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Fundado 6 de abril de 1938 COLÉGIO MANUEL BERNARDES Diretor: Pe. António Tavares nova.fl[email protected] Julho 2013 N.º 85 • Ano: LXXV (2.ª série) PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL 75 anos A Assembleia de Freguesia do Lumiar atribuiu a Medalha de Honra da freguesia, ao Colégio Manuel Bernardes. O referido galardão foi entregue no passado dia 6 de Abril, pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia, Dr. Nuno Roque, ao senhor Dr. Mendonça, em representação da administração do Co- légio, na cerimónia comemorativa do 747.º aniversário da freguesia do Lumiar, realizada no auditório da biblioteca municipal Orlando Ribeiro em Telheiras. O nosso antigo aluno Manuel José Macário do Nascimento Clemente é o novo Patriarca de Lisboa Condecoração Colégio recebe Medalha de Honra Finalistas Jantar dos nalistas e famílias no Centro Cultural de Belém EXPOBERNARDES Saraus O nosso antigo aluno, n.º 166, Manuel José Macário do Nascimento Clemente é o 17.º Patriarca de Lisboa. No ano lectivo de 1961/62 entrou no nosso Colégio como aluno interno matriculando-se no 4.º Ano, frequentando depois até nal de 1964 o 5.º e 6.º Anos de escolaridade, sempre como aluno interno. Segundo testemunho dos professores e particularmente do nosso Dr. Mendonça, o aluno n.º 166, Manuel Clemente, deixava tudo arrumado, era organizado, metódico e não deixava nenhum papel fora do sítio. Também nesse tempo, os rigores dos horários e a disciplina imposta ajudavam nessa sua personalidade. Aliás, pode-se mesmo armar que foi o Colégio Manuel Bernardes a discipliná-lo ainda mais e a contribuir para a sua forma metódica de querer saber sempre o porquê de tudo e a despertar a sua paixão pela leitura e pela descoberta onde a imaginação rasgava novos horizontes de vida. Foi á beira dos seus 13 anos, quando estava no Colégio Manuel Bernardes que seus pais recebem o primeiro sobressalto: «quero ir para o seminário», anuncia aos pais. Mas sua mãe demoveu-o do sacerdócio dizendo-lhe: «forma-te primeiro e depois decides».

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Page 1: Jornal 85 FINALx · consegue levar a cena uma adaptação de “Falar Verdade a Mentir”, ... subiu aos palcos do Colégio Manuel Bernardes a adaptação do original de Almeida Garrett,

Fundado 6 de abril de 1938

COLÉGIO MANUEL BERNARDESDiretor: Pe. António Tavares • nova.fl [email protected] • Julho 2013 • N.º 85 • Ano: LXXV (2.ª série)

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL75a n o s

A Assembleia de Freguesia do Lumiar atribuiu a Medalha

de Honra da freguesia, ao Colégio Manuel Bernardes.

O referido galardão foi entregue no passado dia 6 de Abril,

pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia, Dr. Nuno Roque, ao

senhor Dr. Mendonça, em representação da administração do Co-

légio, na cerimónia comemorativa do 747.º aniversário da freguesia

do Lumiar, realizada no auditório da biblioteca municipal Orlando

Ribeiro em Telheiras.

O nosso antigo alunoManuel José Macário do Nascimento Clemente

é o novo Patriarca de Lisboa

CondecoraçãoColégio recebe Medalha de Honra

FinalistasJantar dos fi nalistas e famílias no Centro Cultural de Belém

EXPOBERNARDES

Saraus

O nosso antigo aluno, n.º 166, Manuel José Macário do Nascimento Clemente é o 17.º Patriarca de Lisboa. No ano lectivo de 1961/62 entrou no nosso Colégio como aluno interno matriculando -se no 4.º Ano, frequentando depois até fi nal de 1964 o 5.º e 6.º Anos de

escolaridade, sempre como aluno interno. Segundo testemunho dos professores e particularmente do nosso Dr. Mendonça, o aluno n.º 166, Manuel Clemente, deixava tudo arrumado, era organizado, metódico e não deixava nenhum papel fora do sítio. Também nesse tempo, os rigores dos horários e a disciplina imposta ajudavam nessa sua personalidade. Aliás, pode -se mesmo afi rmar que foi o Colégio Manuel Bernardes a discipliná -lo ainda mais e a contribuir para a sua forma metódica de querer saber sempre o porquê de tudo e a despertar a sua paixão pela leitura e pela descoberta onde a imaginação rasgava novos horizontes de vida. Foi á beira dos seus 13 anos, quando estava no Colégio Manuel Bernardes que seus pais recebem o primeiro sobressalto: «quero ir para o seminário», anuncia aos pais. Mas sua mãe demoveu -o do sacerdócio dizendo -lhe: «forma -te primeiro e depois decides».

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ATUAL2

O novo Patriarca de Lisboa

Manuel José Macário do Nascimento Clemente nasceu em Torres Vedras a 16 de Julho de 1948. Licenciado em História e doutorado em Teologia Histórica, leccionou História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa entre 1975 e 2000. É director do Centro

de Estudos de História Religiosa da mesma Universidade. Ordenado presbítero em 29 de Junho de 1979, foi cónego da Sé de Lisboa e reitor do Seminário dos Olivais. Nomeado Bispo Auxiliar de Lisboa, com o título de Pinhel, em 6 de Novembro de 1999, foi ordenado na Igreja de Santa Maria de Belém (Jerónimos) no dia 22 de Janeiro de 2000. Nomeado Bispo do Porto em 2007, foi presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais entre 2005 e 2011, ano em que foi eleito Vice -presidente da Conferencia Episcopal Portuguesa e membro do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais. Tem publicados diversos livros e estudos sobre História, Teologia e Pastoral e colabora habitualmente nos programas ‘Ecclesia’ (RTP2) e o ‘Dia do Senhor’ da Rádio Renascença. Recebeu a Grã -Cruz da Ordem de Cristo, o Prémio Pessoa 2009 e foi agraciado com a Medalha Municipal de Honra da Cidade do Porto, em 25 de Abril de 2011.O Papa Francisco nomeou D. Manuel Clemente como novo Patriarca de Lisboa. A Nomeação foi tornada pública na manhã do dia 18 de maio, pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Ainda antes da sua tomada de posse a 7 de Julho de 2013, às 16.30h no Mosteiro dos Jerónimos, D. Manuel Clemente foi eleito Presidente da Conferencia Episcopal Portuguesa.

My last lessonAlong the last thirty fi ve years, in the company of my students,

I HAD THE DREAM of increasing their knowledge about the

English language, its structure, its vocabulary, its use.

But more than that, I HAD THE DREAM of enlarging their

knowledge about the world that surrounds us.

I HAD THE DREAM of developing their capacity of analyzing the

good and bad parts of the Global Village we live in.

I HAD THE DREAM of motivating them.

I HAD THE DREAM of showing them that they can only achieve

their goals if they work hard.

Before my eyes, I saw diligent, hard -working, friendly, sleepy,

funny and educated students.

Believe me, the task of a teacher isn’t an easy one, due to the

huge diversity of personalities we have to deal with. The secret is to

try to do our best to reach and understand all those personalities.

I also HAD THAT DREAM and although I sometimes failed, I did

my best.

Life is full of memories, some good but others not so agreeable,

however my memories as a teacher will be the good ones as I

also enriched myself while socializing with young people who,

without knowing, took me to study topics, to start discussions

and to observe the world in different perspectives.

Life is a long road, not always easy to follow, but my dear

students, I KNOW YOU CAN!

Let me wish you the best and please do work hard in order to

obtain all you want.

Dedicated to all my students, specially to the ones of: 7A, 8A, 8B,

9B, 9C, 9D, 11A, 11B.

Adélia Garcia

Até sempre, Professora Adélia!Elaborar um discurso sobre uma vida a ensinar é um desígnio que manifesta a pura impossibilidade de caracterizar todas as experiências passadas, vivências testemunhadas e objetivos alcançados. Não é difícil, no entanto, valorizar todo esse percurso, com as suas difi culdades e obstáculos, mas também com os seus momentos recompensantes. Não apenas porque todos nós, a seu modo, testemunhamos o quotidiano da vida escolar; mas a vivência de um professor é única e incomensurável. Porque, além de tudo, responde -se a uma vocação que não se centra no próprio sujeito, traçando -se um percurso cuja tarefa será para toda a sua vida e que se baliza no projeto do Outro; a dar -lhe forma, a promover o seu crescimento pessoal, social, cognitivo, moral. E quão difícil é esse caminho.Com este pressuposto, todas as palavras que se destinem à (im)possibilidade de descrever alguém que abraça este nobre destino serão sempre insufi cientes. Por isso, ao invés de elaborar um argumento racional sobre o que é uma vida dedicada ao ensino, gostaria de agradecer, em nome do Colégio Manuel Bernardes, o empenho, o trabalho, a seriedade com que a professora Adélia sempre abordou a sua profi ssão. Com um profi ssionalismo ímpar, demonstrou que o trabalho da docência é mais que uma simples profi ssão. É existência e convicção profunda de que o seu exercício implica uma dedicação e um gosto particular ao que se faz, com a consciência dos limites, mas também das possibilidades que conseguiu contribuir no espírito dos nossos Alunos. Ensinar e aprender, sempre a dialéctica inevitável que, ano após ano, nos proporcionou a todos. É um testemunho que permitirá que continuemos a aprender consigo.Desejamos, nesta nova etapa da vida, as maiores felicidades e votos sinceros no sentido da concretização dos projetos a que ainda irá concretizar.Até sempre, Professora Adélia!

O Diretor Pedagógico

Hugo Quinta

Obrigado Maria Helena

A catequista Sr.ª D. Maria Helena Remédio comunicou -nos que

este seria o último ano que lecionava a catequese no nosso

Colégio. Esta notícia deixou -nos tristes mas compreendemos

que a sua idade avançada e o esforço despendido para

concretizar a sua missão estavam a ser já demasiado pesados

e comprometedores da sua saúde. Aceitamos com natural

compreensão esta sua decisão, mas não poderíamos perder esta

oportunidade de deixar aqui esta singela mas sentida homenagem

de agradecimento por todo o seu trabalho, dedicação e entrega

à catequese e evangelização dos alunos do nosso Colégio

Manuel Bernardes. Durante décadas a D. Maria Helena teve a seu

cuidado e encargo a preparação dos meninos e meninas para a

primeira comunhão. A ela devem muitos alunos os seus primeiros

passos na fé, pois sempre soube de forma materna e conciliadora

levar os alunos a receberem o Baptismo antes da primeira

comunhão e a envolver de forma concreta e radical os pais neste

processo de caminhada na fé. Como Capelão mas principalmente

como amigo quero aqui deixar um forte bem -haja e um sentido

muito obrigado por todo o seu trabalho e serviço apostólico.

