janeiro ube – união brasileira dos escritores março um · a união brasileira de escritores –...

UmanoDE GESTÃODURVAL DE NORONHA GOYOS JR. PRESTA CONTAS

ENTREVISTA

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JaneiroFevereiroMarço

UBE – União Brasileira dos Escritores

Acordo pioneiro com a China, possibilitando a tradução e a publicação de obras de cinco autores brasileiros em man-darim, escolhidos em votação aberta, foi uma das atividades de 2015.

União Brasileira de Escritores indica, por unanimidade, Lygia Fagundes Telles ao Prêmio Nobel de Literatura deste ano. Lygia foi fundado-ra da UBE.

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Encontros mensais de associados da UBE trouxeram Nádia Cam-peão, vice-prefeita de São Paulo, José Cas-tilho Marques Neto, secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e ex--presidente da Editora UNESP, entre outros.

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Por uma nação livre de

discriminação

v NOSSAS CAUSAS

Jornal O EscritorUma publicação da União Bra-sileira de Escritores - Nacional

Rua Rêgo Freitas, 454, cj. 61, São Paulowww.ube.org.br

Textos: ......... Fernanda GrokeRevisão: ....... Grupo ColméiaEditora: ....... Sandra Sinicco

Mais informações:[email protected]

Diretoria

Durval de Noronha Goyos Jr.Presidente

Ricardo de Medeiros Ramos FilhoVice-Presidente

Cláudio Willer2.º Vice-Presidente

Cássia JaneiroSecretária-Geral

Fábio Tucci Farah1.º Secretário

Sueli Carlos2.ª Secretária

Antonio Francisco C. Moura CamposTesoureiro-Geral

Djalma da Silveira Allegro1.º Tesoureiro

Nicodemos Sena2.º Tesoureiro

Conselho Consultivo e FiscalAnna Maria MartinsAudálio Ferreira DantasCarlos Alberto VogtLygia Fagundes TellesLuis AvelimaLuiz Alberto Moniz BandeiraSamuel Pinheiro Guimarães NetoWalter Natalino SorrentinoCaio Porfírio de Castro Carneiro

Diretores DepartamentaisFabio Lucas GomesDirce Lorimier FernandesBianca FerrariElisabete Vidigal HastingsJosé Domingos de BritoSandra Juliana SiniccoPaulo de AssunçãoRenata PallottiniLuis Antonio PaulinoLevi Bucalem Ferrari

3União Brasileira dos Escritores

A ssim, não alguns, mas todos nascemos livres e iguais em dignidade e direitos. Contudo, de forma explícita ou vela-da, falhamos na prática deste dever cívico quando prati-camos e/ou negligenciamos agressões à população LGBT,

seja discriminando ou constrangendo essas pessoas no ambiente de trabalho, em lojas, hospitais, escolas, dentre outras organiza-ções públicas e privadas – que deveriam, em tese, protegê-las.

A União Brasileira de Escritores – UBE, que tem entre suas finalidades institucionais pugnar, no exercício da manifestação do pensamento, pelas liberdades democráticas, tem como uma das suas bandeiras institucionais a defesa das minorias vulnerá-veis diante de maiorias hostis, incluindo a proteção aos direitos das pessoas que compõem a população LGBT no Brasil, asse-gurando aos indivíduos seus direitos independentemente de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero. Essa minoria vulnerável e oprimida sofre grande discriminação no mercado de trabalho, ao enfrentar obstáculos na contratação, na promoção profissional ou até mesmo na busca de um ambiente de trabalho mais inclusivo.

Entendemos os travestis e transexuais como a vertente mais explí-cita de discriminação, uma vez que são os que mais sofrem, desde cedo, ainda na infância ou adolescentes, com a marginalização no sistema escolar e, posteriormente, no mercado de trabalho.

Manifesto de apoio aos direitos da população LGBTA cada edição elencaremos uma causa importante para a UBE e para os escritores do Brasil e do mundo

A construção de uma nação livre de discriminação, além de um dever cívico, é um dever moral e legal, garantido pela Constituição Federal da República Federativa do Brasil e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, que afirmam a todos os seres humanos liberdade e igualdade, desde o nascimento, em dignidade e direitos

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4Malvistos pela sociedade e, subitamente, rejei-tados no mercado de trabalho, buscam – ma-joritariamente – a prostituição como forma de garantir sua subsistência e, mesmo quando conseguem outra colocação profissional, con-tinuam a sofrer transfobia no mercado de tra-balho e fora dele.

A UBE acredita ser fundamental o empenho do poder público e da sociedade no combate ao preconceito aos transgêneros, nas escolas, nas universidades e no mercado de trabalho.

É inaceitável que 90%v das pessoas travestis e transexuais brasileiras precisem se prostituir por não serem aceitas no mercado de trabalho

Necessitamos de políticas públicas de combate ao preconceito e de saídas para solucionar a baixa empregabilidade e a margi-nalização destas pessoas.

Para além das dificuldades encontradas no mercado de trabalho, a segregação do grupo persiste nas demais relações sociais, fato que pode ser amenizado com a conquista do di-reito de alterar o nome civil e o sexo em do-cumentos. O direito destas pessoas, de serem tratadas pelo nome e pelo gêne-ro que escolheram, permite o exercício de um direito humano fundamental: o direito ao livre desenvolvimento da personalidade.

Assim como a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça vem se consolidando no sentido de autorizar a modificação do nome que consta do registro civil, bem como a alteração do sexo, considerando fatores psicológicos, biológicos, culturais e familiares para a caracterização sexual do indivíduo, e não apenas o critério biológico, a UBE espe-ra que, em breve, seja aprovada a legislação que regulamentará e desburocratizará esta questão. Tal posicionamento, diga-se, encon-tra-se em perfeita harmonia com o princípio constitucional da dignidade da pessoa huma-na, protegendo a intimidade e a privacidade daqueles que optaram pela mudança de sexo e/ou de prenome.

v Número apresentado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA)


A UBE condena frontalmente todo tipo de hu-milhação, a agressão, o rebaixamento e a per-seguição, discriminação que vitima a população LGBT. Acreditamos que a persistência da in-tolerância é fruto do atraso de uma so-ciedade anacrônica e, por vezes, mani-pulada por grupos religiosos altamente conservadores. O Brasil, como Estado laico, múltiplo e plural, não pode mais ser conduzido e influenciado pela pressão de grupos religiosos radicais que insistem em interferir na política impondo determinada ideologia, em afronta à igualdade de direitos, à liberdade dos cidadãos e à dignidade da pessoa, seja qual for a sua orien-tação sexual ou identidade de gênero.

