jesus psicoterapeuta
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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO
Maria Rocha Silva
JESUS PSICOTERAPEUTA
SÃO PAULO
2011
Ficha de leitura apresentada como requisito parcial da disciplina Teologia Prática IV – Aconselhamento –
Validação de Teologia - do curso de Bacharel em Teologia da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.
Prof. Dr. Silas Molochenco
A. DADOS BIBLIOGRÁFICOS DA OBRA
WOLFF, Hanna. Jesus Psicoterapeuta. São Paulo: Paulinas, 1990, p. 201-206.
B. AVALIAÇÃO
1. Breve resumo.
Hanna Wolff faz uma reflexão das atitudes de Jesus em relação ao homem a
fim de apresentar o que, na sua concepção, é um verdadeiro psicoterapeuta: um
profissional tão elástico quanto elástica é a psique autônoma, capaz de auto-
orientação, de quem está à sua frente (p.201).
Como esclarecimento, a autora formula a tese da existência das polaridades
que se estabelecem dentro de um campo de tensão psíquica: segurança sem
comprometimento e abertura receptiva (p.202). Em outras palavras, a autora
apresenta em Jesus firme, que não aceita negociações (“Seja o vosso ‘sim’, sim; e o
vosso ‘não’, não) ao tempo em que mostra o quanto Ele demonstrou uma abertura
receptiva como em Jo.4.24 ao finalizar sua conversa com a mulher samaritana.
Esse é o tipo de atitude que a autora espera que o psicoterapeuta demonstre:
uma segurança inequívoca aliada a uma abertura receptiva.
2. O que você percebeu na leitura do texto que se configurou como um novo
conhecimento?
A tese da existência de polaridades que se estabelecem dentro de um
campo de tensão psíquica (p.201).
3. Quais foram os conceitos que você aprendeu?
A referência que a autora faz à polaridade psíquica que opõe o saber esperar
e a intervenção espontânea. Aqui, Hanna Wolff compara a evolução psíquica ao
crescimento orgânico (p. 203). Esse trecho, em particular, me chamou a atenção
porque dá para fazer uma analogia entre a evolução psíquica e a maturidade cristã.
4. A seu ver, quais foram os argumentos principais do autor?
Quando a autora assevera que “todo tratamento requer do psicoterapeuta um
esforço pessoal” (p. 205), entendemos que deve haver empatia entre o profissional e
o paciente (aconselhando), deve haver uma troca, como numa via de mão dupla.
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Isso não significa que o profissional precise de ajuda do paciente, mas ele precisa
coloca-se aberto para poder ajudar esse paciente.
5. Quais foram os argumentos do autor com os quais você concorda?
Todos os argumentos da autora me parecem bons porque estão biblicamente
embasados.
6. E com quais você não concorda?
Não tenho embasamento teórico suficiente para apresentar elementos
discordantes dos argumentos da autora.
7. Descreva de forma concisa a sua avaliação sobre o texto.
Assim como o psicoterapeuta, pastores e pastoras que queiram basear-se no
exemplo de Jesus precisam possuir uma “segurança inequívoca” aliada a uma
“abertura receptiva”. E mais, devem também possuir a capacidade de discernir até
onde ir no seu esforço pessoal a fim de que o relacionamento não se torne frio ou
indiferente, ou pelo contrário, que o excesso de esforço seja nocivo ao paciente ou
aconselhando. Deve haver empatia, sim, mas o aconselhamento não deve ser
invasivo.
Jesus, o Médico dos médicos, é o melhor modelo no que se refere à medicina
da alma. Ele soube como persuadir, despertar a atenção, oferecer apoio. E soube,
como ninguém mais saberia, chamar o homem para um relacionamento pessoal
autêntico, verdadeiro e amoroso.