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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 14 - Nº175 JANEIRO 2015 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE 150 postos de trabalho criados em 2014 com protoco- los entre câmara e IPSS’s Complexo Desportivo torna-se Centro de Alto Rendimento com gestão local partilhada Município não mexe nos valores estabelecidos nas taxas da água P 12 P 13 a 15 P 10 P 27 P 8 e 9 No primeiro mês de 2015 lembramos o que de mais relevante aconteceu nos 12 meses de 2014 e divulgamos os votos de Feliz Ano Novo dos presidentes das câmaras municipais do Baixo Guadiana. Reintrodução do Lince Ibérico no Vale do Guadiana não reúne consenso A 16 de Dezembro de 2014 no vizinho concelho de Mértola, Alentejo, foram libertados dois linces ibéricos nascidos e criados no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico (CNRLI), instalado na serra de Silves, Algarve. A par do regozijo do Governo e diversas entidades parceiras ouviram-se vozes discordantes desta operação. Foi o caso da Federação Portugues de Caça, município de Mértola e Almargem que teceram duras críticas à reintrodução.

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Jornal dos concelhos de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António

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Page 1: Jbg janeiro 2015

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 14 - Nº175

JANEIRO 2015

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

150 postos de trabalho criados em 2014 com protoco-

los entre câmara e IPSS’s

Complexo Desportivo torna-se Centro de Alto Rendimento com gestão local partilhada

Município não mexe nos valores estabelecidos nas

taxas da água P 12

P 13 a 15

P 10 P 27

P 8 e 9

No primeiro mês de 2015 lembramos o que de mais relevante aconteceu nos 12 meses de 2014 e divulgamos os votos de Feliz Ano Novo dos presidentes das câmaras municipais do Baixo Guadiana.

Reintrodução do Lince Ibérico no Vale do Guadiana não reúne consensoA 16 de Dezembro de 2014 no vizinho concelho de Mértola, Alentejo, foram libertados dois linces ibéricos nascidos e criados no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico (CNRLI), instalado na serra de Silves, Algarve. A par do regozijo do Governo e diversas entidades parceiras ouviram-se vozes discordantes desta operação. Foi o caso da Federação Portugues de Caça, município de Mértola e Almargem que teceram duras críticas à reintrodução.

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JBGJornal do Baixo Guadiana

O início de um novo ano representa sempre um desafio, porque se ali-

menta sempre do desejo de que a mudança pode ocorrer, que não se está destinado a ser despossuído de vida decente e, portanto, que sempre se alimenta da esperança de existirem novos projectos até aí impossíveis de concretizar e nos quais pode par-ticipar, na aspiração de conseguir melhores resultados na empresa que dirige ou trabalha, na insti-tuição de que é responsável e a quem os cidadãos depositaram confiança, no resultados de uma escola que tem de ser de professo-res e de alunos, de sair da rua para onde foi empurrado, de deixar de ser um cidadão descartável, de voltar ao País que é seu e do qual tem saudades, de ter capacidade de sair da casa dos pais e de cons-tituir autonomamente família, de voltar a ter amigos perdidos, de ter emprego e de perder o medo

de não o poder ter, de voltar a ter condições para amar.

Todavia, o ser optimista pres-supõe uma atitude que está para além da satisfação momentânea, em resultado de um estado de alma ocasionalmente sustentado em factores circunstanciais, lúdi-cos, carinhosos, de atenção pres-tada, até ai ignorados, como se cada um não existisse. Ser opti-mista é acreditar e lutar por um outro estado de alma, em que as razões que o sustentam se devem à aquisição e sustentabilidade de bens comuns, económicos, sociais, culturais, que lhe permitam viver sem o aprisionamento do medo em relação ao dia seguinte, acre-ditando que tal aspiração, legi-tima, está ao nosso alcance e lhes é devida.

O ano que agora se inicia é de grande exigência politica. Haverá eleições em Outubro para a Assembleia da República e poucos meses depois, já no dealbar do novo ano, para a Presidência da República. São actos constitucio-nais a que os cidadãos são cha-mados a corresponder com o seu voto. É tempo de escolhas. Que

cada um assuma as suas responsa-bilidades, sobretudo, não ficando em casa entretido na conversa de que os políticos são todos iguais e que ser político e exercer o poder seja ele de que dimensão for é sinónimo de corrupção. Há os que são e os muitos que nunca o foram ou serão. É da vida!

Também com o novo ano, ini-cia-se o processo de concretização do novo Quadro Comunitário de Apoio que tem desta vez para o Algarve mais de 330 milhões de Euros para o período de 2014 a 2020, verba substancialmente superior ao Quadro anterior, destinado a apoiar empresas, sus-tentar infra estruturas e valorizar recursos territoriais, propósitos que desta vez tiveram por inicia-tiva da direcção da CCDR o contri-buto da Universidade e de várias associações empresariais.

É, em si mesmo, um boa notícia para o Algarve e creio ser justo sublinhar que tais resultados, em boa medida, se devem ao contri-buto que para eles deu uma das melhores direcções da CCDR de que o Algarve até agora dispôs. Ao justo o que é justo. Oxalá os terri-

tórios do Baixo Guadiana saibam corresponder no plano autárquico e empresarial com projectos sus-tentáveis e na valorização do seu território.

Finalmente, os números que se anunciam e que nesta edição damos conta, de perda de fre-quência de espanhóis e trânsito de mercadorias na Via do Infante, em função das portagens, podem questionar-se quanto ao volume que o estudo expressa, mas não retiram nada à gravidade do pro-blema quer pela exigência injus-tificada do pagamento, quer pela forma e método de o poder fazer por parte de quem se dispôs a visi-tar-nos, tratando-se como se trata, da região turística mais impor-tante do País. Eis uma questão que permanecerá a marcar também o próximo ano a não pode cair em silêncio nos embaraços da gover-nação, seja ela qual for.

Carlos Luis [email protected]

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Alexandra GonçalvesAna Amorim DiasCarlos BrásEusébio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoJosé Carlos BarrosJosé CruzPedro PiresRui RosaAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171966 902 856Fax: 281 531 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva: 504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:FIG - Indústrias GráficasRua Adriano Lucas,3020-265 Coimbra,Tel: 239 499 922

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Vox Pop

R: Que os políticos sejam mais honestos.

Nome: Baptista JorgeProfissão: Técnico industrial

R: O ano que se inicia é de grandes com-promissos. A nível familiar o mais novo membro vai ajudar a redefinir os objecti-vos. Profissionalmente, sinto que a casa já está arrumada, assim sendo a investiga-ção e o desenvolvimento são imperativos. Do ponto de vista social considero emer-gente a integração nas actividades cul-turais e recreativas no meu quotidiano, ainda que a oferta nem sempre preencha por completo os meus interesses.Com as repetidas fugas ao segredo de jus-tiça, declarações de culpa e de inocência na praça pública este será, sem dúvida, o ano em que vamos saber se vivemos num país com democracia e justiça, ou num país onde impera exclusivamente o poder dos lóbis.No futebol, o Jorge Jesus depois de levar o meu Benfica a mais uma vitória no cam-peonato nacional deveria reformar-se. São estes os meus votos para 2015.

Nome: Luís RodriguesProfissão: Eng. Biotecnológico

R: Antes de mais, desejo um ótimo 2015 cheio de sucesso. Tenho esperança que tudo vai melhorar para todos nós e no resto do mundo, um abraço e tudo de bom!

Nome: Adriana MestreProfissão: Desempregada

R: Pergunta pertinente....como música, gos-taria de ver uma abertura maior nesta área, sobretudo a nível concelhio. Um povo cultu-ralmente rico reflecte, na minha opinião, a sua abertura de mente perante os restantes povos, e só isto já será um grande princípio. Investir na arte e na cultura é apoiar em larga escala a educação...a maior lacuna deste país. Se ela existisse, os restantes problemas (saúde, política, etc) eram tão menores....

Nome: Ana Ferreira Profissão: Música

O que espera de 2015 que ainda há pouco começou?!

Editorial

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 3

CRÓNICAS

Quando o ano de 2015 dá os primeiros sinais de vida, por entre o voyeurismo militante das redes sociais, a volúpia dos média em esgravatar nas estatísticas da sinistralidade rodoviária, que cruelmente continua a ceifar vidas humanas nas nossas estradas ou a febre dos drones, pequenos aviões não tripulados, o brinquedo mais procurado nos E.U.A. neste Natal, gostaria de partilhar com os nossos leitores a acção de uma associação que não ocupando as primeiras páginas dos jornais, tem desenvolvido nas últimas duas décadas um trabalho meritório em prol dos funcionários do Poder Local em Castro Marim. Refiro-me ao Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal (CCD). Em 1991, um grupo de funcionários da Câmara Municipal, animados pela vontade de criar uma estrutura

que os apoiasse social, cultural e desportivamente e que, ao mesmo tempo, trouxesse visibilidade e notoriedade ao Poder Local, fundou o Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Autarquia (CCD) em Castro Marim.Vinte e três anos depois, mercê do querer e da teimosia de alguns, uma centena de sócios, leia-se funcionários da Câmara Municipal, beneficiam de um conjunto de regalias sociais nas áreas da saúde e da educação dos seus filhos, que de outro modo não teriam se o CCD não existisse, tais como a comparticipação financeira na aquisição de medicamentos, consultas médicas, exames auxiliares de diagnóstico, aquisição de livros escolares, pagamento de propinas no ensino superior ou as mensalidades

nos infantários.Não tendo a veleidade e muito menos o atrevimento de escrever nestas linhas a história do Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal de Castro Marim (CCD), refiro algumas das realizações que pela notoriedade alcançada têm contribuído para a sua afirmação e credibilidade, nomeadamente o Concurso de Estabelecimentos Aderentes dos “Dias Medievais em Castro Marim”, “Castro Marim – Palco do Acordeão”, o “Presépio Vivo”, cuja primeira edição aconteceu na Igreja do Castelo da vila, em 2006, ou mais recentemente, a criação de um Grupo de Teatro Amador. A propósito da criação do Grupo de Teatro Amador do CCD, em Fevereiro de 2014 e que mereceu o apoio e o

carinho da Câmara Municipal, é de sublinhar o papel desenvolvido pelo mesmo no desenvolvimento do teatro e o seu contributo para a dinamização cultural do concelho de Castro Marim, como atesta o êxito alcançado com a sua estreia em público com a farsa “Quem tem Farelos?” de Gil Vicente, numa adaptação de Francisco Braz com a coreografia de Paula Sabino, a qual já foi vista em todo o concelho por centenas de pessoas. Ao longo do seu percurso, o CCD nem sempre teve uma vida fácil, em larga medida devido ao desinteresse e à passividade dos seus sócios. Pela leitura distendida que faço acerca desta estrutura associativa dos funcionários da Autarquia, acredito que com a participação dedicada dos seus associados e a sua abertura à sociedade

civil e particularmente à comunidade local, como está a acontecer em Castro Marim, o associativismo tem aqui um parceiro privilegiado para pensar e continuar a construir a modernidade e o futuro desta terra. Num tempo em que o individualismo e o egoísmo fazem caminho na nossa sociedade, roubando-nos não raras vezes o direito à esperança e à capacidade de sonhar com um mundo melhor, onde os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade são pronunciados em discursos de circunstância sem qualquer consequência, é bom saber que existem associações como o CCD, que perfilham a união e a solidariedade dos seus associados.

Vítor Madeira

O ano de 2015 vai ser dominado pelas eleições para a Assembleia da República, que se realizam em finais de Setembro ou princípios de Outubro.Além disso, também o processo das elei-ções para a Presidência da República se vai iniciar no final do ano e antes deste terminar os candidatos já têm que estar no terreno.A chamada do povo às urnas, em actos eleitorais tão decisivos, constitui a oportunidade soberana para que seja finalmente concretizada, em termos institucionais e definitivos, a rejeição da política de austeridade seguida pela

Há um território onde os agentes da crise patinam: o da ironia. E não o dos economistas e dos grá-ficos deles, que vareiam mais do que uma canastra velha; nem o dos comentadores de palanque; e muito menos o dos discursos entre pistas -- adeus, mó. A sociedade precisa, em permanência, do confronto com as ironias criativas -- para que não adormeça; e, não adormecendo, lhe seja possível não desistir.

É por isso também, em tempos

que são sempre de balanço, que não me parecia mal incluir-se o Jorge Querido na lista do melhor de 2014.

O Jorge aparece esporadicamente nos palcos. Vi-o a actuar apenas por duas vezes como convidado de uma banda local -- a Grab it Band do Tiago Lopes, do Ricardo, do Hugo. E vi, em ambas as vezes, como a sua ironia criativa conta-giava e fazia sorrir -- mas um modo de sorrir que é já ver as coisas de outro ângulo, de outra perspectiva, de outro ponto de vista.

O Jorge, imagine-se, vive de fazer seguros a terceiros -- ele

que, armado da voz, se desarma na fragilidade de expor-se no fio da navalha de ironizar até à alte-ração dos significados; de nomear as coisas através de símbolos ou alegorias.

«Isto está a aquecer/ chama os bombeiros.» São assim as letras que escreve -- a invocar um Anjo Anunciador como se estivesse a falar dos bombeiros voluntários. «Quero ter um filho do Tony/ Tony Carreira» -- diz numa outra letra de uma outra canção. E o Tony Carreira, claro, não é apenas, ou não é sequer, o Tony dos Sonhos de Menino ou do Depois de Ti: é

uma irónica metáfora dos múltiplos sonhos de um país que é peque-nino quando cede em rever-se nas capas das revistas cor-de-rosa, no anzol iscado das casas dos segre-dos, nas festas-pobres dos ricos da Comporta, naquilo que é -- apenas -- porque parece ser.

Como se já só bastasse pare-cer…

«Chama os bombeiros» -- canta o Jorge na sua voz forte, sincopada. E as pessoas riem. Mas riem de um sorriso que é já ver as imagens devolvidas pelo espelho do des-conforto. Por saberem que o Jorge Querido aponta a um lado para

acertar no outro.E a crise é neste território que

patina, que fica mais frágil: este da ironia criativa subversiva onde é possível ouvir a sirene dos bombei-ros, «tironi tironi», não por causa de um incêndio ou de um acidente rodoviário, mas porque um país se arrisca a perder a capacidade de voo.

«Crise/ vai-te já por aí diabo» -- canta o Jorge Querido, desarmado e assertivo, para que as pessoas se riam e, no riso, possam sentir o sobressalto dos desconfortos.

Ora isto parece-me bem.

e até supressão de benefícios sociais, drástica redução das despesas com a saúde e o ensino, desemprego maciço, emigração forçada.De nada valeram no entanto os sacrifí-cios, nas mãos da governação da direita. A principal razão invocada para justificá-los – a dívida do Estado e a necessidade de reduzi-la – foi um completo fracasso, em vez de redução o seu crescimento atinge proporções cada vez mais assus-tadoras e fora de possibilidades de paga-mento. Entretanto, o país afundou-se na pobreza, com largas zonas de miséria. «Os idosos portugueses são os mais pobres da Europa», dizem estudos recentes. Portugal perdeu capacidade produtiva, as falências alastram em

todo o tecido económico, as principais empresas públicas são privatizadas em negócios obscuros. O país até está a perder população.A propaganda governamental não reco-nhece, é claro, este quadro negro que traduz rigorosamente a sua política.O primeiro-ministro há dois meses que anda em campanha eleitoral pelo país enaltecendo alegados méritos do Governo em que ninguém acredita, apontando sinais de recuperação da economia que ninguém sente. Na men-sagem natalícia, a mistificação atingiu o máximo, ao anunciar uma «nova fase» com a «recuperação dos rendimentos das famílias», ao mesmo tempo que lança novos impostos e quando a recupe-ração de rendimentos, a existir, decorre

exclusivamente de imposições do Tri-bunal Constitucional, que o Governo apostrafou. Mas cuidado. Governo e Presidente batem numa tecla demagógica que pode tocar algum eleitorado. «É muito impor-tante proteger o que já conseguimos», diz Passos Coelho. «Portugal não pode regredir (…) a 2011», afirma Cavaco. Esta é a escapadela da direita para fugir ao quadro negro da sua política e evitar a severa punição nas urnas.É preciso barrar-lhe esta escapadela e confrontá-la permanente com as res-ponsabilidades na situação de desastre em que o país está a viver.A Mudança é o caminho do ressurgi-mento.

coligação de direita que governa o país e que o Presidente da República inequi-vocamente tem apoiado, como acaba de fazer na mensagem de Ano Novo.O ano de 2015 pode ser então o Ano da Mudança. O ano em que a política de empobrecimento será substituída por uma política de desenvolvimento e em que a governação de direita será substituída por uma governação à esquerda.A Mudança é uma exigência decorrente do desastre em que o país foi mergu-lhado e para impedir que este se torne irrecuperável.Nos últimos três anos foram impostos ao povo português os mais terríveis sacri-fícios: corte de salários e vencimentos, corte de pensões e de reformas, cortes

José Carlos Barros

Carlos Brito

O Insubmisso

A Mudança é o caminho do ressurgimento

O Melhor de 2014

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal de Castro Marim (CCD) – Um espaço de união e solidariedade dos funcionários do Município

[email protected]

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Salamanca foi destino de viagem para melhores alunos de Castro Marim

Professores de Expressão Plástica e Português editaram livro que foi oferecido no Natal

300 crianças participaram na segunda edição do corta-mato «Corre, corre António»

EDUCAÇÃO

Os alunos viajaram até Sala-manca em Dezembro. Espanha foi, assim, o país que acolheu estes jovens bem sucedidos de Castro Marim. A oferta foi da câmara municipal a quem não passa despercebida a forma como estes alunos se esforçam para atingir os melhores resultados esco-lares, sendo que neste caso os contemplados foram os alunos da Escola EB/2,3 de Castro Marim, e do ano letivo 2013/14.

O livro com o qual a autarquia contemplou os alunos das escolas de Castro Marim intitula-se «Selva Molhada – pequenas histórias de um imenso Mar», da autoria de José Guedes, e conta com profusas ilustrações da artista plástica Carla Mourão, ambos professores do Agrupamento de Escolas de Castro Marim. Inspirados em poemas como: «Num tempo em que os mares fala-vam», «Natal no mar», «A medusa alpinista», «No fim do mar» ou «No coral da língua», as ilustrações de Carla Mourão preenchem as 40 páginas do belo e ternurento livro

Tratou-se de um mini corta-mato que decorreu no pátio da escola EB1/JI Santo António, em Vila Real de Santo António. A iniciativa, que tem o nome «Corre, corre António» aconte-ceu a 5 de Dezembro no pátio daquela escola e contou com a participação de crianças dos ensinos pré-escolar e 1.º ciclo.

“O evento contou com a cola-boração dos alunos do Curso de

Os alunos de cada uma das turmas, do 5º ao 9º ano, puderam desfrutar do património histórico e cultural de Salamanca conhe-cer os principais monumentos e museus da cidade, nomeadamente, a Casa das Conchas, as Catedrais, a Plaza Anaya, os museus de História Automoción e de Belas Artes, bem como, a Universidade de Salamanca, instituição de ensino superior de referência da Europa. Acompanhados por elementos da

«Selva Molhada», que José Guedes escreveu a pensar nas crianças”, pode ler-se no comunicado de imprensa daquela autarquia.

A iniciativa da oferta dos livros, que se inseriu na programação de Natal do Município, decorreu na Biblioteca Municipal de Castro Marim e no Centro Escolar de Altura e contou com a participação dos autores que viveram de perto este momento.

“Para a Câmara Municipal, o livro continua a ser uma ferramenta fun-damental no desenvolvimento cogni-tivo e na aquisição de conhecimentos

Desporto, da Escola Secundária de Vila Real de Santo António, com a presença de elementos da Proteção Civil e teve o patrocínio das empresas «ABL publicidade» e «Intermarché»”, explicaram os professores Valentim Santos e Filomena Vilão em comunicado ao JBG. Estes docentes são os coordenadores do projecto «Escola Ativa». De referir que a atividade «Corre, corre António»

por parte das crianças, pois além da sua componente lúdica e pedagógica, estimula o prazer de ler e a aprendi-zagem ao longo da vida”, sublinha a autarquia que se fez representar no ato pela vereadora da cultura, também vice-presidente.

No dia em que se deu a oferta dos livros os mais pequenos tiveram a oportunidade de assistir à peça «A Casa de Chocolate», levada à cena-pelo Grupo de Teatro «II Acto», de Vila Real de Santo António, numa iniciativa promovida pelo Agru-pamento de Escolas de Castro Marim.

integra-se no âmbito do «Escola Ativa» e tem como finalidade motivar os alunos para a adoção de estilos de vida saudáveis, o combate ao sedentarismo e à obesidade.

câmara municipal e professores, o último dia de viagem dos alunos foi até ao museu «Art Nouveau y Art Déco».

Segundo a câmara municipal, “esta viagem, além de distinguir os melhores alunos, tem uma função socializadora dos jovens no contacto com outras pessoas, mas também de valorização da aquisição de conhecimentos e de enriquecimento cultural”, lê-se num comunicado da edilidade.

No total foram 13 os alunos premiados. A iniciativa não é nova, mas cada ano que passa causa grande impacto na comunidade estudantil que vê serem distinguidos os alunos que atingem melhores resultados.

Como prenda de Natal a câmara municipal de Castro Marim ofereceu uma vez mais livros às crianças do pré-escolar e do primeiro ciclo. Desta vez, a obra literária é da autoria de dois professores do agrupamento de escolas do mesmo concelho. Serviu vários objetivos; desde logo a promoção da leitura e a promoção dos artistas locais nas áreas da escrita e da ilustração.

Prémio atribuído pela câmara municipal

Castro Marim

Os melhores alunos da EB 2,3 de Castro Marim visitaram diversos locais de elevado interesse cultural em Salamanca

Artista plástica Carla Mourão e professor de português José Guedes estiveram com as crianças no ato da entrega dos seus livros, feita pela vice-presidente da câmara municipal de Castro Marim, Filomena Sintra

Crianças que participaram nesta iniciativa desportiva frequentam os ensinos pré-escolar e primeiro ciclo

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 5

Associação Juvenil Social Cultural e Desportiva de Monte Gordo celebra 1.º aniversário

JUVENTUDE&EDUCAÇÃO

Adelaide é a presidente desta associação de Monte Gordo, concelho de Vila Real de Santo António, e confessa que criar uma associação juvenil na freguesia era “projeto antigo” e que tinha em mente porque sempre considerou que na fre-guesia de que faz parte “há poucas coisas para os jovens”. Por isso, resolveu juntar amigos e arregaçar as mangas.

