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  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 2

    VI ENAFAPAN

    Encontro de Administradores

    Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo

    CADERNO DE RESUMOS

    Julio Cezar de Lara (Org.)

    26, 27 e 28 de outubro de 2016

    Curso de Administração

    FAPAN – Faculdade do Pantanal

    Cáceres – Mato Grosso

    Brasil

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 3

    2016, Encontro de Administradores –ENAFAPAN, V Edição.

    FAPAN - Faculdade do Pantanal - Cáceres - MT – Brasil Julio Cezar de Lara (Org.)

    ISSN 2447-3154

    OS TEXTOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, MANTIDO O FORMATO ORIGINAL DA SUA REDAÇÃO.

    Página da web do VI ENAFAPAN: http://fapan.edu.br/eventos-academicos

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 4

    VI ENAFAPAN

    Encontro de Administradores

    Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo

    ADMINISTRAÇÃO DA FAPAN Elvys Ferreira de Oliveira

    Diretor Geral

    Marilza Luiz Ferreira

    Coordenadora Pedagógica

    Dirceu Luiz da Siqueira Silva

    Curso de Administração

    COORDENADOR RESPONSÁVEL

    Prof. Dirceu Luiz da Siqueira Silva

    COMISSÃO ORGANIZADORA

    Profa. Beatriz Pereira da Silva Northfleet

    Profa. Clair Teresinha Birck

    Prof. Dirceu Luiz da Silva Siqueira

    Prof. Gustavo D. S. Bisinoto

    Prof. Julio Cezar de Lara

    Profa. Maristela Dalosto de Carvalho

    COMITÊ CIENTÍFICO

    Prof. Msdo. Julio Cezar de Lara - UNEMAT

    Prof. Ms Gustavo D. S. Bisinoto – FAPAN

    Profa. Esp. Maristela D. de Carvalho - FAPAN

    Profa. Esp. Danielle C. de S. e Silva - FAPAN

    Prof. Esp. Luis Eduardo Ferreira - FAPAN

    Profa. Esp. Juliane Smaniotto - FAPAN

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 5

    SUMÁRIO ADMINISTRAÇÃO DA FAPAN ............................................................................................................................. 4

    COORDENADOR RESPONSÁVEL ......................................................................................................................... 4

    COMISSÃO ORGANIZADORA ............................................................................................................................. 4

    COMITÊ CIENTÍFICO ........................................................................................................................................... 4

    APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................. 6

    A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE DE CUSTO NA TOMADA DE DECISÃO .................................................... 7

    A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUE NAS ORGANIZAÇÕES .................................................................. 15

    A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO PARA O DESEMPENHO DA ORGANIZAÇÃO .......................................... 19

    A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ................................ 24

    A UTILIZAÇÃO DO MODELO PORTER COMO FORMA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .............................. 29

    ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO EM PEQUENAS EMPRESAS: Estudo de caso da Flash Gás e Água ............. 36

    ALOCAÇÃO DE CUSTOS CRITERIOS MAIS EFICAZES NA TOMADA DE DECISÃO ............................................... 42

    ANALISE DO CUSTO/ BENEFICIO DO SISTEMA INTEGRADO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CÁCERES: SISTEMA OMEGA ............................................................................................................................................................ 48

    APLICANDO A CURVA ABC NO GERENCIAMENTO DE ESTOQUE DO SUBWAY DE CÁCERES ........................... 54

    DIFUSÃO DO TRABALHO PARTICIPATIVO NO PROCESSO ORGANIZACIONAL DA FEIRA DE ECONOMIA SOLIDARIA E AGROECOLOGIA FEISOL .............................................................................................................. 61

    ESTUDO DE CASO DAS ESRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO DA EMPRESA ALPHA DE MIRASSOL D’OESTE ... 65

    GERENCIAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES ............................................................................................... 70

    GESTÃO DE COMPRAS E ESTOCAGEM DA EMPRESA MARYSA ELETRODOMÉSTICOS ..................................... 75

    JUST-IN-TIME: UMA FERRAMENTA QUE CONTRIBUI COM O SUCESSO DA EMPRESA .................................... 80

    MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO: GANHOS OU PERDAS ...................................................................................... 84

    PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: AS FORMAS QUE AS EMPRESAS TRIBUTAM SEUS LUCROS............................ 90

    PRODUÇÃO SOB ENCOMENDA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS DO MODELO DE PRODUÇÃO 96

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 6

    APRESENTAÇÃO

    O Encontro de Administradores da Faculdade do Pantanal - ENAFAPAN - é um evento alusivo à

    comemoração do dia do administrador, celebrado no Brasil em 09 de Setembro.

    Possuindo cunho científico, educativo, pedagógico o evento promove a participação da

    comunidade acadêmica em palestras, minicursos e apresentação de banners, além de fomentar o

    empreendedorismo local.

    Após várias edições de sucesso o ENAFAPAN chega à sua 6ª edição com o tema “Administração:

    Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo”.

    Com várias opções de palestras o primeiro dia envolveu temas como a Ética Empresarial,

    Empreendedorismo Ambiental, Marketing e Tendências e a Arte de Falar em Público,

    possibilitando também aos participantes conhecer um pouco mais sobre Planejamento Tributário

    em um minicurso oferecido no evento.

    No segundo dia as palestras abordaram temas como Contabilidade Gerencial, Comércio

    Eletrônico, Marketing de Guerrilha e Administração do Tempo.

    O terceiro e último dia de evento foi reservado para a apresentação de banners de resumos

    expandidos enviados e aprovados pelo comitê cientifico.

    Durante o evento os banners ficaram expostos e a comunidade acadêmica pode conhecer a

    produção cientifica local. Os banners expostos no terceiro dia do evento terão suas publicações na

    integra neste caderno.

    A periodicidade do evento procura inspirar a comunidade acadêmica em participar, escrever e

    trocar experiências entre administradores e futuros administradores.

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 7

    RESUMOS EXPANDIDOS

    A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE DE CUSTO NA TOMADA DE DECISÃO

    Janaina Toscano Ribeiro, graduanda em Administração, acadêmica, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Mychele Cisnero Recalde, graduanda em Administração, acadêmica, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Maristela Dalosto de Carvalho, especialista em Gestão Pública. Professora Orientadora, FAPAN-Cáceres - MT. E-mail: [email protected]

    Resumo:

    Este artigo tem por objetivo mostrar a importância da Contabilidade de Custo na tomada de decisão, para isso foi feito um estudo bibliográfico, utilizando artigos e livros de autores conhecidos na área de Contabilidade de Custo. Identificando a importância da Contabilidade de custo para o gestor na tomada de decisão. A Contabilidade de Custo evoluiu durante o tempo acompanhando as mudanças e tendências de mercado no campo da indústria a fim de fornecer informações confiáveis para tomada de decisão na produção até a fixação do preço de cada produto. Desde a Revolução Industrial até hoje na era tecnológica trouxe preocupações e problemáticas ao campo da produção industrial onde a maior preocupação é obtenção de lucro, mas, para que isso aconteça é necessário possuir as informações adequadas, que são possíveis através de ferramentas que a Contabilidade de Custo possui tais como os Métodos de Custeio, de Contribuição e Fixação do Preço de Venda. Na atualidade muitas problemáticas vêm se levantando e é necessário saber a ferramenta adequada para utilizar para evitar informações distorcidas impedindo decisões assertivas. Com as novas tecnologias e métodos tem se falado em economia de recursos e alta produtividade encarada com o lema “fazer mais com menos”, o que faz o papel do profissional contábil necessitar de meio gerenciais para especificar os custos relativos à produção, a Contabilidade de Custo e de suma importância para o gestor na hora da tomada de decisão.

    Palavras-chave: Importância; Tomada de decisão; Contabilidade de Custo.

    INTRODUÇÃO

    O mercado consumidor é muito exigente e a competição entre organizações é muito acirrada, o que obriga as empresas a terem um maior controle em sua produção onde números resultam em lucro ou prejuízo. Com as novas tecnologias e métodos tem se falado em economia de recursos e alta produtividade encarada com o lema “fazer mais com menos”, o que faz o papel do profissional contábil necessitar de meio gerenciais para especificar os custos relativos à produção.

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 8

    A Contabilidade de Custo, frente a essa corrente, se impõe com controles de custeios por métodos gerencias buscando uma compreensão real do processo de produção de quanto está sendo empregado para se produzir cada produto possibilitando ao gestor compreender o quanto será gasto para produzir cada produto do inicio até o fim da produção. Sendo assim, o administrador terá através desse método a posição de quanto precisará para se produzir.

    Leone (2000, p.43) “diz que a contabilidade de custos analisa os custos de acordo com sua relevância, sua diretibilidade e sua variabilidade”.