Que a bênção e proteção de Deus a acompanhem sempre nos

caminhos da sua vida, porque a Maria Helena merece.

Obrigado Maria Helena!

Pe. António Tavares

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Grupo de Teatro “Clandestino”

TEATRO 3

Quando, em 2010, a Professora Ana Luísa Bento arriscou ao apostar numa turma criticada por muitos pela fraca convivên-cia social e pelas fracas apetências lectivas, muitos foram aqueles que nunca acreditaram no sucesso e na qualidade de uma turma habitualmente fora dos eventos de grande envergadura. Estávamos no início do verão de 2010 quando, pe-

rante uma plateia recheada de dúvidas e receios, estreou “O Auto da Barca do Inferno”, um desafi o e uma prova de fogo para que, o à data 9.ºC, mostrasse o que realmente valia, provando que o que realmente precisava era de alguém que nele apostasse. Aposta feita, aposta ganha. O sucesso alcançado impressionou não só os alunos presentes mas também os inúmeros professores que se desfi zeram em elogios. Estavam lançadas as bases para aquele que seria um dos símbolos da cultura e amor à arte dos anos que se seguiriam no Colégio Manuel Bernardes.Partindo do forte desejo de fazer algo novo e de trazer de volta ao Colégio Manuel Bernardes as grandes lides teatrais de outros tempos, foi pelas mãos de João Correia, David Antunes, Jorge Rebola e Luís Almeida que, em parceria com Ana Luísa Bento, se forma aquele que hoje é já uma referência na arte teatral no Colégio Manuel Bernardes, o Grupo de Teatro Clandestino. Crentes de que era possível inovar e contribuir para uma comunidade educativa activamente envolvida com a cultura, o desafi o estava lançado e as expectativas elevadas. Embora com muitos entraves à sua concretização, foi no fi nal de um 3.º período de árduo trabalho para levar a bom porto o projecto “Clandestino” que este grupo, contando já com a colaboração de Carolina Correia, entre outros nomes, prova que, com poucos meios mas com garra e força de vontade, se consegue levar a cena uma adaptação de “Falar Verdade a Mentir”, numa cativante interpretação e merecedora de rasgados elogios de um público que desejava mais.Correspondendo aos desejos de um público já fi delizado e ambicionando sempre mais e melhor, foi com fulgor que travaram uma longa batalha em prol das condições de trabalho, levando por diante o sonho, e foi com um sentimento de missão cumprida que, em Dezembro de 2011, subiu aos palcos do Colégio Manuel Bernardes a adaptação do original de Almeida Garrett, “Um Noivado no Dafundo”, contando já com Regina Capelas no elenco, um imenso sucesso, aplaudido monumentalmente pela crítica e merecedor da maior e mais gratifi cante ovação de uma plateia recheada de pais, alunos e professores surpreendidos pelo talento e qualidade artística destes jovens actores em palco.Perante mais um sucesso, foi com força redobrada que este grupo, empenhado em superar as expectativas já muito elevadas, se dedicou de alma e coração à adaptação do original de Camilo Castelo Branco, “O Morgado de Fafe em Lisboa”, marcando o tão ansiado regresso do Clandestino aos palcos. Um percurso de contrariedades e difi culdades que, mesmo assim, nunca tiraram a força e a garra de vencer a este vibrante grupo nas lides teatrais.

Decorria o mês de Junho de 2012 quando, perante uma plateia já recheada de fi éis espectadores e de aqueles que, pela primeira vez, assistiam a uma representação do Clandestino, a adaptação de “O Morgado de Fafe em Lisboa” foi levada a cena, contando com mais uma magistral ovação de um público rendido ao resultado fi nal de longos meses de trabalho. Embora recente, o Clandestino, como é apelidado por todos no seio da vida escolar, conta já com uma série de sucessos que, sem vedetismos, muita orgulha um grupo de jovens actores que se dedica de alma e coração à arte teatral, sem nunca desleixar a missão escolar, mantendo excelentes resultados na actividade lectiva.Foi em Dezembro de 2012 que subiu aos palcos “Leandro, Rei da Helíria” e por último, no passado dia 11 de Junho, em sessão dupla, no Auditório do Museu do Teatro e posteriormente na Pré -Escola, “A Fera Amansada”, uma adaptação do original de William Shakespeare, coincidindo com a saída dos seus fundadores, hoje alunos do 12.º ano, do Colégio. Foi num misto de saudade e felicidade, entre lágrimas e agradecimentos, que terminou mais uma irrepreensível representação do Grupo de Teatro Clandestino, ovacionada de pé pelo público presente e merecedora dos mais rasgados elogios.Terminada mais uma temporada para o Clandestino, e citando as palavras dos seus fundadores: “Foi para nós uma honra criar um projecto de base que com a ajuda de todos tem vindo a deixar a sua marca na história do Colégio e, sem dúvida, nas nossas vidas. Um grupo unido, de várias idades, mas sempre com um objectivo comum, lutando contra todas as adversidades para pôr de pé este sonho tornado realidade, um sonho que não é só nosso, é também da nossa “caríssima encenadora” que é muito mais que uma mera encenadora, uma verdadeira amiga que nunca esmoreceu e que sempre se dedicou de alma e coração em prol deste sonho em comum e do nosso sucesso”, fazendo referência ao incansável trabalho da Professora Ana Luísa Bento na encenação e coordenação do Clandestino. Deixando ainda de pé uma possível participação dos seus fundadores para o próximo ano, certa é a continuidade deste projecto vencedor, contando com David Costa, Inês Alexandrino, Ana Sofi a Patatas, Madalena Pinto de Abreu, Sofi a Rebola, Carolina Batalha, Joana Catarino e Raquel Moreira para levar por diante o sonho.

Força, coragem, dedicação, amor à arte e vontade de fazer mais e melhor, de surpreender, de inovar. São estes os valores do Grupo de Teatro Clandestino, um grupo movido pelo desejo de fazer, pela força de vontade, pelo amor ao teatro. Com pouco mais de 2 anos de história, o Clandestino é já uma referência na arte teatral no Colégio Manuel Bernardes, trazendo ao de cima o brilhantismo e as grandes ovações de outrora, nesta casa que revive agora os tempos áureos das representações teatrais de outros tempos.

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FINALISTAS4

Excelentíssima administração, Sr. Director, caros professores, Sr. Ramiro, queridos pais, amados colegas,

Para quem não me conhece, sou a Filipa, do curso de Ciências, e coube -me a mim a honra de representar os fi nalistas no discurso deste jantar. Não é tarefa fácil, pois falar pelo nosso grupo é uma enorme responsabilidade, e pôr em palavras a nossa passagem pelo Colégio é, sem dúvida, um desafi o. Espero, portanto, estar à altura de todos.Como todas as boas histórias, penso que a nossa deve começar pelo princípio. E o nosso início no Colégio foi, para muitos de nós, aos 3 anos, na infantil. Há 15 anos atrás, numa época bem diferente. Numa época em que quem queria que viéssemos à escola eramos nós, e não os pais. Em que faltar estava fora de questão. Numa época em que até o David chegava a horas. Uma época em relação à qual podemos olhar para trás e dizer “Bons Tempos”. Desde o primeiro dia que quem teve difi culdade em largar a mão, de manhã, foram os pais e não nós. As aulas eram brincadeira, e os intervalos brincadeira para descansar da brincadeira das aulas. E tínhamos ainda a sesta para não nos cansarmos de tanto brincar. Bons tempos. Memórias como a piscina das bolas, o baloiço do polvo, e os pneus do recreio, o brincar aos pais e às mães nas casinhas (em que o jantar era sempre um delicioso monte de areia do chão do recreio), o saltar à corda horas sem parar, os jogos da barra ao lenço, da cabra cega, as corridas... Todos estes momentos nos marcaram, e se não estiverem presentes directamente na nossa memória, estão com certeza nas cicatrizes nos queixos e joelhos, como lembrança desses tempos. Nesses primeiros 3 anos tivemos os primeiros comtactos com os valores do Colégio, tivemos os primeiros namoros, as primeiras amizades, muitas das quais se mantêm até aos dias de hoje. Foram esses primeiros anos que nos deram as bases de quem somos hoje, das nossas personalidades, princípios, e até conhecimentos como as cores, os números e as letras, e respostas a perguntas inteligentes como “Porque é que o galo se levanta tão cedo e as nuvens não caem?”. Devemos esses maravilhosos tempos à Ana Directora, às professoras e vigilantes da infantil, e à sua infi nita paciência.Três anos passados, fomos pela primeira vez fi nalistas, como somos hoje, e com 6 anos passámos para o “lado dos grandes”. Na primária, turmas foram misturadas, novos amigos apareceram. Nesses quatro anos aprendemos a estar sentados na sala de aula, a ler, escrever, a fazer tabuadas, a trabalhar em grupo, a correr para apanhar as balizas nos intervalos... Foram quatro anos a formar as bases da nossa educação, tanto académica, nas aulas, como cultural, nas visitas de estudo. Também a importância do trabalho de grupo nos foi ensinada, quando todos os anos tinhamos os saraus, mostrando os nossos dotes na ginástica, ballet, judo ou até danças latinas, descobrindo -se verdadeiros talentos e autênticas faltas de jeito... Nas festas de Natal desempenhámos os papéis necessários como estrelas, árvores, anjinhos ou até melgas, aprendendo o valor dos sacrifi cios em nome de um bem maior. No fi nal do 4.º ano fomos fi nalistas pela segunda vez e tivemos a nossa viagem a Fátima, como manda a tradição.Ao passarmos para o 5.º ano fi cámos ofi cialmente crescidos: os nossos números fi caram mais pequenos, largámos as batas e tivemos disciplinas novas, vários professores em vez de um só... Vimos de novo as turmas serem misturadas e entrarem novos alunos, que rapidamente tomaram lugar na família. Perdemos o direito de sermos princesas e homens -aranha no Carnaval, mas ganhámos o direito de ir aos famosos chás dançantes e bailes de máscaras que os mais velhos organizavam. E acima de tudo, a nossa memória mais marcante do 5.º ano, é a de deixar de temer os castigos da D. Filipa, para tremermos quando conhecemos o Sr. Ramiro – chefe de todos do 5.º ao 12.º ano, era quem teríamos de enfrentar caso o nosso comportamento não fosse o melhor, o que eventualmente acontecia. O seu gabinete do 2.º andar era um lugar temido e assombrado e se alguém nos alertasse para a sua presença punhamo -nos imediatamente todos em sentido, quase fazendo continência. Foram anos de primeiras paixões, de intervalos passados a jogar futebol na quinta, que na altura não tinha relva, levando -se sempre metade da areia do campo nos sapatos para a sala de aula... Com algumas peripécias pelo meio, no fi nal do 6.º ano já éramos adolescentes, e fi zemos uma nova transição, desta vez para o 3.º ciclo. Novas disciplinas, novas salas, novos professores (alguns aqui presentes, que nos aturam há já 6 anos...). Nesses anos foram reforçados os laços de amizade entre nós, tivemos as viagens a dormir fora pela primeira vez, e no 9.º ano tivemos o nosso baile de gala, preparação para a noite de hoje.Terminado o básico, todos escolhemos a nossa área e fomos separados de acordo com a mesma, dando origem às turmas que temos hoje. No entanto, as turmas do secundário não se comportam como as do básico. Desde o 10.º ano que nos demos todos com todos, entre turmas, travando novos conhecimentos com pessoas que nem sabíamos que existiam. Aqui, no secundário, já fomos considerados gente grande, e tivemos direito a regalias como a viagem a França, a ir ao café nos intervalos, a olhar o Sr. Ramiro nos olhos... Estudando aquilo que escolhemos, o secundário no Colégio

