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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013 JAGUARÉ http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTshFL6kQYPtJQ_TY2UNwZMff8s1nuyJUenoc8JODOht6tPc15ueuUpT9k PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011)

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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013

JAGUARÉ

http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTshFL6kQYPtJQ_TY2UNwZMff8s1nuyJUenoc8JODOht6tPc15ueuUpT9k

PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011)

Equipe Responsável pela elaboração Escritório Local de Desenvolvimento Rural de Jaguaré

Valchirio José Martins da Silva

Domingos de Jesus

Fernanda Brioschi Giovanelli

Contribuições na elaboração do diagnóstico e planejamento Associação de agricultores

Sindicatos

Prefeitura municipal

Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável

Equipe de apoio na elaboraçãoAntônio Carlos Benassi (CRDR Nordeste)

Sérgio Marins Có (MDR Litoral Nordeste)

Geraldo Mendes da Silva (Assessor Técnico)

Célia Jaqueline Sanz Rodriguez (Área de Operações Ater)

Gardênia Marselha de Araújo (Área de Operações Ater)

Ludmila Nascimento Nonato (Área de Operações Ater)

Thyerri Santos Silva (CPD)

APRESENTAÇÃO

O Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Proater é um instrumento

norteador das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural - Ater que serão

desenvolvidas junto aos agricultores familiares. A programação está respaldada em

diagnósticos e planejamento participativos, com a qual agricultores, lideranças, gestores

públicos e técnicos contribuíram ativamente na sua concepção.

Mais do que um instrumento de gestão, o Proater tem como grande desafio contribuir

com o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. As ações de assistência

técnica e extensão rural ora planejadas são vistas como um processo educativo não

formal, emancipatório e contínuo. Assim, a melhoria da qualidade de vida das famílias

rurais é o grande mote e direcionamento dos esforços dos agentes de Ater envolvidos no

processo.

Este documento está dividido em duas partes: a primeira, o diagnóstico, apresenta

informações acerca da realidade do município (aspectos demográficos,

naturais/ambientais, sociais e econômicos), os principais desafios e as potencialidades. A

segunda, o planejamento, encerra a programação de ações para o ano de 2011.

1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1 Localização do município

Município: Jaguaré.

Localização: Região norte – Microrregião litoral nordeste

Distância da Capital: 203 km

Altitude: Média: 70 m Máxima: 224 m

Localização Geográfica: Latitude: 18 54’ 23” S. Longitude: 40 04’ 31” W.

Área Territorial: 656 km²

Bioma: Mata Atlântica

Território: Norte - E.S

1.2 Aspectos históricos, populacional e fundiários

1.2.1 - Histórico da colonização, etnia, costumes e tradições

Até a década de 40, Jaguaré era um lugarejo coberto pela mata atlântica, habitado por

alguns indígenas e outros povos, provavelmente vindos do Nordeste Brasileiro e Minas

Gerais em busca de melhores condições de vida.

Em maio de 1946, motivados pela política de governo e sob o comando do Sr. Pedro

Altoé, uma caravana proveniente de Jaciguá, na época distrito de (Cachoeiro de

Itapemirim), chegou à localidade denominada Ponte de Barra Seca, às margens da BR

101 e estabeleceu-se na região. A vinda em 06 de outubro de 1949 do Sr. Cipriano Coco,

que ergueu a primeira morada (casa de estuque), marcou efetivamente a consolidação

do núcleo colonizador. Com muitas dificuldades, alguns anos após a chegada, os

colonizadores comemoraram com sucesso a colheita do produto que mais tarde se

tornaria a base da economia do município, o café.

A princípio, o lugarejo ganhou o nome de Lagoa do Jaguaré, e estava ligado ao nome de

um “capim” que existia em abundância nas margens da lagoa. Com o passar dos tempos

a lagoa foi desaparecendo e o local passou a ser chamado simplesmente de Jaguaré.

Em 13/10/1981, a lei estadual nº 3445 criou o município de Jaguaré, com território

desmembrado do município de São Mateus. Sua Instalação se deu em 31/01/1983.

1.2.2 - Distritos e principais comunidades

Segundo a lei estadual de criação nº 3.445/81, de 13 de outubro de 1981, o município

ficou dividido em dois distritos: Sede e Barra Seca, posteriormente, foi criado o distrito de

Nossa Senhora de Fátima, pela lei estadual nº 241 de 23/04/1992. Em divisão territorial

datada de 15/07/199, o município é constituído de três distritos: Jaguaré, Barra Seca de

Ponte Nova e Nossa Senhora de Fátima.

Jaguaré (Sede): Córrego das Abóboras, Japira, Giral, Santa Maria Gorete, São Brás,

Córrego da Areia, São José, São Paulo, Bom Jesus, Rio do Sul, Assentamento 13 de

Setembro e Aracati.

Barra Seca (Sede): Palmito, Palmitinho Zanelato, São Roque, Santa Rita, São João

do Estivado, Água Limpa, São Domingos, Comunidade Luterana e Mosquito.

