iss bh portugues adriana figueiredo aula 02 parte 01

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  • 5/26/2018 Iss Bh Portugues Adriana Figueiredo Aula 02 Parte 01

    CURSO BSICO DE GRAMTICA TEXTUAL PROF. ADRIANA FIGUEIREDO

    A ideia preconcebida de que difcil que tolhe a ao. Mokiti Okada. 1

    COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTO

    Ao ler, tomamos contato com textos dos mais variados tipos, sendopossvel classific-los de diversas maneiras (poticos, cientficos, textos em

    verso e textos em prosa, polticos, religiosos etc).

    Da, tratar da classificao dos textos se revelar til tanto para a leituraquanto para a produo de textos.

    I Modos de texto

    Classificam-se os textos em Narrativos, Descritivos e Dissertativos,embora, na maioria das vezes, no encontremos um texto em estado puro, jque o narrativo, o descritivo e o dissertativo podem interpolar-se em um nicotexto.

    a) Texto Narrativo: Relata as mudanas progressivas de estado que voocorrendo no tempo (evoluo cronolgica) com as pessoas e as coisas.Nesse tipo de texto, existe uma relao de anterioridade ou de posterioridadeentre os episdios e os relatos.

    De uma forma sucinta, podemos afirmar que predominam nos textos narrativos:

    a presena de verbos que indicam ao, advrbios temporais e conjunestemporais

    sucesso temporal o objetivo de relatar os fatos tempos verbais: presente e pretrito-perfeito do Indicativo, isto , tempos que

    expressam o fato que ocorre no presente ou acontecido no passado, em umasucesso temporal.

    b) Texto Descritivo: Enquanto uma narrao faz progredir uma histria, adescrio consiste justamente em interromp-la, detendo-se em umpersonagem, um objeto relatando suas caractersticas , em um lugar etc.

    Os fatos reproduzidos numa descrio so simultneos no existindo,

    portanto, progresso temporal de um estado anterior para outro posterior.

    Assim, podemos observar nos textos descritivos:

    predominncia de substantivos e adjetivos ausncia de passagem do tempo o objetivo de identificar e qualificar os fatos tempos verbais: o presente e o pretrito- imperfeito do Indicativo tempos que

    indicam um fato observado em um determinado momento do tempo.

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    A ideia preconcebida de que difcil que tolhe a ao. Mokiti Okada. 2

    c) Texto Dissertativo: Seu propsito principal expor ou explanar, explicar ouinterpretar idias. Na dissertao, expressamos o que sabemos ou acreditamossaber a respeito de determinado assunto; externamos nossa opinio sobre o

    que ou nos parece ser.

    Importante:Quando a inteno a de convencer, persuadir ou influenciar oleitor ou o ouvinte, temos o Texto Argumentativo.

    Na argumentao procura-se principalmente formar a opinio do leitor ououvinte, tentando convenc-lo de que a razo est conosco. Argumentar , emltima anlise, convencer ou tentar convencer mediante a apresentao derazes, em face da evidncia das provas e luz de um raciocnio coerente econsistente.

    Logo, observam-se nos textos argumentativos:

    conectores relacionando argumentos mecanismos de coeso ausncia da sucesso do tempo objetivo de discutir, informar ou expor idias presena de opinies e argumentos, com os verbos no Presente do Indicativo.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    I) Identifique os modos de organizao discursiva dos seguintes trechos:

    1- Eram sete horas da noite em So Paulo e a cidade toda se agitavanaquele clima de quase tumulto tpico dessa hora. De repente, uma escuridototal caiu sobre todos como uma espessa lona opaca de um grande circo. Osveculos acenderam os faris altos, insuficientes para substituir a iluminaoanterior.

    2- Eis So Paulo s sete da noite. O trnsito caminha lento e nervoso. Nasruas, pedestres apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadasconversam, mastigam e bebem em volta das mesas. Luzes de tons plidosincidem sobre o cinza dos prdios.

    3- As condies de bem-estar e de comodidade nos grandes centrosurbanos como So Paulo so reconhecidamente precrias por causa,

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    sobretudo, da densa concentrao de habitantes num espao que no foiplanejado para aloj-los. Com isso, praticamente todos os plos da estruturaurbana ficam afetados: o trnsito lento; os transportes coletivos, insuficientes;os estabelecimentos de prestao de servios, ineficazes.

