bom-beiros Voluntários de Moçâme-des, no todo nacional, foi devi-damente concretizada. Para o efeito, e porque autodidacta, entendeu estabelecer contactos com a Metrópole, visando ad-quirir conhecimento, escreven-do a esse propósito:

“Não meti uma lança em Áfri-ca, como soe dizer-se, mas sim na Metrópole. Consegui dilatar, a Fé e o Império, no que respei-

ta aos Serviços de Incêndios, até Angola; consegui que a pri-meira Corporação de Voluntá-rios de Angola se tornasse co-nhecida e querida na Mãe-Pá-tria e levo-lhe uma grande li-ção, que levará dias a dar em sucessivas conferências, em que relatarei, em que tomarei medidas atinentes a irmanar processos de combate e fórmu-las regulamentares, mas onde, por mais que enalteça o espírito de sã camaradagem dos cama-radas da Metrópole, por maior e sentido calor e convicção que imprima às minhas palavras, nunca poderei definir quanto, na vontade, a todos devo, por-que não há, não pode haver, palavras que definam toda a gratidão que sinto por quanto me fizeram.”

A dedicação e a competência do comandante valeram-lhe, a dado momento, mais precisa-mente no dia 1 de Abril de 1955, ser nomeado delegado da LBP em Angola. Foi, de res-to, o primeiro elemento a exer-cer tal função naquela colónia, destacando-se em acções de fomento e de apoio à fundação de outras associações e corpos de bombeiros, caso dos Bom-beiros Voluntários de Benguela, Lobito, Nova Lisboa e Sá da Bandeira. Além disso, quando da sua presença no XI Congres-so Nacional dos Bombeiros Por-tugueses, em representação da AHBVM, teve o mérito de apelar às entidades competentes para que a legislação aplicável aos serviços de incêndios fosse ex-tensiva aos territórios ultrama-rinos, chegando a ser recebido pelo Ministro do Ultramar.

Livro manuscrito revelaHistória dos Bombeiros de Moçâmedes

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

Fotos:

Arquivo LBP/NHPM

Para seu gáudio, o Governo veio a publicar, em 27 de Maio de 1958, o Decreto-Lei n.º 41652, de encontro à sua aspi-ração. Infelizmente, na altura, já havia deixado as funções de comandante, devido a dissidên-cias internas que o obrigaram a tirar licença ilimitada, alegando, porém, problemas de saúde. A situação parece ter-se tornado insustentável, acabando a As-sembleia Geral da Associação por nomear como seu substitu-to, em regime de efectividade, o 2.º comandante Raul Fernan-des Luís.

Antes, ainda, bateu-se pela doação, aos bombeiros voluntá-rios, de 10 por cento sobre os prémios de seguros.

Os últimos apontamentos in-seridos no livro denotam um certo desgosto de José Sacadu-ra Bretes, face ao curso tomado pelo Corpo de Bombeiros, após a sua saída, confessando-se de-sagradado, por exemplo, com a paralisação do pronto-socorro e da ambulância, devido à falta de verba para reparação, adian-tando, em jeito de desabafo:

“Já não está na minha mão dar remédio a estes males. Também já não me compete fa-zer história. É de esperar que os vindouros a façam e oxalá sai-bam vencer.

Eu vou para a Metrópole. Vou descansar de 40 anos de África. A História dos Bombeiros Vo-luntários de Moçâmedes será depositada por mim na Liga dos Bombeiros Portugueses”.

Assim, de facto, aconteceu, conforme traduz a existência do livro manuscrito, original e úni-co, propriedade da Liga dos Bombeiros Portugueses desde 15 de Julho de 1958, mediante oferta do seu autor, receoso de

que os elementos ali contidos se extraviassem.

“(…) para decidir do seu des-tino”, escreveu, a terminar, o ex-comandante, referindo-se, em concreto, à LBP.

A decisão foi tomada e o re-sultado está à vista: preservar e divulgar a história dos Bom-beiros Voluntários de Moçâme-des e, por essa via, ainda que indirectamente, honrar o al-truísmo de todos os antigos bombeiros ultramarinos!

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Livro manuscrito (à direita) em exposição no NHPM

Grupo de elementos ligados ao Corpo de Bombeiros

Corpo Activo dos BV de Moçâmedes, com o seu comandante

Comandante José Sacadura Bretes

Incêndio no depósito de material do caminho-de-ferro Auto-Escada oferecida Companhia dos Diamantes

Emblemados BV de Moçâmedes

Page 7: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

7JANEIRO 2016

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), re-presentada pelo seu presidente, comandan-

te Jaime Marta Soares, acompanhado pelo vice--presidente do conselho executivo, Rodeia Ma-chado, e pelo vogal do mesmo órgão, coman-dante José Fernandes,

reuniu-se com o secretário de Estado da Ad-ministração Interna, Jorge Gomes.

Este encontro foi agendado a partir da reu-nião havida dias antes entre a LBP, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e aquele governante.

Esta primeira reunião de trabalho entre os di-rigentes dos Bombeiros Portugueses e o secre-tário de Estado serviu para passar em revista, em termos globais, o conjunto de temas apre-

sentados no memorando entregue antes no en-contro com a ministra.

Questões como, a isenção das taxas modera-doras, o financiamento e reforço do Fundo de Proteção Social do Bombeiro, a prossecução do programa de vigilância médica dos bombeiros, a pensão de preço de sangue para bombeiros incapacitados e a reposição da bonificação de tempo de serviço para efeitos de reforma foram alguns dos temas abordados. Alguns deles não dizem diretamente respeito ao MAI, mas, como o presidente da LBP fez questão de solicitar à ministra, cabendo-lhe a tutela dos Bombeiros será justo e lógico que possa também ser nossa “embaixadora” junto de outros departamentos do Governo.

LBP/MAI

Bombeiros iniciam negociações com Secretário de Estado

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Através de deliberação re-cente (n.º 30/2015) do Ins-

tituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi alterada a validade da formação de tripu-lantes de ambulâncias de trans-porte e de socorro (TAT e TAS) de 3 para 5 anos.

Assim, a partir de 1 de janei-ro último a validade dos cursos de TAT,TAS e respectivas recer-tificações passa a ser de 5 anos. Este prazo é ainda aplicá-vel aos cursos TAS/RTAS e TAT/RTAT com o módulo SBV-DAE integrado que ainda se encon-trem válidos na mesma data.

Os cartões TAT e TAS e os certificados de formação TAT/TAS e RTAT/RTAS emitidos en-tre 1 de Janeiro de 2013 e 31 de Dezembro de 2015 passam a

ser válidos por um período de 5 anos.

“Como é do conhecimento de

todos, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), enquanto representante dos Bombeiros

de Portugal, foi quem desde a primeira hora insistiu, reivindi-cou, exigiu nos vários grupos

de trabalho e perante os mem-bros do Governo que tutelam esta área, no sentido de que esta revisão fosse prioridade primeira entre as muitas que ainda estão em agenda”, lem-bra o presidente da LBP, co-mandante Jaime Marta Soares, em circular enviada a todas as associações, corpos de bombei-ros, presidentes de câmara com corpos de bombeiros e federa-ções.

O comandante Jaime Soares sublinha que “finalmente con-seguimos que esse objetivo fos-se concretizado e, como tal, congratulamo-nos pela decisão tomada pelo Conselho Diretivo do INEM”.

Refira-se que a portaria 260/2014, publicada em 15 de

dezembro, veio possibilitar essa aprovação e desde essa data, a LBP veio insistindo junto do INEM, pelas alterações de 3 para 5 anos da validade dos cursos de TAT e TAS, já que essa medida era fundamental para a recertificação dos referi-dos cursos.

“Ao ser agora tornada reali-dade essa aspiração, que vai de encontro aos anseios dos Bom-beiros Portugueses e com resul-tados positivos para todo o sis-tema, a LBP realça, uma vez mais, que com persistência, vontade, unidade na ação e jus-teza nas aspirações, se conse-guem atingir os objetivos a que nos propomos”, conclui o presi-dente da LBP na referida circu-lar.

INEM

Confederação ganha prazo para TAS/TAT

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) entende ser

precipitado que se procure já garantir das associações huma-nitária de bombeiros voluntá-rios a disponibilidade de recur-sos humanos e viaturas para participar no DECIF 2016 sem que estejam esclarecidas e ob-tidas as respostas às questões entretanto apresentadas.

“Ainda não foram discutidas e analisadas as estratégias sobre matérias tão importantes, como as financeiras, que envolvem o reembolso de despesas, no-meadamente com viaturas, equipamentos, deslocações, a compensação ao pessoal envol-vido no DECIF e a correspon-dente carga horária de 24h para 12h, entre muitas outras que lhe estão subjacentes” defende o presidente da LBP, comandan-te Jaime Marta Soares em cir-cular enviada às federações, di-reções, comandos e presiden-

tes de câmaras municipais com corpos de bombeiros.

Por outro lado, segundo o mesmo dirigente,” ainda não se encontram resolvidas as ques-tões em tempo colocadas ao Senhor Secretário de Estado da Administração Interna, em rela-ção à isenção do IRS no que respeita às compensações, sub-sídios ou gratificações auferidas pelos Bombeiros no âmbito da sua actividade”.

Acresce ainda que, defende o comandante Jaime Soares, “também não se iniciaram as sessões conjuntas entre a LBP, Autoridade Nacional de Prote-ção Civil, Escola Nacional de Bombeiros e com a participação indispensável das Federações, Direções e Comandos, onde se-rão analisadas e discutidas to-das estas questões, na procura das melhores opções para o fu-turo”.

“Uma vez que não estão con-

seguidas estas premissas, con-sideramos inoportuno dar co-nhecimento da disponibilidade

dos meios humanos e materiais de cada corpo de bombeiros so-bre as questões relativas ao

DECIF 2016, pelo que aconse-lhamos as direções e comandos a não o fazer, sem estarmos se-

guros das propostas que nos venham a ser apresentadas”, conclui o presidente da LBP.

DECIF 2016

Liga quer primeiro obter respostas

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Page 8: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

8 JANEIRO 2016

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e a Autoridade para

as Condições do Trabalho (ACT), ci-mentaram a colaboração entre as duas entidades iniciada em 2015 com o Prémio de Boas Práticas ANPC 2015 – Segurança e Saúde Ocupacional nos Corpos de Bombeiros, através da assinatura de um protocolo de cola-boração, com vista a prevenir riscos profissionais e promover a segurança e saúde no trabalho dos bombeiros.

Assim, a presente rúbrica ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇA, irá disponibilizar informação cujo con-teúdo, foi elaborado pela ACT através desta parceria, que se pretende ve-nha a fomentar ainda mais o interes-se pela área da SSO nos Corpos de Bombeiros.

Este tema é particularmente im-portante porque a atividade profissio-nal dos Corpos de Bombeiros está su-jeita a inúmeras fragilidades. O papel da intervenção direta dos bombeiros, em situações de crise e de emergên-cia pode levar ao não cumprimento das regras mais elementares de se-gurança, expondo-os, desta forma, a situações perigosas e a consequên-cias dramáticas.

As consequências da intervenção em situações de crise e de emergên-cia para os bombeiros são inúmeras, nomeadamente:

• Stresse pós-traumático (ex. as-sistência a feridos graves ou a morte de companheiros ou de vitimas);

• Ferimentos ligeiros (ex. peque-nas intoxicações ou escoriações);

• Ferimentos graves (ex. queima-duras, cortes e perfurações);

• Morte (ex. acidentes de viação, paragem cardiovascular, asfixia).

Um bombeiro, voluntário ou pro-fissional, exerce uma atividade de elevado risco, podendo desenvolver uma doença profissional ou sofrer um acidente de trabalho, com conse-quências que poderão ser incapaci-tantes, temporárias ou permanentes, ou mesmo, em casos limite, mortais.

De acordo com a Organização In-

ternacional do Trabalho, é funda-mental a preparação do bombeiro para todas as situações de interven-ção sendo exigível formação a um nível elevado nomeadamente a for-mação em segurança, para todos os que atuem em ações de socorro e salvamento. É igualmente funda-mental a criação de um sistema glo-bal de gestão da segurança, que vise a proteção da segurança e saúde de todos os intervenientes envolvidos no processo de operações de socorro e salvamento ou em cenários de cri-se e emergência.

Os riscos psicossociais relaciona-dos com o trabalho têm sido identifi-cados como um dos grandes desafios

contemporâneos para a saúde e se-gurança e estão ligados a problemas nos locais de trabalho, tais como o stresse que tanto afeta os bombei-ros, como já referido anteriormente.

A ACT em 2012 desenvolveu uma Campanha de Avaliação de Riscos Psicossociais, com o objetivo de pro-mover a avaliação destes riscos, nos locais de trabalho, e incrementar a melhoria da qualidade das avalia-ções dos riscos existentes.

Enquanto Ponto Focal Nacional da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (PFN/EU--OSHA), a ACT coordena, a nível na-cional, as campanhas europeias pro-movidas pela EU-OSHA, tendo sido

no biénio de 2014-2015 sobre o lema “Locais de trabalho saudáveis contribuem para a gestão do stres-se”, a qual pretendeu prestar apoio e orientação aos trabalhadores e em-pregadores na gestão do stresse e dos riscos psicossociais relacionados com o trabalho, promovendo a utili-zação de ferramentas práticas e de simples utilização para facilitar esse processo.

Para mais informações ou esclare-cimentos, contate a Divisão de Se-gurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Protocolo de cooperação entre a ANPC e a ACT

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e a empresa Preventech assinaram re-

centemente um protocolo que vai permitir dotar as associações e corpos de bombeiros de duas novas ferramentas informáticas (SIGO e GESCORP), cuja apresentação se iniciou no passado dia 26, nos Bombeiros Voluntários de Mangualde, estando já agen-dada a próxima sessão no dia 2 de Feverei-ro, às 20h30 na Casa do Povo de Gavião.

A primeira ferramenta diz respeito à ges-tão de ocorrências sem papel. O Sistema de Gestão de Operações (SIGO) é a primei-ra solução informática que integra e orga-niza todo esse sistema com capacidade de interoperabilidade e de comunicação em tempo real, substituindo de forma fidedig-na toda a documentação existente em for-mato papel. Este suporte acessível e direto possibilita uma gestão fácil e eficaz perante qualquer tipo de ocorrência, permitindo gerir todas as suas fases, apoia as diferen-tes células na sua missão e dá ao coman-

dante das operações de socorro uma visão pormenorizada da situação, facilitando a comunicação e a gestão da própria ocor-rência.

A segunda ferramenta é designada por GESCORP, uma aplicação informática, igualmente inovadora, totalmente on line e que permite a gestão de todas as valências das associações humanitárias, seja a com-ponente associativa (faturação, associados e outros domínios), se já a operacional, no-meadamente, gestão de meios materiais operacionais e meios humanos, sendo uma aplicação online de fácil acesso e sem ne-cessidade de instalação prévia.

Segundo o protocolo estabelecido com a LBP, a empresa disponibiliza a todas as as-sociações a aplicação SIGO, mediante o pagamento de uma licença anual de 350 euros mais IVA, e, gratuitamente durante um ano, a aplicação GESCORP. Após o pe-ríodo de um ano, neste caso a licença terá um custo máximo de 450 euros mais IVA.

LBP/PREVENTECH

Gestão de ocorrências sem papel

A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) já disponibilizou três exemplares do “Manual de Educação Física e Desportos” a todos

os corpos de bombeiros do País. Esta nova ferramenta pedagógica foi distribuído através dos comandos distritais de operações de so-corro da ANPC, onde os corpos de bombeiros deverão agora proce-der ao levantamento, enquanto o envio para as regiões autónomas será efetuado diretamente por correio.

O novo manual também já está acessível no centro de documen-tação da ENB que, entretanto, entrou em funcionamento e que pre-tende constituir um acervo documental, a nível nacional, nas áreas temáticas do socorro e da proteção civil.

Entretanto, no final do ano transato, em que celebrou o vigésimo aniversário, a ENB tornou-se membro de duas das principais enti-dades de referência internacional do setor, da IFE (Institution of Fire Engineers) e da NFPA (National Fire Protection Association.) Esta adesão traz consigo, naturalmente, um conjunto de benefícios para a valorização da Escola, oferta formativa, seus formadores e destinatários.

ENB

Pronto manual de educação física

A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) editou no final do ano

transato uma revista alusiva ao seu 20.º aniversário em que, com uma excelente apresentação gráfica, faz um balanço exaustivo da atividade desenvolvida desde a fundação. Além de uma nota introdutória do presidente da ENB, a revista Inclui ainda testemunhos, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, comandante Jaime Marta Soa-res, do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major-

-general Grave Pereira, e do então secretário de Estado da Administra-ção Interna, João Pinho de Almeida.

A revista apresenta um conjunto de informações relativas ao número de formandos, áreas específicas de formação ministradas bem como os vários projetos em curso.

Dá ainda nota da cerimónia co-memorativa do 20.º aniversário, onde juntou três dos anteriores presidentes, Duarte Caldeira, José Augusto Carvalho e Barreira Abran-tes.

Duas décadas de história em revista

Page 9: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

9JANEIRO 2016

Os Bombeiros Voluntários de Canta-nhede foram agraciados, no passa-

do mês de dezembro, com a Medalha de Mérito da Freguesia de Murtede, na cerimónia comemorativa do Dia da Fre-guesia. Nesta mesma ocasião foram, também agraciados os Bombeiros da Mealhada.

“Embora de concelhos e distritos di-ferentes estes dois corpos de bombei-ros funcionam como um só na hora da assistência e socorro na freguesia de Murtede”, justificou o presidente da au-tarquia, Carlos Fernandes.

“Hoje é a freguesia de Murtede a agradecer e a dizer presente, como as duas corporações sem-pre fazem quando é necessário”, acrescentou o autarca.

Depois reconhecer esta “grande distinção”, Adérito Machado, presidente da direção da Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, enalteceu a atitude do executivo ao colocar as duas corporações que servem a fre-guesia no palco principal desta festa.

O comandante dos Voluntários de Cantanhede,

Jorge Jesus, expressou grande orgulho pelo reco-nhecimento e reafirmou que os soldados da paz estão sempre prontos para servir as populações.

“Não olhamos a portagens ou concelhos”, enfa-tizou.

Já Nuno Castela Canilho, presidente da Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Mealhada, afirmou que, “se há corpo de bombei-ros exemplar, que revela entendimento e mostra companheirismo na hora de socorrer, é o corpo de bombeiros de Cantanhede”.

CANTANHEDE

Junta distingue bombeiros

Com o propósito de dotar os bombeiros voluntá-rios de novos equipamentos, o município de Avis,

ao abrigo de um protocolo de cooperação celebrado com a Associação Humanitária dos Bombeiros Volun-tários de Avis, custeou, na íntegra, a aquisição de um Veículo Dedicado ao Transporte de Doentes (VDTD).

A sessão solene de entrega da viatura decorreu, na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avis e contou com as presenças do presidente da câmara municipal, Nuno Silva, bem do presidente e do comandante dos Voluntários Avisen-ses, respetivamente Joaquim João Lageira e Luís Palma,.

AVIS

Município oferece VDTD

A Assembleia Municipal de Paços de Ferreira aprovou, por unanimidade, o projeto de Regu-

lamento de Concessão de Direitos e Benefícios Sociais aos Bombeiros Voluntários do Concelho de Paços de Ferreira. O documento, já antes aprova-do por unanimidade em reunião de câmara, pre-tende ser mais um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos soldados da paz do concelho.

Além de várias regalias de caráter social, este regulamento prevê a atribuição de medalhas do concelho de honra, de serviços distintos, coragem e abnegação e de mérito e dedicação aos bombei-ros.

Depois da aprovação em reunião de câmara e Assembleia Municipal, este regulamento entrará em vigor assim que for publicado em Diário da República. A partir daí, os Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira e Freamunde terão direito a várias regalias de caráter social.

A autarquia passa a atribuir benefícios como um seguro de acidentes pessoais e apoio jurídico em processos motivados por factos ocorridos em serviço. Os bombeiros passam também a ter prio-ridade na atribuição de habitação social promovi-da pela Câmara Municipal quando em igualdade de condições sociais e de candidatura com outros candidatos.

Segundo o projeto de regulamento, os soldados da paz que reúnam as condições previstas terão acesso gratuito às iniciativas de caráter desporti-vo e cultural promovidas pela autarquia. Da mes-

ma forma, irão beneficiar da redução máxima per-mitida para o regime de utilização livre das pisci-nas municipais.

Entre os benefícios a atribuir estão a isenção e a redução de várias taxas. Passam a estar isentos nas taxas inerentes ao licenciamento e a opera-ções urbanísticas de construção, ampliação ou modificação para habitação própria permanente. No caso das taxas moderadoras no Serviço Nacio-nal de Saúde, os bombeiros poderão ser reembol-sados, mediante um requerimento. Passam ainda a poder beneficiar da taxa social de água e sanea-mento e da isenção do pagamento da taxa de re-colha do lixo sólido urbano.

O documento prevê também benefícios para os filhos dos soldados da paz. Podem beneficiar da entrega gratuita de manuais escolares para as crianças que frequentem o 1.º, 2.º e 3.º ciclos. Em caso de falecimento em serviço, ou motivado por doença contraída no desempenho das fun-ções, os filhos dos bombeiros com idades inferio-res a 22 anos podem beneficiar de quatro bolsas de estudo de até 75 euros por mês.

A câmara atribui ainda um subsídio de funeral para bombeiros no ativo até 500 euros e dá apoio jurídico e administrativo ao agregado familiar em casos de processos de natureza ou caráter social decorrentes da sua morte no exercício das fun-ções de bombeiro.

Verdadeiro Olhar(texto e fotos)

PAÇOS DE FERREIRA

Autarquia garantedireitos e benefícios

Os Bombeiros Voluntários de Nespereira, Cinfães, dis-

põem de formação especial para resgate em águas bravas mas não dispõem de equipa-mento próprio para isso. Quan-do precisam de treinar os cinco elementos da equipa ou intervir em socorro vale-lhes apenas o apoio de alguma empresa ope-radora de desportos radicais instalada no rio Paiva com a ce-dência do equipamento neces-sário.

