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Dados lnternacionais de Cataloga~ao na Publicll~ao (elF)(Camara Brasileira do Liyro, SP, Brasil)

Curti, Rino, 1922-Espiritismo e eYolu,ao / Rino Curti. - - 6. ed.

rev. e COIT. - - Sao Paulo: Editora Panorama, 1998.

T. 1: v. 2.Bibliografia.

1. Espiritismo 2. Eyolu,ao - EspiritismoL Titulo

ISBN 85-86437-19-0

Prof. RUllilo CiUlJrtU(Presidente da Coliga<;:ao Espirita ProgreS2ista)

EspiritisrrlOe Evolu9aO

&8-3070 CDD-133.9

indices para Catalogo Sistematico

TOMO I - VOL. 2(5' Edi,ao Revista e Corrigida - 1998)

I. Espiritismo e evoluc;ao 133.9

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Escola de Educayao Meditmica Espirita

Copyright © 1998 by PANORAMA COMUNICA<;:OESDireitos reservados. Proibida a reproduyao, mesmo parciale par qualquer processo, sem autarizayao da Editora.

Direitos Autarais desta ediyao pertencem itColigayao Espirita ProgressistaRua Batuira, 297 - Vila N.S. das Merces

5" ediyao - agosto de 1998

Revisao de Ruy Cintra PaivaCapa de Sergio AmaralA capa das edi,5es anteriores de Albertina Maiorano Coelho,inspirou a traba1ho de capa desta edi,ao.

Panorama Comunicayoes Ltda.cx. Postal: 24551 - CEP : 03397-970Tel./Fax: (011) 6101-1165

Impresso no Brasil- Printed in Brazil

OJBR;\S DO MESMO AUTOR

CURSO BAsICO

Vol. 1 - Espiritismo e Re/orma intima

Vol. 2 - Espiritismo e Evoh"iio (panorama)

CURSO DE EDUCA<;:Ao MEDnJNICA ESPOOTA

1° Ano - Torno IVol. 1 - Cristial1ismo de Jesus a Kardec (Panorama)Vol. 2 - A!fediul1ato

2° Ano - Torno IIVol. 1 - Dol' e Des/inaVol. 2 - Desel1volvimento A!fediz/nico

3° Ana - Torno IIIVol. 1 - Mediunidade em A,iioVol. 2 - Mediunidade: 1l1strumenta,iio da Vida

4° Ana - Torno IVVol. 1 - 0 Passe (Imposi,iio de Miios)Vol. 2 - Espiritismo e ObsessiiiJ

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1" Ana - Torno IVol. 1 - MOl1oteismo e JesusVol. 2 - ...Homen/ Novo

2° Ano - Torno IIVol. 1 - Do Calvario ao COllSoladOi'Vol. 2 - Bem-Aventuran9as e Parabolas

3" Ano - Torno IIIVol. 1 - As Epistolas de Paulo e 0 Apocalipse

de Joiio (Segundo a E'ptrttismo)Vol. 2 - Espiri/ismo e Quesiiio Social

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4" Ana - Torno IVVol. 1 - Espiritismo e SexlIalidade

Vol. 2 - Espiritismo e Libel'dade

CURSOS DO DIVULGADOR E EXPOSITORESPlluTAS

1" Ana - Torno IVol. 1 - 0 S1Irgimento da D01ltrina e 0 Est1ldo do

Evangelho IVol. 2 - 0 S1Irgimento do D01ltrina e 0 Est1ldo do

Evangelho II2" Ana - Torno II

Vol. 1 - Espiritismo e Religiiio - 1" ParteVol. 2 - Espiritismo e ReligiiJo - 2' Parte

(A f01TImr;aO das Religi6es como cienciasmorais: clos primordios ao limiar ciaEra Crista)

3" AnD - Torno IIIVol. 1 - Espiritismo e Filosofia - 1" ParteVol. 2 - E'piritismo e Filosofia - 2" Parte

4° Ana - Torno IV(Em prepara,ao)

CENTRO DE ESTUDOS

Espil'itismo e ConhecimentoEstlldos de Espiritismo e de Fisico - Vol. 1Espiritismo e Vida - l' e 2' Partes

3" Parte (Em elabora,iio)

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Curso em nivel e acompanlmndo 0 I" Cicio clo 1" Grau

(Texto em prepara,ao)

ESCOLA PARA ADOLESCENC~ - (4 anos)

De 11 a 15 anos

Curso em nive1 e acompanhanclo a 2° Cicio cia 1" GrauPrograma e Textos: alguns elaboraclos, outros inclicaclas

ESCOLA PARA .JUVENTUDE - (3 anos)

De 15 a 18 anos

Cursa em nivel e acompanhanclo 0 2" GrauPrograma e textos: alguns elaborados, Qutros indicados parao 1[) e 2° anas. Para 0 3° ana, em e1aborayao.

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IJl1ldlice

PREPAero......................................................... 17INTRODUCAO 19

CAPITULO 1A Genese

1.1 - Introdu\Oao .1.2 - Nosso universo , .1.3 - Cosmogonia .1.4 - No principio era 0 verbo .1.5 - 0 aparecimento da vida .A - Bibliografia .B - Leituras comp1ementares .C - Perguntas .D - Priltica de renova\Oao intima .

272836384041414242

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CAPITULO 2A origem da vida

2.1 - 0 surgimento da vida .') A I' - . 'fi_.2 - exp lca,ao Clentl ca .

2.2.1 - A origem da vida ..2.2.2 - Vida biol6gica .., ') 3 A ,'d . d' I_._. - VI a pnmor 1a .

2.3 - Conceitos espiritas .2.4 - 0 DNA e a reprodu,ao .2.5 - Os virus .2.6 - A vida em outros p1anetas ..

A - Bibliografia .B - Leituras complementares ..C - Perguntas .D - Priltica de renova,ao intima .

CAPITULO 3A evolu,iio biologica

3.1 - As eras p1anetilrias ." ') 0 . . A •

0._ - s pnmelros compostos organlcos .3.3 - 0 aparecimento dos seres vivos

monocelu1ares .3.4 - 0 aparecimento dos seres vivos

p1uricelulares .3.5 - A evoluyao das especies , ..

A - Bibliografia ..B - Perguntas .C - Priltica de renovayao intima .

4344444546474851.,)-

53535353

5556

58

6060646464

CAPITULO 4A fase lmm:mu

4. ] - 0 Espirito ea agente .4.2 - 0 desenvo1vimento da rnonada ..4.3 - A lei do aprendizado ..4.4 - 0 ingressa do ser na fase hurnana .4.5 - Sintonia inconsciente .4.6 - Tendencias, desejos ..4,7 - Emotividade .4.8 - Hilbitos e automatisrnos ..4.9 - Intui,ao e razao ..4.10 - A vontade ..

A - Bibliografia .B - Leihlras complementares ..C - Perguntas .D - Priltica de renovayao intima ..

CAPITULO 5o hornem primitivo

5.1 - 0 ingresso do Espirito na fase humana5.2 - A lei do trabalho ..5.3 - 0 despontar da ideia moraL .5.4 - Pr6dromos da mediunidade .

A - Bib1iografia....... .B - Leituras complementares , .C - P erguntas ..D - Priltica derenovayao intima ..

6566686970717172737474757576

7779808285858586

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CAPITULO 6Conhecimento e livre-arhitrio

6.1 - Introdllyao.................................................. 876.2 - Adaptac;ao.... 886.3 - Conhecimento 896.4 - Responsabilidade 906.5 - Evoluyao e livre-arbitrio 916.6 - Progresso moral e intelectual...................... 93

A - Bibliografia.. 94B - Leituras complementares 95C - Perguntas 95D - Pratica de renovayao intima 95

CAPITULO gA origem do bern e do mal

8.1 - Introduyao.................... 109

8.2 - AGultufa primitiva ,""llIlIlllltllllllll11lll11ll"I" i 118.3 - A desencarnayao 1118.4 - A simbiose espiritual............................ 113A - Bibliografia 116B - Leituras complementares........................117C - Perguntas 117D - Pratica de renovayao intima.................... 117

CAPITULO 9Provas e reencarnac;iio

CAPITULO 7As religioes primitivas

7.1 - lntroduc;ao .7.2 - 0 totemismo ..7.3 - Cultos e ritos ..7.4 - 0 animismo .7.5 - Mediunidade espontiinea .7.6 - A origem da mitologia ..

A - Bibliografia , ..B - Leituras complemerrtares .C - Perguntas .D - Priitica de renovayao intima .

9798

100102104106107107107108

9.1 - Vampirismo e obsessao ..9.2 - Castigo, dor e sofrimento .9.3 - Remorso e arrependimento .9.4 - Resgate ..9.5 - Zonas purgatoriais .9.6 - A oportunidade renovada .

A - Bibliografia ..B - Leituras complementares .C - Perguntas .D - Pratica de renovayao intima ..

CAPITULO 10Sexo e reenca,.na~iio

Introdllyao - a metossintese ..10.1 - Instinto sexual ..

119120122123124126127127127128

129132

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o ~ R I' '- d CI' '0L._ - e 19lOes alma 1612,2.1 - 0 Confucionismo , 161

12,3 - Judaismo ]64

12.3.1 - 05 dez lmllldttffient05 "''''.. 16612.3,2 - 0 Monoteismo ""'''''''''''''''''' 167

A -Bibliografia , , .. 169B - Leituras complementares.. ..... ]69C - Perguntas ..... ,............................................ 169D - Pr:itica de renovayao intima 170

10.2 - Fecundayoes fisicas e psiquicas ]3410.3 - Reencarnayao """"",.".""""""""""""."" 13610,4 - Conclusao """"""""""'''''''''''''''''''''''''' 139

A - Bibliografia """""""""",,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 140B - Leituras complementares........................... 140

C - Perguntas """""'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''' 141D - Pratica de renovayao intima....................... 141

CAPITULO 11Religiao:

ciencia moral de aperfei(,'oamento - I

Introduyao.. " " "" , "" ". 143111-0 r .-. s cape mos , ,.. ,............... 1-~)

11.2 - Religiao do Egito """"'''''''''''''''''''''''''''''' ]4711.3 - Religioes da India """ , , 149

11.3.1 - 0 Vedismo ""'"',,''''''''''''''''''''''' 14911.3.2 - 0 Bramarusmo.......................... ISO11.3.3 - A Ioga """"'"'''''''''''''''''''''''''''' 15211.3,4 - 0 Budismo ]53

A - Bibliografia 155B - Leituras complementares........................... 156

C - Perguntas .".""."""""".""""""" ' 156D - Pr:itica de renovayao intima....................... ]56

EJI'ILOGOo Cristianismo

EP'I-Jesus e areligiao "''''''''''''''''''''EP.2 - Revivescencia do Cristianismo .

171173

CAPITULO 12Religiao:

ciencia moral de aperfei~oamento-ll

12.1 - Masdeismo , ]57 Ii

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Espiritismo e Evolu~:c7o

Preffiado

]7

Este volmne, juntamente com a livro Espiriiismo eReforma jntima, completa a Curso Basicode Espiritismo.

No primeiro livro procuramos ex-por concisamente acarater, as principios fundamentais, as conseqiiencias de or­dem moral da Doutrina, bern como a necessidade de subli­mayao da vida intima, para a ascensao aos cimos espirituais.

Neste, empenhamo-nos em esclarecer, essencialmen­te, nos sens aspectos primordiais, as duas leis basicas queregem a ·Espirito: a lei da evoluyao e a lei da reencarnayao,cujo entendimento e significado sao fundamentais para aconhecimento da Doutrina. E como· a Espirito, possuidor defaculdades criadoras, vai desenvolvendo-as sob a orienta­yao do Plano Superior ate assumir por elas, na fase humanae sob a propria responsabilidade, a conduyao de seu proprioprogresso.

Finalmente ticara ressaltado a papel preponderante dasreligi5es neste desenvolvimento, culminando com a apare­cimento do Cristianismo que, hoje redivivo e junt)) it Cien­cia e it Filosofia, constitui com elas, n·esta Doutrina, a siste­ma de foryas que ha de impulsionar a homem it promissorafase de renovayao.

Como e evidente, trata-se de uma obra didiltica,

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18 RinD Curti Espiritismo e Evoluqao 19

estmturada com base em nossa concepyao atual de ensino edivulgayao da Doutrina, e relativa aos aspectos tidos por noscomo essenciais. E, portanto, nao satisfazera a todas as exi­gencias. Para 0 seu aperfeiyoamento, acolheremos de borngrado todas as sugest5es, bern como 0 apontamento de omis­soes ou deficiencias, agradecendo antecipadamente toda equalquer colaborayao que nos seja oferecida.

Rino Curti

.lLn1l:rochH;ao

I-Em [I], Cap.!, n' 13, estudamos como, no seculo A'VIII,surgiu 0 interesse pelo estudo cientifico dos fenamenosmedilinicos, fatos de todas as epocas, verificados em todosos povos, independentemente do seu grau de civilizayao.

2 - Destes estudos surgiram as primeiras "teorias", as pri­meiras explica'toes, que termiriaram por dar origem a duascorrentes principais de pensamento:

- 0 Espiritismo, que se constituiria em Ciencia, Filo­

sofia e Religiao;

- a corrente, meramente cientifica, experimental - aMetapsiquica - com pressupostos materialistas e completa­mente avessa it introdu'tao de qualquer no'tao religiosa, hojesubstituida pela Parapsicologia.

3 - Essencialmente, a Doutrina se desenvolve a pariir dosfatos e sobre principios que a experiencia sugere, resultan­do, de seu desenvolvimento, conseqiiencias de carater mo­

ral.

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20 Rino Curti Espiritismo e Evohu;ao· 71

Conseqiiencias e nao pressupostos

As leis da Evoill~ao,oa Reencarna~ao,da Renova­~iio, decorrem da determinayao da existencia do mundo es­piritual e do espirito. Da sobrevivencia deste e da comuni­cayao possivel entre os dois pIanos, ambas estabelecidas atra­yeS da mediunidade ([3], Cap.I, n° 14).

4 - Em termos de constru9ao, a Doutrina se desenvolve apartir de principios e conceitos fundamentais, seuparadigma, tambemja evidenciados em [1] e [2], com basenas obras da codificayao.

Essencialmente, parte-se da nOyao de Deus tido comoPrincipio das causas, a atuar sobre outros dois principiosbasicos: 0 espirito e a materia, secundados par urn terceiro- 0 fiuido universal, ou energetico, mediante leisinderrogaveis, universais e etemas.

No que respeita a Deus, pouco podemos afirmar, a naoser a sua existencia e alguns atributos, intuitivamente, pos­tulanoo-os, pois trata-se de urn conceito primitivo, nao aces­sivel aos sentidos, e estabelecidos indiretamente, pela ob­servayao dos fatos.

No livro Pai Nosso de Meimei, conta-se a seguintehist6ria. (Existencia de Deus)

Uma caraVCllla, 110 deserto, anoile. T7elho araheanaifabeto orm'a com fel1'ol:o chefe da carm'ana observoll-lhe:- Como sabes que Dells existe, se nem sabes ler?- Pelos sinais dele - respondell a crente -. QllCllldo 0

senhor recebe 1II1la carta... como reconhece qllem a escre-

veu?- Pela letra.- Quando a senhor recehe 'lima joia, como eque se

informa, quanto ao ell/tor dela?

- Pela mm'ca do ourives.- Quando oJive passos de animais, ao redor da tenda,

como sahe, depois - acrescentou 0 empregado -, se fOi Jimcarneiro, Zll11 cavalo, Oll Ul11 boi?

- Pelos rastos - respondell 0 chefe.Entl'io 0 velho erente, mostrando-lhe a ceu, onde a Lua

brilhava, cercada por multidoes de estrelas, exc!amou, res­peitoso:

- SenhOl; aqueles sinai.~, la em cima, nao podem O'erdos homens!

Nesse momento, a orgJllhoso caravaneiro, de olhoslacrimosos, ajoelholl-se na Greia e comeC;Oll a orar tambbn.

Ao homem falta 0 sentido para compreende-Io ([4],10-14).

Quanto ao espirito e ao corpoespiritual, as n090es aindapermanecem em forma9ao, sendo 0 Espiritismo, na formaque the foi dada por Allan Kardec (>1, a Ciencia que tern por

{*} - A palavra Espiritismo foi urn tenllO criado par Kardecpara distinguir a nova Doutrina de outras de canitcr espiritualista,que nao se Ihe identificam. A critica opositora, entretanto, atribu­indo-Ille parentesco com as religioes primitivas, dellupou-lhe 0

significado, e hoje vemos a palavra utilizada em vilrios sentidos,como a maioria das palavras, em geral, designando cren9as diver­sas que se rdirarn a espiritos e propalelTI a reencama~5.o. Resultadai que, para bern conota-Io, sejamos obrigados a designa-Io deESPIRITISMO KA.RDECISTA, ou simplesmente de

KARDECISlvlO

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22 RinD Curti Espirilismo e Evo/HC;tio T-0

objeto estudar-Ihes as leis e as relayoes com a materia; e 0

corpo fisico, em particular ([3], Cap.!, n° 16).

5 - Sera objeto deste curso abordar, em grandes trayos, 0

conhecimento essencial das leis da reencamayao e cia evolu­yao do espirito ate 0 aparecirnento do Cristo (Estudo maisaprofundado e efetuado no livro Evollll;ao em Doislidzmdos,de Andre Luiz, e comentado por RinD Curti, na serie de li­vros intitulada "Espiritismo e Vida ").

6 - No que respeita amateria, 0 conhecimento que temoshoje supera de muito 0 que possuiamos a urn seculo atras.

As descobertas do eletromagnetismo, da relatividade,da fisica quantica, da fisica nuclear, alem de terem conduzi­do ainumeras descobertas de canitertecnol6gico que altera­ram profundamente 0 viver e a qualidade de vida, em con­forto e possibilidades de realizayao do homem (0 radio, atelevisao, os meios de comunicayao, 0 transporte, aautomayao, 0 computador, as radiayoes... ) mudaram tambem,radicalmente, nossas concepyoes acerca

- do mundo, do Universo (a quantidade de estre­las, sistemas, galaxias...);

- da vida (a biologia modema, a prebi6tica, a bio­logia molecular, a genetica, 0 evolucionismo...);

- da natureza intima do homem (a modema psico­logia, a psicologia experimental, a teoria do comportamen­to, a psicologia profunda...);

- do relacionamento social (as comunicayoes, aindustria, 0 comercio intemacional, a sociologia, a econo­mia: as ciencias humanas em geral ...);

- as concepyoes do mundo classico, filos6fico-re­ligiosas, hoje, em total reformulayao, com a adoyao univer-

sal do conhecimento teorico-experimental, do metodo cien­tifico, mesmo para a filosofia e para a religiao.

Resulta claro como este desenvolvimento se reflita,

tambem, nas diversas partes da Doutrina, ampliando-as, efazendo-as evoluir, pois, esta, nao somente diz respeito aDestudo das leis do Espirito; mas tambem aD estudo das leisdas relayoes que 0 unem it materia, e lhe regem as manifes­

tayoes nos dois pianos.

Diz Allan Kardec em ([3], Cap.!, n° 16) que "0 conhe­cimento do Esp/rito nao pode estar completo sem 0 conhe­cimento da materia n.

Entende-se como 0 crescimento deste acarrete 0 de­

senvo1virnento daquele.

7 - A incorporayao e a adequayao do conhecimento cientifi­co feito nestes ultimos dois seculos, it Doutrina, foram inici­ados por Andre Luiz, Emmanuel, I-Iumberto de Campos,Joana de Angelis, ManDel Philomeno de Miranda e outros,principalmente atraves das mediunidades de Francisco Can­dido Xavier e Divaldo Pereira Franco, em concordancia, com­patibilidade e coerencia com a obm de Allan Kardec, 0

Codi:l:icador.

Nem poderia ser de Dutro modo. N6s; os encarnadosnao temos possibilidade de realizar, ainda, uma sLIltese dosfundamentos do conhecimento, urn paradigma capaz de per­mitir a unificayao do conhecimento de nossos dias, mesmoporque essa unificayao exige dados do Plano Espiritual ques6 OS Espiritos podem revelar, e so 0 fazem ate onde 0 nosso

alcance 0 permita.

Trata-se de urn autentico acrescimo de Revelayao, umaampliayao e compatibilizayao das existentes, obra iniciada

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24 RinD Curti E'spiritismo e Evohl~'aO ., ­~)

par esses EspJritos, nas obras psicografadas, que nos cabeassimilar e desenvolver.

A Revelayao e dos Espiritos, mas a elaborayao doutn­naria e deixada a nosso cargo ([3], Cap. I, n° 13).

Assim sendo, sera apoiados nesta literatura que nosiremos desenvolver nosso curso, nosso conhecimento, vi­sando aformayao bitsica do espirita para que, solidamentefundamentado no conhecimento doutrinario, possa ele ca­pacitar-se do significado do apostolado cristao, e conduzir­se rumo aos cimos da espiritualidade - sua meta jaestabelecida desde 0 momenta de sua criayao.

A - Bibliografia

[I] - Rino Curti - Espiritislllo e Reforllla il/ii­ma

[2] - Rino Curti - Escolas do DivlIIgador e Ex­positor Espirilas: Tomo 1, Vol. 1 - 0Swgimenlo da DOlllrina e 0 Estlldo doEvmzgelho

[3] - Allan Kardec - A Genese[4] - Allan Kardec - 0 Livm dos Eopiritos.

JB - Leituras complement:u-es

[3] - Cap. I e IV[4] - Livro 10

, cap. 1.[2] - 7" e 8" aulas

C - Perguntas

I - As leis da Evoluyao, Reencarnayao, Reno­vayao e outras nao sao ideias preconcebi­das, muito menos dogmas. Explique por que(Vide [3], Cap. 1; [I], Cap. I).

2 - Podemos nos compreender Deus em sua es­sencia? Por que? (Vide [3], Cap.l; [I],Cap.lo ).

3 - 0 que sao perispinto e corpo espiritual?4 - 0 grande desenvolvimento cientifico acar­

reta 0 desenvolvimento da Revelayao e, con­seqilentemente, da Doutrina. Explique.

5 - Explicar par que os Espiritos se encarrega­ram dos fundamentos doutrimirios (0paradigrna), deixando para 0 encarnado aconstruyaO da Doutrina.

D - Pnitica de l-enova;;ao intima

Andre Luiz - Sinal VerdeEstlldar e por ern pratica 0 cap. 19.

Observa;;iio: Os Capitulos de I a 18, sao desenvolvi­dos conjuntamente com 0 Livro Espirltismo e Reforma inti­ma de Rino Curti.

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1.1 - Introdu!;1io

Espil'itismu e Evolw;:ao

CAPITULO 1

A GENESE

27

a) - Como vimos em [I], postulado basico para a constru­yao do conhecimento em geral, para a Doutrina e:

Postulado - 0 mundo e regido por causas e leis,cujo principio denominamos Dens.

Cabe it Ciencia determinar essas causas e leis, 0 queela faz evolutivamente (Vide papel das Ciencias em [2], Cap.IV).

b) - Outro postulado, colocado pelos Espiritos, e0 de que:

lI'ostulado - Os Espiritos, seres criados pOl' Dens,CO-ClliAM.

Isto e, participam da criayao dos mundos e da organi­zai(ao da vida, exercendo atividades que constituem a razaode ser de sua EVOLU<;::Ao - principio fundamental a queestao submetidos.

Postulado este cada vez mais comprovado pelo pro­prio Evolucionismo, pela Ristoria, e outros ramos do co-

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28 RillD Curti Espiritismo e Evolw;c7o 29

nl1ecimento.

c) - Devido it LEI DA EVOLUr;:A.O, hit Espiritos dos maisdiversos graus evolutivos, com as atribuiyoes as mais varia­das, segundo uma escala que edada em ([4], Livro Segun­do, Cap.1); e, pela qual, os que se situam em posiyoes asmais avanyadas, presidem it construyao dos mundos em sei"­vi~o de Co-Cria~ao em Plano Maior ([3], l". Parte, Cap.l). Outro dado revelado pelos Espiritos, sem conseqiienciascontradit6rias.

1.2 - Nosso universo

a) - A visao do firmamento nos fornece concepyoes do Uni­verso que variam com os recursos de obselvayao, e 0 aCLunulode conhecimentos que 0 homem vai-se fonnando ao 10nlZodo tempo.

o primitivo, a olho nu, nao se da conta da esfericidadeda Terra. Tales de !vIileto postula que a Terra e um discoplano qne flutua na agua, e 0 firmamento, acima.

E com os Pitag6ricos que surgem as primeiras suges­toes sobre a esfericidade da Terra.

A ideia desenvolve-se entre os gregos ao mesmo tem­po que se planteia a indagayao acerca dos limites e da cons­tituiyao do Universo.

Platao estabelece que 0 mundo e constituido de ideias,entendiveis pela razao, e que se materializariam no nossoplano, a partir da materia informe.

Dem6crito, como soluyao materialista, coloca que 0

mundo e constituido de materia e vazio, a materia constiILl­ida de parliculas - os atomos.

b) - A Cosmologia, nascida como a Ciencia que estuda aG5tmtura do Universo como um todo: sua constituiyao, sellS

limites, evolui.

Arist6teles imagina 0 universo como um todo de esfe­ras concentricas it Terra, constituida de quatro e1emerrtos:terra, agua, ar e fogo, enquanto os corpos celestes seriamconstituidos de urn quinto elemento - 0 eter.

o estudo dos corpos celestes em si e que daria nasci­mento a Astronomia.

Alem disso, considerou 0 universo finito.

E entre os gregos que surge a primeira ideia de que aTerra gira ao redor do Sol, de modo que este passaria a ser 0

centro do mundo.

c) - Estas duas ideias contrastantes perduram emluta ate it

Renascerrya.

A primeira, permanecem ligados dois grandes pensa­dares: B.iparco e Ptolomeu. Para eles 0 murrdo seria consti­tuido de 850 estrelas, que catalogaram.

Lllcrecio, romano, no seculo I a. C., promulga a ideiade que 0 mundo e infinito e que, pela primeira vez, alem donosso planeta, deve haver muitos outros mllndos habitados.

Tais questoes se relaclonam a outras que se confun­clem com as analogas filos6fico-religiosas.

~ .

No plano religioso, JeSllS afirma estamesma ideia: ([6],

Cap. III):

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30 Rino Curli Espiritismo e Evolu9fio 31

"Nilo se lurbe 0 1'OSSO corm;ilo. Credeem Dells, crede lall1bem em mim: - Ha muilas1I10radas na casa de mell Pai. Se assiln nilo fos­se eu vo-lo leria dito; pois vou preparar-vos 0

lugar" (loilo XIV: J:3).

Ecom Copernico que vinga a segunda ideia: a de quea Terra gira ao redor do Sol, junto com os outros planetas.

Outros pensadores contribuiram para 0 estabeleci­mento do conhecimento atual. Giordano Bruno, ThomasDigges argumentaram que 0 universo nao tinha centro.

Ticho Brahe, subordinou 0 conhecimento astronomi­co iI observayao. Kepler estabelece as leis que regem as tra­jet6rias dos planetas, em 1619.

Galileu, com a invenyao do telesc6pio, e Newton, coma construyao da Meciinica" e a invenyao do calculoinfinitesimal, abriram 0 caminho para as mais diversas des­cobertas. 0 primeiro, entre outras descobertas, verificou quea luz que provinba da Via Lactea, ate entao tida como nebu­losa, emanava de muitas estrelas, e, portanto, que constituiauma galiL'ua.

d) - Durante tres seculos ap6s Galileu ter descoberto a natu­reza da Via Lactea, pensava-se ser e1a a unica galaxia exis­tente. Eneste seculo que, ao penetrar no significado das ne­bulosas, algumas se revelaram quais uuvens de gas, enquan­to outras quais diferentes galaxias ([8], Cap. 1,2).

