jaqueline santana de sousa barreto1, rosana pereira

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1 Discentes na Faculdade de Tecnologia de Araçatuba “Prof. Fernando Amaral de Almeida Prado” 2 Docentes na Faculdade de Tecnologia de Araçatuba “Prof. Fernando Amaral de Almeida Prado” [email protected] Introdução Desenvolvimento e resultados Conclusões Após o estudo realizado foi possível conhecer um pouco sobre o que são proteínas, algumas funções que elas desenvolvem, quantos níveis estruturais elas possuem e os tipos de ligações que realizam. Conhecemos também sobre as enzimas, o que são, como e por quem foram descobertas, sua função, seus níveis, a diferença entre holoenzimas, apoenzimas, cofatores e coenzimas e propriedades. Os conhecimentos teóricos adquiridos serão de grande importância para realização das aulas práticas do curso, pois obtivemos conhecimento sobre o papel das enzimas, e como são catalisadoras de reações, sendo assim de grande importância nos processos industriais e nas realizações de atividades práticas no laboratório. Dessa forma, o conhecimento detalhado do funcionamento das enzimas permite o uso das mesmas em processo biotecnológicos como produção de biocombustíveis. Referências CAMPBELL, M. K.; FARRELL, S. O.. Bioquímica. 5.ed. São Paulo: Thomson Learning. 2007. FERRIER, D. R.. Bioquímica ilustrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. MARZZOCO, A.; TORRES, B.B.. Bioquímica básica.3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. NELSON, D.L.; COX, M. M.. Bioquímica de bioquímica de Lehninger.6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. Jaqueline Santana de Sousa Barreto1, Rosana Pereira Barbosa de Souza 1, Carlos Henrique Rodrigues de Souza 1 , Osvaldino Brandão Junior 2 e Lucinda Giampietro Brandão 2 ENZIMAS: ESTRUTURA, COFATORES E COENZIMAS Boa parte da história da bioquímica é a história da pesquisa sobre enzimas. A catálise biológica data do final dos anos de 1700. A pesquisa continuou no século seguinte examinando a conversão do amido em açúcar pela saliva e por vários extratos de plantas. A partir da última parte do século XX, milhares de enzimas foram purificadas, suas estruturas elucidadas e seus mecanismos explicados(CAMPBELL e FARRELL, 2007; FERRIER, 2019; MARZZOCO e TORRES, 2011; NELSON e COX, 2014). O objetivo desse estudo é apresentar a estrutura, cofatores e coenzimas das enzimas proteicas. A metodologia foi básica, qualitativa, descritiva e por pesquisa bibliográfica. A catálise por enzimas é uma das funções das proteínas que possuem os níveis primário (polímero resultante de ligações peptídica entre aminoácido), secundário (resultante de pontes de hidrogênio entre o componentes das ligações peptídicas do polímero formado como hélice-α, folha-β, curvatura-β entre outros), terciário (resultante das interações covalentes e não covalentes entre as cadeia laterais dos aminoácidos de uma única cadeia polipeptídica) e até quaternário (resultante de interações não covalentes entre mais de uma cadeia polipeptídica). Exceto as moléculas de RNA catalíticas, todas as enzimas são proteínas. As enzimas como catalisadores que possuem a função de aumentar a velocidade de uma reação química e não serem consumidos durante a reação que catalisam. A atividade catalítica depende da integridade das suas conformações nativas. A catálise não afeta o equilíbrio da reação, qualquer reação envolvendo enzima e substrato(s), pode ser