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INSTITUTO TECNOLGICO DE AERONUTICA

Cap.-Av. Roberto Carlos Fernandes

Projeto de Prprio Nacional Residencial para Alunos da Ps-Graduao do ITA

Trabalho de Graduao 2003

Infra-Estrutura

CDU TG 624.04:69

CAP.-AV. ROBERTO CARLOS FERNANDES

PROJETO DE PRPRIO NACIONAL RESIDENCIAL PARA ALUNOS DA PS-GRADUAO DO ITA

Orientadores Prof. Danillo Cesco ITA Prof. Ph.D. Eliseu Lucena Neto ITA

Diviso de Engenharia de Infra-Estrutura Aeronutica

SO JOS DOS CAMPOS CENTRO TCNICO AEROESPACIAL INSTITUTO TECNOLGICO DE AERONUTICA

2003

DEDICATRIA

Aos meus pais, Clarice e Gilberto, fora gloriosa que impulsionou meus passos em todos os momentos, imperadores eternos do meu passado, a quem devo minha vida, minha esposa, Rosemeire, personalidade forte que inspirou minhas aes, rainha absoluta do meu presente, a quem devo minha dedicao e respeito, aos meus filhos, Jennypher e Jackythor, ddivas divinas que pousaram em meu corao, senhores intocveis do meu futuro, a quem amo com todas as minhas foras, dedico este trabalho.

Roberto Carlos Fernandes

AgradecimentosAo Ten.-Cel.-Av. Celso Guitarrari Filho que, frente da Diviso de Engenharia do CTA, cordialmente disponibilizou recursos materiais e humanos para o apoio s diversas fases do trabalho. Ao 2S SDE Ricardo Siqueira da Silveira, engenheiro entusiasta, pelos trabalhos executados com o programa CYPECAD, absolutamente essenciais para a finalizao do dimensionamento estrutural do projeto. A todos os professores da Diviso de Engenharia de Infra-Estrutura Aeronutica pela delicadeza de comigo compartilharem suas experincias e conhecimentos tcnicos, nas mais variadas reas, dando-me condies de realizar este trabalho. A todos os colegas da Infra/03 e do ITA, pela forma extraordinria com que me receberam e pelo ambiente positivo que estabelecemos para a conduo das atividades acadmicas. Ao Prof Akio Baba pelo incansvel esforo que dedicou para disponibilizar-me os recursos de informtica da Diviso durante todo o desenvolvimento do trabalho. Ao meu orientador Prof Eliseu Lucena Neto pela transparncia com que transmitiu seus conhecimentos e sugestes, mas principalmente pelo exemplo de humildade que deixou. Ao meu orientador Prof Danillo Cesco por sua constante preocupao em tornar cada vez melhores os meus resultados, com intervenes inteligentes e oportunas, mas especialmente pela confiana, respeito e pacincia com que me conduziu. A toda minha famlia, em especial minha esposa, Rhose, e minhas crianas, Jennypher e Jackythor, por suportarem todos esses anos de convvio com a dura rotina do ITA e ainda encontrarem entusiasmo para me confortar e incentivar. Muito obrigado.

Roberto Carlos Fernandes

Resumo

Este trabalho apresenta o desenvolvimento do projeto de engenharia para a construo, no Campo Montenegro, de um Prprio Nacional Residencial destinado a alojar alunos dos cursos de ps-graduao do ITA. So mostradas as consideraes sobre a filosofia do projeto e a concepo arquitetnica, bem como o dimensionamento e o detalhamento dos sistemas estrutural (incluindo as fundaes), de distribuio de gua fria, instalaes hidrossanitrias e coleta de guas pluviais. O edifcio foi concebido para ser assentado em pilotis, comportando dois ou trs pavimentos residenciais e uma cobertura para finalidades utilitrias, sendo previstos apartamentos para alunos casados, solteiros e portadores de necessidades especiais, num total de at 158 vagas. A soluo estrutural adotada foi a convencional em concreto armado, com prtico espacial formado por pilares e vigas, suportando lajes macias. O dimensionamento foi feito com o auxlio de programa computacional especfico (CYPECAD). Em complemento, so feitas consideraes sobre as possibilidades de expanso horizontal e vertical da construo, bem como sobre a otimizao do uso do solo, em concordncia com o Plano Diretor do CTA.

Abstract

This work presents the engineering project development to the construction, in Campo Montenegro, of a Prprio Nacional Residencial destined to lodge ITAs post-graduate course students. It is shown considerations about the projects philosophy and architectonic conception, as well as measurement and detailing of the structural system (including foundations), cold water distribution, hydro sanitary installations and pluvial water collection. The building was conceived to be held on column, containing two or three residential pavements and a coverage for practical reasons. It is foreseen apartments to married and single students, and also to those having special needs, in a total of 158 vacancies. The structural solution adopted is conventional, in reinforced concrete, with a 3-D portico made with columns and beams, holding massive flag. The calculations and measurements was done with a specific software (CYPECADTM). As a complement, it is made considerations about building expansion possibilities and the soil use optimization, in accordance with CTA Director Plan.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Vista em perspectiva da edificao ................................................................... p. 29 Figura 2 Insero do projeto no Plano Diretor do CTA ................................................... p. 30 Figura 3 Insero do projeto no Plano Diretor do CTA com escala ampliada................. p. 30 Figura 4 - Planta de Situao............................................................................................... p. 31 Figura 5 Pavimento Trreo .............................................................................................. p. 31 Figura 6 Pavimento Trreo Hall Central ...................................................................... p. 32 Figura 7 Compartimento para lixo ................................................................................... p. 33 Figura 8 1 Andar ............................................................................................................ p. 34 Figura 9 1 Andar conjunto com rea cantral, 2 apartamentos conjugados para solteiros, 4 para casais e 2 especiais ........................................................ p. 34 Figura 10 1 Andar rea Central .................................................................................. p. 35 Figura 11 Apartamentos para casais detalhamento ...................................................... p. 36 Figura 12 Apartamentos Singulares detalhamento ....................................................... p. 37 Figura 13 2 Andar .......................................................................................................... p. 38 Figura 14 2 Andar conjunto com rea central, 4 apartamentos simples e 2 conjugados, para solteiros ............................................................................... p. 38 Figura 15 2 Andar rea Central .................................................................................. p. 39 Figura 16 Apartamento-Tipo Conjugado para Solteiros ................................................. p. 39 Figura 17 Cobertura ......................................................................................................... p. 40 Figura 18 Cobertura rea Central ................................................................................ p. 41 Figura 19 Planta de Cobertura ......................................................................................... p. 41 Figura 20 Fachada Principal do edifcio .......................................................................... p. 43 Figura 21 Vista da Face Nordeste do edifcio ................................................................. p. 43 Figura 22 Vistas Laterais do edifcio ............................................................................... p. 43 Figura 23 Aspecto final da construo com cinco pavimentos ....................................... p. 44 Figura 24 - Vistas laterais do prdio com cinco pavimentos .............................................. p. 44 Figura 25 Primeira fase da construo com rea central e ala noroeste .......................... p. 45

LISTA DE FIGURAS (continuao)

Figura 26 - Primeira fase da construo com rea central e ala sudeste ............................ p. 45 Figura 27 Nveis adotados na concepo estrutural ........................................................ p. 52 Figura 28 Localizao dos pilares ................................................................................... p. 54 Figura 29 Detalhamento de armaduras dos pilares P16 e P17 ........................................ p. 60 Figura 30 Detalhamento da armadura da viga V127 ....................................................... p. 77 Figura 31 Detalhe da seo transversal das lajes nervuradas .......................................... p. 78 Figura 32 Local de realizao do ensaio de sondagem SPT ............................................ p. 85 Figura 33 Caracterizao dos blocos de fundao ........................................................... p. 97 Figura 34 Localizao dos circuitos de distribuio de gua fria .................................. p. 101 Figura 35 Localizao dos barriletes e das colunas de distribuio de gua fria .......... p. 119 Figura 36 Principais conexes entre os reservatrios superiores e elevado .................. p. 122 Figura 37 Diagrama de comando das bombas de recalque ........................................... p. 122 Figura 38 Localizao dos ramais de esgoto ................................................................. p. 124 Figura 39 Ocupao integral do terreno: primeira possibilidade .................................. p. 133 Figura 40 Ocupao integral do terreno: segunda possibilidade ................................... p. 134 Figura 41 Ocupao integral do terreno: terceira possibilidade ................................... p. 135 Figura 42 Trs possibilidades de ocupao integral do terreno ..................................... p. 135

LISTA DE ESQUEMAS

Esquema 1 Circuito A de distribuio de gua fria ................................................... p. 102 Esquema 2 Circuito B de distribuio de gua fria .................................................... p. 103 Esquema 3 Circuitos C e D de distribuio de gua fria ........................................ p. 103 Esquema 4 Circuito E de distribuio de gua fria .................................................... p. 104 Esquema 5 Circuito F de distribuio de gua fria .................................................... p. 105 Esquema 6 Circuito G de distribuio de gua fria ................................................... p. 106 Esquema 7 Circuito H de distribuio de gua fria ................................................... p. 107 Esquema 8 Circuito I de distribuio de gua fria ..................................................... p. 107 Esquema 9 Circuito J de distribuio de gua fria ..................................................... p. 108 Esquema 10 Circuito K de distribuio de gua fria ................................................. p. 109 Esquema 11 Circuito L de distribuio de gua fria .................................................. p. 110 Esquema 12 Circuito M de distribuio de gua fria ................................................. p. 110 Esquema 13 Circuito N de distribuio de gua fria ................................................. p. 111 Esquema 14 Dimensionamento das colunas AF 2, AF 5, AF 7, AF 8, AF 11 e AF 12 .......................................................................................... p. 112 Esquema 15 Dimensionamento das colunas AF 3 e AF 4 ............................................. p. 113 Esquema 16 Dimensionamento das colunas AF 1 e AF 6 ............................................. p. 113 Esquema 17 Dimensionamento das colunas AF 9 e AF 10 ........................................... p. 114 Esquema 18 Dimensionamento das colunas AFs 1 a AFs 12, exceto AFs 4 e AFs 10 ......................................................................................... p. 114 Esquema 19 - Dimensionamento das colunas AFs 4 e AFs 10 ........................................ p. 115 Esquema 20 Detalhamento do barrilete BAF 1 ............................................................. p. 116 Esquema 21 - Detalhamento do barrilete BAF 2 .............................................................. p. 116 Esquema 22 - Detalhamento do barrilete BAF 3 .............................................................. p. 117 Esquema 23 - Detalhamento do barrilete BAF 4 .............................................................. p. 117 Esquema 24 - Detalhamento dos barriletes BAFs 1 a BAFs 5 ......................................... p. 118

LISTA DE PLANTAS

Arq 02 Insero do projeto no plano diretor do CTA; planta de situao; vista em perspectiva. Arq 03 Plantas de pavimentos; trreo; 1 Andar. Arq 04 Plantas de pavimentos; 2 e 3 andares; cobertura. Arq 05 Plantas de pavimentos; lajes de cobertura; telhado. Arq 06 Fachadas; proposta com 2 pavimentos residenciais. Arq 07 Detalhamento em conjunto; 1 andar. Arq 08 Detalhamento em conjunto; 2 andar. Arq 09 Detalhamento de cotas; reas centrais e de circulao dos pavimentos trreo e 1 andar. Arq 10 Detalhamento de cotas; reas centrais e de circulao dos pavimentos 2 andar e cobertura. Arq 11 Detalhamento de cotas; dois apartamentos para casais. Arq 12 Detalhamento de cotas; apartamento-tipo conjugado para solteiro. Arq 13 Detalhamento de cotas; apartamento-tipo simples solteiro; apartamento-tipo especial. Arq 14 Detalhamento das lixeiras.

