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União salva vidas União salva vidas IRS DOS BOMBEIROS LEVA LIGA ÀS FINANÇAS ESTORIL AVEIRO-VELHOS Página 19 Página 22 Página 5 F EVEREIRO DE 2013 EDIÇÃO: 317 ANO: XXX 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA Constante aposta na formação

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Page 1: IRS DOS BOMBEIROS LEVA LIGA ÀS FINANÇAS · dividimos o mesmo esforço. A começar muito es - pecialmente pelos bombeiros. O socorro, acima de tudo, é a nossa razão de ser. Passem

União salva vidasUnião salva vidasIRS DOS BOMBEIROSLEVA LIGA ÀS FINANÇAS

ESTORIL

AVEIRO-VELHOS

Página 19

Página 22

Página 5

F e v e r e i r o d e 2 0 1 3 edição: 317 Ano: XXX 1,25€ director: rui rAmA dA SilvA

Constante aposta na formação

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2 FEVEREIRO 2013

Gerir com razão e coraçãoEsse é o segredo de tantos nós e, permitam-

-me, esse também é o meu testemunho, en-quanto dirigente, passadas mais de duas décadas de gestão da associação que me acolheu aos 14 anos e que me incutiu os princípios e o orgulho de envergar a farda de bombeiro.

Associar o coração à razão é o segredo que permite a muitos enquadrar e buscar as muitas soluções para ultrapassar as muitas dificuldades que avassalam as nossas associações de bombei-ros.

Razão e coração, à partida, até parecerão pos-turas e lógicas antagónicas mas a prática tem provado precisamente o contrário, ou seja, a complementaridade, o equilíbrio mútuo e a força anímica fundamental.

Sem um e o outro, razão e coração, dificilmen-te conseguiríamos vencer muitas etapas, ultra-passar muitas desilusões e muitos obstáculos cuja oportunidade e resistência, noutras circuns-tâncias, facilmente nos vergariam.

Sem um e outro dificilmente conseguiríamos ultrapassar as nossas próprias limitações, inde-pendentemente do seu teor, mas também optimi-zar as nossas capacidades.

Sem um e outro não seria fácil vencer as nos-sas dúvidas e receios ou, com tenacidade e hu-mildade, aprender a conviver com os insucessos mas também com os sucessos.

Para tudo isso, acredito, a razão e o coração tem ajudado a alcançar as respostas e as solu-ções possíveis e necessárias para que o dia a dia das nossas associações e a sua missão principal de assegurar o socorro tenha continuidade.

Uma qualquer colectividade cultural ou despor-tiva quando surge a crise limita-se a só abrir as portas quando pode e a desenvolver actividades quando consegue. Quando isso ocorre, natural-mente, todos lamentam mas não vem mal espe-cial ao mundo quando acontece. As associações de bombeiros, contudo, existem para ter as por-tas abertas e não podem funcionar como as ou-

tras instituições. A sua função obriga precisa-mente a isso.

Com o início de mais um ano, com a elaboração de novos orçamentos e na apreciação das contas do ano transacto tiram-se muitas conclusões. Com a análise claramente ditada pela razão mui-tos nem acreditarão terem conseguido vencer e aqui chegar, tais e tão desmesuradas foram as dificuldades a vencer. Mas o coração saberá expli-car a gana, a determinação que, tantas vezes, terão conseguido agigantar a nossa resistência e a capacidade de resposta para tal.

Em novo ano teremos as mesmas e, porventu-ra, novas dificuldades. E, aparte a experiência acumulada anteriormente na sua abordagem, poderão também surgir outros obstáculos. Aque-le com que mais dificilmente conseguimos convi-ver é sem dúvida o alheamento ou a indiferença, da própria comunidade, de alguns grupos ou de entidades cuja responsabilidade exigiria outra postura. Essa forma de solidão, com que tantas vezes convivemos, interpretada à luz da razão fa-cilmente nos levaria a “entregar as chaves”. Mas é à luz do coração que o nosso pensamento se altera e recupera a força e a vontade.

Acreditar naquilo que fazemos é o primeiro passo. O segundo passa naturalmente por quem nos acompanha, ou seja, pelas tropas que temos, ou não temos.

Tudo aquilo em que acreditamos faz a diferen-ça se associado também, à força dos que estão a torcer atrás de nós, que partilham ou com quem dividimos o mesmo esforço. A começar muito es-pecialmente pelos bombeiros.

O socorro, acima de tudo, é a nossa razão de ser. Passem as vaidades, o cerimonial ou os projectos individuais. Por isso, há uns que pas-sam por aqui e outros continuam a resistir a arrepio das dificuldades. Podemos não ser me-lhores que os outros mas somos, sem dúvida, diferentes.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

No dia 18 de Fevereiro foi pu-blicada no Diário da Repú-

blica a Portaria nº 76/2013, que “Estabelece os termos e condi-ções do Novo Programa Perma-nente de Cooperação”, instru-mento previsto na alínea a) do artigo 31º da Lei nº 32/2007 de 14 de Agosto, que define o regi-me jurídico das associações hu-manitárias de bombeiros (AHB).

Tal como se diz no preâmbulo deste diploma, ele resulta do “consenso entre o Estado e os parceiros do sector no sentido do mútuo reconhecimento da necessidade de rever o modelo de financiamento da actividade dos corpos de bombeiros”.

É de elementar justiça reco-nhecer que o modelo de apoio financeiro à AHB agora aprova-do melhora, substancialmente, o anterior. Para além da actuali-zação dos valores recebidos pelo conjunto das associações, destaca-se a racionalidade da fórmula utilizada para o efeito, facto que se saúda.

Para se chegar até à versão agora em vigor, foi preciso mui-to labor técnico e vontade poli-tica. Labor técnico da parte da Direcção Nacional de Bombei-

ros da ANPC e da equipa que em representação da Liga parti-cipou na construção deste di-ploma. Vontade política do Mi-nistro da Administração Interna e do Secretário de Estado do mesmo ministério, que viabili-zaram as soluções agora consa-gradas em lei.

Faço esta referência elogiosa porque em outras ocasiões cri-tiquei a falta de decisões para responder aos problemas das estruturas de bombeiros, num contexto de enormes dificulda-des e restrições. Não tenho uma lógica de terra queimada nem gosto de utilizar os Bom-beiros para outros fins que não sejam a defesa dos seus inte-resses.

Os valores investidos pelo Estado nas AHB têm um retorno garantido. A título de exemplo, cabe destacar os muitos indica-dores recolhidos através do Re-censeamento Nacional os Bom-beiros Portugueses (RNBP), ad-ministrado pela ANPC.

Diz-nos este importante ins-trumento de análise e estudo da realidade do sector de Bom-beiros que, em 2012, os 28.541 elementos inseridos no quadro

activo dos 413 corpos de bom-beiros voluntários do Continen-te, prestaram um total de qua-se 15 milhões de horas de ser-viço operacional comprovado. Este número representa uma média superior a 520/horas/bombeiro/ano de serviço opera-cional voluntário.

Outros dados são susceptí-veis de serem avançados em defesa da tese aqui exposta, aproveitando o rico manancial de informação que o RNBP hoje disponibiliza.

Oxalá que o tradicional se-cretismo que tem afastado a re-flexão técnica e cientifica do sector de Bombeiros, não impe-ça que se tire todas as conclu-sões possíveis que este precio-so instrumento de gestão e ac-ção politica responsável permi-te.

Se assim acontecer ganha toda a gente e, sobretudo, ga-nham os portugueses que são os principais destinatários de um Sistema de Protecção e So-corro, racional e qualificado, tendo por principais agentes os Bombeiros.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

Boas notícias!

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos comunicou-nos o falecimento do seu

subchefe do Quadro de Honra (QH) Henrique Correia da Silva Santos. A propósito, os Voluntários de Barcelinhos sublinham que o extinto, desde o seu alistamento na-quele corpo de bombeiros em 1971 até novembro últi-mo, data da sua passagem ao QH, “prestou sempre ser-viço efetivo na situação de atividade no quadro”, consti-tuindo um exemplo pela sua dedicação.

O subchefe Henrique Santos ingressou nos Bombeiros de Barcelinhos como aspirante em 1971 tendo sido pro-movido a bombeiro de 3.ª em fevereiro de 1972, a 2.ª em 1980 e a bombeiro de 1.ª em 86. Era detentor do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses bem como das medalhas de assiduidade da mesma confede-ração relativas a 15 e 30 anos de serviço. Era igualmente detentor da fita dos 5 anos e das medalhas de assiduidade da sua associação dos 10, 20, 30 e 40 anos.

BARCELINHOS

Associação mais pobre

O corpo de bombeiros dos Voluntários do Estoril perdeu recentemente o seu comandante do Qua-

dro de Honra (QH) e uma das figuras incontornáveis da história daquela instituição e do conjunto dos bombeiros voluntários do concelho de Cascais, Fran-cisco dos Santos Felício.

O comandante Felício, já octogenário, não deixava de ser presença diária no quartel, onde foi acolhido como cadete em 1947 e promovido a aspirante em 48.E foi ascendendo sucessivamente, a bombeiro de 3.ª (1954), a 2.ª (1958), a 1.ª (1959) e a subchefe em Abril 1975. Em Novembro desse ano foi nomeado adjunto de comando. Assumiu o cargo de segundo – comandante em 1980 e o de comandante em 83. Em 1997, o comandante Felício pediu a passagem ao QH.

ESTORIL

Adeus ao comandante Felício

Portugal, durante décadas, assumiu-se como um país de emigrantes, mais, recen-

temente, acolheu muitos imigrantes e, agora, mercê de uma crise difícil de enfrentar, volta a enviar para fora das suas fronteiras muitos homens e mulheres das mais diferentes faixas etárias, condição social e formação académi-ca. Emigrar nos tempos que correm deixou de ser uma alternativa e já é a única opção para milhares de portugueses.

O fenómeno é transversal e, assim sendo, também se começa a fazer sentir nos quartéis dos bombeiros de Portugal que nos últimos meses viram partir muitos dos seus voluntá-rios, operacionais válidos, cumpridores, devi-damente preparados, que tanta falta fazem no socorro e proteção das populações.

Comandos e direções de Norte a Sul do país analisam com preocupação esta situação que, em algumas associações, já está a criar cons-trangimentos. Em Braga, Vila Viçosa, Pinhal Novo e até em Lisboa a emigração está causar perdas que, se creem, irrecuperáveis.

Num destes dias, um comandante de um corpo de bombeiros do distrito de Setúbal dava conta da saída do seu quartel de uma dezena de voluntários, em apenas poucas se-manas, lamentando que a conjuntura não per-mita “segurar” estes operacionais, dar-lhes a oportunidade de escolher entre ficar na terra

natal ou zarpar para outras paragens à procu-ra de sustento… de uma vida.

Mesmo com todas as dificuldades, as asso-ciações humanitárias e corpos de bombeiros vão tentando contrariar a crise, dando empre-go a muitos homens e mulheres, apenas aos indispensáveis, bem menos do que seria real-mente necessário. Nesta ordem de ideias im-porta talvez relembrar que os voluntários ain-da asseguram o funcionamento de quartéis, nomeadamente à noite e aos fins de semana.

Poderá o nosso país, o seu povo, suportar o deficit de voluntariado? Será que este territó-rio tem um “plano b” para mitigar os efeitos do êxodo de portugueses abnegados, prontos a dar vida pelos outros, determinados a prote-ger e a salvar pessoas?

Sofia Ribeiro

[email protected]

Emigração retira voluntários dos quartéis

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3FEVEREIRO 2013

Um debate com substânciaCom a ocorrência de cri-

ses a tendência natural é para que os horizontes

tendam a estreitar-se. Então, renascem as descrenças, cres-cem as dúvidas, e as metas e perspetivas de futuro tendem a diminuir.

Assistimos, inclusive, ao fe-nómeno, também recorrente, da cristalização defensiva das posturas e dos procedimentos.

A meu ver, ao contrário, os tempos de hoje são de alargar horizontes, mesmo se contra a opinião e até a vontade de muitos.

Cabe-nos por cobro a redu-tores desafios de sobrevivên-cia e apostar na vontade ex-pressa e reiterada de relança-mento para uma nova etapa, um novo paradigma, tão forte e sentido como foram os mo-mentos vividos pelos fundado-res na criação das nossas as-sociações, muitas há mais de um século. Com a mesma con-vicção, frontalidade e honesti-dade intelectual que no passa-do e no presente sempre ani-maram as associações e cor-pos de bombeiros e animarão, no futuro, como objetivo prin-cipal e ancestral de socorro a todos.

Todos, enquanto cidadãos, munícipes, fregueses, estamos chamados a participar e a pro-nunciarmo-nos sobre o futuro da nossa sociedade. Haverá questões que, porventura, não estarão tão perto do nosso sentir, mas haverá outras em que a nossa participação e de-cisão serão fundamentais. A única dúvida é saber se a mu-dança se faz connosco ou sem nós e, por extensão, com ou sem as instituições que repre-sentamos.

Quando falamos das asso-ciações de bombeiros não fala-

mos de vontades particulares ou individuais. Falamos da soma delas. Falamos de algo muito próprio, muito específi-co que inequivocamente nas-ceu da vontade popular, sem artifícios de qualquer monta, com a certeza da missão, fruto da vontade e da decisão das bases.

Alguma mudança, alguma opção nesse domínio, natural-mente, terá que ter em conta os mesmos percursos e as mesmas sedes.

Bem podem os governos e o Estado querer, por si, ditar re-gras, definir limites ou impor exigências. No culminar desse

processo, se o fizerem contra a vontade, dos ricos e pobres, dos mais simples, até dos me-nos letrados, ou dos mais aca-démicos e doutorados, no final, estarão em confronto com os que, aparte as diferenças, tive-ram sempre em comum a von-tade de criar e desenvolver as suas associações de bombei-ros. No limite, não ter nada disso em conta, corresponderia ao apropriar de bens e valores alheios e ao condenável uso e valia dos mesmos. Mas acredi-to e aposto noutro caminho.

Cooperar com o Estado e com as autarquias, por isso, e como temos defendido, deve

passar por regras claras e, desde logo, pelo respeito mú-tuo. Importa fazer valer a res-petiva quota-parte e respeitar as dos restantes parceiros. Dentro dos conceitos do Esta-do, devem – o Poder Central, Poder Local e Associações – assumir parcerias sólidas e ob-jetivas, com opções realistas, que permitam a concretização dos legítimos anseios e neces-sidades das nossas comunida-des, mas só na exata medida em que cada um estiver ciente do seu papel, da sua respon-sabilidade e do respeito, de to-dos por todos.

Nos tempos que correm, na

presente crise que teima em querer estreitar os horizontes, esta parceria tem que ter a vontade, a arte e o engenho para precisamente fazer o contrário, ou seja, alargar e sedimentar os horizontes.

Mais do que meras inten-ções ou piedosas manifesta-ções de boa vontade, importa ações que façam crescer e for-talecer a parceria tripartida. Estamos nesse caminho e o destino final dele está depen-dente do quanto apostarmos nessa via. Desde logo, de-monstrado num debate com substância.

Temos uma memória coleti-

va a preservar, a respeitar e a fazer respeitar. E é precisa-mente em nome dela que de-vemos estar abertos e disponí-veis à mudança.

Mas há momentos em que aquilo que antes parecia óbvio e assumido tenha que ser de novo repetido num exercício de memória e reavivamento.

Será bom relembrar que as associações, longe de surgi-rem espontaneamente, nasce-ram da vontade dos cidadãos e das suas comunidades e que qualquer processo de mudan-ça, para ganhar consistência e oportunidade, acima de tudo deve ter isso em conta.

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4 FEVEREIRO 2013

A nova Comandante Distrital de Operações de Socorro de Se-

túbal, Patrícia Gaspar, visitou no passado dia 14 de fevereiro os Voluntários do Sul e Sueste – Barreiro, tendo a oportunidade de conhecer as valências do quartel e as características dos veículos, bem como constatar o grau de operacionalidade do corpo de bombeiros (CB).

Na ocasião, foi apresentada uma resenha histórica da cente-nária associação, bem como uma versão preliminar do relatório de atividades de 2012, o que permi-tiu dar a conhecer os últimos da-dos estatísticos em termos de in-tervenções do Corpo de Bombei-ros em matéria de proteção e so-corro, bem como em termos da formação ministrada durante o ano. Foi ainda apresentado o pla-no de atividades para o corrente ano, no qual se vincaram as iniciativas conducen-tes ao crescimento e à consolidação do quadro ativo do Corpo de Bombeiros, para além da forte aposta na formação.

A direção e o comando sensibilizaram a CODIS para as questões relacionadas com a sustentabi-lidade operacional e financeira, com particular enfoque na premente necessidade de criar no Corpo de Bombeiros uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP), a financiar em partes iguais pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e pela Câmara Municipal do Barreiro, na necessidade de evoluir de Posto de Reserva (PR) para Posto de

Emergência Médica (PEM) do INEM, para o que o CB cumpre integralmente e de forma consistente os requisitos estabelecidos, e na urgência em re-ver as bases de cálculo do Programa Permanente de Cooperação (PPC), que vigoram há vários anos, “não correspondendo de modo algum à re-alidade vigente do CB e constituindo um grave constrangimento à capacidade de investimento e manutenção dos equipamentos operacionais, quer a nível de viaturas de socorro, quer a nível de equipamento de proteção individual para os bombeiros”, segundo sublinha fonte da associa-ção.

BARREIRO

Nova CODIS visita Sul e Sueste

Uma comum reunião de trabalho transformou--se num momento de partilha e de afeto, em

jeito de homenagem ao comandante António Ma-chado, já depois de ter abandonado as funções de Comandante Operacional Distrital de Aveiro.

Este tributo que aconteceu em S. João da Ma-deira, com o apoio do presidente da câmara local, foi mais um pretexto para uma animada troca de impressões e de experiências mas também para balanços.

Os comandantes do distrito aproveitaram a ocasião para oferecer ao homenageado um retra-to do CODIS emoldurado com emblemas de to-das as associações do distrito.

ESMORIZ

Reconhecimentona hora da despedida

O ex-comandante distrital de socorro de Aveiro, António

Machado, foi alvo de uma ho-menagem promovida pela Fe-deração de Bombeiros do Dis-trito de Aveiro, onde estiveram presentes cerca de duas cente-nas de pessoas.

O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D´Ávila, também esteve presente e considerou que o comandante Machado “ é uma referência da proteção civil de Aveiro e do país”, razão pela qual “não podia deixar de vir”.

António Machado, antigo co-mandante de bombeiros, mui-tos anos comandante distrital da ANPC até outubro último por imperativo da aposenta-ção, encontrava-se rodeado dos dois filhos, João e Diogo Machado.

A homenagem, além do pró-prio presidente da Federação de Aveiro, comandante Gomes da Costa, e de outros dirigentes e elementos de comando de as-sociações e corpos de bombei-ros, contou ainda com a pre-sença do presidente da mesa dos congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, e do vogal do

conselho executivo, comandan-te José Luís Morais, do presi-dente da Câmara Municipal de Aveiro, do antigo presidente e atual presidente da assembleia--geral dos Bombeiros Aveiro-

-Velhos, o comandante distrital António Ribeiro, o coronel Car-rasset, em representação dos bombeiros franceses e, tam-bém, muitos outros amigos do homenageado.

AVEIRO

Homenagem a António MachadoO recém-nomeado comandante operacional na-

cional da Autoridade Nacional Protecção Civil (ANPC), José Manuel Moura, visitou o quartel dos Bombeiros Voluntários de Paredes. A visita, que contou também com a presença de outros ele-mentos do comando e da direcção da ANPC, per-mitiu a José Manuel Moura observar in loco as condições da única base de apoio logístico do dis-trito do Porto.

Recorde-se que existe uma base de apoio lo-gístico por distrito e que no Porto essa base está sediada no quartel dos Bombeiros de Paredes. Sobretudo na altura do Verão, este quartel fica preparado para acolher 150 bombeiros em trân-

sito para as localidades onde é necessário um re-forço de meios para combate aos fogos florestais.

Verdadeiro Olhar/ Roberto Bessa Moreira

PAREDES

Maior base logística do país recebe CONAC

Chama-se José Carlos dos Santos Teixeira, é coronel de Administra-

ção Militar, e já tomou posse como Di-retor Nacional de Recursos de Proteção Civil da ANPC. O militar, escolha pesso-al do presidente da ANPC, Manuel Cou-to, desempenhava até aqui funções de inspetor-adjunto da GNR.