Nossa Senhora de Fátima: Santo Antônio de Pádua, São João Bosco, Vargem Grande,

Barra Seca Velha, São Judas Tadeu, Valiati e Santo Anjo. Figura 1 – Mapa do Figura

Figura 1 – Mapa do município/ distritos

1.2.3 – Aspectos populacionais

Em pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,

divulgada no Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, Jaguaré ocupa, em relação ao

Espírito Santo, o 63º lugar (0, 691), no ranking do I.D.H. - Índice de Desenvolvimento

Humano (PNUD/2000). Os índices avaliados foram: longevidade, mortalidade, educação,

renda e sua distribuição.

Tabela 1 – Aspectos demográficos

Situação do Domicílio/Sexo 2010

Urbana 15033Homens 7510

Mulheres 7523

Rural 9645Homens 4958

Mulheres 4687Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=608&z=cd&o=3&i=P, em 12 de maio de 2011.

1.2.4 – Aspectos fundiários

Os aspectos fundiários de um município refletem, a grosso modo, a forma como a terra

está sendo distribuída entre as pessoas e os grupos. Existem muitas formas de observar

e conceituar a partir desses números. Optamos por utilizar dados do INCRA (Instituto

Nacional de Colonização e Reforma Agrária) onde a quantidade de módulos fiscais define

a propriedade em minifúndio, pequena (entre 1 a 4 módulos fiscais), média (acima de 4

até 15 módulos fiscais) e grande propriedade (superior a 15 módulos fiscais). Os módulos

fiscais variam de município para município, levando em consideração, principalmente, o

tipo de exploração predominante no município, a renda obtida com a exploração

predominante e o conceito de propriedade familiar (entre outros aspectos, para ser

considerada familiar, a propriedade não pode ter mais que 4 módulos fiscais) 1.

Em Jaguaré o módulo fiscal equivale a 20 hectares.

1 Legislação: Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 e Instrução Normativa Nº 11, de 04 de abril de 2003).

Tabela 2 – Assentamentos Existentes

NºNOME DO ASSENTAMENTO E/OU

ASSOCIAÇÃO CONTEMPLADAMODALIDADE

Nº DE FAMÍLIAS ASSENTADAS E/OU

BENEFICIADAS

1 Assentamento Córrego da Areia Estadual 31

2 Assentamento Córrego da Onça Estadual 08

3 Assentamento São Roque (*) Estadual 08

OBS: O número de famílias assentadas

originalmente no Assentamento Córrego da

Areia eram 31 famílias. Atualmente, residem

no Assentamento 73 famílias, incluindo filhos

(as), parentes e posseiros, etc. No

Assentamento Córrego da Onça, o número de

famílias instaladas originalmente eram 08

famílias, e atualmente residem no

Assentamento 13 famílias, incluindo filhos

(as), parentes e posseiros, etc.

FONTE: INCAPER/ELDR Jaguaré 2010.

A estrutura fundiária retrata o predomínio das pequenas propriedades, de base familiar,

onde os trabalhos produtivos são feitos pela própria família ou no regime de parcerias

agrícolas. A estrutura fundiária encontra-se assim distribuída:

Tabela 3 – Aspectos da Estratificação Fundiária

Município Minifúndio Pequena Média Grande Total

Jaguaré 1.353 600 131 22 2.106Fonte: INCRA, dados de Janeiro de 2011.

1.3 Aspectos Edafoclimáticos e ambientais

1.3.1 Caracterização edafoclimática

Zonas naturais: O Município localiza-se dentro de três zonas:

Zona 6: Terras quentes, acidentadas e secas, correspondentes a 1,5% da área do

Município.

Zona 8: Terras quentes, planas, transição chuvoso-seca, correspondente a 25,4 % da

área do Município.

Zona 9: Terras quentes, planas e secas, correspondente a 73,1% da área do Município.

Relevo: Plano a suavemente ondulado, com vertentes curtas variando de 100 a 150m de

comprimento.

Clima: Tropical quente, a temperatura média anual e de 23,3 C, com predominância das

chuvas nos meses de outubro a janeiro. A precipitação média anual gira em torno de

1.200 mm a 1.300 / ano.

Tipo de Solo: Latossolo vermelho amarelo distrófico, textura Argilo - arenosa, fertilidade

média a baixa. A maioria das atividades agrícolas, destacando-se a cafeicultura, seguida

da fruticultura são cultivadas em solos planos e/ou suavemente ondulados com

declividade de até no máximo 12%. Verifica-se nestas áreas a ocorrência de erosão

laminar, devido ao manejo inadequado de equipamentos de irrigação por aspersão e a

não adoção de práticas de conservação do solo. As vertentes (encostas) na sua grande

maioria estão desprotegidas em consequência da ação antrópica que vem ocorrendo ao

longo dos anos, e apresentam alto grau de degradação do solo.

Figura 2 – Zonas naturais do município de Jaguaré

Algumas características das zonas naturais1 do município Jaguaré

1 Fonte: Mapa de Unidades Naturais (EMCAPA/NEPUT, 1999);2 Cada 2 meses parcialmente secos são contados como um mês seco;3 U – chuvoso; S – seco; P- parcialmente seco.