No seculo )GX, a teoria atomica ganha foro de certezae:\.rperimental.

Dalton, em 1803, demonstra experimentalmente a

II

I~;rr

constituiyao atomica da materia.

Neste se~ulo, Rutherford, Bohr e outros estabelecemurn mode10 representativo do atomo segundo 0 qual, e1e­

trons se movem em 6rbitil5 conc6ntricilB il urn nUGleo, COllB­tituido de pr6tons, neutrons e neutrinos.

Hoje, pr6tons e neutrons revelam-se constituidos departiculas menores - os quarqs - ditas elementares, porquesupostas ultimas. Sua comprovayao experimental e obtidanos ciclotrons (aceleradores de particulas), na Fisica de altaenergia, no fenomeno da tlssao nuclear, com as quais apare­cern outras particulas, na ordem de uma centena.

No que respeita ao eletron, jil se admite que e1e tam­bern seja dotado de uma estrutura, constituido de particulas,embora ainda experimentalmente desconhecidas.

Com que a Doutrina se compatibiliza. Diz Emmanuel,no ([8], 16):

" alomos e eletrons silo fases decOll1patibilizar;ilo da maleria, sem conslttuiremo principio nessa escala sem-jim, que se 1'er!fi­ca, igllalmenle, pm'a 0 plano dos injinttamenlepequenos ".

Simultaneamente, desenvolve-se 0 eletromagnetismoque reve1a nova for<;a da Natureza - a for<;a eletromagneti­ca - distinta da forya da gravidade, na qual repousa toda amecilnica classica, e sobre a qual erige-se nova teoria acercada 1uz, e a descoberta das radiayoes eletromagneticas.

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32 Rino Curti Espirilismo e Evollll;fio 33

. e) - As descobertas doeletromagnetismo e do nllcrocosmofisico, conduzem a novas concepyoes relativas a materia e ,1energia, ao conhecimento de novas leis a elas concernentes,notadamente quanto ao movimento e as interayoes das par­ticulas, nos quais hit a considerar velocidades pr6ximas dasda luz (da ordem de 300000Kmlseg).

As teorias a respeito culminam nas duas teorias bilsi­cas da Fisica atual: a Teoria da Relatividade e a Teoria dosQuanta, com intensa repercussao em toda a nossa culturafilos6fica e religiosa, sem que estas as tenham ainda assimi­lado, mesmo porque elas mesmas ainda nao se unificaram.

No estudo das particulas elementares, duas outras for­vas - a forya fraca e a farya forte, comparecem a atuaremsobre elas, a distancias muito pequenas, descritivas com asequayoes da fisica quantica: a segunda, mantendo Iigados osquarqs que formam os neutrons e pr6tons; a primeira, res­ponsitvel pela desintegrayao radioativa e pela ernissao deneutrons.

Os fisicos voltararn recenternente a apregoar estas as­similayoes, sem sucesso, todavia: ou parque queiram redu­zir todo conhecimento a fisica, e, portanto, renovando a ten­tativa milenar materialista de explicar 0 homem par leis tlsi­cas; ou, renovando a ideia panteista de que Deus e a pr6priaNatureza, da qual seriamos parte; ou, ainda, atacando for­malmente 0 aspecto determinista das leis, a pr6pria legali­dade, e 0 valor da razao, do metodo cientifico, nos moldesdo misticismo oriental.

No que a Doutrina discarda, indubitavelmente.

Diz Emmanuel. em ([8], 17):

H ••• OS sistell'lGS anligos envelheceram...Com a tempo, asformulas academicas se reno­varao em outros conceitos da realidade trans­

cendenle e OS jisicos do Term m'iopoderi'io dts­pensar Deus nas suas ilat;oes, reintegrando c[Natureza na sua posir;ao de campo passivo (enao a pr6pria Divindade), onde a inteligellciadivina se manijesta n.

E, ainda, no n°. 18:

"So na inteligencia divina encontramosa origem de toda a coordenar;ao e de todo equi­libria, razao pela qual, lias Sllas qllestoes maiO'intimas, a Fisica da Terra nao podera prescin­clir da logica* com Dells".

E, ao mesmo tempo desfaz a ideia (n' 19) sernpre nas­cente no espirito de alguns cientistas que, apressadarnente,entendem, diante das estupendas conquistas atuais, que nadamais hit a descobrir.

o homem estit lirnitado nas percepyoes de seus senti­dos, 0 que lhe limita a evoluyao do conhecimento.

f) - Hoje considera-se que existem centenas de bilhoesde galitxias, cada uma com centenas de bilhoes de estrelas.

As estrelas, passam a ser entendidas como carpos de

* ...da 16gica, da razao, que 0 rnisticismo oriental conside­ra, desacertadamerrte, como obnubiladora e nao reveladoIa daverdade. A verdade se conquista com ambas: a intui9ao e a Iazao.Apenas atnbas evoluelTI., exigindo esfon;o e vivencia, para a com­

preellsao.

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34 RillG Curti Espiritismo e Evolw;ao 35

materia completamente gasosa e geralmente de forma esfe­rica, cujos gases, mantidos por fon;as gravitacionais, masatuantes por sua pressao e radiayoes, as dilatam. Elas se for­mam ou explodem dentro de certo periodo de dUfayuo, epodem atingir dimensoes de ate 500 vezes 0 tamanho do Sol(as supergigantes) ([7], Cap.2). Elas mesmas, agrupadas aosbilhoes, nas galilxias, distam entre si na ordem de quatmanos-Iuz, junto a nuvens de materia interestelar; enquantoque as gala,-TIas distam entre si na ordem de urn milhao deanos-Iuz.

o So~ com seu sistema planetilrio, se situa na Via Uic­tea, galincia estimada com 150 a 200 bilhoes de estrelas, aoredor de cujo centro gira a uma distancia de 25.000 a 30.000anos-Iuz.

As galilxias tern vilrias formas e diferentes desenvol­vimentos; e podem ser membms de urn cumulo de galixias,talvez pertencentes a agregayoes ainda maiores.

Para 0 Espiritismo, religiao que se compatibiliza coma Filosofia e a Ciencia, 0 Universo e intlnito e a vida enxa­meia por todo ele.

Andre Luiz, em ([3], Cap. I) se refere II nossa galilxiasemelhantemente a uma cidade. Nosso sistema solar com­parar-se-ia a urn edificio, com vilrios apartamentos, haven­do outros em todas as direyoes, mais humildes ou mais sun­tuosos, mansoes senhoriais e belas,

" ... exibindo lima gloriaperante a qual to­dos os nossos valores se apagariam.

POl' processos opticos, verijicamos quea nossa cidade apresenta amaforma espiraladae que a onda de radio, avmu;ando COIll a veloci-

dade da biZ, gasta mil secalos terrenosparaper­correr-Ihe 0 didmetro. Nela swpreenderemoslIlilhf5es de lares, nas mais diversas dimensf5es efeifios, illstitllidos de ha muito, rece,n-organiza­

dos, envelhecidos 011 em vias de instalar;iio, nosqllais a vida e a experiencia enxallleiam vilorio­sas... ".

g) - Pois bem, todo este imenso existir de corpos celestes,que escapa totalmente II nossa compreensao, e criado porDeus, a cujo influxo operam

" .. .inteligencias divinas a Ele agregadas... em servir;o de Co-Criar;iio ...na constrnr;iio dossistemas da imensidade... " ([3J, Cap.!).

Para a direyao do nosso sistema planetilrio, segundoEmmanuel ([5], Cap. I), existe uma comunidade de Espiri­tos Puros e eleitos

"... em clljas maos se conservalll as rede­as diretoms de lodas as coletividades planet6-

. "nas...

da qual Jesus faz parte.

A Jesus foi entregue a direyao· do planeta a partir doinstante inicial de sua individualizayao, quando se despren­

dia da nebulosa solar.

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1.3 - Cosmogonia

a) - 0 Espiritismo, na Genese planetaria,compatibiliza-secom a Ciencia, entendendo que 0 metodo cientifico e a for­rna pela qual se pode constmir 0 conhecimento. Apenas, aoacervo dos dados sensoriais, acrescenta outros de percepyaoultra-sensorial, pela mediumdade, ditados pelos Espiritos ­dados de Revelayao -, entendendo que todos os aconteci­mentos tern seu ascendente no Plano Extrafisico: planeja­dos, imciados e ai conduzidos, respeitada a liberdade de es­colha do ser humano, que a exerce sob sua responsabilida­de, na vigencia da Lei de Ayao e Reayao.

Kardec (em [2], Cap.VI) expoe a Doutrina com a uti­lizayao dos conhecimentos da epoca. Hoje teriamos dadosnovos a considerar, £rente ao enorme progresso feito pelaCiencia, em geral, seja em teoria, ou em tecnologia experi­mental, mesmo porque, afirma ele, a Doutrina nao foi ditadacompleta.

b) - A existencia de outros planetas e outras Humanidades,subordinadas as leis da evoluyao e do progresso, e afirmadaem toda a literatura ditada pelos Espiritos ([2], Cap.VI; [4],livro 2°, Cap.IV; [6], Cap.III). (*)

Cientificamente, entretanto, 0 limco conjunto de pla­netas de que se tern conhecimento segura e 0 sistema solar.Nao temos ainda, com os meios de observayao disponiveis,possibilidade de descobrir outros. Entretanto ha vanos indi-

(*) - Recentemente foi anunciada a descoberta de um GU­

tro sistema solar.

clOS indiretos e muitas indicayoes teoricas de que os ha ([7],Cap.III).

E facil inferir que, diante da grandeza do Universo,

quaa pabreB ainda Baa OB conhecimentoB qll~ t~mos del~,

Mas nao hit que se surpreender, pois essas descobertas da­tam apenas de alguns anos.

Estamos nos albores de uma nova era.

c) - Quanto it formayao dos planetas, sucederam-se vilriasteorias; dentro da COSMOGONIA - Ciencia que trata daORIGEM e da EVOLUCAO do Umverso, e seus compo­nentes.

A respeito do Universo, embora a Ciencia com seri­os argumentos apresente algumas teorias que concebem paraele um principio e urn fim, a Doutrina afirma sua eternidade.o que eJa concorda e de que no Universo impenmJ as trans­forrnayoes e a vida. Que imperios esteJares e seus compo­nentes - estrelas e pJanetas - nascem, vivem, morrem e re­nascem, subordinados it lei da evoluyao.

Assim, com seguranya ninguem sabe ao certo a mi­gem do sistema solar. Uma das conjecturas e a de que eJe setenha formado a partir de um linico material basico, em quemateriais solidos, primeiro, passaram a agregar-se, para de­pois, ]lelo movimento angular do Sol, des]lrenderem-se, cons­tihlindo os pJanetas.

Que outros sistemas solares e ]llanetas possam existirealgo que a intuiyao se recusa a reJiltar. E isso cOllstitui 0

motivo pelo qual tanto se os busca: porque se acredita nessapossibiJidade.

As argumentayoes apresentadas incentivando as 'pes-

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38 Rino Curti Espiritismo e Evohl9iio 39 >

quisas, podem ser resumidas nas seguintes constatac;5es:

I - hit inumeras estrelas como 0 Sol, em caracte­risticas e velocidade;

2 - em 1963, Peter Van de Kamp descobriu urn pla­neta que gira ao redor da estrela de Barnard;

3 - hit estrelas em formac;ao, ainda hoje.

Esses e outros fatos conhecidos pelos especiaJistas le­vam a considerar que, eventos como 0 da forma<;ao do siste­ma solar, tenham acontecido e ainda estejam acontecendoem todas as gaJitxias, 0 que, portanto, levaria Ii considerac;aonao somente de alguns, mas provavelmente de centenas debilh5es de sistemas iguais ao nosso, onde a vida nao exista;inicia-se; estit desenvolvida no mesmo nivel que a nossa; asupera enormemente; ou, ainda, estit em vias de extinc;ao.

1.4 - No principio era 0 verbo

a) - Segundo Emmanuel, portanto ([5], Cap.I), Jesus rece­beu 0 orbe terrestre desde 0 momenta em que este se des­prendia da massa solar, e junto a uma legiao de trabalhado­res presidiu Ii formac;ao da Lua, Ii solidifica<;ao do orbe, Iiforma<;ao dos oceanos, da atmosfera, eli estruturac;ao do glo­bo nos seus aspectos bitsicos, estahlindo

0 ••• os regulamentos dos jenomenos fisi­cos da Tinw, organizando-lhe 0 equilibrio fittli­ra na base dos COIPOS simples da materia. II 01'­ganizou 0 cenario da vida, criando, sob asvistas de Deus, 0 indispellsavel aexistellcia dosseres do P0I11il: Fez a presstio atmosfbiea ade-

quada ao homem... ,. estabeleceu os gi·al1des cen­tros de forc;a da ionosfera e da estratosfera. .. eedificou as usinas de oz6nio a 40 e 60Km de

altitude, para qlle filtrassem GOII1'61Ji~nt?/Ilente

os raios solcwes... Definiu todCfS as linhas do pro­gresso da Humanidade jutura... "([5J, Ccp. J).

b) - Diz, ainda, Emmanuel em ([5], Cap. 1) que 0

"amor de Jesus foi 0 verba da Criac;tiodo principio ",

sendo ele mesmo 0 ideaJizador e 0 construtor da mo­rada que haveria de acolher a vida organizada. (E neste sen­tido que Emmanuel interpreta os versiculos de 1 a 4 do Cap.I do Evangelho de Joao.)

Atingido 0 momento, diz ele:

".. ..Jesus rel/niu nas alturas os inti!Jpre­tes divinos do seu pel1samento. Viu-se, entao,descer sobre a Terra, das amplidi'Jes dos espa­C;OS ilimitados, Ulna nlivem de forc;as cosmicasque envolveli 0 imenso laboratorio planetarioem repouso. Dai a algum tempo... podia-se ob­sel11ar a existfmcia de um elemento viscoso quecobria toda a Terra ... nascia no ol'be 0

protoplasma e, com ele, lanc;ara Jesus it slper­(icie do mundo 0 germe sagi'ado dos primeiroshomens ([5J, Cap.!) ".

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40 RinD Curti Espiritismo e Evoluf;;aQ 41

1.5 - 0 aparecimento da vida

a) - Andre Luiz, em ([3], Cap.III), tambern diz que

"... os Nfinistros Evangelicos da Sabedo­ria Divina, com a supenJisfio do Cristo de Dens,lanr;aram os jil11damentos da vida no corpociclopico do Planeta...

A imensa fomalha atomica estava habi­litada a receber as sementes da vida e, sob 0

impnlso dos Genios Construtores... vemos 0 seioda Terra recoberto de mares momos, invadidopOI' gigcmtesca l/1assa viscosa a espraiar-se nocolo da paisagem primitiva.

Dessa geleia cosmica, verte 0 principiointeligente, em suas primeiras manifestar;i5es.

b) - Kardec, em ([4],1. 10, cap. III), afirma que

"...A Terra continha os gennes qne espe­rm1am 0 momento favoravel para desenvolver­se... Os germes permaneceram em estado laten­te e inerte ate 0 momento prop/cio aeclosfio decada especie... ".

Enfirn, os Espiritos transmitern a Kardec a ideia degerar;ao espontfulea, no sentido de que seu aparecimento naose deveu a nenburn processo de procria<;ao; e que, hoje, nao

mais se repetiria na Terra, uma vez que os seres vivos, emseu desenvolvimento, teriam absorvido os elementos em simesrnos, para transrniti-los segundo as leis da reprodur;ao([4],1. la, Cap.III)

A) - Bibliogt'afia

[I] - Rino Curti - Espiritismo e Reforma Jnti­ma -Ed.Lake

[2] - Allan Kardec - A Genese - FEB[3] - Andre Luiz - Evolnr;iio em Dois Mundos

-FEB[4] - Allan Kardec - 0 Livro dos Espiritos ­

Inst. de Dif. Esp. Araras[5] - Emmanuel- A Caminho da Luz - FEB[6] - Allan Kardec - 0 Evcmgelho Segundo 0

Espiritismo[7] - Roger A. Macgowan e Frederick 1.

Ordeway III -Inteligencia no Universo- Vozes.

[8] - Emmanuel- 0 Consolador - FEB

II) - l,eituras complementares

[2] - Cap. IV[5] - Cap. I[4] - Livro 10

., cap. III[6] - Cap. ill

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42 Rillo Curti

C) - Perguntas

Qua! 0 papel das Ciencias?2 - 0 que eCo-Criayao?3 - Hit fundamento ern se supor eyjstirem ou­

tros planetas habitados? Por que?4 - Como ter-se-ia originado 0 planeta?5 - Como aparecerarn os primeiros elementos

da vida na Terra?6 - Hit "gerayao espontfmea", hoje, na Terra?

Iit houve? Explique.

Espiritismo e Eva/u9iia

CAPITULO 2

A ORIGEM DA VIDA

2.1 - 0 snrgimento da vida

43

D) - Pratica de renova-;ao intima

Andre Luiz - Sinal VerdeEstudar e por em pnltica a cap. 20.

Segundo Emmanue~ a vida organizada surgiu na Ter­ra segundo planas e fOfilms estudadas e previstas desde ainicio, por numerosas Assembleias de Openlrios Espiritu­ais, sob a orientayao do Cristo. Tudo foi adaptado as condi­yoes fisicas do Planeta

"... e as primeiras constrw;oes cellllaresobedeceram as leis do principio e do desenvol­vimento gent! ([ll, Cap.II) ... ",

Como foi dito no capitulo anterior, com a formayao dacrosta, camada gelatinosa envolveu 0 orbe, contendo as se­mentes da vida que, segundo Kardec, jit teriam existido neleern estado latente.

As primeiras forrnas teriam surgido com a utili;z:ayaode foryas cosmicas, corn as quais ter-se-ia despertado alatencia de tais sementes da vida e dado inicio it evoluyaodos seres vivos.

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44 Rino Curti Espiritismo e Evol"9i'io 45

Com is 50 teria acontecido, primeiramente, 0

surgimento das celulas albmnin6ides; a seguir, e em sequen­cia, as amebas, as organizayoes unicelnlares isoladas e li­vres, que se teriam multiplicado vertiginosamente, nas aguastepidas dos oceanos e pfllltanos, mesmo porque somente aiteriam elas encontrado ooxigenio que escasseava na terrafirrne.

Tills seres apresentavam sensibilidade restrita ao tacto,sentido este do qual se desenvolveram todos os outros.

2.2 - A explica<;ao cientffica

2.2.1- A origem cia vida

Pouco se sabe acerca da origem da vida.

Hit grande propensao em se aceitar, na ciencia materi­alista, que a vida se originou como consequencia de umaevoluyao quimica, por reayoes quimicas e agregayoesmoleculares de complexidade gradualmente crescentes.

Isto e, moleculas quimicas simples participam de rea­yoes quimicas que levam it formayao de moleculas mais com­plexas, tills como as encontramos nos corpos vivos. Porexemplo, Hidrogenio e Oxigenio se combinam para formarilgua, um composto com propriedades pr6prias, diferentesdas dos seus componentes.

Analogamente, na forma<;iio de moleculas mais com­plexas, a partir de moleculas mills simples, surgem, nas com­postas, proptiedades novas. Infere-se dill, que a vida e uma

\j

dessas propriedades novas que surgem com 0 crescimentoda complexidade.

Meramente uma bip6tese.

o que nao se sabe, realmente, e como uma moleculase torna capaz de cercar-se de materia estmtural e reprodu­zir-se; isto e, como cia evolu~ao quimica se passa a evolu­~ao biologica, embora a Bioquimica jil tenha desenvolvidotoda uma teoria que busca explicar, com base na Lei da Evo­lUyao e da Lei da Seleyao Natural, este fen6meno (Vide [6]).

Este e um ponto que ainda permanece insolllVel para aCiencia ([2], Cap.5, e [3]).

2.2.2 - Vida biologica

o que se entende par vida bio16gica e algo que possuivarios atributos ([2], Cap.5):

1°. - Consiste de agregayoenle diferentes molecu-las, com 0 acido DNA como agente genetico;

2°. - reproduz-se;3°. - mantem urn envoJt6rio'estmtural;4°. - aJimenta-se;5°. - utiliza energia externa;6°. - armazena energia quimica;7°. - elimina materiais gastos;go _ percebe condiyoes ambientills extemas e'3 elas

reage;9°, - cresce;

10°. - morre.

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46 RinD Curti Espiritismo e Evolu9GO 47

Esta caracterizayao e adequada para quase todos osfins, mas nao permite trayar 0 porrto em que, primitivamen­te, se possa ter processado a passagem do ser rrao-vivo aoVIVO.

2.2.3 - A vida primordial

Ao se forrnar, a Terra deveria ter atmosfera com poucooxigerrio e algurrs poucos compostos gasosos simples (hi­drogerrio, am6rria, metano, vapor d'agua,) porrto de partidade todos os outros agregados moleculares existerrtes.

A Terra, nessas corrdiyoes, corrstituia urn planeta pri­mordial, como deve haver tantos outros, rra ordem de bi­Ihoes, fato corrfirmado pela Prebi6tica, cierrcia que conse­guiu reproduzir, em laborat6rio, essas condiyoes e obter, ex­perimerrtalmente, a partir de 1950, com base nas teorias deOparirr e Haldane, por meio de Miller, rrumerosos compos­tos orgarricos, a partir desses poucos compostos inorgiinicos.

o que comprova a evoluyao do inorganico para 0 or­ganico.

Corrclui-se, na teoria bioquimica que 0 que deve teracontecido e que moleculas simples, por reayoes quimicas,comeyaram uma evoluyao gradativa, rra direyao de agrega­dos rnoleculares auto-reprodutores, capazes de evoluir bio­logicamerrte.

Como, nao se sabe. Mas a Prebi6tica conseguiu esten­der a Lei da Evoluyao e a Lei da Seleyao Natural aDirrorgarrico, errtendidas, antes disso, v81idas apenas para asespecies dos seres vivos, no evoluciorrismo de Darwin.

I

II

II

I

2.3 - Conceitos espiritas

Andre Luiz ([4], Cap.III) e Ell1l-nanuel ([I], Cap.II)dizem do aparecimento, em corrcordancia com a Prebi6tica,de uma massa viscosa ap6s 0 resfriamento da crosta, da qualse teria originado 0 protoplasma e sobre 0 qual as monadascelestes, teriarn iniciado a se destacar e a atuar quais cen­t]"os microscopicos de for~a positiva.

Kardec ([5], Livro 1°., Cap III) diz que os seres vivosestavam em germe rra massa do globo, em estado latente einerte, ate 0 momenta propicio do despertamento.

o Espiritismo nao esclarece, tarnbem, a origem da vida.Os Espiritos nada informaram a respeito, ate 0 momento, demodo que, por enquanto, ela nos e infensa.

Importante observar, entretarrto, que ele secompatibiliza com a Ciencia, corn a diferenya de que, nasocorrencias, coloca a ayao dos Espiritos.

As m6nadas teriarn surgido por "gerayao espontanea",no serrtido de que seu aparecimento nao se teria dado parreproduyao. A difererrya e que, neste aparecimerrto, houve apar1icipayao dos "OpenJrios Espirituais"; rra reproduyao,as marrifestayoes sao corrduzidas pe1as m6nadas ou "espiri­tos" errvolvidos rrela.

As m6rradas, trabalhadas pelos mesmos Artifices daEspiritllalidade, van adquirirrdo possibilidades de realizay~o,que geram capacidade de atuayao, nllm crescerrdo, it medidaque se habilitam, assumindo as furryoes que the dizem res­peito.

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2.4 - 0 DNA e a reprodlll;ao

Em assim sendo, fica eliminada a suposiyao de que 0desenvolvimento se de por acaso. Ha que admitir que eleocorre com base na conduyao dos Espiritos Encarregados,com a participayao sempre crescente das m6nadas,limitadamente as suas aquisiyoes.

Toda a vida sobre a Terra parece estar apoiada, f"lmda­mentalmente, em dois tipos de longas cadeias moleculares(polimeros):

- os acidos nueleicos, componentes do ilcido DNA edo acido RNA - presentes no nueleo das celulas;

- as prot.einas.

o DNA e 0 RNA, est.e originado daquele, sao longascadeias moleculares, const.ituidas de grupos menores, cujadisposiyao na molecula obedece a um detenmnado padrao.

A mo16cula do DNA assume a forma de uma escadat.orcida, que pode dividir-se no meio dos degraus, a se­melhanya de urn ziper; ou reconstituir-se do mesmo modo.

]\)a const.it.uiyao dos degraus, as subst.fu1cias que for­mam as eJ,.'i:remidades dos meio-degraus e que se unem paraformar urn degrau, sao de quatro tipos, indicados por A, C,G,T.

Esta sucessao passa a denOlmnar-se de CODIGOGENE11CO, pois ela se constitui de uma sucessao de in­formayoes ,\ semelhanya de uma sucessao de palavras, numtexto. Semelhante as instru90es num disquete de computa­

dor que, em linguagem pr6pria, constituem as informayoesque fornecell1os ao computador e sobre as quais ele opera.

Cada 1l10lecula de DNA~ associada a proteina, consti­tui um CROMOSSOMO, cujo aspeto e de urn filamento.

A quantidade de cromoSS0ll10S e caracteristica de cadaespecie, e denomina-se GENOMA. Na especie humana, essenumero e 23.

49Espiritismo e Eva/lI9GO

Considerando-se que uma infornlayao e constituida depalavras formando uma frase, 0 equivalente da palavra, nainformayao do DNA, denomina-se GENE.

Esobre est.as informayoes que 0 Espirito gera 0 desen­volvimento do ser, a partir de um ovo, determinando-lhe ascaracteristicas biol6gicas e 0 programa de vida, nas suas li­nhas essenciais.

o RNA, de est.rutura semelhante a rneia-escada doDNA, e proveniente dele, governa a produyao das proteinasna celula.

As proteinas servem de material estrutural e comocataJisadores quimicos, denominados ENZIMAS. (*)

Sao cadeias longas (polirneros), cujas unidades 'saodenorninadas aminoacidos.

I

IRina ClIrti48

E s6 podem existir degraus A-T, e C-G. E isto deter­mina que se conhecermos a disposiyao A, C, ... do lado es­querdo, fica determinada a sucessao do lado direito. E vice­versa.

(*) Catalisador euma substiincia quimica que acelera umarea9ao quim..ica, sem ser ela mesma cOllsumida ua reac;uq.

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50 RillD Curii E:::'']Jil'ihsmo e Evolw;ao 51

Sobre a origem do DNA e das proteinas, hit diversas

teorias.

Limitar-nos-emos a citar 0 que Andre Luiz diz em ([4],

Cap.VI):

"os crol1l0SS011l0S ieriam sido prodllzidospelos Arqllitetos jYJaiores, com os dons da re­prodllr;Go, quais concentrar;oesjlllidico-rnagllli­ticas especlals, it sel1lelhanqa dos l1loldes fabri­cados para 0 servir;o de fil1ldlr;Go na ofic1lla tl­pografica ".

Esta analogia conduz-nos a reflexao de que ai estaria arazao de ser do caritter de longa dura<;ao dos cromossomos,eternos em cada especie, mas diferentes em cada uma, 0 queatesta, para estes, evolu<;ao de uma especie a outra.

Eles constituem os elementos da informa<;ao. Do mes­mo modo que tudo evolui, embora os caracteres da lingua­gem permane<;am, analogamente, os cromossomos pem1a­neceriam os mesmos, embora suas combina<;6es, na forma­<;ao das "palavras", mudem.

Portanto, Andre Luiz ([4], Cap.III) atribui a reprodu­<;ao i't a<;ao da m6nada, com as indica<;6es existentes noscromossomos, estabelecendo a concep<;ao de que jit a ceIulae urn ser vivo, constituido de materia e principio inteligenteindividualizado, que denomina m6nada. A reprodu<;ao senaguiada pOl' ela sobre os recursos fixados nos cromossomos,exercendo uma a<;ao que se constituiria na sequencia das

rea<;6es cataliticas.

