peças e esquetes teatrais

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ÍNDICE A Morte de Rose Jovem, Levanta do Comodismo. Dark Wizard: A Peça ESTUDO te constrói e o NADA te destrói. FAMÍLIA que se constrói o NADA não destrói.

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Autor: Peterson Soares da Silva

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Page 1: Peças e Esquetes Teatrais

ÍNDICE

§ A Morte de Rose § Jovem, Levanta do Comodismo. § Dark Wizard: A Peça § ESTUDO te constrói e o NADA te destrói. § FAMÍLIA que se constrói o NADA não destrói.

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PERSONAGENS

Rose

Pai de Rose

Mãe de Rose

Carla (a melhor amiga)

Padre

Noivo falso

Parente (figurante)

Narrador

CENÁRIOS

Os cenários serão de uma igreja e de um velório.

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Os personagens estão todos em cena, parados, como se estivessem congelados, e então entra o narrador.

Narrador – Boa Noite! ... Bem, todos sabemos que estamos destinados à morte. É o destino de todos nós. Mas nenhuma morte foi tão Linda, porém tão dramática como a Morte de Rose...

Toca-se a marcha nupcial e entra Rose vestida de noiva. Quando ela chega ao altar se depara com um noivo no qual não é o seu.

Rose – O que está acontecendo aqui? Que palhaçada é esta?

Mãe – Rose, não estou lhe entendendo minha filha?

Rose – Cadê meu noivo?

Padre – Aqui está o noivo. (apontando para um noivo falso ao seu fado)

Noivo – Eu sou o noivo.

Rose – o quê? (ela tira o véu e mostra seu rosto) Olha bem para a minha cara e veja se sou sua noiva? (sempre falando em tom agressivo e desesperado)

Noivo – Mas esta não é minha noiva.

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(nesse momento entra a amiga de Rose dando uma trágica notícia o parente e o noivo sai de cena desesperados)

Carla – O noivo morreu!!!

Rose – O quê?

Carla – Calma Rose, você vai conseguir superar isto, tenha calma!

Rose fica desesperada e não tem o que dizer, Carla tenta acalmar sua amiga de todas as forma.

Carla – Eu sei que vocês tiveram grandes momentos juntos, e sei o que você está sentindo, mas você precisa se acalmar Rose.

Padre – Meu Deus! Como isso foi acontecer? Irei rezar por essa pobre alma.

Carla – Se acalme Rose, irei junto com ele.

Nisso aproxima-se seus pais para tentar acalma-la. O narrador a ajuda em todo o momento.

Mãe – Calma minha filha, isto pode ser um engano!

Rose – Como engano mãe. Eu perdi o meu noivo, o que vai ser de mim!

Pai – Minha filha, do jeito que você está não vai conseguir resolver nada.

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Rose – Como resolver! Pai o amor da minha vida acabou de morrer!

Rose desmaia e seus pais e o narrador lhe segura e a leva até um banco próximo.

Mãe – Minha filha, vou ver o que aconteceu direito, não fique assim. Se acalme, por favor!

A mãe sai de cena e fica o seu pai tentando consola-la.

Entra em cena sua amiga.

Pai – Carla conversa com ela. (o pai sai de cena)

Rose – (ainda desesperada) Como foi isso Carla!

Carla – Foi um assalto, ele foi esfaqueado.

Rose – Mas bem no dia do meu casamento.

Carla – Poxa Rose, você acha que bandido tem dia pra matar. O melhor a fazer é irmos par casa e relaxarmos.

Rose – Eu quero morrer Carla. Por que ele não me levou também.

Carla – Para com isso. Sua hora não chegou.

Sai as duas de cena e entra o narrador.

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Narrador – Rose passou seu dia inteiro triste, às lágrimas por um noivo que foi tragicamente assassinado. E isso fez a cabeça de Rose ficar confusa. Rose não tirou seu vestido de noiva nem no dia do velório de seu noivo. Vamos saber como seguiu esta trágica história.

Entra todos os personagens com uma expressão triste, trazendo o caixão do noivo.

Padre – Estamos aqui para nos despedir do nosso irmão, este que sempre foi bom com todos nós, mas que por causa de um grave acidente deixou sua família e uma noiva no qual o amava muito.

Entra Rose desesperada gritando e corre até o caixão.

Rose – Saiam daqui, fiquem longe dele! Ele é meu, só meu! Ninguém vai enterrá-lo! Ninguém!

Carla – Rose saia daí, para com isso amiga. (Carla é empurrada)

Rose – Sai daqui, não quero ver ninguém!

Saem todos os personagens ficando em cena apenas Carla e Rose.

Carla – Calma Rose, você precisa se acalmar vai aparecer outra pessoa em sua vida. Você vai arrumar uma solução para isso.

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Rose – É! Eu vou sim. Vou viver com ele na eternidade.

Carla – Calma Rose, pare com isso. O que você pretende fazer.

Rose – Saaaaaaaaiiiiiiiiiiii daqui! Fora me deixa junto com ele. Sai daqui. Está surda sai!

Carla – Pare Rose isso é doideira. Você não pode ficar maluca Rose PARE!

Rose – Sou maluca sim. Maluca por ele. Eu o quero aqui!

Carla – Chega, as pessoas estão ficando tristes com você.

Rose procura por algo.

Carla – O que você está procurando? O que você vai fazer ?

Rose – Me deixa Carla. Chega de dor, sofrimento e angústia. Eu o quero agora.

Carla – (chorando) Pare Rose. Não vê que você está me fazendo sofrer com tudo isso.

Rose – Sofrer? Você não sabe o que é sofrer. Você nem sabe o que é amar!

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Carla – como você tem coragem de me dizer uma coisa dessas. Você me decepcionou muito. Fique só e me esquece.

Carla sai e Rose fica sozinha.

Rose – (dirige-se ao público) Amar, ninguém sabe o que é amar. O sofrimento é apenas um sentimento que faz parte da dor. (ela cai ao chão e grita sempre chorando) DOR, SOFRIMENTO, acabe com isso Marcos, me leve, me leveeeeee. Chega de sofrer. Hoje acabo com essa maldita dor. Não consigo viver sem você. A vida é dura de mais. Na morte encontrarei minha única salvação. Quero você, TE QUERO.

Rose desesperada encontra um punhal. Sua morte é certa, mas antes de morrer Carla volta.

Carla – Rose, o que você vai fazer? Não faça uma coisa destas. (Carla tenta segurar Rose)

Rose – Me solta! Você não entende? A morte é minha solução.

Carla – Que solução Rose, pare! (ela segura Rose novamente)

Rose – Me solta! Sai daqui! Viveremos juntos sim! Juntos para sempre.

Carla – Rose não faz isso.

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Rose crava o punhal em seu peito, caindo nos braços de sua amiga, que desesperada grita por socorro.

(entram o pai e a mãe)

Pai – Rose, minha filha, nãããããããão.

Mãe – Pra que isso? Pra que?

Rose morta nos braços de sua melhor amiga e seus pais ao lado, choram desesperadamente, por sua querida Rose.

A cena se congela e entra o narrador.

Narrador – Triste estória não é mesmo? Mas como toda boa estória, Rose teve seu final feliz.

O narrador caminha até Rose, ele a pega pelas mãos e a levanta, onde a envolve em seus braços e em um caloroso beijo, desperta os personagens congelados e entram os outros que também participaram da peça, que fazem uma cena de que como estivesse vendo Rose sendo enterrada, todos muito tristes e de fundo toca uma leve música que simboliza tristeza e felicidade. O narrador caminha com Rose até o local do túmulo e este fala:

Narrador – Eu e Rose ficaremos juntos na eternidade.

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(neste momento ele se pronuncia o noivo morto)

Obs.: O narrador poderá entrar em qualquer momento da peça para ajudar a Rose. Sem nenhuma fala apenas com expressão corporal.

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PERSONAGENS

Henrique

Paulo

Beto

Samanta

Elisa

Ketlyn

Mônica

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Entra Henrique e Paulo e se encontram no centro do palco.

Henrique – Fala Paulo! Como anda meu brother? Paulo – Com as pernas.

Henrique – Sempre bem humorado. E aí, vai na festa do Beto amanhã? Vai ser o dia inteiro, a galera vai estar se reunindo a partir das 08 horas da manhã. Só quem não vai é a Ketlyn, você acredita que ela entrou na furada de “Vão em paz, e que o Senhor Vos Acompanhe”?

Paulo – Pô cara, não vai dar. Pois tenho que me reunir de manhã com a galera da PJ. Eu também estou nessa, junto com Ketlyn.

Henrique – Brother, fala sério! Não estou acreditando neste absurdo, o cara mais boa pinta da praça vai trocar uma Festa pela Igreja? Que bicho te mordeu?

Paulo – Não foi bicho nenhum. Se chama “O chamado do Espírito Santo”, você conhece?. Por que você não vem?

Henrique – Irmãozinho, você precisa com urgência de um médico. Ta falando umas coisas totalmente estranhas. E vem cá, você pirou? Eu, o Grande Henrique ir para a Igreja, nem morto. Tenho mais coisas importantes para fazer. Conclui a minha Crisma e

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muito mal, foi só para a felicidade dos meus pais, se depender de mim não volto mais naquele lugar.

Paulo – Tenha mais respeito, olha como você fala da casa de CRISTO.

Henrique – Ah! brother, quer saber? Vai lá pra sua Igreja, que eu vou mesmo é pra festa. Vai ter altas gatinhas e eu não vou perder isso por nada.

Paulo – Um dia você vai compreender que sem Deus nossa vida não têm valor. O que é mais engraçado, é que, você só vai entender isso, quando necessitar muito da Ajuda Dele.

Henrique – Dele quem? Brother, quem manda na minha vida sou eu. Não preciso da ajuda Dele e de ninguém.

Paulo – Um dia você verá que está errado. Valeu! A gente se vê amanhã.

Henrique – Ué, você resolveu ir a festa e perder sua preciosa reunião da PJ? Bom, pensei que você tinha virado Rato de Igreja junto da Ketlyn.

Paulo – Brother, você não entende nada mesmo. Eu vou a igreja, e depois a festa. E acho melhor você retirar o que disse. Não é porque eu estou na igreja, que deixei de viver e deixei de ser jovem. Você tem

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uma visão muito errada da Igreja e de quem a freqüenta. Não dá para dialogar com você. FUI!!!

Paulo sai de cena.

Henrique – Não acredito, que estou perdendo o meu melhor amigo para algo que não existe. Vou pra casa, que amanhã uma festa me espera...

Henrique sai de cena.

No dia seguinte na Festa do Beto por volta das 14 horas.

Beto – Até agora, não acredito, que o Paulo entrou na lábia da Ketlyn. Esta garota tá mudando a cabeça do meu Brother.

Henrique – E eu não sei, desde que eles começaram a namorar, o cara vem mudando. Você acredita que ele tentou jogar esse papo de igreja pra cima de mim?

Entra Samanta e Elisa.

Samanta – Quem falou de Igreja? Devem ta falando da Beata da Ketlyn.

Elisa – Nem me fala, aquela garota está ficando insuportável, toda vez que nos encontramos ela fala da tal PJ. Estes dias ela tentou me convencer a ir. Eu inventei uma desculpa de que estava muito ocupada.

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Henrique – Com vocês também? O Paulo me fez a mesma proposta.

Samanta – E você vai?

Henrique – Eu? To fora! Nada de igreja. Vocês lembram quando fizemos aquela Crisma? Para quê aquela palhaçada?

Elis – Nem eu sei até hoje. E aquela rodelinha molhada no vinho? O que é mesmo aquilo?

Entra Paulo de mão dadas com a Ketlyn, acompanhados de Mônica.

Paulo – Se chama Hóstia. E vocês poderiam ter um pouco mais de respeito. Vocês não estão falando de qualquer coisa não. É do Corpo e Sangue de Cristo. Espero que tenham mais respeito.

Beto – O que você está fazendo aqui? Pensei que estava com seus novos amigos.

Ketlyn – Vocês não entedem nada mesmo heim. Até quando pretendem ficar nessa vida? Nada fazem o dia inteiro. Só querem saber de bagunça e muita festa. Até quando? Já pensaram que a vida não é um mar de rosas?

