jesus cristo rosto da palavra
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Apresentação do Doutor Juan AmbrosioTRANSCRIPT
JESUS CRISTO ROSTO DA PALAVRA
Juan Ambrosio 2
O que entendemos por Palavra de Deus?
• O falar de Deus.
• A comunicação de Deus na História.
• A comunicação de Deus no mundo.
• A Sagrada Escritura.
• A Sagrada Tradição
• A revelação
• …
• O Verbo de Deus - Jesus Cristo.23-10-2011
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A Sagrada Escritura
• A dimensão da Inspiração.
• Uma existência que se torna texto (narração).
• Deus e o ser humano verdadeiros autores.
• Não podemos sem mais lê-la a partir dos critérios de hoje.
• Não podemos sem mais expressar-nos hoje com os critérios de então.
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A Sagrada Escritura (continuação)
• Hermenêutica - a Sagrada Escritura deve ser lida e
interpretada com o mesmo espírito com que foi
escrita. (DV 12 ; VD 29)
• Dimensão eclesial da hermenêutica - o lugar
originário da interpretação da Escritura é a vida da
Igreja. (VD 29)
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A Sagrada Escritura (continuação)
• Palavra…– … inspirada (já vimos)
– … verdadeira
– … santa
– … normativa
– … nas palavras
– … feita livros (traduzida, interpretada)
– … com sentido plural
– … acolhida e acreditada
– … viva que dá vida
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“« A PALAVRA DO SENHOR permanece eternamente. E esta é
a palavra do Evangelho que vos foi anunciada» (1Ped 1, 25;
cf. Is 40, 8). Com esta citação da Primeira Carta de São Pedro,
que retoma as palavras do profeta Isaías, vemo-nos
colocados diante do mistério de Deus que se comunica as
mesmo por meio do dom da sua Palavra. Esta Palavra, que
permanece eternamente, entrou no tempo. Deus pronunciou
a sua Palavra eterna de modo humano; o seu Verbo «fez-se
carne» (Jo 1, 14). Esta é a boa nova.”(VD 1)
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“A novidade da revelação bíblica consiste no facto de Deus se
dar a conhecer no diálogo que deseja ter connosco.”(VD 6)
“É à luz da revelação feita pelo Verbo divino que se esclarece
definitivamente o enigma da condição humana.”(VD 6)
“[…] o cristianismo é a «religião da Palavra de Deus», não de
«uma palavra escrita e muda, mas do Verbo incarnado e
vivo».”(VD 7)
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A Revelação
• É a marca específica do ‘religioso’ no geral.– Porque assinala a inaudita pretensão da sua origem.• Deus… – não somente o ser humano.• Dom… – não simplesmente conquista.• Palavra escutada… – não teoria construída.– Aqui reside a sua grandeza e simultaneamente a sua fragilidade, • porque pode ‘solidificar-se’ num corpo estranho como que caído do céu.23-10-2011
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A Revelação. Um olhar…
• …a partir da categoria da palavra.
– A experiência da revelação é traduzida como um falar de Deus.
• A lei fundamental são as 10 palavras.
• Os profetas.
• Em Jesus Cristo a Palavra encarna.
• Jesus que é a Palavra encarnada torna-se Palavra anunciada.
• Jesus que é o Evangelho…
– …torna-se o evangelho… – …que se traduz e comunica nos evangelhos.
• Os textos acabam por constituir um ‘corpus’ do qual se diz que é Palavra revelada.
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A Revelação. Um olhar…
• Ganha força a ideia de que a revelação é um depósito de verdades…
– Que é necessário conservar;
– Que é necessário transmitir.
• Com o passar do tempo surge a sistematização da constelação conceptual:
– Deus autor;
– Ser humano instrumento.
• Isto levou a que a revelação fosse redutoramente entendida como:
– Um conjunto de saberes;
– Que pouco ou nada têm a ver com o saber humano.
• Em todo este processo podemos ver uma dinâmica que vai de fora para dentro.
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A Revelação. Outro olhar…
• Deus revela-se porque é mistério de amor.
– Como um pai/mãe vive debruçado sobre a nossa existência:
• querendo dar a conhecer a sua presença,
• querendo fazer sentir o seu amor.
• A revelação não ‘entra’ na vida do ser humano a partir de fora.
– Deus não está fora .
– Ele é o que sustenta o nosso ser e a história.
• Há revelação quando ‘caímos na conta’ dessa presença.
– A revelação não é o chegar de Deus (de fora para dentro) ao ser humano.
– A manifestação da vontade e da presença de Deus…
• … implica o tomar conhecimento dessa vontade, ‘caindo na conta’ dessa presença.