2.5 - Os virus

Pequenas moleculas de DNA, envoltas num simplesenvolt6rio de proteina, constituem os virus. as tipos meno­res sao todos identicos, de modo que e dificil considerit-10sseres vivos, ou vida celular. Adere nas celulas, fazendo pe­netrar nelas suas moleculas de DNA que, utilizando os me­canismos de produ<;ao e os materiais das celulas vivas, re­produzem-se ate preenche-las, rompe-Ias e destrui-las.

Tipos maiores de virus manifestan1 alguma vana<;aoestrutural, dando a impressao de que possa existir uma se­quencia gradativa de seres nao-vivos a seres vivos.

Disto pode-se formular a hip6tese de que 0 vims sedesenvolve diretamente de agregados quimicos muito pri­mitivos.

Experiencias de laborat6rio mostraram que, em an1bi­ente quimico adequado, os virus podem reproduzir-se, 0 quepoderia ter-se realizado nos oceanos da Terra primitiva. Istoviria em auxilio da tese de que os virus teriam aparecidoantes da celula e, portanto, que, evolutivamente, sao urn doselos entre 0 vivo e 0 nao-vivo.

A sequencia seria: vims, bacterias rudimentares, celu­las primevas, bacterias, celulas.

Andre Luiz da 0 aparecimento dos vims como anteri­or ao das celulas, na sequencia citada, a partir das quais am6nada teria dado origem as bacterias mdimentares, cuj asespecies se teriam perdido, mas das quais se tenam origina­do as primeiras celulas do reino vegetal.

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52 RinD Curti Espil'ih~,'1ilO e Evolllr;:c70 53

2.6 - A vida em ouiros planetas

A ideia de que a vida possa existir em uma miriade deplanetas, cientificamente requer que:

- devem existir outros sistemas solares e outros pla-netas;

- nossa quimica seja universal, 0 que e conflTInadopela Astronomia.

E se isso se da, deve ter havido, neles, ambiente qui­mico primordial. E, ainda, que a origem e a evoluyao davida deve ter acontecido, ou estar acontecendo, uma vez queisto seria 0 resultado das inevitaveis reayoes cataliticas quese processariam, sob condiyoes favoraveis do ambiente.

Kardec, secundado por todos os Espiritos que se co­municam conosco, ilfirma que sistemas solares e planetasexistem em nllmero incontave~ e que 0 processo de "gera­yaO espontanea", no sentido ja exposto e a nao ser confundi­do com 0 que vigorou ate os meados do seculo passado,continua nos planetas primordiais, da mesma maneira queaqui se processou ([5], Livro 1'., Cap.ill).

Leon Denis, Andre Luiz e outros, consideram que apassagem do inorganico ao ser vivo, se da de maneira conti­nua; e que 0 principio inteligente esta sempre associado itmateria desde 0 fluido c6smico, e atraves dos varios reinos:mineral, monera, protista, fungi, plantae, animaJia; aos quaiso Espiritismo acrescenta, 0 hominal e 0 ultra-hominal, 0

Espirito progredindo sempre, e construindo valores, atravesdeles, nao por acaso, mas em obediencia a leis naturais dedesenvolvimento.

A) - mbliografia

[1] - Emmanuel- A Caminho da L/lz - FEB[2] - Roger A Macgowan e Frederick 1. Ordway

III - Illteligellcia 110 Univel'S{) - Rd. VO'leg[3] - Scientific American - Revista, numero es­

pecial de setembro de 1978[4] - Andre Luiz - Evolur;;aa em Dais MlIlIdos ­

FEB[5] - Allan Kardec - 0 Livro das Espiritos

B) - Leituras complementares

Os capitulos da bibliografia citados no texto.

C) - Perguntas

1 - Como surgiu a vida no planeta?2 - 0 que sao evoluyao quimica e evoluyao

bio16gica?3 - 0 que caracteriza a vida?4 - A hip6tese da vida surgida por evoluyao

quimica esta comprovada?5 - Existem outros planetas? E se sim, ba vida

neles?

D) - Pnitica de relioviH;iio lutima

Andre Luiz - Sinal VerdeEstudar e por em pratica 0 cap. 2I .

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Espiritismo e Evolur;'fio

CAPITULO 3

A EVOLm;::AO BIOLOC][CA

3.1 - As eras planetiirias

55

c

Pela Geologia, atribui-se it Terra uma existencia de 4,5bilh5es de anos, dividida em quatro eras principais:

PROTEROZOICA - de 4,5 bilh5es a 600 milh5es deanas;

PALEOZOICA - de 600 a 220 milh5es de anos;MESOZOICA - de 220 a 76 rriilh5es de anos;CENOZOICA - de 78 milh5es de anos a esta data ([I],

Cap.6).

Cada uma com outras subdivis5es.

Ao admitir estas afirma<;5es, jil enegar a versao ,bibli­ca da Cria<;ao e substitui-la pela versao cientifica.

a fato da Doutrina dos Espiritos adotar esta versaonao significa que ela se identifique com a Ciencia materia­lista; apenas ela se compatibiliza com ela. A Ciencia materi­alista euma dontrina sem Deus, ao contrilrio da DOlltrinaEspirita, que toma como postulado fi.mdamental a existen­cia do Ser Supremo.

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56 RillD ClIrti EspiritiSl710 e Evohu;fio 57

A Doutrina Espirita adota paradigma (conceitos fun­damentais) diferente do da·Ciencia.

3.2 - Os primeiros composios organicos

a) - A versao cientifica acerca da vida, como ja dissemos nocapitulo anterior, afirma gue ela ter-se-ia desenvolvido aposa consolidayao da materia; isto e, apos os primeiros 500milh6es de anos da era proterozoica, apos 0 gue 0 planetateria adguirido, essencialmente, a fonna atual.

Nessa fase inicial, continua, nao haveria oxigenio li­vre na atmosfera, existindo ele somente ao longo das aguasdos oceanos e brejos. Nao havendo oxigenio, nao teria exis­tido a camada de oz6nio, hoje situada entre 40 e 60Km dealtura, cuja finalidade e filtrar

"... as raios solares, manipulando-lhes acomposi9iio precisa it manuten9ao OIganizadado orbe... ",

no dizer de Emmanue~ em ([1], Cap.l).

Antes de existir esta camada, numa atmosfera primor­dial, portanto, os raios ultravioleta, ou olltras radiayoes, atin­gindo a superficie do planeta, poderiam ter fomecido a ener­gia para a sintese de muitos compostos organicos, a partir demoleculas de compostos guimicos simples.

E 0 gue a Prebi6tica comprova hoje, simulando limaatmosfera primordial em laborat6rio, conseguindo sinteti­zar'Varios compostos organicos, nessas concliyoes.

Corn isto fica confirmada a teoria.

b) - Emmanuel, em ([2, Cap.I), ref~re-6e 11 este~ fatQs, di­zendo:

" .. .Jesus rellniunasAlturas os intrhpre­tes divinos do seu pensamcnto. Viu-se, entao,descer sabre a Terra, das amplid8es dos espa­r;os ilimitados, lima nuvem de forr;as casmicas,que envolveu 0 imenso labomtario planetario,em repaliso.

Dai a algum tempo se podia observar aexistencia de um elemento viscoso que cobriatoda a Terra... ".

o oxigenio eun1 gas corrosivo evenenoso, contra 0gual os organismos sao protegidos par mecanismos guimi­cos e fisicos. A gueima dos alimentos, por ele, possibilitamaior armazenamento de energia.

Pois bem, sem 0 oxigenio a destmir os primeiros com­postos organicos, os primeiros oceanos, com eles, teriamatingido a consistencia de lima sopa diluida, diz Haldane([3], pags. 62-63).

Andre Luiz, tambem, em ([4), Cap. Ill), se refere a estamassa viscosa inicial. Em segllida, coloca 0 surgimento dosvims e das bacterias mdimentares, hoje desaparecidas.

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58 Rino Curti Espiritismo e EvohJ9GO 59

Segundo Andre Luiz ([4], Cap. III), inicialmente teri­am aparecido

3.3 - 0 aparecimento dos seres vivos monocelillares

a) - Ap6s 0 surgimento da vida, 0 conteudo de oxigenio, naatmosfera, teria aumentado ate que as condiy5es, original­mente favoniveis it vida primitiva, se tornassem desfavora­velS.

E, certamente, nao se pode admitir que todo esse pro­cesso de adequayao e condicionamento, possa ser obra doacaso, segundo querem supor alguns materialistas.

Formou-se, entao, a camada de oz6nio bloqueando aluz ultravioleta para a superficie, entre 2 e 1,5 bilh5es deanos passados, 0 que se constituiu em proteyao para a vidaexistente.

Nao houvesse essa camada, toda a vida do planeta se­ria extinta.

b) - Uma questao se imp5e de imecliato: Epossivel, hoje, naTerra, verificar 0 surgimento de materia viva a partir da ma­teria nao-viva?

A resposta e: Nao.

A explicayao que se da e que, por processo de seleyaonatural, novas forrnas surgiram substituindo as anteriores.Com isso, a caracteristica de sintetizar compostos organicospassou a ser prerrogativa da materia viva, pela reproduyao.

o que se toruou urn impedimento para a criayao deseres vivos, a partir do nao-vivo, passou a constituir-se emgarantia da evoluyao biol6gica dos seres vivos ja constitui­dos, para os quais 0 oxigenio e indispensavel.

c) - Segundo Emmanuel e Andre Luiz, esta seleyao e

conduzida pelos

"" .Alinistros da Sabedoria Divina, coma supen!isi'io diJ Cristo de Deus... " ([4J, Cap.JIJ).

Diz Emmanuel em ([I], Cap.II), que:

"... os trabalhadores do Cristo estudarama combinar;i'io das substancias, analisando acombinar;i'io prodigiosa dos complexos celula­respOI' eles delineada, aferindo valores, proi'an­do possibilidades e necessidades do porv!;: .. n.

" ... 00' virus e com eles 0 campoprimacialda existencia, formado pOI' nucleoproteinas eglobulinas, oferecendo clima adequado aosprin­cipios inteligentes ou monadasjundamentais,que se destacam cia substancia viva pOI' centrosmicroscopicos de forr;a positiva, estimulando adivisi'io cariocinetica.

Evidenciam-se enti'io as bacterias rudi­mentares, cujas especies se perderam 1100' ali­cerces projimdos da evolur;i'io, Icn>rando os mi­nerais na construr;i'io do solo, dividindo-se porrar;as e grupos numerosos, plasmando pela re­produr;i'io assexuada, as celulas primevas, quese respollsabilizariam pelas eclosDes do reinovegetal e171 sell inicio... N.

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ai~;:':jc ,='0=::='."",",",,-'''''' -_.

60 Rino Curti Espiritismo e Evolllr,:ao 61

3.4 - 0> aparecimento dos seres vivos pluricelulares

Das celulas primevas, atraves dos miJenios, passa-seas algas que, como seres monocelulares, ja englobam a clo­rofila, pela qual 0 ser se nutre. Dotadas de motilidade e sen­sibilidade tactil, dao origem a todas as outras formas na cri­

a9ao dos sentidos.

A seguir, sucedem-se as algas verdes em que se inau­gura a reprodu9ao sexuada, a morte, com metamorloses con­timms, pelas quais a monada passa desde os artr6podes aos

animais superiores.

Diz Andre Luiz ([4], Cap. Ill):

"... Das crislalizar;oes al6micas e dosminerais, dos virus e do proloplasma, das bac­lerias e das amebas, das algas e dos vegelais doperiodo pre-cambrico (desde ha 4,5 bilhoes ate600 milhoes de anospassados, epoca em que seinicia a erapaleolitica, que comer;a com 0 peri­odo cambrtco) aos joraminijeros e radiolariosdos terrenos silurianos, 0 principio eopiritllalatingill os espongiarios e celenterados da erapaleozoica, esb09Q11do a esll1llura esqueIetica".

3.5 - A evolu4,:3.o das espedes

a) - No. reprodu9ao assexuada os cromossomos se reprodu­zem com exatidao. No. reprodu9ao selmada, as moleculas doDNA de dois individuos sao misturadas e reagregadas demaneiras diversas. Disto se originariam os mais diversos ti-

pos de vida primitiva e em locais diferentes. Com 0 temposurgiram processos de sele9aO natural, aparecendo caracte­risticas dominantes, pelo que celias especies sobreviveram,

enquanto outms se eKtinguimm.

Emmanuel ([1], Cap. II) atribui a sele9ao a ensaiosefetuados pelos Espiritos. Diz:

"... Os trabalhadores do Crislo... anali­saram... a combinar;i'io prodigiosa dos comple­xos cellilares, cllja jormw;i'io elas proprias ha­viam deliberado, execlltado, com as Sllas expe­riencias, llma justa ajerir;tio de valores, preven­do todas as possibilidades do porvil:

Todas as areslas jomm eliminadas... Ostipos adequados it Terra joram consumidos emtodos os reinos da Nalureza, eliminando-se osfrutos leralologicos e eslrcl71llOs, do laboratoriode suas perseverantes experiencias... ".

b) - Enftm, e no inicio da era Cenoz6ica (ha 78 milh5es deanos) que surgem os primeiros mamiferos e as primeirasmanifesta95es da Inteligencia, em que 0 reino animal' expe­rimenta as mais estranhas transi95es sob a influencia do meioe da sele9ao.

No Plioceno Inferior (periodo do Cenoz6ico com­preendido entre 12 a 1 milhao de anos passados), surgem osantepassados experimentais do homem e ascendentes dossimios, de onde ambos se ramificam ([1], Cap.II).

Diz Emmanuel:

"...As forr;as espirttuais que dirigem os

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62 Rino Curti Espiritismo e Evohl9tio 63

I

(enomenos terreslres, sob a orientQl;ao do Cris­to, eSlabeleceram lima linhagem definitiva paratodas as especies, denlro das quais 0 principioespiritual enconlraria 0 processo do seuacrisolconento, em marchapco'a a racionalidade",

Ospeixes, os nipteis, os mamiferos, live­ram suas linhagens fixas de desenvolvimento eo homem nao escaparia a essa regra gem!",

E esta a razao pela qual, na anillise das formas, nao sedetectam todos as elos da evoluyao, Porque 0 ser, no seutransformar-se e progredir, sofie transrnutayoes que a habi­litarn a assumir, cada vez mais, a conduyao dos processosvitais, em urn crescendo que atesta seu estagio evolutivo,nos dais planas: no fisico e no extrafisico,

c) - Diz .A..ndn§ Luiz, em ([4], Cap,III):

"" ,E assim que dos organio1l10s celula­res aos organismos complexos, em que a Inteli­gencia disciplina as celulas (seres vivos consti­tuidos, pOl'tanto, de materia e principio inteli­gente) colocando-as a seu servi!;:o, 0 ser viajano rumo de elevada destinarao, que the joitrarada do Plano SuperiOl; tecendo com osjiosda experiencia a I7Inica da propria exterio-'rizarao, segundo 0 molde mental que Iraz con­sigo, dentro das leis da arao e renovarao, emque mecanizam as proprias aquisiroes, desde 0

estimulo nervoso it dejensiva imunologica...

"Contudo, para alcanrar a idade da ra-

!

I

zao, com a titulo de homem... a sel: .. despendeu,para chegar aos primordios da epocaquatem6ria (de lIln milhao a dez mil anos pas­sadm:) , em que a civiliZCI9ao eleme11lar do silexdemmcia ctigum primO!' de tecnica, nada menosde um bi/hao e meio de cmos, E, enlendendo-seque a Civilizarao ctiudida]70resceu h6 maiO' oumenos duzentos mil anos, preparando a homem,com a bel1rao do Cristo, para responsabilida­de, somas induzidos a reconhecer a cara/er re­Gente dos conhecimentos psicologicos, des/ina­dos a aulomatizm; na cons/i/uirao jlsio­psicossom6/ica do Espirito HlIll1cmo, as aquisi­roes marais que the habilitarao a consciencia/erres/re a mais amplo degrcl1l de ascensao itconsciencia cosmica... ",

d) - Enfim, a Espiritismo e Doutrina Cientifico-Filos6fico­Religiosa, que se compatibiliza com a Ciencia Con­temporftnea, construida com a mesmo metoda te6rico-ex­perirnental. Apenas situa as fatos como decorrencia de urnplano, de uma coordenayao e conduyao racional: planejadae executada pelos Espiritos, na sua atribuiyao de co-criar.

Portanto, dentm das leis inderrogitveis estabelecidaspOl' Deus. E isto Ihe dit sentido, mesmo porque, em atendo­se a exposiyao, desconhecedora da existellcia do Espirito,nao hit qualquer possibilidade de se aceitar que tudo issoresulte do acaso, criador das leis existentes e atuantes.

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64 Rillo Cllrii

A) - lBibliografia

[1] - EJ1lJJ1anuel - A Caminho da Lliz[2] - Roger A. Macgowan eFrederick 1. Ordway

III - Inteligencia no Universo - Ed. Vozes[3] - Scientific American - (Revista) Numero

especial de setembro de 1978.[4] - Andre Luiz - Evohl9fio em Dois J..,izmdos

-FEB[5] - Allan Kardec - 0 Livro dos Espiritos

Espiritismo e Evollll/ao

CAPITULO 4

A FASJE HUJVJlANA

4.1 - 0 Espirito eo agente

65

B) - Pet-guntas

1 - E possivel verificar 0 surgimento espon­taneo de vida, hoje, na Terra? E em outrosplanetas? Por que?

2 - Como se processou a evoJw;ao dos seresvivos?

3 - Quais os antepassados do Homem?

OBSERVACAo: estas duas ultimas perguntas (2 e3) poderiam ser transformadas em uma pequena pesquisa

do aluno, a seu criterio.

C) - Priitica de renovlu;ao intima

Andre Luiz - Sinal verdeEstudar e por em pnitica 0 cap. 22.

a) - Como vimos no 2°. capitulo, 0 conceito de evolu\'ao,embora apresentado com os mesmos fatos, 0 mesmo pro­cesso, difere entre a Ciencia e 0 Espiritismo, porque esteconsidera a vida planejada e conduzida pelos 0pcl'llrios es­pirituais. As monadas, trabalhadas pelos mesmos "operari­os", vao adquirindo possibilidades de expressao que geramcapacidade de atuar como agentes num·crescendo, it medidaque se habilitam, assumindo, gradativamente, fun\'oes rela­tivas ao seu proprio conduzir e que, em consequencia, dei­xam de ser efetuadas por seus condutores.

Segundo Andre Luiz em [1], Emmanuel em [4] eKardec em [3], 0 principio espiritual teria existido em esta­do latente na materia de que se constituiu 0 orbe, e teriadespertado com suas manifestay6es de vida, no reino orga­nico, a partir de uma massa gelatinosa, apos a incidencia de

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4.2 - 0 desenvolvimento da monada

(1) _ A Prebi6tica, hojc, estende a evoluyao e a lei da se!e­ctaO natural, para 0 reino mineraL E isto corrobora com a afinlla­yllO doutrinaria de que 0 seT - 0 espirito - se desenvolve atravesdos viI-ios reinos, a partir do reino mineral.

".. .As monadas, previamente trabalhadaspelos operarios espirituais, destacam-se quaiscentros microscopicos de fOI"l;:a positiva, estimu­lando a divisiio cw·iocimitica... "

II

IIi[

Ii.,I,

67Espiritismo e Evolw;fio

jsto e, aSSUllle a alinlenta<;ao.

" .. .atraveSSOli as l1lais '--udes crivas daadaptar;:iio e seler;:Cio, assimilando os valores

Ate alcan~ar os pitecantropoides da era quaternfuia

"... entre os dJ'Oi11otel'ios e ({lIjiterios, os

I1ldimentos das rea,:oes psicol6gicas sztperiores,incOlporcmdo as conquistas do instinto e da in­teligencia... " (idem).

"... a reprodzlI;:iio se:owda, e estabelecen­do vigorosos embates nos quais a morte compa­rece, na e.~/erada luta, provocando metalllOlfo­ses contilluas, que perdurariio, no decurso daseras, em dinamismo profimdo, l71antendo aediflcagiio dasformas do pm'vir ([1], Cap.!]]).

a) - A seguir, assume a mobilidade e a sensibilidade nasalgas nadadoras, nas quais a monada, ja mais evoluida, seergue a estagio superior.

Continuando, a monada passa a govemar organiza~5espluricelulares, evolvendo nos dominios da sensa~ao e doinstinto emblioninio, assumindo, pelas celulas com novonueleo,

Mais tarde, a monada ingressa no dominio das dife­rentes especies, ate esbo~ar a estrutur~ esqueletica para, ain­da durante milenios, assumi.. as fun~5es que Ihe organizama veste fisica, edificando 0 sistema vascular e nervoso, as­sumindo

IIII

I

I

I

RillD ClIrti

.;'''--'-''.'.._",-.~~'-,-'-,"------' -'".~.". .--.,~._---

isto e, aSSl.lmem a individllaJidade e a l'eprodll~1io,

que e assexuada.

A seguir

" ... 0 principio inteligente nlltre-se ago­ra na clorojila, que revela lIIn atomo de magnesioem cada motecula, precedendo a constituigiiodo sangue de que se alimentartz /10 minD ani­mal... " ([1, Cap.JJl)

far~as cosmicas, que teriam atuado, enquanto nao se for­mou a camada de ozonio. (1)

De forma analoga, como vimos, a Ciencia sup5e 0 apa­recimento do ser vivo como evolu~ao dos compostosmacromoleculares neste periodo em que nao havia atmosfe­ra de oxigenio, par principios ou leis mnda desconhecidos.

66

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68 Rino Curti Espiritismo e E1'ol1l900 69

mMtiplos da organiza9ao, da reprodu9ao, damemoria e do instinto, da sellsibilidade, da per­cep900 e da preserva9ao propria, pelletrandoassim pelas vias da inteligeneia maiO' compte/ase laboriosamente adquiridas, nas faixas inau­gurais da razao (idem).

4.3 - A lei do aprendizado

a) - Edesta forma que a principia inteligente, ao assumir asfi.m~oes que Ihe sao atribuidas pelas

co• •• Poieneias Sublimes que lhe orientama marcha... ",

em degraus sucessivos, atraves de milhoes de anos,coloca

"...as cefufas vivas, de natureza jisica eespiritual, a seu sel1li90, agregando-as na jor­ma9ao do seu veieulo de exteriorizw;:ao, queaprendeu a desenvolver ao fongo de todo essetempo... "(idem).

Este desenvolvimento se faz pela Ie; do aprendizado,que opera com base na repeti~ao dos atos e it automatiza~aodo comportamento, na edifica~ao de aptidoes.

b) - A monada reage aos estimulos externos de forma a adap­tar-se a novas situa~oes, 0 que consegue apas incessante re­peti~ao dos atos, especializando as celulas que se Ihe sub-

metem ao servi~o, ao mesmo tempo que

"... labora em benefieio delas, alJlparall­do-as com os valores pOl' ela eonql/istados, a

tim de que a concessZio da vida nao sop'a qllal.quer sol1l9ao de continuidade... " ([J), Cap.JVj.

Em cada repeti~ao de resposta aos estimulos, a m6nadaavalia a rea~ao corrigindo-a sequencialmente, ate habilitar­se a efetuar aquela que Ihe defina a adapta~ao, automatizan­do-a. Com isto, ja adaptada pela automatiza~ao, libera-separa efetuar novo aprendizado, incorporando desta formatodos as cabedais que Ihe edificarao a comportamento refle­xo e instintivo, base das atividades reflexas do inconsciente,que se manifestara na inteligencia filtura.

c) - Todos os argaos do corpo espiritual e, conseqi.iente­mente, os do corpo fisico, desenvolveram-se desta maneira,bem como todas as faculdades: com base nos renexos e noautomatismo, edificados pela repeti~ao incessante. AndreLuiz, em [1], detalha com maiores explica~oes, as conquis­tas dos varios sistemas do corpo espiritua~ matriz do corpofisico e a conquista das diferentes faculdades mentais.

4.4 - 0 ingresso do ser na fase humana

E na passagem de animal para ser humano que amonada, que agora denominamos propriamente de Espirito,assume II cornunicll~ao pela palavra, cujos mecanismosadquire em regioes do plano ex.lrafisico, com a interferencia

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II:1

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70 Rino Curti Espiritismo e Evolur;ao 71 ,.

dos Genios veneraveis que nos presidem a existencia, e pelapermuta de ideias, agora possibilitada pelo pensamentocontinuo, outra conquista desta passagem.

o pensamento passa a produzir-se como urn processovitalista analogo ao da respira<;ao, pelo qual a mente absor­ve fluido c6smico, sobre 0 qual imprime as pr6prias ideiasassociadas as recebidas de outras mentes afins, ern regimede sintonia, por indu<;ao.

Precisemos alguns conceitos.

4.5 - Sintonia inconsciente

Entendemos, por sintonia mellta!, 0 fClIomeno decapta<;iio de idcias, pelo pensamento, que se realiza tantomais qu:mto mais semelhan<;a elas guardam com as nos­sas.

Peia sintonia, entramos em contato com as mentesque pensam como nos, estabelecendo, por isto, liga<;iiesbenHicas, quando voltadas para 0 bem; desastrosas,quando eivadas de desajllste.

Por Inconsciente entendemos todo 0 acervo de con­quistas feitas com base em experiencias vividas e conseqiien­te adaptayao it vida, nos diversos estagios efetuados peloEspirito, diferente do conceito cientifico, que 0 entende comoreposit6rio de recalques, ocasionado pelos conflitos provo­cados pelos nossos desejos e pelas restriy5es sociais.

],

4.6 -l'endellcias, desejos

Em fililyao do inconsciente - 0 cabedal de aquisiy6es

de que somos portadores - se nos constituem foryas no Es­pirito que nos regem as manifestay6es dirigidas a deter­minados objetivos. Sao as tendencias que, tornadas consci­entes, nos cOllstituem os desejos, os interesses,transfonnaveis com base na lei do aprendizado, pela repeti­yaO e automatizayao.

E pela transformayao incessante das tendencias, emsentido espiritualizante, ou pela sublima<;iio, que os instin­tos e as faculdades se nos transfoffi1arao nas qualidadesangelicas.

4.7 - Emotividade

Ao pensar, emitimos e captamos, pela mente e porsintonia, ideias semelhantes as nossas, associando-as: de en­camados e desencarnados.

Pela reflexao efeluamos combinay5es destas ideias, doque resultam varias modelos alternativos de ayao. Por livr~

escolha nos decidimos por alguns deles e, pela vontade, cstransformamos em ayao ou comportamento, com uma io­tensidade compativel com as tendencias a eles associadas.

Eesta livre escoJha que nos toma responsaveis.

Nossa ayaO gera influencias qLle atuam, primeiramen­te e, com maior intensidade, em n6s; e, a seguir, alem de06s. Nosso Espirito as avalia eo resultado se traduz nas ma-

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72 Rillo Curli l!.~'Piritjsmo e EvoL'llqao 73

nifestac;6es que nos constituem a emotividade. Nesta distin­guimos: 0 SENTIJVIENTO, A EMO(:Ao E A PAIxAO

No SENTIJVJENTO, nossas reac;6es permanecem or­ganizadas, reguladas, controladas;

Na EMO(:Ao ja hil descontrole - nao conseguimosorganiza-las au controla-las;

Na pAIxAo, temos urn sentimento superdesenvolvidoas expensas de outros, exaltado ([2], pergunta 908), que nospode conduzir tanto a grandes realizac;6es, como a gravesquedas, de conformidade com a seu tear.

