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Jefferson de Souza Lima FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL – VIABILIDADE E APLICAÇÃO DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NA ILUMINAÇÃO PÚBLICA Palmas 2007

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  • Jefferson de Souza Lima

    FONTES DE ENERGIA RENOVVEL VIABILIDADE E APLICAO DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NA ILUMINAO PBLICA

    Palmas 2007

  • Jefferson de Souza Lima

    FONTES DE ENERGIA RENOVVEL VIABILIDADE E APLICAO DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NA ILUMINAO PBLICA

    Monografia apresentada como requisito parcial da disciplina TCC II curso de Engenharia Civil, orientado pelo Professor Mestre Paulo Ccero Fritzen.

    Palmas 2007

  • JEFFERSON DE SOUZA LIMA

    FONTES DE ENERGIA RENOVVEL VIABILIDADE E APLICAO DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NA ILUMINAO PBLICA

    Monografia apresentada como requisito parcial da disciplina Estgio em Engenharia Civil com TCC II do Curso de Engenharia Civil, orientado pelo Professor Mestre Paulo Ccero.

    Aprovada em novembro de 2007.

    BANCA EXAMINADORA

    ___________________________________________________

    Prof. M.Sc. Paulo Ccero Fritzen Centro Universitrio Luterano de Palmas

    ___________________________________________________

    Prof. M.Sc. Gilson Marafiga Pedroso Centro Universitrio Luterano de Palmas

    ___________________________________________________

    Prof. M.Sc. Fbio Lima Albuquerque Engenheiro Eletricista

    Palmas 2007

  • Exige muito de ti e espere pouco dos outros. Assim evitars muitos aborrecimentos.

    Confcio

  • DEDICATRIA

    Dedico este trabalho primeiro a Deus, pois sem ele, nada seria possvel.

    A minha esposa Helena e ao nosso filho Felipe, pela fora, apoio, compreenso e

    abstinncia da minha companhia durante to rdua caminhada.

    Em especial aos meus pais Jos Lima e Maria Luza, pela responsabilidade de

    construo e delineamento do meu carter. A minha av materna pelo seu amor in

    condicional, mesmo estando distantes torcendo e me apoiando a cada conquista vivida. E a

    minha irm Joyce, por me acolher e me dar fora nas horas difceis.

    E, por fim, a todos os meus amigos e parentes que durante o percurso foram a minha

    base slida para esta realizao.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo a meu pai Jos Lima e a minha me Maria Luza, pelo apoio que sempre me

    deram.

    Agradeo a todos os professores que tive at aqui, pelos ensinamentos e pelo auxlio

    no amadurecimento profissional. Agradeo especialmente ao meu orientador, Prof. Paulo

    Ccero Fritzen, por sua ateno, suas sugestes e por me motivar e me estimular a terminar

    esta dissertao, apesar de algumas adversidades.

    Agradeo a meus colegas e amigos, pelo apoio e incentivo. Em especial, ao Miguel,

    Jos Coelho e Joo Batista, pela amizade e ajuda, nos muitos finais de semana em que nos

    reunimos e abdicamos do convvio de nossos familiares. Agradeo a ELETRONORTE, pelo

    suporte e pela oportunidade de concluir esta graduao.

    Agradeo, enfim, a todos que contriburam direta ou indiretamente na conquista

    pessoal, mas que no pude citar nominalmente.

  • SUMRIO

    RESUMO...................................................................................................................................9 ABSTRACT ............................................................................................................................10 LISTA DE ILUSTRAES..................................................................................................11 LISTA DE QUADROS E TABELAS ...................................................................................12 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS....................................................13 1. INTRODUO ..................................................................................................................14

    1.1.1. Geral........................................................................................................................15 1.1.2 Objetivos Especficos ..............................................................................................15

    1.2. Justificativa e Importncia do Trabalho....................................................................16 2. REFERENCIAL TERICO .............................................................................................17 3. METODOLOGIA...............................................................................................................19 4. REVISO DA LITERATURA .........................................................................................20

    4.1. Energia Solar Fotovoltaica e a sua Evoluo Histrica ............................................20 4.2. Radiao Solar..............................................................................................................22 4.3. Formas de Captura ......................................................................................................22

    4.3.1. Diretos .....................................................................................................................24 4.3.2. Indiretos ..................................................................................................................24 4.3.3. Passivo.....................................................................................................................24 4.3.4. Ativo ........................................................................................................................25

    4.4. Vantagens......................................................................................................................25 4.5. Desvantagens.................................................................................................................26 4.6. Principais Aplicaes ...................................................................................................26 4.7. Componentes do Sistema Fotovoltaico.......................................................................27

  • 4.8. Painel Fotovoltaico .......................................................................................................27 4.8.1. Tipos de Clulas .....................................................................................................28

    4.8.1.1. Silcio monocristalino.......................................................................................29 4.8.1.2. Silcio Policristalino .........................................................................................30 4.8.1.3. Filme Fino ou Silcio Amorfo ..........................................................................31

    4.8.2. Dimensionamento e Instalao .............................................................................32 4.8.3. Bateria ou Acumuladores......................................................................................34 4.8.4. Fusveis....................................................................................................................36 4.8.5. Condutores..............................................................................................................37 4.8.7. Controladores de Carga ........................................................................................38 4.8.8. Inversor...................................................................................................................40

    4.9. Clculo da Autonomia do Sistema Solar....................................................................40 4.10. Piranmetros o Solarmetros.....................................................................................41 4.11. Manuteno e Cuidados.............................................................................................42 4,12. Viabilidade Econmica ..............................................................................................43

    4.12.1. Taxa Mnima de Atratividade (TMA)................................................................43 4.12.2. Valor Presente Liquido (VPL)............................................................................43 4.12.3. ndice de Lucratividade (IL)...............................................................................44 4.12.4. Payback Original (PBO)......................................................................................44 4.12.5. ndice de lucratividade e Taxa de Rentabilidade (TR).....................................44 4.12.6. Taxa Interna de Retorno (TIR) ..........................................................................45

    5. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ........................................46 5.1. Apresentao dos Clculos ..........................................................................................46 5.2. Investimento Inicial......................................................................................................47 5.3. Custo com Manuteno e Receita ...............................................................................48 5.4. Analise Econmica .......................................................................................................49

    6. CONCLUSES E SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS............................50 BIBLIOGRFIAS..................................................................................................................51 ANEXOS .................................................................................................................................53

    Anexo A ................................................................................................................................54 Anexo B ................................................................................................................................55

  • 9

    RESUMO

    LIMA, Jefferson de Souza, Fontes de Energia Renovvel Viabilidade e Aplicao da Energia Solar Fotovoltaica na Iluminao Pblica. 2007. 55 p. Monografia (Graduao em Engenharia Civil). Centro Universitrio Luterano de Palmas.