Henrique – Sem querer cortar o assunto, mas já cortando? Quem é essa gatinha aí do lado? Não

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acredito! O Velho Paulo voltou! Pegando duas de uma vez só. Não deixa barato heim! irmãozinho.

Paulo – É nada disso que você está pensando! Estou muito feliz com a Ketlyn, e não a troco por ninguém. Esta é Mônica, coordenadora lá da PJ. Chamei-a aqui para esclarecer algumas coisas a vocês. Para vocês entenderem que nem tudo é como pensam..

Henrique – Eu não quero saber de nada. To fora.

Mônica – Calma gente, pelo menos me deixe falar. Se vocês não gostarem, ou acharem chato, podem sair e me deixar falando sozinha, eu ao ligo.

Henrique – E não vem com essa! Fui.

Henrique sai de cena.

Beto – Ok! Vamos te ouvir só para não pegar muito mal para você.

Todos se sentam em roda, de maneira que o público os veja.

Mônica – Bom, deixe eu começar. Primeiro falar a vocês, que nós da PJ, não somos ratos de igreja como dizem. Nós reunimos na Igreja, falamos de CRISTO, mas somos jovens como vocês. Gostamos de zoar, de festas, mas a diferença é que possuímos uma expectativa de vida bem diferente.

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Samanta – Mas o que vocês fazem especificamente numa PJ?

Mônica – Bom, nos reunimos todos os domingos, dialogamos, fazemos dinâmica de grupo, lemos a Bíblia, mas além disso temos congressos, festas, e outras atividades que só envolvem “jovens”. Na PJ, vocês estarão com jovens como vocês, que zoam como vocês, que curtem uma festa como vocês, e muitas outras coisas.

Elis – Se vocês são tão iguais a gente, para quê ficar dentro de uma Igreja?

Beto – Isso ai! Não é melhor vir para um churrasquinho de amigos?

Mônica – Cama ai. Digam-me, vocês julgam muito mal a Igreja, e principalmente Deus. Mas quem é a primeira pessoa a quem você procura em um momento tão difícil? Quem aquele que sempre te ajudou mesmo sem você perceber? Quem é a primeira pessoa que você invoca em um momento de tristeza?

Elis – Minha mãe, ora ....

Mônica – Será mesmo? Se um dos três, puderem responder, com firmeza, que nunca na suas vidas pediram a ajuda dele, pode dar um tapa com toda sua força na minha cara.

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Silêncio

Mônica – Pois é, estão vendo. Pedem tanto a um Deus Misericordioso e Bondoso, mas se esquecem de agradecê-lo, não é verdade?

Beto – Pois é...

Mônica – Nos reunimos, conversamos sobre a Sua Palavra, no intuito não só de pedir, mas de agradecer, pela vida que nos foi dada, por cada momento feliz que passamos, por cada momento triste que superamos, tentando se aproximar Dele no intuito de conseguir um mundo melhor, Paz. È muito fácil, pedirmos a Ele um Discman, dinheiro, e outros. Mas por que não pedir por saúde, paz, que ajude um amigo num momento triste. Orar por esse amigo.

Ketlyn – É Mônica, mas esses amigos que temos só pensam neles mesmos. Na PJ aprendemos o verdadeiro sentido da amizade e da união. É fácil chamarmos uma pessoa de amiga, e no momento que ela mais precisa, nos afastamos, não é mesmo? Na PJ não é assim, somos uma família, onde todos nos preocupamos uns com os outros e com todos que nos cerca. Isto é ser amigo, Isto é ser irmão.

Samanta – Estou adorando o papo, será que eu posso aparecer por lá domingo?

Elis – Eu também posso?

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Beto – e eu?

Mônica – é lógico! Sempre serão Bem Vindos na casa de Nosso Senhor. E a PJ sempre irá acolher todos os irmãos que nos procura.

Paulo – Bem muita coisa tem que ser esclarecida, então vamos adiar esta conversa para o nosso encontro no domingo ok?

Samanta – Certo. Então vamos dar uma volta?

Todos saem de cena. Entra Henrique sozinho.

Henrique – Todos me abandonaram, que droga. Tudo por causa do Paulo e da Imbecil da Ketlyn. Agora todos estão indo pra Igreja. Não sei o que tem de mais. (vibra o celular). Opa! Meu celular ta vibrando. Deixa eu ver quem é. Alô, Mãe? O que está acontecendo? Por que a senhora está chorando? Como é? (desesperado) O pai está internado? Na CTI? O que houve? Fala logo! Como? Enfarte? E é grave! Calma que eu to indo aí. Como não? Quer dizer que não posso visitar o meu pai? E o que posso fazer para ajudar? Nada! Tá mãe. Espera que eu acho que já sei o que vou fazer!

Henrique sai de cena entra todos para começar a reunião, fazem como se estivessem falando algo. Entra Henrique.

Henrique – Posso entrar?

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Paulo – Lógico! Entra...

Elis – O que você faz aqui?

Henrique – Meu pai está internado. Achei que vocês poderiam me ajudar.

Mônica – Henrique, neste momento acho que nós, particularmente, não temos como te ajudar fisicamente, mas conheço uma pessoa que pode.

Henrique – Quem? Me digam logo! Eu pago o que quiser. Minha família é bem rica, paga qualquer tratamento.

Ketlyn – Mas quem disse em pagar? A Pessoa que estamos te falando não cobra nenhum tostão. Apenas que faça o bem e que saiba que ele sempre estará ao lado de seus filhos.

Beto – A Pessoa que estamos te falando é Deus.

Henrique – Mas eu não sei rezar.

Mônica – Vamos te ajudar. Uma corrente de oração é mais forte do que um sozinho.

Samanta – Exato! È por isso que é tão importante a União. A União sempre fará a força, e tenho Fé que seu pai vai melhorar.

Mônica – Vamos dar as nossas mãos, fechar os nossos olhos, e nos unir em uma corrente. Todos vocês

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(virando para a platéia) Dêem as mãos e se juntem nesta nossa oração. (tempo).

Iniciar uma Oração. Orar por todos ali presentes, pelos enfermos, e por amigos e familiares.

Após a Oração

Mônica – (Dirigindo-se ao Público) Ser Cristão, é saber dar sem pedir em troca, é saber a hora de ajudar sem esperar ser ajudado, é saber amar, mesmo se não for amado. È saber perdoar até o imperdoável. È ter fé em Deus, sem interesse. O Comodismo é uma das armas que nos afastam de Deus. Quando notarem que algo está errado, reflitam, reflitam muito. Deus não quer sacrifícios dolorosos de seus filhos, mas que lembre-se dele pelo menos 10 minutos ao dia, tire esse tempinho, converse com ele, ore por todos os irmãos, pois se cada um fizer sua parte, todos teremos um mundo muito melhor. Ir a Missa, pertencer a uma pastoral é muito fácil, qualquer um faz. Mas sentir a palavra de Deus tocar nossos corações naquele momento tão especial, somente aqueles que possuem fé conseguem. Jovem, Levanta. Saia do comodismo. Abra seu coração e deixe Deus agir em sua vida, conheça nossa pastoral, ou outra que a Igreja nos oferece, ajudemos uns aos outros. Traga mais e mais pessoas a igreja, mostre a elas o caminho do Senhor, vamos ser evangelizadores,

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pois, se é a união é que faz a força, então vamos construir esta força. È como a história do beija-flor na floresta, se cada um levar um pouquinho d’água, todos apagaremos a chama, chama esta que nos afasta de nosso Senhor. Eu estou fazendo a minha parte, Chegou a hora de Você também fazer a sua. Muito obrigado, e a Pastoral da Juventude da Igreja Nossa Senhora da Conceição aqui de Santa Cruz agradece a presença de todos vocês. Um muito obrigado. E Sejam Todos sempre Bem-Vindos.

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PERSONAGENS

Dark Wizard (Pedro)

White Wizard (Daniel)

Dark Witch (Bianca)

Dark Creator (Júlio)

Dark Angel (Bernardo)

Super Blond (Antony)

Dancer os Shadows (Roberto)

Angel of Death (Márcio)

Elfo (Laurence)

Narrador

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NARRADOR – Fora previsto a muitos anos que nasceria antes do início da última década do segundo milênio depois de Cristo, uma criança com o poder de destruir toda a Terra. Esta criança se chamaria Dark Wizard. Contudo, onde há trevas, também há luz, e juntamente a esta previsão foi também anunciado que no mesmo dia nasceria o ser com o poder de salvação, aquele capaz de impedir a concretização dos planos de Dark Wizard. E é aqui que começa nossa história, vinte e nove de abril de 1985.

-- Entra Laurence com um bebe no colo --

LAURENCE – Ele nasceu! Devo esconder esta criança daqueles que o querem para o mal. Passei anos esperando por seu nascimento.

-- Entra Julio encapuzado –

JULIO – Em vão. Entregue a criança para mim, ou te destruirei aqui mesmo.

LAURENCE – Nunca! Esta criança, pode ter nascido para o mal, mas não pertencerá a ele. Eu mesmo farei com que a criança use seus poderes para o bem.

JULIO – Jamais! DARK DESTRUCTION!!!

LAURENCE – PROTECTION!!!

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JULIO – Seus poderes são fracos Elfo. Com o nascimento de Dark Wizard, meus poderes aumentaram dez vezes mais.

LAURENCE – Não se esqueça que o meu mestre também nasceu. White Wizard!!

JULIO – Eu mesmo ordenei que o matassem!!! Meus servos o encontrarão!!

LAURENCE – A profecia não irá se concretizar!! Eu vou me assegurar disso!!

JULIO – Me entregue agora!

LAURENCE – Nunca!!! Terá que me matar Dark Creator!

-- Laurence sai com a criança –

JULIO – Será um enorme prazer! Elfo!

-- Julio sai de cena –

NARRADOR – Laurence fugiu e entregou a criança a uma simpática mulher, e a fez jurar que nunca contaria ao garoto o que ele realmente era, e que ele nunca aprenderia magia. Os anos passam. Precisamente, vinte anos se passaram e finalmente a verdadeira história começa. Com uma amizade fatal!

-- Entra Pedro e Daniel –

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PEDRO – Cara, hoje vai rolar aquela festa bombada lá no Centro da Cidade. Vamos?

DANIEL – Não sei veio! Chama a Bianca também! Se eu não for, ela pode ir.

PEDRO – Pow veio, você é o meu melhor amigo, meu brother, você tem que ir pra colocar umas minas na minha fita, umas amigas suas que com certeza estarão por lá.

DANIEL – Pode até ser. É! Vou Sim!

PEDRO – Isso Ae... Olha quem vem lá, Bianca!

-- entra Bianca –

BIANCA – Olá meninos!!! Tudo bom? E aí o que tem de bom hoje?

PEDRO – Vamos à boate, quer ir?

BIANCA – Eu iria, se não fosse pela ...

-- entra Laurence, se arrastando –

-- Bianca corre para socorrer –

BIANCA – O senhor está bem? O que está havendo?

LAURENCE – (fala com muita fraquesa) Fui atacado! Preciso encontrar Pedro.

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BIANCA – Pedroooo, este senhor está solicitando sua presença.

PEDRO – Como? Impossível!!! Nunca o vi na minha vida. Como ele sabe meu nome?

LAURENCE – Sou Elfo! Escutem por favor o que tenho a lhes dizer. Eu estou morrendo, e preciso que me escutem.

DANIEL – Calma moço, fica parado que eu vou chamar uma ambulância.

LAURENCE – Não é necessário. Preciso prevenir vocês dois.

PEDRO – Prevenir do quê?

LAURENCE – Existe um grupo de pessoas que estão a procura de vocês. Vão matar você Daniel. E vão levar você, Pedro, para longe de todos para concretizar a profecia de Bianca.

BIANCA – Você fugiu de algum hospício?