4.8 - Hiibitos e automatismos

A resposta automiltica aos estimulos constitui 0 quedenominamos de I-IABITO. Ele nao e inato. Adquire-se pelarepetic;ao, adaptac;ao e automatizac;ao, segundo a lei do apren­dizado. Par esta., hit urn mecanismo que, a cada tentativa deadaptac;ao, tende a corrigir erros, a veneer inabilidades, ateque se alcance a completa adaptac;ao e a conseqDenteautomatizac;ao.

A cada repetic;ao reorganizam-se movimentos ate quea tarefa ou a resposta se realize sem esforc;o, liberando aconsciencia para novas tarefas.

Tais Mbitos e automatismos sao construidos ao longodo tempo, pela colocac;ao do ser frente a condic;5es renova­das, sob a orientac;ao do Plano Superior.

No homem, a forma<,:iio dos lIabitos e dosautomatismos, passa a ser assumida por ele, com 0 apare-

cimeoto do pcnsamento continuo, da raziio e da vontade.

4.9 - Intui~ao e raziio

Com a pensamento continuo, 0 Espirito passa amentalizar e a influenciar, pelas ideias que cultiva., e e irrflu­enciado pelas ideias afins que, por sintonia, capta.

Nesta rnentalizac;ao, se Ihe manifesta a razao que asrelaciona, associa, transforma, reestrutura, em obediencia acertas leis, a que constitui a assimilac;ao.

Por este processo repetido, a razao torna a ideia maisclara e a automatiza de modo que, ao ser reevocada, 0 faz deforma total, instantanea., sem mais requerer esforc;o, deixan­do a mente livre para a assimilac;ao de outras, oa expaosaodas concepc;6es e da coltma.

A automatizac;ao das ideias, alem de acrescer nossabagagem, produz algo que podemos denominar, por analo­gia, de hilbitos mentaIS, cuja totalid<ide perfaz a INTUI­(:AO INTELECTUAL, evolutiva. Ela se caracteriza por .responder aos estimulos, de imediato;qual reevocac;ao, semqualquer processo intermediario, e se desenvo]ve com amentalizar, meditar, estudar, relacionados as experiencias eseus resultados a que somos submetidos au nos submete­mos nos embates da vida.

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74 Rino Curti Espiritismo e EvO!W:/Clo 75

4.10 - A vontade

Epelo livre-arbitrio, enfim, que 0 homem paSSLl a re­ceber a incumbencia de assumir a evoluyao dos babHos eautomatismos. A vontade surge como a faculdade queinterpiie urn hiato entre 0 impulso e a ac;ao: urn retarda­rnento no qual a consciencia e a reOexao, ao se fixaremem determinada ordem de ideias, que podemos elegerpelo discernimento, operam a transformayao do imp1l1­so.

A causa inconsciente do agir cede lugar it idealizayaode ayoes, das quais uma e eleita por escolha nossa, em fun­yao da nossa escala de valores, pela qual se nos define 0

objetivo a atingir, escolha esta que, em passando it ayaO, nostorna responsaveis.

Pelo estudo, pelo trabalho, edificamos os valores que,se relativos aD bern geral, nos guiam a ayao na produyao dobern comum, no servir, que e 0 que nos faz progredir, combase na lei de que e dando que se recebe, com a assistenciaconstante do Plano Maior.

Quando tivern1Ds assimilado todD 0 conhecimento eautomatizado todD 0 procedimento evangelico - diz AndreLuiz -, aI cessara 0 ciclo das reencarnayoes e ingressaremosem nova fase que por [alta de Dutra termioologia, se deoo­mina de fase angelica.

A) - Bibiiografia

[I] - Andre Luiz - Evo!w;ao Em Dois Niundos[2] - Denis Huismane e Andre Vergez - Com-

pendio Modemo de Filosojia[3] - AJlan Kardec - 0 Livro dos Eopirilos[4] - Emmanuel- A Caminho da Lm

B) - .1Leituras complementares

Os capitulos da bibliografia citados no texto.

C) - Perguntas

I - 0 que se quer dizer com "0 Espirito e 0

agente"?2 - Explique 0 significado de "aswmir das

funyoes pela monada".3 - Explique a lei do aprendizado, os retlexos

e 0 automatismo.4 - Defina:

4.1 - a sintonia;4.2 - 0 inconsciente;4.3 - as tendencias;4.4 - os desejos;4.5 - a emotividade;4.6 - 0 sentimento, a emoyao, a paixao,

consultando [2] e [3];4.7 - os hitbitos;4.8 - os automatismos;4.9 - a intuiyao;

4.10 - a razao;4.11 - a vontade.

5 - Explicar de que forma e deixada, ao ho­mem, a taretll de desenvolver-se.

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~~.----

76 RinD Curll

6 - Como entende, nesta fase, a orientayuo doPlano Maior?

D) - Priitica de renovat;ao intima

Andre Luiz - Sinal VerdeEstudar e p6r em prirtica 0 cap. 24.

Espiritismo e Evohu;iio

CAPITULO 5

o HOMEM JPRIMlnVO

77

OBSERVAiCAO - Sup5e-se que 0 Capitulo 23 foidado na aula de recordayao que deverir ter sido feita anteri­ormente a esta.

5.1 - 0 ingresso do espirito na fase humana

a) - Nosso interesse primordial diz respeito it evoluyao espi­ritual do homem: 0 pensar, as crenyas, 0 con11ecimento, 0

destino, a moral, aos quais nos ateremos, acima de tudo.

Assim sendo, lembraremos que 0 Espirito, ao ingres­sar na fase humana, jir desenvolveu urn corpo espirit1.1al, peloqual 0 Espirito domina

"...as dlulas vivas, de·naturezajislca ee;piritual, como que empalmando-as a se1l pro­prio sel1'i90, de modo a senhoreal' possibilida­des mais amplas de expansao e progresso ([2]'Cap. IV),

com um patrim6nio de incalculilveis conquistas.

Ao atingir 0 limiar da fase humana, 0 Espirito jil as­similou elevadas caracteristicas do ser vivo, dentre as quais:

- 0 automatismo fisiol6gico;- a transmissao das caracteristicas fisicas, segundo

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78 RinG Curti EspiritislJ10 e Evolw;c70 79

as leis da hereditariedade, na reprodll«ao, dado que s6 servivo da origem a ser vivo;

- 0 sistema nervoso;tudo subordinado ao comando da mente, corn a con­

solidavao de vanas e avanvadas funvoes mentais, tais como:- a percepvao, a selevao, a atenvao, a escolha, os re­

flexos, os instintos...

b) - 0 ingresso do ser no cicio das reencarnavoes humanascaracteriza-se pela aquisivao da palavra, do pensamerrto con­tinuo, da razao, do livre-arbitrio... sob a 6gide dos Conduto­res Espirituais, ern regioes especiais do Plano Extrafisico([2], CapX).

o exerC1ClO incessante e facil da palavra propicia 0

desenvolvimento da energia mental que acarreta a expansaodo pensameoto e 0 estabelecimento de

"... todo 11m oceano de energia suti! emqlle as consciencias e71cal7ladas se refletem. semdificuldade, umas as olltras ([2], Cap. X) ... ".

Nisto, 0 homem primitivo inicia a meditavao, passan­do a mentalizar e a exteriorizar as pr6prias id6ias; al6m deque, no sono, facilita 0 desprendimento do corpo espiritual,que afrouxa os lavos com 0 corpo fisico e perrnite 0 melhorcontato com os Benfeitores Espirituais, que 0 instmem.

Esta 6 a caracteristica essencial da fase Humana:

Os homells sao conduzidos pelns Benfeitores Espi­rituais, pela InstrlH;ao.

5.2 - A lei do tI'abalho

a) - Destituido de maiores recurso5, ainda na in11iucia dafase humana, 0 homem primitivo 6 colocado num "Hibitat",num meio que the ofereva condivoes ambientais e eco16gi­cas capazes de permitir-Ihe obter aquilo de que necessita,para a sua subsistencia, com 0 simples "colher".

Ea fase da cava e da pesca, a adequada as suas forvasna luta pela sobreviverrcia.

Situa-se num "Elabitat", fora do qual sucumbiria, ex­tinguir-se-ia.

Nesse Habitat, situarn-se a ±lora e a fauna que the for­mam a "cadeia eco16gica", senl a qual SUculllbiria e extin­guiria a especie.

S6 hoje, corn 0 progredir da "Ecologia", e que 0 ho­mem se da conta dessa realidade, em cuja defesa se levanta,hoje, a grita para a proteyao do meio arnbiente e da vida neleexistente. Poi pela incompreensao das leis hoje reveladaspela ecologia que 0 homem perpetrou e ainda perpetra ver­dadeiros crimes contra a Natureza, levando a morte, a arideze a desolavao em regi5es, onde a vida viceja.

b) - No selviltico, na busca para obter do meio que 0 circun­da aquilo de que necessita, e que se manifesta aquele princi­pio divino que observa, grava, rememora, automatiza im­pulsos e respostas, desenvolvendo-lhe 0 raciocinar.

Assim, ao colher frutos das mores, percebe que umasos dao mais, outras os dao menos. Que as primeiras revelam

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80 Rino Curti Espiritismo e Evolllc;ao 31

estar sempre melhor situadas no que concerne ao solo, a con­di<;6es c1imatericas, a presen<;a de insetos e doen<;as destrui­doras, fatores estes sabre as quais ele pode influir, limpan­do, regando, adubando...

c) - Come<;a par oferecer-se-lhe ao entendimento que, in­fluindo no meio, de modo a provocar circunstancias favora­veis, atua na causa do desenvolvimento, da produ<;ao; e suaobten<;ao efavorecida em quantidades sempre maiores, quan­ta maiores forem as benfeitorias que ele possa produzir.

Passa a descobrir que NELE PROPRIO esta a possibi­lidade de transformar-se na PRINCIPAL CAUSA para quea Natureza Ihe atenda as solicita<;6es - a PEDIR. Ou melhor,que a FORJVIA MAlS FECUNDA E ATENDl:vEL DO PE­DIRE APRE1'IDERA TRABALHAREMBENEFicIO DAVIDA - na PRODU<;:AO DO BEM GER.AL.

5.3 - 0 despontar da ideia IDOI"al

a) - 0 homem selvatico, erguido da animalidade e governa­do exc1usivamente pelos instintos, com a violencia de umafera, matando para sobreviver, impelido a aceitar osprincf­pios da renova<;ao e do progresso, como que a buscar a soli­dariedade possivel dos seme1hantes, na selva que a desafia([2], Cap.x), apega-se it prole, mentaliza a constitui<;ao dafamilia, padece na defesa do lar, refugia-se no amor-egois­mo.

b) - 0 pensamento continuo, que a inicia na medita<;ao, arazao e a vontade incipientes, constituem-se-lhe quais ferra­mentas para a modifica<;ao dos instintos.

o instinto, essencialmente, consiste nas tend~ncias

edificadas corn a acervo de experiencias e conquistasefetuadas ate esse estitgio, e na resposta automatica,construida sabre as reflexos, que ele da aos estimulos que asexcitam. A vantade, entretanto, e a faculdade que Ihe perrni­te refrear a resposta, perrnitindo-lhe, entre a excita<;ao datendencia e a a<;ao, urn intervalo de reflexao, no qual suarazao opera, avalia, em rela<;ao a valores que se fixam e re­novam, transforrnando a resposta, do que resulta, em conse­qiiencia, uma a"ao subordinada aD seu pensar. E islo 0 tornaRESPONSAVEL por ela.

A repeti<;ao de atos, modificados pela a<;ao conjuntada vontade e da reflexao, em rela<;ao aos impulsos ou ret1e­xos pertinentes aos instintos, aiua como realimenta<;ao. IsloIhe permite avaliar os desvios de comportamenlo em rela­<;ao aDs valores que adota, pelo que se disp6e a adaptar-se­Ihes, com conseqiiente transforma<;ao do campo intimo e doinstinto, resultado, enfim, da atividade refletida, base da in­teligencia, no conhecimento adquirido par recapilula<;ao etransmissao incessantes.

c) - 0 amor que se the desenvolve;pela familia, fa-lo insti­tuir a propriedade e tra"ar, para si proprio, regras de condutapara que nao imponha aos semelhantes prejuizos que naodeseja receber.

Nasce, desse modo, para ele, a NO<;:Ao DE DIREI­TO, sobre a alicerce das obriga<;6es respeitadas.

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82 RinD Curti Espiritismo e Evolw;iio 33

ii

PRlNCIPLA, PARA ELE, A EVOLUc;:Ao DO PON­TO DE VISTA MORAL.

d) - Na morte, a vida se Ihe apresenta em continuayao, colo­cando-lhe novos problemas que, de inicio, nao entende.Desencarnado, continua em estagio educativo, no qual somaas experiencias vividas e incorpora a colheita da sementeirapraticada no corpo fisico.

Para 0 selvagem, entretanto, a vida no plano espiritual13 incompreensiveL Desperta nela

"... qual menino aterrado; permanecejunto aos seres do plano carnal, em varios pro­cessos de simbiose e nao tem outropensamento,senao voltar ([2J, Cap. )(]J).

5.4 - ]"r6dl'omos da mediunidade

Em virtnde do pensamento continuo a criatura, pelamente, absorve fluido c6smico e emite materia'mental (amateria em estado de condensayao diferente daquele conhe­cido por n6s) ([3], Cap. XIV; [4], Cap. IV),

"... em processo vitalista semelhante drespirar;ao, absol1'endo eiwrgia e transllbstan­cimldo-a sob a propria responsabilidade parainjJuenciar na criar;fio, a partir de si mesmo ([2],Cap XIII).

Isto 13, hit transformayao. 0 fluido c6smico absorvido

13 modificado nas suas caracteristicas, para adquirir outrasque Ihes sao imprimidas pela mente, no processo de pensar,segundo a natureza intrinseca de seus pensamentos, dandocomo resultado a materia mental. Esta, pela ayao da mente,toma-se excitada, do que resulta a emissao de radiayoes, re­vestindo a pessoa de urn halo energetico, atmosfera mentaltipica e caracteristica, que se denomina AURA.

Sao estas radiayoes que, ao se propagarem no espayo,induzem em outras mentes que se the sintonizem pela afini­dade de ideias, as caracteristicas, as peculiaridades do pen­samento que as originou e os estados d'alma a ele associa­dos.

"...E pOl' esta courar;a vibratoria qllecomer;aram todos os servi<;os da mediunidadena Terra, considerando-se a mediunidade comoatributo do homem encarnado para corres­ponder-se com as homens liberados do CO/pofisico ([2J, Cap. )(HI).

Dessa forma, pelo interc1lmbio de ideias (pela refle­xao), a mente primitiva passa

"...a absol1lel; em baixa dosagem (limi­tada e nascitura que e), as idetm qlle the saosugeridas no Plano SuperiOl;

especialmente durante 0 sono, em que entra em conta­to com os desencarnados que 0 orientam e Ihe transfundem,pela mudanya de valores no campo mental, sentimeritos eideias. 13 desta maneira

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84 RinD CUI'ti Espiritismo e Evohu;Cio 85

"...pela rejlexiio possivel que apareceentre os homens, mal ~>'Qidos da selva, a inteli­

gencia artesanal, instalcmdo no mundo a indlLs­tria elementar do lltensilio. Epelojlllido mentalcom qualidades magllliticas da indu~iio que 0

progresso se faz notavelmente acelerado ([2j,Cap.•:'(111).

Neste periodo eque se desenvolve a assim chamadacivilizayao do silex, do qual 0 silvicola (homo sapiensneanderthalensis, ja considerado de nossa especie) se tor­nou fabricante de ferramentas ([6], Cap. XIII).

Diz, ainda, .Andre Luiz em ([2], Cap. XIII):

".. .pela trom de pensamentos de cultllrae beleza, em din6mica expansiio, os gI'andesprincipios da Religiiio e da Ciencia, da Virtudee da Edllca~iio, da 1ndllstria e da Arte, descemdas Esferas Sublimes e impressionam a mentedo homem, tra~aJJdo-lhe profunda reJJova~t1oaocO/po espiritllal, a rej7etir-se 110 veiClilo fisicoque, gI'adaiivamente, se acomoda a novos hribi­ios... ".

Pela reflexao de ideias se inicia 0 intercambio entre osdais pianos. E a iilspira~iio, esta capacidade de captar idei­as, sem a intervenyao do racioeinio, esta capacidade de sin­tonizayao com outras mentes, dentro dos limites de sua ba-

gagem, e a sua primeira forma de mediunidade - amediunidade inicial(l)

A) - JBibliogratia

[1] - Rino Cmu - Espiritismo e Reforma inti-ma

[2] - Andre Luiz - Evolu~ao Em Dois lvfundos[3] - Allan Kardec - A Genese[4] - Andre Luiz - l'vfecanismos da kfedillni­

dade

JB) - Leituras complementm'es

[3] - Cap. )Q e:JaV

C) - Pel"guntas

1 - 0 que caracteriza 6 ser humano dos ou­tras seres, iniciando 0 cic10 das reencar­nac;6es, nesse estagio?

2 - De que forma 0 homem pode melhorar ascircunstancias que lhe influem 0 viver?

0) _ Nao confundir entre inspirac;ao e intuic;ao. A intuitt:1o ea fonna~ao de idEiias diante de estimnlos extemos au iuternos,que suscita, de imediato, 0 seu afloraluento ao n05SO consciente,lla Inedida cia bagagem possuida. Esse estimulo ei>.1:emo pade serconstituido de ideias provindas de outras mentes, encarnadas audesencamadas. Estas idciias comitituem a inspira<;ao. 15to e: a in­tl1iyao pode resullar da inspira~ao.

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86 RinD Curti Espiritismo e Evo!tu;fio 87

3 - Como 0 homem se torna responsavel pe-los seus atos?

4 - Como se inicia a evoluyao moral?5 - 0 que ea aura?6 - Qual e a primeira forma de mediunidade?

D) - Pnitica de renova«;ao intima

Andre Luiz - Sinal VerdeEstudar e par em pratica 0 cap. 25.

CAJPITULO 6

CONHEC!LiVIENTO E UVRE-ARBITJRIO

6.1 - Introdl.l~ao

Como dissemos, a manada, no desenvolver-se ao longo dotempo, atraves dos estagios constituidos pelas diversas es­pecies, 0 faz sob a orientayao do Plano Espiritual que a con­duz e a habilita, pela experiencia repetida e em sucessilocontinua, a realizar processos necessilrios ao seu progresso.

Ii assim que ela assume, primeiro, a reproduyao: e, aseguir, a a1imentayao, os automatismos, os reflexos, etc... ,com base na lei do aprendizado, que a envolve no cicio: nas­cimento, experiencia, morte, experiencia, renascimento, ci­cio este no qual:

.:- pela lei da heranya, recapitula todas as aquisiyoesfeitas, em termos de estrutura, mantendo 0 estagio alcanya­do;

- pela lei da repetiyilo, corrige desvios, aumenta 0

proprio cabedal.

Alem disso, como principio inteligente, aumenta sua:apacidade de adaptayilo ao meio e estrutura implementosnovos na sua organizayao fisica, constituido de celulas que

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se amoldam as funyoes que ele pr6prio determina.

6.2 - Adapta{,:3o

Enquanto animal, a Monada, diante dos estlmu]os ex­ternos, age por reflexos e instintos. Sua resposta e compor­tamento automatico, resultado da adaptayao. Seu progresso,sua evoluyao, consistem de continuadas adapta\,oes a situa­lOGes novas que lhe sao apresentadas de forma planejada epela experiencia repetida. Isto e, ern determinada fase, eli! ecolocada diante de novas circunstancias que the exigemesforyo deajustamento. Os estimulos, provocadosporumaSitUily30 nova, the provocam uma resposta que nao se efe­tua, de imediato, de forma adequada; mas se realiza deforma apropriada, tanto mais aproximada quanta mais a si­tua\,ao se repete ate it acomoda\'ao final. Esta, uma vezalcan\,ada, faz com que a resposta se automatize e passe aser realizada sem esfor\,o, liberando a monada para a reali­zayao de novo aprendizado, nao havendo mais necessidadede esforyo de adaptayao.

Antes de ingressar no reino hominal, no reino da cons­ciencia desperta, do Espirito, a monada ja e possuidora devasto cabedal de conquistas mentais efisiol6gicas, fruto dessaadapta~ao as circunstiincias que Ihe sao colocadasdosadamente pelos orientadores espiriruais, visando aosell progresso, conquistas estas que constituem suas ten­dencias e que se traduzem nos reflexos, nos automatismos,nos instintos. Diante dos estimulos a mente desencadeia aresposta, a ayao: na ay30 instintiva 0 reflexo determina II

atitude.

A corrente mental, no homem, jil nao

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Espiritismo e Evoh/9lJo

6.3 - Conhecimento

"...se expril71e tao-so c/ maneira de im­pliiso necessario asllstenta~ao dos circuitos 01'­

gdnicos, com base na intlli~ao e reprodll~ao. Epensall1ento contil1llO,jlllXO energetico incessalJ­te, revestido de poder criador inil71agin6vel ([2],CapX)... n.

Ao ingressar no reino hU!TIauo a m6nada, agora E5pi­rito, adquire a possibilidade de comunicar-se pe]a paJavraestmturada no pensamento continuo, na razao e na vontade.

Com a aquisiyao do pensamento continuo a ayao jitnao e resposta automatica. Entre ambas se estabe]ece umelemento intermediario: A IDEIA, segundo urn mecanismoque Emmanuel explica desta forma ([1], n° 1):

o rejlexo esbo~a a emotividade;CI emotividade plasma a ideia;a ideia determina a atitude e a palavra,

que comandam as a~i5es.

Pela continuidade do pensamento, as tendencias asso­mam a consciencia na forma de desejos e sentimentos, quese the traduzem em ideias, objetivos a aJcanyar, que fimda­mentan10 agir conseqiiente. Mas, aD ideaJizar, aD mentalizar,o pensamento, pelo fenomeno da induyao

"... entra em combinm;ao eopontdnea coma onda de olltras criaturas desencamadas 011

Rino ClIrti88

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6.4 - Responsabilidade

b) - A repetiyao, que possibilita 0 progresso e 0 aprendiza­do, jii nao e mais conduzida deterministicamente pelosOrientadores Espirituais que, embora continuem a proporci-

Pela razao, pelo intelecto, associa, coordena, refor­mula, sintetiza as ideias permutaclas, modificando 0 proprioconteudo mental, de modo que a ayao conseqiiente jll nao emais resposta de suas tendencias, mas e resposta que, embo­ra fundamentada nelas, e resultado £las ideias fruto destatransformayao que elas sofrem com a permuta de ideias afins,portadoras de novos valores, transformayao esta efetuadapelo intelecto e que se denomina conhecimento.

a) - A Lei da Beranya e a da repetitividade passam a atuar,agora, neste novo modo ampliado de proceder da mente. Pelalei da heranya, 0 conhecimento alcanyado passa a consti­tuir, junto as outras conquistas de carllter fisiopsi­GOssomiitico, patrimonio inalienavel do individuo que setraduz na intuiyao (faculdade tambem evolutiva, ao contra­rio do que se afirma em certas correntes panteistas), pelaqual, uma vez consolidada a aquisiyao, se manifesta auto­maticamente deixando a consciencia 0 campo livre para no­vas conquistas.

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91Espiritismo e Eva/uetio

6.5 - Evoluyiio e livre-arbitrio

onar circullstancias novas de progresso, alertas e instruy6es,entregam-na ao livre-arbitrio do homem a quem, sob a pro­pria responsabilidade, cabe assumi-Ia.

Colocado, dosadamente e na medida de sua capacida­de de aprender, e com a constante renovayao de valores pro­porcionada pela Revelayao, diante de novas circunstancias,e compelido a esforyO de ajustamento. Diante de nova situ­ayao, desejos e sentimentos, frutos de suas tendencias, des­pertam-Ihe 0 conhecimento que, pela intervenyao da vonta­cle, e submetido ao refJexionar do intelecto, enriquecendo­se de novos aspectos, pelo interdimbio com outras mentesafins.

c) - Configurada a ideia de ayao, passa a agir de uma formaque, de imediato, nao e a mais adequada, mas que pode ava­liar. Em conseqiiencia passa a reestmturar sua mentalizayiionum processo repetitivo, ate que 0 conhecimento renovadoIhe conduza a ayao a forma requerida de adaptayao e desen­volvimento, momento em que 0 conhecimento se Iheautomatiza, traduzindo-se em novo nivel intuitivo, substratode aptid6es e virtudes aumentadas.

a) - Enfim, na fase h;unana, 0 Espirito e ENTREGUE ,AOCOMANDO DA PROPRIA VONTADE ([3], Cap. VII). Seucomportamento resulta de sua propria escolha, em funyaode uma escala de valores que adota, e sugerida prog..essiva­mente, pela Revelayao, atraves £las Religi6es, escolha esta

Ri/JO Curti

encamadas, que se /he aj/nem com as inclina­goes e des~jos, atitudes e obms, no quimismoine/utdvel do pensamento ([2], Ccp. )(]).

90

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92 Rino Curti Espiritismo e Evolll(:ao 93

pela qual nos tornumos respons:1veis. E, it rnedida que 0

conhecimento se alteia no hornem, mais 0 processo de de­senvalvimento passa a depender dele.

Diz Andre Luiz, em ([3], Cap. VIII):

"...Nas epocas remotas as SemeadoresDivinos guiavam a elabarar;ao dasformas, tra­r;ando diretrizes ao mundo cell/1m: .. ; todmJia, amedida que se Ihe alteia a conhecimento, passaa responsabilizar-se par si mesmo, pavimentan­do a caminho que 0 investira na posse da He­ranr;a Celestial no regar;o da consci[mcia cos-

. "mica... .

Par ser voluntiuia, a a~ao do aperfei~oame1Jto nemsempre encontra efetiva~ao pelo homern, uma vez que

".. .£Ie mesmo opera a restanrar;ao daonda mental que a personaliza, repelindo as vi­brar;oes que a inclinem ao burilamento sempredifici! e a expansiio sempre laboriosa, para de­ter-se no reino cifetivo das vibrar;oes que a atra­em, onde encontra os mesmo tipos de onda dosque se Ihe assemelham, ccpazes de entreter-Ihea egolatria, no gregarismo das longas simbioses,em repetidas reencarnar;oes de aprendizagem.

A civilizar;iio, POl'em chega sempre.Dprogresso impoe novas metodos e a dar

estilhar;a envoltorias.As modificar;oes da escolha acompanham

a ascensao do conhecimento.A vontade de prazer e <7 vontade de do-

minto, 710 curso de fangos seclllos, converielJl­

se el11 prazer de apelfeir;oar e serviI; acompa­nhados de <7utodominio ([2j, Cap.Xl).

6.6 - Progl'esso moml e intelectual

A este respeito lemos, tambem em Kardec [4]:

"...Pergunta 780 - D progresso moralsegue sempre a progresso intelectual?

- Esua conseqiiencia, mas nao 0 seguesempre imediatamente.

Pergunta 780a - Como 0 progresso inte­lectllal pode condllztr ao progresso moral?

- Dando a compreensao do bem e do mal,pais entao a homem pode escolheJ: D desenvol­vimento do livre-arbitrio segue-se ao desenvol­vimento da inteligiincia e all/nenta a responsa­bilidade pelos seus atos.

o conhecimento realiza-se com 0 pensar pelo desen­volvimento das ideias, a partir das tendencias de cada urn,com a reflexao, 0 raciocinio e 0 livre-arbitrio, todos eles,por sua vez, faculdades que evoluem. Epassivel que 0 indi­viduo desenvolva 0 intelecto sem a conseqiiente a~a?" noisolamento da vida meditativa, com conhecimento de toda aespecie e que acalente desejos nao condizentes com 0 berncomum.

Nao ultrapassani, porem, sua faixa evolutiva. Envere­dara pelas sendas da fantasia, das irrealidades, estacionando

III

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no campo moral, sem desenvolver aptid5es e virtudes, e cor­rera 0 risco de envolver-se em atitudes nao condizentes coma realidade.