descrita por um diagrama de coordenadas , que representa a variação de energia durante a mesma. Algumas enzimas não necessitam de outros grupos químicos para agir, além dos seus próprios resíduos de aminoácidos. Outras necessitam de um componente químico adicional denominado cofator (Tabela 1, Figuras 1 e 2) , que pode ser um ou mais íons inorgânicos como Fe 2+ , Mg 2+ , Mn 2+ , ou Zn 2+ ou uma molécula orgânica ou metalorgânica complexa, denominada coenzima (Tabelas 2, 3 e 4; Figuras 3, 4, 5, 6 e 7) . As coenzimas agem como carreadores transitórios de grupos funcionais específicos e a maioria deles é derivada das vitaminas, nutrientes orgânicos cuja presença na dieta é necessária em pequenas quantidades como NAD (origem niacina) (Figura 3) e FAD (origem vitamina B 2 ) (figura 4). Algumas enzimas necessitam tanto de uma coenzima quanto de um ou mais íons metálicos para terem atividade (Figura 8). O grupo prostético é um íon metálico ou uma coenzima que se ligue muito firmemente, ou mesmo covalentemente, a uma enzima. Uma holoenzima é uma enzima completa, cataliticamente ativa junto com íons metálicos e /ou sua coenzima A apoenzima ou apoproteína é parte proteica de uma dessas enzimas. Finalmente, algumas enzimas são modificadas covalentemente por fosforilação, glicosilação e outros processos. As enzimas estão localizadas no citosol, núcelio, mitocôndria, lisossomas, citosol entre outros(CAMPBELL e FARRELL, 2007; FERRIER, 2019; MARZZOCO e TORRES, 2011; NELSON e COX, 2014). Fonte: Adaptado de NELSON e COX, 2014, p. 534. Fonte: Adaptado de NELSON e COX, 2014, p 190. Fonte: Adaptado de NELSON e COX, 2014, p 191 . Fonte: Adaptado de NELSON e COX, 2014, p. 534. Figura 3 Estrutura da Nicotinamida Adeninda dinucleotídeo (NAD). Fonte: NELSON e COX, 2014, p. 307. Figura 4. Estrutura da Flavina Adeninda Dinucleotídeo (FAD). Fonte: NELSON e COX, 2014, p. 307. Figura 5. Formas oxidadas e reduzidas da Flavina Mononuceotídeo (FMN) e Flavina Adeninda dinucleotídeo (FAD) . Fonte: NELSON e COX, 2014, p. 536. Figura 1. Reação coma a enzima hexocinase em humanos ( irreversível) e em leveduras (reversível, usando Mg 2+ como cofator.. Fonte: NELSON e COX, 2014, p. 219 e 548. Figura 2. Estrutura da ribulose-1,5-bifosfato- carboxilase (rubisco) detalhamneto. (Esquerda) Modelo de fita da forma II da rubisco da bactéria Rhodospirillum rubrum. As subunidades estão em cinza e azul. (Diretia) Papel central do Mg 2+ no mecanismo catalítico da rubisco presente no clorplasto do espinafre. Mg 2+ está coordenado em um complexo aproximadamente octaédrico com 6 átomos de O 2 : um com Lys201 no carbamato; 2 no grupo carboxila Glu 204 e Asp 203 ; 2 em C-2 e C-3 (usbstrato ribulose-1,5-bifosfato) Os resíduos numerados se referem à enzima do espinafre. Fonte: NELSON e COX, 2014, p. 802 e 803. Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Figura 6. Reação catalizada pela lactato- desidrogenase com a utilização da coenzima NADH+H + Fonte: NELSON e COX, 2014, p. 540. Figura 7. Piridoxal-fosfato (PLP), o grupo prostético (coenzima) das aminotransferases. O PLP (em vermelho) ligado a um dos dois sítios ativos da enzimadimérica aspartato-aminotransferase, uma aminotransferase típica. Fonte: NELSON e COX, 2014, p. 637. Figura 8. Reações da piruvato- descarboxilase utilizando cofator Mg2+ e coenzima TPP (Tiamina Pirofosfato) e pela álcool desidrogenase com a utilização da coenzima NADH+H + Fonte: NELSON e COX, 2014, p. 565.