Em mente a Associação Juvenil Social Cultural e Desportiva de Monte Gordo (AJSCMG) tem diversos projetos, nomeadamente nas áreas do desporto, cultura e social. “Combater a inércia de actividades desportivas a pensar nas crianças e jovens”, mostra-se necessário afirma Joana Conceição. Por sua vez, o também jovem David Mota lembra que a arte urbana deve ser divulgada, ao que Joana C. acrescenta “de forma educacional, abarcando as suas diversas manifestações”.

Basta ligar a televisão para sermos informados de atos de coragem em ocasiõesde batalha ou combate, porém, a coragem é muito mais que isto. Chama-se coragemcívica ou moral àquela que devemos assumir, todos os dias, perante situações em queseria suposto nos sentirmos desconfortáveis ao vermos comprometida a nossaliberdade. Coragem cívica é um princípio que se pode tornar um grave problema quandonão o assumimos como nosso. Isto pode acontecer mesmo sem que nos apercebamos,só porque nunca supusemos sequer que este fosse um valor que deveríamos possuir,um valor que é necessário incu-tir à nossa sociedade.Já que preservamos tanto os nossos direitos, porque é que não estamos tambématentos aos nossos deveres? Enquanto cidadãos racionais com o direito máximo deliberdade e igualdade, temos o dever de estar vigilantes com o que se passa à nossavolta.Atos criminosos e desrespei-tadores já nasceram há muito tempo e há quemtenha sido educado a não inter-vir ao se deparar com situações deste tipo, com adesculpa que cada um deve cuidar da sua vida. Tantas vezes ignoramos acontecimentosque colocam em causa a digni-dade do outro, agimos como se não nos importássemosao invés de intervirmos. É cruel vermos alguém ser maltratado, assaltado, discriminado,e deixarmos que isso aconteça. Ignorar é o caminho mais fácil, mas será que no final nossentimos bem com a nossa consciência? Parece que a ética e a honestidade deixaramde ser importantes. Também pode acontecer que não ajude-mos por medo, mas é porisso mesmo que este valor é denominado “coragem”. Temos que ultrapassar os nossosreceios, temos que ser capazes, ter a ousadia e a sensibilidade para tornar este mundonum mundo melhor.Vamos estar atentos a todo e qualquer comportamento que comprometa anossa liberdade e a daqueles que nos rodeiam.

Reuniões mensais para ouvirem os jovens

Todos os meses a direcção desta asso-ciação reúne-se entre si e com os jovens da freguesia que aderem ao encontro. A ideia é que eles participem cada vez mais, sendo que fazer parte desta asso-ciação está apenas à distância de um clique, nomeadamente através de um dos meios mais acessíveis: o facebook, havendo também no sítio da internet os vários contactos disponíveis para o efeito.

Esta associação de Monte Gordo já realizou Zumba, Futebol, Encontro Arte Urbana, Futsal, Matinés Dançan-tes, Carnaval, Marchas, entre outras ações.

“Os jovens esperam o que nós esperamos deles: dinamismo”, diz-nos Adelaide P. que garante que a postura da associação passa por

estar em contacto frequente com os jovens de modo a atuar mais assertivamente. Mota lembra que “é muito importante estar em rede com as outras associações do concelho de modo a aumentar a oferta de inicia-tivas”.

Entre finais de Fevereiro e início de Março a associação vai dinamizar em Monte Gordo o intercâmbio «Wake up

Sotavento» que vai envolver cerca de 40 pessoas. Vêm jovens da Itália, Roménia, República Checa, Espanha e Grécia.

No que toca a apoios institucionais a junta de freguesia de Monte Gordo e a câmara municipal de Vila Real de Santo António são os principais neste momento. Esta associação já é, inclu-sive, patrocinadora de uma equipa de Futebol de Sete em Faro.

Adelaide Pereira, Joana Conceição, Joana Pinto e David Mota são quatro nomes desta associação que cumpriu em Dezembro o primeiro ano de vida, mas que a 19 de janeiro celebra 12 meses sobre a primeira apresentação oficial.

Martinlongo recebeu Concerto pela Orquestra Juvenil de Guitarras do Algarve

Até 14 janeiro podes candidatar-te ao «Porta 65»

Formação sobre Dislexia marca importante passo no território

A aldeia de Martinlongo, no concelho de Alcoutim, acolheu em Dezembro o concerto pela Orquestra Juvenil de Guitar-ras do Algarve. A iniciativa contou com a organização da Associação de Guitarras do Algarve e da Junta de Fregue-sia de Martinlongo, tendo o apoio do Município de Alcoutim. Recorde-se que a Orquestra Juvenil conta com a participação de oito alunos frequentadores das aulas de guitarra que têm lugar no polo de Alcoutim e no polo de Martim Longo.

A última fase de candidaturas ao «Programa de Incentivo ao Arren-damento por Jovens - Porta 65 Jovem» do ano de 2014 decorrerá até às 18h00 do dia 14 de janeiro de 2015. Todos os jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos (até 31 quando jovem casal), interessados em candidatar-se ao referido programa, ou interessados em renovar a sua candidatura (refe-rente ao período de candidaturas de dezembro de 2013), deverão pro-ceder à marcação prévia do apoio ao suprimento da sua candidatura. Os contactos são: Av. Columbano Bordalo Pinheiro, n.º 5 1099-019

Lisboa, Telefone: 21 723 15 00 Fax: 21 726 07 29 Correio eletrónico: [email protected]

De referiri que o Programa «Porta 65 Jovem» tem como objectivos regular os incentivos aos jovens arrendatários - estimulando estilos de vida mais autónomos por parte de jovens sozinhos, em família ou em coabitação jovem -, a reabilita-ção de áreas urbanas degradadas bem como a dinamização do mer-cado de arrendamento.

O programa apoia o arrendamento de habitações para residência, atri-buindo uma percentagem do valor da renda como subvenção mensal.

Cerca de 60 pessoas frequentaram a formação «Dislexia, Teoria, Diag-nóstico e Intervenção. Método Fonomímico Paula Teles». Não apenas professores, mas também psicólogos, terapeutas da fala, e mais técnicos sociais, de saúde, pais, entre outros. Decorreram na biblioteca muni-cipal de Castro Marim a 22 e 29 de Novembro as sessões de formação que acolheram a adesão da comunidade. A Odiana levou, assim, a cabo uma Formação Acreditada pelo CCPFC sobre dislexia assente no método fonomímico Paula Teles. O evento teve como principal objetivo apresentar os fundamentos teóricos, definir o diagnóstico, os princípios da intervenção e a aplicabilidade dos materiais utilizados no Método. Recorde-se que a dislexia é uma incapacidade que fre-quentemente se traduz nos jovens em insucesso escolar, sendo que a perturbação da leitura e da escrita é um constrangimento pertinente que está presente num número significativo de crianças e adolescentes em idade escolar.

Foram parceiras nesta iniciativa a Câmara Municipal de Castro Marim e associação de Beneficiência «Mão Amiga». Esta formação contou com o patrocínio de Caetano Baviera.

Associação juvenil de Monte Gordo tem já diversas atividades realizadas

Formação sobre a dislexia na biblioteca de Castro Marim

«O dever da coragem cívica»

Opinião Jovem

Marta Cruz

60 participantes

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EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Día internacional de la discapacidad

Exposición de la pintora ayamontina Laura Rodríguez

24ª edicion del memorial Antonio Carro de voleibol

Galería «Pop up»

Quizás con la mañana más fría desde que el frio nos abandonara hace muchos meses, hemos podido asistir a las distintas actividades que se han celebrado en el parque muni-cipal de Ayamonte, junto a la Plaza de España y en la que han partici-pado distintos colectivos, centros educativos y entidades de diversa índole para celebrar de manera activa, el Día Internacional de la Discapacidad.

La jornada ha estado organi-zada por Aprosca, la asociación que en nuestra ciudad hace un gran esfuerzo por ayudar a los muchos alumnos con discapacidad que tienen en su seno. Contando

Es la tercera vez que presenciamos en este año una exposición de la pintora ayamontina Laura Rodríguez. En cada una de ella dejó ver lo más significativo de su trabajo. Si en la primera ocasión conjugaba lo que venía haciendo con el resultado de su nueva tendencia, fruto de la investigación y la inquie-tud que le mueven. En la segunda se acompañó de su padre para ofrecer el contraste de una dualidad pictórica en la que diferencair el lápiz al pincel, el blanco y negro al color y la quietud de los herrajes a la vida de la atmosfera, el agua o el cielo.

Y hoy, en un nuevo escenario como es Galería Passage de Ayamonte, Laura presenta una selección de lo mejor que ha producido este año. Cuadros de for-mato grande, lo que limita el espacio y ofrece un colorido en su conjunto que no solo no deja a nadie inerte, sino que obliga a desviar la mirada a cada uno de sus discursos pictóricos. Cuadros capaces de camuflarse con el entorno más cercano o con la ilusión más deseada. Porque esas puestas sol terminamos de verlas diluirse un poco más allá de nuestro Guadiana hace unos instantes, por ejemplo. O sus clásicas lecciones magistrales sobre la arquitectura urbana y sus pers-pectivas más complejas, traducidas a nuestros conocimientos reducidos pero inquietos. O sus paisajes frondo-

Con toda la tarde por delante y un café enfrente, nos sentamos dispues-tos ella, a contar sueños y yo, a escuchar atentamente. Natalia Santos, historiadora del arte y museógrafa, nacida en este Ayamonte de la luz y los pintores y Manolo Moreno, pintor y a estas horas dando clases en su estudio de su Sevilla del alma, son los cerebros de esta sorpresa prevista para la tarde-noche del próximo viernes. Van a romper moldes con la apertura de una galería “Pop up”, la muestra del trabajo de varios artistas de aquí y de muchas otras partes. Y lo van a proponer en un local que hace unos días era un oficina bancaria y que hoy les ha sido cedida gentilmente para tan magnifica aventura.

Ambos estuvieron presenten en el montaje y apoyo al II Paseo por el Arte que se colgó en las paredes de las calles próximas al centro cultural Casa Grande. Pusieron su experiencia, su sapiencia y sus inquietudes al servicio de sus colegas pintores del taller de pintura “ La Escalera”. Supieron plasmar con enorme talento sus innovaciones en el difícil mundo de la exposición. Supieron captar la atención de muchos pintores y supieron llevarse un cargamento de agradecimientos de los que se convierten con el tiempo en la mejor de las motivaciones.

Y ahora están aquí, en pleno centro de la ciudad fronteriza dispues-tos a sorprender a los enamorados de la pintura, a los pintores y a un público experto en estas cuestiones. Crean un espacio cultural alternativo. Abren una ventana de aire fresco, como dice Natalia, a esos artistas emergentes, que como ellos, quieren ocupar un espacio propio en la geografía del arte. Emulan lo ya vivido en otras ciudades y rompen los moldes de lo cotidiano para hacerse fuertes en la fuerza de su exposi-ción. Han reunido a su alrededor a nombres ayamontinos que vienen empujando con la intensidad de la ilusión. Dani Franco, Laura Rodríguez, Juan Galán, Javi Cástulo, Andrés Moreno, Paco Rodríguez o EMES, así como Wenceslao Robles de Sevilla, con sus grabados. Manuela del Cerro con sus cerámicas, la ayamontina Malía León con esas fotogra-fías impactantes, las componentes de la Caja de Imágenes de Sevilla , Isabel Membrives de Córdoba, con sus magníficas ilustraciones, Pedro Rodríguez de Huelva y sus innovaciones desde el Conquero. También han querido que estuvieran presentes por esa vida dedicada a la evo-lución creativa, el colorista Angel Cabel. Y como muestra de respeto y admiración hacia su figura que ha servido de punto de referencia en el color y la sencillez, a Angel Guerrero D´Esury

Natalia Santos refleja en sus ojos no solo su formación académica, ni su inquietud propia de los años sino también la innovación, la capaci-dad organizativa y el hambre de hacerse necesaria en un mundo tan maravilloso como difícil, el mundo del arte. La Galería abre sus puertas el viernes 12 a las 20.30 h y cierra el 3 de enero, en la hasta hace pocas fechas Caja Madrid en la calle Paz, junto a la Plaza de la Laguna. Y luego no solo cerrara la exposición sino que desaparecerá este centro cultural improvisado, pero a la vuelta de la esquina volverán en otro lugar, en otro momento y con otra idea. Así es Artespacio y así es la creación emergente, hoy, en Ayamonte.

Mañana de intensa actividad deportiva la que se ha vivido en el pabellón municipal de Ayamonte, para celebrar la veinticuatro edición del Memorial de Voleibol Antonio Carro. Una jornada repleta de canchas, al completo de equipos de voleibol femenino y con el recuerdo siempre vivo de nuestro amigo Antonio.

Por un lado se han celebrado los encuentros de la provincia en juego en categoría infantil entre DJA¨75 3 – San Juan del Puerto 0 y con idéntico resultado en la categoría cadete y entre el DJA´75 e Isla Cristina. En federados Ayamonte a través del DJA´75 se ha impuesto a San Juan del Puerto en infantiles por 3-1 y en cadete a San Juan por 3-0. Con estos resultados los equipos fronterizos mantienen el primer puesto de la clasificación llevando siete victorias de siete encuentros.

En otra de las canchas, se ha celebrado la segunda concentración para categorías benjamín y alevín que organiza la Diputación Provincial. A la misma han asistido equipos de las localidades de Lepe, Cartaya, San Juan del Puerto, Lucena, Punta Umbría, Almonte y Ayamonte. La próxima cita de estas concen-traciones está prevista celebrarla el próximo día 10 de enero en Gibraleón.

Finalizados los encuentros se ha procedido a la entrega de premios y regalos a los parti-cipantes, presidiendo el acto el concejal de deportes Francisco Blázquez, acompañado por algunos de sus compañeros de corpora-ción así como por directivos del club DJa´75. El trofeo Antonio Carro a la mejor jugadora del campeonato ha recaído en esta edición en la jugadora infantil del DJA´75, Celia González.

Como sucede siempre en estas ocasiones, agradecer la presencia de los padres de las jugadoras locales atendiendo el bar para obtener algunos beneficios que les ayuden de cara a la competición. Felicidades.

para ello con la colaboración de distintos centros de enseñanza, como el IES Guadiana o los CEIP Moreno y Chacón o Padre Jesús. Sus alumnos han participado en las distintas actividades organizadas por la empresa Global y el gimnasio Olimpo. Han experimentado activi-dades deportivas y lúdicas donde se hace patente la discapacidad y han valorado la experiencia como un dato muy positivo. Por su parte el artista local Chencho Aguilera ha elaborado el anagrama de Aprosca sobre el pavimento, buscando que su obra se recubriera con monedas como donativo a la asociación de disminuidos.

sos, sus jardines floridos o sus caminos a todas partes.

Y girando sobre nosotros mismos, a la velocidad que nuestra edad nos permita, visionamos con urgencia toda la obra y se nos viene encima de golpe esas llamaradas de colores salidos de su paleta y que se armonizan como en un tablero de ajedrez, los rojos, azules, verdes o amarillos. Una explosión de color que Laura controla perfecta-mente. Y un denominador común, el agua. Casi todos sus cuadros destilan agua por los cuatro puntos cardinales. Venecia se hace más bella si cabe en la obra de Laura Rodríguez, por eso recordamos el título de su primera exposición “Lugares con encanto”.

Una inauguración que ha contado con la presencia, como siempre, de familiares, amigos y admiradores de su obra que no quieren perderse lo último de esta mujer inquieta, esta artista que cuida el detalle y la pin-celada, la de ayer y lo mas novedoso. Un acto sencillo, como todo lo que hace Laura, pero lleno de enorme cariño, de mucha personalidad y de una genero-sidad que requiere de amplio espacio para su distribución. Y de fondo, otros creadores sirviendo su trabajo a nues-tros oídos con la mayor delicadeza del mundo. Músicos tamizando los soni-dos para no diluir el color. Una grata velada.

El Centro Médico Atlántico ha sido el responsable de dar conse-jos sobre alimentación saludable y hábitos recomendados, contando con la colaboración de los directi-vos y monitores de Aprosca. Por su parte los profesores especialistas en alumnos con discapacidad del IES Guadiana han organizado distintos talleres de trabajo, tanto para sus alumnos como para otros alumnos de centros educativos.

Una nueva experiencia donde se pretende mostrar a la sociedad la necesidad no solo de integrar sino de apoyar, colaborar y respaldar uno obra social como la que realiza en nuestra ciudad Aprosca. La jornada ha estado organizada por la asociación Aprosca

Es la tercera vez que presenciamos en este año una exposición de la pintora aya-montina Laura Rodríguez

José Luis Rua

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 7

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Si Canal Sur da, como se espera luz verde, en el primer trimestre de 2015, está previsto que se empieze a rodar una serie de carácer Autonómico y Nacional, a cargo de las productoras Mediagroup Sureña y Suractiva Media

Queremos llamar la atención de nuestros lectores que a la fecha de edición del mes de enero de 2015, dicha exención de pago no es todavía una realidad

Si Canal Sur da, como se espera luz verde, en el primer trimes-tre de 2015, está previsto que se empieze a rodar una serie de carácer Autonómico y Nacio-nal, a cargo de las productoras Mediagroup Sureña y Suractiva Media.

Mediagroup Sureña, produc-tora encargada de llevar a cabo el rodaje de “Fuerte”, nombre provisional del proyecto, ya habría entrado en conversacio-nes con el Ayuntamiento de la localidad para la disposición de todo aquello que rodea una inversión de este calado y de indudable proyección turística para el municipio, ya que se pre-tende que la misma ciudad de Ayamonte se convierta en plató natural, en gran parte del rodaje, donde se desarrollarían las dife-rentes tramas.

El primer edil ayamontino, Antonio Rodríguez Castillo ha mantenido conversaciones con el director general de Canal Sur, Joaquín Duran, apoyando el proyecto y sólo falta que la delegada en el área de ficción, Carmen Amores, encuadre la serie en la franja horaria y día idóneo, que muy probablemente sea en prime-time semanal.

El privilegiado enclave fronte-rizo de la localidad y sus diferen-

En nuestra edición del mes de diciembre de 2014, nos hacía-mos eco del acuerdo alcanzado por APYME- Ayamonte (Asocia-ción de la Pequeña y mediana Empresa de la localidad), por el cual se había conseguido que durante seis meses al año, desde octubre a marzo (coincidiendo con los meses de menor afluen-cia de turistas al municipio), las tardes de la Zona ORA fueran gratis al aparcar en la zona. De dicho comunicado se hizo eco el JBG tal como el resto de noticia-rios españoles de la provincia de Huelva.

No obstante, queremos llamar la atención de nuestros lectores que a la fecha de edición del mes de enero de 2015, dicha exención de pago no es todavía una realidad. Cierto es que en dicho comunicado, reproducido fielmente por el Jornal de Baixo Guadiana, se hacia mención de que para poner en marcha la ini-

tes localizaciones y posibilidades, han tenido gran peso en la deci-sión final de MediagroupSureña de fijar el punto de rodaje en la localidad onubense.

Junto a MediagroupSureña, que cuenta en su directiva con un importante empresario aya-montino, también respalda el proyecto la productora Suractiva Media, que cuenta con gran parte del experimentado y solvente equipo técnico que ya se encargó de llevar a la recordada y exitosa “Arrayan” a convertirse en uno de los referentes durante años en Canal Sur, cosechando datos de audiencia que aun hoy no ha logrado superar ninguna ficción en la cadena autonómica..

Además del indudable impacto turístico que para la ciudad de Ayamonte pueda tener la llegada de una producción audiovisual de este tipo, que contará con un abanico de actores tanto de reco-nocido prestigio como de nuevos valores, se estima en más de 100 los empleos directos que se generarían, sumando otros tantos indirectos, entre ellos decenas de figurantes o extras de la locali-dad. Teniendo en cuenta la situ-ación actual que vive la ciudad, con más de 2500 desempleados, siendo el invierno el periodo de temporada donde más se resiente

ciativa, era necesaria “ una modi-ficación de la ordenanza sobre la materia, la publicación de los mismos y esperar un plazo de ale-gaciones, y finalmente en unos meses será una realidad”. Puestos en contacto con la Administración Municipal de Ayamonte, hemos sido informados de que este plazo todavía no ha acabado, aunque sí está ya vigente la ampliación dos a tres horas para el ticket máximo que expiden los parquímetros.

Dadas las fechas festivas en que nos encontramos, no nos es posible dar a nuestros lectores una información más detallada respecto del día exacto en que entrará en vigor el acuerdo, pero como no puede ser de otra forma, el Jornal de Baixo Guadiana infor-mará a sus lectores a la mayor brevedad de este asunto.

Mientras tanto, queremos agra-decer la atención que un lector de nuestro mensario ha tenido con nosotros, al llamarnos la aten-

el municipio, sería sin duda un bálsamo de aire fresco para los ayamontinos y zonas cercanas.

Tramas pensadas para todas las edades, donde la realidad actual, los problemas cotidianos, el amor o desamor, llevaran a los prota-gonistas a situaciones en que

ción acerca de la NO aplicación del acuerdo, un més después de la comunicación oficial del mismo. Hacemos el Jornal entre todos y agradecemos sobremanera la participación de todos y cada uno de nuestros lectores.

tendrán que demostrar quién es más “Fuerte”. Los espectadores descubrirán que la vida no te enseña a ser fuerte, te obliga a serlo.

La productora se encuentra a la espera tan solo de ser encuadrada en una franja horaria determi-

nada de la cadena autonómica y de esta forma poder cumplir con el calendario previsto, el cual marcaría el inicio del rodaje a principios de año, para poder incluirse en la parrilla televisiva en la temporada de primavera.