foi fundamental para a nossa formação específi ca e para a nossa preparação para o futuro. Aprendemos que é preciso mais do que prestar atenção nas aulas para ter boas notas, aprendemos a estudar, a ultrapassar as difi culdades e a ajudar -nos uns aos outros. Os resultados desse trabalho refl ectiram -se nos exames, sendo que as nossas notas mostraram o nosso nível de conhecimento, bem acima da média.E chegámos, fi nalmente, ao 12.º ano. Ano fi nalista, o nosso último ano no Colégio. Tornámo -nos nostálgicos, apreciando os nosso últimos momentos na casa que se nos tornou tão habitual, contando os últimos primeiros dias de aulas, últimos sumários, últimos testes, últimas semanas, e amanhã, último dia. E, claro, apreciando os preparativos para a viagem de fi nalistas, recompensa após todo o nosso trabalho. Todos juntos, organizámos um dos melhores chás dançantes de sempre, com novas ideias e fantásticas coreografi as, possíveis apenas devido ao apoio da administração, que nos permitiu inovar e trazer algo de novo aos nossos colegas. Trabalhando em grupo, conseguimos organizar o Bailde de Máscaras/Glow Party, que fi cará para sempre marcado nas nossas memórias. Finalmente, após inúmeros obstáculos ultrapassados, conseguimos ter a nossa tão esperada viagem de fi nalistas. E penso falar por todos quando digo que melhor era impossível – só mesmo sem as medusas... Tivémos uma semana espectacular, num hotel de outro mundo, enchendo os dias de diversão e risada, de piscina e banhos de sol, e as noites de episódios épicos que jamais poderão ser revelados – pela sua inocência, claro está... Conhecemos gente fantástica que para sempre recordaremos, que nos ensinaram desde danças a capoeira, e que nos contaram uma história de vida que nos tocou a todos. Contactámos com realidades diferentes, vimos macaquinhos, andámos de buggie, aprendemos novas músicas e criámos memórias no nosso grupo que nos unirão para sempre. Podemos dizer que a pior parte da viagem foi regressar, mesmo depois de uma noite extra num hotel de 4 estrelas (categoria justifi cada pelas baratas que encontramos nos chuveiros e gavetas...). Regressados à realidade, com brutos bronzes e prendas para a família, voltámos ao trabalho, na recta fi nal, onde nos encontramos neste momento, a apreciar os derradeiros momentos como alunos do Colégio Manuel Bernardes, como crianças antes de enfrentarmos o novo mundo da faculdade e da vida de adultos. No Colégio deixamos a nossa infância, que podemos sempre vir relembrar, fazendo para sempre parte desta grande família.No futuro, quando formos todos importantes e famosos – quando a Mafalda for bailarina na Broadway, o David for Primeiro -Ministro, quando o Jorge for cientista na NASA e nos levar a Marte e o Jota for um DJ mundialmente famoso – quando nos sentirmos realizados vamos olhar para trás e ver o que nos levou a esse momento. E lá sempre estará o Colégio, por tudo o que nos ensinou e nos fez vivenciar.Assim, devemos quem somos à administração do Colégio, por permitir e manter a sua existência, aos professores, por nos ensinarem o que sabemos sem nunca desistirem de nós (vontade não deve ter faltado), ao Sr. Ramiro por nos manter na ordem e ao mesmo tempo conquistar o nosso respeito e carinho, e aos nosso pais, pela educação que nos deram em casa e por terem pago a mensalidade todos estes anos, permitindo que tudo o que foi referido acontecesse. Neste momento, não sabemos o futuro, mas graças a vós sabemos que estamos bem preparados para o enfrentar e ultrapassar quaisquer difi culdades que se nos apresentem. Em nome de todos os fi nalistas, agradecemo -vos por terem feito de nós as pessoas que somos hoje.

Obrigada por tudo. Estarão sempre connosco. E lembrem -se: animação é muito bom.

Havemos de nos ver outra vez!Como vem sendo tradição, a administração do Colégio ofereceu no dia 6 de Junho no Centro Cultural de Belém, um jantar de despedida aos alunos fi nalistas do 12.º ano, e seus Encarregados de Educação. Na ocasião, a aluna Filipa Cinfuentes fez o discurso de despedida.

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SAÚDE

AgradecimentoFim do 2.º CicloChegamos, ao fi m de mais um ano letivo, para nós 6.º D, o fi nal do

2.º ciclo. Agradecemos a todos os professores, e prefeitos, que

nos acompanharam nestes dois anos, toda a dedicação, empenho

e carinho, para com todos nós. Ao nosso, sempre simpático,

professor de música e diretor de turma, professor Gabriel Cipriano,

o nosso muito obrigada, pela sua disponibilidade, empenho,

dedicação incondicional, pelo carinho e respeito como sempre nos

tratou. Obrigada, por nos incentivar a lutar, para conseguirmos

os nossos objetivos e acreditar que com esforço e dedicação

conseguimos alcançar tudo pela vida fora, sem desistir nas derrotas

com que, por vezes, somos confrontados. Um professor, jovem

de quem nos orgulhamos e um exemplo a seguir. O nosso muito

obrigado a todos. Bem -haja!

Turma 6.º D

Cristiana Filipe

Pediram -me para falar nestas linhas sobre assuntos relacionados com a saúde que fossem relevantes para quem as fosse ler ou simplesmente passar os olhos por

elas. E eu aceitei. Porquê? Não sei. Mas pareceu -me uma boa ideia e como neste fi m -de -tarde solarengo não tinha nada melhor para fazer, pus a caneta ao trabalho.E qual o assunto mais óbvio sobre o qual um jovem médico pode discursar no início do Verão? Os perigos do Sol. É claro que naquele que é bem capaz de vir a ser o Verão menos veranil desde mil oitocentos e troca -o -passo, a escolha pode ser debatível, mas já que é tema cliché, porquê fugir dele?Podia aqui discorrer sobre os malefícios de uma exposição solar desregrada. Como uma exposição excessiva ao sol aumenta a probabilidade de desenvolver melanoma (o tipo mais perigoso de cancro da pele) mesmo décadas depois daquele “escaldão memorável”. Ou como o melanoma mata 29 a 47 em cada 100 pessoas que são diagnosticadas quando ele está num estadio intermédio (1 a 4mm de profundidade). Ou ainda como a activação da vitamina D na pele apenas requer 10 a 30 minutos de exposição da face ao sol por dia num país como Portugal (independentemente de haver muitas ou poucas nuvens no céu…).Mas não. Decidi falar sobre uma questão muito mais prática: mas afi nal como é que se escolhe um protector solar?E, acabada a conversa, aqui vão 10 factos sobre o protector solar que te vão ajudar a viver um Verão saudável:

1 – Escolhe um protector que vás usar. Escolhe tu ou pede aos teus pais para escolherem contigo. É muito mais fácil usar uma roupa de que se gosta, certo? Então porque é que os protectores hão -de ser diferentes?

2 – Nada de usar protectores com factores de protecção (FP) inferiores a 15 ou superiores a 50. Os protectores com FP abaixo de 15 não fazem nada e acima de 50 têm de ser aplicados com a mesma frequência que os outros. Quer uns quer outros dão -te uma falsa sensação de segurança, o que é o pior que te pode acontecer…

3 – No repetir é que está o ganho. Deves reaplicar o protector a cada duas horas e/ou sempre que acabares uma actividade que te faça suar muito e/ou sempre que sais da água.

4 – Escolhe um protector de largo espectro. Ao contrário do que se pensava, tanto os UVA como os UVB estão associados ao cancro da pele, ao envelhecimento precoce e “àquela pele de velha da tua avó” (perdoem -me as avós…). O melhor é usar um que te proteja destes dois tipos de radiação.

5 – Ninguém está a salvo dentro do carro. Apesar de os UVB não ultrapassarem os vidros dos carros, os UVA não têm qualquer problema em fazê -lo. Isto é demonstrado por uma comparação muito interessante: os condutores de carros nos Estados Unidos da América (onde se conduz pela direita) têm mais cancro da pele na metade do corpo esquerda (a que apanha o “bronze à camionista”). Nos condutores ingleses (onde se conduz pela esquerda) o cancro da pele é mais frequente à direita.

6 – Protector à prova de água não existe. Este tipo de protector tem de ser reaplicado tantas vezes como o outro, incluindo quando se sai da água! Usa -o só se gostares de o fazer (ver facto n.º 1).