    A Contabilidade de Custo para custear os custos fixos no processo de produção atribui-os por métodos de custeamento por absorção ou global, por meios específicos para cada atividade possibilitando ao final da produção ter o produto final com o custo relativo de sua produção de uma forma total. Contudo existem custeios de que alocam somente custos variáveis relativos à produção, mas é necessário avaliar qual o melhor para se realizar com confiabilidade os registros podendo obter maior proveito de cada método e não prejudicando a empresa. A margem de contribuição outra ferramenta que será tratada, realiza buscas através do ato de descobrir quanto sobra do preço aplicável se forem retirados todos os custos variáveis, ferramenta muito útil para ser ter um padrão de quanto obterá com cada produto pronto.

    A Contabilidade de Custos, desde os seus primórdios na Era Industrial tem buscado avaliar os custos para se mensurar um preço acessível ao lucro. No começo, o preço era determinado por simples fixação por parte do dono do negocio que verificava quanto gastava e coloca o preço desejável visando seu lucro, após a evolução e o tempo surgiram na Alemanha novos conceitos e ferramentas onde o lucro era prefixado pela tabela do governo. Assim hoje no Brasil utiliza-se de varias ferramentas para alcançar um preço confiável e almejar o lucro.

    Santos “et al” (2006, p.11), diz que a contabilidade de custo, cuja função inicial era a de fornecer elementos para avaliação dos estoques e apuração do resultado, passou, nas ultimas décadas, a prestar duas funções muito importantes na contabilidade gerencial: a utilização dos dados de custo para AUXÍLIO AO CONTROLE E PARA A TOMADA DE DECISÕES.

    Ou seja, ela se faz necessária, pois auxilia no planejamento e implantação de medidas e estratégias para empresa. Mas para isso é preciso conhecê-la, entender seus conceitos e suas ferramentas.

    Para isso, foi feita uma pesquisa bibliográfica que, segundo Gil (2002, p. 44), “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.

    MÉTODOS

    Várias são as modalidades de pesquisa que se pode praticar e deve-se demonstrar de maneira clara qual foi o caminho metodológico que se utilizou para a realização da pesquisa. Segundo Vergara (2006) uma pesquisa pode ser dividida quanto aos meios e quanto aos fins.

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 9

    Quanto aos fins de uma pesquisa cientifica ela pode ser: Exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada ou intervencionista. O critério adotado quanto aos fins, neste resumo, é do tipo descritivo, pois expõe as características do fenômeno e estabelece correlações, mesmo que os dados posam servir de base para explicação.

    Já quanto aos meios, Vergara (2006) descreve diversos tipos de meios de investigação, sendo os principais de campo, documental, bibliográfica, e estudo de caso.

    Cada meio de investigação tem sua característica própria e neste trabalho será utilizado o estudo bibliográficos que se caracteriza por utilizar pesquisa anteriores já impressas em livros, artigos, dissertação de mestrado ou tese de doutorado ( SEVERINO, 2007).

    Os livros e artigos utilizados na elaboração desse resumo foram dos autores Crepaldi ( 2010), Franco (1997), Gil (2002), Leone (2000), Martins (2003), Moreira (2011), Nakagama (2014), Severino( 2007), Vergara (2006).

    RESULTADOS E DISCUSSÕES A Contabilidade vem desde os primórdios da sociedade, quando se era necessário realizar o calculo da quantidade e valores de sua propriedade e dos seus bens como visto no desenrolar da historia e até mesmo na Bíblia. Mas vai ganhar impulso quando começa a Era Mercantilista com a Contabilidade Financeira, entretanto, quando chega à Era da Revolução Industrial, as empresas necessitarão de ferramentas mais avançadas e destinadas à produção.

    Para Crepaldi (2010, p. 2) “a contabilidade de custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e/ou serviços. Ela tem a função de gerar informações precisas e rápidas para a administração, para a tomada de decisão”. Ou seja, ela se faz necessária, pois auxilia no planejamento e implantação de medidas e estratégias para empresa. Mas para isso é preciso conhecê-la, entender seus conceitos e suas ferramentas.

    Na Era Mercantilista, até o começo da Revolução Industrial, a apuração de resultado de cada período era dada pelo balanço em seu final, através do levantamento de estoque físico, assim, sobre o valor pago pela mercadoria se dava valor ao produto. O calculo era bem simples e tem semelhança com o atual CMV (Custo de Mercadorias Vendidas) que era obtido através do calculo: Estoque Inicial + Compra – Estoque Final = CMV. Realizando esse calculo e subtraído o resultado de CMV da Receita com vendas, era possível chegar ao total do Lucro Bruto então é claro se fazia os pagamentos das contas necessárias para manter o negocio, e assim, obtém o Lucro Total daquele período.

    A Contabilidade de Custo nasce assim e se torna uma ferramenta de mensuração monetária dos estoques e todos os custos da fabricação de um produto e do resultado muito útil após a corrente que surge principalmente no EUA com Mercados de Capitais onde os acionistas ganham papel e as frequentes auditorias para obter a real situação de cada Empresa, assim, a Administração se distância da produção e dos estoques físicos, e cabe ao contador através das ferramentas da Contabilidade de Custo, fornecer informações seguras que auxiliem na tomada de decisão

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    Franco (1997, p.21) considera que: A contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientações – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômicas decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

    A contabilidade de custos surgiu após a Revolução Industrial devido à necessidade de avaliação dos estoques nas indústrias. Nesta época, eram utilizadas as Contabilidades Financeiras e a Geral, pois tinham a finalidade de serem aplicadas nas empresas comerciais e, com o surgimento das indústrias, os empresários sentiram a necessidade de um controle maior e específico a serem atribuídos aos estoques dos produtos.

    Segundo Leone (2000, p. 19) a contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões.

    Para Crepaldi (2010, p. 2), “a preocupação primeira dos contadores foi a de fazer da contabilidade de custos uma forma de resolver seus problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado, não a de fazer dela um instrumento gerencial”.

    E de acordo com Martins (2003, p.18), para a apuração do resultado “bastava fazer o levantamento dos estoques”.

    Crepaldi (2010, p.4), diz ainda que se uma empresa possuir um sistema de custo eficiente ela é capaz de conhecer seus custos, de analisar a possibilidade de redução de corte ou necessidade de novos orçamentos ou planejamento e assim conseguir identificar ou determinar o ponto de equilíbrio.

    Classificação dos Custos

    De acordo Leone (2000, p.48), custos possuem diversos objetos cuja quantidade exata é difícil especificar, tornando sua atuação ampla. Os objetos mais conhecidos são: a entidade como um todo, seus componentes organizacionais, os produtos e bens que fabrica para si própria e para venda e os serviços, faturáveis ou não, que realiza.

    Segundo Crepaldi (2010,p.4), “a contabilidade de custos utiliza terminologias próprias, nas quais são utilizadas com diferentes significados, sendo necessário um entendimento sobre cada dessas terminologias”.

    Entre as principais terminologias, Crepaldi (2010, p.16) afirma que gasto “é um sacrifício financeiro que a entidade arca para obter um produto ou serviço qualquer”. Pode ser representado como: gasto de matéria prima, gasto com comissão de vendas, etc. O desembolso, por sua vez, ocorre quando é feito o pagamento, ou seja, é a saída financeira. Já o investimento, de acordo com Martins (2003), “é um gasto ou aplicação de recursos com

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    a finalidade de obtenção de um bem ou serviço, com expectativa de lucro. Ex.: matéria-prima, máquinas, equipamentos, etc”.

    A perda se refere a bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária. Martins (2003, p. 18) diz que “não se confunde com despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua característica de anormalidade e involuntariedade; não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita.” Um exemplo de perda é o estoque deteriorado. As despesas são os gastos com bens ou serviços na manutenção da atividade operacional e na obtenção de receita, não estando diretamente ligadas à produção.

    Os custos, de acordo com Moreira (2011,p 45), “podem ser definidos de acordo com o contexto em que serão utilizados. Eles podem ser classificados como diretos e indiretos ou, com relação ao volume da produção, como custos fixos e custos variáveis”.

    Martins (2003, p. 34), traz o seguinte conceito de custos:

    Custos diretos e indiretos dizem respeito ao relacionamento entre custo e o produto feito: os primeiros são fácil, objetiva e diretamente apropriáveis ao produto feito, e os indiretos precisam de esquemas especiais para a alocação, tais como bases de rateio, estimativas, etc. Custos fixos e variáveis são uma classificação que não leva em consideração o produto, e sim o relacionamento entre o valor total fixado não em função de oscilações na atividade, e variáveis os que têm seu valor determinado em função dessa oscilação.

    Custos diretos podem ser apropriados diretamente ao produto, sem necessidade de rateio, como matéria-prima e mão de obras usadas na fabricação do produto. Para serem incorporados aos produtos, necessitam da utilização de algum critério de rateio. Por exemplo: aluguel, energia, etc. Custos fixos são aqueles cujo valor não altera independente do volume produzido ou do serviço prestado. Já variáveis são aqueles que variam proporcionalmente ao volume produzido.

    Métodos de Custeio

    Custeio é uma forma de decisão de como os custos serão registrados e divididos dentro da entidade. Estes precisam ser dimensionados da forma mais precisa possível para que seja facilitada a tomada de decisão do gestor. Os métodos de custeios mais utilizados são: custeio variável ou direto, custeio por absorção e o custeio baseado em atividade ou custeio Activity Based Costing (ABC).