O coronel José Carlos Teixeira é li-cenciado em sociologia e conta ainda com os cursos de Promoção a Capitão da Escola Prática de Administração Mi-litar e o Curso de Promoção a Oficial Superior do Instituto de Altos Estudos Militares. Prestou serviço em diversas unidades e estabelecimentos da GNR, nomeadamente no Comando Geral, nos Serviços Sociais, no Regimento de Infantaria, na Brigada Territorial N.º 2 e no Comando de Administração de Recursos Internos, e da sua folha de serviço constam vários louvores e me-dalhas. José Carlos Teixeira substitui

no cargo José Gamito Carrilho que na hora da saída enviou aos colaborado-res mais próximos uma carta de des-pedida à qual o jornal Bombeiros de Portugal (BP) teve acesso. Na missiva, enviada por correio electrónico, Gami-to Carrilho faz um balanço exaustivo e pormenorizado do seu trabalho na ANPC e lamenta que tenha sido infor-mado da substituição “sem que lhe te-nha sido apresentada” qualquer expli-cação.

Ainda relativamente à equipa de dire-tores nacionais da ANPC, o BP sabe que o novo Diretor Nacional de Bombeiros só será anunciado e nomeado quando for conhecido o futuro presidente da Escola Nacional de Bombeiros (ENB), isto por-que Susana Silva, sabe-se já, vai sair da ANPC para assumir um dos lugares na próxima equipa diretiva da ENB, deixan-do a equipa da Autoridade. José Olivei-ra, Diretor de Planeamento, continua em

funções. A Autoridade Nacional de Pro-teção Civil aguarda a todo o momento uma nova Lei Orgânica. A proposta da

ANPC está no gabinete do secretário de Estado da Administração Interna a ser ultimada. Filipe Lobo D’Ávila referiu em

declarações ao BP que a ideia é aprovar o documento até ao final do mês.

Patrícia Cerdeira

DIRETOR NACIONAL DE RECURSOS DE PROTEÇÃO CIVIL VEIO DA GNR

ANPC continua a arrumar a casa

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5FEVEREIRO 2013

GOVERNO ADMITE VENDER KAMOV

Everjets venceu concurso dos 25 helicópteros

Chama-se Everjets foi cria-da recentemente e é a empresa vencedora do

concurso lançado pelo Estado para a operação e manutenção de 25 helicópteros de combate aos fogos. Chega assim ao fim um longo e polémico processo adiado várias vezes por provi-dências cautelares e muita con-testação. A Everjets, sociedade de quatro empresas sedeada em Famalicão, venceu o con-curso público de cinco anos ao corresponder a uma das princi-pais exigências do caderno de

encargos, o mais baixo custo. Para trás fica um consórcio de três históricas empresas do ramo liderado pela Heliportu-gal. Ao que o ‘BP’ apurou junto de fonte ligada a todo o proces-so, a Everjets (Aviação Executi-va S.A.) vai pagar ao Estado português quase 40 milhões de euros, menos 1,4 milhões do que o valor apresentado pelo outro consórcio concorrente.

A decisão já tinha sido toma-da no final do ano passado mas os outros concorrentes deste concurso público recorreram à

justiça alegando “falsificação de documentação” o que fez arras-tar todo o processo. As acusa-ções do consórcio liderado pela Heliportugal de que a Everjet terá falsificado partes dos manu-ais de voo das aeronaves apre-sentadas a concurso acabaram por não surtir o efeito pretendi-do, a anulação do concurso.

Ciente de que os meios são precisos dentro de pouco tem-po, a EMA não recorreu da deci-são do tribunal evitando assim que o processo se arrastasse com prejuízos claros para a

operação deste ano em matéria de combate a fogos. Estes 25 helicópteros fazem parte de um lote mais vasto de 41 aerona-ves, cujo concurso para a priva-tização da operação ainda de-corre.

Mais complexa parece ser a situação dos KAMOV. Depois do concurso público lançado pelo estado ter ficado vazio, o exe-cutivo pondera “em último re-curso” a venda dos aparelhos. Entretanto a indefinição relati-vamente ao futuro da operação dos Kamov está a preocupar os responsáveis máximos da EMA, já que todo este cenário estará a provocar muita “inquietação”

junto dos pilotos. Numa altura em que a Turquia adquiriu vá-rios Kamov no mercado, fonte da EMA disse ao ‘BP’ que teme pela saída dos pilotos portugue-ses pois num mercado tão con-correncial a EMA “não terá ca-pacidade de competir” com as propostas de ordenados feitas por países estrangeiros aos pi-lotos credenciados e especiali-zados para pilotar este tipo de aparelhos.

Heliportugal está em falência técnica

A Heliportugal, concorrente derrotada no concurso público

das 25 aeronaves, garante que está em situação de fa-lência técnica. Desde 2010 que enfrenta em tribunal vá-rias queixas por dívidas que ultrapassam já os dois mi-lhões de euros. Uma delas é a uma empresa francesa que reclama mais de um milhão e 700 mil euros. A Heliportugal justifica a situação de incum-primento com o não paga-mento pro parte do Estado português. Ao que apurámos, estão em causa 13 milhões de euros que ainda não foram pagos e que se referem às missões do último semestre de 2012.

Definitivamente não está a correr da melhor forma o projeto do Governo para a gestão e operação dos meios aéreos do Estado.

Numa altura em que a EMA (Empresa de Meios Aéreos) continua por extinguir, devido aos vários contratempos com que o executivo

se tem confrontado, o Ministério da Administração Interna (MAI) continua sem resposta ao concurso lançado para a operação dos

cinco helicópteros pesados Kamov. Ninguém quer o negócio e sobre esta matéria, fonte do MAI disse ao ‘BP’ que em última

análise não restará outra alternativa que não a “venda das aeronaves. Esta semana, chegou entretanto ao fim o polémico

concurso para a operação dos 25 helicópteros de combate a incêndios. A Everjets ganhou à Heliportugal sendo que o consórcio

derrotado já disse que vai recorrer.

Texto: Patrícia Cerdeira

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

reuniu no passado dia 13 de fe-vereiro com o secretário de Es-tado da Finanças, reunião pedi-da pela Confederação com vista a garantir a isenção de IRS para todos os bombeiros voluntários que integram as ECIN. Falando aos jornalistas após a reunião com Paulo Núncio, Jaime Marta Soares disse ter notado que, “pela parte do Governo, há uma abertura muito grande às pro-

postas apresentadas”. “Esta é uma questão de justiça e de in-centivo ao voluntariado”, afir-mou Jaime Marta Soares, de-pois do encontro de cerca de 40 minutos, que contou também com a presença do secretário de Estado da Administração In-terna, Filipe Lobo D’Avila.

Os bombeiros vão fazer che-gar ao Governo a documenta-ção necessária e o presidente da LBP assegurou que saiu des-te encontro “confiante”. Os

ISENÇÃO FISCAL PARA ECIN

Liga reuniu com Ministério das FinançasEm contagem decrescente para mais uma época especial de incêndios, o presidente

da Liga dos Bombeiros Portugueses acredita que o Governo será sensível aos

seus argumentos e que isentará os bombeiros voluntários que integram as

Equipas de Combate a Incêndios Florestais (ECIN) das contribuições de IRS. Jaime Marta Soares reuniu com a equipa das

finanças e diz que sentiu “abertura” por parte do executivo para esta matéria.

Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

membros da equipa de comba-te a incêndios (ECIN) que tra-balham na época dos fogos flo-restais recebem cerca de 41 eu-ros por dia, isentos de impostos e segurança social, enquanto os funcionários assalariados das corporações, quando vão para o terreno após a hora de serviço e

em regime de voluntariado, veem o valor que recebem ser agregado ao salário e taxado. “Esta situação é inaceitável e injusta”, frisou o dirigente.

Antes mesmo deste encon-tro, a Liga dos Bombeiros Por-tugueses já tinha enviado uma carta a Vítor Gaspar dando con-

ta da atual realidade dos bom-beiros que integram as ECIN. Na missiva, datada de sete de fevereiro, a Liga descreveu todo o enquadramento dos bombei-ros que integram as ECIN subli-nhado as diferenças entre os bombeiros voluntários e os as-salariados.

O Ministério das Finanças analisa agora todos os argu-mentos apresentados pela Con-federação, aguardando a Liga uma resposta que possa clarifi-car, de uma vez por todas, a si-tuação dos elementos das ECIN em matéria de tributação em sede de IRS.

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6 FEVEREIRO 2013

Raridade recorda Salvadores Bombeiros1884. Situemo-nos no tem-

po e no espaço. Desde o início da segunda metade

do séc. XIX, Portugal vive uma importante dinâmica associati-va, sob influência dos ideais franceses resultantes da Revo-lução de 1848. O conceito de associação – auxílio na prote-ção aos cidadãos – ganha raízes no seio da sociedade, vendo-se traduzido, de grosso modo, na fundação de associações de classe e de associações de so-corros mútuos. Como se sabe, é neste contexto que despontam, também, as primeiras associa-ções de bombeiros voluntários do país. Lisboa, já pródiga nou-tros domínios do associativis-mo, dá o exemplo. Em 18 de Outubro de 1868 surge a pri-meiríssima Companhia de Vo-luntários Bombeiros, mais tarde denominada por Associação dos Bombeiros Voluntários de Lis-boa.

Entretanto, e ainda na capi-tal, verifica-se o aparecimento dos Salvadores Bombeiros do Grémio Humanitário de Portu-gal (SBGHP), aos quais perten-ceu a raridade de capacete que apresentamos, propriedade da Liga dos Bombeiros Portugue-ses.

A história dos SBGHP consti-tui algo de obscuro, conhecen-do-se muito pouco da sua reali-dade. Em princípio, resultaram de uma cisão na então Real As-sociação Humanitária dos Bom-

beiros Voluntários da Ajuda (fundada em 10 de Abril de 1880), corporação de onde transitaram, entre outros ele-mentos, para a novel formação, como simples voluntários, Car-los Luís Lugrin (1.º comandan-te) e José Baptista Ribeiro (2.º comandante).

Segundo consulta aos apon-tamentos manuscritos do co-mandante Amadeu César da Silva, à guarda do Núcleo de História e Património Museoló-gico, intitulados “Subsídios para a História do Serviço de Incên-dios de Lisboa – Parte II, 1868 a 1899”, os Salvadores Bombei-ros tiveram curta existência, num período da história que fi-cou marcado pela “febre do vo-luntariado”, escreve aquele es-tudioso. A sua sede situava-se no número 33 da Rua Poço do Borratem, na baixa lisboeta, junto à Praça da Figueira.

Tanto quanto conseguimos aprofundar, foram eleitos em assembleia geral reunida a 11 de Agosto de 1884, para os ór-

gãos dirigentes, duas destaca-das figuras da nata da socieda-de: José Dias Ferreira, profes-sor de Direito, jurisconsulto, político e maçom, mais tarde presidente do Conselho de Mi-nistros; e Augusto Bobone, fo-tógrafo (das Casas Reais de Portugal e de Espanha) e pintor.

Por sua vez, a entrega do co-mando recaiu na pessoa de França Neto, engenheiro civil de profissão.

Da intervenção dos SBGHP, consta que estes nunca mere-ceram a simpatia do Corpo de Bombeiros Municipais de Lisboa (CBML), supostamente, devido a questões de estatuto que du-rante décadas rivalizaram vo-luntários e profissionais. Pare-ce, até, que, por ocasião de um incêndio deflagrado na Rua dos Retroseiros, n.º 17, acorreram ao local, sendo, contudo, impe-didos de actuar, debaixo de conturbado clima.

De acordo com elementos dispersos, susceptíveis de uma interpretação que, talvez, não

se distancie muito dos reais acontecimentos, em 1886, a corporação desvinculou-se do Grémio Humanitário de Portugal e deu lugar a outra: a Associa-ção dos Salvadores Bombeiros Voluntários, sedeada na Rua das Portas de Santo Antão, 130 e 132, 1.º andar. Ao que tudo in-dica foi extinta no ano de 1888. Por ironia do destino, o seu ma-terial reverteu a favor dos Bom-beiros Voluntários da Ajuda.

Capacete histórico mas desvantajoso

Sobre o capacete, oferece--nos referir que se trata de um modelo tipo francês, semelhan-te ao dos bombeiros da Metro-politan Fire Brigade, antecesso-ra da London Fire Brigade, aprovado por Sir Eyre Massey Shaw (capitão), responsável pela introdução de várias inova-ções no serviço de incêndios do Reino Unido, com destaque para as célebres bombas a va-por e o uso do telégrafo na acti-

vação do alarme às estações de Londres. Chegou a visitar Lis-boa, assistindo a um exercício do CBML.”

Em 1881, o jornal “O Bom-beiro Portuguez” desaconselha-va o uso do capacete de metal, dando conta das respectivas desvantagens: “(…) tem o in-conveniente de ser muito mais pesado e o de deteriorar-se mais promptamente, accres-cendo ainda a circumstancia de ser mais difficil a limpeza”. Não obstante estas recomendações, três anos mais tarde e como se constata, continuava a merecer preferência, designadamente, dos SBGHP.

A finalizar, destaque-se o

pormenor do distintivo, de ins-piração maçónica, o qual traduz atitude de nobreza humana, na protecção do colectivo, aspecto este consagrado no brasão de armas que marca a nossa iden-tidade nacional. Tal significado está ainda patente num coração aposto na extremidade do or-nato em forma de crista, símbo-lo do amor altruísta e da fideli-dade, característica que arris-camos considerar de todo invul-gar, face a peças similares que conhecemos.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Albufeira (AHBVA) recebeu do Grupo Petchey Leisure, um che-que no valor de 5700 euros re-ferente ao ano de 2012, resul-tante de uma campanha que consiste em adicionar 1 euro à conta de cada cliente, aquando do “check out”.

Na sessão de entrega do che-que, os Voluntários de Albufeira agraciaram com um diploma os três hotéis da cadeia – Oura Praia Hotel, Clube Praia da Oura e Oura View Beach Club.

Fonte da associação defende

que esta ação que decorre des-de 2007, gerando muitas recei-tas para o quartel de Albufeira, deveria ser seguida por outras entidades do concelho.

ALBUFEIRA

Campanha continua a dar frutosA recém-criada Liga dos Ami-

gos dos Bombeiros da Lou-sã (LABL) deu importante in-cremento à já tradicional reco-lha de brinquedos e roupas promovida, na quadra natalí-cia, pelo Corpo de Bombeiros Municipais da Lousã.

Os contributos de cidadãos de várias regiões do distrito de Coimbra, permitiu apoiar as atividades de apoio social de várias instituições, nomeada-mente da Casa do Gaiato (Mi-randa do Corvo), da Quinta D. Pedro V (Vila Nova de Poiares), da Associação para o De-senvolvimento e Formação Profissional (Mi-

randa do Corvo) e ainda da Junta de Fre-guesia de Vilarinho

Em jeito de balanço, fonte da LABL reve-

la que “o ano de 2012 fica marcado por um aumento ex-ponencial de casos de famílias carenciadas, fruto da conjun-tura de crise, pelo que a inicia-tiva permitiu minimizar as difi-culdades de todos os que se debatem com este drama so-cial”.

A Liga dos Amigos dos Bom-beiros da Lousã, que agradece a todos os que participaram e colaboraram nesta recolha, es-pera poder continuar a contar

com o apoio da comunidade e, assim, “che-gar a mais Instituições e agregados familia-res”.

LOUSÃ

Liga de amigos apoia municipais

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7FEVEREIRO 2013

Permitir uma melhor gestão dos recursos disponíveis e garantir uma resposta ope-

racional mais eficaz é o objetivo do Agrupamento de Bombeiros do Médio Tejo Norte, que vai co-locar os municípios de Abran-tes, Constância e Mação a parti-lhar os meios materiais e hu-manos. Inicialmente, estava prevista a adesão dos Bombei-ros Municipais do Sardoal mas a autarquia não concordou com o teor do protocolo e adiou para já a adesão. A cerimónia de as-sinatura do protocolo de consti-tuição do Agrupamento de Bombeiros do Médio Tejo Norte teve lugar no passado dia 5 de fevereiro, na sede da Comuni-dade Intermunicipal do Médio Tejo, em Tomar, e contou com a presença do secretário de Esta-do da Administração Interna, Filipe Lobo D’ Ávila. Este é o pri-meiro agrupamento de bombei-ros a ser constituído no país, após a publicação da legislação que abre caminho aos agrupa-mentos.

O protocolo foi assinado por cinco outorgantes: Câmaras Municipal de Abrantes, Cons-tância e Mação e Associação Humanitária dos Bombeiros de Constância e Associação Hu-manitária dos Bombeiros de Mação. Este primeiro agrupa-mento tem por base o Decreto--lei 248/2012, de 28 de no-vembro que permite a criação de agrupamentos de bombei-ros que integrem uma parte ou totalidade dos elementos per-tencentes a diferentes corpo-rações e com áreas de inter-

venção contíguas. Na prática, se um incêndio se registar numa freguesia rural de Abran-tes, distante da sede de conce-lho, a corporação que é cha-mada a combater as chamas poderá ser a de Constância ou Mação.

A presidente da Câmara Mu-nicipal de Abrantes, que tem sido a principal mentora do pro-jeto, disse que a fusão de agru-pamentos de bombeiros em território contíguo vai permitir a “racionalização e partilha de re-cursos existentes e uma opera-cionalização distribuída por um território mais alargado”. Se-gundo Maria do Céu Albuquer-que, também responsável pela Proteção Civil em Abrantes, re-feriu que a atuação desta nova entidade inclui a prevenção e o combate a incêndios, o socorro e transporte de acidentados e

doentes, o exercício de ativida-des de formação e sensibiliza-ção e a participação em outras atividades de proteção civil. “No fim de contas, tudo se continua a processar de modo similar, mas com um compromisso cla-ro entre três autarquias para a partilha de meios e recursos”, vincou. Em declarações ao

BOMBEIROS DO MÉDIO TEJO NORTE

Já nasceu o primeiro agrupamentoOs bombeiros de Abrantes, Constância e

Mação vão começar a partilhar sinergias, numa lógica de economia de escala. A

assinatura do protocolo de constituição do primeiro agrupamento de bombeiros está já

concretizada e o objetivo é melhorar a gestão dos recursos disponíveis com vista a

uma resposta operacional mais eficaz.

Texto: Patrícia Cerdeira

Bombeiros de Portugal, o co-mandante dos voluntários de Constância, Adelino Gomes, lembra a atual realidade para explicar a aposta nesta nova solução: “Por declarada falta de meios, os Bombeiros Munici-pais de Abrantes não conse-guem responder a todas as so-licitações dentro da sua área de

intervenção, situação que leva os voluntários de Constância, Sardoal e Mação a fazerem quase 50 por cento do socorro naquele concelho. Por tudo isto era premente encontrar uma solução para o problema, e foi assim que surgiu o acordo que visa rentabilizar os meios e prestar socorro com maior ra-pidez redistribuindo o espaço dos quatros concelhos de for-ma a ganhar economia de es-cala”.

Por serem corpos de bom-beiros municipais, os bombei-ros do Sardoal e Abrantes não recebem, como determina a atual legislação, qualquer ver-ba do Programa Permanente de Cooperação (PPC) ou qual-quer comparticipação do esta-do. Refere Adelino Gomes que com este agrupamento agora criado, o território passa a ser “só um”, cenário que abre por-tas a novos apoios.

Em caso de sinistro com al-guma envergadura, as regras operacionais mantêm-se. Os meios sairão por proximidade

e a habitual triangulação que é feita pelo CDOS, ou pelas cen-trais dos corpos de bombeiros, continuará a ser “privilegiada”, explica o responsável opera-cional.

Questionado se este agrupa-mento é a resposta ao desafio do Governo que aponta para, em nome da rentabilização de recursos, uma nova geografia dos corpos de bombeiros em todo o país, Adelino Gomes clarifica: ”Esta ideia não é do Governo mas antes uma pro-posta antiga dos corpos de bombeiros do distrito de San-tarém que reivindicam este sistema há já quase cinco anos. O objetivo do distrito sempre foi o de acabar com áreas de atuação fechadas porque entendemos que as pessoas estão primeiro”.

Para o processo ficar conclu-ído o Governo deverá agora proceder à regulamentação da Lei nº 248 de novembro de 2012. Ou seja fica a faltar a portaria que regulamenta es-tes agrupamentos.

