Ítalo rossi: isto é tudo · as grandes vedetes do brasil | neyde veneziano em meio a plumas e...

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As Grandes Vedetes do Brasil | Neyde Veneziano Em meio a plumas e paetês, elas desciam escadarias com segurança e desenvoltura, sem olhar para o chão, sensuais, pernas de fora, flertando maliciosamente com a platéia. Quem presenciou uma cena dessas não se esquece, mas o fascínio pelas vedetes atravessou gerações e incita até hoje a curiosidade de quem não teve o privilégio de vê-las no palco. A obra traz fotos, trajetórias e curiosidades sobre 41 vedetes, como Virgínia Lane, Iris Bruzzi, Carmem Verônica, Luz Del Fuego, Elvira Pagã, Eloína e Bibi Ferreira. Ítalo Rossi: isto é tudo | Antonio Gilberto e Éster Jablonski Em 2011 o ator Ítalo Rossi comemora 60 anos dedicados ao teatro. Com passagens pelo lendário TBC, Teatro dos Sete (do qual foi fundador e sócio), Teatro de Arena e outros grupos que fazem parte da história do teatro no Brasil, os números que pontuam sua carreira impressionam: participou de quatro produções amadoras; outras 37 por diversas companhias teatrais; 30 produções independentes; dirigiu 15 espetáculos; atuou em 22 filmes e 450 peças adaptadas para a TV e ainda 34 novelas e seriados. Dicionário de astros e estrelas do cinema brasileiro | Antonio Leão da Silva Neto Pioneiro no gênero, este segundo livro com versão ampliada e atualizada traz 2.547 biografias bem completas de atores, por ordem alfabética e com tamanhos variados, de acordo com a trajetória profissional de cada um. Para isso, o autor Antonio Leão da Silva Neto investiu anos de consultas em livros, anuários, catálogos, revistas, sites, pesquisas de campo e entrevistas. O livro serve de referência para bibliotecas, estudantes, profissionais da área e para quem se interessa pelo cinema nacional. Marcos Flaksman - universos paralelos | Wagner de Assis Integrante da primeira geração de arquitetos-cenógrafos do Brasil, Marcos Flaksman ajudou na renovação de ideias na linguagem cenográfica, promovida por um grupo de artistas jovens e irrequietos durante a década de 1960 no Rio de Janeiro. Acumulou prêmios por seu trabalho como cenógrafo e foi reconhecido além das fronteiras do país, como Europa e Hollywood. Ele tem também uma ampla carreira no cinema, como diretor de arte de filmes nacionais e estrangeiros. Tania Alves Carioca, criada com todos os mimos burgueses em Copacabana por um casal de classe média alta. Com essa apresentação logo no início do livro, Tania Alves desmistifica a visão que muitos têm sobre ela: a de uma mulher nordestina, de família pobre fugida da seca e que chegou ao Rio de Janeiro. A imagem foi formada por seus inúmeros trabalhos baseados na cultura nordestina. Além disso, recebeu uma educação rígida e tinha pouca liberdade em sua juventude. Tonico Pereira Na TV, o bondoso e ingênuo Zé Carneiro, do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, encantou gerações de crianças e adolescentes entre as décadas de 1970 e 1980. Recentemente, o seu Mendonça, que interpreta em “A Grande Família”, encanta telespectores de todas as idades sintonizados na TV Globo nas noites de quarta-feira. Na pele desses personagens inesquecíveis, há Tonico Pereira, um ator intuitivo, ao mesmo tempo simples e profundo, como o descrevem neste livro dezenas de amigos, ex-colegas de trabalho, diretores de TV, cinema e teatro. Muitas Vidas - Vida e Carreira de Norma Blum Norma Blum tem a arte no sangue. Sua irmã, que mora na Áustria, fez uma grande pesquisa e descobriu um avô virtuoso do violino, uma avó cantora e vários antepassados paternos artistas de teatro e de circo. Com mais de 50 anos de carreira, a atriz fala de toda a sua trajetória pessoal e profissional, dos grandes sucessos e também dos tempos difíceis em que, sem conseguir papéis na área, teve que batalhar o sustento dos filhos em outras frentes. Paulo Hesse - a vida fez de mim um livro, e eu não sei ler | Eliana Pace Ator consagrado sobretudo pelos personagens cômicos que encenou no teatro, televisão e cinema, Paulo Hesse entrou no mundo da dramaturgia em um texto clássico, integrando o Coro dos Velhos Tebanos da peça “Antígone”, do grego Sófocles. No livro, ele conta sua trajetória, incluindo seus trabalhos como bancário e integrante de um grupo de danças modernas à época e revela como domou a natural insegurança durante a primeira apresentação, cercado por atores já consagrados da dramaturgia brasileira. Marlene França - do sertão da Bahia ao clã Matarazzo | Maria do Rosário Caetano Recrutada numa feira em Uauá, no sertão da Bahia, onde vendia frutas e doces, Marlene França entrou para o universo do cinema muito jovem, com 12 anos. Foi descoberta pelo cineasta Alex Viany (1918 – 1992) em um acampamento de retirantes, em Freira de Santana. Estas e outras histórias estão no livro que traz detalhes sobre sua vida, desde a sua infância muito pobre no sertão baiano, passando pela sua entrada no clã dos Matarazzo e até os anos 90, quando realizou seus últimos trabalhos. Miguel Magno: O Pregador de Peças Dono de uma memória invejável, Miguel Magno (1951 – 2009) foi um ícone do teatro besteirol. Suas lembranças de infância, juventude, amigos, teatro e televisão agora poderão ser revisitadas nesta obra, resultado de depoimentos concedidos a Andréa Bassitt. Autora de peças como “As Turca” e “As favoritas do Rádio”, Andréa Bassitt tinha a ideia inicial de escrever mais um texto teatral com as histórias de Miguel. O espetáculo não saiu do papel, mas os depoimentos serviram de base para o livro. Analy Alvarez - De Corpo e Alma Uma mulher forte, direta, que sempre soube o que queria. Tomava as decisões e ia em frente, independentemente