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C.S.L.
CONTROLE DA MEDIUNIDADE
CONTROLE DA IDENTIDADE
pelo irmão Jean BAZERQUE
Em um fascículo precedente, abordamossucintamente o problema da obsessão(ação moral ou física dos desencarnadossobre os encarnados), através algunsexemplos vividos por muitos de nosso
grupo. Esta questão é bem conhecida dosespíritas tanto mais que ela foi largamenteexplicada por Allan Kardec em seus livroscomo "O Livro dos Médiuns" o u "O
Evangelho Segundo o Espiritismo".Nosso propósito não é o de repetir essestextos, facilmente acessíveis, mas dar exemplos concretos, vivenciados, maisparticularmente no que tange ao controledos Espíritos que se manifestam por intermédio dos médiuns.
A experimentação mediúnica não estáisenta de vicissitudes e não há chefe degrupo que não tenha sido objeto da ação deespíritos brincalhões. Dificuldades dessaespécie são o sal da prática mediúnicaporque elas permitem melhor apreciar,pelos médiuns confirmados, o prazer dotrabalho bem feito.
No início da fundação do Centro Espírita(do qual finalizamos uma parte bem maistarde), havia apenas um médium falante
em transe, o irmão Botella e muita boavontade entre os assistentes, mas nenhummeio de controle; a fundadora do grupo,irmã Maria MUNOZ, estava ausente por causa de seu estado físico precário. No
decorrer de uma sessão, o médium tendotransmitido uma mensagem moral de altaelevação, a pedido do presidente da sessão,o espírito comunicante deu comoidentidade esse nome: o Anjo Azul. Osassistentes ficaram perplexos.Esta pequena estória parece de umaingenuidade surpreendente; mas, nãotemos já lido na literatura espírita oumetapsíquica que a médium do professor Flournoy, Melle H.S. transmitia mensagens
de um espírito marciano em linguagemmarciana, o que foi objeto do livro, senossa lembrança for precisa, "Da Índia aoPlaneta"? O médium desenhista VictorienSardou (o acadêmico) não desenhou a casade Mozart no planeta Júpiter? Bastanterecentemente, não se manifestavaregularmente, em um grupo parisiense, umespírito habitante do planeta Plutão?Quantas outras manifestações tambémextravagantes não são conhecidas?
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É evidente que sem meios de controle nãoimporta qual espírito farsante naerraticidade, pode se divertir às custasdaqueles que o escutam; e se o médiumpratica solitariamente, como poderá saber
de quem ele se trata? O controle damediunidade ou da identidade é
indispensável; isso se faz com a ajuda
dos espíritos guias do grupo por
intermediação de outros médiuns; de
onde a vantagem de praticar em grupo.
A presença de um médium vidente (que vêos espíritos) é o ideal, sobretudo no inícioda prática mediúnica de um médiumprincipiante.Eis aqui um exemplo de vidência no
decorrer de uma sessão do grupo; este nãoé, propriamente falando, um controle demediunidade porque todos os médiunseram confirmados, mais acima de tudouma demonstração da colaboraçãoexistente entre os planos espiritual ehumano. O médium vidente era o irmãoBotella.
"À direita do médium J.S., vejo um homemde 55 a 6O anos, barba grisalha, frontebastante desenvolvida; ele diz se chamar Etienne. À esquerda do médium J.S.: oirmão Espinoza e do seu lado o irmãoAndré em seu costume talhado.À direita do médium A.: o irmãoBarthelemy, diante do médium A: o irmãoAugusto. Acima do médium A: umagrande auréola, uma luz muito clara comtrês raios partindo para a direita, para o altoe para a esquerda. À esquerda do médium
A: a irmã Maria Munoz e próximo dela, oirmão Chiapoli. Ao seu lado, o irmãoGeorges o ex-banqueiro, uma jovem dequatorze anos com um buquê de flores,chamada Anita; perto dela sua mãe, após oirmão Georges, guia do médium H.S.À esquerda do médium H.S.: um jovem de17 a 18 anos chamado Jean, atrás domédium H.S.: uma irmã de 35 a 40 anos,um lenço branco sobre a cabeçaprotegendo seu maxilar (a bela irmã do
médium H.S.).