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Os Concursos Nacionais de Manobras de 2013, o 32.º Concurso para Bombeiros e o 31.º para Cadetes, vão decorrer em 1 e 2

de junho próximos, em Fátima. Em circular enviada às associações e corpos de bombeiros assinada pelo presidente do concelho exe-cutivo, comandante Jaime Soares, a Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) alerta para a necessidade do cumprimento dos prazos previstos nos respetivos regulamentos, nomeadamente para o en-vio atempado das fichas de inscrição até 12 de abril próximo. Nes-ta iniciativa, a LBP conta com o apoio da Câmara Municipal de Ourém.

“O conselho executivo da LBP continua a pugnar pela realização dos concursos nacionais de manobras, provas genuínas da nossa confederação,” refere-se na circular, sublinhando-se, muito positi-vamente, o crescente número de equipas concorrentes verificado ao longo dos anos, “desenvolvendo o são convívio desportivo e os laços de camaradagem entre bombeiros”.

MANOBRAS 2013

Concursos decorrem em Fátima

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8 FEVEREIRO 2013

O Conselho de Coorde-nação da Pró-Bola-

ma, da Guiné-Bissau, de-cidiu atribuir a categoria de membros honorários, à Câmara Municipal de Cascais, ao seu vereador Alexandre Faria, à Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais, ao seu vice-presidente da dire-ção, Vitor Neves, e ao seu comandante, João Loureiro.

Bolama está geminada com Cascais e é na sequência dos apoios dados pela autarquia cascalense àquele concelho da Guiné-Bissau, que os Bombeiros de

Cascais têm participado na parceria fa-cultando meios de socorro. Nesses meios inclui-se a oferta de duas viatu-ras, uma ambulância de socorro de ori-gem norte-americana e um veículo de apoio geral, bem como de diversos equipamentos.

CASCAIS

Bolama considera membros honorários

No âmbito de uma visita pastoral à vigararia Caldas/Peniche, o bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás da Silva Martins, esteve no quartel dos Voluntários de Peniche, onde se inteirou da história mas também da

atividade desta associação.

PENICHE

Bispo auxiliar no quartel

Os dois bombeiros dos Voluntários Lourosa, o oficial bombeiro de 2.ª

Armando Sousa e o bombeiro de 1.ª Ricardo Silva, vítimas de acidente em serviço no passa-do dia 22 de setembro, quando se deslocavam para um incên-dio florestal, continuam a ven-cer novas etapas da sua recu-peração.

Segundo os profissionais de saúde que os têm assistido é evidente a demonstração de notável força anímica e deter-minação dos dois para volta-rem rapidamente à atividade.

Armando Sousa foi submeti-do com êxito a mais uma inter-venção cirúrgica. Esteve inter-nado no Hospital de Santa Ma-ria - Porto de 28 de janeiro a 12 de fevereiro, onde foi seguido por cirurgia plástica e ortope-

dia. Apesar ainda da total de-pendência de terceiros para a sua mobilidade, Armando Sou-sa considera que este é mais um duelo ganho na longa e pe-nosa “batalha” que trava desde o fatídico acidente. O interna-mento ficou ainda marcado pela comemoração do aniver-sário deste jovem, que acom-panhado pelos pais, familiares, camaradas, amigos e pessoal médico celebrou de forma dife-rente os seus 26 anos.

O bombeiro Ricardo Silva mantém sessões de fisiotera-pia diárias com recuperações visíveis ao nível do joelho es-querdo mas ainda com compli-cações na recuperação do joe-lho direito e ombro esquerdo. Ricardo Silva, mostra-se con-tudo confiante na sua total re-cuperação, continuando a ser

acompanhado no Hospital de Santa Maria - Porto por ortope-dia.

Estes dois operacionais, re-ceberam no passado dia 7 de fevereiro a visita do coman-dante operacional nacional da ANPC, José Manuel Moura,

acompanhado pelo comandan-te operacional distrital de Avei-ro, António Ribeiro e pelo co-mandante do Corpo de Bom-beiros de Lourosa, José Carlos Baptista. No caso de Armando Sousa, dada a sua situação clí-nica, esta visita ocorreu nas

instalações do hospital, en-quanto que Ricardo Silva rece-beu essa mesma visita no quartel dos Voluntários de Lou-rosa.

José Manuel Moura fez ques-tão de se inteirar do estado clí-nico dos operacionais bem

como dar-lhes uma palavra de incentivo nas suas recupera-ções.

“Para estes dois Homens, o sonho de regressar ao ativo continua bem aceso”, adian-tou-nos o comandante José Carlos Baptista.

LOUROSA

Bombeiros recuperam com ânimo

Miguel Pratas foi recentemente empossado como novo comandante da Associação Humanitária de Bombeiros

Voluntários de Góis.O salão nobre da associação encontrava-se repleto de as-

sociados, bombeiros e amigos da instituição para a tomada de posse do novo responsável operacional, que após ter as-sinado o ato de posse e recebido os respetivos galões, to-mou uso da palavra enaltecendo o corpo ativo, o seu traba-lho e entrega à causa dos bombeiros portugueses.

As necessidades de equipamento de proteção individual e de mais formação na área dos incêndios urbanos e indus-triais foram apontadas pelo novo comandante, que subli-nhou, no entanto, o empenho da direção na requalificação das unidades operacionais de Góis e secção de Alvares.

“A experiência, determinação e capacidade de liderança” foram algumas das qualidades que o 2º comandante distri-tal Paulo Palrinha atribuiu ao novo comandante, aliás salien-tadas por outros oradores, nomeadamente, pelo presidente da direção Jaime Garcia e pelo comandante António Simões presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra.

Maria de Lurdes Castanheira, presidente da Câmara Mu-nicipal de Góis elogiou o trabalho dos soldados da paz, di-zendo que na autarquia se encontra em estudo uma forma de incentivo aos jovens bombeiros, ao mesmo tempo que confirmou a intenção de manter todo o apoio financeiro pos-sível à associação.

Sérgio Santos

GÓIS

“Experiência, determinação e capacidade de liderança”

O salão nobre dos Bombeiros Voluntá-

rios de Pampilhosa aco-lheu a cerimónia de to-mada de posse, por “competência própria”, do 2.º Comandante Fernando Marques Abrantes dos Santos que até à data exercia a função de adjunto de comando, tendo sido nomeado para o cargo pela direção da associa-ção humanitária, por proposta da comandan-te Paula Ramos, que escolheu, ainda, para adjunto de comando o bombeiro de 1.ª António Miguel Silva Marques.

Marcaram presença na sessão bom-beiros, dirigentes mas também Antó-nio Ribeiro, comandante operacional do distrito de Aveiro, o coronel Albu-querque Pinto, representante da fede-ração dos bombeiros do distrito e ain-da os presidentes da câmara municipal

e da junta de freguesia, entre outras entidades convidadas.

Este é segundo a nova e reforçada estrutura um mandato marcado pela expectativa de responder às exigên-cias inerentes ao “bom socorro à popu-lação”, mas também de garantir “uma liderança digna dos Bombeiros da Pampilhosa”.

PAMPILHOSA

Estrutura de comando completa

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9FEVEREIRO 2013

O Instituto Nacional de Emergência Médi-ca (INEM) e a Escola Nacional de Bom-

beiros (ENB) já assinaram o Contrato Pro-grama referente ao plano de formação para 2013 no que diz respeito às áreas de Tripu-lante de Ambulância de Socorro (TAS) e re-certificações TAS Nível II. Com base no con-trato assinado, o INEM irá realizar vários laboratórios de formação de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Exter-na a formadores de cursos TAT. A ENB tem à sua responsabilidade oito cursos de for-mação de TAS e 25 cursos de formação TAS Nível II. Já o INEM realizará 35 Laboratórios de formação de SBV e DAE para formadores de curso TAT, em Lisboa, Porto e Coimbra, até ao final do primeiro semestre de 2013.

Ainda segundo o acordo assinado no pas-sado mês de janeiro, o INEM pagará à Esco-la cerca de 88 mil euros pela formação mi-nistrada. Os laboratórios de formação mi-nistrados pelo INEM terão um custo de 187

euros por ação. A Escola pagará no total 6.545 euros.

Patrícia Cerdeira

CONTRATO PROGRAMA 2013

Formação partilhada

O presidente do Instituto Na-cional de Emergência Médi-

ca (INEM) foi questionado na Comissão Parlamentar de Saú-de sobre uma recente polémica que aponta para falhas do siste-ma informático desenvolvido para passar o registo clínico do doente do CODU para os profis-sionais no terreno – Mobile Cli-nic, falhas que segundo a res-ponsável do INEM da zona Cen-tro podem provocar falhas gra-ves na hora de socorrer. O responsável máximo do Institu-to admitiu que essas falhas existem, mas negou que as

mesmas condicionem o socor-ro. “O socorro não está condi-cionado, porque o INEM não de-pende exclusivamente do siste-ma informático”, afirmou, expli-cando que existem os recursos alternativos do telemóvel e do rádio, ambos na posse de todas as equipas. As ambulâncias, carros médicos e helicópteros de emergência médica comuni-cam com as centrais 112 do INEM através de computador. O equipamento, chamado Mobile Clinic, foi criado de forma a per-mitir a transmissão rápida dos sintomas de risco dos doentes e

indicar aos meios de emergên-cia a rota mais rápida para che-gar a ele, como um bom GPS. Mas ao que parece o Mobile Cli-nic parece não estar a funcionar de forma eficaz. Há denuncias de que os computadores blo-queiam, demoram tempo a rei-niciar e, pior ainda, muitas ve-zes nem sequer recebem os alertas da central 112, induzin-do em erro os operadores tele-fónicos emergência, que julgam ter ativado ambulâncias que, afinal, não chegam a receber qualquer informação.

Uma Ordem de Serviço, emi-

CARTA INTERNA ALERTA PARA “ATRASOS INEXPLICÁVEIS”

Presidente do INEM admite falhas técnicas mas garante eficácia

O presidente do INEM negou, no passado dia 13 de fevereiro, a in-

tenção de retirar meios de socorro das ruas, afirmando que vai aumentar em número as viaturas de emergência rá-pida e as de suporte imediato de vida e apostar na formação de técnicos.

Ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde, Miguel Oliveira afirmou que vai dotar este ano os hospitais do Bar-reiro e Amadora-Sintra com Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), passando das atuais 42 para 44.

As ambulâncias de Suporte Ime-diato de Vida (SIV), que em 2012 cresceram 30 por cento em quantida-de, vão passar das atuais 33 para cerca de 40 este ano, sendo objetivo do INEM alargá-las a todos os servi-ços básicos. O presidente do instituto sublinhou a cobertura do interior do país que foi conseguida com estas ambulâncias. No que respeita aos profissionais, o responsável afirmou a intenção de “cada vez apostar mais na rede diferenciada, com médicos e enfermeiros no terreno em VMER e SIV.

Exemplo desta aposta é a forma-ção feita a cerca de 700 profissionais de saúde, apontou. Por outro lado, referiu, o INEM vai investir em mais e melhor formação de Técnicos de Am-bulância de Emergência (TAE) e de bombeiros, que são os profissionais das 400 ambulâncias de Suporte Bá-sico de Vida (SBV) espalhadas por todo o país.

“Não é possível ter médicos em to-das as ambulâncias, pelo que deve-mos dotar os técnicos que lá estão com técnicas de ‘life saving’”, disse Miguel Oliveira, acrescentando que-rer “aumentar a probabilidade de fa-zer sobreviver”. O aumento das com-petências dos TAE visa melhor habili-tá-los a salvar vidas no limite, antes do tempo que demora a chegar um médico, sublinhou, rejeitando que es-teja a substituir em funções profissio-nais mais habilitados por outros me-nos habilitados.

Rejeitando o provérbio ‘quem não tem cão caça com gato’ referido pelo deputado João Semedo, o presidente do INEM garantiu que continua a

apostar nos cães e a “comprar cães de boa raça”.

O responsável lançou mesmo um apelo: “Peço à Ordem dos Médicos, à Ordem dos Enfermeiros e aos deputa-dos que me deixem pôr os TAE a salvar vidas, porque se não aumentarem es-tas competências, há uma série de vi-das que não vão ser salvas”.

Miguel Oliveira negou ainda que fos-se cobrado dinheiro pela formação, su-blinhando que tem feito por aumentar a formação e alterar o modelo, de forma a torná-la mais abrangente, nomeada-mente passando-a para o horário pós--laboral.

Comentando acusações de que o INEM piorou desde que saíram enfer-meiros do CODU (Centros de Orienta-ção de Doentes Urgentes), Miguel Oli-veira disse não haver dados que apon-tem para isso e lembrou que este servi-ço continua a ter a coordenação feita por médicos, com vários médicos por turno.

Questionado pelo deputado socialista Manuel Pizarro sobre a existência de um helitransporte em Macedo de Cava-leiros e nenhum a cobrir o norte o país,

Miguel Oliveira reafirmou a sua inten-ção de o colocar em Vila Real. Lem-brando que a zona litoral norte do país está bem coberta com meios terrestres,

o presidente do INEM considera que um helicóptero em Vila Real faz a cobertura necessária de toda a região norte.

Patrícia Cerdeira

AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DE SAÚDE

INEM vai manter equipas e reforçar viaturas

tida pela médica Regina Pimen-tel, diretora regional do Centro do INEM, para os coordenado-res e supervisores das centrais de emergência, datada de 28 de novembro, prova a existên-cia de graves atrasos no socor-ro por falha do equipamento Mobile Clinic. “Meus caros: sempre que se aciona um meio pelo mobile, está escrito que deve ser confirmada a receção do evento. Este procedimento não está a ser feito. Podem di-zer-me que há muito trabalho, mas haverá muito mais se o evento não chegar onde deve, a ambulância não sair para o lo-cal, a vítima morrer, irmos to-dos a tribunal ou sermos postos nos disponíveis ou na rua com um processo. Todos sabem que o Mobile não está fiável ainda, os fluxos vieram trazer celeri-dade ao envio de meios e nós não temos a certeza que o meio foi! Não estamos afazer bem o

nosso trabalho. Há atrasos no socorro inexplicáveis. Isto não é um conselho, porque esse já o dei há muito tempo. É uma or-dem e é para cumprir a nível nacional”, lê-se na comunicação interna a que o ‘BP’ teve aces-so.

Questionado diretamente pelo ‘BP’ sobre esta situação, o INEM respondeu com o comuni-cado da Comissão de Trabalha-dores no qual esta estrutura es-clarece que a notícia avançada pela TVI assenta em pressupos-tos “falsos” e reveste um cará-ter “injustificadamente alarmis-ta”. No mesmo email dirigido à nossa redação, o INEM dá a co-nhecer uma carta enviada ao Instituto pelos Bombeiros Vo-luntários do Dafundo na qual o comandante Carlos Jaime ma-nifesta o “profundo repudio” pelo conteúdo das noticias vin-das a público. No último pará-grafo o responsável operacional

refere mesmo que “eventuais anomalias pontualmente dete-tadas, e ao que sabemos em face de resolução com a atuali-zação de software, nunca colo-caram em causa a prestação de socorro”.

O Mobile Clinic e o GPS Navi-gator foram adquiridos em 2007 e nos dois primeiros anos custou um milhão e trezentos mil euros. Mas foi colocado na prateleira precisamente devido à falta de qualidade. No relató-rio e contas de 2011, a adminis-tração do INEM explica que o equipamento foi colocado em testes mas que não era de todo fiável, tendo sido descontinua-do.

No primeiro semestre de 2011, contudo, o INEM decidiu colocar o equipamento em to-das as suas ambulâncias, car-ros médicos e helicópteros de emergência.

Patrícia Cerdeira

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10 FEVEREIRO 2013

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11FEVEREIRO 2013

O distrito de Vila Real tem em curso um investimento de 7,5 milhões

de euros na construção ou remodela-ção de quartéis de bombeiros, aquisi-ção de viaturas combate a incêndio ou equipamento para a neve. Segundo dados do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT), fo-ram aprovadas 17 candidaturas no distrito, com um investimento total de 7,5 milhões de euros, comparticipados pelos fundos comunitários em 6,4 mi-lhões de euros.

No âmbito dessas candidaturas, foi já inaugurado o novo quartel dos bom-beiros de Favaios, concelho de Alijó,

que custou cerca de 900 mil euros. “Nós vivíamos em 80 metros quadra-dos e era impossível continuar a viver lá”, afirmou Joaquim Barros, presiden-te da direção dos Bombeiros de Fa-vaios.

No velho edifício, os espaços são exíguos, as camaratas não possuem condições e só havia espaço para apar-car duas das nove viaturas da corpora-ção. Joaquim Barros referiu ainda que o quartel antigo vai ser vendido por 60 mil euros e que a verba resultante do negócio servirá para ajudar a pagar o investimento no novo edifício.

Esta obra contou ainda com um

apoio financeiro da Câmara de Alijó e da Adega de Favaios. Porque não é al-tura para gastos desnecessários, Joa-quim Barros referiu que o novo quar-tel “é 100 por cento operacional” e “sem luxos”. Depois de concluído este sonho antigo, o responsável salientou que a grande preocupação da corpo-ração se volta agora para a “falta de voluntários”, referindo que pelo me-nos 10 tiveram que emigrar nos últi-mos anos. Em 2012, no distrito, fo-ram inauguradas as obras de requali-ficação dos edifícios dos bombeiros de Peso da Régua e da Cruz Verde, no concelho de Vila Real. Em janeiro, foi

a vez da corporação da Cruz Branca, também em Vila Real, inaugurar o novo quartel que resultou de uma candidatura no valor de 1,25 milhões de euros, comparticipada em 85 por cento.

Ainda este mês, foram os bombeiros da Salvação Pública de Chaves que se mudaram para a nova casa. Há ainda investimentos em curso nas corpora-ções de Carrazedo de Montenegro (Valpaços), Murça, Sabrosa e, recente-mente, foi lançada a primeira pedra da construção do quartel de Vila Pouca de Aguiar.

Outras corporações como Boticas,

Cerva, Ribeira de Pena ou Valpaços op-taram por adquirir novas viaturas para combate a incêndios.

No âmbito do POVT, foram ainda aprovadas duas candidaturas para aquisição de equipamento específico para a neve.

O município de Vila Real foi o chefe de fila de uma dessas candidaturas, com um financiamento total de 884 mil euros, dos quais 752 mil euros são de fundos comunitários, que permitiu do-tar 17 municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro de equipamento para res-ponder a episódios de neve.

Patrícia Cerdeira

DISTRITO DE VILA REAL

Investimento de 7,5 milhões em bombeiros e proteção civil

Foi publicado, no passado dia 18 de fevereiro em Diário da República, o novo regime de

apoio financeiro às associações humanitárias de bombeiros que assenta em indicadores de risco e de desempenho. Regime que a própria Liga dos Bombeiros Portugueses sublinha ser transi-tório, conforme acordado com o Governo, e que não dispensa um novo regime assente em no-vas bases que reproduzam melhor a realidade operacional e técnica das associações e corpo de bombeiros e as respetivas áreas de interven-ção.

Para o cálculo deste regime deixam de ser

tidas em conta as intervenções com o código 4000, 7000 e 8000, não obstante a LBP consi-derar que não é uma questão fechada e que no regime definitivo entende que essa questão de-verá ter outro tipo de abordagem.

A portaria estabelece os termos e as condi-ções do novo Programa Permanente de Coope-ração (PPC), que visa “apoiar de modo regular o desenvolvimento permanente das missões” dos corpos de bombeiros.

Esta norma legal corresponde ao “reconheci-mento, pelo Estado, da essencialidade da ativi-dade dos corpos de bombeiros detidos pelas as-

sociações humanitárias, no quadro da proteção civil”, refere o documento.

Segundo a portaria, o apoio financeiro atribu-ído anualmente pelo Estado aos corpos de bom-beiros tem por base o PPC atribuído em 2011 a cada corporação, risco do concelho, ocorrências e número de elementos de cada associação hu-manitária.

O Estado atribui também a cada corporação 4.894 euros, apoio financeiro de montante igual para todas as associações humanitárias de bom-beiros para garantir “a estabilidade e coesão” na atividade de proteção e socorro. O novo modelo

estabelece igualmente que no PPC de 2013 se ve-rifique um crescimento mínimo de 2500 euros por corporação e que a verba a atribuir não seja infe-rior ao PPC de 2011. A portaria adianta que cabe à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) transferir, em duodécimos, o apoio financeiro e que o valor destinado ao Fundo de Proteção Social dos Bombeiros, a transferir anualmente para a Liga dos Bombeiros Portugueses, seja o equiva-lente a três por cento do montante anualmente transferido para as associações humanitárias.