A religião não pode mais ser usada para pro-pagação de preconceitos e para negar e retro-ceder em direitos humanos, para inviabilizar o debate público e embaraçar as conquistas da sociedade na efetivação dos direitos de igual-dade. Assim, qualquer ato que denigra a digni-dade de uma pessoa LGBT por sua orientação sexual deve ser rechaçado e punido nos termos legais e devem ser tutelados com vigor os direi-tos destas pessoas, porque merecem ser trata-das com dignidade e igualdade, pouco impor-tando a forma com qual se identifiquem.

Urge ao Estado adotar medidas para coibir e punir atos de abuso tanto por parte da população civil quanto policial contra pessoas LGBT e aprimorar

a capacitação de suas forças de segurança em di-reitos humanos e, ainda, assegurar que as vítimas da discriminação por razões de orientação sexual e identidade de gênero tenham pleno acesso à justi-ça, sem distinção. A UBE acredita que cabe a todos o empenho na construção de uma sociedade livre de intolerância, capaz de aceitar as diferentes for-mas de manifestação, de reconhecer que o gênero com o qual seus indivíduos se identificam em nada afeta a dinâmica da sociedade.

A UBE defende a universalização de tratamen-to, o direito à educação e ao trabalho a todos os brasileiros, o que demanda a implementação de políticas de combate às desigualdades de gênero e sexualidade, e a proteção dos direitos humanos da população LGBT, para que seja ga-rantido o exercício da cidadania. Como um dia escreveu um dos maiores líderes espirituais e ati-vistas dos direitos humanos, Mahatma Gandhi, “só engrandecemos o nosso direito à vida cum-prindo o nosso dever de cidadãos do mundo”.

A UBE, em cumprimento de seu dever moral e empenhada na construção de uma nação livre de segregação, vem manifestar expressamen-te apoio à população LGBT brasileira, repudiar qualquer discriminação a ela direcionada e con-denar quaisquer atos de violência e violações de direitos humanos cometidos contra indiví-duos em função de sua orientação sexual ou identidade de gênero. n

União Brasileira dos Escritores

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Umano

v ENTREVISTA

H á um ano, Durval Noronha de Goyos Jr., advogado especializado em Direito Internacional e autor de 54 livros, assumiu a gestão da UBE Nacional.

De lá para cá, uma nova sede em São Paulo foi instalada com uma biblioteca especializada em crítica literária, mais de cem obras sobre Fernando Pessoa, além da abertura de núcleos da entidade em São José do Rio Preto, Lisboa e Miami, e o estabelecimento de parcerias com instituições de escritores da China.

Neste ano, a UBE organizará também a Primeira Feira Literária de São José do Rio Preto, que se transformará em uma das mais importantes no interior do Estado de São Paulo

A seguir, a íntegra da entrevista:


p Um ano de mandato. Já dá para olhar para trás e ver resultados?

g Com a diretoria, conseguimos fazer muito mais coisas do que eu achava possível imple-mentar em tão pouco tempo. Temos agora uma sede reformada, que se tornou um pon-to de apoio com condições de trabalho ade-quadas para o time que dá suporte aos asso-ciados; bem como aos próprios associados, que agora têm um lugar para se reunir, uma biblioteca para fazer suas consultas. Criamos a Editora da UBE para publicar obras bra-sileiras a preço de custo. Reformulamos nosso site para torná-lo mais fácil de operar e permitir maior agilidade na postagem das notícias, na inserção de vídeos, e investiremos ainda mais nisso. Hoje são mais de 1.300 pessoas por dia acessando a nossa plataforma de mídia, 1.600 seguidores no Facebook e Twitter, sendo que não gastamos um centavo sequer com campa-nhas publicitárias ou links patrocinados. Nossa ideia é tornar estas plataformas uma fonte de receita que, agregada à contribuição dos asso-ciados, possa nos dar condições de aumentar nossa participação em mais e mais eventos, e acontecimentos de promoção e valorização do escritor brasileiro aqui e no mundo.

Além disso, realizamos mais de cem even-tos, encontros, almoços com palestrantes de

alta qualidade para a troca de ideias com os escritores em torno de temas de interesse co-mum. Isso só para contar algumas de nossas realizações. E sem contar a enorme repercus-são da indicação de Lygia Fagundes Telles ao Prêmio Nobel de Literatura.

p Nesse primeiro ano de sua gestão, vimos um posicionamento muito forte da UBE em relação aos Direitos Humanos e de liberdade de expressão.

g A história da UBE começa com a defesa das liberdades democráticas e dos Direitos Humanos. Na ocasião da inauguração de nossa sede em São Paulo, lembramos que há quase 70 anos a UBE vem se alinhando às forças democráticas. Lançamos um manifesto em relação aos acontecimentos do dia 4 de março de 2016, quando o Brasil presenciou a subversão do Estado de Direito e o atentado às liberdades democráticas consubstanciadas na implementação de juízos de exceção no Brasil. Também demos entrada com o amicus curiae em relação à proibição da obra “Mein kampf”, de Adolf Hitler, em defesa do direito de informação e contra qualquer tipo de cen-sura. Isto porque o texto redigido pelo líder nazista é um documento histórico que repre-sentou o alicerce das ações de Estado com

... o parco conhecimento da Língua Portuguesa é um obstáculo para o desenvolvimento da literatura brasileira

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consequências dramáticas para a humanida-de, cuja repetição somente pode ser evitada por meio do pleno conhecimento das ideias, movimentos e atos que levaram a tanto.