Assim, os bombeiros têm formação, mantém a preparação regular mas apenas por carolice pró-pria e graças à ajuda alheia

NESPEREIRA

Com formação mas sem equipamento

Os Bombeiros Voluntários da Azambuja continuam a

aguardar a resposta da Autorida-de Nacional de Proteção Civil (ANPC) sobre a constituição de uma equipa de intervenção per-manente (EIP) e do Instituto Na-cional de Emergência Médica (INEM) sobre a instalação de Posto de Emergência (PEM).

A constituição da EIP na Azambuja está apenas depen-dente da ANPC já que os bombeiros e a autarquia já estão de acordo há muito sobre isso. Neste mo-mento, a existência de pessoal disponível para o socorro está apenas dependente do esforço finan-ceiro da Associação e da Câmara.

No caso do PEM, os Voluntários da Azambuja também reivindicam há muito a sua instalação face ao número de saídas diárias para socorro pré-hos-pitalar, que não se compadece com o atual estatuto de Reserva.

AZAMBUJA

Bombeiros defendem EIP e PEM

Os Bombeiros Voluntários de Valbom, Gon-domar, estão na linha da frente da dete-

ção de casos sociais e na busca da melhor e mais rápida solução para eles, em estreita co-laboração com as estruturas e instituições so-ciais locais parceiras, incluindo a Câmara Mu-nicipal, as juntas de freguesia, as instituições particulares de solidariedade social e os pró-prios serviços da Segurança Social.

Nos últimos três anos foram sinalizadas pe-los bombeiros cerca de 12 situações sociais graves. Sempre que acorrem em socorro de alguém e verificam tratar-se também de uma situação social grave os bombeiros apressam-

-se a alertar as estruturas parceiras para o facto. E, tantas vezes, procuram acompanhar o evoluir dessas situações. Caso concreto e recente, foram chamados a prestar socorro a uma idosa que transportaram ao hospital. Ve-rificando tratar-se de um caso grave, inclusive com deficiências preocupantes de habitabili-dade, procederam como em situações anterio-res. No dia em que a idosa teve alta, foi trans-portada pelos bombeiros para a sua casa, en-tretanto sujeita aos melhoramentos que foi possível realizar no fogo e na substituição de mobiliário, fruto da boa e eficaz articulação entre as várias entidades.

VALBOM

Socorro aliado à intervenção social

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10 JANEIRO 2016

Ismael Ferreira da Graça, bombeiro

quadro de honra dos Bombeiros Vizela fale-ceu no passado mês dezembro no Hospital de Guimarães.

Depois de mais de 46 anos de bons servi-ços prestados no so-corro à população; Is-mael Graça continuou ligado à causa apoian-do as atividades da dos Voluntários de Vizela, onde ingressou a 13 de novembro de 1957 como auxiliar motorista e onde durante muitos anos

foi responsável pelas viaturas e motoristas. Em 2004 o valoroso bombeiro, agraciado com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, passou a integrar o quadro de honra,

Em comunicado di-reção, comando e cor-po ativo lamentam a perda e registam o exemplo de um ho-

mem que “soube ser Bombeiro, marido, pai e avô e que, por isso, era acarinhado por toda a população vizelense”.

VIZELA

Quartel perde crachá de ouro

O adjunto de comando dos Bombei-ros Voluntários Celoricenses, Antó-

nio Augusto Campos Carvalho, faleceu, aos 49 anos de idade, vítima de doença oncológica.

António Augusto Campos Carvalho ingressou nos voluntários de Celorico de Basto a 23 de abril de 1985 e foi promovido a bombeiro de 3.ª no dia 10 de fevereiro de 1986 e a bombeiro de 2.ª a 21 de janeiro de 2006. Foi no-meado adjunto de comando no dia 30 de abril de 1997, cargo que exerceu com toda a dedicação até a data da sua morte.

“Trata-se de um momento muito doloroso a partida

deste nosso camarada. O Augusto sempre deu muito de si a esta institui-ção, sempre vestiu a camisola com brio, com dedicação, com sentido de pertença. Estamos de luto e muito tris-tes com esta perda”, salienta Fernando Freitas, presidente da associação.

“O Augusto sempre foi um grande homem ao serviço desta instituição. Sempre vestiu a farda com um sentido de missão bem presente, sabia qual

era a sua missão e fê-la com todo o brio. Só tenho a agradecer ter tido a honra de trabalhar com o Augusto” destaca emocionado o comandante dos Bombeiros Celo-ricenses, António Marinho Gomes.

CELORICO DE BASTO

Bombeiros de luto

Tomaram posse os recém--eleitos órgãos sociais dos

Bombeiros Voluntários de Águas de Moura para o trénio 2016/2018.

A assembleia geral é com-posta por José Henrique Cardo-so (presidente), Marta Isabel Monteiro Brazão (vice-presi-dente) e

Nuno Alexandre Gaudêncio Brazão Soares (secretário).

Na direção António Manuel da Silva Braz assume mais um mandato contando com uma equipa constituída pelos vice-presiden-tes José António Pereira Esfola e Rogério Brazão Soares e, também, com Paulo Alexandre Florindo Soares (tesoureiro), Sílvia Maria Brazão Pereira Lentilhas Caldeira (secretária), os vogais Vitor Manuel Rodrigues Roça e Manuel José Carvalho

Paulino e os suplentes Ângela Maria Pisco Gau-dêncio, Henrique José Oliveira Brazão e José Rui Pedroso Freitas.

Manuel Santos Adrião assume a presidência do conselho fiscal que integra ainda Pedro Miguel Martins Pereira (vice-presidente) e José Pedro Martins Esfola (secretário relator)

ÁGUAS DE MOURA

Associação tem novo elenco

Os Bombeiros Voluntários de Santarém elege-ram, já no início deste ano, os órgãos sociais

para o quadriénio 2016/2019.Na assembleia geral assume a presidência

Hermínio Paiva Fernandes Martinho, que conta sua equipa como Vítor Manuel Delgado Prata Leal (vice presidente), Ludjero Mendes (secretário) e, ainda, José Abílio Pires Alves Martins (suplente).

Na direção, a cadeira da presidência é ocupada por Diamantino Cordeiro Duarte codajudao nas suas funções por Carlos Manuel Catalão (vice presidente), António Manuel Simeão Mendes (se-cretário), Rui Manuel Piedade Gomes Costa (te-soureiro), José António Silva Lima (vogal) e tam-bém Manuel António Afonso e Gabriel António Ribeiro Fragoso (suplentes).

O conselho fiscal conta com Joaquim Alberto Pereira Serrão (presidente), Custodio Alves Tomé (vice presidente), Mário Manuel Veiga Rodrigues

(relator) e António Ramiro Lopes Anjinho (su-plente).

Após a votação, os eleitos tomaram posse e, nesse mesmo dia apresentaram, discutiram e aprovaram o Orçamento e Plano de atividades para 2016.

SANTARÉM

Voluntários a votos

Tomaram posse, recentemente, dos órgãos so-ciais da Associação Humanitária dos Bombei-

ros Voluntários de Paço de Sousa, numa cerimónia a que associaram entre outras individualidades o vereador da Proteção Civil, Rodrigo Lopes, o co-mandante do Posto Territorial da GNR de Paço de Sousa bem como os representantes das nove fre-guesias da área de intervenção deste quartel, bem como o comandante Adelino Correia e o cor-po ativo.

Nas breves intervenções, Felismino Madeira, o reconduzido presidente da direção, salientou a aposta no futuro com mais formação para os ope-racionais e a renovação gradual da frota da corpo de bombeiros, “de modo a que seja possível servir cada vez melhor a população”.

Já o comandante Adelino Correia, frisou a boa

relação entre o corpo ativo e a direção, dando conta que porque “os objetivos são os mesmos existe uma perfeita sintonia”.

O vereador Rodrigo Lopes deu os parabéns aos recém-empossados, sublinhando as dificuldades de gestão destas associações em tempos de crise, “ainda existem pessoas de bem que fazem com que hajam primaveras, em tempos cinzentos”.

PAÇO DE SOUSA

“Servir cada vez melhor a população”Decorreram no passado dia 7

de novembro na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melo, eleições para os órgãos sócios da instituição.

O ato eleitoral teve, uma adesão quase histórica, confor-me refere a Associação em comunicado, votando 199 sócios, dando uma vitória clara à Lista A, com 143 votos, encabeçada por Gaspar José da Silva Rocha, contra 52 votos da Lista B, encabe-çada por Félix de Barros Gonçalves.

Os órgãos sociais da AHBV Melo passam agora a ser constituídos pelos seguintes elementos. As-sembleia Geral: presidente, João Manuel Serpa Oliva, vice-presidente, Isabel Maria Amaral Coe-

lho, secretário, Fernando José Rodrigues Lemos, 1.º suplente, Luciano da Silva Garrote, e 2.º suplente, Maria do Céu Marques Mendes Júnior. Direcção: presi-dente, Gaspar José da Silva Ro-cha, vice-presidente, Rodrigues Lopes das Neves, secretária,

Elsa Carine Santos Figueira, tesoureiro, João An-tónio Martinho dos Santos, vogal, Óscar Viriato Pereira, 1.º suplente, Manuel Cabral Figueiredo, 2.º Suplente, Pedro da Costa Alves. Conselho Fis-cal: presidente, Henrica Catharina Maria Marieu, vice-presidente, César Cunha Ribeiro, secretário/relator, Luís Filipe Almeida Gonçalves, 1.º suplen-te, Marcelino da Costa Mocho e 2.º Suplente, Ma-ria Júlia Crespo.

MELO

Eleitos novos órgãos sociais

Os órgãos sociais da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Queluz para o

próximo mandato tomaram posse em cerimónia que decorreu no salão nobre da instituição no passado dia 6.

A assembleia-geral é presidida por Pedro Le-mos, o conselho fiscal por Carlos Diogo e a dire-ção por Ramiro Ramos, assim reeleito para mais um mandato à frente dos destinos daquela Asso-ciação.

QUELUZ

Dirigentes tomam posse

Um elemento da Força Es-pecial de Bombeiros

(FEB), Telmo José Conceição Lopes foi vítima de doença súbita quando praticava exercício físico em Pernes, concelho de Santarém, onde residia com a esposa e uma filha menor.

O “canarinho”, com 32 anos de idade, foi ainda su-jeito a diversas manobras de reanimação até à entrada na urgência do Hospital de Santa-

rém onde, porém, viria a ser confirmado o óbito.

Telmo Lopes era natural de Santarém (Marvila) in-gressou na FEB em 2008, encontrava-se no Grupo Ter-ritorial de Santarém, sedia-do em Almeirim, e era origi-nário dos Bombeiros Volun-tários de Pernes.

Ao comando e a todos os restantes elementos da FEB dirigimos um for-te abraço de pêsames.

FEB

Bombeiro perde a vidaa praticar exercício físico

Page 11: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

11JANEIRO 2016

O renovado salão nobre da Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Fa-nhões, Loures, foi pequeno para acolher todos os que qui-seram estar presentes no con-certo de ano novo da banda da instituição realizado em 10 de janeiro último.

Na oportunidade a Associa-ção descerrou um placa que passa a designar a sala da ban-da como “Sala Manuel Duarte Barbosa”.

“Manuel Barbosa foi assim homenageado pelo trabalho vo-luntário realizado na banda há mais de sessenta anos, como diretor, músico e professor de música”, explicou-nos o presi-dente dos Voluntários de Fa-nhões, Jorge Simões.

O diretor da banda é, desde 2013, detentor do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, que lhe foi entre-gue pelo presidente da confe-deração, comandante Jaime Marta Soares.

Em 2008, Manuel Duarte Barbosa foi também distinguido

pela Câmara Municipal de Lou-res com a medalha municipal de mérito e dedicação. E, desde 2013, é também sócio honorá-rio da própria Associação.

Os Bombeiros Voluntários de Fanhões, Loures, possuem uma das três bandas de música existentes em associações hu-manitárias de bombeiros vo-luntários do concelho. As duas restantes encontram-se nos Voluntários de Loures e do Zambujal.

A par do funcionamento da banda de música, que esteve na origem da própria Associa-ção, os Voluntários de Fanhões

mantém também um grupo cé-nico muito ativo.

A área cultural, a par da mis-são prioritária da prestação do socorro, assume também uma componente importante no fun-cionamento dos Voluntários de Fanhões, tornados há muito como principais dinamizadores locais dessa função.

Após a transferência do corpo de bombeiros para o novo quar-tel, iniciou-se o processo de re-cuperação do antigo quartel e edifício sede, entretanto con-cluído e transformado no polo cultural associativo por exce-lência.

FANHÕES

Associação distingue Manuel Duarte Barbosa

Os dois bombeiros da Asso-ciação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Vi-dago, feridos no acidente ocor-rido nas portagens de Ribeira de Pena da A7 quando trans-portavam um doente para o Porto, estão em convalescen-ça. O bombeiro de 3ª David Pereira, que conduzia a ambu-lância, sofreu apenas escoria-ções e está a ser apoiado por uma equipa de apoio psicosso-cial solicitada pelos Bombeiros de Vidago `a ANPC. O outro tripulante, o bombeiro de 3.ª João dos Reis foi sujeito a uma intervenção cirúrgica no início da semana no Hospital de Cha-ves.

Do acidente há a lamentar a morte do doente, João Alves Pires, de 89 anos de idade. A filha do doente, Matilde Pires, que acompanhava o doente na célula da ambulância, sofreu apenas o susto.

Os Bombeiros de Vidago fi-zeram-se representar nas exé-quias fúnebres de João Pires

Recorde-se que a ambulân-cia dos Bombeiros Voluntários

de Vidago foi violentamente abalroada e destruída por um veículo pesado de mercadorias romeno, quando circulava na faixa da “Via Verde” em plena praça da portagem. O pesado hesitava em que faixa deveria passar quando bruscamente, e não se apercebendo da pre-sença da viatura dos bombei-ros, virou para a faixa onde es-tes seguiam, entalando a am-bulância contra o separador central, provocando a destrui-ção total da mesma, a morte do doente e ferimentos na filha deste e nos dois bombeiros.

Ao acidente acorreram vá-

rios corpos de bombeiros vo-luntários, com 34 elementos e 12 viaturas, de Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e Cerva, as viaturas médicas (VMER/INEM) dos hospitais de Chaves e Vila Real, as ambu-lâncias do INEM e a GNR. A to-das estas entidades, a Associa-ção dirigiu já um agradecimen-to pela prontidão e profissiona-lismo demonstrados. Tornaram igualmente público um agrade-cimento pelas centenas de mensagens de solidariedade recebidas a propósito do aci-dente, inclusive do estrangei-ro.

VIDAGO

Bombeiros recuperamde acidente na A7

A Juvebombeiro da Associação Humanitária de Bombeiros

Voluntários de Vila Nova de Pai-va protocolou recentemente com a Câmara Municipal o aces-so gratuito dos membros do quadro ativo do corpo de bom-beiros às instalações desportivas municipais, piscina e pavilhão.

O protocolo celebrado permite o benefício gratuito aos bombei-ros de uma hora semanal nas atividades físicas desenvolvidas nas instalações municipais.

O objetivo desta iniciativa promovida pela Juvebombeiro de Vila Nova de Paiva, graças à disponibilidade demonstrada pelo presidente da Câmara, José Morgado Ribeiro, prende-se com a importância da prática da ati-vidade física para a própria in-tervenção operacional mas tam-

bém o desenvolvimento de moti-vação, companheirismo e espíri-to de equipa entre os bombeiros.

A Juvebombeiro de Vila Nova de Paiva aponta que “durante a última década o nosso corpo de bombeiros tem pedido muita massa humana”, e justifica, ora “pela falta de emprego na região obrigando as pessoas a ter de sair do concelho bem como do nosso distrito”, ora “ saídas/au-

sências que podem estar asso-ciadas à desmotivação para con-tinuar a ser bombeiro voluntá-rio”.

Estas dificuldades, com que hoje os jovens se debatem, as-sociadas ao facto dos bombeiros verem retiradas as poucas rega-lias de que dispunham anterior-mente garantem especial impor-tância à iniciativa da Juve de Vila Nova de Paiva.

VILA NOVA DE PAIVA

Juve assegura benefícios

À hora de fecho desta edi-ção fomos confrontados

com a notícia do falecimento do comandante dos Bom-beiros Voluntários de Odive-las, Carlos Alberto Vieira Di-niz, vencido pela doença que o atingiu e a que ao lon-go de muito tempo foi resis-tindo com evidente estoicis-mo.

O comandante Diniz, cra-chá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, é uma figura incontornável da vida e da história dos Voluntários de Odivelas, dos bombeiros dos concelhos de Odivelas e Loures e do pró-prio distrito de Lisboa.

Conhecido pela frontalidade com que expu-

nha os seus pontos de vista, o comandante Diniz foi sem-pre um acérrimo defensor do associativismo e do vo-luntariado.

Recentemente, no aniver-sário da sua Associação, foi alvo de uma sentida e con-corrida homenagem com a atribuição do seu nome à parada do quartel.

O comandante Diniz, a par com o então presidente da direção Anselmo Silva,

entretanto falecido, foi um dos obreiros da construção do novo quartel iniciado em 1995 com o lançamento da primeira pedra e inau-gurado em 1997, coincidindo com a comemo-ração do centenário da Associação.

ODIVELAS

Quartel perde referência

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Page 12: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

12 JANEIRO 2016

O jantar natalício organizado em dezembro último pela

direção e pelo comando da As-sociação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Vimioso foi o momento escolhido para a apresentação de duas novas ambulâncias de transporte que eleva para quatro as viaturas do género adquiridas pela insti-tuição desde 2014.

Os novos veículos foram benzidos na parada do quartel pelo pároco local, padre Rufino Xavier, também presente no convívio que juntou os órgãos sociais, o comando, o corpo de bombeiros e os elementos do Quadro Honra.

Durante o jantar o presiden-te da direção, Eduardo Macha-

do, agradeceu a colaboração prestada pelo comandante do corpo de bombeiros e subli-nhou que a aquisição das viatu-ras só foi possível graças à ati-tude de todos, à orientação do comando, ao comportamento dos trabalhadores da Associa-

ção e ao empenhamento cons-tante de todos os bombeiros voluntários.

Aquele dirigente agradeceu ainda o contributo dado por toda a população do concelho de Vimioso nos peditórios reali-zados.

VIMIOSO

Inauguradas novas ambulâncias

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Cascais iniciou o processo de aquisição de equipamentos de proteção individual de bombei-ros (EPI) em incêndios urbanos que irá abranger todo o corpo ativo e que contam apresentar publicamente no seu aniversá-rio em junho próximo.

Trata-se de um investimento que ronda os 200 mil euros, in-tegralmente suportado pelo Or-çamento Participativo (OP) da Câmara Municipal de Cascais, e que se destina a substituir os atuais EPI cuja validade está a ser ultrapassada.

Para substituir os velhos equipamentos os Voluntários de Cascais vão adquirir outros mais modernos e mais adapta-dos à função, iguais aos utiliza-dos pelos seus colegas ingleses, australianos e de outros países.

Os velhos equipamentos se-

rão utilizados na formação ini-cial de bombeiros e na instru-ção corrente do corpo de bom-beiros.

Para o vice-presidente dos Bombeiros de Cascais, Vitor Ne-ves, “não haja qualquer dúvida que só graças à Câmara de Cas-

cais e ao Orçamento Participati-vo organizado por ela será pos-sível concretizar este objetivo de continuar a garantir as indis-pensáveis condições de segu-rança aos nossos bombeiros”.

Segundo o mesmo dirigente, “a Câmara está duplamente de parabéns, por corresponder

às necessidades concretas das associações de bombeiros do concelho e, por outro lado, ao reforçar de 1,5 para 4 mi-lhões de euros a verba disponí-vel para o OP”.

No âmbito do mesmo OP, os Bombeiros Voluntários de Cas-cais vão também adquirir uma ambulância de socorro, que irá substituir outra obtida há 14 anos com o apoio da Associação de Moradores do Cobre, então em fase de extinção e que, para o fim escolhido, fez questão de legar aos bombeiros a verba na sua posse.

CASCAIS

Operacionais equipam à inglesa

Os Bombeiros Municipais da Lousã receberam, no pas-

sado dia 18 de dezembro, 70 pares de botas que integram o equipamento de proteção indi-vidual destinado ao combate a incêndios urbanos, uma “pren-da de natal” da benemérita Su-zana Redondo.

Esta benemérita tem tido um papel muito importante na me-lhoria das condições operacio-nais e de segurança dos Bom-beiros Municipais, nomeada-mente através da oferta de uma ambulância, de um desfibrilhador e, mais recentemente, de 70 pares de botas que vão completar os equipamen-tos adquiridos pela autarquia.

O comandante dos Bombeiros Municipais da Lousã, João Melo, na singela cerimónia realizada, agradeceu a oferta de Suzana Redondo e referiu que “este é um dia histórico para os bombeiros já que, pela primeira vez, todos os bombeiros têm equipamentos de proteção individual completos. “

No uso da palavra, Suzana Redondo destacou que “os bombeiros merecem todo o nosso respei-to e carinho pelo trabalho que fazem sem olhar a credos”. A benemérita destacou ainda os seus pais referindo que “sem eles não poderia dar nada”. Suzana Cardoso é filha do fundador do “Li-cor Beirão”.

Para o presidente da Câmara Municipal, Luís

Antunes, “este ato de Suzana Redondo e a dispo-nibilidade que tem tido para com os Bombeiros Municipais da Lousã, é revelador do seu lado hu-manista e da importância que dá à atividade dos “soldados da paz”, devendo constituir um estímu-lo para que os mesmos continuem a desempe-nhar as suas funções com a qualidade e compe-tência que têm revelado.”

Luís Antunes referiu ainda que, “ esta benemé-rita, e outros que se têm associado à melhoria das condições de atuação dos bombeiros, como, por exemplo, a Liga dos Amigos dos Bombeiros da Lousã, têm sido muito importantes para com-plementar o esforço efetuado pela Câmara Muni-cipal para dotar de melhores condições os Bom-beiros Municipais da Lousã, que, pelo facto de serem tutelados pela Autarquia, não têm as mes-mas condições de acesso aos apoios governa-mentais que os Bombeiros Voluntários.”

