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JOGOS E BRINCADEIRAS TEATRAIS: PERSPECTIVAS DE AÇÃO

PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Autora: Adenici Aparecida Sitta

Orientadora: Prof.ª Drª Vânia de Fatima Matias de Souza

RESUMO: A pesquisa realizada teve como objetivo analisar como os Jogos e

Brincadeiras Teatrais podem se constituir em recursos de ação para a prática

pedagógica nas aulas de Educação Física, oportunizando ações coletivas que levam

ao avanço na aprendizagem da linguagem oral e corporal dos alunos. Para tanto,

realizou-se uma pesquisa do tipo descritiva. As discussões revelam a importância

dos jogos teatrais para o aprendizado na educação física como facilitador da

aprendizagem e desenvolvimento corporal, construção de regras, visão crítica e

reflexiva em uma ação pedagógica em potencial, que no processo educacional visa

desenvolver habilidades e competências, ou até mesmo aprimorar, sensibilizando o

aluno a se auto perceber entre as pessoas, como um ser importante no espaço em

que ocupa ao mesmo tempo em que da sentido na sua existência.

PALAVRAS-CHAVE: PDE. Educação Física. Educação. Jogos e brinquedos

teatrais.

1. INTRODUÇÃO

Ao pensarmos em algo extraordinário que está sempre em transformação, só

podemos entender que estamos falando do ser humano. E quando se fala em pré-

adolescente, observamos a constante necessidade de estímulos por meio de

metodologias que abordem neste individuo a importância de saber conviver em um

mundo onde precisa dividir o espaço em que vive ao expressar suas ideias e

pensamentos, bem como, seu modo de agir em relação às pessoas com que

convive. Jogos e Brincadeiras Teatrais são ferramentas que podem auxiliar nos

procedimentos didático-pedagógicos de forma lúdica nas aulas de qualquer

disciplina.

Ao desenvolver as atividades do projeto, tomei cuidado para que as mesmas

pudessem atender a uma problemática em sala, busquei focar no que pretendemos,

a quem e o que transmitir para que a mesma se consolide em resultados positivos

ao mesmo tempo em que se trabalham relacionamentos, espontaneidade,

imaginação, criatividade, expressividade, percepção e auto avaliação. Para (VIOLA,

p.18, 2007) Mais do que mera atividade lúdica, o jogo constitui-se como cerne da

manifestação da inteligência no ser humano. Com isso é possível além de atingir o

objetivo almejado, progredir com novas aquisições de aprendizados que serão

significativas para os alunos em uma perspectiva futura.

Neste contexto desenvolve-se a pergunta: “Será que as aulas de Educação

Física por meio de Jogos e Brincadeiras Teatrais possibilitam o desenvolvimento de

ações coletivas de reciprocidade, altruísmo, e colaboram para o desenvolvimento da

linguagem oral e corporal dos alunos do 6º no do Ensino Fundamental?” É diante

dessa situação que, um sistema fundado para ser o ambiente de execução do

programa PDE Escola, é utilizado como ferramenta de planejamento e gestão da

escola para todas estas ações. Em outras palavras, tornou-se a uma forma de

planejamento e gestão de vários programas e ações de PDDE. Desse modo

estabeleceu-se o desenvolvimento do Projeto “Jogos e Brincadeiras Teatrais”,

constituído em perspectivas de ação para a prática pedagógica nas aulas de

Educação Física Escolar, oportunizando ações coletivas que levam à melhora da

linguagem oral e corporal dos alunos. Com objetivos específicos de proporcionar ao

aluno expressar-se livremente, criando seus personagens, dando vazão as suas

emoções e fazendo uso da sua criatividade, dentro do contexto proposto pelo

projeto, “regras de convivência”.

2. RESULTADOS E DISCUSSÕES: JOGOS TEATRAIS E A

SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA.

A sociedade está inserida de algum modo na vida dos nossos alunos,

interferindo positivamente ou negativamente na aprendizagem e na sua formação.

Certamente teremos situações conflitantes como, dificuldade em se expressar, em

expor ideias e pensamentos, trabalhar em grupos, entre muitos outros. Faz-se

necessário uma comunicação aberta e honesta, respeitando limites de cada um,

pois somos diferentes, mas não desiguais. Ensinar o outro é uma prática que requer

um objetivo e uma ação motivadora na formação da reflexão e do comprometimento

responsável com aquilo que faz. O diálogo deverá ser atuante e que se utilize de

recursos linguísticos simples, de fácil acesso e compreensão, portanto (SPOLIN,

p.25, 2007), as oficinas de jogos teatrais são úteis ao desenvolver a habilidade dos

alunos em comunicar-se por meio do discurso e da escrita, e de formas verbais.