    Custeio por Absorção

    É o mais tradicional, o mais utilizado e o adotado pelas legislações comercial e fiscal. É o método onde são atribuídos ao produto todos os custos da área de fabricação, sejam estes definidos como custos diretos, indiretos, fixos ou variáveis. Como o próprio nome diz cada produto absorve a parcela dos custos diretos e indiretos relacionados à sua fabricação.

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    Porém, os gastos que não fazem parte da produção são excluídos e lançados diretamente no resultado.

    Sua vantagem é gerar informação rápida a respeito de determinado produto, auxiliando nos planejamentos a longo prazo. Porém, é pouco utilizado na tomada de decisão, pois suas informações são menos eficientes na formação do preço de venda.

    Custeio Variável ou Direto

    De acordo com Crepaldi (2010, p.106), são considerados como custos de produção somente os custos variáveis; os custos fixos são lançados diretamente como despesas do período. Neste método, pressupõe-se que os custos variáveis e os fixos devem ser separados, pois os variáveis oscilam proporcionalmente de acordo com o volume da produção e deverão ser apurados mensalmente. Já os fixos existem independentemente da fabricação, ou seja, são gastos necessários para funcionamento geral da empresa e não é um encargo do produto. Neste caso, precisa de um critério de rateio para sua distribuição.

    O rateio, de acordo com a visão de Crepaldi (2010, p. 232) “mais atrapalha que ajuda”. Para o critério de avaliação de estoque e para decisão em curto prazo, ele é considerado de grande auxílio. Mas, pode gerar inconsistência, pois os custos fixos a serem distribuídos também irão depender do volume de produção e forma de rateio. Caso um desses critérios mude, a lucratividade pode ser alterada.

    Margem de Contribuição

    Margem de contribuição é o resultado da diferença da venda do produto ou serviço e o valor dos custos e despesas variáveis, é representada pela fórmula: MC=PV - (CV + DV). Onde MC significa margem de contribuição; PV é preço de venda; CV e DV são os custos e despesas variáveis. O resultado desse cálculo representará o valor que irá cobrir os custos e despesas fixas da empresa antes de se obter o lucro.

    Conhecendo a margem de contribuição, o administrador consegue tomar decisões de forma mais acertada, mais eficiente. Pois Martins (2003, p. 132) diz que “ao vender para o mercado externo, qualquer preço acima do custo e despesa variáveis provocará acréscimo direto no lucro”. A margem de contribuição também pode ser utilizada para determinar o ponto de equilíbrio da empresa.

    Ponto de Equilíbrio

    Ponto de equilíbrio é o momento em que as receitas se igualam aos custos, ou seja, onde o lucro é igual a zero. A empresa não tem nem lucro e nem prejuízo. Segundo Crepaldi (2010), “o ponto de equilíbrio contábil ocorre quando a receita total e o custo total são iguais, não havendo lucro ou prejuízo total”.

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    Para calculá-lo, dividem-se os custos fixos pelo índice da margem de contribuição. A fórmula utilizada para esse cálculo é: PE=CF/Índice da margem de contribuição (%). Onde CF representa os custos fixos

    A importância do ponto de equilíbrio está no fato de possibilitar o planejamento do lucro da empresa, proporcionando uma visão mais exata da situação ao gestor que poderá tomar decisões quanto à manutenção ou melhora de determinados produtos, a introdução de novos, etc.

    Custeio Baseado em Atividade ou Custeio ABC

    Custeio baseado em atividades ou Custeio Activity Based Costing (ABC), para Nakagawa (2014, p.48), “é o método que permite mensurar os custos partindo do pressuposto de que os recursos de uma empresa são consumidos pela sua atividade, e os produtos são consequência dessa atividade”. Ou seja, atribuem-se os custos às atividades e depois atribuem-se os custos das atividades aos produtos.

    Neste método, o rastreamento tem o objetivo de identificar, classificar e mensurar como as atividades consomem os recursos da empresa para depois analisar como os produtos consomem as atividades da mesma. Para Nakagawa(2014 p.50), “todos os custos deveriam ser apropriados diretamente à atividade e ao produto. Devido à evolução e grande utilização da tecnologia, os custos cada vez mais vêm se tornando indiretos.”

    Atividade e definida por Nakagawa (2014, p.42), “como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seus ambientes, tendo como objetivo a produção de produtos”.

    A vantagem desse método é que ele trás informações mais seguras, principalmente, para as empresas prestadoras de serviços que têm maior dificuldade na definição de seus custos, gastos e despesas. Mas pode também servir de ferramenta para todos os tipos de empresas, oferecendo inclusive condições de eliminar das atividades aquilo que não acrescenta valor ao produto ou serviço.

    A desvantagem é o alto custo de implantação, a empresa deve estar organizada e ter total comprometimento dos empregados e é um método não aceito pelo fisco.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a revisão bibliográfica apresentada no presente estudo, torna-se possível com as ideias de autores conhecidos a na área Contábil, compreender a importância da Contabilidade de Custo.

    A Contabilidade de Custo é atualmente é de grande importância no campo empresarial, fornece as ferramentas necessárias para se alcançar resultados de grande lucratividade, que é o maior objetivo de toda empresa, e principalmente na indústria onde a competividade de mercado tem se provado cada vez mais, e que a necessidade de se

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    manter uma analise detalhada dos custos dentro da produção é importante para a tomada de decisão, avaliação de estoques e fixação de preço.

    Desde os primórdios da era industrial ate nossos dias atuais na era tecnológica, há grandes preocupações com o custo em cada atividade. Atualmente, o profissional contábil dispõe de ferramentas distintas e adequadas para fazer analise criteriosa, desde o processo de planejamento e produção, até a fixação do preço, e assumir assim o papel determinante dentro da decisão da Empresa.

    Desde a evolução industrial para a tecnológica a Contabilidade de Custo evoluiu e dentro desse processo nossas ferramentas de trabalho de controles, analise e tomada de decisão tem se transformado para fornecimento de informações, mas, é preciso tomar cuidado e conhecer de forma criteriosa cada processo para sem implantar os métodos adequados e de maior retorno, pois, não tomando esses cuidados teremos muitos problemas na tomada de decisão, produção até a fixação do preço de venda de cada produto. Assim o profissional contábil necessita ter uma visão global da empresa, para tratar dos custos e utilizar das ferramentas adequadas e compatíveis com as características e particularidade de cada empresa.

    REFERÊNCIAS

    CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos, 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

    FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral, 23 ed., São Paulo: Ed. Atlas, 1997.

    GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa, 4ª. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

    LEONE, George S. G. Curso de Contabilidade de Custos, 2ª. Ed. São Paulo: Atlas,2000.

    MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos, 9ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.

    MOREIRA, Alberto Merchede Francisco Otávio. Custos e Formação de Preços para Instituições de Ensino. São Paulo, Atlas, 2011.

    NAKAGAWA, Masayuki. ABC – Custeio Baseado em Atividade, 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2014.

    SANTOS, José Luis dos “et al”. Fundamento da Contabilidade de Custos. 1ª ed. São Paulo: Atlas. 2006

    SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª ed. São Paulo:

    Cortez, 2007.

    VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 15

    A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUE NAS ORGANIZAÇÕES

    Janaina Patrícia de Almeida, graduanda em Administração, acadêmica, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Roseli Ares, graduanda em Administração, acadêmica, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Juliane Smaniotto, especialista em Gestão Ambiental, Professora Orientadora, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Resumo:

    O presente artigo trata da Importância da Gestão de Estoque nas Organizações, como essa ferramenta é utilizada para o benefício e eficiência do produto ou serviço oferecido ao consumidor, com o objetivo de otimizar os investimentos financeiros que as organizações fazem em seus estoques, esse processo possibilita identificar e controlar a quantidade de materiais em estoque, podendo assim gerenciar melhor as entradas e saídas de materiais. Esse artigo baseou-se no método qualitativo de analise, sendo um estudo explicativo realizado através de pesquisas bibliográficas em livros, artigos especializados, meios eletrônicos relacionados com a área. Percebeu-se na realização da pesquisa que a Gestão de Estoque na nas Organizações é uma ferramenta que imprescindível na qualidade de um bom estoque. Para concluir o artigo demonstrará os resultados apontados através dessa pesquisa de como a Gestão de Estoque acontece nas organizações, demostrando sua importância para o funcionamento das organizações, atendimento a demanda dos consumidores e distribuição de seus materiais.

    Palavras-chave: Gestão de Estoque; Administração; Materiais.

    INTRODUÇÃO

    Nos dias atuais com a alta competitividade e maior exigência do consumidor as empresas necessitam se adaptarem rapidamente a tendência, melhorar suas performances e agregar valores aos seus serviços e produtos.

    Deste modo, neste artigo apresentaremos a importância da gestão de estoque nas organizações, para o bom andamento dos processos. Para bem mostrarmos a importância da gestão de estoque, começamos definindo alguns conceitos sobre estoque, gestão de estoque, controle, almoxarifado e administração de materiais.