Enfim, está na essência da UBE defender a liberdade de expressão e o respeito para com as diferenças.

p Quais são os maiores desafios da litera-tura brasileira hoje?

g Estamos convictos de que, dentre nós, o par-co conhecimento da Língua Portuguesa é um obstáculo para o desenvolvimento da literatura brasileira. Temos um desafio enorme pela fren-te. Precisamos nos engajar cada vez mais em campanhas que valorizem uma educação de qualidade para todos.

Assim como ocorreu na Rússia, no início do século XIX, na época de Górky quando os rus-sos decidiram colocar em marcha uma série de ações para fazer com que o seu idioma fosse valorizado, pois muitos falavam o francês. O conhecimento do vocabulário português no Brasil ainda é muito restrito – o que faz com que os brasileiros, em sua maioria, não tenham capacidade de produzir uma redação usando a riqueza do idioma, da cultura, das raízes da língua. Usam-se estrangeirismos desnecessá-

rios quando poderíamos usar léxicos da língua portuguesa. A UBE está envolvida nesta luta e quer se engajar cada vez mais em campanhas que valorizem a língua portuguesa. Ao longo deste ano, promovemos vários eventos rela-cionados a este tema. Com um alicerce sólido da língua pátria será possível ter uma produ-ção literária de qualidade. Quem não conhece bem o idioma não tem condições de produzir um bom trabalho literário.

p Hoje, qual é o papel da UBE na promoção da literatura brasileira?

g Fomentar e valorizar a literatura brasileira. Promovemos constantemente eventos como lançamentos de livros, seminários como “Os contos no Brasil”, a 1.ª Feira Literária de São José do Rio Preto, a divulgação das obras de nossos associados e de premiações como o Juca Pato, que é uma referência nacional para a produção literária brasileira. A cria-ção da editora UBE possibilita ao escritor brasileiro, hoje, publicar obras a preço de custo. Além disso, promovemos ações para a divulgação da produção literária de todos os associados através de nosso portal e em nossas mídias sociais, além de contarmos com a nossa sede social, que se presta à re-alização de eventos e à consulta em nosso acervo literário.

Queremos trabalhar para que a literatura brasileira se transforme em referência mundial


4.429

4.3442014

2015 A2016

ASSOCIADOS 1.836

119

1.200

3

Número de followers no Facebook:

Número de acessos ao site(set./2015 – fev./2016):

Número de eventos realizados e apoiados pela UBE:

Número de manifestos:

p A UBE é a mais antiga associação de escritores do Brasil. Como você avalia a entidade no meio intelectual brasileiro?

g A UBE é uma das principais entidades culturais do Brasil e a mais antiga dos escritores. Nossa his-tória conta com líderes como Mário de Andrade, Sérgio Buarque de Holanda, Manuel Bandei-ra, Caio Prado Júnior, Jorge Amado, Wilson Martins, Monteiro Lobato, João Cabral de Melo Neto, Antonio Candido, entre outros.

Nosso prêmio tradicional, Juca Pato, outorga-do ao economista Luiz Carlos Bresser Pereira este ano, é o mais importante da intelectua-lidade brasileira. Além disso, tradicionalmente indicamos à Academia Sueca de Literatura um nome para o prêmio Nobel de Literatura. Neste ano, indicamos, por unanimidade, a es-critora Lygia Fagundes Telles.

p O que se pode esperar para a UBE no próximo ano?

g Manter a tradição da entidade de ser um nú-cleo de encontro da literatura nacional e seu difusor em nível internacional.

Queremos trabalhar para que a literatura bra-sileira se transforme em referência mundial. Em maio estaremos dando a medalha Jorge Amado a Domenico De Masi, por sua con-tribuição à sociologia e filosofia e, em par-ticular, pela sua afinidade com o povo e a cultura brasileira; e discutiremos a participa-ção de autores brasileiros na feira literária de Roma, que acontecerá em junho deste ano.

Continuaremos nossa atuação em prol da defesa da democracia brasileira, das liberdades demo-cráticas, dos Direitos Humanos. Ao longo do ano, nos manifestamos com a imprensa sobre vários momentos importantes da vida nacional, tais como quando repudiamos o artigo do Se-cretário de Educação do Estado de S.Paulo que defende a total privatização do setor. Temos agendado o seminário em homenagem aos 80 anos de Moniz Bandeira, o maior historiador brasileiro de todos os tempos. E todos os es-critores estão convidados, desde já, a partici-par de nossa feira literária em São José do Rio Preto, onde teremos shows, debates e muita conversa sobre a produção cultural brasileira com a presença de coletivos jovens, autores mais maduros e os mais variados matizes deste fantástico mundo da literatura nacional. n

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10v ACONTECEU

Nova sede da UBE

A União Brasileira de Escritores – (UBE), que hoje conta com seis núcleos, sendo eles dos municípios de Jabotica-bal, Araçatuba, Ribeirão Preto, Mococa, Belo Horizonte e São José do Rio Preto, inaugurou no dia 2 de outu-

bro de 2015 uma nova sede na cidade de São Paulo. Mais de 80 pessoas prestigiaram o evento. A cerimônia contou com nomes de peso, como o Ministro da Defesa do Brasil, jornalista, escritor e associado da UBE, Aldo Rebelo; o Cônsul Geral da República Popular da China, Sr. Chen Xi; e a escritora e escultora, também associada da UBE, Amanda Delboni, que doou a “Máscara mortuária de Macunaíma”.

Os núcleos da UBE têm o objetivo de promover ao menos um even-to mensal de integração entre os autores integrantes do Núcleo, seja na forma de reunião, sarau, leitura dramática, debate ou qualquer atividade que privilegie a literatura e a produção literária brasileira.

“Temos, hoje, a enorme satisfação de inaugurar nossa nova sede, que nos permitirá com maior desenvoltura trabalhar para a con-secução de nossos objetivos sociais. Nossas novas instalações, eri-gidas totalmente com recursos próprios, permitirão a retomada de nossos ciclos de conferências, a realização de cursos diversos, o lançamento de livros e a consulta à nossa biblioteca, dentre ou-tras atividades diversas”, declarou o presidente da UBE, Durval de Noronha Goyos Jr.