Alguns alunos apresentam dificuldade em determinada área de estudo, como

exemplo, matemática, língua portuguesa, entre outras, mas, demonstram

capacidade e habilidade em outras áreas, como pintura, teatro, desenho, esportes,

xadrez, etc. As oficinas de Jogos teatrais são úteis ao desenvolver a habilidade dos

alunos em comunicar-se por meio do discurso e da escrita, e de formas não verbais

(SPOLIN, 2010, p.28). Nesta circunstancia, o que possibilita a descoberta destas

habilidades, do seu potencial, que deve ser desenvolvido de alguma forma,

incentivando a participação, aceitando desafios, aprendendo com os erros, ser

ousado, e perceber que são capazes de realizar atividades diversas, fazendo uso da

criatividade, proporcionando assim a aprendizagem. Spolin (1986) expõe a seguinte

questão: “Por que trazer os Jogos Teatrais para sala de aula?” Em resposta, ela

menciona que as oficinas de jogos teatrais são os melhores métodos para

desenvolver liberdade dentro de regras estabelecidas, ao mesmo tempo em que

mantém um relacionamento de contato entre professor e aluno, levando-os a

comunicação, ou seja, estamos sempre criando e sugerindo regras para se obter

disciplina, com isso muitas vezes ficamos limitados nas ações e reflexões, assim, os

jogos teatrais podem trazer frescor e vitalidade para a sala de aula.

As oficinas de jogos teatrais não são designadas como passatempos do

currículo, mas “sim como complementos para a aprendizagem escolar, ampliando a

consciência de problemas e ideias fundamental para o desenvolvimento intelectual

dos alunos” (SPOLIN, 1986, p. 29). Assim, justifica-se a importância de estudar os

jogos e brincadeiras teatrais na escola. Esta reflexão, nos mostra como o aprendizado

ocorre, quando conseguimos responder a questionamentos e superarmos problemas que

surgem no período de explanação do que é proposto a ser feito e, os pré-conceitos no que

se refere quando for o momento de se expor em público. Propõe-se que a Educação

promova conhecimento e a utilização do teatro como instrumento pedagógico auxiliando no

processo ensino-aprendizagem na escola.

2.1 JOGOS TEATRAIS COMO AÇÃO PEDAGÓGICA

A finalidade desse estudo foi o de analisar por meio dos Jogos e Brincadeiras

Teatrais em poder constituir uma perspectiva de ação para a prática pedagógica nas

aulas de Educação Física Escolar, oportunizando ações coletivas que levam à

melhora da linguagem oral e corporal dos alunos. Além do mais, visa demonstrar

que o aluno pode expressar-se livremente, criando seus personagens, dar vazão as

suas emoções e fazendo uso da sua criatividade, propiciando o desenvolvimento de

atividades lúdicas com fins de promover junto aos alunos situações de respeito à

diversidade cultural no ambiente que estão inseridos com foco nas regras de

convivência, ao mesmo tempo em que oportuniza ações cotidianas que levam ao

desenvolvimento das percepções visuais, auditivas e espaciais na contribuição

aquisitiva do domínio da linguagem oral, corporal e da escrita:

O processo de desenvolvimento das capacidades de expressão é mais

importante do que o produto final, motivo pelo qual não se deve enfatizar a avaliação de uma pintura, de uma dança ou de uma peça criada pelo aluno, mas avaliar seu modo de atuar, o que nos revela o crescimento gradual de

suas potencialidades expressivas (REVERBEL, 2010, p.22).

O projeto “Jogos e Brincadeiras Teatrais, são na realidade, fontes de energia

que ajudam os alunos a aprimorar habilidades de concentração, resolução de

problemas e interação em grupo (SPOLIN p.25, 2007), na perspectiva de ação para

a prática pedagógica nas aulas de Educação Física Escolar” possibilitará a

integração e interação entre professor e aluno de modo direto e claro e de forma

natural, criando um contexto educacional único e privilegiado, disponibilizando

interesses pedagógicos de socialização e cooperativismo oportunizando o

desenvolvimento de uma relação entre querer aprender e aprender. Já na pesquisa

de mestrado realizada por Neves (2006) destaca-se que, a autora sugere que:

[...] o uso dos jogos teatrais não só para o ensino do teatro em si, mas também vinculados à possibilidade de estimular as capacidades, competências e as habilidades cognitivas dos alunos. (NEVES, p. 88, 2006).

Estes assuntos já foram abordados em diferentes datas, em diferentes

pesquisas. No estudo realizado por Santos e Faria (2010) os autores buscaram

realizar uma pesquisa acerca dos Jogos teatrais na escola, onde afirma que,

O jogo teatral pode colaborar na formação de pessoas críticas e abertas ao diálogo, pois o jogo propõe um problema a ser resolvido, cuja solução deve

ser encontrada em grupo e não solitariamente. Isso permite e suscita o envolvimento do grupo, a criatividade, o improviso e a intuição que são vitais para a aprendizagem. Assim o educando se torna o foco da

aprendizagem (SANTOS; FARIA, p. 4, 2010).