    Atualmente, independentemente do tamanho da empresa a gestão de estoque é a ferramenta que possibilita o gestor identificar os erros e acertos da empresa, informações como quantidades, disponibilidade do produto são importantes para que todo o processo de demanda ocorra da melhor forma na empresa.

    Neste sentido, o presente artigo tem como objetivo abordar os conhecimentos sobre o a Importância da Gestão de Estoque nas Organizações, bem como sua influência para o bom desempenho de todo o sistema logístico de uma organização.

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    MÉTODOS

    A metodologia será descrita conforme a classificação de Vergara (2010) que propõe dois critérios básicos para a investigação cientifica: quanto aos fins e quanto aos meios. Assim, quanto aos fins este artigo será do tipo explicativo, pois seu principal objetivo é fazer uma abordagem de como acontece a Gestão de Estoques na Administração Pública x Privada, e como essa ferramenta pode contribuir para o sucesso das organizações. Quanto aos meios, a investigação será do tipo bibliográfica, pois se baseia em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas e todo material acessível ao público. A pesquisa bibliográfica foi realizada em livros dos autores ARNOLD, J.R.Tony (2011), CHIAVENATO, BALLOU, Ronald (2009), Idalberto (2005), DIAS, Marco Aurélio P. (2009), LÉILIS, João Caldeira (2007), PAOLESCHI, Bruno (2011), POZO, Hamilton (2008).

    RESULTADO E DISCUSSÕES

    Conceito de Estoque

    Segundo Arnoldo (2011), os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição possui seja para comercialização ou para se utilizar num processo de produção. As empresas necessitam de um estoque.

    Chiavenato (2005), descreve que o estoque é a composição de materiais, sendo estes materiais em processamento, materiais semi-acabados ou materiais acabados, que não é utilizado naquele determinado momento pela empresa, mais que precisa ser armazenado ou estocado em determinando local de uma organização para necessidades futuras.

    Para Paoleschi (2011), o estoque também é a quantidade necessária de produtos para atender à demanda dos clientes. Ele existe somente porque o fornecimento e a demanda não estão em harmonia um com o outro.

    Gestão de Estoque

    De acordo com Lélis (2007), gestão de estoques é umas das funções da administração de materiais responsável pela previsão, registro e controle da movimentação dos materiais em estoque na empresa. A gestão de estoque tem a função de controlar, planejar e repor os estoques.

    Ainda segundo Lélis (2007), o objetivo da gestão de estoque de uma organização é adequar os investimentos em estoques, organizando os materiais estocados, sua movimentação, acompanhamentos através de relatórios, classificação dos materiais. Deste modo, obtendo todo controle de entrada e saída de materiais ou produtos.

    Funções de Estoque

    Chiavenato (2005), descreve as principais funções do estoque são:

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    Garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de demora ou atraso no fornecimento de materiais, sazonalidade no suprimento, riscos de dificuldade no fornecimento;

    Proporcionar economias de escala através da compra ou produção em lotes econômicos, pela flexibilidade do processo produtivo, pela rapidez e eficiência no atendimento ás necessidades;

    Dias (2010), descreve que a função dos estoques é maximizar as vendas, aperfeiçoar o planejamento e controle de produção, quanto maior o investimento, maior será o comprometimento e responsabilidade de cada departamento. Minimizar perdas e custos, otimizar investimentos, reduzindo as necessidades de capital investido.

    Controle de Estoque

    Paoleschi (2011), descreve que o controle de estoque depende de um sistema eficiente, onde deve fornecer a qualquer momento as quantidades e localização de materiais.

    Segundo Ballou (2009, pg.204), afirma que:

    O controle de estoque é parte vital composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta compreensão do seu papel na logística e de como devem ser gerenciados.

    Almoxarifado

    Segundo Dias (2011), o almoxarifado é o local responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em produção, local onde fica armazenado os materiais para venda ou produção.

    Paoleschi (2011), descreve que o almoxarifado é o local apropriado para armazenagem e proteção dos materiais da empresa. As principais atribuições do almoxarifado são receber para guarda e proteção as matérias adquiridas pela empresa, entregar os materiais aos usuários da empresa mediante requisição, manter os registros atualizados,

    Administração de materiais

    Arnold (2011), descreve a administração de materiais como função responsável pela coordenação de planejamento e controle do fluxo de materiais, com objetivos de maximizar a utilização dos recursos da organização e fornecer o nível requerido de serviços ao consumidor.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

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    A Gestão de Estoque é fundamental nas organizações, com o bom controle de materiais, evitasse grandes prejuízos nas empresas. Se um estoque estiver com quantidade superior ou inferior a demanda da empresa, pode acarretar sérios danos, além de prejudicar todos os setores.

    A má gestão ocasiona danos na credibilidade da empresa, haja vista que se o produto não estiver na hora certa e quantidade correta no estoque, todo processo de venda irá falha. Os dias atuais exige das empresas cada vez mais maior credibilidade com seus produtos e serviços, para se manter no mercado atual as empresas necessitam de uma correta manutenção de seu estoque.

    Deste modo, mantendo apenas as quantidades necessárias para a produção ou distribuição. A boa gestão de estoque não pode ser efetuado isoladamente, todos os setores devem caminhar com os mesmos objetivos, e informados de todos os processos dede da chegada dos materiais, até a distribuição.

    RERERÊNCIAS

    ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais: uma introdução / J. R. Tony Arnold; tradução Celso Rimoli, Lenita R. Esteves. – 1. Ed. – 9.reimpr. – São Paulo : Atlas, 2011.

    BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física / Ronald Ballou: tradução Hugo T.Y. Yoshizaki – 1. Ed. – 21.reimpr – São Paulo: Atlas, 2009

    CHIAVENATO, Idalberto. Administração de materiais: uma abordagem introdutória / Idalverto Chiavenato. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2005 – 5ª reimpressão

    DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística / Marco Aurelio P.Dias. – 4.ed,-19.reimpr. – São Paulo : Atlas, 2009.

    LÉLIS, João Caldeira. Gestão de materiais: estoque não é o meu negócio / Jão Caldeira Lélis. – Rio de Janeiro : Brasport, 2007.

    PAOLESCHI, Bruno. Logística Industrial Integrada – Do Planejamento, Curso e Qualidade à Satisfação do Cliente / Bruno Paoleschi. –3. Ed. rev. E atual. –São Paulo: Érica, 2011.

    POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística / Hamilton Pozo. – 5. Ed. – São Paulo: Atlas, 2008.

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    A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO PARA O DESEMPENHO DA

    ORGANIZAÇÃO

    Bruna Fazolo Egues, graduanda em administração, acadêmica, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Elaine Suellen Silva da Cruz, graduanda em administração, acadêmica, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Juliane Smaniotto, especialista em Gestão Ambiental, Professora Orientadora, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Resumo:

    Este estudo tem como objetivo apresentar o que é Treinamento e Desenvolvimento (T&D) bem como a sua importância para as organizações, onde os mesmos são ferramentas muito importantes para o sucesso da mesma visando assim uma forma de como criar vantagens competitivas. Portanto tem como objetivo identificar os motivos que as empresas têm para treinar e desenvolver seus colaboradores. As empresas treinam para criar novas habilidades ou aperfeiçoar as habilidades já existentes, onde competência e habilidade se aproximam de qualificação e sem dúvidas é isto que as empresas querem para alcançar resultados satisfatórios tanto para suas metas e objetivos quanto a satisfação de seus colaboradores que contribuíram para este feito. Sendo assim é sempre ponto positivo para a empresa que investe em seu colaborador.

    Palavras-chave: Recursos Humanos. Competências. Aperfeiçoar. Treinamento.

    INTRODUÇÃO

    É claro hoje em dia que investir em colaboradores é uma das formas mais eficazes para alcançar objetivos das organizações.

    Anteriormente, o sucesso de uma empresa era representado através do tamanho da organização, suas instalações e principalmente pela saúde financeira (riqueza) sendo estes os objetivos mais importantes dentro das organizações.

    Porém, o mundo está mudando, se modernizando cada vez mais e devido a este fator é fundamental que mudemos juntos, acompanhando as tendências e mudanças que vêm surgindo para que não fiquemos para trás. Este cenário, apenas relacionado à riqueza das organizações está mudando, o sucesso organizacional também tem hoje em dia uma importância significativa na saúde das empresas e se dá através de ideias criativas capazes de gerar grandes inovações.

    Sendo assim, observa-se a necessidade de treinar e desenvolver as pessoas cujo objetivo principal é a vantagem competitiva onde a mesma é o foco da maioria das empresas.

    Treinamento é o ato de preparar as pessoas para o ambiente de trabalho tanto dentro como fora dela, em que o individuo é profundamente influenciado no meio em que vive, trabalha e desenvolve suas habilidades e conhecimentos em varias tarefas realizadas (CHIAVENATO,1998).

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    Diante do exposto questiona-se o porque da importância das organizações treinarem seus colaboradores bem como analisar o que agrega de valor nesta prática.

