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PROFESSOR boletim do LÍNGUA PORTUGUESA entrevista Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade o programa O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE resultados Os resultados alcançados em 2016 ISSN 1982-7644 >>> SPAECE 2016 Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

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PROFESSORboletim do

LÍNGUA PORTUGUESA

entrevista

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

o programa

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 1982-7644

>>> SPAECE 2016Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

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ISSN 1982-7644

PROFESSORboletim do

>>> SPAECE 2016Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará

LÍNGUA PORTUGUESA

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FICHA CATALOGRÁFICA

CEARÁ. Secretaria da Educação.

SPAECE – 2016 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Boletim do Professor - Língua Portuguesa.

ISSN 1982-7644

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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GOVERNADORCAMILO SOBREIRA DE SANTANA

VICE-GOVERNADORAMARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO

SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO ANTONIO IDILVAN DE LIMA ALENCAR

SECRETÁRIA ADJUNTA DA EDUCAÇÃOMÁRCIA OLIVEIRA CAVALCANTE CAMPOS

SECRETÁRIA EXECUTIVARITA DE CÁSSIA TAVARES COLARES

ASSESSORIA INSTITUCIONALDANIELLE TAUMATURGO DIAS SOARES

COORDENADORIA DE AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA EDUCAÇÃO

COORDENADORLUCIANO NERY FERREIRA FILHO

CÉLULA DE GESTÃO DE DADOS E AVALIAÇÃO

ORIENTADORJOSÉ ANDERSON DA SILVA ARAÚJO

EIXO DE AVALIAÇÃO EXTERNAANA PAULA PEQUENO MATOS

ASSESSORIA TÉCNICAROSÂNGELA TEIXEIRA DE SOUSA

EQUIPE TÉCNICA

GEANNY DE HOLANDA OLIVEIRA DO NASCIMENTOPHILIPE AZEVEDO DE ARAÚJO

REVISÃO

ELIS DENISE LÉLIS DOS SANTOSTERESA MÁRCIA ALMEIDA DA SILVEIRA

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage

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sumário

resultados25 Os resultados alcançados em 2016

27 Roteiros de leitura e análise de resultados

padrões e níveis42 Padrões e níveis de desempenho

43 9º ano do Ensino Fundamental

63 Ensino Médio e EJA Ensino Médio

sugestões pedagógicas84 Sugestões para a prática pedagógica

7 apresentação

o programa13 O Sistema Permanente de Avaliação da

Educação Básica do Ceará – SPAECE

entrevista9 Compromisso e esperança movem

a educação pública de qualidade

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apresentação

P rofessor, este boletim é para você. Pensado e

feito para possibilitar seu uso no cotidiano pe-

dagógico. Nele, você encontra orientações acer-

ca dos resultados da sua escola no SPAECE 2016.

Com esses resultados, você obtém um diagnósti-

co do desempenho de seus estudantes nos testes

de proficiência. A partir disso, potencialidades e

fragilidades podem ser identificadas no processo

de ensino e aprendizagem, permitindo uma ampla

reflexão sobre as práticas pedagógicas.

Inicialmente, apresentamos o SPAECE e as in-

formações que o constituem: os dados fornecidos

pela avaliação, bem como os dados da realidade

escolar, os quais compõem esse grande cenário

que é o Sistema Permanente de Avaliação da Edu-

cação Básica do Ceará.

A partir de uma análise do panorama do sistema

de avaliação, desde sua criação, no ano de 1992,

até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015,

apresentamos os dados do programa, dando ênfa-

se aos ganhos experimentados pela rede estadual

e redes municipais de ensino no que diz respeito

aos resultados.

Em seguida, oferecemos a você um roteiro que

pode ajudá-lo a ler e a compreender as informa-

ções produzidas pelo SPAECE 2016, de modo que

você possa utilizá-las para sistematizar estratégias

para a melhora do desempenho dos estudantes.

Esse roteiro propõe algumas atividades, cujo obje-

tivo é fornecer ferramentas que permitam a inter-

pretação pedagógica dos resultados.

Além dos dados obtidos nos testes realizados

pelos estudantes, você tem acesso a um indicador

de qualidade – o Índice de Desempenho Escolar

(IDE).

Por fim, apresentamos sugestões para a prática

pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-

zação dos resultados da avaliação, para que ações

pedagógicas sejam planejadas e executadas em

sua escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu

intuito não é outro senão incentivá-lo a tratar os

dados da avaliação como parte do projeto político

pedagógico da escola.

Nosso compromisso é oferecer a você uma vi-

são geral da avaliação externa e dos resultados ob-

tidos por sua escola no SPAECE. Esses resultados

devem ser amplamente debatidos, com o envolvi-

mento de toda a comunidade escolar. Esperamos

que este material atinja esse propósito.

Boa leitura!

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7

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Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio Idilvan de Lima Alencar ocupa

o cargo de secretário estadual da Educação (Seduc) desde abril de 2016.  Nessa

mesma pasta, ele também já atuou como secretário executivo e adjunto, no pe-

ríodo de 2007 a 2015.

Em fevereiro de 2017, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Secretários

de Educação (Consed). Em março desse ano, tomou posse como membro do

Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). Entre feverei-

ro de 2015 a abril 2016, assumiu a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvi-

mento da Educação (FNDE).

Auditor da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, foi coordenador de Arre-

cadação Estadual, entre os anos de 2001 a 2003. No período de 2003 a 2006, na

Secretaria de Planejamento do Estado do Ceará, integrou a equipe de coordena-

ção da Reestruturação e Redesenho de Processo das Secretarias Estaduais (Saúde,

Educação, Fazenda, Ação Social, Justiça e Segurança Pública).

Idilvan Alencar é graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Fortaleza

(Unifor) e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pelo Centro de Po-

líticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora

(CAEd/UFJF). Especializou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Vale

do Acaraú (UVA) / Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Possui ainda mais duas

especializações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV): a primeira em Política e Ad-

ministração Tributária; e a segunda em Marketing.

Antonio Idilvan de Lima Alencar

Secretário da Educação

entrevista

O trabalho focado em evidências no Ceará efetivou-se a partir do pacto en-

tre os entes públicos: estado e municípios juntos no direito de aprender

puseram em prática, e ainda põem, esforços substanciais para melhoria da qua-

lidade da educação. O atual secretário de Estado comenta as ações, exaltando

o papel de cada um nesse processo de mudança.

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

O Sistema Permanente de Avalia-

ção da Educação Básica do Ceará, o

SPAECE, é um dos sistemas próprios

mais antigos do país. Como ele vem

contribuindo para a qualidade da

educação ofertada na rede pública

de ensino do estado, composta pela

rede estadual e pelas redes munici-

pais, ao longo desses anos?

Secretário: O estado do Ceará, nos

últimos anos, vem se destacando na

melhoria dos indicadores educacio-

nais. Um dos instrumentos funda-

mentais que revela esses indicadores

é a nossa avaliação em larga escala,

o SPAECE. A partir dessa avaliação ex-

terna, diversos olhares voltam-se para

os resultados do desempenho dos

nossos alunos, ou seja, gestores, pro-

fessores, alunos, pais e sociedade in-

quietam-se em busca da melhoria da

qualidade de ensino no nosso estado.

A avaliação das redes municipais

é um diferencial em relação a outros

sistemas próprios, para diagnóstico e

monitoramento da oferta educacio-

nal. Como vocês sistematizam as de-

volutivas e, principalmente, mapeiam

as ações pró-melhoria dessas redes?

E da rede estadual?

Secretário: A avaliação das redes

municipais tornou-se um diferencial

desde 2007, quando o governo do

estado tornou pública a problemática

do analfabetismo escolar no Ceará e

fortaleceu um regime de colaboração

e protagonismo municipal. Não se po-

dia fechar os olhos para as evidências

apresentadas no ensino fundamental

e pensar somente na etapa de ensino

que é responsabilidade legal da rede

estadual, o ensino médio. Assim, o

governo do estado assumiu a missão

de colaborar, de contribuir para a me-

lhoria da aprendizagem das crianças

cearenses. Para isso, a Seduc [Secre-

taria da Educação] foi estruturada em

coordenadorias e células para fi ns de

operacionalização de ações, junto às

Coordenadorias Regionais de Desen-

volvimento da Educação (Credes),

em busca da equidade e melhoria da

educação pública do Ceará. Apresen-

tamos, com transparência, os nossos

resultados educacionais, tanto os po-

sitivos quanto os negativos. A partir

daí, trabalhamos com determinação e

cooperação com as escolas públicas,

dando apoio pedagógico e fi nanceiro

para as escolas que se destacam, bem

como para as escolas que não conse-

guem atingir bons resultados.

8 SPAECE 2016

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Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio Idilvan de Lima Alencar ocupa

o cargo de secretário estadual da Educação (Seduc) desde abril de 2016.  Nessa

mesma pasta, ele também já atuou como secretário executivo e adjunto, no pe-

ríodo de 2007 a 2015.

Em fevereiro de 2017, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Secretários

de Educação (Consed). Em março desse ano, tomou posse como membro do

Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). Entre feverei-

ro de 2015 a abril 2016, assumiu a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvi-

mento da Educação (FNDE).

Auditor da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, foi coordenador de Arre-

cadação Estadual, entre os anos de 2001 a 2003. No período de 2003 a 2006, na

Secretaria de Planejamento do Estado do Ceará, integrou a equipe de coordena-

ção da Reestruturação e Redesenho de Processo das Secretarias Estaduais (Saúde,

Educação, Fazenda, Ação Social, Justiça e Segurança Pública).

Idilvan Alencar é graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Fortaleza

(Unifor) e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pelo Centro de Po-

líticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora

(CAEd/UFJF). Especializou-se em Engenharia de Produção pela Universidade Vale

do Acaraú (UVA) / Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Possui ainda mais duas

especializações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV): a primeira em Política e Ad-

ministração Tributária; e a segunda em Marketing.

Antonio Idilvan de Lima Alencar

Secretário da Educação

entrevista

O trabalho focado em evidências no Ceará efetivou-se a partir do pacto en-

tre os entes públicos: estado e municípios juntos no direito de aprender

puseram em prática, e ainda põem, esforços substanciais para melhoria da qua-

lidade da educação. O atual secretário de Estado comenta as ações, exaltando

o papel de cada um nesse processo de mudança.

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

O Sistema Permanente de Avalia-

ção da Educação Básica do Ceará, o

SPAECE, é um dos sistemas próprios

mais antigos do país. Como ele vem

contribuindo para a qualidade da

educação ofertada na rede pública

de ensino do estado, composta pela

rede estadual e pelas redes munici-

pais, ao longo desses anos?

Secretário: O estado do Ceará, nos

últimos anos, vem se destacando na

melhoria dos indicadores educacio-

nais. Um dos instrumentos funda-

mentais que revela esses indicadores

é a nossa avaliação em larga escala,

o SPAECE. A partir dessa avaliação ex-

terna, diversos olhares voltam-se para

os resultados do desempenho dos

nossos alunos, ou seja, gestores, pro-

fessores, alunos, pais e sociedade in-

quietam-se em busca da melhoria da

qualidade de ensino no nosso estado.

A avaliação das redes municipais

é um diferencial em relação a outros

sistemas próprios, para diagnóstico e

monitoramento da oferta educacio-

nal. Como vocês sistematizam as de-

volutivas e, principalmente, mapeiam

as ações pró-melhoria dessas redes?

E da rede estadual?

Secretário: A avaliação das redes

municipais tornou-se um diferencial

desde 2007, quando o governo do

estado tornou pública a problemática

do analfabetismo escolar no Ceará e

fortaleceu um regime de colaboração

e protagonismo municipal. Não se po-

dia fechar os olhos para as evidências

apresentadas no ensino fundamental

e pensar somente na etapa de ensino

que é responsabilidade legal da rede

estadual, o ensino médio. Assim, o

governo do estado assumiu a missão

de colaborar, de contribuir para a me-

lhoria da aprendizagem das crianças

cearenses. Para isso, a Seduc [Secre-

taria da Educação] foi estruturada em

coordenadorias e células para fi ns de

operacionalização de ações, junto às

Coordenadorias Regionais de Desen-

volvimento da Educação (Credes),

em busca da equidade e melhoria da

educação pública do Ceará. Apresen-

tamos, com transparência, os nossos

resultados educacionais, tanto os po-

sitivos quanto os negativos. A partir

daí, trabalhamos com determinação e

cooperação com as escolas públicas,

dando apoio pedagógico e fi nanceiro

para as escolas que se destacam, bem

como para as escolas que não conse-

guem atingir bons resultados.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 9

Page 12: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

A mobilização se faz em conjunto, em equipe, para

que todas as crianças estejam

durante o ano letivo em sala

de aula, obtendo resultados

satisfatórios em cada etapa de aprendizagem.

Até 2007, o SPAECE avaliava o 5º

e 9º anos do ensino fundamental. A

partir desse ano, a alfabetização, com

ênfase no 2º ano, e todo o ensino

médio passaram a ser avaliados. Quais

foram os motivos dessa ampliação?

Com quase 10 anos de avaliação, é

possível ponderar sobre o uso efetivo

dos resultados para a melhoria sistê-

mica dessas etapas?

Secretário: Por se tornar censitário e

universal, o SPAECE conseguiu subsidiar

políticas públicas determinantes para o

estado do Ceará. Temos, como exem-

plo, o Programa Alfabetização na Idade

Certa (PAIC), o MAIS PAIC, o Prêmio Es-

cola Nota 10, o Programa Aprender pra

Valer, entre outros. Mas, o uso efetivo

dos resultados de cada etapa de ensino

é o que dinamiza e movimenta as dis-

cussões nas nossas instituições educa-

cionais. Para além disso, esses resulta-

dos induzem uma refl exão no contexto

escolar, e passam a ser ponto de par-

tida para uma tomada de decisão em

relação às práticas pedagógicas. Des-

sa forma, acredito que os educadores

cearenses possam ter mais ferramentas

para criarem intervenções em prol da

melhoria dos padrões de desempenho

dos nossos alunos.

Na avaliação, o Ceará atinge boa

participação em todos os anos ava-

liados. Como vocês mobilizam a rede

pública para tanto?

Secretário: A mobilização se faz

em conjunto, em equipe, para que to-

das as crianças estejam durante o ano

letivo em sala de aula, obtendo resul-

tados satisfatórios em cada etapa de

aprendizagem. Nós transformamos a

comunicação em elo forte! Todos se

envolvem: Seduc, Credes, municípios,

escolas e família dos alunos. Trazer o

aluno para a escola passa ser a tarefa

central dos atores envolvidos com a

educação no Ceará.

O que vocês esperam para os pró-

ximos ciclos avaliativos? Como pre-

tendem utilizar os dados coletados

pelos instrumentos em uso: os testes

de desempenho e os questionários

contextuais?

Secretário: Para os próximos ciclos

avaliativos, daremos continuidade ao

trabalho na busca de sempre melho-

rar os indicadores educacionais do es-

tado do Ceará. Os dados coletados no

SPAECE fomentaram outra proposta

de avaliação, a avaliação diagnóstica.

Implantamos, nesse ano, essa avalia-

ção nas escolas estaduais. Para com-

posição e formatação da prova, foram

selecionados descritores de língua

portuguesa e matemática que apre-

sentaram baixos níveis de domínios.

Isso nos auxiliará num diagnóstico

mais preciso, que aliado a estratégias

mais direcionadas, possibilitará a reso-

lução das difi culdades de aprendiza-

gem dos nossos alunos.

Senhor secretário, deixe um reca-

do para os profi ssionais da rede pú-

blica de ensino do Ceará, compro-

missados com a garantia do direito à

aprendizagem.

Secretário: Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e reve-

rência de toda a nossa sociedade.

Na trajetória da história da educação

pública cearense, esses atores são os

protagonistas principais e insubstituí-

veis, que colaboram efetivamente e

incansavelmente para a mudança do

nosso quadro educacional. Se hou-

ve melhorias na linha do tempo nos

nossos indicadores, devemos a todos

os que se empenham com compro-

misso e esperança na educação públi-

ca, acreditando, veementemente, na

potencialidade dos nossos alunos e

alunas cearenses. Então, reforço jun-

to a todos os atores educacionais que

acreditem no valor da sua profi ssão

através da qualidade do seu trabalho

educativo!

Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e

reverência de toda a nossa sociedade.

10 SPAECE 2016

Page 13: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

A mobilização se faz em conjunto, em equipe, para

que todas as crianças estejam

durante o ano letivo em sala

de aula, obtendo resultados

satisfatórios em cada etapa de aprendizagem.

Até 2007, o SPAECE avaliava o 5º

e 9º anos do ensino fundamental. A

partir desse ano, a alfabetização, com

ênfase no 2º ano, e todo o ensino

médio passaram a ser avaliados. Quais

foram os motivos dessa ampliação?

Com quase 10 anos de avaliação, é

possível ponderar sobre o uso efetivo

dos resultados para a melhoria sistê-

mica dessas etapas?

Secretário: Por se tornar censitário e

universal, o SPAECE conseguiu subsidiar

políticas públicas determinantes para o

estado do Ceará. Temos, como exem-

plo, o Programa Alfabetização na Idade

Certa (PAIC), o MAIS PAIC, o Prêmio Es-

cola Nota 10, o Programa Aprender pra

Valer, entre outros. Mas, o uso efetivo

dos resultados de cada etapa de ensino

é o que dinamiza e movimenta as dis-

cussões nas nossas instituições educa-

cionais. Para além disso, esses resulta-

dos induzem uma refl exão no contexto

escolar, e passam a ser ponto de par-

tida para uma tomada de decisão em

relação às práticas pedagógicas. Des-

sa forma, acredito que os educadores

cearenses possam ter mais ferramentas

para criarem intervenções em prol da

melhoria dos padrões de desempenho

dos nossos alunos.

Na avaliação, o Ceará atinge boa

participação em todos os anos ava-

liados. Como vocês mobilizam a rede

pública para tanto?

Secretário: A mobilização se faz

em conjunto, em equipe, para que to-

das as crianças estejam durante o ano

letivo em sala de aula, obtendo resul-

tados satisfatórios em cada etapa de

aprendizagem. Nós transformamos a

comunicação em elo forte! Todos se

envolvem: Seduc, Credes, municípios,

escolas e família dos alunos. Trazer o

aluno para a escola passa ser a tarefa

central dos atores envolvidos com a

educação no Ceará.

O que vocês esperam para os pró-

ximos ciclos avaliativos? Como pre-

tendem utilizar os dados coletados

pelos instrumentos em uso: os testes

de desempenho e os questionários

contextuais?