Esta prática oportuniza o desenvolvimento da usar a criatividade, o

imaginário, as ideias originadas por atividades onde as barreiras se tornam

ferramentas pedagógicas com fins de levar o aluno ou o grupo a raciocinar na busca

de superações ocorrendo assim, o aprendizado e as demais vantagens ofertadas

por esta prática, para (FREIRE, 1981, p.55) os seres humanos, seres da práxis,

transformar o mundo, processo em que se transformam também, significa impregná-

lo de sua presença criadora, deixando nele as marcas de seu trabalho.

a. OS JOGOS E BRINCADEIRAS TEATRAIS NO ENSINO DE

EDUCAÇÃO FÍSICA

A transmissão de conhecimento por meio da Educação Física visa

desenvolver debates e levantamentos de questões, levando a motivação de

encontrar respostas, seja por pesquisas ou outro meio em que se possa praticar na

escola. Nesse contexto, os “Jogos e Brincadeiras Teatrais” surgem como uma

abordagem de temas dentro de um contexto social educativo e promissor,

proporcionando um aprendizado de modo lúdico e divertido, em contrapartida

gerando situações problemas ao mesmo tempo em que gera situações respostas,

sendo assim:

A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionara a criança estabelecer relações cognitivas com experiências

vivenciadas, bem como relacioná-la a demais produções culturais e simbólicas conforme os procedimentos metodológicos compatíveis a esta pratica (MACHADO, 2011, p.19).

Dúvidas e Questionamento podem ser ferramentas poderosas na formação

de um cidadão crítico e participativo, assim também como, a timidez, o

acanhamento, a falta de socialização, pode ser útil, apresentando surpresas

inesperadas nos resultados, pois, na medida em que as duvidas forem sendo

elucidadas, os valores de possibilidades e competências serão notados por eles na

certeza de contribuir na sua formação como cidadão integrante da sociedade, com

isso,

A maioria dos jogos é altamente social e propõe problema que deve ser

solucionado – em ponto objetivo com o qual cada individuo se envolve e interage na busca de atingi-lo. Muitas habilidades aprendidas por meio do jogo são sociais (SPOLIN, 2007, p.26).

Será necessária a participação de toda comunidade escolar para que este

projeto se realize independente das problemáticas que surgirão, pois, estas mesmas

problemáticas serão auxiliadoras quanto à forma de avaliar o crescimento e

desenvolvimento do aluno. Teremos uma visão diferenciada e também responsável

na construção de indivíduos que convivem em uma sociedade onde são capazes de

acompanhar toda esta transformação aparentemente inovadora que valoriza a

formação e as interações humanas, pois, para (FREIRE, 1981, p.53):

Enquanto o ser que simplesmente vive não é capaz de refletir sobre si

mesmo e saber-se vivendo no mundo, o sujeito existente reflete sobre sua vida, no domínio mesmo da existência e se pergunta em torno de suas relações com o mundo.

Nessa perspectiva, pode-se entender que toda prática docente se concretiza

a partir das ações pedagógicas compartilhadas no cotidiano escolar resultando em

reflexões que nos levam às mudanças, sejam elas pessoais ou coletivas.

Considerando essa perspectiva, enquanto sujeito, que modifica a si próprio e o

contexto do qual está inserido deparamo-nos com realidades adversas na rotina

escolar, dando destaque às questões relacionadas à comunicação e a fala peculiar

entre os alunos e professores. Fato este, que vem ocasionando certa inquietude

pessoal e profissional, (VIOLA p. 36, 2007), Liberdade criativa não significa

descartar a disciplina. Entretanto, no ambiente escolar essa ação comunicativa tem

se mostrado um tanto descompassada, considerado que há uso vulgar da

linguagem, sendo muitas vezes ofensiva, extrapolando as peculiaridades linguísticas

regionais e sua diversidade.

Tratar as questões de formação humana implica em possibilitar aos indivíduos

a identificação das ações coletivas, o pensar enquanto grupo na importância dos

relacionamentos pessoais e interpessoais tanto em sociedade como também no

ambiente escolar, desenvolvendo as capacidades de expressão dos mesmos e

melhoria da cognição, pois, havendo uma conscientização existe uma possibilidade

do aluno se reconhecer em determinados momentos exercitando a capacidade

argumentativa e reflexiva gerando o pensar acerca de determinadas atitudes que

muitas vezes geram conflitos desnecessários nas relações cotidianas escolares.

Os jogos e brincadeiras teatrais desenvolvem-se em um contexto como

instrumentos de ação cuja finalidade será proporcionar a interação e o

desenvolvimento de ações comportamentais controladas pelo próprio aluno, ou seja,

saber esperar a vez de falar e como falar. A comunicação será um tema em

relevância de como ser educado ao conversar com colegas, professores e todos da

escola, também deverá respeitar regras entre outras situações que envolva postura

e comportamento ético para o bom convívio em sociedade. Fazer uso destas

atividades como ferramenta poderá proporcionar incentivo a pequenos trabalhos em

equipe, a cooperação, ao mesmo tempo em que possibilita a desenvoltura de

expressão, sendo estas atividades compatíveis a todos do grupo tornando possível a

realização da mesma pelo aluno, precisamos então proporcionar para nossos alunos

estas oportunidades, pois,

Poucos são as oportunidades oferecidas às crianças para interferir na

realidade, de forma que possam encontrar a si mesmas. Seu mundo,

controlado pelos adultos que lhes dizem o que fazer e quando fazer, oferece

poucas oportunidades para agir ou aceitar responsabilidades comunitárias.