O novo PPC garante ainda um crescimento mínimo para 2014 e a atualização dos critérios.

NOVO MODELO DE FINANCIAMENTO

PPC reforçado em 2500 euros

O presidente do conselho executivo da Liga dos

Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soa-res, elogiou a simplicidade ar-quitetónica e a funcionalidade do novo quartel dos Bombei-ros Voluntários de Favaios, Alijó, durante a sessão solene que sucedeu à cerimónia de inauguração daquela infraes-trutura.

O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real, Fernando Queiroga, salientou também que o edifí-cio não apresenta luxos e que está apetrechado com todos

os elementos essenciais para que a associação possa conti-nuar a socorrer as populações.

A inauguração do novo quartel foi presidida pelo mi-nistro da Administração Inter-na, Miguel Macedo, e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, do coman-dante distrital de operações de socorro e outros dirigentes e elementos de comando de as-sociações congéneres. O mi-nistro fez questão de apontar esta obra como exemplar, ten-do em conta o facto de não ter sofrido qualquer derrapagem

orçamental e já se encontrar integralmente paga.

Na oportunidade, por pro-

posta dos Voluntários de Fa-vaios, foram distinguidos pela LBP, com o crachá de ouro, o

presidente da Autarquia, e com a medalha de serviços distintos, grau ouro e cobre,

respetivamente, os beneméri-tos, Mário João Leal Monteiro e Nuno Ricardo Gomes Madeira.

FAVAIOS

Presidente da LBP elogia funcionalidade

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12 FEVEREIRO 2013

O Agrupamento de Bombeiros da Cidade de Espinho vai nascer no próximo domingo, 24 de fevereiro, durante a

cerimónia comemorativa do 85.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Espinhenses.

A cerimónia de assinaturas dos estatutos do Agrupamento conta com a presença do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, do presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, do presidente da Federação de Bombeiros do Distri-to de Aveiro, comandante Gomes da Costa, do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major general Manuel Couto, do presidente da assembleia municipal de Espinho e líder parlamentar social democrata, Luís Montenegro, do presidente da Câmara Municipal, Pinto Moreira, e dos diri-gentes e elementos de comando das duas associações de bombeiros locais, Voluntários de Espinho e Voluntários Espi-nhenses.

Ainda integrado nas comemorações do 85.º aniversário dos Espinhenses, irá proceder-se à inauguração de um veí-culo tanque tático urbano, comparticipado pelo QREN, e à atribuição de diversas condecorações, incluindo cinco cra-chás de ouro da LBP.

ESPINHO

Agrupamento entre associações avança

O jornal Bombeiros de Por-tugal esteve, recente-mente, em Arouca para

conhecer o trabalho desenvolvi-do pelos bombeiros da cidade e que, aliás, se distingue e mere-ce reconhecimento no distrito de Aveiro.

As honras desta casa ficam por conta do presidente da dire-ção, Dario Tomé da Conceição, e do comandante Floriano Pinho Duarte, dois homens desde sempre ligados à instituição onde assumem o papel princi-pal não só como gestores mas, também, como orgulhosos - quase bairristas - arautos do voluntariado e do associativis-mo.

Falam com orgulho do traba-lho desenvolvido, da adminis-tração rigorosa do património humano e material, que tem permitido fomentar o cresci-mento da instituição e a adap-tação a novas realidades e exi-gências.

Revelam-nos que, há cerca de um ano, o quartel dos Volun-tários de Arouca foi renovado e ampliado em cerca 900 m2, empreitada que contemplou a expansão das áreas de parque-amento de viaturas e a instala-

ção de uma nova central. Esta intervenção que “não ficou mui-to cara”, conforme faz questão de dizer o presidente, permitiu ainda recolocar alguns serviços e criar novas áreas para a aco-lher várias valências.

“Neste momento temos a nossa casa devidamente orga-nizada Estamos muitíssimo bem equipados, tanto em ter-mos de viaturas mas também em equipamentos de proteção individual”, considera o coman-dante Floriano Pinho Duarte.

Mas nem tudo é perfeito e em matéria de lacunas o responsá-vel operacional declara, crítico, não ser aceitável que “um dos maiores concelhos florestais do distrito de Aveiro, não disponha de Equipa de Intervenção Per-manente (EIP), situação que justifica com “a recusa do presi-dente da câmara municipal em

assumir esses encargos”, obri-gando os voluntários a assegu-rar essa estrutura com os fun-cionários da casa, que aliás me-recem os maiores elogios do comando e direção.

“O serviço noturno, os feria-dos e os fins de semana são as-segurados por voluntários que dão muito apoio à associação. Felizmente, em Arouca o volun-tariado ainda funciona. Aqui está sempre gente a aparecer, isto é uma família”, diz o co-mandante adiantado que “até mesmo os bombeiros assalaria-dos, apenas nove, estão sem-pre dispostos a dar horas. Nun-ca se negam a fazer qualquer serviço”.

Este “espírito de missão” e admiração pelo trabalho dos bombeiros parece “entranhado” nos arouquenses que começam muito novos a frequentar o

quartel. Atualmente, a escola conta com 46 infantes, a que se juntam mais 12 estagiários prestes a ingressar no corpo ativo e a integrar de pleno direi-to esta enorme família.

A formação é sem dúvida umas das grandes preocupa-ções do comando que defende que só operacionais bem prepa-rados podem agir eficazmente nos diferentes teatros de opera-ções.

Integram o corpo ativo dos Voluntários de Arouca 90 bom-beiros que desde o ano passado dispõem de centro de formação em Canelas, um polo com capa-cidade e condições para acolher 19 operacionais e ministrar for-mação no âmbito de fogos ur-banos/industriais e operações de desencarceramento de sinis-trados.

Instalado na antiga escola

Centro de formaçãoVitalidade,

dinamismo e a vontade férrea de

fazer mais e melhor são imagens de

marca da Associação Humanitária dos

Bombeiros de Arouca que, com 49 anos de existência,

se pode orgulhar da sua rica história e do

vasto património amealhado.

O amplo, bem apetrechado e

renovado quartel, a multidisciplinar área social, um corpo de

bombeiros preparado e um

centro de formação são pois provas da

saúde financeira de que goza esta

instituição, onde comando e direção são, afinal, uma só

peça da engrenagem.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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13FEVEREIRO 2013

AROUCA

já é aposta ganha

primária do Gamarão, o centro de formação dos Bombeiros de Arouca tem permitido colmatar a falta de preparação dos ope-racionais em matéria de fogos urbanos e industriais, a con-trastar com as reconhecidas competência e experiência no combate a fogos florestais. Flo-riano Duarte fala da importân-cia deste equipamento que, no verão, em época de fogos flo-restais, pela sua localização es-tratégica pode funcionar como um posto avançado.

“Esta é uma infraestrutura de grande importância para os bombeiros arouquenses”, refe-re, sublinhando os muitos apoios que viabilizaram o proje-to, bem como as iniciativas di-namizadas pela associação para angariar verbas, que nestas ca-sas quase sempre escasseiam.

A propósito da situação fi-nanceira das associações, quando confrontados com a questão dos cortes no serviço de transportes de doentes, diri-gente e comandante asseguram que nesse processo todos os quartéis foram afetados, mas

preferem acentuar a tónica na situação dramática dos doentes privados de efetuarem os seus tratamentos por falta de recur-sos financeiros.

“Enquanto eu aqui estiver não deixamos ninguém por so-correr, nem sem transporte para as consultas, tratamentos ou fisioterapia. Com as “miga-

lhas” daqui e daqui vamos con-seguindo gerir”, garante o co-mandante, relembrando ainda a missão dos bombeiros: “so-correr pessoas e bens”.

Na vertente associativa, esta é também uma instituição que prima pelo dinamismo e pela proximidade com a comunida-de.

O comandante Gomes da Costa, presidente da

Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, que acompanhou os jornalistas nesta visita ao quartel Arouca, fala com orgulho da realidade daquele terri-tório, onde as associações ganham força pela união de esforços e partilha de recursos, uma estratégia que “tem dado bons fru-tos”.

“Esta federação tem uma particularidade que a distingue”, refere-nos o comandante Gomes da Costa, explicando que a criação da Mesa de Encontro de Comandos e da Mesa de Encontro de Direções, tem permitido agilizar a resolução de muitas questões comuns às vá-rias associações.

“Nas reuniões os problemas são discutidos e analisados e, posteriormente, apresentadas à direção da federação que lhes dá o devido

tratamento ou as encami-nha para as respetivas ins-tâncias”, explica o presi-dente da federação.

Este distrito que tem 26 associações de voluntários e quatro corpos de bom-beiros privativos e conta com um contingente de cerca de 2500 operacio-nais, apresenta realidades distintas, ditadas em muito casos pela falta de apoios das câmaras municipais.

“Na verdade, no distrito temos autarquias que apoiam muito os seus bombeiros e outras que nem por isso, o que acaba também por se refletir no funcionamento de cada uma das as-sociações”.

O presidente termina afirmando que a fede-ração está atenta à vulnerabilidade de algu-mas associações e empenhada em assegurar a intervenção de instâncias superiores que permita assegurar o futuro destes quartéis.

Palavra de presidente

“Em Arouca existe uma enor-me dinâmica associativa, mas não existem espaços para aco-lher as iniciativas, assim sendo os bombeiros decidiram con-templar nas instalações áreas para acolher as mais diversas atividades” revela o presidente da direção, adiantando ainda

que os espaços da instituição são frequentemente cedidos, a “custo zero” a várias institui-ções do concelho, a escolas e até à câmara, nomeadamente o cine-estúdio, “muito bem equi-pado e com capacidade para acolher mais de centena e meia de pessoas”.

Apesar de tudo parecer devi-damente arrumado e organizado, há sempre muito trabalho por fa-zer, até porque conforme referem os Voluntários de Arouca “hoje, os novos desafios são já preocu-pações permanentes e premen-tes” consubstanciados no servir mais e melhor a comunidade.

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14 FEVEREIRO 2013

A eleição dos órgãos sociais da Associação Humanitária

de Bombeiros Voluntários Ca-beceirenses para o triénio 2012/15 contou com a maior participação de sempre na his-tória da instituição, não obstan-te uma única lista de ter apre-sentado a sufrágio. A equipa li-derada uma vez mais por Jorge Machado propõe-se, assim, dar continuidade ao trabalho inicia-do em 2006.

Do balanço do último manda-to a direção destaca como obra de maior vulto a requalificação do quartel, mas relembra o re-forço da formação dos bombei-ros, a aquisição de várias am-bulâncias e viaturas de comba-te a incêndios, entre as quais uma de combate a incêndios urbanos e uma outra de desen-carceramento.

Mas o passo mais relevante conseguido pela instituição foi, segundo a equipa de Jorge Ma-chado, o Posto de Emergência Médica (PEM), no âmbito de um

protocolo estabelecido entre a associação e o Instituto Nacio-nal de Emergência Médica (INEM), que permitiu atingir mais um dos objetivos traçados para o ano de 2012.

Entretanto, o re-eleito presi-dente acompanhado “por uma equipa renovada e motivada para apoiar a missão dos bom-beiros” apresentou as metas traçadas para o corrente ano marcadas pela “ambição” e que estabelecem a construção de uma Unidade Local de Forma-ção (ULF),a aquisição de uma nova viatura ligeira de combate a incêndios e de uma ambulân-cia “ligeira”, mais pequena,

confortável e económica para o transporte de doentes não ur-gentes, um modelo inexistente em Portugal ou seja uma apos-ta pioneira.

O trabalho de Jorge Machado assenta ainda na continuidade de vários projetos de sucesso, nomeadamente a atividade “Aprender a Salvar – Formação (gratuita) em Suporte Básico de Vida para a população. Da mesma forma, a formação será prioritária até porque “um cor-po ativo de Bombeiros mais qualificado, é um corpo mais capaz de prestar um melhor socorro à população que ser-ve”.

CABECEIRAS DE BASTO

Aposta na continuidade

A Associação dos Bombeiros Egitanienses aco-lheu a assembleia geral da Federação dos

Bombeiros do Distrito da Guarda que teve como ordem de trabalhos informação e apresentação e aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano 2013 e a apreciação, discussão e vo-tação das contas de gerência referentes ao exer-cício de 2012 e parecer do conselho fiscal.

Na sessão presidida por Benedita Rito Dias, em substituição de Madeira Grilo, Gil Barreiros que agradeceu a presença de todos, lamentando a notada ausência do Prof. Madeira Grilo, informan-do do seu estado “muito grave de saúde”, salien-tando a sua preocupação que a Federação, na sua ausência, não caia num vazio institucional.

Na ocasião, Gil Barreiros alertou para a legislação publicada todos os dias referente aos bombeiros.

Terminou agradecendo a prestação da família dos bombeiros do distrito na organização da 3.ª Gala de Fornos de Algodres, dizendo que já está a servir de exemplo a outros distritos, nomeada-mente Portalegre e Castelo Branco.

Seguiu-se a leitura do Plano de Atividades e Orçamento para o ano 2013, de imediato foi vo-tado e aprovado por maioria absoluta.

Durante a sessão os responsáveis da federação apelaram para que as associações com as quotas em falta as regularizem, uma vez que a gestão desta estrutura também depende destas verbas. Neste contexto foi elogiada a associação dos Bombeiros de Trancoso, que para além da quota normal, disponibiliza uma verba extra destinada a apoiar a ação desenvolvida pela federação.

As federadas foram ainda informadas que caso contem no quartel com formadores reconhecidos pelo INEM podem dar formação e, assim, anga-riarem fundos.

As contas de gerência referentes ao exercício de 2012 depois de analisadas e discutidas foram aprovadas por unanimidade.

Já fora da ordem de trabalhos, os presentes guardaram um minuto de silêncio em memória do comandante Teixeira, dos Voluntários de Man-teigas.

GUARDA

Associações reunidas

Distinguir a dedicação, apoio e trabalho ao serviço ou em

prol dos bombeiros foi o mote que a Federação Distrital de Bombeiros de Castelo Branco (FDBCB) usou como fundamen-to para a realização da I Gala dos Bombeiros do Distrito, que se realizou sexta-feira, dia 25 de janeiro, na Herdade do Re-gado, em Póvoa de Rio de Moi-nhos, concelho de Castelo Branco, onde foram atribuídos os prémios de mérito propostos por cada uma das 12 associa-ções do distrito.

Dâmaso Rito, presidente da assembleia geral da (FDBCB), explicou que esta distinção se destina a “bombeiros, dirigen-tes de associações, autarquias locais e personalidades em ge-ral que ao longo de um determi-nado período de tempo traba-lho, dedicação e atribuição de subsídios se tenham dedicado à causa dos bombeiros, tendo sa-bido dignificar o seu bom nome”. Os galardoados foram propostos pelas direções das associações e comandantes, com o parecer técnico da co-missão prevista no regulamen-to.

Dâmaso Rito alertou ainda para realidades que se avizi-nham, exigem maior rigor “na gestão de meios humanos e técnicos”, dizendo, contudo, que os quartéis do distrito, “na generalidade estão bem equi-pados”, mercê da aquisição de veículos, “no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Na-cional (QREN) e o Programa Operacional Temático Valoriza-ção do Território (POVT) e com a preciosa ajuda das autar-quias”. E como ao nível do so-corro o distrito já dispõe de 10 postos de emergência médica, faltando solucionar Vila de Rei e Cernache do Bonjardim, “a for-mação dos bombeiros é funda-mental, para responder ainda com mais eficácia, eficiência e profissionalismo a todas as si-tuações”. Só em 2012, o distrito formou em diversas áreas mais de mil bombeiros, uma ação exemplar, resultante do traba-lho do comandante operacional distrital, Rui Esteves, e da Fe-deração.

Adriano Capote, vice presi-dente da Liga dos Bombeiros Portugueses, exaltou a iniciati-va, sublinhando que “cimenta o principal suporte da atividade e conquista dos bombeiros, e eventualmente da legislação e

mudanças que permitam que o voluntariado nos bombeiros em Portugal continue a ser uma das pedras basilares da Proteção Ci-vil”.

Esta gala permitiu revelar “a unidade da região e o valor da solidariedade”. “Mas muitas ve-zes quem nos dirige e governa não entende o que é um bom-beiro. O bombeiro não é um contribuinte qualquer e era me-recedor de ser exceção em sede de IRS, no que respeita às con-tribuições das Equipas de Com-bate a Incêndios (ECIN) e Equi-pa Logística de Apoio e Comba-te (ELAC)” referiu Adriano Ca-pote, que, numa outra vertente, aproveitou a ocasião para de-fender que a formação deve ser a aposta, uma questão aborda-da “a uma só voz”.

Rui Esteves, comandante operacional distrital da Autori-dade Nacional de Proteção Civil, destacou “o trabalho, a dinâmi-

ca e a forma como os bombei-ros têm sabido estar ao longo dos anos, porque só por isso é possível fazer esta gala. Não fosse a sua disponibilidade para ir a todas as situações e à for-mação e dedicação”.

Lembrou que são cerca de 1500 os bombeiros no distrito de Castelo Branco, que fazem parte do quadro ativo e disponí-veis. “Aprendi muito com estes homens e com muitos dos que vão ser assim homenageados e, por isso, faz-se hoje justiça aos que ajudaram a criar e manter os corpos de bombeiros do dis-trito”, reiterou.

Agradeceu também o apoio dos autarcas, porque “não fora a articulação e a vontade de fa-zer mais e melhor, não era pos-sível obter os resultados dos úl-timos anos. Boa prática, boa dinâmica, bom entendimento entre todos, bombeiros, dire-ções, autarcas e entidades que ajudam a criar estas condições para que as populações do dis-

trito e quem nos visita sinta que tem segurança”.

José Mariano, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Castelo Branco, ex-plicou que esta gala se inicia “de forma simples, mas com consistência”, esperando que “em anos futuros, possam estar envolvidos mais meios huma-nos e materiais, porque é pro-pósito da Federação que este evento tenha lugar anualmente em cada concelho”.

Joaquim Morão, presidente da câmara de Castelo Branco, felicitou a federação pela ini-ciativa “de homenagear os que se distinguem por uma causa nobre que é a dos bombeiros. E a estes não há gratidão que chegue para lhes agradecer, por estarem sempre disponí-veis”. E sublinhou que, “quem dirige a causa pública, tem obrigação de criar condições para ajudar estes parceiros,

que são os bombeiros, para que possam servir bem as po-pulações”.

Quanto aos Prémios de Méri-to da noite foram atribuídos à empresa Supermont, Super-mercados SA (Belmonte), ao subchefe João José Folgado Salavessa (Castelo Branco), ao ex-comandante e fundador da corporação António José Basti-nho (Cernache do Bonjardim), corpo ativo da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Vo-luntários da Covilhã (Covilhã), António Lourenço Marques (Fundão), Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Junta de Freguesia de Penamacor, ele-mento da fanfarra e juvebom-beiro, Vítor Filipe Martins Do-mingues (Oleiros), José Ma-nuel Fernandes Francisco (Pro-ença-a-Nova), Álvaro Monteiro (Sertã), Irene Barata (Vila de Rei) e David Marc (Vila Velha de Ródão).

Cristina Mota Saraiva/Lídia Barata

CASTELO BRANCO

Mérito para personalidades e instituições

Com o intuito de analisar a realidade em matéria dos serviços de transporte de doentes requisi-

tados pela Unidade de Saúde do Litoral Alentejano, o presidente da Federação dos Bombeiros do Dis-trito de Setúbal, Eduardo Correia, acompanhado pelo secretário técnico, comandante Rui Laranjei-ra, e pelo tesoureiro, comandante Miguel Silva, reuniram-se, no passado dia 15 de fevereiro, com as direções e comandos dos bombeiros de Santia-go do Cacém, Sines, Cercal do Alentejo, Santo An-dré e Alvalade.

Registe-se que o protocolo celebrado entre as associações dos concelhos de Santiago do Cacém e de Sines, e a comissão instaladora do então Hos-pital do Litoral Alentejano, foi “quebrado unilate-ralmente pela Unidade de Saúde do Litoral Alente-jano, com implicações evidentes na sustentabilida-

de financeira de quatro dos cinco associações em causa, pondo em risco no curto e médio prazo a manutenção da capacidade operacional em maté-ria de socorro”, refere a federação em comunicado.

“A implementação de um Sistema de Gestão de Transporte de Doentes não parametrizado para atender às particularidades do litoral alentejano está a causar perturbações consideradas graves”, pelo que a Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, desde o início de dezembro do ano que solicita “insistentemente” o agendamento de uma reunião urgente com o conselho de administração da Unidade de Saúde do Litoral Alentejano, sem, no entanto, obter qualquer resposta.