A escultora Amanda Delboni, que doou a peça “A máscara mor-tuária de Macunaíma” na cerimônia de inauguração da sede da UBE, declarou: “Acho que essa escultura representa muito bem a UBE pelo contexto de inteligência, cérebro, pela obra magnífica do escritor e sua mistura de caracteres. O presidente da UBE tem uma dinâmica muito grande de tudo; essa nova sede é muito im-portante. Tenho certeza de que trará aprendizado e movimentará os escritores”.

Nas palavras do Ministro da Defesa do Brasill, Aldo Rebe-lo, “a instituição representa essa tradição, a expressão desse sentido da nacionali-dade, que deve ser valorizada e representada – como fez a UBE, instalando essa nova sede, revigorando sua pre-sença no cenário cultural do Brasil e São Paulo. Um passo importante dado em defesa da nacionalidade e da cultura brasileira”.

“A nova sede abre o horizon-te para a ampliação e a visi-bilidade do trabalho da UBE como instituição nacional, e da valorização da nossa cultura, da nossa literatura, que é a missão do presidente Durval de Noronha, e natu-ralmente da UBE nessa pers-pectiva”, comentou, ainda, o Ministro Aldo Rebelo.

O presidente da UBE tam-bém discursou sobre o atual momento de crescimento da instituição: “Precisamos voltar a motivar a nação e engajá-la num projeto nacional ecumê-nico. Com uma ação asseme-

em São Paulo, a todo vapor


lhada, a crise presente, numa perspectiva de médio e longo prazos, não será nada mais do que um mero soluço na história do Brasil. Con-clamo ainda àqueles que ainda não se afiliaram, que venham participar da UBE e trabalhar co-nosco nesse momento mágico da construção de uma agressiva e densa agenda cultural do escritor brasileiro, tanto no âmbito doméstico como internacional. Estamos em processo de constituição de nossos núcleos em Lisboa e em Miami, bem como prestes a assinar, já no mês de novembro, um importante e singular acordo de cooperação bilateral com a União de Escri-tores da China. Novos núcleos nacionais estão sendo constituídos. Vamos todos trabalhar pela nação, pela UBE e pela cultura brasileira. Avante, Brasil!”, finalizou Durval de Noronha Goyos Jr. n

Sobre a nova sede São cerca de 160 metros quadrados com recepção, ambientes para reuniões, auditório e biblioteca que conta com mais de 3 mil livros de escritores associados sob a curadoria de José Domingos Brito. A nova sede da UBE está localizada na Rua Rêgo Freitas, 454, conjuntos 61 e 62, República, e está aberta para receber novos amigos e associados.

R. Major Sertório

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Clique para ver o mapa no Google Maps.

União Brasileira de Escritores convoca o público

De 15 a 18 de setembro acon-tecerá a I Feira Literária de São José do Rio Preto UBE. O evento acontecerá no Complexo

Cultural SWIFT e contará com expoentes de nossa literatura. Já confirmaram presença: Audálio Dantas, Marcelino Freire, Eloar Guazzelli, Stella Maris Rezende, Hum-berto Werneck, Edmar Monteiro Filho, Ronaldo Cagiano, Menalton Braff, José Nicolau Gregorin Filho, Ricardo Ramos Filho, Rosalie Gallo, Cássia Janeiro, entre outros. É a UBE crescendo e ampliando sua atuação para a área de eventos literários. n

para a Feira do Livro em São José do Rio Preto

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12UBE e Escola de Direito de São Paulo da FGV firmam parceria para estimular a mediação de conflitos

A União Brasileira de Escritores – UBE e a Escola de Direito de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas – FGV fir-maram convênio pioneiro no dia

6 de agosto de 2015, com o objetivo de dis-ponibilizar o serviço de mediação da FGV para os escritores filiados à instituição, fazendo com que demandas referentes a ques-tões que não foram resolvidas do ponto de vista contratual possam chegar a um acordo antes de ir para a Justiça.

Durval Noronha, presidente da UBE; e Lia Regina Sam-paio, da EDS da FGV; firma-ram o acordo ressaltando a importância da mediação como forma de agilizar enten-dimentos e fazer com que os autores e editoras cheguem ao bom termo sem ter de re-correr à Justiça em processos por demais demorados.

“Nosso desafio agora é o de divulgar este convênio para que o maior número de associa-dos se beneficie dele”, comentou o presiden-te da UBE. “O convênio servirá para auxiliar os escritores em sua relação com as editoras”.

“Tivemos o caso de uma livraria e três escritoras em que promovemos várias reuniões de media-ção que ajudaram as partes a se entenderem de forma amigável e o assunto foi resolvido sem a necessidade de ir para a Justiça. O acor-

do foi feito através da mediação”, adicionou Lia Sampaio, da FGV.

Estiveram presentes à assinatura do convê-nio os associados Joaquim Maria Botelho, Eduardo Hidal e Karina de Mattos, da FGV.

Os escritores interessados em conhecer um pouco mais sobre os detalhes deste serviço podem procurar diretamente a Dra. Lia Sampaio pelo telefone (11) 3799-2118 ou pelo e-mail [email protected]

“Estamos extremamente satisfeitos, pois este serviço trará benefícios a nossa sociedade como um todo”, finalizou Durval Noronha.

Os casos serão mediados na sede da FGV de São Paulo e a instituição apresentará relatórios regulares à UBE para que a instituição acom-panhe os números macro de atendimentos e casos solucionados. Além dos mediadores, es-tarão envolvidos os alunos da instituição que participarão das sessões para ganhar experiên-cia em suas carreiras. n

Karina Derani, Eduardo Hidal, Lia Sampaio da FGV-SP, Durval Noronha e Joaquim Botelho da UBE


Troféu Juca Pato 2015

O economista e professor emérito da Funda-ção Getulio Vargas – FGV, Luiz Carlos Bresser-Pereira, recebeu, na noite de 9 de novembro, a láurea de Intelectual do Ano

e o Troféu Juca Pato 2014, concedido pela UBE.