A oficina de jogos teatrais oferece aos alunos a oportunidade de exercer

sua liberdade, respeito pelo outro e responsabilidade dentro da comunidade

da sala de aula (SPOLIN, 1986, p.30).

Educar é contribuir na formação de indivíduos participativos, com opiniões

próprias, autonomia para escolhas, ousadia nas atitudes, pessoas reflexivas e

atuantes em um cotidiano escolar com ampliação no âmbito familiar e social.

Considerando minhas experiências na prática docente, constato que se faz

necessário à implementação deste projeto como meio de intervir nas situações

conflitantes de caráter ético, moral e social e de como isso contribuirá com o

universo escolar.

O professor da Educação Física procura desenvolver o sistema cognitivo,

afetivo e intuitivo, portanto, Viola Spolin (2010) vem com sugestões que nos colocam

na condição de aproveitamento de ideias, a fim de desenvolver um trabalho

gratificante e prazeroso com nossos alunos, de forma lúdica, por meio dos métodos

utilizados por ela. Proporcionou uma inovadora técnica de improvisação, através de

exercícios e jogos de improvisação, focando no indivíduo e na sua capacidade,

criatividade e expressividade, então,

Experienciar é penetrar no ambiente, é envolver-se total e, organicamente com ele. Isto significa envolvimento em todos os níveis: intelectual, físico e intuitivo. Dos três, o intuitivo, que é o mais vital para a situação de

aprendizagem, é negligenciado (SPOLIN, p.3 2010).

Considera-se que os jogos e brincadeiras teatrais promovem situações de

conflitos a fim de desenvolver uma breve argumentação reflexiva referente à postura

do aluno em sala de aula, bem como, a socialização e cooperação, dentro de uma

ética moral e social no cotidiano e possibilita ações que permitam aos alunos a

refletir sobre suas atitudes ao realizar atividades, que, independente do grau de

dificuldade e ou especificidade, desenvolvam as regras de convivência, respeitando

a si mesmo e o outro.

b. JOGOS TEATRAIS NA RELAÇÃO ENSINO APRENDIZAGEM

O significado mais coerente de Jogos Teatrais é a formação de uma estrutura

organizada através de regras não limitando o desenrolar das atividades

improvisadas com o objetivo motivador de auxiliar indivíduos introspectivos, levando-

os a descontração, desenvoltura, oratória entre outras potencialidades e habilidades,

que será desenvolvida por meio do processo de aprendizagem.

O processo de desenvolvimento das capacidades de expressão é mais

importante do que o produto final, motivo pelo qual não se deve enfatizar a avaliação de uma pintura, de uma dança ou de uma peça criada pelo aluno, mas avaliar seu modo de atuar, o que nos revela o crescimento gradual de

suas potencialidades expressivas (REVERBEL, 2010, p.22).

Os jogos representam inovações na vida dos nossos alunos, uma ferramenta

valiosíssima para o desenvolvimento e crescimento do valor humano, onde a

mobilidade corporal se expressa de maneira livre ao mesmo tempo em que,

respeitam as regras do jogo estimulando a cooperação, inclusão, superação, valores

e outras características a serem inseridas em outras áreas de sua vivência humana

no âmbito escolar, familiar ou social, o que muitas vezes é visto apenas nas aulas de

Artes.

Os jogos tornarão os alunos mais conhecedores de si mesmos. Jogando, os alunos não irão adquirir apenas habilidades de performance, mas aprenderão também as regras básicas para contar histórias, apreciação da

literatura e construção de personagens. Por meio do jogo, eles irão desenvolver imaginação e intuição, e descobrir como se projetar em situações não familiares. (Spolin, 1986, p.24).

Sendo assim, o indivíduo que se modifica, gerando praticas de convivência

que estão além dos seus costumes, sofrem com estas transformações até tomar

consciência da sua importância para um entendimento com o próximo na sua

relação social como individuo presente neste mundo.

O projeto “Jogos e Brincadeiras Teatrais, é na realidade, fontes de energia

que ajudam os alunos a aprimorar habilidades de concentração, resolução de

problemas e interação em grupo (SPOLIN p.25, 2007), na perspectiva de ação para

a prática pedagógica nas aulas de Educação Física Escolar” possibilitará a

integração e interação entre professor e aluno de modo direto e claro e de forma

natural, criando um contexto educacional único e privilegiado, disponibilizando

interesses pedagógicos de socialização e cooperativismo oportunizando o

desenvolvimento de uma relação entre querer aprender e aprender. Afinal:

A verdadeira liberdade pessoal e a auto expressão só podem florescer numa atmosfera onde as atitudes permitam igualdade entre aluno e professor, e as dependências do aluno pelo professor e do professor pelo

aluno sejam eliminadas. (SPOLIN, 2010, p.8).

