janaina nascimento simões de souza, docente ufrrj, doutoranda uff < [email protected]>

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Representações e Identidades do Povo do Aventureiro - Reflexões sobre esta aplicação no ambiente de turismo Janaina Nascimento Simões de Souza, Docente UFRRJ, Doutoranda UFF < [email protected]> Lorena Almeida Alves da Silva, Discente Turismo UFRRJ < [email protected]> Natassia de Melo Gomes , Discente Administração UFRRJ < [email protected]> Vinicius de Macedo Costa, Discente Administração UFRRJ < [email protected]> Introdução A praia do Aventureiro se localiza em Ilha Grande, município de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. O Aventureiro, assim chamado por personificar o ato de quem tem coragem de enfrentar a travessia para chegar nesta parte da ilha de mar aberto e bastante agitado, é habitado por volta de 100 pessoas. A localidade atualmente identificada pelas normas do poder público como Reserva Biológica, que de acordo com o Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC) é um tipo de enquadramento de proteção total, passou por um processo de desapropriação que não se deu devidamente por parte do Estado, o que ocasionou a permissão da continuidade da presença da população determinada como tradicional, na localidade, com autorização para que explorem o turismo com uma capacidade de carga total de 600 pessoas no Aventureiro, ficando assim até que o poder político interessado defina qual seu novo enquadramento legal. A caracterização do Aventureiro, sua identidade criada e imposta pelo poder do Estado e apontada pelo visitante outsider, influencia e impacta a vida dos moradores, assim como pode gerar mudanças a todo ecossistema. Este trabalho tem como objetivo geral, através de oficina para a escolha de uma logomarca que os representassem, refletir como a população do Aventureiro se identifica através de sua representação pela arte e pela palavra. Metodologia ●Oficinas; ● Observacional; ● Métodos Comparativos; Fundamentação Teórica Richard Handler questiona a real construção ou invenção da identidade cultural. Para o autor a delimitação espacial, temporal e fronteira cultural não dão conta da determinação de uma unicidade nacional. A fluidez é o que mais caracterizaria a identidade. Para Bauman essa liquidez dá conta de uma quebra de um eterno pertencimento a um tipo único, podendo o ser humano experimentar um leque infinito de opções ofertadas a sua própria escolha. Conclusão Confirma-se a dificuldade de real representação sobre as identificações determinadas pelo Estado. Não houve manifestação que citasse fatores como Reserva ou tradição. As obras resultantes possuem forte relação com a atividade de turismo, o Coqueiro Deitado tem a sua imagem explorada na mídia de massa, e este ícone foi bastante destacado entre os participantes, que o consideram o que possuem de mais importante e um atrativo para turistas. Agradecimentos Agradecimento ao Grupo de Estudos em Marketing, Tecnologia e Ecologia. À UFRRJ, especificamente ao Decanato de extensão, ao Departamento de Administração e Turismo – DAT do Instituto Multidisciplinar. Ao projeto do Ministério do turismo/UFRRJ/IM/DAT “O Povo do Aventureiro, fortalecimento do Turismo de Base Comunitária – Ilha Grande Referências Bibliográficas Bauman, Zymunt. Identidade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar. 2002. Goffman, Erving. As Representações do Eu na Vida Cotidiana. Cap I. Petrópolis. Vozes. 2005. Guertz, C. Do Ponto de Vista dos Nativos: a natureza do entendimento antropológico. In: O Saber Local. Novos Ensaios em Antropologia Interpretativa. 3ª ed Petrópolis: Ed Vozes, 2000 (Opp85-107) ./1974/. Simmel, Georg. Questões Fundamentais da Sociologia. Rio de Janeiro, Jorge Sahar, 2006.

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Representações e Identidades do Povo do Aventureiro - Reflexões sobre esta aplicação no ambiente de turismo. Janaina Nascimento Simões de Souza, Docente UFRRJ, Doutoranda UFF < [email protected]> Lorena Almeida Alves da Silva, Discente Turismo UFRRJ < [email protected]> - PowerPoint PPT Presentation

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Representações e Identidades do Povo do Aventureiro - Reflexões sobre esta aplicação no ambiente de turismo

Janaina Nascimento Simões de Souza, Docente UFRRJ, Doutoranda UFF < [email protected]>Lorena Almeida Alves da Silva, Discente Turismo UFRRJ < [email protected]>

Natassia de Melo Gomes , Discente Administração UFRRJ < [email protected]>Vinicius de Macedo Costa, Discente Administração UFRRJ < [email protected]>

Introdução A praia do Aventureiro se localiza em Ilha Grande, município de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. O Aventureiro, assim chamado por personificar o ato de quem tem coragem de enfrentar a travessia para chegar nesta parte da ilha de mar aberto e bastante agitado, é habitado por volta de 100 pessoas. A localidade atualmente identificada pelas normas do poder público como Reserva Biológica, que de acordo com o Sistema Nacional de Unidade de Conservação (SNUC) é um tipo de enquadramento de proteção total, passou por um processo de desapropriação que não se deu devidamente por parte do Estado, o que ocasionou a permissão da continuidade da presença da população determinada como tradicional, na localidade, com autorização para que explorem o turismo com uma capacidade de carga total de 600 pessoas no Aventureiro, ficando assim até que o poder político interessado defina qual seu novo enquadramento legal. A caracterização do Aventureiro, sua identidade criada e imposta pelo poder do Estado e apontada pelo visitante outsider, influencia e impacta a vida dos moradores, assim como pode gerar mudanças a todo ecossistema. Este trabalho tem como objetivo geral, através de oficina para a escolha de uma logomarca que os representassem, refletir como a população do Aventureiro se identifica através de sua representação pela arte e pela palavra.

Metodologia●Oficinas; ● Observacional; ● Métodos Comparativos; Fundamentação Teórica

Richard Handler questiona a real construção ou invenção da identidade cultural. Para o autor a delimitação espacial, temporal e fronteira cultural não dão conta da determinação de uma unicidade nacional. A fluidez é o que mais caracterizaria a identidade. Para Bauman essa liquidez dá conta de uma quebra de um eterno pertencimento a um tipo único, podendo o ser humano experimentar um leque infinito de opções ofertadas a sua própria escolha.

Conclusão Confirma-se a dificuldade de real representação sobre as identificações determinadas pelo Estado. Não houve manifestação que citasse fatores como Reserva ou tradição. As obras resultantes possuem forte relação com a atividade de turismo, o Coqueiro Deitado tem a sua imagem explorada na mídia de massa, e este ícone foi bastante destacado entre os participantes, que o consideram o que possuem de mais importante e um atrativo para turistas.

Agradecimentos Agradecimento ao Grupo de Estudos em Marketing, Tecnologia e Ecologia. À UFRRJ, especificamente ao Decanato de extensão, ao Departamento de Administração e Turismo – DAT do Instituto Multidisciplinar. Ao projeto do Ministério do turismo/UFRRJ/IM/DAT “O Povo do Aventureiro, fortalecimento do Turismo de Base Comunitária – Ilha Grande 

Referências BibliográficasBauman, Zymunt. Identidade. Rio de Janeiro, Jorge Zahar. 2002. Goffman, Erving. As Representações do Eu na Vida Cotidiana. Cap I. Petrópolis. Vozes. 2005. Guertz, C. Do Ponto de Vista dos Nativos: a natureza do entendimento antropológico. In: O Saber Local. Novos Ensaios em Antropologia Interpretativa. 3ª ed Petrópolis: Ed Vozes, 2000 (Opp85-107) ./1974/.Simmel, Georg. Questões Fundamentais da Sociologia. Rio de Janeiro, Jorge Sahar, 2006.