Temperatura Relevo Água

Meses secos, chuvosos/secos e secos3ZONASmédia min.mês maisfrio (oC)

média máx.mês mais

quente (oC)

Declividade No mesessecos2

J F M A M J J A S O N DZona 6: Terras Quentes, Acidentadas e Secas 11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 > 8% 6 P P P P P P P S S P U U

Zona 8: Terras Quentes, Planas e TransiçãoChuvosa/Seca

11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 < 8% 5 P P P P P P P S P U U U

Zona 9: Terras Quentes, Planas e Secas 11,8 - 18,0 30,7 - 34,0 < 8% 6 P P P P P P P S S P U U

Topografia: Plana a suavemente ondulada, 85% das terras apresentam declividade

inferior a 30% de desnível.

Vegetação: A vegetação predominante no Município é constituída de fragmentos de mata

atlântica. As vertentes (encostas) na sua grande maioria estão desprotegidas em

consequência da ação antrópica que vem ocorrendo ao longo dos anos. Estas áreas

apresentam alto grau de degradação e na maioria das vezes, se constituem em áreas de

APP’s - Áreas de Preservação Permanente, previstas na legislação ambiental vigente,

algumas áreas, apresentam estágio inicial de recomposição florestal natural, e serão

áreas prioritárias onde atuaremos no Programa de Adequação Ambiental das

Propriedades Rurais, desenvolvido pelo Incaper, em parceria com a SEAG e demais

órgãos ambientais do estado.

1.3.2 Aspectos Ambientais

Jaguaré não dispõe de áreas de proteção ambiental, reserva florestal, parque nacional,

etc., porém, faz divisa com o município de Sooretama que possui uma reserva “Reserva

Biológica de Sooretama ”administrada pelo IBAMA, que desenvolve ações de Educação

Ambiental com o Incaper e outros órgãos estaduais e municipais, nas áreas de entorno

da reserva. A cobertura de vegetação atual/original do município é de 11% (7.197 Km²) e

a maioria constituída de fragmentos do bioma Mata Atlântica.

Parte da reserva florestal de Sooretama, aproximadamente 2.000ha, está localizada no

município de Jaguaré, nas proximidades da lagoa Suruaca. Destacamos ainda que a

vegetação remanescente predominante no município é constituída de fragmentos de

mata atlântica isolados e dispersos. A fragmentação da floresta em ilhas causa uma série

de mudanças no micro clima, regime hidrológico, degradação dos recursos naturais e a

modificação ou eliminação das relações ecológicas com outras espécies animais e

vegetais, trazendo como consequência a diminuição da biodiversidade.

Nesse sentido, é de extrema importância promover ações em parceria junto aos órgãos

ambientais, ONGs, Prefeitura municipal, Comunidades etc., no sentido de promover

ações visando à criação de Corredores Ecológicos, com objetivo de aumentar a

conectividade entre os remanescentes florestais, através da recuperação de matas

ciliares, incentivo a criação de reservas particulares e a implementação de sistemas

agroflorestais.

1.4 Organização social É baixo o nível de organização dos agricultores do município de Jaguaré, a maioria está

organizada em: Sindicato dos Trabalhadores Rurais que é uma instituição de apoio aos

agricultores familiares, oferecendo assistência social, jurídica, crédito fundiário e rural

para seus associados e o Sindicato Rural (patronal) que também oferece serviços na

área jurídica, social, saúde e crédito rural, além de ser um parceiro do Incaper na

promoção do programa de capacitação do SENAR. Várias associações de pequenos

produtores foram criadas na década de 90, com interesse de obter ajuda do governo

estadual e não com base nos princípios do associativismo, isso fez com que a maioria

delas ficasse apenas no papel e não prosperaram, porém, a maioria delas encontra-se

dentro da legalidade.

No município existem atualmente 07 Associações e 03 Cooperativas de produtores

rurais, porém ainda percebe-se um alto grau de interferência política, fortemente

caracterizada pelo “assistencialismo”, tanto nas associações mais antigas, como nas que

foram criadas recentemente, o que dificulta a realização de um trabalho voltado para os

princípios do Associativismo. Neste sentido uma das estratégias é priorizar o

aperfeiçoamento da gestão destas associações e oferecer serviços de ATER de acordo

com os interesses dos associados, visando à organização, estruturação e o

aperfeiçoamento da gestão para os mercados consumidores.

Dentre elas, destacamos a COOPRUJ - Cooperativa de Produtores de Jaguaré, que atua

na produção e comercialização de maracujá, e já vem desenvolvendo junto à indústria de

polpa de frutas Trop Brasil, um programa de comercialização do maracujá produzido

pelos seus associados, com preço de garantia pré - fixado com base nos custos de

produção da cultura, proporcionando desta forma um retorno econômico garantido dos

investimentos na cultura.

Ressaltamos ainda que no ano de 2009 foi criado o Conselho Municipal de

Desenvolvimento Rural Sustentável de Jaguaré, que tem atuado firmemente no sentido

de discutir propostas e projetos de desenvolvimento para a agricultura familiar do

município.