LOUSÃ

Benemérita apoia municipais

Os Bombeiros Voluntários de Esmoriz tiveram uma cha-

mada “prenda no sapatinho” com a oferta do contentor com motobomba que completa a sua viatura especial (VECI).

O equipamento, no valor de 50 mil euros, foi oferecido pela empresa local “Jacinto”, pro-priedade do antigo comandante e atual presidente da direção Jacinto Oliveira.

A viatura de combate a in-cêndios passa assim a estar completa e operacionalmente disponível para o socorro.

ESMORIZ

Viatura completa com oferta

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Bucelas, Loures, procedeu à re-tirada das placas de fibrocimen-to que cobriam o único parque de viaturas de combate a incên-dios instalado há muito com ca-ráter provisório.

Esta obra insere-se num pro-jeto amplo, que teve início no edifício principal, com melhorias significativas no seu interior e exterior, e que prossegue com a criação de novos espaços para parqueamento das viaturas.

BUCELAS

Retirada cobertura de fibrocimento

Os elementos do corpo ativo dos Bombeiros

Voluntários de Felguei-ras, “preocupados em melhorar as suas condi-ções de trabalho no sen-tido de melhor socorrer a população que servem”, deitaram mão à obra e com a promoção de uma campanha de angariação de tampinhas e emba-lagens de plástico que, posteriormente, vende-ram, conseguiram adquirir um monitor de sinais vitais para equipar uma das ambulâncias de so-corro.

Paralelamente, a secção social da instituição, composta também por bombeiros, com a receita obtida com as inscrições de uma caminhada soli-dária, realizada em finais de 2014, oferecerem à associação um outro monitor. Refira-se que o montante se destinava a custear a festa de natal dos filhos dos bombeiros, mas os soldados da paz abdicaram do evento em benefício da instituição que servem.

Estes e outros gestos dos operacionais tocaram direção e comando que sublinham “o empenho e

dedicação e amor à causa” que permitiram am-pliar a qualidade do serviço prestado à comunida-de e dotar três viaturas de socorro de novos meios.

“São estes exemplos que distinguem os ho-mens e mulheres que de uma forma desinteres-sada abraçaram uma causa que é de amor ao próximo, preocupados unicamente em melhorar as suas condições de trabalho para melhor servir e socorrer”, saliente fonte da associação.

Sensibilizado o comando solicitou, entretanto, à direção a beneficiação das restantes ambulân-cias com equipamentos idênticos e, neste mo-mento, “ toda frota de ambulâncias de socorro” dispõem de monitores de sinais vitais.

FELGUEIRAS

Ambulâncias recebemmonitores de sinais vitais

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13JANEIRO 2016

A Câmara Municipal de Paredes celebrou um protocolo com a

Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Lordelo, para a atribuição de uma verba próxima dos 224 mil euros para a concretização das desejadas obras de ampliação do seu quartel.

A verba atribuída aos Bombei-ros Voluntários de Lordelo será re-partida por 50 mil euros a pagar em 2016 com o arranque da obra e os restantes quase 174 mil eu-ros em 2017.

No âmbito da cerimónia proto-colar celebrada no salão nobre do quartel dos Bombeiros Voluntários de Lordelo, o comandante do corpo de bombei-ros, Pedro Alves, fez questão de agradecer o apoio e referir a importância deste investimen-to para o desenvolvimento daquela associação humanitária.

A cerimónia contou com a presença, do pre-sidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, do vereador da proteção civil, Manuel Rocha, do presidente da assembleia geral da instituição, Filipe Carneiro, do presidente da di-reção, Manuel Costa, do presidente da Junta de Freguesia de Lordelo, Nuno Serra, do comando e de todos os elementos do corpo ativo e do quadro de honra.

O presidente da direção, Manuel Costa, refe-riu os marcos mais importantes dos 11 anos que passou à frente dos desígnios da institui-ção, agradecendo igualmente o “importante contributo” da Câmara Municipal de Paredes para o desenvolvimento dos Bombeiros Volun-tários de Lordelo.

Manuel Costa, em final de mandato, fica in-dissociavelmente ligado à história dos Voluntá-rios de Lordelo e a medidas que constituíram o seu desenvolvimento na sua gerência. A ob-tenção de equipamentos de proteção indivi-dual, a nova central de comunicações, as no-vas camaratas e a renovação da frota de viatu-ras, 14 no total ( VUCI, VCOT, VSAT, ABSC,ABTM e VET)

O presidente da Câmara, Celso Ferreira, en-cerrou a cerimónia de assinatura do protocolo começando por enaltecer o trabalho realizado pela atual direção. “Neste 11 anos em que Ma-nuel Costa tem estado à frente da corporação, os Bombeiros Voluntários de Lordelo passaram de uma das piores associações do concelho a estar ao nível das melhores”, salientou. Anun-ciou, a propósito, a intenção da Câmara de atri-buir a Manuel Costa a medalha de ouro do Mu-nicípio de Paredes no próximo feriado munici-pal.

LORDELO

Autarquia patrocina crescimento

Os Bombeiros de Idanha-a-Nova apresenta-ram, recentemente, à população as quatro

novas viaturas que equipam o quartel, designada-mente, uma Ambulância de Transporte de Doen-tes (ABTD), um Veículo de Apoio Logístico Espe-cial (VALE), um outro Veículo de Comando Tático (VCOT) e ainda um Veículo Dedicado ao Transpor-te de Doentes (VDTD

Para o êxito deste processo de renovação e re-forço da frota, concretizado no último semestre de 2015, muito contribuíram a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e a empresa Transportes de Mer-cadorias Ramos Dé, que financiaram, respetiva-mente, a ABTD e o VALE. . O VCOT foi adquirido

com o apoio da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes, sendo que a Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Idanha-a-Nova custeou o VDTD.

Estas viaturas estiveram, no passado mês de dezembro, em exposição junto ao quartel numa ação que contou com a presença do comandante João Costa, do segundo comandante Tiago Neto e o adjunto Marco Martins, bem como do presidente da direção, Armindo Jacinto.

Com este investimento pretendem os Bombei-ros de Idanha-a-Nova “aumentar a capacidade de resposta e servir ainda mais e melhor a comuni-dade e população utente”.

IDANHA A NOVA

Novos meios chegam ao quartel

RSB LISBOA

Novas viaturas e equipamentos de proteção

O Regimento de Sapadores Bombei-ros de Lisboa (RSB) conta com

cinco novos veículos de socorro. O momento foi assinalado numa ceri-mónia pelo presidente da Câmara Mu-nicipal de Lisboa, Fernando Medina, que acompanhado pelo vereador da Segurança e Proteção Civil, Carlos Manuel Castro, e na presença do co-mandante Rui Patrício, tomou contac-to com as novas viaturas e entregou simbolicamente novos equipamentos

de proteção individual e farda de tra-balho.

São três veículos ligeiros de combate a incêndios (VLCI) e dois de socorro e assistência tática (VSAT) que rondam o valor de 150 mil euros.

Este ano o RSB deverá receber mais uma dezena de VLCI e uma plataforma.

Fernando Medina lembrou a “história de excelência ao serviço da cidade e dos lisboetas” pelo RSB e que o edil de-fendeu querer manter. Segundo o au-

tarca, os indicadores de desempenho em 2015 mostram “um regimento à al-tura da cidade” e lembra ainda os pré-mios internacionais alcançados, parti-cularmente o prémio mundial de salva-mento e desencarceramento.

É esta “excelência de profissionais” que Medina quer manter e melhorar. Por isso o edil frisou que tem vindo a ser desbloqueado um conjunto impor-tante de investimentos para dotar o re-gimento de melhores condições, que,

para além das viaturas e dos equipa-mentos de proteção agora entregues, inclui a requalificação e construção de novos quartéis A concentração dos ser-viços e do comando em Chelas vai avançar e já estão em fase de constru-ção novos quartéis, designadamente o do Martim Moniz e o da Alta de Lisboa, conforme anunciámos na nossa última edição.

O vereador Carlos Castro referiu o investimento previsto de 31 milhões de

euros para os próximos anos, lembran-do que a taxa municipal de proteção civil constitui um instrumento fulcral para a “autonomização e sustentabili-dade dos serviços”. O vereador exem-plifica com o custo unitário dos equipa-mentos de proteção individual entre-gues, a rondar os 800 / 900 euros, lembrando que são cerca de 800 sapa-dores bombeiros e que a durabilidade dos equipamentos é de dois a três anos.

No passado dia 13 de janeiro, foi celebrada, no cartório notarial, a escritura de um terreno com cerca de 2 mil m2, destinado “a

uma futura ampliação” do quartel dos Bombeiros Famalicenses.Este “importante investimento”, como salienta fonte da direção

da associação, viabiliza “o crescimento das áreas operacionais” ou a até a instalação de outras valências. Nesta parcela de terreno, na Rua Conselheiro Santos Viegas, poderão ainda “constituir-se novas formas de financiamento das atividades desta instituição”, nomea-damente do corpo de Bombeiro.

FAMALICENSES

Terreno viabiliza ampliação

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14 JANEIRO 2016

É sob o espetro da mudança que a Associação Humani-tária dos Bombeiros Volun-

tários da Batalha se dá a conhe-cer. Direção e comando uniram esforços para dar novo rumo à instituição, conseguindo desde logo mobilizar o corpo ativo, ávido em contribuir para o en-grandecimento e dignificação da causa.

Identificadas as necessida-des, consideradas as expectati-vas dos cerca de 100 homens e mulheres que servem o quartel--sede e a secção destacada se S. Mamede, restou à equipa en-cabeçada por Francisco Freitas “arregaçar as mangas” e traba-lhar, muito e em várias frentes.

Era necessário formar, equi-par e garantir os meios impres-cindíveis para a qualidade do serviço prestado pelos bombei-ros, conforme sublinha o co-mandante Fernando Oliveira, considerando que, em curto es-paço de tempo, “muito já foi feito”,

Em apenas dois anos a dire-ção investiu na aquisição de no-vos equipamentos de proteção individual, em material de de-sencarceramento e intervenção urbana, uma ambulância de transporte de doentes, e ainda num de trator e ainda em dois geradores. Em paralelo, apos-tas na formação dos bombeiros nas mais distintas valências, que aliás permitiu a criação de uma equipa de Salvamento em Grande Ângulo. Esta “interven-ção de fundo” contemplou tam-

bém melhoramentos no quartel e a modernização do sistema informático.

Para uma segunda fase, está ainda prevista a subsituação do veículo de comando que apre-senta problema de segurança, e o início do processo de renova-ção do parque de viaturas, uma aspiração justa, mas ainda de-masiado onerosa, que só poderá ser concretizada ao abrigo de programas de financiamento.

“Tem de facto, a direção tem estado sempre atenta e disponí-vel para dar resposta às solicita-ções do corpo de bombeiros”, reconhece o comandante, subli-nhando que “apesar das despe-sas de funcionamento serem grandes, tem havido investi-mento.

“Estamos cá há pouco tempo, mas não nos falta vontade de trabalhar, de deixar obra”, sus-tenta e acrescenta o presidente.

Outra das prioridades desta equipa assenta na projeção da instituição para o exterior, apos-tando na recuperação da noto-riedade perdida nos últimos anos.

“Temos agendados vários eventos, com o intuito de dar vi-sibilidade à instituição, algo que estava adormecido… ou nunca existiu”, assinala Francisco Frei-tas, defendendo que “os tempos mudam e os bombeiros têm que se adaptar às novas realidades” e que essa projeção para o ex-terior poderá, mesmo, desper-tar os mais jovens para a cau-sa”, reforça o dirigente dando

conta de ações em escolas, em-presas e instituições concelhias, no âmbito da proteção civil e dos primeiros socorros, que “permitam formar e envolver a comunidade”.

“Estamos a trabalhar para o futuro, tentando passar a men-sagem de que esta equipa está a trabalhar em prol dos cerca de 16 mil habitantes do municí-pio”, afirma o presidente, ainda que reconheça ser esta uma missão espinhosa, porque na realidade a associação, “duran-te muitos anos, esteve afastada da população, nunca se deu a conhecer”

Direção e comando salientam a parceria com a Câmara Muni-cipal da Batalha, que embora sempre atenta aos problemas dos bombeiros, colabora “com o que pode, até porque são mui-tas as limitações orçamentais do município”. Os apoios escas-seiam, ainda assim, Francisco Freitas não esquece alguns con-tributos, ainda que pontuais, das quatro juntas de freguesia do concelho, da Caixa Agrícola, e de “uma meia dúzia de em-presas locais”.

“As empresas começam a despertar para a realidade dos bombeiros e, sempre que solici-tadas, colaboram com associa-ção, não com verbas pecuniá-rias, mas em géneros, com equipamentos ou materiais”, reforça o dirigente.

O voluntariado é, sem dúvi-

da, o ativo mais valioso desta instituição com 38 anos de exis-tência, segundo realça o co-mandante falando de um grupo “muito ativo, que se empenha, que se orgulha de ser bombei-ro”, e ainda assegura “todo o serviço noturno”. Ainda assim, Fernando Oliveira, revela preo-cupações, denunciando a cres-cente dificuldade em recrutar novos bombeiros, uma questão que direção e comando vão ten-tar ultrapassar com trabalho nas unidades de ensino local e ainda promovendo “iniciativas várias” que permitam despertar o interesse dis mais jovens pela “vida de bombeiro”.

A missão não é fácil, mas

esta equipa tem conseguido su-perar os obstáculos com uma estratégia mobilizadora cujo sucesso depende da entrega de todos, dirigentes e bombeiros

que, na verdade, tiveram um papel preponderante neste aus-picioso ciclo de mudança que promete dar novo alento aos Voluntários da Batalha.

BATALHA

Novo ciclo traz mudançasNos últimos dois anos, a Associação

Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Batalha tem vivido uma espécie de

revolução tranquila, que mobiliza dirigentes e operacionais, no desígnio comum de acrescentar critérios de excelência ao serviço prestado às populações neste

concelho do distrito de Leiria.Neste novo ciclo de todas as mudanças,

preparação, motivação, entrega e união, mais que meras palavras de ordem são

divisas que todos, dentro e fora do quartel, tudo fazem por honrar.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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15JANEIRO 2016

Hugo Santos, atual segundo comandante dos Bombeiros

Voluntários dos Estoris, Cas-cais, vai ser o novo comandante daquele corpo de bombeiros aguardando-se para breve a sua posse.

A decisão de nomeação foi apresentada pela direção da Associação Humanitária dos Bombeiros dos Estoris e depois homologada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Hugo Santos, 36 anos, in-

gressou nos Bombeiros dos Es-toris em 1993 e, há quatro anos foi nomeado segundo coman-dante do corpo de bombeiros. Sucede ao comandante Carlos Coelho.

Hugo Santos é técnico do de-partamento de apoio operacio-nal da Autoridade Nacional de Proteção Civil desde 1999 e, também, tem exercido funções como coordenador técnico na área de formação na Escola Na-cional de Bombeiros (ENB).

ESTORIL

Hugo Santos é o novo comandante

O comando dos Bombeiros Voluntários de Portimão

conta com um novo adjunto, bombeiro desde 1988, Luis Mi-guel Gil Mestre, cuja posse de-correu recentemente.

A posse do novo adjunto, proveniente da carreira de ofi-cial bombeiro e licenciado em Enfermagem e pós-graduado em Riscos, Planeamento e Pro-teção Civil, coincide com a ho-mologação do novo quadro de pessoal do corpo de bombeiros e a sua consequente elevação à tipologia máxima de dotação de efetivos, mais de 120 no ati-vo.

Luís Mestre passa a ter sob a sua responsabilidade, entre ou-tras áreas, a intervenção no do-mínio da saúde, incluindo a emergência pré-hospitalar e a saúde ocupacional dos bombei-ros, bem como, o salvamento

em grande ângulo e o salva-mento aquático e mergulho.

A par da posse do novo ad-junto o comandante Richard Marques aprovou a inclusão na carreira de oficial-bombeiro a Paulo Moleiro da Silva, após concluído o processo de avalia-ção de competências respetivo, concluindo-se assim a dotação de toda a cúpula da estrutura operacional do corpo de bom-beiros.

Paulo Moleiro foi entretanto nomeado chefe da área da Lo-gística e Meios Especiais do Nú-cleo de Apoio e Estado-Maior.

PORTIMÃO

Estrutura ganha adjunto

Albano Teixeira é o novo co-mandante dos Bombeiros

Voluntários de Lousada. A sua posse decorreu recentemente e correspondeu à conclusão do processo de reorganização do corpo de bombeiros.

O empossado tem 42 anos, é engenheiro de proteção civil e formador da Escola Nacional de Bombeiros e, já anterior-mente, aos 34 anos, havia ocupado a função de coman-dante dos bombeiros da sua terra de naturalidade, Vila Meã. A sua ligação aos bom-beiros data da sua adolescên-cia quando, com o seu pai,

também bombeiro, começou a trilhar o caminho nos Voluntá-rios de Vila Meã. Exerceu tam-bém funções nos órgãos so-ciais da Federação de Bombei-

ros do Distrito do Porto duran-te dois mandatos e no estado-maior do comando dis-trital de operações de socorro entre 2008 e 2014.

Albano Teixeira assolado pelo desemprego preparava--se para rumar para África quando a atual direção dos Vo-luntários de Lousada o convi-dou para ocupar o lugar de co-mandante.

Tido como um excelente téc-nico na sua especialidade, Al-bano Teixeira viu-se interpela-do pelo vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, José Miranda, presente na ceri-mónia e seu antigo compa-nheiro como presidente fede-rativo, lançando-lhe o desafio que, “com o currículo que tens não podes falhar”.

LOUSADA

Convite trava saída do país

Os 59 estagiários de vários corpos de bombeiros do Algarve presta-ram recentemente provas relativas ao curso inicial de bombeiro.

As provas decorreram em Loulé e incluíram um processo de avaliação, com teste escrito, bancas práticas de incêndios florestais e incêndios urbanos/industriais, a utilização do equipamento de proteção indivi-dual e manobras no âmbito das operações de proteção e socorro.

As provas foram orientadas por um júri que incluiu, o comandante operacional de agrupamento distrital da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil, Vaz Pinto, um representante da Escola Nacional de Bombei-ros e o respetivo comandante de corpo de bombeiros.

No caso dos Voluntários de Portimão chegou-nos a informação que todos os elementos propostos às provas concluíram com aproveita-mento o curso inicial de bombeiro.

ALGARVE

Mais de meia centena prestam provas

O dia do jantar de Natal da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Paredes, foi o escolhido para que 11 novos

elementos da escola de formação 2013/2015 fizessem o juramento de bandeira.

“Há já nova turma em formação com mais 25 elementos que vêm da escola de infantes e cadetes e que vão ‘alimentando’ o cor-po ativo”, explica o comandante dos Bombeiros de Paredes, José Luís Morais. “O futuro está garantido”, acrescenta, dizendo que a “corporação está bem e recomenda-se”.

Em termos de equipamentos, a instituição também está bem servida. Falta a muito ansiada autoescada para combate de incên-dios urbanos.

“Vamos continuar a lutar. Existe a garantia da direção que, inde-pendentemente do apoio ou não do Estado, ela vai vir antes de terminar o mandato”, adianta o comandante.

Em dia de festa, o presidente da direção da associação humani-tária, Mário Sousa, diz, com visível orgulho, que a instituição tem uma situação financeira equilibrada e sustentada.

“Fechamos o ano com dívida zero. E voltamos a gratificar os nos-sos 17 assalariados.”, garante, salientando os investimentos feitos nos últimos anos, que ascendem aos 1,7 milhões de euros, que traduzem obras de ampliação e remodelação do quartel, viaturas, fardamento e na valorização de corpo de bombeiros que conta atualmente com .93 operacionais.

VERDADEIRO OLHAR (TEXTO E FOTOS)

PAREDES

Quartel acolhe11 novos elementos

No âmbito do programa na instrução contínua anual

dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Zêzere foram, re-centemente, promovidos cate-goria de chefe, Vítor Carvalho, e de subchefe, Isabel Abalde que, registe-se, é a primeira mulher a ocupar um lugar no quadro de chefias.

FERREIRA DO ZÊZERE

Reforço de chefias

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Campo Maior

acaba de ser reconduzido para uma nova comissão de cinco anos.

O comandante Alexandre Mi-guel Fonseca Carvalho mereceu a decisão unanime da direção, liderada por José Alberto Sabi-no Carvalho, entretanto, já co-municada à Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil, através do comando distrital de Portalegre.

CAMPO MAIOR

Comandante reconduzido

O quadro de comando dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Terceira - Açores, liderado por Luís Picanço acaba

de ser completado com as posses do segundo comandante e dos dois adjuntos.

O lugar de segundo comandante, deixado vago pela saída de Rúben Tosta a seu pedido, acaba de ser preenchido pelo anterior adjunto, Jorge Silva. Para adjuntos do comando, em regime de substituição, foram indicados os subchefes Cláudio Dias e João Direitinho.

A proposta apresentada pelo comandante à direção da Associa-ção, foi aceite por esta e sujeita a homologação favorável do Ser-viço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

ANGRA DO HEROÍSMO

Completado o quadro de comando

Page 16: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

16 JANEIRO 2016

A ministra da Administração Interna, sublinhou que “é um dever de toda a

sociedade reconhecer a importância das associações humanitárias de bombeiros voluntários, como agentes do exercício permanente dos valores da solidarieda-de, da fraternidade e da abnegação de quem dá vida pelo próximo”.

Constança Urbano de Sousa, que fala-va na sessão solene comemorativa do 125.º aniversário dos Bombeiros Volun-tários de Cacilhas, frisou que “às mulhe-res e homens da corporação de bombei-ros que hoje homenageamos devo uma especial palavra de público agradecimen-to”.

A ministra apontou que “para além do merecido louvor, o Go-verno continuará a desenvolver todos os esforços para que se-jam reforçados os meios existentes e melhoradas as condições de trabalho dos bombeiros em Portugal, nomeadamente dos bombeiros voluntários”.

