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Prospecto Definitivo da Primeira Emissão Pública de Debêntures Simples (Não Conversíveis em Ações), da Espécie Quirografária, em Série Única, de Emissão da ISIN: BRCMGDDBS009 R$ 250.503.517,80 A data deste Prospecto Definitivo é 01 de novembro de 2006. Coordenador Líder Companhia Aberta CNPJ n° 06.981.180/0001-16 Avenida Barbacena, 1.200 – 17º andar, Ala A1 Belo Horizonte/MG 30190-131 Fitch: A+(bra) Moody's: Baa2.br Distribuição Pública de 23.042 (vinte e três mil e quarenta e duas) debêntures simples, não conversíveis em ações, da 1ª Emissão da CEMIG Distribuição S.A. (“ ”, “ ” ou “ ”), todas nominativas e escriturais, da espécie quirografária em série única, com valor nominal unitário de R$ 10.871,6048 (dez mil, oitocentos e setenta e um reais e seis mil e quarenta e oito décimos de milésimos de centavos) (“ ”), no dia 1º de junho de 2006 (“ ”), no valor total de R$ 250.503.517,80 (duzentos e cinqüenta milhões, quinhentos e três mil, quinhentos e dezessete reais e oitenta centavos), (“ ” ou “ ”). A Oferta foi aprovada na Reunião do Conselho de Administração da Emissora realizada em 25 de janeiro de 2006, cuja ata foi publicada nos jornais “Minas Gerais”, “Gazeta Mercantil – Edição Nacional” e “O Tempo”, em 12 de julho de 2006. Tal ata foi retificada pela Reunião do Conselho de Administração da Emissora realizada em 29 de junho de 2006, cuja a ata foi publicada “Minas Gerais”, “Gazeta Mercantil – Edição Nacional” e “O Tempo”, em 24 de outubro de 2006. A Oferta tem por objetivo a permuta obrigatória das debêntures da 3º Emissão da CEMIG realizada nos termos da Escritura Particular da 3ª Emissão Pública de Debêntures Simples, em Série Única, da Espécie sem Garantia nem Preferência da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG (a “ ”ea“ ”) celebrada em 14 de junho de 2004, conforme aditada, pelas Debêntures a razão de uma Debênture para cada debênture da 3º Emissão da CEMIG, de acordo com o disposto na Escritura de Emissão que regula referida 3º Emissão da CEMIG. Esta Oferta possui garantia fidejussória prestada pela CEMIG, conforme aprovada em Reunião do Conselho de Administração da CEMIG realizada em 25 de janeiro de 2006, cuja ata foi publicada em 1º de setembro de 2006 nos jornais “Minas Gerais”, “Gazeta Mercantil – Edição Nacional” e “O Tempo”.As Debêntures serão colocadas, para efeitos da permuta, exclusivamente junto aos titulares das debêntures da 3ª Emissão da CEMIG, com o conseqüente cancelamento das debêntures da 3ª Emissão da CEMIG. CEMIG Distribuição Companhia Emissora Debêntures Data de Emissão Emissão Oferta 3ª Emissão da CEMIG CEMIG nos jornais OS INVESTIDORES DEVEM LERA SEÇÃO “FATORES DE RISCO”, NAS PÁGINAS 19A 34. O PROSPECTO SERÁ COLOCADO À DISPOSIÇÃO DOS TITULARES DAS DEBÊNTURES DA 3ª EMISSÃO DA CEMIG NAS SEDES E NAS PÁGINAS DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES – INTERNET - DA EMISSORA, DA CEMIG, DO COORDENADOR LÍDER, DA CVM E DA CETIP. A presente Oferta foi registrada na CVM sob o nº CVM/SRE/DEB/2006/041, em 26 de outubro de 2006. “A presente oferta pública foi elaborada de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, o qual se encontra registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 4890254, atendendo, assim, a presente oferta pública, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da oferta pública.” “A Emissora é responsável pela veracidade, consistência, qualidade e suficiência das informações prestadas por ocasião do registro e fornecidas ao mercado durante a distribuição das debêntures.” “O Coordenador Líder desta emissão tomou todas as cautelas e agiu com elevados padrões de diligência para assegurar que (i) as informações constantes neste Prospecto sejam verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes, e (ii) as informações prestadas por ocasião do registro da Oferta e fornecidas ao mercado durante a distribuição das Debêntures no âmbito da Oferta sejam verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes . “O registro da presente distribuição não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Emissora, bem como sobre a Oferta”. Distribuição S.A.

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  • Prospecto Definitivo da Primeira Emisso Pblica de Debntures Simples (No Conversveis em Aes),da Espcie Quirografria, em Srie nica, de Emisso da

    ISIN: BRCMGDDBS009

    R$ 250.503.517,80

    A data deste Prospecto Definitivo 01 de novembro de 2006.

    Coordenador Lder

    Companhia AbertaCNPJ n 06.981.180/0001-16

    Avenida Barbacena, 1.200 17 andar, Ala A1Belo Horizonte/MG 30190-131

    Fitch: A+(bra) Moody's: Baa2.br

    Distribuio Pblica de 23.042 (vinte e trs mil e quarenta e duas) debntures simples, no conversveis em aes, da 1 Emisso da CEMIG Distribuio S.A.( , ou ), todas nominativas e escriturais, da espcie quirografria em srie nica, com valor nominal unitrio deR$ 10.871,6048 (dez mil, oitocentos e setenta e um reais e seis mil e quarenta e oito dcimos de milsimos de centavos) ( ), no dia 1 de junho de2006 ( ), no valor total de R$ 250.503.517,80 (duzentos e cinqenta milhes, quinhentos e trs mil, quinhentos e dezessete reais e oitentacentavos), ( ou ). A Oferta foi aprovada na Reunio do Conselho de Administrao da Emissora realizada em 25 de janeiro de 2006, cuja atafoi publicada nos jornais Minas Gerais, Gazeta Mercantil Edio Nacional e O Tempo, em 12 de julho de 2006. Tal ata foi retificada pela Reunio doConselho de Administrao da Emissora realizada em 29 de junho de 2006, cuja a ata foi publicada Minas Gerais, Gazeta Mercantil EdioNacional e O Tempo, em 24 de outubro de 2006. A Oferta tem por objetivo a permuta obrigatria das debntures da 3 Emisso da CEMIG realizada nostermos da Escritura Particular da 3 Emisso Pblica de Debntures Simples, em Srie nica, da Espcie sem Garantia nem Preferncia da CompanhiaEnergtica de Minas Gerais CEMIG (a e a ) celebrada em 14 de junho de 2004, conforme aditada, pelas Debntures arazo de uma Debnture para cada debnture da 3 Emisso da CEMIG, de acordo com o disposto na Escritura de Emisso que regula referida 3 Emisso daCEMIG. Esta Oferta possui garantia fidejussria prestada pela CEMIG, conforme aprovada em Reunio do Conselho de Administrao da CEMIG realizadaem 25 de janeiro de 2006, cuja ata foi publicada em 1 de setembro de 2006 nos jornais Minas Gerais, Gazeta Mercantil Edio Nacional e O Tempo. AsDebntures sero colocadas, para efeitos da permuta, exclusivamente junto aos titulares das debntures da 3 Emisso da CEMIG, com o conseqentecancelamento das debntures da 3 Emisso da CEMIG.

    CEMIG Distribuio Companhia EmissoraDebntures

    Data de EmissoEmisso Oferta

    3 Emisso da CEMIG CEMIG

    nos jornais

    OS INVESTIDORES DEVEM LERA SEO FATORES DE RISCO, NAS PGINAS 19A 34.

    O PROSPECTO SER COLOCADO DISPOSIO DOS TITULARES DAS DEBNTURES DA 3 EMISSO DA CEMIG NAS SEDES ENAS PGINAS DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES INTERNET - DA EMISSORA, DA CEMIG, DO COORDENADOR LDER, DACVM E DA CETIP.

    A presente Oferta foi registrada na CVM sob o n CVM/SRE/DEB/2006/041, em 26 de outubro de 2006.

    A presente oferta pblica foi elaborada de acordo com as disposies do Cdigo de Auto-Regulao da ANBID para as OfertasPblicas de Distribuio e Aquisio de Valores Mobilirios, o qual se encontra registrado no 4 Ofcio de Registro de Ttulos eDocumentos da Comarca de So Paulo, Estado de So Paulo, sob o n 4890254, atendendo, assim, a presente oferta pblica, aos padresmnimos de informao contidos no cdigo, no cabendo ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informaes, pelaqualidade da emissora, das instituies participantes e dos valores mobilirios objeto da oferta pblica.

    A Emissora responsvel pela veracidade, consistncia, qualidade e suficincia das informaes prestadas por ocasio do registro e fornecidas ao mercadodurante a distribuio das debntures.

    O Coordenador Lder desta emisso tomou todas as cautelas e agiu com elevados padres de diligncia para assegurar que (i) as informaes constantes nesteProspecto sejam verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes, e (ii) as informaes prestadas por ocasio do registro da Oferta e fornecidas ao mercado durantea distribuio das Debntures no mbito da Oferta sejam verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes .

    O registro da presente distribuio no implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informaes prestadas ou julgamento sobre a qualidade daEmissora, bem como sobre a Oferta.

    Distribuio S.A.