Tabela 4 – Associações de agricultores familiares existentes no município

Nº NOME DA ORGANIZAÇÃOLOCAL DA

SEDENº DE

SÓCIOS

PRINCIPAIS ATIVIDADES COLETIVAS

DESENVOLVIDAS

1Ass. dos Pequenos Agricultores

da Região do Giral - APAGIR

Comunidade do

Giral 11

-Secagem/beneficiamento de

café e comercialização

2Ass. dos Pequenos Agricultores

de N. Senhora Aparecida -

APRONA

Comunidade do

Giral15 -Serviços de preparo do solo

3Ass. dos Pequenos Produtores

do Córrego do Piqui -

APRUCOP

Comunidade do

Palmitinho10

-Secagem/beneficiamento de

café e comercialização

4Ass. dos Pequenos Agricultores

de Bom Jesus - ABOJ

Comunidade

Bom Jesus -

Córrego da

Areia

22-Secagem/beneficiamento de

café e comercialização

5Ass. dos Pequenos Agricultores

da Comunidade da Abóbora -

ACCAJ

Comunidade da

Abóbora23

-Secagem/beneficiamento de

café e comercialização

6Ass. dos Apicultores de Jaguaré

- APIJ

Comunidade

São Paulo10

-Produção e comercialização

de mel

7Ass. de Cooperação

Assentamento Córrego da Areia

- ACAC

Assentamento

Córrego da

Areia

24

-Agroindústria de farinha,

investimentos diversos e

comercialização

8Cooperativa de Pequenos

Produtores e Meeiros da

Região do Giral - COOPEME

Comunidade

Daniel

Comboni - Giral

28

-Colheita/beneficiamento/

comercialização de café e

pimenta do reino

9Cooperativa de Produtores de

Maracujá e Cafeicultores de

Jaguaré - COOPRUJ

Distrito de

Barra Seca de

Ponte Nova

263

-Comercialização/

processamento de maracujá

e café

10Cooperativa Agrícola de

Jaguaré - COOCAPI

Avenida 09 de

agosto, Centro-

Jaguaré-ES

243

-Armazenamento e

comercialização de café,

cacau e pimenta do reino.FONTE: INCAPER/ELDR Jaguaré 2010.

Tabela 5 – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS

Nº ENTIDADE REPRESENTANTE

1SINDICATO DOS TRABALHADORES

RURAIS

EFETIVO: Angelina Pancini Caliman

SUPLENTE: Cleber Caliman

2SINDICATO RURAL PATRONAL DE

JAGUARÉ

EFETIVO: Carlos Giovani Sossai

SUPLENTE: José Silvano Bizi

3COOPERATIVAS DE PRODUTORES

RURAIS

EFETIVO: Brás Figueiredo

SUPLENTE: Fábio Fiorot

4 ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA - MEPES EFETIVO: Maria Madalena Tonieri

SUPLENTE: Eric Oliveira

5ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES

RURAIS

EFETIVO: Alcides Dalvi

SUPLENTE: Ronalso Tomazelli

6 INCAPEREFETIVO: Valchirio José Martins da Silva

SUPLENTE: Domingos de Jesus

7SECRETARIA MUNICIPAL DE

AGRICULTURA

EFETIVO: João Evangelista Malanquini

SUPLENTE: Romar dos Santos Marinho

8 IDAFEFETIVO: Cristalino de Jesus

SUPLENTE: Antônio Humberto Russe

9SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO

AMBIENTE

EFETIVO: Mônica Bonomo

SUPLENTE: Ramon Bonomo Santana

10SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

E CULTURA

EFETIVO: Ilza D’arc Mª L. Gomes

SUPLENTE: Ana Maria Rosato

11 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDEEFETIVO: Jair Sandrini

SUPLENTE: Maria Gorethi Togneri Martins

12 MENBRO DA REFORMA AGRÁRIAEFETIVO: Amaurílio dos Santos

SUPLENTE: Osvaldo Pereira GomesFONTE: INCAPER/ELDR Jaguaré 2010.

1.5 Aspectos econômicos

A principal atividade econômica do município é a agropecuária, onde se destaca o cultivo

do café conilon com uma área aproximada de 22.000 ha, destes 20.000 ha estão em

produção e mais de 85% das áreas cultivadas são irrigadas, colocando o município como

o maior produtor de café conilon do estado do Espírito Santo, do Brasil e

consequentemente do mundo. Com uma produtividade média em torno de 35 a 40

sacas/beneficiadas/ha, o município produziu em média 574.487 sacas café beneficiadas

nos últimos quatro anos, equivalente a aproximadamente 8% da produção estadual.

O café é a principal atividade econômica do município, sendo responsável por mais de

80% da renda bruta anual dos agricultores. No ano de 2009 foram produzidas 608.000

sacas de café beneficiado gerando uma receita bruta anual de R$ 116.736.000.00 (cento

e dezesseis milhões setecentos e trinta e seis mil reais) e cerca de 10.800 empregos

diretos e indiretos, destes, mais de 6.000 empregos são gerados durante o período de

colheita que ocorre a partir de meados de abril e estende-se até o mês de julho.