Alternativas Alt 01 Alternativa de expanso horizontal para 79,95 m de comprimento; plantas do 1 e do 2 pavimentos; fachada principal. Alt 02 Fachadas do edifcio original aps a expanso vertical; comparao entre a verso original e as possibilidades de expanso horizontal.

Projeto Estrutural

Est F01 Blocos de fundao; dimensionamento; detalhamento de armaduras 01/04. Est F02 Blocos de fundao; dimensionamento; detalhamento de armaduras 02/04. Est F03 Blocos de fundao; dimensionamento; detalhamento de armaduras 03/04. Est F04 Blocos de fundao; dimensionamento; detalhamento de armaduras 04/04. Est L03 Laje do 1 pavimento; detalhamento de armaduras 01/02 armadura longitudinal superior; armadura longitudinal inferior; armadura de puno. Est L04 Laje do 1 pavimento; detalhamento de armaduras 02/02; armadura transversal superior; armadura transversal inferior. Est L09 Laje nervurada armadura de base; lajes de cobertura e elevador; detalhamento de armaduras 01/02; armadura longitudinal superior; armadura longitudinal inferior; armadura de puno. Est P01 Pilares; localizao em planta. Est P02 Pilares baldrames laje do trreo; dimensionamento; detalhamento de armaduras 02/06 Est P03 Pilares laje do trreo laje do 1 pav.; dimensionamento; detalhamento de armaduras 03/06. Est P04 Pilares laje do 1 pav. laje do 2 pav.; dimensionamento; detalhamento de armaduras 04/06. Est P05 Pilares laje do 2 pav. laje do 3 pav.; dimensionamento; detalhamento de armaduras 05/06. Est P06 Pilares laje do elevador, guarda-corpo e laje de cobertura; dimensionamento; detalhamento de armaduras 06/06. Est P07 Pilares; quadro-resumo de pilares 01/02. Est P08 Pilares; quadro-resumo de pilares 02/02. Est V04 Vigas laje do trreo; denominao; detalhamento de armaduras 01/04. Est V05 Vigas laje do trreo; denominao; detalhamento de armaduras 02/04. Est V06 Vigas laje do trreo; denominao; detalhamento de armaduras 03/04. Est V07 Vigas laje do trreo; denominao; detalhamento de armaduras 04/04.

Projeto Hidrulico Hid 01 Localizao dos dutos hidrulicos; localizao das calhas pluviais; localizao e denominao das tubulaes verticais. Hid 02 Circuitos de distribuio de gua fria; barriletes BAF e BAFs; prumadas das colunas AF e AFs; dimensionamento por trechos. Hid 03 Circuitos de distribuio de gua fria; perspectivas isomtricas; pavimentos trreo e cobertura; dimensionamento e detalhamento. Hid 04 Circuitos de distribuio de gua fria; isomtricas dos apartamentos; 1, 2 e 3 andares; dimensionamento e detalhamento. Hid 06 Ramais de esgoto; pavimentos trreo e cobertura; dimensionamento e detalhamento dos ramais de descarga. Hid 07 Ramais de esgoto; 1, 2 e 3 andares; dimensionamento e detalhamento dos ramais de descarga. Hid 08 rede de esgotamento; barriletes BV1 a BV5; prumadas das colunas CV1 a CV12 e dos tubos TQ1 a TQ12; locao dos tubos TV1 a TV12 e TVP. Hid 09 Rede de esgotamento; subcoletores e coletor predial; detalhamento e dimensionamento; detalhe das descidas p-de-coluna.

LISTA DE TABELASTabela 1 Quadro-resumo dos principais dados do projeto bsico ........................................ 21 Tabela 2 Disposio dos diversos pavimentos ..................................................................... 42 Tabela 3 Quadro-resumo de capacidades e reas de construo na configurao bsica ............................................................................................................... p. 43 Tabela 4 Principais dados do projeto ............................................................................... p. 52 Tabela 5 Pr-dimensionamento da seo de concreto e coordenadas dos pilares ........... p. 56 Tabela 6 Resultado do dimensionamento dos pilares ...................................................... p. 61 Tabela 7 Resultado do dimensionamento de vigas .......................................................... p. 65 Tabela 8 Resultado do dimensionamento de lajes ........................................................... p. 79 Tabela 9 Quadro-resumo do dimensionamento estrutural do projeto ............................. p. 82 Tabela 10 Resultados mdios por camada do ensaio de sondagem a percusso ............. p. 86 Tabela 11 Cargas aplicadas s fundaes ........................................................................ p. 86 Tabela 12 Aplicao da formulao de Aoki & Veloso ( 1 ) ao projeto ......................... p. 88 Tabela 13 Aplicao da formulao de Decourt & Quaresma ( 2 ) ao projeto ............... p. 89 Tabela 14 Aplicao das formulaes de Meyerhof ( 3 ) e do mtodo ( 4 ) ao projeto ............................................................................................................ p. 90 Tabela 15 Coeficientes de segurana das fundaes ....................................................... p. 92 Tabela 16 Dimensionamento da armadura de fundao .................................................. p. 95 Tabela 17 Requisitos hidrulicos mnimos nos pontos de utilizao .............................. p. 99 Tabela 18 Caractersticas dos tubos de PVC soldveis ................................................... p. 99 Tabela 19 Denominao dos circuitos de distribuio de gua fria .............................. p. 100 Tabela 20 Definio dos circuitos associados s colunas de distribuio de gua fria . p. 112 Tabela 21 Definio das colunas conectadas aos barriletes de distribuio de gua fria ...................................................................................................... p. 115 Tabela 22 Volumes a considerar no projeto de distribuio de gua fria ...................... p. 120 Tabela 23 Unidades Hunter de Contribuio dos aparelhos sanitrios ......................... p. 125 Tabela 24 Quadro-resumo do dimensionamento dos ramais de esgoto ........................ p. 126 Tabela 25 Resumo das reas totais construdas nas trs configuraes apresentadas para a edificao ...................................................................... p. 136 Tabela 26 Capacidades de acomodao nas trs configuraes apresentadas para a edificao ................................................................................................... p. 136 Tabela 27 Capacidades de acomodao nas trs possibilidades de ocupao do terreno ........................................................................................................... p. 137

ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS

ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas AP B BV c CP CV D DE F1 F2 fck fs fyk gf gi HL ITA K KSw LB N NSPT NM NP rea de ponta da estaca (m2) dimetro da estaca (m) barrilete de ventilao coeficiente mdio de coeso do solo coletor predial. coluna de ventilao dimetro interno da tubulao (m) Diviso de Engenharia do CTA varivel de adequao do modelo (formulao de Aoki & Veloso) varivel de adequao do modelo (formulao de Aoki & Veloso) resistncia caracterstica do concreto capacidade resistiva lateral da estaca resistncia caracterstica do ao grupo final grupo inicial altura da lmina dgua no interior do reservatrio (m) Instituto Tecnolgico de Aeronutica coeficiente varivel com o tipo de solo coeficiente de segurana das fundaes com solo saturado largura da camada onde se apia a estaca (solos estratificados) NSPT prximo ponta da estaca, corrigido para N55 resistncia do solo penetrao, resultado de ensaio de sondagem percusso NSPT mdio para cada L NSPT prximo ponta da estaca APG Associao de Ps-Graduandos do ITA

CTA Centro Tcnico Aeroespacial

KSseco coeficiente de segurana das fundaes com solo seco

ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS (continuao)

P PDF PL PNR PP q Qrup SC TG TQ TVP V

permetro da estaca (m) Portador de Deficincia Fsica resistncia de atrito lateral (fuste) da estaca Prprio Nacional Residencial resistncia de ponta da estaca tenso vertical efetiva da camada (KN/m2) carga de ruptura do solo subcoletor predial Trabalho de Graduao tubo de queda tubo ventilador primrio velocidade do escoamento no interior da tubulao (m/s)

UHC Unidades Hunter de Contribuio

L MD s

coeficiente varivel com o tipo de estaca e o tipo de solo calibrao para o coeficiente de coeso do solo coeficiente varivel com o tipo de estaca e o tipo de solo ngulo de atrito efetivo entre o solo e a estaca espessura de cada camada de solo (m) peso especfico aparente do solo (KN/m3) coeficiente de minorao da capacidade resistiva do ao coeficiente de aderncia das barras de ao dimetro nominal

SUMRIO

1 2

INTRODUO ..............................................................................................................20 A CONCEPO ARQUITETNICA......................................................................... 22 2.1 A Filosofia do Projeto ...........................................................................................22 Apoio institucional estendido a alunos de ps-graduao.........................22 Apoio institucional a visitantes da ps-graduao ....................................23 Apoio institucional a pessoas portadoras de deficincia fsica..................23 A concepo vertical da moradia...............................................................24 A locao do edifcio.................................................................................24 Otimizao na ocupao integral do terreno .............................................25 O potencial de expanso horizontal e vertical do edifcio.........................25 O nmero de leitos no dormitrio de solteiros ..........................................25 A sacada conjugada ao dormitrio e sua dupla funo .............................26 Ambiente de estudo: uma soluo.............................................................26 Cozinha no apartamento ............................................................................26 O sistema de coleta de lixo ........................................................................27 Medidas de segurana contra incndio......................................................27 O acesso ao edifcio: recepo e vigilncia ...............................................27 Acomodaes complementares .................................................................28

2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.5 2.1.6 2.1.7 2.1.8 2.1.9 2.1.10 2.1.11 2.1.12 2.1.13 2.1.14 2.1.15 2.2

O Detalhamento do Projeto...................................................................................28 Apresentao .............................................................................................28 Localizao................................................................................................29 Descrio dos pavimentos .........................................................................31 O PAVIMENTO TRREO........................................................................31 O 1 ANDAR .......................................................................................34 O 2 ANDAR .......................................................................................37 A COBERTURA....................................................................................40

2.2.1 2.2.2 2.2.3 2.2.3.1 2.2.3.2 2.2.3.3 2.2.3.4

2.3

Consideraes Finais ............................................................................................42 Procedimentos construtivos visando a uma futura expanso vertical do edifcio: um alerta....................................................................44