7 – Os protectores em spray não funcionam. Ou melhor, não funcionam tão bem. São normalmente mais convenientes e menos pegajosos mas têm um defeito: para ter o mesmo efeito que os normais, tens de carregar tantas vezes no botão que vais fi car com uma tendinite! O protector só tem a mesma efi cácia se tiver a mesma espessura na pele dos outros quando saem da embalagem.

8 – Uma T -shirt branca tem pelo menos um FP de 4. E se lavada com detergente pode ter um FP de até 30! Logo, sempre que usares uma T -shirt na praia podes usar um protector com FP mais baixo.

9 – O auto -bronzeador não tem problema nenhum. Pelo menos aqueles em creme, que até te dão uma cor mais agradável. Mas não esquecer duas coisas: auto -bronzeador não é protector e a segurança dos auto -bronzeadores em spray ainda está por comprovar, o melhor é evitá -los.

10 – As pessoas passam a vida a esquecer -se de zonas importantes da pele. As orelhas, os lábios (sobretudo o inferior, mais susceptível ao desenvolvimento de cancro), os pés e a parte de trás dos joelhos também são cobertos por pele… Não esquecer estas regiões! Ah! E não esquecer também os óculos de sol! É que o melanoma também se pode desenvolver nos olhos...E já chega! Espero que estes conselhos sejam úteis e que sirvam para disfrutares das férias de Verão como deve ser: em grande e sem preocupações!

Nota: Como já deves ter reparado eu não aderi ao novo acordo ortográfi co. Escrevo hoje como aprendi a escrever no Colégio, não assim há tanto tempo.

Miguel Fróis Borges

Ex -aluno CMB n.º 107Interno de Cirurgia Geral do Hospital Garcia de Orta

[email protected]

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Quadradinho da Saúde

Protector solar:toda a verdade

Visita do Senhor Padre ao ColégioNo dia 4 de junho, eu e os meus amigos fomos à quinta do Colégio.

Estavam lá muitas famílias, incluindo os alunos das turmas dos pri-

meiros, segundos, terceiros e quartos anos.

Assistimos à missa do Senhor Padre José Cruz mas o melhor de

tudo foram os cânticos. Quando chegou a nossa vez cantámos uma

canção da primavera e trocámos as mãos que tínhamos feito na sala

de aula com a professora.

Eu troquei a minha mão com a Carlota. Adorei a visita do Senhor

Padre ao Colégio.

2.º Ano Turma D

José Miguel Costa

Olimpíadas da Física 2013

No dia 20 de abril de 2013 realizou -se a fase regional das

olimpíadas da Física. No evento, promovido pela Sociedade

Portuguesa de Física, só podem participar dois alunos por escola

sendo assim uma atividade muito seletiva logo na participação inicial.

Os participantes do nosso Colégio foram os alunos Francisco

Machado e Tomás Bastos, que tiveram uma excelente performance

tendo o Tomás sido apurado para a fase nacional das olimpíadas.

A fase nacional das olimpíadas realizou -se no passado dia 8 de

Junho, com participantes oriundos de todo o pais, em que foram

sujeitos a duras provas de natureza teórica e experimental.

O aluno Tomás Bastos honrou o nosso colégio ganhando uma

menção honrosa entre os melhores alunos do país e o direito

de frequentar, no próximo ano, uma escola de elite de Física na

Universidade de Coimbra. Desta forma poderá vir a representar

Portugal nas olimpíadas internacionais ou ibero -americanas de

Física. Força Tomás.

Tomás Bastos (à direita) ao lado dos outros distinguidos, bem

como de dois professores do Instituto Superior Técnico.

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EXPOBERNARDES6

Na semana de 31 maio a 6 de junho, teve lugar no nosso colégio a Semana das Artes e Tecnologias. A programação da semana incluiu apresentações sobre “A Internet mudou!, “Micro controladores e Robótica”Realizaram -se ainda concertos no âmbito de Educação Musical e apresentação/exposição sobre cinema de animação.

Durante esta semana houve mais uma edição da Expo -Bernardes, uma exposição representativa do ano letivo, onde pudemos apreciar o trabalho que os alunos desenvolveram em todas as áreas disciplinares presentes. Evento cultural cujo principal propósito é despertar nos alunos o interesse pela Arte, enquanto importante meio de expressão de emoções e ideias e a oportunidade de aprofundarem os conhecimentos na área das Tecnologias.No âmbito das disciplinas de Educação Tecnológica do 2.º Ciclo e Educação Visual foram apresentadas maquetas; candeeiros; trabalhos no âmbito do design de embalagens, tendo este projeto sido fundamental para a compreensão e aplicação da metodologia de projeto; módulo -padrão, realizando composições com cor e linha; desenhos de observação e trabalhos de banda desenhada.A disciplina de TIC e Aplicações Informáticas teve como base a Internet mudou!, com a expansão das redes sem fi os, dos dispositivos móveis (tablets e smartphones), é possível estar sempre ligado. Há que aproveitar, este avanço tecnológico, no sentido de criar, ter ideias e inovar, através do desenvolvimento das aplicações (APPs) uteis ao ensino e aprendizagem. Durante a exposição foram apresentadas algumas APPs.A música também esteve presente na semana das Artes e Tecnologias. Houve quatro concertos ao longo da semana: Concerto dos alunos do 1.º Ciclo (a cargo dos Professores João e Hernâni), Concerto dos alunos do 2.º Ciclo (a cargo do professor Gabriel), Concerto da classe de Guitarras (a cargo do professor Paulo Bispo) e Concerto do Coro Manuel Bernardes (a cargo do professor Gabriel).A preparação e realização destes concertos refl etem o trabalho realizado nas diversas disciplinas ao longo do 2.º e 3.º Período. As diversas formações estão de parabéns pelo elevado grau de qualidade dos concertos que agradou alunos, pais e toda a Comunidade Educativa.Em Educação Tecnológica foram expostos trabalhos realizados pelos alunos do 7.º e 8.º anos.No 7.º ano, foram expostos trabalhos sob o tema “Estruturas resistentes”. A atividade desenvolvida pelos alunos consistiu na construção de uma ponte com recurso a vários materiais – cartão, kline, alumínio e elementos de ligação. As pontes apresentam estruturas triangulares e têm como principal objetivo demostrar a importância do triângulo como a forma estrutural mais simples e resistente.No âmbito da disciplina de Educação Tecnológica do 8.º ano, e inserido no programa da semana das artes e tecnologias, foram expostos Jogos eletrónicos com tecnologia LED feitos pelos alunos, e realizadas apresentações pelo professor Armando Francisco relacionadas com Microcontroladores e Robótica.Estas ações tiveram como objetivo a sensibilização para os diferentes aspetos da ciência e tecnologia, em particular, as que envolvem a Eletrónica, a Mecânica e a Programação Informática.Em Materiais e Tecnologias do 12.º ano, disciplina integrada no curso de Artes Visuais, foram expostos dois trabalhos, ambos no âmbito do design de produto.O primeiro trabalho consistiu na construção de uma réplica da cadeira Red Blue.A cadeira Red Blue foi desenhada em 1917 pelo designer holandês Rietveld. Esta obra foi inspirada no movimento artístico Neoplasticismo, em particular nas pinturas de Mondrian.

EXPOBERNARDES

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O segundo trabalho consistiu em conceber um objeto de sentar em cartão canelado. A construção deste tipo de objetos assenta em operações simples (corte, vinco e colagem) mas que devido à sua estrutura apresentam grande solidez. O resultado foi muito positivo, com peças simples, funcionais e expressivas.Com os trabalhos expostos da turma de Ofi cina de Artes do 12.º ano, procurámos ilustrar um pouco do que foi o nosso ano letivo, em que foram ensinadas técnicas no âmbito da Gravura, da Fotografi a, da Cenografi a e da Ilustração.Foram expostas estampas realizadas através da técnica da xilogravura, linoleogravura, gravura em metal (água -forte) e através de procedimentos alternativos como água -tinta, bem como as respetivas matrizes esculpidas.O nosso trabalho em fotografi a esteve igualmente representado com várias imagens impressas através do método pinhole. Uma pinhole é uma câmara escura com um furo em um do lados (feito com uma agulha) e com uma folha de papel fotográfi co preso no outro. Ao se abrir o furo a luz penetrará na câmara e fi xará a imagem no papel fotográfi co por meio de uma reação química entre a luz e a película existente no papel fotográfi co. O resultado do trabalho dos alunos caracterizou -se pela criatividade e um excelente trabalho técnico, tanto no processo de captura da imagem, como na revelação dessas imagens em papel fotográfi co.Foram igualmente expostas cianotipias, um processo de impressão de imagens baseado em sais de ferro e que tem na escala de azul sua principal e distinta característica visual.Para terminar, tivemos também exposto o nosso trabalho em cenografi a, “A Passarola” uma escultura. inspirada na máquina voadora de Bartolomeu de Gusmão para uma peça de teatro baseada no romance de José Saramago “Memorial do Convento”.E desta forma esperamos ter correspondido às expetativas por vós criadas, agradecemos a visita e colaboração de todos e prometemos voltar para o Ano. Boas Férias.

Departamento de Artes e Tecnologias.

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Semana das Artes e Tecnologias

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Festa da Educação Física e das AtivNo presente ano letivo, mais uma vez, tiveram lugar as Festas da Educação Física e das Atividades Extracurriculares, normalmente designadas como Saraus. Estas Festas representam o término destas actividades e a oportunidade para os alunos das diferentes turmas e classes mostrarem aos seus Encarregados de Educação, colegas, professores e a toda a comunidade escolar, um pouco do trabalho desenvolvido ao longo do ano.

Nos dias 21 e 22 de maio, realizaram -se os saraus dos alunos do 1.º Ciclo, no dia 23 de maio dos alunos da Pré -escola e no dia 24 de maio dos alunos do 2.º Ciclo, do 3.º Ciclo e do Secundário.

Aqui fi cam alguns momentos:

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SARAUS 9

vidades Extra -curriculares 2012/2013

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JUDO10

20 anos de Judo no CMBDiogo Silva o testemunho de um Campeão

Decorria o ano de 1994, tinha eu 4 anos, quando os meus pais tiveram a iniciativa de me inscrever no Colégio Manuel Bernardes. E como ainda é usual nos dias de hoje, receberam uma carta a propor a inscrição em actividades do Colégio, na qual estava presente o judo.