Secretário: Para os próximos ciclos

avaliativos, daremos continuidade ao

trabalho na busca de sempre melho-

rar os indicadores educacionais do es-

tado do Ceará. Os dados coletados no

SPAECE fomentaram outra proposta

de avaliação, a avaliação diagnóstica.

Implantamos, nesse ano, essa avalia-

ção nas escolas estaduais. Para com-

posição e formatação da prova, foram

selecionados descritores de língua

portuguesa e matemática que apre-

sentaram baixos níveis de domínios.

Isso nos auxiliará num diagnóstico

mais preciso, que aliado a estratégias

mais direcionadas, possibilitará a reso-

lução das difi culdades de aprendiza-

gem dos nossos alunos.

Senhor secretário, deixe um reca-

do para os profi ssionais da rede pú-

blica de ensino do Ceará, compro-

missados com a garantia do direito à

aprendizagem.

Secretário: Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e reve-

rência de toda a nossa sociedade.

Na trajetória da história da educação

pública cearense, esses atores são os

protagonistas principais e insubstituí-

veis, que colaboram efetivamente e

incansavelmente para a mudança do

nosso quadro educacional. Se hou-

ve melhorias na linha do tempo nos

nossos indicadores, devemos a todos

os que se empenham com compro-

misso e esperança na educação públi-

ca, acreditando, veementemente, na

potencialidade dos nossos alunos e

alunas cearenses. Então, reforço jun-

to a todos os atores educacionais que

acreditem no valor da sua profi ssão

através da qualidade do seu trabalho

educativo!

Os profi ssionais da

educação da rede pública de ensino

do Ceará merecem aplausos e

reverência de toda a nossa sociedade.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 11

Page 14: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SPAECE, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pe-

las redes de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita

não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida

escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens cearenses.

Com o intuito de fornecer subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento das políticas educacionais do estado do Ceará, bem como oferecer um ensino equânime e de qualidade aos alunos da rede pública do estado, em 1992, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) implementou o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE. Em seu início, o sistema avaliava apenas a capital Fortaleza e a 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, o que correspondia a 14.600 alunos. A partir do ano de 1993, outros municípios também foram inseridos na avaliação do SPAECE.

Com o decorrer dos anos, o sistema de avaliação passou por algumas mudanças, como a inclusão, em 2001, de todos os municípios do estado, assim como a inserção da 3ª série do ensino médio e da avaliação da 8ª série do ensino fundamental – SPAECE NET. Este modelo perdurou até o ano de 2004, quando a 4ª série do ensino fundamental voltou a ser avaliada pelo sistema.

1992

1993

2007

2001

2004

Em 2007, com a implementação do Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), a Secretaria da Educação ampliou a abrangência do seu sistema de avaliação, incorporando a avaliação da alfabetização com a criação do SPAECE-Alfa e expandindo a avaliação do ensino médio para as três séries. O objetivo do PAIC é alfabetizar todos os alunos até o 2º ano do ensino fundamental. Nesse sentido, a criação do SPAECE-Alfa permitiu ao governo monitorar a implementação desta política por meio da avaliação de leitura entre os estudantes dessa etapa escolar em todo o estado.

12 SPAECE 2016

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O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

o programa

A qui, você encontra um pouco da história do SPAECE, das principais mu-

danças ocorridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pe-

las redes de ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita

não só de números, gráfi cos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida

escolar e pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens cearenses.

Com o intuito de fornecer subsídios para a formulação, reformulação e monitoramento das políticas educacionais do estado do Ceará, bem como oferecer um ensino equânime e de qualidade aos alunos da rede pública do estado, em 1992, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc) implementou o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE. Em seu início, o sistema avaliava apenas a capital Fortaleza e a 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental, o que correspondia a 14.600 alunos. A partir do ano de 1993, outros municípios também foram inseridos na avaliação do SPAECE.

Com o decorrer dos anos, o sistema de avaliação passou por algumas mudanças, como a inclusão, em 2001, de todos os municípios do estado, assim como a inserção da 3ª série do ensino médio e da avaliação da 8ª série do ensino fundamental – SPAECE NET. Este modelo perdurou até o ano de 2004, quando a 4ª série do ensino fundamental voltou a ser avaliada pelo sistema.

1992

1993

2007

2001

2004

Em 2007, com a implementação do Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), a Secretaria da Educação ampliou a abrangência do seu sistema de avaliação, incorporando a avaliação da alfabetização com a criação do SPAECE-Alfa e expandindo a avaliação do ensino médio para as três séries. O objetivo do PAIC é alfabetizar todos os alunos até o 2º ano do ensino fundamental. Nesse sentido, a criação do SPAECE-Alfa permitiu ao governo monitorar a implementação desta política por meio da avaliação de leitura entre os estudantes dessa etapa escolar em todo o estado.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 13

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Gráfi co 1

Número de alunos efetivos no SPAECE e SPAECE-Alfa dos anos de 2012 a 2015

Fonte: CAEd/UFJF

Gráfico 1: Número de alunos efetivos no SPAECE e SPAECE-Alfa dos anos de 2012 a 2015.

647.693 659.669622.566

449.010

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

2012 2013* 2014* 2015

2010

2012

2015

Em 2008, o SPAECE aplicou questionários contextuais aos alunos, professores e diretores, com intuito de avaliar o contexto escolar bem como construir indicadores relacionados ao perfi l socioeconômico, experiência e formação profi ssional, práticas pedagógicas e de gestão. A inclusão desses fatores permitiu um melhor conhecimento da rede de ensino, bem como auxiliou a associação entre o desempenho dos estudantes e as variáveis contextuais. Neste ano, também, houve um aumento signifi cativo de alunos avaliados, somando um total de 614.566, o maior número desde o seu início.

Em 2010, o estado incluiu em sua avaliação os alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA do ensino fundamental e ensino médio, permitindo apresentar resultados e indicadores próprios desta modalidade de ensino.

No ano de 2012, além das disciplinas de língua portuguesa e matemática, avaliadas em todos os anos, os testes da 3ª série do ensino médio e do 2º período da EJA ensino médio foram organizados em quatro áreas, em convergência com a proposta da Matriz de Referência do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Nos demais anos, a avaliação continuou a priorizar as disciplinas de língua portuguesa e matemática. Nos anos de 2013 e 2014, além das avaliações censitárias para algumas etapas, houve avaliação amostral em outras.

Em 2015, na 3ª série do ensino médio, foram avaliados apenas os alunos das escolas do 2º ciclo do Programa Ensino Médio Inovador/Jovem de Futuro. Esse fato explica a diminuição do número total de alunos efetivos avaliados pelo SPAECE neste ano, como apresentado no gráfi co 1. Para os anos de 2013 e 2014, foi utilizada a média ponderada de alunos nas etapas com avaliação amostral.

2008

Tabela 1

Percentual de participação dos estudantes EJA no SPAECE

EDIÇÃO EJA Ensino Fundamental - 2º Segmento EJA Ensino Médio - 1º Período

2012 45,9% 49,4%

2013 46,3% 51,3%

2014 41,5% 49,0%

2015 43,4% 54,4%

Fonte: CAEd/UFJF.

As taxas de participação dos alunos nas etapas avaliadas pelo SPAECE estão acima de 75%, tanto

na rede estadual quanto na rede municipal de ensino, o que permite com que os resultados daquele

projeto sejam generalizáveis para o estado. A única exceção ocorre na EJA, cuja taxa de participação

dos estudantes varia de 41% a 54%, como apresentado na tabela 1. Esse é um dado crucial para a rede

estadual, uma vez que indica, ainda, certo grau de desmotivação dos alunos desta modalidade em re-

lação à avaliação.

Tabela 2

Evolução da profi ciência média em língua portuguesa

Ano

2 EF 5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Estadual

Rede Estadual

2012 148,9 162,1 200,4 200,4 245,8 235,4 202,2 249,9 224,9

2013 151,7 165,2 194,6 200,9 244,5 241,8 201,8 249,2 221,6

2014 157,4 174,5 202,7 207,1 241,1 239,1 200,0 252,5 225,4

2015 160,0 181,4 198,8 210,9 242,4 243,8 197,9 253,4 225,9

Fonte: CAEd/UFJF.

Tabela 3

Evolução da profi ciência média em matemática

Ano

5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual

2012 203,7 209,6 247,6 242,0 215,5 251,4 222,4

2013 203,5 210,6 245,1 245,5 207,1 249,9 218,1

2014 208,5 219,0 239,2 241,6 205,3 253,1 221,5

2015 210,0 227,5 240,4 247,3 202,3 255,7 225,3

Fonte: CAEd/UFJF.14 SPAECE 2016

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Tabela 1

Percentual de participação dos estudantes EJA no SPAECE

EDIÇÃO EJA Ensino Fundamental - 2º Segmento EJA Ensino Médio - 1º Período

2012 45,9% 49,4%

2013 46,3% 51,3%

2014 41,5% 49,0%

2015 43,4% 54,4%

Fonte: CAEd/UFJF.

As taxas de participação dos alunos nas etapas avaliadas pelo SPAECE estão acima de 75%, tanto

na rede estadual quanto na rede municipal de ensino, o que permite com que os resultados daquele

projeto sejam generalizáveis para o estado. A única exceção ocorre na EJA, cuja taxa de participação

dos estudantes varia de 41% a 54%, como apresentado na tabela 1. Esse é um dado crucial para a rede

estadual, uma vez que indica, ainda, certo grau de desmotivação dos alunos desta modalidade em re-

lação à avaliação.

Tabela 2

Evolução da profi ciência média em língua portuguesa

Ano

2 EF 5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Municipal

Rede Estadual

Rede Estadual

Rede Estadual

2012 148,9 162,1 200,4 200,4 245,8 235,4 202,2 249,9 224,9

2013 151,7 165,2 194,6 200,9 244,5 241,8 201,8 249,2 221,6

2014 157,4 174,5 202,7 207,1 241,1 239,1 200,0 252,5 225,4

2015 160,0 181,4 198,8 210,9 242,4 243,8 197,9 253,4 225,9

Fonte: CAEd/UFJF.

Tabela 3

Evolução da profi ciência média em matemática

Ano

5 EF 9 EF EJA EF 1 EM EJA EM

Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Municipal Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual

2012 203,7 209,6 247,6 242,0 215,5 251,4 222,4

2013 203,5 210,6 245,1 245,5 207,1 249,9 218,1

2014 208,5 219,0 239,2 241,6 205,3 253,1 221,5

2015 210,0 227,5 240,4 247,3 202,3 255,7 225,3

Fonte: CAEd/UFJF.Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 15

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No que se refere ao desempenho médio dos alunos participantes do SPAECE e SPAECE-Alfa, no decorrer

da série histórica de 2012 a 2015, podemos perceber que, em língua portuguesa, no 2º EF, houve um au-

mento na profi ciência média entre 2012 e 2015, o que fez com que o padrão médio de desempenho nessa

etapa, na rede estadual, passasse de padrão sufi ciente para padrão desejável. Nos demais anos avaliados, a

profi ciência média sofreu oscilações ao longo da série histórica, chegando a diminuir, em 2015, no 5º ano

do ensino fundamental da rede estadual e nos anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como demons-

trado na tabela 2.

Em matemática, apesar de algumas etapas apresentarem oscilações em sua profi ciência média no

decorrer da série histórica, no ano de 2015, todas as etapas apresentaram um aumento de sua profi ciência

média, quando comparadas a 2014, exceto os anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como apresentado

na tabela 3

Gráfi co 2

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede estadualGráfico 2: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Rede Estadual.

4%

2%

1%

2%

8%

8%

6%

9%

20%

20%

16%

15%

20%

22%

23%

15%

49%

49%

55%

59%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 3

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede municipalGráfico 3: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Redes Municipais.

2%

1%

1%

0%

7%

5%

4%

4%

15%

12%

11%

10%

19%

20%

18%

15%

58%

61%

67%

71%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Um fator que merece destaque na avaliação da alfabetização – SPAECE-Alfa – é a diminuição do per-

centual de estudantes no padrão não alfabetizado e um aumento signifi cativo de estudantes no padrão

desejável ao longo da série histórica. Esses dados se estendem tanto para a rede estadual quanto para as

rede municipal. O estado conseguiu, em sua avaliação de 2015, inserir todos os seus municípios nos pa-

drões sufi ciente e desejável para esta etapa de avaliação, indo de encontro com a política de alfabetização

na idade certa. Os gráfi cos 2 e 3 apresentam, de forma detalhada, essa informação.

Nas duas outras etapas do ensino fundamental avaliadas pelo SPAECE – 5º e 9º anos, para a disciplina

de língua portuguesa, é perceptível uma oscilação no percentual de estudantes nos padrões muito crítico e

adequado, no que se refere à rede estadual. No entanto, na rede municipal, é possível verifi car um aumento

de estudantes no padrão adequado, tanto no 5º quanto no 9º ano do ensino fundamental, e uma diminui-

ção do percentual de estudantes no padrão muito crítico. Esse resultado demonstra que um número maior

de estudantes está tendo acesso ao aprendizado das habilidades de língua portuguesa previstas para a etapa

na qual estão inseridos.

16 SPAECE 2016

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No que se refere ao desempenho médio dos alunos participantes do SPAECE e SPAECE-Alfa, no decorrer

da série histórica de 2012 a 2015, podemos perceber que, em língua portuguesa, no 2º EF, houve um au-

mento na profi ciência média entre 2012 e 2015, o que fez com que o padrão médio de desempenho nessa

etapa, na rede estadual, passasse de padrão sufi ciente para padrão desejável. Nos demais anos avaliados, a

profi ciência média sofreu oscilações ao longo da série histórica, chegando a diminuir, em 2015, no 5º ano

do ensino fundamental da rede estadual e nos anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como demons-

trado na tabela 2.

Em matemática, apesar de algumas etapas apresentarem oscilações em sua profi ciência média no

decorrer da série histórica, no ano de 2015, todas as etapas apresentaram um aumento de sua profi ciência

média, quando comparadas a 2014, exceto os anos fi nais do ensino fundamental da EJA, como apresentado

na tabela 3

Gráfi co 2

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede estadualGráfico 2: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Rede Estadual.

4%

2%

1%

2%

8%

8%

6%

9%

20%

20%

16%

15%

20%

22%

23%

15%

49%

49%

55%

59%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 3

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental - Rede municipalGráfico 3: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 2º ano do ensino fundamental -

Redes Municipais.

2%

1%

1%

0%

7%

5%

4%

4%

15%

12%

11%

10%

19%

20%

18%

15%

58%

61%

67%

71%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Não Alfabetizado Alfabetização Incompleta Intermediário Suficiente Desejável

Fonte: CAEd/UFJF.

Um fator que merece destaque na avaliação da alfabetização – SPAECE-Alfa – é a diminuição do per-

centual de estudantes no padrão não alfabetizado e um aumento signifi cativo de estudantes no padrão

desejável ao longo da série histórica. Esses dados se estendem tanto para a rede estadual quanto para as

rede municipal. O estado conseguiu, em sua avaliação de 2015, inserir todos os seus municípios nos pa-

drões sufi ciente e desejável para esta etapa de avaliação, indo de encontro com a política de alfabetização

na idade certa. Os gráfi cos 2 e 3 apresentam, de forma detalhada, essa informação.

Nas duas outras etapas do ensino fundamental avaliadas pelo SPAECE – 5º e 9º anos, para a disciplina

de língua portuguesa, é perceptível uma oscilação no percentual de estudantes nos padrões muito crítico e

adequado, no que se refere à rede estadual. No entanto, na rede municipal, é possível verifi car um aumento

de estudantes no padrão adequado, tanto no 5º quanto no 9º ano do ensino fundamental, e uma diminui-

ção do percentual de estudantes no padrão muito crítico. Esse resultado demonstra que um número maior

de estudantes está tendo acesso ao aprendizado das habilidades de língua portuguesa previstas para a etapa

na qual estão inseridos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 17

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Gráfi co 4

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 4: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

4%

6%

6%

3%

27%

33%

25%

31%

42%

36%

36%

38%

28%

26%

33%

28%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 5

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 5: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

3%

5%

4%

2%

29%

27%

23%

22%

39%

37%

37%

39%

29%

31%

36%

37%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 6

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 6: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

16%

18%

18%

19%

36%

34%

38%

38%

37%

37%

33%

32%

11%

11%

10%

11%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 7

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 7: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

23%

19%

20%

18%

38%

38%

39%

37%

31%

34%

31%

32%

8%

10%

10%

12%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

18 SPAECE 2016

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Gráfi co 4

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 4: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

4%

6%

6%

3%

27%

33%

25%

31%

42%

36%

36%

38%

28%

26%

33%

28%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 5

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 5: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 5º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

3%

5%

4%

2%

29%

27%

23%

22%

39%

37%

37%

39%

29%

31%

36%

37%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 6

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede estadual

Gráfico 6: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Rede Estadual

16%

18%

18%

19%

36%

34%

38%

38%

37%

37%

33%

32%

11%

11%

10%

11%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Gráfi co 7

Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental - Rede municipal

Gráfico 7: Percentual de estudantes por padrão de desempenho no 9º ano do ensino fundamental -Redes Municipais.

23%

19%

20%

18%

38%

38%

39%

37%

31%

34%

31%

32%

8%

10%

10%

12%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

2012

2013

2014

2015

Muito Crítico Crítico Intermediário Adequado

Fonte: CAEd/UFJF.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 19

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Além dos dados produzidos pelo SPAECE, apresentar outros indicadores do estado advindos de fontes

externas nos permite contextualizar os resultados e compreendê-los de forma mais clara. O gráfi co 8, por

exemplo, nos permite verifi car o número de matrículas da rede estadual durante os anos de 2010 a 2015,

nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental e no ensino médio. Como podemos perceber, existe um

número maior de estudantes matriculados no ensino médio e um número menor de estudantes matricu-

lados no ensino fundamental na rede estadual. Esse dado é resultado do processo de municipalização do

ensino fundamental e de estadualização do ensino médio, que ocorreu no início dos anos 2000. Esse é um

fator importante de contextualização, uma vez que a análise dos resultados do ensino fundamental da rede

estadual deve ser realizada tendo em vista o menor número de estudantes avaliados nessa rede.

Gráfi co 8

Número de matrículas da rede estadual do CearáGráfico 8: Número de matrículas da rede estadual do Ceará.