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Page 1: Jaqueline Santana de Sousa Barreto1, Rosana Pereira

1Discentes na Faculdade de Tecnologia de Araçatuba “Prof. Fernando Amaral de Almeida Prado” 2Docentes na Faculdade de Tecnologia de Araçatuba “Prof. Fernando Amaral de Almeida Prado”

[email protected]

Introdução

Desenvolvimento e resultados

Conclusões Após o estudo realizado foi possível conhecer um pouco sobre o que são proteínas, algumas funções que elas desenvolvem, quantos níveis estruturais elas possuem e os tipos de ligações que realizam. Conhecemos também sobre as enzimas, o que são, como e por quem foram descobertas, sua função, seus níveis, a diferença entre holoenzimas, apoenzimas, cofatores e coenzimas e propriedades. Os conhecimentos teóricos adquiridos serão de grande importância para realização das aulas práticas do curso, pois obtivemos conhecimento sobre o papel das enzimas, e como são catalisadoras de reações, sendo assim de grande importância nos processos industriais e nas realizações de atividades práticas no laboratório. Dessaforma,oconhecimentodetalhadodofuncionamentodasenzimaspermiteousodasmesmasemprocessobiotecnológicoscomoproduçãodebiocombustíveis.

Referências CAMPBELL,M.K.;FARRELL,S.O..Bioquímica.5.ed.SãoPaulo:ThomsonLearning.2007.FERRIER,D.R..Bioquímicailustrada.7.ed.PortoAlegre:Artmed,2019.MARZZOCO,A.;TORRES,B.B..Bioquímicabásica.3.ed.RiodeJaneiro:GuanabaraKoogan,2011.NELSON,D.L.;COX,M.M..BioquímicadebioquímicadeLehninger.6.ed.PortoAlegre:Artmed,2014.

Jaqueline Santana de Sousa Barreto1, Rosana Pereira Barbosa de Souza1, Carlos Henrique Rodrigues de Souza 1, Osvaldino Brandão Junior2 e Lucinda Giampietro Brandão2

ENZIMAS: ESTRUTURA, COFATORES E COENZIMAS

Boapartedahistóriadabioquímicaéahistóriadapesquisasobreenzimas.Acatálisebiológica data do final dos anos de 1700. A pesquisa continuou no século seguinteexaminando a conversão do amido em açúcar pela saliva e por vários extratos deplantas.ApartirdaúltimapartedoséculoXX,milharesdeenzimasforampurificadas,suasestruturaselucidadaseseusmecanismosexplicados(CAMPBELLeFARRELL,2007;FERRIER,2019;MARZZOCOeTORRES,2011;NELSONeCOX,2014).Oobjetivodesseestudo é apresentar a estrutura, cofatores e coenzimas das enzimas proteicas. Ametodologiafoibásica,qualitativa,descritivaeporpesquisabibliográfica.