da opinião alheia ou de um padrão preestabelecido para toda menina de classe média da época. Assim é a Analy Alvarez que emerge das páginas de “De Corpo e Alma”. A atriz, autora, diretora, produtora e professora dá seu depoimento a Nicolau Radamés Creti e percorre parte da história da dramaturgia de São Paulo, particularmente dos anos de 1960 para cá. Aurora Duarte - faca de ponta | Aurora Duarte Com mais de 60 anos de carreira, Aurora Duarte tem numerosos trabalhos como poetisa, atriz, roteirista, documentarista e produtora. Além de trabalhar em teatro, cinema e TV, publicou livros e foi modelo. Em sua autobiografia ela conta em detalhes sua longa trajetória artística e faz reflexões sobre a vida pessoal. Radicada em São Paulo, atualmente realiza documentários, escreve roteiros, é produtora e diretora de arte. Antonio Petrin - Ser Ator | Orlando Margarido Definitivamente, o que não faltam ao ator Antônio Petrin são números para contabilizar uma carreira recheada de sucessos. São mais de 60 peças, 18 filmes e 50 participações em novelas, minisséries, teleteatros e especiais de TV. O livro repassa toda sua carreira, desde o teatro amador em Santo André até a participação na série “Malu Mulher” e na novela “Pantanal”. Bivar - o explorador de sensações peregrinas | Maria Lucia Dahl Pop-anarquista, ícone da contracultura e com uma carreira marcada pela ousadia, Antonio Bivar é autor de textos como “Cordélia Brasil” (1968) e “Alzira Power” (1970). O livro aborda desde sua passagem pelo mundo hippie até sua aproximação com o universo musical e a direção de espetáculos de cantores como Maria Bethânia, Rita Lee e a dupla sertaneja Leandro e Leonardo, dirigindo espetáculos que marcaram a história do show business brasileiro. Carmem Verônica - o riso com glamour | Cláudio Fragata Vedete do Teatro de Revista, a pernambucana Carmem Verônica fala sobre infância, carreira, Golpe Militar e humor neste livro-depoimento. Ela conta que a sua primeira experiência com teatro foi em Recife, ainda muito pequena. O início da carreira profissional foi como figurante nos estúdios da Atlântida, mas o sucesso veio na década de 60 como vedete do produtor cultural Carlos Machado, o mestre do teatro de revista e rei da noite carioca entre os anos 50 e 60. Dionísio e Flora: Uma Vida na Arte | Dionísio Jacob É até com um pouco de saudosismo que Dionísio Jacob escreveu a biografia de seus pais, Dionísio Azevedo e Flora Geni, considerados pioneiros da comunicação no Brasil juntamente com uma geração de outros atores. Afinal, trabalharam nos primórdios do rádio, da televisão, do cinema e do teatro. O livro é antes de tudo um registro afetivo e ao mesmo histórico, passando em revista distintos períodos da arte nacional, especialmente a paulista. Jece Valadão - também somos irmãos | Apoenan Rodrigues Jece Valadão foi um dos mais controvertidos artistas que já passaram pelas telas e palcos brasileiros. Imortalizado por seu tipo machão e machista, orgulhoso pelas noitadas regadas a whisky e rodeado por mulheres, em 1995 surpreendeu a todos quando se tornou evangélico Além de ator, foi empresário, produtor cinematográfico e diretor de novela. Ganhava dinheiro com a mesma facilidade com que gastava. Morto em 2006, teve toda sua vida foi passada a limpo nesta biografia. Laura Cardoso - Contadora de Histórias | Julia Laks Reverenciada com os mais importantes prêmios brasileiros de sua área, a atriz paulistana revela os dois pilares de sua vida: a carreira e a família. Aos 83 anos e quase 70 de carreira, Laura teve participação pioneira e sempre com destaque na história da TV brasileira. As novelas que faz na TV Globo há quase 30 anos são exibidas em Portugal e as montagens de peças como “Cerimônia do Adeus”, de Mauro Rasi e “Veneza”, de Miguel Falabella, já foram aplaudidas de pé em terras lusitanas. Ednei Giovenazzi: dono da sua emoção Escrito por Tania Carvalho, o volume conta como um dos principais atores brasileiros deixou a odontologia para se dedicar às artes. A obra é uma grande viagem pela sua trajetória com mais de 50 grandes montagens teatrais, seis filmes e inúmeras telenovelas, desde o começo na TV Tupi, o sucesso na Rede Globo, com “Que Rei sou eu?”, “Direito de Amar”, “Felicidade” e “Ciranda de Pedra”, com incursões na TV Manchete, TV Bandeirantes e SBT onde, recentemente, co-protagonizou a novela “Uma Rosa com Amor” (2010). Haydée Bittencourt - O Esplendor do Teatro | Gabriel Federicci Poucas pessoas podem dizer que conhecem e dominam tão bem as técnicas teatrais quanto Haydée Bittencourt. Apreciadora do repertório clássico, meticulosa e com longa experiência internacional, atuou e dirigiu inúmeras peças e ajudou na formação de atores de diferentes gerações. Para produzir o livro, Gabriel Federicci pesquisou e analisou todo o acervo da atriz e diretora e conseguiu fazer com que ela abrisse seu extenso baú de memórias nas entrevistas pessoais. Jeremias Moreira - O cinema como ofício | Celso Sabadin Diretor de filmes de apelo popular, como “O menino da porteira”, “Mágoa de Boiadeiro” e “Fuscão preto”, Jeremias Moreira experimentou sucesso nas bilheterias, mas foi praticamente ignorado pela crítica. Filho de pai cinéfilo, Jeremias Moreira nasceu no interior do Estado e transportou essa atmosfera para as telas em alguns filmes. Dividida em 36 pequenos capítulos, Jeremias Moreira expõe sua vivência tanto no cinema quanto no mundo da publicidade, área em que também atua. Radiografia de um filme | Ninho Moraes Resultado da dissertação de mestrado em audiovisual pela ECA-USP de Ninho Moraes, criador de programas como “Metrópolis” e os de entrevistas de Marília Gabriela, o livro mostra como foi realizado “São Paulo Sociedade Anônima”, primeiro