Assim sendo, se o silêncio continuar a imperar, a federação vai “tomar medidas já no próximo dia 1 de março”.

SETÚBAL

Federação exige resposta

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15FEVEREIRO 2013

A Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Ferreira (ACR-DF) organizou um passeio todo-o-terreno, como o propósito de

angariar fundos para os Bombeiros de Paredes de Coura. Feitas as contas, apuradas as necessidades do quartel, os dirigentes da as-sociação entregaram aos voluntários nove rádios portáteis.

O comandante Cândido Gonçalves Pereira sublinhou o gesto so-lidário da associação de Ferreira, fazendo votos que surjam mais ações desta natureza que permitam melhoramentos em matéria de operacionalidade. Já a direção da agremiação ferreirense expres-sou satisfação em apoiar os bombeiros, manifestando a vontade de continuar a colaborar com o quartel de Paredes de Coura.

PAREDES DE COURA

Culturaapoia bombeiros

Na sequência do ato eleitoral do passado mês dezembro já toma-ram posse os elementos dos órgãos sociais da única lista que se

apresentou a sufrágio e que mantém os presidentes da direção, assembleia geral e conselho fiscal.

Assim o re-eleito presidente da assembleia-geral, Carlos José Brito Moura, conta na equipa com Fernando Augusto Mimoso Fa-chada, Paula Alexandra Melhorado Lourenço e Fernando António Morgado Ramos. Por seu turno, na direção, António dos Santos Pimentel Lourenço é coadjuvado por Carlos Alberto Castro Lopes Pais, José António Granado Velho. Leontina Gonçalves Ribeiro San-tos, José do Nascimento Ervedal, Francisco Alcino Tina Melhorado e António Fernando Trabulo. Já no conselho fiscal, José António Bispo Pimenta tem o apoio de Rui Manuel Melhorado Reininho e de Diamantino Augusto Freire Veríssimo.

VILA NOVA DE FOZ COA

Novo elenco toma posse

Presidentes do conselho fiscal, da assembleia-geral e da direção Membros da direção, assembleia-geral e conselho fiscal

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Torres Vedras, a sócia número um da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, acaba de empossar os órgãos sociais que vão dirigir os seus destinos no mandato 2013/2014.

Gonçalo Patrocínio é o presi-dente da direção, acompanhado pelos vices, João Isidro Martins e Guilherme Ferreira, pelos se-cretários, Alfredo Cardoso e José Bruno Oliveira, pelo tesou-reiro e adjunto, Francisco San-tos e Rui Bastos, pelos vogais, Carlos Alberto Bernardes, Fran-

cisco Caseiro, Jorge Costa, José Alberto Leiria e Rui Silva, e os suplentes, Vitor Rodrigues e Jo-aquim da Conceição.

Na assembleia-geral, a presi-dência é assegurada por José Manuel Correia tendo como vice, Maria Leonor Malhado, e como secretários, Djalme Ribei-ro e José Matos.

A presidência do conselho fiscal cabe a Fernando Fonseca tendo como secretário, Gui-lherme Ferreira, como relator, Rui Patusco, e como suplentes, Celestino Pereira e Emanuel Elias.

TORRES VEDRAS

Órgãos sociais para novo mandato

As prestações de serviços referentes à limpeza da

via pública e lavagem de es-tradas praticadas pelas asso-ciações humanitárias de bom-

beiros não constam das isen-ções previstas na lei no âmbi-to do Imposto de Valor Acrescentado (IVA). Esta in-formação foi divulgada recen-

temente pelo conselho execu-tivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), na se-quência de dúvidas colocadas por algumas associações.

Ainda no âmbito da legisla-ção aplicável, relativa ao IVA, esses serviços estão sujeitos à taxa reduzida de 6 por cen-to.

LAVAGEM DE ESTRADAS

Prestação de serviço com IVA

O eucalipto é a árvore mais plantada em Portugal continental, com um aumento de 16 por cento de área

entre 1995 e 2010, enquanto os povoa-mentos de pinheiro bravo diminuíram 13 por cento e as plantações de sobreiro au-mentaram 4 por cento.

O eucalipto ocupa uma área florestal de 812 mil hectares (26 por cento da área flo-restal total), seguido do sobreiro, com 737 mil hectares (23 por cento, e do pinheiro bravo, com 714 mil hectares (23 por cen-to). O uso agrícola do solo apresenta, no mesmo período, uma “diminuição acentu-ada” de 12 por cento. As conclusões cons-tam do relatório preliminar do Inventário Florestal Nacional 6 (IFN) -- com pontos de situação de 1995, 2005 e 2010 - apre-sentado este mês na Tapada Nacional de Mafra, na presença da ministra da Agricul-tura, do Mar, do Ambiente e do Ordena-mento do Território, Assunção Cristas. De acordo com IFN, entre 1995 e 2010 a prin-cipal alteração ocorreu ao nível do pinhei-ro bravo, com a plantação a diminuir em cerca de 263 mil hectares, enquanto se verificou um aumento da área ocupada pelo eucalipto em 95 mil hectares.

A maior parte desta área anteriormente

ocupada pelo pinheiro bravo transformou--se em “matos e pastagens” (165 mil hec-tares), enquanto os eucaliptos passaram a ocupar 70 mil desses hectares. “O eucalip-to cresce um bocadinho e cresce porque não tem problemas que outras espécies têm. Temos o declínio do pinheiro, essen-cialmente devido ao problema das pragas (o nemátodo do pinheiro) e ao problema dos incêndios

florestais. São aspetos muito relevantes que têm penalizado o pinheiro”, explicou a ministra da Agricultura. A associação am-bientalista Quercus já considerou preocu-pante que o eucalipto se tenha tornado na espécie que mais espaço ocupa na floresta nacional, principalmente devido ao risco de propagação de incêndios florestais. “O eucalipto já era a árvore número um quando comparado e utilizando a mesma metodologia em inventários anteriores. Teve um acréscimo, sobretudo devido ao facto de não ter pragas, ao invés do pi-nheiro, principal árvore que compete com o eucalipto”, afirmou Assunção Cristas.

Contudo, a governante admitiu que o facto de o eucalipto ter um retorno finan-ceiro mais rápido e mais seguro leve os proprietários a optar por plantar esta ár-

vore em detrimento de outras. “Com cer-teza que se as pessoas puderem receber dinheiro ao fim de oito ou de nove anos, em vez de receberem ao fim de 20 ou de 30, hoje em dia, esse é um fator relevante quando o proprietário toma uma decisão de saber o que vai fazer com a sua pro-priedade e com o seu terreno”, referiu.

A ministra salientou, contudo, o empe-nho em incentivar a aposta noutras árvo-res.

“É importante termos melhor financia-mento para o investimento destas espé-cies que demoram mais tempo a ter retor-no para os seus proprietários

e que também têm mais ameaças. Es-peramos encontrar instrumentos para apoiar a floresta, nomeadamente o pinhei-ro bravo e o sobreiro, que precisam de ser mais apoiados”, concluiu Assunção Cris-tas.

Ainda segundo o INF, o solo de Portugal continental é ocupado em 35 por cento por área florestal, 23 por cento por matos e pastagens e 24 por cento pela agricultura. A área arborizada (povoamentos) entre 1995 e 2010 aumentou em 150 mil hecta-res.

Patrícia Cerdeira

PLANTAÇÃO DE EUCALIPTO AUMENTOU 16 POR CENTO

Portugal cada vezmais inflamável

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16 FEVEREIRO 2013

VILA VIÇOSA

Bombeiros combatem a interioridadeFundada nos de idos de trinta do século passado, a Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Vila Viçosa, depois de muito caminho trilhado e de

alguns percalços, vive hoje dias mais tranquilos. A interioridade obrigou direção

e comando, num passado recente, a uma gestão musculada que ditou despedimentos mas que permitiu formatar a instituição às reais necessidades do território que serve.

Bem instalados, bem equipados os Bombeiros de Vila Viçosa acautelam o

futuro e tentam gerar recursos que permitem assegurar uma reposta de

qualidade às populações.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

A confirmar a teoria de que de facto, não existem duas associações de

bombeiros iguais no País, os Voluntários de Vila Viçosa exi-bem de forma marcada dife-renças e especificidades que, claro está, os distinguem dos congéneres. Instalada num

moderno, amplo e bem equipa-do quartel, construído em 2007, a instituição exibe dina-mismo e profissionalismo em-bora apenas oito funcionários assegurem esta estrutura. A entrega e disponibilidade de comando e direção que, em-prestam muito do seu tempo e

do seu saber à instituição, per-mitem garantir um serviço de qualidade um socorro eficaz, conforme nos releva Inácio Es-perança um dos mais ativos di-rigentes da instituição.

Em Vila Viçosa, o jornal Bombeiros de Portugal é rece-bido por um grupo bem repre-

Inácio Esperança, presi-dente da Federação dos Bombeiros do Distrito de

Évora, revela-nos um “retra-to um pouco tremido” das associações humanitárias e corpos de bombeiros.

Diz-nos que os quartéis de “Portel, Mora, Viana e Mourão registam 90 por cento de redução dos servi-ços de transporte de doen-tes”, pelo que enfrentam uma situação complicada, ditada por critérios anacró-nicos dos centros de saúde, que nestes concelhos “dei-xaram de prescrever trata-mentos aos utentes”.

“Há instituições a registar um deficit mensal superior a 10 mil euros mensais”, situ-ação que, na ótica do presi-dente da federação, pode a breve trecho por em causa o funcionamento destes quartéis.

“Mora e Portel estão situação difícil, en-quanto Viana e Mourão têm conseguido estar de porta aberta mercê das Equipas de Inter-venção Permamente (EIP)”, especifica.

Inácio Esperança diz que apesar de todo o esforço e de muitos alertas que visam sensibili-zar quem de direito para esta questão, não há soluções milagrosas para resolver este proble-ma, até porque nestes casos mais sensíveis “as câmara apoiam muito pouco… na verdade zero”.

“Mas também há autarquias que dizem que dão e que não dão, nomeadamente a de Évora que há quatro anos que está em incumpri-

mento com os bombeiros”, denuncia o nosso interlocutor.

No distrito são 14 os corpos de bombeiros, que contam com 700 operacionais, ainda as-sim poucos para as necessidades de uma po-pulação idosa.

“Não há muitos voluntários, por isso resta às associações manter os profissionais para garantir o socorro a quem realmente necessi-ta”, afiança o dirigente federativo.

Entretanto, a federação vai dinamizando um conjunto de ações nomeadamente a nível das EIP, no fomento à criação de Postos de Emergência Médica (PEM) nos quartéis e no apoio e dinamização de ações de formação.

Palavra de presidente

sentativo da união que dá força à instituição. Dirigentes e ope-racionais trabalham em equipa e falam a uma só voz. Assim sendo, numa animada troca de impressões, todos os anfitriões acabam por dar o seu contribu-to, revelando um e outro por-menor do passado, mas tam-bém do presente da instituição.

Inácio Esperança, o jovem e dinâmico tesoureiro da asso-ciação é afinal um dos rostos mais carismáticos da institui-ção e um trabalhador incansá-vel, que consegue gerir a agen-da pessoal, profissional e asso-ciativa de forma a estar sempre presente no dia-a-dia da insti-tuição.

“A associação, como a maio-ria das congéneres mais pe-quenina do interior, vive com algumas dificuldades, em virtu-de da diminuição do número de serviços de transportes de do-entes”, revela-nos, consideran-do, no entanto, que já “atra-vessou períodos bem mais complicados”.

A estratégia imposta pelas novas regras em matéria de serviço de transportes de doen-tes obrigou a repensar tudo e a proceder a cortes, conforme sublinha o nosso interlocutor:

“Foi tudo muito de repente. De um dia para outro, os trans-portes para Évora e Lisboa, os percursos mais significativos, acabaram. Sofremos uma que-bra de oitenta por cento no nú-

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17FEVEREIRO 2013

VILA VIÇOSA

Bombeiros combatem a interioridade

mero de serviços. Nessa altura fomos forçados a não renovar alguns contratos. Neste mo-mento, o grande número de sa-ídas é para Estremoz, alguns para Évora e poucos para Lis-boa”. Confrontados com esta nova realidade a alternativa foi ”dispensar cinco motoristas”.

“Não temos centralista. Esse serviço é assegurado pelas fun-cionárias da casa durante o dia. À noite o socorro é assegurado por um piquete de cinco volun-tários, que não recebe absolu-tamente nada”, adianta o co-mandante Carlos Vitorino.

Inácio Esperança explica que as medidas de gestão tomadas atempadamente permitiram assegurar o “equilíbrio estrutu-ral e conjuntural”

“A situação está estável, não temos ordenados em atraso, e isso é o que de facto importa”, sublinha.

Por aqui, de um contingente de 55 bravos soldados da paz, a esmagadora maioria é voluntá-ria e, ainda assim, ao contrário do que sucede em muitos quar-téis por todo o país, a operacio-nalidade está garantida.

“Durante o dia é complicado recorrer à sirene e ter aqui operacionais, porque estão a trabalhar. O nosso drama é, sempre, o período diurno, situ-ação que nos obrigou a criar uma equipa profissional, so-bretudo para assegurar o transporte de doentes”, diz--nos o comandante, especifi-cando que esse grupo integra “cinco elementos: dois moto-ristas, dois maqueiros e um outro sempre disponível para qualquer eventualidade”. O responsável operacional recor-da então outros tempos, mais difíceis, quando faltava quase tudo e que até o comandante tinha que “pegar no volante da ambulância”.

Os voluntários de Vila Viçosa servem uma população que rondará os 8200 habitantes, sendo que o que mais pesa em matéria de atividade operacio-nal são os acidentes nas pedrei-ras, os sinistros rodoviários e

ainda um elevado número de serviços relacionados com o so-corro à população sénior.

Para além destas operações, o 2.º comandante recorda ain-da como pontos que exigem prontidão imediata, o Paço Du-cal de Vila Viçosa, onde aliás em 1987 um incêndio deu al-gum trabalho e muitas dores de cabeça aos operacionais.

Neste território, a interiorida-de parece ser a “mãe de todos os males”. Os mais jovens pro-curam outras paragens, outras oportunidades, até porque o desemprego também por ali é um flagelo.

“Infelizmente, já consegui-mos fazer dois ECIN com de-sempregados e ainda temos que contar com os jovens que não conseguem o primeiro em-prego”, revela o comandante, não escondendo fundadas preo-cupações com o futuro daquela região.

“Não há muitos anos tínha-mos aqui 180 pedreiras a ope-rar, atualmente são 30 ou 40 em atividade e breve prazo res-tarão 15. Aqui nunca houve de-semprego, aliás Vila Viçosa dava trabalho aos concelhos li-mítrofes. Há 10 anos, o nível de vida no nosso concelho era bas-tante alto…” recorda José João Patacão, dirigente da institui-ção.

Por agora, e apesar dos pesa-res, não falta motivação aos vo-luntários para servir o seu se-melhante e até os mais novos, não obstante de todas as dis-trações e atrações, começam a demonstrar interesse pela cau-sa, a avaliar pelo entusiasmo da cerca de dezena e meia de crianças que frequentam a “es-colinha” dos Voluntários de Vila Viçosa.

Em matéria de apoios os res-ponsáveis revelam que a câma-ra municipal, no âmbito de um

protocolo, garante verbas para a formação, para além de sub-sídios pontuais para aquisição de equipamento, nomeada-mente de viaturas. Para além disso, a instituição conta com subsídio anual da Fundação da Casa de Bragança.

Os Voluntários de Vila Viçosa albergam um centro de lava-gem de carros, que assegura alguns proventos para a insti-tuição e dinamiza ainda uma horta que dá de comer a muitos operacionais.

A vontade de servir é com-plementada com meios huma-nos de excelência e equipamen-to “razoável”, muito embora, dizem-nos, “a frota de ambu-lâncias comece a pedir a reno-vação que por agora é questão adiada”.

Apesar de todas as vicissitu-des os Bombeiros de Vila Viçosa vão conseguindo contornar a crise e garantir o socorro às po-pulações prestando um serviço que enobrece os bombeiros de Portugal.

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18 FEVEREIRO 2013

O despiste de um veículo pesado de passageiros para uma ravina no

Itinerário Complementar n.º 8 (IC8)

no nó do Carvalhal, concelho da Sertã, provocou 11 mortos e 33 feridos, no passado dia 27 de janeiro.

A violência do sinistro esteve na ori-gem da projeção de algumas das víti-mas pela ravina e deixou outras encar-

ceradas no interior do autocarro, o que obrigou à mobilização de um vasto dis-positivo de socorro composto por 268

operacionais, apoiados por 98 veículos de socorro e dois helicópteros,

Sérgio Santos

SERTÃ

Despiste de autocarro provoca 11 mortos

Foto

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A equipa de salvamento em grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo

resgatou do fundo de uma falésia litoral um pescador vítima de queda. Os bombeiros con-taram também com o apoio da Polícia Maríti-ma.

O relato e as imagens que nos chegaram testemunham, mais uma vez, a competência demonstrada pelos bombeiros, associada tam-bém naturalmente ao risco próprio da missão.

O acidente ocorreu ao princípio da manhã de 31 de janeiro último numa arriba situada no sítio das Candeeiras, Sagres, próximo das antenas da Rádio Naval de Sagres. Um pesca-dor lúdico, José Manuel da Silva Duarte, de 66 anos, encontrava-se acompanhado de um fa-miliar quando ao descerem para o pesqueiro caiu de uma altura de 4 metros, entre duas plataformas rochosas sobranceiras uma á ou-tra, situadas a cerca de 15 metros da orla da falésia e a 12 da água.

Alertados para o acidente, articulando todas etapas com o CDOS, os Voluntários de Vila do Bispo deslocaram-se para o local com uma ambulância de socorro (INEM) e uma viatura florestal de combate a incêndios, onde se des-locava a equipa de salvamento em grande ân-gulo.

Feito o reconhecimento ao local, os bombei-ros sinalizaram o perímetro de segurança e montaram o dispositivo para proceder ao res-gate. Os elementos que desceram a falésia, após o exame primário e secundário à vítima iniciaram as manobras para a sua ascensão em maca de resgate. O pescador encontrava--se consciente e apresentava ferimentos na cabeça e escoriações nas mãos e na anca es-querda que lhe dificultavam a mobilidade.

Concluído o resgate, os Voluntários de Vila do Bispo procederam ao transporte do pesca-dor ferido para o Hospital de Portimão por in-dicação do CODU/INEM.

SAGRES

Pescador resgatado de falésia

A valente intempérie que se abateu sobre o nosso País, no fim de semana de 19 e 20 de

janeiro, deu muito trabalho aos bombeiros que não tiveram mãos a medir para responder a tan-tas solicitações.

Do quartel de Esmoriz, chegam ecos de uma situação anómala só comparável ao temporal que há cerca meio século varreu a região. Ainda as-sim, o corpo de bombeiros organizou-se e, ante-cipando a resposta ao alerta vermelho, reforça-ram o piquete que passou a contar 20 operacio-nais.

Os pedidos de socorro, começaram a chegar ainda de madrugada dando conta de muitas ocor-rências quer em edifícios industriais, quer zonas habitacionais onde o vento arrancou muitas árvo-res, mesmo as de grande porte.

Telhados, chaminés, placas e estruturas diver-sas, estradas cortadas, aflição e receio, davam conta de uma situação perigosa que levou a eco-ar da sirene que trouxe ao quartel cerca de 50 homens tenham que se juntaram aos operacio-nais que se desdobravam no apoio e socorro às populações. O vento que não perdia força partiu cabos elétricos e a falha de energia acabou por complicar ainda mais as operações.

Em simultâneo, ao início da manhã, os Bom-beiros de Esmoriz foram chamados à Base Aérea de Maceda para apoiar o resgate dos membros de tripulação de um navio cargueiro encalhado ao largo de S. Jacinto. As condições meteorológicas impediram a atuação dos helicópteros, a opera-ção foi então deslocada para a zona da Praia da Torreira, e foram desmobilizados os meios do quartel de Esmoriz.

A juntar às várias estradas e zonas residenciais alagadas a inundação do viaduto da Av. da Praia, em Esmoriz ditou o seu encerramento e deu mui-to trabalho aos bombeiros.

Depois da tempestade, coube ainda aos bom-beiros proteger as habitações, designadamente

telhados com coberturas improvisadas, até ao ar-ranque dos trabalhos de construção civil. Vale-ram, uma vez mais, os materiais de reserva dos bombeiros, bem como as ofertas de empresas e amigos.