    A cada minuto incide sobre a superfcie da terra mais energia vinda do sol do que a demanda total de todos os habitantes de nosso planeta em todo um ano. Por meio do efeito fotovoltaico a energia contida na luz do sol pode ser convertida diretamente em energia eltrica. Este mtodo de converso energtica apresenta como grandes vantagens sua extrema simplicidade, a inexistncia de qualquer pea mecnica mvel, sua caracterstica modular (desde mW at MW), os curtos prazos de instalao e posta em marcha envolvidos, o elevado grau de confiabilidade dos sistemas e sua baixa manuteno. Alm disto, sistemas solares fotovoltaicos representam uma fonte silenciosa, no-poluente e renovvel de energia eltrica bastante adequada integrao no meio urbano, reduzindo quase que completamente as perdas por transmisso da energia devido proximidade entre gerao e consumo. Com o intuito de propiciar economia para a cidade de Palmas -TO, alm de incentivar o uso de energia alternativa, realizou-se um estudo sobre a viabilidade do uso da energia solar na Iluminao Pblica. A analise foi feita por meio de um correto dimensionamento do sistema fotovoltaico para ser adicionado ao conjunto de iluminao j existente e com base nos preos dos componentes obtidos para a implantao dessa fonte alternativa.

    Palavras-chave: Energia.Sistemas.Fonte.Alternativa.Fotovoltaica

  • 10

    ABSTRACT

    LIMA, Jefferson de Souza, Renewable Sources of Energy-Feasibility and Implementation Photovoltaic Solar Energy in the Public Lighting. 2007. 55 P. Monograph (Degree in Civil Engineering). University Center Luterano of Palmas.

    The every minute focuses on the surface of the earth more energy from the sun than the total demand of all inhabitants of our planet in an entire year. Through the end photovoltaic energy in the light of the sun can be converted directly into electrical energy. This method of converting energy presents many advantages as its extreme simplicity, the absence of any mechanical moving parts, its modular feature (since mW until MW), the short time of installation and put in motion involved, the high level of reliability of the systems and their low maintenance. Moreover, solar photovoltaic systems are a source silent, non-polluting and renewable power very suitable for integration in urban areas, reducing almost completely by the loss of transmission due to the proximity between energy generation and consumption. In order to provide economy for the city of Palmas-TO, and encourage the use of alternative energy, there was a study on the feasibility of using solar energy in the Public Lighting. The analysis was done by means of a correct design of the photovoltaic system to be added to the existing range of lighting and based on the prices of components obtained for the implementation of this alternative source.

    Key-words: Energy.Systems.Source.Alternative.Photovoltaic.

  • 11

    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1- Ilustrao das posies dos painis, de acordo com a Localizao. .........................23

    Figura 2 Componentes de um Sistema Fotovoltaico. ............................................................27

    Figura 3 Desenho esquemtico de uma clula fotovoltaica. .................................................29

    Figura 4 Tipo Monocristalino................................................................................................30

    Figura 5 Tipo Policristalino...................................................................................................31

    Figura 6 Tipo Filme Fino ......................................................................................................31

    Figura 7 Bateria ou Acumulador. ..........................................................................................35

    Figura 8 Controlador de Carga. .............................................................................................39

    Figura 9 Piranmetro de Segunda Classe. .............................................................................42

    Figura 10 Anlise do Payback Original (PBO). ....................................................................49

  • 12

    LISTA DE QUADROS E TABELAS

    Tabela 1- Dimenses do gabarito utilizado para definir a inclinao correta do painel..........34

    Tabela 2- Capacidade de conduo de corrente, em funo da bitola.....................................36

    Tabela 3- Recomendao de bitolas, em mm para condutores eltricos de cobre, a serem

    utilizados na interligao de painis solares ao centro de distribuio..............................37

    Tabela 4- Dimensionamento de condutores de cobre em funo da potncia e da tenso

    eltrica, para uma distncia mxima de 12 m do C.D.C....................................................38

    Tabela 5 - Especificao dos controladores de carga mais utilizados em sistemas solares. ...39

    Tabela 6 Relao de alguns inversores encontrados no mercado.........................................40

    Tabela 7 Quadro de cargas ...................................................................................................46

    Tabela 8 Custo por Kit de Iluminao..................................................................................48

    Tabela 9 Custos de Instalao. .............................................................................................48

    Tabela 10 Custos Total de Instalao. ..................................................................................48

    Tabela 11 Custos de Operao e Manuteno.......................................................................48

    Tabela 12 Receita. .................................................................................................................48

  • 13

    LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS

    IP Iluminao Pblica

    A Corrente em Ampres

    V Volts

    W Watts

    mW Mili - Watt

    MW Mega Watt

    KWh Quilo Watt Hora

    Ah Ampre hora

    TIR Taxa Interna de Retorno

    TMA Taxa Mnima Atrativa

    VPL Valor Presente Lquido

    IL ndice de Lucratividade

    PBO Payback Original

    TR Taxa de Rentabilidade

    IP Iluminao Pblica

  • 14

    1. INTRODUO

    O setor eltrico brasileiro recentemente enfrentou uma crise energtica, tendo maior

    expresso nas regies sul e sudeste, regies onde encontra-se a maior concentrao industrial

    e demogrfica do pas.

    A pesar de sermos o 2 maior produtor de energia hidreltrica do mundo (BEN, 2000),

    a eletricidade no um bem armazenvel, por isso a captao de nossas usinas se d na forma

    de reaproveitamento, sendo instalados vrias usinas para um melhor aproveitamento do

    recurso hdrico existente em nosso territrio. Contudo nos ltimos anos a falta de

    investimentos, a facilidade de compra de bens de consumo, as mudanas climticas e a falta

    da conscincia ambiental contriburam para que se instalasse essa recesso energtica.

    Cortado pelo trpico de capricrnio, o Brasil tem no clima tropical um forte potencial

    energtico alternativo, como exemplo a energia solar que ser tema deste estudo, O interesse

    por fontes alternativas de energia vem crescendo muito nos ltimos anos. A energia solar

    uma forma absolutamente pura, no poluente, no produz fumaa e nem resduos radioativos,

    constituindo-se, portanto, uma forma ideal de energia para proteo do meio ambiente e

    continuar impulsionando o crescimento econmico sustentvel.

    Atravs de pesquisas e clculos, sero comparados dados que possam a vir sustentar se

    existe a viabilidade econmica na implantao deste tipo de sistema na IP.

  • 15

    1.1. Objetivos

    1.1.1. Geral

    Objetiva analisar a energia solar como fonte renovvel de energia eltrica e

    disponibilidade para funcionarem como sistemas alternativos aplicado a iluminao publica

    em um trecho da Avenida Teotnio Segurado, na cidade de Palmas, onde sero apresentadas a

    infra-estrutura necessria para sua implantao, as ferramentas de controle, operao e

    manuteno do sistema, bem como a segurana, a eficincia e a viabilidade da implantao

    desta tecnologia atravs da relao custo-benefcio.

    1.1.2 Objetivos Especficos

    Discutir os meios de implantao da energia solar como fonte renovvel de

    eletricidade, enfatizando a necessidade de conhecimento tcnico e terico sobre o

    assunto;

    Avaliar viabilidade e aplicao do sistema para um trecho da Av.: Teotnio

    segurado em Palmas;

    Apresentar os produtos e tecnologias disponveis que possuem melhor relao

    custo-benefcio;

    Fazer estudo da infra-estrutura necessria para implantao dos sistemas, bem

    como as melhores tcnicas construtivas;

  • 16

    Discutir as formas de operao, manuteno, controle e gerenciamento, e

    principalmente a sua viabilidade.