E foi assim que comecei a praticar esta modalidade que completa agora 20 anos de existência no Colégio.Quando somos mais novos aprendemos os princípios básicos, como as quedas, as saudações e as técnicas mais básicas, no entanto, a aprendizagem nunca acaba. O código moral que é intrínseco ao judo, assente em princípios como a cortesia, coragem, sinceridade, honra, respeito, controlo e amizade, é passado para os alunos desde o primeiro dia pelos mestres Eduardo Garcia, Nuno António e Beatriz Martin.A minha primeira sala de aula foi a sala onde hoje é praticado o ballet. Uma sala triangular, que estava sempre cheia de alunos, e consequentemente de vida. Uns anos mais tarde (quando estava na primária), a sala de aula passou para o bloco onde hoje são as turmas do secundário. Certamente uma das salas mais marcantes, uma vez que era composta por duas salas com uma porta no meio. Mais tarde voltou a ser na sala original.Os anos passaram, e muitos foram os amigos que fi z no judo. No judo as turmas não estavam restritas a uma idade específi ca. Estavam divididas por ciclos, o que facilitava o travar de novas amizades mesmo de alunos de anos diferentes, muitas vezes dois ou três anos mais novos. Isto é algo que também nos ajudava a ter alguma responsabilidade a tratar bem os mais novos, e ao mesmo tempo a respeitar os mais velhos.

Nos primeiros anos não havia muitas competições, eram outros tempos… contudo à medida que os anos foram passando foi começando a haver mais torneios, todos eles sem responsabilidade, já que nessas idades o mais importante é as crianças divertirem -se nas provas e ter contacto com outras de outras escolas que também praticam judo.No meu 6.º ano de escolaridade, tive uma grande experiência que me motivou bastante. Eu mais quatro colegas meus fomos competir aos Açores num fi m -de -semana. Foi uma experiência fantástica, já que não era todos os dias que um jovem de 11 anos (quase a fazer 12) tinha a oportunidade de fazer uma viagem destas com cinco amigos (obviamente foi uma pessoa responsável por nós). Dessa que é uma das primeiras (de muitas) provas que me recordo, guardo uma recordação muito especial que é uma medalha de 2.º lugar. Hoje em dia para quem vê os resultados que obtive pode não parecer nada de especial, mas a verdade é que foi muito importante, não pelo resultado, mas sim por toda a experiência em si que me marcou bastante.O fi nal do 3.º ciclo parece -me ser uma altura crítica para a prática da modalidade, pois é onde costuma haver mais abandonos talvez por os alunos se quererem dedicar um bocado mais à escola ou perderem o interesse. Mas a verdade é que, é neste momento que a modalidade começa a fi car um bocadinho mais séria para a competição e os alunos até podem tirar alguma vantagem para entrar na faculdade. Na minha situação particular, o 9.º ano foi bastante complicado para o judo. Tive uma lesão grave e tive de estar parado um ano, e pior que isso, não queria voltar a fazer com medo que voltasse a acontecer. Tenho a agradecer

aos pais que tenho, que sempre quiseram que continuasse e aos mestres que sempre me foram pedindo para voltar. A verdade é que acabei por voltar a experimentar e a ganhar o gosto pela modalidade. Quando voltei a treinar, passado quase ano e meio, já estava a entrar na idade júnior. No meu primeiro ano de juniores fi quei em 2.º lugar num torneio internacional em Portugal, e foi o meu melhor resultado nesse ano. No segundo ano de juniores fi quei em 3.º lugar no Campeonato Nacional de seniores na categoria de +100Kg (que é a minha categoria hoje em dia), apesar de não me ter classifi cado no campeonato nacional de juniores.Foi nesta altura que fi nalizei o meu percurso no Colégio Manuel Bernardes, para prosseguir os estudos na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, no curso de Engenharia Electrotécnica e de Computadores.A minha carreira no judo continuou sempre com os mesmos mestres até aos dias que correm. Entretanto no 3.º e último ano de júnior (2009) as coisas começaram a correr ainda melhor. Fui campeão nacional de juniores e seniores nesse ano, e fi z várias provas no estrangeiro para me tentar classifi car para o campeonato da europa de juniores, algo que acabou por não acontecer.Nos dois anos seguintes também ganhei o campeonato nacional de seniores e juntei os títulos no campeonato nacional de sub -23.

Ainda participei no Campeonato da Europa Universitário e numa Taça da Europa na Turquia provas em QUE fi quei na 3.ª posição. Com a classifi cação na Taça da Europa pude participar no Campeonato da Europa de sub -23, onde me classifi quei na 7.ª posição.No ano seguinte (2012) tive um novo contratempo, uma nova lesão, e tive de ser operado a um ombro e quase não competi. O processo de recuperação é sempre demorado, mas a cada lesão fui -me tornando mais forte e com mais capacidade de resistência e persistência perante todas as adversidades da vida. Além disso, quando nos lesionamos só ganhamos mais vontade de voltar a praticar judo e competir, pois é nesses momentos que sentimos mais falta daquilo que gostamos de muito fazer e que se tornou parte integrante da nossa vida. Nesse ano, competi apenas no Campeonato Nacional que coincidiu com o meu regresso às competições, no qual fi quei em 2.º lugar.Já neste ano de 2013, entrei numa taça da Europa desta vez em Londres, onde obtive o 5.º lugar. E muitas mais provas virão para conseguir melhorar cada vez mais e sonhar cada vez mais alto. Em suma, foram muitos anos, muitos amigos, muitos momentos bons que o judo e o Colégio Manuel Bernardes, e claro os meus pais e os meus mestres me deram.

Diogo Silva

Aluno do CMB de 1994 a 2008N.º 38

HOMENAGEM NA GALA DA FADU – 2011

TAÇA DE EUROPA DE SENIORES – 2011

SARAU – 1995

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PRÉ-ESCOLA 11

Tópicos de Matemática Avançada Projecto

Desta vez decidi não ser eu a escrever, dando lugar aos meus alunos. No fundo, eles são a razão e o objectivo do nosso trabalho: trabalhamos porque eles existem e trabalhamos para eles. Esta é a missão do professor! Se não existissem alunos,

seriamos professores de quem? Se não houvesse alguém para aprender, quem seria ensinado?Este projecto foi criado a pensar no futuro dos nossos alunos, visando o seu ingresso no ensino superior. Este ano, pedi -lhes que redigissem umas breves palavras sobre a sua experiência nesta disciplina, no sentido de mostrarem às gerações vindouras o que têm e o que podem esperar (ainda que com muito a melhorar!). Eis, então, os depoimentos de alguns dos meu audazes alunos, dos quais me despeço com um forte desejo que MUITAS FELICIDADES!Prof. Emanuel Oliveira

As aulas foram muito interessantes na medida em que me desafi avam sempre a ir mais longe, pensar mais objectivamente, por serem mais avançadas. Embora os conteúdos parecessem sempre confusos e inatingíveis, o trabalho que eu dediquei à disciplina também não permitia que eu conseguisse chegar lá... Não por ser de propósito, claro, mas em caso de sobreposição de disciplinas, Tópicos fi cava naturalmente para último. Por isso, foi complicado gerir os trabalhos de casa e o estudo para os testes. (…) Logicamente, a parte do lanche foi sempre muito agradável nem que fosse só para podermos pôr a conversa em dia...Carolina Ramos (82 – 12.ºB)

A experiência de passar um ano em Tópicos de Matemática Avançada foi, de facto, surpreendente. Entrámos todos um pouco a medo e sem saber bem o que esperar, com receio de ser demasiado difícil e imperceptível, mas nada disso. É um complemento perfeito para quem gosta da disciplina de Matemática, permitindo aprofundar temas que não são possíveis de explorar nas aulas de Matemática A, e oferecendo bases para as disciplinas de matemática que teremos no futuro. É uma ajuda monumental e aconselho a todos os que tiverem curiosidade em saber mais, e a quem tencionar seguir cursos que envolvam matemática ou física. É também uma ajuda extra ao raciocínio necessário em Matemática A, sendo por isso só vantagens! Foi uma experiência espectacular que nos preparou ainda melhor para o exame e para o futuro.Filipa Cifuentes (414 – 12.ºB)

As aulas de Tópicos foram uma experiência bastante interessante. Tendo em conta os assuntos que abordámos, acho que será bastante útil, principalmente, nas primeiras cadeiras de matemática que tiver na faculdade pois já estou mais familiarizado com alguns desses assuntos. Porém, foi pena não termos tido tempo para acabar o programa e aprofundar certos temas, como as primitivas e integrais, que, pelo pouco que ouvi, acho que são bastante interessantes. Com isto quero apenas acrescentar que as tardes de segunda -feira não foram, de forma alguma, desperdiçadas. O bom convívio proporcionado pelos pequenos lanches certamente ajudou.João Filipe Marques (754 – 12.ºB)

Matemática A no 12.º ano é das disciplinas mais desafi antes do ensino secundário. Combiná -la com Tópicos de Matemática Avançada não torna a tarefa mais fácil na medida em que são expostos vários conteúdos que são leccionados a nível universitário (o que os torna, por vezes, menos óbvios). Porém, quem se inscreve nesta disciplina extra -curricular não vai somente com o objectivo de, nos anos seguintes, fazer algumas cadeiras com menor difi culdade. Coordenar as seis disciplinas que se tem no último ano de secundário tornar--se, por vezes, uma tarefa complicada e, portanto, frequentar Tópicos mostra um grande interesse e curiosidade pela mãe de todas as ciências. (…) Nesta introdução à Matemática Avançada entramos em contacto com diversas áreas não exploradas no programa curricular de Matemática A como por exemplo Lógica Matemática e Álgebra Linear. Deste modo, participar nesta disciplina proporcionou um proveito substancial na aquisição de conhecimentos, além de ser totalmente pertinente na medida em que nos é dada a chance de ver a Matemática de uma perspectiva bastante diferente e, no fundo, igual.Manuel Silva (157 – 12.ºA)

A disciplina de tópicos de Matemática Avançada pode, à primeira vista, ser de facto um pouco avassaladora, uma vez que envolve alguns conceitos mais complexos que o habitual. Porém devo dizer que se tornou uma das disciplinas mais interessantes que já tive. São, realmente, aulas dedicadas àqueles que apreciam Matemática e pretendem um estudo mais aprofundado da mesma, sendo indubitavelmente uma disciplina bastante gratifi cante. Como único aspecto negativo, é de referir a falta de tempo para terminar o programa previsto, fi cando por leccionar alguns conceitos importantes. No entanto, e concluindo, foi sem margem para dúvidas uma disciplina que, embora complicada e por vezes de difícil compreensão, valeu a pena o investimento do meu tempo livre.Joana Reis (173 – 12.ºD)

Educadora Isabel – turma-A

Educadora Ana Bul – turma-D

Educadora Helena – turma-C

Educadora Paula – turma-B

Festa de Despedidados alunos finalistas da Pré-escola

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PRÉ -ESCOLA12

Balanço Final

Na altura em que mais um ano letivo chega ao seu término é o momento certo para fazermos um balanço de tudo o que com ele aprendemos e do quanto com ele crescemos e nos tornámos mais ricos, no desem-penho dos nossos papéis e como seres humanos. E foi tanto!