longa-metragem de Luiz Sérgio Person, escrito entre 1962 e 1964. Ninho também analisa sua qualidade estética do filme, predominantemente urbano numa época dominada pelas histórias sobre cangaço e tom panfletário. Cinema de Boca em Boca - escritos sobre cinema | org. Juliano Tosi O volume apresenta artigos e resenhas de Inácio Araújo, um dos mais respeitados críticos de cinema em atividade atualmente, publicados em veículos especializados como “Revista de Cinema”, “Sinopse”, “Set”, “Imprensa” e “Contracampo”, além de catálogos especiais. Araújo escreve regularmente desde a década de 1980 e comenta sobre filmes clássicos e obras contemporâneas, de estreia recente. Uma longa entrevista abre o livro. É proibido fumar | Anna Muylaert Após passar por várias transformações desde as primeiras 30 páginas do esboço original até a versão final do roteiro, “É Proibido Fumar”, de 2009, conta a história de uma fumante, professora de violão, que começa a namorar seu vizinho, um músico de churrascaria, e que abandona o vício por ele. Mas sua crise de abstinência é agravada pela saudade que ele sente da ex-mulher, o que gera vários conflitos. Roberto Gervitz: brincando de Deus | Evaldo Morcazel Diretor de filmes com temática de forte teor político e social, Roberto Gervitz tem poucas produções cinematográficas em seu currículo. Mas ostenta lugar de destaque no cinema brasileiro pela qualidade das obras e o período em que produziu grande parte delas, na década de 1970, em plena ditadura militar. Participou também nos bastidores de projetos que envolveram grandes nomes da filmografia nacional. Ana Carolina Teixeira Soares - cineasta brasileira | Evaldo Morcazel Mais conhecida por sua trilogia “Mar de Rosas”, “Das Tripas Coração” e “Sonho de Valsa”, Ana Carolina tem uma trajetória incomum para a maioria dos cineastas – se não fosse cineasta, estaria trabalhando até hoje como fisioterapeuta. Na obra, ela fala de seus outros filmes e da carreira marcada por produções voltadas para a condição feminina. E também que, ao terminar um filme, costuma estar esgotada: tem o hábito de refilmar, durante o sono, tudo o que já filmou durante o dia. Candeias - pedras e sonhos do Cineboca Sargento da Aeronáutica durante a Segunda Guerra Mundial e depois caminhoneiro, Ozualdo Candeias morreu em 2007. Aclamado pela crítica e estigmatizado pela censura, levou às telas filmes com censo estético apurado. Rejeitou grande parte dos rótulos a ele atribuídos, de autodidata a vanguardista. Sem qualquer vaidade, dispensou supostas amplitudes intelectuais imputadas a sua obra, composta de nove longa-metragens e dezenas de documentários realizados entre 1967 e 1992 na região conhecida como Boca do Lixo. Jogo Subterrâneo A história do filme adaptado de um conto do escritor argentino Julio Cortázar passa-se no Metrô de São Paulo. Um pianista solitário passa as noites tocando em casas noturnas e os dias num curioso jogo pelos corredores por onde passam os trens do Metrô de São Paulo. O volume traz ainda entrevistas e informações escritas pela jornalista Cristiane Ballerini, além de reprodução dos storyboards feitos pelo desenhista Laurent Cardon e ainda fotos de bastidores e depoimentos de técnicos, atores, diretor e roteiristas do filme. Leila Diniz - Bigode | Luiz Carlos Lacerda Para escrever o roteiro da biografia da atriz, Lacerda mergulhou nos vários diários que ela escreveu até o último minuto de sua vida, nos testemunhos dos amigos em comum, nas páginas dos jornais da época, nos filmes e especialmente em sua própria memória. Mal vista e difamada por muitos nas décadas de 60 e 70, invejada e tida como vulgar pelas mulheres, criticada e desejada pelos homens. Pôlemica, quebrou tabus. Sua trajetória foi tragicamente interrompida aos 27 anos por um acidente de avião. Antes que o mundo acabe | roteiro de Jorge Furtado, Ana Luiza Azevedo, Giba Assis Brasil e Paulo Halm Adaptado de livro homônimo de Marcelo Carneiro da Cunha, o filme conta a história de Daniel, jovem em conflito com a namorada e amigos que, ao receber cartas e fotos enviadas pelo pai que nunca conheceu, sai de casa e descobre que o mundo é bem maior do que supunha. Maria Clara, irmã caçula de Daniel, observa tudo o que acontece à sua volta e, com um olhar crítico, narra a história. Feliz Ano Velho | roteiro de Roberto Gervitz Afinado com a luta pela redemocratização do País, o filme “Feliz Ano Velho”, livre adaptação da obra de Marcelo Rubens Paiva, chegou às telonas do país em 1988 e foi um êxito de bilheteria, com um milhão de espectadores. Com temática adolescente, o roteiro tem uma construção narrativa complexa, com muitos flashbacks. O livro tem também comentários da jornalista Cristiane Ballerini e entrevistas com elenco, diretores e roteirista. Pequeno poema infinito | Antonio Gilberto e José Mauro Brant Uma verdadeira viagem literária pelo imaginário poético de Federico García Lorca. A peça foi escrita a partir de pesquisa que uniu o texto da conferência “Como canta uma cidade de novembro a novembro”, de 1933, a textos inéditos do poeta, fragmentos de entrevistas, poemas e canções, traduzidos por Roseana Murray. Na apresentação do livro, os autores contam sobre o processo de criação deste trabalho, elogiado pela crítica. Rodolfo García Vázquez: Quatro Textos e um Roteiro Rodolfo García Másquez foi fundador, ao lado de Ivam Cabral, da Cia de Teatro Os Satyros, marco na dramaturgia contemporânea e com foco na experimentação, um dos mais atuantes grupos em atividade na capital paulista. A obra reúne quatro de seus textos e um roteiro: “Cosmogonia nº 1”, “Sobre Ventos nas Fronteiras”, “Transex”, “Kaspar ou A Triste História do Pequeno Rei do Infinito Arrancado da sua Casca de Noz” e “O Vento nas Janelas”. Jefferson Del Rios: Críticas Teatrais Com passagens pelos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e DCI e pelas revistas Istoé e Bravo!, Jefferson Del Rios tem reunidas neste livro críticas teatrais escritas entre 1969 e 1989. As críticas constroem não apenas um panorama do teatro produzido em São Paulo nesta época, mas também dos acontecimentos políticos brasileiros. Jefferson continua atuando na crítica teatral na capital paulista e participa como jurado de prêmios e concursos de dramaturgia, além de ministrar seminários, cursos e debates sobre o assunto. O teatro de Marici Salomão Acostumados aos textos de Marici Salomão em importantes veículos de comunicação do País, os leitores agora terão a chance de conhecer a porção dramaturga da crítica teatral. Quatro de suas peças estão reunidas neste volume: “Bilhete”, “Impostura”, “Maria Quitéria” e “Território Banal”. Para o pesquisador Luís Cláudio Machado, que assina a apresentação do livro, as personagens femininas na obra de Marici implicam numa revisão crítica da sociedade atual. Em Busca de um Teatro Musical Carioca Gênero de grande sucesso popular que nasce principalmente nos palcos do Rio de Janeiro, o teatro musical tem em nosso país uma rica história, iniciada já no século 19. Nos últimos anos, quatro obras tiveram grande sucesso: “Otelo da Mangueira” (2006) e “Opereta Carioca” (2008), escritas por Gustavo Gasparani; “É samba na Veia, é Candeia” (2008), de autoria de Eduardo Rieche, e “Oui, oui...A França é Aqui” (2009), feita em parceria por Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche. Estas quatro obras estão reunidas em “Em Busca de um Teatro Musical Carioca”. Isto é Besteirol: o Teatro de Vicente Pereira | Luís Francisco Wasilewski O riso era seu objetivo. Não que só admitisse comédia, mas juntar muitas pessoas em um teatro e não ouvir sequer uma risada para ele não fazia sentido. Esse era Vicente Pereira, considerado um dos precursores do besteirol, gênero que surgiu entre a década de 1970 e início dos anos 1980, período que marca também a transição entre o período da ditadura militar e a redemocratização do país. Com texto ferino, seus esquetes teatrais exploravam, na maioria das vezes, o lado bizarro da cultura e das personagens da classe média brasileira, numa simbiose entre melodrama e comédia popular. A Carroça do Sonho e os Saltimbancos - Memória da Carroça de Ouro | org. Roberto Nogueira Poeira na cara, aperto numa Kombi, poucas (e más) horas de sono, alimentação precária e uma imensa satisfação em levar a cultura para todos os cantos deste país. Era assim que os atores mambembes do projeto “Carroça de Ouro” percorriam o Brasil encenando suas peças durante mais de 20 anos, desde 1973. A obra conta essa história, com depoimentos de atores, resenhas críticas publicadas pela imprensa e algumas fotos de encenações e das viagens. Antonio Bivar - as três primeiras peças Escritas entre 1967 e 1970, período que precedeu o autoexílio de Antonio Bivar na Inglaterra, “Cordélia Brasil”, “Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã” e “Alzira Power” traçam um panorama da produção dramatúrgica do ícone da contracultura do teatro brasileiro. Seus textos inovaram o teatro contestador dos anos 60 e se caracterizaram por fino e irônico humor. Gloria In Excelsior | Álvaro Moya A TV Excelsior entrou no ar em 9 de julho de 1960 e encerrou definitivamente suas transmissões no dia 30 de setembro. Álvaro Moya, um de seus fundadores, relembra detalhes da concessão do novo canal, os primeiros programas, as inovações, os grandes espetáculos, os grandes nomes que passaram pela emissora e também os problemas. Mostra, também, como a união de dois empresários, José Luis Moura e Mario Wallace Simonsen, foi decisiva para a criação da emissora. Luis Arrieta | Roberto Pereira Nascido em 1951, ainda na infância Arrieta cantava e dançava com talento incomum para a idade. Radicado no país desde a década de 1970, o argentino Luis Arrieta se destacou como bailarino, coreógrafo e diretor artístico. Ícone de uma época na história da dança no Brasil, atuou em quase uma centena de coreografias e teve papel decisivo na história de importantes companhias de dança em vários estados do país. Uma grande festa da cultura vai agitar o Shopping Frei Caneca na próxima quinta-feira, dia 28 de outubro, como parte da programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Atores, atrizes, cineastas, dramaturgos e diretores de tevê estão entre os biografados dos novos títulos da Coleção Aplauso, pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Também integram a seleção roteiros de filmes, textos teatrais e livros sobre dança e televisão. O evento acontecerá a partir das 19 horas, no 4º andar do shopping - Rua Frei Caneca, 569. Ítalo Rossi, Tonico Pereira, Laura Cardoso, Jece Valadão, Paulo Hesse, Antônio Petrin e Mi- guel Magno figuram entre os novos biografados da coleção.Também têm sua vida contada em livro os cineastas Ozualdo Candeias, Jeremias Pereira e Ana Carolina. Há, ainda, textos de peças do dramaturgo Rodolfo Garcia Vasquez e críticas de cinema de Inácio Araújo; os roteiros dos filmes “Jogo Subterrâneo” e “Feliz Ano Velho” e a história da TV Excelsior. Os livros estão divididos nas seguintes séries: Especial, em formato maior; Perfil, com biogra- fias de artistas que fizeram a história da cultura brasileira; Cinema, que inclui biografias de cineastas, roteiros de filmes e outros assuntos da sétima arte; Teatro, com peças de alguns dos principais dramaturgos nacionais e críticas; Dança, dedicada a esta expressão; e TV, em que são contadas as trajetórias das principais emissoras brasileiras. www.imprensaoficial.com.br