    1.2. Justificativa e Importncia do Trabalho

    Apesar de ser um recurso abundante em nosso territrio, a utilizao como fonte

    alternativa de energia pouco usual, podendo ser considerada uma tendncia. Talvez por

    gerar uma expectativa inicial de custo elevado, pensa-se, a princpio, que s poder ser

    utilizado em edificaes de mdio e alto padro. Isso talvez venha a ser um engano, afinal

    esse conceito j est sendo implantado nas regies rurais, de difcil acesso por meio de

    programas governamentais (Programa Luz Para Todos, do governo federal), e que tem na

    captao solar fotovoltaica uma fonte de energia renovvel, que proporciona conforto e bem

    estar.

    Tal sistema pode ser da mesma forma implementado nas regies urbanas, o que pode

    vir a gerar economia no consumo de energia eltrica destinada iluminao pblica,

    reduzindo com isso as altas taxas de IP. O resultado a reduo de gastos com energia

    eltrica fornecida pelas distribuidoras de energia, bem como a reduo de desperdcios,

    proporcionada pela cobrana mais justa das taxas a populao.

    Dentro das cidades possa ser que devido o seu alto valor de implantao inicial, por

    muita das vezes no justifique a implantao deste sistema, porm se levado em conta um

    investimento a mdio e longo prazo, se mostre eficaz e rendoso, tanto pelo lado econmico

    quanto pelo scio-ambiental, neste caso a funo principal dos sistemas gerar maior

    conforto e segurana ao usurio, bem como reduzir os custos com o fornecimento de energia

    eltrica proporcionando um melhor gerenciamento e distribuio dos recursos.

  • 17

    2. REFERENCIAL TERICO

    A energia renovvel aquela que obtida de fontes naturais capazes de se regenerar,

    e, portanto, virtualmente inesgotveis, como por exemplo: O Sol, energia solar .( Energia

    renovvel, Wikipdia, 2006)

    A energia solar a captao da energia luminosa proveniente do Sol. Com posterior

    transformao da energia captada em pr do benefcio da humanidade, seja na forma de

    energia mecnica, energia eltrica e ou de forma indireta como aquecimento de gua.

    A terra ao produzir o movimento de translao ao redor do sol, recebe cerca de 1410

    W/m de energia, medio feita numa superfcie normal em ngulo reto com o sol,

    consolidando o enorme potencial que nos dado diariamente e que ainda pouco explorado.

    Por estar prximo ao trpico de capricrnio, o Brasil, tem o clima tropical como

    predominante em seu territrio, onde somos agraciados de janeiro a janeiro com a energia

    solar, porm sem um aproveitamento adequado dessa fonte alternativa e inesgotvel.

    H alguns anos atrs a populao brasileira passou pelo o inconveniente racionamento

    de energia eltrica, como cita a matria publicada na revista Economia & Energia, 2001:

    O Racionamento de energia eltrica, na intensidade que deve ser implantado no Brasil resulta, alm dos fatores climticos, de falhas no Setor Eltrico em vrios aspectos e na coordenao governamental, j que, assegurar a proviso de energia dever do Estado Nacional.

  • 18

    Podemos entender que crise ocorrida no setor energtico brasileiro se deu por

    negligncia poltica, dotada da falta de interesse e investimentos, em um setor que de suma

    importncia para o desenvolvimento sustentado de nossa nao. A falta de incentivo

    descoberta de novas tecnologias de transformao de energia, poderia ter afastado este atraso

    econmico que se instaurou no pas.

  • 19

    3. METODOLOGIA

    O projeto foi realizado atravs de reviso bibliogrfica, pela leitura sistematizada de

    livros, artigos e peridicos, conforme padres da instrumentalizao cientfica.

    Atravs de contatos com fornecedores e instaladores do sistema estudado, foram

    elaborados um comparativo entre os dados e assim definido as melhores tecnologias e

    mtodos de instalao disponveis, com inteno de otimizar a relao custo-benefcio.

    Todas as informaes e materiais obtidos foram compilados e/ou catalogados e

    trabalhados estatisticamente, com a finalidade de atender aos objetivos desta monografia.

  • 20

    4. REVISO DA LITERATURA

    4.1. Energia Solar Fotovoltaica e a sua Evoluo Histrica

    A cada minuto incide sobre a superfcie da terra mais energia vinda do sol do que a

    demanda total de todos os habitantes de nosso planeta em todo ano. Por meio do efeito

    fotovoltaico a energia contida na luz do sol pode ser convertida diretamente em energia

    eltrica. Este mtodo de converso energtica apresenta como grandes vantagens sua extrema

    simplicidade, a inexistncia de qualquer pea mecnica mvel, sua caracterstica modular

    (desde mW at MW), os curtos prazos de instalao e posta em marcha envolvidos, o elevado

    grau de confiabilidade dos sistemas e sua baixa manuteno. Alm disto, sistemas solares

    fotovoltaicos representam uma fonte silenciosa, no-poluente e renovvel de energia eltrica

    bastante adequada integrao no meio urbano, reduzindo quase que completamente as

    perdas por transmisso da energia devido proximidade entre gerao e consumo.

    Os primeiros coletores solares de que se tm notcias foram construdos no ano 212

    a.C, cuja faanha foi atribuda a Arquimedes, fsico, matemtico e prolfico inventor

    (CONAMA, 2005).

    Russel Ohl descobriu a primeira clula solar de Silcio por acidente em 1940. Ele ficou

    surpreso quando verificou uma grande diferena de potencial eltrico ao iluminar o que ele

  • 21

    pensava ser um basto de Silcio puro. Uma verificao mais minuciosa mostrou que

    pequenas concentraes de impurezas estavam dando propriedades negativas (tipo n) a

    algumas partes do basto. Atualmente, sabemos que estas propriedades so devidas a um

    excesso de eltrons mveis com suas cargas negativas. Outras regies tinham propriedades

    positivas (tipo p), que so devidas a uma deficincia de eltrons, causando um efeito similar a

    um excesso de cargas positivas.

    William Shockley desenvolveu a teoria dos dispositivos formados por junes entre as

    regies positivas e negativas (junes p-n) em 1949 e em seguida a utilizou para desenhar os

    primeiros transistores de uso prtico. Isto ocasionou a revoluo dos semicondutores de 1950,

    que tambm resultou nas primeiras clulas fotovoltaicas eficientes, desenvolvidas em 1954

    nos laboratrios da Bell (CHAPIN apud GOETZBERGER et al., 2003 p. 6), o que causou

    muito entusiasmo na poca e saiu nas manchetes de primeira pgina de diversos jornais

    (RIORDAN apud GREEN, M. A., 2000 p. 990).

    O primeiro uso comercial das novas clulas solares foi no espao sideral, a partir de

    1958. Esta continuou sendo a principal aplicao comercial at o incio dos anos 70, quando a

    crise do petrleo estimulou o uso de clulas fotovoltaicas para a gerao de energia eltrica na

    terra. A partir de ento a indstria fotovoltaica cresceu rapidamente, principalmente nos

    ltimos anos, atingindo vendas de 12 bilhes de Dlares, em 2005 (TAUB et al., 2006).