É também o momento certo para refl etir sobre o que não correu tão bem e no que, tendo corrido como planeámos, poderia ter sido feito de outra forma, mais completa, mais abrangente, mais enriquecedora, mais correta ainda. É a ocasião adequada para pensarmos, sobretudo, no que fi cou por fazer. É o timing adequado para, perspetivando a novo ano que já adivinhamos no horizonte, delinearmos estratégias cada vez mais adequadas e mais frutíferas, aprendendo com os erros e com a experiência.Por mim, enquanto Educadora de Infância não posso deixar de referir o quanto ensinei e o muito que aprendi, os obstáculos que, com as minhas companheiras de jornada, a Paula Cristina e a Lúcia, tivemos que ultrapassar e as adversidades que tivemos que vencer na conquista de 23 coraçõezinhos ávidos de brincadeiras e experiências novas, mas muito assustados com o “novo e grande mundo” onde acabavam de chegar. Felizmente de forma muito célere os rostinhos desconfi ados e contidos deram lugar a uma entrega total e os choros foram substituídos por gargalhadas sonoras e sentidas. Com elas os incomensuráveis momentos de partilha e de boa disposição, os incontornáveis sorrisos e descobertas, as festas, os piqueniques, os jogos, as brincadeiras com água e com lama, os bolinhos deliciosos que fi zemos, as mãos e os pés cheios de tinta, as pinturas com caril, açafrão, chocolate e colorau, com os carrinhos, os legos e bolas, as histórias, os teatros, as canções, o andar descalço no recreio, o fi car deitado de barriga para cima a descobrir seres imaginários nas formas das nuvens, as birrinhas, os miminhos, a vontade imensa de vir a cada dia, todos os dias, para o colégio, para a nossa sala, para “os nossos meninos”, não como um trabalho mas como uma missão e, acima de tudo, como um prazer!Dez meses depois do primeiro dia cada rosto tem uma história, única e apaixonante e cada personalidade tem um mundo de potencialidades que nos cabe agora apoiar, orientar e fazer desabrochar, criando situações que originem conhecimento, auto confi ança, segurança, regras de sociabilização, comportamentos de cidadania e felicidade!Fiz o que adoro, dei o meu melhor para que os meus pequeninos aprendessem a gostar da escola, descobrissem nela um mundo encantado, repleto de magia, de aventuras e de possibilidades, ainda que com algumas contrariedades e muitas regras. Assim se cresce e se aprende a viver em sociedade. Contei com ajuda preciosa e constante de duas pessoas maravilhosas e, em conjunto, penso termos conduzido a bom porto a tarefa de transformar o nosso grupo de 23 meninos e meninas, num grupo de crianças felizes. Iniciou -se assim um caminho que esperemos conduza estes pequeninos a uma ampla e longa auto estrada com destino à conquista de todos os seus sonhos.À Paula Cristina e à Lúcia e a todos os pais que se mostraram, sempre, disponíveis e empenhados em colaborar connosco: MUITO OBRIGADO!Em setembro, se Deus quiser, retomaremos a caminhada. Até lá!

As nossas atividadesO terceiro período de aulas, apesar de não muito longo, revelou -se próspero em atividades que proporcionaram às crianças das salas dos três anos experiências ricas e variadas e que as mantiveram entusiasmadíssimas e divertidas.Com a chegada da primavera deslocámo -nos à Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Telheiras, para ouvirmos uma história sobre a mesma. Durante a “Hora do Conto”, as crianças assistiram encantadas ás peripécias com que a primavera teve lidar para se fazer anunciar e descobriram, com a ajuda de jogos, imagens, livros e desenhos, toda a bagagem que ela trazia na sua enorme mala. A brincar falámos de muito do que caracteriza cada estação do ano e de como é importante preservarmos e respeitarmos a natureza, entre muitas outras coisas.O facto de estarmos numa biblioteca, um espaço onde muitas crianças nunca tinham entrado, e a particularidade de terem tido a oportunidade de manusear livros e jogos, levou--nos a conversar sobre algumas regras de comportamento e de utilização dos materiais colocados à nossa disposição.Os meninos e meninas adoraram e tiveram um comportamento exemplar.Dias depois e aproveitando a circunstância de termos muito perto do nosso colégio infra estruturas que o permitem, fomos fazer um piquenique ao parque de merendas localizado próximo do Templo da Comunidade Hindu em Portugal. Foi maravilhoso ver a imaginação das crianças a fl uir pelas fl orestas das histórias da “Branca de Neve”, da “Menina dos Caracolinhos de Ouro”, da “Menina do Capuchinho Vermelho” ou dos “Três Porquinhos”, tantas vezes mencionadas e descritas nos momentos em que as abordámos na sala de aulas, por analogia àquele espaço de poucos metros quadrados, onde, a cada momento, parecia esperarem vislumbrar o lobo por detrás de uma árvore, ou o príncipe a cavalo, quem sabe.Ficou combinado que repetiríamos a experiência.Também dentro das nossas quatro paredes que, afortunadamente, têm muito espaço ao ar livre, demos corpo a momentos únicos repletos de diversão para todos. Celebrámos, por exemplo e por antecipação, o Dia Da Criança, com muitos jogos e brincadeiras divertidas e com um lanchinho especial.No início de junho fomos ao “colégio dos crescidos” (edifício principal do nosso colégio, onde funcionam os 1.º, 2.º, 3.º ciclo e secundário), a Quinta dos Azulejos, para visitarmos a Expo Bernardes, onde também tínhamos em apreciação algumas das nossas obras de arte, numa pequena amostragem do muito que criámos ao longo do ano.E porque é importante familiarizar as crianças com o todos os espaços do colégio e fazer nascer nelas o bichinho que nos leva a nós, mais crescidos, a considerar o colégio “a nossa casa, aproveitámos as nossas idas ao edifício principal, para os ensaios da festa de Natal ou do sarau de Educação Física entre outros, para visitarmos algumas salas do 1.º ano, o espaço do recreio dos mais crescidos, para encontrarmos os manos mais velhos, para conhecermos a biblioteca do colégio (como complemento à nossa anterior visita à biblioteca de Telheiras) e para brincar no jardim principal, naquilo a que as crianças apelidaram, com ar de mistério e excitação, de “labirinto”.Parece que vai ser bom crescermos depressa para ir para o colégio dos crescidos!

Ana Fernandes (Educadora da turma I)

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Integração das TICno ensino

Entre 1985 e 1994 o Ministério da Educação fi nanciou um projeto nas escolas públicas, que tinha em vista a introdução massiva das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) no ensino. Ficou conhecido com projeto MINERVA (Meios Informáticos no Ensino, Racionalização, Valorização,