LAURENCE – Não! Acreditem em mim. Escutem com atenção! Numa época antiga, antes do nascimento de cristo, houve uma guerra fatal, entre uma raça muito antiga, que hoje é considerada um mito. Os Magos! Existiu uma maga com o poder visionário muito poderoso, seu nome era Dark Witch, ela disse que a guerra acabaria naquela época, contudo a mesma

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guerra seria travada novamente, pois todos os seres renasceriam para seguir um único mestre, aquele com poder para destruir toda a terra. Ele se chamaria Dark Wizard. Os seres bons temeram esta previsão, e seu líder resolveu interferir no futuro. Uma raça de magos brancos interferiu na profecia, juntaram seus poderes e acrescentaram que ao nascer de Dark Wizard, nasceria um ser chamado White Wizard, com o poder para salvar todos os seres da Terra.

PEDRO – O senhor andou lendo muito Harry Potter, não foi?

DANIEL – Que história sem pé nem cabeça!

BIANCA – O que esta história infantil tem haver conosco?

LAURENCE – Não é história infantil! -- ele fala irritado – É verdadeira. Querem você Pedro, porque tu és Dark Wizard. E querem matar a ti Daniel, pois você é White Wizard.

-- Todos se espantam --

BIANCA – Pára! Não vê que está assustando a gente?

PEDRO – A mim não! Não acredito em loucos!

DANIEL – E eu nunca lutaria contra o Pedro.

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LAURENCE – Mas lutarão! É o destino dos dois. Vocês irão lutar um contra o outro em prol da sobrvivência ou destruição da Terra.

DANIEL – NUNNNNCCCAAAAAAAAA (ele grita)

-- Daniel faz como se saísse magia de suas mãos e jogasse Lauresse longe –

-- Daniel se espanta com o que fez –

DANIEL – Eu vou para casa, preciso pensar!

-- Daniel sai correndo –

PEDRO – Você viu? Viu o que eu vi? O louco ta desmaiado porque o Daniel usou magia.

BIANCA – Será verdade? E se for! Você e ele vão lutar!

PEDRO – Não! Deus não permitiria isso! Ele é o meu melhor amigo, não posso lutar contra ele.

BIANCA – Eu vou embora. Se as palavras do Elfo forem verdadeira, eu sou uma bruxa. Vou embora! Agora!

-- Bianca sai e fica Pedro sozinho com Laurence jogado ao chão

PEDRO – Que doidera! Magia existe! Isso vai contra meus princípios! Minha mãe sempre dizia que não existia magia! Que era fantasia minha quando eu via

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espíritos. Que era fantasia quando eu conseguia fazer certas coisas acontecerem.

-- Julio entra –

JULIO – A culpa é do elfo.

PEDRO – Quem é você?

JULIO – Um amigo. Posso ajudar a você.

PEDRO – Por que a culpa é dele?

JULIO – Foi ele que te entregou a mulher que fez você desacreditar na magia. Eu sou seu pai.

PEDRO – Meu pai?

JULIO – Sim! Ele o roubou de mim quando você nasceu, ele usou magia para te aproximar do White Wizard e da Dark Witch, para impedir que você crescesse.

PEDRO – Não! Ele não fez isso.

JULIO – Fez! O nome verdadeiro do Elfo é Laurence. Um antigo guardião. Ele tem muitos anos de vida, alguns milênios para ser mais exato. Foi ele que liderou os magos para fazer nascer o White Wizard.

PEDRO – E você, o que é?

JULIO – Eu sou um dos magos negros da era antiga. Morri na guerra e renasci para servir ao meu filho. Veja,

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Laurence não serve mais. – ele aponta para laurence – WAKE UP!!

-- Laurence levanta por causa da magia e acorda –

LAURENCE – Julio? Não! Escute-me Pedro, não vá com ele, nãoa credite nas mentiras dele. O Julio só tem um objetivo! É o de ...

JULIO – SHUT UP!!

-- Laurence perde a voz –

JULIO – Está na hora de acabar com tudo Pedro! Diga FINAL DESTINATION e acabe com ele.

-- Laurence balança a cabeça pedindo para ele não fazer isso –

JULIO – Acabe com a pessoa que fez você se afastar da sua família, que fez você ser inimigo do seu melhor amigo. FAÇA!!!

-- Pedro fica com receio mas faz –

PEDRO – FINAL DESTINATION!!!

-- Laurence cai morto –

JULIO – Perfeito! Você está preparado para se juntar finalmente aos FIVE!! Esses quatro magos renasceram para seguir a você.

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-- Conforme ele chama entra cada personagem –

JULIO – Este é Roberto. A DANCER OF SHADOWS.

ROBERTO – É um enorme prazer conhecer tal ser magnífico.

JULIO – Este é Márcio. O ANGEL OF DEATH.

MÁRCIO – Terei prazer em servir tal divindade.

JULIO – Este é Bernardo, O DARK ANGEL

BERNARDO – A minha satisfação é poder servi-lo.

JULIO – Este é Antony, o SUPER BLOND

ANTONY – Ao meu senhor, eu digo, obrigado por existir.

JULIO – Todos são magos renascidos, prontos para servir a um único mestre. Você Pedro. O DARK WIZARD!

PEDRO – Não sei direito o que devo fazer. Não sei se quero destruir a terra. Não sei se devo realmente usar meus poderes para o mal. Vou-me embora, pensarei em tudo o que acontece.

-- Pedro sai de cena –

JULIO – Dancer os Shadows, vá atrás dele. Se ele se unir ao White Wizard. Mate os dois!

Page 36: Peças e Esquetes Teatrais

ANTONY – Matar? Mas não podemos matar o nosso mestre.

JULIO – (com fúria) EU SOU O MESTRE DE VOCÊS, E MAIS NINGUÉM! O único motivo dele estar vivo, é porque preciso realizar o ritual para ter os poderes dele. Mas ele precisa doar por vontade própria.

ROBERTO – Estou indo meu amo. Eu me assegurarei que ele não nos trairá.

-- Roberto sai –

JULIO – Angel of Death, vigie tanto ele quanto o Pedro. No passado, Dancer of Shadows pertencia aos magos brancos, e não posso permitir que ele leve-o para o lado do bem.

BERNARDO – Se ele pode nos trair. Porque o enviou mestre?

JULIO – Para teste, meu caro Dark Angel. Preciso saber de que lado ele está!

MONICA – Já estou indo mestre!

-- Mônica sai –

JULIO – Enquanto a vocês. Vamos! Me ajudem a preparar o ritual.

-- Saem todos os personagens –

Page 37: Peças e Esquetes Teatrais

NARRADOR – Dúvidas! Muitas dúvidas ocorrem na cabeça dos três amigos. A dor de saber que um dia se enfrentarão. Daniel e Bianca choram por saberem que um dia enfrentarão seu melhor amigo enquanto Pedro fica cada vez mais fascinado pelo seu poder. Pedro fugira de casa para treinar magia e Daniel e Bianca foram a sua procura. Finalmente chega o dia do grande encontro.

-- Entra Pedro fascinado, olhando suas mãos –

PEDRO – UAU! Quanto poder! Nossa, posso mudar o mundo com isso. Posso ser o dono dele.

--- Entra Daniel e Bianca –

DANIEL – Não Pedro. Não pense assim. O mundo tem que ser mudado sozinho, não devemos interferir.

PEDRO – Como me acharam? Não interessa! Sumam! Não quero vocês aqui.

BIANCA – Pedro, o que ta acontecendo com você? Você não era assim.

PEDRO – Eu sempre fui assim! Nunca perceberam? Bianca, me diga o que você vê para o futuro?? Serei um rei?

BIANCA – Não sei usar meus poderes. Nem acredito que eles existam.

Page 38: Peças e Esquetes Teatrais

PEDRO – Então suma daqui.

-- Ele aponta a mão para ela e ela salta para trás, sendo atingida por magia, Ela se levanta e sai correndo –

DANIEL – Como você tem coragem de atacar sua melhor amiga?

PEDRO – Você não me diga o que fazer.

-- Ele aponta para Daniel, mas Daniel junta as mãos em defesa e repele o poder –

DANIEL – Brother, acorda! Não vai adiantar em nada você fazer tudo isso.

PEDRO – Sabe, você está me enchendo. Se é você o cara que vai impedir meu triunfo, é melhor acabar com você agora mesmo.

-- ele se prepara –

-- Daniel abre os braços --

DANIEL – Então que se cumpra. Me mate! Pois o meu amigo morreu no dia que descobriu ser um mago. O Pedro morreu, pois ele nunca machucaria seus próprios amigos. Agora só existe o Dark Wizard. Só ele!! ANDA! LANCE A MAGIA!!!

-- Pedro recolhe as mãos –

Page 39: Peças e Esquetes Teatrais

PEDRO – Não vale a pena lutar com um fraco como você.

-- Entra Roberto –

ROBERTO – Não vou perder essa chance! FIRE BALL!!

-- Daniel cai para trás e se levanta –

DANIEL – LIGHT BALL!!

-- Roberta cai –

PEDRO – Parem os dois. O que acham que estão fazendo?

ROBERTO – Não podemos deixar ele vivo!

PEDRO – Eu ordeno que o deixe. Ouviu?

ROBERTO – Mas você não entende? A profecia

PEDRO – Não quero saber de profecia.

-- Entra Júlio –

JULIO – Mas eu sim! ANCHOR!!!

-- Pedro e Daniel ficam como se tivessem amarrados –

JULIO – Não vou perder essa oportunidade. De acabar com vocês dois. Não poderei ter o que eu queria, mas ninguém mais terá.

Page 40: Peças e Esquetes Teatrais

PEDRO – Como assim pai?

JULIO – TROUXA, nunca fui seu pai. O Laurence que era. Eu queria era os seus poderes. Não irei me curvar a um mago inexperiente como você. Eu serei o único a governar esta terra.

DANIEL – Nunca. ERASE!!

JULIO – Tolo! Sua magia não funciona neste feitiço lançado. Essas cordas invisíveis são anti-magia. Hahahahahahahahaha

-- Entra Márcio, Antony e Bernardo –

MÁRCIO – MAGIC DELETE!!

JULIO – O que é isso? Traição? Nunca! Como podem me trair?

ANTONY – Os Five só possuem um mestre, e ele se chama Dark Wizard!

-- Eles fazem a formação dos five –

PEDRO – E agora? Dark Creator, chegou o seu fim. É a sua hora de morrer!

JULIO – Não podem contra o meu poder

-- Daniel se junta a eles –

DANIEL – Com a minha ajuda eles podem sim.

Page 41: Peças e Esquetes Teatrais

TODOS JUNTOS - DIVINE MAGIC!!!

--Julio tenta deter o feitiço –

JULIO – Idiotas, mesmo que me derrotem, não vencerão. Dark Wizard, seu poder acordará e será o fim desse mundo. Eu não sou o verdadeiro inimigo e sim você.

-- ele não consegue deter, faz como se tivesse sido atingido por algo poderoso e cai morto –

DANIEL – Conseguimos! Acabamos com Dark Creator.

PEDRO – Daniel vai embora! Fuja!

DANIEL – Por quê? Amigo, acabamos de ver o que todos juntos podemos fazer.

PEDRO – Você ouviu. Eu vou me tornar muito pior, e nesse dia esquecerei que somos amigos. Cuide da Bia, ok? Ela está muito confusa.

DANIEL – Sim eu cuidarei.

-- Os dois se abraçam, Daniel sai solitário por um lado e PEDRO solitário pelo outro –

NARRADOR – Amigos ou inimigos? O que fazer quando o destino apronta conosco? Os anos se passaram, e num lugar bem ao longe uma batalha é traçada.

-- Entra Roberto correndo –

Page 42: Peças e Esquetes Teatrais

ROBERTO – PROTECTION!!

-- Entra Márcio caindo no chão –

MÁRCIO – O que houve com ele? Ele não era assim.

ROBERTA – AQUA BALL!!

MÁRCIO – FIRE BALL

-- elas caem como se magia tivesse voltado –

ROBERTO – Nossa magia se voltou contra nós, ele ta muito poderoso.

-- Antony entra correndo –

ANTONY – O que houve com ele?

-- Entra Bernardo –

BERNARDO – Ele enlouqueceu.