    Nestas trs ltimas dcadas a energia solar, como uma fonte inesgotvel de energia das

    mais promissoras, tem sido um tema bastante comentado com possibilidades de utilizao as

    mais diversas reas, notadamente nos pases tropicais e subtropicais como o caso do Brasil e

    regies outras do continente africano, onde a radiao solar se faz presente em quantidade e

    qualidade, as melhores existentes em todo o mundo.

  • 22

    4.2. Radiao Solar

    O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, 1,5 x 1018 kWh de energia.

    Trata-se de um valor considervel, correspondendo a 10.000 vezes o consumo mundial de

    energia no ano de 2002. Este fato vem indicar que, alm de ser responsvel pela manuteno

    da vida na Terra, a radiao solar constitui-se numa inesgotvel fonte energtica, havendo um

    enorme potencial de utilizao por meio de sistemas de captao e converso em outra forma

    de energia (trmica, eltrica, mecnica, etc.).

    Uma das possveis formas de converso da energia solar conseguida atravs do

    efeito fotovoltaico que ocorre em dispositivos conhecidos como clulas fotovoltaicas. Estas

    clulas so componentes optoeletrnicos que convertem diretamente a radiao solar em

    eletricidade. So basicamente constitudas de materiais semicondutores, sendo o silcio o

    material mais empregado.

    4.3. Formas de Captura

    O painel solar precisa ser bem posicionado para que receba o mximo de sol, ao longo

    do dia, durante todos os dias do ano. A condio ideal de aproveitamento de energia seria

    promover o acompanhamento dirio do sol com o painel, procurando manter a face do mesmo

    sempre perpendicular aos raios solares. Ms um processo que envolveria mecanismos

    automticos e bastante complexos, inviabilizando, economicamente, o sistema.

    Por essa razo, procura-se fazer a sua instalao com um ngulo intermedirio, que, mesmo

    permanecendo fixo, ele possa proporcionar o maior aproveitamento de energia possvel.

    Dessa forma, o sistema torna-se muito mais simples e o aproveitamento de energia no fica

  • 23

    comprometido, pois, as maiores perdas de radiao solar iro acontecer pela manh e ao

    entardecer, momentos em que o fluxo de radiao solar relativamente baixo.

    Nesse sentido, recomenda-se que a inclinao do painel solar seja igual latitude

    local, e a face voltada para a direo Norte, quando estiver sendo instalado no Hemisfrio Sul.

    J para condies de instalao no Hemisfrio Norte, o painel dever possuir tambm uma

    inclinao correspondente Latitude Local, mas, nesse caso a sua face dever ser voltada para

    a direo Sul. A Figura 1 ilustra trs situaes distintas de instalao do painel solar, sendo

    uma no Hemisfrio Sul, outro na linha do Equador e a ltima no Hemisfrio Norte.

    Figura 1- Ilustrao das posies dos painis, de acordo com a Localizao.

    Os mtodos de captura da energia solar classificam-se em diretos ou indiretos, e

    tambm em passivos e ativos.

  • 24

    4.3.1. Diretos

    Direto significa que h apenas uma transformao para fazer da energia solar um tipo

    de energia utilizvel pelo homem. Exemplos: A energia solar atinge uma clula fotovoltaica

    criando eletricidade.

    A converso a partir de clulas fotovoltaicas classificada como direta, apesar de que

    a energia eltrica gerada precisar de nova converso em energia luminosa ou mecnica, por

    exemplo, para se fazer til.

    A energia solar atinge uma superfcie escura e transformada em calor, que aquecer

    uma quantidade de gua, por exemplo - esse princpio muito utilizado em aquecedores

    solares.

    4.3.2. Indiretos

    Indireto significa que precisar haver mais de uma transformao para que surja

    energia utilizvel. Exemplo: Sistemas que controlam automaticamente cortinas, de acordo

    com a disponibilidade de luz do Sol.

    4.3.3. Passivo

    So geralmente diretos, apesar de envolverem (algumas vezes) fluxo em convero,

    que tecnicamente uma converso de calor em energia mecnica.

  • 25

    4.3.4. Ativo

    So sistemas que apelam ao auxlio de dispositivos eltricos, mecnicos ou qumicos

    para aumentar a efetividade da coleta. Sistemas indiretos so quase sempre tambm ativos.

    4.4. Vantagens

    Dentre as vrias facilidades do sistema de capao fotovoltaico podemos destacar:

    No consome combustvel;

    No produz poluio nem contaminao ambiental;

    silencioso;

    Tem uma vida til superior a 20 anos;

    resistente a condies climticas extremas (granizo, vento, temperatura e

    umidade);

    No tem peas mveis e, portanto, exige pouca manuteno (s a limpeza do

    painel);

    Permite aumentar a potncia instalada por meio da incorporao de mdulos

    adicionais;

    Gera energia mesmo em dias nublados;

    Geram energia de 12, 24, 36 e 48 volts (corrente contnua);

    Tem fcil manuseio e transporte, podendo ser ampliado conforme sua

    necessidade. Simples instalao;

    Compatvel com qualquer bateria.

  • 26

    4.5. Desvantagens

    Esse sistema apresenta variao nas quantidades produzidas de acordo com a situao

    climtica (chuvas, neve), alm de que durante a noite no existe produo alguma, o que

    obriga a existncia de acumuladores para o armazenamento da energia produzida durante o

    dia.

    Locais em latitudes mdias e altas (Ex: Finlndia, Islndia, Nova Zelndia e Sul da

    Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produo durante os meses de Inverno devido

    menor disponibilidade diria de energia solar. Locais com freqente cobertura de nuvens

    (Curitiba, Londres), tendem a ter variaes dirias de produo de acordo com o grau de

    nebulosidade.

    As formas de armazenamento da energia solar so pouco eficientes quando

    comparadas, por exemplo, aos combustveis fsseis (carvo, petrleo e gs).

    4.6. Principais Aplicaes

    Geralmente utilizado em zonas afastadas da rede de distribuio eltrica, podendo

    trabalhar de forma independente ou combinada com sistemas de produo eltrica

    convencional. Suas principais aplicaes so:

    Eletrificao de imveis rurais: luz, tv, rdio, comunicaes, bombas de gua;

    Eletrificao de cercas;

    Iluminao exterior;

    Sinalizao;

    Telefones Pblicos.

  • 27

    4.7. Componentes do Sistema Fotovoltaico

    Os sistemas fotovoltaicos para fornecimento de energia so constitudos por

    componentes que cumprem a funo de proporcionar um melhor aproveitamento da energia

    gerada, garantindo a confiabilidade do sistema e autonomia no caso de intempries desde que

    bem dimensionados. So eles: painel fotovoltaico, regulador de carga, bateria ou acumulador,

    fusveis, inversor, carga e condutores, conforme a Figura 2.

    Figura 2 Componentes de um Sistema Fotovoltaico.

    4.8. Painel Fotovoltaico

    O painel solar constitudo por uma ou mais placas solares onde se encontram as

    clulas fotovoltaicas, responsveis por converter a energia luminosa do sol em energia

    eltrica. O tamanho do painel definido de acordo com a demanda de potncia instalada.