    A seguir, se faz então necessário abordar conceitos e importância do Treinamento e Desenvolvimento nas organizações, bem como a percepção que os colaboradores da empresa em questão têm sobre este processo.

    METODOLOGIA

    As pesquisas exploratórias procuram fornecer ao pesquisador maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectivas contribui para o conhecimento e a compreensão do fenômeno por parte do pesquisador é, geralmente, poucos, ou inexistentes. É útil quando se tem uma noção vaga do problema de pesquisa. E, classifica-se como qualitativa a por existir a mensuração de variáveis pré-determinadas. (GIL, 2010).

    RESULTADOS E DISCUSSÕES

    As organizações são verdadeiros seres vivos. Quando elas são bem- sucedidas, tendem a crescer ou não, no mínimo, a sobreviver. O crescimento acarreta maior complexidade dos recursos necessários às suas operações.com o aumento de capital (CHIAVENATO, 2010).

    Para Dutra (2014), historicamente as pessoas vêm sendo encaradas pela organização como um insumo, ou seja, como um recurso a ser administrado.

    De acordo com Chiavenato (2010), o contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações. As pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de organizações.

    Segundo Maximiano (2007), anteriormente, a administração clássica se preocupava apenas com os processos. O homem era visto como um complemento da máquina e o seu tratamento eram visto de forma impessoal. Com o passar do tempo, a administração foi evoluindo e deu origem a abordagem contemporânea onde o cenário é dinâmico, a concorrência é acirrada e a organização é vista como um todo, ou seja, seus departamentos são interligados. Portanto, as empresas estão dando ênfase aos seus recursos humanos, pois são eles que levam a organização a atingir seus objetivos, tornando a mesma mais competitiva e proativa no desenvolvimento dos processos internos e externos, a fim de atender as expectativas dos seus clientes.

    Para atuarmos sobre a gestão de pessoas, necessitamos permanentemente compreende-las. Para compreende-las em toda a sua extensão e profundidade, utilizamos uma lente. O modelo de gestão é uma lente que nos ajuda a enxergar a realidade em sua totalidade e complexidade, descortina o invisível, ou seja, as relações ou situações subjacentes a nossa compreensão, das quais temos noticias apenas por seus efeitos. (DUTRA, 2014)

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    De acordo com Lacombe (2011), as organizações são constituídas de pessoas. São elas que agem, que tomam decisões. Nada acontece numa organização até que as pessoas tomem decisões e atuem em seu nome.

    As pessoas constituem o principal ativo da organização. Daí a necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas para seus funcionários. As organizações bem-sucedidas estão percebendo que apenas podem crescer, prosperar, prosperar e manter sua continuidade se forem capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os parceiros. Principalmente, o dos empregados. E quando uma organização está voltada para as pessoas, a sua filosofia global e sua cultura organizacional passam a refletir essa crença. A GP é a função que permite a colaboração eficaz das pessoas – empregados, funcionários, recursos humanos, talentos ou qualquer denominação que seja utilizada – para alcançar os objetivos organizacionais e individuais (CHIAVENATO 2010).

    De acordo com Menezes (2009), atualmente as mudanças em relação ao progresso cientifico e tecnológico vêm alterando o cenário mundial e afetando as organizações de trabalho, onde as mesmas se vêm obrigadas a seguir essas mudanças.

    Sendo assim este cenário vem transformando o sistema de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas (T&D) em um instrumento de gestão de pessoas essencial a formulação de respostas ágeis e flexíveis às novas exigências e demandas.

    Pode ser definido como treinamento qualquer atividade que contribua para que uma pessoa possa exercer uma nova função ou tarefa, ou ainda para aumentar a sua capacidade para exercer com mais qualidade as funções ou tarefas que já exerce em determinado setor, aumentando assim sua produtividade.

    O desenvolvimento é uma forma de aperfeiçoar as capacidades, desenvolvendo habilidades e competências e motivações dos funcionários com o propósito de torná-los futuramente capital de extremo valor para a organização (SOUZA, 2011).

    A atividade de Treinamento e Desenvolvimento é hoje considerada um investimento crucial para as organizações, onde suas ações fazem parte do contexto organizacional de forma determinante, são influenciadas e influenciam as estratégias da organização. É necessário que o processo de T&D esteja alinhado com as principais diretrizes corporativas e também com o ambiente no qual as empresas estão inseridas. (SOUZA, 2011).

    O subsistema de treinamento, desenvolvimento e educação pode ser compreendido como uma ciência multidisciplinar que se apropria de conceitos e teorias de diversas disciplinas como pedagogia, administração, psicologia, sociologia, educação, aplicando de forma organizada e sistematizada essas teorias e esses conceitos em programas que visam influenciar o comportamento humano no trabalho. (GONÇALVES, 2011).

    Surge a partir de então a necessidade de treinar e desenvolver as pessoas com o objetivo de proporcionar desenvolvimento e habilidades e também competências e aperfeiçoar as capacidades beneficiando todos os membros da organização e principalmente visando o

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    alcance dos objetivos das empresas, já que os colaboradores passam a ter uma visão sistêmica da organização, analisando como um todo e não apenas as partes.

    Um dos motivos do treinamento é a necessidade de preparar pessoas para substituir as que irão sair da organização, ou até mesmo a necessidade de preparar pessoas para novas ocupações e atividades.

    Para Chiavenato (2004), o conceito de treinamento pode apresentar diferentes significados. No passado alguns especialistas em RH consideravam o treinamento como um meio para adequar cada pessoa a seu cargo e desenvolver a força de trabalho da organização a partir dos cargos ocupados. Mais recentemente o conceito foi ampliado, considerando-se o treinamento como um meio para alavancar o desempenho no cargo.

    Treinamento é um processo sistemático para promover a aquisição de habilidades, regras, conceitos e atitudes que busquem a melhoria da adequação entre as características dos empregados e as exigências dos papeis funcionais (FRANÇA, 2007).

    É importar deixar claro que Treinamento e Desenvolvimento não devem ser utilizados como uma estratégia de motivação dos colaboradores de uma organização porém a falta de possibilidade de treinamento desestimula as pessoas a desempenhar suas tarefas.

    De acordo com Lacombe (2011), as organizações precisam dispor de pessoas competentes e motivadas para produzir.

    Além da preocupação com informação, habilidades, atitudes e conceitos, o treinamento esta sendo fortemente inclinado a desenvolver certas competências desejadas pela organização (CHIAVENATO 2010).

    Treinamento não é algo que se faça uma vez para novos empregados: é usado continuamente nas organizações bem administradas. Cada vez que se mostra a uma pessoa como ela deve fazer o trabalho, você esta treinando (LACOMBE, 2011).

    De acordo com o Lacombe (2011), uma das razões pelas quais as empresas investem menos do que deveriam em treinamento é o receio da perda do investimento, uma vez que o beneficiário direto do investimento, o empregado, poderá deixar a empresa a qualquer momento, ou ainda pior, no caso de irem trabalhar para um competidor.

    Os motivos que levam as empresas a treinarem e desenvolverem seus colaboradores são relacionados às metas empresariais, falhas na comunicação, implementação de novas técnicas ou estratégias na organização, e a necessidade de que todos estejam integrados para o objetivo final das organizações.

    Sendo assim, é importante que as empresas se adéquem a este sistema para agregar melhoria da eficiência e produtividade em relação aos serviços prestados, aumentando assim a eficácia dos resultados obtidos, melhorar no quesito inovação e criatividade em relação a produtos ou serviços sem deixarmos de lado a melhor qualidade de vida no trabalho e a satisfação dos colaboradores inseridos neste programa, além de melhorar no atendimento prestado aos clientes e sem duvidas agregando muitas vantagens competitivas em relação a seus concorrentes.

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    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Em todas as tarefas executadas, as pessoas são as grandes responsáveis pelo seu controle e execução, bem como também pelo planejamento da mesmo, é através da forma como essas tarefas são executadas que se dá ao fracasso ou sucesso de uma organização.

    É de extrema importância que as organizações fazem um investimento referente ao treinamento dos colaboradores, pois a partir da qualificação é que se conquista um diferencial em relação aos concorrentes.

    A partir disso, o presente estudo procurou mostrar o quão importante é o treinamento dentro das organizações, pois para obter uma melhoria tanto em serviços ou no desenvolver das atividades, a organização deve procurar manter seus colaboradores devidamente treinados para desenvolver um melhor papel em sua função desenvolvida, agregando assim lucratividade para a empresa.

    REFERÊNCIAS

    CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

    ______.Recursos Humanos. 5 ed.São Paulo: Atlas, 1998;

    ______. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato.- 3.ed.-Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

    MARCONI, Marina de

    Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

    DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: Modelo, processos, tendências e perspectivas / Joel Souza Dutra.—1.ed.-13.reimpr.-São Paulo: Atlas, 2014.

    FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de Recursos Humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos/ Ana Cristina Limongi França. – São Paulo: Atlas, 2007.