ROBERTO – Bernardo use a sua magia para nos proteger. De todos nós, você é o único que pode produzir uma barreira mágica muito poderosa para deter a magia dele.

BERNARDO – Ok! AIR BARRIER!

Voz – Tolos, não podem impedir a mim.

-- entra Dark Wizard vestido como mago –

Page 43: Peças e Esquetes Teatrais

PEDRO – Eu sou Dark Wizard! Ninguém pode acabar comigo!

ROBERTO – Pare! Você jurou fazer o bem!

PEDRO – Tolo Dancer of Shadows. Eu nunca faria o bem.

MÁRCIO – Você prometeu a ele. Você prometeu a ...

PEDRO – SHUT UP!!! Nunca mais fale o nome dele...

BERNARDO – Nós impediremos você!

ANTONY – SUPREME THUNDER!!!

BERNARDO – AIR FORCE!!

ROBERTO – AQUA BALL!!

MÁRCIO – FIRE BALL!!

-- Pedro rebate todo os poderes e diz –

PEDRO – DARK DESTRUCTION!!

--- todos caem no chão, muito fracos –

PEDRO – E para finalizar, FINAL DESTINATION!!!

-- todos caem mortos no chão –

PEDRO – Capachos, tirem eles daqui...

Page 44: Peças e Esquetes Teatrais

-- Pedro faz cara de desprezo, enquanto os contra regras tiram os atores caídos –

-- Pedro fala com o público --

PEDRO – Agora não existe barreiras. Eu serei o dono de toda a Terra.

-- Entra Daniel vestido de mago --

DANIEL – Nunca! Não vou permitir.

PEDRO – Você? Aqui? Que ótimo, acabo de vez e cumpro a profecia!

DANIEL – Amigo, volte a si. Volte a ser o Pedro.

PEDRO – Ele não existe mais, agora somente Dark Wizard!

DANIEL – Ele existe ainda dentro de você.

PEDRO – Nãããããããõoo!!!! SWORD!!!

-- aparece uma espada e Pedro a pega –

DANIEL – SWORD!!

-- Aparece uma espada e Daniel a pega –

PEDRO – Veremos quem governará..

--- Eles começam a lutar com espadas –

Page 45: Peças e Esquetes Teatrais

-- ao se afastar –

PEDRO – DARK BALL

-- Daniel desvia –

DANIEL – LIGHT BALL

-- Pedro é atingido –

-- voltam a lutar –

PEDRO – DARK DESTRUCTION!!!

--Acerta Daniel que cai no chão –

-- Pedro vai golpeá-lo no chão com a espada, e Daniel se defende, depois de esforço ele empurra Pedro e se levanta –

DANIEL – Acorte Pedro! Veja o que você está fazendo! Ganância por poder! O que vai levar você a isso?

PEDRO – Me levará a ser o dono de tudo!!!

-- reinicia a luta com as espada e Pedro atinge Daniel no coração, Daniel cai morto –

-- Pedro começa a rir, até perceber o que tinha feito –

-- larga a espada no chão –

PEDRO – O que eu fiz? Como pude fazer isso com a pessoa que sempre me ajudou? Meu Deus! Eu matei

Page 46: Peças e Esquetes Teatrais

meu melhor amigo por sede de poder! Nããããããoooo – ele começa a chorar – Não acredito que eu fui capaz! Danieeeeellll! – ele se ajoelha ao lado do amigo e bate no peito dele para ver se ele acorda – Acorde! Eu to ordenando! Acorde!! Eu juro que não farei mais isso!!! Por favor!!! Danieeeellll

-- entra Bianca –

BIANCA – Assim tava previsto!

PEDRO – (chorando) Por favor Bia! Faça ele viver!

BIANCA – Não existe feitiço para ressuscitar os mortos. Acabou Dark Wizard. O White Wizard, morreu.

PEDRO – Não, por favor!! Você é uma vidente, use seus poderes para ver uma saída. Eu quero o meu amigo vivo!!

BIANCA – Só existe uma maneira.

PEDRO – E qual é? Faço qualquer coisa!

BIANCA – Você terá que dar a sua vida por ele. Existe um feitiço, que permite a troca dos corações. Se você usar ele, você dará a sua vida pela dele. Topa?

PEDRO – A minha vida? Assim nunca mais poderei ver ele. E se ele fizer o mesmo comigo?

Page 47: Peças e Esquetes Teatrais

BIANCA – Não, a troca de corações só pode ser realizada uma única vez em cada pessoa. Não funcionará mais depois que você fizer.

PEDRO – Eu topo. Aliás, fui eu quem o matou! E eu darei a ele a vida novamente.

BIANCA – Então, faça-o renascer. Concentre-se e diga “CHANGE OF HEATS”.

-- Ele começa a se concentrar, mas é interrompido por uma voz –

VOZ – Não faça isso!

PEDRO – Quem está aí!

-- Entra Laurence –

LAURENCE – Sou eu, Elfo!

BIANCA – Impossível! Você morreu!

PEDRO – Pai! Eu matei você! Como pode estar vivo?

LAURENCE – Realmente, Final Destination me atingiu, mas eu consegui sobreviver, ou acha que poderia matar tão facilmente um mago com 3569 anos.

PEDRO – Fico feliz por ver você vivo pai.

Page 48: Peças e Esquetes Teatrais

LAURENCE – Desculpa não ter te contado antes que eu era o seu pai. Dark Witch no passado me disse em segredo que Dark Wizard seria meu filho.

BIANCA – Maldita hora que eu disse aquilo.

LAURENCE – Vejo que recobrou sua consciência da vida passada. Então já lembra de tudo.

PEDRO – Do que o senhor está falando pai?

LAURENCE – O feitiço que ela lhe ensinou o ajudaria a ressuscitar seu amigo sim, causando a sua morte. Mas desde o início, era esse o objetivo dela. Que você morresse.

PEDRO – Como?

BIANCA – Não acredita nesse mentiroso.

PEDRO – SHUT UP Bianca

-- Bianca perde a voz –

LAURENCE – Quando eu contei a vocês a verdade, fiz com que Bianca se lembrasse da sua vida passada. Ela lembrou da previsão dela. E arquitetou uma maneira de matar você.

PEDRO – A mim? Por que?

LAURENCE – Sem você no caminho, ela podia assumir o poder. Todos os magos revividos nesta era estão

Page 49: Peças e Esquetes Teatrais

mortos, se ela fosse a única maga existente, não haveria no mundo alguém capaz de enfrentá-la.

PEDRO – (aponta para Bianca) START!! É verdade?

BIANCA – Você não pode acreditar no que ele diz! Eu sou sua melhor amiga! Acredite em mim.

PEDRO – Lógico que acredito.

-- Ele entra na frente dela para defendê-la –

-- Ela dá um riso diabólico e levanta a mão para disparar magia –

BIANCA – FINAL DEST...

-- Pedro imediatamente vira-se e diz–

PEDRO – DARK BALL

-- Bianca cai –

PEDRO – Mentirosa! Como pode enganar a mim. (com fúria) Não acredito que você foi capaz de enganar seu próprio amigo. Você é a responsável por tudo isso!!

-- Ela se levanta –

BIANCA – Não Pedro, eu não sou a responsável! Quem matou todos eles, foi você. Veja ao chão, Daniel está morto e foi pelas suas mãos.

Page 50: Peças e Esquetes Teatrais

LAURENCE – Filho, você enfrenta dentro de si uma batalha monstruosa entre o bem e mal, não se culpe se por algum momento você foi dominado pelas trevas. Eu tenho uma missão aqui e vou cumprir.

BIANCA – Você se lembra bem o que te disse a 3550 anos atrás. Te disse em segredo. “O filho deveras escolher entre a morte do pai ou a salvação para a luz através de seu próprio sacrifício”. Laurence, seu filho terá que morrer para salvar a todos.

LAURENCE – Não mesmo. Sabe que é mentira. Você mentiu nessa previsão. E eu sei por que quer a morte de Dark Wizard.

PEDRO – Porque pai? Porque ela quer que eu morra!

LAURENCE – Ela perdeu os poderes depois que previu seu nascimento e informou que seria meu filho, foi castigada por revelar algo tão precioso, pois assim eu pude interferir. Com a minha interferência no futuro fazendo que nascesse White Wizard, fiz que ela perdesse todos os poderes visionários, e ela só recuperaria se a previsão não se concretizasse. E só existe uma maneira de isso acontecer.

PEDRO – Com a minha morte.

BIANCA – Que será causada agora! STARING DESTRUCTION!!!

Page 51: Peças e Esquetes Teatrais

PEDRO – PROTECTION! Pensei que ela tinha perdido os poderes!!

LAURENCE – Somente os que permitem ela prever o futuro. Ela precisa deles para governar. Para sempre descobrir o que seus inimigos pretendem fazer.

PEDRO – Você não me vencerá Bianca!

BIANCA – Pare de me chamar pelo meu nome mortal, sou Dark Witch!!! STAR BALL!!

PEDRO – PROTECTION!!!

-- ele é acertado –

PEDRO – Como? Meu feitiço de proteção não funcionou

LAURENCE – Ela é a única que sabe como realizar feitiços anti-escudos.

BIANCA – Eu vou matá-lo Dark Wizard

-- Laurence levanta as mãos e grita –

LAURENCE – STOP TIME!!!

-- O tempo pára – Todos ficam paralisados –

LAURENCE – Parei o tempo, tenho poucos minutos até tudo recomeçar.

-- ele vai até Daniel –

Page 52: Peças e Esquetes Teatrais

LAURENCE – Ele precisa de você. RESURRECTION MIRACULOUS!!!

-- Daniel acorda, se levanta –

DANIEL – Elfo? Você está vivo? O que está acontecendo aqui?

LAURENCE – Eu parei o tempo, Pedro precisa de você. Bianca arquitetou a morte dele. Ele voltou a si. Precisa de você.

DANIEL – Mas eu estava morto. Como posso estar aqui?

LAURENCE – Eu conheço um feitiço de ressurreição. Mas paguei um preço alto. Perdi todos os poderes. Sou mortal. Logo morrerei. Daniel, não me arrependo do que fiz. Meu filho precisa muito de você. Lute ao lado dele.

DANIEL – Compensarei seu sacrifício!

LAURENCE – Irei embora, quando eu sair use sua magia e grite: START TIME!!!

DANIEL – Ok.

LAURENCE – Ajude o meu filho!! Adeus!!

-- Laurence sai de cena –

DANIEL – START TIME!!!

Page 53: Peças e Esquetes Teatrais

-- O tempo recomeça –

BIANCA – Daniel? Como?

PEDRO – Como você conseguiu ressuscitar? Cadê o meu pai?

BIANCA – Controle do tempo. Laurence era o único que sabia como pará-lo. E só ele pode ressuscitar uma pessoa.

DANIEL – Exatamente! Agora são dois contra seu poder, bruxa dos infernos!

BIANCA – Hahahahahahahah!!!! Isso significa que o Elfo ficou mortal.

PEDRO – O que você está dizendo???

BIANCA – Ele abriu mão dos poderes, para ressuscitar o Daniel.

PEDRO – Não! Não pode ser verdade!!!

BIANCA – Chega de falatório!! START BALL!!

-- Daniel entra na frente e grita –

DANIEL – PROTECTION!!!

-- Daniel é atingido—

PEDRO – Não adianta, ela pode penetrar nas magias de proteção.

Page 54: Peças e Esquetes Teatrais

DANIEL – Então segure isso.. LIGHT BALL!!

-- Bianca escapa –

PEDRO – DARK BALL!!

BIANCA – PROTECTION!!

DANIEL – Ela é poderosa!!

PEDRO – Verei quem pode mais. DARK DESTRUCTION!!!

BIANCA – PROTECTION!!! (imediantamente) STARING DESTRUCTION!!

-- Atinge Pedro que cai --

DANIEL – Pedro!!! Sua miserável!! LIGHT DESTRUCTION!!!

BIANCA – PROTECTION!!! Não podem contra mim, eu tenho o conhecimento da minha vida passada.

-- Pedro se levanta –

PEDRO – Daniel, precisamos usar a magia divina.