    Como essa demanda varivel, sendo especfica para cada situao particular, usa-se fazer o

    agrupamento com mais de uma placa para atender a demanda instalada.

  • 28

    Cada mdulo fotovoltaico formado por uma determinada quantidade de clulas

    conectadas em srie, unindo-se a camada negativa de uma clula com a positiva da seguinte,

    os eltrons fluem atravs dos condutores de uma clula para a outra. Este fluxo repete-se at

    chegar ltima clula do mdulo, da qual fluem para o acumulador ou a bateria. Podendo

    ainda ser disposta na forma de ligao paralela ou mista.

    Cada eltron que abandona o mdulo substitudo por outro que regressa do

    acumulador ou da bateria. O cabo da interconexo entre mdulo e bateria contm o fluxo, de

    modo que quando um eltron abandona a ltima clula do mdulo e encaminha-se para a

    bateria outro eltron entra na primeira clula a partir da bateria.

    por isso que se considera inesgotvel um dispositivo fotovoltaico. Produz energia

    eltrica em resposta energia luminosa que entra no mesmo.

    Deve-se esclarecer, entretanto, que uma clula fotovoltaica no pode armazenar

    energia eltrica.

    4.8.1. Tipos de Clulas

    Os mdulos so compostos de clulas solares de silcio. Elas so semicondutoras de

    eletricidade porque o silcio um material com caractersticas intermdias entre um condutor

    e um isolante.

    O silcio apresenta-se normalmente como areia. Atravs de mtodos adequados obtm-

    se o silcio em forma pura. O cristal de silcio puro no possui eltrons livres e portanto, um

    mau condutor eltrico. Para alterar isto acrescenta-se porcentagens de outros elementos. Este

    processo denomina-se dopagem.

    Mediante a dopagem do Silcio com o Fsforo obtm-se materiais com eltrons livres

  • 29

    ou materiais portadores de carga negativa (silcio tipo n). Realizando o mesmo processo, mas

    acrescentando Boro ao invs de Fsforo, obtm-se um material com caractersticas inversas,

    ou seja, deficincia de eltrons ou materiais com cargas positivas livres (silcio tipo p).

    Cada clula solar compe-se de uma camada fina de material tipo n e outra com maior

    espessura de material tipo p (Figura 3). Separadamente, ambas as capas so eletricamente

    neutras. Mas ao serem unidas, exatamente na unio pn, gera-se um campo eltrico devido

    aos eltrons do silcio tipo n que ocupam os vazios da estrutura do silcio tipo p.

    Figura 3 Desenho esquemtico de uma clula fotovoltaica.

    Existem basicamente trs tipos de clulas, conforme o mtodo de fabricao: silcio

    monocristalino, silcio policristalino e filme fino ou silcio amorfo.

    4.8.1.1. Silcio monocristalino

    Silcio monocristalino: Estas clulas obtm-se a partir de barras cilndricas de silcio

    monocristalino produzidas em fornos especiais. As clulas so obtidas por corte das barras em

  • 30

    forma de pastilhas finas (0,4-0,5 mm de espessura). A sua eficincia na converso de luz solar

    em eletricidade superior a 12%. (Figura 4)

    Figura 4 Tipo Monocristalino.

    4.8.1.2. Silcio Policristalino

    Estas clulas so produzidas a partir de blocos de silcio obtidos por fuso de silcio

    puro em moldes especiais. Uma vez nos moldes, o silcio arrefece lentamente e solidifica-se.

    Neste processo, os tomos no se organizam num nico cristal. Forma-se uma estrutura

    policristalino com superfcies de separao entre os cristais. Sua eficincia na converso de

    luz solar em eletricidade ligeiramente menor do que nas de silcio monocristalino. (Figura 5)

  • 31

    Figura 5 Tipo Policristalino

    4.8.1.3. Filme Fino ou Silcio Amorfo

    Estas clulas so obtidas por meio da deposio de camadas muito finas de silcio ou

    outros materiais semicondutores sobre superfcies de vidro ou metal. Sua eficincia na

    converso de luz solar em eletricidade varia entre 5% e 7%. (Figura 6)

    Figura 5 Tipo Filme Fino.

    Figura 6 Tipo Filme Fino

  • 32

    4.8.2. Dimensionamento e Instalao

    O local onde ser instalado dever ser limpo, de fcil acesso e sem a presena de

    obstculos que possam sombrear o painel. Alem disso dever ficar o mais prximo possvel

    dos locais onde as cargas eltricas sero instaladas, recomenda-se que no exceda mais que

    dez metros do conjunto de baterias e do centro de distribuio do circuito.

    O correto dimensionamento do painel feito, seguindo-se as instrues abaixo:

    1) Identificar cada carga de corrente alternada, seu consumo em Watts e a

    quantidade de horas por dia que deve operar;

    2) Somar os Watts hora por dia de cada aparelho para obter os Watts hora por dia

    totais das cargas em corrente alternada.considerara um acrscimo de 10% de

    energia adicional para ter em conta o rendimento do inversor;

    3) Para poder escolher o inversor adequado, devem-se ter claro quais so os

    nveis de tenso do sistema tanto em termos de corrente alternada como de

    contnua;

    4) Obter o valor total de energia;

    5) Toma-se o valor obtido no item anterior e divide-se pela tenso nominal do

    sistema, utilizando-se a seguinte frmula:

    )/()()/.( diaAh

    VccVsistemadiahWTotalPotnciaTotalConsumo = (1)

    Para o clculo do nmero de mdulos necessrios devem-se conhecer os nveis de

    radiao solar tpicos da regio (Anexo A). Como j se viu, a capacidade de produo dos

    mdulos varia com a radiao. A tabela indica qual a radiao mdia anual em KWh/ m

    /dia.

  • 33

    Para realizar um clculo aproximado da quantidade de mdulos necessrios para uma

    instalao pode-se proceder da seguinte forma:

    6) Calcular o Consumo Total da instalao em Ah;

    7) Determinar em que local se realizar a instalao;

    8) Com base nos valores da tabela de radiao identificar qual das cidades mais

    se aproxima do local de sua instalao. Identificar qual a radiao mdia

    anual desta localidade em kWh/m/dia (ltima coluna da tabela).

    9) Multiplicar o valor encontrado pela corrente nominal do mdulo solar

    escolhido. Para isto recorrer tabela do fabricante do mdulo solar.(Anexo B)

    )/(min diaAhalNoCorrenteRadiaomdulodoGerao = (2)

    10) O nmero de mdulos solares para este sistema ser:

    MduloGeraoTotalConsumo

    mduloN = (3)

    Para obter-se a inclinao desejada, recomenda-se construir um gabarito simples de

    papelo para facilitar o processo de adequao da inclinao do painel. Esse gabarito dever

    ser construdo conforme os valores da Tabela 1.