Atualização). Este projeto veio concretizar determinados objetivos, nomeadamente a inclusão do ensino das TIC nos planos curriculares, o uso das TIC como meios de apoio ao ensino e a formação de profes-sores. O projeto MINERVA fi cou muito aquém de resolver todos os enigmas intrínsecos à inserção das TIC na educação, no entanto lançou as bases para novos desenvolvimentos das escolas na dominação das TIC (Ponte, 1994 citado por Vieira e Moran, 2008). Este e outros projetos que se seguiram procura-ram sempre difundir as TIC no sistema educativo através da instalação de computadores e respetivos periféricos nas escolas, assim como apostar na formação de professores e no desenvolvimento de sof-tware educativo.A avaliação de todo este processo é referida por Silva em Costa et al., 2007, relativamente à função das TIC na escola. Serão as TIC um meio auxiliar e motivador de ensino para alunos e professores? Estará associado à inclusão de disciplinas específi cas destinadas a aumentar a literacia relativamente a esta área? Estas e outras questões não são de resposta fácil, mas todas são importantes e o que se tem verifi cado ao longo dos anos, é que tem havido uma contínua adaptação destas duas áreas. As TIC têm contribuído para tornar o ensino mais interessante para quem aprende e para quem ensina. Por outro lado com a inclusão de novas disciplinas no curriculum escolar, os alunos têm adquirido novas competências, tornando a aprendizagem mais ativa e construtiva. O aluno tem com as TIC, meios para construir a sua própria aprendizagem e até colaborar no desenvolvimento do conhecimento. Este tipo de ensino designado por “ensino por descoberta”, baseia -se na hipótese que os estudantes aprendem melhor quando descobrem, por eles próprios apoiados pelo professor ou pelas suas orientações. O professor orienta os alunos na descoberta devendo estes aplicar o método científi co ou experimental tendo em vista a construção do conhecimento (Valadares, 2011).Desde o princípio dos anos 80 que se tornou importante fornecer aos alunos competências na área das TIC. Essas competências passaram em primeiro lugar pela construção de um curriculum TIC, associado a uma ou mais disciplinas e também por uma transversalidade desta área científi ca. As TIC são uma ferramenta fundamental em todo o processo de ensino e aprendizagem, daí que a escola deverá proporcionar aos alunos de todos os ciclos, a aquisição destas competências. É importante que os governos e os seus dirigentes tenham em consideração estas realidades, para que pais, alunos e professores possam desenvolver um bom trabalho neste domínio. Avanços e retrocessos, nesta área não serão benéfi cos para as gerações futuras, pois a aprendizagem das TIC e com as TIC deve ser gradual e continuada (Ramos em Costa et al., 2007). O livro verde para a sociedade da informação em Portugal indica várias medidas relacionadas com os desafi os que a escola deve adotar, no sentido da integração cada vez maior das TIC na sua estrutura. Uma dessas medidas está relacionada com a revisão e adaptação dos programas escolares, no sentido de melhor contemplarem o estudo das temáticas associadas à sociedade da informação. Avaliando o modo como as TIC podem ser usadas como suporte aos programas das diferentes disciplinas e promover o seu uso alargado. Outra medida está relacionada com a avaliação dos programas de TIC em curso, avaliando os impactos das suas diferentes fases e efetuando eventuais adaptações e redireccionamento das atividades programadas (MSI, 1997).Será importante avaliar, ainda que de forma ligeira, qual impacto de utilização das TIC no Colégio Manuel Bernardes. Tendo em vista um alinhamento com esta revolução tecnológica no ensino, no início da década de 80, foi necessário instalar numa sala do colégio, diversos computadores ZX Spectrum que mais tarde foram substituídos por PC’s Amstrad. Nessa época um computador pessoal da IBM (IBM PC) era bastante caro. Este computador, com um processador Intel 8086 a 4.7MHz, um disco de 10MBytes, unidade de disquetes 5’’1/4 e um monitor monocromático era vendido por cerca de 2800 Euros (570.000$00). O ZX Spectrum, era muito mais barato, custava cerca de 140 Euros (28.000$00), não tinha disco, nem drive de disquetes, só mais tarde este periférico fi cou disponível. Um gravador de cassetes era utilizado para guardar e carregar os programas, um televisor convencional servia de monitor. Também já estava disponível uma impressora com papel eletrostático. No colégio houve sempre interesse nesta integração das TIC, nos processos de ensino e aprendizagem.Não nos podemos esquecer que a escola desempenha um papel fundamental em todo o processo de formação de cidadãos aptos para a sociedade da informação e deverá ser um dos principais focos de intervenção para se garantir um caminho seguro e sólido para o futuro. O ensino está ligado a múltiplos agentes, inseridos na família, na escola, nas organizações e na sociedade em geral. É na família que começa a grande aventura do ensino e aprendizagem, daí a importância da existência de uma família estável e equilibrada. A estabilidade e o equilíbrio estão relacionados com múltiplos fatores, tais como a casa, conforto, saúde, emprego, entre outros. Todas as crianças aprendem a andar, a falar e a conhecer os objetos, no seio da família, é portanto muito importante que os seus pais estejam conscientes da grande responsabilidade que têm, como agentes de ensino. Para além da tendência natural de todos os pais em saber cuidar e orientar os seus fi lhos, por vezes é necessário algum esforço adicional no sentido de uma auto -aprendizagem. Podemos considerar que a integração das TIC no ensino, já está numa idade adulta, aproximadamente trinta anos. Isto não quer dizer que as entidades ofi ciais, escolas, professores, encarregados de educação e alunos, deixem de prestar atenção à melhor forma de integrar as TIC no ensino. Vejamos o caso da Internet, com a expansão das redes sem fi os, dos dispositivos móveis (tablets e smartphones), é possível estar sempre ligado. Há que aproveitar, este avanço tecnológico, no sentido de criar, ter ideias e inovar, através do desenvolvimento de aplicações (APPs) úteis ao ensino e aprendizagem.

Prof. Freixo Nunes

Bibliografi aVieira, A. e Moran, J. (2003) Gestão educacional e tecnologia. Avercamp. São Paulo.Costa, F., Peralta, H. e Viseu, S. (orgs) (2007). As tic na educação em Portugal – concepções e práticas. Porto Editora. Porto.Valadares, J. (2011). Teoria e prática de educação a distância. UAb. Lisboa.MSI. Missão para a Sociedade da Informação (1997). Livro verde para a sociedade da informação. MSI. Lisboa.

De olhos na Lua e coração nas mãos

ATIVIDADES 13

Final de tarde de 19 de Abril, a sessão de observação astronómi-

ca que promovi no Colégio estava prestes a iniciar -se. Apesar de

ter larga experiência em realizar sessões desta natureza, as horas

que antecedem o evento são sempre de tensão, cada sessão é

um desafi o renovado, sinto -me como um ator prestes a entrar

em palco, sempre com adrenalina a correr nas veias.

Uma iniciativa destas implica uma série de cuidados. Em primeiro

lugar temos de ter atenção à meteorologia e às fases da Lua

(deve ser em quarto crescente), depois é necessário contactar a

administração (muito recetiva) e providenciar a abertura do es-

paço escolar durante a noite, divulgar entre os alunos e mobilizar

voluntários para ajudar à organização, sem esquecer de garantir

que o sistema de rega automático não entra em funcionamento a

meio da sessão. Tanta coisa pode correr mal.

Essa tarde foi de grande apreensão pelas nuvens altas que

enchiam o céu. Corria o risco de defraudar as expectativas se, à

hora da sessão, o céu estivesse encoberto e não pudéssemos

observar os astros como prometido. Preocupava -me especial-

mente com os meninos de 1.ºciclo, sempre muito participativos

neste género de eventos.

Regressei ao Colégio Manuel Bernardes duas horas antes do

início da sessão e recebi uma boa notícia: o Prof. Rui Dias, meu

amigo pessoal, vinha ajudar -me e trazia mais um telescópio.

Chegaram também os meus alunos, da turma 10.ºA, que sempre

se mostraram disponíveis para ajudar. Montei as mais de 80 pe-

ças que compõem o meu telescópio e dei início à sessão.

Não me vou esquecer desse início de sessão. Ao olhar em redor

vi que estavam presentes cerca de 250 participantes. Não estava

à espera de tanta gente. Imensas crianças. Famílias inteiras mo-

bilizadas para vir observar o planeta Júpiter, a Lua, aprender as

constelações. A maioria dos participantes nem se apercebeu que

o céu esteve sempre coberto de nuvens fi nas e que a olho nu

poucas estrelas se conseguiam observar. Só o poder bruto dos

dois telescópios presentes permitiram “furar” as nuvens e obser-

var as bandas de nuvens em Júpiter, os seus satélites naturais ou

as crateras da nossa Lua.

Senti que essa noite, foi um momento de abertura do Colégio,

não só aos seus alunos mas também às suas famílias, amigos

ou até vizinhos, interessados em astronomia. Fizeram perguntas,

pediram opiniões e, enquanto aguardavam ordeiramente nas fi las

as crianças corriam e brincavam na “quinta” que tão bem conhe-

cem. Adorei essa sensação. É isso que me leva a realizar estes

eventos. Note -se que foi uma noite onde, no total, estiveram pre-

sentes no colégio cerca de 400 pessoas, depois de uma semana

cansativa. É preciso força de vontade. Estão de parabéns os pais

que, depois de um dia de trabalho arranjaram energia para trazer

os fi lhos a este evento cultural. Não me posso também esquecer

dos alunos de 10.ºano que me auxiliaram e do Prof. Rui Dias a

quem agradeço. Foi uma noite em que a amizade e solidariedade

estiveram presentes.

O que não posso também deixar de referir foi a presença de ex-

-alunos, que apesar de terem deixado o Colégio se voluntariaram

para ajudar e estiveram presentes no evento. Senti que o CMB

é bem mais do que uma máquina. É uma família que agrega

milhares de pessoas, que serve a educação e os alunos, alunos

esses que não esquecem a instituição e a ela regressam com um

sorriso nos lábios.

Carlos Bernardino

Nesta foto vemos Afonso

Carvalho, aluno do 10.º A,

incansável no apoio que

deu aos observadores.

(Foto: Miguel Neves)

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BASQUETEBOL14

TAÇA PROF. MÁRIO LEMOS – INFANTIS

3x Campeão de Lisboa Infantis

Homenagem ao grande dinamizador do Mini -Basket em Lisboa (ex -professor do Colégio Militar). O CMB venceu pelo 3.º ano consecutivo este Torneio com uma jornada em cada mês e conquistou a taça defi nitivamente para o seu museu de troféus. Entre mais de 20 escolas, o CMB foi a primeira a trazer o troféu (réplica), por ter vencido 3 anos consecutivos. Bom trabalho de equipa(s). Um bom incentivo para continuar...com competições mais exigentes, participando nos Torneios sub -12 e sub -13 da ABL.

VIII TORNEIO ANTÓNIO RODRIGO LOURO

SUB -12 e SUB -14

Estiveram presentes no Torneio em Caneças, as alunas Inês Ferreira, Beatriz Serra Coelho, Matilde Rosello, Luísa Baltazar, Margarida Batista, Mariana Sousa, Sandra Mamede, Madalena Sales, Natasha Rosa, Carolina Toscano, Beatriz Pedro e Inês Esteves; que trabalharam a dobrar e deram o seu máximo.Organizamos um Torneio com qualidade há anos, para homenagear um dos principais impulsionadores do basquetebol infantil /juvenil do CMB, o Dr.º António Rodrigo Louro, com a participação de clubes e escolas de referência – SLBenfi ca, CMB, ABL sub -12 e sub -13, Trancoso, Montijo, Maria Pia, Alvalade do Sado, U. Forte. Deveremos valorizar o espírito de equipa das atletas presentes neste torneio e dos pais que as apoiaram, bem como aos alunos árbitros Tiago Ferreira e João Marques que deram um contributo essencial. No entanto, também há refl exões urgentes a fazer, porque a próxima época já começou!

Classifi cações sub -14: 1.º ABL sub -13, 2.º Maria Pia; 3.º Sec. Caneças; 4.º CMB 5.º Acrt Trancoso; 6.º Alvalade Sado. Sub -12 – 1.ºJorge Peixinho Montijo; 2.º Alvalade Sado; 3.º ABL; 4.º CMB; 5.º SL Benfi ca; 6.º União Forte.

XVI Estágio na Serra da EstrelaUma “instituição” altamente motivadora que

permite criar um forte espírito de grupo, de união

e uma forma de trabalho mais exigente, para

preparar as fi nais que em cada ano temos de

superar nos meses de Maio e Junho. A 2000

metros de altitude, com – 2.º de temperatura,

mas sorrisos “calientes”...