2.3.1

3

O PROJETO ESTRUTURAL....................................................................................... 47 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 Anlise Estrutural..................................................................................................47 Dimensionamento dos Elementos..........................................................................49 Pilares....................................................................................................................54 Vigas ......................................................................................................................65 Lajes ......................................................................................................................78 Fundaes..............................................................................................................85 Caractersticas das estacas .........................................................................86 Carregamentos ...........................................................................................86 Mtodo de Aoki & Veloso (Schnaid, 2000) ..............................................87 Mtodo de Decourt & Quaresma (Schnaid, 2000) ....................................88 Mtodo Racional (Bowles, 1982)..............................................................89 CAPACIDADE ESTTICA RESISTIVA DE PONTA .....................................89 CAPACIDADE RESISTIVA LATERAL (MTODO )..................................90 Dimensionamento......................................................................................91

3.6.1 3.6.2 3.6.3 3.6.4 3.6.5 3.6.5.1 3.6.5.2 3.6.6

4

O SUBSISTEMA DE DISTRIBUIO DE GUA FRIA......................................... 98 4.1 Dimensionamento dos Circuitos............................................................................98 Circuito A ................................................................................................102 Circuito B ................................................................................................102 Circuitos C e D ........................................................................................103 Circuito E.................................................................................................104 Circuito F.................................................................................................105 Circuito G ................................................................................................105 Circuito H ................................................................................................106

4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.1.5 4.1.6 4.1.7

4.1.8 4.1.9 4.1.10 4.1.11 4.1.12 4.1.13 4.2 4.3 4.4 5

Circuito I..................................................................................................106 Circuito J .................................................................................................108 Circuito K ................................................................................................108 Circuito L.................................................................................................109 Circuito M ...............................................................................................110 Circuito N ................................................................................................111

Dimensionamento das Colunas de Distribuio .................................................111 Dimensionamento dos Barriletes ........................................................................115 Os Reservatrios .................................................................................................119

O SUBSISTEMA DE ESGOTAMENTO ...................................................................124 5.1 Dimensionamento ................................................................................................124

6 7

COMENTRIOS E CONCLUSES .........................................................................128 SUGESTES ................................................................................................................130 7.1 7.2 7.3 Validao.............................................................................................................130 Projeto .................................................................................................................130 Alternativas..........................................................................................................131

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...............................................................................132 APNDICE A OCUPAO INTEGRAL DO TERRENO ..........................................133 A.1 1 Possibilidade .......................................................................................................133 A 2 2 Possibilidade .......................................................................................................134 A.3 3 Possibilidade .......................................................................................................134 ANEXO Relatrio com os resultado das sondagens realizadas em terreno ....................138

20

1

Introduo

A idia de se construir no Campo Montenegro um Prprio Nacional Residencial (PNR) para alojar os alunos de ps-graduao do Instituto Tecnolgico de Aeronutica (ITA) caracteriza um passo significativo para a modernizao da instituio, visando adapt-la s novas exigncias do ensino superior, colocando-a em condies de competir com os melhores centros de ps-graduao do pas. Este trabalho apresenta os principais resultados alcanados pelo estudo das diversas variveis que envolvem a concepo de uma edificao com este porte, constituindo um projeto bsico para futura licitao da obra. O edifcio foi concebido para ser assentado em pilotis e composto de um pavimento trreo (que abriga hall central de recepo e garagem), dois pavimentos residenciais e uma cobertura para finalidades utilitrias. Em todos os nveis, o p-direito de 3,00 m. So previstos 10 apartamentos para casais, 16 para solteiros e 2 especiais para pessoas portadoras de deficincia fsica (PDF) estes, no entanto, so facilmente convertidos para uso convencional, caso no haja aquela necessidade especfica. Em sua configurao bsica, o edifcio comporta 98 vagas. Cada apartamento dispe de uma minicopa no prprio hall de entrada e de pequena sacada com acesso pelo dormitrio. Os sanitrios convencionais dispem de lavatrios com gabinete e armrio, box de chuveiro eltrico e vasos sanitrios com caixa acoplada. O edifcio incorpora algumas facilidades, a saber: lavanderia, lanchonete, churrasqueira, escritrio da Associao de Ps-Graduandos do ITA (APG) e salas coletivas de jogos, de TV, de musculao e de uso mltiplo. H tambm uma rea ajardinada, como aproveitamento da laje de cobertura, que dispensa o telhado convencional. No trreo, a rea central composta por hall de recepo (com balco de atendimento, sala de espera, lavabos e cabina telefnica) e dependncias de servio (incluindo depsito geral, zeladoria e acomodaes visando permanncia do zelador e/ou equipe de servio, inclusive no perodo noturno). A circulao vertical do edifcio provida de escada e elevador instalados no seu corpo central e, tambm, de escadas externas para sadas de emergncia nas extremidades do prdio, com acesso por compartimentos providos de portas corta-fogo.

21

Por meio de pares de dutos, um sistema de coleta de lixo interliga verticalmente cada um dos pavimentos a depsitos localizados nas extremidades do trreo, com diviso para separao seletiva do lixo (orgnico e reciclvel). A Tabela 1 apresenta os principais dados do projeto bsico.

Tabela 1 Quadro-resumo dos principais dados do projeto bsico.

localizao do PNR

entre o H 8C e o Hotel de Trnsito de Oficiais em 10 apartamentos para casais ...............................................10 em 4 apartamentos de 1 dormitrio (de 3 leitos) para solteiros ...............................................................12 em 12 apartamentos de 2 dormitrios (de 3 leitos cada um) para solteiros ...............................................................72 em 2 apartamentos de 1 dormitrio (de 2 leitos) para PDFs ................................................................... 4 total ..................................................98 876,73 m2 de rea reas secas (salas, dormitrios, halls, corredores, etc.) ................... 1 886,98 m2 reas molhadas (banheiros, lavabos, lanchonete, copas)........................ 268,73 m2 reas abertas, sem fechamento (garagem e sacadas) ..... 832,09 m2 subtotal (reas cobertas)................................................ 2 987,80 m2 reas descobertas (cobertura com ajardinamento) ........ 766,44 m2 total ....................................... 3 754,24 m2 base: consultas oficiosas a empresas construtoras locais (abril/2003)

disponibilizao de vagas para alunos

ocupao de terreno

quantificao das reas

estimativa de preo

preo unitrio (R$/m2) rea de referncia(m2) de 500,00 a 800,00 2 987,80

preo total estimado (R$) de 1 493 900,00 a 2 390 240,00

22

2

A Concepo Arquitetnica

2.1

A Filosofia do Projeto

2.1.1

Apoio institucional estendido a alunos de ps-graduao

A oferta de residncia aos alunos de graduao no prprio campus foi sempre uma das marcas do ITA desde a sua implantao fsica, em 1950. Tal benefcio estendido a todo o corpo discente, que hoje abrange 603 alunos, sendo 502 civis, 72 Aspirantes-a-Oficial e 29 Oficiais da ativa das Foras Armadas Brasileiras. Criado em 1963, tambm pioneiramente no pas, o Curso de Ps-Graduao do Instituto conta, no primeiro semestre de 2003, com 533 alunos matriculados (380 no Mestrado e 153 no Doutorado), compreendendo 477 alunos civis e 56 Oficiais. A esse nmero, somamse, ainda, 355 matriculados no Mestrado Profissionalizante e outros 868 em matrias isoladas da ps-graduao. De h tempo tem havido no ITA certa preocupao para que tambm seja estendido a alunos de ps-graduao o benefcio da moradia no campus. Assim, j h 20 anos era orientado um Trabalho de Graduao (TG) no Curso de Engenharia de Infra-Estrutura Aeronutica que, nas suas propostas, tambm versou sobre o projeto de uma edificao, prxima aos H 8s, para aquela finalidade. Hoje, a retomada dessa idia uma sentida preocupao da atual administrao do ITA. fcil inferir-lhe as razes: a par do substancial aumento dos inscritos no Curso, verifica-se cada vez mais dificultosa a moradia na cidade, tendo em vista o grande contingente de fora que a procura, mesmo que temporariamente. Desse modo, a oferta de moradia no campus, para solteiros e casais, alm de amenizar o problema, viria a fortalecer os instrumentos do Instituto na atrao da qualidade e, principalmente, concorrer para a maior integrao de seus corpos discentes de ambos os nveis.

23

2.1.2

Apoio institucional a visitantes da ps-graduao

Uma questo levantada pela atual chefia da IEP diz respeito possibilidade de que o ITA venha a contar, tambm, com algumas acomodaes para hospedar, temporariamente, professores e pesquisadores de fora, mesmo do exterior, envolvidos nos Cursos de PsGraduao. O projeto contempla essa possibilidade, dada a funcionalidade das instalaes a serem ocupadas conforme os critrios oportunamente estabelecidos pela autoridade competente.

2.1.3

Apoio institucional a pessoas portadoras de deficincia fsica

Como sabido, o Decreto no 3 298, de 20 de dezembro de 1 999, regulamentou a Lei no 785, de 2 de outubro de 1 989, que dispe sobre a Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia. Assim, em seu artigo 52, o Decreto estabelece: A construo, ampliao e reforma de edifcios, praas e equipamentos esportivos e de lazer, pblicos e privados, destinados ao uso coletivo, devero ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessveis pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida... O projeto em pauta atende essa disposio legal, prevendo as devidas adequaes moradia e movimentao de PDFs, aqui ensejadas por sinalizao, estacionamento, garagem e lavabos prprios, rampas em meio-fios, rea de circulao e instalao de elevador e, sobretudo, pela destinao de 2 apartamentos funcionais, cada qual com um dormitrio para 2 leitos e sanitrio. Cabe frisar, no entanto, que, no havendo esta necessidade de uso, tais apartamentos podem ser utilizados convencionalmente, bastando a simples remoo (e guarda) dos equipamentos especficos.

24

2.1.4

A concepo vertical da moradia

do senso comum a responsabilidade envolvida na definio do uso de um bem cada vez mais restrito e precioso em reas confinadas: os metros quadrados de solo disponibilizados construo civil. Entende-se: optando-se por uma edificao trrea, sem uma razo determinante, como se sacasse contra o futuro, numa ocupao irreversvel do espao que poderia vir a faltar mais adiante. Da, a presente preocupao quanto concepo do edifcio em pavimentos sobrepostos. Por sinal, foi exatamente essa a direo que norteou o projeto original do campus do CTA, nos idos dos anos 40: edificaes domiciliares foram aqui construdas com mais de um pavimento (as residncias dos alunos H 8s contrariam essa assertiva, mas, na verdade, no fazem parte do projeto original).

2.1.5

A locao do edifcio

O Plano Diretor do Centro Tcnico Aeroespacial (CTA) reserva uma rea de 196 m x 45 m, ao lado do H8 C, para o assentamento de mais um bloco residencial para alunos, designado H8 D. O presente projeto vale-se de parte dessa faixa para locar o novo edifcio (de 60,05 m x 16,60 m), junto ao ncleo residencial dos alunos de graduao. Ressalta-se a configurao local do solo, j consolidado e plano, dispensando-se servios de terraplenagem. Como percebido, a economia na ocupao do terreno, propiciada pela concepo vertical da edificao, deixa-o intocado em sua maior parte, disponvel, portanto, a futuras ampliaes da rea construda.