  • 34

    Tabela 1- Dimenses do gabarito utilizado para definir a inclinao correta do painel Latitude (Graus)

    Lado A (cm)

    Lado B (cm)

    Lado C (cm)

    0 0 0 0 5 40,2 40 3,5 10 40,6 40 7 15 41,4 40 10,7 20 42,6 40 14,6 25 44,1 40 18,7 30 46,2 40 23,1 35 48,8 40 28

    4.8.3. Bateria ou Acumuladores

    o elemento destinado a acumular a energia eltrica gerada pelo painel tornando-a

    disponvel sempre que necessrio, em horrios sem a presena da luz do sol, ou quando a

    energia solar, captada pelo painel e fornecida pelo sistema, estiver sendo inferior demanda

    da carga, isso poder acontecer em dias nublados, ou aps o nascer e pr-do-sol, quando a

    radiao solar de baixa intensidade.

    . Utilizam-se basicamente baterias de 12V./150Ah. Recomenda-se o uso de baterias

    seladas, livres de manuteno, porm, o nmero de baterias que dever ser utilizado depende

    da carga instalada, na prtica, recomenda-se utilizar uma bateria de 100 Ah para cada placa de

    0,40 m de rea, instalada no painel solar, para que o sistema possa operar com segurana.

    Para o clculo do banco de baterias de acumuladores (Figura 7) obtm-se com a

    frmula:

    C A

    B

  • 35

    AutDtotCap = 66,1 (4)

    Onde:

    1,66: fator de correo de bateria de acumuladores que leva em conta a

    profundidade de descarga admitida, o envelhecimento e um fator de

    temperatura.

    Dtot:Consumo total de energia da instalao em Ah/dia.

    Aut: dias de autonomia conforme visto no item Autonomia prevista.

    Desde que possvel recomenda-se sempre o uso de baterias do tipo sem manuteno e

    que, portanto no permitem reposio de gua. Estas baterias possuem uma vida til que pode

    atingir at 4-5 anos.

    OBS: A eficincia do sistema de energia depende diretamente da qualidade e do estado

    das baterias. Baterias velhas aceitam menos carga e ainda desperdiam a energia de carga

    fornecida.

    Figura 7 Bateria ou Acumulador.

  • 36

    4.8.4. Fusveis

    Os fusveis so dispositivos utilizados na proteo de circuitos contra correntes

    anormais, como curto-circuito e sobrecarga, os trs tipos de fusveis mais comuns so o

    cartucho, o NH e o Diazed.

    Independente do tipo de fusvel a ser utilizado, eles devero ser instalados no condutor

    positivo e devem ser dimensionados em funo da corrente absorvida pelo circuito e pela

    capacidade de conduo de corrente do condutor.

    A capacidade nominal do fusvel de proteo do condutor dever ser maior que a

    corrente absorvida pelo circuito e menor que o limite de capacidade de conduo de corrente

    do condutor. (Tabela 2)

    Tabela 2 - Capacidade de conduo de corrente, em funo da bitola. Condutor (mm) 1,5 2,5 4,0 6,0 10,0 16,0 25,0 35,0

    Capacidade de Corrente (A) 17,5 24 32 41 57 76 101 125

    O dimensionamento coreto dos fusveis de proteo feito, utilizando-se a seguinte

    frmula:

    )()()(

    VTensoWPotenciaACorrente = (5)

  • 37

    4.8.5. Condutores

    Os sistemas alimentados por energia solar seguem, basicamente, os mesmos padres

    dos sistemas de energia eltrica convencional, de baixa tenso, os condutores eltricos, fios ou

    cabos, devem ser de cobre, com isolamento termoplstico.

    A especificao do condutor adequado, para cada trecho do sistema, feita, levando-se

    em considerao a potncia eltrica que tais condutores iro alimentar bem, como o

    comprimento do circuito. A Tabela 3, a seguir permite selecionar a bitola de condutores de

    cobre, a serem utilizados na interligao de painis solares ao centro de distribuio, para uma

    distncia mxima de 15 metros.

    Tabela 3 - Recomendao de bitolas, em mm para condutores eltricos de cobre, a serem utilizados na interligao de painis solares ao centro de distribuio.

    Corrente (A) Distncia (m) 2,5 5 7,5 10 3 2,5 2,5 2,5 2,5 4 2,5 2,5 2,5 4,0 5 2,5 2,5 2,5 4,0 6 2,5 2,5 4,0 4,0 7 2,5 2,5 4,0 6,0 8 2,5 4,0 4,0 6,0 9 2,5 4,0 6,0 10,0 10 2,5 4,0 6,0 10,0 11 2,5 4,0 6,0 10,0 12 2,5 6,0 6,0 10,0 13 2,5 6,0 10,0 10,0 14 2,5 6,0 10,0 10,0 15 2,5 6,0 10,0 10,0

    O dimensionamento dos condutores utilizados nas demais ligaes, a partir do centro

    de distribuio, pode ser feito utilizando-se a Tabela 4.

  • 38

    Tabela 4 - Dimensionamento de condutores de cobre em funo da potncia e da tenso eltrica, para uma distncia mxima de 12 m do C.D.C.

    Potncia (watts) Tenso (volts) Bitola (mm)

    12 2,5 100 24 2,5 12 2,5 200 24 2,5 12 4,0 300 24 2,5 12 6,0 400 24 2,5 12 10,0 500 24 4,0 12 16,0 600 24 6,0 12 16,0 700 24 6,0 12 25,0 800 24 10,0 12 25,0 900 24 10,0 12 25,0 24 10,0 36 6,0 1000

    48 4,0 24 16,0 36 10,0 48 6,0 1250

    60 4,0

    4.8.7. Controladores de Carga

    O controlador de carga (Figura 8) um componente eletrnico que deve ser instalado

    para controlar o consumo de energia, em sistemas que utilizam baterias, otimizando o uso da

    Energia Fotovoltaica.

    Tem como funo proteger a bateria contra sobrecargas e descargas excessivas evitar

    que a bateria descarregue completamente, quando muito exigida, e sua carga atinge um

    nvel em torno de 30% da carga total, o controlador automaticamente desconectar as cargas

    ligadas e passar a carregar a bateria e quando esta estiver com aproximadamente 80% da sua

    carga, acender a lmpada indicadora de carga normal da bateria e as cargas sero

  • 39

    automaticamente conectadas ao sistema de fornecimento de energia. Tambm uma de suas

    atribuies proteger o mdulo evitando o retorno da energia e garantir maior vida til

    bateria.

    Figura 8 Controlador de Carga.

    Especificao dos controladores de carga mais utilizados em sistemas solares para o

    fornecimento de eletricidade, ver Tabela 5.

    Tabela 5 - Especificao dos controladores de carga mais utilizados em sistemas solares. Especificao Descrio

    6 Amperes Recomendado para painis formados por um ou duas placas solares

    12 Amperes Recomendado para painis formados por trs ou quatro placas solares

    20 Amperes Recomendado para painis formados por cinco ou seis placas solares

    30 Amperes Recomendado para painis formados por sete ou oito placas solares

    A escolha de um controlador de cargas dever ser feita em funo da tenso de

    alimentao e da corrente que o painel poder fornecer.

  • 40

    4.8.8. Inversor

    O inversor um dispositivo eletrnico. Utilizado para permitir a alimentao de cargas

    de corrente alternada, a partir de sistemas de fornecimento de energia em corrente contnua,

    seu uso consome +/- 10% da energia, como o caso dos sistemas solares.