    GONCALVES, Arquiléia, MOURÃO, Luciana. A expectativa em relação ao treinamento influencia o impacto das ações da capacitação? Rap- Rio de Janeiro, 2011

    MAXIMIANO, Antônio Cesar Amorim. Introdução a Administração. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

    MARRAS, P.J. Administração de Recursos Humanos: subsistemas de treinamento e desenvolvimento. 3.ed. São Paulo: Futura, 2000.

    MENEZES, Pedro Paulo Murce. ZERBINI, Thais. Levantamento de necessidades de treinamento: Reflexões atuais. Análise, Porto Alegre, v.20, 2009.

    SOUZA, A.V.Chagas, F.A.Silva, C.E. Jogos de empresas como ferramenta de treinamento e desenvolvimento. Revista Brasileira de Administração Cientifica, Aquidabã, v.2,n.2,p.05-23,2011

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    A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

    Diego Ferreira de Jesus, graduando em Administração, acadêmico, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail:[email protected]

    José Rodrigues da Rocha, graduando em Administração, acadêmico, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail:[email protected]

    Maristela Dalosto de Carvalho, especialista em Gestão Pública. Professora Orientadora, FAPAN-Cáceres - MT. E-mail: [email protected]

    Resumo:

    Propomos identificar a origem da contabilidade de custos, a fim de enaltecer conceitos poucos vistos na atualidade. A metodologia da pesquisa utilizada classifica-se como pesquisa bibliográfica, descritiva explicativa, baseado em diversos autores, e artigos na área. A contabilidade de custos influencia totalmente na formação do preço de venda do produto, que por sua vez não teria a menor possibilidade de crescimento das empresas na atualidade sem saberem de custos. Já pensou sua empresa vendendo produtos sem saber o valor do custo, dos impostos e os gastos com mão de obra, a contabilidade de custos surgiu justamente pra auxiliar a compor o preço final. A contabilidade de custos é uma importante ferramenta de controle de dados para ajudar no sistema gerencial das organizações. A escolha do tema que compõe esse trabalho tem o objetivo de esclarecer o fator preponderante para formação do preço de venda de produtos e na prestação de serviços. Conclui-se que saber formar o preço de venda do produto é de fundamental importância para as empresas, com técnicas e métodos objetivando levará ao sucesso e consequentemente o lucro. A contabilidade de custos é uma ferramenta para os pequenos empresas que esta querem abrir seu negócio e se fixarem no mercado. No mais evidencio que a fixação do preço de venda é de suma importância no mercado competitivo que vivemos.

    Palavras-chave: Contabilidade de custos; preço de venda; técnicas; métodos.

    INTRODUÇÃO

    Com o mercado a cada dia que passa mais competitivo, é de extrema importância que os gestores utilizem a contabilidade de custos, que, todavia seja precisa e confiável, para que o resultado final seja de acordo com planejado e com eficiência para corrigir se necessário, as situações inesperadas no decorres do período. No mundo globalizado a facilidade de encontrar o produto desejado é cada vez maior, as empresas necessitam de fatores que as tornem mais atraente, e o conhecimento dos elementos de formação do preço de venda dos produtos e serviços constitui-se numa vantagem competitiva para as organizações.

    De acordo com Martins (1998), a contabilidade de custos tem duas funções relevantes, uma no auxílio ao controle e a outra na ajuda as tomadas de decisões. No que diz respeito ao

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    controle, sua mais importante missão é fornecer dados, orçamentos e outra formas de previsão e em seguida acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com valores anteriormente definidos, já a tomada de decisões o papel da contabilidade de custos consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo sobre medidas de corte de produtos, opção de compra e fixação de preços de venda. Este trabalho tem o objetivo, de estudar uma parte deste planejamento e desenvolvimento, que é a estratégia na formação do preço de venda, considerada por muitos como um dos principais motivos para o sucesso das empresas, pois com o correto planejamento e desenvolvimento da formação do preço de venda, elas poderão atingir os objetivos de lucro planejado, desenvolvimento de seus colaboradores, diminuir as incertezas do futuro nos planos alongo prazo e ter políticas de investimentos no curto e longo prazos mais eficazes.

    MÉTODOS

    Várias são as modalidades de pesquisa que se pode praticar e deve-se demonstrar de maneira clara qual foi o caminho metodológico que se utilizou para a realização da pesquisa. Para Vergara (2006) uma pesquisa pode ser dividida quanto aos meios e quanto aos fins.

    Quanto aos fins de uma pesquisa cientifica ela pode ser: Exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada ou intervencionista. O critério adotado quanto aos fins, neste resumo, é do tipo descritivo pois expõe as características do fenômeno e estabelece correlações entre as variáveis, não tendo compromisso em explicar os fenômenos, mesmo que os dados possam servir de base para a explicação.

    Já quanto aos meios, Vergara (2006) descreve diversos tipos de meios de investigação, sendo os principais: pesquisa de campo, documental, bibliográfica e estudo de caso. Cada meio de investigação tem sua característica própria e neste trabalho será utilizado o estudo bibliográfico que se caracteriza por utilizar pesquisas anteriores já impressas em livros, artigos, dissertações de mestrado ou teses de doutorado (SEVERINO, 2007). Os livros e artigos utilizados na elaboração desse resumo foram dos autores... LEONE (2000), SEVERINO (2007), SILVA (2008), SCHEIR (2006), NEVES E VICECONTI (2010), MARTINS (1998), VENGARA (2006).

    CONTABILIDADE DE CUSTOS

    Segundo Martins (1998, p. 12) a contabilidade de custos surgiu através da contabilidade financeira, devido a necessidade de avaliar e controlar os estoques nas indústrias, pois havia uma demanda em plena expansão no mercado. Anteriormente os produtos eram fabricados por artesões, sendo que estes eram constituídos por pessoas físicas, que além de possuir pouco conhecimento na área de custos, não se preocupava com os custos da sua produção.

    A contabilidade de custos, se deriva da contabilidade financeira e da contabilidade geral, que foi implantada a fim de ser um instrumento na resolução de diversos problemas monetários

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    dos estoques e da organização, porém não sendo utilizada num primeiro momento como ferramenta gerencial de administração (Schier, 2016).

    Com isso, surgem os diversos conceitos de contabilidade de custos. Conforme Leone (1997, p. 16), a contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se define por produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma organização, para auxiliar no planejamento e controle das operações e tomada de decisões.

    Silva (2008) descreve que a contabilidade de custos é um ramo da ciência contábil que serve para identificar, mensurar, registrar e informar os custos que as mercadorias u serviços são vendidos.

    Classificação dos custos

    Os gastos gerais na comercialização de produtos decorrentes da produção são classificados em custos diretos e indiretos. Para Sheier (2006), “a apropriação dos custos exige uma determinação dos gastos em períodos mensais, para inclusão entre os elementos de custos do mês correspondente”. Com tudo os gastos gerais são rateados com base nas seções produtivas com base em critérios diferentes, de acordo com a natureza da produção.

    Figura 1: Esquema básico de Contabilidade de Custos

    Fonte: Perez, Jr.; Oliveira; Costa (1999).

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    Na figura 1: estão as etapas para elaboração do mapa de localização dos custos.

    FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

    Segundo Neves e Viceconti (2010), diz que o custo de fabricação dos produtos desempenha um papel importante, pelo simples fato que as empresas possam não vender seus produtos abaixo do preço de custo. Conforme os métodos utilizados para determinação do preço de venda, como: base no custo pleno (custo por absorção); base no custo de transformação; base no custo marginal (variável); com base no rendimento sobre o capital empregado.

    Para administrar preços de venda, sem dúvida é necessário conhecer o custo do produto; porém essa informação, por si só, embora seja necessária, não é suficiente. Além do custo, é preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços de produtos dos concorrentes, os preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa etc.; e tudo isso depende também do tipo de mercado em que a empresa atua, que vai desde o monopólio ou do monopsônio até a concorrência perfeita, mercado de commodities etc.

    ABSORÇÃO DOS CUSTOS

    Nesse caso, os preços de vendas são iguais ao custo total da produção (determinado pelo custeio por absorção) mas um acréscimo porcentual para cobrir as despesas operacionais e proporcionais uma margem desejado de lucro afirma Neves e Viceconti (2010).

    Tabela 1:

    MATERIAL DIRETO.............................................................................. R$ 100,00

    MÃO DE OBRA DIRETA ...................................................................... R$ 70,00

    CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO............................................ R$ 80,00

    (=) CUSTO UNITÁRIO TOTAL ............................................................ R$ 250,00

    Fonte: Neves e Viceconti (2010).

    Os custos indiretos de fabricação foram estimados com base no volume normal de produção e venda da Cia. e rateados para o produto x com base em critérios considerados adequados.

    A experiência prévia da companhia é de que as despesas operacionais representam cerca de 40% dos custos e ela deseja obter um lucro, antes dos impostos, de 30% sobre o total de custos e despesas.

    Tabela 2:

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    A FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE X SERÁ: R$

    CUSTO UNITÁRIO TOTAL...........................................................................