Constança Urbano de Sousa adiantou que, “não esquecendo

que muito ainda há a fazer para melhorar os serviços de prote-ção e socorro em vários níveis, para que se garantam cada vez melhores índices de resposta em situações de emergência, gos-taria de deixar uma palavra de incentivo para que, juntos e em parceria, possamos dar o nosso melhor pela salvaguarda da vida e dos recursos dos cidadãos”.

CACILHAS

Ministra estreia-se em cerimónia de bombeirosA ministra da Administra-

ção Interna (MAI), Cons-tança Urbano de Sousa,

acompanhada do secretário de Estado da Administração Inter-na, Jorge Gomes, estreou-se numa cerimónia de bombeiros, desde que tomou posse, ao presidir às comemorações do 125.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Cacilhas, Almada.

Esta cerimónia contou tam-bém com a presença do presi-

dente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandan-te Jaime Marta Soares, que du-rante a cerimónia convidou a governante a acompanhá-lo na atribuição do crachá de ouro da confederação ao chefe Carlos José de Oliveira Pinto.

As comemorações iniciaram--se se em setembro último e concluem-se no próximo sába-do, 30 de janeiro. Mas o seu ponto alto, por certo, foi o que coincidiu com a sessão solene e

todos os momentos que se as-sociaram.

O arranque da cerimónia fi-cou marcado pela inauguração de quatro novas viaturas, um autocarro cedido pela empresa TST, e mais três, uma para combate a incêndios florestais, outra para socorro nas praias e ainda outra para salvamento em grande ângulo e resgate. Estas três, segundo sublinhou o comandante Miguel Silva, ficam a dever-se em muito ao apoio

continuado da Câmara Munici-pal de Almada, com alusões ex-pressas ao atual presidente da edilidade, Joaquim Judas, e à sua antecessora, também pre-sente, Maria Emília de Sousa.

O presidente da direção e antigo comandante, Clemente Mitra, reforçou esse agradeci-mento e lamentou os resulta-dos da recém-publicada lei do financiamento das associações e da falta de informação sobre a disponibilidade, ou não, de

verbas comunitárias até 2020 admitindo que o que possa vir a ser disponibilizado “não pas-sará de uma gota de água em face dos projetos já elaborados e os custos suportados pelos bombeiros para tal”.

A sessão solene foi marcada também por uma cerimónia marcante relativa à mudança do antigo crachá da Associação por outro mais moderno, efe-tuada por todos os bombeiros presentes na sala.

A colocação da medalha de mérito de proteção e socorro, grau ouro e distintivo azul do MAI no estandarte da Associa-ção foi outro momento alto, bem como a promoção de um grupo de 9 novos bombeiros de 3.ª, maioritariamente femi-nino, composto pelo Bruno Leal, Marisa Dias, Melissa Soa-res, Jénica Rodrigues, Renato Mitra, Diogo Freitas, Carolina Soares, Filipa Silva, Vera Cos-ta, Rui Monteiro, e Tiago Gon-

Público agradecimento

Os Bombeiros Voluntários de Gouveia promove-ram no final do ano transato a cerimónia de

inauguração da ampliação e remodelação do quar-tel e anunciaram para breve a instalação do seu museu.

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) fez-se representar no ato pelo seu vice-presidente, Gil Barreiros, antigo presidente da associação e da fe-deração de bombeiros da Guarda.

O custo final da obra ronda os 400 mil euros, suportados por fundos comunitários em cerca de 250 mil euros.

A propósito, o presidente da direção da Associa-ção, José Maria Vicente Pereira, adiantou durante a cerimónia que estão ainda “à espera da aprova-ção do acréscimo de financiamento de 5 por cento

do custo total da obra que é de cerca de 15 mil euros”.

Apesar das sucessivas intervenções feitas nas instalações ao longo de anos, segundo aquele diri-

gente, as obras agora concluídas eram considera-das determinantes para a garantia de condições de funcionamento do quartel construído há 40 anos.

O comandante Carlos Manuel Soares reforçou a

importância e urgências daquelas medidas e mani-festou-se satisfeito com as condições que a am-pliação e remodelação do quartel agora vai permi-tir.

GOUVEIA

Inaugurada ampliação do quartel

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17JANEIRO 2016

CACILHAS

Ministra estreia-se em cerimónia de bombeiros

O presidente da Câmara Municipal de Alma-da, Joaquim Judas, assegurou na sessão

solene comemorativa do 125º aniversário dos Voluntários de Cacilhas que estão reunidas as condições para a criação do Museu dos Bom-beiros de Almada, tão desejado pelas três as-sociações de bombeiros do concelho (Almada, Cacilhas e Trafaria).

O novo museu, por que os bombeiros tanto

lutaram durante anos, vai finalmente ser uma realidade e muito próximo do quartel dos Vo-luntários de Cacilhas. Irá localizar-se num ar-mazém devoluto contíguo àquele quartel e irá receber o espólio museológico das três asso-ciações que constitui, aliás, um dos acervos mais ricos do país, quer em viaturas antigas, quer em equipamentos e outros testemunhos históricos.

Museu pode arrancar

“Não somos nenhuma força corporativa nem sindical e, em circunstância algu-

ma, deixaremos que a Liga dos Bombeiros Portugueses como legítima representante dos Bombeiros de Portugal, possa ser secundari-zada ou posta em causa por forças corporati-vas, ou pseudo associações que se tentam as-sumir como representantes deles” alertou o presidente da LBP no decurso da sessão sole-ne comemorativa do 125.º aniversários dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas dirigindo--se à ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, ali presente.

O comandante Jaime Marta Soares, assegu-rando à governante franqueza e espírito cons-trutivo no trato “olhos nos olhos”, adiantou ainda que, “não deixaremos de chamar a atenção para aquilo que possa por em causa ou pretenda sobrepor-se àqueles que legiti-mamente representam os bombeiros portu-gueses”.

O presidente da LBP fez questão de subli-nhar que a confederação a que preside não é nenhuma força corporativa nem sindical nem se confunde com ditas associações que se di-zem representativas “não sei de quê”.

O comandante Jaime Soares saudou a mi-nistra, para que “venha em boa hora”, e que saiba encarar as associações de bombeiros como uma organização da sociedade civil “que se auto organizou para dar ao país aquilo que era necessário para a segurança das vidas e dos haveres das populações”, lembrando que, por tudo isso, “estas estruturas têm que ter um tratamento especial”.

A propósito, o presidente da LBP lembrou estar a falar de um exército ativo, o maior, que farda de soldados da paz, constituído por mais de 30 mil mulheres e homens no quadro ativo e comando, outros tantos no quadro de reserva e honra, com mais de 8 mil dirigentes e 1,2 milhões de associados.

Presidente da LBP lança alerta

çalves. Procedeu-se também à promoção a 1.ª do bombeiro Carlos Guerra.

Realce também para a ho-menagem aos atuais, coman-dante Miguel Silva e segundo comandante Jorge Paulo, res-petivamente, com as medalhas de agradecimento da Associa-ção do grau ouro e prata.

Durante a sessão solene o presidente da Câmara Munici-pal de Almada procedeu à ofer-ta simbólica de 4 equipamen-tos de proteção individual para incêndios urbanos.

Além das personalidades já referidas, a sessão solene con-tou ainda com a participação, do presidente da Assembleia Municipal, José Manuel Maia, do presidente da ANPC, major – general Grave Pereira, do comandante nacional de so-corro da ANPC, José Manuel Moura, do comandante de Agrupamento Sul da ANPC, Elísio Oliveira, do presidente da Reviver Mais, Luis Miguel Batista, do antigo presidente da LBP, Duarte Caldeira, do presidente da Federação de Bombeiros de Setúbal, coman-dante José Raimundo, do ve-

reador da proteção civil muni-cipal, Rui Martins, da coman-dante distrital de socorro de Setúbal da ANPC, Patrícia Gas-par, do segundo comandante distrital Rui Costa, do presi-dente da União de Freguesias

de Almada Cova da Piedade Pragal e Cacilhas, Ricardo Lou-ça, acolhidos, pelo presidente da assembleia-geral da insti-tuição, Lourenço Batista, e restantes membros dos ór-gãos sociais e do comando.

Page 18: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

18 JANEIRO 2016

A Confederação Portuguesa de Coletividades de Cultura Recreio e Desporto (CPCCRD) atribuiu

à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntá-rios da Amadora a sua medalha e diploma de agradecimento. A entrega, feita pelo presidente da Confederação, Augusto Flor, decorreu durante a sessão solene comemorativa do 111º aniversá-rio da Associação.

Por seu turno, esta atribuiu à presidente da Câ-mara Municipal da Amadora, Carla Tavares, a me-dalha de serviços distintos grau ouro.

A sessão foi ainda marcada pela entrega de louvores a um conjunto significativo de bombei-ros. Realce para o facto de terem recebido aquela distinção três membros da mesma família repre-

sentada no corpo de bombeiros por quatro gera-ções.

Decorreu também a promoção a chefe do bom-beiro Nuno Miguel Silva Rodrigues e a bombeiro de 3ª dos estagiários: André Cardoso, Ana Teresa Cruz, Filipa Marcelino, Eliezer Gomes, Sérgio Monteiro, Magda Braga, Laura Bibiloc e Nelson Ferreira.

No âmbito das medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), foram distinguidos, com a de 20 anos, o bombeiro de 2.ª José Carlos Campos, com a de 15 anos, o bombeiro de 1.ª Carlos Jorge Santos e os bom-beiros de 2.ª Filipe Monteiro e Lúcia Silva, com a de 10 anos, os bombeiros de 3.ª Tiago Bonifácio,

João Cardoso e Jorge Salgado (entregues por 3 comandantes do QH presentes), e com a de 5 anos, os bombeiros de 3.ª Tomás Nhatelo, Vitor Hugo Silva e Tânia Galveia.

A sessão solene foi presidida pela presidente

da Câmara e contou com as presenças, do vogal do conselho executivo da LBP, Rama da Silva, do comandante de agrupamento sul da ANPC, co-mandante Elísio Oliveira, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante Pedro Araújo, comandante distrital operacional da ANPC, Carlos Mata, do presidente do Sindicato dos Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho, do comandante municipal da proteção civil, Luís Carvalho, acolhidos pela presidente da direção, Maria Alcide Marques, pelo presidente da assembleia-geral, António Carixas, pelo presi-dente do conselho fiscal, José Fernandes, e res-tantes órgãos sociais, e ainda pelo comandante Mário Conde e restante comando.

AMADORA

Confederação de coletividades distingue bombeiros

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários

da Cruz Branca de Vila Real co-memorou no início do corrente mês o seu 119.º aniversário, com a promoção de bombeiros e imposição de divisas aos no-vos elementos que passaram a integrar o corpo de Bombeiros.

As comemorações do aniver-sário prolongaram-se até ao dia 10 de janeiro, com um pro-grama que sofreu algumas al-terações, devido às condições meteorológicas adversas que se fizeram sentir naquele fim de semana.

Após o tradicional toque de

alvorada, seguido do toque de continência à bandeira da As-sociação, a formatura geral prestou homenagem aos bom-beiros, diretores e sócios fale-cidos, com a intervenção do reverendo padre João Corrale-jo, capelão dos Bombeiros da Cruz Branca, seguido da colo-cação de uma coroa de flores junto da pira.

Após a receção às entidades convidadas, que contou com a presença do presidente da Es-cola Nacional de Bombeiros, José Ferreira, do vogal do con-selho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, co-

mandante José Luís Morais, do comandante distrital de opera-ções de socorro da ANPC, Álva-ro Ribeiro, seguiu-se a cerimó-nia de imposição de distinções honoríficas a bombeiros e a ór-gãos sociais.

O programa contou, ainda, com a bênção e batismo de duas novas viaturas operacio-nais, a oferta de uma imagem de S. Marçal ao corpo de bom-beiros, por parte do Bombeiro de 1ª, João Leite, no Quadro de Reserva, emigrado no es-trangeiro e o descerramento de duas placas comemorati-vas. Uma, que identifica a Cruz

Branca como Base de Apoio Logístico Permanente, cujo protocolo foi assinado entre a

Autoridade Nacional de Prote-ção Civil e esta Associação. Uma segunda placa, que a

identifica como Unidade Local de Formação da Escola Nacio-nal de Bombeiros, cujo proto-colo foi assinado entre a referi-da Escola e a Cruz Branca de Vila Real.

Após a celebração da euca-ristia na igreja da Capela Nova, a cerimónia prosseguiu junto aos paços do concelho, com a apresentação de cumprimen-tos à Câmara Municipal de Vila Real.

As comemorações encerra-ram com um almoço convívio, no Hotel Miracorgo que reuniu o corpo ativo, dirigentes, asso-ciados e convidados.

VILA REAL

Cruz Branca comemora 119 anos

Em dia de aniversário, quando se aasinalam 76 anos de entrega e serviço á causa pública, os

Bombeiros Voluntários de Brasfemes foram agra-ciados com a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, tendo Manuel Machado, presidente da câmara municipal, afirmado que a distinção re-sulta do reconhecimento do trabalho desenvolvi-do pela instituição.

No decorrer da sessão solene todos os orado-res falaram da justiça da atribuição do galardão máximo da cidade aos Bombeiros de Brasfemes, aprovada pelo executivo coimbrão. por unanimi-dade e aclamação, em maio do ano passado.

Na ocasião, o comandante Acácio Monteiro, de-pois de abordar várias temáticas, falou de injus-

tiça para exigir a reposição da isenção de taxas moderadoras aos bombeiros, da mesma forma, José Requeijo, em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses defendeu também defen-deu a redução de IMI como um incentivo à fixa-ção dos operacionais nas suas povoações.

Em nome da LBP o comandante José Requeijo sustentou a importância de garantir a presença da confederação no Conselho Económico e Social.

O Comandante Operacional Distrital, Carlos Ta-vares, fez uma retrospetiva da atividade dos bombeiros no distrito de Coimbra e fora dele, dei-xando um vincado elogio à ação e apoio que os Voluntários de Brasfemes dão ao CDOS Coimbra.

Na ocasião, foram agraciados com medalhas

de assiduidadde da LBP 11 elementos quadro ati-vo que completaram 5, 10, 15 e 25 anos de ser-viço prestado.

O programa festivo que teve ainda como mo-mento alto a bênção e inauguração de duas via-turas, uma de comando e outra de florestal, con-templou ainda a romagem ao Cemitério de Bras-femes, seguida de missa, e o tradicional desfile apeado e motorizado no qual brilhou a academia de infantes e cadetes.

Matracaram presença nas comemorações, en-tre outras individualidades para além os presi-dentes da câmara e assembleia municipal de Coimbra e da Junta de Freguesia de Brasfemes, o Comandante Operacional Distrital de Coimbra, os

comandante José Requeijo, da Liga Bombeiros Portugueses e Fernando Jorge da Federação Bombeiros Distrito de Coimbra.

BRASFEMES

Voluntários recebem, medalha de ouro da cidade de Coimbra

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19JANEIRO 2016

À chegada à Boticas, uma das pérolas do distrito de Vila Real, a equipa do

jornal Bombeiros de Portugal é recebida pelo edil, porém na qualidade de presidente da di-reção dos Bombeiros de Boti-cas, mas ainda assim o anfi-trião mais habilitado para dar conta da realidade deste muni-cípio, onde a associação se as-sume como referência.

Fernando Queiroga, rapida-mente, despe a farda de autar-ca para, orgulhosamente en-vergar a de bombeiro, porque, apesar de hoje ocupar a cadei-ra da presidência, já passou pelo quartel e, durante uma década, trajou de soldado da paz.

O nosso interlocutor começa por afirmar que em Boticas não faltam voluntários para causa, ao contrário do que sucede em cada vez mais corpos de bom-beiros de norte a sul do país.

“Em Boticas os jovens que-rem vir para os bombeiros” en-fatiza o dirigente, atribuindo ao comando e no corpo ativo a responsabilidade pelo sucesso das campanhas de recruta-mento, que resulta do trabalho desenvolvido no terreno com a promoção de ações várias que permitem como que descentra-lizar o quartel e levar a realida-de dos bombeiros povoação a povoação.

“Interessados não faltam”, reforça o comandante Carlos Gonçalves, reconhecendo, con-tudo, problemas ao nível da formação que acabam por pro-longar em demasia o curso de instrução inicial e criar alguma desmotivação nos jovens.

O responsável operacional vai mais longe e diz que a for-mação chega a “conta-gotas” a Vila Real, garante que esta é uma questão transversal que afeta todas as valências da pre-paração e de progressão na carreira e que durante 2015.

“Os Voluntários de Boticas não foram beneficiados com qualquer ação de formação”, garante o comandante, restan-do-lhes recorrer às vagas dis-ponibilizadas pelos congéneres do distrito. Nesta matéria Fer-nando Queiroga recusa apontar o dedo acusatório à Escola Na-cional de Bombeiros, preferin-do antes atribuir responsabili-dades ao “sistema”, que não permite que os formadores se desloquem aos quartéis, o que permitiria não só ultrapassar as questões da falta disponibilida-de dos voluntários, mas tam-bém reduzir custos para as as-sociações.

Atualmente, integram este contingente 64 operacionais, que receberá em breve 14 no-vos elementos, um reforço im-portante que e confirma o en-tusiasmo dos mais jovens pela causa, e que começa em tenra idade, na escola de infantes e cadetes, onde outros 16 “bom-beiritos” acalentam o sonho de socorrer, de salvar vidas

O quartel inaugurado 1981,

BOTICAS

“Os jovens querem vir para os bombeiros”A Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários de Boticas apresenta-se como uma instituição viva, inserida na

comunidade, plenamente adaptada à realidade e às exigências do território,

preparada para atender às solicitações da população, disponível para enfrentar os

crescentes desafios do setor, que exigem melhores meios e operacionais

devidamente preparados.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

foi alvo, ao longo dos anos, vá-rias intervenções e melhora-mentos que permitiram adaptar as instalações às crescentes exigências do corpo de bombei-ros. Para breve, estão previstas obras de beneficiação do com-plexo que incluem a correção de infiltrações, a substituição do pavimento e a criação de uma nova área de parqueamen-to para ambulâncias.

Fernando Quiroga (re)assu-me, por momentos, o papel de presidente de câmara, para de-fender que as autarquias de-vem investir na qualidade do serviço prestado pelos bombei-ros, apoiando e colaborando com as associações, promoven-do o voluntariado. E, assim sen-do, anunciou que, no âmbito de um projeto concelhio, os bom-beiros vão receber alguns bene-fícios, tendo destacado “des-contos na fatura da água, em licenciamentos e taxas”.

Presentemente, a associação conta com 14 funcionários, um quadro de pessoal que presi-dente e comando consideram “ajustado” tendo em conta as solicitações de um território com cerca de 322 quilómetros quadrados e com seis mil habi-tantes, distribuídos por 10 fre-guesias. Contudo, Fernando

Queiroga sublinha o importante papel dos voluntários sempre disponíveis para colmatar lacu-nas, empenhados em levar a todos os teatros de operações profissionalismo e prontidão.

Esta disponibilidade, bem como a entrega só podiam ser recompensadas com equipa-mentos e meios que permitam facilitar e valorizar o trabalho dos operacionais e, assim sen-do, o comandante assegura não existirem grandes necessida-

des, embora considere impor-tante a aquisição de um Veículo de Socorro e Assistência Tático (VSAT).

Direção e comando falam com orgulho da instituição que granjeia apoios, não apenas da autarquia, que garante o presi-dente se limita a assumir as suas responsabilidade em ma-téria de proteção civil, mas também do comércio, das insti-tuições locais e da população.

A Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Boticas, ainda que arredada dos grandes centros, onde tudo pa-rece gravitar, a atuar num pe-queno concelho do interior com poucos habitantes, consegue, ainda assim, impor-se não ape-nas pela resistência à adversi-dade, mas, sobretudo, pelas boas práticas que permitem manter ativa a chama do volun-tariado, ateada por um grupo de abnegados cidadãos, em maio de 1971.

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20 JANEIRO 2016

Os Bombeiros Voluntários de Águeda (BVA) co-memoraram 81 anos no dia 20 de dezembro

último, e procederam à bênção de três viaturas, duas delas novas e batizadas com os nomes de Fernando Saraiva, membro dos órgãos Sociais para o triénio 2015/2017 entretanto falecido, e da Sociedade Irmãos Miranda (SIM).

As três viaturas, duas ambulâncias de trans-porte de doentes (ABTD) e um autotanque, obri-garam a um investimento a rondar os 115.000 euros e serão subsidiadas com 20 mil pela Câma-ra Municipal de Águeda, que se fez representar na cerimónia pelo seu presidente, Gil Nadais. Es-tiveram também presentes, o comandante José Morais, membro do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, o segundo coman-

dante distrital da ANPC, Pinheiro Duarte, e outros autarcas, acolhidos pelos órgãos sociais comando e corpo de bombeiros da instituição.

“A atribuição do nome de Fernando Jorge Sa-raiva - era diretor da instituição, aquando do seu falecimento - a uma das ambulâncias, é mais do que justificada pela sua entrega a esta casa, que soube servir com grande dedicação e sentido de responsabilidade”, considerou José Manuel Ro-lim, presidente dos Bombeiros Voluntários de Águeda.

“O nome da SIM, que fizemos questão de asso-ciar ao renovado autotanque, é o reconhecimento desta direção, por tudo o que a empresa tem dado ao Bombeiros Voluntários de Águeda ao lon-go dos tempos”, acrescentou o mesmo dirigente,

que acaba de cumprir o primeiro ano de mais um mandato de três anos.

“O ano de 2015 correu razoavelmente bem, com um diminuto número de fogos florestais, que nos apraz sempre registar; com uma gestão rigo-rosa da instituição ao nível financeiro, que é nos-so apanágio; e com a aquisição de um novo far-damento para 75 elementos do nosso Corpo de Bombeiros”, adiantou o mesmo dirigente.

José Manuel Rolim, que leva 14 anos acumula-dos como presidente, reiterou o grande propósito para o que resta deste mandato, ou seja, “as obras que nos permitirão transferir os atuais dor-mitórios, do rés-do-chão para o 1.º andar do quartel-sede, num investimento que andará na casa dos 400.000 euros”.