Todos devem dar a sua contribuição no processo, trabalhando na elaboração

dos textos, bem como nas adaptações, dando forma e significado da existência da

vida humana, valorização pessoal, bem como caráter, pensamento crítico e a

cidadania, em um contexto de aprendizagem que corresponde às expectativas

procuradas pelos alunos e professores de forma direta e objetiva. Viola Spolin

(2010) em seu livro “Improvisação para o Teatro” nos proporciona situações de

desenvolvimento do processo com atividades e exercícios que agem como

ferramentas, dando embasando naquilo que queremos obter, que é um indivíduo

autônomo, que reflete nas suas ações, saber expressar-se na sua vida diária de

modo que possa obter respostas para seus questionamentos, conseguindo viver em

sociedade de forma ativa e prazerosa.

O papel do professor é fundamental na mediação do processo de atividades

propostas relacionadas aos Jogos Teatrais, pois ele apresenta o problema, mas as

buscas pelas soluções devem ser feitas pelo grupo onde visa à participação de

todos, cada um na sua função, de modo que, o aluno aprendera lidar com diversos

momentos de atitudes comportamentais, como limites, conflitos, medo, verdade,

mentira, embaraços, aprende a expor suas ideias e pensamentos, conseguindo

assumir seu autocontrole emocional de resposta, na impulsiva manifestação de raiva

ou alegria, com a prática destas atividades de forma simples e prazerosa, afinal:

O professor saberá orientá-los e integrá-los através da comunicação e

brincadeiras e, sobretudo, desenvolver e aplicar o aprendizado no sentido de melhorar a integração e o respeito com os colegas, trazendo melhor qualidade de vida, saúde e bem estar (SILVA, 2000, p. 6).

Uma das principais contribuições dos jogos e atividades teatrais é que o aluno

começa a compreender regras. Dessa forma, saber se comunicar são atitudes que

contribuem para a nossa inteligência, pois são aprendizados que levaremos pelo

resto de nossas vidas, educação cabe em qualquer lugar e ocasião. Precisamos

saber respeitar as pessoas, saber que a principal condição do aluno em aprender é

a do professor ter condições para realizar suas atividades, com responsabilidade,

ocasionando paz e harmonia na sala de aula (REVERBEL, 2010).

A autora Spolin (2010) afirma que se o ambiente permitir pode-se aprender

qualquer coisa, e se o individuo permitir, o ambiente lhe ensinara tudo o que ele tem

para ensinar. A escola é um dos principais pontos de interação relacional,

principalmente na sala de aula no que se refere a alunos e educadores, onde estes

que, são agentes formadores de opiniões, deve então proceder de forma ética e

coerente para que aluno tenha um ponto de referencia para seguir, pois, os jogos

teatrais encorajam a disciplina artística e, ao ligar o indivíduo ao grupo, produzem

comportamento responsável.

Percebendo então as ocorrências de atitudes agressivas nas aulas de

educação física, principalmente por meio da fala, entendo ser necessário incentivar

a pratica de ações pedagógicas que retomem e coloquem em pauta atitudes de

respeito e tolerância, e compreender a importância da linguagem nas relações

sociais (ROSSINI, 2008). Nesse sentido, o caminho metodológico a ser seguido na

implementação desse projeto se dará por meio de obras literárias, que proporcionara

suporte para a realização dos Jogos e Brincadeiras Teatrais, contribuindo na

formação de ideias, cuja finalidade será de promover momentos de socialização nas

quais o foco será a participação de todos, (VIOLA p.36, 2007), na verdadeira

criatividade, está implícito que uma pessoa livre para criar dentro da forma de arte

precisa ser altamente disciplinada.

O presente artigo objetiva relatar o resultado de um projeto de pesquisa

realizado no curso de formação continuada “Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE”, no ano de 2016 com implementação no ano de 2017, –

instituído pela Secretaria de Estado de Educação (SEED) do Paraná. Como

estratégia para execução e concretização deste artigo e obtenção dos resultados

aqui divulgados, foi desenvolvido (e aplicado na escola em questão) o que é

denominado pelo PDE de Produção Didático Pedagógico (e/ou sequencia didática)

com base em parâmetros que dessem subsídios para valorizar por meio de jogos

teatrais as regras de convivência dos alunos da escola pública. O projeto foi aplicado

no GTR, Grupo Total em Rede, no site da SEED-PR

(www.diadiaeducacao.gov.br.pr), momento em que houve socialização de todo o

trabalho com professores da rede pública, via e@escola, portal da secretaria de

Educação.