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  • NDICE

    DEFINIES .......................................................................................................................................................................... 5SUMRIO DA EMISSORA................................................................................................................................................... 9

    VISO GERAL................................................................................................................................................................... 9BREVE HISTRICO.......................................................................................................................................................... 10PONTOS FORTES .............................................................................................................................................................. 10PRINCIPAIS ESTRATGIAS ............................................................................................................................................ 11

    SUMRIO DOS TERMOS E CONDIES DA OFERTA............................................................................................... 13IDENTIFICAO DE ADMINISTRADORES, CONSULTORES, COORDENADORES E AUDITORES ............. 17DECLARAES DA EMISSORA E DO COORDENADOR LDER............................................................................. 18FATORES DE RISCO ............................................................................................................................................................. 19

    RISCOS RELACIONADOS A FATORES MACROECONMICOS ............................................................................... 19RISCOS RELATIVOS AO SETOR DE ENERGIA ELTRICA ....................................................................................... 22RISCOS RELACIONADOS CEMIG GT QUE AFETAM INDIRETAMENTE A GARANTIDORA ......................... 27RISCOS RELACIONADOS AO CONTROLE DA CEMIG PELO ESTADO DE MINAS GERAIS............................... 28RISCOS RELACIONADOS EMISSORA E GARANTIDORA................................................................................. 28RISCOS RELACIONADOS S DEBNTURES .............................................................................................................. 33

    DESTINAO DOS RECURSOS ........................................................................................................................................ 35INFORMAES RELATIVAS OFERTA........................................................................................................................ 37

    COMPOSIO DO CAPITAL SOCIAL ........................................................................................................................... 37CARACTERSTICAS E PRAZOS ..................................................................................................................................... 37CONTRATO DE DISTRIBUIO DE DEBNTURES................................................................................................... 45CONTRATO DE GARANTIA DE LIQUIDEZ/ESTABILIZAO DE PREO............................................................. 48DESTINAO DOS RECURSOS ..................................................................................................................................... 48CLASSIFICAO DE RISCO........................................................................................................................................... 48INFORMAES COMPLEMENTARES.......................................................................................................................... 48

    INFORMAES FINANCEIRAS E DE MERCADO....................................................................................................... 49INFORMAES FINANCEIRAS SELECIONADAS....................................................................................................... 50

    SUMRIO FINANCEIRO OPERACIONAL DA EMISSORA......................................................................................... 50SUMRIO FINANCEIRO OPERACIONAL DA CEMIG ................................................................................................ 54

    CAPITALIZAO DA EMISSORA .................................................................................................................................... 62CAPITALIZAO DA CEMIG............................................................................................................................................ 63ANLISE E DISCUSSO DA ADMINISTRAO SOBRE A SITUAO FINANCEIRA

    E OS RESULTADOS OPERACIONAIS DA CEMIG...................................................................................................... 65COMPARAO DOS RESULTADOS OPERACIONAIS NOS EXERCCIOSENCERRADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003, 2004 E 2005.................................................................................... 65DESEMPENHO ECONMICO-FINANCEIRO CONSOLIDADO DO EXERCCIOSOCIAL DO ANO DE 2005 E 2004 ................................................................................................................................... 67DESEMPENHO ECONMICO-FINANCEIRO CONSOLIDADO DOS EXERCCIOS SOCIAISENCERRADOS EM 2004 E 2003 ...................................................................................................................................... 72COMPARAO DOS RESULTADOS OPERACIONAIS NOS PERODOS DE SEIS MESES FINDOSEM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2006................................................................................................................................... 77DESEMPENHO ECONMICO-FINANCEIRO CONSOLIDADO NOS PERODOS DE SEIS MESESENCERRADOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2006...................................................................................................... 78ANLISE E DISCUSSO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL....................................................................................... 83EVENTOS RECENTES...................................................................................................................................................... 106

    ANLISE E DISCUSSO DA ADMINISTRAO SOBRE A SITUAO FINANCEIRAE OS RESULTADOS OPERACIONAIS DA EMISSORA............................................................................................... 107

    COMPARAO DOS RESULTADOS OPERACIONAIS NOS PERODOS DE SEIS MESESENCERRADOS EM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2006....................................................................................................... 107DESEMPENHO ECONMICO FINANCEIRO NOS PERODOS DE SEIS MESES ENCERRADOSEM 30 DE JUNHO DE 2005 E 2006................................................................................................................................... 108ANLISE E DISCUSSO DA ESTRUTURA PATRIMONIAL....................................................................................... 113IMPACTO DOS CUSTOS DA OFERTA ............................................................................................................................ 119CAPACIDADE DE PAGAMENTO DA EMISSORA ........................................................................................................ 120EVENTOS RECENTES...................................................................................................................................................... 120

  • O SETOR DE ENERGIA ELTRICA NO BRASIL.......................................................................................................... 121GERAL ................................................................................................................................................................................ 121FUNDAMENTOS HISTRICOS....................................................................................................................................... 121CONCESSES.................................................................................................................................................................... 122MULTAS.............................................................................................................................................................................. 123PRINCIPAIS AUTORIDADES........................................................................................................................................... 124O NOVO MODELO PARA O SETOR................................................................................................................................ 125AMBIENTE DE CONTRATAO REGULADA............................................................................................................. 127AMBIENTE DE CONTRATAO LIVRE....................................................................................................................... 127LIMITAES PARTICIPAO .................................................................................................................................... 131TARIFAS PELO USO DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIO E TRANSMISSO........................................................ 131TARIFAS DE DISTRIBUIO.......................................................................................................................................... 133TAXAS REGULATRIAS ................................................................................................................................................. 134MECANISMO DE REALOCAO DE ENERGIA ......................................................................................................... 135RACIONAMENTO ............................................................................................................................................................. 135PESQUISA E DESENVOLVIMENTO............................................................................................................................... 135GESTO AMBIENTAL ..................................................................................................................................................... 135

    DESVERTICALIZAO ...................................................................................................................................................... 139INTRODUO ................................................................................................................................................................... 139A DESVERTICALIZAO DA CEMIG........................................................................................................................... 139ESTRUTURA DO GRUPO CEMIG................................................................................................................................... 140A DESVERTICALIZAO E A PRESENTE OFERTA................................................................................................... 142

    NEGCIOS DA EMISSORA ................................................................................................................................................ 143VISO GERAL................................................................................................................................................................... 143BREVE HISTRICO.......................................................................................................................................................... 143PONTOS FORTES .............................................................................................................................................................. 144PRINCIPAIS ESTRATGIAS ............................................................................................................................................ 145REA DE CONCESSO ................................................................................................................................................... 146ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................................................................................................................................. 147RELAES COM O GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS E COM O GOVERNO FEDERAL................... 148CONCESSES.................................................................................................................................................................... 148CONTRATOS DE CONCESSO DA EMISSORA........................................................................................................... 149DISTRIBUIO DE ENERGIA ELTRICA.................................................................................................................... 150OUTRAS ATIVIDADES..................................................................................................................................................... 152COMPRAS DE ENERGIA ELTRICA............................................................................................................................. 152PERDAS DE ENERGIA ..................................................................................................................................................... 153INVESTIMENTOS ............................................................................................................................................................. 155AMPLIAO DA CAPACIDADE DE DISTRIBUIO ................................................................................................. 156DESEMPENHO DO SISTEMA DE DISTRIBUIO DA EMISSORA.......................................................................... 158CCEE ................................................................................................................................................................................... 158TARIFAS.............................................................................................................................................................................. 158FONTES DE RECEITA ...................................................................................................................................................... 162VENDAS DE ENERGIA..................................................................................................................................................... 162FATURAMENTO E COBRANA ..................................................................................................................................... 166VENDAS DA EMISSORA.................................................................................................................................................. 167CONCORRNCIA.............................................................................................................................................................. 168FORNECEDORES.............................................................................................................................................................. 168ATIVO IMOBILIZADO...................................................................................................................................................... 169MEIO AMBIENTE.............................................................................................................................................................. 170SEGUROS ........................................................................................................................................................................... 173EMPREGADOS E RELAES TRABALHISTAS .......................................................................................................... 174POLTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, PATROCNIO E INCENTIVO CULTURA................................ 177PROPRIEDADE INTELECTUAL...................................................................................................................................... 177TECNOLOGIA.................................................................................................................................................................... 178PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E EFICINCIA ENERGTICA.......................................................................... 179PRMIOS ............................................................................................................................................................................ 179

    NEGCIOS DA GARANTIDORA....................................................................................................................................... 180HISTRICO ........................................................................................................................................................................ 180ESTRUTURA SOCIETRIA E OPERACIONAL............................................................................................................. 181ESTRATGIA DE NEGCIOS.......................................................................................................................................... 182PARCERIAS ESTRATGICAS ......................................................................................................................................... 183VISO GERAL DOS NEGCIOS DA GARANTIDORA ............................................................................................... 184GERAO .......................................................................................................................................................................... 187

  • SUBSIDIRIAS OPERACIONAIS DE GERAO......................................................................................................... 189PARTICIPAO EM CONSRCIO.................................................................................................................................. 190PROJETOS EM ANDAMENTO RELATIVOS GERAO.......................................................................................... 192TRANSMISSO ................................................................................................................................................................. 193

    CLIENTES E COMERCIALIZAO .......................................................................................................................... 196ANLISE DE DEMANDA................................................................................................................................................. 198SAZONALIDADE............................................................................................................................................................... 200OUTRAS ATIVIDADES..................................................................................................................................................... 200INVESTIMENTOS ............................................................................................................................................................. 203AQUISIES RECENTES................................................................................................................................................. 204EMPREGADOS E RELAES TRABALHISTAS .......................................................................................................... 204POLTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, PATROCNIO E INCENTIVO CULTURA................................ 208PROPRIEDADE INTELECTUAL...................................................................................................................................... 209TECNOLOGIA.................................................................................................................................................................... 210PADRES INTERNACIONAIS AMBIENTAIS................................................................................................................ 211PRMIOS ............................................................................................................................................................................ 211

    ADMINISTRAO DA EMISSORA................................................................................................................................... 212CONSELHO DE ADMINISTRAO............................................................................................................................... 212DIRETORIA EXECUTIVA ................................................................................................................................................ 212CONSELHO FISCAL ......................................................................................................................................................... 213CONSELHO DE CONSUMIDORES................................................................................................................................. 213PLANOS DE OPO DE COMPRA DE AES ............................................................................................................ 213CONTRATOS COM ADMINISTRADORES .................................................................................................................... 213DIRETOR DE FINANAS, PARTICIPAES E DE RELAES COM INVESTIDORES DA EMISSORA ............. 213

    ADMINISTRAO DA CEMIG .......................................................................................................................................... 214CONSELHO DE ADMINISTRAO............................................................................................................................... 214DIRETORIA EXECUTIVA ................................................................................................................................................ 219REMUNERAO DOS CONSELHEIROS E DIRETORES............................................................................................ 221CONSELHO FISCAL ......................................................................................................................................................... 221CONSELHO DE CONSUMIDORES................................................................................................................................. 222PLANOS DE OPO DE COMPRA DE AES ............................................................................................................ 222CONTRATOS COM ADMINISTRADORES .................................................................................................................... 222DIRETOR DE FINANAS, PARTICIPAES E DE RELAES COM INVESTIDORES DA CEMIG..................... 222