Esta produtividade média é alcançada devido à utilização de altas tecnologias como:

clones altamente produtivos, irrigação, nutrição, controle fitossanitário, etc., por parte de

uma grande parcela de produtores, porém, no município ainda existe um número

expressivo de pequenos agricultores familiares, que cultivam café utilizando baixas

tecnologias devido ao fato de: estarem descapitalizados, não terem acesso facilitado ao

crédito rural orientado/ investimento para renovação de suas lavouras, pouca assistência

técnica e políticas públicas estaduais e municipais direcionadas para a renovação

tecnológica das lavouras de café conilon, que apresentam baixa produtividade e

qualidade, dando prioridade aos agricultores familiares que se enquadram nas normas do

PRONAF.

Apesar da grande produtividade, o café conilon produzido no município ainda é de baixa

qualidade no que se refere ao “tipo e bebida”, sendo uma das metas deste ELDR, em

parceria com a Prefeitura Municipal, dar continuidade à campanha de melhoria da

qualidade do café conilon produzido no município, através de ações conjuntas em

parceria com os Sindicatos, Associações, Cooperativas, Empresas privadas, e

instituições financeiras.

Nesse sentido, a Prefeitura Municipal de Jaguaré lançou o programa municipal intitulado

“Conilon Especial’, que é um projeto focado na melhoria da qualidade do café

conilon,embasado na criação de um processo de produção diferenciado, através da

adoção de um protocolo de boas práticas de produção, possibilitando a competitividade

desta variedade no cenário internacional, gerando renda e melhoria da qualidade de vida

para os cafeicultores do município. Este projeto será implementado a partir da safra

2011/2012 em parceria com o Incaper e demais organizações rurais do município.

Acreditamos que a partir do momento em que os compradores e exportadores pagarem

um preço diferenciado para o café conilon de qualidade, teremos condições de ofertar um

produto com melhores padrões de tipo e bebida, com pequenos ajustes nos processos de

colheita, pós-colheita e beneficiamento.

A fruticultura também vem se destacando como opção de diversificação da renda familiar,

através do cultivo de mamão e maracujá. Com a implantação da indústria de polpa de

frutas no município de Linhares, “Trop Brasil“, existe a expectativa de um aumento

significativo nas áreas de cultivo de maracujá no município, passando dos atuais 500 ha

para aproximadamente 1.000 ha com um incremento na área de cultivo em mais de

100% e uma produção média anual de 30.000 t, gerando uma receita bruta anual de

24.000,000 (vinte e quatro milhões de reais). No município também são cultivados

aproximadamente 350 ha de mamão e 250 ha de coco anão verde, porém, ressaltamos

que estas atividades normalmente são desenvolvidas por produtores de médio e grande

porte.

A fruticultura é hoje a segunda atividade agropecuária geradora de emprego e renda no

município, e tem como característica a oferta de trabalho ao longo do ano, e não tão

concentrada como na cultura do café, que ocorre com maior intensidade durante o

período de colheita. Estima-se que esta atividade gera em torno de 3.000 empregos

diretos e indiretos anualmente. O cultivo do abacaxi, apesar de incipiente, também vem

despertando o interesse de alguns agricultores que pretendem investir nesta atividade,

como opção de diversificação da renda, visto que as nossas condições de solo e clima

são favoráveis para o desenvolvimento desta cultura, no município de Jaguaré são

cultivados atualmente 12,0 ha de abacaxi com um rendimento de 210 t/ano.

A cultura da pimenta do reino é tradicional no município, e constitui-se numa importante

fonte de renda, principalmente para os pequenos agricultores, que conduzem os plantios

utilizando basicamente a mão-de-obra familiar. O município de Jaguaré é o segundo

maior produtor dessa iguaria no Estado, com uma área de 230 ha e uma produção anual

em torno de 690 t, porém, a incidência cada vez maior de doenças causadas por fungos

de solo “Fusárium”, e o alto custo de implantação de novas lavouras, vem

desestimulando os agricultores do município a investirem em novos cultivos. No

município também são cultivados aproximadamente 283,0 ha de seringueira com uma

produção anual de CVP de aproximadamente 255 t, esta atividade normalmente é

conduzida por médios e grandes produtores.

As culturas alimentares, (feijão, milho e mandioca), que outrora eram consideradas

lavouras de subsistência, agora são cultivadas em pequena escala, por um número

reduzido de pequenos agricultores familiares, que muitas das vezes, não produzem nem

o suficiente para o consumo humano e animal. Estas lavouras estão cada vez menos

presentes nas atividades da agricultura familiar, e o produtor mais dependente no que se

refere ao aporte de alimentos e insumos externos.