Ayamonte, más que posible escenario de una nueva serie de televisión

Más sobre el horario de pago de la Zona Ora en Ayamonte

José Luis Rua

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A reintrodução do lince ibérico em Portugal aconteceu no passado dia 16 de Dezembro no Parque Natural do Vale do Guadiana, no concelho vizi-nho de Mértola, região do Alentejo, envolto de muita emoção, sobretudo da parte daqueles que ajudaram a que este dia se tornasse uma realidade. O momento de soltura dos animais marcou mais uma etapa para o sal-vamento desta espécie cuja extinção parecia ser, não há muitos anos atrás, uma fatalidade irreversível. Apesar do sucesso da reprodução em cativeiro, o momento e condições de reintro-dução deste felino não é consensual para todos. Jorge Rosa, presidente da câmara municipal de Mértola apesar de consi-derar “este processo muito importante para a recuperação duma espécie em vias de extinção”, explica que não par-ticipou “directamente no mesmo”, considerando a reintrodução um processo “apressado, mal preparado, incorrecto e até em desconsideração da população do concelho de Mér-tola”. Num comunicado a que o JBG teve acesso o autarca conta que desde que soube da intenção do Governo em reintroduzir o lince ibérico no con-celho reuniu-se “com proprietários, com gestores, com caçadores, com agricultores, com as populações para ouvir as suas preocupações e a sua opinião”, lamentando que o ministro não tivesse feito o mesmo. Jorge Rosa, acusa que a libertação dos linces foi gerida “do ponto de vista estritamente politico, apressado, escolhendo talvez a pior altura para a solta, depois da época de caça onde foram abatidos uma parte dos coelhos, numa área onde claramente não há o número de coelhos bravos por hectare exigí-vel para uma solta com sucesso, tudo levando a crer que os números apre-sentados de 3,5 coelhos/ha, foram erro de contagem ou foram adul-terados os números apresentados”. Depois de auscultada a comunidade diretamente ligada a este processo, bem como criadas as condições para a reprodução em regime selvagem de coelho bravo “começando com

o estudo, recentemente contratado, sobre a doença que dizimou a espé-cie, e implementando condições preventivas para o seu controle, de forma a que a população de coelho atinja os números necessários para a sobrevivência do Lince Ibérico”, o edil de Mértola diz que era necessário avançar-se com “acordos sectoriais com todas as partes afectadas, como o são os agricultores, os caçadores e gestores de caça, os pastores e proprietários dos terrenos, que fica-ram abrangidos na área de residência alargada do lince, de forma a assegu-rar-lhes que não só as suas actividades não são condicio-nadas ou restringi-das pela presença do felino, como ainda serão finan-ciados nas suas atividades para desenvolverem práticas adequa-das para a manu-tenção do lince no território”.Jorge Rosa lembra ainda que “o terri-tório escolhido é cruzado por imen-sas estradas, que além de não per-mitirem ao animal o sossego exigido, são um perigo constante devido às fortes possibi-lidades de atropelamento, havendo outras zonas com menos presença do homem e logo mais apetecíveis para esta espécie, que deveriam ter sido as escolhidas”.

Federação Portuguesa de Caça fala em reintrodução “apressada”

A FENCAÇA - Federação Portuguesa de Caça, refere que o dia 16 de

Dezembro “poderia ser um dia his-tórico se em vez da libertação dos Linces o Ministério do Ambiente estivesse a anunciar, que por sua ini-ciativa (...) tínhamos a solução para a erradicação das doenças que têm dizimado a população dos coelhos bravos”. Esta federação considera que os Linces “estarão condenados a morrer à fome, por falta de ali-mentação”, mantendo a firme con-vicção, que “todo este processo foi

conduzido de forma apressada sem ter em conta a opinião dos agentes locais, associações de caçadores e entidades gestoras de zonas de caça turísticas”. A FENCAÇA, lamenta que “para se justificar a reintrodução do Lince nesta altura, se tenha que dizer que no concelho de Mértola existe 3,5 coelhos por hectare, afirmando que “se isso fosse verdade estariam todas as zonas de caça do concelho de Mértola contentes e seguramente não era necessário trazer coelhos de Espa-nha para alimentar os Linces agora

no parque, com todos os riscos que daí possam ocorrer por não se saber o seu estado sanitário, nem se são da subespécie Cuniculus Cuniculus Algirus, contrariando todas as boas práticas que o Instituto de Conserva-ção de Natureza e Florestas obriga às zonas de caça”.

Associação algarvia Almargem junta-se às vozes de protesto

A 1 de Julho de 2014 foi disponibilizado para adesão pública o Pacto Nacional para a Conservação do Lince Ibérico (PNCLI), assi-nado pelas 12 entida-des que integram a Comissão Executiva do Plano de Acção para a Conservação do Lince Ibérico em Portugal (PACLIP) e que precedeu o pro-cesso de reintrodu-ção deste ameaçado felídeo em Portugal. A Associação algarvia Almargem num comu-nicado que chegou à nossa redação afirma que não subscreveu e garante que não vai subscrever o PNCLI, discordando também com o início da rein-trodução do lince. Explicando as razões

para esta posição, a associação con-textualiza, considerando que “a situa-ção lamentável a que se chegou com a extinção do lince-ibérico em Portugal, fica a dever-se à incompetência dos responsáveis governamentais que, durante anos, preferiram propalar números fantasiosos acerca da popu-lação existente, nomeadamente na Serra Algarvia, e nada fizeram para evitar a degradação dos habitats, a proliferação de zonas de caça e o desaparecimento dos derradeiros exemplares reprodutores”, pode ler-se

no comunicado da associação.A Almargem diz mesmo que “há que assumir a coragem de negociar com os proprietários e gestores das zonas de caça uma efectiva redução da pressão cinegética em troca de contrapartidas, pois esse é o aspecto primordial no sucesso desse programa (…) reforçar os meios para o controlo e erradicação do uso de artes ilegais de captura de predadores, deve ser feito um estudo minucioso sobre os previsíveis pontos negros de atravessamento de estra-das, e há que ter em conta as condi-ções existentes em zonas confinantes com as áreas de libertação, pois os linces não são animais sedentários. A Serra Algarvia, a Costa Vicentina, o Sudoeste Alentejano (Serras de Cercal e Grândola, zona de Alcácer do Sal) têm igualmente de ser alvo de efica-zes medidas de preparação perante o regresso do lince à zona fronteiriça alentejana”. Esta associação garante que só vai aderir ao Pacto Nacional para a Conservação do Lince Ibérico quando estiverem reunidas todas as condições que considera exigíveis.

Atropelamento é a grande causa de morte do lince reintroduzido Antes da libertação dos linces no Vale do Guadiana, foi colocado pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza um sinal de trânsito de perigo que tenta ser ferramenta de prevenção ao atroplemanto dos linces, que na vizinha Espanha tem sido a grande causa de morte dos exemplares da espécie entretanto reintroduzidos. Castro Neto referiu que foram identificados os pontos mais sensíveis e com maior probabi-lidade de se transformarem em locais de atropelamentos e aí colocaram-se oito sinais para que a população seja sensibilizada e reduza a velocidade nas zonas onde possa haver presença de linces.Entretanto, a meados de Dezembro o Jornal espanhol «El País» lembrava que naquele país vizinho o veneno e a caça somavam-se aos atropelos no

Reintrodução do Lince Ibérico no Vale do Guadiana não reúne consenso

Susana H. de Sousa

A 16 de Dezembro de 2014 no vizinho concelho de Mértola, Alentejo, foram libertados dois linces ibéricos nascidos e criados no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico (CNRLI), instalado na serra de Silves, Algarve. A par do regozijo do Governo e diversas entidades parceiras nesta medida ouviram-se vozes discordantes. Foi o caso da Federação Portuguesa de Caça, município de Mértola e Almargem que teceram duras críticas à soltura deste felino.

GRANDE PLANO

Mértola

Gonçalo Rosa

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 9

ano “mais fatal do lince [ibérico]”. Em 2014 morreram em Espanha 28 exemplares por causas não natu-rais.

Ministro esperançado que extinção seja travada

Por sua vez, o Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia espera que “a situação de extinção do lince ibérico em Portugal possa ser invertida” graças à libertação do casal de linces no Parque Natural do Vale do Guadiana. Disse-se “otimista quanto à circunstância de este ser o início de um processo sustentável”.Por sua vez, o Secretário de Estado do Ordenamento do Território e Conser-vação da Natureza, Miguel de Castro Neto, afirmou que a libertação dos

animais representou “um momento histórico” por “devolver à natureza um animal que se extinguiu”, sendo “um sinal de que as políticas de con-servação da natureza e biodiversidade em Portugal têm feito um caminho positivo”, considerando, mesmo este “um motivo de orgulho para todos”.

Vale do Guadiana “tem alimentação adequada”

O Secretário de Estado explicou que foi estabelecida uma metodologia e um censo quinzenal da população de coelho bravo nos territórios de libertação de lince. Os dados reco-lhidos pelos técnicos, seguindo a dita metodologia, “comprovam que neste momento existe uma população que até ultrapassa o mínimo considerado

necessário para se poder reintroduzir o lince”.Entretanto, está a ser feito um traba-lho de monitorização e foi lançado “um projeto de investigação espe-cificamente direcionado à doença hemorrágica viral dos coelhos” para se perceber “o que se passa agora com a população” de modo a haver “um conhecimento mais aprofundado da doença”, para evitar que “no futuro possam acontecer surtos como acon-teceram no passado”. A este nível, em Mértola, o secretário de Estado assegurou que “a situação agora é favorável”. Em Agosto/Setembro, dados no terreno indicavam que na zona onde os linces foram reintrodu-zido registavam-se valores superiores a 3,5 coelhos por hectare, sendo que o mínimo que está definido são dois coelhos por hectare.

Cooperação transfronteiriça decisiva na recuperação do lince ibérico

De referir que o projeto de criação em cativeiro e libertação na natu-reza do lince ibérico deu um impor-tante passo há 10 anos, na Cimeira Luso-Espanhola em que foi assinado o acordo entre Portugal e Espanha para que se criassem condições para um plano nacional integrado para a recuperação do lince. Na opinião do ministro do Ambiente esta foi uma questão que “transcendeu Governos, fronteiras setoriais e disciplinares”, traduzindo-se numa “verdadeira causa”.Jorge Moreira da Silva afirmou que a presença do lince vai “criar condi-ções para a valorização económica”

dos territórios do interior, através da “aposta no ambiente, na bio-diversidade e na conservação da natureza”.O casal de linces, nascido no Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico (CNRLI), instalado na serra de Silves, foi libertado num cercado onde terá um período de aclimata-ção acompanhado por técnicos, que tomarão a decisão de os libertar posteriormente. Entretanto, nos próximos meses vão ser reintro-duzidos mais oito linces.Esta foi a primeira vez que linces ibéricos foram devolvidos à natu-reza, em território nacional, apesar de vários animais nascidos no Centro Nacional de Reprodução de Lince Ibérico (CNRLI) já terem sido libertados em Espanha ao abrigo da parceria transfronteiriça.

GRANDE PLANO

Espécie felina mais ameaçada do mundoO lince-ibérico é a espécie de felino mais ameaçada do mundo, classificada como criticamente em perigo de extinção na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. O último censo, de 2011, dava conta de 298 exempla-res de lince-ibérico. A reprodução em cativeiro é uma solução de fim de linha para tentar evitar a extinção do lince-ibérico (Lynx pardinus). O objectivo do projecto ibérico LIFE Iberlince (2011-2016) é reforçar com estes animais as duas únicas populações em estado selvagem, em Doñana e na Serra de Andújar, na Andaluzia, recuperando também as populações que existiam em Portugal. Relativamente ao seu estatuto legal de proteção é considerado uma espécie prioritária de interesse comunitário pela Diretiva Habitats, transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.49/2005, de 24 de fevereiro que exige a designação de Sítios a integrar a Rede Natura 2000 com vista à conservação desta espécie, bem como a sua proteção rigorosa em toda a área de distribuição.

Desde Maio de 2009 que Silves desenvolve reprodução em Cativeiro do Lince IbéricoEm Maio de 2009 foi inaugurado o Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince Ibérico, na Herdade das Santinhas, em Silves, sendo que as crias começaram a nascer em Março de 2013, desde quando já nasceram 17 linces que continuam sau-dáveis.

Em Junho, Jazz e Joaninha, dois dos linces nascidos em 2012 no centro de Silves, foram libertados em Guarrizas, na Andaluzia. Foram as últimas libertações de 2013, ano em que 11 dos 19 linces reintroduzidos saíram do centro português. No entanto, em Agosto, o colar de radiotransmissão do Jazz foi encontrado num aterro em Alma-gro, na comunidade autónoma de Castela-La Mancha. A Guardia Civil espanhola está a investigar o caso, mas suspeita-se que o animal tenha morrido, por causas ainda desconhecidas e alguém terá decidido deitar o colar num contentor de lixo.

Segundo os dados mais recentes do Programa de Crias em Cativeiro de Lince Ibérico, disponibilizados pela Consejeria Andaluza de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente e citados pelo jornal espanhol «20minutos», no total nasceram 53 linces ibéricos nesta temporada, repartidos por 18 ninhadas, em quatro dos cinco centros de reprodução existentes em Portugal e Espanha, sendo que a informação disponível indica que apenas 44 sobreviveram.

No princípio da temporada de crias, foram definidos 25 pares reprodutores nos vários centros, sendo que dois desses casais foram emparelhados com o objectivo de serem castrados e recolhidos os respectivos embriões. Dos casais que se reproduziram com êxito, sete estão no centro de Silves e os restantes estão em Espanha. Quatro encontram-se no centro de Zarza de Granadilla, em Cáceres, onde nasceram 12 crias, das quais duas não resistiram. Cinco casais estão no centro de La Olivilla, em Jaén, onde nasceram 13 crias, das quais sobreviveram oito, e seis casais encontram-se no centro de crias de El Acebuche, em Doñana, onde nasceram 11 linces, nove ainda vivos.

CNRLI - ICNF

Diogo Oliveira

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LOCAL

O Centro Paroquial de Vaqueiros tem agora uma lavandaria, uma despensa e um pequeno escritório. São novos equipamentos que foram inaugurados e abençoados a 29 de Novembro. Estes novos equipamentos e obras efetuadas surgem graças a um apoio camarário na ordem dos 16 mil euros , no âmbito de uma candidatura ao PRODER. No total a nova lavandaria vai servir 50 utentes.

A cerimónia de inauguração foi presidida pelo Bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo dos Santos Gonçalves.

Os 150 profissionais que engros-savam a lista de desempregados foram reintegrados no mercado de trabalho distribuídos por várias IPPS do concelho de Castro Marim. “Nomeadamente nas áreas do apoio social e educação, como lares, cen-tros de dia, Unidade de Cuidados Continuados, escolas e infantários”, explica a a autarquia em comuni-cado, listando as entidades benefi-ciárias: Associação Cegonha Branca, Associação dos Amigos e Naturais de Castro Marim «Sapal Verde»,

Foi aprovado, em Assembleia Muni-cipal realizada no passado dia 19 de dezembro de 2014, sem votos contra, o Orçamento e as Grandes Opções do Plano do Município de Castro Marim para 2015, “apostando num reforço do apoio social às famílias carencia-das e no abastecimento domiciliário de água a toda a população”, avança comunicado da edilidade. No mesmo documento pode ler-se que “apesar dos constrangimentos económicos estabelecidos pelo Orçamento de Estado de 2014, que condicionam em muito o desenvolvimento de projetos

Foi a 10 de dezembro de 2014 que a Câmara Municipal de Alcoutim aprovou a o projeto do primeiro Regulamento Municipal de Topo-nímia e Numeração de Polícia. A medida foi tomada “devido à atual inexistência de posturas e/ou regu-lamentos”, explica em comunicado a câmara municipal que frisa que “surgiu a necessidade de estabe-lecer regras explícitas e decisivas que possibilitem disciplinar e nor-malizar procedimentos, definindo os métodos de atuação, atribuição e gestão da toponímia e numeração de polícia no concelho”.

O projeto estará sob discussão pública até meados de Janeiro

Associação de Bem Estar Social da Freguesia de Azinhal «ABESFA», Associação Social da Freguesia de Odeleite, Santa Casa da Misericór-dia de Castro Marim, Associação dos Amigos e Naturais do Azinhal «ANA» e Casa do Povo do Azinhal.

No total foram cerca de 300 mil euros investidos em 2014, “finan-ciando a câmara municipal a fração não subsidiada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissio-nal (IEFP)”. Num comunicado à imprensa a autarquia, liderada

sentidos como imprescindíveis para Castro Marim, a Câmara Municipal assumiu para este ano algumas obras de grande peso, como o abasteci-mento de água a todas as povoações, a construção da ciclovia na Estrada Nacional 125-6, a modernização do Mercado Municipal de Altura, a construção da Estrada Municipal Altura-Furnazinhas, a Modernização Administrativa dos Serviços Munici-pais, entre outras”.

Prioridades na Ação Social, Saúde e Educação

com possibilidade de consulta na Divisão de Obras, Planeamento e Gestão Urbanística, Equipamentos, Ambiente e Serviços Urbanos da câmara municipal. E é depois do

por Francisco Amaral, o autarca com maior antiguidade ao serviço em Portugal, e pioneiro de diver-sas medidas sociais camarárias, diz que em 2015 vai “aumentar a verba destinada a esta medida. Será um grande esforço financeiro para a autarquia, mas queremos asse-gurar a abrangência a um maior número de famílias, porque, quando falamos nos 150 munícipes retira-dos do desemprego, não podemos esquecer-nos do desafogo que isso representa para as famílias”.

No âmbito da ação social, saúde e educação, além do reforço do apoio social às famílias, a autarquia de Castro Marim promete continuidade aos programas já existentes, como o «Castro Marim Consigo», os apoios à recuperação de habitações, a Unidade Móvel de Saúde, agora com médico permanente, o Cartão Social, que irá ser alargado ao dobro das famílias, a atribuição de bolsas de estudo, entre muitas outras medidas autárquicas, que fazem deste município um dos 39 distinguidos pelo prémio «Autarquia + Familiarmente Responsável». Nas

áreas da cultura, desporto, recreio e lazer, “impera a criatividade, vontade e solidariedade na gestão daquilo que está à nossa guarda e, em especial, na dinamização dos equipamentos entretanto construídos e reabilitados, desde a Casa de Odeleite, Moinho das Pernadas, Castelo, Revelim de Santo António, Biblioteca e Casa do Sal”, pode ler-se no enquadramento estratégico do novo orçamento, com a garantia de que será mantida toda a programação afirmada ao longo dos anos, com especial enfoque nos Dias Medievais em Castro Marim, “a marca

mais internacional de que dispomos e queremos potenciar”. O Município de Castro Marim vai dar também prioridade ao projeto de revisão e alteração do PDM (Plano Diretor Municipal).

16 milhões de Euros

As Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2015 preveem um valor global de 16.067.395€, dos quais 6.083.777€ são despesas de capital, que representam 38% do Orçamento.

período de consulta pública, que o projeto do regulamento será reme-tido, já no mês de fevereiro, para a Assembleia Municipal, onde se procederá a aprovação final.

150 postos de trabalho criados por protocolos

Aprovado Orçamento 2015 em Castro Marim

Centro Paroquial de Vaqueiros tem novos equipamentos

Regulamento de Toponímia e Numeração de Polícia para aprovação em Fevereiro

Alcoutim

Entre câmara municipal de Castro Marim e IPSS’s

Obra Social mantem-se prioritária

No total são sete as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que estabeleceram protocolo com a câmara municipal de Castro Marim e daqui nasceram centena e meia de postos de trabalho em 2014.

Será em Fevereiro que o assunto de toponímia e numeração de polícia vai à Assembleia Municipal alcouteneja. O processo teve início em Dezembro.

Lavandariam despensa e escritório criados para melhorar prestação de serviços

No total foram sete instituições de solidariedade social a protocolizar contratos

O início do projeto de toponímia e numeração de polícia iniciou-se em dezembro

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 11

LOCAL

“Passaram 3 anos sobre a introdução de portagens no Algarve, ocorrida em 8 de dezembro de 2011, uma medida imposta pelo governo PSD/CDS e com o apoio do PS. São 3 anos de destrui-ção contínua da região e cujas conse-quências estão bem à vista de todos. As portagens na A22 acabaram por revelar-se bastante negativas também na região espanhola da Andaluzia”, diz o comunicado que se seguiu à Assembleia da plataforma hispano-portuguesa dedicada às portagens.

Esta assembleia contou com a coo-peração da Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) e concluiu que “os efeitos sócio-económicos das por-

A Câmara Municipal de Alcoutim aprovou, a 10 de dezembro, em reunião do executivo, a abertura do concurso público, pelo período de 60 dias dias, para a venda do empreendimento turístico, «Estala-gem do Guadiana», que é proprie-dade do Município, estando em vigor até, sendivelmente, meados de fevereiro. Com uma área total de 7.920,00 m², o estabelecimento hoteleiro localiza-se a cerca de um quilómetro do centro da vila de Alcoutim, junto às margens do rio Guadiana e com vistas amplas sobre o mesmo. Composto por trinta e dois quartos duplos divi-didos por dois pisos, duas pisci-

tagens são bem gravosos: o Algarve perdeu cerca de 50% de visitantes espanhóis; o transporte de merca-dorias praticamente desapareceu da Via do Infante; a atividade económica decaíu à volta de 25% nas regiões do Algarve e de Huelva; Ayamonte perdeu 30% de visitantes portugue-ses só no último ano; a nível econó-mico a província de Huelva perdeu 12 milhões de euros e a nível fiscal as perdas situaram-se nos 2,5 milhões de euros”, pode ler-se discriminado no comunicado enviado às redações.

Prejuízos de três anos ascenderão aos 100

nas, campo ténis, terraços e áreas verdes, o edifício tem como valor base de proposta um milhão e tre-zentos mil euros.

“Tendo em conta a possibilidade de ampliação do edifício existente, o seu excelente enquadramento paisagístico e o facto de existir défice de unidades hoteleiras na zona, sendo de prever um razoável índice de ocupação da unidade em exploração turística, o Município de Alcoutim considera existirem médias potencialidades do mer-cado para o imóvel”, pode ler-se numa nota de imprensa.

Ao concurso poderão apresen-tar-se agrupamentos de pessoas

singulares ou agrupamentos de pessoas coletivas. As propostas deverão ser apresentas até às 16h00, do 60º dia a contar do envio do anúncio para publica-ção no Diário da República. Para qualquer reclamação ou pedido de esclarecimento de dúvidas, os cidadãos deverão contactar exclusivamente o Júri do Con-curso, através do email [email protected]. Os interessados poderão consultar o programa do concurso, o caderno de encar-gos e respetivos anexos, na Divi-são Administrativa e Financeira, da Câmara Municipal e no site www.cm-alcoutim.pt.

milhões

Os prejuízos económicos para o Algarve, “ao longo destes 3 anos, devem atingir mais de 100 milhões o que, somado aos 40 milhões de euros anuais de prejuízos financeiros diretos e transferências do Estado para a con-cessionária, por via de uma PPP muito ruinosa que este governo não tem cora-gem de anular, as perdas económicas situam-se em mais de 200 milhões de euros! A somar a tudo isto, durante este período verificou-se quase uma centena de mortos e muitas centenas de feridos em cerca de 20 mil acidentes, a maioria dos quais na EN 125 – uma

autêntica tragédia para o Algarve e para o país”, diz a Comissão de Utentes da Via do Infante em Comunicado.