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As Grandes Vedetes do Brasil | Neyde Veneziano

Em meio a plumas e paetês, elas desciam escadarias com segurança e desenvoltura, sem olhar para o chão, sensuais, pernas de fora, flertando maliciosamente com a platéia. Quem presenciou uma cena dessas não se esquece, mas o fascínio pelas vedetes atravessou gerações e incita até hoje a curiosidade de quem não teve o privilégio de vê-las no palco. A obra traz fotos, trajetórias e curiosidades sobre 41 vedetes, como Virgínia Lane, Iris Bruzzi, Carmem Verônica, Luz Del Fuego, Elvira Pagã, Eloína e Bibi Ferreira.

Ítalo Rossi: isto é tudo | Antonio Gilberto e Éster Jablonski

Em 2011 o ator Ítalo Rossi comemora 60 anos dedicados ao teatro. Com passagens pelo lendário TBC, Teatro dos Sete (do qual foi fundador e sócio),

Teatro de Arena e outros grupos que fazem parte da história do teatro no Brasil, os números que pontuam sua carreira impressionam: participou de quatro produções amadoras; outras 37 por diversas companhias teatrais; 30 produções

independentes; dirigiu 15 espetáculos; atuou em 22 filmes e 450 peças adaptadas para a TV e ainda 34 novelas e seriados.

Dicionário de astros e estrelas do cinema brasileiro | Antonio Leão da Silva Neto

Pioneiro no gênero, este segundo livro com versão ampliada e atualizada traz 2.547 biografias bem completas de atores, por ordem alfabética e com tamanhos variados, de acordo com a

trajetória profissional de cada um. Para isso, o autor Antonio Leão da Silva Neto investiu anos de consultas em livros, anuários, catálogos, revistas, sites, pesquisas de campo e entrevistas.

O livro serve de referência para bibliotecas, estudantes, profissionais da área e para quem se interessa pelo cinema nacional.

Marcos Flaksman - universos paralelos | Wagner de Assis

Integrante da primeira geração de arquitetos-cenógrafos do Brasil, Marcos Flaksman ajudou na renovação de ideias na linguagem cenográfica, promovida por um grupo de artistas jovens e irrequietos durante a década de 1960 no Rio de Janeiro. Acumulou prêmios por seu trabalho como cenógrafo e foi reconhecido além das fronteiras do país, como Europa e Hollywood. Ele tem também uma ampla carreira no cinema, como diretor de arte de filmes nacionais e estrangeiros.

Tania Alves

Carioca, criada com todos os mimos burgueses em Copacabana por um casal de classe média alta. Com essa apresentação logo no início do livro, Tania Alves

desmistifica a visão que muitos têm sobre ela: a de uma mulher nordestina, de família pobre fugida da seca e que chegou ao Rio de Janeiro. A imagem foi formada por seus inúmeros trabalhos baseados na cultura nordestina. Além

disso, recebeu uma educação rígida e tinha pouca liberdade em sua juventude.

Tonico Pereira

Na TV, o bondoso e ingênuo Zé Carneiro, do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, encantou gerações de crianças e adolescentes entre as décadas de 1970 e 1980. Recentemente, o seu Mendonça, que interpreta em “A Grande Família”, encanta telespectores de todas as idades sintonizados na TV Globo nas noites de quarta-feira. Na pele desses personagens inesquecíveis, há Tonico Pereira, um ator intuitivo, ao mesmo tempo simples e profundo, como o descrevem neste livro dezenas de amigos, ex-colegas de trabalho, diretores de TV, cinema e teatro.

Muitas Vidas - Vida e Carreira de Norma Blum

Norma Blum tem a arte no sangue. Sua irmã, que mora na Áustria, fez uma grande pesquisa e descobriu um avô virtuoso do violino, uma avó cantora e vários antepassados paternos artistas de teatro e de circo. Com mais de

50 anos de carreira, a atriz fala de toda a sua trajetória pessoal e profissional, dos grandes sucessos e também dos tempos difíceis em que, sem conseguir

papéis na área, teve que batalhar o sustento dos filhos em outras frentes.

Paulo Hesse - a vida fez de mim um livro, e eu não sei ler | Eliana Pace

Ator consagrado sobretudo pelos personagens cômicos que encenou no teatro, televisão e cinema, Paulo Hesse entrou no mundo da dramaturgia em um texto clássico, integrando o Coro dos Velhos Tebanos da peça “Antígone”, do grego Sófocles. No livro, ele conta sua trajetória, incluindo seus trabalhos como bancário e integrante de um grupo de danças modernas à época e revela como domou a natural insegurança durante a primeira apresentação, cercado por atores já consagrados da dramaturgia brasileira.

Marlene França - do sertão da Bahia ao clã Matarazzo | Maria do Rosário Caetano

Recrutada numa feira em Uauá, no sertão da Bahia, onde vendia frutas e doces, Marlene França entrou para o universo do cinema muito jovem, com 12 anos. Foi descoberta pelo cineasta Alex Viany (1918 – 1992) em um acampamento

de retirantes, em Freira de Santana. Estas e outras histórias estão no livro que traz detalhes sobre sua vida, desde a sua infância muito pobre no sertão baiano, passando pela sua entrada no clã dos Matarazzo e até os anos 90,

quando realizou seus últimos trabalhos.

Miguel Magno: O Pregador de Peças

Dono de uma memória invejável, Miguel Magno (1951 – 2009) foi um ícone do teatro besteirol. Suas lembranças de infância, juventude, amigos, teatro e televisão agora poderão ser revisitadas nesta obra, resultado de depoimentos concedidos a Andréa Bassitt. Autora de peças como “As Turca” e “As favoritas do Rádio”, Andréa Bassitt tinha a ideia inicial de escrever mais um texto teatral com as histórias de Miguel. O espetáculo não saiu do papel, mas os depoimentos serviram de base para o livro.

Analy Alvarez - De Corpo e Alma

Uma mulher forte, direta, que sempre soube o que queria. Tomava as decisões e ia em frente, independentemente da opinião alheia ou de um padrão preestabelecido para toda menina de classe média da época. Assim é a Analy Alvarez que emerge das páginas de “De Corpo e Alma”. A atriz, autora, diretora, produtora e professora dá seu depoimento a Nicolau Radamés Creti e percorre parte da história da dramaturgia de São Paulo, particularmente dos anos de 1960 para cá.