    TIPOLOGIA TEXTUAL PROVAS

    Quanto aos modos e tipos de textos, julgue os itens a seguir:

    TEXTO 1Por ser uma verso continental dos Jogos Olmpicos, o Pan o mais

    importante evento esportivo das Amricas, envolvendo 42 pases e um nmeroestimado de 5.500 atletas, o que possibilita o intercmbio tcnico e adescoberta de novos talentos e recordistas. Com a transmisso ao vivo paravrios pases, o Pan tambm uma tima oportunidade de exposio de

    marca para a PETROBRAS, visto que atende sua estratgia deinternacionalizao. Alm do aporte financeiro ao evento, a companhia deverparticipar do dia-a-dia da Vila Pan-Americana, promovendo shows dirios naZona Internacional da vila com artistas patrocinados pelo ProgramaPETROBRAS Cultural. O apoio ao Pan tem ainda como finalidade contribuirpara a educao da juventude por meio da prtica esportiva e dentro doesprito olmpico, que exige dedicao, trabalho em equipe e solidariedade. APETROBRAS , historicamente, uma das empresas que mais contribuem parao crescimento do esporte brasileiro. Em 2006, por exemplo, a companhiainvestiu cerca de R$ 70 milhes em modalidades como automobilismo, surfe,futebol, tnis e handebol.

    Internet: .

    1. Predomina no texto o tipo textual narrativo.

    TEXTO 2

    Entende-se que policial militar um trabalhador que desenvolve umprocesso de trabalho peculiar. Concebe-se tambm que o exerccio de sua

    atividade caracterize uma profisso, na medida em que a atividade policial exercida por um grupo social especfico, que partilha idias, valores e crenascomuns. Considera-se, ainda, a polcia como uma profisso pelo conjunto deatividades atribudas pelo Estado organizao policial para a aplicao da leie a manuteno da ordem pblica.

    Jlio Consul, em A Polcia Militar revelando sua identidade, afirmaque o trabalho de policial militar se caracteriza pela percepo, pelasexpectativas e pela retrica para legitimar, entre o eu e o outro, ns e eles, oatributo de profisso policial sob os auspcios das atividades que elesdesenvolvem no seu cotidiano laboral.

    O trabalho do policial militar compreende tudo aquilo que o profissional

    utiliza na realizao de sua atividade. Essa atividade comporta o aspectoinstrumental e o conhecimento tcnico-operativo, descritos a seguir.

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    Instrumental: So os equipamentos utilizados e os aprestos. So asferramentas que do suporte ao policial militar na realizao de suasatividades, tais como: uniforme (a farda), capa de chuva, armas (arma de fogo,cassetete e algemas), viaturas, rdios transceptores, apito, coletes refletores,papel, caneta, telefone; instrumentos de preveno: colete prova de balas,

    capacete de controle de tumulto.Conhecimento tcnico-operativo da profisso: o saber adquirido noexerccio profissional e o conjunto de conhecimentos que o policial militaradquire por meio dos cursos de formao e habilitao. Isso orientar suamaneira de agir. O policial utiliza ainda outros recursos que podem contribuirpara a efetividade de sua ao, como dilogos com a comunidade, palestras eorientaes.

    Em resumo, o papel da polcia tratar de problemas humanos quandosua soluo necessita ou possa necessitar do emprego da fora. Assim, paraque o policial possa realizar o seu trabalho com eficincia, fundamental queaprenda a intervir-nos mais distintos espaos, de modo que exera sua

    autoridade como profissional dentro das prerrogativas que lhe conferem opoder de polcia, mas sem abusar desse poder, de maneira arbitrria ouautoritria.

    2. O ltimo pargrafo do texto faz uma sntese das idias do pargrafo inicialsem a elas acrescentar informao alguma, o que evidencia a naturezanarrativa.

    TEXTO 3

    O construtor de pontesDois irmos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um

    rio, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavena em toda uma vidade trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que comeou comum pequeno mal-entendido finalmente explodiu numa troca de palavrasrspidas, seguidas por semanas de total silncio. Numa manh, o irmo maisvelho ouviu baterem sua porta. Estou procurando trabalho, disse um forasteiro. Fao trabalhos de

    carpintaria. Talvez voc tenha algum servio para mim. Sim, disse o fazendeiro. Claro! V aquela fazenda ali, alm do rio? do

    meu vizinho. Na realidade do meu irmo mais novo. Ns brigamos e noposso mais suport-lo. V aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois usepara construir uma cerca bem alta. Acho que entendo a situao, disse o carpinteiro.Mostre-me onde esto a p e os pregos. O irmo mais velho entregou o

    material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhandoo dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, no acreditou no que viu: em vez decerca, uma ponte foi construda ali, ligando as duas margens. Era um belotrabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: Voc foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei!

    Mas as surpresas no pararam a. Ao olhar novamente para a ponte, viu o seu

    irmo se aproximando de braos abertos. Por um instante permaneceu imveldo seu lado do rio.