A CUVI relativamente à requalifi-cação da EN 125 diz que “continua a

marcar passo e diversas variantes que já não vão ser construídas, o que repre-senta uma fraude e mais uma quebra de compromisso do governo para com o Algarve”.

50% dos espanhóis desistiram do Algarve devido às portagens

Município de Alcoutim abre concurso público para venda de estalagem do Guadiana

Estudo luso-espanhol

As conclusões foram anunciadas depois de um encontro hispano-luso que teve lugar no final do mês de Novembro. Os números mostram bem os efeitos negativos da introdução das portagens na A22.

Prejuízos de três anos ascenderão aos 100 milhões de euros

Concurso público está em vigor até, sensivelmente, meados de fevereiro

Os dias que se seguem à partida de alguém, vesti-mo-nos da normalidade

possível, lambemos as feridas e procuramos ocupar o tempo com uma parafernália de coisas de modo a abstrair-nos, porque o que os dias nos oferecem é algo de demasiado definitivo. Um vazio que não se apaga, nem mirra, nem desaparece.

O Valdemar, o nosso Valde-mar, deixou-nos. Apanhou-nos a todos de surpresa. Em choque procuramos encaixar o absurdo desta ausência num quadro lógico que possamos entender. Quando a notícia inundou a cidade de Vila Real de Santo António percebemos a dimensão da pessoa do nosso tesoureiro, a imensidão de gente que se associou às manifestações de pesar e dor são testemunho de uma vida que deixou marca.

O carisma constrói-se durante o percurso de vida, deixando peugada marcada na vida de uma série de gente que constituem o círculo de amigos e família. O carisma não se pactua com as convenções ou com a estéril consensualidade. Os homens que deixam marcam, deixam-na de forma profunda e não propriamente por serem politicamente correctos ou con-sensuais. O nosso tesoureiro era um homem que deixava marca por onde quer que passasse. Percebemo-lo agora que a marca era bem mais profunda. Percebemo-lo da forma mais dolorosa.

Não se pode resumir num pequeno texto o sumo de uma vida, cada qual recordará o sabor do gomo que partilhou com o nosso Valdemar. Nestes dias em que tudo se nos apresenta turvo, demasiadamente emocional, vamo-nos consciencializando da real extensão do vazio que o Valdemar nos deixou.

Todos os elementos da Freguesia de Vila Real de Santo António associamo-nos na dor e luto à família e amigos, prometendo reconstruir uma equipa de trabalho que ficou, irremediavelmente, mais pobre e que tudo fará para honrar o magnífico trabalho do tesoureiro Valdemar Parra, pautado pelo rigor, pela dedicação a Vila Real de Santo António e a atenção às necessidades das pessoas desta cidade.

Ao amigo e companheiro Valdemar, aquele abraço.

Executivo da Freguesia

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12 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2015

LOCAL

Os tarifários dos serviços públicos de abastecimento de água para consumo humano, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos não vão ser alvo de aumento no concelho de Alcoutim. A manutenção dos valores foi aprovada em Reunião Pública Ordinária. Na mesma reunião e “tendo em conta a inexistência de tarifas para determinados serviços auxiliares nas categorias de abastecimento de água para consumo humano e saneamento de águas residuais urba-nas, foi igualmente estabelecido a criação das mesmas. No entanto, estas não afetam diretamente a população, exceto se requisitarem esses serviços”, explica a câmara municipal em comunicado. Nesses esclarecimentos às redacções, o exe-cutivo liderado por Osvaldo Gonçalves explica que “a opção de não aumentar as tarifas dos serviços públicos de abaste-cimento de água para consumo humano, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, deve-se, sobretudo, à atual conjuntura económico-social que o país enfrenta. Desta forma, pretende-se não sobrecarregar o orçamento das famílias do concelho e, assim, evitar encar-gos adicionais, sendo que muitos deles, dificilmente seriam suportados por muitas destas famílias”.

Num comunicado à imprensa a câmara municipal de Castro Marim mostrou-se empenhada em conti-nuar a empreitada de arruamento na Praia Verde, uma das praias mais concorridas do Algarve, mas que ao longo dos anos viu o seu acesso deteriorado devido à força da natu-reza, neste caso pelo crescimento das raízes das árvores.

O edil local, Francisco Amaral, lembra que “esta obra assume uma grande importância para o concelho, tratando-se a Praia Verde de uma das mais frequentadas do sotavento algarvio durante a época balnear”.

Decorreu a 16 de dezembro, nas instalações da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Alcoutim, a cerimó-nia solene de integração, no Quadro do Comando da Corporação, do 2º Coman-dante, José Alberto, e no Quadro Ativo, do oficial bombeiro, Alexandre Vicente. Na sequência da cerimónia, foi também descerrada uma placa em homenagem ao presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim, José Tiago Faustino, pela sua dedicação e ser-viços prestados.

O investimento da segunda emprei-tada de reparação representa um investimento autárquico de cerca de 43 mil euros. Recorde-se que a primeira empreitada teve lugar antes do início da época balnear de 2014.

De salientar que a intervenção contemplou a intervenção pontual nas zonas degradadas, que passou pela remoção das raízes que provo-caram a destruição dos arruamen-tos, a colocação de uma tela anti raízes e a repavimentação.

Francisco Amaral, que ganhou a câmara de Alcoutim nas eleições

de 2013, denota preocupações também com quem tem negócios naquela urbanização de veraneio, mas cujas portas estão abertas o ano inteiro. “O principal obje-tivo destas intervenções na Praia Verde é o melhoramento das con-dições de circulação e segurança dos residentes e dos visitantes. Refira-se que, entre os arruamen-tos a levar a cabo, está aquele que dá acesso ao Praia Verde Boutique Hotel, este ano considerado pela revista Condé Nast Traveller um dos 73 hotéis da moda no Mundo”, pode ler-se no comunicado.

A Junta de Freguesia do Azinhal está a levar a cabo a obra de ampliação do cemitério da aldeia. Trata-se de uma obra que conta com o apoio da câmara municipal de cerca de sete mil euros na cedência de materiais de construção, ficando a mão-de-obra a cargo da junta de freguesia.

Água não aumenta em 2015 em Alcoutim

Câmara de Castro Marim atenta aos acessos à Praia Verde e às empresas ali localizadas

Tomou posse 2º comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim

Ampliação do cemitério do Azinhal

O 2.º comandante José Alberto tomou posse a 16 de Dezembro 2014Medida tem em conta atual conjuntura sócio-económica do país

No total a obra tem um custo de sete mil euros.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 13

O início deste Novo Ano de 2015 representa, sem dúvida, uma época marcada pela renovação do sentimento de espe-rança, naquele que faço votos que seja um ano de viragem, em direção a um futuro mais próspero, para todas as famílias.

As Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2015, já aprovados, corporizam o compromisso deste Executivo com os Alcoutenejos, na implementação de uma Estratégia para o Con-celho, alicerçada no desenvolvimento sustentável do território e na potencialização dos seus recursos, centrada nas pessoas e para as pessoas.

Para tal, estamos a construir uma autarquia mais moderna e mais próxima dos cidadãos, onde a promoção da cidadania participativa será uma realidade quotidiana, que permitirá melhorar, de forma mais célere, as condições de vida dos Alcou-tenejos, através de uma intervenção social ainda mais atenta, concertada, criteriosa, e justa, assumindo-se, a autarquia, hoje e no futuro, como um agente ativo, e imperativamente inter-ventivo, na procura de soluções e na adequação das políticas às necessidades dos cidadãos.

Temos a consciência de que não vivemos tempos fáceis e que os desafios com os quais nos defrontaremos serão difíceis e exi-gentes, no entanto, não cruzaremos os braços, e trabalharemos todos os dias, em conjunto com os nossos parceiros de natureza local, regional e nacional, tendo como único objetivo, o interesse público, e o bem-estar da população, refletido na melhoria das condições de acesso, à saúde, ao emprego, à habitação, à cultura e à educação.

Acreditamos nas potencialidades do nosso Concelho. Acre-ditamos na coragem e na capacidade de trabalho das nossas gentes. Estamos confiantes e certos de que, juntos, continuare-mos a construir um caminho sólido, rumo a um Alcoutim mais próspero e mais humanista.

Votos de um Feliz Ano Novo.

A nossa vida é um ciclo de encontros e desencontros, de perdas e descobertas, de amores e desamores, de vitórias e derrotas, de fins e recomeços…

Chegados ao final de mais um ano, é importante que pare-mos uns segundos, só uns segundos, a olhar para trás com pro-fundidade, não para nos lamentarmos ou regozijarmos, nem para nos ancorarmos no passado, mas tão só para recolhermos os ensinamentos necessários que nos motivem a trilhar novos caminhos.

O ano de 2015 só será novo se nós o preenchermos de novas atitudes, sentimentos e projetos. Transportar para 2015 os acontecimentos do passado é remendar com pano velho o Ano Novo.

Com a colaboração de todos os castromarinenses iremos reci-clar o passado e convertê-lo em energia positiva que nos une e promove o crescimento da esperança.

Como é do conhecimento de todos, pauto o meu comporta-mento pelo diálogo e respeito para com todos, para mim não há os meus e os outros, enquanto presidente da Câmara de Castro Marim, todos os castromarinenses são dos meus. Em 2015 a porta do meu gabinete continua aberta a todos os castromari-nenses e conto com o vosso contributo na construção de uma sociedade mais justa, solidária e que proporcione maior quali-dade de vida.

Convido todos os castromarinenses, e amigos em geral, a erguer as suas taças, cheias de determinação e coragem, para brindarmos a 2015 e juntos construirmos o Novo Ano que aguarda dentro de nós.

Feliz Ano Novo.

No alvorecer de cada ano, formulamos votos de paz, de prospe-ridade e de esperança. A esperança tem de ser fundamentada. A paz tem de ser conquistada. E a prosperidade é uma luta per-manente. Nesta convicção, enfrentamos os desafios que 2015 nos traz.

O executivo da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, a que tenho o privilégio de presidir, está bem ciente do empenho, determinação e trabalho que se impõem para alcançar os objectivos que claramente foram definidos no seu programa.

Não nos pouparemos a esforços para prosseguir a obra que é patente para todos. Na ação social, na saúde e apoio médico, na habitação, na assistência às famílias, na educação e na cultura, nas infraestruturas, na dinamização económica, no estímulo ao emprego, continuaremos a dar o nosso melhor.

Iniciativas como o programa «Cuidar» são, para nós, uma conquista e um desafio. Abre-nos para a dimensão da solidarie-dade e dá-nos a certeza de que não estamos sós. Em conjunto, será mais fácil resolver problemas e abrir novos caminhos e oportunidades.

Sabemos que temos muitos obstáculos para vencer. Há muitas limitações, particularmente de ordem económica, com que nos deparamos. Não nos demovemos dos nossos propósitos na certeza de que o êxito chegará.

Felizmente, há alguns indicadores, ainda que ténues, que nos fazem vislumbrar horizontes melhores do que aqueles que vive-mos nos últimos anos. Esperamos vivamente que esses indica-dores se consolidem para podermos avançar sem os sacrifícios tão exigentes que a todos têm sido impostos.

Da nossa parte, saberemos escalonar as prioridades que nos farão avançar com a ordem que se impõe. As pessoas, ocupa-rão, como sempre, o primeiro lugar nas nossas preocupações e a política de proximidade continuará a ser a nossa bandeira.

A todos, desejo um ano cheio de sucessos, de paz e prospe-ridade.

Osvaldo dos Santos GonçalvesPresidente da Câmara Municipal de Alcoutim

Francisco AmaralPresidente da Câmara Municipal de Castro Marim

Luís Gomes Presidente da Câmara Municipal de VRSA

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14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2015

ESPECIAL ANO NOVO

- Alunos ocupam salas de aula na escola secundária em obras há 3 anos;- Agrupamento de escolas de Castro Marim ganha selo da interculturalidade;- Projetada residência para doentes de Alzheimer em Castro Marim;- Centro Local de Apoio de Integração ao Imigrante de VRSA celebra 10 anos de rede CLAII;- Bombeiros de VRSA passam a ter uma unidade de formação;- Villa Romana do Montinho das Laranjeiras é de interesse público;- Comissão de Utentes de Castro Marim manifestou-se contra fecho de Finanças;- Luís Gomes integra Comité das Regiões em Bruxelas;- Apresentados catálogo e documentário sobre vida de médico João Dias;- Associação algarvia «MOJU» condecorada pelo Governo.

- Alunos ocupam salas de aulas já prontas enquanto os obrigam a ficar nos conten-tores; - Faleceu guitarrista Paco de Lucia, músico com ascendência castromarinense; - Faleceu o médico José Afonso Gomes; - Aquacultura mostra-se aposta forte nos esteiros de Castro Marim: 3 milhões de euros de investimento da «Atlantik Fish»;- Presidente da Odiana deu sua primeira entrevista e defende maior protagonismo para esta associação;- Corrida da Paz passou pelo Baixo Guadiana;

- Pesadelo de obras da escola secundária continuou a provocar inúmeras mani-festações;- Vila Real de Santo António foi cidade do Baixo Guadiana distinguida na área da mobilidade;- Câmara Municipal de Castro Marim lança debate sobre autocaravanismo na localidade de Altura;- Moradores de Monte Gordo beneficia-vam de obras de água e saneamento; - Ricardo Cipriano assume liderança do Partido Socialista na concelhia de VRSA;- Juventude Basquetebol Clube sagra-se campeã regional.

- Visita do reitor do Algarve aconteceu em Castro Marim;- Teste pioneiro de alerta tsunami em Castro Marim;- Moradores do bairro do farol manifesta-ram-se contra aumento das rendas;- O Cartão eurocidadão tornou-se realidade na eurocidade;- Diretor de Departamento do Instituto de Conservação da Natureza apelou a mais dinâmica da Reserva de Castro Marim;- Seminário «Made In Algarve» passou por VRSA;- AMAL e sindicatos assinaram acordos para 35 horas de trabalho por semana;- Autarcas algarvios coordenam plataforma contra as portagens;- Mundialito animou mais uma edição das férias de páscoa.

Janeiro

Março

Fevereiro

Abril

Este «ESPECIAL» de início de ano é um olhar para trás com sentido de futuro. Pela apresentação das primeiras páginas, relativas ao ano de 2004, poderá o leitor verificar que o dia-a-dia das nossas comunidades do território do Baixo Guadiana, foi esmiuçadamente acompanhado.

Somos cada vez mais o jornal deste território e para ele, sem contudo deixaRmos de ter em conta que as nossas terras não estão desligadas de uma realidade que é o Algarve ou do país e do Mundo em que nos inserimos.

O que nos distingue é o facto de, sendo um mensário, termos vindo a conseguir, número a número e de forma cada vez mais acutilante, aproximar o jornal dos proble-mas das pessoas, das suas lutas e anseios, principalmente daqueles que escapam aos jornais de maior cobertura regional ou nacional.

«O Tejo não é maior que o rio que passa pela minha aldeia, porque o Tejo não é o rio que passa pela minha aldeia», dizia Fernando Pessoa.

O JORNAL DO BAIXO GUADIANA é um jornal do quotidiano de quem vive numa região que, sendo uma das potencialmente mais cobiçadas do planeta, passa ainda tempos de grande depressão e esquecimento.

Aqueles que hoje fazem o jornal continuam imbuídos do mesmo espírito com que ele surgiu em Alcoutim, pela iniciativa da Associação Alcance, que nele via uma pla-taforma de divulgação das necessidades de desenvolvimento do território e em boa hora o deu à estampa.

É um jornal que trata acima de tudo dos problemas das pessoas, mas não pessoais, sendo como é sabido, um jornal que é propriedade da Odiana, estrutura associativa dos municípios de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

Assumindo o risco de algum esquecimento, lembramos a secção GP (Grande Plano) onde foram em 2014 abordados os 10 anos da Rede CLAS II, a rede de autocaravanas do Baixo Guadiana, as comemorações dos 40 anos da Revolução de Abril, a monogra-fia sobre o contrabando tradicional da autoria de João Tomás Rodrigues, o arranque do ano letivo e os seus problemas, a aquacultura do concelho de Castro Marim.

Não nos passaram despercebidos os falecimentos de duas personalidades, o doutor António Rosa Mendes e o Dr. José Afonso Gomes.

Os especiais foram para o Balanço do 1º mandato dos novos autarcas, os 240 anos da fundação de Vila Real de Santo António, a morte de Eugénia Lima e os orçamentos municipais.

Na grande entrevista tivemos o Eng. Luís Gomes, a propósito da sua eleição para a presidência da Odiana ou João Simões, presidente da União de Freguesias de Alcou-tim e Pereiro. Falou-se do Lar de Balurcos e da Associação das Cumeadas.

Acompanhámos a declaração de interesse público do Montinho das Laranjeiras, a luta contra as portagens na Via do Infante, o protesto dos alunos da Secundária de Vila Real de Santo António, a favor da abertura das salas de aula. Vimos assinar a Ata de Fronteira entre Alcoutim, San Lucar e El Granado e também inaugurar o novo edifício da CM de Alcoutim. Acompanhámos os debates sobre o Mar e estivemos presentes nas sessões do Conselho Mundial do Projeto José Marti, noticiando que, na sequência deste projeto o eng.Luís Gomes recolheu a mais alta condecoração do governo da República de Cuba.

Os Dias Medievais de Castro Marim mereceram também grande destaque.Finalmente, procuramos dar cobertura à intensa atividade literária e editorial que

se registou no ano de 2004 no Baixo Guadiana. Ana Amorim Dias com «Olho Úbiquo», Hugo Pena com «Porquê Eu» e «Justiça Cega», Helena Machado com «Este ano no Natal», Miguel Godinho, com «O Tempo por Entre as Fendas», Fernando Pessanha com «Hotel Anaidaug» e «O Pianista e a Cantora», Luís Viegas com «Desenhando o Azul do Mar», José Estêvão Cruz com «Xá e Luís na Circunstância», João Romão com «O Valor das Coisas», Carlos Luís Figueira com «A Casa» e António Machado com a 2ª edição de «Onde o Guadiana Acaba». O grupo Poetas do Guadiana apresentou antologias subordinadas ao título «Foz do Guadiana».

Folhear este trabalho realizado não nos retira o pensamento que poderíamos ter feito ainda mais e melhor, mas acreditamos ter correspondido à expectativas de todos os leitores que aguardam com agrado, no princípio de cada mês que lhes chegue à mão mais um exemplar do nosso jornal. De referir ainda que as tertúlias mensais que o JBG organiza há cerca de quatro anos, e com a grande colaboração e apoio da Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em VRSA, permite ao jornal estar próximo da comunidade de uma forma diferenciada e bastante enriquecedora também para a equipa do mensário que em tom coloquial aborda temáticas diferenciadas com o público interessado.

OBRIGADO A TODOS PELO APOIO DISPENSADO

No primeiro mês de 2015 lembramos o que de mais relevante aconteceu nos 12 meses de 2014 e damos a conhecer os votos de Feliz Ano Novo dos presidentes das

câmaras municipais do Baixo Guadiana.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 15

ESPECIAL ANO NOVO

- Faleceu a diva do Acordeão Eugénia Lima;- Reitor da UAlg visitou concelho de Alcoutim;- Alcoutim cria I Festival Gastronómico;- Celebraram-se 40 anos sobre 25 de Abril;- Cooperativa «Terras de Sal» conquista 3 medalhas de ouro;- PAEL de 25,5 milhões de euros foram desbloqueados para VRSA;- Castro Marim instala Conselho Municipal Cinegético;- Faltam 350 enfermeiros no Algarve; - Sinónimos de Leitura aconteceu em Vila Real de Santo António;- Companhia de Dança Splash vence no Porto.

- Manifestações para não encerramento da escola de Odeleite;- Conselho Mundial José Martí aconteceu em VRSA;- Vítimas de violência doméstica passaram a ter habitação a baixos custos em Castro Marim;- Junta de Freguesia de Altura homena-geou comerciantes;- Inaugurada Casa do Sal Castro Marim;-Em pleno verão serviços de saúde no Algarve à beira da ruptura;- Faleceu José Varzeano, autor de inúmeras publicações dedicadas a Alcoutim;- Grupo Desportivo de Alcoutim atinge melhor classificação de sempre na canoagem.

- Marta Baeta falou-nos na sua ajuda a crianças no Quénia;- VRSA apresenta canal de televisão online;- Cacela vê inaugurada casa de infor-mação turística;-Mais uma edição de Dias Medievais enchem Castro Marim;- Almargem defende estudo de impacte ambiental para exploração de hidrocar-bonetos no Algarve;- Subida e Descida do Rio Guadiana cel-ebra 30 anos;- Faleceu antigo futebolista Manuel Caldeira.

- CPCJ de Castro Marim dá conta da realidade local;- Castro marim apresenta médico porta-a-porta em iniciativa inovadora;- Alcoutim desespera por solução para encerramento de extensão de Vaqueiros;- O Sal ganha nova vida com a primeira edição da Safra do Sal na Casa do Sal;- Investidores chineses visitaram Castro Marim;- Economia do Turismo com mais pontos fortes e novos desafios depois de um Verão bastante positivo;- Município de VRSA recupera a totalidade das transferências do Estado;- Odiana criou «Grande Rota do Guadiana»;- Adjudicada obra de desassoreamento da barra do Guadiana.

- Um ano corria sobre as eleições autár-quicas e era hora de fazer balanços;- Alcoutim inaugurou novos paços do concelho;- Balanço ao arranque do ano letivo do Baixo Guadiana mostra-se preocupante;- Programa intermunicipal VRSA/Ohão «Cuidar» iniciou primeiras cirurgias;- Iniciou-se votação em Orçamento participativo de Alcoutim ;- Baixo Guadiana participou na primeira bienal de turismo de natureza do Algarve;- Grupo de Teatro de trabalhadores da câmara de Castro Marim fizeram primeira atuação; - Mega-coreografia foi levada a cabo em VRSA no festival de dança «Arte sem fronteiras».

- Agrupamento de escolas de Castro Marim distinguido pelo conhecimento de idiomas;- Criada Federação de Associações Juvenis no Algarve;- «Love to dance ARUTLA» comemorou 15 anos:- Um ano passou depois de fusão Alcoutim e Pereiro;- Luís Gomes distinguido pelo Conselho de Estado de Cuba;- Chef Leonel Pereira distinguido com estrela Michelin;- Associação Cumeadas dá conta de problemas de produtividade dos pinheiros mansos;- Anunciado investimento de milhões em energia solar em Alcoutim.