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A Revelação. Outro olhar…
• A revelação é um processo rico, mas complexo…– É um processo de discernimento, no qual somos interpelados e
‘sacudidos’, por situações da nossa existência que nos podem abrir a essa presença que a habita…
– … ‘caindo na conta’ dessa presença.• Neste processo esta presente:
– Deus;– A história e a existência concretas;– O ser humano.
• A iniciativa é sempre de Deus.– É sempre dom.
• Mas a resposta humana é constitutiva dessa realidade,• porque a iniciativa de Deus a exige e requer.
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A Revelação. Outro olhar…
• Jesus Cristo concretiza plenamente esta revelação.– Nele a revelação…
• …não acontece de fora para dentro,• mas no coração da sua existência
– Nele a revelação…• … não acontece em determinados momentos,• mas na totalidade da sua existência.
• O Mistério de Deus revela-se e acontece na humanidade de Jesus– Não ao lado da humanidade de Jesus.– Não por cima da humanidade de Jesus.– Não apesar da humanidade de Jesus.– E muito menos contra a humanidade de Jesus.
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A Sagrada Tradição
• A revelação não ficou reduzida a uma letra escrita, nem ‘amarrada’ a um tempo.
• Deus continua a falar em cada tempo da história.
• Continuamos a ter que 'dialogar' com Deus em cada tempo da História.
• Relegere – reelegere.
• A tradição rio vivo de existência.
• Dimensão eclesial da tradição.
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Traços do Rosto…
• Jesus Cristo é o rosto da Palavra!
• Façamos um exercício na tentativa de procurar alguns dos traços desse rosto.
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Traços do Rosto…
• Jesus e a lei.
– Mc 7, 1-23 (Tradições, o que é puro e o que é impuro);
– Mt 5, 21-24 (Homicídio);
– Mt 5, 38-42 (Lei do Talião);
– Mt 5, 43-48 (Amor aos inimigos);
– Mt 12, 1-8 (Sábado).
• O ser humano vale mais do que a lei.
• A lei é para dignificar o ser humano.
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Traços do Rosto…
• Jesus e culto
– Jo 2, 13-22 (Templo);
– Jo 4, 15-24 (Adoradores em Espírito e Verdade).
• O culto tem de ser em Espírito e Verdade.
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Traços do Rosto…
• Jesus e os marginalizados
– Mt 9, 10-13 (Refeição com pecadores);
– Mt 26, 6-13 (Mulher pecadora);
– Lc 7, 36-50 (Pecadora perdoada)
– Lc 19, 1-10 (Zaqueu)
• O ser humano é o centro da atenção de Jesus não o pecado.
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Traços do Rosto…
• Porquê é que Jesus age assim?
– Age assim porque Deus é assim!
• O Deus de Jesus Cristo encontra-se no humano, no verdadeiramente humano.
–Mais do que no sagrado, no religioso e no espiritual.
• O sagrado o religioso e o espiritual são autênticos itinerários para Deus na medida, e só na medida, em que contribuem para a dignificação do ser humano.
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Traços do Rosto…
• Jesus e a saúde humana
– Mc 1, 21-28 (Expulsão de um espírito imundo);
– Mc 1, 29-31 (Cura da sogra de Simão);
– Mc 1, 32-42 (Várias curas);
– Mc 2, 1-12 (Cura de um paralítico);
– Mc 5, 21-43 (Ressurreição da filha de Jairo e cura de uma mulher).
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Traços do Rosto…
• O que nos transmitem os relatos?
– O que nos dizem acerca de Deus?
• A mensagem do Evangelho é uma mensagem religiosa.
• Para Deus o bem estar das pessoas, a sua ‘saúde’ é fundamental.
• A mensagem de Jesus modifica a maneira como a religião era entendida no seu tempo.
• O Deus de Jesus preocupa-se em primeira mão com as pessoas.
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Traços do Rosto…
• O que nos transmitem os relatos?
– Os traços deste rosto não são:
• De poder (mesmo quando manifesta poder);
• De prodígios (mesmo quando realiza prodígios).
– O anúncio do Reino de Deus passa por esta atenção ao humano:
• Por isso ele cura os doentes;
• Por isso ele alivia os sofrimentos;
• Por isso ele promove a vida.
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Juan Ambrosio 23
A modo de conclusão
• Lc 4, 16 -20
– “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do senhor.”
• Is 61, 1-2a
– “O espírito do Senhor Iahweh está sobre mim, porque Iahweh me ungiu: enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os quebrantados de coração e proclamar a liberdade aos cativos, a libertação aos que estão presos, a proclamar um ano aceitável a Iahweh e um dia de vingança do nosso Deus.”
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Juan Ambrosio 24
A modo de conclusão
• Mt 11, 2-6
– “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?”
• Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo:
– os cegos recuperam a vista,
– os coxos andam,
– os leprosos são purificados e os surdos ouvem,
– os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.”
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