Tabela 6 – Principais atividades econômicas

Atividades % no PIB Municipal

Agropecuária 26,83

Indústria 47,82

Comércio e Serviços 25,35Fonte:http://www.ijsn.es.gov.br/index.phpoption=com_content&view=category&layout=blog&id=281&Itemid=258

Tabela 7 – Principais atividades agrícolas (Área, Produção, Produtividade e valor total das principais atividades agropecuárias do município)

ProdutoÁrea Total

(ha)Área a ser

Colhida (ha)Quantidade

Produzida (T)Rendimento

Médio (Kg/ha)Produção

Estimada (t)

Abacaxi 12 6 210 35000 210

Banana 15 15 225 15000 225

Borracha 283 283 255 901 255

Café 21000 19000 32984 1736 32984

Cana 5 5 200 40000 200

Coco-da-baía 250 250 3000 12000 3000

Feijão – Safra 1 10 10 3 300 3

Laranja 15 15 75 5000 75

Mamão 350 350 45500 130000 45500

Mandioca 180 180 2160 12000 2160

Maracujá 500 400 8000 20000 8000

Milho – Safra 1 120 120 180 1500 180

Palmito 60 60 36 600 36

Pimenta 230 230 690 3000 690

TOTAL 23030 20924 93518 277037 93518

Fonte: IBGE/LSPA do Estado do Espírito Santo (Agosto/2010).

Tabela 8 – Atividade pecuária

Município Tipo de Rebanho 2008 2009

Bovino 14.210 12.292

Suíno 1.725 1.729

Caprino - -

Jaguaré Ovino 398 395

Galos, Frangas, Frangos, Pintos 13.056 13.180

Galinha 8.050 8.130

Codorna - -

Variável: Valor da Produção (Mil reais)

Município Tipo de Produto 2008 2009

Leite 908 982

Jaguaré Ovos de Galinha 52 48

Ovos de Codorna - -

Mel de Abelha 9 9

Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ppm/default.asp e http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?

t=1&z=t&o=23&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1, em 2011.

Tabela 9 – Aqüicultura e Pesca

TILÁPIA (X) Área utilizada em ha 3,5

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada 35

QUAIS? Produtor Nº 01

ALEVINOS

TILÁPIA ( ) Área utilizada em ha

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada

QUAIS? Produtor NºFONTE: INCAPER/ELDR Jaguaré 2010.

Tabela 10 – Principais Atividades rurais não agrícolas

Nº ATIVIDADES NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS

1 Agroindústria 18

2 Artesanato 30

3 Agroturismo -FONTE: INCAPER/ELDR Jaguaré 2010.

O município possui atualmente cerca de 8.390 ha de florestas plantadas (eucalipto)

destes, apenas 450 ha são cultivados pelos produtores rurais, para serem utilizados de

diversas formas em suas propriedades, principalmente na secagem de café, pimenta do

reino, construções rurais, cercas etc., o restante da área 7.940 ha, é cultivada por

empresas florestais do ramo de fabricação de celulose, que utilizam máquinas e

equipamentos sofisticados nas operações de plantio e colheita. Esta atividade ocupa

aproximadamente 13% da área geográfica do município e é praticamente inexpressiva na

geração de emprego e renda para a população rural e urbana do município, além de não

contribuir para arrecadação de tributos (ICMS).

A atividade de pecuária é mista, corte/leite, e explorada em pequena escala por apenas

8% dos proprietários rurais do município, com um rebanho de aproximadamente 12.292

cabeças. A maioria dos produtores se dedica a pecuária de corte, a produção de leite gira

em torno de 6.500 l/dia.

O município de Jaguaré possui grande aptidão para as atividades agrícolas, que são

cultivadas nas pequenas, médias e grandes propriedades, o que fortalece a unidade de

produção como centro gerador de produtos, emprego e renda. Porém, os agricultores do

município, ainda são pouco organizados em associações e cooperativas, fazendo com

que muitos ainda não disponham de infraestrutura de beneficiamento, armazenamento e

comercialização da produção de seus produtos, principalmente o café, além da

necessidade frequente de capacitação, para melhoria do nível tecnológico e gerencial

das atividades exploradas em suas propriedades rurais.

A Construção da Ceasa norte, vem gerando expectativas para os agricultores do

município, que poderão contar com uma infraestrutura para comercialização de seus

produtos, possibilitando a diversificação de culturas e o aumento da renda familiar,

principalmente através do cultivo de frutas, olerículas, cereais etc.

Com a instalação da indústria de polpa de frutas “Trop Brasil” no município de Linhares,

os agricultores de Jaguaré já se organizaram em cooperativa (Coopruj) com a finalidade

de produzir e comercializar “maracujá” diretamente para a indústria, que recentemente

firmou um contrato com a cooperativa, estabelecendo um preço mínimo de R$ 0,85

(oitenta e cinco centavos) a ser pago pelo kg do maracujá entregue na indústria, que será

produzido pelos associados em uma área de cultivo de 300,0 ha.

Do total da produção obtida, 70% (6.600 t/ano) serão utilizados na fabricação de polpa, e

o restante (2.000 t/ano), o associado poderá comercializar diretamente para o mercado

de frutas in natura.