Entretanto, sem paragem durante todo o fim de semana, nas mais distintas intervenções, a auto grua dos Voluntários de Esmoriz, tombou pondo em risco a vida do subchefe Salviano Go-mes que a operava em trabalhos de remoção de árvores no Parque de Campismo de Esmoriz.

Depois do susto, direção, comando e corpo ati-vo uniram-se e com o apoio de empresas da es-pecialidade efetuaram o trabalho de posiciona-mento e posterior remoção da grua do parque.

“Serão meses até poder voltar a trabalhar ar-duamente para os Bombeiros de Esmoriz e para o socorro das populações, mas os Bombeiros con-fiam que não serão abandonados”, refere fonte da associação.

ESMORIZ

Janeiro de má memória

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19FEVEREIRO 2013

Dois comboios descarrila-ram na linha de Cascais,

um em Algés e outro em Ca-xias, na manhã do passado dia 8. O acidente não causou vítimas mas provocou a in-terrupção da circulação, en-tre Oeiras e o Cais do Sodré, durante todo o dia.

No teatro de operações estiveram 13 operacionais, entre os quais 11 bombeiros apoiados por quatro viatu-ras.

ACIDENTE FERROVIÁRIO

Dois comboios descarrilam na linha de Cascais

A ondulação forte que se fazia sentir a meio da tarde de 29 de janeiro

varreu o paredão de Cascais/Estoril e apanhou quatro mu-lheres, na praia da Azarujinha em São João do Estoril, sendo que duas, mais jovens, conse-guiram escapar ilesas, mas as duas outras acabaram por ser arrastadas para o mar: uma faleceu e a mais idosa foi salva por uma equipa dos Bombeiros do Estoril, depois de uma luta aguerrida quase desigual com a natureza.

Dias depois desta operação, a equipa que perpetrou tão ar-riscado salvamento voltou à praia da Azarujinha com o jor-nal Bombeiros de Portugal, onde recordou a atribulada manhã em que foi chamada a debelar um incêndio num anti-

go apoio de praia e acabou por ter que enfrentar um mar em fúria, para salvar uma mulher que lutava pela vida.

Contou-nos o comandante Carlos Coelho que quando os operacionais já desmobiliza-vam os meios, após a extinção do incêndio, “uma agente da Polícia de Segurança Pública que estava dar apoio à opera-ção deu o alarme. Ali mesmo à nossa frente, quatro pessoas eram apanhadas pela agitação marítima, duas delas, mais jo-vens conseguiram escapar, mas duas senhoras foram ar-rastadas pelo mar”.

“Saímos dos veículos, des-fardamo-nos, pois o equipa-mento de proteção individual não é ajustado a este tipo de intervenção, e fomos socorre--las”, continua a contar o co-

mandante, adiantando, visi-velmente incomodado, que “uma das vítimas já se estava mais ao largo e foi resgatada com a ajuda dos surfistas, mas sem vida. Não podíamos fazer nada.”

A equipa concentrou-se en-tão no resgate e salvamento da outra mulher. Não foi fácil porque o mar media forças com os operacionais e as ro-chas constituíram um perigo tanto para a vítima, que aliás já apresentava várias escoria-ções, como para a equipa, que corria sério risco de ser puxa-da pela ondulação e tornar ainda mais complexa a opera-ção. Algum tempo depois, a idosa estava em terreno segu-ro, mas em paragem cardior-respiratória, situação que a equipa, bem preparada, rever-

teu restabelecendo os sinais vitais, entretanto chegou ao local a viatura médica do INEM e a ambulância de socorro dos voluntários Estoril e a vítima, já estável, foi transportada ao Hospital de Cascais.

Olhares cúmplices, sorrisos nervosos denunciam um mo-mento partilhado que deixou marcas, mesmo nos mais ex-perientes bombeiros habitua-dos a efetuar resgates no mar, mas sem memória de qualquer salvamento.

Naquele local, garante o co-mandante, não havia até en-tão qualquer registo de situa-ções idênticas, pelo que esta foi uma experiência nova, “di-ferente” para todos os opera-cionais envolvidos.

“Fomos chamados para uma ocorrência e à nossa frente

acontece uma outra”, sublinha o comandante para depois re-conhecer que esse facto, “a presença dos bombeiros no lo-cal permitiu o sucesso da in-tervenção”.

“Garantidamente, aquela senhora só foi salva porque es-távamos aqui”, considerou.

“Normalmente, quando saí-mos do quartel já sabemos ao que vamos temos maneira de nos preparar para o que va-mos enfrentar, aqui estávamos preparados para uma situação e acabámos por ter que res-ponder a uma outra”, revela a bombeira de 2.ª Filomena Ba-leizão, que ainda emocionada, confidencia que nessa noite não conseguiu dormir. Viu e reviu o “filme” dessa tarde, já mais tranquila, garante que este momento serviu afinal

para (re)confirmar a vocação, a entrega à missão de salvar vidas.

“Sabem até chorei, porque enquanto ali estive a tentar salvar aquela mulher, não pen-sei em mais nada… e eu tenho um filho…” voltou a deixar es-capar uma lágrima, para de-pois já refeita deixar-se levar pela satisfação do dever cum-prido, espelhada em cada um dos rostos daqueles bombei-ros.

“Ficámos com a consciência que fizemos o que pudemos. Nesta operação primeiro fun-cionou o coração, mas os co-nhecimentos, a formação, a preparação da equipa foi fun-damental para o seu desfe-cho”, garantiu-nos, orgulho-so, o comandante Carlos Coe-lho.

ESTORIL

Espírito de missão salva vidaOito operacionais dos Voluntários do Estoril partilham uma história de coragem e o orgulho de salvar uma vida em condições muito adversas. Numa operação inesperada, sem grandes meios para responder à missão valeu a preparação e a adrenalina de bombeiro para retirar das águas agitadas da rochosa praia da Azarujinha, em São João do Estoril, uma idosa “engolida” pela ondulação forte,

juntamente com uma familiar.Texto: Sofia Ribeiro – Fotos: Marques Valentim

A equipa que no dia 29 salvou uma idosa integrava o comandante Carlos Coelho, chefe Joaquim Barbosa, subchefe Luís Martins e os bombeiros de 2.ª Filomena Baleizão, Skrljzen Sadiku e Nuno Vaz que se encontravam no local no combate às chamas num imóvel devoluto, aos quais se juntaram no socorro à vítima os subchefes Horácio Afilhado e João Fialho

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20 FEVEREIRO 2013

Foto

: BVA

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Um veículo pesado de matérias perigosas des-pistou-se na rotunda da zona do Pico Redon-

do, em Angra do Heroísmo.Apesar do embate nas barreiras de proteção da

via, não se verificou qualquer fuga do gás que a viatura transportava. Ainda assim, por preven-ção, os Voluntários de Angra do Heroísmo, com o

apoio de outras entidades, realizaram a trasfega do produto, numa operação que envolveu 15 operacionais e quatro veículos.

Sérgio Santos

ANGRA DO HEROÍSMO

Acidente com matérias perigosas

Um violento incêndio consu-miu parcialmente um arma-

zém e loja de móveis da empre-sa “HCM” em Fervença, conce-lho de Sintra.

O material inflamável que se encontrava no interior do edifí-

cio facilitou a propagação das chamas e dificultou o trabalho aos cerca de 60 operacionais dos corpos de bombeiros do concelho de Sintra que foram apoiados por 20 veículos.

Neste sinistro também esti-

veram envolvidos um veículo da secção de assistência e socorro da base aérea de Sintra (FAP) e equipas do serviço municipal proteção civil de Sintra e Guar-da Nacional Republicana.

Sérgio Santos

SINTRA

Armazém de móveis destruído

A neve que nesta época do ano proporciona imagens de rara beleza, arrasta consigo limi-

tações à mobilidade das populações. Com o intui-to de quebrar o isolamento os Bombeiros da Cruz Branca, Vila Real, estiveram mais uma vez no apoio à distribuição de refeições aos idosos, ser-viço que o Centro Social e Paroquial da Campeã desenvolve nas freguesias da Campeã, Vila Cova e São Miguel da Pena.

A neve impediu a circulação dos veículos desta instituição, cabendo aos bombeiros, com um veí-culo de todo o terreno, cumprir esta missão soli-dária de grande importância social.

Os Voluntários da Cruz Branca, como é usual nesta época do ano assegurou muitas outras in-tervenções de auxílio aos automobilistas apanha-dos pelo gelo e pela neve nas estradas da serra do Marão e Alvão.

VILA REAL

Cruz Brancano apoio à população

O temporal do passado mês de janeiro, parece ainda bem vivo na memória dos bombeiros

portugueses, que de Norte a Sul dão conta de um volume anormal de ocorrências.

A título de exemplo, o comandante José Antó-nio Rodrigues dos Voluntários de Peniche, em co-municado, dá conta de cerca de sete dezenas de ocorrências que mobilizaram 58 operacionais apoiados por 14 viaturas.

Os estragos provocados pela intempérie leva-ram mesmo a Comissão Municipal de Proteção Civil de Peniche a reunir de emergência, no quar-tel dos bombeiros para delinear estratégias de atuação, garantindo a qualidade e celeridade na resposta às populações.

Segundo dados dos operacionais de Peniche, os danos em imóveis e quedas de estruturas fo-ram as situações que mais ocuparam os opera-cionais, que dão, ainda, nota de inúmeras quedas de árvores e de cabos elétricos.

PENICHE

Muitas ocorrências, muito trabalho

Trabalho de remoção de telhas soltas, na cobertura de proteção às obras de restauro da Igreja de São Pedro, em Peniche

Com o intuito de testar o plano de emer-gência do lar da 3ª idade e da unidade

fisioterapia e reabilitação da Misericórdia de Ribeira de Pena bombeiros e funcionários da instituição estiveram envolvidos num simu-lacro, que permitiu avaliar meios técnicos e humanos.

O exercício teve como “guião” a extinção de um foco de incêndio na cozinha e o res-gate e salvamento de seis vítimas que, de-pois de estabilizadas, foram encaminhadas para o hospital mais próximo.

O simulacro mobilizou 25 operacionais dos Voluntários de Ribeira de Pena, duas viaturas de combate a incêndio, duas ambu-lâncias de socorro e um veiculo de coman-do, bem como elementos da Guarda Nacio-nal Republicana e todos os colaboradores da instituição.

RIBEIRA DE PENA

Simulacro na Misericórdia

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21FEVEREIRO 2013

Vinte e quatro elementos dos Voluntários de Aveiro – Ve-

lhos protagonizaram um bem sucedido exercício designado por “Moliceiro 2013” e realizado no hotel “Mélia – Ria”.

Conforme nos referiu o co-mandante do corpo de bombei-ros, Carlos Pires, o exercício teve como objetivo “testar a ca-pacidade de resposta e interven-ção do corpo de bombeiros no cenário de incêndio em estabe-lecimentos de hotelaria”.

Após a receção do alerta no

AVEIRO – VELHOS

Exercício bem sucedido em hotel

quartel para “um incêndio no piso 3 da unidade hoteleira com 2 hóspedes encurralados no quarto n.º 305 e fumo no piso 2 desconhecendo-se o número exato de vítimas”, foram envia-dos 5 veículos, uma viatura ur-bana de combate a incêndios (VUCI), uma viatura especial de combate a incêndios (VECI), uma plataforma (VP-37), um au-totanque (VTTU) e duas ambu-lâncias de socorro (ABSC).

Chegados ao local, os bom-beiros organizam-se, o mais graduado efetua o reconheci-mento e assumiu o comando de operações (COS). Entra a pri-meira equipa no interior do hotel com a missão de localizar o foco de incêndio, com o conhecimen-to prévio de que, para já, há 2 hóspedes retidos no interior do quarto. O COS solicita então a intervenção da plataforma para o resgate dos referidos hóspe-des pelo exterior do imóvel e, em face da evolução dos meios

dentro do edifício é possível de-tetar a existência de mais duas vítimas entretanto assistidas e resgatadas para o exterior. Em simultâneo, noutro ponto do imóvel a segunda equipa acede ao terraço do segundo piso para o resgate dessas vítimas.

Tudo decorre dentro dos pro-cedimentos previstos para este tipo de ocorrência e no final o balanço é positivo não obstante reconhecerem que há sempre

procedimentos a afinar melhor, “razão fundamental para que es-tes exercícios se realizem”, su-blinhou-nos o comandante Car-los Pires.

O exercício “Moliceiro – 2013” integrou-se no programa das co-memorações do 131.º aniversá-rio da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aveiro-Velhos, a que aludimos também, em especial, nesta edi-ção.

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22 FEVEREIRO 2013

Os Bombeiros Voluntários de Cacilhas em con-junto com a Base Naval de Lisboa, realizaram

recentemente naquele importante perímetro mi-litar um simulacro de incêndio florestal.

A premência do exercício “BNL 2013” assume particular importância tendo em conta o facto da área florestal daquela unidade militar da Marinha de Guerra Portuguesa, integrada no concelho de Almada, ocupar cerca de 400 hectares de pinhal.

Neste exercício, estiveram envolvidos 3 veí-culos de combate a incêndio da Base Naval de Lisboa, 8 veículos e 32 bombeiros dos Voluntá-rios de Cacilhas, nomeadamente 2 veículos de comando, 1 veículo de comunicações, 3 veículos florestais de combate a incêndio, 1 veículo ligei-ro de combate a incêndios e 1 veículo urbano de combate a incêndios. Participou também, a Poli-cia da Base Naval, oficiais da Marinha de Guerra Portuguesa, no posto de comando, e, em modo “CPX”, o CDOS de Setúbal, um meio aéreo pe-sado e outros meios de combate a incêndios so-licitados.

Os principais objetivos do exercício, segundo o comandante dos Bombeiros de Cacilhas, Miguel Silva, foram plenamente alcançados, nomeada-

mente,” o conhecimento do terreno, por parte da força de bombeiros, a articulação e agilização, do comando das operações, tendo em conta tratar-

-se de uma instalação militar, o treino das equi-pas de bombeiros e o treino das próprias equipas da Marinha”.

BASE NAVAL DE LISBOA

Incêndios florestais em ação conjunta

O Hotel Holiday Inn Porto Gaia, na freguesia de Mafamude, tes-tou, uma vez mais o plano de segurança, desta feita com um

simulacro de incêndio num quarto do 17.º piso. Participaram no exercício os Sapadores de Vila Nova de Gaia e os

Voluntários de Coimbrões, bem como elementos da Proteção Civil Municipal.

A evacuação e socorro decorreram de uma forma organizada, a comunicação com os meios externos foi eficaz, tendo o hotel de-monstrado preparação e sensibilização para este tipo de ações.

VILA NOVA DE GAIA

Simulacro no hotel

O corpo ativo dos Bombeiros Voluntários do Barreiro –

Corpo de Salvação Pública foi recentemente colocado à prova em dois exercícios técnicos.

Num dos cenários no âmbito do desencarceramento foi en-cenada a queda de uma estru-tura sobre um veículo acidenta-do, seguido de uma rotura num reservatório de gás, o que obri-gou a abertura de espaços para extrair as três vítimas e ainda a proteção ao depósito em fuga. O outro treino, na vertente de busca e salvamento recriou um incêndio numa garagem ampla com várias viaturas e com visi-bilidade nula.

Esta ação que teve como ob-jetivo garantir maior eficácia do corpo de bombeiros do Barreiro permitiu “atualizar as compe-tências dos operacionais, cum-prindo o plano de formação para corrente ano”, conforme salientou um dos responsáveis operacionais ao nosso jornal.

Sérgio Santos

BARREIRO

Duplo exercício testa meios

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23FEVEREIRO 2013

O grupo de socorro e resgate em montanha dos Bombeiros

de Câmara de Lobos (Madeira) testou, uma vez mais, o plano de segurança do teleférico da fajã do Cabo Girão.

Esta infra-estrutura, em fun-cionamento desde 2002, está vo-cacionada para servir uma popu-lação agrícola, sendo igualmente explorada na vertente turística, dispõe de duas estações que dis-tam, na horizontal 335.9 metros e na vertical 241.7 metros, perfa-zendo um trajeto de 415.1 me-tros.

O exercício consistiu, numa primeira fase, em simular uma falha de energia e verificar o fun-cionamento do sistema alternati-vo de alimentação e num segun-do momento simular um proble-

ma mecânico do sistema, que di-tou o resgate dos ocupantes com recurso a meios da própria infra--estrutura e outras técnicas e equipamentos usados pelos bom-beiros no resgate em montanha.

A ação permitiu assim testar o

plano de segurança e evacuação do teleférico e simultaneamente apurar a operacionalidade dos bombeiros, conforme sublinhou ao nosso jornal, Sílvio Freitas, comandante dos Voluntários de Câmara de Lobos.

CÂMARA DE LOBOS

Plano de segurança é testado

Quatro dos corpos de bom-beiros voluntários do Con-

celho de Alijó (Alijó, Cheires, Favaios e Sanfins do Douro) juntaram-se para a realização de um exercício/concurso de manobras.

Segundo o comandante ope-racional municipal e coman-dante dos Voluntários de Alijó, José Rebelo, “este primeiro en-contro, além de proporcionar o convívio entre todos, teve por objetivo, tendo por base um certo clima de competição, a uniformização de procedimen-tos e interação entre bombei-

ros voluntários que pode trazer enormes benefícios futuros”.

A organização deste primei-ro “concurso de manobras esti-lo bombeiro de ferro” ficou a cargo dos BV Alijó, e culminou com um lanche convívio nas suas instalações.

“Os exercícios abordados fo-ram sobre Incêndios Florestais e Incêndios Urbanos, que pu-seram à prova os bombeiros de Alijó, Cheires, Favaios e San-fins do Douro presentes”, pre-cisou o comandante José Re-belo.

“Não obstante o resultado

final do concurso ser o que menos importa, os bombeiros não deixaram os créditos por mãos alheias e realizaram tempos de intervenção muito bons, sem grandes diferenças entre CBs, o que demonstra enorme empenho e capacida-de de todos” sublinha o co-mandante municipal.

Assinale-se que este encon-tro contou com a presença de todos os quadros de comando dos corpos de bombeiros en-volvidos, bem como do co-mandante distrital de Vila Real.

ALIJÓ

Encontro promove uniformização

Os Bombeiros de Odivelas re-alizaram uma instrução in-

terna de cariz prático sobre o tema “Elevação de Emergência de Autocarros”.

Esta ação que teve a duração de dois dias veio reforçar as ap-tidões técnicas dos 12 elemen-tos que participaram numa ini-ciativa que recorda o histórico de intervenções neste tipo de cenários e visa a melhor prepa-ração para a intervenção, sendo que o corpo de bombeiros conta no seu quadro com elementos com formação internacional nesta área.

O sucesso desta instrução suscitou o interesse de diversos elementos de outros corpos de bombeiros o que levou os Vo-luntários de Odivelas a agendar para os meses de março e abril dois workshops subordinados a esta temática.

Sérgio Santos

ODIVELAS

Operacionais treinam em autocarros

Operacionais dos Sapadores de Faro e dos Municipais de

Loulé, Olhão e Tavira, bem como profissionais de Tomar e Abrantes estão em formação na Escola do Regimento Sapadores Bombeiros em Lisboa.

O “Curso de Controlo de Flashover Nível I” visou dar no-vas ferramentas aos bombeiros em matéria de controlo da evo-lução de incêndios em espaços confinados dentro de estrutu-ras.

A formação que complemen-tou uma componente teórica, teve como ponto forte a verten-te prática que permitiu aos for-mandos contactarem com am-bientes estruturais com incên-dios e fenómenos da combus-tão envolvendo temperaturas muito elevadas.

FORMAÇÃO

Regimento promove curso

A formação dos Os Bombeiros de Fafe, na se-quência de uma nova aposta do comando,

prepara-se para durante o ano de 2013 aplicar um novo método de formação com uma compo-nente mais prática, voltada para a realidade e as necessidades de preparação e instrução dos ope-racionais.

A “Gestão de Stress e Conflitos” constituiu a temática de abertura de um ciclo nove ações que versará diferentes áreas. No final desta forma-ção, os participantes em jeito de balanço subli-nharam a importância de uma formação “bastan-te enriquecedora e produtiva”.