À esquerda do médium B.: um irmão decerta idade, 65 a 70 anos, bigode e barbaraspados, chamado André, de baixaestatura, de onde seu apelido "pequenoAndré", sempre sorrindo, ele procura
trabalhar com o irmão B."
O controle pode ser feito por qualquer outro médium confirmado, geralmente opresidente da sessão, ele mesmo médium,evidentemente. Não é necessário ter faropolicial uma vez que os eventos falam de simesmos. Tendo o presidente da sessão afaculdade de médium desenhista, os guiasespirituais o advertiam desenhando umsímbolo: um caixão com a tampa levantada
e uma máscara negra em cima significandoum espírito na escuridão (na erraticidade).
Diz-se que se reconhece a árvore por seusfrutos. Reconhecer as qualidades de umespírito por sua mensagem não é umcritério suficiente. O exemplo seguinte odemonstra: a sagacidade do presidente desessão sendo pego em falta.
Aqui está um controle por um médiumdesenhista:
Um médium falante dava uma mensagemespiritual sobre um assunto moralrefletindo um profundo e verdadeirosentimento. Ao mesmo tempo, o médiumdesenhista desenha um tronco de árvoredepois as raízes até aos primeiros galhos eatrás desse tronco, um rosto meiodissimulado onde se percebe uma parte da
testa, um olho, a bochecha e uma parte doqueixo. A sessão se desenrolanormalmente durante um longo tempo, atéque o espírito desenhista diz a seu médium:"Então, isso não é tudo o que lhe foi dito?”O médium não tinha compreendido queexistia uma relação entre o desenho e amensagem; porque do ponto de vista dadoutrina espírita, a mensagem eraimpecável. Na realidade, esse espíritoestava na erraticidade e tinha sido trazido à
sessão por seu guia espiritual; sentindo umambiente simpático, ele experimenta a
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necessidade de se fazer entender, comtanto mais facilidade porque estavahabituado a tratar de assuntos morais, por ter sido pároco na existência que tinhadeixado. Essa foi, para o grupo, a ocasião
de explicar-lhe sua verdadeira situaçãoespiritual; ele nos agradeceria por meio deuma colaboração continua em nossostrabalhos.
Eis aqui o controle da faculdade de ummédium vidente principiante e aconfirmação de suas qualidades:
No fim de uma sessão, uma damarelativamente jovem, assistindo pela
primeira vez aos nossos trabalhos, medisse: "Tenho visto meu pai, é ele que lhetem feito falar". O fato estava exato.Porquanto, nada na mensagem, no tocanteà doutrina, poderia deixar supor aidentidade do espírito comunicante. Estapessoa, entusiasmada, voltou nas sessõesseguintes e sua mediunidade progrediu apassos largos, porquanto ela cada vez maisvia entidades espirituais. O controle de suafaculdade mediúnica se produziu em umadas sessões seguintes.
Um médium falante deu uma mensagemsobre o Amor Fraternal. Eu registrava otexto em estenografia. A cada cinco a dezlinhas, havia um rápido tempo de espera.Meu guia me fazia escrever o nome daentidade que acabava de dar a mensagemporque a cada parada, havia uma mudançada entidade espiritual falando sobre o
mesmo assunto. No final, havia então seisnomes que eu era o único a conhecer, issofora feito tão discretamente e tãorapidamente que certamente as pessoas daassistência não se aperceberam do que quer que seja. Meu guia me fez escrever então àatenção da médium vidente:"Pergunte-lhe o que ela viu".Imediatamente ela deu os dois primeirosnomes, corretamente e na ordem. Elaignora o nome do espírito que falou em
terceiro lugar, mas o descreveperfeitamente tal qual nós o conhecemos
sob seu aspecto físico. Meu guia tomou olápis e, de um só traço rápido, desenhou oretrato de perfil desta entidade que amédium admiravelmente reconheceu bem,evidentemente; eu lhe disse seu nome. Ela
nomeia a quarta entidade, sempreexatamente. Para os dois últimos, ela vêapenas luzes, como sóis, mas nãoresplandecentes, sendo o último mais vivo.Sei que ela não pode ver esses espíritos sobseu aspecto físico. O exame probatório estáconcluído.Evidentemente, se poderá dizer que amédium vidente sabia os nomes por transmissão de pensamentos ou lido nomeu subconsciente ou outra hipótese.