Depois das atividades agropecuárias, a principal fonte de arrecadação do município é

proveniente do repasse de royalties que é feito pela Petrobras mensalmente, sendo que

até o mês de setembro de 2009 o município arrecadou R$ 6.602.531,77 (seis milhões,

seiscentos e dois mil, quinhentos e trinta e um reais e setenta e sete centavos) com uma

média mensal de arrecadação em torno de R$ 733.614,63 (setecentos e trinta e três

milhões seiscentos e quatorze reais e sessenta e três centavos).

O setor comercial, industrial e de serviços de Jaguaré, conta com mais de 200

estabelecimentos comerciais diversos, 22 unidades industriais de pequeno porte e 113

unidades prestadoras de serviços. Este segmento da economia também é um importante

gerador de emprego e renda para o município.

O desenvolvimento de atividades ligadas ao setor de agroindústria, agroturismo e

artesanato ainda é incipiente e não apresenta expressão econômica para o município.

Registramos apenas a existência de pequenas fábricas de queijo, alambiques, massas e

salgados, panificação, farinheiras, produção de vinho, cachaça e poupa de frutas . No

município, ainda não é praticado o agroturismo, porém, existe o interesse de alguns

proprietários em investir neste segmento do agronegócio, como forma de diversificação

da renda.

As atividades de artesanato são variadas, dentre elas destacamos o artesanato de

madeira, fibras diversas, embalagens descartáveis, pintura em tecidos, bisquí, bordados

e crochê etc.

1.6 Aspectos turísticos

Como pontos turísticos, podemos destacar a cachoeira do Beréco que é um local atrativo

e de rara beleza cênica, e a lagoa de suruaca que está localizada dentro da área da

reserva biológica de Sooretama, portanto, limítrofe aos municípios de Sooretama e

Jaguaré. O rio Barra Seca, maior rio do município, é utilizado para uma competição

esportiva inédita no Brasil, denominada de “Barco-Cros” que atrai várias pessoas da

região durante as etapas da sua realização.

2. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO E DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO

2.1 Metodologia de elaboração do Proater

A metodologia utilizada para a realização deste programa está baseada nos princípios de

uma práxis extensionista dialógica, participativa e emancipadora. Desta forma,

agricultores participaram ativamente de todos os processos, discutindo e refletindo sobre

sua realidade de vida, os anseios e as possibilidades de mudança.

A adoção de metodologias participativas de Ater para a condução dos trabalhos deste

programa buscam, além de um diagnóstico que realmente reflita a realidade vivida pelas

famílias, aprimorar a construção da cidadania e a democratização da gestão da política

pública.

A prática utilizada nos diversos encontros com os agricultores familiares estão baseadas

em técnicas e métodos de Diagnóstico Rural Participativo – DRP, nos quais o diálogo e o

respeito são pontos fundamentais para o entendimento coletivo de determinadas

percepções.

A tabela abaixo indica o cronograma de encontros realizados no município.

Tabela 11 – Cronograma de encontros para elaboração do Proater

Nº COMUNIDADE/LOCAL PÚBLICO DATANº

PARTICIPANTES

1 Secretaria Municipal de Agricultura Diversos (*) 09/09/2010 21

2 Secretaria Municipal de Agricultura Diversos (*) 22/09/2010 17

3 Secretaria Municipal de Agricultura Diversos (*) 28/09/2010 16

4Auditório da Prefeitura Municipal de

JaguaréDiversos (1) 22/10/2010 30

FONTE: INCAPER/ELDR Jaguaré 2010.

2.2 Diagnóstico municipal de problemas e potencialidades

O diagnóstico apresentado abaixo foi definido de forma participativa, conforme

identificamos na metodologia de elaboração.

Os problemas e potencialidades diagnosticados estão organizados em três eixos: Meio

ambiente; Econômico/produtivo e Social (este contempla aspectos sociais, culturais e

políticos).

Destacamos que estão apresentados todos os problemas e potencialidades do município.

Desta forma, este diagnóstico possibilita pensar ações em outras áreas e para além da

Assistência Técnica e Extensão Rural.

Meio Ambiente

• Problemas

- Uso intensivo de agrotóxicos;

- Conflitos pelo uso da água;

- Desmatamento em áreas de APP;

- Dificuldades em obter outorga para uso d’água

- Dificuldades na construção/adequação barragens

- Nascentes desprotegias;

- Manejo inadequado das irrigações;

- Monitoramento das bacias hidrográficas;

- Pouca devolução de embalagens de agrotóxicos;

- Falta de fossas sépticas;

- Secas Prolongadas;

• Potencialidades

- Número elevado de nascentes;

- Resquícios de Mata Atlântica;

- Preocupação com problemas ambientais;

- Implantação de TAC/ Córrego Jundiá;

- Estímulo a produção agroecológica;

- Construção de barragens para uso coletivo;

- Crédito direcionado para irrigação localizada;

- Recuperação de áreas degradadas;

- Preservação de nascentes;

- Existência de posto de coleta de embalagens de agrotóxicos

Econômico/Produtivo

• Problemas

- Baixa produtividade e rentabilidade das lavouras;

- Baixo preço dos produtos no mercado;

- Ocorrência de pragas e doenças nas lavouras;

- Poucas opções de comercialização;

- Baixa qualidade das mudas produzidas;

- Alto custo dos insumos;

- Baixa qualidade (café e pimenta do reino)

- Sustentabilidade da cafeicultura;

- Comercialização de forma individual;

- Ocorrência de virose no maracujá

- Ocorrência de fusariose na pimenta do reino;

- Alto consumo de água e energia / irrigação

- Pouca agregação de valor à produção;

- Falta de Assistência Técnica aos agricultores.