94 RinG Curti Espiritismo e Evo/u9ao

[4] - AJlan Kardec - 0 Dvm das Espiritos[5] - Imao X - Luz Aeima, cap. 18

95

Entretanto, se se afei~oa aDs ditames do bern comum,nas suas reaIiza~6es, com a repeti~ao dos atos sublimam-se­Ihe as tendencias, que se traduzem nos desejos e sentimen­tos de amor, automatizando-Ihe 0 comportamento na pritticadas virtudes: a bondade, a misericordia., a humildade, a cari­dade... no desenvolvimento da moralidade.

A moralidade e posterior ao conhecimento, porque eiase constitui de desejos e sentimentos resultantes da sublima­~ao das tendencias realizadas pela repeti~ao dos atos conse­qiientes das ideias, que 0 Espirit9, pela vontade e pel0 inte­Iecto, elege por livre escolha.

Nao e peIo que 0 homem diz que se Ihe conhecem asqualidades; mas e pelo agir e pelas obras.

a progresso so se realiza com a automatiza~ao do bemem nosso comportamento. Por isto, Emmanuel diz que asabedoria e 0 amor sao as duas asas que nos conduzirao aoprogresso. E e pelo mesmo motivo que A.ndre Luiz afirmaterminar, para nos, 0 ciclo das reencarna~6es no estagiohominal, quando tenhamos automatizado 0 comportamentoevangelico.

A) - Bibliogratia

[1] - Emmanuel- Pensamento e Vida[2] - Andre Luiz - Mecanis/Ilos da Mediuni­

dade[3] - Andre Luiz - Evalw;aa em Dais ]Yfundos

B) - JLeituras complementares

as capituIos da bibliografia citada no texto.

C) - Perguntas

1 - a que se entende por Lei da Heran~a e Leida Repeti\'ao?

2 - Em que consiste a adapta~ao da monadaas viuias circunstancias?

3 - De que forma, na fase humana, 0 compor­tamento depende do conhecimento? Ex­pliqlle-o.

4 - De que forma a evolu\'ao e entreglle a res­ponsabilidade do homem?

5 - Como se processa a escolha de nosso com­portamento?

6 - Qual a rela\,ao entre conhecimento morale intelectual?

D) - Pnltica de renovul;1io intima

Andre Llliz - Sinal VerdeEstudar e par em priltica 0 cap. 26.

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Espiritisillo e Evolzl,Zio

CAPITULO 7

AS REUGJlOES PRJlMJITIVAS

7.1 - Introd\ll;ao

97

Verificado como se formam as faculdades humanas,estudemos agora como se desenvolve a Religiao.

a) - Pouco sabemos das primitivas crenyas. Temos, entre­tanto, entre as povos selvagens da atualidade, os remanes­centes dos povos que viveram 0 estilgio dos primeiros ho­mens e as correspondentes id6ias. .

Do ponto-de-vista cientifico, a que sabemos a esse res­peito, nos 6 fornecido par varias fontes: a Hist6ria, a Arque­ologia, documentos antigos e, principalmente, pelos teste­munhos vivos dos representantes ainda existentes - as tri­bos mais selvagens da Australia, da Africa, do Brasil.Cen­traL Nao fora 0 estudo efetuado entre estas tribos selvagens,pouco se saberia a respeito.

o que se sabe, deve-se, essencialmente, ao esfaryo dealguns estudiosos, missionarios que entre elas viveram. Asdescriyoes, entretanto, sao todas eivadas de interpretayoes

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98 Rillo Curti l!.-'spiritismo e El'olwiaO 99

materialistas ou religioso-dogmaticas, que pretendem des­conhecer a validade da Revelayao mediunica e seu caraterprogressrvo.

b) - Do ponto-de-vista espirita, nao ba urn estudo mais pro­nmdo, 0 que dificulta urn maior entendimento. Entretanto,necessario se faz penetrar-lhes 0 significado, para poder evi­denciar, neles, 0 principio evolutivo que governa 0 desen­volvirnento das Religi5es, a evoluyao de seus conceitos, des­de as forrnas mais primitivas as formas rnais recentes, quaisas do Espiritismo.

Disto ressaltara, tambem, como diz Challaye em AsGrandes ReligiOes, 0 valor positivo da participayao dasReligiiies na evoiuyiio do homern, constituindo-se em lim

dos pHares pam a edificayiio do seu progresso, feita dequaiidades e virtudes, de fatores que impulsionam pararllmos mais altos e que, a cada lima, confere valor, gran­deza, llobreza, considerando como fatores secundMios einevitaveis os aspectos negativos, repltcsentados pdo fa­natismo intolerante, crendices e superstil;oes.

7.2 - 0 totemismo

a) - As formas de Religiao mais prirnltivas sao as encontra­das no paleolitico, no qual 0 homem vive 0 estagio da caya eda pesca, e no qual a sociedade esta nmdamentada nos lalfosdo parentesco, dos ancestrais comuns, denominados Totens.Dai a palavra TOTEI\HSMO. Seus representantes atuais,como dissemos, sao as tribos de selvagens, hoje existentes.

as primeiros problemas que se apresentam a menteprimitiva, a sugerir-lbe a ideia de alma, de vida alem da marte,sao as sonhos: 0 sono, a marte, bem assim as relniniscenc-iasque ela guarda da vida espiritual e do contato que, no sonG

ou em vigilia, marrtem com os desencarnados, pelo feni'lme.no da retlexao de ideias, pelo qual os homens melhores atra­em os Espiritos adiantados, enquanto os revoltados e rebel­des se envolvem com ent.idades da mesma classe, enovelan­clo-se nos crimes, obsess5es e enfermidacles mentais.

Em seu ent.endimento nascituro, entretanto, nao sefaz uma ideia melhor da vida espiritual, a ponto de nao fazermuita distinlfao ent.re a vida em 50nho e a vida em vigilia.Entende que, nela, a alma se separa do corpo e que podecontinuar a ele relacionacla ou reencarnar ern outras· pesso­as, em animais ou em plantas, ou mesmo desaparecer clefi­nitivamente.

b) - No seu entendimento elementar, 0 primitivo entencleque a alma participa de tudo qne cliz respeito ao carpo: dospelos, das· excrey5es, das lagrimas, ·do suar, etc... Cre queatuar sobre estes elementos e atuar sobre ela e, portanto, 50­

bre os inclividuos. Ela mesma pode ser roubada, comicla, subs­tituida. Por isso, considera necessario precaver-se, para quenada do que e seu possa cair nas maos de individuos mal·intencionados. lmagina ainda qne, embora separada clocar·po, necessite de alimentos, bebidas, honrarias, etc... , 0 que,aliils, e reforyado pelos contatos que tem com osdesencarnados que bllscam, em processo de simbiose, auferir

. de tlllidos que os encarnados Ihes pOSSaiTI oferecer.

Acredita, tambem, na existencia de urn principio - 0

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100 Rino Curti Espiritismo e Evolu9c10 101

mana - pelo qual todos os seres podem influenciar-se mutu­amente, por si mesmos ou por suas a~oes - urn principio quefortalece e proporciona a aquisiyao de qualidades, pelo qualobjetos e seres ernitem ou recebern foryas, virtudes e quali­dades de outros seres e objetos que com ele possam relacio­nar-se. Por isto se considera parente dos anirnais ou plantasmais ablmdantes da regiao, por come-los ou com e1es convi-.ver.

c) - Cre, ainda, que os mortos, ao subsistir-Ihes a alma, ad­quirem poderes sobrenaturais, tomando-se a causa livre eindependente dos fen6menos naturais, de tudo aquilo quenao compreendem, relacionando a e1es a garantia da subsis­tencia, do bem-estar e da prosperidade. Dai considera-loscomo seres sagrados, objeto de culto a quem devem mantercomo amigos, parentes, protetores naturais, aos quais se po­dem pedir auxilio, protei(aO, facilidades, e barganhar favo­res.

7.3 - Cultos e ritos

a) - 0 primitivo dedica culto aos mortos no intuito de garan­tir-lhes a sobrevivencia, que considera indispensavel it vidacoletiva e que, pOI. isto, se deve constituir em preOCUpai(aoprimordial.

Entre os que se destacam em vida, que mais se adian­tam assimilando correntes rnentais dos Espiritos mais avan­i(ados, deixarn orientai(aO - sao os portadores de revelayoes,os que estabelecem regras de comportamento coletivo. Por

isto, passarn a ser considerados mais poderosos, depois demortos, e se lhes atribui a causa dos astros, dos raios e daorigem das coisas.

b) - Destas creni(as surgem:

- os ritos e as pritticas religiosas;- a distinyao entre sagrado e profano;- a nOi(ao de tabu,

que eles emolduram de fantasias, com a imaginai(aopropria de suas concepi(oes nascituras.

Sagrado passa a ser tudo que se relaciona aDS mortos;profano, 0 resto, 0 trabalho inclusive por se constituir eletao-somente 0 lidar com as coisas vulgares da vida.

Tabu etoda sorte de proibii(oes tendentes a evitar quese maculem as coisas sagradas com as profanas. Isto da mar­gem a existencia de absteni(oes, privai(oes, sacrificios, quedevem constituir-se num tributo it rnanutenyao da solidarie­dade e do auxilio entre os rnembros de 11m totem, tais como:

- nao matar ou comer 0 animal totemico, a nao serern determinadas cerim6nias que se constituem em verda­deiras comunhoes;

- nao falar durante as cerim6nias sagradas;- e outras.

c) - Lidar com as coisas sagradas canfere dignidade religio­sa, que nao e difundida igualrnente. Os velhos a possuemmais que os mOi(os; os homens mais que as mulheres. Osjovens, para adquiri-la, tern de submeter-se a uma severa

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102 RinD Curti E\'[Jiritismo e Evoliu:,'oo 103

iniciayao - urn novo nascimento -, apas 0 qual, e depois deurn certo periodo de pniticas, podem eDtrar em relayao comas coisas sagradas.

o selvagem acredita poder influir com gestos e pala­vras nos acontecimentos. Gestos e palavras sao [oryas: imi­tando urn evento ele aconteceni. Assim, derramando aguade certa forma chovera; meneios com a emlssao de sons,imitando certa especie de animal, garantirao sua reproduyaoabundante. Diante das inllmeras situayoes, os ritos se diver­sificam, cada qual especificamente dirigido para cada casoou ocasiao.

7.4 - 0 animismo

a) - 0 Animisrno apresenta-se como evoluyao do Totemismo,consequencia do progresso do individuo que saindo dos es­tagios mais rudimentares da pesca e da caya, avanya para asprimeiras formas sedentarias da vida social, ao iniciar-se nocultivo da Terra.

Passa-se a considerar a Metempsicose com mais am­plitude pela qual os Espiritos, entende-se, povoariam tudo:rios, mares, montanhas, objetos, alem de encarnarem emanimais e plantas.

A cren9a no poder dos mortos se transforma na con­cep9ao de divindades que 0 possuem umas mais que outras,atribuindo-se as maiores, a origem do mundo e dos seres.

b) - A ideia de mana tambem se amplia para ser concebidacomo forya que anima a Nahlreza. Sua obtenyao mereceriatodos os esforyos. Sobre ela se instituem a magia e a feitiya-

ria, pelas quais se supoe que, atuando sobre pertences ouimagens de alguem, ou procedendo por gestos, pode-se pro­vocar 0 desencadear de acontecimentos benfazejos ournalfazGjos il pGSSOa visada.

Nesta ideia de mana e das concepyoes a ele relativas,se situam as primeiras experiencias concernentes ao magne­tismo humano, pelo qual as criaturas se influenci,un reci­procamente, notadamente pelo passe. As concepyoes quesobre ele se elaboram, sem duvida refletem a primitividadedas mentes que as elaboraram, emoldurando-as de crendi­ces e superstiyoes, principalmente porque, ate 0 surgimentoda Psicologia Experimental, da Metapsiquica e do Espiritis­mo, tais fatos jamais foram estudados, quando nao tidos comoalucinayoes de mentes desajustadas.

Hoje, entretanto, entende-se que eles ja nao podemdeixar de ser considerados, pelo impedimento de preconcei­tos e proibiyoes de carater dogmittico.

c) - A magia e a feiti9aria, em sua essencia, constituem 0

desenvolvimento das ideias e praticas pelas quais se supoeque as palavras ditas de certa forma sao foryas; que,

imltando acontecirnentos, eles ocorrem;quebrando imagens, ferern-se ou destroem-se os in­

dividuos que elas representam;pode-se conferir poder rn<jgico a objetos,

o que possibiJitaria evitar desgra9as, produzir felici­dade, dando margern ao surgimento de toda especie de su­perstiyoes, amuletos, feitiyos e talismas.

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7.5 - Mediunidade espontfinea

Alem disso, pel0 desprendimento parcial, se deslocaacompanhando 0 impulso da corrente mental, para os obje­tos do seu interesse.

Oeste modo

"... a lavrador retoma ao campo em con­tato com as entidades que amparam a Nature­za; a escultor, ao bloco de J)uirmore; 0 seareirodo bem, a leira do servir;o em que se lhe desen­volve a virtude; 0 culpado, ao lugar do crime,cada qual recebendo dos Espiritos afins os esti­mulos elevados ou desagradLiveis de que se fa­zem merecedores ([2], Ceq)..XVII).

b) - Consolidadas tais relayoes com 0 Plano Espiritual, pelahipnose, as pessoas, que tinham ligayoes menos estreitas entrea corpo espiritual eo corpo fisico, em certas partes do corpo

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ID5Espiritismo e E\lolur;ao

somatico, passaram a tel', em vigilia, as mesmas observa­yoes que tinham durante 0 sono, que se foram acentuando,segundo 0 grau de cultura que foram desenvolvendo, confi­gmando a mediunidade espontanea ([2], Cap. XVII).

Se fossem os 6rgaos da visao a possuirem esta relayaomenos estreita, manifestava-se a clarividencia; se os 6rgaosda audiyao, a clariaudiencia; e analogamente vanas outrasmodalidades, dentre as quais os fenomenos de materiaJizayao,fundamentados na emissao do ectoplasma, condensayao deprincipios obtidos dos recursos perifericos do citoplasma,associados a outros fluidos que as Espiritos colhem do meioambiente.

"...puderam realizar que a fascinar;liorecipl'Oca au magia elemental; em que as

c) - E do mesmo modo que 0 homem do paleolitico inferiorevolui para os estiigios mais avanyados do paleolitico supe­rior, em que a inteligencia artesanal se amplia, proporcio­nando 0 inicio de atividades tals como: a cerfunica, a carpin­taria, a tecelagem, a constmyao de habitayoes, 0 uso do fogoe de metais, a iniciayao nas artes do desenho, da pintura, daescultura nas rochas, tambem as peculiaridades mediunicasse ampliam, se diversificam, contribuindo para 0 desenvol­vimento das tarefas, da cultura, das priiticas religiosas, ,pelo

"... correio que se estabelece entre os doispIanos... "(idem).

Entretanto, diz Andre Luiz, as mediuns, pela ignoran­cia, nao

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RinG Curti

Diz Andre Luiz, em ([2], Cap.XVII), que 0 homem,no sono, comeya a aprender a desligar 0 Espirito do corpofisico, em desprendimento parcial, ambos permanecendo li­gados apenas por layos fluidomagneticos.

Dado que 0 pensamento flui com continuidade, a men­te, aliviando 0 controle sobre 0 corpo fisico, ensimesma-seem seus pr6prios pensamentos, plasmando as imagens mo­tivadas pOI' seus pr6prios desejos e intenyoes relativas aoque almeja alcanyar. Ou entao sofre as conseqi.iencias dosseus excessos au do remorso pOI' faltas cometidas, cujos re­flexos se estmturam nas situayoes deprimentes e obsessi­vas.

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106 FUnD Curti Espiritismo e Evolw;ao 107

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desencarnados, igualmente mjeriores, eramaproveitados, por via hipnotica, na execlII;fio deatividades materialistas, scm qualquer alicerce/let sublimet9fio pessoClI... " (Idem).

7.6 - A origem da mitologia

No fim do Paleolitico Superior (de 50.000 a 5.000 anosa.C., dependendo das regioes), em que 0 homem adentra maisno estilgio agricola, certos Espiritos, daqueles que ao passarpor este plano marcaram sua passagem de forma maismarcante, passaram a ser considerados mais importantes queos outros. 13, 0 aparecimento dos deuses.

Em virtude disso, os fen6menos passaram a ser enten­didos comosendo 0 resultado de dramas ocultos entre estasentidades, dramas estes cujos relatos constituiram os mitosnas explicayoes dos acontecimentos, dos quais 0 homem ten­de a inferir aplicayoes pniticas, dirigidas ao sucesso, ao bem­estar e a felicidade dos vivos - prenuncio das teorias.

Imagina, 0 homem nesse estagio, que tudo se origina­ria da vontade dos deuses, em obediencia unica e exclusivade suas preferencias e caprichos. Cultna-los e dirigir-Ihesoferendas constituir-se-ia em fator capaz de alterar-lhes asdisposi<;oes em favor daqueles que lhes dirigissem homena­gens.

Esta e uma das principais razoes pelas quais os cullose ritos enriquecerarn lais crenc;as, fazendo com que suas in­fluencias se estendessem ate nossos dias, sustentadas peJasreligioes que delas ainda nao se desvencilharam.

Basta dizer que, ate bern pouco tempo, a cultura, aeducayao, constituiam-se em grande parte do seu estndo, pelogrande nllmero de anos que os escolares tinbam de devotarao estudo do llltirn e do grego, as duas llugcHls q\)e veicula­Yam as formas mitol6gicas mais avanyadas de qu~ se ternconhecimento.

A) - llibliografia

[1] - fI..ndre Luiz - Nosso Lar[2] - Andre Luiz - Evolu9i'io em Dais Mundos

B) - Leitums complementares

Francis Cel6ria - Arqueologiet (Coleyao Prisma- Melhoramentos)

Felicien Challaye - PequenCt Hist6ria das Gmn­des Religioes

Darcy Ribeiro - Os indios e CI CivilizCl9GO

C) -Perguntas

1 - 0 que eTotemismo?2 - Do que surge, para 0 selvatico, a ideia de

alma e da sobrevivencia?3 - Qual 0 significado dos cultos e dos ritos?4 - 0 que e0 Animismo?5 - 0 que e amagia?6 - 0 que e a mediunidade espontanea?7 - 0 que sao os mitos?

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108 Rino Curti

D) Priitica de renovayao intima

Andre Luiz - Sinal VerdeEstudar e por em pratica 0 cap. 27.

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Eypiritismo e k'volu9iJo

CAPITULO 8

A ORIGEM DO BJEIVJI JE DO MAL

8.1 - Introduyao

109

a) - A passagem que 0 ser espiritual efetua do estagio ani­mal para 0 estagio bomina! se efetua, essencialmente, pelaaquisiyao, por ele, do pensamento continuo, darazao, da von­tade, e do livre-arbitrio. Entretanto, ele tern urn passado, con­quistas, tendencias, que se traduzem em id6ias e comporta­mentos, quando atuadas pelos estimulos do meio em que sesitua.

Recapitulando, 0 pensamento continuo, nos pe~odosde inayao, suscita a meditayao peia qua! a mente e)cteriorizasuas id6ias, capta as que the sao afins, as coordena, as relaci­ona entre si pelo intelecto que se ihe desperta, constituindo,na sua Jorma inicial intuitiva, 0

If••. intercdmbio COin a vida que nos 1'0­

deia, a/raves da qual somas vistas e examina­dos pelas Inteligi!ncias Superiores, sentidos ereconhecidos pelos nossos afins, e temidos ehostilizados 011 amados e auxiliados pelos ir­maos que caminham emposif;fio inferior a110S-

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110 RinD Curli Espiritismo e Evol1l9fio 111

sa ... " ([l},Cap.){Hl).

Inicialmente dotado de instintos, com base nos quaiso comportamento se Ihe resulta resposta automatica aDs es­timulos, segundo suas pr6pJias tendencias, pela meditayaove-se-lhe acrescer 0 campo mental que, com a participayaoda vontade, 0 habiJita a preparar a ayaO sohre a ideia pre­elaborada.

Inicia-se-Jhe a modificayao dos instintos, com a subs­tituiyao gradativa dos impulsos pela ayao refletida, sob suaresponsabilidade.

Com 0 desprendimento do corpo espiritual, que apren­de a realizar durante 0 sono, estabelece melhor contato como Plano Superior e, com 0 raciocinar, instado pelos Instmto­res Amigos, comeya a indagar quanto as questi'ies qne en­rrenta e reconhece que, atuando, pode influir para obler mais.

b) - No campo moral, impelido a aceitar os principios derenovayao e progresso pelo amor Ii prole, a instituiyao dafamilia e da prosperidade, a nOyao de direito sobre 0 alicer­ce das obrigayoes respeitadas, pela qual se impi'iem regrasde conduta para nao impor aD semelhante 0 que nao desejapara si, inicia a evoluyao do ponto-de-vista moral.

Na morte, a vida se Ihe apresenta em continuayao, co­locando-Ille novos problemas que, de inicio, nao entende.

Desencarnado, continua em estagio educativo, no qualsoma as e'-lJeriencias vividas e incorpora a sementeira prati­cada no campo fisico.

8.2 - A cultnra primitiva

Diz Andre Luiz ([1], Cap. XUI) que, para 0 selvagem,a vida no Plano Espiritual eincompreensivel. Desperta nela

qual menino aterrado. Permanece junto aos seres do planocarnal, em varios processos de simbiose, e nao tem outropensamento senao voltar.

Desencarnado ou encarnado, sua mente comeya a ab­sorver, em baixa dosagem, as ideias renovadoras que Ihe saosugeridas no Plano Superior.

Desponta

"a inteligencia artesanal, instalando aindl/stria elementar do utensilio...

Fela traca dos pensamentos de cultllra ebelew, em dintimica expcl/lsiio, os grandesprin­cipios da Religiiio e da Ciencia, da Virtllde e daEdIlCL1l;iio, da Indl/stria e da Arte descem dasEsferas Sublimes e impl'essionam tl mente do !to­melli, traqando-l!te profunda renovaqiio ao cor- ,po espiritual, a rejZetir-se no veiculo fisico que,gradativamente, se ClcollJoda a novos !tabitos "([Jj, Cap. )(]IJ).

8.3 - A desencamat;1io

A morte e explicada por A..nc!re Luiz como llma meta­morfose, que podemos entender analoga Ii metamoJfose dosinsetos.

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112 Rillo Curti Espiritismo e Evolus-:ao 113

Assim, a larva, corn 0 tempo, se torna pupa, se imobi­liza; e se transforma em crisalida, num casulo feito com asecrevao de suas vibrav5es psicossomitticas, destr6i seus6rgaos, ao mesmo tempo que constr6i outros novos. Reali­zada a metamorfose, ressurge renovada como borboleta,modificada, mas 0 mesmo individuo, somando em si as ex­periencias de todos os estagios vividos.

Analogamente, 0 ser humano, na morte, cessa os mo­vimentos, encasulado no cadaver. Nesta fase, ensimesmadonos pr6prios pensamentos - secrey5es de sua mente - reca­pitula, em retrospecto e automaticamente, todas as experi­encias, os fatos, os acontecimentos vividos, liberando ener­gias afins a natureza destes pensamentos, que the destroemos 6rgaos, ao mesmo tempo que imprimem, magneticamen­te, as celulas, diretrizes para a formayao de outros 6rgaospara 0 novo ciclo de evoluvao em que ingressam, como in­dividuo renovado, mas sempre 0 mesmo.

Com isto, ressurge no Plano Espiritual com peso es­pecifico, resultante do corpo que elaborou, e com materiaismais ou menos grosseiros, segundo a natureza dos pr6priospensamentos, continuando, alem-tumulo, a caminhadaeducativa, somando as experiencias das fases vividas e re­cebendo a orientavao e 0 influxo das Inteligencias Superio­res em sua marcha laboriosa para mills elevadas aquisiyoes.

b) - Como ja dissemos em ([4], Cap. 7), no plano extrafisicoencontra a materia em diferentes formas de condensayao, ese situa no solo que corresponde a densidade do seu Espiri­to, junto a outros, forrnando comunidades mills Oll menosfeJizes, segundo a natureza dos pr6plios pensamentos ([1],Cap. XIII).

Nesse novo Plano,

"...a conscii'mcia desenca17lada, Neste es­tagio ja relativamente respollsQvel, vai conhe­

cer 0 resultado de SUCIS proprias crim;oes Ik'l

passagem pelo campo carnal, atraves dos rej7e­xos re:,pectivos em seu pensamento - 0 fluidoem que se the imprtmem as mais inttmos senti­mentos e que the dejine as mais intimos desejos([J},Cap.XIJ]).

8.4 - A simbiose espiritual ([4], Cap. 7)

a) - 0 ser espirituaJ precisa adaptar-se anova vida no planoe;ctrafisico; desenvolver recursos de sustentayao, frente asnovas condiyoes vibrat6rias que 0 mesmo plano lhe impoe.

Nao 0 fani de imediato

".. .Arrebatado aos que mais ama e ain" 'da incapaz de elltellder a tmmjormw;iio da pai­sagem domestica de que foi alijado, revolta-seCOI1lUmellte cOlltra as lIovas li90es da vida a quee cOllvocado, em plano diferente, e perlllanece{lllidicalllente algemado aos que se Ihe ajinamcom a sangue e com as desejos, cOlllungando­lhes a experiellcia vulgCII: .. "([J), Cap. ){IV).

A fixayao do pensamento em voltar imobiliza-o;atrofia-lhe os 6rgaos do corpo espiritual, e 0 pensamento

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fixo-depressivo faz corn que seu corpo espiritual se reduza auma forma ov6ide que, ao calor do vasa genesico da mulher,ressurge segundo as leis da reencarnayao em novo corpo fi­sico, recapitulando, no processo reencarnat6rio, todos os lan­ces de sua evoluyao filogenetica.

b) - A-lldre Luiz estabelece analogia com a simbiose entre 0

cogumelo e a alga, no ambito dos liquens.

o cogumelo intromete filamentos nas celulas da alga;suga-lbe materias orgiinicas por ela elaboradas por meio dafotossintese. Reciprocamente, a alga se serve dele contra aperda d' agua e the recolhe, por absoryao permanente, agua,sais minerais, gas carbonico e elementos azotados, motivopelo qual os liquens conseguem superar as maiores dilicul­dades do meio.

Sem essa simbiose, cada componente teria vida fragile precitria.

Analogamente, a primitivo

u ...amedrontadoperwlte 0 desconhecido,vale-se da receptividade dos que the choram aperda e demora-se colado aos que mais ama.Com isto, lam;a as emanar;:i5es do sell corpo es­ptritnal para a intimidade dos tecidosfisiopsicossomaticos daqueles que 0 asilam, sub­traindo-Illes a vitalidade, elaboradas por elesna biossintese... "([Il, Cap.);IV). .. ".

A mente encarnada entrega-se inconscientemente ao

desencarnado que Ihe controla a existencia, sofrendo-Ihedominio parcial, mas em traca, em face da sensibilidade ex­cessiva de que se reveste, passa a viver necessariamente pro­

te6rida contra 0 assalto de foryas ocultas ainda mais depri­mentes.

c) - Em tais processos simbi6ticos, 0 desencarnado subjugaa mente do encarnado e, refletindo-se mutuamente, passama viver desta forma, ate que a vida, pela dificuldade, pelador, Ihes imponha a alterayao mmo ao progresso e a novosestagios de evoluyao.

Enesta conjugayao de mentes que se formam as con­cep<;oes do mundo primitivo. 0 PlailO Superior comunicaao desencarnado, este ao encamado.