    Ele conectado logo aps o controlador de cargas, mantendo-se as polaridades, assim

    esse equipamento alimentado por corrente contnua, e fornece, na sada, corrente alternada,

    nas tenses de 110V ou 220V. Nesse processo de converso, existe uma perda de,

    aproximadamente 10%.

    A escolha de um inversor feita em funo da potncia eltrica que ser fornecida, ver

    Tabela 6.

    Tabela 6 Relao de alguns inversores encontrados no mercado. Inversor Alimentado em 12 ou 24 Vcc Sada 110 ou 220 Vca Potncia (W) 125 250 300 600 800 1500

    4.9. Clculo da Autonomia do Sistema Solar

    Para saber qual ser a autonomia do sistema, ou seja, quanto tempo ele poder

    funcionar sem a presena do sol, bastar calcular o consumo de cada carga, em Ah, de acordo

    com o quadro de cargas.

    Sabe-se que no se deve utilizar toda a carga do conjunto de baterias, o mximo que se

    pode utilizar 70% dessa carga. Vamos, ento, adotar uma margem de segurana maior, ou

    seja, utilizar apenas 50% da carga da bateria.

    A autonomia do sistema ser obtida, atravs do quadro de cargas e utilizando a

    seguinte frmula:

  • 41

    )/.().(arg

    diahArioConsumoDihAlaDisponiveCAutonomia = (6)

    4.10. Piranmetros o Solarmetros

    Os piranmetros, tambm chamados solarmetros, so sensores que medem a radiao

    global. Este instrumento caracteriza-se pelo uso de uma termopilha que mede a diferena de

    temperatura entre duas superfcies, uma pintada de preto e outra pintada de branco igualmente

    iluminadas. A expanso sofrida pelas superfcies provoca um diferencial de potencial que, ao

    ser medida, mostra o valor instantneo da energia solar.

    Um outro modelo bem interessante de piranmetro aquele que utiliza uma clula

    fotovoltaica de silcio monocristalino para coletar medidas solarimtricas. Estes piranmetros

    so largamente utilizados, pois, apresentam custos bem menores do que os equipamentos

    tradicionais. Pelas caractersticas da clula fotovoltaica, este aparelho apresenta limitaes

    quando apresenta sensibilidade em apenas 60% da radiao solar incidente.

    Existem vrios modelos de piranmetros de primeira, 2% de preciso, e tambm de

    segunda classe, 5% de preciso, (Figura 9). Existem vrios modelos de diversos fabricantes

    entre eles podemos citar: Eppley 8-48 (USA), Cimel CE-180 (Frana), Schenk (ustria), M-

    80M (Rssia), Zonen CM5 e CM10 (Holanda).

  • 42

    Figura 9 Piranmetro de Segunda Classe.

    4.11. Manuteno e Cuidados

    A necessidade de manuteno para os mdulos mnima. Se o mdulo ficar sujo,

    utilizar gua e uma flanela ou esponja de nylon para limpar o vidro. Detergentes no

    abrasivos ou neutros podem ser utilizados para remoo da sujeira mais persistente. Duas

    vezes por ano verificar os terminais para observar os conectores. A eficincia dos mdulos

    solares depende diretamente da sua superfcie fotossensvel. Verifique-os periodicamente

    mantendo livres de folhas.

    Caso as baterias no sejam do tipo selada, verifique mensalmente o nvel da soluo

    da mesma, caso necessrio, completar somente com gua destilada at o nvel recomendado,

    evitando-se o excesso. Verifique tambm se os plos da bateria esto limpos, sem oxidao

    (zinabre) que venham a prejudicar o funcionamento do sistema.

    No expor as baterias, o controlador e o inversor umidade.

  • 43

    4,12. Viabilidade Econmica

    A viabilidade econmica instrumento analtico, que agrega todas as variveis

    envolvidas, o clculo do retorno econmico do projeto sintetizado pela Taxa Interna de

    Retorno (TIR), que determina a remunerao bsica dos capitais investidos segundo.

    A seguir sero conceituados alguns indicadores econmicos mais utilizados para

    anlise de viabilidade econmica de projetos, segundo KASSAI et all., (2000).

    4.12.1. Taxa Mnima de Atratividade (TMA)

    A taxa mnima de atratividade (TMA) a menor remunerao desejada sobre o capital

    investido a cada perodo de vida do negcio. O projeto ser vivel sempre que o retorno do

    capital for igual ou superior a este valor.

    4.12.2. Valor Presente Liquido (VPL)

    O valor presente lquido demonstra os valores do investimento calculados pela

    diferena de valor de investimento e de valores presente das sadas de caixas, em funo de

    uma determinada taxa de desconto que adotada, onde calculado atravs de calculadora

    financeira ou por meio de planilha eletrnica do tipo Excel.

    =

    +=

    n

    jjTMA

    FCjVPL0 )1(

    ; (7)

  • 44

    4.12.3. ndice de Lucratividade (IL)

    medido por meio da relao entre o valor presente dos fluxos de caixa positivos e o

    valor presente dos fluxos de caixa negativos, usando-se como taxa de desconto a taxa de

    atratividade (TMA). Esse ndice indica o retorno apurado para cada um real investido. Onde

    calculada atravs de calculadora financeira ou por meio de planilha eletrnica do tipo Excel.

    +=

    PVPVIL (8)

    4.12.4. Payback Original (PBO)

    O Payback original (PBO), ou prazo de recuperao do capital, encontrado somando-

    se os valores dos fluxos de caixas negativos com os valores dos fluxos de caixa positivos, at

    o momento em que essa soma resulta em zero, onde calculada atravs de calculadora

    financeira ou por meio de planilha eletrnica do tipo Excel.

    FCLjSARjjPB = ; (9)

    4.12.5. ndice de lucratividade e Taxa de Rentabilidade (TR)

    A taxa de rentabilidade (TR %) de um investimento reflete o retorno desse

    investimento em termos relativos, ou seja, em porcentagem. determinado a partir do ndice

  • 45

    de lucratividade (IL), calculado atravs de calculadora financeira ou por meio de planilha

    eletrnica do tipo Excel.

    1(%)

    +=

    PVPVTR ; (10)

    4.12.6. Taxa Interna de Retorno (TIR)

    A Taxa Interna de Retorno (TIR) definida como a taxa de juros (ou de desconto) que

    torna nulo o valor presente do Fluxo de Caixa do Projeto. Para o seu clculo necessrio,

    portanto, que se determine o Fluxo de Caixa do Projeto, sobre o qual ser calculada a Taxa

    Interna de Retorno (TIR), formado pela soma do Resultado Contbil do Projeto com as

    Depreciaes e as Liberaes dos Financiamentos a ser concedidos, abatidos os Investimentos

    e as Amortizaes (principal) do Financiamento (SOTO, 1994).

    Onde calculado atravs de calculadora financeira ou por meio de planilha eletrnica

    do tipo Excel.