25

2.1.6

Otimizao na ocupao integral do terreno

O edifcio deve ocupar apenas parcialmente a rea reservada, como acima descrito. Visando a uma soluo otimizada, contudo, este trabalho apresenta detalhado estudo para uma futura ocupao integral da faixa de terreno, graas combinao racional do nmero de blocos a se construir em diferentes configuraes.

2.1.7

O potencial de expanso horizontal e vertical do edifcio

A concepo modular do prdio viabiliza uma futura expanso horizontal, com significativo incremento da oferta de leitos. Da mesma forma, pode-se pensar em expanses verticais futuras, j que sua configurao estrutural e de fechamentos comporta a construo de outros pavimentos residenciais no mesmo bloco. Claro que se trata de uma deciso a ser previamente tomada, tendo em vista os pertinentes clculos que prevaleceriam j na primeira fase da obra.

2.1.8

O nmero de leitos no dormitrio de solteiros

Para a natureza da ocupao prevista, inegvel que 2 leitos por quarto atenderiam melhor as desejadas condies de conforto. Entretanto, razes econmicas vo na direo de maior nmero de leitos que, a despeito de requerer maior rea por dormitrio, implica a reduo da rea total construda para uma mesma capacidade de ocupao. Descartando a soluo de 4 leitos, ligeiramente acima do limite desejvel, o projeto estipula dormitrios de 3 leitos para solteiros. Exceo feita para os 2 apartamentos de PDFs que, como explicitado, contam com apenas 2 leitos por dormitrio.

26

2.1.9

A sacada conjugada ao dormitrio e sua dupla funo

Em cada dormitrio previsto o acesso a uma sacada exclusiva, de pequena rea. Desnecessrio realar a importncia desse apndice arquitetnico em favor da melhor convivncia e do alvio de tenses, especialmente considerando a presena de fumantes entre colegas de quarto. Por outro lado, a sacada tambm exerce a funo de brise soleil, amenizando sobremaneira o problema da incidncia direta de raios solares sobre as paredes externas dos dormitrios.

2.1.10

Ambiente de estudo: uma soluo

A incluso de uma sala de estudos em cada apartamento sempre desperta curiosa polmica. Os que a defendem reportam-se ao costume de estudantes que levam trabalhos para casa. Outros argumentam que j h suficientes reas de estudo fora, prescindindo, portanto, de mais outra instalao para esse fim. Resultaria o evidente encarecimento da obra, se mais outro cmodo fosse agregado a cada apartamento. O projeto leva em conta esse ponto de vista, mas, por outro lado, tambm contempla a possibilidade de que alguma tarefa acadmica seja feita no prprio dormitrio. Para tanto, divisrias a meia altura dividem espaos junto s camas, criando-se nichos onde, com iluminao prpria, cada aluno pode operar seu computador, sem interferir no sossego dos colegas ao lado.

2.1.11

Cozinha no apartamento

Eis a outro ponto que divide opinies. Por pequena que seja, uma cozinha implica mais instalaes, mais custos, mais cuidados... e mais incmodos. Afinal, pode acontecer o problema de cheiros, fumaas ou gases de combusto a espraiar-se no ambiente confinado. Assim, este projeto no prev cozinha nos apartamentos.

27

Por outro lado, no d para esconder: sem outro meio ao alcance, o morador acaba se valendo mesmo de tomadas eltricas ou de fogareiros para alguma eventualidade. Da, a soluo da minicopa encontrada no projeto: guarnecer o hall de entrada de pequena pia, gabinete, armrio suspenso, filtro de parede, tomadas eltricas para geladeira e forno de microondas, evitando-se o uso de chamas. Claro: no objetivo da minicopa o preparo usual de alimentos. Essa uma funo reservada s instalaes de uma pequena cozinha/lanchonete central adiante mencionada, localizada na cobertura do edifcio, para uso coletivo.

2.1.12

O sistema de coleta de lixo

Visando a facilitar a operao diria de coleta de lixo, o pertinente sistema adotado prev a interligao vertical, por meio de pares de dutos, de cada um dos pavimentos a depsitos localizados nas extremidades do trreo, com diviso para separao seletiva do lixo (orgnico e reciclvel).

2.1.13

Medidas de segurana contra incndio

A par de outras solues tcnicas de combate a incndio, o projeto prev escada metlica externa para sada de emergncia em cada extremidade do prdio, com acesso por compartimento devidamente protegido por porta corta-fogo.

2.1.14

O acesso ao edifcio: recepo e vigilncia

A natureza da destinao do edifcio justifica o detalhamento do hall de recepo no trreo, que inclui balco de atendimento, sala de espera, lavabos e cabina telefnica, anexos

28

rea de servio. Esta composta de depsito geral e dependncias para zeladoria e equipe noturna de vigilncia.

2.1.15

Acomodaes complementares

Para suprir necessidades especficas da moradia, minuciosamente levantadas, o edifcio incorpora ainda instalaes de: a) lavanderia, cozinha/lanchonete, churrasqueira; b) sala multiuso, sala de TV/vdeo e de jogos; c) escritrio da APG/Administrao; e d) garagem, sala de musculao e rea aberta ajardinada;

2.2

O Detalhamento do Projeto

2.2.1

Apresentao

A proposta do PNR, mostrada em perspectiva na Figura 1 (Fonte: planta Arq-02), foi estruturada tendo em vista um edifcio assentado em pilotis, com 2 pavimentos residenciais, encimados por uma cobertura totalmente utilitria, e garagem no pavimento trreo. O conjunto tem acomodaes para 98 alunos, distribudos em diversas composies de apartamentos, adiante descritas, ocupando uma rea no terreno de 876,73 m2, totalizando 3 754,24 m2 de rea construda, dividida em 4 pavimentos. As dimenses principais dessa configurao bsica so de 60,05 m de frente e 16,60 m de lateral, com p-direito de 3,00 m em todos os nveis. Entretanto, toda a estrutura, as fundaes e as instalaes prediais esto desde j calculadas levando-se em conta um terceiro pavimento residencial, que seria oportunamente construdo, desde que fosse essa a deciso da autoridade competente. Nesse sentido, este

29

trabalho tambm explicita um alerta para os acertados procedimentos iniciais. A vigorar tal configurao, a capacidade de acomodao seria ampliada para 158 leitos.

Figura 1 Vista em perspectiva da edificao.

2.2.2

Localizao

A rea escolhida para a implantao da obra est localizada entre o atual alojamento H 8C dos alunos de graduao e o Hotel de Trnsito de Oficiais, na quadra reservada pelo Plano Diretor do CTA para a instalao de um futuro H 8D. Dessa forma, a alterao prevista do plano no compromete a concepo original de uso local do solo. As Figuras 2 e 3 mostram em diferentes escalas a insero do projeto no Plano Diretor do CTA e so complementadas pela Planta de Situao, apresentada na Figura 4 (Fonte: planta Arq-02). Nesta, foram introduzidas mais duas projees da obra, confrontando as propores da construo com as dos atuais H 8s. Constata-se, ento, que a rea reservada para o H 8D comporta 3 (trs) unidades do projeto bsico, ora apresentado. Os crculos assinalam a posio do prdio.

30

X

X

X

Porto Principal

Figura 3 Insero do projeto no Plano Diretor do CTA com escala ampliada.

DU VIA

TRA

X

X

X X

X

X

X

X X X X

X X X

X

X X

Figura 2 Insero do projeto no Plano Diretor do CTA.

H8 LagoHote l

31

H8 - A

H8 - B

H8 - C Hotel de Trnsito de Oficiais

Figura 4 - Planta de Situao.

2.2.3

Descrio dos pavimentos

2.2.3.1

O PAVIMENTO TRREO

Este pavimento comporta 876,73 m2 de rea coberta, agrupando hall central de recepo, dependncias de servio, zeladoria, sanitrios, garagem e compartimentos para lixo, conforme a disposio mostrada na Figura 5 (Fonte: planta Arq-03).23,55 60,05 13,20 23,30

17 18 19 20 21 22 23 24

33

34 25 26 27 28 29 30 31 32

Figura 5 Pavimento Trreo (medidas em metros).

14,60

1

2

3

4

5

6

7

8

35 36 37 38 39 40

41

9 10 11 12 13 14 15 16

32

A regio central ocupa uma rea de 190,48 m2, cuja maior parte destinada ao saguo de entrada, onde a recepo realizada em um balco lateral que permite ampla viso do interior. No local, dois ambientes permitem uma confortvel espera para visitantes e moradores. Os lavabos, nas laterais, tm garantida a privacidade de acesso por paredes divisrias e incluem dependncias exclusivas para portadores de deficincia fsica, de ambos os sexos. Tambm nas laterais do saguo, h entradas secundrias que o ligam aos dois setores da garagem. As dependncias de servio incluem uma zeladoria com entrada prpria e com acesso interno ao depsito geral do prdio, que, por sua vez, dispe de outra entrada pela garagem. Incluem, tambm, alojamento completo para uma equipe de servio, responsvel pela segurana na ausncia do zelador. Contudo, tais acomodaes podem ser utilizadas como residncia do zelador, se for o caso. Interligando o alojamento e a zeladoria h uma copa, a ser equipada para atender as necessidades da zeladoria e da equipe de servio, bem como garantir o servio de buffet durante eventos festivos de congraamento que venham a ser realizados no saguo. Todos estes detalhes esto apresentados na Figura 6 (Fonte: planta Arq09).1,30 0,90

3,40 2,34

22,44 0,89

3,55

4,18

31,20

2,90

0,90

0,95

4,30

1,55

13,70

2,60

1,20

2,95

1,60

3,20

5,07

4

5

61,60

0,70

0,70

1,85 2,20R1,00R1,00

0,65

1,60 1,50

R1 0,65 ,00

9 813,20

2,00

Figura 6 Pavimento Trreo Hall Central (medidas em metros).

2,00

8

1,50

2,20

7

7

1 2 3 4 5 6 7 8 9

alojamento de servio copa zeladoria cabine telefnica caixa do elevador depsito geral sanitrios especiais sanitrios saguo principal

14,60

,00 R1

33

A garagem coberta dispe de 32 vagas para automveis de grande porte (numeradas de 01 a 32 na Figura 5), alm de uma especial, destinada a veculo adaptado para portadores de deficincia fsica, permitindo a circulao em cadeira de rodas (n. 34), e uma vaga para utilitrios, tipo micronibus ou Van (n. 33). So demarcadas, ainda, as vagas para motos (n.os 35 a 40) e os suportes para bicicletas (n. 41). Nas extremidades deste pavimento encontramse os compartimentos destinados a acomodar o lixo produzido pelos ocupantes do prdio. Cada um deles, com 9,52 m2 de rea, possui um pequeno corredor lateral de acesso ao interior e duas cmaras destinadas a recolher separadamente o lixo reciclvel e o orgnico, ali despejados a partir de cada um dos pavimentos residenciais. Para essa finalidade, em cada extremidade do edifcio verticalmente instalado um par de tubulaes, com aletas amortecedoras internas. Os detalhes esto mostrados na Figura 7 (Fonte: planta Arq-14).

3,401,50 1,20 1,50

0,50 0,503,10

2,80

1,20

Vista em Planta

Vista Frontal

0,50

1,00

Corte AA

Perspectiva

Figura 7 Compartimento para lixo.