Nesse caso, ela teria dado os nomes doterceiro, do quinto e do sexto orador espiritual, pois que eu os conhecia. Por queteria ela descrito o terceiro do qual eusequer pensava na aparência física? Aexperiência feita com esta médium videnteera de uso exclusivo do grupo, então deespíritas convictos. Para a demonstração"científica" desta mediunidade (no sentidohumano da palavra) refira-se aos livrosespíritas, metapsíquicos ou outros, etc.
Eis um outro exemplo de controle: o meioempregado é totalmente diferente dosprecedentes.
Um homem relativamente jovem veio nosencontrar nos informando da eclosão deuma faculdade mediúnica que ele praticavaem sua casa no meio familiar. Nós oconhecemos anteriormente por havê-lo
visto assistindo à nossas sessões, masignorávamos sua nova atividade. Sabíamosque ele estava obsediado e não queríamosfazê-lo sofrer dizendo-lhe issobrutalmente; de mais, ele não nosacreditaria, se bem que conhecesseperfeitamente o problema.Ele desejava nos mostrar seu talentomediúnico e insistia repetidamente parafazer uma demonstração no decorrer deuma de nossas sessões. Acabamos por
aceitar, embora conhecendo de antemão oresultado.
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A sessão se desenrolava como de hábito ea palavra lhe foi dada. Ele se enrijece,tomado por uma entidade espiritual quesentia perfeitamente, mas coisa curiosapara ele, contrariamente ao de costume,
nenhum som saía de seus lábios; seus olhosexprimiam a surpresa ou o desassossego emalgrado seus apelos para sua mente,nenhuma palavra era pronunciada. Apósum momento, ele tira uma cruz de madeirapresa a uma corrente, que colocara sobre opeito; ele ora por pensamento sem dúvida,em vão; seu silêncio durou uns vinteminutos, talvez mais. Falando comarticulação fácil em casa, ele estavaestupefato diante do resultado negativo de
sua demonstração.Os membros assistentes do grupopermaneceram passivos durante todo otempo desta operação.O que se passou?Os guias espirituais, que dirigiam ostrabalhos, fizeram que se retirasse oespírito obsessor preso ao médium eformaram uma barreira em volta dele,impedindo a influência espiritual de agir sobre seu órgão vocal. Estando ele mesmoinsensibilizado, não pode falar por sipróprio; permaneceu consciente, mas mudoapesar de seus esforços. Esse médiumcompreendeu muito bem a lição.
Nós temos tido várias vezes ocasião deassistir a demonstrações semelhantes.Geralmente, em vez de perseverar, omédium principiante prefere se retirar parasua torre de mármore.
Eis um outro exemplo de controle deidentidade; ele traz um ensinamentoindireto que não deve ser negligenciado.
O médium escrevente H.S. acaba de dar uma mensagem de seu guia espiritual, oirmão Georges. Geralmente as mensagensdesse espírito tratam da Bondade e daCaridade. Nessa que acaba de dar, deixaentender que ele foi a personagem
historicamente conhecida sob o título depacificador do Marrocos. O médium
esqueceu ou ignorou que seu nome não eraGeorges.No fim da sessão, o médium videntedescreveu este espírito sob um aspectofísico que não tinha nenhuma semelhança
com aquele bem conhecido do homem quehavia sido. Perplexidade! Estava-se empresença de um espírito brincalhão?O médium falante cai em transe, tomadopelo irmão Georges que explica isto: "Amensagem escrita corresponde bem àrealidade, mas eu me mostrei ao médiumvidente sob a aparência física que tinhaantes de minha última encarnação, em quemeu nome era Georges, porque é esta a queprefiro me lembrar, por ter em seu decorrer
muito sofrido e evoluído”.
Edição eletrônica original:
CENTRE SPIRITE LYONNAIS ALLAN K ARDEC
23 RUE JEANNE COLLAY
69500 BRON
04-78-41-19-03
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Este e outros livros traduzidos estãodisponíveis, gratuitamente, no endereço:
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