    PRINCIPAIS ACIONISTAS E CAPITAL SOCIAL ........................................................................................................... 223PRINCIPAIS ACIONISTAS...................................................................................................................................................... 223POLTICA DE DIVIDENDOS DA EMISSORA ..................................................................................................................... 224POLTICA DE DIVIDENDOS DA CEMIG E DA CEMIG GT............................................................................................... 225ACORDO DE ACIONISTAS DA CEMIG................................................................................................................................ 225GOVERNANA CORPORATIVA ........................................................................................................................................... 226CDIGO DAS MELHORES PRTICAS DE GOVERNANA CORPORATIVA DO IBGC ............................................... 228

    INFORMAES SOBRE TTULOS E VALORES MOBILIRIOS EMITIDOS........................................................ 229TTULOS E VALORES MOBILIRIOS EMITIDOS PELA EMISSORA............................................................................. 229TTULOS E VALORES MOBILIRIOS EMITIDOS PELA CEMIG.................................................................................... 229TTULOS E VALORES MOBILIRIOS EMITIDOS PELA CEMIG GT.............................................................................. 231

    CONTRATOS RELEVANTES .............................................................................................................................................. 232CONTRATOS RELACIONADOS AO PROGRAMA "LUZ PARA TODOS" ........................................................................ 232CONTRATOS FINANCEIROS RELEVANTES DA EMISSORA .......................................................................................... 232CONTRATOS FINANCEIROS RELEVANTES DA CEMIG.................................................................................................. 241CONTRATOS FINANCEIROS RELEVANTES DA CEMIG GT............................................................................................ 242

    CONTINGNCIAS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVAS DA EMISSORA................................................................... 247CONTINGNCIAS JUDICIAIS E ADMINISTRATIVAS DA GARANTIDORA ......................................................... 248OPERAES COM PARTES RELACIONADAS ............................................................................................................. 254

    OPERAES COM O COORDENADOR LDER DA OFERTA.................................................................................... 258

  • ANEXOS DESCRIO

    ANEXO A Escritura Emisso. 261

    ANEXO B Estatuto Social da Emissora. 295

    ANEXO C Ata da Reunio do Conselho de Administrao da Emissorarealizada em 25 de janeiro de 2006. 309

    ANEXO D Ata da Reunio do Conselho de Administrao da Emissora realizadaem 29 de junho de 2006, retificando a Ata da Reunio do Conselhode Administrao da Emissora realizada em 25 de janeiro de 2006. 315

    ANEXO E Ata da Reunio do Conselho de Administrao da CEMIGrealizada em 25 de janeiro de 2006. 321

    ANEXO F Demonstraes Financeiras da Emissora, relativas ao exerccio encerradoem 31 de dezembro de 2005 e Parecer dos Auditores Independentes. 325

    ANEXO G Demonstraes Financeiras da CEMIG, relativas ao exerccio encerradoem 31 de dezembro de 2005 e Parecer dos Auditores Independentes. 403

    ANEXO H Demonstraes Financeiras da CEMIG, relativas ao exerccio encerradoem 31 de dezembro de 2004 e Parecer dos Auditores Independentes. 553

    ANEXO I Demonstraes Financeiras da CEMIG, relativas ao exerccio encerradoem 31 de dezembro de 2003 e Parecer dos Auditores Independentes. 693

    ANEXO J Informaes Trimestrais da Emissora relativas aos perodos de seis meses findosem 30 de junho de 2005 e 2006 e reviso especial dos Auditores Independentes. 821

    ANEXO K Informaes Trimestrais da CEMIG relativas aos perodos de seis meses findosem 30 de junho de 2005 e de 2006 e reviso especial dos Auditores Independentes. 907

    ANEXO L Informaes Anuais - IAN da Emissora relativas ao exerccioencerrado em 31 de dezembro de 2005 1071

    ANEXO M Informaes Anuais - IAN da CEMIG relativas ao exerccioencerrado em 31 de dezembro de 2005 1243

    ANEXO N Smulas de Rating 1473

  • DEFINIES

    Para os fins do presente Prospecto, os termos indicados abaixo devem ter o significado a eles atribudo, salvo se definido de forma diversa neste Prospecto.

    ABRADEE Associao Brasileira de Distribuidores de Energia Eltrica.

    ANBID Associao Nacional de Bancos de Investimento.

    ANDIMA Associao Nacional das Instituies do Mercado Financeiro.

    ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica.

    BID Banco Interamericano de Desenvolvimento.

    BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social.

    BOVESPA Bolsa de Valores de So Paulo.

    BOVESPA FIX Sistema de Negociao BOVESPA FIX

    CBLC Companhia Brasileira de Liquidao e Custdia.

    CCEAR Contratos de Comercializao de Energia no Ambiente Regulado.

    CCEE Cmara de Comercializao de Energia Eltrica.

    CDE Conta de Desenvolvimento Energtico.

    CDI Certificado de Depsito Interbancrio.

    CEMIG ou Garantidora Companhia Energtica de Minas Gerais - CEMIG

    CEMIG Capim Branco Energia CEMIG Capim Branco Energia S.A.

    CEMIG D, Companhia ou Emissora CEMIG Distribuio S.A.

    CEMIG GT CEMIG Gerao e Transmisso S.A.

    CETIP CETIP Cmara de Custdia e Liquidao.

    CMN Conselho Monetrio Nacional.

    COFINS Contribuio para Financiamento da Seguridade Social.

    CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente.

    Consumidor Cativo Consumidor Cativo o consumidor que adquire energia de concessionria ou permissionria cuja rede esteja conectado e segundo tarifas regulamentadas pela ANEEL, tendo um contrato padro com a concessionria.

    5

  • Consumidores Livres Consumidores que podem optar por contratar seu fornecimento, no todo ou em parte, com qualquer concessionrio, permissionrio ou autorizado do sistema interligado, conforme determinam os Arts. 15 e 16 da Lei 9.074, de 07 de julho de 1995, e regulamentos especficos da ANEEL. Estes consumidores podem negociar livremente seus contratos de energia diretamente junto a outros agentes do setor (geradores e comercializadores), dentro dos temos e condies (preo, prazo e flexibilidade) que melhor lhes convier, cabendo ao governo estipular as tarifas de transporte ("fio") suficientes para garantir a remunerao dos ativos das distribuidoras e permitir o investimento contnuo na ampliao da capacidade do sistema eltrico. Ademais, para qualificar-se como Consumidor Livre, o consumidor precisa possui demanda contratada igual ou superior a 3 MW e ser atendido em nvel de tenso superior a 69 kV.

    Conta CCC Conta de Consumo de Combustveis.

    Contrato CRC Termo de Contrato de Cesso de Crdito do saldo remanescente da Conta de Resultados a Compensar CRC celebrado entre a CEMIG e o Estado de Minas Gerais em 31 de maio de 1995, conforme aditado.

    Contratos de Concesso Contratos de Concesso da Emissora para a explorao das atividade de distribuio de energia eltrica firmados com o Poder Concedente sob os ns. 02/1997 (rea norte), 03/1997 (rea sul), 04/1997 (rea leste) e 05/1997 (rea oeste).

    Contribuio Social Contribuio Social Sobre o Lucro Lquido.

    COPAM Conselho Estadual de Poltica Ambiental

    CRC Conta de Resultados a Compensar

    CVM Comisso de Valores Mobilirios.

    Debntures em Circulao Todas as Debntures subscritas, excludas as Debntures que se encontrarem na tesouraria da Emissora, que forem de titularidade de empresas controladas (diretas ou indiretas), controladoras (ou grupo de controle) ou administradores da Emissora, incluindo, mas no se limitando, pessoas direta ou indiretamente relacionadas a qualquer das pessoas anteriormente mencionadas.

    Desverticalizao Significa o processo de reestruturao societria implementado pela CEMIG, conforme descrito na Seo Desverticalizao, deste Prospecto.

    Eletrobrs Centrais Eltricas Brasileiras S.A. Eletrobrs.

    Emisso ou Oferta Primeira distribuio pblica de debntures simples, no conversveis em aes da CEMIG Distribuio S.A.

    Escritura de Emisso Escritura Particular da 1 Emisso Pblica de Debntures Simples, no conversveis em aes, em srie nica, da espcie quirogrfria, da CEMIG Distribuio S.A. celebrada em 24 de agosto de 2006.

    FEAM Fundao Estadual do Meio Ambiente.

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  • Furnas Furnas Centrais Eltricas S.A.

    Gasmig Companhia de Gs de Minas Gerais.

    Governo Federal Governo da Repblica Federativa do Brasil.

    Grupo CEMIG A CEMIG e suas subsidirias e controladas.

    ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadoria e Servios.

    IGP-DI ndice Geral de Preos - Disponibilidade Interna, calculado pela Fundao Getlio Vargas.

    IGP-M ndice Geral de Preos de Mercado.

    Imposto de Renda Imposto incidente sobre a Renda.

    Infovias Empresa de Infovias S.A.

    INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

    INSS Instituto Nacional de Seguridade Social.

    Instruo CVM 400 Instruo CVM n 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada.

    Instruo CVM 358 Instruo CVM n 358, de 3 de janeiro de 2002, conforme alterada.

    Instrumento Particular de Cesso de Direitos

    Instrumento Particular de Cesso de Direitos, celebrado entre a Emissora e a CEMIG, em 27 de dezembro de 2004.

    Lei das Sociedades por Aes Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada.

    Lei de Concesses Lei n 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, conforme alterada.

    Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico Lei n 10.848, de 15 de maro de 2004, conforme alterada.

    Lei do Setor Eltrico Lei n 9.074, de 7 de julho de 1995, conforme alterada.

    MAE Mercado Atacadista de Energia Eltrica.

    MRE Mecanismo de Realocao de Energia.

    NYSE New York Stock Exchange (Bolsa de Valores de Nova Iorque).

    ONS Operador Nacional do Sistema.

    PCH Pequena Central Hidreltrica.

    Permuta Obrigatria Permuta obrigatria das debntures da 3 Emisso da CEMIG pelas Debntures da presente Oferta com o conseqente cancelamento das debntures da 3 Emisso da CEMIG.

    Petrobrs Petrleo Brasileiro S.A.

    PIS Contribuio ao Programa de Integrao Social.

    Plano Diretor CEMIG Plano Diretor 2005/2035 Planejamento Estratgico CEMIG Edio 2004

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  • Programa de Racionamento Racionamento de energia eltrica imposto pelo Governo Federal por meio da Lei n 10.295/01.

    Proinfa Programa de Incentivo s Fontes Alternativas de Energia Eltrica.