6.381 5.703 4.813 4.901 3.772 3.666

90.153 80.963 68.767 61.789

48.071 40.116

359.670 361.733 354.949 349.886 340.894329.136

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

A taxa de aprovação das redes de ensino é outro dado importante para as escolas, uma vez que essa taxa

é utilizada para a construção do indicador de fl uxo e também para o cálculo do IDEB. A taxa de aprovação

nos anos iniciais do ensino fundamental é maior em ambas as redes de ensino, no entanto, em 2015, na rede

estadual, essa taxa sofreu uma queda de 3,9 pontos, chegando a 88,2%, como mostra o gráfi co 9. Na rede

municipal, por outro lado, a taxa de aprovação dos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental apresentou

uma progressão ao longo da série histórica avaliada, chegando em 2015, a 95,4% nos anos iniciais e 89,6%

nos anos fi nais – gráfi co 10.

Gráfi co 9

Taxa de aprovação - Rede estadualGráfico 9: Taxa de aprovação - Rede Estadual

85,787,1

89,390,7

92,1

88,2

83,3

81,182,8

83,584,3

84,2

80,5 80,181,8

83,2 83,7

84,4

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

Gráfi co 10

Taxa de aprovação - Rede municipalGráfico 10: Taxa de aprovação - Redes Municipais

89,391,0

92,1

94,3 94,395,4

84,885,9 86,3

87,7 88,289,6

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais

Fonte: Inep/MEC.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é o principal indicador da qualidade do ensino

básico no Brasil e permite avaliar em que medida o estado atinge as metas projetadas por esse índice, ou o

quanto ainda precisa evoluir em termos de rendimento e fl uxo. Como mostra o gráfi co 11, a rede estadual do

Ceará ultrapassou a meta projetada para 2015, nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental. No entanto,

para o ensino médio, o IDEB apresentado pela rede foi 0,5 ponto abaixo do previsto para aquela etapa.

20 SPAECE 2016

Page 23: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Além dos dados produzidos pelo SPAECE, apresentar outros indicadores do estado advindos de fontes

externas nos permite contextualizar os resultados e compreendê-los de forma mais clara. O gráfi co 8, por

exemplo, nos permite verifi car o número de matrículas da rede estadual durante os anos de 2010 a 2015,

nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental e no ensino médio. Como podemos perceber, existe um

número maior de estudantes matriculados no ensino médio e um número menor de estudantes matricu-

lados no ensino fundamental na rede estadual. Esse dado é resultado do processo de municipalização do

ensino fundamental e de estadualização do ensino médio, que ocorreu no início dos anos 2000. Esse é um

fator importante de contextualização, uma vez que a análise dos resultados do ensino fundamental da rede

estadual deve ser realizada tendo em vista o menor número de estudantes avaliados nessa rede.

Gráfi co 8

Número de matrículas da rede estadual do CearáGráfico 8: Número de matrículas da rede estadual do Ceará.

6.381 5.703 4.813 4.901 3.772 3.666

90.153 80.963 68.767 61.789

48.071 40.116

359.670 361.733 354.949 349.886 340.894329.136

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

A taxa de aprovação das redes de ensino é outro dado importante para as escolas, uma vez que essa taxa

é utilizada para a construção do indicador de fl uxo e também para o cálculo do IDEB. A taxa de aprovação

nos anos iniciais do ensino fundamental é maior em ambas as redes de ensino, no entanto, em 2015, na rede

estadual, essa taxa sofreu uma queda de 3,9 pontos, chegando a 88,2%, como mostra o gráfi co 9. Na rede

municipal, por outro lado, a taxa de aprovação dos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental apresentou

uma progressão ao longo da série histórica avaliada, chegando em 2015, a 95,4% nos anos iniciais e 89,6%

nos anos fi nais – gráfi co 10.

Gráfi co 9

Taxa de aprovação - Rede estadualGráfico 9: Taxa de aprovação - Rede Estadual

85,787,1

89,390,7

92,1

88,2

83,3

81,182,8

83,584,3

84,2

80,5 80,181,8

83,2 83,7

84,4

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Fonte: Inep/MEC.

Gráfi co 10

Taxa de aprovação - Rede municipalGráfico 10: Taxa de aprovação - Redes Municipais

89,391,0

92,1

94,3 94,395,4

84,885,9 86,3

87,7 88,289,6

70,0

75,0

80,0

85,0

90,0

95,0

100,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Anos Iniciais Anos Finais

Fonte: Inep/MEC.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é o principal indicador da qualidade do ensino

básico no Brasil e permite avaliar em que medida o estado atinge as metas projetadas por esse índice, ou o

quanto ainda precisa evoluir em termos de rendimento e fl uxo. Como mostra o gráfi co 11, a rede estadual do

Ceará ultrapassou a meta projetada para 2015, nos anos iniciais e fi nais do ensino fundamental. No entanto,

para o ensino médio, o IDEB apresentado pela rede foi 0,5 ponto abaixo do previsto para aquela etapa.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 21

Page 24: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Gráfi co 11

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da rede estadual do CearáGráfico 11: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB - da rede estadual do Ceará

4,6

4,0 3,9

5,8

4,2

3,4

0

1

2

3

4

5

6

7

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Projeção IDEB

Fonte: Inep/MEC.

Por fi m, conhecer o perfi l dos atores que compõem a rede nos auxilia a pensar em estratégias para o

desenvolvimento da aprendizagem e do desempenho dos alunos. Nesse sentido, conhecer um pouco das

características dos professores, como sua escolaridade e experiência, pode contribuir para uma melhor inter-

pretação dos resultados. De acordo com os dados sobre o nível de escolarização dos professores, observamos

que, na rede estadual, a grande maioria dos professores disse possuir Ensino Superior – Licenciatura, sendo

47% em Língua Portuguesa e 40% em Matemática. Além disso, 10% disseram ter Ensino Superior em Licencia-

tura em outra área ou outro curso superior. Já na rede municipaL, o nível de escolarização apresentado pelos

professores é diferente. A primeira diferença é observada pelo percentual signifi cativamente maior – 33% – de

professores com titulação de Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Professores com Ensino Médio

– Magistério, Ensino Médio Regular e Ensino Fundamental somam 11%, enquanto que na Rede Estadual esse

valor é de 1%. Professores com Ensino Superior – Licenciatura em Língua Portuguesa e Matemática represen-

tam 22% e 12% do total, respectivamente. Por fi m, 22% dos professores disseram ter Ensino Superior – Licen-

ciatura em outras áreas ou Ensino Superior – outros, como apresentado no gráfi co 12.

Gráfi co 12

Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipalGráfico 12: Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipais.

1%1%6%4%

2%

33%47%

22%

40% 12%

5%

15%

5% 7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal

Ensino Superior - outros.

Ensino Superior - Licenciatura em outraárea.

Ensino Superior - LicenciaturaMatemática.

Ensino Superior - Licenciatura emLíngua Portuguesa.

Ensino Superior - Pedagogia ou NormalSuperior.

Ensino Médio - Magistério.

Ensino Médio - Regular.

Ensino Fundamental.

Fonte: CAEd/UFJF.

Outra característica importante dos professores diz respeito ao tempo de experiência em docência. Na

rede estadual, a maioria dos professores – 55% – disse ter entre 1 e 10 anos de atuação docente e 56% dos

professores lecionam entre 1 e 5 anos na escola avaliada. Já na rede municipal, a maioria dos professores –

45% – disse ter entre 11 e 20 anos de atuação docente e 52% dos professores lecionam na escola há menos

de 5 anos.

Gráfi co 13

Tempo de experiência em docência dos professoresGráfico 13: Tempo de experiência em docência dos professores.

1% 4%11% 15%

26%15%

56%37%

29%

17%

20%

18%19%

20%

8%

13%

15%

25%

4%

10%

10%18%

1%7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal Estadual Municipal

Experiência total Experiência na escola

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

Fonte: CAEd/UFJF.

22 SPAECE 2016

Page 25: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Gráfi co 11

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica da rede estadual do CearáGráfico 11: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB - da rede estadual do Ceará

4,6

4,0 3,9

5,8

4,2

3,4

0

1

2

3

4

5

6

7

Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio

Projeção IDEB

Fonte: Inep/MEC.

Por fi m, conhecer o perfi l dos atores que compõem a rede nos auxilia a pensar em estratégias para o

desenvolvimento da aprendizagem e do desempenho dos alunos. Nesse sentido, conhecer um pouco das

características dos professores, como sua escolaridade e experiência, pode contribuir para uma melhor inter-

pretação dos resultados. De acordo com os dados sobre o nível de escolarização dos professores, observamos

que, na rede estadual, a grande maioria dos professores disse possuir Ensino Superior – Licenciatura, sendo

47% em Língua Portuguesa e 40% em Matemática. Além disso, 10% disseram ter Ensino Superior em Licencia-

tura em outra área ou outro curso superior. Já na rede municipaL, o nível de escolarização apresentado pelos

professores é diferente. A primeira diferença é observada pelo percentual signifi cativamente maior – 33% – de

professores com titulação de Ensino Superior – Pedagogia ou Normal Superior. Professores com Ensino Médio

– Magistério, Ensino Médio Regular e Ensino Fundamental somam 11%, enquanto que na Rede Estadual esse

valor é de 1%. Professores com Ensino Superior – Licenciatura em Língua Portuguesa e Matemática represen-

tam 22% e 12% do total, respectivamente. Por fi m, 22% dos professores disseram ter Ensino Superior – Licen-

ciatura em outras áreas ou Ensino Superior – outros, como apresentado no gráfi co 12.

Gráfi co 12

Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipalGráfico 12: Nível de escolaridade dos professores das redes estadual e municipais.

1%1%6%4%

2%

33%47%

22%

40% 12%

5%

15%

5% 7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal

Ensino Superior - outros.

Ensino Superior - Licenciatura em outraárea.

Ensino Superior - LicenciaturaMatemática.

Ensino Superior - Licenciatura emLíngua Portuguesa.

Ensino Superior - Pedagogia ou NormalSuperior.

Ensino Médio - Magistério.

Ensino Médio - Regular.

Ensino Fundamental.

Fonte: CAEd/UFJF.

Outra característica importante dos professores diz respeito ao tempo de experiência em docência. Na

rede estadual, a maioria dos professores – 55% – disse ter entre 1 e 10 anos de atuação docente e 56% dos

professores lecionam entre 1 e 5 anos na escola avaliada. Já na rede municipal, a maioria dos professores –

45% – disse ter entre 11 e 20 anos de atuação docente e 52% dos professores lecionam na escola há menos

de 5 anos.

Gráfi co 13

Tempo de experiência em docência dos professoresGráfico 13: Tempo de experiência em docência dos professores.

1% 4%11% 15%

26%15%

56%37%

29%

17%

20%

18%19%

20%

8%

13%

15%

25%

4%

10%

10%18%

1%7%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Estadual Municipal Estadual Municipal

Experiência total Experiência na escola

Há mais de 21 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 1 e 5 anos.

Há menos de 1 ano.

Fonte: CAEd/UFJF.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 23

Page 26: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Os dados sintetizados até aqui permitem uma

visão abrangente acerca dos principais resultados

do SPAECE e SPAECE-Alfa e auxiliam no levanta-

mento de informações importantes e necessárias

para o planejamento de ações em nível de gestão

e em nível de unidade escolar. No entanto, apesar

desses dados auxiliarem os educadores e pode-

rem se tornar uma ferramenta estratégica, eles,

por si só, não esgotam a infi nidade de fatores que

estão associados ao desempenho do aluno e que

podem auxiliar na busca de uma educação equâ-

nime e de qualidade. Portanto, investir na refl exão

e compreensão acerca dos demais resultados da

avaliação contribui de forma signifi cativa para a

construção da aprendizagem e para a melhora do

sistema educacional.

24 SPAECE 2016

Page 27: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Os resultados alcançados em 2016resultados

Professor, os resultados alcançados pela sua esco-

la na avaliação de Língua Portuguesa do SPAECE

2016 estão disponíveis em www.spaece.caedufjf.net.

É importante que você leia, analise e compreenda as

informações.

Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-

prescindível que toda a escola seja envolvida na

discussão desses dados. Acreditamos que a escola

capaz de fazer a diferença é, também, aquela que

consegue garantir a aprendizagem dos seus estu-

dantes, interpretando, analisando e utilizando as

informações da avaliação educacional – externa e

interna –, com vistas à melhoria permanente dos re-

sultados.

Nesta seção ,você encontra um roteiro de leitu-

ra e interpretação das informações disponíveis. Nos

Resultados por escola, são apresentados os dados

de proficiência média, a distribuição dos estudantes

pelos padrões de desempenho e a participação. Nos

Resultados por Aluno, estão dispostos os percen-

tuais de acerto em relação às habilidades avaliadas

nos testes. Cada tipo de resultado conta com roteiro

específico.

Além disso, é disponibilizado um indicador de

qualidade, o IDE – Índice de Desempenho Escolar,

que apresenta resultados sintéticos específicos para

cada escola, permitindo traçar metas de qualidade..

O que é o IDE?

O Índice de Desempenho Escolar (IDE) é um indicador que reúne três ele-

mentos importantes para a qualidade da educação: a proficiência obtida pela

escola no SPAECE 2016 convertida para uma escala de 0 a 10, a taxa de parti-

cipação na avaliação e o fator de ajuste para universalização do aprendizado.

Conforme consta no Anexo único do Decreto Nº 32.079, de 09 de novem-

bro de 2016, “O Índice de Desempenho Escolar (IDE) foi desenvolvido a partir

da necessidade de expressar de maneira clara o desempenho de cada escola

nas avaliações do SPAECE. Assim, para se alcançar um entendimento amplo,

optou-se por uma escala de 0 a 10, mais familiar, e de fácil compreensão. Des-

sa forma, surgem os índices, o IDE-Alfa o IDE-5 e o IDE-9.

· O IDE-Alfa busca representar o desempenho de cada escola com relação

ao seu processo de alfabetização. O seu cálculo está vinculado aos resultados

das avaliações do SPAECE-Alfa.

· O IDE-5 e o IDE-9 expressam os resultados alcançados, respectivamente,

nas avaliações de Língua Portuguesa e Matemática realizadas no 5º e 9º anos

do ensino fundamental”.

As orientações para cálculo do IDE-Alfa, IDE-5 e IDE-9 encontram-se no anexo único do Decreto Nº 32.079, de 09 de novembro de 2016.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 25

Page 28: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

26 SPAECE 2016

Page 29: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Roteiros de leitura e análise de resultados

Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-

ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros

com orientações, passo a passo, de como deve ser

feita a leitura e a interpretação dos resultados do

SPAECE 2016, em cada etapa de escolaridade ava-

liada. Para isso, você deve reproduzir as atividades

para cada uma das etapas.

Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-

tados da avaliação em larga escala, é importante,

ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Lar-

ga Escala, disponível em www.spaece.caedufjf.net,

bem como os padrões e níveis de desempenho es-

tudantil, os quais descrevem, pedagogicamente, o

significado das médias alcançadas pelos estudan-

tes das redes estadual e municipal do Ceará que

participaram do SPAECE 2016. Essas descrições

estão disponíveis na seção Padrões e níveis de de-

sempenho deste boletim e ilustradas com itens re-

presentativos de cada nível.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 27

Page 30: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do SPAECE em Língua Portuguesa.

Essa é a primeira informação sobre o desem-

penho dos estudantes de sua escola: a média de

proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas

edições do SPAECE, na disciplina Língua Portugue-

sa, em cada etapa avaliada. A observação da mé-

dia nos ajuda a verificar a melhoria da qualidade da

educação ofertada, a partir da evolução do desem-

penho da escola ao longo do tempo.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os

alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos.

Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.

1

28 SPAECE 2016

Page 31: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas

edições do SPAECE, em uma determinada etapa, e preencha o quadro a seguir.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE

2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?

( ) Está aumentando

( ) Está estável

( ) Está diminuindo

OBS.:

2015

2016

Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a

evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso

pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do SPAECE.

Repita o processo para todas as etapas avaliadas.

ATIVIDADE 1

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do SPAECE.

Depois de observar a proficiência da escola,

vamos verificar como os estudantes estão distri-

buídos pelos padrões de desempenho. De acordo

com a proficiência alcançada no teste, o estudan-

te demonstra um determinado perfil ou padrão de

desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência

do estudante, mais elevado é o seu padrão de de-

sempenho.

Entretanto, em uma turma ou em uma escola,

os estudantes apresentam diferentes padrões de

desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar

para que haja menos estudantes nos padrões mais

baixos, aumentando o percentual de estudantes

nos padrões mais elevados, pois almejamos uma

educação que seja de qualidade e para todos. Por

isso, essa análise é tão importante, professor. Ela

lhe dará informações fundamentais para o seu

planejamento, para a construção permanente do

projeto político-pedagógico e para a definição de

metas, estratégias e metodologias adequadas às

necessidades dos seus alunos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 29

Page 32: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Observe o gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o percentual de

estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida, acrescente o

número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO MUITO CRÍTICO CRÍTICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO

2014

2015

2016% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos

C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer

que os estudantes da sua escola apresentaram:

( ) Melhora gradativa

( ) Estabilidade no desempenho

( ) Queda no desempenho

C Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-

tados.

C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais

baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os

estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito

de aprendizagem garantido.

2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no Crítico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

ATIVIDADE 2

30 SPAECE 2016

Page 33: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Dados de participação nas avaliações do SPAECE nas três últimas edições.

Depois de observar o desempenho alcançado

pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar

como foi a participação no teste. O indicador de

participação revela o nível de adesão à avaliação e

é uma informação muito importante para que os

resultados alcançados possam ser generalizados.

Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-

dantes nos testes, mais consistente é o resultado

de desempenho alcançado. Consideramos como

percentual mínimo para a generalização dos resul-

tados da escola uma participação acima de 75%.

Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola,

para a etapa de escolaridade que você está analisando.

EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO ANÁLISE

2014

Ao longo do tempo a participação

( ) cresceu;

( ) ficou estável;

( ) diminuiu.

Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola, em relação aos anos anteriores.

Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do SPAECE?

Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste e a sua frequência às aulas.

2015

2016

Depois que você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados por sua

escola, é hora de transportá-los para a escala de proficiência e interpretá-los, pedagogica-

mente.

ATIVIDADE 3

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 31

Page 34: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Escala de Proficiência de Língua Portuguesa

* As habilidades relativas a essas competências não são avaliadas nesta etapa de escolaridade.

A gradação das cores indica a complexidade da tarefa.