Trata-se de uma intervenção pendente de fun-dos comunitários e que permitirá “a construção de 20 quartos, com duas e quatro camas em cada um deles, e com a preocupação de dotarmos o quartel-sede de equipamentos que nos garantam uma maior eficiência energética”, rematou José Manuel Rolim.

O 81.º aniversário dos Voluntários de Águeda ficou marcado pela emoção das honras aos bom-beiros falecidos, junto ao Monumento ao Bombei-ro, pelo sempre apreciado desfile apeado e moto-rizado, pela entrega de brinquedos aos filhos dos “soldados da paz” e do Cabaz de Natal, antes da ceia natalícia e de aniversário que decorreu em ambiente de fraternidade entre toda a família dos Bombeiros Voluntários de Águeda.

ÁGUEDA

Três viaturas chegam em dia de festa

O corpo de bombeiros da Associação dos Bombeiros Voluntários da Merceana conta com mais quatro novos bombeiros, três

deles do sexo feminino. Os novos bombeiros de 3.ª são: Vânia Lou-renço, Virgílio Romão, Joana Simões e Filipa Simões.

Durante a sessão solene comemorativa do 35.º aniversário da Associação foi anunciado como Bombeiro do Ano, o bombeiro de 3.ª Virgilio Romão, promovidos a bombeiro de 1ª, Nídia Jesus e Octávio Amaro.

Foram também distinguidos com medalhas de assiduidade da

Liga dos Bombeiros Portugueses, com 15 anos, a bombeira de 2.ª Andreia Trovão, e com a de 5 anos, João Pedro, Vanessa Roque, Valter Casais e Cláudia Vale.

Durante a sessão solene procedeu-se ainda à inauguração de uma nova viatura para transporte de doentes.

A sessão foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Alenquer, Pedro Folgado e contou com as presenças, do vice-presi-dente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Adelino Gomes, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito

de Lisboa, Rui Santos Silva, do segundo comandante distrital da ANPC, André Fernandes, o presidente da União de Freguesias de Aldeia Galega e Aldeia Gavinha, do comandante da ER nº 3 de Montejunto, do comandante do Posto da GNR, acolhidos pela dire-ção, restantes órgãos sociais e comando dos Voluntários da Mer-ceana.

Antes da sessão solene realizou-se a habitual romagem ao cemi-tério e a celebração de uma missa em memória de bombeiros, di-rigentes e associados falecidos.

MERCEANA

Quartel recebe reforços

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Mora presta-

ram homenagem à Câmara Municipal com a medalha de serviços distintos grau cobre proposta atribuir à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

A par dessa distinção, entregue na sessão solene comemorativa do 76.º aniversário, foi concedido aos Volun-tários de Mora na mesma altura a me-dalha de mérito de proteção e socor-ro, grau prata, distinto azul, do Minis-tério da Administração Interna (MAI).

O bombeiro de 1.ª António Biléu re-

cebeu a medalha de serviços distin-tos, grau ouro, da Associação.

Na mesma sessão foram também entregues várias medalhas de assi-duidade da Associação e LBP. Com a de dedicação, 25 anos, da LBP, foram distinguidos, o chefe Sérgio Calhau, o subchefe Pedro Silva, o bombeiro de 1.ª Alfredo Pereira, e a o bombeiro de 2.ª Sérgio Arsénio.

A medalha de assiduidade, grau ouro, 20 anos, Associação e LBP, foi entregue, ao comandante Luís Cara-mujo, ao subchefe Marco Calhau e à

bombeira de 2.ª Leonor Matos. A me-dalha de assiduidade de 15 anos, As-sociação e LBP foi atribuída ao presi-dente da direção, Francisco Comba da Silva, ao primeiro secretário da dire-ção João Barnabé, ao vogal António Nunes, ao subchefe Rui Domingos e aos bombeiros de 1ª José Coelho e Carlos Fernandes.

A medalha de assiduidade de 10 anos, Associação e LBP, foi atribuída, ao vogal da direção António Duarta, aos bombeiros de 2.ª, Nuno Cardoso, Joaquim Barbeiro, João Godinho e Su-

sana Coelho, e aos bombeiros de 3ª, Helena Pinto, Filipe Alexandre, Maria João Orada e Ricardo Dias. E a meda-lha de 5 anos, foram distinguidos os bombeiros de 3.ª Samuel Barbeiro e Nuno Fortio (LBP) e ambos com José Alvega (Associação).

Na sessão solene estiveram pre-sentes, o presidente da Câmara Muni-cipal de Mora, Luís Simão de Matos, o presidente da ANPC, major-general Grave Pereira, o diretor nacional de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, o vice-presidente da LBP, Adriano Capo-

te, o presidente da Federação de Bombeiros de Évora, Inácio esperan-ça, o comandante distrital da ANPC, José Ribeiro, os presidentes das jun-tas de freguesia de Mora, Pavia Brotas e Cabeção, e outras entidades, acolhi-das pelo presidente da assembleia--geral da instituição, Marco Pires, pelo presidente da direção, Francisco Comba da Silva, pela presidente do conselho fiscal, Andrea Fernandes, pelo comandante Luís Caramujo e restantes órgãos sociais e elementos do comando.

MORA

Associação distingue autarquia

Page 21: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

21JANEIRO 2016

O carismático comandante Almeida Lopes faz as honras à casa com natu-

ral satisfação dá a conhecer cada um dos espaços da sede dos Voluntários de Leiria, um complexo de enormes dimen-sões, onde nada parece faltar, com todas as condições para atender às exigências de um moderno corpo de bombeiros, que, por direito próprio, tem lu-gar reservado na primeira linha da operacionalidade. Depois desta visita guiada, o coman-dante faz questão de conduzir os jornalistas às duas seções destacadas, que na realidade, são dois verdadeiros complexos operacionais devidamente equi-pados com meios e homens, para assegurar uma resposta autónoma ás solicitações das áreas do concelho que servem.

A companhia destacada de Monte Redondo foi criada em 1992, sedeada no edifício da junta de freguesia, tendo em 2008 ocupado espaço próprio com todas as condições para

acolher um contingente de 30 bombeiros que asseguram o so-corro, a cerca de 8 mil pessoas, de quatro freguesias da área Norte do concelho de Leiria.

Oficialmente constituída em 1997, a secção Santa Catarina da Serra, situada no lugar dos Cardosos está instalada num moderno quartel inaugurado em 2011, que serve as fregue-sias de Santa Catarina da Ser-ra, Caranguejeira, Arrabal e Chaínça. Cerca de três dezenas de operacionais apoiados por um “adequado parque de viatu-ras” permite aos Voluntários de Leira garantir prontidão ao ser-viço prestado a sul do concelho.

De regresso à sede da insti-tuição, o presidente da direção Jorge Baptista junta-se ao gru-po para dar a conhecer uma as-sociação grandiosa e plena de atividade, o que só é possível “com rigor”, que inviabiliza “passos maiores que a perna”, ou seja todas as despesas e in-vestimento carecem de ponde-ração e obedecem a apertados

critérios de prioridade. O diri-gente reconhece que para esta-bilidade da instituição concor-rem ainda “os apoios da popu-lação, das empresas e da autar-quia”, que não têm falhado.

“A qualidade do serviço pres-tado pelos nossos bombeiros deixa marcas positivas” o que na ótica de Jorge Baptista per-mite abrir portas, conquistar espaço, notoriedade e o reco-nhecimento da comunidade. Para além da parceria institu-cional com a Câmara Municipal de Leira, o presidente da dire-ção faz questão de destacar o trabalho desenvolvido com as empresas locais “com consciên-cia social” que reconhecem o “importante papel dos bombei-ros”, salientando os apoios dos grupos Respol, Roca Diamanti-no e Filhos e Nova Gente, sem-pre disponíveis para apoiar a causa.

“Esta cooperação cria uma enorme estabilidade financei-ra”, salienta o Jorge Baptista, adiantando que a associação “nunca teve problemas com o pagamento de salários aos 19 funcionários”, nem que fechar a porta ao investimento. O diri-gente explica que “opções de formas de trabalho” permitiram apostar tudo na emergência e no socorro, em detrimento do transporte de doentes não ur-gentes, que neste quartel é um

serviço “residual”, sem expres-são.

Os quartéis dos Bombeiros de Leira contam, no total, com 163 operacionais, sendo a com-ponente voluntária “fundamen-tal” para assegurar a qualidade do serviço prestado às popula-ções.

“São apenas voluntários que garantem o socorro todas as noites de segunda e sexta, bem como nas 24 horas dos sába-dos, domingos e feriados”, acentua Almeida Lopes, que continua a defender a preserva-ção da génese voluntária das associações humanitárias, re-conhecendo, contudo, a neces-sidade de criar incentivos que permitam atrair e fixar reforços para a causa. O comandante re-vela que a associação tem ten-tado, sem sucesso, “negociar com a autarquia um pacote de regalias para os bombeiros”, mas enquanto não se consegue quebrar os muros da indiferen-ça, direção e comando fazem questão de premiar a entrega de homens e mulher com vários benefícios, que passam por atribuição de subsídios. Almei-da Lopes anuncia que a assidui-dade passará, em breve, a ser, também, premiada, com o pa-gamento de cartas de condução quer de veículos ligeiros quer de pesados. De resto, o nosso interlocutor assinala que a for-

mação e valorização pessoal e profissional dos voluntários sempre foi uma prioridade para os responsáveis da instituição.

“Estamos cá para servir os bombeiros, não para nos servi-mos dos bombeiros”, diz o pre-sidente, salientando que a equi-pa que encabeça conhece bem a realidade do quartel, pois, curiosamente, praticamente to-dos os dirigentes já envergaram a farda de soldado da paz e, por isso, conhecem bem a comple-xidade desta missão, mas os Voluntários de Leiria fazem questão de cumprir de forma exemplar.

O quartel-sede, inaugurado em 1992, é um complexo fun-cional, também porque, ao lon-go dos anos foi alvo de várias intervenções, que permitiram atualizar conceitos, responder a novas realidades, num processo que não tem fim.

“Um quartel nunca está con-cluído”, refere Almeida Lopes, defendendo que os bombeiros devem ser permeáveis à “evolu-ção vinda do exterior” e que tem reflexos em todas áreas, não apenas na operacionalidade das instalações, mas na capaci-dade de resposta e versatilidade dos meios, mas também na for-mação e preparação do corpo ativo.

“Não precisamos de mais via-turas, mas torna-se inevitável a

renovação e modernização da frota”, considera Almeida Lopes, falando ainda da necessidade de investimento na aquisição de mais equipamentos de proteção individual para combate a in-cêndios urbanos e industriais, um processo que, segundo o co-mandante, deverá estar concluí-do até ao final do corrente ano.

Sendo a formação uma ques-tão prioritária, Almeida Lopes, critico, lamenta que a Escola Nacional de Bombeiros não es-teja a cumprir “as suas obriga-ções”, afirmando mesmo que os “bombeiros estão a ser prejudi-cados pelo mau funcionamento da escola”, que não tem capaci-dade para dar respostas às soli-citações dos corpos de bombei-ros. Assim sendo, defende alte-rações estruturais que abram caminho à mudança, à “inver-são de ciclo”.

Mas nem mesmo uma ou ou-tra contrariedade afetam a dinâ-mica desta associação compro-metida com a comunidade que se desdobra na promoção de muitas iniciativas que visam não só angariar fundos, mas tam-bém dar visibilidade ao exímio trabalho dos bombeiros que em muito dignifica o passado desta instituição e a história que co-meçou a ser escrita, por um pu-nhado de altruístas leirienses, a 1 de abril do longínquo ano de 1893

LEIRIA

Voluntários são “componente fundamental”

Quase a completar 123 anos de existência, a Associação Humanitária dos Bombeiros

de Leiria apresenta-se como uma instituição precursora, com voz ativa no setor, com ideias, ideais e projetos que

permitem trilhar os caminhos de futuro.No quartel sede e nas duas secções

destacadas são mais de centena e meia de operacionais que assumem a nobre missão

e salvar vidas, de uma forma abnegada, mas sem descurar a preparação, o

profissionalismo e prontidão que, na verdade, são chancela deste corpo de

bombeiros.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

Page 22: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

22 JANEIRO 2016

A sessão solene realizada no salão nobre da Associação

Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Vila Real – Cruz Verde no final do ano transato para distinguir todos os asso-ciados com mais de 50 anos de ligação à instituição constituiu o segundo momento das co-memorações dos 125.º aniver-sário da Associação. Nela teve lugar também a atribuição do crachá do ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao secretário-geral da Associa-ção, António Barros. A distin-ção foi entregue pelo presiden-te da LBP, comandante Jaime Marta Soares, que se deslocou para esse efeito propositada-mente a Vila Real.

A propósito, o presidente da LBP dirigiu palavras elogiosas a António Barros pela dedicação aos bombeiros, “enaltecendo as qualidades e o mérito deste Bombeiro sem farda”.

O secretário-geral da Cruz Verde, António Alberto Soares da Costa Barros, serve a Asso-ciação desde o início dos anos

oitenta e desde logo, foi-se im-pondo pela prática de valores de verdade, de integridade, de honra, de zelo e também pela sua capacidade e qualidade de trabalho. Recebeu vários votos de louvor em assembleia geral, pela dedicação e pela forma como apresentava as contas da Associação. Ao logo do tem-po destacou-se pelo seu al-truísmo, caráter e personalida-de, profundo sentimento de amizade, elevado espírito de voluntariado e serviço à causa humanitária, sendo reconheci-da pela associação, associa-

dos, dirigentes, comando e bombeiros, a sua importância nos destinos da instituição. Mas a sua ação e disponibilida-de extravasou a Cruz Verde, tendo sido vice-presidente da Federação Distrital de Bombei-ros de Vila Real, fazendo atual-mente parte dos Órgãos So-ciais da Liga dos Bombeiros Portugueses, como suplente.

A seguir a esta justa home-nagem a António Barros, de-correu um momento de poesia alusiva aos Bombeiros e à cau-sa Humanitária.

No uso da palavra, o coman-

VILA REAL

António Barros distinguido com crachá de ouro

Tal como há 125 anos, a Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntários de Vila

Real – Cruz Verde cumpriu a tradição do des-file do dia 1 de janeiro, depois de impostas as habituais condecorações aos elementos do corpo ativo, foi atribuído a cada um destes elementos e órgãos sociais presentes um cra-chá comemorativo alusivo ao aniversário.

Os bombeiros desfilaram pelas ruas da ci-dade, incluindo a apresentação de cumpri-mentos ao executivo municipal. No regresso ao quartel, prestaram homenagem ao seu fundador Avelino Patena na rua com o mes-mo nome. Refira-se que o desfile deste pri-meiro dia do ano foi abençoado pela chuva que não parou durante todo o percurso.

Na Câmara Municipal, o presidente da di-reção dos Bombeiros, Carlos Moreira, refe-riu-se às necessidades da Associação e corpo de bombeiros, salientando que as solicita-

ções a esta corporação são cada vez em maior número.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, no uso da palavra, salien-tou o empenho da autarquia na ajuda aos bombeiros, nomeadamente no programa +Bombeiros, solicitando o empenho de am-bas as corporações do concelho na preven-ção à carreira aérea, indispensável ao funcio-namento do aeródromo.

A festa continuou durante a tarde, com o quartel aberto à visita de todos os associados e amigos da Associação, tendo havido ani-mação e lanches para toda a gente.

No sábado, dia 2, foi feita uma homena-gem ao chefe António Lídio Simão no cemité-rio de Monfebres, em Murça, tal como já ti-nha sido feito, em 12 e 19 de dezembro pas-sado, relativamente aos outros bombeiros já falecidos.

CRUZ VERDE

Cumprida tradição do 1 de janeiro

A zona ribeirinha da cidade de Portimão foi o local escolhido assumidamente pelos bombeiros vo-

luntários locais para a comemoração do seu 89º aniversário em contacto mais próximo com os por-timonenses.

Entre os vários momentos ali realizados pela As-sociação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Portimão, destaque para o desfile temático apeado e motorizado com demonstração de valências, equipamentos e veículos operacionais, para entre-

ga de condecorações a bombeiros, promoções de 17 estagiários e homenagem a beneméritos.

No desfile integraram-se 115 elementos do cor-po de bombeiros e 14 meios técnicos.

Destaque ainda para a passagem ao Quadro de Honra de dois bombeiros e a atribuição da meda-lha de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao presidente da di-reção, Álvaro Bila, e a mesma distinção, grau co-bre, ao chefe Nuno Duarte, e aos subchefes Carlos

António e Fernando Águas. As distinções foram en-tregues pelo vice-presidente da LBP, Rodeia Ma-chado.

Foram ainda entregues louvores do comandante a quatro bombeiros que se distinguiram ao longo do último ano.

A comemoração do aniversário dos Voluntários de Portimão assumiu várias vertentes. Anteceden-do o dia oficial, os bombeiros promoveram também 4 ações de sensibilização dirigidas à população su-

bordinadas ao temas, saber agir em situações de emergência e aprender a utilizar um extintor.

Para além das cerimónia já referidas o programa comemorativo inclui também, um encontro nacio-nal de fanfarras, a romagem ao talhão dos bombei-ros no cemitério municipal e a celebração de uma missa pelo capelão dos Voluntários de Portimão, padre Mário de Sousa.

PORTIMÃO

Desfile temático marca comemorações

dante Jaime Marta Soares aproveitou o momento de co-memorações dos 125 anos da Associação para enaltecer o pa-pel dos Bombeiros de Portugal no socorro e assistência das populações, dos seus bens, do património e do ambiente, en-tre outros. Realçou ainda a im-portância dos bombeiros no teatro de operações, referindo que estes correspondem a 98 por cento dos elementos que constituem a Proteção Civil e que 96 por cento são bombei-ros voluntários. De seguida, o presidente da LBP, referiu-se à importância das associações humanitárias nas comunidades em que estão inseridas, valori-zando a sua intervenção na so-ciedade civil. Por último, apro-veitou para traçar uma panorâ-mica da situação atual dos cor-pos de bombeiros e dos desafios que se colocam atual-mente e nos momentos mais próximos e futuros.

Entre os muitos associados distinguidos importa também realçar a atribuição da condi-ção de sócio benemérito e da medalha de serviços distintos ao hotel Miracorgo, represen-tado por Manuel Alberto Carva-lho.

Já durante o jantar de ani-

versário, o presidente da Câ-mara Municipal de Vila Real, Rui Santos, reafirmou o com-promisso de apoio aos bombei-ros do concelho, a implementa-ção de políticas de apoio e in-centivo ao voluntariado através do «Programa + Bombeiros», a

continuidade de política de pro-ximidade e de articulação com as direções das associações no sentido de se manter a susten-tabilidade dos corpos de bom-beiros, referindo a possibilida-de de candidatura a diversos tipos de financiamentos.

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23JANEIRO 2016

António Neto, comandante dos Bombeiros Vo-luntários do Entroncamento pediu ao presi-

dente da câmara municipal, Jorge Faria, a criação de uma “Equipa de 1.ª Intervenção (EIP), que possa dar resposta à população do Entroncamen-to durante a parte diurna, pois muitos dos nossos bombeiros trabalham fora do nosso concelho e como todos sabemos o concelho é dos poucos a nível distrital que não dispõe desta mais-valia, e sendo de risco no que toca ao transporte de ma-térias perigosas a nível ferroviário e não só”.

O pedido foi feito na cerimónia comemorativa do 67.º aniversário da associação, tendo o presi-dente da Câmara Municipal, Jorge Faria aceite o desafio.

A cerimónia decorreu no salão da instituição na manhã de sábado, dia 9 de janeiro, e contou tam-bém com a presença de Mario Silvestre, coman-dante Operacional Distrital de Santarém da ANPC, do comandante Adelino Gomes, vice-pre-sidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, au-tarcas do concelho, representantes de corpora-ções da região, da presidente da câmara de Constância e entidades religiosas e militares lo-cais.

Durante a cerimónia foram condecorados bombeiros com medalhas de assiduidade de grau bronze, prata e ouro, promovidos nove es-tagiários a bombeiros de 3.ª e ainda distinguidos os sócios beneméritos.

José Salvado, presidente da associação huma-nitária salientou a aquisição “de duas viaturas de transporte de doentes, por 79 mil euros ficando apenas em dívida 29 mil euros, tendo sido salda-da a dívida de 30 mil euros da aquisição de duas viaturas da anterior direção”.

José Salvado referiu ainda que em conjunto com a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) adquiriu uma viatura de combate a in-cêndios florestais (VFCI), no valor de 52 mil eu-ros, 41,8 mil da Autoridade e 11 mil euros por parte da associação.

O presidente dos Bombeiros agradeceu ainda ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Faria, ao presidente da Junta de Freguesia de São João Baptista, Rui Maurício, e ao presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, Eze-quiel Estrada, pelo apoio monetário, para a aqui-sição das duas viaturas que foram abençoadas, respetivamente, 15 mil, 3 mil e 2,5 mil euros.

Adelino Gomes, vice-presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, salientou que os Bombeiros do Entroncamento, “têm um futuro glorioso e é dourado”, agrade-ceu à autarquia pelo apoio dado à instituição, aos bombeiros pelo seu desempenho e enalte-ceu o comando.

Mário Silvestre, comandante operacional dis-trital da Proteção Civil salientou o papel funda-mental que os Bombeiros Voluntários do En-troncamento “têm tido todos os anos no suces-so das operações de socorro no distrito de San-tarém”, referindo que “são uma das corporações senão a corporação mais solicitada para todos os teatros de operações, dentro e fora do Distri-to de Santarém. E por isso que a vossa compe-tência a vossa capacidade de fazer é reconheci-da. Como sabem este grupo de homens e mu-lheres integrou em 2015, como já tinha aconte-cido em 2014, o grupo de reforço de ataque ampliado, o designado GRUATA, que foi até Es-panha apoiar o combate a um grande incêndio”.

Terminou com a frase de William Churchill, “Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.

O presidente da Câmara, Jorge Faria encer-

rou a sessão resumindo em três palavras o seu sentimento com” reconhecimento, orgulho e agradecimento”.