- Abstenção nas eleições europeias atinge cerca de 66%;- Foi criada mascote de eurocidade por jovem de Castro Marim;- João Tomás Rodrigues apresenta primeira monografia sobre Contrabando Tradicional do Baixo Guadiana; - Praias de Castro Marim recuperam Bandeira Azul;- Alcoutim e Castro Marim destacam-se no crescimento agrícola no Algarve;- Centro Médico Internacional é inaugu-rado em VRSA;- Lusitano é campeão distrital de futebol;- I Festival de Caminhadas de Alcoutim acontece;

-Aprovada moção em Alcoutim para haver no concelho até 12.º ano de escolaridade;-Anunciado transporte para euroci-dadãos;-Alcoutenejos foram desafiados a aderir a orçamento participativo;-Câmara de Olhão e VRSA implementam programa pioneiro para tratamentos oftamológicos;-Ribeira de Odeleite foi limpa;-Ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional visitou Baixo Guadiana;- Faleceu José Alexandre Pires.

Setembro

Novembro

Maio

Julho

FevereiroOutubro

Dezembro

Junho

Agosto

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16 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2015

Natal, Ano Novo, Dia de Reis

ALCOUTIM

CASTRO MARIM

CASTRO MARIM

VRSA

VRSA

VRSA

O Natal foi celebrado por todo o território. Destacamos da Junta de Freguesia de Castro Marim a «Casa do Natal» com a exposição de Pais Natal elaborados pelas crianças e o Presépio Gigante. O Centro de Cultura e Desporto do Pessoal da Câmara Municipal de Castro Marim (CCD) executou um Presépio Vivo e Odeleite foi uma autêntica Aldeia-Presépio. No Centro Cultural António Aleixo, em VRSA, foi apresentado um dos maiores presépios gigantes do país, batendo mais um ano os recordes em número de peças. Muita doçaria dos alunos da Escola de Hotelaria e os mais pequenos aproveitaram a aldeia de Natal.

Em Alcoutim o cais sobre o rio Guadiana foi o palco para a grande festa de final de ano, onde não faltaram os comes e bebes, bailarico, fogo-de-artifício e muita gente para aproveitar a festa. A aldeia de Martinlongo levou a cabo a tradicional matança do porco. Vila Real de Santo António celebrou ao longo de vários dias a despedida de 2014, dando as boas vindas com muita música para todos os gostos e manteve o tradicional fogo-de-artifício.

A celebração dos Reis começou no Baixo Guadiana na manhã de 5 de janeiro com o percurso dos Reis Magos pela Eurocidade do Guadiana (Ayamonte, Castro Marim e VRSA) distribuindo doces pelas crianças que festejaram esta data. A 6 de janeiro a Junta de Freguesia de Castro Marim assinalou a chegada dos Reis Magos.

Reportagem elaborada a partir de informação de agenda recebida na redação do JBG. Dê-nos as suas notícias para [email protected]/966902856

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 17

DESENVOLVIMENTO

Fundo JESSICA, com pacote financeiro de 300 milhões nacionais, requalificou núcleo histórico de VRSA

Algarve vai ter perto de 330 milhões de euros de Fundos Comunitários

No total o volume de investimento do fundo JESSICA para o desenvol-vimento urbano vocacionado para o turismo no concelho de Vila Real de Santo António ascendeu aos 1,5 milhões de euros, tendo sido o financiamento de 976 mil euros, o que corresponde a 70 por cento das despesas elegíveis. O financiamento foi concedido na proporção de 50% por recurso a fundos próprios do Turismo de Portugal, IP e de 50% por recurso a fundos geridos pelo Turismo de Portugal, em represen-tação do Banco Europeu de Inves-timento, este representa tranche Jessica.

No concelho pombalino este pro-grama potenciou a requalificação do núcleo histórico da cidade, tirando partido da sua crescente atrativi-dade turística, ou seja o exemplo único de arquitetura iluminista a nível europeu, já protegido por um Plano de Pormenor de Salvaguarda, por um Programa Estratégico de Reabilitação Urbana e sobre o qual foi criada uma Área de Reabilitação Urbana. Numa outra ótica, a inicia-tiva ampliou a apetência comercial e económica do centro histórico de Vila Real de Santo António, desen-volvendo novas abordagens, como é o caso do conceito «Centro Comer-cial a Céu Aberto».

Com esta medida, a SGU e a autar-quia de Vila Real de Santo António pretendeu aumentar a atratividade das áreas comerciais já existentes

A Comissão Europeia aprovou no passado mês de Dezembro o Pro-grama Operacional do Algarve, para o período 2014-2020 que dá pelo nome «CRESC ALGARVE2020». No total dispõe de uma dotação de 318,6 milhões de euros, dos quais 224,3 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e 94,3 milhões de euros do Fundo Social Europeu (FSE). Trata-se de um acréscimo de 84% face ao anterior período de programação que vigorou entre 2007 e 2013. Mas para além destes valores estão alocados ao Algarve, 8,6 milhões de euros do PO IEJ (Iniciativa Emprego Jovem).

Prioridade

no centro histórico, complemen-tando-as com novas abordagens que contribuam ainda mais para a diversificação da oferta junto dos consumidores e visitantes.

3 anos de JESSICA

O ano de 2014 marcou o ter-ceiro ano completo de implemen-tação efetiva da Iniciativa JESSICA em Portugal, um fundo que conta com 132,5 milhões de Euros de fundos públicos que mobilizaram uma capacidade de financiamento total da reabilitação e regeneração urbana superior a 300 milhões de euros.

A Região do Algarve terá, assim, como prioridades, até 2020, sus-tentar e reforçar a criação de valor e a transferência de conhecimento, para as empresas e promover um tecido económico responsável, industrializado e exportador, captar e reter talento qualificado e inovador, dar vida e sustentabi-lidade a infraestruturas existentes e consolidar a capacitação insti-tucional e valorizar os recursos territoriais.

David Santos, gestor do PO Algarve 21, referindo-se ao novo Programa Operacional para o Algarve explicou que primeiro foi aprovado o Acordo de Parceria entre Portugal e a Comissão Euro-peia, em 30 de julho. Depois disso a proposta do nosso PO Regional

O primeiro investimento foi apro-vado em meados de 2012, tendo sido sucedido por um conjunto de novos projetos cujo ritmo e disper-são geográfica que se foram acen-tuando nos últimos meses de 2014. Entre janeiro e novembro de 2014

foram assinados 51 novos contratos de financiamento no valor total de 88 milhões de Euros; mais do que duplicando o montante aplicado nos anos anteriores. Em termos glo-bais, foram financiados investimen-tos no valor global de 370 milhões de Euros, tendo o financiamento JESSICA contribuído com cerca de 160 milhões. De acordo com a estru-tura de financiamento JESSICA, 50%

foi submetida a Bruxelas, tendo-se procedido aos acertos necessários e por fim a Comissão Europeia for-malizou a sua aprovação”. Para este responsável “este reforço de verbas, é claramente o reconhe-cimento do trabalho realizado, por todos os atores no território. Recorde-se que pela primeira vez, Municípios, Universidade e as sete principais Associações Empresa-riais, estabeleceram um protocolo com a CCDR Algarve, no sentido de preparar de forma coordenada os trabalhos deste Quadro de Refe-rência”.

Maior esforço de parcerias

Este reforço de verbas, associado

do financiamento provém das verbas do Fundo, a que acrescem outros 50% mobilizados pelas entidades gestoras de Fundos de Desenvolvi-mento Urbano (BPI - Banco Portu-guês de Investimento, Caixa Geral de Depósitos e Turismo de Portugal).

Por cada euro público, 4,5 euros de investimento

Os financiamentos JESSICA tra-duzem-se numa alavancagem global superior a 4,5 vezes por cada euro público. Em termos regionais, os financiamentos JESSICA estão dis-tribuídas nas seguintes proporções: 50% das verbas estão aplicadas no Norte, 20% no Centro, 12% em Lisboa, 12% no Alentejo e 7% no do Algarve. Esta alocação regional é proporcional ao contributo de cada região para o Fundo JESSICA Portugal.

Os investimentos financiados abrangem 41 municípios; os seus promotores incluem entidades muni-cipais, sem fins lucrativos e jovens empreendedores, bem como grupos nacionais e internacionais; os setores abrangidos incluem turismo, equi-pamentos sociais, comércio, saúde, educação, cultura, energia, mobili-dade e indústria. Dados recentes dão conta de que terão sido criados cerca de 1700 postos de trabalho diretos através da dinamização do Fundo JESSICA.

à gestão multifundo, aumenta a responsabilidade da região, em encontrar os modelos de gestão e de parcerias, para a definição das prioridades mais adequadas à realidade e para a superação dos constrangimentos.

Este novo período de programa-ção, em linha com os objetivos da Estratégia Europeia vai reforçar significativamente a aposta nas empresas e na transferência do conhecimento para o mercado, como forma de criar valor acres-centado com base nos recursos endógenos.

O Programa Operacional do Algarve terá como princi-pal porta de entrada o domínio www.algarve.portugal2020.pt.

Já foi aprovado o pacote financeiro do Programa Operacional do Algarve. A grande prioridade do Algarve até 2020 é desenvolver o tecido económico e alavancar a transferência de conhecimento para a região. O modelo de gestão vai insistir nas parcerias para ultrapassar constragimentos ao desenvolvimento.

Até 2020

A UE promove melhor acesso para 80 milhões de pessoas com defici-ência

3 de dezembro é o Dia Internacional das Pes-soas com Deficiência. Pessoas anónimas que se cruzam connosco no dia a dia e pessoas como Galileu, Homero, Frida Kahlo, Roose-velt, Sarah Bernhardt, Beethoven...muitos deles grandes génios da nossa Europa.

A maioria das pessoas considera adqui-rido poder entrar num autocarro para ir às compras, navegar na Internet ou ver uma série na televisão. Mas para os 80 milhões de europeus com uma deficiência - uma em cada seis pessoas na União Europeia , pode haver obstáculos importantes que os impe-dem de realizar estas atividades. Mais de um terço das pessoas com mais de 75 anos tem deficiências que limitam a sua atividade. Estes números estão destinados a aumentar à medida que a população da UE envelhece progressivamente. A maioria destas pessoas é frequentemente impedida de participar plenamente na sociedade e na economia devido a barreiras físicas ou outras, assim como a discriminação. Menos de 1 em 2 adultos com deficiência estava empregado na EU28 em 2011 - e quase um terço está em risco de pobreza ou exclusão social em 2013. Para as crianças com deficiência e res-petivas famílias a qualidade e acessibilidade aos apoios necessários apesar do empenho e profissionalismo da maioria dos profissio-nais que trabalham nestas áreas, é ainda também deficitária.

Segundo a Carta dos Direitos Fundamen-tais da União Europeia «a União reconhece e respeita o direito das pessoas com deficiên-cia a beneficiarem de medidas destinadas a assegurar a sua autonomia, a sua integração social e profissional e a sua participação na vida da comunidade». A UE e os seus 28 Estados-Membros já se comprometeram a criar uma Europa sem barreiras ao assi-narem a CNUDPD - Convenção da Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A estratégia europeia para a deficiência adoptada em 2011 especifica as ações da UE no âmbito da Estratégia Europa 2020 (IP/10/225) bem como as ações pro-postas no Relatório de 2010 sobre a cidada-nia europeia (IP/10/1390).

As medidas específicas propostas vão desde o reconhecimento mútuo de cartões nacionais de deficiência e da promoção da normalização até um recurso mais específico aos contratos públicos e às regras de auxílios estatais. Estas medidas produzirão benefí-cios sociais importantes, mas terão igual-mente repercussões na economia europeia. Podem por exemplo, reforçar o mercado da UE de dispositivos e serviços de assistência, que já tem, atualmente, um valor anual esti-mado superior a 30 mil milhões de euros. Continuam em curso iniciativas legislativas, pareceres para aprovação da Lei europeia da acessibilidade que desenvolva o mercado único dos produtos e serviços acessíveis.

A legislação portuguesa neste particular é positiva e promotora dos direitos das pes-soas, mas também existem lacunas e falta de eficácia e operacionalização, bem eviden-ciada na tremenda dificuldade que milhares de pessoas experimentam no dia-a-dia.

Centro de Informação Europe Direct do Algarve

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - CCDR Algarve

Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Farotel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

«Perto daEuropa»

O núcleo histórico pombalino foi pioneiro na aplicação do JESSICA

Reportagem elaborada a partir de informação de agenda recebida na redação do JBG. Dê-nos as suas notícias para [email protected]/966902856

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DESENVOLVIMENTO

Fundação da Juventude dá formação para desempregados

Produção de salicórnia pode alavancar economia da Reserva de Castro Marim e VRSA

Novo Programa de Cooperação divulgado nas Andalusíadas IV

A delegação do Algarve da Fundação da Juventude vai minis-trar no total 400 horas de forma-ção intensiva em horário laboral. As formação estão a ter lugar entre as 09h30 e as 13h30, distribuin-do-se 200 horas de formação de «Comércio e Vendas» e outras tantas para o curso de «Tecnologias de Informação e Comunicação – nível básico», das 14h às 18h.Esta formação insere-se na

Depois do seminário no âmbito do «Cultivo Sustentável de halófitas na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António» que teve lugar no auditório do Centro Interpretativo da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António as conclusões a que o JBG teve acesso demonstram que a produção de salicórnia mostram ter “enorme potencial para combater a sazonalidade económica da produção sali-neira”.

O projeto «Cultivo Susten-tável de halófitas na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António», foi co-financiado pelo POAlgarve 21 Acção de Valorização e Qualifica-ção Ambiental e permitiu concluir que as salinas arte-sanais e o sapal secundari-zado abrangem uma fracção significativa da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA) De acordo com os estudos realiza-dos, estas áreas estão abandonadas e possuem baixo rendimento eco-nómico, no entanto, aqui “são possíveis vários usos sustentáveis e complementares à salinicultura, nomea-damente o cultivo de salicórnia que tem alto potencial económico”.

Combate a sazonalidade

Diz também o estudo que “a explora-ção de salicórnia pode contribuir para a quebra de sazonalidade da exploração do sal, rentabilização as áreas de sapal/

A par do programa público do evento «Andalusíadas» centrado sobretudo no futuro da cooperação, decorreu uma reunião de constitui-ção do grupo de trabalho da Euro Região Alentejo-Algarve-Andaluzi (AAA). Sendo este um exercício de escolhas de prioridades, que cruza o conhecimento com a expressão empresarial das respetivas realida-des regionais, “importa que destes cruzamentos se possa identificar um conjunto limitado de linhas de intervenção e setores, que se possa vir a entender como linha orientadora para a seleção de ope-rações neste domínio no âmbito do POCTEP. O Algarve propôs nesta reunião a possibilidade de consti-tuição de um Conselho de Inovação

modalidade «Vida Ativa/Emprego Qualificado», sendo que é uma medida promovida pelo Instituto de Emprego e Formação Profis-sional (IEFP) e cujos destinatários são os desempregados. A enti-dade promotora trabalha, assim, a inserção de jovens na vida ativa e a sua empregabilidade. Por sua vez, a associação Odiana explica em comunicado que a sua participação “dá-se ao nível da

cedência da sala multiusos e espaço para as formações”, lembrando que “ a mesma se encontra disponível para outro tipo de iniciativas que tenham como intuito o desenvol-vimento do território e o apoio à população”. Devido a esta formação até Março de 2015, a entrada na Odiana passa também a ser feita pela porta lateral da associação. Saiba mais em: www.odiana.pt ou http://fjuventude.pt

salinas que se encontram abandonadas ou com baixo rendimento, conservação da biodiversidade local, diversificação do turismo e promoção do desenvolvi-mento e competitividade territorial”.

Os responsáveis pelo estudo apon-tam que o modelo de produção de salicórnia delineado tem em conta “as

áreas onde as espécies podem ser produ-zidas, mas cujo cultivo não se sobrepõe à salicultura (muros de salinas, tanques de salinas e sapal secundarizado); criação de condições óptimas de produção face às características ambientais e legais da RNSCMVRSA; e boas práticas de cultivo com vista à conservação dos recursos (água, solos e património genético das espécies que crescem naturalmente na reserva)”. Refere ainda que podem ser produzidas quantidades significativas de salicórnia mesmo tendo por base um modelo de produção limitativo, sendo que a salicórnia produzida tem potencial no mercado da alimentação humana mas também alimentação animal ou

tripartido (reunindo Universidades e empresas num número limitado) para desenvolver um trabalho de aproximação conjunta entre as 3 regiões, tendo ficado agendada uma 2ª reunião em Évora para o início de 2015.

No que respeita ao futuro foi divulgado que está para breve a aprovação do novo programa de Cooperação INTERREG – V POCTEP, o qual terá o maior envelope finan-ceiro entre os programas de coo-peração territorial. John Edwards do Joint Reserach Center defendeu que colaboração e cooperação são sinónimos e que deverão manifes-tar-se numa atitude inovadora de CO–OPETITION”, lê-se num comu-nicado da CCDR Algarve.

extração de compostos de valor acres-centado.

As vantagens da produção e consumo da salicórnia na Reserva de Castro Marim e Vila Real de Santo António

Se atentarmos a esta investi-gação percebemos que “numa primeira fase, o cultivo de sali-córnia para o mercado alimen-tar poderá ter vantagens já que tem um menor custo de imple-mentação e existe um mercado melhor definido. Porém, isto não invalida a exploração de outras vertentes. Por sua vez, as plantas de salicórnia apre-sentam uma variedade de compostos com propriedades nutricionais e medicinais que possuem elevado valor eco-nómico.

As conclusões apontam também que “a exploração de salicórnia dentro da reserva pode ter vantagens no mercado, especialmente internacional, e aquando de uma divulgação adequada, devidoaqualidade dos processos e do produto bem como produção em regime de “agricultura biológica” e dentro de uma Reserva Natural. Por sua vez, “o uso deste produto na restauração de luxo como produto gourmet na hotelaria da região pode ser uma ponto chave numa estratégia integrada de divulgação do turismo e da agricultura”, rematam os investigadores do estudo «Cultivo Sus-tentável de halófitas na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António».

A sala central da associação Odiana, associação de desenvolvimento do Baixo Guadiana sedeada em Castro Marim, é mais uma vez espaço eleito por entidades como espaço de formação. Desta vez dirigida a desempregados, a formação é promovida pela Fundação da Juventude que desde 18 Dezembro e até Março de 2015 formará em «Comércio e Vendas» e «Tecnologias de Informação e Comunicação».

Odiana acolhe mais uma vez formações da Fundação da Juventude

Presidente da CCDR Algarve deu nota do novo Programa de Cooperação INTERREG – V POCTEP

Na sede da Odiana

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 19

CULTURA

Escritora algarvia Lídia Jorge distinguida com prémio luso-espanhol de arte

Livro de Fernando Pessanha divulga riqueza cultural e patrimonial do Baixo Guadiana

Sara Navarro expõe no Castelo de Castro Marim

A escritora algarvia - natural de Loulé - Lídia Jorge foi distinguida com o «Prémio Luso-Espanhol de Arte Cultura 2014», atribuído pelo Ministério da Cultura espanhol e pela Secretaria de Estado da Cultura portuguesa. Em nota enviada às redacções pelo Grupo Leya, que detém a editora da escri-tora, a D. Quixote - que publicou este ano o mais recente romance da autora «Os Memoráveis» - sabe-se que a escritora foi premiada por “criar uma relação e vínculo de união entre Portugal e Espanha através da sua contribuição para o conhecimento mútuo de ambos os países” mas também “pelo valor da sua obra literária, que aborda algumas das questões fundamen-tais do nosso tempo”. O prémio foi atribuído por unanimidade por um júri composto por especialistas dos dois países, lê-se no comunicado do gabinete do secretário de Estado da

O autor Fernando Pessanha lançou mais uma obra, desta vez dedicada à comunicação periódica que ao longo do tempo foi sendo feita em órgãos de comunicação social da imprensa escrita, nomeadamente, no Jornal do Baixo Guadiana, onde é colaborador residente. A apresentação desta obra foi feita na sede da Liga dos Amigos do Mestre Manuel Cabanas, localizada no Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes, em Vila Real de Santo António, terra-natal do hitoriador.O livro chama-se «Subsídios para a História do Baixo Guadiana e dos Algarves Daquém e Dalém-mar» e apresenta-se como “um compendium de artigos anteriormente publicados em diversos órgãos de comunica-ção regionais”. De acordo com o autor “os textos, cujas cronologias abarcam o largo período de tempo compreendido entre a Antiguidade e

Vai estar patente até ao próximo dia 1 de Fevereiro a exposição «Frag-mento» da autoria de Sara Navarro. Para visita do público na Igreja do Castelo de Castro Marim está dis-ponível todos os dias, entre as 09h00 e as 17h00.

«Fragmento» responde ao fas-cínio da artista pelos fragmentos arqueológicos vindos de sociedades extintas e enigmáticas, sabe-se por um comunicado da vereação da cul-tura da câmara municipal de Castro Marim. “Os fragmentos, como parte incompleta de um todo perdido,

Cultura, Jorge Barreto Xavier, e do secretário de Estado da Cultura de Espanha, José María Lassalle. Os portugueses José Bragança de Miranda, professor da Universi-dade Nova de Lisboa, e as escritoras Patrícia Reis e Inês Pedrosa, bem como o conselheiro de Educação e Cultura da Extremadura, Trinidad Basarrate, o professor da Univer-sidade de Évora Alfonso Saez e a Diretora da Companhia Nacional de Teatro Clássico Helena Pimenta, sublinharam o papel da escrita de Lídia Jorge na comunicação entre os dois países.