Muito Crítico

Crítico

Intermediário

Adequado

COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

9EF 3EM

Identifica letras * * Reconhece convenções gráficas * * Manifesta consciência fonológica * * Lê palavras * * Localiza informação D1 D1 Identifica tema D5 D5 Realiza inferência D2, D3, D4, D19, D20, D21 e D22 D2, D3, D4, D19, D20, D21 e D22 Identifica gênero, função e destinatário de um texto

D9 e D10 D9 e D10 Estabelece relações lógico-discursivas D7, D14 e D17 D7, D14, D17 e D18 Identifica elementos de um texto narrativo D11 D11 Estabelece relações entre textos D13 D13 Distingue posicionamentos D6 e D12 D6, D12, D15 e D16 Identifica marcas linguísticas D23 D23

PADRÕES DE DESEMPENHO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL '

PADRÕES DE DESEMPENHO - ENSINO MÉDIO E EJA ENSINO MÉDIO

DOMÍNIOS

Apropriação do sistema da

escrita

Estratégias de leitura

Processamento do texto

32 SPAECE 2016

Page 35: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

COMPETÊNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

9EF 3EM

Identifica letras * * Reconhece convenções gráficas * * Manifesta consciência fonológica * * Lê palavras * * Localiza informação D1 D1 Identifica tema D5 D5 Realiza inferência D2, D3, D4, D19, D20, D21 e D22 D2, D3, D4, D19, D20, D21 e D22 Identifica gênero, função e destinatário de um texto

D9 e D10 D9 e D10 Estabelece relações lógico-discursivas D7, D14 e D17 D7, D14, D17 e D18 Identifica elementos de um texto narrativo D11 D11 Estabelece relações entre textos D13 D13 Distingue posicionamentos D6 e D12 D6, D12, D15 e D16 Identifica marcas linguísticas D23 D23

PADRÕES DE DESEMPENHO - 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL '

PADRÕES DE DESEMPENHO - ENSINO MÉDIO E EJA ENSINO MÉDIO

DOMÍNIOS

Apropriação do sistema da

escrita

Estratégias de leitura

Processamento do texto

Como o desempenho é apresentado em ordem crescente e cumulativa, os estudantes posicionados em um nível mais alto da escala demonstram ter desenvolvido não só as habilidades do nível em que se encontram, mas também, provavelmente, aquelas habilidades dos níveis anteriores. A gradação de cores – que vai do amarelo claro ao vermelho

– também nos indica o grau de complexidade e o nível de desenvolvimento dessas habilidades. Pedagogicamente falando, cada nível da escala corresponde a diferentes características de aprendizagem: quanto maior o nível (posição) na escala, maior a probabilidade de desenvolvimento e consolidação da aprendizagem.

A escala de proficiência é uma espécie de régua na qual os resultados alcançados nas avaliações em larga escala são apresentados. Os valores obtidos nos testes são ordenados e categorizados em intervalos ou faixas que indicam o grau de desenvolvimento das habilidades para os estudantes que alcançaram determinado nível de desempenho.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 33

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Trace uma linha correspondente à proficiência da sua escola sobre a escala, no ponto em que

está localizada a média de 2016. Depois de traçar essa linha, responda:

C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?

C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou

houve mudança? Caso tenha ocorrido mudança, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?

C Observe as competências relacionadas à esquerda da escala de proficiência. De acordo

com a média da sua escola, registre sobre o desenvolvimento de cada uma das competên-

cias avaliadas – é importante observar o que já foi consolidado, o que ainda não foi e o que

está em processo de desenvolvimento. Para isso, observe a explicação sobre as caracterís-

ticas da escala de proficiência, em destaque.

Você encontra a escala de proficiência interativa no endereço www.spaece.caedufjf.net.

Nela você pode fazer vários exercícios com diferentes resultados e verificar os padrões de

desempenho, de acordo com cada resultado. Além disso, estão disponíveis também exem-

plos de itens de acordo com cada nível.

ATIVIDADE 4

Outra interpretação pedagógica dos resultados é identificar as habilidades desenvolvidas, ou

não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se encontram.

Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá à seção Pa-

drões e Níveis de Desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas por cada

grupo de estudantes.

MUITO CRÍTICO CRÍTICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO

Nº de estudantes

Habilidades desenvolvidas

C Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes

desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que

os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-

dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.

ATIVIDADE 5

34 SPAECE 2016

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ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados

longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes disciplinas.

Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a

ajuda da escala.

Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.

Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.

O QUE FAZER COM OS DADOS

O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 35

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Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.

Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.

Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.

Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos

padrões de desempenho.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não

são capazes de aprender.

Entender que os alunos que se encontram em um padrão de

desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em

outra.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte

do professor e da escola.

Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para

todas as etapas e disciplinas avaliadas.

PADRÕES DE DESEMPENHO

36 SPAECE 2016

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Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.

Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.

Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para

que o percentual aumente ainda mais.

PARTICIPAÇÃO

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 37

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DADOS CONTEXTUAIS

Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.

Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.

Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.

Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.

Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.

Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da

aprendizagem dos alunos.

METAS

ISE

38 SPAECE 2016

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Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso também aos resultados de cada turma da escola no endereço www.spaece.caedufjf.net.

2

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 39

Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo SPAECE 2016

Para cada turma, são apresentados o percentuais de acerto por habilidade com base na Teoria Clássi-

ca dos Testes (TCT). É importante conhecer e refletir sobre esses dados.

Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação

de sua escola, é hora de analisar as habilidades avaliadas no SPAECE 2016 e verificar quais apre-

sentaram maiores dificuldades para os alunos. Analise o desempenho de cada turma: há grandes

diferenças entre elas?

C Identifique, em cada turma, os descritores que tiveram menos de 50% de acerto e registre

nos quadros das páginas seguintes.

C Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto

referente a ela3 .

C No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada

descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.

3 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

ATIVIDADE

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40 SPAECE 2016

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 41

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Padrões e níveis de desempenho

Para caracterizar o desenvolvimento de habilida-

des e competências, são definidos padrões de

desempenho estudantil. A partir deles, você, profes-

sor, pode enriquecer sua prática docente e organi-

zar melhor as intervenções pedagógicas, seja de re-

cuperação, reforço ou aprofundamento, de acordo

com o perfil cognitivo dos estudantes identificado

pela avaliação.

Esta seção contém informações sobre os níveis

de proficiência e as habilidades e competências alo-

cadas em intervalos menores da escala. Um conjun-

to de níveis constitui um padrão de desempenho.

Esses níveis fornecem mais detalhamento sobre

a aprendizagem. Além disso, apresentamos tam-

bém um item exemplar para cada nível. Esse item

corresponde à avaliação de uma das habilidades

compreendidas nesse intervalo. As descrições das

habilidades relativas aos níveis de desempenho de

Língua Portuguesa estão de acordo com a descri-

ção pedagógica apresentada pelo Inep, nas Devo-

lutivas Pedagógicas da Prova Brasil, e pelo CAEd, na

análise dos resultados do SPAECE 2016.

/// Muito Crítico

Padrão de desempenho muito abaixo do mínimo esperado para a etapa de escolaridade e área do conhecimento avaliadas. Para os alunos que se encontram neste padrão, deve ser dada atenção especial, exigindo uma ação pedagógica intensiva por parte da instituição escolar.

/// Crítico

Padrão de desempenho considerado básico para a etapa e área de conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão caracterizam-se por um processo inicial de desenvolvimento das competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade em que estão situados.

/// Intermediário

Padrão de desempenho considerado adequado para a etapa e área do

conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão demonstram

ter desenvolvido as habilidades essenciais referentes à etapa de escolaridade em que

se encontram.

/// Adequado

Padrão de desempenho desejável para a etapa e área de conhecimento avaliadas.

Os alunos que se encontram neste padrão demonstram desempenho além do esperado para a etapa de escolaridade em

que se encontram.

42 SPAECE 2016

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Muito Crítico9º ano do Ensino Fundamental

ATÉ 200 PONTOS

NÍVEL 1 /// ATÉ 175 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

C Localizar informação explícita em contos, fábulas e reportagens.

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diário e em cartuns e rea-

lizar inferência em textos não verbais.

C Reconhecer a finalidade de receitas.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 43

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes locali-

zarem uma informação que está presente na superfície

textual, a qual pode ser encontrada no início, no meio ou

no fim do texto.

Como suporte para a tarefa, foi utilizado um texto

narrativo de curta extensão, narrado em primeira pessoa,

cuja linguagem é acessível e condizente com a etapa de

escolarização dos discentes avaliados.

Para satisfazer a proposta do item, os respondentes

deveriam localizar, no segundo parágrafo do texto, a in-

formação que completa a sentença proposta pelo co-

mando: identificar qual dos animais deixou o narrador

assustado em seu sonho.

Nesse sentido, aqueles que marcaram a alternativa A –

o gabarito – demonstraram ser capazes de localizar a in-

formação explícita no texto, que se encontra nos trechos

“Foi quando baratas descontroladas e cegas começaram

a subir em meus pés descalços... Ai!” (l. 7-8) e “Abri a boca

para gritar, apavorado,...” (l. 9).

Leia o texto abaixo.

5

10

A chata ou as baratas

Esta noite tive um sonho. Sonhei que todos os seres deste mundo, incluindo os cachorros, gatos, peixes, pássaros, galinhas, moscas, baratas, todos, sem exceção, tinham a voz esganiçada da minha irmã mais nova, a Andréa, também chamada por mim de Andréa QNASADOMP.*

No sonho, todos os bichos começaram a se manifestar ao mesmo tempo: o cachorro latia, o gato miava, as moscas zumbiam, as baratas corriam e os peixes silenciavam. Eu queria fugir, mas as pernas não me obedeciam. Foi quando baratas descontroladas e cegas começaram a subir em meus pés descalços... Ai!

Abri a boca para gritar, apavorado, mas a voz não saía, e quando saiu tinha o mesmo tom e timbre da chata da minha irmã, que de repente entrou no meu sonho e falou:

– ACORDA, VAMOS BRINCAR!Pulei da cama e, quando a vi acordada em cima do meu pé no lugar das baratas,

confesso: até gostei.Pensando bem, minha irmã não é assim tão ruim como parece.

*Que Não Sai Do Meu Pé

FRATE, Dilea. A chata ou as baratas. In: Fábulas tortas. São Paulo: Companhia das letrinhas, 2007. p. 54. (P070001C2_SUP)

(P070003C2) De acordo com esse texto, o narrador, em seu sonho, ficou apavorado comA) as baratas.B) as galinhas.C) os cachorros.D) os pássaros.

44 SPAECE 2016

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NÍVEL 2 /// DE 175 A 200 PONTOS

C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos e em instru-

ções de jogo.

C Identificar o assunto principal em reportagens, cartas, contos, tirinhas e histórias em quadrinhos.

C Inferir informações e características do personagem e do narrador e a personagem principal em fá-

bulas e piadas, elementos do cenário em fragmentos de romance, o desfecho de uma lenda.

C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas e charges.

C Reconhecer a finalidade de manuais, regulamentos e textos de orientação.

C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música, cartas, contos, tirinhas e

histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diário.

C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.

C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 45

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes inter-

pretarem um texto que conjuga linguagem verbal e não

verbal.

Para a realização da tarefa, foi utilizada uma charge

que apresenta o elemento verbal expresso pela palavra

SOS construída a partir dos galhos e do tronco da árvore,

os quais são elementos não verbais, cuja finalidade é re-

tratar, com humor e crítica, uma realidade atual.

É solicitado no comando desse item que os estudan-

tes identifiquem o assunto abordado na charge. Desse

modo, os estudantes deveriam perceber que, na ima-

gem, além da presença de um tronco cortado de árvo-

re e de folhas caídas ao chão, concomitantemente, dois

galhos formam a sigla SOS, sugerindo um pedido de so-

corro realizado pela natureza, que vem sendo devastada.

Logo, os estudantes que compreenderam o assunto

dessa charge, o problema do desmatamento, marcaram

a alternativa D como gabarito, demonstrando ter desen-

volvido a habilidade avaliada.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://zip.net/bkttDg>. Acesso em: 2 abr. 2014. (P090385H6_SUP)

(P090385H6) Esse texto abordaA) a importância da madeira para o artesanato.B) a utilidade dos códigos de emergência.C) o acúmulo de lixo nas ruas da cidade.D) o problema do desmatamento.

46 SPAECE 2016

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Crítico9º ano do Ensino Fundamental

DE 200 A 250 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 3 /// DE 200 A 225 PONTOS

C Localizar informação explícita em sinopses e

receitas culinárias.

C Identificar o assunto principal em reporta-

gens e a personagem principal em fábulas,

contos e letras de música.

C Inferir ação do personagem em crônicas e

em sinopses.

C Inferir informação a respeito do eu lírico em

letras de música e do personagem em tiri-

nhas.

C Reconhecer sentido de expressão, elemen-

tos da narrativa e opinião em reportagens,

contos, fábulas e poemas.

C Inferir efeito de humor em piadas, tirinhas e

histórias em quadrinhos.

C Inferir sentido decorrente da utilização de si-

nais de pontuação e sentido de expressões

em poemas, fábulas e contos.

C Identificar formas de representação de medi-

da de tempo em reportagens.

C Identificar assunto comum a duas reporta-

gens, a duas notícias e a um poema e uma

crônica e a semelhança entre cartas do leitor

e cartuns.

C Reconhecer relação de causa e consequên-

cia e relação entre pronomes e seus referen-

tes em fábulas, poemas, contos, tirinhas e

reportagens.

C Reconhecer expressões características da

linguagem (científica, jornalística, etc.) e a

relação entre expressão e seu referente em

reportagens e artigos de opinião.

C Inferir o efeito de sentido de expressão e opi-

nião em crônicas e reportagens.

C Inferir o efeito de sugestão pelo uso da for-

ma verbal imperativa em cartas do leitor e de

orientação em manuais de instrução e o efei-

to do uso de diminutivo em contos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 47

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes distingui-

rem um fato de uma opinião. Por meio desse descritor, ava-

lia-se a capacidade de o estudante identificar fatos em um

texto e de diferenciá-los da opinião do autor, do narrador ou

de um personagem.

O suporte utilizado é uma narrativa na qual o narra-

dor-personagem é acometido por um sonho ruim e sen-

te-se aliviado ao ser acordado por Andréa, sua irmã mais

nova.

É solicitado no comando desse item que os respon-

dentes identifiquem, entre outros fragmentos retirados

da narrativa, o trecho que contém uma opinião do narra-

dor com relação à sua irmã.

Os estudantes que marcaram a alternativa D, o gaba-

rito, retomaram a última sentença do texto e percebe-

ram que o narrador apresenta marcas de avaliação como

“não”, “ruim” e até mesmo a relação de comparação mar-

cada pela locução “como parece”.

Leia o texto abaixo.

5

10

A chata ou as baratas

Esta noite tive um sonho. Sonhei que todos os seres deste mundo, incluindo os cachorros, gatos, peixes, pássaros, galinhas, moscas, baratas, todos, sem exceção, tinham a voz esganiçada da minha irmã mais nova, a Andréa, também chamada por mim de Andréa QNASADOMP.*

No sonho, todos os bichos começaram a se manifestar ao mesmo tempo: o cachorro latia, o gato miava, as moscas zumbiam, as baratas corriam e os peixes silenciavam. Eu queria fugir, mas as pernas não me obedeciam. Foi quando baratas descontroladas e cegas começaram a subir em meus pés descalços... Ai!

Abri a boca para gritar, apavorado, mas a voz não saía, e quando saiu tinha o mesmo tom e timbre da chata da minha irmã, que de repente entrou no meu sonho e falou:

– ACORDA, VAMOS BRINCAR!Pulei da cama e, quando a vi acordada em cima do meu pé no lugar das baratas,

confesso: até gostei.Pensando bem, minha irmã não é assim tão ruim como parece.

*Que Não Sai Do Meu Pé

FRATE, Dilea. A chata ou as baratas. In: Fábulas tortas. São Paulo: Companhia das letrinhas, 2007. p. 54. (P070001C2_SUP)

(P070004C2) Nesse texto, em relação à irmã, há uma opinião em:A) “... descontroladas e cegas...”. (ℓ. 7)B) “Abri a boca para gritar, apavorado,...”. (ℓ. 9)C) “... a vi acordada em cima do meu pé...”. (ℓ. 12)D) “... não é assim tão ruim como parece.”. (ℓ. 14)

48 SPAECE 2016

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NÍVEL 4 /// DE 225 A 250 PONTOS

C Identificar assunto e opinião em reportagens e contos.

C Identificar tema e assunto em poemas, tirinhas e charges, relacionando elementos verbais e não

verbais, e textos informativos.

C Identificar assunto comum a cartas e poemas.

C Identificar informação explícita em letras de música, contos, fragmentos de romances, crônicas e

textos didáticos.

C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.

C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação e de conjunções em poe-

mas, charges e fragmentos de romance.

C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.

C Reconhecer o gênero biografia, mesmo quando apresentado em uma comparação de dois textos.

C Reconhecer o gênero artigo.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,

contos e reportagens.

C Reconhecer relações de causa e consequência e características de personagens em lendas e fábulas.

C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.

C Inferir finalidade e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.

C Inferir informação em poemas, reportagens e cartas.

C Diferenciar opinião de fato em reportagens.

C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.

C Interpretar efeito de humor e sentido de palavra em piadas e tirinhas.

C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.

C Inferir o efeito de sentido provocado pela escolha de expressão em guias de viagem e o efeito de

sentido provocado pelo uso de recursos ortográficos em fábulas.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 49

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A habilidade avaliada por esse item é a de reconhecer

o efeito de sentido decorrente do uso de recursos orto-

gráficos tais como, abreviação, sigla, caixa alta, separa-

ção silábica, repetição de letra, entre outros.

É solicitado no comando desse item que o estudan-

te identifique qual é a informação intensificada pelo uso

da abreviação. O estudante deveria perceber a relação

conflituosa do narrador com a irmã descrita no início do

texto, além de associar a abreviação presente no coman-

do do item ao seu significado no rodapé da página “Que

não sai do meu pé”, concluindo, dessa forma, que o uso

de recurso reforça a implicância do narrador com a irmã

mais nova, escolhendo a alternativa C, o gabarito.

Leia o texto abaixo.

5

10

A chata ou as baratas

Esta noite tive um sonho. Sonhei que todos os seres deste mundo, incluindo os cachorros, gatos, peixes, pássaros, galinhas, moscas, baratas, todos, sem exceção, tinham a voz esganiçada da minha irmã mais nova, a Andréa, também chamada por mim de Andréa QNASADOMP.*

No sonho, todos os bichos começaram a se manifestar ao mesmo tempo: o cachorro latia, o gato miava, as moscas zumbiam, as baratas corriam e os peixes silenciavam. Eu queria fugir, mas as pernas não me obedeciam. Foi quando baratas descontroladas e cegas começaram a subir em meus pés descalços... Ai!