Estes assuntos já foram abordados em diferentes datas, em diferentes

pesquisas. No estudo realizado por Santos e Faria (2010) os autores buscaram

realizar uma pesquisa acerca dos Jogos teatrais na escola, onde afirma que:

O jogo teatral pode colaborar na formação de pessoas críticas e abertas ao diálogo, pois o jogo propõe um problema a ser resolvido, cuja solução deve

ser encontrada em grupo e não solitariamente. Isso permite e suscita o envolvimento do grupo, a criatividade, o improviso e a intuição que são vitais para a aprendizagem. Assim o educando se torna o foco da

aprendizagem (SANTOS; FARIA, p. 4, 2010).

Diante desse trabalho com as crianças o trabalho pautou-se teoricamente no

resultado que os jogos e brincadeiras teatrais auxiliam o desenvolvimento da criança

durante as aulas de Educação Física. Apresenta-se no decorrer do trabalho a

relevância dos jogos teatrais no ensino nas aulas de física e a relação ensino-

aprendizagem.

2.2 OS JOGOS TEATRAIS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: RELATO DA EXPERIÊNCIA

A família e a escola são essenciais nesse processo de formação da criança,

pois, são responsáveis em promover os aportes básicos e necessários para o

desenvolvimento de comportamentos em sociedade. Para (BIASOLI-ALVES, 2004),

o grupo familiar é importante na determinação e organização da personalidade, além

de influenciar significativamente o comportamento individual através de ações e

medidas educativas adotadas no âmbito familiar. Em alguns casos o diálogo

praticado em casa contradiz a ética e a moral, não fazendo parte do cotidiano do

aluno refletindo então, na sua convivência escolar, através de demonstração de

comportamentos agressivos tanto verbais como físicos.

Esta implementação foi dirigida a alunos na faixa etária entre 11 e 12 anos, da

6ª séries do ensino fundamental do Colégio Estadual Olavo Bilac de Sarandi,

pretendendo-se obter dados para descrever resultados no decorrer do processo de

implementação de forma qualitativa, sendo assim, a implementação almejou

alcançar uma sala, composta por mais ou menos 35 alunos, sendo estes moradores

de bairros com distância percorrida por ônibus escolar da classe média baixa e baixa

onde foi desenvolvida por situações que envolveram regras de convivência que

ocorreu no decorrer das aulas no ano letivo, e o nível da implementação aconteceu

de forma gradual focada no tema e enfatizando palavras respeitosas de uso casual

no dia a dia.

Quando entrei na sala de aula senti um pouco de receio, por não saber se os

alunos aceitariam participar do projeto de modo espontâneo. Para minha surpresa, a

aceitação foi imediata e recebida com entusiasmo. Foi possível agir com

desenvoltura e naturalidade, mas com muita responsabilidade, onde participaram

das etapas proposta pela professora PDE. Os objetivos foram alcançados de forma

surpreendente, e creio que não trouxe nenhum problema para o colégio, pois eu,

como profissional que sou, soube respeitar a direção, professores, alunos e pais, da

mesma maneira eles com minha pessoa. Com isso ganhei experiência, e o mais

importante, levar para os anos subsequentes nos meus planejamentos escolares as

ações desenvolvidas neste projeto. Foi válida a implementação, pois com a

participação dos alunos, nas aulas, ouve um aprendizado tanto pelo professor PDE

quanto para os alunos envolvidos no projeto.

2.3 MATERIAIS E MÉTODOS

Sabendo disso, foi desenvolvida estratégias de ações que se adotou durante

a implementação do referido projeto de intervenção no Colégio Estadual Olavo Bilac,

no município de Sarandi, NRE de Maringá, com alunos do 6º ano do Ensino

Fundamental. As atividades de integração teórico-práticas ficam assim planejadas

envolvendo em primeiro período a elaboração do Projeto de intervenção pedagógica

na escola, o segundo período ocorreu à produção Didático-Pedagógica, o terceiro

período foi desenvolvido a implementação do Projeto na escola e o Grupo de

Trabalho em Rede (GTR) e no quarto período o trabalho final resultou este estudo.

Considerando assim, o referido projeto e sua apresentação à Direção, Equipe

Pedagógica e professores do colégio, bem como meus objetivos, elucidação e

desdobramento das atividades que foram realizadas pautaram-se em as ações e

estratégias.

O cronograma das atividades foi desenvolvido a partir de 2016 e término em

2017. Houve pesquisa e leitura de materiais para elaboração do projeto/ produção

didática, contatos com o orientador, rascunhos e correções, cursos gerais,

específicos, tecnológicos e inserções UEM, envio do projeto de intervenção SACIR,

elaboração do Caderno Pedagógico, validação da sequencia didática,

implementação e aplicação do projeto na escola com carga horária de 32 horas,

avaliação dos alunos, Socialização do projeto no GTR, elaboração e apresentação

do artigo científico.