• Potencialidades

- Potencial para expansão do cultivo de abacaxi;

- COPORUJ - Comercialização de frutas;

- PAA - Programa de Aquisição de Alimentos;

- Programa de Alimentação Escolar;

- Linhas de crédito do PRONAF;

- Presença da CEASA Norte;

- DRS - Desenvolvimento Regional Sustentável;

- Potencial para agroindústrias;

- Ampliação no quadro de funcionários das Secretarias Municipais de Agricultura e Meio

Ambiente;

- Atuação do Sindicato Rural na compra conjunta de insumos.

Social

• Problemas

- Êxodo de jovens;

- Associações desorganizadas;

- Sindicato pouco atuante no meio rural;

- Redução dos contratos de parceria agrícola;

- Geração de emprego e renda;

- Legislação Trabalhista/ Contratos temporários;

- Ausência de creches no meio rural;

- Pouca assistência à saúde;

- Estradas ruins;

- Alto índice de alcoolismo;

- Número reduzido de Associações de Produtores;

- Drogas no meio rural;

• Potencialidades

- Existência do CMDRS;

- Existência do PMDRS;

- Jovens matriculados na EFA;

- Presença de Escolas Comunitárias Rurais;

- Programa de Crédito Fundiário;

- Presença de grupos de mulheres;

- Cursos de capacitação de mão-de-obra;

As fotos mostram a participação de agricultores em diferentes momentos e oficinas de DRP (Diagnóstico Rural Participativo)

3. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE ATER DO ELDR

As ações planejadas pelo ELDR foram formatadas com a efetiva participação dos

agricultores, suas instituições de representação, técnicos e gestores públicos. Estes

sujeitos participaram não só do diagnóstico como do planejamento em si, apontando as

prioridades e as ações que identificaram como fundamentais.

Além da prospecção das demandas levantadas com os agricultores, o Proater também

está alicerçado nos programas do Governo do Estado, coordenados pelo Incaper e pela

Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.

A tabela a seguir é um quadro resumo das principais ações/atividades a serem

desenvolvidas pelo ELDR no ano de 2011.

PROGRAMAÇÃO ANUAL DAS ATIVIDADES DE ATER – 2011Jaguaré

Público Assistido Crédito Rural Nº

Agricultores Familiares 500 Projeto Elaborado 50

Assentados 40 Projeto Contratado

Quilombolas Mercado e Comercialização Nº

Indígenas Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) 2

Pescadores Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) 1

Outros Agricultores 70 Inclusão/Apoio a feiras -

Outros Públicos 220 Inclusão/Apoio outros mercados 2

Somatório 830 Organização e gestão da comercialização 5

TABELA – Resumo da programação por atividadeINDICADORES

ATIVIDADES

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Café Arábica 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Café Conilon 312 120 52 4 6 0 1 1 0 2 0 3 0 0 0 1 50 1 0

Fruticultura 98 37 33 2 4 1 1 - - - - 2 - - - 1 - 1 -

Olericultura 16 9 7 - - - - - - - - - - - - - - - -

Culturas Alimentares 155 56 35 2 2 - 1 1 - - - 1 - - - 1 - - -

Pecuária 16 7 7 2 - - - - - - - - - - - - - - -

Pesca e Aquicultura - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Silvicultura 63 28 14 3 6 - - - 1 - - - - - - - - - -

Floricultura - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Recursos Hídricos e Meio Ambiente 257 85 108 8 - - - - - - - 3 - - - - - - -

Atividades Rurais Não Agrícolas - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Agroecologia 13 4 5 2 2 - - - - - - - - - - - - - -

Organização Social 36 22 20 - - 1 1 - 1 - 2 - - 1 - - 1 -

Somatório 930 382 283 43 20 1 4 3 1 3 0 11 0 0 1 3 50 3 0

Incaper – Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural

Nº Pessoas Assistidas

Pes

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEDEAG 2007 - 2025, Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e pesca. - Vitória: SEAG, 2008. 284p.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Agropecuário 1995-1996: nº 19. SP/RJ: IBGE, 1998.3983p.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2004. Disponível em:

www.sidra.ibge.gov.br.

INCAPER - Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural.

Disponível em: www.incaper.es.gov.br.

IPES - Instituto de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento Jones dos Santos

Neves. 2006. Disponível em: www.ipes.es.gov.br.

PMJ.- Prefeitura Municipal de Jaguaré. 2006. Disponível em: www.jaguare.es.gov.br.

SEAG - Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Pesca e Aqüicultura. 2006.

Disponível em: www.seag.es.gov.br.