A partir deste pavimento, os demais nveis podem ser alcanados pela escada ou pelo elevador (para 6 pessoas), o que garante a devida mobilidade ao portador de deficincia fsica.

2,00

A

A

3,00

34

2.2.3.2

O 1 ANDAR

Esse pavimento o nico adaptado para receber alunos casados, bem como portadores de deficincia fsica. Para tanto, na ala noroeste h 10 apartamentos para casais e, na sudeste, 2 apartamentos especiais, alm de 4 conjugados para solteiros. Tal disposio est apresentada na Figura 8 (Fonte: planta Arq-03), complementada pela Figura 9 (Fonte: planta Arq-07) que traz o conjunto central do pavimento em vista ampliada. No total, esse pavimento comporta 16 apartamentos, para 38 alunos.

60,05 4,90 4,90 9,80 5,25 8,95 5,25 9,80 9,80

Sala de Jogos

6,00sobe desce

1,80

Figura 8 1 Andar (medidas em metros).

4,90

5,25

8,95

5,25

9,80

Sala de Jogos

14,60

CIRCULAO

sobe

CIRCULAO

Figura 9 1 Andar conjunto com rea central, 2 apartamentos conjugados para solteiros, 4 para casais e 2 especiais (medidas em metros).

7,40

1,80

7,40

6,00

16,60

35

A rea central deste andar composta de uma sala de jogos e recreao, com rea til de 36,60 m2, como detalhada na Figura 10 (Fonte: planta Arq-09), com acesso a uma sacada idntica dos apartamentos, integrando o conjunto arquitetnico externo. Completa a rea central um amplo espao para escritrio, cujo aproveitamento tambm ilustrado na Figura 10.,8 5

6,95

, R0

8,95 2,90

15,30 1,20 1,20

4,45

1,20

4,50 0,70

2CIRCULAO8,95 4,45

1 2 3 4

sala de jogos (36,76 m ) caixa do elevador recepo / secretarias escritrios

2

CIRCULAO0,70 4,45

2,75

2,75

3

3

OBS.: - as sacadas guardam simetria - a disposio das mesas de jogos e a configurao dos escritrios so apenas ilustrativas

42,60

4SACADA2,60

Figura 10 1 Andar rea Central (medidas em metros).

Como acontece em todos os apartamentos do edifcio, o morador conta no dormitrio com armrio individual para roupas, outro suspenso (de uso geral), e mesa de estudos adequada instalao de microcomputador pessoal, alm de espao reservado para aparelho de TV. Todos os apartamentos dispem de pequena sacada, cujo acesso se d pelos dormitrios mediante uma porta, de folhas duplas e envidraadas, que permite a ventilao, a iluminao natural ou o fechamento completo. No prprio hall de entrada dos apartamentos, encontra-se uma minicopa, equipada com pia, gabinete e armrio suspenso, filtro de parede para gua e pontos eltricos para forno de microondas e geladeira. As instalaes sanitrias so convencionais, com chuveiro eltrico, vaso sanitrio com caixa acoplada e lavatrio com gabinete e armrio.

36

Os apartamentos para casais possuem pouco mais de 30 m2 de rea til, conforme ilustrados na Figura 11 (Fonte: planta Arq-11).

0,90

0,90

0,90 0,90 6,00

1,37

1,37

reas (m ) :2

1,67 2,30

1,67 2,30

: 18,00 Dormitrio : 5,93 Sanitrio : 3,84 Copa : 2,73 Sacada Interna til total : 30,50

1,57

3,00

3,00

10,10Figura 11 Apartamentos para casais detalhamento (medidas em metros).

Dispondo de 2 leitos, cada apartamento especial tem rea til de 32,77 m2, possibilitando a mobilidade em cadeiras de rodas. Em vez de chuveiros comuns, instalada uma banheira especialmente destinada a portadores de deficincia, garantindo-lhes maior conforto e segurana. Em caso de necessidade, tais apartamentos podem ser rapidamente convertidos para o uso convencional. Os detalhes encontram-se na Figura 12 (Fonte: planta Arq-13). Os apartamentos conjugados, destinados a alunos solteiros, so compostos de 2 dormitrios, com 3 leitos cada um, interligados pelo hall de entrada. As instalaes sanitrias so duplicadas, a fim de garantir bom nvel de conforto a todos os seis ocupantes. A rea til deste apartamento de 61,80 m2, com dormitrios de 20,40 m2. Nestes, esto previstas divisrias com 1,80 m de altura formando nichos, os quais agrupam cama, mesa de estudos, armrio suspenso e sistema localizado de iluminao, separados para cada morador. Procurase, assim, garantir o relativo isolamento das atividades de cada morador sem maior interferncia com as dos colegas de quarto. Uma ilustrao de ocupao dos espaos proposta na Figura 16 (Fonte: planta Arq-12).

7,40

1,57

6,00

37

R0 ,85

0,85

3,40

,8 5

0,90

1,40 0,90 0,90

1,65 1,87

3,15

6,00

7,40

0,85

2,55

R0

2,55 3,40

1,57

1,69

1,70

1,95 2,30 2,14

3,40

5,55

5,55

Apartamento-Tipo Simples

Apartamento-Tipo Especial

reas (m ) :2

reas (m ) :2

: 20,40 Dormitrio : 6,04 Sanitrio : 3,91 Copa : 2,73 Sacada Interna til total : 33,08

: 18,90 Dormitrio : 7,23 Sanitrio : 4,17 Copa : 2,73 Sacada Interna til total : 33,03

Figura 12 Apartamentos Singulares detalhamento (medidas em metros).

2.2.3.3

O 2 ANDAR

Este pavimento destinado exclusivamente a alunos solteiros. Para tanto, ambas as alas tm a mesma configurao: 2 apartamentos simples e 4 conjugados, totalizando acomodaes para 60 alunos em 12 apartamentos. Esta disposio mostrada na Figura 13 (Fonte: planta Arq-04), complementada pela Figura 14 (Fonte: planta Arq-08) que mostra o conjunto central do pavimento em vista ampliada. Caso venha a ser construdo, o terceiro pavimento residencial repetir a mesma planta, ampliando a capacidade do prdio em 60 leitos.

6,00

7,40

3,71

38

60,05 9,80 9,80 5,25 8,95 5,25 9,80 9,80

1,80desce

Sala de TV

6,00

sobe

Figura 13 2 Andar (medidas em metros).

5,25

8,95

Projetor

Sala Multi-Uso

5,25

9,80

16,60

14,60

CIRCULAO

sobe

CIRCULAO

1,80

Sala de TV

Figura 14 2 Andar conjunto com rea central, 4 apartamentos simples e 2 conjugados, para solteiros (medidas em metros).

A rea central deste andar tem as mesmas dimenses da congnere no 1 andar, embora com diferente utilizao dos espaos, aqui destinados a uma sala de TV/vdeo e a uma rea de estar que, devidamente mobiliadas, configuram dois ambientes. frente, prevista uma sala para uso mltiplo que, equipada com recursos audiovisuais, se presta a reunies de grupos de estudo, debates, etc. A Figura 15 (Fonte: planta Arq-10) apresenta uma concepo ilustrativa dessas acomodaes.

Projetor

Sala Multi-Uso

7,40

7,40

6,00

16,60

39

R0 ,85

5,25 6,95

5 ,8 R0

8,95

2,40

1,20

14,50 0,70

4,45

1,20

1,20

1 sala de estar/TV (36,76 m 2 ) 2 caixa do elevador 3 sala de uso mltiplo (palestras, reunies, etc. - 47,44 m 2 )

5,30

2CIRCULAO

CIRCULAO0,70

8,95

2,90

OBS.:Projetor5,30

3

- as sacadas guardam simetria - a disposio das poltronas na sala de TV apenas ilustrativa

SACADA

Figura 15 2 Andar rea Central (medidas em metros).

Os apartamentos conjugados so idnticos aos do 1 andar (Figura 16). Os apartamentos simples so dotados de 3 leitos, ocupando uma rea til de 32,80 m2, com o mesmo nvel de conforto existente nos conjugados. Os detalhes de ocupao aparecem na Figura 12.0,85,8

3,40

R0

5

3,40 3,40

0,90

3,00

0,90

0,90

0,85

2,55

,8 5

R0

2,55

1,26

1,26

reas

(m2 )

:

2,70 6,00 2,30 6,00

1,20

3,40

1,24

3,40

10,10

Figura 16 Apartamento-Tipo Conjugado para Solteiros (medidas em metros).

7,40

0,90

0,90

: 40,80 (2 x 20,40) Dormitrio : 9,59 Sanitrio : 6,21 Copa : 5,46 (2 x 2,73) Sacada Interna til total : 62,06

40

2.2.3.4

A COBERTURA

A cobertura do edifcio idealizada como rea totalmente utilizvel. Ela agrupa uma lavanderia devidamente equipada, uma rea para secagem natural de roupas, uma rea social, dispondo de lanchonete, churrasqueira e lavabos, alm de sala de musculao e rea ajardinada. A disposio geral est apresentada na Figura 17 (Fonte: planta Arq-04).

60,05 23,30 12,65 23,30

Sala de Musculao

0,80 x 2,10

Figura 17 Cobertura (medidas em metros).

A rea social ocupa pouco mais de 120 m2 e seu detalhamento mostrado na Figura 18 (Fonte: planta Arq-10). A churrasqueira dotada de pia e bancada de servio, permitindo praticidade no preparo dos alimentos. A rea fica parcialmente coberta pelo telhado com tratamento trmico, mas deixa livre uma pequena poro do espao, com iluminao natural direta (Figura 19 Fonte: planta Arq-05). Ao fundo ficam os lavabos, incluindo instalaes para portadores de deficincia fsica, isolados do conjunto por um hall de acesso, onde uma porta biarticulada garante a devida privacidade. A lanchonete deve possuir equipamentos necessrios ao preparo de lanches rpidos e ao acondicionamento de bebidas, podendo ser utilizada isoladamente ou em conjunto com a churrasqueira, j que ambas posicionadas em laterais opostas. Com acesso pelo hall do elevador e completamente isolada da rea social, encontra-se a lavanderia, ocupando uma rea til de 8,33 m2 e dotada de tanque, mquinas de lavar e secar roupas e bancada de trabalho. Somente a partir dela, tem-se acesso rea de secagem natural de roupas, garantindo privacidade (Figura 18).

16,60

41

R0 ,8 5

R0 ,8 5

5,25 6,95

1,15 2,00

7,65

1,40 2,90

1,70

14,10

27,60 5,05

2,00

1,40

2,00

1,30

3,60 1,80

4

51,70

3 6

4,80 3,10 1,70

78,85 6,00

4,90

1,20

1 2 3 4 5 6 7

sanitrios comuns e especial rea para secagem de roupa churrasqueira caixa do elevador lavanderia rea de lazer (95,77 m2 ) lanchonete / bar

1,40

OBS.: - as sacadas guardam simetria

1,40

8,95

SACADA

Figura 18 Cobertura rea Central.

Laje Impermeabilizada

TELHADO

10%

10%

Figura 19 Planta de Cobertura.