FAFE

Gestão de stress e conflitos

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24 FEVEREIRO 2013

A caminhada enquanto bom-beiras começou há quase 17

anos, quando, por iniciativa própria, decidiram assumir o desafio de ajudar o próximo, entrando, para isso, num “mun-do de homens”. Hoje, depois de um percurso completo na car-reira e da conquista o seu espa-ço, são as primeiras mulheres do distrito de Vila Real a enver-gar as divisas de subchefe. Re-cordando os bons e os maus momentos, Liliana Martins e Marília Sousa o balanço, no fe-minino, de uma história dedica-da ao lema “Vida por Vida”.

Com um corpo ativo que con-ta já com 30 por cento de ele-mentos femininos, a Cruz Verde destaca-se agora por acolher, desde o início do ano, as duas primeiras mulheres do distrito a assumirem funções de subche-fe.

Marília Sousa, de 32 anos, e Liliana Martins, de 33, têm am-bas quase 17 anos de dedicação à associação da Cruz Verde, tendo progredido na carreira desde aspirante - hoje, estagiá-rios - a subchefe, conquistando pelo meio as divisas de bombei-ras 3.ª, de 2.ª e de 1.º.

No distrito são as primeiras mulheres a fazer com sucesso todo o percurso de uma profis-são que é voluntária, mas que ao longo de mais de década e meia exigiu muito tempo pes-

soal, muitas vezes roubado à família.

“Esta foi uma caminhada lon-ga e sofrida, mas valeu a pena”, diz Marília Sousa, revelando um “orgulho muito grande” em ter sido uma das primeiras a com-pletá-la.

Lembrando que “antigamen-te nem se ouvia falar de mulhe-res nas corporações”, a bombei-ra recorda que integrou o pri-meiro grupo feminino na Cruz Verde, que integrava, também, Liliana Martins, que, agora como subchefe, continua firme na dedicação ao socorro de quem precisa.

“Não venho de uma família de bombeiros, e ainda hoje a minha família não gosta muito porque passo muito tempo no quartel”, explica Marília Sousa, que atualmente é bombeira profissional, ou seja, é assala-riada da Cruz Verde.

Já a amiga de longa data, ca-sada, com duas filhas e assis-tente técnica no serviço de fi-sioterapia do hospital, reconhe-ce que é preciso contar com a “colaboração da família” para que a atividade seja possível. “As minhas filhas ajudam-me para que eu possa dar um pou-co de mim aos bombeiros”, afir-ma Liliana Martins, revelando que não abdica de dar atenção às filhas, ao marido e à casa, optando por investir nesta mis-

são o tempo que deveria reser-var para si.

Seguindo ao exemplo da irmã mais velha, que aos 18 anos ingressou na Cruz Branca, a bombeira foi oferecer os seus à Cruz Verde mas ainda antes de atingir a maioridade.

“Pedi à minha mãe para me acompanhar e na altura aceita-ram a inscrição. A minha irmã já saiu, faz parte do Quadro de Reserva, e eu aqui continuo”, confidencia.

Apesar de ser notória a pai-xão desta duas mulheres pelos bombeiros, ambas revelam que já pensaram desistir. Liliana re-corda, por exemplo, um episó-dio que fez com que ficasse afastada do serviço voluntário durante três anos.

“No ano de 2005 fomos acio-nados para colaborar num in-cêndio em Alvações do Corgo. Chegados ao local, começamos a atuar, o vento virou e ficámos cercados pelo fogo. Consegui-mos sair mas apercebemo-nos que um colega de Santa Marta tinha ficado para trás… Perce-bemos que não podíamos fazer nada e quando estávamos a tentar tirar o corpo, o vento voltou a virar e eu fiquei encur-ralada pelas chamas durante vários minutos, que me pare-ceram horas”, conta a bombei-ra, lembrando que pouco tem-pos depois ficou a saber que

VILA REAL

Cruz Verde pioneira com chefia no feminino

A Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Serpins agendou para meados de

julho a cerimónia de inauguração das novas ins-talações.

Com o início das obras no ano transato, os sol-dados da paz de Serpins começaram a realizar um sonho antigo que se concretizará “nos próxi-mos meses”, logo após a conclusão de pequenos trabalhos e dos arranjos exteriores, conforme sa-lientou ao nosso jornal um dos responsáveis da associação.

Numa área total de 10 mil metros quadrados, em terreno adquirido pela Junta de Freguesia de Serpins, surge o novo quartel com uma área de construção de cerca mil metros quadrados que alberga o edifício operacional e um parque de via-turas.

A obra teve um custo de 610 mil euros, com-participado em 85% pelo QREN, sendo a verba

restante assegurada pela Câmara Municipal da Lousã, Junta de Freguesia de Serpins e a própria associação.

O corpo de bombeiros voluntários de Serpins foi fundado em 1995, servindo a zona a norte do concelho da Lousã e tem nos seus quadros 70 operacionais, 16 veículos e uma escola de cade-tes e infantes com cerca de 40 elementos.

Sérgio Santos

SERPINS

Novo quartel em julho

O salão nobre da Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários Torrejanos, foi palco da entrega de divisas a novos 11 operacionais. Na mesma ocasião, o quartel deu as boas vindas a seis bombeiros de 2.ª e sete de subchefes, recente-mente promovidos.

O comandante, Coronel An-tónio Leitão felicitou os opera-

cionais e relembrou responsabi-lidades acrescidas destas pro-moções agradecendo a todos o empenho e dedicação às causas humanitárias desempenhadas por esta associação.

De salientar a presença dos elementos da direção da ins-tituição, que pela voz do pre-sidente Arnaldo Santos, enal-teceu a disponibilidade e

prontidão de todos os opera-cionais.

Registe-se que, já este ano, teve início um curso de forma-ção inicial para bombeiros, tra-tando-se de uma inicativa con-junta que envolve também os Municipais Alcanena e conta com 24 participantes, 16 volun-tários e os restantes aspirantes a profissionais.

TORRES NOVAS

Associação promove e recebe reforços

estava grávida da segunda fi-lha.

“Tive que ter ajuda psicológi-ca, porque não estava a saber gerir a situação. Pensei se vale-ria a pena perder tudo o que ti-nha para tentar fazer o bem aos outros”. Mais tarde, percebeu que “o que mais queria” era ser bombeira e regressou ao ativo.

“A grande evolução dos últimos anos foi na formação”

Garantindo que já conquista-ram o seu espaço na corpora-ção, Marília e Liliana são tam-bém testemunhas da evolução do mundo dos bombeiros, um progresso, também, ditado pelo desenvolvimento a nível de for-mação.

“Na minha perspetiva, a evo-lução maior foi a nível da for-mação. Quando entramos era básica, os nossos chefes trans-mitiam aquilo que sabiam”, su-

blinha Liliana Martins, reconhe-cendo as oportunidades que têm hoje com acesso a vários cursos e especializações.

Mas a transformação aconte-ceu também ao nível dos equi-pamentos.

“Antes, se precisávamos de umas calças tínhamos que as comprar. Hoje há um esforço muito grande para garantir to-das as condições”, frisa a bom-beira, que refere ainda como aspeto muito positivo a re-es-truturação e ampliação do quartel, que, concluída no ano passado, representou uma enorme mais-valia em termos de conforto para o corpo ativo feminino.

Para as mulheres do concelho que queiram ingressar nos bombeiros, as duas subchefes têm palavras de encorajamen-to. “Em primeiro lugar pensem bem se é isso que realmente querem, e quando entrarem saibam marcar o espaço delas.

Importa que consigam demons-trar que são iguais aos homens e que não querem benefícios” num mundo que “ainda é de ho-mens”, explica Marília.

Cruz Verde conta este ano com 14 novas bombeiras

Para além das 26 mulheres que já integravam o corpo de bombeiros, a Cruz Verde recebeu recentemente mais cinco opera-cionais e acolhe nove estagiárias.

As mulheres já são uma per-centagem significativa do corpo ativo”, regista o comandante Mi-guel Fonseca, que fala com “or-gulho” do percurso de Liliana e Marília, dois elementos próxi-mas, uma vez que partilharam consigo toda a carreira até ao momento em que assumiu o co-mando.

“Hoje elas são duas peças fundamentais, basilares, neste corpo de bombeiros”, afiança.

Maria Meireles

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25FEVEREIRO 2013

A insistência da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) junto do Governo para

isentar os bombeiros do pagamento do IRS no âmbito do DECIF foi um dos temas cen-trais das intervenções realizadas durante a cerimónia de inauguração do novo quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Chaves. Na oportunidade, o presidente do conselho executivo da LBP, comandante Jaime Soa-res, chamou a atenção do secretário de Es-tado adjunto do ministro da Administração Interna, Juvenal Peneda, para a necessida-de de isentar do pagamento de IRS as ver-bas recebidas pelos assalariados das asso-ciações, após o seu horário de trabalho quando participam no Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DE-CIF).

Jaime Soares lembrou na ocasião que para debater essa questão estava eminente uma reunião da Liga com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, como entre-tanto veio a acontecer, e da qual damos destaque nesta edição.

O novo quartel da Salvação Pública de Chaves custou cerca de 1,2 milhões de eu-ros e situa-se na zona industrial do Alto da Cocanha, reunindo as condições de opera-cionalidade e conforto que tantos anos tar-daram. A nova localização beneficia tam-bém o tempo de resposta dos bombeiros mas suscita alguma preocupação da parte destes em acederem à nova infra-estrutura instalada agora fora do centro da cidade.

CHAVES

IRS debatido em cerimónia de inauguração

A Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Sines inaugurou com pompa e cir-

cunstância, no passado dia 2 de fevereiro, o novo quartel destinado a área do socorro.

A cerimónia teve início com uma grandiosa for-matura que acolheu as entidades convidadas na nova unidade de socorro, a que se seguiu a bên-ção e inauguração do moderno edifício.

Esta extensão das instalações dos Voluntários de Sines, orçada em 800 mil euros, acolherá a urgência e o socorro, sendo que o antigo quartel assume em exclusivo os serviços de saúde e apoio hospitalar, uma estratégia que o presidente da direção João Santa Bárbara considera funda-mental para “garantir o futuro dos bombeiros, e a certificação do serviço prestado à comunidade”.

Construído numa área de cinco mil metros qua-drados, na zona industrial n.º 2, a nova edificação permite reforçar a operacionalidade do corpo de bombeiros e “servir as grandes empresas” que se-gundo o presidente da direção devem por seu tur-no “apoiar os bombeiros”, para que “crescimento industrial e nível de risco sejam compatíveis com a capacidade de resposta da corporação”.

Vítor Pereira, o comandante interino, salientou que face à dimensão do concelho e os riscos ine-

rentes, o corpo de bombeiros não só necessitava destas novas instalações mas também de mais operacionais nos quadros.

Numa cerimónia marcante para os soldados da paz de Sines, um dos momentos altos a distinção de João Santa Bárbara com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, galardão que também foi entregue aos beneméritos António Pi-menta, Francisco do Ó Pacheco, Carlos Lopes Paulo e José Catarino. A sessão contemplou ainda a apresentação da escola de cadetes e infantes, a promoção de alguns operacionais e a atribuição de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses.

A cerimónia presidida pelo secretário de estado da Administração Interna Filipe Lobo D’Ávila, contou igualmente com as presenças de Manuel Coelho, presidente da Câmara Municipal de Si-nes, bem como do diretor nacional de planea-mento e emergência da ANPC, João Oliveira, do vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, Rodeia Machado, da comandante distrital Pa-trícia Gaspar, do presidente da federação dos bombeiros de Setúbal, Eduardo Correia e repre-sentantes de entidades militares e associações congéneres do distrito.

Sérgio Santos

SINES

Bombeiros já têm unidade de socorroOs Bombeiros de Óbidos adquiriram, recente-

mente, um Veículo Florestal de Combate a Incêndios (VFCI), um investimento na operacio-nalidade, que visa dar resposta “à cada vez mais exigente ação de combate a incêndios”, conforme explica fonte a associação.

O veículo de marca MAN de modelo TGM 13/290 é apresentado como “sofisticado ao nível do equipamento, da bomba acoplada, mas tam-bém dos sistemas de proteção do próprio viatura e da sua guarnição”,

Os Voluntários de Óbidos adiantam, ainda, que o novo VFCI “tem uma boa prestação tanto em estrada como em todo-o-terreno, dispondo de uma caixa de velocidades de baixo e alto regime”. Da mesma forma, é salientado o conforto da ca-bine, uma mais-valia na ótica dos operacionais, nomeadamente, no “período de incêndios flores-tais, quando se torna obrigatória a realização de longas viagens para a prestação de auxílio nas mais variadas regiões do País”.

A segurança pessoal é outro fator a considerar neste veículo, tendo em conta que a guarnição pode dispor de um sistema de ar comprimido com seis saídas diretas facilitando a respiração em ambientes hostis face à existência de muito fumo. O veículo dispõe ainda um sistema de springlers que permite a utilização de água sob a forma de chuveiro, ao longo de todo o chassi e nas 4 rodas, assegurando uma proteção impor-tante na circulação por áreas em chamas ou com temperaturas elevadas.

ÓBIDOS

VFCI chega ao quartel

Foto

s: C

MSin

es

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Mora celebrou o 73.º aniversá-rio, com um programa que inte-grou o tradicional hastear das bandeiras na sede da institui-ção, a missa na Igreja da Mise-

ricórdia e um almoço convívio que reuniu no quartel dirigen-tes, bombeiros e respetivas fa-mílias.

A efeméride realizou-se sob a égide do reconhecimento ao tra-balho desenvolvido pelos bom-

beiros voluntários e dirigentes, marcado pela “dedicação e efi-cácia nos diversos cenários para que foram solicitados, quer no concelho de Mora, quer no apoio aos diversos corpos de bombei-ros de todo o País”.

MORA

Associação assinala 73.º Aniversário

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26 FEVEREIRO 2013

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Lis-

bonenses comemorou o 104.º aniversário com a promoção a bombeiro de 3.ª de 3 elemen-tos. O quarto elemento, uma mulher e enfermeira de profis-são, que também deveria ser sido promovido, acabou por não estar presente dado que, entre-tanto, se viu na contingência de emigrar para a Alemanha.

Este será o caso mais recente com que os Voluntários Lisbo-nenses se confrontam, mas vem provar que o fenómeno da emigração que está a atingir os bombeiros portugueses, afinal, é generalizado.

Três viaturas avariadas, duas ambulâncias e um veículo urba-no de combate a incêndios, são outra das dores de cabeça lem-bradas pelo presidente da dire-ção, Manuel Correia, e pelo co-mandante substituto, António

Freire, nas suas alocuções. Para a reparação de uma ambulân-cia, conforme foi então referido, já reuniram os meios necessá-rios, mas ficam em falta os meios para a reparação das res-tantes viaturas.

Durante a sessão solene co-memorativa, por proposta da Associação, foram atribuídas medalhas de serviços distintos grau cobre aos bombeiros de 3.ª, Maria João Pereira Faustino, Emílio da Ascensão Rodrigues, Justino Gonçalves dos Santos, Rui Daniel Figueira, ao bombeiro de 1.ª Carlos Alberto Rodrigues, ao subchefe João do Carmo Pe-reira e ao adjunto de comando Paulo César Alberto. Foram também entregues medalhas de assiduidade, diplomas de agra-decimento e reconhecimento a várias entidades e ainda aos Bombeiros Voluntários de Mon-telavar, Dafundo e Barcarena.

Foi homenageado com a me-dalha de dedicação dos Lisbo-nenses um antigo funcionário e bombeiro, José Pereira Jacinto, só recentemente retirado ape-sar dos seus 84 anos.

No âmbito da atividade ope-racional foi atribuído, o troféu “Fogo” ao bombeiro de 2.ª An-dré Saraiva, por 48 saídas para fogo em 2012, o troféu “Saúde” ao bombeiro de 3.ª Alexandre

Figueiredo, por 105 emergên-cias e transporte de doentes, e o troféu “Disponibilidade” ao subchefe José Carmo Pereira.

A sessão solene contou com as presenças do comandante do Regimento Sapadores Bom-beiros, coronel Joaquim Leitão, em representação do presiden-te da Câmara Municipal de Lis-boa, do presidente da assem-bleia-geral da instituição, João

Costa Martins, do vice-presi-dente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rui Rama da Sil-va, dos presidente e vice-presi-dente da Reviver Mais, Louren-ço Baptista e França de Sousa, do comandante Manuel Varela, em representação da Federa-ção de Bombeiros do Distrito de Lisboa, do general Governo Maia, a representar a Cruz Ver-melha Portuguesa, do adjunto

do comando distrital de socorro de Lisboa, Francisco Oliveira, o presidente da Junta de Fregue-sia de Arroios, o vice-presiden-te da direção e o comandante substituto dos Bombeiros Vo-luntários Portuenses, Alberto Silva e chefe Luís Sousa, e o presidente do conselho fiscal dos Lisbonenses, Bragança Mendes, entre muitos amigos e convidados.

LISBONENSES

Emigração também atinge instituição

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Aveiro – Ve-

lhos, assinalou o 131.º aniver-sário com um diversificado pro-grama festivo que para além das cerimónias oficiais incluiu o I Torneio Futsal 24h INEM-Bom-beiros, as “II Jornadas Técnicas de Emergência e Intervenção na Crise” e o exercício “Molicei-ro 2013”.

No dia 4 de fevereiro, a en-cerrar os festejos, cumpriu-se a tradição com hastear das ban-deiras, a romagem aos cemité-rios, a missa na Sé de Aveiro e as cerimónias em parada du-rante as quais a associação deu as boas-vindas a 17 novos bombeiros. Na mesma ocasião, foram entregues os prémios aos elementos que mais se des-tacaram na formação e promo-

vidos vários elementos do cor-po ativo.

Das diversas distinções que abrilhantaram a sessão desta-que para o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) entregue a António Tavares Santos, que há 37 anos integra o elenco diretivo dos Bombeiros de Aveiro – Ve-lhos.

O tradicional desfile apeado e motorizado, antecedeu a bênção e inauguração de um Veículo Tanque Tático Urbano (VTTU), adquirido com a com-participação do QREN e uma nova ambulância de transporte de doentes, totalmente custe-ada pela associação, ao que se seguiu a inauguração de uma exposição versando a ativida-de do corpo de bombeiros.

Ainda no âmbito das come-morações, as “II Jornadas Técnicas de Intervenção na Crise dos Bombeiros de Aveiro – Velhos” que juntaram cerca de 100 agentes de proteção ci-vil.

Das intervenções destaque para o Tenente Coronel Médi-co, Dr. Joaquim Cardoso que apresentou o tema “A interli-gação de Meios em Situação de Catástrofe”, bem como para a enfermeira VMER de Aveiro, Paula Rocha, que falou sobre “Acidente na A25 de 23 de agosto de 2010”. Este fó-rum permitiu, igualmente, abordar temáticas como “Pa-pel das Equipas de Apoio Psi-cossocial (EAPS) da ANPC nos Bombeiros” e as “Vivências Traumáticas nos Bombeiros”

Numa outra vertente, regis-to ainda do “I Torneio Futsal 24h Inter-Bombeiros” que jun-tou no Pavilhão Aristides Hall, em Aveiro para além da for-

mação anfitriã, as equipas dos voluntários Arouca, Espinho, Estarreja, Murtosa, Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha e ainda os sapadores do Porto e

de Gaia. Na final, os Sapado-res do Porto derrotaram os de Gaia. O 3.º lugar ficou para a equipa da casa, seguida pelo grupo de Arouca.

AVEIRO

Velhos comemoram 131.º aniversário

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27FEVEREIRO 2013

Armando Batista, o novo co-mandante da Associação

Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Azambuja, tomou posse, recentemente, no de-correr das cerimónias do 81.º aniversário da instituição.

Na sessão que teve lugar no salão nobre da associação o co-mandante Armando Batista, fa-lou da importância de dar con-tinuidade ao “trabalho conjun-to”, prometendo “empenho pessoal nesta função para de-senvolver novos projetos que beneficiem os soldados da paz”.

Já o presidente da direção, André Salema, defendeu a ne-cessidade de “juntar as siner-gias dos agentes de proteção

civil do concelho” para que seja possível estabilizar e articular as funções de socorro. Por ou-tro lado, falou na urgência na aquisição de uma ambulância de socorro o que a par da cria-ção das equipas de primeira in-tervenção permitiria maior efi-cácia na resposta à população.

A apresentação de um veícu-lo de comunicações (VCOC), a promoção de seis estagiários à categoria de bombeiro de 3.ª, e a imposição de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugue-ses a vários elementos consti-tuíram outros momentos mar-cantes das comemorações. Dos muitos agraciados destacam-se pelos anos de serviço respeito-so, distinto e abnegado em prol

do lema “Vida por Vida” o co-mandante QH Pedro Cardoso, o 2.º comandante Marcos Duar-te, o antigo presidente da dire-ção António Duarte entre ou-tros dirigentes.