Jorge Faria manifestou um “grande reconhe-cimento ao trabalho que esta associação tem vindo a desenvolver ao longo destes 67 anos”, referindo que “é um orgulho ser presidente da Câmara de uma cidade que pode contar com uma instituição com a qualidade e com a exce-lência como é a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento”.

Em relação ao desafio do comandante do cor-po de bombeiros, manifestou aceitá-lo, assim como um outro que lhe foi lançado por elemen-to do quadro de honra, que a seu tempo divul-gará.

Já na parada o padre Luciano abençoou as duas viaturas, que foram regadas com espu-mante pelos seus padrinhos.

Antes do porto de honra oferecidos aos con-vidados realizou-se o habitual desfile das viatu-ras pelas ruas da cidade.

EntroncamentoOnline

(texto e fotos)

ENTRONCAMENTO

Quartel perde equipa de intervenção permanente

No passado dia 19 de dezembro, a Associação Humanitária dos Bom-

beiros Voluntários da Figueira da Foz comemorou em Sessão Solene os seus 133 Anos de existência. Estiveram pre-sentes, para além de muitos elemen-tos de comando e outros operacionais de diversas corporações de Bombeiros, seus familiares e convidados, diversas entidades. Entre elas, destaque para as presenças, do presidente da Câma-ra Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, o presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, José Duarte, o presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses, comandante Jai-me Marta Soares, o comandante ope-racional distrital, Carlos Luís Tavares, um representante da Federação de Bombeiros do Distrito Coimbra e o co-mandante do Porto da Figueira da Foz, capitão-de-fragata Humberto Silva Ro-cha.

O presidente da Direcção, Lídio Lo-pes, fez o balanço, muito positivo, de mais um ano ao serviço das popula-ções, aproveitando a ocasião para

anunciar a inauguração de uma nova ambulância de emergência adquirida a 10 por cento pela associação. Lídio Lo-pes referiu, a propósito, que “aqui con-tamos os lápis, mas investimos em meios que colocamos ao serviço das pessoas e em instalações, para que os nossos bombeiros e bombeiras se sin-tam o melhor possível nesta sua casa, como disso é exemplo as obras que es-tamos a finalizar na cozinha”.

Lídio Lopes deu ainda aos presentes a notícia de que a sua Direcção decidiu atribuir à nova ambulância o nome de “Bombeiras do Corpo Operacional de Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz” numa mais que justa Homenagem a estas mulheres tão especiais.

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz manifestou o seu regozijo e agradecimento pelo muito relevante contributo que os Bombeiros Voluntários dão na segurança do Con-celho e comprometeu-se a apoiar a re-construção da Secção dos Bombeiros Voluntários na Freguesia do Paião, ten-tando numa primeira fase concorrer a

apoios comunitários e se esta falhar com os meios financeiros da Câmara Municipal.

O presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares enalteceu a gestão da AHBVFF e o comando do corpo ope-racional pelos sucessos alcançados e reivindicou o regresso da isenção das taxas moderadoras para os Bombeiros.

Este ano foi também lido um discur-so proferido em 19 de dezembro de 1990, aquando dos 108 Anos da AHB-VFF, passaram já 25 Anos, mas que se mantém bem atual.

O programa das comemorações in-cluiu também a entrega de medalhas de assiduidade a bombeiros. Assim, com a medalha de dedicação, grau ouro, 25 anos, foi distinguido o bom-beiro de 2.ª, António Manuel Ribeiro, com a 20 anos de serviço, o bombeiro de 1.ª António Espada, e com a de 15,

a bombeira de 2.ª Carla Isabel Men-des.

A medalha de assiduidade da LBP, 10 anos, foi atribuída aos bombeiros de 2.ª, Bruno Curado, Luís Moreira e Luís Gaspar, e aos bombeiros de 3.ª, Hugo Vieira, Francisco Morais, José Maria Costa, Maria Isabel Silva, Rui Fernandes e Jorge Rodrigues.

A medalha de serviços distintos grau ouro foi entregue ao bombeiro do Qua-dro de Honra Mário de Oliveira Rodri-gues.

FIGUEIRA DA FOZ

Ambulância homenageia bombeiras

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24 JANEIRO 2016

Os Municipais de Gavião assinalaram, recen-temente, o 68º aniversário. Apesar da chu-

va que se fez sentir, o programa cumpriu-se com o hastear da bandeira e a receção das en-tidades convidadas, a que se seguiu a entrega de certificados de mérito aos bombeiros com maior número de horas de serviço operacional no ano de 2015 e a condecoração dos elemen-tos que completaram 5, 10, 15 e 20 anos de serviço. Finda a cerimónia. o quadro ativo foi surpreendido com a colocação de um painel te-mático na sala do bombeiro.

Depois da romagem ao cemitério e missa em memória dos bombeiros já falecidos, realizou-

-se o almoço que reuniu os elementos corpo ati-vo, famílias e entidades convidadas, num conví-

vio marcado pela “união e pela alegria entre gente solidária”.

GAVIÃO

Municipais comemoram 68.º aniversário

Cerca de 60 operacionais garantem o socorro a uma população que ronda

os 7 mil habitantes, numa área que compreende parte do terri-tório da recém-instituída União de Freguesias de Almargem, Pêro Pinheiro de Montelavar. A missão é assumida com profis-sionalismo e prontidão pelos Voluntários de Montelavar há mais de três décadas, mas nun-ca com tantas dificuldades, como reconhecem António Lo-pes Marques, vice-presidente desta associação humanitária e Mário Louro, o comandante do corpo de bombeiros.

Na origem das contingências financeiras do presente, está a alteração das regras que no passado tutelavam o serviço de transporte de doentes não ur-

gentes, uma importante fonte de receita, para garantir o so-corro, para reforçar os recursos humanos e meios colocados ao serviço das populações, como faz questão de salientar Mário Louro.

Sem entrar em grandes por-menores, mas, ainda assim, denunciado dificuldades que forçaram mesmo a dispensa de um dezena de colaboradores, direção e comando preferem salientar que com trabalho e ri-gor, em finais de 2015, a asso-ciação conseguiu recuperar es-tabilidade.

“Neste momento, a situação está equilibrada, caminhamos na direção certa”, afiança o vi-ce-presidente, falando de uma “casa orientada”, o que permite

dar resposta às solicitações do corpo de bombeiros.

Atualmente, integram os quadros da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Montelavar, duas dezenas de “funcionários operacionais”, nú-mero indispensável para asse-gurar a qualidade do serviço prestado a esta freguesia do município de Sintra, conhecida, em tempos, pela pujança da in-dústria do mármore que foi aliás, durante muitos anos, um suporte importante para os bombeiros locais. Hoje, a reali-

dade é outra, sobram pouco mais que os apoios institucio-nais, com especial relevo para o da câmara municipal, que man-tém parcerias e acordos em vá-rias vertentes com todos os nove corpos do concelho.

Ainda assim, os Bombeiros de Montelavar têm conseguido levar a água ao seu moinho, um esforço que se traduz em inves-timentos no quartel-sede. O complexo, inaugurado a 10 de setembro de 1994, não perdeu funcionalidade nem operaciona-lidade, conforme salienta o co-mandante, destacando, contu-do, o trabalho da equipa res-ponsável pela manutenção que, ao longo dos anos, tem vindo a assegurar intervenções várias, que permitiram adaptar o imó-vel a novas realidades e exigên-cias.

“Ultimamos, agora, os pro-cedimentos financeiros para avançar com a substituição dos 14 portões” do quartel, revela o Mário Louro, dando conta de um esforço financeiro na ordem dos 16 mil euros.

“Esperamos pelo novo qua-dro comunitário de apoio para

avançar com a aquisição de um veículo urbano e de um tanque florestal”, anuncia o coman-dante, revelando, ainda, que já no início de 2016, será apre-sentada à comunidade uma campanha de angariação de fundos destinada a “colmatar algumas falhas” em matéria de equipamentos proteção indivi-dual para combate a incêndios florestais, uma ação que conta já com a parceria de algumas empresas locais.

A formação surge como uma preocupação permanente, ain-da que o responsável operacio-nal assegure “não existirem la-cunas”, até porque, salienta, a Escola Nacional de Bombeiros tem respondido com eficácia às solicitações dos Bombeiros de Montelavar.

Problemático é, contudo, o processo de renovação do cor-po ativo, pois, assinala Mário Louro, na freguesia não exis-tem escolas secundárias que poderiam funcionar como pon-to de recrutamento de jovens bombeiros. Contudo, direção e comando acreditam que a rea-tivada fanfarra pode vir a servir

de incentivo ou porta de entra-da para o quartel, enquanto gi-zam o projeto de criação de uma escola de infantes e cade-tes.

Refira-se que a associação, numa outra vertente, denun-ciando uma forte ligação às coi-sas da terra é detentora de um moinho, datado de 1808, que constitui um dos atrativos da freguesia e local de visita obri-gatória. Consciente da impor-tância deste antigo sistema de moagem de trigo para história local, que importa preservar, os Voluntários de Montelavar pre-param-se para a avançar com a substituição da cúpula que co-meça a acusar o desgaste do passar do tempo.

As contrariedades existem, é um facto, mas não esmorecem uma coesa equipa norteada pelo lema “sempre e em toda a parte”, honrando o trabalho dos fundadores assente “em valo-res éticos, rigor e disciplina”, que, segundo o comandante, permitem enfrentar “um futuro pleno de desafios” e deixar aos vindouros um legado de que se devem orgulhar.

MONTELAVAR

“Sempre e em toda a parte”Depois de um período complicado, a

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montelavar começa a

recuperar a estabilidade, depois de um período complicado, que impôs cortes na

despesa, inevitáveis “ajustes” no quadro de pessoal e naturalmente abrandamento no

investimento.Rigor, trabalho e um novo posicionamento

estratégico, permitiram reprogramar o futuro desta instituição que se rege por

rígidos padrões de prontidão.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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25JANEIRO 2016

Os Bombeiros Voluntários de Amarante foram chamados mais uma vez a realizar um parto,

no caso na habitação da parturiente e com a parti-cipação de duas bombeiras, Marta Nunes (1.ª) e Marta Cunha (2.ª).

Segundo o comandante Rui Ribeiro, os partos nestas condições eram pouco comuns e até raros mas começam a ocorrer com alguma frequência.

O parto ocorreu no passado dia 7 e envolveu as duas bombeiras, na corporação de Amarante há cerca de 12 anos, a ajudaram à realização do par-to na habitação da parturiente.

À chegada à residência, a equipa deparou-se com uma situação de parto eminente. A parturien-te, de 25 anos de idade, acabou por ser assistida pelas bombeiras no local para dar à luz um rapaz, Ricardo Manuel.

Após o nascimento da criança verificou-se o apoio diferenciado da SIV de Amarante e da VMER de Vale do Sousa.

Mãe e filho, depois de estabilizados, foram transportados para a unidade hospitalar de Pena-fiel.

Os Voluntários de Amarante foram acionados para a situação de parto às 19h15 pelo CODU, che-garam ao local as 19h30 e registaram o parto às 19h34.

No passado dia 11 o Ricardo Manuel e os pais brindaram os bombeiros com uma visita ao quartel para agradecerem o excelente trabalho realizado pelas bombeiras Marta Nunes e Marta Cunha.

AMARANTE

Bombeiras auxiliam partoOs Bombeiros Voluntários de Lagos

realizaram um parto com sucesso na residência da parturiente a poucas horas do novo ano.

Quinta-feira, dia 31 de dezembro, cerca das 18h35m, quando uma partu-riente de nacionalidade portuguesa ini-ciou o trabalho de parto. Os Voluntários de Lagos foram alertados para o efeito e, de imediato, deslocaram-se para a morada. Coube ao subchefe Jorge San-tos e ao bombeiro de 1.ª Ângelo Mar-ques terminarem da melhor forma o ano de 2015, ajudando a vir ao mundo uma menina, com sucesso.

Após a avaliação feita, depois de con-cluído o parto, mãe e filha foram conduzidas para o Hospital do Barlavento Algarvio bem de saúde.

Os Voluntários de Lagos deram assim, mais uma vez, razão de ser ao lema “ VIDA POR VIDA”.

LAGOS

Cegonha surpreende no último dia do ano

Uma divisão de anexo de uma habitação de Febres

ficou totalmente destruída e uma idosa sofreu ferimentos ligeiros, na sequência de um incêndio que deflagrou a meio da manhã do passado dia 6 de janeiro.

A mulher de 76 anos, que encontrava sozinha em casa, quando se apercebeu do inci-dente, terá tentado apagar as chamas, mas sem sucesso, da-

das as proporções que fogo já atingia.

Quando os bombeiros che-garam ao local, a divisão já se encontrava totalmente tomada pelas chamas. A prioridade foi a de extinguir o incêndio, im-pedindo que alastrasse à casa.

Esta ocorrência mobilizou 10 homens e três viaturas, uma das quais uma ambulân-cia do INEM, que transportou a vítima Centro Hospitalar e

Universitário de Coimbra, EPE CHUC.

Entretanto, no dia 12 de ja-neiro, o sobreaquecimento do tubo de saída de gases num recuperador de calor esteve na origem de um incêndio num anexo de uma habitação de Labrengos, Covões.

Os Bombeiros de Cantanhe-de estiveram neste teatro de operações com oito homens e duas viaturas.

CANTANHEDE

Incêndios urbanos mobilizam meios

Nos derradeiros dias 2015 e os primeiros do novo ano, os Bombeiros Famalicenses regista-

ram uma série de acidentes rodoviários a para com outras ocorrências de maior dimensão.

Assim, segundo dá conta o quartel, no dia 23 de dezembro, um veículo ligeiro e um pesado, colidi-ram na freguesia de Outiz, tendo-se registado dois feridos ligeiros. Duas ambulâncias de socorro e cinco bombeiros, que socorreram e transportaram as vítimas à unidade hospitalar de Famalicão.

Na madrugada de 28 de dezembro, um aparato-so acidente na freguesia de Arnoso Sta. Maria, mo-bilizou oito operacionais apoiados com uma ambu-lância de socorro e o veículo de desencarceramen-to.

Os Bombeiros Famalicenses foram, igualmente, acionados, no dia 5, para um acidente na A3, sen-tido Sul/Norte freguesia de Guisande, do qual re-sultou um ferido ligeiro. Esta intervenção envolveu 13 bombeiros, um veículo de desencarceramento e ambulâncias de socorro. A vítima foi transportado para o hospital de Braga.

No dia seguinte, na mesma via, um depiste com capotamento deixou encarcerado e gravemente ferido um jovem do sexo masculino que transpor-tado para o hospital de Braga acompanhado da VMER de Famalicão. Para este acidente foram mo-bilizados sete elementos do corpo de bombeiros dos Famalicenses, um veículo de desencarcera-mento e uma ambulância de socorro.

No dia 9, este corpo de bombeiros foi acionado

para um incêndio numa viatura na variante nas-cente em Vila Nova de Famalicão. À chegada dos meios o veículo encontrava-se totalmente tomada pelas chamas. Ainda que sem feridos a registar esta ocorrência envolveu 11 operacionais, dois veículos de combate a incêndios e uma ambulân-cia.

No dia 10, chegou à central, via CDOS, o alerta de incêndio em duas garagens na freguesia de Joane, que durante cerca de quatro horas “deu tra-balho” a 17 operacionais apoiados por dois veícu-los de combate a incêndios, dois veículos tanque e uma ambulância de socorro.

Um pouco depois, os Famalicenses voltaram a ser chamados para um outro incêndio, desta vez numa habitação na freguesia de Requião, para onde foram mobilizados dois veículos de combate a incêndios, a autoescada e uma ambulância de socorro.

VILA NOVA DE FAMALICÃO

Famalicensescom muita atividade

Vários incêndios urbanos e ocorrências diversas de-

vidas ao mau tempo deram muito que fazer aos Bombei-ros Voluntários de Pampilho-sa (BVP) no final do ano e início do novo, quase duas dezenas de situações que envolveram igual número de operacionais.

Na véspera de final de ano, o pedido de socorro foi para intervir num incêndio localizado nas ins-talações fabris devolutas da empresa Progresso. Ali, intervieram 19 bombeiros com 6 viaturas.

No dia 4 de janeiro o pedido de intervenção recebido foi para combater um incêndio em cai-xote do lixo na Rua da Conchada, em Silvã. Para o local foi enviado um veículo ligeiro de combate a incêndios tripulado por 5 operacionais que rapi-damente extinguiu o incêndio.

No mesmo dia, novo alerta, agora para um in-cêndio urbano, com inicio num exaustor de uma cozinha na Rua do Futuro na Pampilhosa. O in-cêndio já extinto à chegada dos Bombeiros, cau-sou danos apenas nesta divisão da casa e não houve feridos a registar. No local, dois veículos apoiados por 6 operacionais dos Pampilhosa.

Devido às condições meteorológicas adversas verificadas em 9 e 10 de janeiro, os Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, para além da sua ati-vidade normal de transporte de doentes e emer-

gência pré-hospitalar, estive-ram empenhados em 12 ocorrências relacionadas com o mau tempo.

Essas situações envolve-ram 37 operacionais. Então, os Voluntários da Pampilhosa acorreram a situações como, desentupimento de sarjetas, inundações, reboque de via-

turas de estradas submersas e quedas de árvo-res. As situações que inspiraram mais cuidados ocorreram, no túnel da linha da Beira Alta, na rua Fialho de Almeida, onde, devido ao nível da água, um carro teve de ser rebocado, não havendo fe-ridos a registar. As estradas municipais que ligam Pampilhosa a Póvoa do Loureiro e a Larçã tam-bém ficaram parcialmente submersas tornando impossível a circulação automóvel, exigindo a atenção dos bombeiros para isso.

No passado dia 19, os BVP foram alertados para uma situação de incêndio urbano na Rua Domingos Pires, na Pampilhosa.

O incêndio teve início numa chaminé e não ha-vendo vitimas a registar. A rápida intervenção dos bombeiros permitiu que os danos ficassem confinados à divisão em questão. Neste caso, es-tiveram empenhados 5 operacionais apoiados por um veículo de combate a incêndios. Em todas as ocorrências esteve também presente a GNR da Mealhada.

PAMPILHOSA

Muitas ocorrências dão que fazer

Com o início da carreira aérea de li-gação entre Bragança/Vila Real/

Viseu/Cascais/Portimão, foi ativado o dispositivo que garante o Serviço Bá-sico de Salvamento e Luta Contra In-cêndios (SBSLCI) no Aeródromo Muni-cipal de Portimão.

Esta missão está confiada aos Bom-beiros de Portimão, no âmbito de um Contrato-Programa entre o a câmara municipal e a associação humanitária, que pressupõe a permanência de um dispositivo composto por três veículos e até 7 operacionais no período entre os 30 minutos que antecedem o movi-mento da aeronave e os 30 minutos que sucedem à descolagem.

Para o efeito 28 operacionais foram devida-mente qualificados pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), após um exigente percurso formativo, ministrado pela Escola Nacional de

Bombeiros, e que representou um investimento que se aproximou dos 20 mil euros.

O Corpo de Bombeiros conta ainda com um conjunto de meios técnicos, recentemente adqui-ridos, que correspondem aos requisitos da Inter-national Civil Aviation Organization (ICAO).

PORTIMÃO

Nova carreira aéreacom dispositivo especial

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26 JANEIRO 2016

Os Bombeiros Sapadores de Gaia realizaram, entre 17 de setembro

e 30 de dezembro últimos, 43 exercí-cios e simulacros em outras tantas entidades e instituições tendo como principal objetivo o teste ao plano de segurança interna de cada uma delas

e a sensibilização dos seus utilizado-res para a prevenção da sinistralida-de, em geral e a que decorre das ca-racterísticas próprias de cada uma das infraestruturas envolvidas.

No referido período, os Sapadores de Gaia deslocaram-se a 9 empresas,

15 escolas de diferentes níveis, 10 la-res e outras entidades de assistência e reabilitação, e outras 9 entidades diversas, entre as quais, 5 estabeleci-mentos hoteleiros e 2 unidades hospi-talares.

Os Sapadores de Gaia deram assim

cumprimento a mais uma etapa do seu já longo trabalho de apoio à defi-nição e teste dos planos de segurança interna de empresas e instituições da sua zona de intervenção bem como à sensibilização de diferentes públicos alvo para as normas de segurança a

cumprir. Assume particular destaque a sensibilização das comunidades es-colares, seja alunos, docentes e não docentes, quer pelo número de inter-venções feitas, quer pelos riscos pró-prios que tais infraestruturas envol-vem.

GAIA

Sapadores realizam 43 exercícios

A 2.ª Secção dos Bombeiros Voluntários da Aguda, realizou no final do ano transato na

freguesia de São Félix da Marinha, um exercício / simulacro de acidente de viação.

O simulacro consistiu na colisão de dois veícu-los ligeiros de passageiros e um velocípede sem motor, com incêndio num dos veículos.

Foram envolvidos no exercício 11 bombeiros, chefiados pelo bombeiro de 1ª Mário Marques com uma viatura de desencar-ceramento (VSAT-01), um veículo de combate a in-cêndios (VTTU-01) e duas ambulâncias de socorro (ABSC-05 e ABSC.01).

Este exercício teve como objetivo principal o treino Operacional dos in-tervenientes, de forma a otimizar e “mecanizar” procedimentos no dia a dia de trabalho.

Este exercício contou

ainda com um trabalho de logística intenso, reali-zado pelo chefe de secção, Joaquim Pinho, os subchefes de secção José Pinhal e Henrique Silva, e o bombeiro Élio Veiga.

“Um agradecimento muito especial é empresa OLIVIDA, que sempre diz presente quando solici-tado o seu apoio” refere a propósito o comando dos Bombeiros da Aguda.

AGUDA

Simulacro de acidente de viação

O Corpo de Bombeiros da As-sociação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste, Barreiro, realizou re-centemente, um exercício de acidente industrial grave na empresa ADP Fertilizantes, abrangida pela diretiva Seveso.