DANIEL – Mas se usarmos, podemos morrer.

PEDRO – Eu sei! Mas somos nós, ou o mundo. Você topa?

DANIEL – Topo!

Page 55: Peças e Esquetes Teatrais

BIANCA – Imbecis!! O mundo está acabando por si só, com todas essas guerras. Os humanos não se respeitam. Não vale a pena morrer por eles!!

JUNTOS – Sim!! Vale!!! DIVINE MAGIC!!!

BIANCA – PROTECTION!!!

-- Por um tempo ela tenta deter o poder, mas é atingida, cai no chão desmaiada –

DANIEL – Agora farei o que nasci para fazer... PURIFY!!!

-- Ele lança essa magia sobre ela –

PEDRO – Não morremos!!! O que você fez com ela?

DANIEL – Purifiquei a sua alma. Ela viverá!!

PEDRO – Daniel, eu sei o que fazer. E seja como for, saiba que sempre amei meus amigos.

DANIEL – Não Pedro!!!

PEDRO – Se eu não fizer isso, a profecia pode se cumprir.

DANIEL – Pedrooooo !!! Nããããããããooooo!!!!

PEDRO – STOP!!!

-- Daniel fica paralisado –

Page 56: Peças e Esquetes Teatrais

PEDRO – Desculpa amigo, mas abro mão de tudo por um mundo melhor. E pela felicidade dos meus amigos.

-- Pedro se concentra e grita –

PEDRO – Por um mundo bem melhor, eu peço, que se acabe as guerras!!! Por um mundo melhor, que se acabe o preconceito. Por um mundo melhor, que sejam todos amigos!! PURIFY WORD

-- Pedro olha os amigos e sai de cena –

-- Daniel volta se mexer –

DANIEL – O que houve? (olha bianca) Bianca!!! Acorde!!!

BIANCA – Onde estamos???

DANIEL – Não sei!! Vamos embora?

BIANCA – Nossa, to com a sensação que perdi uma pessoa muito importante.

DANIEL – Eu também! Mas não sei dizer quem.

BIANCA – Seja quem for, sinto-me feliz pois parece que ele fez algo importante.

DANIEL – Deve ser coisa da nossa cabeça Bia. Sempre fomos só eu e você. Vamos!!!

-- Eles saem de cena –

Page 57: Peças e Esquetes Teatrais

NARRADOR – Sacrifício!! Até onde um ser é capaz de se sacrificar pelos outros. Na história mundial só houve um homem capaz disso, de se sacrificar pelos seus irmãos, isso a 2006 anos atrás. Hoje, nessa história, Pedro foi capaz de se sacrificar pelo mundo, pelos seus amigos. Capaz de tudo pela felicidade daqueles que ele mais ama. E você? Seria capaz de se sacrificar por quem ama? Seria capaz de dar a sua própria vida pelas pessoas que te amam?? E pelas que te condenam? Você teria coragem de se sacrificar por elas? O amor verdadeiro, não é só o amor entre homem e mulher, mas de pai e mãe, de amigos, de irmãos. Mas só estará completo quando o ser humano aprender acima de tudo a amar e perdoar todos os seus inimigos. Dark Wizard é uma figura que representa tudo o que passamos hoje. Todos somos magos, pois o ser humano no momento de maior aflição é capaz de produzir milagres incríveis. Então, todos estão atualmente vivendo um momento crítico mundialmente, e se cada um fizer a sua parte, todos faremos um grande milagre. E aí sim, amando uns aos outros, apesar de nossas diferenças, diremos: SOMOS UM MUNDO GLOBALIZADO!!! Obrigado pela atenção de todos

Page 58: Peças e Esquetes Teatrais
Page 59: Peças e Esquetes Teatrais

PERSONAGENS

Ana

Erick

Sandrinha

Ronaldo

Mônica

Paulo

Professor César / Narrador

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Narrador – Boa (m) Tarde (dia / noite) para todos. Bom, vou ocupar um pouco o tempo de vocês para tratar de um assunto, muito importante. Todos sabemos que é necessário estudar. Mas será que sabemos, o que os estudos nos proporcionará no futuro? Todos vocês sonham em ser algo no futuro. Mas nem todos chegam a seguir aquilo que querem. E vocês sabiam que vários motivos nos levam a isso? É exatamente sobre este tema que iremos debater em nossa estória. É o relato de dois adolescentes sonhadores, que prezam os estudos mais do que nunca, e também é a estória de três jovens que por falta de informação, acham que na vida tudo é fácil, basta apenas ter sorte. Agora pergunto a vocês! Quem vocês acham que é o nada de nossa estória?

(Sai de cena o narrador, entram os atores, com

exceção de Erik) Sandrinha – Olhem galera, não é Ana e Paulo a

dupla de CDF mais esquisitos da sala!

Ronaldo – O que os dois panacas fazem por aqui? Com certeza devem estar perdendo tempo como sempre.

Paulo – Estão enganados, não somos como

vocês. Estávamos estudando, para ter futuro

garantido quando sairmos daqui.

Page 61: Peças e Esquetes Teatrais

Mônica – ahahahahahah. Aí galera, o nerd acha que futuro existe. Fala pra ele Sandrinha.

Sandrinha – O dois babacões!

Ana – Babacões?

Sandrinha – Cala a boca garota, e me escuta!

Ana – Olha, com quem você pensa que está falando?

Paulo – Calma Ana, não vale a pena.

Sandrinha – E não vale mesmo, somos muito diferentes de vocês.

Ana – Até que enfim tenho que concordar com você.

Ronaldo – Quando vocês vão aprender que o futuro não existe. Temos que viver o presente, o futuro, Ah, o futuro é a sorte de cada um.

Ana – Paulo, vamos sair daqui. Temos uma questão de português para resolver.

(Ana e Paulo se dirigem para um canto do palco e abrem um livro)

Mônica – Vai! Vai CDFs. Vai pro seu estudo que eu fico no meu. Anatomia Humana! Que por falar em

Page 62: Peças e Esquetes Teatrais

anatomia. (entra Erik) Nossa, me dêem uma escada por que meu anjo acabou de cair.

Sandrinha – Nossa, Mônica que pedaço de pão é aquele.

Mônica – Pedaço não, Pão completo!!

Ronaldo – Pó, ae, to saindo pq esse papo de homem não é comigo, falou! A gente se vê mais tarde.

(Ronaldo sai de cena, Erik avista Ana e caminha em direção a ela, enquanto as outras duas comentam sobre ele)

Erik – Olá, como vai. Meu nome é Erik. Muito prazer, sou novo por aqui.

Ana – Oi. Eu sou a Ana e este é o Paulo.

Paulo – Oi

Ana – Teremos o prazer em te ajudar.

Paulo – Mas por que você decidiu mudar de escola agora quase no final do ano?

Erik – Não foi por que eu quis. É por que eu fui transferido.

(eles olham no relógio e notam que já é hora de ir para a sala de aula)

Page 63: Peças e Esquetes Teatrais

Fecham-se as cortinas, espera-se trocar o cenário

Na sala....

Ana – Bom Dia professor. Como vai você?

Cezar – Muito bem Ana. Fez os exercícios de português que passei para casa?

Ana – Fiz sim professor. Todinho. O Paulo também fez, foi ele que me ajudou.

Paulo – Que nada, ela é bem inteligente.

Cezar – estão os dois de parabéns, sei que quando terminarem o 3º ano. Estarão com um pé dentro da faculdade. E você quem é?

Erik – Sou Erik. Sou novo aqui.

(enquanto eles falam os 3 fazem qualquer outra coisa, menos prestar atenção)

Cezar – Bem, vamos começar a aula.

(enquanto Cezar explica a matéria, a conversa rola solta no grupinho de trás)

Sandrinha – Hoje mesmo eu, vou conversar com Erik, não posso deixa-lo se perder. Não posso deixa-lo se misturar com aquela dupla de perdedores.

Page 64: Peças e Esquetes Teatrais

Ronaldo – Mas Sandrinha, deixa o cara pra lá. Tem tantos de olho em você.

Sandrinha – Tantos, quem? Você? Não me faz rir.

Mônica – Será que o gato gosta de um teco? O filé nem tem cara de estudioso.

Sandrinha – Escreva o que estou lhe dizendo, Erik vai ser meu!

(conversa interrompida pelo professor)

Cezar – Por acaso a conversa é sobre português?

Sandrinha – De português não é não. Mas é de línguas com certeza.

Cezar – E eu posso saber qual?

Mônica – Não.

(eles caem na gargalhada)

Cezar – Desçam os três agora! Quero só ver o futuro de vocês. Vai ser nenhum, ou no máximo o pior possível.

Sandrinha – Que isso Teacher. Quem te disse que futuro existe??? Se duvidar você até a acredita em papai-noel.

Page 65: Peças e Esquetes Teatrais

Ronaldo – Olha o cara ae. Futuro é a sorte de cada um. E que futuro você acha que aqueles dois babacas terão?

Cezar – O mais glamuroso...

Mônica – O mais glamuroso do fundo do poço. Ahahahahaha.

Sandrinha – Professor (com ar irônico), o máximo que eles podem se tornar é dois míseros professores.

Ronaldo – Enquanto nós, seremos com certeza uma estrela. Essas profissões dão dinheiro, e nem precisamos estudar.

Ana – E o que faz vocês pensarem assim? O único caminho para o sucesso é o ensino.

Sandrinha – Ensino!!! Garota, se enxerga, você se mata de estudar, é feia, e ainda por cima vem me dizer que estamos errados.

Mônica – Galera, é melhor puxarmos o bonde, porque a onça ta solta. Ficar no meio dessa COCOCO, me dá nojo. Bééééééé!!

Sandrinha – E você Erik?? Não vem???

Erik – Não, até porque eu não tenho nada haver com a guerra de vocês.

Page 66: Peças e Esquetes Teatrais

(Saem os três atores de cena, Fecham-se as cortinas e volta o cenário do pátio)

(entra Paulo e Erik)

Erik – Cara, a Ana é demais. Ela tem aquele jeito meigo. Maluco! Eu daria tudo pra ficar com ela.

Paulo – E porque não fica???

Erik – Primeiro, eu a conheci hoje. Segundo, também tem a Sandrinha, com aquele jeitinho que me enlouquece. Fico pensando no que poderia rolar entre nós dois.

Paulo – Cara, se você quer amor, sugiro Ana. Agora, se você quer sexo, sugiro Sandrinha.

Erik – Cara, porque a Sandrinha ficou desse jeito. MALUCONA.

Paulo – Maluca, não. Mulher de rua, sim.

Erik – Como você pode dizer isso cara, a Sandrinha me pareceu ser gente fina.

Paulo – Finíssima, ela sai com qualquer um que lhe de uma boa droga ou uma boa grana. Sugiro que você se afaste dela.

Erik – Não dá, ela é muito atraente. A Ana é meiga, doce, mas não sabe se arrumar. Agora a

Page 67: Peças e Esquetes Teatrais

Sandrinha anda toda produzida, e aquela coxa então!!!! Fico maluco só de pensar.

(entra Sandrinha no maior rebolado, senta no colo de Erik)

Sandrinha – Erik larga esse otário, e me dá um beijo!

Paulo – Iiiiiiiiiiiii. To saindo, eu não quero encrenca.

(Paulo sai de cena) continuando...

Erik – Calma gata,(ele a tira de seu colo e levanta) não é bem assim que as coisas rolam.

Sandrinha – E como você quer que role??? No chão? Na parede? Ou no banheiro masculino.

Erik – Calma garota, você parece louca.

Sandrinha – Louca sim, por você!!!

Erik – Eu posso até sair com você, apenas sair, mas você tem que me prometer que vai estudar.

Sandrinha – Você está doido gato. Estudar? Nem se você fosse o homem mais lindo do mundo. Mas com certeza posso bancar a professora de biologia e te ensinar anatomia humana.

Page 68: Peças e Esquetes Teatrais

Erik – Eta, essa gata é doida mesmo. Isso já não é proposta, é assédio sexual.

Sandrinha – Vai me dizer que você não gosta?

Erik – Não. Prefiro a moda antiga.