    =

    +=

    n

    jjTIR

    FCjZERO0 )1(

    ; (11)

  • 46

    5. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO

    O presente clculo tem por finalidade o correto dimensionamento e verificar a

    viabilidade de um sistema de energia fotovoltaico para ser como fonte de energia renovvel

    na IP, aplicado no da Avenida Teotnio Segurado, situado entre a Avenida LO-19 e Avenida

    LO-21, na cidade de Palmas, Tocantins, conforme dados abaixo, para a seguinte situao:

    1) Dimensionar para o circuito existente com potncia de 650 W, por ponto de

    iluminao, sendo o conjunto composto de luminria, lmpada e reator, totalizando

    64 pontos de IP, divididos em: 54 V S. e 10 VM, considerando-se 12 horas de

    funcionamento.

    5.1. Apresentao dos Clculos

    Tabela 7 Quadro de cargas Potncia Lmpada + Reator

    (W) Quantidade Potncia (W) Horas de uso por dia Watts*hora/dia V.S. ou V.M 650 1 650 12 7800

    Total (watts hora/dia) 7800

    diaAhTotalConsumo /65012

    7800==

  • 47

    diaAhmdulodoGerao /011,2970,633,4 ==

    23011,29

    650 ==mduloN

    AhCap 5395565066,1 ==

    bateriasBateriasN 361505395

    ==

    ACorrente 44,1295,02203

    7800=

    =

    5.2. Investimento Inicial

    O investimento inicial tipicamente uma funo da tecnologia adotada e do nvel de

    desempenho da energia solar, a soma do custo dos seus diversos equipamentos e

    componentes, mais os custos de implantao, que por sua vez devem incluir obras civis,

    montagem, etc.

    Para o caso do sistema de energia solar na IP, que est sendo analisada, o custo divide-

    se conforme situao propostas, como mostra a Tabela 8, Tabela 9 e Tabela 10.

  • 48

    Tabela 8 Custo por Kit de Iluminao. Item Descrio Quantidade Valor Unitrio (R$) Sub Total (R$)

    1 Placa Solar AC-190P 23 424,00 9.752,00 2 Controlador de Cargas 12A/12Vcc 1 143,00 143,00 3 Inversor 800W 1 600,00 600,00 4 Baterias 150A 36 150,00 5.400,00

    TOTAL 15.895,00

    Tabela 9 Custos de Instalao. Item Descrio Quantidade Valor Unitrio (R$) Sub Total (R$)

    1 Instalaes em geral 01 300,00 300,00

    TOTAL 300,00

    Tabela 10 Custos Total de Instalao. Item Descrio Quantidade Valor Unitrio (R$) Sub Total (R$)

    1 Kit para iluminao 64 15.895,00 1.017.280,00 2 Instalaes em geral 64 300,00 19.200,00

    TOTAL 1.036.480,00

    5.3. Custo com Manuteno e Receita

    Os custos anuais com Manuteno do Sistema Solar podem ser estimados em funo

    do investimento inicial. Adota-se esse valor como sendo um por cento do custo total do

    investimento DIMSON (1996), como segue na Tabela 11.

    Tabela 11 Custos de Operao e Manuteno Item Descrio Quantidade Valor Unitrio (R$) Sub Total (R$)

    1 Manuteno e Operao 64 1.036.480,00 10.364,80 TOTAL 10.364,80

    A receita relativa a economia obtida aps a instalao do sistema fotovoltaico,

    conforme Tabela 12.

    Tabela 12 Receita. Quantidade KWh (R$) KWh/dia Dias Total(R$)

    64 R$ 0,63 7,8 30 R$ 9.434,88

  • 49

    5.4. Analise Econmica

    O modelo dimensionado atende tecnicamente as especificaes do projeto, porm

    economicamente torna-se invivel, pois a TIR (-4,95%), menor que a TMA (5%), e para

    cada R$ 1,00 investido obter-se- um lucro muito baixo de R$ 0,27, inviabilizando totalmente

    o projeto no decorrer dos 25 anos esperado.

    Alem de no receber os 5% desejado sobre o capital investido a cada ano, o

    investimento ter no vigsimo quarto ano um saldo negativo de R$ 525.752,00.

    Figura 10 Anlise do Payback Original (PBO).

    Recuperao de investimento

    (1.100.000,00)(1.050.000,00)(1.000.000,00)

    (950.000,00)(900.000,00)(850.000,00)(800.000,00)(750.000,00)(700.000,00)(650.000,00)(600.000,00)(550.000,00)(500.000,00)(450.000,00)(400.000,00)(350.000,00)(300.000,00)(250.000,00)(200.000,00)(150.000,00)(100.000,00)

    (50.000,00)-

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

    Anos

    Inves

    timen

    to

  • 50

    6. CONCLUSES E SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS

    Apontada pelos ambientalistas como fonte de energia limpa e renovvel com

    caractersticas auto sustentveis, ainda sim se mostra limitada a sua aplicao, devido o seu

    alto custo inicial de implantao, sendo mais recomendvel o seu uso em residncias rurais

    que apresente topografia de difcil acesso, cercas eltricas, aquecimento de gua e telefones de

    pronto atendimento em rodovias.

    O projeto apresentou-se invivel, devido relao lmpada e reator existente

    apresentar um alto fator de potncia, com custo elevado de implantao, manuteno e

    operao, para o trecho proposto.

    Pensando-se em aplicar em toda a extenso da Avenida Teotnio Segurado, ser

    necessria a criao de um verdadeiro parque gerador para assistir a demanda hoje existente.

    Fica como sugesto para estudos futuros, o levantamento Luminotcnico e

    implantao de novas tecnologias que possam vir a comprovar a viabilidade do sistema

    fotovoltaico para Iluminao Pblica.

  • 51

    BIBLIOGRFIAS

    ANEEL, Agncia Nacional de Energia Eltrica, 2007. Disponvel em : . Acessado em 12/09/2007, 23:45hr.

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  • 52

    RTHER, R., Panorama atual da utilizao de energia solar fotovoltaica e o trabalho do Labsolar nesta rea. In: MONTENEGRO, A. D. A. Fontes no convencionais de energia: as tecnologias solar, elica e de biomassa. 3. ed. 2000. p. 11-30.

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    WIKIPDIA, A enciclopdia livre, Energia Renovvel, 2006. Disponvel em: .Acesso em 17/04/2007 , 14:35 hr.

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  • 53

    ANEXOS

  • 54

    Anexo A

    Mdia anual de KWh/m.dia

  • 55

    Anexo B

    Caractersticas dos Painis Solares Selecionados Painis Selecionados Caractersticas

    A B C D

    Fabricante Axitec Solon Alfasolar Bekaert ECD Solar

    Systems

    Modelo AC-190P SOLON P200

    Q6 ALFASOLAR 120

    M UNI-SOLAR US-64 Tipos das clulas Policristalino Policristalino Monocristalino Amorfo Potncia Nominal (W) 190 200 120 64 Comprimento (m) 1,335 1,6 1,293 1,366 Largura (m) 1,052 0,95 0,66 0,741 Espessura (m) 0,035 0,042 0,035 0,32 Eficincia (%) 13,5 13,2 14,1 6,3 Voltagem MPP (V) 20,4 29,4 17,9 16,5 Peso (kg) 15,9 17 11,8 9,17