    Prospecto ou Prospecto Definitivo Este Prospecto Definitivo da 1 Emisso de Debntures da CEMIG Distribuio S.A.

    RGR Reserva Global de Reverso.

    RTE Recomposio Tarifria Extraordinria.

    SDT Sistema de Distribuio de Ttulos.

    S Carvalho S Carvalho S.A.

    SEC Securities and Exchange Commission.

    SND Sistema Nacional de Debntures.

    SIN Sistema Interligado Nacional.

    Sistema Interligado Sistema eltrico que se estende por uma vasta extenso territorial, composto por diversas usinas interligadas entre si e com os centros de consumo pela rede de transmisso.

    SEB Southern Electric Brasil Patricipaes Ltda., joint-venture formada pela AES Fora e Empreendimentos Ltda. (multinacional de energia eltrica norte-americana), Mirant Corporation (multinacional de energia eltrica norte-americana) e Opportunity (banco de investimento brasileiro).

    SELIC a taxa bsica de juros da economia, divulgada mensalmente pelo Comit de Poltica Monetria do Banco Central.

    Taxa DI ndice de remunerao equivalente a 100% (cem por cento) da taxa mdia dos Depsitos Interfinanceiros de um dia.

    3 Emisso da CEMIG 3 Emisso de Debntures da CEMIG, nos termos da Escritura Particular da 3 Emisso Pblica de Debntures Simples, em Srie nica, da Espcie sem Garantia nem Preferncia da Companhia Energtica de Minas Gerais - CEMIG celebrada em 14 de junho de 2004, conforme aditada.

    TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo.

    Unibanco ou Coordenador Lder Unio de Bancos Brasileiros S.A.

    Usiminas Usinas Siderrgicas de Minas Gerais S.A.

    UHE Usina Hidreltrica.

    UTE Usina Termeltrica

    UTE Barreiro Usina Termeltrica de Barreiro S.A.

    UTE Ipatinga Trata-se da usina termeltrica localizada em Ipatinga.

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  • SUMRIO DA EMISSORA

    Apresentamos a seguir um sumrio das atividades, informaes financeiras, operacionais, realizaes, bem como dos pontos fortes e estratgias da Emissora. Este sumrio no contm todas as informaes sobre a Emissora que devem ser analisadas pelo investidor antes de tomar sua deciso de investimento. O investidor deve ler atentamente todo o Prospecto para uma melhor compreenso das atividades da Emissora e da presente Oferta, especialmente as informaes contidas nas Sees Fatores de Risco, Anlise e Discusso da Administrao sobre a Situao Financeira e os Resultados Operacionais da Emissora e as demonstraes financeiras da Emissora, e respectivas notas explicativas, tambm includas neste Prospecto.

    VISO GERAL

    A Emissora uma das maiores concessionrias de distribuio de energia eltrica do Brasil, por sua posio estratgica, competncia tcnica, tamanho de rede e mercado atendido. Atualmente a principal empresa de distribuio de energia eltrica do Estado de Minas Gerais, o terceiro mercado consumidor do Pas, onde esto instaladas algumas das maiores empresas nas reas de siderurgia, minerao, automobilstica e metalurgia.

    A Emissora tem por objeto social estudar, planejar, projetar, construir e operar sistemas de distribuio e comercializao de energia eltrica e servios correlatos que tenham sido ou venham a ser concedidos a qualquer ttulo de direito.

    O negcio da Emissora envolve a compra e subtransmisso de energia de alta voltagem (138kV e 88kV), sua transformao em mdia e baixa voltagem, e sua distribuio e venda para consumidores finais no Estado de Minas Gerais. A Emissora detm concesses para distribuio de eletricidade em uma rea que abrange aproximadamente 96,7% do Estado de Minas Gerais. A Emissora desenvolve atividades de distribuio de energia eltrica em 774 municpios e 5.415 localidades do Estado de Minas Gerais, atendendo a, aproximadamente, 17 milhes de habitantes, de acordo com o censo do ano 2000. Em 30 de junho de 2006, a Emissora detinha e operava 386.785 quilmetros de redes de distribuio e 16.080 quilmetros de redes de subtransmisso.

    Em 2005, a receita lquida da Emissora foi de R$6.397 milhes, proveniente da venda de 20.309 GWh de eletricidade para aproximadamente seis milhes de clientes. No perodo de seis meses findo em 30 de junho de 2006, a receita lquida da Emissora foi de R$3.063 milhes, proveniente da venda de 9.842 GWh de eletricidade. A tabela a seguir mostra os percentuais das vendas de eletricidade da Emissora para os clientes residenciais, industriais, comerciais e outros clientes nos referidos perodos:

    (em %) Exerccio social encerrado em 31 de

    dezembro de 2005 Perodo de seis meses findo em 30 de

    junho de 2006 Venda de energia Receitas Volume de Vendas Receitas Volume de Vendas Clientes residenciais............................. 42,06 32,45 43,40 33,64 Clientes comerciais .............................. 20,76 18,48 21,59 19,79 Clientes industriais .............................. 19,27 26,26 16,54 24,30 Outros clientes...................................... 17,91 22,81 18,47 22,27 Total 100,00 100,00 100,00 100,00

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  • BREVE HISTRICO

    A Emissora foi constituda em 08 de setembro de 2004, como sociedade por aes, subsidiria integral da CEMIG, nos termos da Lei Estadual n 15.290, de 4 de agosto de 2004, em virtude do processo de Desverticalizao da CEMIG. Na qualidade de subsidiria integral da CEMIG, esta detm plenos poderes para decidir sobre todos os negcios relativos ao objeto social da Emissora e adotar resolues que julgue necessria defesa dos seus interesses e ao seu desenvolvimento. Para maiores detalhes a respeito da Desverticalizao da Emissora vide Seo Desverticalizao deste Prospecto.

    Desde a dcada de 60 at o incio dos anos 80, a CEMIG adquiriu uma srie de concessionrias de servio pblico de energia de menor porte, estatais e privadas, e suas respectivas concesses, incorporando ao seu prprio sistema outros sistemas distribuio de energia. Principalmente em virtude dessas aquisies, a CEMIG e, consequentemente, a Emissora, tornou-se a maior concessionria de distribuio de energia eltrica do Estado de Minas Gerais.

    A Emissora opera seus negcios de distribuio de acordo com Contratos de Concesso celebrados com o Governo Federal. At 1997, a CEMIG detinha concesses individuais relativas a vrias regies dentro de sua rea de distribuio. Em 10 de julho de 1997, a CEMIG celebrou novos contratos de concesso com a ANEEL, que consolidaram suas diversas concesses de distribuio em quatro concesses de distribuio cobrindo as regies norte, sul, leste e oeste do Estado de Minas Gerais. Em decorrncia da Desverticalizao, em 16 de setembro de 2005, tais contratos foram aditados de forma a transferir as concesses de distribuio de energia eltrica anteriormente detidas pela CEMIG para a Emissora.

    A administrao da Emissora realizada por uma estrutura corporativa que permite padronizar aes tcnicas, comerciais, administrativas e financeiras, alm de importante economia por meio de processos sinrgicos mais eficientes.

    Desde a constituio da CEMIG, suas operaes foram influenciadas pelo fato de ser controlada pelo Governo do Estado de Minas Gerais, que utilizou a empresa para oferecer ao Estado de Minas Gerais infra-estrutura necessria para alavancar o seu desenvolvimento, sem, no entanto, comprometer a condio de empresa modelo no setor eltrico nacional.

    PONTOS FORTES

    A Emissora possui os seguintes pontos fortes:

    Forte base de clientes fisicamente conectados, que ultrapassa mais de seis milhes em Minas Gerais.

    Alta capilaridade do sistema eltrico, abrangendo a quase totalidade do estado de Minas Gerais.

    Rede fsica de operaes consoante padres fortemente normatizados e consolidados.

    Sistemas de informao slidos como suporte s atividades de gesto, planejamento eltrico, projeto, operao e manuteno da rede de operaes.

    Corpo gerencial e tcnico com ampla experincia em distribuio de energia.

    Equipe com ampla experincia em negociaes tarifrias de elevada complexidade com o Regulador (ANEEL).

    Equipes com ampla experincia em relacionamento com grandes clientes e com o varejo.

    Representatividade adequada em fruns como a ABRADEE e outros.

    Forte gerao de caixa operacional.

    Endividamento moderado.

    Solidez financeira.

    Estratgia robusta, focada na busca contnua de rentabilidade com qualidade de fornecimento e consistente com a lgica regulatria.

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  • So, tambm, tpicos de destaque da gesto estratgica da Emissora:

    a implementao do Balanced Scorecard, reconhecido no mundo inteiro como a melhor ferramenta para a implementao e acompanhamento das estratgias nas empresas;

    a certificao de processos pela Norma NBR ISO 9001, para a melhoria da eficcia das atividades operacionais;

    a implementao de um Sistema de Gesto Ambiental interno, baseado na Norma NBR ISO 14001, que orienta todas as atividades da empresa em relao gesto ambiental, e que prev a certificao daquelas atividades e reas que causam impactos ambientais.

    A Emissora possui uma estrutura de negcios que tem por objetivo mitigar riscos. Nos modelos setorial e tarifrio vigentes, prevista a manuteno do chamado Equilbrio Econmico Financeiro dos contratos de concesso, de forma a garantir os direitos dos prestadores do servio que atuam com eficincia e prudncia, visando obter ganhos suficientes para cobrir custos operacionais e alcanarem adequado retorno sobre o capital investido. A preservao do Equilbrio Econmico-Financeiro obtida nos processos de revises e reajustes tarifrios.

    Ressalta-se, adicionalmente, que a Emissora vem apresentando melhoria significativa em vrios indicadores financeiros ao longo dos anos, sendo que no exerccio social encerrado em de 2005, foi responsvel por cerca de 50% do total do lucro lquido gerado pelo grupo empresarial CEMIG . Essa melhoria reflete os resultados do processo de reviso tarifria previsto nos contratos de concesso, iniciado em abril 2003 e finalizado em abril de 2005, em que a Emissora obteve o reconhecimento adequado, nas tarifas, de itens que compe a sua receita requerida. O resultado tambm pode ser creditado implementao de prticas gerenciais voltadas para a eficincia operacional e melhoria de processos

    PRINCIPAIS ESTRATGIAS

    A estratgia da Emissora foi desenhada de modo a contemplar, concomitantemente, a busca contnua de aumento de sua rentabilidade e os requisitos da regulamentao setorial, estabelecidos no mbito da ANEEL.