    (+) DESPESAS OPERACIONAIS (40% DOS CUSTOS) ..............................

    (=) CUSTO + DESPESA OPERACIONAL.....................................................

    (+) MARGEM DE LUCRO (30% DE CUSTOS + DESPESAS) ...................

    PREÇO DE VENDA .......................................................................................

    250,00

    100,00

    350,00

    105,00

    455,00

    Fonte: Neves e Viceconti (2010).

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Este resumo tem como objetivo principal demonstrar, analisar e auxiliar várias aplicações da contabilidade de custos na tomada decisão em um ponto que é de primordial importância para o sucesso de qualquer empreendimento, que é a formação de preço de venda. Assim sendo, que nenhuma decisão deve ser tomada observando apenas fatos isolados, ou seja, para que se possa realmente definir o melhor caminho a ser seguido, é necessário utilizar dos benefícios proporcionados pela contabilidade de custos aliados a observação das diversas variáveis que exercem influência nas diretrizes da organização. Apesar das limitações, o conhecimento dos custos para uma empresa é fator preponderante para sua sobrevivência, pois nenhuma empresa, independentemente de seu porte, não sobrevivera por muito tempo se praticar preços de vendas abaixo de seus custos. E tão importante quanto saber determinar os custos dos produtos fabricados ou dos serviços prestados, é saber otimizar esses custos, estudando técnicas que proporcionem a redução dos custos sem reduzir qualidade.

    REFERÊNCIAS

    LEONE, G. S. Custos: planejamento, implantação e controle. São Paulo: Atlas, 2000.

    MARTINS, E. Contabilidade de custos. 6. ed. São Paulo: Atlas; 1998.

    NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo E. V. Contabilidade de Custos. Um enfoque direto e objetivo, 9º ed. São Paulo, 2010.

    SCHIER, C. U. C. Gestão de custos. 20. ed. Curitiba: IBPEX, 2006.

    SILVA, Benedito Albuquerque da. Custos e Estratégias de Gestão, 2008.

    SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007.

    VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

  • “Administração: Situação Atual, Perspectivas de Negócios e Empreendedorismo” ISSN – 2447-3154 Caderno de Resumos – VI ENAFAPAN Página 29

    A UTILIZAÇÃO DO MODELO PORTER COMO FORMA DE PLANEJAMENTO

    ESTRATÉGICO

    Silvano Ferreira da Silva, graduando em Administração, acadêmico, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Juliane Smaniotto, especialista em Gestão Ambiental, Professora Orientadora, FAPAN/Cáceres-MT. E-mail: [email protected]

    Resumo:

    Como podemos notar, grandes empresas vêm se destacando recentemente no mercado e, isso possibilitou o surgimento de outras que pretende e inserir no ambiente de forma competitiva. Mas para isso, é necessário que exponha produtos que satisfaz as exigências dos clientes. Se manter neste cenário extremamente competitivo faz com que as empresas elaborem os planejamentos estratégicos pertinentes e eficazes ao seu ramo de atividades. Estar muito bem informado sobre as mudanças que ocorrem no mercado fará grandes diferenças, como por exemplo, a concorrência no mercado de celulares smart fone que teve uma evolução muito grande nos últimos anos, tendo em vista que as empresas buscam, a todo tempo, melhorar o seu produto com o objetivo de transformar a sua marca num conceito e, consequentemente se igualar ou, até mesmo ultrapassar seus concorrentes mais forte do mercado. Este trabalho tem como objetivo central mostrar como o Modelo Porter pode auxiliar o administrador a se preparar para o mercado. Foi realizado uma pesquisa bibliográfica para buscar conceitos e opiniões de outros autores que serviram como base para a elaboração deste trabalho. Alcancei como resultado que utilização das 5 forças de Porter compreendem para a verificação da intensidade da rivalidade, poder de barganha com o fornecedor e com o comprador, ameaça de novos entrantes no mercado e a verificação de um produto substituto, fatores que são determinantes para que a organização obtenha sucesso. A forma prática de se aplicar uma análise de verificação do potencial do concorrente com a utilização das 5 Forças de Porter, possibilita verificar os seus concorrentes que podem afetar, de alguma forma, as atividades da empresa trazendo produtos que pode ser melhor aceito pelo consumidor deixando-o mais valorizado. A criação de ferramentas que auxiliem na administração da empresa tem ganhado força e espaço, onde, através delas pode-se encontrar a melhor maneira de facilitar o trabalho.

    Palavras-chave: Competitividade, Modelo Porter, Planejamento Estratégico,

    INTRODUÇÃO

    Este artigo tem como objetivo central mostrar como o Modelo Porter pode ser utilizado em face do planejamento estratégico, onde, através da análise dos seus concorrentes a organização pode tomar novos rumos. Para Fichman et al. (1999), “O que se intui é que a sobrevida de empresas ineficientes seria mais provável em indústrias com baixo nível de competitividade, comparativamente a indústrias com maior grau de competição”.

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    Hoje o nosso cenário mercadológico atual está completamente competitivo, tendo em vista ao grande número de empresas que vem surgindo e, principalmente, conquistando espaço e a confiança de clientes.

    Se manter no cenário mercadológico é extremamente difícil, pois, a cada dia que passa novas surgem novos segmentos de mercado e, outras se reestruturam e mudam seus conceitos para continuar atuando no mercado para permanecer competitivo.

    Peter Drucker (1984, p. 25) define Planejamento Estratégico como:

    Planejamento estratégico é um processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. (PETER DRUCKER, 1984, p. 25).

    O autor supracitado ainda argumenta que planejamento estratégico é um processo que não para, pois, a constante mudanças e tendências do mercado influenciam as empresas a realizarem mudanças para se manter competitivas no mercado. O Planejamento Estratégico visa ter uma preparação prévia para qualquer situação que a empresa possa vir enfrentar futuramente.

    Olanda (2011), conceitua Planejamento Estratégico como:

    O conceito de “estratégia” é oriundo de um cenário de guerra, surgindo em meados dos anos 60 como a melhor maneira de se estabelecer e implementar a estratégia que aumentaria a competitividade de cada unidade de negócio. O sentido de Planejamento Estratégico, ou mesmo o conceito mais amplo de Estratégia sempre estiveram presentes na atividade empresarial, ainda que de forma simples e não sistemática. (OLANDA, 2011).

    O conceito de estratégia, mencionado pelo autor acima, advém da “guerra” de mercado que surgiu na década de 60, onde, as organizações realizavam estratégias para aumentar a sua capacidade de lucro no mercado e, a estratégia hoje se faz presente em todas organizações.

    Podemos verificar como exemplo a Apple que através de muito tempo conseguiu transformar sua marca num conceito e, isso impulsionou o surgimento de novos entrantes do mesmo segmento que brigam para conquistar o seu lugar. A Samsung é uma das marcas que mais lança, implementa e aprimora seus produtos com o intuito de conquistar os consumidores e isso traz um certo desconforto para Apple, pois, a Samsung vem ganhando mais espaço a cada dia,

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    O Modelo Porter, também amplamente conhecida como as 5 Forças de Porter, é muito utilizada para verificar e analisar os perigos que podem surgir com o tempo, nele mostra as ameaças de novos entrantes, poder de negociação dos fornecedores, ameaça de produtos substituídos e poder negociação dos compradores. Para tornar a sua marca/produto como uma forma de conceito sendo um paradigma para as outras é extremamente difícil e leva muito tempo, dedicação e, principalmente investimento, toda via que tornar a sua marca como uma referência agrega um valor imenso para a organização.

    Para Vasconcelos (2000), relata que:

    Porter articulou o primeiro e provavelmente o mais influente paradigma no campo da Estratégia Empresarial, o que explica a importante difusão de suas ideias nos últimos 25 anos. Porter oferece a promessa de uma explicação fundada sobre uma estrutura teórica consistente e empiricamente verificável, capaz de prever o comportamento das empresas em muitos casos reais. (VASCONCELOS, 2000).

    Porter foi o dominante no campo da estratégia empresarial nos últimos 25 anos, pois, conseguiu alavancar o seu modelo como uma forma de ferramenta capaz de prever o comportamento dos seus concorrentes, possibilitando-o a realizar novos planejamentos ou, até mesmo, uma reestruturação empresarial. “O desenvolvimento de processos e produtos tecnológicos mais avançados, eventualmente inovadores, é um dos principais pilares para uma empresa obter vantagens competitivas no atual cenário econômico, respondendo às contínuas mudanças exigidas pelo mercado” (PORTER, 1989).

    METODOLOGIA

    Várias são as modalidades de pesquisa que se pode praticar e deve-se demonstrar de maneira clara qual foi o caminho metodológico que se utilizou para a realização da pesquisa. Para Vergara (2006) uma pesquisa pode ser dividida quanto aos meios e quanto aos fins. (VERGARA 2006).

    Quanto aos fins de uma pesquisa cientifica ela pode ser: Exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada ou intervencionista. O critério adotado quanto aos fins, neste resumo, é do tipo descritivo pois expõe as características do fenômeno e estabelece correlações entre as variáveis, não tendo compromisso em explicar os fenômenos, mesmo que os dados possam servir de base para a explicação.

