jacqueline alves torres

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Movimento Internacional pelo Parto Movimento Internacional pelo Parto Normal Normal A atuação de enfermeiras obstétricas A atuação de enfermeiras obstétricas como contribuição para redução da como contribuição para redução da morbimortalidade materna e neonatal no morbimortalidade materna e neonatal no Brasil Brasil Jacqueline Alves Torres Jacqueline Alves Torres

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Movimento Internacional pelo Parto Normal A atuação de enfermeiras obstétricas como contribuição para redução da morbimortalidade materna e neonatal no Brasil. Jacqueline Alves Torres. Características da saúde das mulheres no Brasil. Saúde das mulheres no Brasil. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Jacqueline Alves Torres

Movimento Internacional pelo Parto Movimento Internacional pelo Parto NormalNormal

A atuação de enfermeiras obstétricas como A atuação de enfermeiras obstétricas como contribuição para redução da contribuição para redução da

morbimortalidade materna e neonatal no morbimortalidade materna e neonatal no BrasilBrasil

Jacqueline Alves TorresJacqueline Alves Torres

Page 2: Jacqueline Alves Torres

Características da saúde das mulheres Características da saúde das mulheres no Brasilno Brasil

Page 3: Jacqueline Alves Torres

Saúde das mulheres no BrasilSaúde das mulheres no Brasil

A maior parte da população brasileira é feminina

IBGE - 51% da população brasileira, em 2009

63% desta população é composta por mulheres em idade fértil

IBGE - 61 milhões de mulheres com idade entre 10 e 49 anos, em 2009

Essas mulheres são responsáveis por dar à luz a cerca de 3 milhões de novos cidadãos brasileiros a cada ano.

Em torno de 90% destes partos ocorrem no setor público e 10% no setor privado

O modelo de atenção ao parto no Brasil é prioritariamente hospitalar.

98% dos nascimentos acontecem em hospitais (DATASUS/MS)

O gasto com internações obstétricas, no Sistema Único de Saúde, é elevado

Em torno de 1 bilhão de reais, no ano de 2007

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Saúde das mulheres no BrasilSaúde das mulheres no Brasil

Apesar disto, o Brasil apresenta, ainda hoje, resultados em indicadores de morbimortalidade

materna e neonatal muito aquém dos investimentos realizados.

Page 5: Jacqueline Alves Torres

Saúde das mulheres no BrasilSaúde das mulheres no Brasil

A Razão de mortalidade materna ainda é alta

DATASUS – em 2005, a RMM corrigida foi 75 mortes por 100 mil nascidos vivos

A taxa de mortalidade em menores de 5 anos permanece elevada, embora tenha diminuído nos últimos anos.

Em 2000 era 30,37 e em 2005 era de 25,23 por 1000NV

O componente neonatal é o que causa maior impacto neste indicador

A mortalidade entre 0 e 28 dias de vida corresponde a 56% dos óbitos em menores de 5 anos

Page 6: Jacqueline Alves Torres

Saúde das mulheres no BrasilSaúde das mulheres no Brasil

Inicialmente estes dados podem parecer demonstrar falta de acesso aos serviços de saúde, contudo, é preciso que se

ressalte que:

A cobertura de pré-natal no Brasil é alta, em torno de 90% das mulheres realiza 4 ou mais consultas de pré-natal.

A proporção de cesarianas, é excessivamente elevada, atualmente em torno de 45%, valor bem acima dos 15%

recomendados pela OMS.

Observa-se que há uma utilização inadequada de recursos e tecnologias na atenção obstétrica, sem impacto significativo nos indicadores de mobimortalidade materna e neonatal.

Page 7: Jacqueline Alves Torres

A questão das cesarianas...A questão das cesarianas...

Existem duas situações distintas no país:

A primeira no setor público de saúde, onde são atendidos a maior parte dos partos, com as taxas médias de 28,6% em

2005 e 30,1% em 2006, segundo DTASUS.