    Assim, as diretrizes estratgicas da Emissora esto a seguir explicitadas:

    Equacionar seus cronogramas de investimento em consonncia com a lgica da regulamentao a que se submete: a receita total da Emissora determinada pela ANEEL, com base no modelo price cap, que prev revises tarifrias quinqenais, revises tarifrias extraordinrias e reajustes tarifrios anuais. Nas revises quinqenais, os ativos da Emissora so reavaliados, assim como seus gastos operacionais recorrentes, sendo a receita total redefinida visando a cobertura desses gastos e a remunerao regulatria dos investimentos realizados. Posto isso, a Emissora deve equacionar seus cronogramas de investimentos de modo que o seu fluxo de caixa seja maximizado, consideradas as datas de revises qinqenais e a necessidade de atender o mercado com qualidade.

    Reavaliar critrios de planejamento e projeto do sistema eltrico, visando reduo dos custos unitrios dos investimentos: a busca de reduo dos custos unitrios tambm se presta ao alinhamento com critrios regulatrios. Nas revises quinqunais, a ANEEL pode no reconhecer na tarifa dispndios considerados no prudentes; alm disso, investimentos excessivamente elevados, ainda que fossem reconhecidos pela ANEEL, implicariam maiores tarifas e, possivelmente maiores inadimplncia, furtos e fraudes.

    Perseguir, continuamente, o ajuste Empresa de Referncia e buscar as melhores prticas nos processos que a integram: a aplicao do modelo price cap s distribuidoras brasileiras contempla a criao, pela ANEEL, de uma Empresa de Referncia, ou seja, de uma concorrente virtual para a Emissora, que monoplio regulado. A Emissora deve ajustar seus processos e gastos aos padres mais desafiadores da Empresa de Referncia.

    Propiciar crescimento sustentvel e agregar valor ao investimento de seus acionistas: analisando seu portflio de negcios, iniciando projetos com assegurado retorno e com recursos compatveis com o seu custo mdio ponderado de capital, gerenciando continuamente o desempenho de suas atividades operacionais e implementando polticas de governana corporativa cada vez mais sofisticadas.

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  • Garantir a qualidade do produto e do servio ao cliente, de acordo com as exigncias regulatrias, nos limites de custo dados pela Empresa de Referncia: a Empresa de Referncia determina no apenas parmetros econmicos, mas tambm parmetros tcnicos e de qualidade que devem ser continuamente observados, de modo a evitar penalidades financeiras.

    Aumentar a eficincia na gesto de estoques: a Emissora investe de forma intensiva em seu sistema eltrico, o que caracterstico das distribuidoras de energia eltrica e a gesto de estoques relevante para melhorar o fluxo de caixa empresarial e a rentabilidade.

    Intensificar as aes economicamente sustentveis de proteo da receita e ativos: a Emissora deve envidar esforos consistentes para reduzir a inadimplncia, perdas, furtos e fraudes, agravados pelo elevado nvel de tributos e encargos do setor eltrico, ao qual se submete, e pela tendncia crescente de gastos operacionais com energia e uso do sistema de transmisso, em mbito setorial.

    Atuar em todos os fruns institucionais no sentido de reduzir a participao da parcela A (VPA) e da carga tributria incidente sobre a tarifa: os gastos operacionais recorrentes da Emissora se dividem em uma parcela no gerencivel (parcela A ou VPA valor da parcela A), e em uma parcela gerencivel (parcela B ou VPB valor da parcela B). A VPA abrange compras de energia, uso do sistema de transmisso, parte pondervel dos tributos e encargos incidentes sobre o negcio e outros tpicos definidos pela ANEEL. Mesmo no gerenciando a VPA, a Emissora sofre os efeitos do seu aumento, eventualmente imposto pela atuao governamental/regulatria,estando sujeita a descoberturas de gastos adicionais realizados e a maiores inadimplncias, furtos e fraudes. Assim, relevante que a atuao institucional da Emissora seja ampla, em mltiplos fruns, buscando reduzir a VPA ou pelo menos inibir o crescimento real dessa parcela. Destaca-se, adicionalmente, o incremento considervel e crescente dos tributos e encargos setoriais no setor, que tem sido criticado e combatido pelas empresas distribuidoras, especialmente por meio da ABRADEE.

    Cumprir a legislao ambiental: Consciente da relevncia de sua atuao na comunidade, a Emissora se preocupa em desenvolver somente projetos que assegurem a completa compatibilidade com a legislao ambiental e que promovam o bem estar e segurana da populao. Alm disto, implementou um Sistema de Gesto Ambiental interno baseado na Norma NBR ISO 14001, que orienta todas as atividades da empresa em relao gesto ambiental, e prev a certificao daquelas atividades e reas que causam impactos ambientais.

    A Emissora acredita que sua estratgia, embasada nas diretrizes acima citadas, lhe permitir atender a demanda por seus servios com melhor qualidade e, ao mesmo tempo, melhorar seus resultados operacionais e situao econmico-financeira.

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  • SUMRIO DOS TERMOS E CONDIES DA OFERTA

    O sumrio abaixo no contm todas as informaes sobre a Oferta e as Debntures que devem ser analisadas pelo investidor antes de tomar sua deciso de investimento.

    Recomenda-se a leitura cuidadosa deste Prospecto, da Seo Informaes Relativas Oferta, bem como da Escritura Particular da 1 Emisso Pblica de Debntures Simples, no conversveis em aes, em srie nica, da espcie quirogrfria, da CEMIG Distribuio S.A. (Escritura de Emisso), constante deste Prospecto como Anexo A.

    Emissora: CEMIG Distribuio S.A.

    Coordenador Lder: Unio de Bancos Brasileiros S.A. Unibanco.

    Agente Fiducirio: Pavarini Distribuidora de Ttulos e Valores Mobilirios Ltda.

    Banco Mandatrio e Escriturador: Banco Ita S.A.

    Nmero da Emisso: 1 Emisso de Debntures da Emissora.

    Permuta Obrigatria A presente Oferta realizada para fins da Permuta Obrigatria das debntures da 3 Emisso da CEMIG pelas Debntures da presente Oferta com o conseqente cancelamento das debntures da 3 Emisso da CEMIG.

    Destinao dos Recursos: Em razo da Permuta Obrigatria, a Emissora no receber os recursos lquidos desta Oferta, uma vez que as Debntures desta Oferta sero integralizadas com as debntures da 3 Emisso da CEMIG. Para mais informaes vide Seo Destinao dos Recursos deste Prospecto.

    Nmero de Sries As Debntures so emitidas em srie nica.

    Valor Nominal Unitrio das Debntures: R$10.871,6048 (dez mil, oitocentos e setenta e um reais e seis mil e quarenta e

    oito dcimos de milsimos de centavos), na Data de Emisso.

    Quantidade de Debntures Emitidas: 23.042 (vinte e trs mil e quarenta e duas debntures)

    Valor Total da Oferta: R$250.503.517,80 (duzentos e cinqenta milhes, quinhentos e trs mil, quinhentos e dezessete reais e oitenta centavos).

    Conversibilidade, Tipo e Forma: As Debntures so simples, no conversveis em aes, nominativas e escriturais,

    sem emisso de cautelas ou certificados.

    Espcie: As Debntures so da espcie sem garantia nem preferncia (quirografrias).

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  • Garantia Fidejussria: As Debntures da presente Oferta, e as obrigaes assumidas pela Emissora nos termos da Escritura de Emisso, so garantidas por fiana, prestada pela CEMIG, que, por meio da Escritura de Emisso e na melhor forma de direito, se obriga na qualidade de devedora solidria e principal pagadora de todas as obrigaes decorrentes da Escritura de Emisso, at sua final liquidao, com renncia expressa aos benefcios previstos nos artigos 366, 827, 834, 835, 837, 838 e 839, todos da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002, conforme alterada, e os artigos 77 e 595, da Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973, conforme alterada pelas obrigaes assumidas na Escritura de Emisso.

    A fiana prestada pela CEMIG em carter irrevogvel e irretratvel, e viger at o integral cumprimento, pela Emissora, de todas as suas obrigaes previstas na Escritura de Emisso.

    Data de Emisso: 1 de junho de 2006.

    Prazo e Data de Vencimento: O prazo de vencimento das Debntures desta Oferta de 96 (noventa e seis) meses a contar da Data de Emisso, com vencimento final no primeiro dia til de junho de 2014 (Data de Vencimento).

    Colocao e Procedimento de Distribuio:

    A colocao pblica das Debntures somente ter incio aps o registro da Oferta pela CVM, a colocao deste Prospecto Definitivo disposio dos investidores e a publicao do Anncio de Incio, sendo que o prazo mximo para colocao das Debntures ser de 5 (cinco) dias teis, a contar da data da publicao do Anncio de Incio.

    As Debntures sero objeto de distribuio pblica, sob regime de melhores esforos de distribuio, com intermediao de instituies financeiras integrantes do sistema de distribuio de valores mobilirios, por meio do SDT, administrado pela ANDIMA e operacionalizado pela CETIP e por meio do BOVESPA FIX custodiado na CBLC. A presente Oferta somente ter como pblico alvo os titulares das debntures da 3 Emisso da CEMIG.

    O mecanismo de Permuta Obrigatria ser efetivado conforme previsto na Clusula VII da Escritura de Emisso da 3 Emisso da CEMIG, sendo que a integralizao das Debntures ser vista, mediante dao em pagamento das debntures da 3 Emisso da CEMIG, nos termos da Permuta Obrigatria, sendo que cada debnture da 3 Emisso da CEMIG corresponder a 1 (uma) Debnture desta Emisso.

    Prazo de colocao: O prazo mximo para colocao das Debntures ser de 5 dias (cinco) teis, a contar da data da publicao do Anncio de Incio.

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  • Cronograma da Emisso: Observadas as disposies da regulamentao aplicvel, o Coordenador Lder dever realizar a distribuio pblica das Debntures conforme plano de distribuio adotado em consonncia com o disposto no 3 do artigo 33 da Instruo CVM 400, de forma a assegurar: (i) que o tratamento conferido aos investidores seja justo e eqitativo, (ii) a adequao do investimento ao perfil de risco dos respectivos clientes do Coordenador Lder, e (iii) que quaisquer dvidas por parte dos investidores possam ser esclarecidas por pessoa designada pelo Coordenador Lder.