Aurora Duarte - faca de ponta | Aurora Duarte

Com mais de 60 anos de carreira, Aurora Duarte tem numerosos trabalhos como poetisa, atriz, roteirista, documentarista e produtora. Além de trabalhar em teatro, cinema e TV, publicou livros e

foi modelo. Em sua autobiografia ela conta em detalhes sua longa trajetória artística e faz reflexões sobre a vida pessoal. Radicada em São Paulo, atualmente realiza documentários, escreve roteiros, é

produtora e diretora de arte.

Antonio Petrin - Ser Ator | Orlando Margarido

Definitivamente, o que não faltam ao ator Antônio Petrin são números para contabilizar uma carreira recheada de sucessos. São mais de 60 peças,

18 filmes e 50 participações em novelas, minisséries, teleteatros e especiais de TV. O livro repassa toda sua carreira, desde o teatro amador em Santo

André até a participação na série “Malu Mulher” e na novela “Pantanal”.

Bivar - o explorador de sensações peregrinas | Maria Lucia Dahl

Pop-anarquista, ícone da contracultura e com uma carreira marcada pela ousadia, Antonio Bivar é autor de textos como “Cordélia Brasil” (1968) e “Alzira Power” (1970). O livro aborda desde sua passagem pelo mundo hippie até sua aproximação com o universo musical e a direção de espetáculos de cantores como Maria Bethânia, Rita Lee e a dupla sertaneja Leandro e Leonardo, dirigindo espetáculos que marcaram a história do show business brasileiro.

Carmem Verônica - o riso com glamour | Cláudio Fragata

Vedete do Teatro de Revista, a pernambucana Carmem Verônica fala sobre infância, carreira, Golpe Militar e humor neste livro-depoimento. Ela conta que

a sua primeira experiência com teatro foi em Recife, ainda muito pequena. O início da carreira profissional foi como figurante nos estúdios da Atlântida,

mas o sucesso veio na década de 60 como vedete do produtor cultural Carlos Machado, o mestre do teatro de revista e rei da noite carioca entre os anos

50 e 60.

Dionísio e Flora: Uma Vida na Arte | Dionísio Jacob

É até com um pouco de saudosismo que Dionísio Jacob escreveu a biografia de seus pais, Dionísio Azevedo e Flora Geni, considerados pioneiros da comunicação no Brasil juntamente com uma geração de outros atores. Afinal, trabalharam nos primórdios do rádio, da televisão, do cinema e do teatro. O livro é antes de tudo um registro afetivo e ao mesmo histórico, passando em revista distintos períodos da arte nacional, especialmente a paulista.

Jece Valadão - também somos irmãos | Apoenan Rodrigues

Jece Valadão foi um dos mais controvertidos artistas que já passaram pelas telas e palcos brasileiros. Imortalizado por seu tipo machão e machista, orgulhoso

pelas noitadas regadas a whisky e rodeado por mulheres, em 1995 surpreendeu a todos quando se tornou evangélico Além de ator, foi empresário, produtor

cinematográfico e diretor de novela. Ganhava dinheiro com a mesma facilidade com que gastava. Morto em 2006, teve toda sua vida foi passada a limpo nesta

biografia.

Laura Cardoso - Contadora de Histórias | Julia Laks

Reverenciada com os mais importantes prêmios brasileiros de sua área, a atriz paulistana revela os dois pilares de sua vida: a carreira e a família. Aos 83 anos e quase 70 de carreira, Laura teve participação pioneira e sempre com destaque na história da TV brasileira. As novelas que faz na TV Globo há quase 30 anos são exibidas em Portugal e as montagens de peças como “Cerimônia do Adeus”, de Mauro Rasi e “Veneza”, de Miguel Falabella, já foram aplaudidas de pé em terras lusitanas.

Ednei Giovenazzi: dono da sua emoção

Escrito por Tania Carvalho, o volume conta como um dos principais atores brasileiros deixou a odontologia para se dedicar às artes. A obra é uma grande

viagem pela sua trajetória com mais de 50 grandes montagens teatrais, seis filmes e inúmeras telenovelas, desde o começo na TV Tupi, o sucesso na Rede Globo, com “Que Rei sou eu?”, “Direito de Amar”, “Felicidade” e “Ciranda

de Pedra”, com incursões na TV Manchete, TV Bandeirantes e SBT onde, recentemente, co-protagonizou a novela “Uma Rosa com Amor” (2010).

Haydée Bittencourt - O Esplendor do Teatro | Gabriel Federicci

Poucas pessoas podem dizer que conhecem e dominam tão bem as técnicas teatrais quanto Haydée Bittencourt. Apreciadora do repertório clássico, meticulosa e com longa experiência internacional, atuou e dirigiu inúmeras peças e ajudou na formação de atores de diferentes gerações. Para produzir o livro, Gabriel Federicci pesquisou e analisou todo o acervo da atriz e diretora e conseguiu fazer com que ela abrisse seu extenso baú de memórias nas entrevistas pessoais.

Jeremias Moreira - O cinema como ofício | Celso Sabadin

Diretor de filmes de apelo popular, como “O menino da porteira”, “Mágoa de Boiadeiro” e “Fuscão preto”, Jeremias Moreira experimentou sucesso nas

bilheterias, mas foi praticamente ignorado pela crítica. Filho de pai cinéfilo, Jeremias Moreira nasceu no interior do Estado e transportou essa atmosfera para as telas em alguns filmes. Dividida em 36 pequenos capítulos, Jeremias

Moreira expõe sua vivência tanto no cinema quanto no mundo da publicidade, área em que também atua.