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    O irmo mais novo ento falou: Voc realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do

    que eu lhe disse.De repente, num s impulso, o irmo mais velho correu na direo do outro eabraaram-se, emocionados, no meio da ponte.

    O carpinteiro que fez o trabalho preparou-se para partir, com sua caixa deferramentas. Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para voc.Porm o carpinteiro respondeu: Eu gostaria, mas tenho outras pontes a construir...

    Autor desconhecido.

    3. O texto essencialmente narrativo, apesar de o pargrafo inicial terpassagem descritiva.

    TEXTO 4Quando era menino, na escola, as professoras me ensinaram que o Brasilestava destinado a um futuro grandioso porque as suas terras estavam cheiasde riquezas: ferro, ouro, diamantes, florestas e coisas semelhantes. Ensinaramerrado. O que me disseram equivale a predizer que um homem ser um grandepintor por ser dono de uma loja de tintas. Todavia, o que faz um quadro no atinta: so as idias que moram na cabea do pintor. As idias danantes nacabea fazem as tintas danar sobre a tela. Por isso, sendo um pas to rico,somos um povo to pobre. No sabemos pensar. (...) Minha filha me fez umapergunta: O que pensar? Disse-me que essa era uma pergunta que oprofessor de Filosofia havia proposto classe. Pelo que lhe dou os parabns.Primeiro, por ter ido diretamente questo essencial. Segundo, por ter tido asabedoria de fazer a pergunta, sem dar a resposta. Porque, se tivesse dado aresposta, teria com ela cortado as asas do pensamento. O pensamento como a guia que s ala vo nos espaos vazios do desconhecido. Pensar voar sobre o que no se sabe. No existe nada mais fatal para o pensamentoque o ensino das respostas certas. Para isto existem as escolas: no paraensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nospermitem andar sobre a terra firme, mas somente as perguntas nos permitementrar pelo mar desconhecido.

    Rubem Alves. Ao professor, com o meu carinho.

    So Paulo: Verus Editora, 2004, p. 57-58.

    4. O texto caracteriza-se como texto cientfico devido ao uso de dadoscomprovados e ao excesso de trechos descritivos.

    TEXTO 5

    O laudo mdico-pericial utilizado como prova tcnica, devendo estarisento de tendncias, vcios e distores condio bsica para atingir seuobjetivo principal: descrever e interpretar fatos mdicos para a correta

    aplicao da justia, cumprindo seu papel como um dos principais instrumentosde garantia aos Direitos Universais do Homem.

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    No importa se vtima ou agressor: o periciado tem o direito de ser vistoe respeitado como homem, sendo examinado em ambiente neutro, sem apresena de estranhos, devendo sentir-se seguro e livre de coaes. Enfim,contar com total liberdade para relatar sua verso dos fatos. Por sua vez, omdico-legista deve exercer seu mister livre de constrangimentos, coaes ou

    presses de quaisquer espcies, mantendo o respeito incondicional pelohomem.Para deixar mais claro: a prpria Resoluo CFM n. 1.635, de 9 de

    maio de 2002, veda ao mdico a realizao de exames mdico-periciais decorpo de delito em seres humanos no interior dos prdios e(ou) dependnciasde delegacias, seccionais ou sucursais de polcia, unidades militares, casas dedeteno e presdios. Probe, ainda, exames de corpo de delito em sereshumanos contidos por algemas ou por qualquer outro meio exceto quando opericiado oferecer risco integridade fsica do mdico-perito.

    Como ficaria a posio do legista, trabalhando no interior de delegaciaspoliciais, quartis ou casas de deteno, repleta de policiais, caso assistisse

    violao dos direitos humanos? Seria uma simples testemunha ou um peritomdico, com obrigao legal de relatar os fatos? Um legista no (e no podeser visto como) testemunha ou cmplice dos fatos.

    Nunca, jamais, devem acontecer ocorrncias que levem o periciado aconfundir a figura imparcial e isenta do mdico-legista (interessado na busca daverdade, por meio da prova tcnica) com o aparelho repressor do Estado. Suafuno descrever, por meio da observao atenta e minuciosa, os fatosocorridos, interpretando-os para a justia, com seus conhecimentos demedicina.________

    5. A partir do texto, assinale a opo que resume, corretamente, a idia dopargrafo correspondente.

    A) primeiro pargrafo apresentao de funo, caracterstica e objetivo doslaudos mdico-periciais.B) segundo pargrafo relato da necessidade de agressores e vtimasdescreverem as verses dos fatos, responsavelmente.C) terceiro pargrafo narrativa sinttica dos princpios da Resoluo CFM n.1.635, de 9 de maio de 2002.D) ltimo pargrafo argumentao imparcial em defesa da iseno dos

    mdico-legistas.