    O plano de distribuio ser realizado nos seguintes termos:

    (i) aps a obteno do registro da Oferta na CVM, ser publicado o respectivo Anncio de Incio;

    (ii) tendo em vista a Permuta Obrigatria, no haver direito de preferncia para subscrio das Debntures pelos atuais acionistas da Emissora;

    (iii) ainda em vista a Permuta Obrigatria, no existiro lotes mnimos ou mximos de subscrio das Debntures; e

    (iv) sero atendidos, nica e exclusivamente, os debenturistas da 3 Emisso da CEMIG, nos termos da Permuta Obrigatria.

    Preo de Subscrio: O preo de subscrio das Debntures da presente Oferta ser correspondente ao valor nominal unitrio das debntures da 3 Emisso da CEMIG acrescido da Remunerao descrita no item Remunerao abaixo.

    Forma de Subscrio e Integralizao:

    A integralizao das Debntures ser vista, mediante dao em pagamento das debntures da 3 Emisso da CEMIG, nos termos da Permuta Obrigatria, sendo que cada debnture da 3 Emisso da CEMIG corresponder a 1 (uma) Debnture desta Oferta.

    Remunerao: As Debntures tero o seu valor nominal atualizado a partir da Data de Emisso, pelo ndice Geral de Preos do Mercado IGPM, apurado e divulgado pela Fundao Getlio Vargas. Essa atualizao ser calculada de forma pro rata temporis, por dias teis. Adicionalmente, incidiro sobre o Valor Nominal unitrio acrescido da Atualizao das Debntures juros de 10,5% (dez vrgula cinco por cento) ao ano, calculados por dias teis, com base em um ano de 252 (duzentos e cinqenta e dois) dias, a partir da Data de Emisso (os Juros Remuneratrios).Os Juros Remuneratrios devero ser pagos pela Emissora anualmente, sendo que o primeiro pagamento dever ser realizado 12 (doze) meses aps a Data de Emisso, ou seja, no 1o dia til de junho de 2007, e os demais pagamentos no 1o

    dia til do ms de junho dos anos subseqente at a Data de Vencimento, calculados em regime de capitalizao composta de forma pro rata temporis por dias teis.

    Amortizao Programada: As Debntures no sero objeto de amortizao programada antes da respectiva data de vencimento.

    Repactuao: As Debntures no estaro sujeitas a repactuao programada.

    Resgate Antecipado As Debntures desta Oferta no estaro sujeitas ao resgate antecipado facultativo pela Emissora.

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  • Registro da Negociao: As Debntures sero registradas para distribuio no mercado primrio (i) atravs do SDT, administrado pela CETIP, com base nas polticas e diretrizes fixadas pela ANDIMA, sendo as debntures liquidadas e custodiadas na CETIP, e (ii) atravs do Sistema BOVESPAFIX, administrado pela Bovespa - Bolsa de Valores de So Paulo, sendo as Debntures liquidadas e custodiadas na CBLC.

    As Debntures sero registradas para negociao no mercado secundrio (i) atravs do SND, administrado pela CETIP, com base nas polticas e diretrizes fixadas pela ANDIMA, sendo as debntures liquidadas e custodiadas na CETIP, e (ii) atravs do Sistema BOVESPAFIX, administrado pela Bovespa - Bolsa de Valores de So Paulo, sendo as debntures liquidadas e custodiadas na CBLC.

    Pblico Alvo: O pblico alvo da presente Oferta ser composto exclusivamente pelos titulares das debntures da 3 Emisso da CEMIG.

    Quorum de Deliberao: Nas deliberaes da Assemblia Geral dos Debenturistas, a cada Debnture caber um voto, admitida a constituio de mandatrio, Debenturista ou no. As deliberaes sero tomadas por Debenturistas que representem a maioria das Debntures em Circulao; que so todas as debntures subscritas, excludas as Debntures que se encontrarem na tesouraria da Emissora, que forem de titularidade de empresas controladas (diretas ou indiretas), controladoras (ou grupo de controle) ou administradores da Emissora, incluindo, mas no se limitando, pessoas direta ou indiretamente relacionadas a qualquer das pessoas anteriormente mencionadas, observado que alteraes nas condies de remunerao e/ou pagamento das Debntures, devero ser aprovadas por Debenturistas representando 90% das Debntures em Circulao. A alterao das disposies de vencimento antecipado e a liberao da Emissora de obrigaes previstas na Clusula VI da Escritura de Emisso, devero ser aprovadas por Debenturistas que representem, no mnimo, 2/3 (dois teros) das Debntures em Circulao.

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  • IDENTIFICAO DE ADMINISTRADORES, CONSULTORES, COORDENADORES E AUDITORES

    Para fins do disposto no item 2, do Anexo III da Instruo CVM 400, esclarecimentos sobre a Emissora, a CEMIG e a Oferta podero ser obtidos nos seguintes endereos:

    Emissora Garantidora

    CEMIG Distribuio S.A. Diretoria de Finanas, Participaes e Relaes com InvestidoresAt: Flvio Decat de Moura Avenida Barbacena, 1200, 17andar, Ala A1 Belo Horizonte, MG 30190-131 Tel: (31) 3299-4903 Fax: (31) 3299-3832 E-mail: [email protected]: www.cemig.com.br

    Companhia Energtica de Minas Gerais CEMIG Diretoria de Finanas, Participaes e Relaes com InvestidoresAt: Flvio Decat de Moura Avenida Barbacena, 1200 Belo Horizonte, MG 30190-131 Tel: (31) 3299-4903 Fax: (31) 3299-3832 E-mail: [email protected]: www.cemig.com.br

    Coordenador Lder Auditores Independentes

    UNIBANCO - Unio de Bancos Brasileiros S.A. Diretoria de Mercado de Capitais At: Rogrio Assaf FreireAvenida Eusbio Matoso, 891 So Paulo, SP 05423-180 Tel: (11) 3097-4396 Fax: (11) 3097-4127 E-mail: [email protected] Internet: www.unibanco.com.br

    Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes Sr. Gilberto Grandolpho Rua Paraba, 1122 - 20 andar - Savassi Belo Horizonte - MG 30130-141Tel: (031) 3269-7442 Fax: (031) 3269-7470 Internet: www.deloitte.com

    Consultores Legais

    Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch AdvogadosAt: Alexandre BarretoRua Funchal, 263, 11 andar So Paulo, SP 04551-060 Tel: (11) 3089-6500 Fax: (11) 3089-6565 E-mail: [email protected] Internet: www.scbf.com.br

    Quaisquer outras informaes ou esclarecimentos sobre a Emissora, a CEMIG e a Oferta podero ser obtidos junto ao Coordenador Lder e na sede da CVM.

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  • DECLARAES DA EMISSORA E DO COORDENADOR LDER

    A Emissora declara: (a) que o presente Prospecto: (i) contm as informaes relevantes, necessrias ao conhecimento, pelos investidores, da Oferta, das Debntures, da Emissora, suas atividades, situao econmico-financeira, os riscos inerentes s suas atividades e quaisquer outras informaes relevantes, sendo tais informaes verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes; e (ii) foi elaborado de acordo com as normas pertinentes; e (b) que as informaes prestadas por ocasio do registroda Oferta e fornecidas ao mercado durante a distribuio das Debntures no mbito da Oferta so verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes.

    Ainda, considerando que:

    o Coordenador Lder constituiu consultores legais para lhe auxiliar na implementao da Oferta;

    para tanto, foi efetuada diligncia legal na Emissora, no perodo de 1 de fevereiro de 2006 at a presente data;

    foram disponibilizados os documentos considerados materialmente relevantes para a Oferta;

    o Coordenador Lder solicitou, por meio de seus consultores legais, documentos e informaes adicionais; e

    conforme informaes prestadas pela Emissora, foram disponibilizados, para anlise do Coordenador Lder e de seus consultores legais, todos os documentos, bem como foram prestadas todas as informaes consideradas relevantes sobre os negcios da Emissora, para permitir aos investidores a tomada de deciso fundamentada na aquisio das Debntures.

    O Coordenador Lder declara que:

    tomou todas as cautelas e agiu com elevados padres de diligncia, respondendo pela falta de diligncia ou omisso, para assegurar que as informaes prestadas pela Emissora neste Prospecto, bem como as fornecidas ao mercado durante a distribuio das Debntures, sejam verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes nas suas respectivas datas;

    este Prospecto contm as informaes relevantes necessrias ao conhecimento pelos investidores da Oferta, das Debntures a serem ofertadas, da Emissora, suas atividades, sua situao econmico-financeira, os riscos inerentes sua atividade e quaisquer outras informaes relevantes; e

    este Prospecto foi elaborado de acordo com as normas pertinentes, incluindo, mas no se limitando, Instruo CVM 400.

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  • FATORES DE RISCO

    Os riscos descritos abaixo no so os nicos enfrentados pela Emissora ou pela Garantidora, ou aos quais esto sujeitos investimentos no Brasil em geral. Os negcios, situao financeira, ou resultados da Emissora e/ou da Garantidora podem ser adversa e materialmente afetados por esses riscos. Riscos adicionais que no so atualmente do conhecimento da Emissora ou da Garantidora, ou que elas julguem, nesse momento, ser de pequena relevncia, tambm podem vir a afetar os seus negcios e, conseqentemente, as suas situaes financeiras. Para mais informaes, vide Sees Anlise e Discusso da Administrao sobre a Situao Financeira e os Resultados Operacionais da CEMIG e Anlise e Discusso da Administrao sobre a Situao Financeira e os Resultados Operacionais da Emissora deste Prospecto.

    A Garantidora uma sociedade de participao pura (holding), a qual tem como subsidirias integrais a Emissora e CEMIG GT. A principal fonte de receita da CEMIG provm da distribuio de dividendos ou juros sobre o capital prprio por suas controladas. Conseqentemente, a situao financeira e a capacidade de pagamento da Garantidora dependem dos negcios, situao financeira e dos resultados operacionais da Emissora, da CEMIG GT e das demais empresas controladas direta ou indiretamente pela Garantidora.

    Este Prospecto contm apenas uma descrio resumida dos termos e condies das Debntures e das respectivas obrigaes assumidas pela Emissora e pela Garantidora com relao Oferta. Para mais detalhes, os investidores devem ler a Escritura de Emisso.