O prêmio foi entregue em cerimônia solene, que reuniu cerca de cem pessoas entre asso-ciados, amigos da UBE e convidados do home-nageado. O evento foi realizado na Academia Paulista de Letras, em São Paulo.

Bresser foi homenageado como Intelectual do Ano por sua contribuição ao País com a publi-cação da obra intitulada “A Construção Política do Brasil – Sociedade, economia e Estado des-de a Independência” (2014). “No atual difícil momento pelo qual passa o Brasil, foi muito oportuna a reflexão induzida por Luiz Carlos Bresser-Pereira. Por meio dela se inseriu, dentre nós, no rol daqueles homens de pensamento que se colocam a serviço da coletividade em que vivem e da qual efetivamente participam, o que foi reconhecido por unanimidade no âm-bito da União Brasileira de Escritores. É, assim, com enorme satisfação que confiro, em nome da União Brasileira de Escritores, ao Professor Luiz Carlos Bresser-Pereira o título de Intelectu-al do Ano, e lhe entrego o prêmio Juca Pato de 2014”, declarou o presidente da UBE, Durval de Noronha Goyos Jr.

“Sinto-me honrado e feliz ao receber o prêmio Juca Pato. Percorrendo a lista dos escritores ou intelectuais que me antecederam, vejo alguns de meus mestres, como Caio Prado Junior e Alexan-dre Barbosa Lima Sobrinho; e alguns dos meus amigos, como Fernando Henrique Cardoso e Luiz

Alberto de Vianna Moniz Bandeira, e me sinto em muito boa companhia. Eu acredito no progres-so – no avanço na direção daqueles cinco grande objetivos que as sociedades modernas definiram para si próprias: a segurança, a liberdade indivi-dual, o bem-estar econômico, a justiça social e a proteção do ambiente. Eu sei que hoje, no Brasil e no mundo, estamos sem projetos e sem espe-rança, mas esses objetivos são um elemento do projeto necessário. Eu estou seguro que podere-mos repensar nosso projeto e reconstruir nossa esperança”, disse Bresser. n

Faça como Luiz Carlos Bresser-Pereira, Lygia Fagundes Telles, Moniz Bandeira, Caio Prado, Cássia Janeiro e mais de 4 mil escritores:

Associe-se à UBE.www.ube.org.brBastam só dois cliques.

da UBE vai para o economista Bresser-Pereira

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14Araçatubense vence o Prêmio Nelly Novaes Coelho de Literatura Infantil

No dia 27 de novembro, mais de 90 pessoas prestigiaram o autor Antonio Luceni dos Santos, vencedor do Prêmio Nelly Novaes Coelho de Literatura Infantil, na sede da União Brasileira de Escritores em São Paulo. O prêmio concedido

pela UBE contou com uma banca de júri extremamente qualifica-da de escritores e professores de universidades como a USP.

Ricardo Ramos, escritor, neto de Graciliano Ramos e vice-presi-dente da organização, entregou o prêmio.

Sobre o PrêmioO Prêmio Nelly Novaes

Coelho de Literatura In-

fantil contempla obras

de ficção no subgênero

Literatura Infantil. O

prêmio foi criado para

homenagear uma das

associadas pioneiras da

UBE, Nelly Novaes Co-

elho, intelectual no ce-

nário da Literatura In-

fantil do País, por suas

iniciativas, estudos, pu-

blicações, orientações e

conquistas, tanto como

escritora, crítica literá-

ria, professora e pes-

quisadora.

Autor recebeu o prêmio dia 27 de novembro, na sede da UBE, pelo livro “O Menino e o Vento”

Durval Noronha Goyos Jr., presidente da UBE, Antonio Luceni, o vencedor do prêmio e Ricardo Ramos, vice-presidente da UBE

Nas palavras de Antonio Luceni, “Receber um prêmio da União Brasileira de Escritores – a maior e mais antiga associação de profissionais da lite-ratura em atuação em nosso País, cujo prêmio homenageia essa que é, sem dúvida alguma, um dos maiores nomes da pesquisa e divulgação da Literatura Infatojuvenil no Brasil, já se constitui como dois grandes privilégios; ter um livro publi-cado pela editora Letra Selvagem, a mesma que publica livros de Nelly Novaes Coelho, é o terceiro privilégio; representar os escritores araçatubenses e da região num prêmio como esse, fica ainda mais especial”. n


Mutirão Cultural da UBEaborda o medo de falar em público

Desde 1998, o Mutirão Cultural da UBE, criado pelo então presidente da União Brasileira de Escritores na época, o poeta Carlos Frydman, tem por objeti-vo abordar estudos de oratória que ajudem seus participantes a perderem o medo de falar em público, pensar falando e falar pensando, trabalhar a postu-

ra e os gestos da oratória.

Seus primeiros trabalhos co-meçaram em 1999 com o apoio da Secretaria Muni-cipal de Cultura, que abriu espaços em diversas regiões da capital metropolitana de São Paulo para a idealização deste projeto.

Com a surpreendente adesão e demanda dos associados e demais interessados, os ciclos de estudos de oratória obtiveram repercussão surpreendente e, desde então, são uma constante. Quem estiver interessado pode se inscrever acessando www.ube.org.br

Em 2015, 340 pessoas se inscreveram nos cursos que abordaram temas diversos, como:

• “A ação da leitura e a escrita em ação”;

• “Relacionamentos interpessoais: acomodações e desconfortos”;

• “A atual crise econômica”;

• entre outros.

Os próximos ciclos de estudo acontecerão nos dias 30 de abril e 7 de maio, das 9h às 12h, no Auditório da Distrital Centro, rua Galvão Bueno, 83, Liberdade, São Paulo/SP.