Acatáliseporenzimaséumadasfunçõesdasproteínasquepossuemosníveisprimário(polímeroresultantedeligaçõespeptídicaentreaminoácido),secundário(resultantedepontes de hidrogênio entre o componentes das ligações peptídicas do polímeroformado como hélice-α, folha-β, curvatura-β entre outros), terciário (resultante dasinterações covalentes e não covalentes entre as cadeia laterais dos aminoácidos deuma única cadeia polipeptídica) e até quaternário (resultante de interações nãocovalentes entre mais de uma cadeia polipeptídica). Exceto as moléculas de RNAcatalíticas, todas as enzimas são proteínas. As enzimas como catalisadores quepossuem a função de aumentar a velocidade de uma reação química e não seremconsumidos durante a reação que catalisam. A atividade catalítica depende daintegridadedassuasconformaçõesnativas.Acatálisenãoafetaoequilíbriodareação,qualquerreaçãoenvolvendoenzimaesubstrato(s),podeserdescritaporumdiagramade coordenadas , que representa a variação de energia durante a mesma. Algumasenzimasnãonecessitamdeoutrosgruposquímicosparaagir,alémdosseusprópriosresíduos de aminoácidos. Outras necessitam de um componente químico adicionaldenominado cofator (Tabela 1, Figuras 1 e 2) , que pode ser um ou mais íonsinorgânicoscomoFe2+,Mg2+,Mn2+,ouZn2+ouumamoléculaorgânicaoumetalorgânicacomplexa,denominadacoenzima(Tabelas2,3e4;Figuras3,4,5,6e7).Ascoenzimasagemcomocarreadorestransitóriosdegruposfuncionaisespecíficoseamaioriadeleséderivadadasvitaminas,nutrientesorgânicoscujapresençanadietaénecessáriaempequenasquantidades comoNAD (origemniacina) (Figura3) e FAD (origemvitaminaB2) (figura4).Algumasenzimasnecessitamtantodeumacoenzimaquantodeumoumais íons metálicos para terem atividade (Figura 8). O grupo prostético é um íonmetálicoouumacoenzimaqueseliguemuitofirmemente,oumesmocovalentemente,aumaenzima.Umaholoenzimaéumaenzimacompleta,cataliticamenteativajuntocom íons metálicos e /ou sua coenzima A apoenzima ou apoproteína é parteproteica de uma dessas enzimas. Finalmente, algumas enzimas são modificadascovalentementeporfosforilação,glicosilaçãoeoutrosprocessos.Asenzimasestãolocalizadas no citosol, núcelio, mitocôndria, lisossomas, citosol entreoutros(CAMPBELL e FARRELL, 2007; FERRIER, 2019; MARZZOCO e TORRES, 2011;NELSONeCOX,2014).

Fonte:AdaptadodeNELSONeCOX,2014,p.534.

Fonte:AdaptadodeNELSONeCOX,2014,p190.

Fonte:AdaptadodeNELSONeCOX,2014,p191.

Fonte:AdaptadodeNELSONeCOX,2014,p.534.

Figura 3 Estrutura da NicotinamidaAdeninda dinucleotídeo (NAD). Fonte:NELSONeCOX,2014,p.307.

Figura 4. Estrutura da Flavina AdenindaDinucleotídeo (FAD). Fonte: NELSON eCOX,2014,p.307.

Figura5.Formasoxidadase reduzidas da FlavinaMononuceotídeo(FMN)eF l a v i n a A d e n i n d adinucleotídeo (FAD) .Fonte: NELSON e COX,2014,p.536.

Figura1.Reaçãocomaaenzimahexocinaseem humanos ( irreversível) e em leveduras(reversível, usando Mg2+como cofator..Fonte:NELSONeCOX,2014,p.219e548.

Figura2.Estruturadaribulose-1,5-bifosfato-carboxilase(rubisco)detalhamneto.(Esquerda)Modelodefitadaforma II da rubisco da bactériaRhodospirillum rubrum. As subunidades estão em cinza e azul. (Diretia) PapelcentraldoMg2+nomecanismocatalíticodarubiscopresentenoclorplastodoespinafre.Mg2+estácoordenadoemum complexo aproximadamente octaédrico com 6 átomos de O2: um com Lys201 no carbamato; 2 no grupocarboxilaGlu204eAsp203;2emC-2eC-3(usbstratoribulose-1,5-bifosfato)Osresíduosnumeradossereferemàenzimadoespinafre.Fonte:NELSONeCOX,2014,p.802e803.

Tabela1

Tabela2

Tabela3

Tabela4

Figura 6. Reação catalizada pela lactato-desidrogenase com a utilização da coenzimaNADH+H+Fonte:NELSONeCOX,2014,p.540.

Figura 7. Piridoxal-fosfato (PLP), o grupo prostético(coenzima) das aminotransferases. O PLP (em vermelho)ligado a um dos dois sítios ativos da enzimadiméricaaspartato-aminotransferase, uma aminotransferase típica.Fonte:NELSONeCOX,2014,p.637.

Figura 8. Reações da piruvato-descarboxilase utilizando cofator Mg2+e coenzima TPP (Tiamina Pirofosfato) epela álcool desidrogenase com autilizaçãodacoenzimaNADH+H+Fonte:NELSONeCOX,2014,p.565.