Radiografia de um filme | Ninho Moraes

Resultado da dissertação de mestrado em audiovisual pela ECA-USP de Ninho Moraes, criador de programas como “Metrópolis” e os de entrevistas de Marília Gabriela, o livro mostra como foi

realizado “São Paulo Sociedade Anônima”, primeiro longa-metragem de Luiz Sérgio Person, escrito entre 1962 e 1964. Ninho também analisa sua qualidade estética do filme, predominantemente

urbano numa época dominada pelas histórias sobre cangaço e tom panfletário.

Cinema de Boca em Boca - escritos sobre cinema | org. Juliano Tosi

O volume apresenta artigos e resenhas de Inácio Araújo, um dos mais respeitados críticos de cinema em atividade atualmente, publicados em veículos especializados como “Revista de Cinema”, “Sinopse”, “Set”, “Imprensa” e “Contracampo”, além de catálogos especiais. Araújo escreve regularmente desde a década de 1980 e comenta sobre filmes clássicos e obras contemporâneas, de estreia recente. Uma longa entrevista abre o livro.

É proibido fumar | Anna Muylaert

Após passar por várias transformações desde as primeiras 30 páginas do esboço original até a versão final do roteiro, “É Proibido Fumar”, de 2009, conta a história de uma fumante, professora de violão, que começa a namorar seu vizinho, um músico de churrascaria, e que abandona o vício por ele. Mas sua crise de abstinência é agravada pela saudade que ele sente da ex-mulher, o que gera vários conflitos.

Roberto Gervitz: brincando de Deus | Evaldo Morcazel

Diretor de filmes com temática de forte teor político e social, Roberto Gervitz tem poucas produções cinematográficas em seu currículo. Mas ostenta lugar de destaque no cinema brasileiro pela qualidade das obras e o período em que produziu grande parte delas, na década de 1970, em plena ditadura militar. Participou também nos bastidores de projetos que envolveram grandes nomes da filmografia nacional.

Ana Carolina Teixeira Soares - cineasta brasileira | Evaldo Morcazel

Mais conhecida por sua trilogia “Mar de Rosas”, “Das Tripas Coração” e “Sonho de Valsa”, Ana Carolina tem uma trajetória incomum para a maioria dos cineastas – se não fosse cineasta, estaria trabalhando até hoje como fisioterapeuta. Na obra, ela fala de seus outros filmes e da carreira marcada por produções voltadas para a condição feminina. E também que, ao terminar um filme, costuma estar esgotada: tem o hábito de refilmar, durante o sono, tudo o que já filmou durante o dia.

Candeias - pedras e sonhos do Cineboca

Sargento da Aeronáutica durante a Segunda Guerra Mundial e depois caminhoneiro, Ozualdo Candeias morreu em 2007. Aclamado pela crítica e

estigmatizado pela censura, levou às telas filmes com censo estético apurado. Rejeitou grande parte dos rótulos a ele atribuídos, de autodidata a vanguardista.

Sem qualquer vaidade, dispensou supostas amplitudes intelectuais imputadas a sua obra, composta de nove longa-metragens e dezenas de documentários

realizados entre 1967 e 1992 na região conhecida como Boca do Lixo.

Jogo Subterrâneo

A história do filme adaptado de um conto do escritor argentino Julio Cortázar passa-se no Metrô de São Paulo. Um pianista solitário passa as noites tocando em casas noturnas e os dias num curioso jogo pelos corredores por onde passam os trens do Metrô de São Paulo. O volume traz ainda entrevistas e informações escritas pela jornalista Cristiane Ballerini, além de reprodução dos storyboards feitos pelo desenhista Laurent Cardon e ainda fotos de bastidores e depoimentos de técnicos, atores, diretor e roteiristas do filme.

Leila Diniz - Bigode | Luiz Carlos Lacerda

Para escrever o roteiro da biografia da atriz, Lacerda mergulhou nos vários diários que ela escreveu até o último minuto de sua vida, nos testemunhos dos

amigos em comum, nas páginas dos jornais da época, nos filmes e especialmente em sua própria memória. Mal vista e difamada por muitos nas décadas de 60 e 70, invejada e tida como vulgar pelas mulheres, criticada e desejada pelos

homens. Pôlemica, quebrou tabus. Sua trajetória foi tragicamente interrompida aos 27 anos por um acidente de avião.

Antes que o mundo acabe | roteiro de Jorge Furtado, Ana Luiza Azevedo, Giba Assis Brasil e Paulo Halm

Adaptado de livro homônimo de Marcelo Carneiro da Cunha, o filme conta a história de Daniel, jovem em conflito com a namorada e amigos que, ao receber cartas e fotos enviadas pelo pai que nunca conheceu, sai de casa e descobre que o mundo é bem maior do que supunha. Maria Clara, irmã caçula de Daniel, observa tudo o que acontece à sua volta e, com um olhar crítico, narra a história.

Feliz Ano Velho | roteiro de Roberto Gervitz

Afinado com a luta pela redemocratização do País, o filme “Feliz Ano Velho”, livre adaptação da obra de Marcelo Rubens Paiva, chegou às telonas do

país em 1988 e foi um êxito de bilheteria, com um milhão de espectadores. Com temática adolescente, o roteiro tem uma construção narrativa complexa,

com muitos flashbacks. O livro tem também comentários da jornalista Cristiane Ballerini e entrevistas com elenco, diretores e roteirista.

Pequeno poema infinito | Antonio Gilberto e José Mauro Brant

Uma verdadeira viagem literária pelo imaginário poético de Federico García Lorca. A peça foi escrita a partir de pesquisa que uniu o texto da conferência “Como canta uma cidade de novembro a novembro”, de 1933, a textos inéditos do poeta, fragmentos de entrevistas, poemas e canções, traduzidos por Roseana Murray. Na apresentação do livro, os autores contam sobre o processo de criação deste trabalho, elogiado pela crítica.

Rodolfo García Vázquez: Quatro Textos e um Roteiro

Rodolfo García Másquez foi fundador, ao lado de Ivam Cabral, da Cia de Teatro Os Satyros, marco na dramaturgia contemporânea e com foco na

experimentação, um dos mais atuantes grupos em atividade na capital paulista. A obra reúne quatro de seus textos e um roteiro: “Cosmogonia nº 1”, “Sobre

Ventos nas Fronteiras”, “Transex”, “Kaspar ou A Triste História do Pequeno Rei do Infinito Arrancado da sua Casca de Noz” e “O Vento nas Janelas”.