Abri a boca para gritar, apavorado, mas a voz não saía, e quando saiu tinha o mesmo tom e timbre da chata da minha irmã, que de repente entrou no meu sonho e falou:

– ACORDA, VAMOS BRINCAR!Pulei da cama e, quando a vi acordada em cima do meu pé no lugar das baratas,

confesso: até gostei.Pensando bem, minha irmã não é assim tão ruim como parece.

*Que Não Sai Do Meu Pé

FRATE, Dilea. A chata ou as baratas. In: Fábulas tortas. São Paulo: Companhia das letrinhas, 2007. p. 54. (P070001C2_SUP)

(P070001C2) Nesse texto, a abreviação “QNASADOMP” (ℓ. 4) intensifica aA) amizade pela irmã.B) comunicação com a irmã.C) implicância com a irmã.D) coragem da irmã.

50 SPAECE 2016

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Intermediário9º ano do Ensino Fundamental

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 5 /// DE 250 A 275 PONTOS

C Localizar informações explícitas em crônicas

e fábulas.

C Identificar opinião e informação explícita em

fábulas, contos, crônicas e reportagens.

C Identificar informação explícita em reporta-

gens com ou sem o auxílio de recursos grá-

ficos.

C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas,

charges, reportagens, abaixo-assinados e o gê-

nero sinopse.

C Reconhecer relação de causa e consequên-

cia e relação entre pronomes e seus referen-

tes em poemas, fábulas e contos.

C Reconhecer relação entre pronomes e seus

referentes e relações de causa e consequên-

cia em fragmentos de romance, diários, crô-

nicas, reportagens e máximas (provérbios).

C Interpretar sentido de conjunções e de ad-

vérbios e relações entre elementos verbais

e não verbais em tirinhas, fragmentos de ro-

mance, reportagens e crônicas.

C Inferir assunto principal e sentido de expres-

são em poemas, fábulas, contos, crônicas,

reportagens e tirinhas.

C Inferir informação em contos e reportagens.

C Inferir tema e ideia principal em notícias, crô-

nicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra ou expressão em

história em quadrinhos, poemas e fragmentos

de romance.

C Inferir efeito de humor em piadas e moral em

fábulas.

C Inferir o efeito de sentido do uso de expres-

são popular em artigos de opinião.

C Identificar os elementos da narrativa em le-

tras de música e fábulas.

C Comparar textos de gêneros diferentes que

abordem o mesmo tema.

C Reconhecer o assunto comum entre textos

informativos.

DE 250 A 300 PONTOS

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 51

Page 54: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

O objetivo desse item é avaliar a habilidade de os

estudantes realizarem operações de retomada pro-

nominal ou lexical, identificando repetições ou subs-

tituições que contribuem para a progressão textual.

Essa tarefa consiste em relacionar um pronome ou

um termo ao seu referente, a partir de um recurso de

retomada anafórica ou catafórica.

Para a realização dessa tarefa, utilizou-se como su-

porte um fragmento de reportagem cujo tema é o mau

humor causado pelo processo de emagrecimento.

É solicitado no comando desse item que os estu-

dantes, a partir da leitura de um trecho selecionado,

busquem no texto, mais especificamente no tercei-

ro parágrafo, o referente do pronome demonstrativo

“isso”, que, neste caso, é a expressão “perder peso”,

expressão anterior mais próxima ao pronome. Nes-

se sentido, aqueles que marcaram a alternativa A, o

gabarito, desenvolveram a habilidade de retomada

pronominal anafórica avaliada, pois estabeleceram a

relação proposta.

Leia os textos abaixo.

Texto 1

5

10

Emagrecer melhora saúde, mas não melhora humor, indica estudo

[...] A pesquisa observou 1,9 mil pacientes britânicos acima do peso com mais de 50 anos, aconselhados a perder peso por questões de saúde. O estudo [...] afirma que pessoas que perderam mais de 5% de peso ficaram mais saudáveis, porém mais propensas a sentir mau humor.

A equipe da Universidade College London (UCL) afirmou que quem estiver tentando perder peso deve procurar o apoio de amigos e profissionais de saúde, caso sinta necessidade. [...] As 278 pessoas que emagreceram também registraram queda na pressão e no nível de lipídios. Mas também tiveram uma probabilidade 50% maior de se sentir tristes, em comparação com aqueles que mantiveram o mesmo peso.

Para os cientistas, isso poderia ser explicado pelas dificuldades de se manter uma dieta, como, por exemplo, resistir a beliscar e evitar encontros com amigos que envolvam refeições. “Não queremos desestimular as pessoas a tentar perder peso, porque isso traz enormes benefícios de saúde. Mas as pessoas não devem ter a expectativa de que emagrecer vai imediatamente melhorar todos os aspectos de suas vidas”, afirmou a doutora Sarah Jackson, que coordenou a pesquisa. [...]

Disponível em: <http://migre.me/kZQMG>. Acesso em: 12 ago. 2014. Fragmento.

Texto 2

5

10

Emagrecer faz bem para a saúde e também contribui para uma melhor noite de sono. Adultos obesos que emagreceram 5% do peso corporal total depois de seis meses relataram que dormem melhor e por mais tempo. É o que revela um novo estudo apresentado numa reunião da Sociedade Internacional de Endocrinologia e da Sociedade de Endocrinologia, em Chicago, nos Estados Unidos.

Além disso, o estudo também mostrou que a perda de peso neste período melhorou a qualidade do sono e o humor, independentemente da maneira como os indivíduos emagreceram. “Este estudo confirma vários outros que relatam que a perda de peso está associada com o aumento da duração do sono”, afirmou a principal pesquisadora do estudo, Nasreen Alfaris, da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia.

O estudo examinou 390 homens e mulheres obesos por dois anos. [...] Os participantes que emagreceram ainda mais que 5% do peso corporal relataram ainda mais melhorias na qualidade do sono e do humor. “Mais estudos são necessários para analisar os efeitos de ganhar peso novamente sobre a duração e a qualidade do sono”, finaliza Alfaris.

Disponível em: <http://migre.me/kZQyh>. Acesso em: 12 ago. 2014. Fragmento.

(P090402H6_SUP)

(P090406H6) No Texto 1, no trecho “... isso traz enormes benefícios de saúde...” (ℓ. 11-12), o termo em destaque refere-se aA) perder peso.B) manter uma dieta.C) evitar encontros com amigos.D) desestimular as pessoas.

52 SPAECE 2016

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NÍVEL 6 /// DE 275 A 300 PONTOS

C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.

C Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas.

C Identificar opinião em poemas e crônicas e o trecho que apresenta uma opinião em sinopse em

reportagens.

C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e assunto comum a duas reporta-

gens.

C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas.

C Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-

las, contos, crônicas, fragmentos de romance, artigos de opinião e reportagens.

C Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens e em

letras de música.

C Inferir informações em fragmentos de romance.

C Interpretar efeito de humor em piadas, contos e crônicas.

C Inferir o efeito de sentido da pontuação, da polissemia como recurso para estabelecer humor e da

ironia em tirinhas, anedotas e contos.

C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e história em quadrinhos.

C Inferir o sentido de expressão em letras de música, tirinhas, poemas, fragmentos de romance e o

sentido de palavra em cartas do leitor.

C Inferir o sentido de expressão característica da área da informática em textos jornalísticos.

C Reconhecer o uso de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de

romance.

C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e

artigos.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 53

Page 56: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Esse item possui como objetivo avaliar a habilidade

de os estudantes inferirem o sentido global de um texto.

Para a realização da tarefa, foi utilizado como suporte o

fragmento de uma crônica intitulada “Mercado do tem-

po”, que versa sobre a percepção do ritmo do tempo.

É solicitado no comando desse item que os respon-

dentes demarquem a alternativa que apresenta a temá-

tica abordada pela crônica. Para tanto, seria necessário

que eles observassem o título, além de realizar uma leitu-

ra atenta de todo o texto.

Desse modo, os estudantes que marcaram a alterna-

tiva B, o gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada,

pois perceberam que o texto trata sobre a adaptação das

pessoas em relação ao tempo e ao seu ritmo, como está

no trecho “Mas uma coisa vale para todos nós: o tempo

passa. Melhor aprender seu ritmo, antes que ele acabe

ultrapassando você.” (l. 10-11).

Leia o texto abaixo.

5

10

Mercado do tempo

Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais corrida. Vinte e quatro horas é pouco – precisava um dia maior para pôr tudo em dia.

Contra esses lugares-comuns, boa parte dos manuais prescreve doses regulares de priorização, planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas, analógicos e digitais. Mas a ciência tem uma receita diferente: você não vai aprender a controlar seu tempo encarando um calendário. Antes, é necessário olhar para outros lugares. [...] É no dia a dia que se revela nossa habilidade de cumprir planos.

Não é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e às vezes ganha tempo é influenciada por fatores culturais, geográficos e econômicos. Tudo isso resulta na sua orientação temporal, uma fórmula pessoal de encarar passado, presente e futuro. Mas uma coisa vale para todos nós: o tempo passa. Melhor aprender seu ritmo, antes que ele acabe ultrapassando você.

URBIM, Emiliano. Superinteressante. Dez. 2010. p. 64-65. Fragmento. (P070209C2_SUP)

(P070209C2) Esse texto trata principalmente da necessidade deA) administrar um calendário.B) aprender o ritmo do tempo.C) encontrar uma receita diferente.D) observar a corrida do tempo.

54 SPAECE 2016

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Adequado9º ano do Ensino Fundamental

ACIMA DE 300 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7 /// DE 300 A 325 PONTOS

C Localizar a informação principal em reporta-

gens.

C Identificar ideia principal e finalidade em notí-

cias, reportagens e resenhas.

C Identificar assunto principal em notícia e opi-

nião em contos e cartas do leitor.

C Reconhecer sentido de locução adverbial e

elementos da narrativa em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência,

entre pronomes e seus referentes e entre ad-

vérbio de lugar e o seu referente em fábulas e

reportagens e o sentido de conjunção propor-

cional em textos expositivos.

C Reconhecer características da linguagem

(científica, jornalística, padrão) em reporta-

gens e crônicas.

C Reconhecer elementos da narrativa em crô-

nicas.

C Reconhecer argumentos e opiniões em no-

tícias, artigos de opinião e fragmentos de ro-

mance.

C Reconhecer assunto comum entre textos de

gêneros diferentes.

C Inferir aspecto comum na comparação de

cartas do leitor.

C Diferenciar abordagem do mesmo tema em

textos de gêneros distintos.

C Inferir informação em contos, crônicas, notí-

cias e charges.

C Inferir sentido de palavras, da repetição de

palavras, de expressões, de linguagem ver-

bal e não verbal e de pontuação em charges,

tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de ro-

mance e reportagens.

C Inferir informações e efeito de sentido de-

corrente do uso de pontuação em fábulas e

piadas.

C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso

de diminutivo em crônicas.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 55

Page 58: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Esse item avalia a habilidade de reconhecer posi-

ções distintas entre duas opiniões relativas ao mes-

mo tema. Ambos os textos utilizados como suporte

nesse item abordam a mudança do humor em pes-

soas que emagreceram.

É solicitado no comando desse item que os res-

pondentes identifiquem o posicionamento dos au-

tores com relação à melhoria do humor das pessoas

que perderam 5% de seu peso corporal.

Os estudantes que assinalaram a alternativa B, o ga-

barito, demonstraram que são proficientes na habilida-

de proposta, pois compreenderam corretamente que

as opiniões expressas nos textos são contrárias, uma

vez que, de acordo com o Texto 1, ainda que o ema-

grecimento traga benefícios para a saúde, é possível

que as pessoas que emagrecem 5% do peso corporal

se sintam tristes (informação presente no primeiro pa-

rágrafo). Em contrapartida, o Texto 2 argumenta que

a mesma redução da gordura corporal melhora o hu-

mor (informação presente no último parágrafo).

Leia os textos abaixo.

Texto 1

5

10

Emagrecer melhora saúde, mas não melhora humor, indica estudo

[...] A pesquisa observou 1,9 mil pacientes britânicos acima do peso com mais de 50 anos, aconselhados a perder peso por questões de saúde. O estudo [...] afirma que pessoas que perderam mais de 5% de peso ficaram mais saudáveis, porém mais propensas a sentir mau humor.

A equipe da Universidade College London (UCL) afirmou que quem estiver tentando perder peso deve procurar o apoio de amigos e profissionais de saúde, caso sinta necessidade. [...] As 278 pessoas que emagreceram também registraram queda na pressão e no nível de lipídios. Mas também tiveram uma probabilidade 50% maior de se sentir tristes, em comparação com aqueles que mantiveram o mesmo peso.

Para os cientistas, isso poderia ser explicado pelas dificuldades de se manter uma dieta, como, por exemplo, resistir a beliscar e evitar encontros com amigos que envolvam refeições. “Não queremos desestimular as pessoas a tentar perder peso, porque isso traz enormes benefícios de saúde. Mas as pessoas não devem ter a expectativa de que emagrecer vai imediatamente melhorar todos os aspectos de suas vidas”, afirmou a doutora Sarah Jackson, que coordenou a pesquisa. [...]

Disponível em: <http://migre.me/kZQMG>. Acesso em: 12 ago. 2014. Fragmento.

Texto 2

5

10

Emagrecer faz bem para a saúde e também contribui para uma melhor noite de sono. Adultos obesos que emagreceram 5% do peso corporal total depois de seis meses relataram que dormem melhor e por mais tempo. É o que revela um novo estudo apresentado numa reunião da Sociedade Internacional de Endocrinologia e da Sociedade de Endocrinologia, em Chicago, nos Estados Unidos.

Além disso, o estudo também mostrou que a perda de peso neste período melhorou a qualidade do sono e o humor, independentemente da maneira como os indivíduos emagreceram. “Este estudo confirma vários outros que relatam que a perda de peso está associada com o aumento da duração do sono”, afirmou a principal pesquisadora do estudo, Nasreen Alfaris, da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia.

O estudo examinou 390 homens e mulheres obesos por dois anos. [...] Os participantes que emagreceram ainda mais que 5% do peso corporal relataram ainda mais melhorias na qualidade do sono e do humor. “Mais estudos são necessários para analisar os efeitos de ganhar peso novamente sobre a duração e a qualidade do sono”, finaliza Alfaris.

Disponível em: <http://migre.me/kZQyh>. Acesso em: 12 ago. 2014. Fragmento.

(P090402H6_SUP)

(P090402H6) Em relação à melhoria do humor das pessoas que emagreceram 5% do peso corporal, esses textos apresentam posiçõesA) complementares.B) contrárias. C) inconsistentes.D) semelhantes.

56 SPAECE 2016

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NÍVEL 8 /// DE 325 A 350 PONTOS

C Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas.

C Identificar argumento em reportagens e crônicas.

C Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de va-

riantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos e fragmentos de romance.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em contos.

C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas do leitor que abordam o mesmo tema e entre artigos

de opinião.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos e cordéis.

C Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.

C Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos

em poemas e fragmentos de romances.

C Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens, crônica e artigos.

C Identificar opinião em fábulas e reconhecer sentido de advérbios em cartas do leitor.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.

C Reconhecer a finalidade de texto informativo com linguagem científica.

C Reconhecer a ideia defendida em artigos de opinião.

C Reconhecer o trecho retomado por pronome demonstrativo em textos de orientação.

C Inferir informação em crônicas.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 57

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Nesse item, foi aferida a habilidade de estabelecer

uma relação lógico-discursiva presente no texto, de-

marcada por um conectivo.

O suporte utilizado é o fragmento de uma crôni-

ca de curta extensão, na qual o autor discorre acerca

do tempo e as formas de aproveitá-lo melhor.

Para identificar a ideia expressa pela conjunção

“mas” no trecho em análise, o estudante deveria re-

tomar o segundo parágrafo do texto, no qual o au-

tor apresenta, no primeiro período, propostas dos

manuais para administração do tempo. O segundo

período é introduzido pela conjunção “mas”, a fim

de contrapor as ideias previstas nos manuais pelas

indicações da ciência.

Os respondentes que marcaram a alternativa

A, o gabarito, compreenderam a relação estabe-

lecida pelo conectivo “mas” destacado no coman-

do, qual seja, a ideia de oposição em uma oração

coordenada, demonstrando a divergência entre os

manuais e a ciência.

Leia o texto abaixo.

5

10

Mercado do tempo

Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais corrida. Vinte e quatro horas é pouco – precisava um dia maior para pôr tudo em dia.

Contra esses lugares-comuns, boa parte dos manuais prescreve doses regulares de priorização, planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas, analógicos e digitais. Mas a ciência tem uma receita diferente: você não vai aprender a controlar seu tempo encarando um calendário. Antes, é necessário olhar para outros lugares. [...] É no dia a dia que se revela nossa habilidade de cumprir planos.

Não é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e às vezes ganha tempo é influenciada por fatores culturais, geográficos e econômicos. Tudo isso resulta na sua orientação temporal, uma fórmula pessoal de encarar passado, presente e futuro. Mas uma coisa vale para todos nós: o tempo passa. Melhor aprender seu ritmo, antes que ele acabe ultrapassando você.

URBIM, Emiliano. Superinteressante. Dez. 2010. p. 64-65. Fragmento. (P070209C2_SUP)

(P070209C2) Nesse texto, no trecho “Mas a ciência tem uma receita diferente:...” (ℓ. 5), a palavra destacada estabelece relação de A) oposição.B) conclusão.C) explicação.D) adição.

58 SPAECE 2016

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NÍVEL 9 /// DE 350 A 375 PONTOS

C Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas e

artigos de opinião.

C Distinguir o trecho que apresenta a informação principal em reportagens.

C Identificar variantes linguísticas em letras de música e marcas da linguagem informal em trecho de

reportagens, contos e crônicas.

C Reconhecer a finalidade, o gênero e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas,

crônicas, poemas e reportagens.

C Inferir o sentido de palavra em reportagens e inferir informação em poemas.

C Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigo de opinião.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 59

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferi-

rem informação. Essa habilidade consiste em depreender

informações que podem ser concluídas a partir da com-

preensão das entrelinhas textuais por parte do leitor.

Para a realização de tal habilidade, utilizou-se como

suporte um poema que aborda o peso proporcionado

pelo sentimento do amor se alguém o guarda para si e

não o transparece.