    Já quanto aos meios, Vergara (2006) descreve diversos tipos de meios de investigação, sendo os principais: pesquisa de campo, documental, bibliográfica e estudo de caso. Cada meio de investigação tem sua característica própria e neste trabalho será utilizado o estudo bibliográfico que se caracteriza por utilizar pesquisas anteriores já impressas em livros, artigos, dissertações de mestrado ou teses de doutorado (SEVERINO, 2007).

    RESULTADOS E DISCUSSÕES:

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    As 5 Forças de Porter têm como objetivo verificar “a competitividade de uma empresa será determinada pela ameaça de entrada de novas empresas na indústria e produtos substitutos, pela rivalidade existente entre os concorrentes atuantes no mercado e pelo poder de negociação que a empresa tem com seus clientes e fornecedores” (CORAL, 2002).

    Figura 1: Representação das 5 Forças de Porter

    Fonte: Imagens Google

    Acima a figura representativa das 5 Forças de Porter que pode ser aplicada na análise e definição e implantação de estratégias na excelência gerencial de uma organização.

    Aktouf (2002), relata que:

    Seu modelo analítico passou a ser um molde generalizado de concepção e de análise, uma visão de mundo, uma ideologia plena e inteira. Porter é qualificado sistematicamente como o mentor dos especialistas em estratégia. Ele é ainda o autor mais citado, nos dez últimos anos, nas publicações de administração e de economia. (AKTOUF, 2002).

    Uma das maiores contribuições para o entendimento dos fatores que atuam sobre a competitividade de uma empresa numa determinada indústria foi o modelo de análise estrutural das forças competitivas e a cadeia de valor, propostos por Michael Porter na década de 80 (PORTER, 1986).

    O modelo de Porter é amplamente utilizado como molde de análise e um grande especialista com a sua habilidade de estratégica, isso possibilitou a difusão da tamanha importância do seu método de análise de mercado.

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    Determinantes da Rivalidade

    Os determinantes da rivalidade são os fatores que afetarão o sucesso da empresa frente aos seus concorrentes, tem como alguns exemplos:

    Concorrentes numerosos e bem equilibrados; Diferença de produtos; Custos de mudança;

    A rivalidade é centro do estudo de Porter, e geralmente é marcada como uma disputa acirrada, onde, foi gerado as cinco premissas pertinentes no mercado.

    Ameaça de Novos Entrantes (Ameaças)

    A ameaça de novos entrantes é um perigo que requer um alerta da empresa. Ele mostra os principais aspectos determinantes e qual efeito ela pode trazer para a empresa, sendo elas:

    Identidade de marca; Exigências de capital; Acesso aos canais de distribuição;

    Os novos entrantes causam mudanças no planejamento da organização, pois, ela precisa buscar outras formas para muda-lo. Os novos entrantes causam um certo desconforto na gestão, haja vista que isso influencia em outras situações à serem enfrentadas e, por muitas vezes, criam um marketing agressivo ao lançar seu produto.

    Ameaça de Produtos Substitutos (Ameaças)

    Este fator é relacionado como os novos produtos que ameaçam a organização, onde, geralmente, vem com uma tecnologia ou aprimoramento totalmente diferente que ameaça o sucesso do seu produto, tem como alguns exemplos:

    Preço/desempenho dos produtos substitutos; Custos de mudança; Tendência do comprador a substituir;

    Esta ameaça tem a ver com o fato da organização manter uma rivalidade com as demais, trazendo novos produtos mas com um preço menor mas com a mesma função em relação ao concorrente.

    Poder de Barganha dos Clientes (Negociação)

    Já este fator é parecido com o poder de barganha dos fornecedores, mas é voltado para os clientes, onde, o mesmo busca encontrar condições de pagamentos mais flexíveis que também podem ser oferecidos pelo concorrente, desta forma, o poder de barganha dos clientes pode ser também um fator determinante no negócio. Tem como alguns exemplos os seguintes aspectos:

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    Custos de mudança do comprador em relação aos custos de mudança da empresa; Produtos substitutos; Importância do produto adquirido nos seus custos ou compras;

    Neste ponto o poder de negociação é influenciado pelos clientes que, neste caso, força a empresa a dar melhores condições de pagamentos ou que diminua o valor do produto, isso causa uma rivalidade entre as empresas, pois, uma pretende encontrar as melhores formas que a outra. O poder de barganha dos fornecedores é parecido com de fornecedores mas neste caso ele tem a ver com os altos preços ou a qualidade do produto a ser ofertado.

    Poder de Barganha dos Fornecedores (Negociação)

    A negociação com os fornecedores é um ponto muito importante para a organização, pois, através deles a empresa fluirá o seu processo produtivo, mas encontrar fornecedores que atendem as suas necessidades se torna um fator determinante apontado por Porter. Alguns destes fatores são:

    Concentração de fornecedores; Impacto dos insumos sobre custo ou diferenciação; Ameaça de integração para frente;

    Porter traz também os Fatores Críticos de Sucesso que são as condições ou áreas fundamentais nas quais um resultado satisfatório irá assegurar o sucesso competitivo da empresa no mercado. Os Fatores Críticos de Sucesso que podem comprometer o avanço da empresa e que devem ser constantemente analisados, são:

    Estrutura da indústria;

    Estratégia competitiva da empresa, sua posição competitiva e localização geográfica;

    Fatores ambientais;

    As 5 forças de Portes nos mostra os riscos que as empresas correm com novos entrantes no mercado que, definitivamente, busca colocar o seu produto no mercado e alavancar as suas vendas em relação aos concorrentes.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Pode-se constatar através das pesquisas realizadas que a utilização as 5 forças de Porter pode auxiliar o gestor na elaboração do seu planejamento estratégico, onde, através do Modelo Porter podemos verificar que não é apenas a concorrência que configura a estrutura competitiva da empresa, mas sim outros fatores que influenciam na competição acirrada do cenário mercadológico.

    O modelo Porter pode ser utilizado para o administrador se encontre no mercado, ou seja, refaça o seu planejamento na questão de novos entrantes no mercado, desta forma, este

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    método pode ser utilizado como ferramenta de planejamento estratégico, onde, dá a oportunidade para que a empresa adeque os seus produtos ou melhore o serviço prestado. O modelo Porter pode ser trabalhado em conjunto com outras ferramentas de gestão para melhorar a tomada de decisões e a excelência nas ações estratégicas.

    REFERÊNCIAS

    AKTOUF, O. Governança E Pensamento Estratégico: Uma Crítica A Michael Porter. RAE - Revista de Administração de Empresas - São Paulo-SP, v. 42, n. 3, p. 43-53, Jul./Set. 2002.

    CORAL, E. Modelo De Planejamento Estratégico Para a Sustentabilidade Empresarial. Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção Florianópolis-SC, 2002.

    DRUCKER, P. Introdução a Administração, São Paulo, Pioneira, 1984.

    FICHMAN, L. H; SILVA, J. F. Construção de um Modelo de Predição de Insolvência Bancária Baseado na Tipologia de Porter. Disponível em: . Acessado em: 27 de set. 2016, às 12:22h.

    OLANDA, I. P; FROTA, J. Estratégia Para Pequenas e Médias Empresas. Universidade Estadual vale Do Acaraú Centro De Ciências Sociais Aplicadas. SOBRAL-CE, 2011.

    PORTER, M. Estratégia Competitiva: Técnicas Para Análise de Indústria e da Concorrência. 7 a ed., Rio de Janeiro, Editora Campus, 1986.

    ______. A vantagem competitiva das nações. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

    SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007.

    VASCONCELOS, F. C; CYRINO, A. B. Vantagem Competitiva: Os Modelos Teóricos Atuais e a Convergência Entre Estratégia e Teoria Organizacional. RAE - Revista de Administração de Empresas - São Paulo – SP, v. 40, n.4, p. 20-37, Out./Dez. 2000.

    VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

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    ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO EM PEQUENAS EMPRESAS: Estudo de caso

    da Flash Gás e Água

    Cairo Fernando Valverde Trindade, graduando em Administração, acadêmico, FAPAN/Cáceres-MT. Email:[email protected].

    Ítalo de Melo Espacini, graduando em Administração, acadêmico, FAPAN/Cáceres-MT. Email: [email protected]

    Juliane Smaniotto, especialista em Gestão Ambiental, Professora Orientadora, FAPAN/Cáceres-MT. Email: [email protected]

    RESUMO

    O objetivo deste trabalho é identificar um “conjunto de problemas” e “questões” específicas a administração da produção em micro e pequenas empresas através de um estudo de caso. A Flash Gás e Água trabalha no comércio varejista de gás liquefeito de petróleo (GLP). A metodologia aplicada foi o levantamento de informações com os proprietários, através de questionários e entrevistas, visitas a empresa, observação e análise das operações. Basicamente, as operações diárias da empresa estão no atendimento ao cliente, recebimento dos pedidos e entrega dos produtos (GLP). Segundo o gerente, não e