Direção Regional da Cultura do Algarve fala numa “das grandes vozes da literatura portuguesa”

Do Algarve surge um comunicado da diretora regional da cultura,

a Contemporaneidade, assumem-se como pequenos contributos para a História Local e Regional”. F. Pessanha explica que “se muitos [dos artigos] têm um carácter meramente infor-mativo e são destinados, sobretudo, ao público generalista, outros assu-mem um carácter mais científico e são resultantes de projetos de inves-tigação historiográfica desenvolvi-dos pelo autor no exercício das suas funções”. Seja como for, diz o autor que “o intuito da publicação passou pela partilha de uma informação que visa divulgar a riqueza histórico-cul-tural da região do Baixo Guadiana e dos Algarves que a rodeiam; uma região que prima não somente pelo belíssimo património natural que a envolve, como também pela singula-ridade de um património cultural que deve, indiscutivelmente, ser enten-dido como garboso motivo de orgulho para os seus conterrâneos.”

definem-se, formalmente, tanto em termos de presença como de ausên-cia. Como índex de algo perdido, eles incorporam o poder do todo ausente, presentificam-no. Enquanto vestígios, são reverberadores da forma como o passado persiste no presente”, refere, por sua vez, a artista. Num percurso entre milénios, que parte de uma atra-ção pelas origens, a artista faz uma conexão entre os processos criativos dos objetos cerâmicos mais “arcaicos” ou remotos e a criação contemporâ-nea. As suas esculturas evocam a arte e a cultura de outros lugares e de

outros tempos, algo que desperta os ecos de uma terra antiga.

Sara Navarro, doutorada em Belas-Artes Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, desenvolve a sua atividade entre o ensino, a investigação e a prática artística. Desde 2005, é professora assistente do Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, em Portimão. Atualmente desen-volve dinâmicas de trabalho ligadas à relação entre Arte e Ciência no âmbito do seu trabalho no Centro de Ciência Viva de Lagos.

Anabela Gonçalves, em que se pode ler que “Lídia Jorge é sem dúvida uma das grandes vozes da literatura portuguesa, um dos expoentes máximos da presença viva da cultura em terras algarvias e a maior escritora em actividade na região. Por tudo isto, e em nome da Cultura do Algarve, dirigimos-lhe esta demonstração de apreço e um especial agradecimento, pelo seu contributo excepcional em prol da afirmação da cultura e da arte da nossa região”.Recorde-se que o Prémio Luso-Espanhol de Arte Cultura bia-nual foi criado em 2006 pelas duas tutelas para premiar a obra de um artista na área da arte e cultura que tenha contribuído para melhorar a comunicação e cooperação cultu-ral entre Portugal e Espanha, refor-çando os laços entre os dois países. A distinção tem um valor pecuniário de 75 mil euros. Escritora algarvia distinguida por Portugal e Espanha

Livro foi apresentado pelo editor, Vítor Cardeira e pelo presidente da Liga dos Amigos do Mestre Manuel Cabanas, João Caldeira Romão . À direita, Fernando Pessanha lembrou riqueza cultural e patrimonial do Baixo Guadiana

A obra de Sara Navarro percorre vestígios arqueológicos de sociedades “extintas ou enigmáticas”

João Conceição

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CULTURA&AGENDA

Calendário tem uma componente artística que está evidenciada ao longo dos 12 meses de 2015

Farol de Vila Real de Santo António

Visitas a faróis são gratuitas e VRSA

está no mapa

Calendário ADRIP reverte para o «Museu da Ria» Os Faróis da Costa Portuguesa estão no segui-

mento da celebração do Dia Nacional do Mar de portas abertas ao público. As visitas guiadas são realizadas pelos próprios faroleiros, todas as quartas-feiras, em 30 faróis distribuídos pela costa de Portugal Continental e dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.As visitas decorrem num horário predefinido (entre as 14 e as 17h), não sendo necessário efectuar nenhuma marcação prévia. Os visitan-tes terão a oportunidade de conhecer os edifícios por dentro, obter informações sobre a História e explicações do funcionamento técnico dos faróis, dadas pelos faroleiros residentes.O farol de Vila Real de Santo António está no mapa desta iniciativa que envolve ainda os faróis do Cabo de São Vicente, Aveiro, Cabo Mondego, Penedo da Saudade, Cabo Carvoeiro, Berlenga, Cabo da Roca, Cabo Espichel, Sines e Cabo Sardão, entre muitos outros.A manutenção e gestão da rede de faróis em Portugal está entregues à Marinha Portuguesa desde o final do século XIX, sendo que com-pete à Direcção Geral de Autoridade Marítima instalar e manter os faróis e farolins ao longo da costa. Para mais informações sobre esta ini-ciativa consulte o portal da Marinha em www.marinha.pt.

A ADRIP com um grupo de amigos resol-veu editar pelo segundo ano consecu-tivo um calendário. Um espaço que nos permite seguir interruptamente os dias, mas também acompanhar a capacidade artística de um conjunto de pessoas que se juntou para angariar fundos para o projeto local «Museu da Ria».“Porque a amizade fortalece-nos, a venda, reverterá para o projecto Museu Aberto da Ria e tem um custo de 5€”, conta-nos Fátima Afonso mentora do projeto. O calendário pode ser enco-mendado através do email: [email protected] Técnica:Fotos de Agostinho Gomes Cátia Vera e Jorge AraújoEdição de fotografia – Jorge AraújoImpressão – Editora Guadiana Lda.Participantes - António Vicente, Ana Marques, Agostinho Gomes, Cátia Vera, Fatinha Afonso, Jorge Araújo, Luísa Soares Teixeira, Manuel Santos, Paula Mendes, Pedro Faria Bravo e Pedro Jubilot

A G E N D A

De segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 16h30Casa dos Condes

Exposição de Presépios «Artes da Aldeia»Data: Até 10 de janeiroLocal: Sede da Associação Grito D´Alegria

Exposição Itinerante - PROFORBIOMED, 15 e 16 de janeiro De segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 16h30Organização: INUAF, Município de Alcoutim e Associação Cumeadas

Tertúlia – Apresentação da Obra «A Rádio em Portugal - sempre no Ar sempre consigo»Conta com as presenças do autor, Rogério Santos, do editor Fernando Mão de Ferro e apresentação a cargo do professor e jornalista, Doutor Adelino Gomes. Data: 23 de janeiro Hora: 21h00 Local: Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim)Organização: Município de Alcoutim

Castro Marim

Janeiro| Exposição “Fragmento” de Sara NavarroIgreja do Castelo de Castro Marim 09h00 - 17h00

Janeiro| Exposição “Histórias de Sal”Casa do Sal – Castro Marim 10h00 - 18h00 (encerramento para almoço entre as 13h00 e as 14h00)

13 | Concerto de Natal com a “Orquestra Clássica do Sul” Local: Igreja Matriz de Altura - 21h00

25 de janeiro | Marcha Passeio Sede do Campesino Recreativo Futebol Clube - 10h00

21 | Almoço de Natal de Séniores Local: a definir/ Hora: a definir28 | 2º Trail Urbano Entre Muralhas Castro Marim - 10h00

VRSA

Exposição «Cerâmicas Islâmicas de Cacela Velha»9 > 30 de janeiro 9h30 > 13h00 | 14h00 > 16h45Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes

II Jornadas de História do Baixo Guadiana23 janeiro9h30 > 16h30Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes

Apresentação do livro «Blog Livro - para contar e descrever…»De António Cabrita, apresentação a cargo de José Estevão Cruz e Pedro Tavares22 janeiro - 18h00Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Workshop de Gestão do Tempo por Ana Rosa

24 janeiro 09h30 > 12h30 | 14h00 > 17h00Biblioteca Municipal Vicente Campinas Valor: 25€ por participanteInscrições: [email protected] | 96371694

Música para Bebés e Crianças*pelo músico Ricardo Silva 31 janeiro 1ª Sessão às 15h30 > 0 aos 2 anos 2ª Sessão às 17h00 > 3 aos 5 anos Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA - Informações e inscrições: 281 510 050 | [email protected] por criança: 5€

Tertúlia no Baixo GuadianaTema: Associativismo Juvenil16 janeiro - 17h30Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Campeonato Regional de Inverno de AtletismoJuvenis, Juniores e Seniores10 de janeiro - 14h30 > 18h00Complexo Desportivo de VRSA

Torneio de Pista Coberta de Atle-tismoTodos os escalões17 de janeiro - 14h30 > 18h00Complexo Desportivo de VRSA

2ª Prova de Apuramento Regional de Vela Ligeira 2014/201517 e 18 janeiro - 17 > 13h00 e 18 > 11h00 - Baía de Monte Gordo

Marcha/passeio distrital – Saída a Pechão25 janeiro - 8h15 - Complexo Despor-tivo VRSA

Alcoutim

Mercado do Pereiro25 de janeiroLargo da Igreja - Pereiro

Serão da Minha Avó 3 de janeiro - 21h30Sede da Associação dos Amigos de Farelos e Clarines

Cantar das Janeiras9 de janeiroVila de Alcoutim

Cantar das Janeiras10 e 11 de janeiroMartim Longo

Visita CulturalData: (a definir)Local: (a definir)Organização: Clube Desportivo de Vaqueiros

Campeonato distrital de futsal – Benjamins e Juniores masculinosoutubro a maioPavilhão José Rosa Pereira – Martim Longo

Torneio de Sueca 17 de janeiro - 15h00Sede do Grupo Desportivo de Alcoutim – Centro Náutico

Marcha – Corrida18 de janeiro - 10h00Pereiro

I Torneio de Karaté24 de janeiroPavilhão Desportivo Municipal | Martim Longo

Exposição «Memórias da Telefonia»6 a 30 de janeiro

POR CÁ ACONTECE

Exposição Fotográfica do 2º Con-curso de Fotografia Desportiva da Eurocidade do Guadianaaté 18 janeiro - segunda a sexta - 9h00 > 14h00 | 16h30 > 21h30sábado - 9h30 > 14h30Centro Cultural Casa Grande | Aya-monte

Casting para espetáculos de Teatro pela Companhia de Teatro Fech’Ópanoaté 20 janeiroInscrições: 967767515 | [email protected]

Exposição de Filatelia «Comemora-ções dos 125 anos dos Bombeiros Voluntários de VRSA»Emissão do selo carimbo e postal12 > 24 janeiro10h00 > 13h00 | 15h00 > 17h00Sede Bombeiros Voluntários | VRSA

Musical Infantil «A Casa de Cho-colate»II Acto - 31 janeiro - 21h30 - Centro Cul-tural António Aleixo | VRSA

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 21

CULTURA

Delegada Regional da Associação Portuguesa de Museologia distinguida por valorizar Nordeste Algarvio

Reeditado o livro de António Custódio Machado «Onde o Guadiana Acaba»

«Onde o Guadiana Acaba» é um livro de poesia que saiu “da pena satírica e do talento” de António Custódio Machado

Maria Luísa Francisco no discurso de agradecimento durante a Cerimónia de Entrega dos Prémios Museologia APOM 2014

A primeira edição do Encontro Trans-fronteiriço de Profissionais de Museus decorreu em Alcoutim em 2012. Maria Luísa Francisco enquanto Delegada Regional da Associação Portuguesa de Museologia empenhou-se para que o primeiro encontro se realizasse em Alcoutim. Em 2014 o III Encontro decorreu em Huelva em parceria com a Associação de Museólogos e Museó-grafos da Andaluzia.

A 24 e 25 de Outubro de 2014 o III Encontro Transfronteiriço de Profissio-nais de Museus contou na Sessão de Abertura com a presença de Alexandra Gonçalves - Directora Regional de Cul-tura do Algarve, Pablo Guisande Santa-maría - Director do Museu de Huelva e Maria Luísa Francisco - Delegada Regional da Museologia (Associação Portuguesa de Museologia).

Foram vários os especialistas portu-gueses e espanhóis que fizeram inter-venções tendo o evento terminado com uma visita ao antigo porto histórico de Palos, de onde saiu Cristóvão Colombo. Houve ainda uma visita guiada à Igreja de S. Jorge e à Casa-Museu Martin Alonso Pinzón.

Alguns locais da visita, com a qual terminou o Encontro, apresentam uma série de dificuldades em termos

No dia 4 de dezembro de 2014, a pedido de muitos amigos, António Custódio Machado, bancário e comerciante reapresentou o seu livro de poemas, «Onde o Guadiana acaba».

Saído da pena satírica e do talento deste vilarealense o livro que teve basta também o espírito daqueles estilos, onde o autor, aqui cito a Wikipédia — “se mofa dos ridículos e das ações das personagens que aborda, em termos diretos e até achincalhantes e noutras recorre ao duplo sentido e à ambiguidade” — e pratica a utilização da sonori-dade da palavra e da rima, com um requintado estilo de humor, que identifico mais como inspirado no humor dos vizinhos espanhóis.

António Machado leu muito Luís de Camões, Bocage, Antero de Quental e é um prático do soneto. Mas também leu, recitou e repre-sentou António Aleixo nos palcos, desde o Cine-Foz, ao Glória e ao Centro Cultural.

Das lições destes clássicos tirou bom proveito e podemos apreciar tal herança nos poemas deste livro que se recomenda.

As parecenças que nos aludem às cantigas de escárnio e maldizer plasmam-se na crítica, saudável, agradável, refinada, inteligente e alegórica, nos temas locais e na caracterização das personagens popu-lares que preenchem o livro.

A poetisa Lolita Ramirez, infelizmente já falecida, pedia-lhe mais, por ocasião do lançamento deste livro e chamava a atenção para, passo a citar — «a coletânea de figuras típicas da nossa gente, que pairam no acaso do tempo, são, na verdade, retratos físicos com traços psicológicos bem vincados que em seus versos guarda» — fim de citação.

Hugo Cavaco e João Romão, escreveram na contracapa e José Lança, que fez o prefácio afirmou, cito: — «é o sentir de um vila-realense genuíno, que nas palavras e nas rimas exalta os valores autênticos da terra, caracteriza o seu povo e reflete sobre a sua vida».

de acessibilidade física, daí a escolha, precisamente para reflectir sobre o tema da acessibilidade.

Em 2015 o Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus decorrerá em Castro Marim, em Outubro de 2015 com o tema: “Castelos e outros patri-

mónios: É possível torná-los acessíveis a todos?”

Entrega de prémios no Museu da Farmácia

A 12 de Dezembro de 2014 reali-zou-se a Cerimónia de entrega de Pré-mios de Museologia pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM) no Museu da Farmácia em Lisboa onde estiveram cerca de 250 pessoas e com a presença do Vice-Presidente

da Assembleia da República.As duas pessoas premiadas no

Algarve foram Alexandra Gonçalves com o Prémio Estudo sobre Museo-logia pela sua Tese Doutoramento “ A Cultura Material, a Museolização e o

Turismo”. A outra pessoa foi Maria Luísa

Francisco com o Prémio Inovação e Criatividade (Menção Honrosa) por ter desenvolvido um conjunto de Sessões de Revitalização do Núcleo Museológico de Santa Justa (antiga Escola Primária) no concelho de Alcoutim, no âmbito do Projecto que em 2013 coordenou com o Prof. António Covas em parceria com a Universidade do Algarve, o IEFP, a Associação Alcance (Alcoutim) e a Câmara Municipal de Alcoutim.

Alexandra Gonçalves por estar ausente do país, na qualidade de Directora Regional de Cultura do Algarve, fez-se representar por um familiar, por sua vez Maria Luísa Francisco agradeceu em nome de todos os que participaram nas Ses-sões de Revitalização em particular aos idosos do Monte de Santa Justa a quem dedicou o Prémio.

Maria Luísa Francisco, investiga-dora na área da Sociologia Rural comprometeu-se enquanto Dele-gada Regional da Associação Por-tuguesa de Museologia continuar a desenvolver actividades de valo-rização dos espaços museológicos no interior Algarvio.

Encontro Transfronteiriço de Profissionais de Museus iniciado em Alcoutim vai na 3ª edição e dinamização do Núcleo Museológico de Santa Justa foi premiado a nível nacional

José Cruz

O castelo medieval de Ayamonte

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Quem hoje observa o monte onde foi construído o Parador de Ayamonte não adivinha que ali existiu, em tempos, um castelo medieval. Mas quando foi este edificado? E a que período remonta?

O também designado Castillo de Nuestra Señora de los Favores terá sido reedificado no século XIII, durante a conquista cristã do sul da Península Ibérica. Dizemos “reedificado” porque é muito provável que ali tivesse existido uma fortificação anterior, nomeadamente, durante o domínio islâmico no al-Andaluz. Recordamos que com o declínio do califado de Córdova e a ascensão dos primeiros reinos taifas, o Guadiana conheceu, pela primeira vez, o seu papel como linha de fronteira natural; isto é, a linha de fronteira entre a taifa de Huelva, fundada por Abd al-Aziz al-Bakri, e a taifa de Faro, onde a população moçárabe era tão importante que mudou o nome da cidade para Santa Maria. Aliás, são conhecidas outras fortificações islâmicas no Baixo Guadiana durante o período emiral-califal e durante nas primeiras taifas, tal como o Castelo das Relíquias ou o Castelo Velho de Alcoutim. Por outro lado, a conquista de Ayamonte por D. Sancho II de Portugal, em 1238, deixa antever a existência de alguma fortificação indispensável à defesa da localidade. As referências mais antigas ao castelo de Ayamonte aparecem nas fontes portuguesas. Primeiro é D. Sancho II que doa o castelo (e o de Cacela) à Ordem de Santiago, em 1240. Depois esta doação aparece confirmada pelo papa Inocêncio IV, em 1246 e, em 1255, é a vez de D. Afonso III confirmar a mesma doação. Outra fonte de grande interesse é a cantiga nº 273 das Cantigas de Santa Maria, da autoria de Afonso X de Castela, o Sábio. A cantiga descreve um milagre que se terá dado na capela do castelo, o que pode indicar a existência de um recinto amuralhado anterior à data de produção deste texto. Com o tratado de Badajoz, de 1267, o castelo de Ayamonte passa a fazer parte integrante do reino de Castela e, em 1287, foi adquirido por Alonzo Pérez de Guzmán, o fundador da casa de Medina Sidónia. Com a União Ibérica, entre 1580 e 1640, o castelo perdeu o seu valor estratégico, porém, com o rebentar da Guerra da Restauração, houve a necessidade de reforçar as suas defesas, tendo sido nesta altura que foi construído o Hornabeque del Socorro, a fortificação avançada. Mais tarde, o terramoto de 1755 – conhecido em Espanha como o Terramoto de Lisboa – veio a danificar seriamente o castelo, tendo mesmo chegado a morrer um dos soldados da guarnição durante a derrocada. Este chegou ao séc. XX completamente arruinado, até que em 1964 foi demolido para a construção do Parador Nacional de Turismo de Ayamonte. Para a história ficou o Castillo de Nuestra Señora de los Favores, um monumento que, se ainda existisse, seria motivo de orgulho para os ayamontinos e um local de grande interesse para os aficionados do turismo cultural.

Fernando PessanhaHistoriador

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22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2015

PASSATEMPOS&LAZER

Há tanto – e por tantos - esperado, está finalmente em vigor o pro-cedimento de registo automóvel que permite ao vendedor de um veí-culo, autonomamente, deixar de figurar como seu proprietário após a celebração do negócio.

Assim, sendo parte de um contrato verbal, e cumprindo as forma-lidades exigidas, o vendedor pode proceder a essa actualização, que até aqui estava dependente da colaboração do comprador.

O pedido pode ser feito depois de volvidos 60 dias a contar da data da venda e deve entregue nas Conservatórias do Registo Automóvel, no Instituto dos Registos e Notariado ou no Instituto da Mobilidade e dos Transportes, ou apresentado online.

Ao requerimento deve ser junto o comprovativo de venda. Não sendo detentor desse documento, o ex-proprietário pode igualmente submetê-lo mediante declaração sua. O seu custo varia entre os €75,00 e os €40,00, consoante o modo de apresentação e a data do contrato.

Considerando-se existirem dados suficientes para identificar o comprador, a Conservatória notifica-o, para, querendo, se opor ao pedido, contestar as informações ou completar o que se tiver por conveniente. A decisão de registar o veículo em nome do compra-dor é do Conservador, sendo que em caso negativo, e não havendo recurso, pode ordenar apreensão do bem.

A falta de actualização do registo, seja por inércia ou má-fé do com-prador, leva a que as responsabilidades relativas à viatura continuem a ser do antigo dono, pelo que, por exemplo, este poderá continuar a suportar o imposto único de circulação ou taxas de portagens de um carro que já não é seu.

Embora seja com bons olhos que a DECO vê este novo procedi-mento, que parece anunciar-se como uma célere via para regularizar situações, considera despropositados os elevados valores associa-dos a esta faculdade, já que visa regularizar algo cuja responsabili-dade é do comprador.

Susana Correia

Carlos Brás

jurista

“Sou responsável pelo pagamento do imposto único de circulação de um carro

que vendi? ”

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

Quadratim - n.º127

Auto

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ão R

aim

undo

Jogo da Paciência n.º 133

«Museus de Portugal - II»

Portugal não progride nem dinamiza a economia e o bem estar dos portugueses com as decisões negativas e são muitas que os orgãos de soberania têm tomado como vendendo empresas e outro património que são pertença de todos os seus compatriotas e que fortalecem a soberania nacional. Não é a vender e não só que se estimula a economia, mas sim com investimento público e criando condições positivas e céleres de apoio ao investimento privado na criação de novas empresas e evitar o fluxo de emigração. Portugal precisa dos seus cérebros que vão beneficiar outros países. Os culpados somos todos que permitimos estas situações. Mas também não é com distúrbios ou greves que o País melhora, principalmente na área dos transportes aéreos, terrestres, fluviais ou marítimos. Estas greves só prejudicam empresas, principalmente hoteleiras, agências de viagens, a indústria e comércio local, regional e nacional, assim como os profissionais das mesmas, porque o truismo religioso, cultural, militar, urbano, rural e outras actividades podem melhorar, criando novos postos de trabalho e melhores condições para os existentes. Firmeza nos diálogos, fortes activos e constantes, convocando todos os cidadãos para a defesa de causas justas e benéficas para Portugal, sem desacatos ou ações prejudiciais aos próprios grevistas e às restantes actividades e seus profissionais. Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encontro de - NÃO ÀS GREVES, SIM AO DIÁLOGO, FORTE E ACTIVO.

Soluções Jogo da Paciência - n.º132

(Aphotographia) - Vicentes (Funchal)1. (Quinta das) Cruzes (Funchal)2. Etnográfico (da Madeira - Rib. Brava)3. Arte Sacra (Funchal)4. (Arte Contemporânea) São Tiago (Funchal)5. (Frederico de) Freitas (Funchal)6. (Casa) Colombo (Porto Santo)7. São Jorge (Calheta - Açores)8. (de) Santa Maria (Espírito Santo - Açores)9. (dos) Baleeiros (Lajes do Pico - Açores)10.