2.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As aulas foram desenvolvidas de maneira dinâmica, com teoria e prática, onde

envolveram os 32 alunos da sala de aula comum, o que corresponderam de forma

voluntaria na participação das atividades propostas, além do interesse pelas

atividades, criaram seu próprio jogo teatral, o que possibilitou que fizessem

comparação com a outra equipe, que também criou seu jogo teatral, fazendo

adaptações quando necessários, corrigindo os erros e melhorando cada vez mais a

entonação de voz, postura e movimentos corporais.

2.5 RELATO DA IMPLEMENTAÇÃO NA ESCOLA.

A partir da concretização dos estudos e da implementação do projeto que

ocorreu no primeiro semestre de 2017 todas as etapas, no qual, houve uma

apresentação das atividades, sua explanação, o porquê, para que e para quem, a

importância do projeto aos alunos e equipe diretiva, a execução das atividades de

acordo com cada etapa.

O presente relato da implementação do projeto, pretende expor as experiências

vivenciadas pelos alunos do 6º ano do ensino fundamental do Colégio Estadual

Olavo Bilac da cidade de Sarandi, Paraná. A proposta do projeto baseou-se em

jogos e brincadeiras teatrais, com o intuito de trabalhar regras de convivência entre

eles ao mesmo tempo em que busca desenvolver com as atividades, a

autoconfiança, desenvoltura, tonalidade da voz, espontaneidade, desinibição entre

outras características que o aluno possui ou adquiriu no decorrer da aplicação do

projeto.

Enfim, o jogo começou, onde foi possibilitada uma abertura para que os

alunos fizessem uso da sua criatividade, mesmo mediada pelo professor, tomando

como base os livros de literatura ofertados, onde se referia as regras de convivência.

Assim, as equipes se concentranram, nas suas ideias, criaram uma história para o

jogo, ou seja, uma história teria que estar amarrada com a história da outra equipe,

tinha que ter uma sequencia, surgindo então um desafio para trabalhar jogos

expressivos. Eu, quanto professora, contribui com a mediação, favorecendo o

diálogo, elaborando breves sugestões de como esses jogos podem ser

desenvolvidos, juntamente aos conteúdos didáticos, com a proposta dos alunos

criaremos pequenas cenas de jogos teatrais.

Os caminhos metodológicos adotados foram o de configurar um espaço para

envolver o diálogo, leitura de literaturas, e na pratica, a socialização de ideias e troca

de saberes de experiências já vivenciadas anteriormente. O relato evidencia

situações pertinentes aos alunos dessa única turma juntamente com a professora de

português que auxiliou nas correções da leitura e na produção dos textos. O projeto

baseou-se em alguns autores como Viola Spollin (2007) e Reverbel (2010), onde se

articula as observações e praticas metodológicas na obtenção de resultados.

Os alunos neste processo poderiam questionar elaborar, adaptar, refletir

sobre o tema, fazer as mudanças necessárias, argumentar. Com isso, tive o

privilégio de ter uma grande oportunidade de observar no período de

desenvolvimento do processo dos jogos teatrais, onde aprendi muitas coisas com

eles, das quais posso aplicar na minha caminhada como professora. No começo foi

difícil, pois ficaram tímidos, vergonhosos, constrangidos, mas aos poucos foram

tomando gosto. O jogo teatral foi apresentado com sucesso pelos alunos, apenas

pediram que o mesmo ficasse restrito em sala de aula. Foi válida a experiência tanto

para mim quanto para eles. A implementação envolveu dez etapas divididas em três

momentos. Explanação do projeto e seu objetivo, aquisição do contexto a ser

trabalhado, os praticam e execução das atividades propostas.

2.6.1. Momento 1: Apresentação do projeto e relato de experiências.

Após a apresentação do projeto por parte do professor foi à vez dos alunos, onde

organizaram um círculo, permitindo que todos se olhassem para ouvir, em um

contexto grupal, onde a maioria se manifestou dizendo que seria seu primeiro

contato com atividades desta categoria, outros relataram que já vivenciaram

algumas experiências teatrais na igreja ou na comunidade, trazendo na memória

lembranças que vieram contribuir para motivar a turma a querer participar do projeto

de forma voluntária. Estas expectativas só serviram para aprofundar mais sobre o

tema, conhecer as aplicações pedagógicas do processo aprimorando os

conhecimentos já adquiridos.

2.6.2. Momento 2: Aquecimento, introdução à vivência grupal e integração dos participantes.

As ações desenvolvidas pelo professor criaram situações que facilitaram

identificar no grupo cada personagem que poderiam fazer, criando uma interação

coletiva, influenciando na criação de personagens e suas características dramáticas

bem como gerando um ambiente de confiança e segurança entre eles, onde

puderam compartilhar os momentos experimentados na hora do jogo, os

sentimentos de medo, angustia confusão, alegria, timidez, entre vários outros os que

ampliaram a compreensão do personagem no jogo. Estas ações foram atividades

relacionadas a jogos teatrais, onde pôde de modo natural vivenciar momentos de

atuação enquanto jogavam.

Um exemplo de jogo foi à atividade 1: “O equilibrista”.