É solicitado no comando que os estudantes infiram,

a partir do poema, como o amor é tratado. Aqueles que

marcaram a alternativa C, o gabarito, conseguiram reali-

zar corretamente a inferência de que o amor é um sen-

timento pesado quando é guardado para si, pois atenta-

ram para os três primeiros versos, que exemplificam esse

peso a partir da “moeda de ouro”, um objeto sólido, ma-

ciço e compacto, portanto, pesado, além da contraposi-

ção existente nos três últimos versos, que demonstram a

leveza para aqueles se abrem para o amor.

Leia o texto abaixo.

Pensamor

Como pesa pensamor Como é leve pensamorMoeda de ouro em minha palma ao peito que se abre em palmaSem que perceba o doador para a seta que acertou.

LISBOA, Henriqueta. Melhores poemas de Henriqueta Lisboa. Seleção de Fábio Lucas. São Paulo, Global, 2001. P. 162. (P090426ES_SUP)

(P090429ES) Nesse texto, o amor é tratado como umA) controle do sentimento alheio.B) desespero para quem o perde.C) peso quando se guarda para si.D) sentimento despertado no doador.

60 SPAECE 2016

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NÍVEL 10 /// ACIMA DE 375 PONTOS

C Reconhecer a ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.

C Identificar os elementos da narrativa em contos e crônicas.

C Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.

C Inferir o sentido de palavras em poemas e contos.

C Inferir o efeito de sentido provocado pela repetição de formas verbais em fábulas.

C Reconhecer o tema comum entre textos do gênero poema.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em sinopses.

C Inferir o efeito de sentido causado pelo uso do recurso estilístico da rima e por escolha de expressão

em poemas.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 61

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Esse item avalia a habilidade de reconhecer o efeito

de sentido decorrente da escolha de uma determinada

palavra ou expressão. Essa tarefa consiste em identificar

efeitos atribuídos pelo autor a uma expressão, efeitos

estes muito recorrentes em textos literários, como é o

caso desse suporte, que apresenta um poema de Manuel

Bandeira.

Para responder a esse item, era necessário que os

estudantes inferissem o tom de saudade expresso pelo

texto para, então, compreender que o fato de a chuva

“chorar” remete a essa melancolia e que “monotonamen-

te” indica que a chuva era persistente, contínua. Os estu-

dantes que conseguiram compreender esses efeitos de

sentido assinalaram a letra B – continuidade.

Leia o texto abaixo.

5

10

Cartas do meu avô

A tarde cai, por demaisErma, úmida e silente...A chuva, em gotas glaciais,Chora monotonamente.

E enquanto anoitece, vouLendo sossegado e só,As cartas que meu avôEscrevia a minha avó.

Enternecido sorrioDo fervor desses carinhos:É que os conheci velhinhos,Quando o fogo era já frio. [...]

BANDEIRA, Manuel. Seleta em Prosa e Verso. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1971, p. 107-108. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento. (P090009E4_SUP)

(P090009E4) Nos versos “A chuva, em gotas glaciais,/ Chora monotonamente.” (v. 3-4), a expressão em destaque sugereA) arrependimento.B) continuidade.C) mistério.D) solidão.

62 SPAECE 2016

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Muito CríticoEnsino Médio e EJA Ensino Médio

ATÉ 225 PONTOS

NÍVEL 1 /// ATÉ 200 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

C Localizar informação explícita a respeito da ação do personagem em crônicas e em fragmentos de

romance.

C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos, em instru-

ção de jogo e em notícias.

C Inferir efeito do uso da exclamação em textos de orientação.

C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal.

C Reconhecer a finalidade de cartaz.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 63

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes inter-

pretarem textos que conjugam linguagem verbal e não

verbal. Nesse caso, como suporte para a tarefa, foi uti-

lizada uma tirinha de cunho humorístico, gênero muito

comum no ambiente escolar. Portanto, espera-se que os

estudantes sejam capazes de articular as falas dos balões

com os elementos visuais das cenas, percebendo o de-

senvolvimento da história.

Para identificar o gabarito, os respondentes deveriam

seguir a sequência narrativa apresentada e compreender

que as galinhas correram por pensarem que era o mo-

mento de comer milho, isso porque escutaram o barulho

do menino cortando as unhas que, provavelmente, se as-

semelha ao som que é feito quando o milho está sendo

distribuído. Desse modo, os estudantes que marcaram a

alternativa A, o gabarito, demonstraram ter desenvolvido

a habilidade em questão.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/niquel/seletas.shtml>. Acesso em: 4 mar. 2014. (P090348G5_SUP)

(P090348G5) Nesse texto, os animais correram porqueA) achavam que era hora de comer.B) foram chamados pelo menino.C) ouviram o alerta de perigo.D) queriam ficar perto do menino.

64 SPAECE 2016

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NÍVEL 2 /// DE 200 A 225 PONTOS

C Reconhecer a causa de ação do personagem em fragmentos de romance.

C Inferir características do personagem em fábulas e ação do personagem em crônica.

C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música.

C Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão em letras de música.

C Identificar o assunto principal em reportagens.

C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre

expressão e seu referente em reportagens e artigos de opinião.

C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos e

em contos e por advérbio de modo em poemas.

C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.

C Inferir o efeito do uso de notação e do uso da exclamação na fala do personagem em tirinha.

C Inferir o trecho que provoca efeito de humor em piadas e o fato que gera humor em histórias em

quadrinhos.

C Identificar o público-alvo de um cartaz.

C Inferir a crítica apresentada em cartuns.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 65

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Nesse item, foi aferida a habilidade de estabele-

cer relação lógico-discursiva presente no texto, mar-

cada por um conectivo. Como diversos conectivos

possuem múltiplos sentidos, é necessária bastante

atenção, por parte do discente, no contexto em que

a conjunção está presente.

Como suporte, foi utilizado um poema de João

Cabral de Melo Neto, importante autor brasileiro da

geração de 45. O poema possui linguagem acessível

à etapa de escolarização avaliada e tem, como te-

mática, o futebol.

Para satisfazer a proposta do item, os responden-

tes deveriam atentar para o trecho selecionado no

comando e para o termo nele destacado, a fim de

compreender que o conectivo “como” estabelece

uma relação de comparação entre a bola e o touro

no trecho “A bola não é a inimiga/ como o touro,

numa corrida;” (v. 1-2).

Sendo assim, aqueles que compreenderam essa

relação de conexão textual escolheram a alternativa

B, o gabarito, demonstrando ter desenvolvido a ha-

bilidade avaliada.

Leia o texto abaixo.

5

10

O futebol evocado na Europa

A bola não é a inimigacomo o touro, numa corrida;e embora seja um utensíliocaseiro e que se usa sem risco, não é o utensílio impessoal,sempre manso, de gesto usual:é um utensílio semivivo,de reações próprias como bicho,e que, como bicho, é mister [...]usar com malícia e atençãodando aos pés astúcias de mão.

MELO NETO, João Cabral de; MACHADO, Luiz Raul (Org.). Novas seletas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 2002. p. 36. Adaptado: Reforma

Ortográfi ca. Fragmento. (P100187A9_SUP)

(P100187A9) No trecho “A bola não é a inimiga/ como o touro, numa corrida;” (v. 1-2), o termo destacado dá a ideia de A) causa.B) comparação.C) concessão. D) conclusão.E) conformidade.

66 SPAECE 2016

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CríticoEnsino Médio e EJA Ensino Médio

DE 225 A 275 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 3 /// DE 225 A 250 PONTOS

C Localizar informações explícitas em frag-

mentos de romance, crônicas, textos didáti-

cos e artigos.

C Identificar tema e assunto em poemas e

charges, relacionando elementos verbais e

não verbais.

C Identificar elementos da narrativa em história

em quadrinhos.

C Reconhecer a finalidade de recurso gráfico

em artigos.

C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso

de expressões, de pontuação, de conjunções

em poemas, charges, fragmentos de roman-

ce, anedotas e contos.

C Inferir o sentido de palavra em letras de mú-

sica, reportagens e artigos.

C Reconhecer relações de causa e consequên-

cia em lendas e fábulas.

C Reconhecer relação entre pronome e seu re-

ferente em manuais de instrução.

C Inferir características de personagens em len-

das e fábulas e inferir sentimento expresso

pelo narrador em contos.

C Reconhecer recurso argumentativo em arti-

gos de opinião.

C Inferir efeito de sentido da repetição de ex-

pressões em crônicas.

C Inferir causa da ação de um personagem e

interpretar expressão do personagem em ti-

rinhas.

C Reconhecer o objetivo comunicativo de re-

portagens.

C Reconhecer aspecto comum na compara-

ção de letras de música e poemas e entre

textos jornalísticos e charges.

C Identificar a tese defendida pelo autor em ar-

tigos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 67

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes re-

conhecerem o efeito de sentido decorrente do uso de

pontuação. Essa tarefa consiste em identificar o uso de

diferentes sinais de pontuação em um texto, nesse caso,

o das reticências.

Para realizar essa tarefa, utilizou-se como suporte um

conto cuja temática aborda a trégua que o eco propor-

cionou a dois inimigos.

O comando desse item solicitou ao respondente que re-

conhecesse no trecho destacado a função das reticências.

Desse modo, o estudante que marcou a alternativa C, o ga-

barito, identificou que o efeito de sentido dessa pontuação

demonstra o prolongamento do eco mencionado no texto,

quando apenas os sons finais são repetidos.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

20

O eco e a vida: um conto de paz

Certo dia os inimigos se encontraram em uma esquina da vida. Eram dois e viviam batendo de frente. Raiva, impasse e intriga.

O primeiro dobrou uma rua. O outro, curvou na que estava, deu uns poucos passos e pensou:– Não é possível que isso vá fi car assim... Não, não vou deixar barato. Deu meia volta

e começou a seguir o outro, até que este saiu fora da cidade, que fi cava entre árvores e montes, ladeada por serras. Queria pegá-lo só para que não houvesse testemunhas.

E o outro gritou enraivecido:– Ei, rapaz!E o eco ecoou:– Paz... Paz... Paz...O primeiro olhou para traz com um sorriso nos lábios e outro no coração. Avistou, ao

longe, aquele que lhe interveio e, querendo confi rmar o que seus ouvidos ouviram, perguntou em tom ameno, coisa que há muito tempo não existia entre os dois.

– Tá falando comigo?E o eco ecoou:– Amigo... migo... migo...E o outro, perdido naquilo que seria o seu elemento surpresa, respondeu brandamente

e com certa comoção:– Não, é que eu te vi agora há pouco e queria te perguntar...E começaram a dialogar, como há muito tempo não faziam.

MOREIRA, Maria Aparecida Antunes. Disponível em: <http://www.mundojovem.com.br/datas-comemorativas/amizade/artigo-amizade-o-

eco-e-a-vida-um-conto-de-paz.php>. Acesso em: 13 mar. 2011. (P121079ES_SUP)

(P121082ES) No trecho “– Paz... Paz... Paz...” (ℓ. 10), as reticências foram usadas paraA) demonstrar monotonia.B) destacar o uso de uma expressão.C) indicar o prolongamento do som do eco.D) marcar a continuidade de uma ação.E) sugerir surpresa.

68 SPAECE 2016

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NÍVEL 4 /// DE 250 A 275 PONTOS

C Localizar informações explícitas em crônicas, fábulas e em reportagens.

C Identificar os elementos da narrativa em letras de música, fábulas e contos e o narrador em primeira

pessoa em fragmentos de romance.

C Reconhecer a finalidade de abaixo-assinados e verbetes.

C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em frag-

mentos de romance, contos, diários, crônicas, reportagens, máximas (provérbios) e artigos.

C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra ou expressão em história em quadrinhos, poemas e fragmentos de ro-

mance.

C Comparar textos de gêneros diferentes para reconhecer a ideia comum entre eles.

C Interpretar o sentido de conjunções, de advérbios e as relações entre elementos verbais e não verbais

em tirinhas, fragmentos de romance, reportagens e crônicas.

C Reconhecer relações de sentido estabelecidas por conjunções ou locuções conjuntivas em letras de

música e crônicas.

C Reconhecer o uso de expressões características da linguagem (científica, profissional etc.), marcas

linguísticas que evidenciam o locutor em reportagens e a relação entre pronome e seu referente em

artigos e reportagens.

C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal em notícias e charges.

C Reconhecer o trecho que caracteriza uma opinião em entrevistas e em reportagens.

C Inferir efeito de humor e de ironia em tirinhas.

C Inferir efeito do uso de letras maiúsculas em artigos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 69

Page 72: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Esse item avalia a habilidade de identificar o narrador

de um texto, elemento constituinte de uma narrativa.

Essa tarefa consiste em reconhecer elementos linguísti-

cos, como pronomes pessoais e desinências verbais, que

contribuem para o reconhecimento do narrador.

O texto utilizado como suporte para este item é uma

crônica de autoria do escritor brasileiro Rubem Alves, nar-

rada em primeira pessoa, como comprovam os trechos

“A resposta do menininho me deu grande felicidade”, “Eu

levo meus olhos a passear” e “Gosto também de banho

de cachoeira”, nos quais são utilizados verbos na primeira

pessoa do singular e os pronomes oblíquos de primeira

pessoa do singular “eu” e “me”. Além disso, os estudantes

poderiam perceber a pista deixada no trecho “O Rubem

Alves é um homem que gosta de ipês-amarelos...”, no

qual o autor fala de si mesmo em terceira pessoa.

Os estudantes que identificaram esses aspectos assi-

nalaram a alternativa D, o gabarito.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

Os ipês-amarelos

Uma professora me contou esta coisa deliciosa. Um inspetor visitava uma escola. Numa sala ele viu, colados nas paredes, trabalhos dos alunos acerca de alguns dos meus livros infantis. Como que num desafi o, ele perguntou à criançada: “E quem é Rubem Alves?”. Um menininho respondeu: “O Rubem Alves é um homem que gosta de ipês-amarelos...”. A resposta do menininho me deu grande felicidade. Ele sabia das coisas. As pessoas são aquilo que elas amam.

Mas o menininho não sabia que sou um homem de muitos amores... Amo os ipês, mas amo também caminhar sozinho. Muitas pessoas levam seus cães a passear. Eu levo meus olhos a passear. E como eles gostam! Encantam-se com tudo. Para eles o mundo é assombroso. Gosto também de banho de cachoeira (no verão...), da sensação do vento na cara, do barulho das folhas dos eucaliptos, do cheiro das magnólias, de música clássica, de canto gregoriano, do som metálico da viola, de poesia, de olhar as estrelas, de cachorro, das pinturas de Vermeer (o pintor do fi lme “Moça com Brinco de Pérola”), de Monet... [...]

Diz Alberto Caeiro que o mundo é para ser visto, e não para pensarmos nele. Nos poemas bíblicos da criação, está relatado que Deus, ao fi m de cada dia de trabalho, sorria ao contemplar o mundo que estava criando: tudo era muito bonito. Os olhos são a porta pela qual a beleza entra na alma. Meus olhos se espantam com tudo que veem. [...]

Vejo e quero que os outros vejam comigo. Por isso escrevo. Faço fotografi as com palavras.ALVES, Rubem. Disponível em: <http://www.stellabortoni.com.br/index>. Acesso em: 23 maio 2011. Fragmento. (P120234RJ_SUP)

(P120341RJ) Quem é o narrador desse texto?A) Professora.B) Inspetor.C) Menininho.D) Rubem Alves.E) Alberto Caeiro.

70 SPAECE 2016

Page 73: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

IntermediárioEnsino Médio e EJA Ensino Médio

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 5 /// DE 275 A 300 PONTOS

C Localizar informações explícitas em artigos

de opinião e crônicas.

C Identificar finalidade e elementos da narrativa

em fábulas e contos.

C Identificar a finalidade de relatórios científi-

cos e reportagens.

C Determinar informação comum entre um ar-

tigo de opinião e uma tirinha.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mes-

mo assunto em reportagens, contos e en-

quetes.

C Reconhecer opiniões divergentes sobre o

mesmo tema em diferentes textos.

C Distinguir o trecho que apresenta opinião do

narrador em crônicas.

C Reconhecer relações de sentido marcadas

por conjunções, a relação de causa e con-

sequência entre pronomes e seus referentes

em fragmentos de romance, fábulas, crôni-

cas, contos, artigos de opinião, reportagens

e entrevistas.

C Reconhecer o sentido de expressão e de va-

riantes linguísticas em letras de música, tiri-

nhas, poemas e fragmentos de romance.

C Inferir tema, tese e ideia principal em contos,

letras de música, editoriais, reportagens, crô-

nicas, artigos, resenhas e em entrevistas.

C Reconhecer o tema de uma crônica e assun-

to em reportagem.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem ver-

bal e não verbal em charges e histórias em

quadrinhos.

C Inferir informações em fragmentos de ro-

mance e em poemas e ação do personagem

em histórias em quadrinhos e em tirinhas.

C Inferir o efeito de sentido da pontuação e

da polissemia como recurso para estabele-

cer humor ou ironia em tirinhas, anedotas e

contos.

C Reconhecer o efeito de sentido produzido

pelo uso de recursos morfossintáticos em

contos, artigos, crônicas e em romances.

C Inferir informação e o efeito de sentido pro-

duzido por expressão em reportagens e tiri-

nhas.

C Reconhecer variantes linguísticas em artigos.

DE 275 A 325 PONTOS

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 71

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Esse item avalia a habilidade de inferir uma informação

em um texto verbal. Essa tarefa demanda que o estudan-

te consiga ir além das informações oferecidas pelo texto

e busque sentidos mais profundos para a leitura realizada.

Em relação ao item, o suporte apresenta um poema

escrito por Mário Quintana que recorda seus momen-

tos de menino. Os estudantes deveriam atentar para os

versos “Oh! Aquele menininho que dizia” e “O vento não

mais me fareja a face como um cão amigo.../ Mas o azul

irreversível persiste em meus olhos.” para compreender

que o eu lírico repassa os momentos vividos na própria

infância e os contrapõe com a realidade.

Aqueles que conseguiram realizar essa inferência

marcaram a alternativa E, o gabarito, demonstrando ter

desenvolvido essa habilidade.

Leia o texto abaixo.

Poema

Oh! Aquele menininho que dizia“Fessora, eu posso ir lá fora?”

Mas apenas fi cava um momentoBebendo o vento azul...

Agora não preciso pedir licença a ninguém.Mesmo porque não existe paisagem lá fora:

Somente cimento.O vento não mais me fareja a face como um cão amigo...