(da) Indústria (Baleeira - Lajes do Pico)11. (do) Vinho (Lajes do Pico)12. (da) Horta (Açores)13. (da ilha) Graciosa (Açores)14. (da ilha) Flores (Açores)15. Carlos Machado (Ponta Delgada - Açores)16. (de) Angra (Heroísmo - Açores)17. Michel (Giacometti - Setúbal)18. (Convento de) Jesus (Setúbal)19. (Pólvora) Negra (Barcarena - Oeiras)20.

Rotulagem Alimentar – Alergénios

Snow, é um dos gatos mais meigos que temos no gatil. Adora estar no nosso colo, e adora estar aconchegado nas nossas costas.

O Snow é um gato jovem adulto, e procura uma Família para a Vida

Contacto: [email protected]

Local: Canil/Gatil Intermunicipal de VRSA/Castro Marim

Para mais fotografias: http://associacaoguadi.blogspot.

pt/2014/12/snow.html

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900–283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e 927167755 (12:30 às 14:00)NIB - 0035 0234 0000 6692 13002

[email protected]/http://associacaoguadi.blogspot com FACEBOOK

GUADI

A 13 de Dezembro de 2014, entrou em vigor o novo Regulamento de Informação Alimentar (Regulamento nº1169/2011), com novas regras relativas à prestação de informação ao consu-midor.

Este regulamento estabelece a base para garantir um elevado nível de defesa do con-sumidor, no que se refere à informação sobre géneros alimentícios.

É fundamental que o consumidor ao comprar um produto alimentar, não seja induzido em erro. Para tal é essencial a informação forne -cida no rótulo.

Para além de informações como a composi-ção, informação nutricional, prazo de validade, peso, pais de origem… que já eram de carác-ter obrigatório, este regulamento vem introdu-zir também o tipo de alergénios que constam no produto alimentar. Esta informação é uma mais-valia, permitindo a quem adquire o pro -duto salvaguardar-se de possíveis reacções alérgicas derivadas de um ou mais ingredientes do alimento.

Uma boa prática é constatar sempre com a devida atenção, a informação contida nos rótu-los, assegurando assim, que o produto adqui-rido é realmente aquilo que pretendemos, evitando dissabores ao verificar mais tarde que o produto adquirido não era bem aquele que se pretendia.

Nota* Tome sempre em atenção as letras pequenas

Carlos BrásEng. Alimentar

Ideias a Conservar

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 23

PATRIMÓNIO&PSICOLOGIA

Em muitos lugares do Baixo Guadiana, sobretudo em meio rural, o início do novo ano era marcado pelas Janeiras, entoadas por grupos de janeireiros que can-tavam porta a porta, em troca de algumas chouriças, queijos, pão, mel, azeite, um copo de vinho ou doces da época, como filhós, bolinhóis, empanadilhas de bata-tada ou com doce de grão. Mesmo quem não queria canto ou reza, contribuía com algum dinheiro. Num tempo marcado pela escas-sez, muitos grupos saíam não só para cantar, mas também pela comida resultante do peditório. Na sua maioria, os grupos de janei-

ras eram constituídos exclusi-vamente por homens. Os mais novos não cantavam, mas cabia-lhes a tarefa de carregar com as sacas dos donativos. Esses eram conhecidos por mexilheiros.

Durante toda a noite, os janeireiros per-corriam as casas das suas terras, mas também as outras aldeias e montes em redor, sem deixar nenhuma para trás. Ao nascer do sol, ou quando os sacos transportados pelos mexilheiros esta-vam cheios, dividiam os donativos em partes iguais, sendo que uma parte se destinava ao petisco que marcava o convívio final, o qual durava enquanto houvesse comida.

Os janeireiros organiza-vam-se e ensaiavam previamente as rezas e cânticos alusivos à quadra. Nas noites de Natal, 31 de Dezembro e véspera do Dia de Reis, os cantadores jun-tavam-se, agasalhados com as

“Quer que cante ou que reze?” As Janeiras no Baixo Guadiana

RUBRICA DE PATRIMÓNIO

melhores roupas e previamente aquecidos com um medronho ou um figuinho – aguardente de figo –, e, munidos de lam-pião a petróleo ou iluminados pelo luar, iam bater à porta das

casas perguntando: “Quer que cante ou que reze?”. As rezas eram entoadas pelas almas dos defuntos da casa, entre elas a Oração das Almas, uma enco-mendação das almas, cantada por alguns grupos em jeito de diálogo. Os “cantares de presé-pio” eram entoados na véspera

do Natal, enquanto na véspera do Ano Novo e do Dia de Reis as temáticas das letras eram dedi-cadas ao Menino Jesus, aos Reis Magos ou a simples desejos de um Bom Ano. Certas letras

eram semelhantes a outras cantadas noutros pontos do Algarve, transmitidas entre as gentes, e através das gerações. Depois das can-ções de temática religiosa, desejavam prosperidade e saúde, atirando vivas e cha-cotas, que aqui surgem como louvor e enaltecimento das virtudes dos moradores. As chacotas eram ensaiadas ou improvisadas na hora por algum cantador mais dado ao repentismo. A todos os

membros da família era dedi-cada uma quadra, em especial às raparigas solteiras.

Para o acompanha-mento musical, quando o havia, utilizavam a gaita-de-beiços ou de cana, pandeireta, ferrinhos, castanholas, uma garrafa de vidro com dois garfos no inte-

rior e, mais recentemente, con-certina, viola ou guitarra.

Hoje, surgem alguns grupos que tentam revitalizar a tradição das Janeiras, que per-deram fulgor com a proibição de se fazer barulho a partir de certa hora.

Pedro PiresTécnico de Património Cultural |

Membro do CEPAC/UAlg (Centro de Estudos de Património,

Ambiente e Construção da Universidade do Algarve)

O papel do psicólogo nas escolas suscita muitas vezes dúvidas, tanto nos pais, como em alguns dos profissionais da área da educação, que não estão muito familiarizados com o traba-lho destes técnicos. Alguns mitos e conceções desatualizadas estão na base de muitas destas dúvidas e podem chegar a influenciar a acuidade da avaliação e eficácia da intervenção psicológica.

Para tornar mais claro qual o papel destes profissionais é importante começar por falar da legislação portuguesa, onde acompanhar o percurso escolar dos alunos surge como a sua principal função. Este acompanhamento consiste na intervenção pedagógica individua-lizada, em situações de dificuldade; no apoio aos alunos nas escolhas vocacionais e cons-trução do seu projeto de vida e na adequação das respostas educativas ás necessidades dos alunos.

Por norma o psicólogo educacional é visto como um profissional que intervém na área da saúde mental, em contexto escolar e na maioria das vezes nos casos de crianças com necessidades educativas especiais. Esta pode ser interpretada como uma visão redutora do seu trabalho, mas não deixa de ser uma parte importante das suas funções.

Nestes casos, o que pode o psicólogo fazer por estes alunos com necessidades educativas especiais? Poderá o psicólogo tratar estes “alunos-problema” e devolvê-los à sala de aula, “bem ajustados”?

Sem a escola e sem a família a resposta é “Não”. O psicólogo não é o portador de soluções mágicas e de receitas prontas a aplicar para resolver as dificuldades enfrentadas.

Para dar resposta às necessidades educativas de um deter-minado aluno é importante que, desde o início do acompa-nhamento, o psicólogo tenha mais em conta do que apenas o comportamento e as caraterísticas dos alunos em causa.

Desde logo, o autor do pedido de avaliação destes alunos - por norma a escola – tem um papel central em todo o pro-cesso que se irá desenvolver. Contudo, os encarregados de

educação dos alunos, por serem responsáveis pela criança e por definirem o seu contexto familiar, são também indissoci-áveis do processo inicial de avaliação.

Todos os elementos da vida do aluno são essenciais para a avaliação e para a eficácia da intervenção psicológica, pois os “alunos-problema” são apenas uma parte do problema e como tal, são também apenas uma parte da solução.

Esta forma de abordagem sistémica implica que, durante a avaliação, se procure a informação em todos os contextos em que a criança se insere e com todos os intervenientes. O

objetivo passa por determinar os fatores que dão origem e mantêm o problema e encontrar fatores facilitadores e recursos que possam fazer parte da solução.

Esta avaliação por vezes gera algum mau estar nos pro-fissionais e na família que podem considerar que as suas competências estão a ser colocadas em causa e que a sua privacidade está a ser invadida. Nestes casos pode acontecer que estes elementos respondam com alguma hostilidade ao profissional de psicologia ou então que escolham envolver-se o menos possível no processo de avaliação e intervenção.

Em parte, numa filosofia de coresponsabilidade pela inter-

venção terapêutica e pedagógica, é ao psicólogo que cabe inverter esta perspetiva desajustada que os intervenientes no processo possam ter.

O código ético profissional acautela esta situação na medida em que requer que o profissional de psicologia informe o seu cliente e obtenha deste o consentimento necessário para prosseguir o seu trabalho.

Tornar o conhecimento acerca destas questões mais acessível a todos é essencial para adequar as expetativas das pessoas à realidade do trabalho do psicólogo, aos seus objetivos e às suas

competências e princípios éticos. Os direitos que assistem os clientes dos serviços de psicologia em questões tão importantes como a confiden-cialidade, a privacidade e a informação, são uma condição sine qua non para a prática do psicólogo, desde logo para criar e manter uma relação de confiança com o cliente. O conheci-mento dos direitos e deveres, contemplados no código deontológico, é a forma de assegurar aos clientes que, a informação é sempre obtida pelos psicólogos não para invadir a sua privacidade mas para colmatar uma necessidade objetiva e

para servir os seus interesses (dos clientes). Estas são questões que, quando ficam por esclarecer, podem

bloquear o processo de avaliação e de intervenção e, sem esquecer que é ao psicólogo que cabe esclarecê-las, é impor-tante lembrar que um papel mais ativo das pessoas envol-vidas é um fator que pode ter uma influência determinante na promoção da eficácia da intervenção e na obtenção de melhores resultados que realmente se adequem aos interesses dos clientes.

O papel do Psicólogo nas Escolas

NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção Psicológica) – Adelaide Ruivinho, Ana Ximenes, Catarina Clemente, Dorisa Peres, Fabrí-cia Gonçalves, Inês Morais, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia

Cardoso. Colaboração: Jorge Hilário, Juliana Martins

www.facebook.com/[email protected]

“Poderá o psicólogo tratar estes “alunos-problema”

e devolvê-los à sala de aula, “bem ajustados”?

Sem a escola e sem a família a resposta é “Não”!”

“Esta noite quando vinha além abaixo

Disse logo ao meu parceiro

Esta casa cheira a fritos

E eu senti-lhes o cheiro”

Chacota,

João Manuel Ribeiro,

São Bartolomeu

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24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2015

EDITAIS

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRA

Nos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia dez de Dezembro de dois mil e catorze, de folhas vinte e quatro a folhas vinte e cinco, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta e três – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual:

ILDEFONSO GOMES FRANCISCO, NIF 138.062.730, natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim e mulher MARIA JOSÉ GONÇALVES, NIF 138.062.781, natural da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes no sítio de Fortes, Odeleite, Castro Marim, declararam:

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio urbano, composto por edifício térreo, com duas divisões, destinado a habitação, sito em Fortes, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, com a área de sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com José Pereira, do sul com António Dias, do nascente com Rua dos Montes dos Fortes e do poente com ribeira, inscrito na matriz sob o artigo 640, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de CINCO MIL SEISCENTOS E OITENTA EUROS.

Que adquiriram o prédio já no estado de casados, por lhes ter sido adjudicado por partilha amigável e verbal, nunca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados, na herança aberta por óbito do pai do justificante marido, Manuel Francisco, falecido no dia vinte e um de Outubro de mil novecentos e oitenta e cinco, no estado de viúvo de Rita Maria, residente que foi no mencionado sito dos Fortes.

Que desde esse ano possuem o prédio em nome próprio, usufruindo do mesmo, fazendo obras de beneficiação e reparação necessárias, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o prédio por usucapião.

Que este bem tem a natureza de bem comum do casal. Vai conforme o original.

Tavira, aos 10 de Dezembro de 2014A funcionária por delegação de poderes;

(Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1)Conta registada sob o nº. _______________ Factura nº. ______________

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e oito de Novembro de dois mil e catorze foi lavrada neste Cartório, de folhas oitenta e três a folhas oitenta e cinco do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:

Severino Gomes Francisco e mulher, Custódia Maria Dias Gonçalves, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residentes na Travessa 1º de Maio, n.º 9, no Monte Francisco, em Castro Marim, contribuintes fiscais números 100 170 129 e 103 046 747.

Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito na Horta de Baixo, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por terra com mato, cultura arvense, leitos de curso de água e oliveiras, com a área total de quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com António Sebastião Dias, a Sul com Maria Isabel Marta Alves, a Nascente com António Rosa Teixeira e a Poente com Ribeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na matriz sob o artigo 94, secção BZ, desconhecendo a sua proveniência matricial com o valor patrimonial tributável de 18,98 euros, igual ao atribuído.

Que o referido prédio entrou na posse dos justificantes, já no estado de casados, por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e sete, feita com os demais interessados, por óbito da mãe da justificante mulher, Maria Marta, casada que foi com Casimiro António sob o regime da comunhão geral de bens, e residente que foi no Monte dos Fortes, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando suas contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa que é exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 28 de Novembro de 2014.

A Colaboradora,

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no

portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 87/11 Factura / Recibo n.º 4635

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALCOUTIMA cargo da Adjunta de Notário

Lic. Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão

Certifico para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100 nº 1 do Código do Notariado que por escritura outorgada hoje, neste Cartório Notarial, a folhas cento e quarenta do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “trinta e três – D”, Rogério Lopes Guerreiro, NIF 170.227.928, natural da freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, e mulher, Maria da Conceição Costa, N.I.F. 138.093.946, natural da freguesia de São Sebastião dos Carros, concelho de Mértola, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, e residentes em Lutão de Cima, freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim declararam:

Que o outorgante marido é dono e legítimo possuidor com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, sitos na freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, a que atribui valores iguais aos patrimoniais:

a) Rústico, sito em Bilhalva, composto por amendoeiras, cultura arvense, leitos de curso de água e oliveiras, com a área de dois mil e oitenta metros quadrados, confronta do norte com Rogério Lopes Guerreiro e outro, do sul com linha de água, do nascente com José Lopes Guerreiro e poente com estrada, inscrito na respetiva matriz, em nome do ante possuidor António Rodrigues Martins, sob o artigo 34 da secção 021, com o valor patrimonial tributário de trezentos e três euros e trinta e seis cêntimos

b) Urbano, sito em Lutão, composto por edifício térreo, destinado a arrecadações e arrumos, com uma divisão, com a superfície coberta de vinte e um metros quadrados, confronta do norte com António da Palma, do sul e poente com via pública e nascente com António Lopes, inscrito na respetiva matriz em nome do ante possuidor António Pedro Rodrigues, sob o artigo 756, com o valor patrimonial tributário de setecentos e dez euros.

Que casou com a outorgante mulher acima identificada em vinte e três de junho do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, e os referidos prédios entraram na sua posse, ainda no estado civil de solteiro, maior, em data imprecisa no ano de mil novecentos e sessenta e quatro, por compras verbais, nunca reduzidas a escrito, feitas a António Rodrigues Martins e mulher Maria dos Anjos Viegas Gomes, casados que foram no regime da comunhão geral, residentes que foram na Rua Fr. Amador Arrais, nº 16, r/c, Beja, relativamente ao prédio identificado na alínea a) e a António Pedro Rodrigues e mulher Joaquina Martins Gregório, casados que foram no regime da comunhão geral e residentes que foram em Montes Altos, Mértola, relativamente ao identificado na alínea b), pelo que os indicados prédios têm a natureza de bens próprios do marido. E que sem qualquer interrupção no tempo, desde então, e portanto há mais de vinte anos, tem estado na posse e fruição dos citados imóveis, ininterruptamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, com a consciência de utilizar e fruir coisas exclusivamente suas, adquiridas dos anteriores proprietários, fazendo reparações e cuidando da manutenção do prédio urbano, fazendo sementeiras, plantações e culturas no prédio rústico, pagando contribuições e impostos, enfim, deles retirando todas os seus normais frutos, produtos e utilidades. Que em consequência de tal posse, em nome próprio, pacífica, pública, continua e de boa-fé, adquiriu os ditos prédios por usucapião, que expressamente invoca para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo. Está conforme o original.Cartório Notarial de Alcoutim, aos dezassete de dezembro de dois mil e catorze.A Adjunta do Notário, em substituição legal,

(Margarida Rosa Molarinho de Brito Simão)

Conta:Art.º 20.º n.º 4.5.......€ 23,00São: Vinte e três euros. Conta registada sob o n.º 53

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e oito de Novembro de dois mil e catorze foi lavrada neste Cartório, de folhas setenta e oito a folhas oitenta e dois verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número trinta - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:

Manuel António Joaquim e mulher, Maria Inácia Bento Joaquim, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, residentes no Sítio dos Bentos, Caixa Postal 766, Vaqueiros, Alcoutim, contribuintes fiscais números 166 496 537 e 182 068 021.

Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, localizados na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho:

UM - Prédio rústico sito no Pego do Boi, composto por terra de cultura arvense, oliveiras e amendoal, com a área total de dez mil setecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Custódia Dias Florêncio e António Marta Dias Gonçalves, a Sul com José Francisco e Estado Português, a Nascente com António Sebastião Dias e a Poente com Herdeiros de José Joaquim Mestre, inscrito na matriz sob o artigo 9, da secção BV, com o valor patrimonial tributável de 272,13 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

DOIS - Prédio rústico sito na Fonte da Zorra, composto por terra de amendoeiras, cultura arvense e mato, com a área total de vinte e seis mil duzentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Herdeiros de Mabília Rosa Gomes Gonçalves, a Sul com Manuel António Dias Gonçalves, a Nascente com Herdeiros de Patrocínio de Almeida, Herdeiros de Maria Claudina, Herdeiros de Manuel Marta e Herdeiros de Mabília Rosa Gomes Gonçalves e a Poente com José Custódio Pereira Teixeira, Florinda Maria Cipriano Teixeira Martins e Anabela Florêncio Dias, inscrito na matriz sob o artigo 268, da secção BZ, com o valor patrimonial tributável de 245,61 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

TRÊS - Prédio rústico sito na Barra, composto por terra de mato, cultura arvense e leitos de curso de água, com a área total de dez mil oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Alzinda Maria Marta, a Sul com António José Gomes Cavaco, Herdeiros de António Romeira Cavaco, Henriqueta de Ascensão Martins Afonso Rio, José Gomes e Maria Eliza, a Nascente com Manuel Francisco, Manuel Martins e Edgar Manuel Rodrigues e a Poente com Barranco, inscrito na matriz sob o artigo 41, da secção AM, com o valor patrimonial tributável de 47,21 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

QUATRO - Prédio rústico sito na Sobreira, composto por terra de amendoal, cultura arvense e amendoeiras, com a área total de dois mil oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel Tomás Rosa, a Sul com Custódio Belchior, a Nascente com Manuel Tomás Rosa e Cesaltina Madeira Martins e a Poente com António Castanho Mestre, inscrito na matriz sob o artigo 48, da secção DF, com o valor patrimonial tributável de 104,19 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

CINCO - Prédio rústico sito na Umbria Grande, composto por terra de cultura arvense e amendoal, com a área total de seis mil novecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Herdeiros de Manuel Marta, a Sul e a poente com Maria Isabel Marta Alves e a Nascente com José Francisco, inscrito na matriz sob o artigo 25, da secção CC, com o valor patrimonial tributável de 153,60 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

SEIS - Prédio rústico sito na Cerca Nova, composto por cultura arvense e citrinos, com a área total de quatrocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com caminho, a Sul com Luís Filipe Dias, a Nascente com Manuel António Rosa e a Poente com Claudina Rosa Gomes, inscrito na matriz sob o artigo 172, da secção BZ, com o valor patrimonial tributável de 29,45 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

SETE - Prédio rústico sito no Sítio da Eira, composto por terra de amendoeiras, cultura arvense e eira, com a área total de mil setecentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Anabela Florência Dias, a Sul com caminho, a Nascente com Manuel António Dias Gonçalves e a Poente com Manuel Marta, inscrito na matriz sob o artigo 179, da secção BZ, com o valor patrimonial tributável de 30,91 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

OITO - Prédio rústico sito na Fonte do Carcho, composto por terra de mato, cultura arvense, leitos de curso de água e amendoal, com a área total de três mil e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Ribeira, a Nascente com Edgar Manuel Rodrigues, a Sul com Custódia Dias Florêncio e a Poente com Herdeiros de Elisa Maria Pereira e Herdeiros de António Fernandes, inscrito na matriz sob o artigo 5, da secção BV, com o valor patrimonial tributável de 40,41 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

NOVE - Prédio rústico sito na Soalheira, composto por terra de cultura arvense, com a área total de oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Casimiro António, a Sul com Alzinda Maria Marta, a Nascente com Olívia Maria Gomes Rodrigues, Florinda Maria Cipriano Teixeira Martins e António Sebastião Marta e a Poente com António João Dias, inscrito na matriz sob o artigo 70, da secção BZ, com o valor patrimonial tributável de 6,32 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

DEZ - Prédio rústico sito na Horta de Baixo, composto por terra de cultura arvense, com a área total de novecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Francisco, Herdeiros de Francisco Afonso e Herdeiros Manuel Sebastião, Custódio Sebastião Rodrigues Pereira, Albertina Maria Rodrigues Pereira e António Rosa Teixeira, a Sul com caminho e Casimiro António, a Nascente com António Marta Dias Gonçalves e José Francisco e a Poente com Maria Isabel Marta Alves, inscrito na matriz sob o artigo 87, da secção BZ, com o valor patrimonial tributável de 7,78 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

ONZE - Prédio rústico sito na Horta de Cima, composto por terra de cultura arvense de sequeiro, leitos de curso de água e oliveiras, com a área total de mil duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Ribeira de Odeleite, a Sul com José Custódio Pereira Teixeira, a Nascente com Herdeiros de Alzira Isabel e a Poente com Luís Filipe Dias, inscrito na matriz sob o artigo 43, da secção BZ, com o valor patrimonial tributável de 106,14 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

DOZE - Prédio rústico sito na Relva Chã, composto por terra de amendoeiras e cultura arvense, com a área total de mil setecentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel Rodrigues Pereira, a Sul e Poente com José Francisco e a Nascente com António Gonçalves Rosa Nunes, inscrito na matriz sob o artigo 28, da secção CC, com o valor patrimonial tributável de 31,89 euros, desconhecendo a sua proveniência matricial.