NACIONAIS COMPAL AIR BASKET 2013 – GUIMARÃES

Vice-campeões nacionais de iniciados femininos

2.º lugar – 8 jogos, 7 vitórias com muita capacidade e uma fi nal com um problema enorme de 1,90m difícil de contornar...do agrupamento de escolas de Pombal! Madalena Rodrigues, Filipa Baltazar, Inês Ferreira (uma turma 9.ºB com grande percurso desde o 5.º ano) e Inês Silva que cresceu muitíssimo neste 2 dias de grande desempenho. Parabéns “atletas”, Administração e pais sempre a dar o máximo apoio!É preciso dizer que no Torneio fi nal em Guimarães “só” estavam as 13 melhores equipas representativas de todo o país, e que antes já tínhamos ultrapassado as fases Locais, Pré -Regionais e Regionais com mais de 20 outras fi nais. Nestes 3 últimos anos fomos campeões “ibéricos”, 2x campeões nacionais e uma vez vice – campeões.

CMB – CAMPEÕES DE LISBOA DE JUVENIS FEMININOS DO DESPORTO ESCOLAR E O REGIONAL DESPORTO ESCOLAR NO BARREIRO

FORTE CASA 57 -42 (Final Lisboa 13 de Abril); 32 -44 e 29 -59 (Regional 27 de Abril)Esta nossa equipa, composta na sua grande maioria por alunas ainda do escalão inferior (iniciados) conseguiu vencer na fi nal de Lisboa (57 -42) a equipa que foi ao Nacional pela DRELVT e se classifi cou em 2.º lugar tendo mesmo vencido a campeã nacional por 7 pontos. Mas no Regional do Barreiro, num dia muito difícil de gerir e que exigiu um grande espírito de sacrifício com vários jogos e saraus de muitas atletas, as alunas presentes deram o seu melhor. Se os “deuses” se tivessem reunido e colaborado a preceito, teríamos ido muito mais longe, mas desta vez não foi possível. Esperemos que num futuro próximo possamos reunir mais forças!

II TORNEIO SERRA DA ESTRELA 6 de ABRIL 2013

Faltou a equipa de Tondela, tivemos de nos desdobrar em 2 equipas outra vez, mas desta vez conseguimos alcançar a Final (ganhámos a Trancoso por 1pt e perdemos na Final com Gouveia por 6 pt). Mas foi um dia de basket em cheio, com a descida da calçada romana de Loriga pelo meio...

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15FUTEBOL

Torneiosinter-turmasVencedores 2012-2013

CMB obtém 3.o Lugar

Futebol 7O XXVI – Convívio de Futebol 7, do Colégio São João de Brito, organizado anualmente com início em Janeiro prolongando -se até Maio, contou uma vez mais com a participação dos alunos do CMB, obtendo o Escalão de Escolas (alunos nascidos em 2002/2003) um honroso 3.ª Lugar.Participaram no Torneio e neste escalão as equipas do Colégio S. João de Brito A, B e C, Geração Benfi ca, Clube Futebol “os Belenenses”, Real Sport Clube, Colégio Salesianos Estoril, Colégio Valsassina, Escola Academia Sporting Carcavelos e o Colégio Manuel Bernardes.Os jogos decorreram no Colégio São João de Brito aos sábados de manhã.Este ano a equipa liderada pelo Sr. Luís Aldeia e com a ajuda do Sr. Carlos Sousa, contaram com a presença do Vasco Gaspar 4.º E, Pedro Carvalho 5.º A, Francisco Dias 5.º D, João Vieira 5.º D, Diogo Marques 4.º C, Martim 4.º C, Afonso Fernandes 5.º E, Manuel Inácio 5.º A, Tiago Eiras 5.º B, Diogo Melo 5.º E, Guilherme Penha 5.º A, Rodrigo Correia 4.º D e Vasco Machado 5.º A.Pela participação, dedicação e esforço, a todos o nosso obrigado.

FormaçãoFoi com um grande orgulho e dedicação que os alunos dos 2.º e 3.º anos do 1.º ciclo representaram o seu Colégio Manuel Bernardes no XXVI - Convívio Infantil de Futebol 7 – escalão Formação, organizado pelo Núcleo de Futebol do Colégio S.João de Brito.

Quinzenalmente, aos sábados de manhã, entre janeiro e maio de 2013, os nossos alunos reuniram -se para participar no torneio de futebol contra outras 7 equipas demonstrando sempre um grande entusiasmo e vontade de vencer dando o exemplo de companheirismo, amizade e espírito de equipa que foram determinantes para o sucesso que alcançaram. De facto, a obtenção de um honroso 4.º lugar na classifi cação fi nal é um exemplo claro de como a ambição, o desafi o e o espírito de entreajuda demonstrado pelos alunos do Colégio Manuel Bernardes constituem valores fundamentais ao sucesso que se pretende para o seu desenvolvimento pessoal.A competição contra equipas que realizam treinos regulares ao longo do ano e que se apresentavam com staff técnico composto por 4 a 6 elementos, contrastava com alguma falta de experiência da nossa equipa dada a ausência de treinos organizados no Colégio mas que não impedia os nossos alunos de tentarem jogar de igual para igual e muitas vezes com elevada qualidade.Os jogos foram todos disputados com bastante fair -play e a equipa do Colégio Manuel Bernardes registou, ao longo do torneio, 7 vitórias, 6 derrotas e 1 empate tendo obtido o resultado mais expressivo na 10.ª jornada (27/4) com uma vitória por 6 -2 contra a equipa da Academia Sporting Carcavelos.De realçar a presença de elementos femininos na equipa do Colégio que se integraram com grande motivação e empenho, contribuindo para um conjunto mais unido e multidisciplinar.Quero ainda deixar um agradecimento especial ao excelente trabalho realizado pelos responsáveis Carlos Sousa e Luis Aldeia que com pouco conseguiram muito, ou seja, com recursos muito limitados conseguiram motivar, unir e organizar os nossos alunos, formando uma equipa que tão bons resultados alcançou sejam desportivos ou de desenvolvimento pessoal.Por último há que reconhecer e dar os Parabéns a todos os alunos participantes bem como aos Pais que conviveram ao longo deste período e desejar que continuem com a mesma paixão e entusiamo, a elevar mais alto o nome do nosso Colégio.

Equipas:Colégio Manuel BernardesColégio S.João de Brito AColégio S.João de Brito BColégio Sagrado Coração MariaAcademia Sporting CarcavelosGeração Benfi caSL Benfi caSporting CP

Classifi cação Final:Classificação Final Pontos G.M. G.S. Jorn.1.0 SL Benfica 41 54 12 142.0 Sporting CP 36 50 20 143.0 Ger.Benfica 30 32 26 144.0 C.Manuel Bernardes 29 25 33 145.0 C.S.J.Brito -B 25 34 33 146.0 SCP Carcavelos 24 25 42 147.0 C.S.J.Brito -A 23 22 39 148.0 C.S.Coração Maria 16 14 51 14

Futebol Masculino – 1.º Ciclo – 4.º E

Futebol Masculino – 2.º Ciclo – 5.º D

Futebol Masculino – 3.º Ciclo – 8.º D

Futebol Masculino – Secundário – 10.º A

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Propriedade e Administração: COLÉGIO MANUEL BERNARDES

Morada: Qta. dos Azulejos – Lg. Padre Augusto Gomes Pinheiro, 44 – Paço do Lumiar 1600 -549 Lisboa

Telefone: 217 570 501 • Fax: 217 572 311 • email: [email protected] • site: cmb.pt

Direção/Redação: Pe. António Tavares – Jorge Amaro

Design: Quiná • Paginação e impressão: Gráfi ca 99, Lda • Dep. Legal: 19238

O Colégio celebra a sua Fé

DESDE 1935

Um farol...Guiando a gente na Terra.Colégio Manuel Bernardes

Já se tornou um costume começarmos o terceiro período sempre com os olhos postos nas grandes celebrações da nossa caminhada de fé ao longo do ano lecti-vo. Este ano não foi excepção. Depois de avisados os alunos e seus respectivos

pais e encarregados de educação das datas das celebrações começou logo a sentir -se no ar uma emoção e agitação próprias de quem está prestes a realizar algo de muito importante na sua vida.E assim aconteceu, no Sábado, dia 20 de Abril, acabados de regressar das férias da Páscoa, o 6.º ano do nosso colégio iria celebrar a Profi ssão de Fé às 10.30h na Igreja de São João Baptista no Lumiar. Todos vestidos de alvas brancas, com as velas de Baptismo nas mãos e o coração cheio de entusiasmo começava a proclamação solene da fé dos nossos alunos neste Ano da Fé.Em seguida, no dia 10 de Maio, pelas 19h na Sé Patriarcal de Lisboa, aconteceu a celebração do Crisma. Os alunos do 9.º ano juntamente com os padrinhos e familiares dirigiram -se para a Sé com a certeza de que estavam a um passo de encerrarem a sua iniciação cristã e manifestarem o seu testemunho adulto de seguimento a Jesus Cristo. Presidiu ao Crisma o Sr. Bispo D. Joaquim Mendes que deixou a todos uma palavra de amizade e de compromisso para a vida.Na sexta -feira, dia 18 de Maio, foi a vez de os alunos do 4.º ano peregrinarem até ao Santuário de Fátima para aos pés da virgem Maria agradecerem a fi nalização de um ciclo de estudos manifestando o seu carinho e agradecimento aos professores que os ajudaram a crescer e a serem mais sábios.No último Sábado do mês de Maio, dia 25, pelas 12h, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa, foi o momento alto da celebração da Primeira Comunhão dos nossos alunos do 2.º ano. A Igreja estava repleta de familiares e amigos dos nossos alunos que viveram este momento com emoção e fé, até porque tivemos o privilégio de ter a imagem peregrina do santuário de Fátima a abençoar os nossos meninos e meninas. Esta cerimónia revestiu -se ainda de mais emoção porque seria a última vez que a catequista Sr.ª D. Maria Helena Remédio estaria à frente destes destinos. Gostaria aqui de deixar uma palavra de homenagem e agradecimento profundo à Maria Helena pelo seu trabalho, dedicação e entrega ao nosso Colégio e seus alunos. Bem -haja Maria Helena por tudo que nos deu e transmitiu. Que Deus a recompense de todo o bem e alegria que foi semeando ao longo destes anos de catequista e amiga.Para fi nalizar só gostaria de afi rmar que estamos de parabéns., estamos todos de parabéns! Parabéns ao Colégio pelos alunos que tem! Parabéns aos professores e todo o pessoal do Colégio que se orgulha de pertencer ao Manuel Bernardes!

Pe. António Tavares

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