O professor deve sugerir, em voz baixa, quais objetos serão

carregados;

Em um sinal combinado, o grupo fica estático;

Os demais alunos deverão identificar o objeto carregado pelo grupo, se

é mole ou duro, pesado ou leve, grande ou pequeno etc.

Ponto de concentração

Expressão gestual

Observação

Atividade 2: “Exposição - “Vocês olham para nós”“. “Nós olhamos para vocês”.

Dois grupos (A e B).

Grupo A vai a frente da sala, enfileirados de canto a canto.

Grupo B fica sentado.

Grupo A, ficará exposto na frente da sala e o grupo B observando, não

podendo se expressar de forma alguma. Consequentemente o grupo que está à

frente começará a sentir certo desconforto, mudando de posição, rindo entre outras

coisas. O professor deverá limitar isso.

Ponto de concentração

Observação e foco.

Quebra gelo.

Atividade 3: “Criando cenário humano”.

Dois grupos, A e B.

Cada grupo deverá formar um cenário fazendo uso do próprio corpo para compor

este cenário. Ex. Hora de fazer um bolo. Os alunos representarão os ingredientes, a

batedeira, etc. Nesta atividade foi feito apenas dois grupos, motivo este, a

necessidade de vários integrantes para compor o cenário humano.

Ponto de concentração

Observação de detalhes;

Criação;

Liderança, cooperação e socialização.

2.6.3. Momento 3: Pratica e execução.

Houve a criação, socialização e aplicação das regras de convivência. Este

espaço foi reservado exclusivamente para que os alunos de modo espontâneo

pudessem criar suas histórias para o jogo, baseando nos livros literários como

exemplo, oferecidos pelo professor, fazendo com que desenvolvessem técnicas e

adaptações para que todos do grupo pudessem participar. O interessante foi à

empolgação, motivada pela ação de querer escrever a história e criar personagens

atípicos, com erros e acertos. Observei que houve uma socialização entre eles, cada

um respeitando o limite do outro e até mesmo proporcionando palpites referentes a

determinado aluno, tipo, com quem ele se parecia e poderia desenvolver o

personagem no jogo. Houve também, descoberta de lideranças, o que proporcionou

organização nas atividades. Este período foi à vez dos alunos jogarem entre eles

mesmos. A história envolvia animais, pessoas, objetos, onde eram protagonistas e

antagonistas, as regra de convivência aconteceu entre eles no momento de preparar

as histórias, pois como é um jogo, não requer muitos ensaios. Foi muito divertido, a

aceitação pelos jogos teatrais obteve resultados surpreendentes.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sendo assim, propiciou por meio das atividades trabalhadas a formação de

uma consciência reflexiva, no caráter e na construção de um individuo capaz de

viver em sociedade, influenciando com esta pratica outros ambientes por ele

frequentados. Devemos então, ser justos e resolver de forma harmoniosa as

situações conflitantes que surgem neste emaranhado mundo escolar.

A Educação Física veio contribuir com esta formação de pratica relacional,

visando desenvolver além das capacidades de expressão, todo tipo de

aprendizagem, explorando as capacidades de relacionamento, suas potencialidades,

imaginação, espontaneidade, disciplina, percepção entre muitos outros objetivos,

interagindo com os alunos na sua totalidade levando-os a participação neste

processo de desenvolvimento, contradizendo entendimentos errôneos por parte de

alguns indivíduos no que se refere a essa disciplina.

Conclui-se que os jogos e brincadeiras teatrais podem ser desenvolvidos

diante de um planejamento pensado e elaborado a partir de pesquisas

desenvolvidas pelo professor. Tais atividades são capazes de promover habilidades

cognitivas e motoras nos alunos e transformá-los em pessoas críticas e reflexivas.

Mediante as atividades elaboradas e aplicadas em sala de aula pode-se perceber a

eficiência das atividades lúdicas com os educandos, pois se tornaram mais

participativos e tiveram maior compreensão dos conteúdos propostos.

4. REFERÊNCIAS

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FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade. 5ª ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1981. 149 p. 21 cm (O Mundo, Hoje, v. 10).

GONÇALVES, F. Psicomotricidade & Educação Física: Quem quer brincar põe o dedo aqui. São Paulo: Editora Cultura , 2010.

MACHADO, J. R. M.– 100 jogos psicomotores: uma pratica relacional na escola / José Ricardo Martins Machado, Marcus Vinícius da Silva Nunes – Rio de Janeiro:

Wak Editora, 2011. 164p. : 21 cm.

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07/07/2016. REVERBEL, G. O. Jogos teatrais na Escola: Atividades Globais de Expressão:

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ROSSINI, M. A. S. Aprender tem que ser gostoso... - / Maria Augusta Sanches

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SPOLIN, V. Jogos teatrais para sala de aula: um manual para o professor / Viola

Spolin; [Tradução Ingrid Dorminien Koudela] – São Paulo: Perspectiva, 2008.