Jefferson Del Rios: Críticas Teatrais

Com passagens pelos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e DCI e pelas revistas Istoé e Bravo!, Jefferson Del Rios tem reunidas neste livro críticas teatrais escritas entre 1969 e 1989. As críticas constroem não apenas um panorama do teatro produzido em São Paulo nesta época, mas também dos acontecimentos políticos brasileiros. Jefferson continua atuando na crítica teatral na capital paulista e participa como jurado de prêmios e concursos de dramaturgia, além de ministrar seminários, cursos e debates sobre o assunto.

O teatro de Marici Salomão

Acostumados aos textos de Marici Salomão em importantes veículos de comunicação do País, os leitores agora terão a chance de conhecer a porção

dramaturga da crítica teatral. Quatro de suas peças estão reunidas neste volume: “Bilhete”, “Impostura”, “Maria Quitéria” e “Território Banal”. Para

o pesquisador Luís Cláudio Machado, que assina a apresentação do livro, as personagens femininas na obra de Marici implicam numa revisão crítica da

sociedade atual.

Em Busca de um Teatro Musical Carioca

Gênero de grande sucesso popular que nasce principalmente nos palcos do Rio de Janeiro, o teatro musical tem em nosso país uma rica história, iniciada já no século 19. Nos últimos anos, quatro obras tiveram grande sucesso: “Otelo da Mangueira” (2006) e “Opereta Carioca” (2008), escritas por Gustavo Gasparani; “É samba na Veia, é Candeia” (2008), de autoria de Eduardo Rieche, e “Oui, oui...A França é Aqui” (2009), feita em parceria por Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche. Estas quatro obras estão reunidas em “Em Busca de um Teatro Musical Carioca”.

Isto é Besteirol: o Teatro de Vicente Pereira | Luís Francisco Wasilewski

O riso era seu objetivo. Não que só admitisse comédia, mas juntar muitas pessoas em um teatro e não ouvir sequer uma risada para ele não fazia sentido.

Esse era Vicente Pereira, considerado um dos precursores do besteirol, gênero que surgiu entre a década de 1970 e início dos anos 1980, período que marca

também a transição entre o período da ditadura militar e a redemocratização do país. Com texto ferino, seus esquetes teatrais exploravam, na maioria das

vezes, o lado bizarro da cultura e das personagens da classe média brasileira, numa simbiose entre melodrama e comédia popular.

A Carroça do Sonho e os Saltimbancos - Memória da Carroça de Ouro | org. Roberto Nogueira

Poeira na cara, aperto numa Kombi, poucas (e más) horas de sono, alimentação precária e uma imensa satisfação em levar a cultura para todos os cantos deste país. Era assim que os atores mambembes do projeto “Carroça de Ouro” percorriam o Brasil encenando suas peças durante mais de 20 anos, desde 1973. A obra conta essa história, com depoimentos de atores, resenhas críticas publicadas pela imprensa e algumas fotos de encenações e das viagens.

Antonio Bivar - as três primeiras peças

Escritas entre 1967 e 1970, período que precedeu o autoexílio de Antonio Bivar na Inglaterra, “Cordélia Brasil”, “Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol

da Manhã” e “Alzira Power” traçam um panorama da produção dramatúrgica do ícone da contracultura do teatro brasileiro. Seus textos inovaram o teatro

contestador dos anos 60 e se caracterizaram por fino e irônico humor.

Gloria In Excelsior | Álvaro Moya

A TV Excelsior entrou no ar em 9 de julho de 1960 e encerrou definitivamente suas transmissões no dia 30 de setembro. Álvaro Moya, um de seus fundadores, relembra detalhes da concessão do novo canal, os primeiros programas, as inovações, os grandes espetáculos, os grandes nomes que passaram pela emissora e também os problemas. Mostra, também, como a união de dois empresários, José Luis Moura e Mario Wallace Simonsen, foi decisiva para a criação da emissora.

Luis Arrieta | Roberto Pereira

Nascido em 1951, ainda na infância Arrieta cantava e dançava com talento incomum para a idade. Radicado no país desde a década de 1970, o argentino Luis Arrieta se destacou como bailarino, coreógrafo e diretor artístico. Ícone de uma época na história da dança no Brasil, atuou em quase uma centena de coreografias e teve papel decisivo na história de importantes companhias de dança em vários estados do país.

Uma grande festa da cultura vai agitar o Shopping Frei Caneca na próxima quinta-feira, dia 28 de outubro, como parte da programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Atores, atrizes, cineastas, dramaturgos e diretores de tevê estão entre os biografados dos novos títulos da Coleção Aplauso, pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Também integram a seleção roteiros de filmes, textos teatrais e livros sobre dança e televisão. O evento acontecerá a partir das 19 horas, no 4º andar do shopping - Rua Frei Caneca, 569.

Ítalo Rossi, Tonico Pereira, Laura Cardoso, Jece Valadão, Paulo Hesse, Antônio Petrin e Mi-guel Magno figuram entre os novos biografados da coleção.Também têm sua vida contada em livro os cineastas Ozualdo Candeias, Jeremias Pereira e Ana Carolina. Há, ainda, textos de peças do dramaturgo Rodolfo Garcia Vasquez e críticas de cinema de Inácio Araújo; os roteiros dos filmes “Jogo Subterrâneo” e “Feliz Ano Velho” e a história da TV Excelsior.

Os livros estão divididos nas seguintes séries: Especial, em formato maior; Perfil, com biogra-fias de artistas que fizeram a história da cultura brasileira; Cinema, que inclui biografias de cineastas, roteiros de filmes e outros assuntos da sétima arte; Teatro, com peças de alguns dos principais dramaturgos nacionais e críticas; Dança, dedicada a esta expressão; e TV, em que são contadas as trajetórias das principais emissoras brasileiras.

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