A rea social oferece uma ampla viso do jardim noroeste, proporcionada por um gradil de meia altura fixado na lateral da churrasqueira, onde tambm se encontra o porto de acesso. Esta rea ajardinada, com cerca de 327 m2 de rea til, pode agregar bancos aleatoriamente distribudos ao redor de plantas ornamentais de diversos tipos e tamanhos, mantidas em vasos decorados que, juntamente com a cobertura de grama sinttica, substitui o telhado convencional. Trata-se de uma proposta de fcil implementao, j que a principal exigncia construtiva fica por conta da adequada impermeabilizao da laje.

42

O jardim sudeste tem as mesmas caractersticas do anterior, mas com menor rea til (de aproximadamente 281 m2), j que cede espao para a sala de musculao, esta com pouco mais de 41 m2. Tal sala foi idealizada de forma a aproveitar a estrutura da edificao pois, em caso de construo do terceiro pavimento residencial, no haveria a necessidade de demolir paredes ou pilares que comporiam a estrutura do novo pavimento. Contudo, embora aqui apresentado com uma cobertura utilitria, evidente que o mesmo projeto poderia ser facilmente implementado com o telhado convencional (de telhas de fibrocimento, por exemplo), em substituio s reas ajardinadas acima descritas.

2.3

Consideraes Finais

As Tabelas 2 e 3, a seguir, retratam as principais dimenses e capacidades do prdio, cujas vistas principal, da face nordeste e das laterais esto apresentadas nas Figuras 20, 21 e 22, respectivamente (Fonte: planta Arq-06).Tabela 2 Disposio dos diversos pavimentos.

pavimento trreo 1 andar 2 andar cobertura

ala nordeste

rea central

ala sudeste

garagem e compartimento para lixo 10 apartamentos para casais 4 apartamentos conjugados e 2 simples rea ajardinada *

saguo, zeladoria, dependncias de servio e lavabos sala de jogos e escritrio da APG sala de TV/vdeo e sala de uso mltiplo rea social e lavanderia

garagem e compartimento para lixo 2 apartamentos para PDFs e 4 conjugados 4 apartamentos conjugados e 2 simples rea ajardinada* e sala de ginstica

* ou telhado convencional, alternativamente.

43 Tabela 3 Quadro-resumo de capacidades e reas de construo na configurao bsica.

quantidade de apartamentos pavimento quantidade de leitos rea til (m2) rea total (m2)

trreo 1 andar 2 andar coberturatotais

16 12 28

38 60 98

833,43 846,95 849,87 830,013 360,26

876,73 959,17 959,17 959,173 754,24

1,10 0,15 3,00 0,15 0,15 3,00 3,00

3 Andar

2 Andar

1 Andar Pavimento Trreo

Figura 20 Fachada principal do edifcio.

P.D.: 3,00

Figura 21 Vista da face nordeste do edifcio.

Face Noroeste

Face Sudeste

Figura 22 Vistas laterais do edifcio.

44

2.3.1 Procedimentos construtivos visando a uma futura expanso vertical do edifcio: um alerta

Como apresentado, o projeto contempla uma edificao com apartamentos dispostos em 2 andares (2o e 3o pavimentos). No entanto, os clculos estruturais e de instalaes esto desde j elaborados para a eventualidade de, no futuro, vir a comportar um 3o pavimento tambm destinado a apartamentos, o que acresceria cerca de 60% capacidade originalmente prevista (elevando-a de 98 para 158 vagas). As Figuras 23 e 24 (Fonte: planta Alt-02) retratam o edifcio aps essa expanso vertical.1,10 0,15 3,00 0,15 3,00 0,15 3,00 0,15 3,00 4 Andar 3 Andar 2 Andar 1 Andar Pavimento Trreo

Figura 23 Aspecto final da construo com cinco pavimentos.

FACE NOROESTE

FACE SUDESTE

Figura 24 - Vistas laterais do prdio com cinco pavimentos.

Aqui, portanto, faz-se necessrio um alerta sobre os procedimentos a serem implementados no incio da construo, tendo em vista a projetada expanso futura caso seja mesmo essa a deciso da autoridade competente. H duas opes possveis: a) constri-se na 1a fase da obra apenas uma parte do edifcio, porm com os trs pavimentos residenciais previstos, compondo-os com as respectivas reas centrais

45

somadas a uma das alas. Caso se construa a ala noroeste nesta 1a fase, o edifcio inicialmente comportaria 70 vagas, incluindo as dos 10 apartamentos para casais. O aspecto desta primeira fase da construo est apresentado na Figura 25 (Fonte: planta Alt-02). Por outro lado, se for a sudeste a ala construda, inicialmente ter-se-iam 88 vagas do total das 158 previstas, incluindo os apartamentos para PDF, em vez dos de casais (Figura 26). Em qualquer dos casos, a expanso futura, ou 2a fase da obra, se daria na implementao da ala faltante (Figuras 23 e 24).

0,15 3,00 0,15 3,00 0,15 3,00 0,15 3,00

Figura 25 Primeira fase da construo com rea central e ala noroeste.

0,15 3,00 0,15 3,00 0,15 3,00 0,15 3,00

Figura 26 - Primeira fase da construo com rea central e ala sudeste.

1,10 4 Andar 3 Andar 2 Andar 1 Andar Pavimento Trreo

1,10 4 Andar 3 Andar 2 Andar 1 Andar Pavimento Trreo

46

A deciso sobre qual das alas construir primeiro define um importante detalhe estrutural: a posio da junta construtiva de dilatao, a ser construda exatamente na juno das duas fases da construo. Este projeto contempla a construo inicial da ala sudeste, que disponibiliza mais vagas na primeira fase, com a locao da junta de dilatao na juno das reas centrais com a futura ala noroeste; b) numa primeira fase, constri-se o edifcio conforme o projeto bsico (98 vagas em 2 dos pavimentos) para, numa 2 fase futura, incorporar-se mais um pavimento residencial (158 vagas em 3 pavimentos residenciais). Isso ser possvel pelo aproveitamento do pavimento de cobertura original, j que a disposio estrutural e de fechamentos estaria perfeitamente adequada subida vertical prevista. fcil inferir que a opo apresentada em a prepondera sobre a mostrada em b, com amplas vantagens, j que evita a construo vertical acima de uma ala ocupada, com todos os conhecidos transtornos: interao humana, rudos, poeira, molhamento, respingos e quedas de materiais, entre tantos outros.

47

3

O Projeto Estrutural

A soluo estrutural adotada convencional, em concreto armado, com as lajes macias recebendo o carregamento acidental. As lajes so apoiadas em vigas convenientemente dispostas que, por sua vez, descarregam em pilares contnuos, diretamente ligados s fundaes. Toda a anlise da estrutura e determinao dos esforos, bem como o dimensionamento das peas de concreto foram realizados com o emprego de recursos computacionais. Utilizou-se o programa CYPECAD, verso 2002, produzido pela CYPEIngenieros S. A., do qual algumas caractersticas de emprego so descritas a seguir. Os

carregamentos considerados foram conforme NBR 6120. A partir do projeto arquitetnico, foi idealizada a estrutura com a locao dos pilares e vigas, gerando-se desenhos em formato .dxf. O programa CYPECAD reconhece este formato e permite ao usurio manipular diversas variveis do processo de anlise, de forma a inserir carregamentos e aes externas de qualquer natureza.

3.1

Anlise Estrutural

Conforme apresentado no memorial de clculo do programa, a anlise das solicitaes realizada atravs de clculo espacial em trs dimenses, a partir de mtodos matriciais de rigidez, considerando-se todos os elementos que definem a estrutura: pilares, vigas e lajes. A compatibilidade das deformaes em cada n estabelecida considerando-se 6 graus de liberdade, com a hiptese de indeformabilidade no plano de cada piso, a fim de simular o comportamento rgido das lajes, o que impede os deslocamentos relativos entre os ns no plano considerado (diafragma rgido). A considerao de diafragma rgido mantida para cada zona independente de um determinado piso, mesmo que ali sejam lanadas apenas vigas, sem interconexo das bordas com lajes. Neste sentido, a existncia de zonas independentes em um mesmo piso faz com que cada uma seja considerada um elemento distinto de indeformabilidade. Para exemplificar, um pilar sem ligao (passante) considerado zona independente.

48

A partir da aplicao dos carregamentos, o programa efetua um clculo esttico (quando no se impe a condio de aes ssmicas estrutura), supondo um comportamento linear dos materiais, caracterizando um clculo de primeira ordem para a obteno de deslocamentos e esforos. A discretizao da estrutura se d em elementos do tipo barra, grelhas de barras e ns, com a considerao de elementos finitos triangulares, cujas caractersticas so especficas para cada pea considerada. Os pilares so dispostos por barras verticais entre cada piso, interpondo-se ns no arranque de fundao, nos contatos com vigas e lajes e na interseo de cada piso, considerando-se seu eixo o mesmo da seo transversal. As variaes nas dimenses do pilar em decorrncia da altura do ponto analisado na estrutura so consideradas nas excentricidades. O comprimento do elemento barra tomado como a altura ou a distncia livre entre dois outros elementos. As vigas so definidas em planta, fixando-se ns nas intersees com as faces de elementos de suporte, como pilares, e tambm nos pontos de corte com elementos de laje ou com outras vigas. Desta forma, alm dos ns definidos pelos eixos das peas, h outros nos bordos laterais e extremidade livres bem como nos contatos com outros elementos das lajes. Assim, uma viga entre dois pilares constituda por vrias barras consecutivas, cujos ns so as intersees com as barras de lajes, possuindo sempre trs graus de liberdade, alm da hiptese de diafragma rgido entre todos os elementos que se encontram em contato. Ressaltase, neste caso, que uma viga contnua que se apia em vrios pilares, mesmo que no tenha laje, conserva a hiptese de diafragma rgido. A simulao dos apoios feita pela definio de trs tipos de vigas, cujas rigidezes so aumentadas de forma considervel (100 vezes) na regio em torno do ponto onde se quer considerar o apoio, vinculando todos os ns ali existentes. A situao se assemelha de uma viga contnua muito rgida com tramos de vos curtos sobre apoios. Consideram-se os trs tipos de apoio: engastamento (deslocamentos e rotaes impedidos em qualquer direo), articulao fixa (deslocamentos impedidos, mas com rotao livre) e articulao com deslocamento horizontal livre (apenas o deslocamento vertical impedido). Pode-se, ento, inferir o efeito que os diversos tipos de apoio causam, j que, por exemplo, ao estar impedindo o movimento vertical, todos os elementos estruturais ligados a um apoio do tipo articulao com deslocamento horizontal livre tambm encontraro um impedimento que restringe aquele movimento. Esse efeito deve ser atentamente observado no

49

caso de pilares com vnculos externos, pois impedir a transmisso das cargas localizadas acima do apoio para as fundaes, o que pode afetar a segurana. As lajes macias so discretizadas em malhas de elementos tipo barra, de tamanho mximo de 25 cm, e efetua-se uma condensao esttica (mtodo exato) de todos os graus de liberdade. Tambm se consideram a deformao por corte e a rigidez toro dos elementos, alm de manter a hiptese de diafragma rgido. Outras caractersticas intrnsecas ao mtodo dos elementos finitos esto bem explicadas nos manuais do programa e sua transcrio foge aos objetivos do trabalho.