Mas o azul irreversível persiste em meus olhos.QUINTANA, Mário. Prosa & Verso. 9. ed. São Paulo: Globo, 2005. (P120061EX_SUP)

(P120061EX) Nesse texto, conclui-se que o eu lírico A) disfarça a emoção.B) despreza a paisagem. C) ignora o cão amigo.D) lamenta ter crescido.E) relembra a infância.

72 SPAECE 2016

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NÍVEL 6 /// DE 300 A 325 PONTOS

C Localizar informações explícitas em infográfi-

cos, reportagens, crônicas e artigos.

C Localizar a informação principal em reporta-

gens.

C Identificar ideia principal e finalidade em notí-

cias, reportagens e resenhas.

C Identificar a finalidade e a informação princi-

pal em notícias.

C Reconhecer características da linguagem

(científica, jornalística, coloquial) em reporta-

gens, marcas da oralidade em entrevistas e

da linguagem coloquial em contos.

C Reconhecer variantes linguísticas em contos,

notícias, reportagens e crônicas.

C Reconhecer elementos da narrativa em crô-

nicas e em resenhas.

C Reconhecer argumentos e opiniões em no-

tícias, artigos de opinião e fragmentos de ro-

mance.

C Identificar o argumento em contos.

C Diferenciar abordagem do mesmo tema em

textos de gêneros distintos.

C Inferir informação em contos, crônicas, notí-

cias e charges.

C Inferir sentido de palavras, da repetição de

palavras, de expressões, de linguagem ver-

bal e não verbal e de pontuação em charges,

tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de ro-

mance e em artigos de opinião.

C Inferir informação, sentido de expressão e o

efeito de sentido decorrente da escolha de

expressão e do uso de recursos morfossintá-

ticos em crônicas.

C Inferir o sentido decorrente do uso de recur-

sos gráficos em poemas.

C Inferir o efeito de sentido da linguagem ver-

bal e não verbal e o efeito de humor em ti-

rinhas.

C Inferir informação a respeito de personagem

em tirinhas e em manuais de instrução com

apoio de recursos visuais.

C Reconhecer a relação entre os pronomes e

seus referentes em contos e o referente de

pronome relativo em artigos de opinião.

C Reconhecer elementos da narrativa em con-

tos.

C Reconhecer o efeito de sentido produzido

pelo uso de recursos morfossintáticos e pelo

uso de recurso estilístico da antítese em poe-

mas.

C Reconhecer ideia comum e opiniões diver-

gentes sobre o mesmo tema na comparação

entre diferentes textos.

C Reconhecer ironia e efeito de humor em crô-

nicas, entrevistas e tirinhas.

C Reconhecer a relação de causa e consequên-

cia em piadas e fragmentos de romance.

C Comparar poemas que abordem o mesmo

tema.

C Diferenciar fato de opinião em contos, arti-

gos, reportagens e em crônicas.

C Diferenciar tese de argumentos em artigos,

entrevistas e crônicas e reconhecer um argu-

mento utilizado para defender uma ideia em

entrevistas.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 73

Page 76: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

O objetivo desse item é avaliar a habilidade de os es-

tudantes realizarem operações de retomada pronominal

ou lexical, identificando repetições ou substituições que

contribuem para a continuidade do texto.

Nesse caso, utilizou-se como suporte um artigo cujo

assunto são as marcas de identidade construídas a partir

do idioma característico de uma comunidade.

Os estudantes que marcaram a alternativa C, o ga-

barito, retomaram o texto e localizaram, na 13ª linha do

terceiro parágrafo, que o referente do pronome em des-

taque “que” é o termo “identidades individuais”, expressão

que se encontra imediatamente anterior ao pronome,

realizando, assim, a operação de retomada pronominal

anafórica.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

Idioma ajuda a criar marcas de identidade

A língua é patrimônio de uma coletividade, seja ela a língua oficial de um Estado constituído, seja ela a língua materna de uma comunidade minoritária de imigrantes em um país estrangeiro, [...] e assim por diante. De qualquer modo, a língua constitui marca identitária da comunidade que a usa [...].

Entretanto, nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas, usadas sempre do mesmo modo por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada, sem variações, imutável. Aliás, imaginar uma língua que assim fosse é imaginar algo completamente impossível.

Uma língua cumpre suas funções em uma comunidade exatamente porque: ela é moldável, para satisfação dos propósitos da fala; ela é variável, para oferta às escolhas dos falantes; ela é dinâmica, para servir às necessidades de expressão nas diferentes situações, nos diferentes lugares, nos diferentes momentos. Só assim ela revela as identidades individuais que se constroem no espaço simbólico que ela própria identifica e marca, no conjunto. [...]

Significa isso que se esteja negando a existência de padrões? Não, pelo contrário. Nessa variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam “padrões” de uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina, identificam os próprios indivíduos.

NEVES, Maria Helena de Moura. Língua Portuguesa. Set. 2010. Fragmento. (P120091F5_SUP)

(P120092F5) No trecho “... que se constroem no espaço simbólico...” (ℓ. 13), a palavra destacada retoma o termoA) diferentes situações. B) escolhas. C) identidades individuais. D) necessidades. E) propósitos da fala.

74 SPAECE 2016

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AdequadoEnsino Médio e EJA Ensino Médio

ACIMA DE 325 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7 /// DE 325 A 350 PONTOS

C Localizar informação explícita em resenhas.

C Identificar ideia principal e elementos da nar-

rativa em reportagens e crônicas.

C Identificar a informação principal em repor-

tagens.

C Identificar argumento em reportagens e crô-

nicas e o trecho que comprova a tese defen-

dida em artigos de opinião.

C Reconhecer o efeito de sentido da repetição

de expressões e palavras, do uso de pontua-

ção, de variantes linguísticas e de figuras de

linguagem em poemas, contos, fragmentos

de romance e artigos.

C Reconhecer variantes linguísticas e o efeito

de sentido de recursos gráficos em crônicas,

artigos, letras de música e fábulas.

C Inferir o efeito do uso das aspas em crônicas.

C Reconhecer a relação de causa e conse-

quência em contos.

C Reconhecer a relação de causa e conse-

quência e relações de sentido marcadas por

conjunções em reportagens, artigos, ensaios,

crônicas, contos, cordéis e em poemas.

C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas

do leitor que abordam o mesmo tema.

C Reconhecer o tema comum entre textos de

gêneros distintos.

C Reconhecer o efeito de sentido decorrente

do uso de figuras de linguagem e de recursos

gráficos em poemas e fragmentos de roman-

ce.

C Diferenciar fato de opinião em artigos, repor-

tagens e resenhas.

C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal

e não verbal e o efeito da escolha de palavra

em tirinhas.

C Identificar elementos da narrativa e a relação

entre argumento e ideia central em crônicas

e em fragmentos de romance.

C Reconhecer o gênero reportagem e a finali-

dade de propagandas e de entrevistas.

C Reconhecer o tema em poemas e em repor-

tagens.

C Inferir o sentido de palavras e expressões em

piadas e letras de música.

C Inferir informação em artigos.

C Inferir o sentido de expressão em fragmentos

de romance.

C Recuperar o referente do pronome demons-

trativo “lá” em reportagem e o trecho retoma-

do por pronome demonstrativo em crônicas.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 75

Page 78: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Esse item avalia a habilidade de os estudantes identifi-

carem a tese ou a ideia defendida pelo autor de um texto

argumentativo.

Para tal, utilizou-se como suporte um artigo que dis-

corre a respeito das marcas de identidade construídas a

partir do idioma característico de uma comunidade.

O comando desse item solicita aos estudantes que

identifiquem o trecho do texto em que a tese se encon-

tra, nesse caso, a primeira linha, a partir da qual é exposta

a reflexão da autora sobre a temática abordada. Portanto,

aqueles que marcaram a alternativa A, o gabarito, conse-

guiram perceber que a autora defende a tese de que a

língua é o patrimônio de uma coletividade.

Leia o texto abaixo.

5

10

15

Idioma ajuda a criar marcas de identidade

A língua é patrimônio de uma coletividade, seja ela a língua oficial de um Estado constituído, seja ela a língua materna de uma comunidade minoritária de imigrantes em um país estrangeiro, [...] e assim por diante. De qualquer modo, a língua constitui marca identitária da comunidade que a usa [...].

Entretanto, nenhuma língua compõe um bloco de formas e construções cristalizadas, usadas sempre do mesmo modo por todos os falantes, isto é, nenhuma língua é cristalizada, sem variações, imutável. Aliás, imaginar uma língua que assim fosse é imaginar algo completamente impossível.

Uma língua cumpre suas funções em uma comunidade exatamente porque: ela é moldável, para satisfação dos propósitos da fala; ela é variável, para oferta às escolhas dos falantes; ela é dinâmica, para servir às necessidades de expressão nas diferentes situações, nos diferentes lugares, nos diferentes momentos. Só assim ela revela as identidades individuais que se constroem no espaço simbólico que ela própria identifica e marca, no conjunto. [...]

Significa isso que se esteja negando a existência de padrões? Não, pelo contrário. Nessa variabilidade e nesse dinamismo naturalmente se formam “padrões” de uso, que, por sua vez, identificam grupos, e, numa apuração mais fina, identificam os próprios indivíduos.

NEVES, Maria Helena de Moura. Língua Portuguesa. Set. 2010. Fragmento. (P120091F5_SUP)

(P120091F5) A ideia defendida nesse texto está no trecho:A) “A língua é patrimônio de uma coletividade,...”. (ℓ. 1)B) “... a língua constitui marca identitária da comunidade que a usa.”. (ℓ. 3-4)C) “... nenhuma língua é cristalizada, sem variações, imutável.”. (ℓ. 6-7)D) “Uma língua cumpre suas funções em uma comunidade...”. (ℓ. 9)E) “... ela é moldável, para satisfação dos propósitos da fala;...”. (ℓ. 9-10)

76 SPAECE 2016

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NÍVEL 8 /// DE 350 A 375 PONTOS

C Localizar informações explícitas, ideia principal e trecho que causa humor em contos, crônicas e

artigos de opinião.

C Identificar variantes linguísticas em letras de música e em reportagens.

C Reconhecer efeitos estilísticos em poemas.

C Reconhecer ironia e efeitos de sentido decorrentes da repetição de palavras em sinopses e em poe-

mas.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema, na comparação entre diferentes textos.

C Reconhecer o gênero carta do leitor a partir da comparação entre dois textos.

C Reconhecer a finalidade e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas e crônicas.

C Reconhecer finalidade e traços de humor em reportagens.

C Reconhecer o efeito de sentido do humor em tirinhas.

C Reconhecer o tema em contos e fragmentos de romance.

C Reconhecer relação de sentido marcada por conjunção em crônicas e circunstância de lugar marca-

da por adjunto adverbial de lugar em resenhas.

C Inferir informação e tema em reportagens, poemas, histórias em quadrinhos e tirinhas.

C Inferir o sentido e o efeito de sentido de palavras ou de expressão em poemas, crônicas e fragmentos

de romance.

C Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião.

C Inferir característica do eu lírico em letras de música.

C Inferir o efeito do uso das aspas em resenhas.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 77

Page 80: ISSN 1982-7644 boletim do PROFESSOR€¦ · Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 7. Natural da cidade de Crato, no Ceará, Antonio

Esse item apresenta como objetivo avaliar a ha-

bilidade de os estudantes identificarem o gênero de

um texto com base em sua estrutura e em seu con-

teúdo.

Para a realização dessa tarefa, foram utilizadas

como suporte duas cartas de leitor, que tratam das

inovações tecnológicas no âmbito da indústria auto-

mobilística.

Para a realização da tarefa, cujo comando solicita

aos estudantes que identifiquem o gênero dos dois

textos, eles precisaram observar tanto a forma do

texto quanto seu conteúdo. Com relação à estrutura

formal, os estudantes deveriam observar as referên-

cias dos textos, percebendo que foram publicados

na revista Época; a curta extensão dos textos e a

apresentação de assinatura, remetente, cidade e es-

tado. No que diz respeito ao conteúdo, os estudan-

tes deveriam observar que ambos os textos tratam

de temas atuais; demonstram a subjetividade dos au-

tores; possuem linguagem simples, clara e objetiva e

têm a tipologia argumentativa predominante.

Assim, aqueles que marcaram a alternativa B, o

gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada.

Leia os textos abaixo.

Texto 1O futuro traz diversas novidades na indústria automobilística. O que me anima é pensar em

ônibus e táxi sem motorista. O risco de acidentes seria bem menor. Mas não é possível esquecer os empregos que perderíamos. É a velha história da máquina substituir o homem, não há mais como fugir disso.

Isabela Menezes, Rio de Janeiro, RJ

Texto 2Infelizmente, muita gente usa o carro como se participasse de uma prova automobilística. Para

a maioria, no entanto, é um meio de transporte. Pelo visto, demorará muito para que os usuários dos veículos não tenham mais o trabalho de dirigir. A tecnologia tirará esse prazer. Pelo menos resta a importância dos reflexos no meio ambiente.

Uriel Villas Boas, Santos, SPÉpoca, São Paulo, nº 840, p. 16, 7 de julho de 2014. (P120191F5_SUP)

(P120192F5) Esses textos sãoA) artigos de opinião.B) cartas de leitor.C) crônicas jornalísticas.D) resenhas de filme.E) textos científicos.

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NÍVEL 9 /// DE 375 A 400 PONTOS

C Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.

C Inferir o sentido de palavras em poemas.

C Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.

C Identificar a ideia central e o argumento em apresentações de livros, reportagens, editoriais, crônicas

e artigos de opinião.

C Inferir o assunto tratado em artigos de opinião.

C Identificar elementos da narrativa em crônicas, contos e fragmentos de romance.

C Identificar ironia e tema em poemas e artigos.

C Inferir efeito de humor e ironia em tirinhas e charges.

C Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunção em artigos, reportagens e fragmentos de

romance.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em reportagens e fragmentos de romance.

C Reconhecer o efeito de sentido de recursos gráficos em artigos e do uso de expressão metafórica

caracterizadora do personagem em fragmentos de romance.

C Inferir recurso estilístico utilizado em crônicas.

C Reconhecer variantes linguísticas em letras de música e piadas.

C Reconhecer o gênero resenha e a finalidade de reportagens, resenhas e artigos.

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O objetivo desse item é avaliar a habilidade de

estabelecer relação entre a tese e os argumentos

oferecidos para sustentá-la. Essa tarefa exige que os

estudantes reconheçam, em textos com caracterís-

ticas argumentativas, o posicionamento do autor e,

especialmente, os dados oferecidos para sustentá-

-lo.

Nesse item, o suporte apresenta o editorial de

uma revista em versão eletrônica, que comemora os

acessos aos meios digitais sem deixar de valorizar a

publicação impressa. Os estudantes deveriam pro-

ceder à leitura do texto e fixar sua atenção ao segun-

do parágrafo, principalmente no trecho das linhas 11,

12 e 13 “Mas março também foi um mês em que

a SUPER impressa [...] alcançou uma das melhores

vendagens...”, o que colabora para a ideia do autor

de que “... estamos certos ao apostar em que inter-

net e papel não se excluem.”.

Os estudantes que compreenderam que esse

argumento foi utilizado como base para sustentar a

ideia principal do texto assinalaram a alternativa A,

o gabarito, demonstrando a compreensão da tarefa

executada.

Leia o texto abaixo.

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20

1 141 575 de amigos

Um milhão, cento e quarenta e um mil, quinhentos e setenta e cinco pessoas passaram pelo site da SUPER no mês de março. É um baita número e um novo recorde de audiência que comemoramos bastante aqui: ultrapassamos a marca do milhão pela primeira vez. Foi nessa mesma época que estreamos a versão da revista para iPad. Mais um sucesso: quando escrevi este texto, o aplicativo completava 11 dias na liderança dos mais baixados no Brasil. Enquanto isso, nosso perfil no Twitter, o @revistasuper, batia nos 370 mil seguidores (você já é um deles?). E a nossa página no Facebook mais que dobrava de tamanho em relação ao início do ano (você já nos curtiu?).

Dá para ver que a gente anda crescendo nos meios digitais. Mas março também foi um mês em que a SUPER impressa, esta que você tem em mãos, alcançou uma das melhores vendagens dos últimos meses. Ou seja: ficamos maiores no digital e no impresso ao mesmo tempo. Isso me faz acreditar que estamos certos ao apostar em que internet e papel não se excluem. Pelo contrário: esta é uma conta de adição. Você não escolhe entre um e outro, mas usa ambos em diferentes momentos da vida. E é por isso que trabalhamos para que você leia a SUPER quando, onde e como preferir.

Por trás desse trabalho está uma equipe que tem muita competência e garra. Não existe tempo ruim no time digital, liderado por Fred di Giacomo. Os jornalistas Kleyson Barbosa e Ana Carolina Prado, os designers Fabiane Zambon e Daniel Apolinario e os webmasters Bruno Xavier e Lucas Otsuka sabem o que você gosta de ler e como fazer para entregar. E é por isso que o Sol anda brilhando tanto por aqui.

Um grande abraço.GWERCMAN, S.

Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/1141575-de-amigos>. Acesso em: 30 nov. 2015. (P110097H6_SUP)

(P110098H6) Nesse texto, para defender a ideia de que a edição digital da revista não substituiu a impressa, o autor faz referência ao fato deA) a edição impressa de março ter obtido uma das melhores vendagens dos últimos meses.B) a revista possuir uma equipe comprometida.C) o acesso ao site da revista ter ultrapassado um milhão.D) o aplicativo da revista ter ficado na lista dos mais baixados no Brasil por onze dias.E) o acesso à página no Facebook ter mais que dobrado.

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NÍVEL 10 /// ACIMA DE 400 PONTOS

C Reconhecer o efeito de sentido resultante do uso de recursos morfossintáticos e ortográficos em

artigos e letras de música.

C Inferir efeito de ironia na fala do narrador em fragmentos de romance.

C Inferir informação sobre o entrevistado em entrevistas.

C Inferir o sentido de uma expressão popular em resenhas e o sentido de expressão em crônicas.

C Reconhecer o conflito gerador do enredo em fábulas.

C Reconhecer a finalidade de cartas do leitor.

C Reconhecer o gênero crônica.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em artigos.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 81

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A habilidade avaliada nesse item é a de diferenciar a

ideia principal das secundárias em um texto. Essa habi-

lidade demanda que os estudantes identifiquem a infor-

mação configurada como a central, em torno da qual os

dados acessórios se organizam.

Nesse caso, foi utilizada como suporte uma reporta-

gem que aborda o lançamento de um livro sobre as rea-

lizações científicas do Rio de Janeiro desde o século 16.