Sandrinha – Você é um cara especial mesmo. Outros no seu lugar já teriam aceitado a muito tempo. Mas bem, no caso de você pensar melhor, está aqui meu telefone.

(Saem os dois de cena.)

Narrador – Bom, agora que vocês já estão conhecendo bem os personagens, chegou a hora de encarar os fatos. Como será a vida de Ana, uma menina aplicada e estudiosa e a vida de Sandrinha, uma garota atirada, gananciosa e desinteressada? As cenas a seguir mostram os dois lados da moeda. Primeiro veremos a casa de Ana.

Na casa de Ana.

Ana – Bem vamos ver aqui na minha agenda o que tenho hoje. Às 14:00 horas tenho que estudar matemática, inclusive falta 5 minutos! Às 15:00 horas tenho que sair e encontrar o Paulo para que ele possa me explicar português. Às 17:00 volto porque as 17:30 tenho que ver Malhação, e não posso perder por nada, será que a Júlia vai ficar com o Pedro? Aquela Taissa é

Page 69: Peças e Esquetes Teatrais

uma megera mesmo, e o Mau-mau coitadinho. Bom deixa eu continuar... Às 19:00 horas tenho que fazer meus deveres escolares e finalmente às 21:00 horas tenho que ir tomar meu banho e ir dormir. Ai, ai essa vida de vestibulando tem hora até que me desanima, mas o que posso fazer, meu pai não pode me pagar um pré-vestibular e muito menos uma faculdade, e se eu quero mesmo passar para a faculdade de teatro na UNI RIO eu tenho que estudar bastante. Ai que sede, vou beber um pouco d’água.

(sai de cena)

Na casa de Sandrinha...

Sandrinha - Bem vamos ver aqui na minha agenda o que tenho hoje. Às 14:00 horas tem aquele show de Rock na moral na MTV, inclusive falta 5 minutos e eu não posso perder por nada, afinal é o show do Guns! Às 15:00 horas tenho que sair e encontrar a Mônica e o Ronaldo, eles tem que me ensinar a tocar aquela guitarra maravilhosa. Às 17:00 volto porque as 17:30 tenho que ver aquele filminho de terror do canal 125, e não posso perder por nada, será que o Jeyson vai matar aquela merdinha da mocinha, ver aquele sangue até que é maneiro. Bom deixa eu continuar... Às 19:00 horas tenho que fazer meus deveres escolares. Que deveres escolares que nada, isso posso deixar pra outro dia. e finalmente às 21:00 horas tenho que ir tomar meu banho para ir na festa do

Page 70: Peças e Esquetes Teatrais

Ricardinho. Ai, ai essa vida de gostosa tem hora até que me desanima, mas o que posso fazer, meu pai pode me pagar quantos vestidos eu quiser e aliás, é só meu pai pagar minha faculdade no ano que vem, então para que estudar para o vestibular??. Ai! Com qual vestido devo ir hoje.

(Sai Sandrinha)

Narrador – O mundo das duas são completamente diferentes, a seguir, vejam exatamente as cenas das duas simultaneamente, mostrando a rotina de cada uma.

As cenas a seguir seguiram os passos exatos de cada fala acima, e simultaneamente. (cenas de improviso)

Na escola...

Narrador – Os meses se passaram e finalmente chega o último mês do ano.

(entra Ana e Erik vem logo atrás)

Erik – Ana, espera um pouco por favor!

Ana – Erik? O que você quer falar comigo? Pensei que você tinha um outro encontro com a Sandrinha!

Erik – Como soube dessa história?

Page 71: Peças e Esquetes Teatrais

Ana – Desencana Erik, a escola toda já sabe que nos últimos meses você tem saído com a Sandrinha.

Erik – E isso te importa??

Ana – Lógico que importa, quer dizer, me importa que você fique mal falado depois.

Erik – Então é verdade?

Ana – Que verdade?

Erik – Que você me ama.

Ana – Isso é você quem diz.

Erik – Ana, para de fingir e fala o que sente.

(entra Ronaldo, vê os dois conversando)

Ronaldo – Legal, agora que me livro desse cara metido a CDF. Se a Sandrinha vê larga o carinha e corre pros braços do papai.

(entra Sandrinha)

Ronaldo – Sandrinha olha só aquilo ...

Sandrinha – Sai da minha frente Ronaldo.

Mônica – Mantém a calma Sandra, só quebra o nariz dela e depois vamos embora.

(Sandrinha se aproxima do casal)

Page 72: Peças e Esquetes Teatrais

Sandrinha – Olha aqui sua CÓCÓCÓ, sai de perto do meu namorado valeu! Além de CDF também é ladrona de namorados?

Ana – Calma garota, primeiro, aprenda a falar e depois me dirija a palavra. Não é ladrona, o correto é Ladra, se você aprestasse mais atenção nas aulas do professor Cezar, você saberia disso.

Sandrinha – E quem você pensa que é, pra falar assim comigo?? Eu falo errado mermo e você num tem nada haver com ilsso.

Ana – Caramba se quisessem matar a língua portuguesa, poderiam te contratar. Você já é psicopata.

Sandrinha – Olha sua...

Sandrinha parte pra cima de Ana e Erik entra no meio.

Erik – Chega Sandrinha! Eu estou aqui porque eu quero. E eu lhe disse ontem que eu não queria mais nada com você. E te disse com todas as letras que EU AMO A ANA.

Sandrinha – Mas Erik, você não pode me trocar por essa CÓCÓCÓ. Eu sou mais eu!

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Erik – Só que você só tem defeito, e sua qualidades são de 0%, enquanto a Ana é linda, gentil e inteligente.

Sandrinha – Escuta bem minhas palavras, você vai se arrepender. Um dia vou ser muito rica e famosa, enquanto você vai ficar pobretão com essa daí.

Erik – Só quero que vocês duas escutem uma coisa.

Mônica – E o que mais você quer dizer a minha amiga?

Erik – Futuro só se faz com muito estudo, o caminho que vocês escolheram só os levará ao fim do poço.

(sandrinha sai com muita raiva, passando por Ronaldo)

Ronaldo – Sandrinha, sabia que um dia você...

Sandrinha – Sai da minha frente Ronaldo! (ela o empurra)

Ronaldo – Mas, o que aconteceu? Sandrinha, me espera. Sandrinhaaaaa (ele corre atrás dela).

(Fica apenas Erik e Ana na cena)

Ana – É verdade?

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Erik – O que? Que eu te amo? É verdade sim.

Ana – Ai, que lindo! Também te amo muito, nunca pensei que amaria tanto uma pessoa como te amo.

Erik – Quero ficar com você para sempre. Vamos enfrentar tudo juntos. Ta bom?

Ana balança a cabeça dizendo que sim.

Os dois aproximam seus rostos e se beijam.

(fecham-se as cortinas, sai o casal e entra o narrador)

Narrador – E vocês pensaram que essa estória havia terminado??? Que nada! Como vocês acham que foi o futuro de cada um deles?? É fácil. Ana terminou a faculdade de teatro e depois de muito batalhar, é uma das atrizes mais requisitadas do momento. Erik e Paulo fizeram a faculdade de Comunicação e Erik se tornou um jornalista famoso e Paulo possui um programa de entrevistas na televisão. E Erik e Ana estão casados e muito felizes, também pudera, ricos e famosos! Enquanto aos três, Mônica se arrependeu e procurou se redimir. Casou-se com Paulo e hoje é uma das empresárias mais ricas do país. Ronaldo finalmente realizou seu sonho, casou-se com Sandrinha, hoje moram em uma favela e ele trabalha de biscates, não conseguindo nem um salário ao mês. Sandrinha foi

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abandonada pela família, já que não passou em nenhum vestibular e se meteu com ladrões da pesada. Pois é, a vida é assim. O que nos faz pensar apenas uma coisa. Não somos nós quem fazemos o futuro. Mas é por onde deixamos ele se fazer. Se cada um de nós pensasse mais em si próprio, batalhasse por aquilo que deseja realmente terá um caminho de alegrias. Mas se o que você realmente deseja é a farra, e a curtição, continue, pois esta atitude terá o mesmo caminho que o de Sandrinha. Talvez nem tão severo, mas será catastrófico. Podemos afirmar com certeza que o que nos realiza na vida é o estudo, pois não passamos 17 anos estudando para no fim, ser um perdedor. Como diz a peça: “O estudo te constrói e o nada te destrói”.

Um (a) Bom (a) dia (noite) e até a próxima lição. Muito obrigado.

Fecha-se as cortinas, entra o elenco e agradece ao público

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PERSONAGENS

Cezar (narrador) Como Pais Ana Erik Sandrinha Ronaldo Mônica (participação) Paulo (participação) Filhos Mauricio (filho de Ana e Erik) Patrícia (filha de Ana e Erik) Silvia (filha de Sandrinha e Ronaldo) Thiago (filho de Paulo e Mônica)

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Narrador: Boa Noite mais uma vez. Estou aqui para relatar a todos vocês mais uma lição. Não é fácil ser pai, nem mãe. Muitas das vezes, os jovens acham que podem tudo, e que a família não serve para nada, mas só quando constrói seu próprio ambiente familiar, este mesmo jovem vem a perceber como é difícil ser Pai ou ser Mãe. É por muita falta de diálogo? Ou por puro capricho? Esta é uma pergunta que nem a ciência poderá descobrir, porque a cabeça de um adolescente é o mundo muito fácil e complicado ao mesmo tempo. Não conseguimos descobrir o que eles sentem, o que eles fazem, e o que eles pensam. Mas saibam que com um ótimo ambiente familiar, com certeza poderemos ajudar muitos jovens. As Drogas é um grande exemplo. Sabiam que a maior parte dos jovens que se envolvem com as Drogas é porque tem um sério problema familiar? Diálogo e compreensão e ambos, pai e mãe, poderão manter seus filhos longe das Drogas. Bom a nossa lição de hoje, se passa a mais ou menos no ano de 2030, vocês se lembram do casal Ana e Erik? Pois é, estes possuem dois filhos, sendo um deles com um grande problema com Drogas. E também tem a família de Ronaldo e Sandrinha. Eles só tiveram uma filha. E acreditem ou não, esta é o exemplo de toda uma família. Por que será? E o que vou mostrar a vocês em nossa breve história familiar. (entra Erik e Ana)

Ana - Ai meu amor, não sei mais o que fazer. O Maurício ainda não chegou, estou muito preocupada com nosso filho.

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Erik - Você se preocupa muito querida, (ele a acaricia tentando consolá-la) ele já tem 18 anos, já sabe se virar.

Ana - Erik, às vezes acho que temos passado muito pouco tempo com nossos filhos, veja a Patrícia por exemplo, ela atualmente só tem andado com pessoas esquisitas.

Erik - É a idade meu amor, ou você já se esqueceu dos nossos tempos de colégio.

Ana - E como poderia me esquecer (com cara de ciúme), você era louco pela Sandrinha. Ela era insuportável.

Erik - Mas me casei com você não foi?

Ana - Foi, mas não é sobre isso que quero falar. Erik, pensa melhor, nós só temos tempo para nossos trabalhos, e se esquecemos dos nossos filhos. Seja você, que a cada 10 minutos recebe uma ligação para fazer uma reportagem em qualquer parte do mundo, ou eu recebendo uma proposta para um novo filme ou novela. Estou cansada. Tenho que dedicar minha vida, um pouco mais a nossos filhos.

Erik - Calma meu amor, não é assim! Patrícia já tem 15 anos e Maurício 18, já estão bem criados, graças a você.

Ana - Graças a mim não, graças as babás que contratávamos, se for colocar na ponta do lápis, foram poucos os momentos que passei com eles.

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Erik - Para Ana! Acho que você está se preocupando muito. (toca o telefone) Espera um momento meu amor. Alou? quem fala? Olá Paulo, e aí camarada? Como? Um novo trabalho? Para mim e para Ana? É claro que topamos. Quando você quer que a gente viaje? Hoje? ok! Te ligo dando uma resposta. Falou. Um grande abraço. Tchau.