Mentes mais voltadas para 0 bem, mutuamente apoia­das, colhem do Plano Superior, atraves do desencamado,nOyoes de elevayao moral, de orientar,ao para 0 desenvolvi­mento de atividades de carater artesanaJ, que benefici'am 0

meio em que se ,,-jnculam. Por eles instituem-se as no<;oesprimeiras que fundamentam a cultura no estagio em que seencontram, as primeiras concep<;oes de bern, de mal, de sa­grado, de profano, etc., que se emolduram das interpreta­<;oes e simbolismos que suas mentes infantis elaboram, se­gundo os parcos recursos de sua imaginar,ao.

E 0 que se passa conosco. Entidades de menor porteespiritual comunicam-se conosco, muitas vezes, como in­termediitrios do Plano Maior, pela maior facilidade que en­contram, ao estabelecer 0 intercambio.

Mentes entregues it revolta, ao medo, ao 6dio, aos im­pulsos gerados por tais sentimentos, patrocinam as manifes-

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tayoes do mal, pelas quais geram, em consequencia de suasmltas, reencarnayoes reparadoras e de reajustamento, pelador e sofrimento.

d) - Em outras circunstiincias, ,linda, 0 desencarnado, eiva­do de 6dio e perversidade, atua sobre as pr6prias vitimas,inoculando-Ihes fluidos letais, se nao impondo-lhes a pr6­pria morte.

Desta forma, a simbiose espiritual existe entre os ho­mens encarnados e desencarnados, nas mais variadas for­mas de mediumsmo consciente ou inconsciente, pelas quaisos desencarnados, por ignorancia ou por fraqueza, sugam avitalidade dos encarnados ate que estes,

" ... COIll aforr;a do seu proprio trabalho,no estudo edijicante e nas virtudes vividas, Ihesf.!ferer;am materialpara mais amplas mediiar;oes,pelas quais se habilitem it necessaria transfor­mar;fio com que se adaptem a novos caminhos eaceitem encargos novos, afrente da evolllr;iiodeles mesmos no rumo das eoferas mais eleva­das"([l], Cap. XIT,).

A) - Bibliogl"ana

[1] - Andre Luiz - Evolur;fio em Dois Mundos[2] - Andre Luiz - Missionarios da Luz[3] -:- Andre Luiz - Os Mensageiros[4] - Rino Curti - Espiritismo e Reforma inti­

ma

]B) - Leituras complementares

[1] - Capitulo XlV[7] C· 't I Vl1-l vIrl ":IV - vu~ - apl Uos , J'-.-l_ J J\. . t;; A Y

[3] - Capituio9 37 a 42

C) - JP'erguntas

1 - Quais conseqiiencias acarreta 0 pensamen­to continuo, na criatura?

2 - Como se inicia a vida espiritual para 0 pri­mitivo?

3 - Como e explicada a desencarnayao porAndre Luiz?

4 - Como resulta situado 0 desencarnado noPlano Extrafisico?

5 - 0 que e forma ov6ide?6 - 0 que e simbiose espiritual? Eutil? Edu­

radoura? Como termina?

D) - }"riitica de renova~1io intima

Andre Luiz - Sinal TTerdeEstudar e par em prirtica 0 cap. 29.

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a) - Assim como hit forrnas uteis de associayao, como nassimbioses, hit tambem formas prejudiciais, tais como asmicorrizas das orquiditceas, em que 0 cogumelo invade araiz da planta, provocando-lhe, as vezes, ate a mone.

Em geral, nessas associayoes, uma das partes, ap6sinsinuar-se, cria vantagens para si, ePl prejuizo da Olltra,podendo estabelecer situayao exploradara de longo curso,par adaptayao progressiva entre 0 hospedeiro e 0 parasita,que atua ate a produyao de serios embarayos, nas funyoesdos 6rgaos do hospedeiro (Vide [I], Cap: XV).

EspiritislI10 e Evoh/9iio

CA1PiTULO 9

PROVAS E REENCARl"rAIf;AO

9.1 - Vampirismo e obsessiio

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b) - Nos individuos, as associayoes prejudiciais se encon­tram nas ligayoes de obsessao e vampirismo, existentes des­de os prim6rdios da fase humana. Rebelando-se, em grandemaioria, contra as sagradas convocayoes, e livres de esco­Iher 0 pr6prio caminho, as desencarnados, em grande nume­ro, continuam. a oprimir os desencarnados, disputando afei­yoes e riquezas com os que ficam na carne, ou tentando

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IlO Rino C,;rti Espiritismo e Evo!w;c7o 121

empreitadas de vinganya e delinqiHincia, quando desencar­nados em circunstiincias delituosas.

As vitimas de homicidio, bmtaJidade e perseguiy3.o,fara do vasa fisico, entram na falxa dos ofensares e, ern vezde perdoar, lanyam-se a vinditas atrozes, implantando, paraeles e para si, extensa cadeia de trevas.

Qutros, obstinados a fazer justiya par si mesmos, eo­volvem as que visam e, auto-hipnotizados par imagens emque se fixam, sofrem transformayoes morfologicas no cam­po espiritual, cujos org3.os, par falta de usa, se atrofiam.Assumem forma ovoide, permanecendo vinculados as pro­prias vitimas ligadas par afinidade de pensamentos, de odio,de egoisma au de viciayao (Vide [2], Cap. VII).

Q obsessor absorve as foryas psiquicas do obsidiadonuma situay3.o que, par vezes, se prolonga a](\m da mortefisica, ate que, pela reencarnayao, ambos encontrem a cami­nho da reconciliayao.

9.2 - Castigo, dor e sofrimento

a) - Dar, sofrimento, provas, permanecem relacionadas aDsimperativos da lei da ayao e reay3.o, em que a noy3.o de cas­tigo adquire express3.o nova.

A noy3.o habitual de castigo, em outras crenyas, estaimbuida de conotayoes relacionadas a noy3.o de pecado comoofensa a Deus, de castigo rninistrado par Ele, de uma conde­nay3.o que pode ser eterna, em virtude da ofensa que e infini­ta, porque propareional ao grau do ofendido.

b) - A noy3.o de justiya, entretanto - diz Andre Luiz -, per­manece relacionada a repressao da sociedade contra as cau­sas que lhe introduzam desardem e harmonia e, portanto,

exercida pelos espiritos, no plano e;i:trafiBiGo, tal Gomo eJa 6exercida aqui no plano fisico ([I], 2". Parte, Cap.VI).

E ela e efetuada no meio em que a Espirito se situa.Nas regioes de sofrimento - a Umbral- ela e exercida parEspiritos da mesma faixa vibratoria que a do culpado e podeassumir feiyoes bastante duras e mcles [5]. Nos meios malsevoluidos, ela e exercida com malor propriedade, par ma­gistrados de maior envergadura de

"Espiritos integmdos no conhecimeniodo Direito, com dilatadas n090es de culpa e res­gate, erro e corrigenda, psicologia humana e ci­encias sociais, ajim de que as sentenr;:as ou in­(orma90es proferidas se atenham itprecisa har­monia, perante a Divina Providencia,consubstanciadas no amor que ill/mina e no sa­bedoria que s1lstenta" ([i), 2~ Parte, cap. VI).

c) - Quanta a dar e ao sofrimento, em geral, dizem respeitoaos desajustes provocados par eompOliamentos que nos cles­concertam em relay3.o a ardem e a harmonia com a meio e asemelhante, e que e necessaria restabelecer.

Para isto, em geral, a Espirito muitas vezes escolhe apropria oportunidade de restaurayao. a quenao significa quedevamos, em identicas condiyoes, passar pelas mesmas coi­sas que provocamos. Basta que nos devotemos ao bem paraque, atralndo faryas beneficas, possamos transfarmar as cir­cunstiincias e eriar eondiyoes aptas a nos favarecer, com a

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p7 RinD Curti Espirifis/no e Evohl{-Yl0 123

intercessao de Espiritos amigos que, em nos vendo modifi­cados, podem interceder com as mais variadas formas deauxBio ([1], Cap.XV).

9,3 - Remorso e llrrependimento

Se no pensamento reside a for~a criadora pela qual asalmas desenvolvem suas faculdades e 0 seu aprimoramento,mutuamente relacionadas por afinidade, nele tambem resi­dem os meios pelos quais as mentes transviadas sao auto­maticamente detidas em sua marcha e reconduzidas aopensar equilibrado e a atividade remissora.

Diz A.n.dre Luiz em [1]:

H •••Eda lei divilla que a homem receba,em si mesmo, afruto da pla71tar;ao que realizou,vista que, 710S 6rgiios de sua mallifestar;ao, re­colhe as maiores concessoes do Criadol; paraque efetive a seu apeljeir;oamento na Cria­fila... n.

Pois bern, a mente controla 0 corpo atraves das liga­~5es dos centros de for~a com 0 corpo, pelo que se estabele­ce a a~ao resultante de nossa escolha. Tais ligay5es trazemde volta sua essencia a mente, a fim de que se ajuize 0 acertoou 0 desacerto de nossas decis5es.

Sempre que 0 acontecido provoque desarmonia oudesordem, produz-se um estado de turvayao, de conturba­yao da mente, pelo qual, automaticamente, ela se fixa nos

quadros relacionados as culpas contraidas, sem poder desvi- .ar deles a contempIa~ao e sem poder fixar-se em outros.

".. .Esclltara exclusivamente vozes acu­

sadoras que the apontem as compromissosincorifessaveis; ... recol'dw-ci apenas as aconte­cimentos que se the refiram aos padecimentosmorais, com absoluto olvido dos outros ... II1lmmonoideisma que as isola nas l'eCOrdClf;oes allemor;oes, ... no qUClI, a pensamento, em circl/itofechado, e porficar I'eforr;ado pelospensamen­tos de outros afins, materializQ pesadelos fan­tasticos em conexao com as lembranr;as que al­berga/ll... " ([1], Cap. XTl).

9,4 - Resgate

a) - Resumindo, as criaturas culpadas, pelo remorso e peloarrependimento, se fixam nos quadros das mas a~5es come­tidas e, os ofendidos, sequiosos de vingan~a ou criminalidade,atendo-se aos mesmos quadros, estabelecem !iga~5es de pro­va~ao e sofrimento.

Os estados de conturba~ao provocados pelo procedercontrario ao bem comum, em funyao das foryas que se esta­belecem pela revolta, pelo remorso, pelo arrependimento,pelas acusayoes dos que se sentiram prejudicados, atuam so­bre os nlJcJeos energ6ticos da alma para dete-Ia nos

"... qlladros terrijicos que the digam res­pelto as culpas cOlltraidas, sem capacidadeperraobsel1 lar paisagells de 01ltra especie; esc1ltara

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124 RinG Curli Espiritismo e Evolw;:c7o 125

exclusivamente vozes acusadoras que Ihe teste­munhmwn os compromissos incOlifessirveis, sempossibilidade de ouvir quaisquer outros valores

sonicos, tanto quanto podera reeordar aeonte­cimentos que se Ihe refiram aos padecimentosmorais, com absoluto olvido de fatos outros, atemesmo daqueles que se relacionem com a snapersollalidade ([l), Cap..)(TIJ).

E, dessa forma, ate que se esgotem os motivos quealimentam tais estados, vive 0 Espirito torturado pelas ima­gens, fiutos de suas culpas. E par ser 0 pensamento 0 veicu­10 de foryas que atuam na materia, tal qual se apresenta nomundo extrafisico, tais imagens, se reforyadas par outras domesmo teor, plasmam paisagens regenerativas, regi5es emque a consciencia culpada expia as conseqiiencias de seusatos, de seus delitos,

"... Iugares, retendo a associa~i'io de cen­tenas de milhares de transviados, se transfor­mam em verdadeiros continentes de angLlstia,tiltros de aj/iI;Cto e de dor, em que a loucnra e acl1leldade, jUgL.tladaspelo soirimento que geramde si mesmas, se rendem lentamente aD raeioci­nio equilibrado, para a readmissCto indispens6.­vel ao trabalho remissm· ([1J, Cap. }(VI).

9.5 - Zonas purgatoriais

Sao as regiBes e quadros que, oferecendo-se aos vi­dentes, dao margem as iMiag de inferno, de ~!OIl[\~

purgatorians, citadas em muitos credos religiosos e que naosao meras concepyoes fantasiosas, mas sim realidades que 0

Espirito culpado enfrenta e das quais nao pode libertar-seem pouco tempo [3], [5].

Com e1es, os Agentes do Amor Divino intervemcaridosamente no sentido de subtrai-Ios as penas e a afliyao,tal qual 0 medico cura as doenyas sem julgar, buscando ape­nas socorrer a necessidade. Mas assim como 0 medico pou­co ou nada podera fazer se 0 doente nao se dispuser it rea­yaO, assim os Missiomlrios do Hem nada poderao enquantonao se desfizerem, nos socorridos, as influencias das atJi-, .yoes, das criayoes mentais em que se envolveram.

1sto nao significa que no Plano E"-'irafisico nao hajajnstiya, tribunais, como ja citamos, nem defesas. Lit, comoca, trata-se de uma sociedade arganizada e, pDlianto, comtodos os instrumentos e instituiyBes aptas a garantir 0 equi­librio, a paz e 0 desenvolvimento da Sociedade.

Andre Luiz em ([2], CapJCX) narra das DEFESASCONTRA 0 JVL4cL, em que descreve fortificayoes e armascontra as organizayoes do mal que, continuando suas opera­yoes no alem-mmulo, uma vez que a morte nao modificaninguem, ameayam a paz e a harmonia.

Em [7], Andre Luiz narra tambem do Umbral e dasprovidencias energicas que se fizeram necessilrias, quandoem Nosso Lar se tratou de resolver problemas de alimenta­yaO ([7], Cap. DC).

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126 Rilla Curti Espiritismo e Evo1119150 127

9.6 - A oportunidade renovada

A reencarna~ao sempre se oferece como nova oportu­nidade, para 0 retorno ao aprendizado prittico das liyoes emque a alma faliu.

No Espirito encarnado, 0 pensamento espraia pela almaas radiayoes mentais que produz, nas quais se refletem asimagens que 0 Espirito cultua, irradiando-as e exteriorizando­as. Por isto, os homens melhores atraem a companhia dosEspiritos melhorados, ocasionando nucleos de progresso quegeram trabalhos edificantes e educativos; enquanto os re­beldes aliceryam a companhia de entidades da mesma clas­se.

No sono tornam-se mais suscetiveis it influenciayaodos desencarnados, beneficiando-se os primeiros, em OIien­tayao e amilio, tornando-se vitimas, as segundos, de umaatuayao que lhes suga energias e lhes assopra sugestoes in­feJizes.

Essa faculdade de permuta de ideias e influenciayao ea que alguns denominam de mediunidade intuitiva, comuma todos, e que Andre Luiz denomina de lvIEDIUNIDADEIN1CIAL [1].

A ignorfincia faz com que alguns nao ultrapassem oslimites das relayoes com espiritos atrasados, estabelecendoa magia negra, enquanto outros, em contato com Espii'itos

'mais avanyados, veiculam a Religiiio em forma de Mito­logia, em que Orientadores familiares sao levados it contade Deuses. 0 conflito entre 0 Bern e 0 Mal se estabe1ececom a participayao dos dois PIanos de uma forma que estitlonge, ainda, de terminar.

A) - Bibliogratia

[1] - Andre Luiz - Evo/U960 em Dois Alundos[2] - Andre Luiz - Os lvJensageiros

[3] - Allan Kardec - 0 Cell e 0 Inferno[4] - Ivone Pereira - Memorias de 1I1ll Suicida[5] - Andre Luiz - Liberta960[6] - Andre Luiz - 11960 e Rea9ao[7] - Andre Luiz - Nosso Lar

lB) - Leitums complementares

As dos capitulos da Bibliografia, citados no tex­to.

C) - Perguntas

I - Explicar 0 Vampirismo.2 - Explicar a Obsessao.3 - Explicar as situayoes familiares de prova.4 - Qual a fimyao da dor?5 - Como se realiza a reconciliayao com ini-

migos?6 - Explique 0 remorso.7 - 0 resgate de provas e castigo ou queda?8 - Como atua 0 Plano Espiritual em relayao

aos culpados?9 - A reencarnayao e castigo ou oportunida­

de? ExpJique.

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128 Rino Curti

D) - Pnitica derenova<;iio intima

Andre Luiz - Sinal Verde'Estudar e por em pnitica 0 cap. 30.

!hi

Espiritismo e EVf}lw;ao

CAPITULO 10SJEXO JE REJENCARI"JA(:AO

Inh'odut;ao - a mentossintese

129

a) - Como ja dissernos, a m6nada, ao despertar no mundoorganico, inicia sua carninhada evolutiva, assimiland? ~ as­sumindo, gradativamente, fi.m~5es indispensaveis ao propriocrescimento. No plano do sustento proprio, para a exeCLl~ao

dos processos que a vida the imp5e e na salvaguarda do equi­lihrio, desenvolve meios de permuta de elementos com 0

meio ambiente, que 1he garantem a propria seguran~a doponto-de-vista material e energeticci.

No mundo das plantas ela se serve da fotossintese; nodominio de certas bacterias, da quimiossintese. Entre os se­res superiores, utiliza a biossintese pela qual as manifesta­~5es se l11e estruturanl na

"...metamOlfose continuCl dClsforrCls quelhe CllccmrCll!7 CllluiquinCljiO'iol6giCCl, atmveO' doO'Cllimentos neceO'O'c1rios ,'[ resiaul'ClI;iio constantedas celulas e ao eqllilibrio dos reglliadores 01'­gdnicoO' ([I), Cap. )i1V)·

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130 RillD Curti E,'Jpiritismo e Evolw;:iio ]31

b) - Na fase humana, peIo pensamento continuo, razao elivre-arbitrio, processos mentais e comportamento assumemaspectos novos, relacionados it interposiyao, entre ambos,das ideias.

As tendencias, que antes se traduziam em impulsos deinteresse acidental, provocados pelo carater intermitente dasnecessidades organicas, assumem agora a forma de desejosconstalltes, configurados em ideias e imagens, constitnindoforyas que impelem it consecuyao de determinados objeti­vos, como estimulos permanentes it experiencia, ao mesmotempo que

"...prefigura-se-Ihe n 'alma a excelsitudedo amor encrm!ado no egoismo, como 0 dimnan­te emformw;:iio no em'bO/w escurD. .. " ([1], Cap.XIV)

c) - Tais foryas atuam em duas direyoes:

- uma, estabelecendo intercambio indutivo com ou­tras mentes encarnadas e desencarnadas, na construyao doconhecimento, pelo qual tais foryas se modificam, se trans­formam nos fen6menos· da associayao de ideias e do racioci­nar, modificando 0 comportamento do individuo;

- outra, govemando seu proprio cosmo fisiopsicos­somittico, cujo equilibrio e desenvolvimento, agora, fica nadepeudencia da natnreza de pensamentos que cultiva.

Lemos em ([1], Cap. XIII):

".,.E pelo fluido mental com qualidadesmagneticas de indu9fio que 0 progresso se fmnoial'elmenie ace/erado.

Pe/a troca de pensamentos de eultura ede be/eza, em dindmiea expansiio, os grandesprincipios da Religiiio e da Cieneia, da Virtudee da Eduear;:iio, da Iild/Istria e da Arte deseem

das Esferas Sublimes e impressionam a mentedo homem, trw;:ando-Ihe projimda renoVCI9iio aoeO/po espiritua/, a rej7etir-se no veiculo fisieoque, gradatival11ente, se acomoda a 110VOS habi­tos...

Com a difusiio do plasma eriador orim/­do da mente, em eireuitos continuos, eonsolida­se a reflexilo avmu;:ada entre 0 Ceu e a Terra, eosj7uidos mentais, ou pensal11entos atl/antes, noreino da alma, imprimem radicais trcmsforma-,90es no veieulo flsiopsicossol11atieo em que 0

homem, herdeiro da animalidade instintiva, con­tinua, ate hoje, no trabalho progressivo de suapropria elevayiio aos verdadeiros atributos daHl/lJ1anidade.

Assim sendo, com a aquisiyao acrescida do livre-arbi­trio, assume 0 Espirito a direyao do proprio desenvolvi1l1en­to, fuudamentado agora nestas operayoes

"... baseada nCi iroca de fluidosmultiformes, atrcnles dos quais emite CIS propri­as ideias e radia9oes, assimilando as radiar;:oese idriias alheias"([l}, Cap. XIV),

mUll processo que, por analogia com a fotossilltese ebiossintese, Andre Luiz denomina de Mentossintese.

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132 RinG Curti Espiritismo e Evolw;fio 133

d) - Com 0 nascer, moner e renascer, pela lei de responsabi­lidade, se Ihe oferecern os meios de avaliayao de sua condu­ta, que se traduzem nos bens e nos males, alegrias e dores dacaminhada: pela lei da hereditariedade e da repeti~ao se lherenovam as oportunidades de aprendizado nas quais

"...deve aprenderpor si a CCiminho ([2J,Il. IOO) em que se conduzirapara a G16ria Divi­na [IJ;

e pela lei do progresso e da renovayao, descobregradativamente que 0 amor e a potencialidade que, em lhesublimando as tendencias nas realizayoes do bem comum,lhe sustenta a marcha neste mesmo caminho.

10.1 - Jlnstinto sexual

a) - 0 instinto sexual, cujos fundamentos se perdem no bojodas leis de atratividade, tem seus primeiros aspectos, no cam­po da vida, evidenciados pela faculdade que faz a monadaassurnir a reproduyao.

E a primeira manifestayao da faculdade criadora - deCo-Criayao - que 0 ser apresenta, como ser vivo, a faculda­de pela qual 0 Espirito e Auxiliar de Deus.

o Espirito nao e colocado a cooperar com Deus so­mente nas obras da Criayao material; mas 0 e tambem paraauxiliar na evoluyao dos Espiritos.

Por isso confere-a eles a procriayao. Por ela os seres,aos pares, em tarefa conjunta - 0 masculino e 0 feminino -,

possibilitam a reencarnayao, necessaria ao Espirito, para 0

seu progresso.

o Espirito necessita associar-se a materia, como ins­

trumento de manifestayao. AMm de Deus proporcionar-Jheesta possibilidade, dotou-o, da faculdade de intermediar elemesmo, junto aos outros, essa mesma possibilidade, numprocesso em que, na organizayao da familia, ele desellvolvao amor, entre conjuges, atraves da Maternidade, da Paterni­dade, e, reciprocamente, 0 amor filial. Estes sao aspectos"da lei do amor ao pr6ximo", lei soberana na conduyao denossa evoluyao, estendida aos parentes, primeiro, aos ami­gos depois, it illteira Humanidade, por fim.

Com 0 passar dos miH!nios e a realizayao de conquis­tas, 0 principio inteligente se defronta, pelas exigencias dareencarnayao e para a manutenyao de suas conquistas, comfenomenos relacionados ao naseer e renascer, eada vez maiscomplexos, que a mente governa por meio de implementosorgilnicos especificos: as glilndulas sexuais, os hormonios eos 6rgaos de reproduyao, com hase' em permutas de ordemfisica e psiquica, nos dominios do amor, e com a participa­yao de toda uma organizayao no Plano Espiritual, para 0 even­to.

Esta capacidade crescente de governar tais fatos estaintimamente ligada ao desenvolvimento da faculdade cria­dora, do amor em expansao.

b) - Nos dominios da Humanidade, 0 instinto sexual,

" ... 0 anseio genesico instiniivo que se lhesobrepunha avida normal, em perfodos certos,converteu-se em atrw:;iio ajetiva constante ([1],

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134 RinD Curti Espiritismo e Evohu;:fio 135

Cap. XIV) ... ,

que, de urn Jado, faz a mente irrlluellciar e ser infJuen­ciada; de outro requer, pela Lei, a subordinayao a determi­nados padroes de comportamento - morais, pais somentedentro da Lei, que nos requer amor, respeito e responsabili­dade ao irmiio do caminho, rumaremos para as cimos daimortalidade, "... entre asflllgllrar;8es da Sabedoria Impere­civel e as benr;aos do Amor Etemo" (Seheila).

o instirrto sexual

"...gera cmgas magnetieas em todos asseres __ .que se caracterizam com poteneiais niti­dos de atrar;fio no sistema psiquico de cada ume que, em se aeumulmldo, invadem todos as emu­pas sensiveis da alma... " ([i), Cap. )(YIlI).

Simultaneamente, a 1'aculdade criadora se apresentaampliada, com novas aspectos, pelos quais a homem resultacapacitado a co-criar ern outros tipos de realizayao, no cam­po £las atividades: da Industria, da Ciencia, da Arte, etc.,cujas obras sao outros tantos serviyos relacionados a Cria­

yao.

10.2 - Feeunda<;iies fisicas e psiquicas

a) - Na uniao fisica unem-se as qualidades passivas e ativas([3], Cap. VIII) para fecunda<;iio fisica, no servi~o <la pro-

cria~iio, por meio £las disposi<;iies du forma.

No intercambio mental, para a execuyao das outras

tarefa5 criativaB, h~ uniiio de qmllidildeB pBiquiliilB, por meiodas quais se processam fecundal'oes psiquicas que, em sedesenvolvendo nos recessos da alma receptora, conduzemas reaJizayoes da genialidade au da santidade, na vastidaoda co-cria<;iio.

".. .Essa lIniCio de qllalidades, entre os

astros, ehama-se magnet/smo planetar/o daatrar;ao; entre as almas denomina-se amor; en- 'tre os elementos qn/micos eeonheeido pOI' (Ifi­ll/dade... Quando nos referimos ao amor doOnipotellle, quando sentimos sale da Divinda­de, nossos Espiritos nao pracuram outra coisasenfio a traca de qllalidades com as esferas su­blimes do Universo, sequiosos do Ete1'l10 Prin­cipia Fecllndallle ([4), Cap. XIII).

b) - Nas unioes fisicas, as cargas magm\ticas que se distri­buem par todos as campos sensiveis da alma, exercem 1'or­yas que encontram compensayao plena somente com outraforya igual. Por isto a monogamia e 0 dima espontaneodo ser hllmano [1], porque somente dentro da plena afini­dade a instinto sexual encontra alegria completa.

Os que se fixam nas pr6prias impress5es,Iirnitadamente ao iimbito £las sensayoes, llipei"troiiam-se 110

prazer de si mesmos [IJ, lesando outros, uma vez que ainstinto sexual, como energia criadora que e, naq s6 e"agente

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136 RinD em'li Espirilisl710 e 1<.-'1'o{l/960 137

die rep,.odu~iio ... mas e reconstitu:inte dns fon;ns espiri­tuais pelo ljual as eriaturas enearnadas ou desenearnadasse alimentam mutuamente, na pennuta de I"lliospsicomagnHicos ljue Illes sao neeessarios ao progresso([1], Cap. XVTII).

E, como nao hit ninguem que, cogitando exclusiva-.mente do proprio prazer, nao termine pDf lesar os outros,acaba por adquirir dividas a Ihe exigirem dmas lit;:5es nosprocessos de reeducat;:ao, recebendo pDf filhos ou parentestodos aqueles que se torrraram

"... credores do /lOSSO alJlor e da nossa remincia, atra­vessa/ldo, l7luitas vezes, padecimentos i/lol71imIVeispara as­segurar-Ihes a refazil7lento preciso" ([1J, Cap. XIV).

10.3 - Reencurnul;uo

a) - Andre Luiz em Missionarios da Luz descreve em 4 ca-.pitulos a problematica da Reencarnayao em 2 casos es-.senciais: um, normal; Olltro com obstaculos de toda especie.