Os estudantes deveriam ter se atentado para o trecho

“Como uma espécie de guia turístico, o livro, comemo-

rativo dos 30 anos da Fundação de Amparo à Pesquisa

do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), mostra esse lado

da cidade...”, compreendendo que esse é o eixo principal

e norteador do texto. Assim, aqueles que assinalaram a

alternativa E, o gabarito, demonstraram ter desenvolvido

a habilidade proposta nesse item.

Leia o texto abaixo.

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Rio Científico: inovação e memória

Por trás do Corcovado, do Pão de Açúcar e das outras muitas belezas naturais do Rio de Janeiro, há muito estudo e história. Desde o século 16, a cidade é palco de importantes desenvolvimentos científicos, cujos legados existem até hoje, na forma de quatro universidades federais, dois observatórios astronômicos e também de muitos símbolos da cidade, como a Floresta da Tijuca, a ponte Rio-Niterói e o Maracanã. Como uma espécie de guia turístico, o livro, comemorativo dos 30 anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), mostra esse lado da cidade que os turistas – e mesmo os cariocas – pouco veem. Afinal, não é de conhecimento geral, por exemplo, a existência de um imenso hangar no bairro de Santa Cruz que serviu para pouso de zepelins, transporte de ligação entre o Brasil e a Europa na década de 1930.

Ciência Hoje. Rio de Janeiro: SBPC, n 275, out. 2010, p. 77. (P100102E4_SUP)

(P100103E4) A informação principal desse texto éA) a beleza natural da Floresta da Tijuca.B) a importância das Universidades.C) o descobrimento de um hangar no bairro Santa Cruz.D) o desconhecimento dos turistas sobre a cidade carioca.E) o lançamento de um livro sobre a cidade do Rio de Janeiro.

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1

Sugestões para a prática pedagógica

Comparar descritores/habilidades avaliadas nos testes do SPAECE 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.

Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das avaliações externas.

Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.

Depois de conhecer e analisar os resultados

da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar

em metas e estratégias que visem à melhoria dos

resultados alcançados, tendo como referência o

projeto político-pedagógico da escola.

Esta seção apresenta algumas sugestões pe-

dagógicas que podem contribuir para aprimorar a

qualidade do trabalho docente.

Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-

pendente da fase em que estamos, devemos estar

sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo

foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-

tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-

de do projeto político-pedagógico e a possibilida-

de de mudanças no planejamento escolar sempre

que for necessário.

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Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.1

Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SPAECE 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.2

Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:

Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações

curriculares de seu estado:

É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho pe-

dagógico na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes

da avaliação em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho

em sala de aula.

Orientações curriculares

Livros e outros materiais didáticos

Matriz(es) de referência

da avaliação

ORIENTAÇÕES CURRICULARES

1. Advérbios e expressões adverbiais /conectores:

M Reconhecer os recursos linguísticos que contribuem para a progressão temática e as relações de sentido em um texto.

2. Coesão textual: M Analisar recursos de coesão referencial

e lexical na construção de um texto: sinônimos, repetições etc.

3. Argumentação: M Reconhecer os conectores que

contribuem para a construção do texto argumentativo.

M Reconhecer estratégias de posicionamento do autor de um texto.

. . .

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO

Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto.

Identificar a tese de um texto.

Estabelecer relação entre a tese e os argumentos que a sustentam.

. . .

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 85

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Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)3

Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas, parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).

4

Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abor-

dados em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteú-

dos considerados importantes para o desenvolvimento das habilidades destacadas:

C Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de

aula?

C Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor

desenvolvimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?

C Para isso, recorra aos resultados das avaliações.

PLANO DE CURSO

1º Bimestre:

1. Advérbios e expressões adverbiais /conectores:

• Reconhecer os recursos linguísticos que contribuem para a progressão temática e as relações de sentido em um texto.

2. Coesão textual

• Analisar recursos de coesão referencial e lexical na construção de um texto: sinônimos, repetições etc.

2º Bimestre:

3. Argumentação

• Reconhecer os conectores que contribuem para a construção do texto argumentativo.

• Reconhecer estratégias de posicionamento do autor de um texto.

• ...

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AVALIAÇÃO EXTERNA

RESULTADOS DA ESCOLA NO SPAECE 2016

Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na seção Resultados alcançados em 2016. Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.

QUAIS RESULTADOS?

QUAIS AVALIAÇÕES?

AVALIAÇÃO INTERNA Frequência, provas, testes, observação

Por etapa e turma

Língua Portuguesa – 9º ano EF Turma A4

Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:

• Estudante 1: 8,5

• Estudante 2: 6,0

• ...

Relatório geral da turma:

• Os estudantes, em sua maioria, identificam a tese de um texto, mas têm dificuldade em localizar os argumentos que a sustentam.

• ...

Relatório por estudante:

• Estudante 1: dificuldade com argumentação / identificação de retomadas com pronomes oblíquos.

• Estudante 2: ...

DADOS DA AVALIAÇÃO

INTERNA

ESCOLA

DADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA

SPAECE

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 87

4 Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.

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Plano de ação da EscolaOs conteúdos podem ser relacionados às habilidades não desenvolvidas?

SIM! Então vamos pensar em planos de ação para o desenvolvimento conjunto desses conteúdos, competências e habilidades.

NÃO! Os planos de ação devem ser elaborados para cada conteúdo. Vamos ficar atentos para não desenvolver planos de ação para uma única habilidade, mas para um conjunto delas, relacionadas a um determinado conteúdo proposto nas orientações curriculares.

Lembre-se de que todo o planejamento da escola é coletivo e tem como refe-rência o projeto político-pedagógico!

É importante compreender a rela-ção entre as orientações curricula-res e as habilidades avaliadas pelo SPAECE. As hipóteses levantadas no diagnóstico poderão ajudá-lo nessa tarefa.

Parecer da Escola. Escola e Turmas .

Com base nos resultados das avalia-ções internas, identifique, junto com seus pares, as principais dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o ano letivo. Para isso, utilize as notas e relatórios.

De acordo com a proficência média da escola e o percentual de acerto por descritor/habilidade das turmas, identifique em quais habilidades os estudantes demonstraram maiores dificuldades.

Relacione as informações coletadas nas duas avaliações:

M São resultados similares? M As dificuldades apresentadas em

sala de aula são as mesmas que aquelas apresentadas na avaliação do SPAECE 2016?

M Junto com os seus colegas, levante hipóteses para o que vocês identificaram.

Retome o Plano de curso e relacione conteúdos e habilidades que não foram desenvolvidos de modo apropriado:- Conteúdo 1 Habilidade A - resultados Habilidade B - resultados ...- Conteúdo 2 ...

/// PARTE A C Resultados da Escola

Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,

com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico

interno (escola e turmas).

UM OLHAR PARA OS DIFERENTES DADOS

DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5

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Agora é possível elaborar um planeja-mento pedagógico com base no Plano de Ação da Escola e no PPP, obser-vando as competências e habilidades ainda não desenvolvidas pelos estu-dantes.

Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de habilidades, relacionadas às respectivas competências, acom-panhadas por atividades pedagógicas e itens de avaliações em larga escala que abordam essas habilidades. É im-portante ressaltar que o trabalho com os conteúdos curriculares pode ser reformulado durante o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento pleno das habilidades esperadas para cada eta-pa de escolaridade.

O próximo passo será elaborar um plano de ação de acordo com o de-sempenho dos estudantes. Para isso, utilize o diagnóstico já realizado por você na Atividade dos resultados das turmas.

De acordo com o padrão de desem-penho em que se encontram, os es-tudantes apresentam dificuldades que requerem intervenções de Recupera-ção, Reforço ou Aprofundamento.

Ao pensar na sua sala de aula, você deve propor um plano de ação que contemple intervenções orientadas para estudantes com diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades e competências.

/// PARTE B C Resultados dos estudantes

Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da

escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto

dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.

EXEMPLODIAGNÓSTICO DOS ESTUDANTES

PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR

Esses dados já estão

prontos. Basta você

consultar as atividades

propostas nos roteiros de leitura

e interpretação dos resultados

alcançados.

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Para auxiliar os estudantes a desenvolverem

a primeira habilidade indicada, é preciso refor-

çar o trabalho com textos que apresentem ele-

mentos de retomada, como sinônimos, prono-

mes retos, oblíquos, demonstrativos etc.

De maneira análoga, é necessário oportu-

nizar aos estudantes a percepção das circuns-

tâncias presentes em um texto, como causa,

consequência, tempo, lugar, dentre várias, por

meio da compreensão do valor de expressões

conjuntivas, adverbiais etc.

90 SPAECE 2016

Competência:

C Estabelecer relações lógico-discursivas.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

C Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições

que contribuem para a continuidade desse texto.

C Estabelecer relações lógico-discursivas marcadas por conjunções, advérbios etc.

EXEMPLO 1

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I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

ASSEMBLEIA NA CARPINTARIA

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferra-

mentas para acertar suas diferenças.

O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar.

A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo

aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas

voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a ex-

pulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em

atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media os outros

segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o

martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.

Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o ser-

rote tomou a palavra e disse:

“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas quali-

dades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentre-

mo-nos em nossos pontos fortes.”

A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial

para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria

pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa

busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa. Ao contrário, quando se busca com

sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades, isto é para os

sábios!(Fonte: http://metaforas.com.br/assembleia-na-carpintaria)

Professor, além do trabalho com a leitura e a interpretação desse texto, é importante abordar

elementos pertinentes às relações lógico-discursivas. Sugerimos atividades como as seguintes:

a) Na frase: “O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso,

dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.”, o pronome destacado refere-se a qual

termo?

b) “Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão.”

Qual é a circunstância expressa na primeira oração deste período? Como você a percebeu?

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

Leia o texto abaixo.

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Backup de lembranças

O americano Gordon Bell, pioneiro da comunicação na década de 60, fez um experimento consigo mesmo para mostrar como fi nalmente podemos escapar do esquecimento biológico. Tudo começou em 1998, quando Bell decidiu digitalizar todos os documentos de papel que guardava desde os anos 50: fotos, anotações de trabalho e até imagens de suas roupas. No “ápice” do experimento, retratado em O Futuro da Memória (2009, Editora Campus), ele chegou a gravar quase tudo o que acontecia na sua vida. Para isso, usava uma microcâmera em seu peito que tirava fotos a cada 5 segundos, e carregava um gravador para captar todos os sons que ouvia. Tudo o que Gordon lê num computador é automaticamente repassado para um sistema que funciona como um Google pessoal. Lá, ele consegue checar instantaneamente quando e com quem estava em dado momento, e até encontrar o que aquela pessoa disse. “É ótimo ter um backup de memória”, diz o pesquisador da Microsoft de 76 anos, que critica as técnicas de memorização.

Na verdade, há quem argumente que a cabeça é um dos piores lugares para se guardar uma memória – ao menos se você quiser ser uma versão mais próxima do que realmente aconteceu. Imagine que nosso armazenamento de informação é semelhante a uma trupe de atores (os neurônios) interpretando uma peça. Cada um sabe somente suas falas, que devem ser ditas após a deixa dos outros. Se um dos atores fi car doente, atrapalha a peça, forçando os companheiros a improvisar. A metáfora serve para explicar por que, ao recuperarmos algumas de nossas memórias, nós as fortalecemos, mas enfraquecemos e esquecemos outras que não estão relacionadas. E (desculpe, Gordon Bell) não há arquivo que combata isso.

Galileu. n. 241. Ago. 2011. p. 45. (P100037E4_SUP)

(P100040E4) Nesse texto, no trecho “Lá, ele consegue checar instantaneamente...” (ℓ. 9-10), a palavra destacada está no lugar de A) microcâmera.B) gravador. C) computador. D) sistema. E) memória.

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Leia o texto abaixo.

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Nada contra a gíria, bródi

O professor de Português é sempre o primeiro que se pergunta se a gíria é maléfica, benéfica ou indiferente. “A língua corre risco com a abundância e a difusão da gíria?”, perguntam os mais preocupados.

Não, a língua não corre riscos. Corre risco quem não sabe o lugar que a gíria deve ocupar.Muitas vezes, a gíria é o oxigênio da língua, o fruto mais rápido e imediato da criatividade

linguística de um povo.Frequentemente baseada em metáforas (relações de semelhança), a gíria tem forte

poder de síntese. Usar a palavra “bagaço” para manifestar o estado em que se encontra uma pessoa ou um objeto dá bem a dimensão do poder de síntese e do caráter metafórico dessa linguagem.

Então tudo bem com o uso da gíria? Vale em qualquer situação? Não, não e não. Ela tem uso limitado. Certamente você não imagina que um determinado grupo social possa usar sua gíria em qualquer situação ou lugar.

Em outras palavras, muitas vezes a gíria não é coletiva. Não abrange toda a sociedade. Não há linguagem científica baseada em gíria. Não há linguagem jurídica baseada em gíria. Não se escreve contrato em gíria. E não há dicionário universal de gíria.

E é aí que mora o perigo: se você limitar sua linguagem à gíria, pode ficar viciado e acabar perdendo de vista a necessária referência que o padrão formal da língua impõe.

Em uma dissertação de vestibular, o uso de gíria é impensável. Nada contra a gíria, bródi, mas tudo tem seu tempo e seu lugar.NETO, Pasquale Cipro. Folha de S. Paulo. 18 jan. 1999. Folhateen, p. 5. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P090264C2_SUP)

(P090267C2) No trecho “... se você limitar sua linguagem à gíria,...” (ℓ. 17), o termo destacado estabelece relação deA) causa.B) concessão. C) condição.D) consequência.

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Competência:

C Distinguir posicionamentos.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

C Identificar a tese de um texto.

C Estabelecer relação entre a tese e os argumentos que a sustentam.

EXEMPLO 2

A competência “Distinguir posicionamentos”

é uma das que, de modo geral, alcançam per-

centuais de acerto mais baixos, nos testes das

avaliações em larga escala.

Há atividades bastante produtivas para o de-

senvolvimento das duas habilidades relaciona-

das – Identificar a tese de um texto e Estabe-

lecer relação entre a tese e os argumentos que

a sustentam –, como a indicada no quadro a

seguir. Cabe destacar a importância de perce-

ber a relação entre as atividades desenvolvidas

em sala de aula, de acordo com o planejamento

anual, e as habilidades verificadas nas avaliações

externas: os itens que se seguem à atividade

proposta ilustram essas habilidades.

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I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

SINAIS DA TERRA

O aquecimento global pode parecer demasiado remoto para nos causar preocupação, ou até

mesmo incerto – talvez apenas uma projeção feita pelas mesmas técnicas computacionais que

muitas vezes não acertam nem a previsão do tempo da semana que vem. Num dia gelado de inver-

no, poderíamos achar que alguns graus a mais na temperatura não seria tão mau assim. E os alertas

sobre as mudanças climáticas súbitas podem parecer uma tática radical dos ambientalistas para nos

obrigar a abandonar nosso carro e o conforto do nosso estilo de vida.

Talvez essas ideias nos consolem. Contudo, a Terra de fato tem notícias perturbadoras para

nos dar. Do Alasca aos picos elevados dos Andes, o mundo está se aquecendo – agora mesmo,

e depressa. Em termos globais, a temperatura subiu 0,6° C no último século, mas os lugares mais

frios e remotos se aqueceram mais. O gelo está derretendo; os rios, secando; e os litorais, sofrendo

erosão, ameaçando a vida de muitas comunidades. A flora e a fauna também estão sob pressão.

Não se trata de projeções, mas de fatos concretos. [...]

Há séculos derrubamos florestas e queimamos carvão, petróleo e gás, e despejamos na atmos-

fera dióxido de carbono (gás carbônico) e outros gases que aprisionam o calor mais rápido do que

as plantas e os oceanos conseguem absorvê-lo.

[...] Na verdade, o que estamos fazendo é pôr mais cobertores em cima do nosso planeta.

(Fonte: APPENSELLER, Tim. Sinais da Terra. National Geographic Brasil, setembro de 2004.)

Como no Exemplo 1, além da leitura e interpretação desse texto, é possível abordar aspectos

relacionados à competência “Distinguir posicionamentos”:

a) Indique qual é a tese que o autor desse texto defende.

b) Relacione dois argumentos utilizados pelo autor para defender sua opinião.

Boletim do Professor - Língua Portuguesa 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio 95

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

(P090700EX) A ideia defendida nesse texto é queA) a gordura deve ser consumida em medidas recomendadas para trazer benefícios à saúde.B) a gordura do leite integral é bastante reduzida em relação ao desnatado e ao semidesnatado.C) os adolescentes devem consumir leite integral para o bom funcionamento do corpo.D) os órgãos vitais necessitam de leite integral para que possam funcionar adequadamente.

Leia o texto abaixo.

Integral ou desnatado?

A nutricionista Ana Beatriz Barrella [...] explica que a diferença entre leite integral, desnatado e semidesnatado está na redução da gordura. Adolescentes devem optar por integral, já que a gordura é um nutriente fundamental para o bom funcionamento do corpo e, se consumida dentro das quantidades recomendadas, desempenha diversas funções, que vão de dar energia a manter a temperatura corporal constante, além de proteger os órgãos vitais do corpo, entre outros benefícios.

Todateen. jan. 2011. Ano 16. n 182, p. 36. Fragmento. (P090700EX_SUP)

Leia os textos abaixo.Testes em animais

Texto 1

“Acho que não tem cabimento [fazer experimentos em animais], não importa o bicho! Isso é um absurdo de qualquer jeito! Um animal também sente. E se fosse com você? Minhas amigas compram vários cosméticos, eu também fi cava louca para comprar quando ia à farmácia, mas agora vou pesquisar e só vou comprar marcas que não fazem experimentos em animais. Temos que lembrar que eles não são animais de pelúcia”.

Amália Garcez

Texto 2

“Eles maltratam muito esses animais. Se pelo menos tomassem mais cuidado, tudo bem, por exemplo: evitar usar agulhas, dar remédios mais fracos etc. Cuidem bem dos bichos, eles sentem dor na minha opinião”.

Ralph AssisDisponível em: <http://migre.me/rOGo2>. Acesso em: 14 mar. 2014. (P090326F5_SUP)

(P090327F5) No Texto 1, qual trecho apresenta um argumento utilizado pela autora para defender sua opinião?A) “Isso é um absurdo de qualquer jeito!”.B) “E se fosse com você?”.C) “... eu também fi cava louca para comprar...”.D) “... mas agora vou pesquisar...”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

entrevista

Compromisso e esperança movem a educação pública de qualidade

o programa

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE

resultados

Os resultados alcançados em 2016

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