A outra no setor de saúde suplementar no qual a taxa média foi de 80,5% em 2006 e 83,7% em 2007.

As taxas no SUS e no sistema privado compõem uma taxa média nacional de 43,2% em 2005 e 44,4% em 2006.

Embora represente uma pequena porção dos partos do país, o setor suplementar tem um peso importante na composição

do dado nacional.

Page 8: Jacqueline Alves Torres

Características gerais do setor Características gerais do setor suplementar de saúde no Brasilsuplementar de saúde no Brasil

Page 9: Jacqueline Alves Torres

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Características gerais do setor suplementar da Características gerais do setor suplementar da saúdesaúde

Page 10: Jacqueline Alves Torres

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Características gerais do setor suplementar da Características gerais do setor suplementar da saúdesaúde

Fonte: ENSP/Fiocruz - Radis no 55 (Mar/2007)

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Características gerais do setor suplementar da Características gerais do setor suplementar da saúdesaúde

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Voltando ao Setor SuplementarVoltando ao Setor Suplementar

Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários – SIB e Cadastro de Operadoras (06/2009)

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Características gerais do setor suplementar da Características gerais do setor suplementar da saúdesaúde

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Características gerais do setor suplementar da Características gerais do setor suplementar da saúdesaúde

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Características gerais do setor suplementar da Características gerais do setor suplementar da saúdesaúde

Page 16: Jacqueline Alves Torres

Gasta Gasta muito e muito e sem sem necessidadnecessidade e

Contribui Contribui pouco na pouco na melhoria da melhoria da saúdesaúde

Consegue Consegue poucos poucos resultadosresultados

Modelo Modelo assistencial assistencial

de alto custo de alto custo e baixo e baixo

impactoimpactoBaixa Baixa eficiênciaeficiência

Baixa Baixa efetividadefetividadee

Baixa Baixa eficáciaeficácia

Page 17: Jacqueline Alves Torres

A casariana no setor suplementar

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79,7

27,5

23,9

52,5

36,0

26,0

24,0

23,0

23,0

22,0

22,0

18,0

16,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0

Brasil - Setor Supletivo (dados 2004)

Brasil - SUS (dados 2004)

Argentina-Estab. Públicos ( 2001)

Argentina-Estab. Privados ( 2001)

I tália

USA

Suíça

Canadá

I rlanda

Espanha

UK

França

Suécia

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Características da atenção obstétrica no setor Características da atenção obstétrica no setor suplementar da saúdesuplementar da saúde

No ano de 2007, segundo dados do SIP/ANS, ocorreram aproximadamente 371.000 de partos no

setor suplementar

Destes partos, 84% foram cesáreas

90% das cesarianas que ocorrem no setor suplementar acontecem antes do início do trabalho

de parto

Este número elevdao de cesarianas eletivas aumenta os riscos de morbimortalidade neonatal

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Características da atenção obstétrica no setor Características da atenção obstétrica no setor suplementar da saúdesuplementar da saúde

Cultura do médico único do pré-natal ao parto;

Pagamento por procedimento;

Maior domínio dos médicos da técnica de cesariana em relação à assistência ao parto distócico;

Forte oposição da classe médica em relação a estratégias para redução de cesarianas desnecessárias;

Pouca disponibilidade de leitos de pré-parto na rede privada;

Ambiência desfavorável à humanização;

Mulheres pouco informadas sobre os benefícios do parto normal;

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Características da atenção obstétrica no setor Características da atenção obstétrica no setor suplementar da saúdesuplementar da saúde

Baixa valorização dos aspectos culturais e subjetivos relacionados ao parto e nascimento;

Baixa utilização de protocolos de atenção ao parto e nascimento baseados em evidências científicas;

Ausência de estratégias de incentivo à realização do parto normal nas operadoras de planos de saúde

Poucos mecanismos de regulação para obrigatoriedade de adoção das portarias do Ministério da Saúde pelas

operadoras de planos de saúde;

Ausência de gerenciamento da atenção ao parto e nascimento pelas operadoras de planos de saúde;

Baixa inserção de enfermeiras obstétricas na atenção ao parto e nascimento

Page 21: Jacqueline Alves Torres

Saúde das mulheres no BrasilSaúde das mulheres no Brasil

É uma realidade perversa onde: por um lado não atende à população de alto risco, haja vista as altas taxas de

morbimortalidade materna e perinatal, por outro, não atende à população majoritária de mulheres de baixo

risco, haja vista a excessiva medicalização da assistência.