O objetivo do Mutirão Cultural é difundir e de-mocratizar o conhecimento e cultura para as pessoas e fazê-las refletir acerca das belezas da literatura e da linguagem. n

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16v AGENDA

Confira os principais eventos literários de 2016, no Brasil e mundo afora

v Feira Internacional do Livro de Buenos Aires

21 de abril a 9 de maio

La Rural, Predio Ferial de Buenos Aires, bairro de Palermo.

v Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas – FliPoços

30 de abril a 8 de maio

Espaço Cultural da Urca na Praça Getúlio Vargas, s/n, Centro, Poços de Caldas, MG.

v 14.ª Festa Literária Internacional de Paraty – Flip

29 de junho a 3 de julho

Centro Histórico, Paraty, RJ

v 24.ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

26 de agosto a 4 de setembro

Anhembi, Av. Olavo Fon-toura, 1.209, Santana, São Paulo, SP

v Frankfurt Book Fair 2016

19 a 23 de outubro Frankfurt, Alemanha

Acadêmico Fábio Lucas é contemplado com o Prêmio Governo de Minas Gerais pelo conjunto da obra

Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais, entregou o prêmio em cerimônia realizada no Palácio das Artes, no dia 22 de dezembro

Aos 84 anos, Fábio Lucas Go-mes, nascido em Esmeraldas, foi condecorado com o Prêmio Governo de Minas Gerais pelo

conjunto da obra. Acadêmico e crítico literário, o mineiro, que foi presidente da União Brasileira de Escritores por diversos mandatos, já ministrou aulas de Literatura em muitas universidades do exterior.

Durante a Ditadura Militar, o acadêmico, que na época minis-trava aulas na UFMG, sofreu perseguições por abordar análises entre literatura e sociedade. Em 1970, venceu o Prêmio Jabuti com a obra “O Caráter Social da Literatura Brasileira”.

Em discurso na cerimônia de entrega do prêmio, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, discorreu: “tenho respeito e admiração por aqueles que, como diz o poema de Carlos Drum-mond de Andrade, lutam com palavras”.

A cerimônia foi realizada no Palácio das Artes, no dia 22 de dezembro de 2015.

Segundo Fábio Lucas Gomes, “na história pretérita do Brasil, acu-mulou-se a noção que professor e escritor se contentam apenas com as glórias, não pensam em remuneração. Essas duas catego-rias precisam ser levadas ao primeiro plano, porque é deles que se forma a grande consciência nacional”.

Dentre as famosas obras do escritor, estão: “Economia e Ciências Sociais”, “Síntese da História Econômica em Minas Gerais”, “O Cará-ter Social da Literatura Brasileira”, “Vanguarda, História e Ideologia da Literatura”, “Contos da Repressão”, “Do Barroco ao Moderno”, “Literatura e Comunicação na Era da Eletrônica”, entre outros. n


para o Prêmio Nobel de Literatura

UBE indica

Lygia Fagundes Telles

A UBE – União Brasileira de Escritores enviou para a Academia Sueca sua indicação para o Prêmio Nobel de Li-teratura deste ano. A diretoria da en-

tidade indicou, por unanimidade, a escritora paulistana Lygia Fagundes Telles. “Lygia é a maior escritora brasileira viva e a qualidade de sua produção literária é inquestionável”, comentou Durval de Noronha Goyos Jr., presidente da UBE.

A escritora já recebeu vários prêmios, tais como o Camões (2005), o Jabuti (1966 e 1974), Juca Pato (2007), entre outros.

Lygia é uma das autoras brasileiras mais no-táveis e suas obras traduzidas para o alemão, mandarim, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco e português de Portu-gal são uma das mais expressivas do século XX. Além disso, possui adaptações de seus traba-lhos para o cinema, teatro e televisão.

Foi fundadora da UBE e faz parte também do Conselho Diretor da instituição. n

UBE promove almoços mensais

Secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e ex-presiden-te da Editora UNESP, José Castilho Marques Neto; o advogado espe-

cialista em Direitos Autorais, Dr. Clito For-naciari; a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, e Jézio Gutierre, da Fundação Editora da Unesp – foram apenas alguns no-mes que participaram dos almoços mensais realizados pela União Brasileira de Escritores.

Voltado para os associados, familiares e interessados, os eventos, que já eram uma tradição da instituição, agora con-tam com nomes de palestrantes que abordam temas do interesse dos escri-tores. Os encontros buscam, além da confraternização do meio intelectual, de-bater ideias e propagar informações que venham a ser úteis ao ofício do escritor.

Temas como “A educação na cidade de São Paulo”, “Programa Nacional de Livro e Literatura”, “Direitos Autorais”, entre outros, já foram discutidos.

As reuniões acontecem na primeira quinzena de cada mês e são abertas ao público interessado. n

com palestrantes renomados

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União Brasileira de Escritores

e Associação de Escritores da

China firmam parceria inédita

e autores brasileiros começam a

ser traduzidos para o mandarim

Ação pioneira visa o intercâmbio cultural entre os dois grandes países da literatura mundial

v ACORDOS E CONVÊNIOS


No início de novembro de 2015, uma de-legação da Associação de Escritores da China (CWA) realizou uma visita ao Bra-sil para firmar um convênio inédito com

a União Brasileira de Escritores – UBE. Consi-derando a importância literária dos dois países, a parceria consiste no intercâmbio cultural en-tre ambas comunidades literárias no intuito de promover a compreensão mútua e estreitar os laços de amizade entre seus povos. O convê-nio foi resultado de tratativas levadas a efeito pelo presidente da UBE, Durval de Noronha Goyos Jr., e o conselheiro Levy Ferrari com autoridades diplomáticas da República Popular da China. Como resultado, a UBE promoveu a votação pelo Facebook de uma lista contendo dez autores brasileiros dos quais os internautas tinham que escolher cinco. Foram selecionados os nomes de Graciliano Ramos, Machado de Assis, a indicada ao Prêmio Nobel de Literatu-ra Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector e Érico Veríssimo.

“A China tornou-se um parceiro estratégico no Brasil, passou a ser o maior parceiro comercial do País, e o maior investidor também. As rela-ções culturais se intensificaram na última dé-cada. Exemplo disso é a instalação de diversos Institutos Confúcio no Brasil, onde se ministra a língua e civilização chinesa. Há também iniciati-vas de universidades brasileiras na tradução de clássicos chineses e de universidades chinesas na tradução de livros brasileiros", comentou Durval de Noronha Goyos Jr., presidente da UBE.