    RISCOS RELACIONADOS A FATORES MACROECONMICOS

    O Governo Federal tem exercido, e continua a exercer, significativa influncia sobre a economia brasileira. As condies polticas e econmicas brasileiras podem afetar desfavoravelmente os negcios, condio financeira e o resultado operacional da Emissora, bem como sua capacidade de pagamento das Debntures.

    A economia brasileira tem sido marcada por freqentes e, por vezes, significativas intervenes do Governo Federal, que modificam as polticas monetria, de crdito, fiscal e outras para influenciar a regulamentao da economia do Brasil.

    As aes do Governo Federal para controlar a inflao e efetuar outras polticas envolveram no passado, dentre outras, controlede salrios e preo, desvalorizao da moeda, controles no fluxo de capital e determinados limites sobre as mercadorias e servios importados. Os negcios, condio financeira e resultados de suas operaes podem ser desfavoravelmente afetados em razo de mudanas na poltica pblica federal, estadual e municipal, referentes a tarifas pblicas e controles de cmbio, bem como por outros fatores, tais como:

    variao nas taxas de cmbio;

    controle de cmbio;

    inflao;

    flutuaes nas taxas de juros;

    liquidez no mercado domstico financeiro e de capitais e mercados de emprstimos;

    escassez de energia eltrica;

    instabilidade de preos;

    eleies para a Presidncia da Repblica e Governos Estaduais em 2006;

    poltica fiscal e regime tributrio; e

    medidas de cunho poltico, social e econmico que ocorram ou possam afetar o Brasil.

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  • A Emissora no tem controle sobre quais medidas ou polticas o Governo Federal poder adotar no futuro e no pode prev-las.

    A contnua evoluo da economia brasileira e as aes do atual ou futuro Governo Federal podem afetar desfavoravelmente os negcios, condio financeira e resultados das operaes da Emissora, bem como sua capacidade de pagamento das Debntures.

    A inflao e as medidas do Governo Federal para combater a inflao podem contribuir para a incerteza econmica no Brasil, afetando desfavoravelmente os resultados operacionais da Emissora, bem como sua capacidade de pagamento das Debntures.

    Historicamente, o Brasil teve altos ndices de inflao. Os ndices de inflao foram de 25,3% em 2002, 8,7% em 2003, 12,4% em 2004 e 1,2% em 2005, de acordo com o IGP-M. As medidas do Governo Federal para combater a inflao, combinadas com a especulao de futuras polticas de controle inflacionrio, contriburam para a incerteza econmica e aumentaram a volatilidade do mercado de capitais brasileiro. Futuras medidas tomadas pelo Governo Federal, incluindo ajustes na taxa de juros, interveno no mercado de cmbio e aes para ajustar ou fixar o valor do Real, podem ter um efeito material desfavorvel sobre a economia brasileira e os negcios da Emissora, bem como na capacidade de pagamento das Debntures.

    Caso o Brasil venha a vivenciar uma significativa inflao no futuro, possvel que a Emissora no seja capaz de ajustar as tarifas cobradas de seus clientes para compensar os efeitos da inflao em sua estrutura de custos, o que poderia aumentar seuscustos e diminuir suas margens lquidas e operacionais. Presses inflacionrias tambm podem afetar sua habilidade de acessar mercados financeiros estrangeiros e podem levar a polticas de combate inflacionrio, que podem prejudicar seus negcios ou afetar desfavoravelmente o valor de mercado das Debntures.

    A instabilidade na taxa de cmbio pode afetar desfavoravelmente os resultados das operaes da Emissora, bem como sua capacidade de pagamento das Debntures.

    A moeda brasileira tem historicamente sofrido freqentes desvalorizaes. No passado, o Governo Federal implementou diversos planos econmicos e fez uso de diferentes polticas cambiais, incluindo desvalorizaes repentinas, mini-desvalorizaes peridicas (durante as quais a freqncia dos ajustes variou de diria a mensal), sistemas de cmbio flutuante,controles cambiais e dois mercados de cmbio. As desvalorizaes cambiais em perodos de tempo mais recentes resultaram em flutuaes significativas nas taxas de cmbio do Real frente ao Dlar e outras moedas. Em 31 de dezembro de 2005, a taxa de cmbio entre o Real e o Dlar era de R$2,34 por US$1,00, o que representa uma valorizao do Real de 13,4% desde 31 de dezembro de 2004. Em 30 de junho de 2006, a taxa de cmbio entre o real e o dlar era de R$2,16 por US$1,00. No possvel assegurar que a taxa de cmbio entre o Real e o Dlar ir permanecer nos nveis atuais.

    As depreciaes do Real frente ao Dlar tambm podem criar presses inflacionrias adicionais no Brasil, que podem afetar negativamente a Emissora. As depreciaes geralmente dificultam o acesso aos mercados financeiros estrangeiros e podem incitar a interveno do Governo, inclusive com a adoo de polticas de recesso econmica. Contrariamente, a apreciao do Real em relao ao Dlar pode levar deteriorao da conta corrente e do saldo dos pagamentos do Brasil, bem como impedir o crescimento das exportaes. Alm disso, a depreciao do real com relao ao Dlar aumenta o custo de compra de eletricidade da Usina de Itaipu, uma das fornecedoras da Emissora, uma vez que esta corrige os preos da eletricidade parcialmente com base nos custos do Dlar. Qualquer situao mencionada acima pode afetar desfavoravelmente os negcios, a condio financeira e os resultados operacionais da Emissora, bem como sua capacidade de pagamento das Debntures.

    A Emissora est exposta a riscos decorrentes de aumentos nas taxas de juros e flutuaes na taxa de cmbio.

    Em 30 de junho de 2006, 77,6%de endividamento total da Emissora, ou R$1.605,5 milhes, estavam denominados em reais e indexados s taxas do mercado financeiro brasileiro, a taxas de inflao ou a taxas de juros flutuantes. Conseqentemente, se essesndices e taxas de juros subirem, as despesas financeiras da Emissora aumentaro. Em 30 de junho de 2006, parte da dvida da Emissora estava denominada em Dlares e, dessa quantia, 57,9%ou R$256,71 milhes, estavam protegidos contra a variao cambial e, como resultado de tal proteo, estavam sujeitos s variaes nos ndices de inflao no Brasil. Alm disso, parte do endividamentototal da Emissora, denominados em outras moedas estrangeiras no montante de R$19,17 milhes, em 30 de junho de 2006, no contavacom proteo cambial. Conseqentemente, se estas moedas se valorizarem em relao ao real, as despesas financeiras da Emissora paraessa parte da dvida tambm aumentaro. Se as despesas financeiras aumentarem significativamente como resultado de quaisquer desses fatores, a situao financeira da Emissora e seus resultados operacionais sero prejudicados.

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  • Restries sobre a movimentao de capitais para fora do Brasil podero prejudicar a capacidade da Emissora de cumprir determinadas obrigaes de dvida e de pagamento das Debntures.

    A lei brasileira permite que o Governo Federal imponha restries temporrias converso da moeda brasileira em moedas estrangeiras e remessa para investidores estrangeiros dos recursos de seus investimentos no Brasil sempre que houver um desequilbrio grave na balana de pagamentos brasileira ou motivos para que se preveja a ocorrncia de um srio desequilbrio. A ltima vez que o Governo Federal imps restries de remessa foi por aproximadamente seis meses em 1989 e no comeo de 1990. O Governo Federal poder tomar medidas semelhantes no futuro, caso julgue necessrio. A imposio de restries converso e remessa de divisas ao exterior pode prejudicar o acesso da Emissora aos mercados de capitais internacional, alm de impedi-la de efetuar pagamentos de suas obrigaes de dvida denominadas em moeda estrangeira. Como resultado, essas restries poderiam afetar adversamente a Emissora e sua capacidade de pagamento das Debntures.

    Mudanas na economia global e outros mercados emergentes podem afetar o acesso da Emissora aos recursos financeiros e diminuir sua capacidade de pagamento das Debntures.

    O mercado de ttulos e valores mobilirios emitidos por companhias brasileiras influenciado, em vrios graus, pela economia global e condies do mercado, e especialmente pelos pases da Amrica Latina e outros mercados emergentes. A reao dos investidores ao desenvolvimento em outros pases pode ter um impacto desfavorvel no valor de mercado dos ttulos e valores mobilirios de companhias brasileiras. Crises em outros pases emergentes ou polticas econmicas de outros pases, dos EstadosUnidos em particular, podem reduzir a demanda do investidor por ttulos e valores mobilirios de companhias brasileiras, inclusive pelas Debntures.

    Dada a caracterstica do setor eltrico (que exige investimentos significativos em bens de capital) e em virtude das necessidadesde financiamento da Emissora, caso o acesso ao mercado de capitais e de crdito esteja limitado, a Emissora poder enfrentar dificuldades de cumprir seu plano de investimentos e re-financiar suas obrigaes, afetando de forma negativa seus resultados.

    Crises polticas recentes no Pas podem afetar a economia brasileira e o mercado de valores mobilirios de emissores brasileiros.

    Nos ltimos meses, figuras do governo, parlamentares e dirigentes de partidos polticos, notadamente aqueles pertencentes ao partido do atual Presidente da Repblica, tm sido alvo de vrias alegaes de conduta antitica ou ilegal. Essas acusaes, atualmente sob investigao pelo Congresso Brasileiro e pela Polcia Federal, envolvem violaes a leis eleitorais e de financiamento de campanhas, influncia de dirigentes do governo e parlamentares em troca de apoio poltico e outros comportamentos supostamente antiticos ou corruptos. A Emissora no tem condies de avaliar o impacto que tais acusaes e investigaes possam ter sobre a economia brasileira. Os desdobramentos dessa crise podero afetar adversamente os negcios, fluxo de caixa e situao financeira da Emissora, bem como o impacto no mercado de valores mobilirios de emissores brasileiros, o que poder afetar negativamente sua capacidade de pagamento das Debntures.

    O Governo Federal est realizando uma reforma na legislao fiscal que poder acarretar aumento da carga tributria para as empresas brasileiras.

    O Governo Federal est implementando uma reforma na legislao fiscal que poder acarretar aumento nas alquotas de alguns tributos incidentes sobre as empresas brasileiras. A ttulo de exemplo, tome-se a COFINS, que, para as empresas que apuram a renda tributvel de acordo com a metodologia do lucro real, teve sua alquota elevada de 3% para 7,6%. Com relao s empresas do Setor Eltrico, aumentos de carga tributria so usualmente repassados aos consumidores mediante aumento das tarifas cobradas. Caso o aumento das tarifas em virtude desse repasse seja considervel, poder haver uma retrao no consumo de energia eltrica o que afetaria negativamente as receitas das empresas do Setor, inclusive da Emissora. Caso esse aumento no possa, por qualquer motivo, ser repassado aos consumidores de energia eltrica, a receita e o lucro dessas empresas (inclusive a Emissora) podero ser negativamente afetados.