No primeiro, um casal prepara-se para receber, comofilho, em situat;:ao de reajuste, antigo companbeiro com quemse envolveram tIistemente num caso passional. No que serefere it reencarnayao, descreve a existencia, no Plano Espi-.ritual, de atividades que revelam intenso e laborioso traba­Iho de estudo e planejamento, verdadeiros

"... projelos paraflllllras habila~i5es car­nais [4J, pelos quais grande percentagem... se

proce5:m em moldespadrollizados para todos...enquanto que... elevando-se a alma em culturae conhecimento e, conseqaentemente, em re.\pon­

sabilidade, 0 pI'DCeSSD reerw[/)'))acionis!a indi­vidual e mais complexo... Em vista disso, as co­16nias espiritllais mais elevadas mCll1tem ser­vil;os especiais para a reel1cama~ao de traba­lhadores e l7lissionarios - os completis­las... "([4J, Cap. 12).

Diante da relutancia renovada do esposo em concreti­zar 0 compromisso assumido, os amigos espirituais desen-.volvem intensa atuat;:ao, no sentido de soerguer os animas erestabelecer a aceitat;:ffo, sem que pudessem fort;:ar situat;:i3esem respeito aD livre-.arbitrio, mas porque nao podiam dis-.pensar-lbe as boas disposit;:i3es para a tarefa.

b) -

"... Cada homem, como cada Espirito, eum mllndo pOl' si mesmo e, cada mellie, e como11m cell... Do firmmnento descem raios de sol echuvas beneficas... Inas lambe1l1... pelo atrito deelementos atmo;jericos, desse mesmo Cell pro­cedem faixas destruidaras. Assim a mente hu­mana... quandoperturbada, emite raios magne-.licos de alto poder deslrutivo para as camadascelulares que a servem... 0 pensamento envene­nado de Adelino destruia a substdncla da here­dilariedade intoxicando a crolJlatina da propriabalsa seminal... nao atingiria os objelivas SCl-

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c) -

E, para ilustrar esta aiirmayao, narra, no segundo caso,ocorrencia em que a intercessao se torna dificil, numa situa.-

o desbaratamento da energia sexual nao somente 110Simpede a eleva"ao em que se a.prende a trocar valores auqualidades espirituais; mas nos impede tambem a boa co­participayao no delicado processo da procria"ao, obrigandoo Plano Espiritual a ahw"oes dificultosas com a utiliza"aode recursos especiais.

lOA - Conclusao

:if'i:fI'"

'fI;[

i

I1

i31JEspiritisnw e Evolu~~ao

b)-"... Quem loge (to bcm ed~jj'()l1tado peio

crime,' quem foge d ordem, cai no desequilfhrio ...Nao hci cria~ao sel11 fec1inda~[jo. As for-

a) - Concluindo, dissemos, com Kardec e A.ndre Luiz, quesexo e·'qrmlidade emissora e rcccptora da alina, pelaquala ser exerce 0 poder de criatividade, de que e dotado, para 0exercicio das atividades da Co-Criayao.

Enquanto permane~amasnarcisadas na canseCLl~ijo deprazeres, DaD colheremos senao sensac;oes, em prejuizQ daardem, da ha.rmonia e da nossa propria participayao, nas ta­refas ediiicadoras do progresso, 0 que, principalmente, re­verte contra nos mesmos, envalvendo-nos em tangos pro­cessos de retificaCjao.

Entretanto, se compromissadas com os sagrados de­signios da Providencia, expandimos nossa criatividade rUD10as realizayoes do bern cmllUill" colheren1os as sagradas co­mOyoes de farya, conbecimento, alegria e poder de que todoato criador esta cheio, como decantado pe10s virtuosos que

atingiram 0 extase espiritual.

"ao em que, infeliz criatura, tendo jii abortado por duas ve­

zes sucessivas, de fOffi1il incOfiSciente pm eJ\.CQS3Q d~ kvi­andades, mantem-se no mesmo padrao, provocando um ter­ceiro, situando-se, ela mesma, em precarissimas condi"oesde vida, como conseqiiencia.

Rino Clirti

grados da Cria~fio porque, pekEs disposi~i5es

lamentaveis de sua vida intima, estava cmiqui­lando as elilulas criadoras... intoxicava os genesdo caratel; dific1lltando a a~ao... Dai a neeessi­dade desse trabalho intenso para despertar-Iheos valores afetivos.

Somente 0 amor proporeiona vida, ale­gria e equilibl'io... E quando ensinamos a prati­ea do amOl; nao proeedemos obedientes a me­ros principios de essencia religiosa, mas aten­dendo a imperativos da propria vida ([4), Cap.XIII).

"...En'11lanto os dese'1uilibrios se locali­zam na es/era paternal, ou procedem da il?[l1l­elleia de elltidades l71alignas, simplesmente harecursos a intelpor; no entanto, se a desarmo­nia parte do campo materno, Ii m1liio dijicil es­tabelece,. prote~fio ejiciente"([4), Cap. )(fI}

138

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140 Rino Curti EspihtiSll10 e Evolw;:ao ]41

masjisicas descendem das Imii5esjis/cas. As COilS­

Irl/{;i5es espiriluais procedem das ImfrJes e5pil'ilu­ctis. A Obm do Universo efilha de Deus. 0 sexo,como qualidade positiva all passiva dos principi­os e dos seres, Ii manij'estaffio cosmica em todosas circnlos evalnlivos, ale qne vellhamos a alingira campo da Hal1l1OI1ia PClfeila, ollde essas quali­dades se eqnilibram 110 seio da Divindade "([4),Cap. XIII).

A) - BibHognliia

[1] - Andr,~ Luiz - Evolll~iio em Dais MUlIdos[2] - Emmanuel - Camillho, Verdade e Vida[3] - Rino Curti - Espiritismo e R~forma iilli-

ma[4] - Andre Luiz - Missiollarios da Lllz

JB:) - JLeitllras cnmplementao'es

[1] - Capitulo XIX[3] - Capitulos 12, 13, 14 e 15[4] - Emm,muel- nda e Sexo: Cap. 5, 14, 15,

19,20.[5] - ~Allan Kardec - Livro dos &pirilos - Hens:

200 a 217; 686 a 701; 773 a 775.[6] - AJlan Kardec - 0 Evcmge/ho Segundo a

tspirilislI1o.[7] - Francisco Candido Xavier e Fernando

\'lorm - Jane/a para a Vida: Cap. V.

C) - Pergnntas

- Explique a analogia entre permutas tlsi­cas e permutas psiquieas, entre seres.

2 - Como se proeessa a evoluyao 11<1 fase l1Ll-n1ana?

3 - 0 que ementossintese74 - 0 que ea faculdade criadora?5 - 0 que se entende por fecundayao psiqui­

ea?6 - Por que 0 instinto sexual encontra alegria

completa somente dentro da plena a5111­dade?

7 - Discorra sobre a complexldade das tare­fas que ellvolvem a reencarnayao.

8 - Qual 0 papel do arnor, na concepr;ao?9 - Quais as consequencias da fixa9ao na bus­

ea de prazer?

D) - Pnitica de rel1ova~iio intima

Andre Luiz - Sinal Verde

Estudar e pDr em pnitica a cap. 3 I.

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:: ~'

!~sniriii":lJ1() e Evohl~'f10

CAJPRTULO H

RELIGIAD: CIJENCli\ MIOML DEAPERFEX(:OAMENTO - I

Introduo;1io

a) - DissBmos, em ] 0.4, que

il ••• nafase humana, 0 espil'ito eenftegue

ao comanda da propria 1'01l/ade e seu compo/'­/Clmenio resul/a de lIma escolha - a nossa esco­lha - emjilllr;Cio de 1l1!lCl escala de valores queado/amos e slfgerida probrressivamenie pela Re­velclr;Cio, a/raves dm Religi8es... ".

~

r,i i)

\i;,

"

Ate ° Paleolitico, entretanto, as Inteligencias Divinasteriam atllaclo sabre °Espirito ate que

"." dotando-o com preciosas reSenYlS

para 0 futuro imellSO ([I), Cap. Xl} .. ".

Com a aquisiyao cia respoi1sabiIiclacle foi-lhe conferi­do <) clever de

fl.. , COnSeJ1J{U' e aprijllOrar 0 patrillu5nio

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]44 RillD ClIl'ti EspiritislllO e Evolw;:clo 145

recebido e, investindo-a l1Cl riqueza do pensa­menta continllo, entregaram-Ihe a obrigar;do deatender ao apel/eiqoamento do sell COIPO eO]Ji­ritual [1].

b) - A primeira conquista de caniter espiritual e 0 principiode justi'Ya, pelo qual 0 homem come'Ya a examinar, em 8imesmo, 0 efeito das proprias a<;oes. Desperta-se-lbe entaoa necessidade de satisfazer as indaga'Yoes e, ao mesmo tem­po, elucidar-se.

E, porem, na riqlleza de plasmagem da ideia, que seamplia com 0 reflexionaT e com a permuta de pensamentosentre mentes, que a inteligencia comanda, por estimulos in­teriores, sua propria veste, aprimorando-a e aprimorando-se.

Diz Andre Llliz, em ([1], Cap. XX), que a inteligenciahumana, conduzindo-se de maneira racional, experimentouprofundas transforma<;:oes.

"...Percebe... que, alell7 das operaqOesvulgares da mrtriqclO e da reprodll~,{fo, da vigi­lia e do repouso, estimulos illteriores, illeluUi­veis, tmbalham-lhe ° cimago do sel; plasma/l­do-lhe 0 caraler e 0 senso moral, em que a il1­

tUiC;a.o se wnplia, segnndo as aqnisic;Oes de co­nhecimento, e em que a afelillidade se converteem amm; com capacidade de sacrificio, atingin­do a remll7cia cOll7plela... "

Para poder altear-Ihe 0 pensamento, a lim de

enobrecer-lhe os estimulos interiores, capazes de

"... assegUI'CIJ'-Ihe () ii'[IJ'} .\~fD nn jSill/)

animico, revesti-Io de lliminosidade e beleza eapllrar-Ihe os prtncipios para qlle, alem doangusto circlllo hlt/nano, plldesse retralar a g16­ria dos Pianos Superiores /I},

nasce a atividade religiosa

pOl' institllto de higiem da alma,

que, em lbe propiciando a assimila<;:ao dos valores doEspirito, despoja-a

'-' ... da espessa sedimentac;fio tieallimalidade qlle lhe prendia os impllisos... ",

conduzindo-a ao necessario burilamento.

11.J. - Os capelillos

a) - Simultaneamente, a villda de grande massa de Espiritosde Capela ([2], Cap.III)

"...naj'ormcu;iio das t{u;as addtnicas, allIa

qual enxerto revitalizador no ill7pulsiollamelltopam 0 progresso acelerado das populac;oes in­leriores telTenas, peJo qual as falanges de Cris­to operca1'1 as 'lfltimas e]lperienciaspara 0 aper-·

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146 Rino Curii Espiritismo e Evuhl9c1o 147

lei~oall1ento dos camcteres biolos,'1cOS das ra­r;:as hW71anas,

AS novos habitalltes foram recebidos por Jesus que osexortou

"...aedijicar;tio da conscienctapelo CUll1­

primento dos deveres de solidariedade e de amw;no esforr;o regenerador de st meSl7lOS, prol7le­tendo-llzes colaborar;fio cottdiana e a Sua vinda/10 porviJ: .. ".

Estabeleceram-se na Asia, de onde passaram para 0

Egito e para a Atlantida.

da do Sublime EmisSL'zrio...Nao obstante as lir;:i5es recebtdas da pa­

Iavra sabia e mansa do Cristo, os homens bral1­cos olvidoram as seus sagrados comprornissos.

Alguns vo.ltaram

... depois de muitos seculos de sofrtmen­tos expiatorios; outros, porem, ainda permane­eem na Terra, em virtude do seu elevado passi­vo de debitos c!amorosos... ".

11.2 - Religiiio do Egito

a) _.

b) - As tradiyoes do paraiso perdido passaram de gerayao agerayao, ficando par lim gravadas na Biblia,

Eles deram origem a quatro grandes grupos: os anas,do qual descende a maiaria dos indo-europeus, os egipcios,os judeus e os bramanes,

".. jiJl'lllando ospr6dl'Omos de toda a 01'­

gallizar;iio das civibzar;:8es 110 seto cia rar;:G ama­rela e da mr;a negra que iLi existiam" [2].

Guardaram as reminiscencias das palavras do IvlestIee receberam-Ihe, periodicamente, os Emissitrios, Eis porque

"". as epophas do Evallgelhojoram pl'e­vistas e call/adas algulls milfmios antes da vill-

"...Depots de longos e pOlfiados milel/i- 'os de Illta espiritual... slllgelll.. , eivilizezr;8es...nas quais a religitio assume a\]Jeeto enobreeidocomo eieneia moral de apeljeir;:oaiuenlo i[j J,-, '. '-1"\Lap. -,LV-

No Egito, os limites da compreensao das populayoesprinlitivas manten1 a crenya nas concep90es Inito16gicas, 0que obriga 0 sacerd6cio a manter em segredo as manifesta­yoes esotericas dos templos.

Guardavarn as reminiscencias do pluneta de origem eansiavam a ele retOTI1Ur, a que Ihes fazia ver, na marte, estapossibiliciade, uma vez que acreditavam na ex:istencia do Es­[Jirito e cia continuidade da vida no Plano ExtrafisicCi. Jijtos

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148 Rino Curti E,l,'pil'ilismo e Evolw{'ao l~'i

e cerim6nias constituiam-se em uma solenizayao do regres­so das pessoas a patria espiritual.

No Li1~'o dos li10rtas prenunciavam-se as dificulda­des que os defuntos encontnlIianl no outro mundo, constitu­indo-se um c6digo de conduta moral para a vida e a m0l1e,uma vez que 0 homem seria julgado par urn tribunal divino.

Por isto a conduta moral se revestia de carater religio-so.

Diz Emmanuel [2]:

a ...odestiila e a eailllllliear;aa das 11101'­tos e a plllralidade das existeneias e dos nl11/1­

dos eral1l para eles problemas solueionados econhecidos... JJ.

b) - Os egipcios tinham 0 Fara6 como filho de Deus, cujoprincipal dever era fazer reinar a verdade, 0 equilibrio e ajustiya.

Com a unificayao do pais, instauraram 0 monoteismo,caracterizado par um Deus Primordial gerador de tudo, dosoutros deuses inclusive que, por isto, eram considerados se­cundarios, e aos quais designavam varios atriblltoS:

a ... a vontade sabia e poderosa, a liber­dade, a grandeza, a magncmimidade ineansa­vel, 0 amor infinito e a imortalidade [1].

Da vida in telectllal dos meios sacerdotais beneficia­ram-se outras atividades, realizando obras de grande vulto.Desenvolveram a Geometria, a Astronomia. Criaram 0 ca-

lendi:lrio universaL Desenvolvera111 anlpla organizar;ao soci­

al ebetas ideias morais, que registmmm [JOB !ivro5 d~ a'irmr;5;o Pimanclro, 0 Asclepsios, e na Tabua das EsmeraJdas.

1\To Pinuwdro ensina-se a rel1tll1cia aos bens JTlateliais,para encetar a conquista dos bens do Espirito. ' .

Conlbate-se a ignorancia, a tristeza, a intemperanc;a, aconcupiscencia, a injustiya, a avareza, 0 erro, a inveja, amalicia, a c6lera, a temeridade e a maldade.

Sao regras morais:

- nao tornar infeliz 0 pr6ximo;- nao fazer 111al a ninguenl;- nao eriar sofi-imento enI derredor.

TV[uitos de sellS iniciac10s voJtarom a Capela; outrosainda permanecem para 0 clesempenho de abellyoadas mis­saes.

11.3 - Re!igiiies cia [miia

11.3.1 - C.j Vedismo

r'Ta india as tribos indo-europeu-arianas teriam intro­duzido e deserrvolvic1o 0 Vedisl11o, representado pelo .DVTO

dos redas, que contem f6rnlulas Inagicas e ex.orcismos.

E [linda politeisrno.

Pedeln-se bens ll1ateriais aos deuses e grande pane deSilaS przl'ticas edirigida ao sacrincio em oferenclas postas no

segundo f6rn1ulas 111agicas c-onhecidas SOIl1ente pdos

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H.3.2 - 0 Bmmanisffio

Desta forma, os sacerdotes, do estudo e da dedieayaoas coisas sagradas, passam a cOllceber a existeneill de um(mico Deus, no Bramanismo que surge entre as seeulos IX eVIII, a.C.

sacerdotes aos brfunanes.

Com isto, profissionaliza-se 0 sacerd6cio e, pela ca­racterizayao da sociedade pelas profiss6es, fonnam-se cas­tas das quais a primeira e constituida pelos brfunanes ([3],Cap. VI).

Com 0 desenvolvirnento das coneepyoes, e tenden­cia natural do novo modo de pensar, reduzir a conheci­mento a poucos principios, a lima tese fundamental, ou aurna concepyao unica.

Com 0 tempo, esta telldeneia se estmtura como ativi­dade e passa a constituir, primeiramente, as protofiJosofias(l)associadas a eada reJigiao; e, mais tarde, a propria Filoso­fia.

I'·

W!:~

I;IiIii,I

iiiII\1

151E::'].Jirifi.s'11'JO e Evohu}L'10

Ao Bramanismo associa-se uma filosotia que al1lTm)

eyjstir, no Universo, Uill principia fl.lndmnental - Brmmn.

No h0111e111, outro: Atman, que, entretanlo, se identil1carn­Alman, emanayao de Braman. ,

A diversidade aparente se da pela reencama(;ao que eprovocada pelos desejos de Alman voltados it materia. e econtinuada como conseqi.iencia dos atos par ele praticados.

o mal residiria nesta diversidade das coisas exislen­les. Enquanto 0 homem nao se apercebe da identidade entreAtman e Braman, mantem seu desejo ligado ao mundo dasaparencias; das coisas, e sua vida esta ~,uj eita aLei do Carfl1a~

cada existencia se torna eonseqUencia dos atos pratieac!osem existencias anteriores, e pode-se realizar pela enearnayaoem ser humano, ou vegetal, ou animal.

A reencarnayao eentendida como Metempsieose, es­tando nela ausente a ideia de evoluyao.

Diz, ainda. que renaseer e sofrer, e viver no mundo dadOT, provocado peios inleresses das coisas n1aleriais, ao COil­trario do que se afirma no Espiritismo, peio qual a vida euma benyao, urna oporlunidade de progresso e des611volvi­

mento.

Rino Curti150

(1) - Utilizamos esta denominayao porque deixamos 0 temlOFilosofia, propriamente dilo, aDs sistemas racionais, iniciados naGrecia, COI11 os pre-socnrticos. 0 que chamamos de prolofilosofiaeainda proprio da fase intnitiva do saber ~ pre-operacional ~, naqual ainda nada se prova nem 5e define. Illterpreta-se apenas asclados illtuitivos de revela~ao.,

Como considera esta vida urn mal, concebe que 0 ci­do das reencarnayoes tenninani quando se e?~inguirelTl osdesejos, 0 que redundara na perfeiyao e em tornar-se sabio.Al A.tlnan umr-se-a a Bralnan, em profunda paz, cessandopara ele a submissao Ii Lei do Carma.

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]52 RillG Curti E.'''pf,.i fisrno e Evolw;c7o J53

n.3.3 - A Toga

a) - Fundamentados nesta concepyao panteista cia realiclade,e entendendo que ° mal e engendrado pelos desejos, osbramanes instituem, nessa protofilosofia, uma tecnica capazde anula-los.

Ea loga que, em suas diversas fOffilas, sustenta:- em primeiro lugar, que 0 110mem e responsavel, tudo sen­do conseqtiencia de seus atos;

- em segundo lugar, que os homens sao diferentes eque, por isto, 0 me]hor caminho sera aquele que possa pare­cer mais atraente ao temperamento e adisposiyao gers] decada um.

Distingnem-se tres veredas principais:

b) -A Ra,ja loga - cledicacla- ao clesenvolvimento dos pocleres latentes no ho-

111enl;- it aquisiyao clo controle clas faculclacles mentais pela

vontacle;- it conquista clo clominio clo eu interior;- aD clesenvolvimenl:o da mente.

c) - A Carma loga - a Toga da ayao; a senda dos que seinteressam pelas obras, funclamentada n3 ideia de que hojesomos 0 resu]tado claql.lilo que fizemos em viclas passaclas.

d) - Ohserva\:ao - A palavra Carma fai introcluzida no Es-

piritismo, pelo sincretismo espirita-orental. E uti]izada, en­

tretcmto, com serrtido diferente, l'!l\ l\C~pvaO Espiritfl, \JIll \k­signa a atua~ao da Lei de A~ao e Rea~ao, re]acionada <1 Leida Evoluyao. E, isto, faz com que, nesta, 0 contetlclo difil'a,embora guarde alguma semelhanya.

e) - Gnani loga - E a loga cia Sabecloria. E 0 caminho dosemditos. Aqui tambem ha cliferenya, com 0 Espiritislllo, noque se refere ao conhecimento: no Bramanismo, 0 saber econstruido intuitivamente; no Espiritismo, racionalmente,com 0 metoclo teorieo-experimental, ou cientifico.

Ontros, em lugar da Gnani-loga, apontam a Bimkti­linga, como sencla que concluz aobtenyao clo conhecimen­to e cia uniao com 0 AbsoJuto, pelo pocler clo Amor.

Enfitn, trata-se de luna doutrina panteista, contrastantecorn 0 carater da Doutrina Espirita, teista. Eum sistema quepretencle, a partir de intuiy5es intelectuais, abarcar 0 Abso­luto ([4], itens 14-16); ([5], Cap. II). Ha que reconhecer, en­tretanto, ter ela atingido express6es da rnais altaespiritualidade, em sen desenvolvi1l1ento} 0 que a tornon UlllS

clas maiores formas cle religiosidacle cle todos os tempos. Es­tacionou, entr~tallto, pOl' pennanecer nas formas intuitivasdo conhecimento, e nas concepyc,es pllllteistas.

11.3.'1. - 0 BlldislllO

a) ~ 1\)0 seculo VI a.C.) 0 Bran1unismo econtestado pOl' dUllS

heresias: 0 Jainismo e {) Budis1110. Em fUil930 distCL osbra/Tlanesintentam tonlar acessivel e aproxin1ar SUfi doutri-

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ife pUn"ill, vontade pura, palavra pura, a~ao P1LU",(ij,

meios de existenda rmtos, aten~aG :'pura~ medita~ilo pura~

na das crenyas populares. Sob este aspecto e designado porHinduismo, a atual religiao da India.

o Budismo foi fundado por Buda, principe que se te­ria dedicado as atividades religiosas apos ter-se defrontadocom os problemas da velhice, da doenya, da morte e da con­templayao.

Sua doutrina fundamenta-se tambem nesta concepyaopanteista da vida:

- a dar esia na variabilidade das coisas;- sua origem e a afeiyao e 0 desejo das coisas maie-

rials, cuja satisfayao e causa que produz efeitos, consequen­cias, renascimento pela Lei do Carma;

- a supressao da dor consiste na supressao do desejorelativo a existencia. EXiinguindo-o, terminaremos com ela;

- quando 0 ser alcanyar 0 desinteresse total das coi­sas do mundo, entra no Nirvana, mundo caracterizado poresia ausencia de desejos. Para alcanya-lo, entretanto, t eraque seguir por oito vias:

:;!

:!:[

:1

'I

'IIIji

]55E'spiritismo e E\lohlf'c7n.~-----

a resigna~~fto, a benevoJencia, a piedade, 0 pen:l!i1odas ofensas, 0 stlcrificio pOl" ollirem, 0) dal' de si,

Recomenda:

c) - CaDlo DOlltrina, exerce a mais bene-fica ac;ao sobre avida moral, social, e estetica, entre os paises em que se di­fhudiu, 111esrno porque, em sua mensagen1, esc1arece que 1:1

dor do home111 provem do seu egoismo, uma das mais pro­fundas verdades de carater psicologico e moral.

Sup5e-se que Buda teria tido uma visao da evoluyaodas especies, a partir da animalidade ate a EspirituuJidadeSuperior. Mas nao teria tido a possibilidade de transmiti-la.

A diferenya com 0 Bramanismo reside justamente nes­se fate de que a salvayao nao esta no anulamento dos impul­50S vitais, mas na superayao dos desejos das coisas !igadasao plano material, pela subJimayao dos impulsos na rem1n­cia, no exercicio e na pratica do bem, na benevolencia, en­fim.

4 - nan mentir;~ •• '- j' 1',:J - nao Deuel" Kin· enIH}n.aga(HH~

RinD Curti15'1

pelos quais 0 desejo nao e reprimido, mas e sllblima-do.

b) - Prega a retidao por cinco preceitos:

1- nao n]rr~air (ulleSi1flO os an.ia]ans);2 - nao furtar;3 - nao ioman" a murhet~ do pU"{nIjnHp;

A) - BibHogmih

[1] - lilldre Luiz - El'oluC;Cio em Dois Mundos.[2] - Emmanuel - A Caminho de Luz[3] - Rina CUIti - 0 Divulgadol' E;spihta[4] - Allan Kardec - 0 Livl'D dos Espiritos

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156 RinD Curti

[S] - Pjno Curti - [<,spirilismo e Rejol"llm ii/fl­inG

B) - Leitunls complementm'es

As dos capitulos da bibJiografia citados no tex­to.

iC) - Perguntas

Espiritismo e Evohl\~{jO

CAiPi'Jr'Ui,O 12

RJELJIGL\O: CJlJENCJIft. MOJPcAL DJEAPJERFJE][(:OAJVlIJENTO - ][JI

157

oi)

3

- Com que finaJidade surge a Religiao'i2 - Quem sao os CapeJinos?

- De onde provem as tradiyoes do pm'aisoperdido?

4 - Como os Egipcios instauraram 0

Monoteismo?5 - 0 que e0 Bramanismo?6 - 0 que ea Ioga?7 - 0 que e0 Budismo?

- Qual a diferenya entre Hinduismo e Bu­dismo?

D) - lP'nitica de renoval,:1io intima

Andre Luiz - Sinal VimleESludar e por em priltica 0 cap. 32.

12.1 - J'ylasdeismo

a) - 0 Masdeismo, Religiao da Persia, boje Ira, foi estabele­cido por Zoroastro ou Zaratustra, apos a invasao do Ira peJosArias.

Zoroastro e urn profeta portador de nova reveJayao,que orienta para 0 Monoteismo. Diz de lIm Deus Supremo ­A.Jmra Masda -, criador, bonissimo, sapientissimo, etc., dequem provem todos os valores, 0 dom da vida e da imorlali­dade, assistido por semideuses ou santos.

Sua protofilosofia estabelece a distinyao entre doisprincipios: 0 do bem e 0 do mal, aspectos da substilncia deMasda que se opDem. 0 primeiro e0 pensamento benetico,cliador da vida; 0 segundo e a duvida, geradora da morte.Esta separa-se daquele e conslitui 0 demonio: ANGRAMANTU, ser destinado a desaparecer, mas que no momentadelem cerlo poder criador das trevas e da morte, senhor deludo qlIanto e impuro. Tambem e secundado pOl' semideusesdlll11al e [odos Inlam querendo disputar a Masda 0 reino dos

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llw...Os deveres sao: - a piedade~ 11 sinceddade, () traba-

Condena a call1l1ia, a difamayao, 0 nJubo, a cDntra<;no

c) - Enfim, para Zoroastro, 0 mundo obedece a um plano emque se trava llma lut.a entre foryas opostas, da qual resultara° estado perfeito. A ningu6m e dado sl1bt.rair-se: todos de­vem participar dela e 0 resultado sera 0 t.riunfo do bem.

A moral, portanto, llll1damenta-se na Religiao. Ebomtudo que serve iI causa de Masda; 6 mau tudo aquilo que seIhe opiSe it vitoria.

iii:III

159Espiritismo e Evoh:f'ao

Assim, a i1o~ao de vii'gindade, simbolo de pureza emrelayao ao sexo, cuja finaJidade precipua e a de procriar, es­tabelece uma primeira diferenciayao entre sexo e amor.