Ana - O que o Paulo queria? No mínimo ele teve uma outra briga com a Mônica, não sei porque ele resolveu casar-se com ela. Não podemos nos esquecer que ela era a melhor amiga da Sandrinha. Você deve se lembrar o quanto elas me fizeram sofrer.

Erik - Não é nada disso amor. O Paulo ligou avisando que fomos contratados pela Waner Bros. Você acredita? Você vai atuar como protagonista do mais novo filme da Waner, enquanto eu fiquei com a parte da divulgação na IMPRENSA. Não é demais?

Ana - É muito legal, mas enquanto aos nossos filhos?

Erik - Ah, Ana, isso a gente discute depois, agora vamos arrumar as malas, a gente parte para Nova York agora mesmo.

(ele a puxa, os dois saem de sena)

Narrador - enquanto isso, na casa de Sandrinha e Ronaldo, as coisas não iam muito bem, as brigas do casal eram constantes, já que Sandrinha insistia em jogar na cara de Ronaldo que ela só havia se casado com ele para sair da fria com os traficantes, e que na verdade seu único amor era e sempre vai ser o Erik.

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(Ronaldo está sentado lendo jornal e Sandrinha passa em sua frente)

Ronaldo - Onde você vai?

Sandrinha - Não te interessa.

Ronaldo - Você leu o jornal hoje?

Sandrinha - Não, o que tem de bom? você fica gastando dinheiro neste pedaço de papel, quando podia estar comprando maquiagem pra mim.

Ronaldo - Não começa tá! Olha só aqui. Leia só esta notícia "Casal Brasileiro Multimilionário é contratado pela Waner Bross Pictures" O que você acha da notícia?

Sandrinha - O que eu tenho haver com isso seu idiota?

Ronaldo - É porque você não sabe quem é este casal.

Sandrinha - É mesmo? (com ar de deboche) Quem é então?

Ronaldo - Ana e Erik.

Sandrinha - Ana e Erik? não é possível! (ela toma o jornal) Não dá para acreditar. Este emprego era para ser meu. Ai meu Deus, olha só para mim, pobre, e casada com esse carinha. Enquanto esta galinha nojenta está rica e casada com o homem da minha vida.

Ronaldo - Chega Sandrinha. Cansei de você jogar na minha cara que não me ama. Acho que eu merecia um pouco mais de respeito. Faz 28 anos que este filho de

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uma mãe lhe deu um passa fora, enquanto o babaca aqui ficou correndo atrás de você. Cansei, se quiser vai embora, mas não volta. E deixa minha filha aqui, não quero vê-la jogada na rua como você.

Sandrinha - Você pensa que vai se livrar de mim? Nem pensar. Tenho planos meu querido.

Ronaldo - Qual?

Sandrinha - você não merecia saber, mas te digo. Sabe quem me dá estas roupas maravilhosas?

Ronaldo - você sabe que tenho uma grande vontade de saber. Você está me traindo não é?

Sandrinha - Isso eu já faço a muito tempo. Mas não são meus amantes que me dão esses vestidos não. É a Mônica.

Ronaldo - Mônica? Pensei que depois que se casou com o Paulo, ela havia se esquecido de nós.

Sandrinha - Graças a Deus, que não. Ela é minha melhor amiga se esqueceu? São mais de 30 anos de amizade.

Ronaldo - E porque ela não arranja um emprego para você? Afinal ela é uma das empresárias mais respeitadas do país.

Sandrinha - Querer ela quer. mas ela é casada com o CDF do Paulo. e este imbecil não permite.

Ronaldo - tá bom, para de me enrolar e conta o plano.

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Sandrinha - Vou pedir para a Mônica aproximar a Silvia do filho da Ana. assim terei o padrão de vida que eu tinha antes de te conhecer. Aí sim poderei me separar de você.

Ronaldo - antes de me conhecer não! Não se esqueça que você foi expulsa de casa pelos seus pais porque não queria nada, e eu te resgatei.

Sandrinha - ahahahahah. Grande resgate, para ter uma vida de pobreza nesta favela.

Ronaldo - tchau Sandra, cansei de você.

Sandrinha - A meu amor, mas eu não. Vou te infernizar ainda mais. (ele sai) volta aqui.

(Sai Ronaldo e Ana, volta a cena da casa de Ana e Erik)

(Entra Erik e Ana com suas malas)

Ana – Espera Erik, vou telefonar para nossos filhos pelo menos.

Erik – Não precisa Ana, a gente liga no avião.

Ana – Mas Erik, você não acha que eles vão ficar preocupados?

Erik – Que nada, eles já são bem grandes.

Ana – Pelo menos deixa eu escrever um bilhete?

Erik – Ta bom, mas vai rápido.

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Ana – (após escrever) Pronto! Agora podemos ir.

Erik – Que bom vamos logo.

(Sai Erik e Ana . No mesmo cenário, entra Maurício e Patrícia)

Patrícia – Mãe! Pai! Chegamos. Ué não tem ninguém?

Maurício – Como sempre. Veja só o que encontrei (ele a mostra o bilhete). Ana e Erik viajaram de novo.

Patrícia – Quando você vai chamá-los de pai e mãe?

Maurício – Quando eles aprenderem o que quer dizer estas palavras.

Patrícia – Você tem razão, é mais fácil chamarmos nossas babás de mamãe do que a própria Ana.

Maurício – Eu os odeio. Não os suporto nem um pouco.

Patrícia – Nossos pais ainda vivem no tempo da adolescência. Acham que a vida é esse mar de rosas. Será que se o papai tivesse casado com a tal da Sandrinha que a mamãe sempre fala, nossa vida seria melhor.

Maurício – Quem sabe? E pare de falar “Nosso” eles só são seus pais, meus não. Aqueles dois só me servem para conseguir dinheiro para comprar mais baseado entende?

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Patrícia – Pô mano, para com isso, você não entende que este caminho não vai te levar a lugar nenhum?

Maurício – Engraçado, quem deveria estar falando isto para mim deveria ser o meu pai, mas como infelizmente eu não tenho nenhum.

Patrícia – Por que a gente não se manda daqui? Você topa fugir comigo?

Maurício – E perder minha conta bancária? Nem pensar. Adoro quando aqueles dois babacas viajam. Eles me dão mais dinheiro, pensa que é fácil sustentar aquela parada que montei na favela. Ser o gerente da boca de fumo não é fácil.

Patrícia – Um dia você sai dessa, sei que sai. Só espero que não seja tarde de mais para você acordar.

Maurício – Olha quem me dá conselhos, olha maninha, você ultimamente tem ido para a cama de muitos carinhas por aí, eu sei. E mais, por dinheiro. Sua puta!

Patrícia – Para de me ofender. Te dou conselhos porque é meu irmão, mas se não quer me escutar, foda-se. Eu to pouco me lichando por você. Pelo menos não me envolvi com drogas, seu drogado.

Maurício – Ora sua piranha. (ele parte para cima dela)

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Patrícia – (ela escapa) Se você tocar um só dedo em mim, juro que te entrego a polícia. To saindo, tenho um cliente para atender.

Maurício – Vai mesmo sua vagabunda, não te entendo. Temos uma ótima conta banca filhos em casa e você se prostitui.

(ela vira as costas e sai de cena, ele se mostra agoniado por causa da falta da droga)

Maurício – Droga! Droga! Droga! Essa porra não termina nunca. Preciso acabar com essa infelicidade que sinto. Tenho dois estranhos dentro de casa que só me serve para dar dinheiro, e uma irmã prostituta. Que bosta de vida. Droga preciso de um êxtase, ou uma boa cocaína. Tenho que esquecer tudo isso. Tenho que relaxar. (ele procura a droga) Cadê? Cadê? Preciso disso. Que merda. To sem grana e os coroas só devem estar mandando dinheiro amanhã. Preciso dessa merda. Já sei. Vou ver se os mano me arranjam um teco.

(Maurício sai de cena)

(volta a cena da casa de Sandrinha e entra Silvia)

Silvia – Pai! Cheguei! Tem alguém em casa? Trouxe um amigo! Mãe! Cadê você? Bom acho que os dois saíram. Entra Thiago, não tem ninguém em casa, mas pode entrar. É meio simples. Espero que não se importe.

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Thiago – Sua casa é bem bonitinha para uma garota de sua situação financeira.

Silvia – É, as coisas tem melhorado um pouco. Nós morávamos em uma favela, mas meus avós maternos infelizmente morreram e deixaram uma herança para minha mãe.

Thiago – Não entendo? Se sua mãe ganhou uma herança, porque você moram nessa casinha aqui no subúrbio?

Silvia – Estávamos afogados em dívidas, e boa parte da herança quitou tudo. Outra parte cobriu os caprichos de minha mãe, e o que sobrou compramos esta casa. Mas mesmo assim minha mãe insiste dizer que moramos em uma favela.

Thiago – Você sempre foram pobres?

Silvia – Desde que nasci sim, mas me parece que minha mãe antes de casar foi muito rica. Mas não se deu muito bem na vida. Mal terminou o segundo grau. Ela não teve muito estudo na vida. Dizem até que meu avô comprou o diploma dela.

Thiago – Que isso. Você parece ser diferente da sua mãe.

Silvia – Aqui em casa, é um campo de guerra entre minha mãe e meu pai, mas todos os dois me adoram.

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Minha mãe tem o jeito dela de amar, meu pai é o mais carinhoso. Não tenho o que reclamar, minha mãe e meu pai sempre foram muito atenciosos comigo. O problema é entre os dois.

Thiago – Por que?

Silvia – Parece que minha mãe, antes de casar com meu pai, foi, ou ainda é, apaixonada pelo tal Erik, aquele repórter da TV. E era inimiga da Ana.

Thiago – Não acredito! Que coincidência.

Silvia – Por que?

Thiago – Acho que meus pais conhecem os seus.

Silvia – Como? Seus pais sempre foram tão ricos. Aliás, nem sei quem são seus pais.

Thiago – Meu pai é o melhor amigo da família Sheryton. E minha mãe, tinha nos tempos de escola uma amiga, que adorava uma barra pesada. Se não me engano o nome dela era Sandrinha.

Silvia – É o nome da minha mãe. Caramba, eu achei que te encontrar no exame de qualificação e acabar sendo sua amiga havia sido sorte. Agora vejo que é uma coincidência.

Thiago – Coincidência ou não, ta na minha hora. Vejo-te amanhã.

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Silvia – Ok. Beijos.

(eles dão beijos de despedida, e ele sai da cena)

(entra Sandrinha)

Sandrinha – Minha filha quem era aquele gato que saiu agora? É rico?

Silvia – Para mãe! A senhora só pensa em dinheiro. Vem cá que preciso muito falar com você.

(eles vão para um banco próximo e se sentam.)

Sandrinha – Sim, mas rápido querida. Sua mãe tem que ir fazer o cabelo.

Silvia – Mãe, a senhora conhece alguma Mônica?

Sandrinha – Sim, minha melhor amiga, por quê?

Silvia – Este gato que acabou de sair é o filho dela.

Sandrinha – Nossa! Que legal! Agora você vai fazer um favorzinho para sua mamãe.

Silvia – O que?

Sandrinha – Pede para seu amigo falar para a mãe dele dar uma passadinha aqui. Preciso muito falar com ela.

Silvia – Sobre o que?

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Sandrinha – Assuntos do seu futuro casamento com o Maurício.

Silvia – O que? Casamento com quem? Quem é esse Maurício? Deve ser algum cara rico com certeza.

Sandrinha – Logo, logo você vai descobrir. Mil beijinhos agora. Mamãe conversa com você mais tarde. Beijinhos querida. Tchauzinho.

Silvia – Calma mãe, me explica isso direito, volta aqui.

(as duas saem de cena)

Outro dia...

Entra Maurício e Patrícia...

Patrícia – Já fazem 3 dias que mamãe e papai viajaram e não nos telefonaram.

Mauricio – Isso pouco me interessa. O importante mesmo é que eles não se esqueceram de me mandar o dinheiro.

Patrícia – Mano. Posso te confessar uma coisa?

Mauricio – O que você quer agora heim?

Patrícia – Eu te amo. Você é a única pessoa com quem posso contar nessa vida.