Este é um passo de grande impacto para a co-operação cultural entre o Brasil e a China. A iniciativa é inédita e relativiza obstáculos como distância, idioma e diferenças culturais entre os países. A parceria entre a UBE e a CWA pro-move o entendimento e o conhecimento de suas culturas, e também amplia os canais de intercâmbio de programações literárias entre os países. Os associados de ambas instituições po-dem participar de programas culturais e Feiras de Livros realizadas em seus respectivos países.

Na ocasião foram firmados oito pontos de acor-do entre a UBE e a CWA, sendo eles que o forta-lecimento da compreensão e comunicação entre as duas comunidades literárias é importante e que é necessário incluir suas comunicações lite-rárias no quadro global de intercâmbio cultural dos dois países, através do envio de delegações para participarem de programas culturais e Feiras de Livros realizadas em seus países para ampliar os canais de intercâmbio, apresentar escritores e obras, bem como para promover a aprendiza-gem mútua das civilizações e a valorização das culturas de ambos os países.

Uma das decisões foi a de se comprometer a realizar um Fórum Literário China-Brasil a cada dois anos.

Como uma das ações importantes está a pro-moção recíproca da tradução de obras literárias para o fortalecimento da compreensão mútua e na condução das visitas de intercâmbio. Os dois países recomendarão as obras de escrito-res contemporâneos para tradução e publica-ção respeitados os direitos autorais. n

A parceria entre a UBE e a CWA promove o entendimento e conhecimento de suas culturas, e também amplia os canais de intercâmbio de programações literárias entre os países

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Bem-vindos, novos associados:

Maria Aparecida Santana Dourado

Elizabete Maria de Paula

Maria Rita Liporoni Toledo

Osvaldo Eustáquio de Melo

Marcelo Vieira Lamas

Bianca Ferrari

Benedicto Ismael Camargo Dutra

Geraldo Davambe Chibure Nhalungo

Fábio Alves Varêda

Lilian Deise de Andrade Guinski

Mariam Ossanna Baidariam

Marcelo Duprat de Almeida Camargo

José Luiz Balthazar Jacob

Antonio Carlos Del Nero

Romildo San'Anna

Carlos Daghlian

Zêqui Elias

Luiz Dino Vizotto

Rosalie Gallo y Sanches

José Paulo da Silva Ferreira

Sandra Sinicco

Thiago Rufine Antunes Costa

Raimundo Lopes Matos

Lia Regina Castaldi Sampaio

Totila Nelson Vieira Artigas

Jordan Freitas de Moura

Milton Roza Júnior

Edna Alencar da Silva Riviera

Diego Cestari Parma

João Nery Pestana

Aldo Rossini

Gastão Rúbio de Sá Weyne

Maristela Vendramel Ferreira

José Amaral de Melo

Mauro Sérgio Santos da Silva

Alcidésio Fernandes de Lima

Rafaela Gonçalves

Cesar Luiz Veneziani

Ceres Marylise Rebouças de Souza

Renato Otávio da Gama Ferraz

Ana Zulmira da Silva Ramalheira

Isalino Nguimba da Cruz Augusto

João Baptista Lukombo Nzatuzola

Helena Lourena Dias

Christiane Montalvão Delboni

Amanda Montalvão Delboni

Theo de Oliveira

Etelvina da Conceição Alfredo Diogo

João Fernando di Brito Demba

Felizardo Lindo Sacutala Bandeira

Maria Teresa Hellmeister Fornaciari

Roberto Lira Miranda

Otto Marques da Silva

Alexandre Loch

Merli Maria Garcia Diniz

Daniel Henrique Calvoso Alvarenga

José Aldo Rebelo Figueiredo

Flavio Cesar de C. Bastos

Evaristo Eduardo Miranda

Ruy Barbosa Marinho Ferreira

Clarisse M. U. Bandeira de Mello

Maria Ap. de Cássia Bataieiro Viger

Palmira V. Bahia Heiene Alvarez

Jorge Melecsevics

Raul Luiz Ferraz Filho

José Antonio Severo



UBE realizará seminário em homenagem a Moniz Bandeira

Para comemorar os 80 anos de Luiz Al-berto Vianna Moniz Bandeira, im-portante historiador e cientista político brasileiro, a UBE – União Brasileira de

Escritores irá promover, no dia 14 de junho, um seminário em homenagem a este notório pensador do cenário político brasileiro.

Autor de mais de 20 obras, Moniz Bandeira é formado em Direito e doutorado em Ciência Política pela USP. Preso político durante a dita-dura militar de 1964 no Brasil, professor Moniz nunca abandonou sua militância, tornando-se referência nacional e escrevendo obras impres-cindíveis para compreender a complexidade da política brasileira. Dentre suas obras mais co-nhecidas, algumas delas são: “O Ano Vermelho – A Revolução Russa e seus Reflexos no Bra-sil”, “De Martí a Fidel – A Revolução Cubana na América Latina”, “A Formação do Império Americano – Da Guerra Contra a Espanha à Guerra no Iraque”, “Presença dos Estados Uni-dos no Brasil”, entre outras.

O evento, gratuito e aberto ao público, será re-alizado na sede da UBE em São Paulo e terá o intuito de discutir as obras do autor.

Confira a programação e compareça! n

14 de junho, às 17hRua Rêgo Freitas, 454, 6.º andar, conjuntos 61 e 62, São Paulo, SP.