O exercício enquadrou-se no âmbito do plano de emergência interno da empresa industrial e configurou uma fuga de ácido nítrico bruto por colapso do em-panque de uma bomba da ins-talação industrial.

Os objetivos do exercício fo-ram treinar a capacidade de resposta de primeira intervenção da equipa de segurança da ADP Fer-tilizantes, treinar a resposta do centro de opera-ções de emergência e testar a resposta à emer-gência articulada com os meios externos, no caso. o Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste.

O simulacro contou com o envolvimento direto de 19 operacionais do corpo de bombeiros, in-cluindo o comandante e o segundo comandante, apoiados por sete viaturas de socorro, nomeada-mente, dois veículos de comando operacionais táticos (VCOT), dois veículos urbanos de combate a incêndios (VUCI), 2 ambulâncias de emergên-cia (ABSC) e uma ambulância de transporte de doentes (ABTD)].

Este corpo de bombeiros, no âmbito do plano de emergência interno da empresa LBC Tanqui-por (indústria SEVESO), realizou, ainda, um exercício de simulacro de fuga de acrilonitrilo num dos braços de descarga do cais fluvial.

A atuação dos bombeiros teve o enfoque na mitigação do risco de incêndio e explosão, me-diante o estabelecimento de linhas de água para colocação de espumífero na bacia de contenção, proteção ao navio atracado no cais e socorro a uma vítima simulada.

A ação que mobilizou 14 bombeiros e seis veí-culos s teve como objetivo a prevenção e contro-lo dos perigos associados a acidentes graves que possam envolver substâncias perigosas armaze-nadas no complexo da LBC Tanquipor.

BARREIRO

Exercício em empresa Seveso

Os Bombeiros de Águas de Moura, numa clara aposta

na preparação dos operacio-nais, continuam a apostar na formação. Neste âmbito, vá-rios elementos estiveram en-

volvidos numa ação de recerti-ficação do Curso de Tripulante de Ambulância de Transporte (TAT), orientada pelos forma-dores Nuno Arede e Filipe Lo-pes, que visou a atualização e

validação de competências, certificada pela Escola Nacio-nal de Bombeiros.

Ainda antes do final do ano de 2015, 19 bombeiros partici-param em duas ações de for-

mação na Fertagus, relaciona-da com os aspetos de seguran-ça e de funcionamento do ma-terial circulante desta empresa.

Ainda neste âmbito elemen-tos dos Voluntários de Águas

de Moura estiveram ainda na Digal Gás, desta feita no âmbi-to da Prevenção e Técnicas de Luta Contra Fogos de Gás.

Entretanto, o quartel pode agora contar com mais um for-

mador de nível 3 - Tripulantes de Ambulância de Socorro. O bombeiro Filipe Lopes concluiu o curso num laboratório de formação certificado pelo INEM..

ÁGUAS DE MOURA

Aposta na formação

Page 27: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

27JANEIRO 2016

Foi uma noite mágica a que se viveu, recentemente, no salão dos Bombeiros de Cantanhede, com a animação a cargo do grupo de fados Raízes de Coimbra e a Tuna de Medicina da Faculdade de Me-

dicina da Universidade de Coimbra.Este espetáculo que foi vivido com emoção e entusiasmo pela vasta plateia que, desta forma, con-

tribuiu, uma vez mais, para a causa dos bombeiros.

CANTANHEDE

Sons de Coimbra no salão dos bombeiros

A 6 de janeiro, Dia de Reis, os Bombeiros Torrejanos en-

tregaram 11 cabazes de Natal a 11 famílias referenciadas pelos Serviços Sociais do concelho de Torres Novas.

Esta iniciativa partiu da ideia de uma nossa bombeira a que o Corpo de Bombeiros se asso-ciou de imediato, promovendo ação internamente mas tam-bém nos órgão comunicação lo-cal e redes sociais, o que permi-tiu mobilizar as populações para bem sucedida ação.

TORRES NOVAS

Torrejanos entregam cabazes

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila

Nova de Famalicão procedeu, re-centemente, à entrega de seis mil quilos de alimentos angariados no âmbito da 3.ª Caminhada e BTT so-lidário.

A entrega decorreu no quartel, onde os presidentes das 49 fregue-sias concelho de Famalicão levanta-ram os bens alimentícios.

Esta ação ocupou durante dois meses os voluntários da associa-ção, que recolheram os bens alimentares nas su-perfícies comerciais, num ação que culminou com a caminhada pelas ruas da cidade, e um passeio BTT, que reuniu mais de duas mil pessoas, sendo que cada uma contribuiu também para campanha com um bem alimentar.

Com esta iniciativa os Voluntários de Famalicão contribuíram para garantir “um Natal mais feliz às famílias carenciadas do concelho”.

Em jeito de balanço, José Cardoso, diretor da

instituição fala de “uma ação coroada de sucesso” que em três anos muito tem crescido.

“Este ano conseguimos chegar às seis tonela-das, uma meta que nos deixa com o coração quente, pois temos a noção que com esta quanti-dade de alimentos pudemos ajudar cerca de 500 famílias do nosso concelho”, sublinha o porta voz da associação, adiantado desde logo que os Vo-luntários de Famalicão já estão “a pensar na pró-xima edição”.

VILA NOVA DE FAMALICÃO

Voluntários distribuem alimentos

Os Bombeiros Voluntários da Aguda colabora-ram ativamente com os grupos de corrida “Ar-

coRun”, “Shots International Runners” e “Tartaru-gas do Asfalto”, na realização de um evento solidá-rio de recolha de bens para Instituições de solida-riedade.

O evento, realizado no dia 3 de Janeiro, consti-tuiu um sucesso, apesar das difíceis condições at-mosféricas. Várias centenas de pessoas aderiram ao repto lançado pelos organizadores e compare-ceram no na quartel dos bombeiros para o arran-que da corrida/caminhada solidária.

Os Voluntários da Aguda tiveram empenhados diretamente no apoio ao evento com 11 bombei-ros, reforçados por mais 7 do piquete de serviço, comandados pelo comandante Olímpio Pereira, e

com a participação do subchefe Henrique Silva e dos bombeiros, Marco Ferreira, Vitor Sampaio e Rúben Silva.

Nas duas ambulâncias de socorro envolvidas, as equipas de emergência foram constituídas, na ABSC-05, o bombeiro enfermeiro José Pinto, os bombeiros César Magalhães e Fábio Prazeres, e na ABSC-01, o bombeiro TAS Tiago Vieira e os bom-beiros Carlos Sousa e André Ramos

O piquete de serviço foi constituído pelo subche-fe Alberto Baptista e pelos bombeiros Mário Mar-ques, Adriana Monsalve, Fernando Pinto, Francisco Azevedo, Luís Martins e Inês Leite.

O forte abraço extensível a todos os bombeiros que se associaram a mais uma iniciativa em prol de outras entidades e instituições solidárias locais.

AGUDA

Bombeiros apoiam recolha de bens

Duas centenas de pessoas participaram no jantar pro-

movido pela Casa do Futebol Clube (FC) do Porto de Canta-nhede visando a angariação de fundos para a Associação Hu-manitária dos Bombeiros Volun-tários de Cantanhede.

O evento reuniu diversas personalidades ligadas ao clu-be, nomeadamente Alípio Jor-ge, vice-presidente da FC Porto, Miguel Pires, presidente da Casa do FC Porto – Dragões de Cantanhede.

O repasto, que teve como cenário no salão dos bombeiros, culminou com a entrega de um che-que de 750 euros, montante, que, segundo a di-

reção dos Voluntários de Cantanhede, será inves-tido “na melhoria dos meios de proteção e socor-ro à população”.

CANTANHEDE

FCPorto solidário

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Em dia de Reis, Nuno Ribeiro, o responsável pela loja do Intermarché de Famalicão, entre-

gou aos Voluntários Famalicenses um cheque no valor de 6500 euros, correspondente à campanha “Ateste esta Ideia” que terminou no passado dia 31 de dezembro.

O presidente da direção da instituição benefi-ciada, António Meireles, e o comandante do corpo de bombeiros, Bruno Alves, na ocasião congratu-laram-se com a iniciativa e salientaram a impor-tância destas parcerias que permitem dar mais e melhores condições aos bombeiros e, assim sen-do, garantir a qualidade do socorro prestado às populações.

FAMALICÃO

Entregue verba de campanha

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Torres Vedras, organizou um al-

moço de Natal para as pessoas mais carenciadas do concelho de Torres Vedras, ação que contou com a colaboração das 13 freguesias do conce-lho, que se disponibilizaram a referenciar as pes-soas e a transportá-las ao quartel.

Cerca de 130 marcaram presença neste encon-tro solidário promovido pela intuição, que, pelo segundo ano consecutivo, partilhou com os me-nos privilegiados a sua mesa Natalícia.

TORRES VEDRAS

Associação promove almoço solidário

Os Bombeiros Voluntários de Nespereira cumpriram mais

uma vez a tradição, com mais de uma década consecutiva, de juntar toda sua família associa-tiva. Perto de duas centenas de pessoas, entre órgãos sociais, comando, quadros ativo, de

honra e reserva, familiares dos bombeiros, autarcas e dirigen-tes de outras instituições, cum-priram a tradição da ceia natalí-cia que preencheu o parque de viaturas do quartel.

Trata-se de uma prática, também comum noutras asso-

ciações de bombeiros voluntá-rios, que permite, fortalecer o espírito de grupo, e os laços que juntam durante todo o ano um conjunto significativo de ho-mens e mulheres que fazem da prevenção e do socorro o seu maior desafio.

NESPEREIRA

Tradição junta duas centenas

Page 28: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

28 JANEIRO 2016

A assinalar 85 anos de bons serviços prestados, a As-sociação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Ar-mamar, continua a afirmar-se pelo exemplo. Resiliência e em-penho são as armas dos ho-mens e mulheres que com brio e orgulho, neste concelho do distrito de Viseu, trajam de bombeiro e honram a farda nos mais variados cenários, situa-ções ou teatros de operações.

A tragédia que irrompeu há cerca de trinta anos pelo quar-tel, reduzindo a pó a vida de 14 bravos soldados da paz no fatí-dico incêndio da Serra de Lu-miares, deixou marcas, cicatri-zes difíceis de sarar, mesmo de-pois de tantos anos volvidos. Mas é em memória de cada um dos mártires que tombou no campo de batalha, que hoje, os Voluntários de Armamar se agi-gantam no cumprimento da no-bre missão de salvar vidas.

O presidente da direção dos Bombeiros de Armamar, Fer-nando Branquinho, abre os por-tões do quartel-sede aos jorna-listas e com natural orgulho fala do desenvolvimento desta insti-tuição a que está ligado há mais de duas décadas. Nos últimos anos, muito mudou no setor e direção e comando têm acom-panhado de perto esse proces-so que permitiu modernizar e reforçar meios e, assim, qualifi-car a resposta dos cerca de 50 elementos dos contingente, nas mais distintas missões.

A poucos dias de entregar o comando ao então adjunto Nuno Fonseca, é ainda Alberto Cochofel que fala pela estrutura ao Jornal Bombeiros de Portu-gal para dar conta da exigência imposta aos corpos de bombei-

ros, reconhecendo, contudo que a direção tudo tem feito para dar respostas aos constan-tes desafios, desde logo, a nível da formação e da segurança dos operacionais, mas também na aquisição de viaturas e equi-pamentos adaptados às reali-dades territoriais.

“A direção nunca nos colocou qualquer entrave às nossas so-licitações, até porque nunca pe-dimos nada que não fosse real-mente necessário”, salienta Al-berto Cochofel, sublinhando a renovação do parque de ambu-lâncias em curso, que no futuro será extensível “às viaturas de fogo que, embora com poucos quilómetros rodados, têm mui-tos anos ”.

Já em matéria de proteção individual o comandante consi-dera existirem “algumas faltas”, no que concerne a equipamen-tos de combate a incêndios flo-restais, ao contrário do que su-cede com fogos urbanos, mercê do apoio do “amigo Jorge Mi-randa”, um emigrante na Suíça que “tem conseguido fazer che-gar aos Bombeiros Armamar al-gum equipamento usado, mas em muito boas condições”.

O quartel apresenta-se como um espaço perfeitamente adap-tado às exigências do corpo de bombeiros. Há cerca de uma década o complexo foi ampliado e, de lá para cá “intervenções pontuais” têm permitido “afi-nar” e conciliar conceitos de funcionalidade, operacionalida-de e conforto, dando assim con-dições de trabalho ao corpo de bombeiros. Ainda assim, o pre-sidente Fernando Branquinho anuncia uma nova empreitada que visa a construção de cama-ratas, bem como de um novo

ARMAMAR

Em memória do passado ergue-se o futuroA tragédia está indelevelmente na história da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Armamar. Contudo, a morte de 14 bombeiros em 1985, serviu para unir

uma enorme família que, nos últimos 30 anos, tudo tem feito pelo engrandecimento da causa e pela valorização dos bombeiros, o património mais valioso desta instituição

fundada a 10 de outubro de 1931.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

parque de ambulâncias entre “outros pequenos melhoramen-tos”. O projeto, que carece de aprovação camarária, envolve verbas na ordem dos 450 mil euros.

Porque importa acautelar o futuro e trazer novos elementos para o quartel, os Voluntários de Armamar apostam na proxi-midade com os mais jovens, uma bem-sucedida estratégia que tem atraído muitos “for-mandos” para a escola de infan-tes e cadetes, que, por sua vez,

“já deu vários elementos ao corpo de bombeiros”.

Esta dinâmica acaba por ser reconhecida e premiada, no-meadamente, pela autarquia, sempre disponível a colaborar com a associação e com o corpo de bombeiros, em suma assu-mindo todas as responsabilida-des em matéria de proteção ci-vil municipal.

Para além do socorro, os Bombeiros de Armamar ainda reforçam a sua missão social noutras vertentes. Desde 2014

a associação assume a gestão de um banco de ajudas técnicas que disponibiliza à população camas articuladas, cadeiras de rodas andarilhos, poltronas, colchões anti escaras, projeto que surge de uma parceria a câmara municipal, patrocinada por uma instituição bancária, e tem como público –alvo a popu-lação sénior. Nuno Fonseca sa-lienta a importância deste ser-viço prestado pelos bombeiros, que permite garantir aos idosos estes recursos, que, em muitos

casos, são fundamentais para lhes acrescentar qualidade de vida.

Trabalho e entrega surgem como trunfos desta equipa que se supera todos os dias para dignificar o bom nome desta instituição, que em 85 anos de existência conseguiu inscrever na sua história coragem e ab-negação, qual fénix renasceu das cinzas da tragédia, sendo, hoje, exemplo vitalidade, que deve inspirar as congéneres de Norte a Sul do país.

Page 29: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

29JANEIRO 2016

Os Bombeiros Voluntários de Barcelinhos reali-zaram o habitual jantar de Natal da Associa-

ção, pela primeira vez, no novo quartel reunindo mais de 300 comensais.

Perante esta enorme família o presidente da Associação, José Arlindo Costa, acabou por anun-ciar, o arranque da terceira fase da obra que in-clui a instalação de um heliporto.

Por sua vez, o comandante José Beleza desta-cou que 2015 “ficou para a história como o ano com maior número de serviços registados” e agradeceu aos beneméritos José Costa, Jorge Costa e José Pombal a recuperação de duas “via-turas clássicas” da associação..

Em dia de festa, os Voluntários de Barcelinhos, foram presenteados pela Quinta & Santos Score com uma nova ambulância de socorro.

BARCELINHOS

Ceia no novo quartel

Em oliveira de Azeméis, crian-ças, jovens e monitores da

escola de infantes e cadetes as-sumiram o papel central num presépio vivo, iniciativa que já conta com duas bem-sucedidas edições.

Este ano foram necessárias “três longas semanas de traba-lho na montagem das estrutu-ras” e na preparação de cada um dos personagens, mas mais uma vez a encenação pautou--se pelo êxito, com mais de

quatro centenas de visitantes, como salientam Fábio Damas,

bombeiro, monitor e mentor deste projeto.

OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Infantes e Cadetes em presépio vivo

A “grande família” dos Bom-beiros Voluntários Celori-

censes, voltou a reuniu-se no já tradicional jantar de Natal ofe-recido pela instituição.

“De facto os bombeiros são uma grande família. Temos ele-mentos que passam mais tem-po na corporação do que em casa com os seus”, salienta Fer-nando Freitas, presidente da associação que nesta quadra chama, também, os familiares dos bombeiros a viver momentos úni-cos de partilha e união.

O comandante António Marinho Gomes, na ocasião, agradeceu o empenho de todo o corpo ativo ao longo do ano em todos os teatros de

operações, “na defesa de pessoas e bens”. “Nesta ocasião só posso agradecer o empenho de todo o corpo ativo. Como sempre foram incansáveis e conseguiram sempre, atuar pelo bem da nossa população, sempre incansável sempre consciente das exigências das missões.”

CELORICENSES

Jantar reúne bombeiros e familiares

Em época natalícia, e mais uma vez, a Associação Hu-

manitária dos Bombeiros Volun-tários Torrejanos reuniu bom-beiros, elementos da direção, colaboradores e respetivos fa-miliares num ambiente verda-deiramente festivo, com a boa disposição, a partilha e a con-fraternização a marcarem pre-sença.

Na ocasião o comandante do Corpo de Bombeiros, José Car-los e o presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios Torrejanos, Arnaldo Santos, par além do tra-dicional mensagem de boas festas, deixaram agradecimentos “a todos aqueles que de uma for-ma mais direta foram responsáveis pela realiza-ção da festa”, mas também ás empresas que a patrocinaram.

Não faltaram os palhaços e muito menos “Pai Natal” que mimou os mais pequeninos com as prendas.

Em dia de festa foi, ainda, distinguido o bom-beiro Américo Dias, pelos seus mais de vinte e oito anos ao serviço dos Torrejanos. Foram de-pois entregues cabazes de Natal a sete bombei-ros, que durante o ano se distinguiram pela “as-siduidade às instruções”. A associação entregou, ainda presentes a todos os elementos do corpo de bombeiros, colaboradores e dirigentes.

A fechar o programa um jantar volante que juntou cerca de duzentas e cinquenta convivas.

TORRES NOVAS

Associação em festa

A ceia de Natal dos Bombeiros Voluntários Famalicenses,

sala cheia com meio milhar de pessoas, trouxe no “sapatinho” três viaturas e o anúncio da compra de um terreno com 2 mil metros quadrados, situado nas traseiras do quartel e que irá permitir a futura expansão do quartel ou a criação de va-lências complementares.

O autocarro foi oferecido pela empresa “Saftur” cabendo o restauro e transformação à As-sociação. Este autocarro vai permitir uma deslocação mais fácil e barata dos operacionais para o terreno; o mesmo acon-tecerá com os elementos da Fanfarra, grupo que sai pratica-mente todos os fins de semana em serviço e que por imperati-vo dos convites recebidos des-loca-se muitas vezes para o sul do País.

O outro veículo é uma cister-na com capacidade para 40 mil litros. O trator foi adquirido pela Associação e a cisterna ofereci-da pelos “Transportes Nogueira” e entregue por João Leitão, da direção dos Famalicenses e ge-rente da empresa.

Além dos dois veículos, a As-sociação de Bombeiros Voluntá-rios Famalicenses adquiriu tam-bém um veículo novo de trans-porte de doentes não urgentes. «Vai facilitar bastante o trans-porte de doentes, que em mé-dia atinge os 160 doentes por dia. Este serviço é importante porque financia os outros reali-zados pelo corpo de bombei-ros», justifica o presidente da direção, António Meireles.

No caso do terreno, a direção da corporação, embora não te-nha planos imediatos, quis acautelar o futuro. António Mei-reles diz que a corporação fez este esforço financeiro para precaver uma possível amplia-ção do quartel, garantindo tam-bém uma ligação à Rua Conse-lheiro Santos Viegas.

António Meireles explica que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Famali-censes vive, pelo menos desde 2007, em autonomia financeira. «Tudo o que adquirimos não é a contar com donativos nem com financiamentos externos. Va-mos gerindo as nossas entradas de dinheiro de modo a suprir as nossas necessidades. Mas, ob-viamente, são sempre impor-tantes as ajudas das empresas e da população em geral. Vêm dar outra tranquilidade», apon-ta o presidente da direção.

Recorde-se que os Bombeiros Voluntários Famalicenses têm, ainda, três projetos em cartei-ra, que aguardam a compartici-pação de fundos comunitários para se tornarem realidade. São eles, o centro de formação e treino e a base de apoio logís-tico, ambos em Outiz, e cama-rata feminina e instalações do comando, totalizando um inves-timento de um milhão e sete-centos mil euros.

O presidente da Câmara Mu-

nicipal de Famalicão, Dr. Paulo Cunha, enalteceu a capacidade de resposta dos Bombeiros Vo-luntários Famalicenses e agra-deceu aos beneméritos que tornaram possível que esta cor-poração recebesse novos equi-pamentos.

Concluída a bênção e a tradi-cional Festa de Natal das crian-ças, que teve lugar durante a tarde, seguiu-se a também tra-dicional Ceia de Natal que jun-tou à mesa a família “GUITA”.

Na sua intervenção, o co-mandante Bruno Alves subli-nhou o empenho dos seus ho-mens e mulheres que agrade-ceu e enalteceu. A família de cada bombeiro também não foi esquecida pois disse “sois vós quem mais sofre com o empe-nhamento dos vossos familia-res pela causa do socorro”.

O presidente da direção, fez ainda um balanço exaustivo do ano de 2015. Lembrou o gran-de esforço de todos quanto la-boram voluntária ou profissio-nalmente no corpo de bombei-ros, lembrou que a grande quantidade de serviços de transporte prestados diaria-mente, uma média de 160, o número de 40 mil serviços to-tais realizados em 2015 e con-sequentemente a enorme qui-lometragem atingida anual-

mente e que passa o 1,5 mi-lhões de quilómetros.

Realçou ainda ter a Associa-ção/Corpo de Bombeiros tido um acréscimo de 150 por cento nos serviços prestados nos últi-mos três anos que se fez acom-panhar de um aumento na fa-turação de 15 por cento.