Que atribuem aos referidos prédios os respectivos valores patrimoniais, calculados para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, pelo que somam os mesmos o valor global de mil e setenta e cinco euros e sessenta e quatro cêntimos.

Que os referidos prédios entraram na posse dos justificantes, já no estado de casados, por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta, feita com os demais interessados, por óbito da mãe do justificante marido, Maria Antónia casada que foi com Manuel António sob o regime da comunhão geral de bens, e residente que foi em Bentos, na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando suas contribuições e impostos, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa que é exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 28 de Novembro de 2014.

A Colaboradora,

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto

no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 83/11 Factura / Recibo n.º 4633

1 de janeiro de 2015Jornal do Baixo Guadiana

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 25

COLABORADORES

AS AVENTURAS AMOROSAS DO BARÃO DE SANTO ANTÃO

(Mais conhecido por barão de Montanelas)

Nos tempos de antigamente,pendurado ao seu brasão,

quando o mundo era diferente,viveu este figurão.

Neste reino que serviae até nas tortas vielas,toda a gente conhecia

o barão de Montanelas.

O mando da baroniaentregava à baronesae à aventura partia

irradiando esperteza.

Numa “Dona Elvira”o barão de Santo Antão,

viajou até Tavira,ao arraial do Gilão.

A esposa do sultão,junto às portas de Tavira,

aguardava o vaidosãoe para os seus braços se atira.

Quer o varão só p’ra elae, em seguida aquela “brasa”,logo ao pinga-amor se atrela

e leva-o consigo p’ra casa.

Malicioso, a sorrir,lá vai agarrado à dama;

mal tem tempo de se despire já estavam os dois na cama.

Vila Real de Santo António

Nobre Terra Vila RealFica ao Sul de Portugal

Cidade de Mar e RioDe uma paixão sem igual

O seu nome é imortalTem nobreza amor e brio.

Os Barcos dos Montes do RioDesciam à vela ao desafio

Também de Alcoutim e PomarãoSão saudades do passadoVila Real está lembrado

Dos tempos que já lá vão.

Os Barcos traziam o sal prateadoEm Castro Marim produzido e tratado

Distinguido com louvoresNo Navio era arrumadoA granel ou ensacado

Para as Ilhas dos Açores.

As Traineiras a pescarAs Fábricas a laborar

No Atum, Sardinha e BiqueirãoPessoas vindas da SerraTrabalhavam nesta TerraOnde ganhavam o pão.

Henrique Roberto

Estar preso, não aguenta,quer viver em liberdade;pelas costuras rebenta

e põe ao rubro a cidade.

A noite vai ser de arrasae entra no arraial;

a sultana fica em casa,quer fazer historial.

Há festa rija em Tavira,ardem foguetes no ar;

soltando gemidos, delira,a harpa na noite a chorar.

Entra o peralta na rodae vai trocando de par;

rodopia ao som da moda,eufórico, à luz do luar.

Seu nome vai defendernas conquistas amorosas;

e até ao amanhecernavega num mar de rosas.

Após saltar a fogueira,à meia noite, o pimpão,

foi passear com uma freira,pelas margens do Gilão.

Faz valer suas lisonjas,o barão das calças pardas,e vai dar música às monjas

no retiro das Bernardas.

Já na rua, o brincalhão,seduziu uma menina

e, apanharam um pifãona taberna da esquina.

Quando a tasca encerra as portas,sairam ambos de gatas,e àquelas horas mortas

foram acordar as beatas.

Adormecem abraçadossobre as pedras da calçada

e acordam enregelados,batidos pela nortada.

Novo dia é aguardadoe a moça parte a chorar;outro engate inesperadoestá livre para abraçar.

Na velha ponte romanarelíquia do rio Gilão,

aos beijos com uma cigana,foi apanhado o barão.

Desce ao jardim da ribeira,foi à procura de mais,

e faz a corte a uma peixeiraque se dirigia ao cais.

Não se sabe o resultadomas, esta ave de rapina,

quando ataca em vôo picadono centro do alvo atina.

Embrenha-se depois na matamas acaba por dar raia;

envolve-se com uma mulataque trajava mini-saia.

Já o sol se tinha postoquando apareceu sozinho;traz um sorriso no rosto

mas o fato em desalinho.

Vai adiar a partida,para a praia visitar

e, lá vai ele de seguidaaté à beira do mar.

Teve uma boa surpresalogo que chegou ali;

conheceu uma inglesametida num biquíni.

P’ra ficarem a cobertodo olhar dos “importunas”,estendem-se ali por perto,os dois, atrás das dunas.

Veio este nobre aprender,por aqui, a ser forreta;põe a baronesa a comeras refeições na gaveta.

Para a criadagem não ver,que a triste todos os dias,

está sempre do mesmo a comer,e assim faz economias.

A passos largos caminhaa hora de regressar;

e dá por si junto da linhaa ver os comboios passar.

Barão, que andas a fazeraqui pela Porta Nova?

Desanda,põe-te a mexer,que ainda apanhas uma sova.

Manuel Palma

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26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2015

DESPORTO

Workshop de Defesa Pessoal contra a violência doméstica em Castro Marim

Ginástica gratuita em Altura marca agenda desportiva

Passeio de cicloturismo ligou Portugal e Espanha

Torneio de Natal 2014 de Ténis

No âmbito da semana em que se assi-nalou o «Dia Internacional da Não violência Contra a Mulher», a Asso-ciação de Defesa Pessoal do Algarve em parceria com o Futebol Clube Leões do Sul, realizou no pavilhão municipal de Castro Marim um Workshop de Defesa Pessoal para mulheres. O evento contou com cerca de 60 mulheres, com o objec-tivo de adquirir algumas técnicas e táticas para a sua defesa em diversos contextos. “A todas as mulheres que estiveram presentes e demonstraram o seu interesse nesta nova aprendizagem, o nosso muito obrigado. Agradecemos

A iniciativa é da câmara municipal de Castro Marim e tem por nome «Põe-te em Forma». Surge como uma alternativa ao sedentarismo forçado devido à crise económica e está a ganhar muitos adeptos. A câmara municipal pretendeu fomentar o exercício físico gra-tuito de modo a fornecer este apoio social a quem mais precisa. “Tendo como pano de fundo a crise económica e social que o país atra-vessa, a ideia passou por garantir a gratuidade de aulas de ginástica à comunidade castromarinense, assente no princípio que a prática de exercício físico regular traz grandes benefícios à saúde física e mental, melhorando a qualidade de vida”, pode ler-se num comu-nicado da autarquia. Em Altura, as aulas decorrem todas as terças e quintas-feiras, na EB1, entre as 18h00 e as 19h00, e reúnem já mais de 30 participantes. “Estamos muito contentes com a adesão das pessoas, não havendo a obrigato-riedade de frequentar as aulas é muito bom ver que o grupo é assí-duo e gosta realmente de passar este tempo connosco”, refere o téc-

Como prometido é devido os amigos e Naturais de Castro Marim realizaram dia 27 de Dezem-bro o passeio internacional , desta vez ligando as localidades de Moura a Castro Marim por terras espanholas; tais como Rosal de la Frontera ,Paymoco, Villa Nueva de los Castilhejos, Villa-blanca, entre outras. Foram 150 quilómetros , acompanhados por mais duas equipas: Alturense e Santa Catarina de Fonte do Bispo num total de 21 ciclistas. “Mais do que triplicámos o número de participantes, culminando o convívio num frequentado restaurante da zona”, disse João Veia da organização ao JBG. Acrescentando que está “certo que cada vez são mais os ciclistas interes-sados neste tipo de passeios de longa distância o que muito nos agrada”, deixando especiais agradecimentos à junta de Freguesia de Castro Marim e Câmara Municipal “por todo o apoio que tornou este passeio possível”

O Torneio de Natal organizado pelo Clube de Ténis de Vila Real de Santo António decorreu a 13 e 14 de Dezembro. Esta prova incluiu os escalões de sub 12 e sub 16, tendo contado com um total de 49 participantes. Nesta prova esti-veram presentes os melhores tenistas regionais de grande nível e contou com cerca de 40 atletas masculinos e 9 femininos, entre os 10 e 16 anos de idade, divididos pelos seus escalões. No escalão de sub 12 Masculino venceu Diogo Telo (CT Faro) por 4/1 ; 4/0 ao jogador Tiago Pereira (Tavira RC). No escalão sub 12 Feminino venceu Claudia Triviño (CT Tavira) 4/0 ; 4/0 à jogadora Andresa Felix (Vilamoura TA). No escalão de sub 16 Masculino o jogador Tiago Francisco (CT Tavira) venceu por 6/7(5) 6/2 6/1 ao jogador Ricardo Chumbinho (CTVRSA). O Torneio decorreu com bastante entusiamo e contou com bastante afluência de público, sendo possível ver partidas muito equilibradas de ténis com jovens jogadores num torneio a contar para o ranking da Federação Portuguesa de Ténis.

ainda a todos os que apoiaram esta iniciativa, nomeadamente o Município de Castro Marim, APAV, lavandaria cal-deira e ao café Avenida de Vila Nova de Cacela”, frisa a organização.

Em declarações ao JBG João Pacheco, treinador da turma de defesa pessoal de Castro Marim lembrou que “são cada vez mais pessoas a aderir aos cursos de defesa pessoal e muitas mulheres”. O tema da violência domés-tica é para este responsável “urgente de abordar também nestas dinâmicas de defesa pessoal”, sendo que aqui o mais importante é a técnica e não a diferença de estatura e peso.

nico de Desporto da câmara municipal de Castro Marim, David Livramento.

A variedade e atualidade dos treinos também atraem muitos praticantes, realça David, referindo que as suas aulas vão desde os treinos de fitness aos treinos em circuito ou de força. A destacar a alargada faixa etária que as aulas abrangem, permitindo “um convívio entre gerações que, nor-malmente, não se proporciona neste contexto”. De acordo com a autarquia fazem parte do mesmo programa «Põe-te em Forma» as aulas em Castro Marim, às segundas e sextas-feiras, entre as 18h15 e as 19h15.

Mais uma época a começar, mais uma Volta ao Algarve a aproxi-mar-se.

Este ano e com todas as difi-culdades que assombram a prova, mais uma vez a mesma vai para a estrada, desta feita a 41ª edição e pelas mãos da Federação Portu-guesa de Ciclismo depois da desti-tuição e impugnação da Associação de Ciclismo do Algarve, devido às despesas acumuladas e insustenta-bilidade.

Esta que é a prova mais pres-tigiada do calendário de ciclismo português, trará mais um ano, às nossas estradas, as melhores equipa e ciclistas do mundo.

A 41.ª edição da Volta ao Algarve, está assim agendada para decorrer de 18 a 22 de fevereiro com cinco etapas que ligará Lagos a Vilamoura, num percurso que, segundo a Federação Portuguesa de Ciclismo, foi desenhado para “um ciclista completo”.

De acordo com o comunicado divulgado pela Federação Portu-guesa de Ciclismo esta edição terá no total 768,2 quilómetros a per-correr, começando com uma etapa de 168 quilómetros, entre Lagos e Albufeira, sem dificuldades de maior, o que tudo indica, a prever uma chegada ao sprint.

Segunda etapa (19 Fevereiro), ligará Lagoa a Monchique, num total de 192 quilómetros, com uma contagem de montanha (4,6 quiló-metros com 7,6 por cento de incli-nação média), a 5,8 quilómetros da meta, onde se começará a fazer as primeiras seleções de corredores, e onde começaremos a saber quem não ganhará a “Algarvia” .

Ao terceiro dia de competição o pelotão de classe mundial que estará presente nesta prova, vai ter um contrarrelógio individual de 18,2 quilómetros, com partida de Vila do Bispo e chegada ao Cabo de São Vicente.

Dia 21 de Fevereiro, será o dia de todas as decisões com a etapa rainha. Serão 212 os quilómetros a percorrer ligando Tavira à já mítica subida do alto do Malhão, subida de 2,6 quilómetros com inclinação média de 9,6 por cento. Subida esta que todos os anos conta com milhares de pessoas a assistir e por onde os ciclistas passarão uma pri-meira vez antes de a encarar como subida final para a meta.

A fechar esta edição da Volta ao Algarve estará uma etapa de 178 quilómetros que ligará Almodôvar a Vilamoura, etapa esta à imagem da primeira sem dificuldades mon-tanhosas.

Etapas Volta ao Algarve 2015:

-1.ª etapa (18 fevereiro): Lagos – Albufeira, 168 km -2.ª etapa (19 fevereiro): Lagoa – Monchique, 192 km -3.ª etapa (20 fevereiro): Vila do Bispo – Cabo de S. Vicente, 18,2 km (CRI) -4.ª etapa (21 fevereiro): Tavira – Malhão, 212 km -5.ª etapa (22 fevereiro): Almo-dôvar – Vilamoura, 178 k

Humberto Fernandes

Participaram neste workshop cerca de 60 mulheres

Esta prova inclui os escalões de sub 12 e sub 16

Passeio de cicloturismo foi organizado por amigos e naturais de Castro Marim

A adesão às aulas de ginástica gratuitas tem sido crescente na localidade de Altura

Volta ao Algarve vai trazer a “nata” do ciclismo às estradas algarvias

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2015 | 27

DESPORTO

Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António reconhecido como Centro de Alto de Rendimento

Luís Conceição é vice-campeão do mundo em Futsal

ANGuadiana fechou ano em vela com vitória

Equipa Team Casa Abílio Bike Shop / Núcleo Sportinguista VRSA vitoriosa em Huelva

«Idade de Ouro» arrebata concurso de dança em Sevilha

Com esta distinção, o Complexo Des-portivo de Vila Real de Santo António amplia ainda mais a sua notoriedade nacional e internacional e passa a constituir-se como uma instituição de excelência que agrega as valências de

O alcoutenejo Luís Conceição trouxe para o Baixo Guadiana o título de vice-campeão no V Torneio Mundial de Futsal Feminino, que decorreu na Costa Rica. O torneio terminou com o jogo final entre Brasil e Portugal, onde a seleção brasileira levou a melhor, gole-ando 4-3 a seleção das quinas.

No derradeiro encontro do Mundial que se disputou na Costa Rica, a for-mação orientada por Luís Conceição sagrou-se pela terceira vez vice-cam-peã da competição – Portugal já tinha perdido os derradeiros encontros dos Mundiais para a equipa “canarinha” nas edições de 2010 e 2012.

Entretanto, o município de Alcoutim já felicitou “a seleção por este louvável segundo lugar, aplaudindo a presta-ção de toda a equipa, técnicos e, em especial, a do selecionador nacional, Luís Conceição, pela sua magnífica estreia”.

A Associação Naval do Guadiana venceu em Juvenis e Infantis, respetivamente por Daniela Miranda e Luís Gonçalves, a 2ª prova do Campeonato do Algarve de Vela Ligeira 2014/2015, dis-putada no campo de regatas da Praia da Rocha, no fim-de-se-mana 13 e 14 de Dezembro.

A 3ª Prova do Campeonato do Algarve de Vela Ligeira 2014/2015 está agendada para os dias 14 e 15 de Março de 2015, em Albufeira.

Entretanto, a 17 e 18 de Janeiro vão ser disputadas as segundas provas de apuramento regional para as classes Optimist e Laser, em Vila Real de Santo António.

A equipa Team Casa Abílio Bike Shop / Núcleo Spor-tinguista VRSA foi vencedora em Huelva por equipas do Circuito Provincial de Huelva (xco), pelo segundo ano consecutivo. A nível individual registou-se um desempenho bastante positivo, com alguns atletas a terminarem entre os três primeiros lugares. De desta-car a vitória da Campeã Regional do Algarve de XCO, Beatriz Martins na categoria de Juniores Femininos. Em 2015 esta equipa promete levar um maior número de atletas a correr na classe de competição. A equipa continua a apostar na classe de escolas, formando não só atletas mas também futuros cidadãos. O trabalho desenvolvido ao longo destes anos, tem permitido dar uma maior visibilidade desportiva à equipa, o que tem sido muito positivo para os patrocinadores.

A academia de dança «Idade de Ouro», do ATL «O Teu Cantinho», arrecadou o primeiro lugar absoluto do concurso de Dança «Vive Tu Sueño». Foi um sonho tornado realidade. A proeza aconteceu com a coreografia «Sós» na categoria de «Contemporâneo Adulto», numa disputa que teve lugar a 7 de Dezembro em Marchena (Sevilla). O evento foi organizado pela Dancing Stars e celebrou este ano a sua 4ª edição no salão Municipal para a Cultura de Mar-chena, reunindo os mais de 70 grupos de Dança, finalistas que passaram nas elimi-natórias e semi-finais, ao longo do ano, em todas as oito províncias Andaluzas. O Concurso contou com a presença de cinco júris profissionais de dança, para avaliar cerca de 300 coreografias ao longo dos dois dias do evento, onde estiveram presentes mais de 2.500 espetadores por dia. A Companhia de Dança «A Idade de Ouro» participou na Final com cinco core-

ografias apuradas na semi-final, nas cate-gorias de Contemporâneo, Sapateado, Jazz e Estilo Livre. Fizeram parte os baila-rinos Janice Palma, Jessica Soares, Sara Querido, Sara Rosa, Raquel Vila Nova, Marta Salas, Jorge Estevão, Gonçalo Estevão, Inês Gomes, Mariana Santos, Matilde Vasques, Sofia Querido, Beatriz Sabino, Iris Calé e Marta Cavaco.

Joaquim Guedes, director do CATL

«A Idade de Ouro» agradeceu e felici-tou os alunos e professores daquela companhia de dança, sublinhando o “seu exemplar empenho, dedicação e alegria que transmitem na prática desta actividade”.

A rematar este responsável agradceu, igualmente, “o importante apoio da câmara municipal de Vila Real de Santo António”.

treino, investigação, medicina, psico-logia, fisioterapia e nutrição. A medida foi hoje formalizada em VRSA, na cerimónia pública de assinatura do acordo de parceria que visa a consti-tuição da nova Comissão de Gestão

Local do Centro de Alto Rendimento de VRSA, entidade que assegurará os mecanismos de financiamento, gestão e promoção desta estrutura desportiva. O protocolo teve como signatários o Município de Vila Real de Santo António, a VRSA - Socie-dade de Gestão Urbana, o Instituto Português do Desporto e Juventude, a Federação Portuguesa de Atletismo, a Federação de Triatlo de Portugal, a Federação Portuguesa de Natação, a Federação Portuguesa de Judo e a Federação Portuguesa de Futebol.Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, “pela primeira vez, em 20 anos, o Com-plexo Desportivo de VRSA recebe um claro apoio institucional do Governo para formar parcerias, promover o desporto ao mais alto nível e conti-nuar a sua estratégia de promoção

internacional”. Garantiu que vai ser aprofundada a especialização ao nível da medicina desportiva e prosseguir a complementaridade entre o desporto e a saúde. Também presente na cerimónia, Carlos Marta, presidente da Fundação do Desporto, organismo ao qual com-pete a coordenação dos Centros de Alto Rendimento nacionais, destacou as valências do Complexo Desportivo de VRSA e classificou-o como “um dos melhores do mundo na área do atletismo” e com “excelentes capaci-dades para atrair a receção de eventos e provas internacionais”.

Centros de Alto Rendimento

Os Centros de Alto Rendimento (CAR) são uma rede de infraestruturas des-

portivas com valências especializa-das e orientadas para a investigação, aperfeiçoamento e treino de pratican-tes de alto rendimento ou seleções nacionais e têm como objetivo pro-mover o desenvolvimento das várias modalidades desportivas segundo padrões de nível internacional. Procu-ram também atender às necessidades das federações desportivas, detetar e potenciar talentos desportivos, possi-bilitar estágios, avaliar, controlar e oti-mizar o treino, auxiliar a investigação científica e monitorizar resultados. A comissão de gestão local do CAR de VRSA tem ainda como missão celebrar protocolos com o setor empresarial, escolas, universidades e outras insti-tuições consideradas relevantes, em articulação com a Comissão Executiva de Gestão dos CAR e a Fundação do Desporto.

O Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António foi acreditado como um Centro de Alto Rendimento vocacionado para as modalidades de atletismo, natação, triatlo, judo e futebol.

Luís Gomes lembrou que “pela primeira vez, em 20 anos, o Complexo Desportivo de VRSA recebe um claro apoio institucional do Governo”

Pelo segundo ano consecutivo esta equipa foi vencedora em Huelva por equipas do Circuito Provincial de Huelva (xco)

Companhia de dança e direção de ATL «O Teu Cantinho»

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28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2015

Comece um novo ano mantendo os bons hábitos do ano anterior. Se ainda não se iniciou no processo da reciclagem saiba que nunca é tarde. Conheça à distância de um clique as novas tendências para reciclar, com maior facilidade no acesso às estruturas de depósito do material. Lembre-se que pode mudar o mundo.

É na antiga escola primária da aldeia do Pessegueiro, freguesia de Martinlongo, que está agora instalada a sede Associação de Profissionais de Figo da India Portugueses (APROFIP).

O edifício foi cedido gratuitamente através de contrato de como-dato celebrado em junho de 2014. A nova sede foi inaugurada após ser alvo de obras de melhoramento, comparticipadas pela autarquia que declara desenvolver “política de apoio e incentivo a instituições públicas, particulares e cooperativas que desenvolvam a sua atividade no município”.

A APROFIP é uma Associação de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída a 4 de abril de 2012, que tem como principal objetivo o apoio aos seus associados, no âmbito da implementação, manutenção, exploração da Figueira-da-Índia e produtos derivados. Trata-se de uma associação que, através do incentivo à produção agrícola, designada-mente com a participação em eventos e a realização de diversas ações de formação e workshops, e combate à agricultura rural de subsistência, tem contribuído para a dinamização social e económica do concelho bem como para a promoção de uma atividade pioneira a nível nacional.

Osvaldo Gonçalves, presidente da câmara municipal de Alcoutim, enalteceu o trabalho desta Associação no sentido de “promover, divulgar e valorizar a Figueira-da-Índia, até há pouco tempo olhada, pela genera-lidade dos Portugueses, como um elemento da flora pouco valorativo”, bem como “na dinamização do tecido agrícola e económico, ampliando as áreas de produção, o número de produtores, e a diversidade dos produtos desenvolvidos”.

O autarca mostrou-se inteiramente disponível para “estabelecer siner-gias com as instituições no sentido de concretizar iniciativas e projetos, de interesse público, que concorram para o fortalecimento do tecido económico e social da região”.

Cartoon ECOdica

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Associação de Profissionais de Figo da Índia Portugueses tem sede em Alcoutim

-DR