Programação:

17hDr. Durval Noronha Goyos Jr. – Formação do Império Americano

17h30Ministro Aldo Rebelo – De Martí a Fidel: a Revolução Cubana e a América Latina

18hProfessor Bresser-Pereira – O Expansio-nismo Brasileiro

18h30Professora Regina Gadelha – Prof. Moniz, o Acadêmico

19h – Intervalo de quinze minutos

19h15Emb. Samuel Pereira Guimarães – Brasil, Argentina e Estados Unidos (da Tríplice Aliança ao Mercosul)

19h45Dr. Walter Sorrentino – O Ano Vermelho – A Revolução Russa e seus Reflexos no Brasil

20h15Prof. Levi Bucalem Ferrari – A Poética de Moniz Bandeira

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22v ENTREVISTA

Dom Duarte Bragança

fala sobre a importância de preservar a nossa identidade através da valorização do idioma

Dom Duarte Pio de Bragança, pretendente ao trono de Portugal e ao título Duque de Bragança, e um todos grandes defensores da liberdade do Timor-Leste, esteve no dia 16 de março na sede da UBE - União Brasileira de Escritores, em São Paulo, para falar sobre a importância da Língua Portuguesa. O evento faz parte da campanha de disseminação da valorização do idioma no Brasil, patrocinada pela UBE


p A seu ver, qual é a importância da língua na construção da identidade de um povo?

g Há um aspecto muito interessante, que é: os povos muitas vezes dão mais importância a sua cultura e identidade do que a seus interesses econômicos, ao exemplo dos catalães e dos bas-cos, que quiseram a independência apesar de saberem que, economicamente, traria muitos problemas; mas eles acreditavam que a identida-de cultural era mais importante e a língua um fa-tor fundamental na identidade cultural, já que é o que diferencia cada povo. O português, que se espalhou por muitos povos e regiões do mundo, é uma língua muito aberta, e a língua de cada povo constrói a forma do pensar e dá base na construção dessa identidade, o que mostra que não podemos deixar o nosso idioma abastarda--se, sendo fator fundamental na construção da identidade de um povo.

p Qual é o papel da Língua Portuguesa em tempos de globalização?

g A tendência dos últimos tempos, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, tem sido utilizar o inglês como língua universal. Hoje, praticamen-te em todo o mundo se ensina o inglês, e isto produz uma dominação econômica e política; afinal, se duas nações como os Estados Unidos e a Inglaterra conseguem que a sua língua seja predominante, eles passam a estar em uma po-sição de superioridade. Por isso os países da Lín-gua Portuguesa iniciaram um trabalho para não ficar subservientes a esta situação criando, por exemplo, a Comunidade das Línguas Portugue-sas inspirada no Brasil e que tem essa missão.

p O que o Sr. acha do Manifesto pela Afir-mação da Língua Portuguesa, criado pela UBE?

g Foi uma iniciativa muito boa, de imenso in-teresse, mas ainda não teve fora do Brasil o

impacto que merecia, por ter ficado muito nos meios intelectuais. É uma iniciativa que deveria ser trabalhada em todos os níveis – escolas, im-prensa, televisão e demais. Corremos o risco da Língua Portuguesa dividir-se. Em Portugal dis-seram-nos que o Novo Acordo Ortográfico era para uniformizar a língua com aquela falada no Brasil; porém, na prática, países como Angola e Moçambique não manifestaram interesse na nova ortografia. E em Portugal e no Brasil este acordo não despertou muito interesse. Portan-to, creio que foi uma iniciativa malconduzida, tendo sido uma decisão tomada por um grupo de intelectuais, sem o apoio popular e nem dos intelectuais dos países envolvidos.

p O que você acha de organizações como a UBE para a preservação do idioma?

g Estas entidades têm uma autoridade mo-ral, científica e cultural. Desde criança tenho acompanhado a imprensa brasileira e muitos meios de comunicação comentam a ignorância da boa escrita e se referem ao brasileiro como um povo que não domina o seu idioma, tendo dificuldades para exprimir bem as suas ideias e guardar uma identidade cultural. Portanto, creio que uma associação como a UBE é extre-mamente importante nessa questão. n

... os povos muitas vezes dão mais importância a sua cultura e identidade do que aos seus interesses econômicos

Saiba as vantagens

Você já conhece as vantagens de ser filiado da União Brasileira de Escritores – UBE? Confira:

Visibilidade para as obras dos associados

g Nome com biografia e todos os trabalhos divulgados no sítio da UBE;

g Realizar lançamentos de livros no espaço físico da UBE sem custo algum;

g Ter sua edição autofinanciada e publi-cada com o selo da UBE Editora;

g Ter seus artigos publicados no tradicional “O Escritor”;

g Ter seus trabalhos e notícias de eventos publicados nas plataformas das mídias sociais da UBE;

Participações dos associados

g Participar da mais tradicional e antiga associação de escritores do Brasil;

g O associado da UBE recebe convites de lançamentos de livros de autores de todo o Brasil;

g Acesso gratuito às feiras de livros em que a UBE estiver presente, com direito à reali-zação de lançamentos de livros no estande da UBE;

g Participar como conferencista ou ouvinte dos cursos e programas oferecidos pela

UBE nas áreas de prosa, poesia, oratória, cinema, história, ciências, direito, jornalis-mo e outros temas atuais;

g Participação em comissões temáticas da UBE;

g Concorrer aos prêmios literários e sociais oferecidos pela UBE.

g Participação no conselho editorial da UBE Editora.

Privilégios dos associados

g Usufruir da Biblioteca do Escritor, do Es-paço do Escritor, Auditório do Escritor, e das novas instalações;

g Usufruir dos convênios internacionais da UBE e participar das delegações da UBE e eventos em outros países;

g Usufruir dos convênios da UBE, como o de mediação com serviços gratuitos da FGV-SP;

g Realizar o seu evento cultural no Auditório do Escritor e/ou Espaço do Escritor;

g Usar a medalha Mário de Andrade, privi-légio do escritor brasileiro afiliado a UBE, nas cerimônias oficiais;

g Conviver com a fina flor da intelectualida-de brasileira.

Torne-se um associado da mais antiga associação de escritores do Brasil, a União Brasileira de Escritores, criada em 17 de janeiro de 1958, com nomes ilustres e imprescindíveis na literatura brasileira, como Sérgio Milliet, Mário de Andrade, Ricardo Ramos, entre outros. Para mais informações, clique em nosso sítio: www.ube.org.br.

de ser filiado da UBE

janeiro ube – união brasileira dos escritores março um · a união brasileira de escritores –...

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