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  • RISCOS RELATIVOS AO SETOR DE ENERGIA ELTRICA

    A Emissora e a CEMIG GT esto sujeitas a uma ampla legislao e grandes alteraes na rea regulatria, que ainda esto sendo implementadas pelo governo.

    Em 15 de maro de 2004, foi aprovada a Lei n 10.848 que alterou substancialmente as diretrizes do setor at ento vigentes e implementou o novo modelo do setor eltrico no Brasil (Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico), que promoveu profundas modificaes na estrutura do setor eltrico, dentre as quais (i) a alterao das regras sobre a compra e venda de energia eltricaentre as empresas geradoras de energia e as concessionrias, permissionrias e autorizadas de servio pblico de distribuio deenergia eltrica; (ii) novas regras para licitao de empreendimentos de gerao; (iii) a criao da CCEE e de novos rgos setoriais; e (v) a alterao nas competncias do Ministrio de Minas e Energia e da ANEEL. Nos termos da Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico, uma parcela significativa da energia futura comprada por empresas de distribuio dever ser adquirida em leiles pblicos anuais de todo o setor. Se os leiles pblicos no forem bem sucedidos, o governo poder estabelecer novos procedimentos de comercializao de energia, e a Emissora e a CEMIG GT no podero ter certeza a respeito do efeito de tais procedimentos sobre sua condio financeira e resultado operacional, o que, conseqentemente, pode afetar a capacidade de pagamento da Emissora e da Garantidora. A Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico continua sujeita a regulamentao, e, atualmente, tem sua constitucionalidade contestada perante o Supremo Tribunal Federal por meio das aes diretas de inconstitucionalidade n. 3090 e 3100 (ADINs). No existe ainda uma deciso definitiva sobre este mrito.

    O efeito das reformas sob a Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico, o resultado das ADINs e as futuras reformas no setor da energia so difceis de prever, mas podero ter impacto adverso sobre os negcios e resultado operacional da Emissora e da CEMIG GT, bem como em suas capacidades de acesso ao mercado financeiro e, conseqentemente, poder afetar a Garantidora. Para mais informaes vide Seo O Setor de Energia Eltrica no Brasil - O Novo Modelo para o Setor deste Prospecto.

    As tarifas cobradas pela Emissora so determinadas pela ANEEL, nos termos de seus Contratos de Concesso.

    A ANEEL estabelece, de acordo com uma frmula prevista nos Contratos de Concesso, as tarifas que a Emissora cobra de seus clientes, as quais esto tambm sujeitas ao poder regulador dessa Agncia. A ANEEL possui substancial poder discricionrio para estabelecer as tarifas que a Emissora cobra de seus consumidores. Os Contratos de Concesso de distribuio e a legislao brasileira estabelecem um mecanismode preo mximo, que permite trs tipos de ajustes tarifrios: (i) reajuste anual; (ii) reviso peridica; e (iii) reviso extraordinria. A Emissora est autorizada a aplicar, todos os anos, um reajuste anual cuja finalidade compensar alguns efeitos da inflao sobre as tarifas, e repassar aos clientes certas mudanas em sua estrutura de custos que fujam do seu controle, tais como o custo da energia comprada de seus fornecedores de energia, e encargos regulatrios, incluindo encargos para o uso de instalaes de transmisso e distribuio e variaes na taxa de cmbio sobre seus pagamentos Itaipu. Alm disso, a ANEEL conduz uma reviso peridica a cada cinco anos para identificar variaes nos custos da Emissora e definir um ndice baseado na sua eficincia operacional que ser aplicado sobre o ndice dos reajustes anuais da Emissora, e cujo efeito premiar a boa administrao dos seus custos e compartilhar quaisquer ganhos com os usurios dos servios de distribuio. A finalidade dessas revises de tarifa restabelecer um nvel tarifrio suficiente para cobrir (1) custos da energia comprada e outros custos no administrveis pela Emissora, (2) custos de operao e manuteno de uma Empresa de Referncia terica e (3) remunerao do capitalsobre sua base de ativos, usando uma metodologia de substituio de custos. A Emissora tambm tem o direito de requerer uma revisoextraordinria das suas tarifas se custos imprevisveis vierem a alterar significativamente sua estrutura de custos.

    No possvel assegurar que a ANEEL estabelecer tarifas que sejam favorveis Emissora e que permitam que ela repasse aos seus clientes todos os aumentos de custo. Alm disso, na medida em que quaisquer desses ajustes no sejam concedidos pela ANEEL em tempo hbil, como ocorreu em 2001 e 2002 em virtude do Racionamento, a condio financeira e os resultados operacionais da Emissora podero ser adversamente afetados.

    Adicionalmente, recentemente, o Tribunal de Contas da Unio encaminhou ANEEL solicitao para reviso da metodologia de clculoda reviso tarifria peridica das empresas do setor, por entender que ela no considera o benefcio fiscal do juros sobre capital prprio na formao da tarifa, e que, dessa forma, o reajuste tarifrio concedido deveria ter sido menor. Essa situao afeta no somente a Emissora, mas tambm todas as empresas concessionrias. A ANEEL, por outro lado, contratou os servios da Fundao Universitria de Braslia para avaliar a metodologia, no intuito de questionar a posio do Tribunal de Contas. Caso o desfecho dessa pendncia seja desfavorvel Emissoraa condio financeira e os resultados operacionais da Emissora podero ser adversamente afetados.

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  • A Emissora poder no conseguir repassar integralmente em suas tarifas os custos de suas compras de energia.

    A Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico determina que um distribuidor deve contratar antecipadamente, por meio de leiles pblicos, pelo menos 100% de suas necessidades de energia previstas para os cinco anos seguintes. A Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico estabelece as condies para o repasse dos volumes e preos de comercializao de energia. Se a energia contratada, incluindo aquela comprada pela Emissora nos leiles pblicos for inferior a 100% de sua necessidade de energia total, a Emissora estar sujeita a multas e poder no conseguir repassar a seus clientes todos os custos de compra adicional deenergia, que podero ser mais elevados no mercado vista. Se a energia contratada, incluindo aquela que a Emissora comprar no leilo pblico representar mais de 100% e menos de 103% da sua necessidade de energia total, a Emissora poder repassar a seus clientes o volume total da sua necessidade de energia.

    A Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico restringe, ainda, a capacidade da Emissora de repassar aos seus clientes o custo das compras de energia caso seus custos ultrapassem o Valor Anual de Referncia estabelecido pela ANEEL. Este valor baseado no preo mdio ponderado pago por todas as empresas de distribuio nos leiles pblicos de energia gerada por novas empresas, e a ser entregue de trs a cinco anos da data do leilo, e ser aplicado somente durante os trs primeiros anos aps oincio da entrega da energia comprada. Tendo em vista os inmeros fatores que afetam as previses de demanda de energia da Emissora, incluindo crescimento econmico e populacional, no possvel assegurar que a previso de demanda de energia da Emissora ser precisa. Se houver variaes significativas entre as suas necessidades de energia e o volume de suas compras de energia, os resultados das operaes da Emissora podero ser adversamente afetados.

    H obrigatoriedade de planejamento de mercado pelas empresas concessionrias e permissionrias de distribuio de energia eltrica.

    Conforme previsto no novo modelo do Setor Eltrico brasileiro, as empresas concessionrias e permissionrias de distribuio de energia eltrica devero planejar, com antecedncia de cinco anos, a compra de energia no mercado regulado necessria para o suprimento de seus consumidores nesse perodo. Somente so admitidos erros em referido planejamento em um montante mximo de 5%, o qual ser complementado mediante compra da energia adicional, aps licitao, por perodo mximo de dois anos de suprimento. Acima de tal limite, a empresa distribuidora no ter direito reviso tarifria para a aquisio da energiaadicional. Assim, a implementao do novo modelo do Setor Eltrico aumenta o risco das empresas que nele atuam (inclusive a Emissora), uma vez que eventuais erros no planejamento do mercado da Emissora podero acarretar a obrigao de aquisio de energia adicional por preo superior ao adquirido anteriormente, sem o direito de repasse desse custo para a tarifa cobrada. Paramais informaes vide Seo O Setor de Energia Eltrica no Brasil deste Prospecto.

    A atual estrutura do Setor Eltrico muito concentrada em gerao hidrulica, o que a torna sujeita a certos riscos.

    O setor eltrico brasileiro, muito concentrado em gerao hidrulica de energia, enfrenta uma restrio natural sua capacidadede gerao. As usinas hidreltricas no podem gerar energia alm da capacidade possibilitada pelos recursos hdricos do Pas. Grande parte da capacidade de gerao da CEMIG GT, bem como das principais fornecedoras da Emissora, hidrulica e depende, significativamente, do volume de gua das bacias dos rios em que se situam as usinas hidreltricas e pequenas centraishidreltricas. Fatores naturais podem afetar a capacidade geradora da CEMIG GT e das demais empresas geradoras de energia eltrica no Brasil, aumentando ou reduzindo o nvel de seus reservatrios. A limitao capacidade de gerao de energia eltrica pela CEMIG GT poder afetar adversamente seus resultados e condies financeiras e, conseqentemente, a capacidade de pagamento da Garantidora. Igualmente, restries capacidade de gerao de energia decorrentes da reduo do volume de gua das bacias dos rios em que se situam as geradoras de energia que fornecem energia para a Emissora podero prejudicar sua capacidade de aquisio de energia, afetando suas operaes e sua capacidade de gerao de receitas.

    A Emissora e a CEMIG GT podero ser punidas pela ANEEL por descumprimento de seus Contratos de Concesso e da regulamentao aplicvel.

    As atividades de distribuio da Emissora e de gerao e transmisso da CEMIG GT so realizadas de acordo com os seus respectivos Contratos de Concesso, cuja vigncia termina em 2016 para a Emissora, em 2015 para a atividade de transmisso da CEMIG GT e em 2035 para a atividade de gerao da CEMIG GT. Com base nas disposies dos Contratos de Concesso da Emissora e da CEMIG GT e na legislao aplicvel, a ANEEL poder a