António Meireles lembrou ainda o esforço que permitiu que, em 2015, o corpo de bom-beiros visse ser requalificada a sua ABTD 14 e o seu VSAE, re-cebesse uma nova ABTD 12, um VOPE, uma ABTM 13, um VALE, um VTTP, e dotado de novo fardamento, material in-formático e de telecomunica-ções. Entretanto, está prepara-da uma candidatura ao QREN para a aquisição de um VFCI, de um VLCI e de uma ABSC.

Por último o presidente da direção, após condecorar três funcionários da casa que com-pletaram em 2015, 25 anos ao serviço da instituição, deu co-nhecimento da instituição do prémio “Carlos Ihão Peixoto”, que será atribuído anualmente a um bombeiro do quadro ativo dos Famalicenses, e o prémio “Guita do Ano”, que será atri-buído, também anualmente, a um bombeiro dos restantes quadros, familiares diretos, as-sociados ou funcionários.

FAMALICENSES

Três viaturas no sapatinho

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30 JANEIRO 2016

O tema que aqui aborda-mos foi apresentado, em co-autoria, pelo subchefe

dos Bombeiros Voluntários de Almeirim, Tiago Raposeira, no seminário técnico realizado na Autoridade Nacional de Prote-ção Civil em 28 de Novembro passado por ocasião da divulga-ção do Prémio Boas Práticas ANPC 2015.

A valia e oportunidade de tal tema levou-nos a convidar Tia-go Raposeira a fazer uma sú-mula a inserir neste jornal, como agora acontece:

Introdução

«No combate aos incêndios florestais presenciam-se por vezes situações extremas, onde se perspetivam enormes danos, justificando assim um esforço maior na tentativa de controlar a situação. Essa motivação, combinada com o elevado stress e desgaste físico, induz os elementos numa maior ex-posição ao risco, ignorando que a tragédia mais provável que dali pode advir é um acidente com a própria equipa. No com-bate aos incêndios florestais, como em qualquer operação de socorro, a segurança das equi-pas é um elemento central e prioritário. Existem riscos ine-

rentes à função de combatente que são impossíveis de elimi-nar. Contudo, a redução através de um maior conhecimento, proteção e menor exposição é possível» (Martins, 2013).

A conhecida exposição dos bombeiros à diversidade de ris-cos ocupacionais gera acidentes de trabalho, de viação e doen-ças súbitas. Em particular, aquando da exposição ao Tea-tro de Operações (TO) no com-bate a incêndios, essa exposi-ção ao sobre-esforço e às tem-peraturas, gera stress térmico (Quintal, 2012), que potencia os acidentes e doenças súbitas.

Os acidentes com bombeiros, durante as operações de com-bate aos incêndios florestais, podem ser reduzidos ou evita-dos se forem cumpridas as re-gras e os procedimentos de se-gurança. A segurança individual dos combatentes baseia-se na conjugação de diversos fatores, nomeadamente bons conheci-mentos dos riscos e cumpri-mento dos procedimentos de segurança, bem como na aqui-sição e uso de equipamentos de proteção individual adequados (Escola Nacional de Bombeiros, 2006).

A investigação dos acidentes com combatentes, relacionados com os incêndios florestais, é

uma prática comum noutros países, como EUA, Canadá e Austrália. As lições aprendidas dessas investigações desenvol-veram de técnicas de treino e combate e regras operacionais que passaram a ser de aplica-ção universal. Na Europa, exis-te também a necessidade de melhorar e desenvolver a inves-tigação desses acidentes, por forma a aumentar a cultura de segurança baseada na nossa realidade (Viegas, 2009).

Estudo

Os dados foram recolhidos do modelo de “Relatório Preliminar sobre Acidentes Pessoais” da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil (ANPC), da qual se tra-tou estatisticamente a informa-ção referente aos acidentes com bombeiros em incêndio flo-restal no Distrito de Santarém, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2013.

Com o objetivo de caraterizar a sinistralidade no Distrito de Santarém, identificou-se a tipo-logia dos acidentes, a sua ori-gem bem como as consequên-cias físicas e gravidade das mesmas. Identificou-se tam-bém o período horário em que é mais frequente a ocorrência de acidentes, e em que fase do in-

COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

Avaliação da sinistralidade dos

cêndio ocorreram (Ataque Ini-cial ou Ataque Ampliado).

Além da descrição do fenó-meno, pretendeu-se também verificar se existe alguma rela-ção entre a sinistralidade e o número de incêndios e/ou o ho-rário do incêndio, bem como entre a sinistralidade e a dura-ção média de incêndio.

Para o efeito, foi feita estatís-tica exploratória para futura averiguação da relação destes acidentes com o número total de ocorrências, o horário do in-cêndio, o tempo médio de dura-ção de incêndio e número de combatentes.

Resultados e discusão

No período e no Distrito em estudo, ocorreram 410 aciden-tes com bombeiros, sendo que, destes, 149 foram em ocorrên-cias de incêndios florestais.

A distribuição destes aciden-tes com incêndios florestais, foi a seguinte:

• Acidentes segundo a tarefa efetuada - 127 acidentes ocor-reram no local de incêndio; 10 no quartel, em operações de

manutenção de viaturas; 7 em acidente de viação, a caminho do local de incêndio; 2 em aci-dente de viação, no local de in-cêndio; 2 em ações de forma-ção e 1 caso de doença súbita no local do incêndio.

• Origem das Lesões - 91 aci-dentes por queda; 21 por inala-ção de fumos; 14 por cansaço/exaustão; 9 por acidente de viação; 8 por contacto térmico; 3 por lesão ocular; 2 por reação alérgica e 1 por eletrização.

• Danos Físicos - nos 149 aci-dentes registaram-se 41 trau-matismos; 32 entorses; 21 in-toxicações; 16 queimaduras; 12 exaustões; 8 fraturas; 4 es-coriações; 3 lesões oculares; 2 mortes, uma por acidente de viação e outra por doença súbi-ta; 2 luxações; 2 reações alér-gicas; 2 lombalgias; 1 corte; 1 dificuldade respiratória; 1 ele-trização e 1 esmagamento.

Destes dados, verifica-se que o maior número de lesões é provocado por quedas, inalação de fumos e cansaço. Especifica-mente em relação às quedas, foi determinado que quase me-tade delas ocorreu ao sair das

viaturas, na chegada ao local de incêndio.

Tendo em atenção esta ativi-dade, pode afirmar-se que a distribuição dos acidentes pre-dominantemente no período da tarde é coincidente com a dis-tribuição das ocorrências de in-cêndio, visto que cerca de me-tade dos incêndios ocorrem de tarde. Verifica-se que as lesões, independentemente da gravi-dade, se concentraram à tarde e ocorreram em acidente de trabalho no teatro de opera-ções. Com efeito, um maior nú-mero de ocorrências significa um maior empenhamento de bombeiros nas operações de combate, o que aumenta a pro-babilidade de acidente.

Tendo em conta a distribui-ção dos acidentes e da gravida-de das lesões, pela ocupação específica no momento do aci-dente e pelo período horário, verifica-se que, tanto as mortes como os ferimentos graves, se concentraram à tarde, o que corrobora a hipótese de existir uma relação direta entre o nú-mero de ocorrências de incên-dio e o número de acidentes,

ANIVERSÁRIOS2 de fevereiroBombeiros Voluntários de Cascais . . . . . . .129Bombeiros Voluntários S. Pedro do Sul . . . . .90Bombeiros Voluntários de Valpaços . . . . . . .79Bombeiros Voluntários de Aljustrel . . . . . . . .663 de fevereiroBombeiros Voluntários Flavienses. . . . . . . .126Bombeiros Voluntáriosde Vila Nova de Cerveira. . . . . . . . . . . . . . .806 de fevereiroBombeiros Voluntáriosde Moreira da Maia. . . . . . . . . . . . . . . . . . .897 de fevereiroBombeiros Voluntários Celoricenses . . . . . . .788 de fevereiroBombeiros Voluntários de Sernancelhe . . . . .5710 de fevereiroBombeiros Voluntáriosde Mondim de Basto. . . . . . . . . . . . . . . . . .91Bombeiros Voluntários de Baltar . . . . . . . . .8712 de fevereiroBombeiros Voluntáriosde Vieira do Minho . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75

15 de fevereiroBombeiros Voluntários de Vialonga. . . . . . . .3818 de fevereiroBombeiros Voluntáriosde São Mamede de Infesta . . . . . . . . . . . . .9720 de fevereiroBombeiros Voluntários de Crestuma . . . . . . .2021 de fevereiroBombeiros Sapadores de Setúbal . . . . . . . .229Bombeiros Voluntáriosde Montemor-o-Velho . . . . . . . . . . . . . . . . .8324 de fevereiroBombeiros Voluntários de Penacova . . . . . . .85Bombeiros Voluntários de Fronteira . . . . . . .2026 de fevereiroBombeiros Voluntáriosde Vila Franca do Campo . . . . . . . . . . . . . .2728 de fevereiroBombeiros Voluntários de Melo . . . . . . . . . .79

Fonte: Base de Dados LBP

em janeiro de 1996

Page 31: Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 352 – março 2015

31JANEIRO 2016

COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

bombeiros no distrito de Santarém

por um maior número de ocor-rências implicar o aumento nú-mero de bombeiros expostos a riscos de acidente.

Conhecendo esta atividade - a fase de Ataque Inicial ao in-cêndio é aquela em que há uma intervenção mais musculada e com movimentações no terreno mais enérgicas - pode-se inter-pretar que a ocorrência de mais de metade dos acidentes na fase de Ataque Inicial, coincide com a tentativa de neutralizar o incêndio no mais curto período de tempo.

Em relação à distribuição pe-las classes etárias, como o maior número de combatentes está entre os 18 e os 35 anos, a ocorrência da maioria dos aci-dentes nestas faixas etárias está dentro do que se esperava, visto que são os elementos que se encontram maioritariamente na linha da frente de combate.

Por outro lado, analisando a distribuição dos acidentes pela antiguidade como bombeiro, verifica-se que uma grande porção dos acidentes ocorre com bombeiros com menos anos de serviço efetivo. Coinci-dentemente, discriminando os acidentes pelo posto hierárqui-

co na estrutura dos Bombeiros, os bombeiros de 3ª classe re-gistam o maior número absolu-to de acidentes. Existindo maio-ritariamente bombeiros de 3ª classe nas operações de com-bate a incêndios florestais, en-tão estes são expostos em maior número ao risco de aci-dente, pelo que também é es-petável que registem o maior número absoluto de acidentes.

Considerações finais

Foi sentida grande dificulda-de na recolha das informações constantes no Modelo de Rela-tório Preliminar de Acidentes Pessoais da Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil, pois esse documento é demasiado sim-ples e vago para a recolha das informações tidas como perti-nentes para um estudo de sinis-tralidade, por essa razão, foi elaborada uma proposta de me-lhoria ao documento existente por forma a sistematizar e pa-dronizar a recolha da informa-ção de acordo com as Classifi-cações Europeias para Aciden-tes de Trabalho do Eurostat (Eurostat, 2001). Aproveitou-se também para propor à Autori-

dade Nacional de Proteção Civil um modelo tipo de Relatório de Investigação de Acidentes Pes-soais com Bombeiros.

Quanto à sinistralidade com bombeiros no distrito de Santa-rém, de uma forma sintética, verifica-se que a maioria dos acidentes ocorre no período da tarde, no local do incêndio, sen-do originados por quedas, e destas uma grande parte é na saída das viaturas. Verifica-se também que, maioritariamente, estes acidentes ocorrem na fase do Ataque Inicial aos In-cêndios, ainda que os incêndios com maior sinistralidade sejam os com duração entre 90 minu-tos e as três horas. Verifica-se ainda que a maioria dos Aciden-tes ocorre na faixa etária entre os 21 e os 25 anos de idade e em bombeiros com 1 a 5 anos de serviço efetivo.

No que diz respeito à situa-ção verficada da incidência da sinistralidade na fase de Ataque Inicial e na transição de Ataque Inicial para Ataque Ampliado, é um tema que, pela sua impor-tância, deverá ser analizado mais em profundidade num es-tudo posterior.

Contudo importa referir que

dentro do Sistema de Gestão de Operações (SGO) existe a figu-ra do Oficial de Segurança, que surge na Fase III e IV do SGO, no entando pelos dados apura-dos a maioria dos Acidentes ocorrem até às 3h de Incêndio, logo parece pertimente que esta figura surja no Teatro de Operações logo na Fase II, sen-do que deverá ser dada mais importância a este elemento, que ainda é pouco utilizado nos Teatros de Operações, com vis-ta a aumentar a segurança dos Bombeiros no Combate aos In-cêndios.

O presente estudo pretende igualmente servir como ponto de partida para novos estudos que abarquem esta temática da sinistralidade com bombeiros no combate a incêndios flores-tais e para que se consiga ter um conhecimento e uma visão concreta da tipologia da sinis-tralidade a que os bombeiros portugueses estão sujeitos, permitindo desta forma contri-buir para a segurança destes operacionais.

Agradecimentos

É devido reconhecimento ao Comando Distrital de Opera-ções de Socorro de Santarém da Autoridade Nacional de Pro-teção Civil, pela colaboração na realização deste estudo.

Validação científica

As conclusões do presente estudo foram validadas através de arbitragem científica de um artigo aprovado para publicação e apresentação no IVº Congres-so “Vertentes e Desafios da Se-gurança 2014” e no SHO2015 “International Symposium on Ocupational Safety and Hygie-ne”.

Referencias

– Escola Nacional de Bombei-ros (2006). Manual de Combate a Incêndios Florestais para Equipas de Primeira Interven-ção. Sintra: ENB.

– Eurostat (2001). Estatísti-cas Europeias de Acidentes de

Trabalho - Metodologia. Luxem-bourg: European Commission.

– Martins, S. (2013). Segu-rança e Eficiência no Combate aos Incêndios Florestais. Lis-boa: Vórtice.

– Quintal, P. d. (2012). Ca-racterização do Stresse Térmico no Combate a Incêndios e Ava-liação de Sistemas de Arrefeci-mento Individual. Coimbra: Fa-culdade de Ciências e Tecnolo-gia - Universidade de Coimbra.

– Viegas, D. X. (2009). Re-cent Forest Fire Related Acci-dents in Europe. Luxembourg: European Commission - Joint Research Centre - Scientific and Technical Reports.

Autores: RAPOSEIRA, Tiago Catrola -

Licenciado em Engenharia da Segurança, ISLA Santarém; Subchefe CBV Almeirim;

SILVESTRE, Mário Henriques - Mestre em Riscos e Proteção Civil, ISEC Lisboa; CODIS San-tarém, ANPC;

MARQUES, Paulo Henrique dos - Professor Doutor em Hi-giene e Segurança do Trabalho, ISLA Santarém;

O Grupo Cénico da Asso-ciação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Cascais está a ensaiar uma nova revista com o título “Gil Vicente em Revista – Os 100 anos do Grupo Cénico” que irá precisamente assinalar o centenário daquela forma-ção.

A estreia da revista está marcada para fevereiro do próximo ano e os ensaios já decorrem a bom ritmo.

O encenador voltará a ser Luis Lourenço, responsável pelas últimas produções do Grupo Cénico.

A nova produção coincide também com a comemora-ção do 130.º aniversário da Associação, que será come-morado em junho de 2016.

Recorde-se que o Grupo estreou-se em 2015 nas Marchas Populares de Cas-cais, a convite da Autarquia, onde alcançou um assinalá-vel êxito.

CASCAIS

Grupo cénico centenário ensaia

A charanga dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Terceira – Açores, continua de

vento em popa correspondendo às inúmeras soli-citações que lhe vão chegando.

Ficou demonstrado mais uma vez o apuro des-ta, também assim designada, fanfarra, no Dia da Padroeira e aniversário da Associação comemora-do recentemente.

A primeira atuação da formação foi em 10 de

junho último, Dia de Portugal, nas cerimónias realizadas junto à Câmara Municipal, também como demonstração de agradecimento ao Municí-pio pelo apoio dado à sua constituição.

O responsável pela charanga é o chefe Fernan-do Nascimento e dela fazem parte 36 elementos, 26 dos quais bombeiros. Os seus instrumentos musicais dividem-se pelo sopro, percussão, re-quinta e lira.

ANGRA DO HEROÍSMO

Charanga de vento em popa

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32 JANEIRO 2016

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 21 825 88 21 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Um companheiro nosso fez-me chegar a fotografia que repro-

duzimos perguntando-me se sei quem falta lá estar. Obviamente que quem lá falta são os bombei-ros. Não me cabe por em causa quem lá está. Quem os pôs lá terá uma explicação para isso. Mas, na realidade, falta explicar a razão por que os bombeiros não estão.

Pelo que me dizem o presidente da nossa Liga dos Bombeiros Por-tugueses, comandante Jaime

Soares, reagiu de imediato junto da GNR e foi informado de que caso retomassem a campanha en-tão os bombeiros seriam envolvi-dos.

Não somos GNR, não somos ta-xistas, não somos agentes fune-rários, não somos INEM. Valemos por nós próprios, somos os bom-beiros de que todos precisam. Fal-tamos, por certo, na fotografia. Mas os cidadãos, a quem se desti-na esta publicidade, afinal nem

precisam de nos ver lá. Melhor que ninguém, sabem bem quem fomos, quem somos, por que existimos e o que fazemos.

[email protected]

Quem falta na fotografia

Aos jornalistas da “Sábado” pela demons-tração de reconhecimento aos bombeiros ca-narinhos João Rodrigues, Daniel Almeida, Emanuel Costa, João Cabeças e Helder Canta-rinha que os socorreram na serra da Estrela quando estavam rodeados de neve.

Àqueles que, ao fazerem a notícia apressa-da, não cuidam de saber e divulgar que foram os bombeiros quem, de facto, procedeu ao resgate do grupo de caminheiros perdidos na serra do Gerês, mesmo que a GNR depois te-nha também dado apoio a essa missão.

LOUVOR/REPREENSÃO

Caras Amigas / Caros Amigos Bombeiras(os) Portugueses com Farda e Sem Farda

Venho neste momento à vossa presença por duas ordens de razões: a pri-

meira, para agradecer a todos os que nos enviaram pelas mais diversas formas, mensa-gens de Boas Festas, Sauda-ções e Felicitações para o Ano Novo que ora começa. Sem qualquer exagero, posso afir-mar-vos que foram muitas centenas, senão mesmo al-guns milhares de mensagens que nos foram dirigidas de todo o País. Afirmações de

amizade, de consideração e in-centivo, demonstrações de inequívoco sentimento de uni-dade, que abrange a grande Família dos Bombeiros Portu-gueses. Esta mensagem é, pois, fundamentalmente para retribuir as vossas saudações e cumprimentos, que para nós são força e estímulo para con-tinuarmos a pugnar pela con-cretização dos grandes objeti-vos a que nos propomos: De-fender as vidas e os haveres de todos os Portugueses, fiéis aos valores que orientam a nossa tão Nobre Missão - Vida por Vida. Em segundo, e de-pois de assumidos os nossos agradecimentos, entendemos

ainda dizer-lhes que o Povo Português hoje, mais do que nunca, confia nos seus Bom-beiros enquanto principal Agente de Proteção Civil em Portugal. Esse sentimento de

respeito e confiança também nos confere mais responsabili-dades e exigências no exercí-cio da nossa tão Nobre Missão de socorrer. Perante esta in-questionável realidade reitero-

-vos, em nome da Liga dos Bombeiros Portugueses, o meu mais profundo e sincero agra-decimento e que este seja um incentivo à defesa permanente das nossas práticas, princípios e valores. Entendo também di-zer-vos que para conseguir-mos manter a nossa atividade dentro dos padrões a que nos comprometemos, é importante reforçar os nossos desígnios de Competência, Profissionalismo e Humildade, ao serviço de Portugal e dos Portugueses. Também é necessário que vos diga, que os tempos futuros não aparentam ser nada fá-ceis, aliás, como nunca o fo-ram ao longo dos tempos, de-

parando-nos sempre com si-tuações e problemas que se foram ultrapassando com Ab-negação, Altruísmo e Solida-riedade. Por essa razão acredi-to em vós, e todos unidos, As-sociações Humanitárias e Cor-pos de Bombeiros, Federações e Liga dos Bombeiros Portu-gueses prossigamos a nossa Missão de defender as Vidas e Haveres de todos os Portugue-ses. Termino desejando a to-dos vós e às vossas Famílias, um Bom Ano de 2016.

A BEM DA HUMANIDADEO Presidente

do Conselho ExecutivoJaime Marta Soares

Comandante

LBP

Mensagem de ano novo

Estão abertas até 11 de mar-ço próximo as candidaturas

ao Prémio Bombeiro de Mérito

2015. Como é sabido, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) promove anualmente a

atribuição do Prémio Bombeiro de Mérito, nos termos do regu-lamento que no início do mês foi enviado aos presidentes de direção, comandantes e presi-dentes de federações.

Para além da escolha do Bombeiro de Mérito, o regula-mento também inclui menções honrosas para, Câmara Munici-pal, Dirigente Associativo, Ele-mento do Quadro de Comando, Personalidade Empresarial ou Empresa e Personalidade da Sociedade Portuguesa.

Neste sentido, na circular en-viada a LBP exorta os dirigentes das associações humanitárias de bombeiros/corpos de bom-beiros, comandantes dos cor-pos de bombeiros e presidentes de federações distritais a apre-sentarem candidaturas referen-tes a 2015.

Cada candidatura deverá jus-

tificar os motivos que funda-mentem a respetiva apresenta-ção, mencionando detalhada-mente os atos protagonizados, quer seja ao Prémio Bombeiro de Mérito, quer seja a Menção Honrosa, incluir a respetiva

identificação do indivíduo ou entidade proposta, e ser envia-da por email para [email protected] ou via CTT para a morada da sede da LBP até dia 11 de mar-ço de 2016.

Após a receção das candida-

turas, a Comissão de Nomeação do Prémio irá reunir até ao final de março para selecionar as candidaturas. Da seleção resul-tante, o Júri Nacional escolherá os premiados até ao final de abril de 2016.

BOMBEIRO DE MÉRITO 2015

Candidaturas até 11 de março