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Page 22: Jacqueline Alves Torres

Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos indicadores de perinataisindicadores de perinatais

Page 23: Jacqueline Alves Torres

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Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos indicadores de perinataisindicadores de perinatais

O cuidado à mulher na perspectiva da enfermeira obstétrica:

1. A enfermeira obstétrica entende o parto como um evento fisiológico, no qual a doença é uma exceção e que por isso não requer diagnóstico e tratamento e sim práticas de cuidado diversificadas, construídas cotidianamente, cujo referencial é o modo como mulheres e famílias se relacionam entre si e com o ambiente.

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Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos indicadores de perinataisindicadores de perinatais

2. Compreende o cuidado que realiza como essencialmente relacional, pois parte do estabelecimento de vínculo e se pauta na interação sujeito-sujeito.

3. É um cuidado que se transforma a cada encontro, com cada mulher.

4. Um cuidado sensível, emocional, intuitivo, que objetiva conferir conforto ao buscar com a mulher maneiras de lidar com as diferentes sensações e transformações geradas em sua vida, em todas as dimensões, pela gravidez e seus desdobramentos.

Page 25: Jacqueline Alves Torres

Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos indicadores de perinataisindicadores de perinatais

Evidências científicas comprovam que modelos de assistência obstétrica com enfermeiras obstétricas

e obstetrizes aumentam as chances de parto vaginal e do início do aleitamento materno e

reduzem o número de intervenções como episiotomia, analgesia peridural e parto

instrumental.

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Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos Enfermeiras obstétricas e a melhoria dos indicadores de perinataisindicadores de perinatais

A OMS recomenda que a melhor assistência obstétrica é a que garante a saúde materna e

neonatal com o menor número de intervenções, o que se coaduna com o modelo de atenção ao parto

defendido por enfermeiras obstétricas.

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Reconhecer o problema – desmistificar o discurso

Entender seu contexto não para justificá-lo mas para construir estratégias para modificá-lo

Construir com paciência e persistência um novo paradigma:

CULTURAL

DE ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE TRABALHO E PAGAMENTO DOS SERVIÇOS

DE CUIDADO EM SAÚDE – QUE TENHA A MULHER COMO PROTAGONISTA E NÃO APENAS COADJUVANTE

Como Mudar?Como Mudar?

Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal – Bento Gonçalves out/2007

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Desafios...Desafios...

Fortalecer a ABENFO

Publicizar as ações

Basear a prática em evidências científicas

Pensar/Agir politicamente

Trabalhar em equipe

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Page 29: Jacqueline Alves Torres

Desafios...Desafios...

Maior conhecimento sobre o setor suplementar

Necessidade de constituição de rede

Definição sobre remuneração

Definição sobre integração para referência e contra-referência com o

profissional médico

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Page 30: Jacqueline Alves Torres

Presidente Lula – torneiro mecânico, presidente do Brasil e

grande líder mundial !!!!

Page 31: Jacqueline Alves Torres

Barack Obama – Negro e presidente dos EUA!!!!

Page 32: Jacqueline Alves Torres

COPA DO MUNDO E

OLIMPÍADAS NO BRASIL !!!

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Enfermeiras Obstétricas:

Sim!!!!

Nós também podemos mudar a maneira de

nascer neste País!!!!!

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Disque-ANS: 0800-701-9656

Agência Nacional de Saúde Suplementar

[email protected]

21 2105-0364

OBRIGADAOBRIGADA