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Maurício – Poxa, eu também. A gente briga, mas só temos um ao outro. Por mim eu teria ido morar com a vovó, mas você sabe que ela não é muito rica. Eu só fico com a Ana e com o Erik por causa da maldita grana.

Patrícia – E você acha que eu me prostitui por que? Papai acha que eu posso me contentar com 500 dólares ao mês. Poxa isso não dá pra nada. Enquanto você ganha 1500 dólares.

Maurício – Se você soubesse que eu abriria mão de tudo por um momento com Erik e Ana.

Patrícia – Eu também. Eu procuro nos homens o amor que meus pais não me derão. Eu sinto tanta raiva por isso.

Maurício – Calma Paty, seu mano está aqui. Hoje eu vou sair com o Thiago, quem sabe ele não te alegra mais um pouco?

Patrícia – É verdade, o Guinho sempre me alegra. Por isso eu o amo tanto.

Maurício – Eu tentei colocar ele na sua fita, mas quando ele soube que você andava se prostituindo, ele ficou arrasado, o cara era amarradão em você. Eu soube que ele ficou amigo de uma pobretona lá do subúrbio. E adivinha o que mais ele me disse?

Patrícia – O quê?

Page 92: Peças e Esquetes Teatrais

Maurício – Que a garota é filha da tal Sandrinha que a Ana tanto detesta.

Patrícia – E o que você pretende fazer?

Maurício – Vingança! Hoje ele vai me apresentar esta menininha do berço de palha, assim eu dou um lero nela e de quebra conheço a mãe dela, trago a menina para almoçar com a mãe aqui em casa no dia que o Erik e a Ana estiverem e me vingo da Ana na base do ciúme. Depois apresento o marido da Sandrinha para a Ana e repito a dose no Erik.

Patrícia – Nossa, quanto ódio.

Maurício – Agora vamos, que já estou atrasado. Amanhã os dois babacas voltam de Nova York.

Os dois saem de cena...

Num barzinho ocorre um encontro...

Entra Maurício, Patrícia, Thiago e Silvia

Maurício – Fala grande Thiago! O que manda meu brother?

Thiago – Não mando em nada cara.

Maurício – Quem é a gata?

Thiago – Esta é Silvia. A menina que te falei. Silvia estes são Maurício e Patrícia, são filhos de Ana e Erik.

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Silvia – O quê? Ana e Erik? O casal mais famoso do mundo?

Patrícia – Sim.

Silvia – Não foi os pais de vocês que estudaram com os meus pais Sandrinha e Ronaldo?

Patrícia – Foi sim.

Silvia – Thiago me leva embora agora!

Maurício – O que houve gata? A noite é uma criança. Por qual razão quer ir embora?

Silvia – É bem simples. Por culpa da sua família, não tenho paz em minha casa. Meus pais se odeiam, e minha mãe joga na cara do meu pai que só ama o tal Erik, que infelizmente é o seu pai.

Patrícia – Mas o que te faz pensar que somos iguais a eles?

Silvia – Filhos de peixes, peixinhos são.

Thiago – Calma gente, não vamos criar uma guerra entre vocês, só porque suas famílias se odeiam.

Maurício – E que tal um jantar de paz? Chame seus pais amanhã em minha casa, os pais do Thiago com certeza estarão e todos nos reuniremos numa grande reunião, o que acha? (ele pisca para a irmã, como se dissesse “está dando certo”)

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Silvia – Não sei não.

Thiago – É uma boa idéia Silvia. Assim acabamos de vez com essa rivalidade. Para esta guerra acabar depende da gente.

Maurício – Então espero vocês amanhã às 19 horas ok?

Silvia – Ta bom, mas to indo... Tchau.

Silvia sai de cena...

Maurício cheira um pó...

Patrícia sai de cena...

Thiago – Cara, quando você vai parar com esta merda?

Maurício – Não enche! Vê se me erra!

Thiago – Isso é para o seu próprio bem. E onde está Patrícia?

Maurício – A puta da minha irmã foi fazer seu serviço extra. A noite tem que render para aquela piranha. Eheheheh...

Thiago – Como? Você tem coragem de xingar sua própria irmã? Vou tirar ela dessa vida, estou indo atrás dela agora.

Maurício – Ah vai! Mas vê se não me enche mais.

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Maurício sai de cena...

Entra Patrícia bêbada...

Thiago – Como você tem coragem?

Patrícia – De quê? Dar? Dou mesmo, se é para ganhar dinheiro, vou continuar dando.

Thiago – Você está bêbada.

Patrícia – Bêbada eu? Você está louco. Olha, eu faço um quatro... (ela tenta, mas cai nos braços de Thiago). Nossa como você é forte... Thiago, você ainda me ama?

Thiago – (afastando o rosto por causa do cheiro) Sim Patrícia, mas o que ta havendo com você? Você não era assim. Paty, para com isso.

Patrícia – Parar? Por que parar? Se é tão bom? Agora cala a boca e me beija estúpido. (ela puxa o rosto dele e lhe dá um longo beijo, eles vão caminhando e se beijando, tirando peças de roupa até sair de cena.)

No dia seguinte...

Ana – Maurício! Patrícia! Chegamos meus amores.

Maurício – Oi. Ana virão uns convidados meus para o jantar ok?

Erik – Quem são?

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Maurício – Ninguém que interesse a vocês.

Ana – Mauricio! (brigando)

Erik – Mais respeito conosco garoto.

Maurício – To indo para o meu quarto, desço na hora do jantar, bem vindos de volta Erik e Ana.

Maurício sai de cena...

Ana – Maurício está cada vez mais rebelde...

Erik – Estou mais preocupado em saber quem virá ao jantar.

Eles saem de cena.

Na hora do Jantar...

Entra Ana.

Ana – (gritando) Maurício, Erik, Patrícia, desçam! Logo nossos convidados irão chegar.

Toca a campainha...

Ana – OOOOOOOOIIIIIIIIIIIIIIII....

Entra Paulo, Mônica e Thiago.

Mônica – Oi Ana, linda como sempre heim.

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Entra Erik, Maurício e Patrícia.

Erik – Grande Paulo, foi um sucesso aquela reunião com a Wanner, não é?

Paulo – Sim foi.

Todos se dirigem para a mesa e se sentam...

Toca novamente a campainha.

Maurício – Deixa que eu atendo. (atende) Oi para todos é um prazer conhecê-los. Entrem... Erik, Ana, esta é Silvia e seus pais, Sandra e Ronaldo.

Ana – O que esta mulher está fazendo aqui?

Erik – O que significa isso Maurício?

Maurício – Estes são os meus convidados.

Mônica – Chiiiiiiiiii, agora que o barraco vai começar.

Sandra – Nossa! Que chique esta casa, heim? Onde nós senta?

Ana – Continua a mesma burra de sempre. Em lugar nenhum, saia da minha casa.

Ronaldo – Isto não é uma maneira decente de se tratar uma visita.

Paulo – Vocês não acham melhor irem embora. Nada de confusões hoje.

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Silvia – Isso mesmo mãe, vamos embora.

Sandra – Nem pensar. Sabe o quanto sonhei em estar aqui? Vamos jantar!

Todos se sentam em muito silêncio.

Maurício – (bate com o garfo na taça de cristal) Atenção família, tenho um grande comunicado para fazer.

Ana – O que você vai aprontar agora?

Maurício – Eu vou me casar.

Ana e Erik – O que?

Maurício – Silvia, você quer se casar comigo?

Silva – Como?

Sandra – É lógico que ela aceita.

Ana – Como é? Jamais, você pode ser maior de idade, mas ainda é meu filho, e eu não quero que você se case com a filha da Sandrinha, não aceito ter que me unir à família dela.

Erik – Eu te proíbo.

Maurício – Me proíbe? Vocês nunca se importaram comigo e com minha irmã. Nunca recebemos um gesto de carinho de vocês. Nunca nos puseram ordem. (ele

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chora) Vocês nem sabe o que quer dizer a palavra pai e mãe.

Ana – Isso é mentira!

Patrícia – (chorando) Mentira? Isso é a pura verdade. Não estão nem aí para gente, mal nos conhece, nem sabe o que fazemos ou deixamos de fazer, só ligam para suas reportagens e novelas. Cansamos! ODIAMOS VOCÊS!

Erik – Como podem ser tão injustos?

Maurício – Injusto? Sabe quantas vezes vocês estiveram no meu aniversário? Nenhuma, minha avó foi quem acompanhou tudo. Se hoje sou o que sou, é por culpa de vocês.

Ana – E o que vocês são?

Patrícia – Ta vendo, sabe nada a respeito de nós. Diz a estes intrusos o que meu irmão e eu somos Thiago?

Thiago – Eu dizer?

Ana – Por favor Thiago, nos diga.

Thiago – Ta bom! Lá vai. Maurício é traficante de drogas e consumidor das mesmas e Patrícia é Prostituta.

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Ana desmaia.

Erik – Ana, meu amor! Acorda.

Sandra – Isto está esquentando!

Ronaldo – Eu não queria vir, mas agora não me arrependo.

Paulo – Thiago, você está envolvido nisso?

Mônica – Meu filho, não me diz que você está junto do Maurício envolvido com drogas?

Thiago – Não mãe, estou bem, eu tentei convencê-lo a sair, mas ele não quis.

Ana acorda...

Ana – Por que? Me diz o que fiz para merecer isso?

Maurício – Foi o que vocês não fizeram.

Patrícia – Não nos deram amor, carinho, atenção e proteção como todo bom pai e mãe fariam.

Erik – Mas sempre demos tudo que o dinheiro podia comprar a vocês.

Mônica – Desculpe me intrometer, mas este foi o erro de vocês. Estas crianças ganharam tudo muito fácil, mas nunca receberam o que jamais, todo dinheiro do mundo não pode comprar, o amor dos pais.

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Maurício – As drogas me ajudam a esquecer que sou órfão.

Patrícia – E vender meu corpo, me faz ter um pouco de amor que nunca recebi.

Ana – (chorando) Não digam isso, por favor, não digam isso, eu amo vocês, juro que amo.

Maurício – Ama nada, é tudo fingimento para marcar presença em frente aos convidados, depois vocês viajam e nos deixam sozinhos de novo.

Paulo – Pessoal, vamos nos retirar, acho que o assunto é pessoal.

Sandra – Sim, vamos. Eu já vi tudo o que queria ver.

Todos saem de cena, menos a família de Ana.

Ana – Maurício e Patrícia, por que vocês nunca conversaram com a gente antes.

Patrícia – Porque você e meu pai nunca nos deram a oportunidade. Sempre estavam ocupados demais para a gente.

Erik – No momento só podemos pedir perdão a todos os dois. E prometer, que a partir de hoje, nós vamos mudar.

Maurício – Será?

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Ana – Vamos descansar, e amanhã voltamos a conversar.

Todos saem de cena e entra Cezar, o narrador.

Narrador – O que leva um jovem a consumir drogas e se prostituir? Até hoje as pessoas fazem esta pergunta. Não seria mais fácil dizer a nós mesmos o que fazemos para um jovem chegar a esta condição? Muitas das vezes uma família mal construída, mal administrada, com total falta de amor pode ser um motivo. Uma sociedade hipócrita que condena estes jovens ao invés de ajudá-los pode ser também. Uma perda grave, uma desilusão, e muitas outras coisas que nós mesmos provocamos, podem levar um jovem a consumir drogas. Para que exigir do governo, ou de alguém superior para ajudar estes jovens, quando nós mesmos podemos tentar ajudá-los? A família de Ana é apenas um exemplo de família mal construída, mas existem muitas outras. Se combater as drogas é tão difícil, porque não começar pela família? Vamos ajudar também a estas menores que se prostituem para ajudar seus pais, faço um apelo a esses pais. Não permitam! Conheça seus filhos mais de perto, vejam com quem eles saem, se detectarem alguma anormalidade, procure saber o por que? Ser pai e mãe é uma tarefa difícil, mas não por isso deixaremos esta tarefa de lado. Construam suas famílias, e o nada não as destruirá. Uma boa noite. E até nossa próxima lição. Obrigado.