3.2

Dimensionamento dos Elementos

No dimensionamento das peas em concreto armado, o programa utiliza o diagrama parbola-retngulo nos clculos que envolvem os elementos portantes, que neste caso se restringem aos pilares. Para o dimensionamento de vigas e lajes, emprega-se o diagrama retangular simplificado. Entretanto, os manuais no deixam claras as razes desta diferenciao e sempre anexam mensagens de alerta sobre as responsabilidades do operador no caso de aceitao dos resultados. O manual de clculo do programa tambm informa que so respeitados os limites exigidos pelas normas, expressos por porcentagens mnimas, taxas mecnicas e geomtricas, assim como as disposies quanto ao nmero mnimo de barras, dimetros mximos e mnimos e separaes. Entretanto, o programa trabalha com diversas normas: espanhola, portuguesa, brasileira (no caso, a NB 1/2000), o eurocdigo, etc., deixando a critrio do operador a escolha da norma com a qual deseja trabalhar. Porm, alguns resultados mostrados para pilares e vigas no atenderam aos critrios da norma brasileira, quanto a dimetros mximos das barras para pilares, ou espaamentos mnimos entre barras para vigas, exigindo intensa interveno manual para sanar os problemas. A armadura longitudinal de flexo em vigas planas determinada por clculos flexo simples em, pelo menos, 14 pontos de cada tramo da viga, delimitados pelos ns de conexo com outras peas. Em cada ponto, a partir das envoltrias de momentos fletores, determina-se a armadura necessria, tanto superior quanto inferior, e procede-se a uma

50

comparao com as taxas geomtricas e mecnicas mnimas especificadas em norma, para retornar o maior valor. Uma vez conhecida a armadura longitudinal de flexo, o programa calcula a armadura necessria de toro, de acordo com a norma. Se a armadura j alocada nos vrtices da seo for capaz de absorver os incrementos de esforos devido toro, o programa no especifica armadura de toro. Caso contrrio, a armadura longitudinal aumentada e se adiciona uma armadura nas faces laterais, como se tratasse de armadura de alma. A comprovao de compresso oblqua por toro e esforo cortante efetua-se a uma altura til do bordo de apoio, de acordo com a formulao de cada norma. O dimensionamento do esforo cortante se faz com a verificao compresso oblqua realizada na face do ponto de apoio e os estribos so dispostos a partir desta face ou, de forma opcional, a uma distncia especificada pelo usurio em porcentagens da altura til da face de apoio. O dimensionamento dos pilares feito por flexo normal composta, analisando-se os esforos em trs pontos distintos: a base e o topo do tramo em questo, bem como a base do tramo imediatamente acima. Caso existam cargas intermedirias a considerar, como planos deslocados, o programa passa a considerar os subtramos como um tramo inteiro e a regra igualmente se aplica. Na especificao das barras, a compatibilidade de esforos e deformaes estabelecida, a fim de se verificar que com tal armadura no sejam superados os limites de tenso e deformao, tanto para o concreto como para o ao. A considerao de excentricidades mnimas ou acidentais, bem como as de 2 ordem, so, segundo o manual, conforme a norma, indicando que as formulaes tm seu campo de atuao especificado em termos de limite de esbeltez que, caso superado, indica ao operador que a seo proposta insuficiente, ainda que permita o prosseguimento do projeto, a partir da introduo manual de armadura. No caso das lajes macias, so determinados em cada um dos ns da malha os momentos fletores nas duas direes, bem como o momento toror. Aplica-se o Mtodo de Wood, que considera o efeito da toro para obter o momento da armadura (sic) em cada direo especificada, para efetuar uma distribuio transversal em cada n, com seus adjacentes esquerda e direita, numa faixa de um metro. Somam-se, em cada n, os esforos dele prprio mais os da distribuio, a partir dos quais se obtm a rea necessria de ao em cada direo, tanto superior quanto inferior, especificada por metro de largura. Esta rea desbitolada a partir de tabelas com armaduras de reforo, de base, pr-determinadas,

51

etc., todas com possibilidades de formatao pelo usurio, de forma a se chegar numa armadura que respeite os limites impostos por norma. Em superfcies paralelas aos bordos de apoio, como pilares e vigas, numa faixa de afastamento distante meia altura til, verifica-se o cumprimento da tenso limite de puncionamento, de acordo com a norma. Trata-se de uma comprovao de tenses tangenciais, cujos valores so obtidos a partir dos esforos em ns prximos, interpolando-se linearmente nos pontos de corte do permetro de puncionamento. Se no forem cumpridas as restries e no se adotar a armadura transversal, um indicativo de que se deve aumentar a altura da laje, o tamanho do apoio ou a resistncia do concreto. No caso da opo por reforo ao puncionamento, indicam-se o nmero e o dimetro do reforo a se colocar como ramos verticais, bem como a separao necessria em funo do nmero de ramos colocados num certo comprimento. A seguir, so apresentados os principais resultados obtidos no projeto estrutural, referenciando as plantas Est-L01 a Est-L10, Est-P01 a Est-P08 e Est-V01 a Est-V20. A edificao foi dividida em nveis, devidamente denominados. Por uma caracterstica do programa, na atribuio da malha de elementos finitos, no se considera que as vigas baldrames descarreguem diretamente sobre as fundaes, o que significaria uma descontinuidade dos pilares. O fabricante alerta sobre este detalhe com duas opes: calcular a obra sem considerar a fundao (neste caso, os esforos resultantes da anlise estrutural so direcionados para o mdulo fundaes, para o clculo posterior), ou criar um nvel de diferenciao entre as vigas baldrames e as fundaes, permitindo o clculo da estrutura sem restries. Este segundo mtodo, considerado mais preciso, foi o adotado criando-se uma separao simblica de 3 cm entre estes nveis. Assim, em termos estruturais, os nveis considerados so os apresentados na Figura 27, com as respectivas cotas do piso acabado, referentes ao nvel da rua, em metros. importante que se observe a colocao de um guarda-corpo (nvel 6) de 1,10 m ao longo de todo o permetro da cobertura do prdio (nvel 5), onde se localizam a rea ajardinada, a churrasqueira e a sala de musculao. Alis, note-se que este piso (coloquialmente chamado de cobertura nos edifcios), no constitui o fechamento da edificao, pois foi concebido de com a possibilidade de se tornar o piso de mais um pavimento, motivo pelo qual foi denominado apenas por laje do 3 Pav.. Na realidade, tecnicamente, a laje de cobertura a ltima laje da edificao, que neste caso se sobrepe sala de musculao e, apenas parcialmente, rea central do pavimento. Este nvel (7) foi,

52

ento, denominado de laje de cobertura. Acima dele, existe apenas o fechamento da caixa do elevador, colocada um metro acima, conforme orientaes gerais dos fabricantes.16,75 15,75 13,70 12,60 9,45 6,30 3,15 - 0,30 - 0,78 Nvel 8 - Laje do Elevador Nvel 7 - Laje de Cobertura Nvel 6 - Guarda-Corpo Nvel 5 - Laje do 3 Pav. Nvel 4 - Laje do 2 Pav. Nvel 3 - Laje do 1 Pav. Nvel 2 - Laje do Trreo Nvel 1 - Baldrames Fundaes

Figura 27 Nveis adotados na concepo estrutural.

Os principais parmetros empregados no projeto esto mostrados na Tabela 4.Tabela 4 Principais dados do projeto.

Dados geomtricos de grupos e pisos grupo nome do grupo piso nome do piso altura (m) cota (m)

8 7 6 5 4 3 2 1 0

laje elevador laje cobertura guarda-corpo laje 3 pav. laje 2 pav. laje 1 pav. laje trreo baldrames fundao

8 7 6 5 4 3 2 1 -

laje elevador laje cobertura guarda-corpo laje 3 pav. laje 2 pav. laje 1 pav. laje trreo baldrames -

1,00 2,05 1,10 3,15 3,15 3,15 3,45 0,48 -

16,75 15,75 13,70 12,60 9,45 6,30 3,15 0,30 0,78

53 Tabela 4 Principais dados do projeto (continuao).

norma considerada combinaes consideradas concreto ao

NB 1/2000 (Brasil) concreto: NBR-8681(e.l.u.) edificao de habitao equilbrio de fundaes: NBR-8681(e.l.u.) edificao de habitao C40; fck = 408 kgf/cm2 e c = 1,40, para toda a obra CA-50; fyk = 5 097 kgf/cm2, = 1,5, s = 1,15, para toda a obra realiza-se anlise dos efeitos de 2 ordem deslocamentos multiplicados por 1,43 coeficientes de carga = 1,00, em qualquer direo

vento

velocidade bsica = 25,00 km/h rugosidade categoria 111, classe C fator topogrfico unitrio largura das faixas (m) [X;Y] = [60,05;16,40]

54

3.3

Pilares

A estrutura lanada soma 94 pilares distribudos conforme mostrado na Figura 28. A Tabela 5 apresenta as caractersticas fsicas dos pilares, decorrentes do pr-dimensionamento da seo de concreto. Nesta tabela, o sistema de coordenadas tem origem no centro da caixa do elevador.Nvel Baldrames - cota ( - 0,78 a - 0,30 )

P1

P2 P3

P4 P5

P6 P7 P8

P9 P10

P11 P12

P13

P14

P22 P34

P23 P35

P24 P36 P49

P25 P37

P26 P38 P51

P93 P15 P16 P17 P94 P21 P20 P18 P29 P19 P27 P28 P39 P44 P45 P46 P54 P55 P56 P52 P53

P30 P40

P31 P41 P59

P32 P42

P33 P43

P57 P58

P47

P48

P50

P60

P61

P1

P2 P3

P4

P22 P34

P23 P35

P24 P36 P49

P25 P37

Nvel Laje do Trreo - cota ( - 0,30 a + 3,15 ) P9 P11 P13 P6 P7 P8 P5 P10 P12 P15 P16 P17 P18 P21 P20 P63 P64 P65 P62 P19 P29 P26 P27 P28 P32 P31 P30 P38 P39 P66 P40 P67 P41 P68 P42 P69 P44 P45 P46

P14

P33 P43

P51 P50

P47

P48

P54 P55 P52 P53 P70

P57 P56 P58

P59 P60 P61

P1

P2 P3

P4

Nvel Laje do 1 Pav. - cota ( + 3,15 a + 6,30 ) P9 P6

P11 P12

P13

P5 P74

P7

P8 P15 P20

P10 P63

P14

P22 P34

P71 P23

P72 P24

P73

P25 P75 P35 P76 P36 P77 P37 P78

P16 P17 P21 P62 P18 P19 P29 P26 P27 P28 P39 P66 P38 P44 P45 P46 P53 P70

P64 P31 P67 P41 P68

P65 P69

P33 P43

P47

P48

P49

P50

P51

P52

P56

P57

P58

P59

P60

P61

Figura 28 Localizao dos pilares.