A luta entre fOl'~as 01'08tas, simbolizando a luta peloaperfeiyoamento, evoilltivament.e, insere 0 germe da id6iade eVOlllyaO, indicado pela passagem de um estagio inferiora nutro superior.

Estabelece a nOyao de justiya, mesmo com a talta depiedade para Gom os faltosos, enquanto nao se possa ter amor.

e) - Zoroastro prega a defesa da cria~ao do gado,'cuidado adispensar as pastagens, it vida sedent.aria, ao estudo e iI paz.o verdadeiro crent.e deve ser campones zeloso, born criadorde gado. Deve cllidar do sell corpo e alimenta-Io bern, casarcom ml1lher de boa raya; ser fie! ,\ Religino e ler filbos paraRllJl1entar 0 numero de criaturas de Masda.

A id6ia de salvayao muda: passa a constituir-se comoo resultado do cumprimento de leis morais, e nao 0 premia aoferendas e sacrificios.

d) - No Masdeismo, portanto, configuram-se simbolos re­presentativos de ideias que se desenvolveram bem mais tar­de.

de dividas, porque conduzem it mentira a nm de evitar 0

pagan1ento.

Cllltua-se a justiya, a retidao e 0 cumprimellto daspromessas.

Proibe-se toda a piedade com os sectarios do demo-1110.

RinD Curti

ceus.

158

b) - A Terra, na origem, teria sido um lugar de delicias, maso demonio tel~a introduzido, nela:

o inverno, 0 granizo, as feras, as insetos, a destrui­yao, a deso]ayao, a morte; nas almas humanas a ineredulida­de e os maus instintos.

Zoroastro, por6m, 6urn duro golpe para a demonio. Acada milenio, aparecera novo Zoroastro de uma virgem e deuma semente do primeiro, a fim de completar a destruiyaodo demonio. No tereeiro milenio ressuseitara os mortos. Dmmeteoro deseera dos eeus, fundinl metais ocultos na monta­n.ha, e tais metals em n.lsao constituir-se-ao para as tieis embeberagem salvadora que lhes propiciara imortalidade, en­quanta eliminarit perversos e demonios. 0 liitimo Zoroastroau mesmo 0 primeiro, celebrara uma missa cantada, e 0

mundo, livre da corrupyao, sera etemament.e feliz.

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160 RinD Curti E~'Piritisl1lo e Evohu;ao 161

A vida ideal deve constituir-se de trabalho agricola ede uniao familiar. Apas a m011e, a alma ejulgada, punida aurecompensada. ° culto principal is 0 do fogo, simbolo doSer Supremo: Deus cia Luz.

Edo Masdeismo que denva 0 dualismo que opoe Sataa Deus, a crenya nos anjos, a imortalidade e a ressurreiyaodas almas. Enele que se situa, pela primeira vez, 0 problemada confrontayao entre 0 bern eo mal, estabelecendo a nOyaode que a superayao do mal pelo bern signi:fica a suplanta9aodo privilt\gio pela justi9a, da guerra e da paz, 0 que, para 0

homem, se constitui numa conquist.a.

°Masdeisrno foi expulso no seculo V1II, pelos arabesmU9ulmanos. Seus neis refugiaram-se na India, onde hojeexistem apenas alguns sequazes denominados PARSIS, naregiao de Bombaim.

12.2 - Reiigiiies da China

Emmanuel aponta a China como

"... a alTore mais antiga das civilizai:oesterrestres cOlllulIla Olgcmiza9Ctoja regulm; qUL1II­

do do advento dos Capelinos emissarios. lHes­1110 antes destes, hm1iam recebido muitos emis­sarios do Cristo e muitos ensinamentos do Pla­110 Eopiritual... ".

A fon1la religiosa mais antiga que nela se conhece e0Sfr.JISMO, oriundo de crenyas t.otemicas e no qual hit cuitoaos ancestrais. Num primeiro tempo, no matriarcado, vene­rava-se a terra-mae, com sacrificios cnlentos; nUII1 segundo

,i~

lempo~ no patriarcado~ passQu-se a venerar 0 ceu, que enV:lS­culino G que, luminosQ e piedoso que eJ requer somente

ofereodas incruentas.

Firma-se a exist.encia de um principio de ordem, 0

TAO, que aproxima todos os seres. Tal ordem easseguradapela existencia de dois principios: 0 YAl'TG e 0 1'11'1, mascu­lino e feminino, respectivamente, e pela sua uillao. lnstaura­se a ideia de que Deus e os seres luminosos querem somenteo bem. Base nmdamental da sabedoria do govemo era 0 prin­cipio: antes nutra-se 0 povo para, em seguida, instmi-Io.

A educayao do povo dependia do exemplo dogovemante; se 0 povo pecava, dele era a responsabilidade.

12.2.1 - 0 Confuciollismo

a) - Como consequencia destas ideias, governo e culto naoeram separados. °rei era, ao meSl110 tempo, sacerdote eprin­cipe; e os nmcionarios, oticiais de estado e mestres do pDVO.fl.-ntes e depois do trabalho deviam il1stmir nas escolas epont.os de reuniao, sobre Religiao, rituais, etc... Todo pai defamilia presidia, em sua casa, ao culto dos antepassados.

CONFUCIO tomou-se alto fill1cionitrio ja aos 20 anos,tomando-se, depois, ministro da Justi9a. Deposto aos 57 anos,dedicou os llitimos anos de sua vida ao ensino e it redar;;ao

dos livros sagrados de sua na<;ao.

CONl<UCIO, ern sua doutrina, Bxclui toda especula-

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162 RinG Curti Espirit~smo e EliOllt~;aO-------~-

163

yaO metafisica e nao se ocupa dos mor1os. S6 se ocupa dohomem e das coisas humanas. Prega a raciocinar e 0 expres­sar-se do bem, numa moral que leve °homem viver bem. 0func1amento da Sociedade esta na maxima perfei9ao possi­vel atingida pelos inc1ividllos e, de modo especialissimo, peloprincipe.

A refomJa da Sociedade deve, portanto, comeyar dareforma dos individllos. Acrec1itava que, na antigiiidade, reise sabios teriam existido perfeitos, a que ja nao se veritlcava.o homem podera elevar-se it sua altura, lima vez que, pOl'natureza, e bom.

b) - As virtudes principais sao a retidao e a sinceridade que,adquiridas, suscitam outras: a ciencia, 0 senso de fidelidadenecessaria ao dever, e 0 valor.

Para alcanyar aperfeiyoamento sempre maior deve-secultivar 0 amor ao aprender 0 cumprimento integral do de­ver, a firmeza de carMer, a pratica de envergonhar-se do mal.o homem de bern e urn sabio formado pelo estudo.

E necessario excluir toda preocupayao vaidosa e todamesquinha perseguiyao do interesse material: 0 homem hon­rado nao procura sobrepujar-se senao a si mesmo, respeitara lei e os bons costumes.

AJem da perfeiyao etica, se lhe exige 0 aperfeiyoamentouas aparencias, essencial para que 0 homem se tome capazde cumprir justamente os [micos deveres fundamentais qllelhe sao requeridos como homem e como cidadao: 0 respeitoaos pais, 0 respeito aos superiores, ao principe e a esposa.

,c) - A primeira regra moral e 0 respeito aos antepassados,

que os pais representam; e devem obter, por iBIO, dOB QJhme netas, obediencia total, devotamento sem limites.

o maior dever e a piedade filial. Coma-se, por exem­pia, da filha do mandarim, Adorable, cujo pai recebeu 01'­

dem de il.mdir, para 0 soberano, um sino perfeito. Apos duastentativas infrutiferas, 0 pai eamea<fado de lTIorte, caso fra­casse novamente. Adorable fica sabendo por urn adivinhoque, ao metal em fi.Isao devera ser misl:urada came humana;pOl' isto, joga-se no braseiro. EpaI' esta COnceP9ao de piec1a­de filial que devem ser concebidos todos os outros deveres;dever do cayula para com 0 primogenito, da esposa com 0

esposo, do Sllc1ito com 0 soberano. Se 0 cumprimellto dosc1everes e geral, e 0 sera se 0 pJincipe preceder aos outroscom 0 seu born exemplo, fica assim estabelecida a base paraa hannonia, a tranqUilidade e a elevayao de todo 0 reino.

d) - 0 Connrcionismo ampliou a modo de pensar e elevouos objetivos das crenyas anteriores. j-\ssin1, exige a educa­<;5.0 e uril continuo exanle de si 111eS1110:

- quem muito exige de si liueSillO e poucn{ios oUIros, estara isento de dcsgostos.

Tambem apronmdou 0 couceito de 111l1izade e diz:

- nao tenliils amigos qtH' nan te sejmnigmlis, visando aquele sentido de perfeiy5.o que expnmiaem Dutro preceil:o, no qual afirmava:

- se VRrcs hOllneas dEgliHH:i; p':rDCUl~'a irn~.t~~-

~os~

- SiP: via"es hon~eiJ!5 de ca'nHen' npnstn an

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164 RinD Curti l!.-'spiritismo e Evoh{{;fio 165

n:colhe-te Nil ti mesmo e 'Cxanlina-te.

Em relayao aos preceitos antigos institui um novo: 0

da reciprocidade que, ao lado da retidao, e0 elemento queprevalece em toda a sua dOlltrina. Ele 0 exprime dizendo:

- l'Hio fa~as aos outros aquiio que nao de-sejas para ti.

Anterior ao Confllcionismo e0 Taoismo, fundado porLao Tse, Entretal1io, aquele exerceu maior influencia, ern­bora nao se constitllindo em uma metafisica, mas sim emllma doutrina que pretende estabelecer regras de bern viver ede born comportamento.

12.3 - JlJ(laisffin

a) - 0 Judaismo e llma religiao implantada por tribos seJ11jtas,n6mades, vivendo sob tendas e criadores de gado, que seinstallraram na Palestina ou Terra de Canaa, como se cliziaantes de sua fixayao, por volta do seclllo XIV, antes da eracrista.

Viveram, antes, 0 matriarcado; depois, 0 patriarcado.

Neste, 0 homem se torna senlJor da mlllher por COl11­

pra ao pm e aos irmaos; adquire direito absoluto sobre osmhos e gemos, podendo ate dispor de suas vidas. A aptidaode um rapaz ao casamento era inicialmente consagrada pelacircuncisao. Com 0 tempo esta passa a seI uma marca dis­tintiva nacional e religiosa - e consider-ada oidenada por .ravee praticada na il1Iancia.

A religiao primitiva apresenta caracteristicas tote-

ll1icas. Ha magia. A..creditrnTI na sobrevivencia dos D10rtOS,em poderes sobrenaturais, (l que Glmmam EIQins.

b) - AJltes de entrar em Canaa, os hebreus teriam sido leva­dos por Abmao ao Egito, onde os naturais cultllavam

"... cOl1lplexas aplicGroes do magnetisl1lo,trar;aVGnl disc~plinas L1 vida intima e cOJnunica­vam-se com os desencanwdos de modoiniludivel, consagralldo-lhes reverencia c/)l}e­dnl.

iVesse campo de conhecimento mais no­bre, reenCCll'na-se fidoises como missionario darenovCl9ao, para dar amente do POl'O a concep­i"lo do Deus llnico.

Desde essa hora, 0 conhecimenlo reiigi­OSO, baseado na Jllsti~~aC6smicCl, generaliza-seno dnimo das nClr;oes, porquClnto) atrawis damensagem de lvfois(!s, informa-se 0 homem co­mum de que) pel'cmte Deus, 0 Seilhor do [Iniver­so e da vida, e obrigado a respeilar 0 direilo do·semelhante, para que seta igllalmenle respeila­do, reconhecendo que ele e 0 pr."Jximo sao ir­maos entre si, filhos de 1IIn Pai Iinico.

A religiao passa, desse modo, a atllar em

sentido direlo, no acriso/amenla do COIPO espi­ritua! para a Vida J1.1aiOl; alrm'es da edllcar;aodos !nlbilos humanos a se depllrarem IlO cami­IlIIO dos seculos, preparcmdo (j chegada do Cris­10, 0 Govemador Espiritua! da Terra ([J), cap.

XV

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166 RillD Curii Espirih'smo e l!.-"vo!w;'flo I 1n7

12.3.1. - Os dez manJamentos

Mais tarde, os israelitas escravizados hlgiram guiadospar 1V1oises que, no Sinai, recebe 0 Decillogo.

Andre Luiz, em ([I], Cap. XX), apresenta os DezMandamentos, descritos em ([5J, Cap. I), na forma biblica,em termos atuais e relacionados as concepc;:6es esptritas, queaqui transcrevemos.

1 - Consagra amoi' supremo ao Pai de Bondadeeterna, lI'Ele recDilhecendo a lua divina D1rigem.

2 - Precruta-te contra as enganos do lmtropo­modisrno, porque padi'Onizal' as atribulos dlvinos abso­lutos relos acanlmdo5 atl'ibutos ftmmauos ecail' em peri­gosas annadiilllls da vaidllde e do orgulho.

3 - Abstem-te de envolver 0 Juigamento Divinona estl'eiteza dos teus julgamentos.

4 - JReconla 0 impositivo da medita~iioem tell fa··VOl' e em beneficio daqueles que te lltendem na esfem dotrabaHho, para que POSSi15 assh~lilar com segur~uH;a osvalores da experiencia.

5 - Lembm-te de que a divida para com tellS paistCI-restres esempre insolvllvcl pOl' Sila rw.tnreza sublime.

6 - JRespoli!Sabmzar-te-,~s pelas vidas que delibe­radamell,e ex'illguires.

7 - Foge de obscurece,' on Cllulurbar 0 seutimen­to allIeio, plll'que Il clllcllio de!ituosQ emite olldas de for­i:a desoi'ientada, que vultariio sobre ti mesmo.

[: - Evnta a ap:ropriaa;:ao ind.ebita~ para que niio.agraves as pn'iprias dividas.

9 - Destnii de teus llibios loda palavl':l doioSll a

nm de que sc nao transforrnc, 'Urn dlia, enll trnpefo para

OS tens pi's.10 - Acautela-te contn! 11 Inveja e () dcspeito, a

incl}nforma~ao e 0 crinle, aprcndendo a cOihquistar aie­gria e tnmqUilidade, ao prevo do esfo!"i"} proprio, por­que os tens pens:uncntos te precedent os passHs, phlS­mando-te hoje 0 caminho de amanha.

12.3.2 - 0 MOIloltlsmQ

a) - Moises unificara as tribos fazendo-as adotar 0 e10in cloSinai: Jave, que se torna 0 Deus nacional, antropomorfico,protetor dos israelitas cOlltra os estrangeiros, como um Deus

gllerrelfo.

Estabelece 0 Pentateuco, 0 tntcio cia mais elevada ct­encia reJigiosa de todos os tempos.

A partir do seculo VII a.c., 0 templo de Jemsalem,constmido por Salomao, passa a ser 0 centro da reJigiao na­cional e as cren~as, pela ac;:ao dos juizes e profetas, se enca­minbavam para 0 Monoteismo.

b) - No seculo VI a. c., 02°. Isaias proclama que 0 Deus deIsrael deve tomar-se 0 Deus da Rumanidade. Os povos naodevem tel' mais que um s6 Deus, cujo templo e 0 iJniverso ea quem se venera pela justic;:a. 0 povo de Israel, 0 povo pro­feta, code revelar i:1S outras nac;5es 0 Deus unteo.

c) - A explicac;:ao da existencia do bem e do mal tem tmn­bem, entre as jl.ldeus, forma mistica..t\ntes de t1-tdo - ex­plicam eles -, i§ preciso que nos curven10S ante a vontade deDeus, meS1J1O que nao 0 compreendamos. Um did surgira,

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168 Rilla Curli Espiritismo e E1'o1w';:do 169

errtretanto, 0 dia de lave, em que Deus dara ao seu povograndeza e felicidade. E esta sera possibilitada pela apare­cimento de um Messias, um grande rei, um chefe poderosoque assegurar{t 0 triunfo politico e material ao povo judeu.

d) - Essa condi~ao, entretanto, e estendida a toda a humani­dade pelos profetas, especialmerrte pelos dais Isaias.

Lemos, em Isaias LXC 17, 0 seguinte:

".. .Forque ell VOll erial' celiS novos e llmaterra nova, e nao persistirao na memoria asantigas calamidades, nem voltarao mais ao es­pirito... Nao se auvira J71ais a voz do chorD... NaohmJeni mais a voz do ehOl"O. .. Nao havera maiseriam;a qne viva poueos dias, nem vellio que naoeneha seus dias... Nao lhes sueedera edifieareJ71eles easa, e ser outro quem a habite; nem plan­tarem para que outro coma... Os eleitos COi/SU­

mirao o/hlfo do sell tmbalho.

o mundo ideal que haveria de sobrevir, segundo Isaias,se daria, inicialmente, com 0 advento de um Messias espiri­tual, 0 servidor de Jave - que seria homem de dar, despreza­do, humilhado e esmagado e que se ofereceria como vitima

expiat6ria.

Diz Andre Luiz em [l]:

"...As ideias da justir;a e da solidarieda­de, dos deveres coletivas e individuais com ahigiene do corpo e da mente, atingem ampla di­vulgar;tio....

A) - Ilibliografia

[1] - A..ndn~ LUlz - Evolw;?w em Dois Munclos

B) - JLeitllras complementm-es

[2] - Rino Curti - EspiFitismo e Religioo, Torno2, Vol.1, Cap. )Q, XII; e Tomo 2, Vol. 2,Caps. 13 a 18.

[3] - Felicien Challaye - Pequena Historia dasGrandes Religioes - caps. III a V, e IX

[4] - Abril Cultural- As Grandes Religioes

C) -Perguntas

Qual a distin9ao entre 0 bem e 0 mal, noMasdeismo?

2 - Qual a ideia de salva~ao, no Masdeismo?3 - Em que consiste a crem;a na ressurreiyao

das almas?4 - Que tipo de doutrina ea de Con!lJcio?5 - Qual a maior dever, no Conlllcionismo?

Citar outras caracteristicas.6 - Comentar as Dez TVfandamentos. Compa­

rar as duas vers5es: a Biblica e a de A.lldre

Luiz.7 - COillO surge 0 monoteiS111o, entre os ju­

deus?8 - Qual a concepyao do bem e do maT, entre

eles?9 - Qual 0 mundo ideal cOl1cebido palos .iu­

deus?

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170 RinD Curti

JDJ) - Pnitica de renovai;iio intima

Andre Luiz - Sinal VerdeEstudar e por em pn\tica a cap. 34.

Espiritismo e Evo!u(,-'f{o

EJPiJLOGO

o CR][STlM{[SIVJIO

171

Com 0 Cristianismo, a Religiao atinge a e)~celsitude

Gomo sistema educativo e depurador da alma.

Inicia-se para a Humanidade a maioridade espiritualcom a recebimento, atraves de Jesus, e por Ele exempliticado,do c6digo da paternidade e do aroor

A ideia de salva<;:ao, reelaborada pela Doutrina do es­c1arecimento, da toleriincia e do perdao, assenta-se detiniti­'lamente na de 'lerdade e do amor

"E conftecereis l!. venlade, e a l'crdade.vos sa!vllra J

' Joao 8:32.

Para concluir, porem, cedamos a palavra a A-lldre Luiz(Evolll~Cio em Dois Allindos: Cap. XX)

E1P'al - Jesus e a reHgHio

" .. Com Jesus} no entanto, a religiao, como sistemaeducativo, alcanya eminencia inin1aginirvel.

Nem templos de pedra, nem rituais.

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172 Rino (~l!rti Espiritismo c Evn!zu;[fo 173

Nem hierarquias etemeras, nem avanyo aD poder hu­mano.

o Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento eno­brecido e distribui-lhe os tesouros. Dirige-se aDs homens,simples de corayao, curvados para a gleba do sofrimento eergue-l11es a cabeya tremula para 0 ceu. Aproxima-se dequantos desconhecem a sublimidade dos proprios destinos eassopra-Ihes a verdade, vazada em amor, ]lara que 0 sol daesperanya lhes renasya no ser. Abraya os deserdados e faJa­Ihes da Providencia Intinita. Reline em tomo de sua gloria,que a humildade escondia, os velhos e os doentes, os cansa­dos e os tristes, os pobres e os o]lrimidos, as maes sofredo­ras e as crianyas abandonadas, e entrega-Ihes as bel11­aVellllli"anyaS celestes. Ensina que a feJicidade nao pode nas­cer das posses efemeras que se transferem de mao em mao,e sim da caridade e do entendimento, da modestia e do tra­balho, da tolerancia e do perdao. Aiirma-lhes que a Casa deDeus esui constituida por muitas moradas, nos mundos queenxameiam 0 firmamento, e que 0 homem deve nascer denovo para progredir na direyao da Sabedoria Divina. Procla­ma que a morte nao existe e que a Criayao e beleza e segu­ra.llya, alegria e vitoria em plena imortalidade.

Pelas revelayoes com que vence a superstiyao e 0 cri­me, a violencia e a perversidade, paga oa CnIZ 0 imposto deextrema sacrificio aos preconceitos humanos, que lhe naoperdoam a soberana grandeza, mas, reaparecendo redivivo,para a mesma Humanidade que 0 escarnecera e cnIcilicara,desvenda-Ibe, em novo cantico de bumildade, a excelsitudeda vida eterna, ..".

E]l! - Revivescenda do CristianKSIInO

"...Erige-se, desde entao, 0 Evangelho em c6digo deharmonia, inspirando 0 devotamento ao bern de todos ate 0

sacrificio voluntario, a fraternidade vi va, 0 servii;o infatiga­vel aDs semelhantes e 0 perdao sem !inuies.

Iniciam-se em todo 0 orbe imensas alterayoes. A CnI­eldade met6dica cede lugar a compillxao. Os trofeus sangui­nolentos da g-uerra desertam dos santuarios. A escravidiiodos hamens livres e sacudida nos fundamentos, para que seanule de vez. Levanta-se a mulher da condiyao de alimariapara a dignidade humana. A Filosofja e a Ciencia admitem acaridade no govemo dos povos. 0 ideal da solidariedade puracomeya a fulgir sobre a £i'onte do mundo.

Moises instalara 0 principio da Justiya, coordenando avida e inJluenciando-a de fora para dentm.

Jesus inaugurou na Terra 0 principio do amor, aexteriorizar-se do cora9ao, de dentro para fora, trat;ando-Ihea rota para Deus.

E eis que 0 CristianiSIllo grandioso e simples ressurgeagora no Espiritismo, induzindo-nos it sublimayao da vidaintima, para que nossa alma se liberte da sombra que adensifica, encaminhando-se, renovada, para as culminanci­

as da luz.. ".

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L 't 'L ', eU'J' anUJ1:;;m:

Cr II is"tHall]is Ji1TIlifJlde Jesus a Kardec

Rino Curti

Cristianismo - de Jesus a Kardec, representa mods lima valiosa obm,fmto do tTabalho incansavel de um dos mais profimdos conhecedores daDoutrina dos Espiritos. Dm livro que devera servir de orienla~ao e docurriculum das Escolas e Cursos mediunicos t:l0 carentes de obms seriase de conteudo confia:vel.

Nos daze capitulos do LiVID, 0 Autar nos apresenta com profuudidadeHma ampla visao sabre 0 Crlstianismo. E a cada capitulo, a16m do textosegura, ele apresenla uma farta bibliografia, sugere leiturascomplementares, que perrnitirao ao leitor, maior possihil idade deaprofundar seus conhecimentos.

1\I1ais uma contribui'tao valios'l, de quemja orientou mui1.os para osrumos de urn apostulado segura.

EvtimgeUm Luz d21 AhuaJLuiz Rodrigues Cmz

MuilOS SaG os ensillamentos que Jesus nos deixou como h6IlliWD.As tribulagoes da vida, as persegnic;;5es que nos achamos vilimados, ailusao das riquezas; 0 egoismo e a orgnlho, nos afastnm das reflexoessabre esta maravilhosa hermwa que recebemos.

Luiz Rodrigues da Cruz, nos transporta para estas reHex5es. Osenslnamentos de Jesus sao renetidos illnz da razflo, C tnmsportados parao n0550 seculo, para as nossas neccssidades dHrias. 0 amor nos emostTado na sua mais pum e verdndeira essencia.

QmrdITld{» a KhJlS3Jij f'iJ: ffibffiPein Espirito SucHpsicografado pOlr

Eulinir de FMima Siiva Tnmaz de Aquino

Itpensava na noite anterior, e meu pellsamento chegou ate 11aprimcira vez que usei t6xieD, depois 0 abor!:o e tudo parcceu radar.

Pensei 11a roamae, se soubesse de tuda, COUIO se sentiria? Pensei,pensei, chorei, angustiada, cleprimida, sentindo que 0 camillhoem que estava nao era boul. 1\1a5, instantes depois ja f:stavapensanclo no Jluio. Jtilio tinha uma forma diferente de [alar davida. Dizia que a vida era para seT curtida de todas as formas tl

Estes, sao alguns trechos cia hi5t611a de uma jovem que sodcixa levar para 0 mundo dus drogas. Perdida, sem conseguirlibertar-sE:: epresa como lTancante. Passa tIth 3110S nn pri550, coma conwao cheio de 6dio por aquele que considerava culpado pelossen sofrimentos. Ao sair, vai en1 busca de vingauya, l11as eassassinada pelo homenl que tanto amau e odiou. Ivlas, a vida miotermina ap6s a mone.

Eli. clo Dntro lado...

Torn, de lP'edrraClamlinaiPretel Duarte

Um romance que transporta a leilor ao tempo ern que a

humanidude vlvia sob 0 julgo e a vontade dos senhores da terra.

Oude a vida cigalli.l, mistura-se ao sabor das desillls5es aIllorosas.Onde a inquisigao leva a morte fisica, almas que buscam a evolu9aoda humanidade. Uma historia de umor que nao S6 realiza, masfinca raizes para novas ·vidas que surgem. Um padre~ que acredir<:.111a \,jda esplritual e proporciona com cnslnamcntos precisos que

1I111 fi.1ho nao siga a call1inho desrcgrado de sen pai, um poderoso

Senhor das Ten'as. Um romance que voce nao pode dcigar de leI'., <

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Fahunrllo de ArnoTSonia Tozzi Henriques Rodrigues

Falor de "Amar", qualquer urn faJa; mas e precise alguem muitoespecial para falar de arnor. Porque 0 arnor puro esta lange de posses emedas, muito distante das escolhas hUllUlll:JS; para falar de C1mor eprecisosublimidade, ser capaz de sentir mlensamente tal sentimento, vjve-lo emcada mome.nto.

Este eum trccho inicial deste livro, em que a antara llaD 56 fala dearnOT, mas mastra-nos, como 'live-lo intensamente nn alegria e nn dar.Falando de Arnor, vill mostrar a voce que Deus realmente existe, e estanas coisas mais simples da vida. Que voce, so nao 0 ve e naa 0 scnte,por cDlar envolvido pelas futilezas que 0 cerca. Falando de Amar, eumJespertar, para uma vidahannoniosa de amor a humanidade. Vamos fnlardeamor.

Magii21 Terapeil!lltiicaJacim Lopes Rodrigues da Cruz

lias caminhos sao constnlidos por n6s, e rnuitas vezes construimoslabirimos com tal complexidade que par centenas de anos enroscamo­nos em pequeno espa!(o.

IlNao e f8.eil, repetimos., repentillamente mudarmos nossas t;itieascomportmnentals, mas enEcessaria que nos alertemos quanta 3S vcrdadesque nos sao exposlas. Ebem cErta que sao verdades mais cOllstatadaspe10 espirito que pelo intelecto materia1i5t~ mas ea verdadc que noslibenanl das amarras intransigemes dos conceitos preconizados e dasang6stias e tormentas que avassalam nossa existencia. A postura mentaldaqnele que pede, deve ser a de espera, espera com a certeza de obter. /I

Uma pequena amastra do conte-udo desta magnifica ohm.