55

Nvel Laje do 2 Pav. - cota ( + 6,30 a + 9,45 )

P1

P2 P3

P4 P5 P74 P78

P6 P7 P8

P9 P10

P11 P12 P63

P13

P14

P22 P34

P71 P75

P72 P24

P73

P76 P36 P77

P15 P16 P17 P20 P21 P62 P18 P19 P29 P26 P27 P28 P39 P66 P38 P44 P46 P45 P53 P70

P64

P65 P69

P31 P67 P41 P68

P33 P43

P47

P48

P49

P50

P51

P52

P56

P57

P58

P59

P60

P61

P1

P22 P34

Nvel Laje do 3 Pav. - cota ( + 9,45 a + 12,60 ) P2 P9 P11 P13 P4 P6 P3 P5 P79 P7 P8 P80 P10 P12 P81 P83 P84 P15 P82 P85 P86 P16 P17 P87 P20 P71 P73 P21 P72 P74 P63 P64 P65 P62 P18 P19 P29 P26 P88 P27 P28 P89 P24 P31 P39 P66 P44 P45 P67 P41 P68 P69 P76 P36 P77 P78 P38 P75 P90 P46

P14

P33 P43

P91 P47 P48 P49 P50 P51

P53 P70 P52 P56

P92 P57 P58 P59 P60 P61

Nvel Laje de Cobertura - cota ( + 12,60 a + 15,75 )

P9 P80 P8 P15 P81P83 P84 P82 P16 P17 P87 P20 P21 P18 P19 P27 P28 P89 P88 P39 P66 P44 P45 P90 P46 P6 P7 P79 P70 P91 P52 P53 P92 P56

P85

P86

P67 P41

Nvel Laje do Elevador - cota ( + 15,75 a + 16,75 )

P16 P17 P27 P28

Figura 28 Localizao dos pilares (continuao).

56 Tabela 5 Pr-dimensionamento da seo de concreto e coordenadas dos pilares.

dados geomtricos de pilares referncia coordenadas [X / Y] (m) 32,22 / 5,32 27,20 / 5,32 22,22 / 5,32 17,25 / 5,32 12,27 / 5,32 6,80 / 5,43 6,77 / 5,43 2,22 / 5,32 gi gf * dimenses (m)

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23

06 05 06 05 05 67 07 07 07 05 05 56 05 06 05 06 07 07 08 07 07 05 07 05 03

0,22 x 0,25 0,26 x 0,22 0,26 x 0,22 0,25 x 0,22 0,32 x 0,22 0,30 x 0,22 0,20 x 0,22 0,20 x 0,22 0,20 x 0,22 0,25 x 0,22 0,32 x 0,22 0,30 x 0,22 0,25 x 0,22 0,25 x 0,22 0,26 x 0,22 0,25 x 0,22 0,30 x 0,16 0,30 x 0,14 0,30 x 0,14 0,18 x 0,30 0,18 x 0,30 0,16 x 0,35 0,16 x 0,40 0,22 x 0,25 0,40 x 0,18

2,22 / 5,32 7,62 / 5,32

12,60 / 5,32 17,57 / 5,32 22,55 / 5,32 27,57 / 5,32 1,73 / 2,23 0,94 / 0,87

0,93 / 0,87 6,80 / 0,18 6,77 / 0,18 2,23 / 0,18

2,23 / 0,18 32,22 / 0,88 27,20 / 0,88

* gi: grupo inicial; gf: grupo final;

57 Tabela 5 Pr-dimensionamento da seo de concreto e coordenadas dos pilares (continuao).

dados geomtricos de pilares referncia coordenadas [X / Y] (m) 22,22 / 0,88 17,25 / 0,88 12,27 / 0,88 0,87 / 0,93 gi gf * dimenses (m)

P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 P37 P38 P39 P40 P41 P42 P43 P44

05 03 02 35 08 08 02 35 02 05 02 05 06 03 05 03 02 25 05 67 02 07 02 06 05

0,40 x 0,18 0,40 x 0,18 0,40 x 0,20 0,40 x 0,18 0,14 x 0,40 0,14 x 0,40 0,40 x 0,20 0,40 x 0,18 0,40 x 0,18 0,40 x 0,18 0,40 x 0,18 0,22 x 0,25 0,22 x 0,25 0,40 x 0,18 0,40 x 0,18 0,40 x 0,18 0,40 x 0,20 0,40 x ,018 0,40 x 0,18 0,20 x 0,18 0,40 x 0,18 0,40 x 0,18 0,40 x 0,18 0,22 x 0,25 0,16 x 0,35

0,87 / 0,93 7,62 / 0,88 12,60 / 0,88 17,57 / 0,88 22,55 / 0,88 27,57 / 0,88 32,22 / 2,83 27,20 / 2,83 22,22 / 2,83 17,25 / 2,83 12,27 / 2,83

7,62 / 2,83 12,60 / 2,83 17,57 / 2,83 22,55 / 2,83 27,57 / 2,83 6,80 / 3,53

* gi: grupo inicial; gf: grupo final;

58 Tabela 5 Pr-dimensionamento da seo de concreto e coordenadas dos pilares (continuao).

dados geomtricos de pilares referncia coordenadas [X / Y] (m) 6,77 / 3,53 gi gf * dimenses (m)

P45 P46 P47 P48 P49 P50 P51 P52 P53 P54 P55 P56 P57 P58 P59 P60 P61 P62 P63 P64 P65

05 02 37 06 05 06 05 06 07 07 02 02 07 06 05 06 05 06 23 45 23 45 23 45 23 45

0,16 x 0,35 0,20 x 0,45 0,18 x 0,45 0,22 x 0,25 0,25 x 0,22 0,25 x 0,22 0,25 x 0,22 0,30 x 0,22 0,20 x 0,22 0,20 x 0,22 0,20 x 0,22 0,20 x 0,22 0,25 x 0,22 0,30 x 0,22 0,25 x 0,22 0,25 x 0,22 0,26 x 0,22 0,22 x 0,25 0,36 x 0,16 0,32 x 0,16 0,36 x 0,16 0,32 x 0,16 0,36 x 0,16 0,32 x 0,16 0,37 x 0,16 0,32 x 0,16

2,23 / 3,53 32,22 / 9,03 27,20 / 9,03 22,22 / 9,03 17,25 / 9,03 12,27 / 9,03 6,80 / 9,14 6,77 / 9,14 3,62 / 9,03 1,02 / 9,03

2,22 / 9,03 7,62 / 9,03 12,60 / 9,03 17,57 / 9,03 22,55 / 9,03 27,57 / 9,03 11,17 / 0,88 14,02 / 0,88 21,12 / 0,88 23,97 / 0,88

* gi: grupo inicial; gf: grupo final;

59 Tabela 5 Pr-dimensionamento da seo de concreto e coordenadas dos pilares (continuao).

dados geomtricos de pilares referncia coordenadas [X / Y] (m) gi gf * dimenses (m)

P66 P67 P68 P69 P70 P71 P72 P73 P74 P75 P76 P77 P78 P79 P80 P81 P82 P83 P84 P85 P86

11,17 / 2,83 14,02 / 2,83 21,12 / 2,83 23,97 / 2,83 2,32 / 9,03 28,62 / 0,88 25,77 / 0,88 18,68 / 0,88 15,83 / 0,88 28,62 / 2,83 25,77 / 2,83 18,68 / 2,83 15,83 / 2,83 8,79 / 5,32

25 67 25 67 23 45 23 45 27 35 35 35 35 35 35 35 35 57 57 57 57 57 57 57 57

0,36 x 0,16 0,20 x 0,16 0,36 x 0,16 0,20 x 0,16 0,36 x 0,16 0,32 x 0,16 0,37 x 0,16 0,32 x 0,16 0,20 x 0,22 0,36 x 0,16 0,32 x 0,16 0,32 x 0,16 0,32 x 0,16 0,36 x 0,16 0,32 x 0,16 0,32 x 0,16 0,32 x 0,16 0,20 x 0,22 0,20 x 0,22 0,14 x 0,25 0,14 x 0,20 0,14 x 0,20 0,14 x 0,20 0,14 x 0,20 0,14 x 0,20

4,13 / 5,33 4,07 / 2,20 8,72 / 1,55

7,62 / 1,59 11,17 / 1,59 14,02 / 1,59 17,57 / 1,59

* gi: grupo inicial; gf: grupo final;

60 Tabela 5 Pr-dimensionamento da seo de concreto e coordenadas dos pilares (continuao).

dados geomtricos de pilares referncia coordenadas [X / Y] (m) 5,12 / 0,18 8,72 / 2,87 gi gf * dimenses (m) 15

P87 P88 P89 P90 P91 P92 P93 P94

57 57 57 57 57 57 01 01

0,14 x 0,20 0,14 x 0,20 15

4,07 / 2,87 0,88 / 3,53 8,78 / 9,02

0,20 x 0,22 0,20 x 0,22 0,20 x 0,20 0,20 x 0,20

4,13 / 9,02 5,77 / 2,83 4,78 / 1,83

* gi: grupo inicial; gf: grupo final;

Aps diversas iteraes, o programa gerou as armaduras detalhadas nas plantas EstP01 a Est-P08. A Figura 29 exemplifica estes resultados com dois pilares. Em seguida, a Tabela 6 apresenta o resumo dos resultados obtidos, em funo da especificao dos materiais a serem empregados na construo dos pilares.

Figura 29 Detalhamento de armaduras dos pilares P16 e P17.

61

Figura 29 Detalhamento de armaduras dos pilares P16 e P17 (continuao).

Tabela 6 Resultado do dimensionamento dos pilares.

piso

tipo de ao

dimetro (cm) 10

comprimento peso (kgf) (m)

frmas (m2)

concreto (m3)

3,60 15,20 20,80 4,80 13,04 8,08 17,54 22,60 -240,00 531,66 534,86 594,02 27,00

2 16 57 1 4 6 19 61166

--------0,90

--------0,07

em barras

12,5 20

nvel 1

em estribos

5 6,3 10

em arranquestotal

12,5 20

- 10 12,5

166 574 924 1 616 117

------

------

nvel 2

em barras

16 20 25

62 Tabela 6 Resultado do dimensionamento dos pilares (continuao).

piso

tipo de ao

dimetro (cm) 5 6,3 8 10

comprimento peso (kgf) (m)

frmas (m2)

concreto (m3)

394,42 1 204,30 30,21 53,34 105,34 122,86 132,56 7,32--

68 328 13 37 114 212 361 324 562

--------186,00

--------10,85

em estribos

nvel 2 em arranques

12,5 16 20 25 total - 10

377,00 471,64 424,10 262,90 831,43 735,40 2,22 52,16 50,40 -578,80 412,20 400,40 117,20 1 121,12 561,50

260 509 732 715 144 200 2 90 1372 789

---------167,40

---------9,73

em barras

12,5 16 20

nvel 3

em estribos

5 6,3 12,5

em arranquestotal

16 20

- 10

400 445 692 319 194 153

-------

-------

em barras nvel 4

12,5 16 20

em estribos

5 6,3

63 Tab