Associaram-se às cerimó-

nias, entre outras individuali-dades, o presidente da Câmara Municipal de Azambuja Joa-quim Ramos, o vice-presidente da LBP, comandante Adelino Gomes, o comandante distrital da ANPC Elísio Oliveira, o presi-

dente da federação de bombei-ros de Lisboa, António Carvalho e representantes de associa-

ções congéneres do norte do distrito.

Sérgio Santos

AZAMBUJA

Bombeiros recebem novo comandante em dia de festa

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Coja comemorou bodas de ouro no passado dia 27 de janeiro homenageando e distinguindo bombeiros e dirigentes.

O programa festivo teve iní-cio com a romagem ao cemité-rio seguida de uma missa sole-ne em memória dos bombeiros e dirigentes falecidos e ainda o batismo e inauguração de um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI) e de uma am-bulância de transporte de doen-tes (ABTD) apadrinhados pelas autarquias de Pomares e Ben-feita.

Em formatura do corpo ativo acolheu as entidades convida-das com brio demonstrativo de rigor e empenho à causa do vo-luntariado destes operacionais que foram, aliás, agraciados com várias medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Já no decorrer da sessão so-lene, o presidente da assem-bleia geral Carlos Castanheira falou da história da instituição, enaltecendo os feitos dos fun-dadores e dos que nela tem trabalhado voluntariamente ao longo dos anos, num esforço meritório de “bem servir, em prol da comunidade”. A termi-nar o responsável agradeceu a todos os que tem apoiado a as-sociação para que na atualida-de exiba vitalidade, estabilida-de e o dinamismo que lhe per-mitem encarar o futuro com otimismo.

Por sua vez, o comandante Paulo Tavares demonstrou or-gulho nos seus homens e mu-lheres sempre disponíveis para

COJA

Bodas de Ouro e muitas distinções

apoiar a associação e para de-sempenhar de forma exemplar as missões de socorro que lhe são confiadas. Foi numa inter-venção emotiva que o respon-sável operacional relembrou os bombeiros falecidos no verão passado, Patrícia Abreu e Pedro Brito deixando assim palavras de conforto aos restantes ele-mentos, que unidos nesta famí-lia irão continuar a fazer o que melhor sabem: “salvar vidas e bens”.

Contudo o ponto alto das ce-rimónias aconteceu com a en-trega de três crachás de ouro da Liga dos Bombeiros Portu-gueses ao fundador da associa-ção, João Luís Quaresma Nunes e aos bombeiros de 1.ª António Figueiredo e Anselmo Abreu.

A associação viu ainda reco-nhecido o mérito de serviço pú-blico sendo agraciada com a medalha de proteção e socorro,

no grau prata e distintivo azul do ministério da Administração Interna. O galardão foi colocado no estandarte da associação pelo secretário de estado Filipe Lobo D’Ávila e por Jaime Marta Soares presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Na efeméride estiveram ain-da presentes o presidente da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil, Manuel Mateus Couto,

o presidente da Câmara Munici-pal de Arganil Ricardo Pereira Alves, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospi-tal, José Carlos Mendes, o co-mandante António Simões pre-sidente da federação bombeiros de Coimbra e representantes da Guarda Nacional Republicana e de associações congéneres do distrito.

Sérgio Santos

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28 FEVEREIRO 2013

Foi num clima de entusias-mo que os Bombeiros de Baltar festejaram o 85.º

aniversário. Em todos os dis-cursos ficou salientado a dinâ-mica e o otimismo que impera nesta associação.

“Sinto-me muito honrado por ser o comandante de uma casa que conta uma história desta dimensão e faço quanto posso e sei para poder estar à altura da tarefa que me foi confiada”, co-meçou por referir Delfim Cruz.

Em seguida, o comandante

dos BVB evidenciou a aposta na formação que tem elevado a qualidade dos serviços presta-dos pela instituição.

“Não são as viaturas ou as condições mais ou menos luxu-osas do quartel que fazem a di-ferença, mas sim know-how. De nada vale termos as viaturas mais modernas e o equipamen-to mais sofisticado se os recur-sos humanos não detêm o co-nhecimento para os poder utili-zar em pleno. Para isso, tem sido investido muito no conhe-

cimento das bombeiras e bom-beiros desta casa, com um forte apoio e incentivo para a fre-quência em formação mais avançada”, resumiu.

No entanto, para Delfim Cruz, torna-se necessário que também “os Serviços Munici-pais de Proteção Civil tenham um papel mais ativo. No âmbito das suas competências muito há para fazer, para não dizer que quase tudo está por fazer”, criticou.

Já o presidente da direção garantiu que “esta é uma das instituições que, ao nível do so-corro, é das melhor equipada do país”.

Elogios à associação chega-ram ainda do presidente da Fe-deração dos Bombeiros do Dis-trito do Porto.

“Esta corporação é um exem-

BALTAR

Várias homenagens marcam sessão comemorativa

plo de que, num tempo de de-pressão, também há desenvol-vimento e investimento. Aqui não há crise”, referiu José Mi-randa. “Estamos numa infraes-trutura do século XXI no que diz respeito a meios técnicos e hu-manos”, acrescentou o coman-dante distrital da Autoridade Nacional da Proteção Civil, co-ronel Teixeira Leite.

Em dia de aniversário, os Bombeiros de Baltar agradece-ram à ex-governadora civil do distrito do Porto, Isabel Oneto, e ao presidente da câmara de Paredes, Celso Ferreira, o con-tributo dado à construção do seu heliporto com a simbólica colocação de uma placa numa das paredes do quartel.

Heliporto que, em julho de 2010, custou quase dois mi-lhões de euros, mas que, de-

pois da saída do helicóptero do INEM em setembro do ano passado, não dispõe de qual-quer meio aéreo em perma-nência.

“Com a saída do INEM esta infraestrutura parece que está ao abandono, mas não está”, disse o coronel Teixeira Leite, que garantiu haver intenção de melhor aproveitar uma estrutu-ra com capacidade para acolher seis helicópteros e que dispõe de hangar e edifícios de apoio.

Ao nosso jornal Teixeira Leite afirmou, no entanto, que “ainda está a ser estudada a melhor forma de rentabilizar este heli-porto” e que, apenas, “está ga-rantido um helicóptero no Ve-rão”.

Para o comandante dos Bom-beiros de Baltar “é uma pena uma infraestrutura destas estar desaproveitada”. “Não fomos contactados por ninguém quan-do saiu o helicóptero do INEM. É uma decisão incompreensí-vel”, criticou Delfim Cruz.

Aquando da inauguração, o então ministro da Administra-ção Interna, Rui Pereira, anun-ciava um papel importante para

o equipamento de Baltar. “Não servirá apenas para o combate aos fogos florestais. Esta base aérea poderá funcionar ainda como plataforma em missões de segurança, de socorro ou até de controlo de trânsito”, afir-mou Rui Pereira. Já o presiden-te da Empresa de Meios Aéreos, Rogério Pinheiro, dizia que “este heliporto vai ter uma utili-zação plena e articulada com várias forças”.

Celso Ferreira desvalorizou o seu papel na construção do he-liporto de Baltar, mas não dei-xou de se mostrar “sensibiliza-do” com a homenagem presta-da pela corporação.

Em dia de aniversário, dois operacionais foram promovidos à categoria de chefe, enquanto outros dois passaram a subche-fe. Houve ainda nove promo-ções a bombeiros de 1.ª e cinco a 2.ª.

Em destaque esteve também todo o comando. O comandante Delfim Cruz, o 2.º comandante José Aires e o adjunto de co-mando António Ferreira foram homenageados pelos serviços prestados.

Os Bombeiros Voluntários de Baltar (BVB) celebraram 85 anos de existência. A

cerimónia ficou marcada pela homenagem que a associação prestou ao presidente da

Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, e à ex-governadora civil do distrito do Porto,

Isabel Oneto, pelo contributo dado à construção do heliporto.

Na mesma ocasião, a instituição foi surpreendida com o crachá de ouro atribuído

pela Liga de Bombeiros Portugueses.Texto e fotos: Verdadeiro Olhar/Roberto Bessa Moreira

O 36.º aniversário dos Voluntários de Vialonga, assinalado no dia

17 de fevereiro, ficou marcado pela tomada de posse comandante Luís Rodrigues, mas também pela con-decoração de vários bombeiros.

A celebração de uma missa em memória dos bombeiros e dirigen-tes falecidos abriu as celebrações que contemplaram a simbólica ro-magem ao cemitério e a já tradicio-nal deposição de uma coroa de flo-res junto à estátua do bombeiro, já na presença das entidades convida-das.

Já no decorrer da sessão solene, foram entregues medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses a al-guns operacionais, a distinção de vários associados e a incorporação três estagiários, nesta cerimónia promovidos à categoria de bombei-ro de 3.ª. Momento alto foi ainda a cerimónia de tomada de posse de Luís Rodrigues, o novo comandante dos Voluntários de Vialonga.

A questão da necessidade urgen-te de um novo quartel para o corpo de bombeiros foi novamente realça-da tanto pelo presidente da direção

José Luís Rocha como pelo recém--empossado comandante.

Estiveram presentes na sessão di-versas individualidades nomeada-mente Maria Luz Rosinha, presiden-te da Câmara Municipal de Vila Fran-ca de Xira, o comandante Adelino Gomes da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, o comandante distrital Elí-sio Oliveira e ainda Rui Ferreira, da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa e representantes de asso-ciações congéneres do concelho e da Guarda Nacional Republicana.

Sérgio Santos

VIALONGA

Novo comandante e várias condecorações

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29FEVEREIRO 2013

Cerca de 80 jovens bombeiros reuniram-se na Primeira Gala da JuveBombeiro do Distrito de

Aveiro que decorreu em Pampilhosa do Botão, concelho da Mealhada, organizada pelos núcleos de Voluntários de Pampilhosa e de Castelo de Pai-va.

Foram diversas as entidades distinguidas, no-meadamente Herminio Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, que re-cebeu o prémio “Honra e compromisso para com os Bombeiros”.

O autarca partilhou a distinção com todos os bombeiros do seu concelho que “têm sido inexce-díveis no trabalho que realizam. Infelizmente muitas vezes injustamente criticados e só lem-brados em caso de emergência”.

“Este prémio deixa-me bastante orgulhoso”, disse, lançando de seguida o desafio da organiza-

ção da segunda edição do evento aos Voluntários Oliveira de Azeméis.

Na ocasião, foi também distinguido, entre ou-tras individualidades, Francisco Manuel, com o galardão “Bombeiros nos média”. Os Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis ganharam o prémio “Núcleo mais participativo”, numa gala que premiou também delegados e subdelegados em diferentes categorias.

AVEIRO

Distrito promove primeira gala

Uma exposição de miniaturas de bombeiros encontra-se patente em frente ao quartel dos Voluntários de Alverca, no espaço,

habitualmente, ocupado pelo presépio dos soldados da paz.Esta iniciativa tem como responsáveis o subchefe João Correia,

o bombeiro de 1.ª Paulo Martins e o bombeiro de 2.ª Luís Valadas que reuniram cerca de duas centenas de peças das suas coleções nesta mostra enriquecida pela recreação de vários cenários de in-tervenção de acidentes rodoviários, socorro no rio Tejo e linha fér-rea.

Tem sido muitos os curiosos, em especial os mais jovens que dia-riamente visitam o quartel dos Bombeiros Voluntários de Alverca.

Sérgio Santos

ALVERCA

Miniaturas em exposição

No âmbito do Campeonato Mundial de Futsal Feminino, que se realizou em Oliveira de Azeméis, os voluntários da cidade rece-

beram a visita das jogadoras da seleção nacional.Recebidas pelo presidente da direção e pelo comandante no au-

ditório António Rodrigues e Maria Aldina Fernandes, as atletas ofe-receram aos bombeiros uma camisola devidamente autografada e diversos brindes, levaram como recordação medalhas e galharde-tes da associação.

De seguida, no quartel, as atletas experimentaram os capacetes, entraram nas viaturas e trocaram impressões com os operacionais.

De assinalar que, durante os 27 jogos do evento, este corpo de bombeiros manteve, em permanência, um dispositivo que contem-plou, no mínimo, oito operacionais, duas ambulâncias de socorro e diverso material de suporte avançado de vida.

OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Seleção nacional visita CB

Realizou-se o XIV Convívio de Operadores de Comunicações da ZO/01 Porto, constituída pelos bombeiros do concelho de Gon-

domar e Valongo. O encontro que teve como cenário a cidade de Valbom, organi-

zado pelos bombeiros locais, contou com a presença de operadores de Gondomar, Areosa-Rio Tinto, São Pedro da Cova, Ermesinde e Valongo.

O jantar ficou uma vez mais marcado pelo excelente convívio entre todos, num ambiente acolhedor e de harmonia. Entretanto, o “testemunho” foi entregue aos bombeiros da Areosa-Rio Tinto, res-ponsáveis pela organização do próximo convívio.

PORTO

Operadores de comunicação em convívio

em fevereiro de 1993

Rui Dinis é o novo coordenador da Juvebombeiro do distrito de

Vila Real.Rui Dinís que já está a organizar

a equipa de trabalho, assume a missão de promover esta estrutura no distrito e aumentar o número de elementos inscritos ativos, bem como incentivar a promoção de ini-ciativas que possibilitem cativar os jovens para os bombeiros.

O novo coordenador distrital apelou, na oca-

sião, para que os comandantes não criem barreiras e incentivem os mais jovens a integrar esta organização, pois é desses elementos que depen-dem os bombeiros do amanhã.

Nesta reunião extraordinária mar-caram presença, para além de repre-sentantes dos corpos de bombeiros de Vila Real, os coordenadores distri-

tais de Bragança e do Porto e ainda o coman-dante dos Voluntários de Mondim de Basto, que aliás foi o anfitrião deste encontro.

VILA REAL

Juve tem novo coordenador

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30 FEVEREIRO 2013

A Comissão Coordenadora Nacional da Juvebombei-

ro reuniu no passado dia 19 de janeiro nas instalações da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), em Lisboa.

Da agenda da reunião constou a análise e discus-são das propostas de altera-ção ao regulamento desta estrutura, apresentadas por alguns coordenadores distri-tais.

A reunião, coordenada pelo vogal do Conselho Exe-cutivo da LBP, comandante José Morais, proporcionou um debate vivo.

JUVEBOMBEIRO

Comissão Coordenadora Nacional discute regulamento

Foto

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Teixe

ira

Os agrupamentos de escuteiros do Barreiro comemoraram no quartel dos Voluntários do Sul e Sueste, o Dia do Escuteiro,

evento serviu para assinalar a data de fundação do movimento no concelho.

O almoço de confraternização que reuniu centenas de convivas, foi ainda uma excelente ocasião para a promoção da atividade dos bombeiros, tendo em conta que as condições atmosféricas adver-sas verificadas no dia do evento, permitiram aos escuteiros assistir à movimentação excecional dos meios de socorro, bem assim como às operações de comandando e gestão.

BARREIRO

Bombeirosacolhem escuteiros

A Escola de Infantes e Cade-tes dos Voluntários de Vila

Real de Santo António, promo-veu um exercício de assistência a um acidente de viação com vítimas e combate a incêndio no exterior do quartel, iniciativa que visou testar os bombeiros de palmo e meio nas diversas áreas de formação, mas tam-bém a nível emocional.

Os pequenos soldados da paz exibiram perante a comunidade á vontade no ataque a incên-dios nascentes, nas manobras de suporte básico de vida, bem como na extração e imobiliza-ção de vítimas.

Terminado o simulacro, que envolveu dos 33 bombeiritos,

cinco dos quais foram nessa ocasião promovidos a cadetes e outros tantos a estagiários.

Para além elementos da es-cola e dos respetivos formado-res, marcaram presença nesta iniciativa representantes do co-mando e direção da associação, representantes da Proteção Ci-vil Municipal e do Município de Vila Real de Santo António.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Escolinha em simulacro

O quartel dos Voluntários de Caneças acolheu o jantar de

reis da Juvebombeiro do distrito de Lisboa.

Cerca de 40 os jovens, em re-presentação de alguns corpos de bombeiros do distrito, estiveram presentes nesta iniciativa que teve como objetivo debater o fu-turo deste órgão distrital e a di-namização de atividades, mas, também a partilha de ideias e experiências, nomeadamente no que diz respeito à legislação, an-gariação de fundos e o recruta-mento de reforços para as filei-ras dos corpos de bombeiros.

Os coordenadores da Juve-bombeiro de Castelo Branco e de Setúbal, David Monteiro e Nuno Delicado, respetivamen-

te, marcaram presença neste encontro transmitindo conse-lhos e ideias inovadoras que permitam assegurar o futuro

deste movimento a nível nacio-nal.

Após um debate produtivo que contou com as interven-ções do coordenador de Lisboa, Sandro Lopes e do delegado do núcleo de Caneças, Tiago San-tos, realizou-se um jantar con-vívio que terminou com uma animada sessão de karaoke.

Esta iniciativa organizada pe-los Voluntários de Caneças e da Póvoa de Santa Iria, contou com o apoio da Federação de Bombeiros do Distrito de Lis-boa.

Sérgio Santos

CANEÇAS

Jovens bombeiros debatem futuro

Paulo Soares, bombeiro de 3.ª, foi, recentemente, eleito

delegado do Núcleo de Fafe da Juvebombeiro.

Ainda antes da votação o co-mandante e o 2.º comandante agradeceram e deram os para-béns aos delegados que cessa-ram funções, sublinhando a “dedicação e o magnífico traba-lho desenvolvido ao longo des-tes últimos 3 anos, nomeada-mente por Pedro Cunha (dele-gado) e Filipa Ribeiro (Sub-Delegada)”. Na ocasião, foi ainda real-çado que o excelente trabalho realizado “deixou a fasquia muito alta para o novo delegado”.

Depois da eleição Paulo Soares assumiu o compromisso de “di-namizar e criar mais coesão entre os membros da Juvebombeiro e conseguir ainda agarrar os restantes elementos dos diferentes quadros, que não fazem parte da estrutura, a colaborar nas ativi-dades”.

FAFE

Juvebombeirotem novo delegado

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31FEVEREIRO 2013

ANIVERSÁRIOS1 de MarçoBombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo . .91Bombeiros Voluntários de Samora Correia. . . 38Bombeiros Voluntários de Vila de Rei . . . . . . 362 de MarçoBombeiros Voluntários de Castro de Aire. . . 135Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca . . . 783 de MarçoBombeiros Voluntários de Tabuaço . . . . . . . . 81Bombeiros Voluntários do Beato e Olivais . . . 814 de MarçoBombeiros Voluntários de Belmonte . . . . . . . 595 de MarçoBombeiros Voluntários de Cerva. . . . . . . . . . 316 de MarçoBombeiros Municipais de Alpiarça. . . . . . . . . 647 de MarçoBombeiros Voluntários de Alvaiázere . . . . . . 738 de MarçoBombeiros Voluntários de São Bartolomeu de Messines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Bombeiros Voluntários de Canha . . . . . . . . . 309 de MarçoBombeiros Voluntários de Colares . . . . . . . 123Bombeiros Voluntários de Fontes . . . . . . . . . 4711 de MarçoBombeiros Municipais da Figueira da Foz. . . 148Bombeiros Voluntários do Dafundo. . . . . . . 10113 de MarçoBombeiros Sapadores de Coimbra . . . . . . . 23215 de MarçoBombeiros Voluntários de Moscavide e Portela 86Bombeiros Voluntários de Mesão Frio . . . . . . 75Bombeiros Voluntários de Resende. . . . . . . . 6316 de MarçoBombeiros Voluntários de Amarante . . . . . . . 91

Bombeiros Voluntários de Fão . . . . . . . . . . . 87Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem . 48Bombeiros Voluntários de Torre Dona Chama 3517 de MarçoBombeiros Voluntários da Graciosa. . . . . . . . 3218 de MarçoBombeiros Voluntários de Braga . . . . . . . . 13619 de MarçoBombeiros Voluntários de Guimarães . . . . . 136Bombeiros Voluntários de Monção . . . . . . . 11320 de MarçoBombeiros Voluntários de Leixões . . . . . . . . 8221 de MarçoBombeiros Municipais de Tavira . . . . . . . . . 125Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital . .91Bombeiros Voluntários de Melgaço . . . . . . . . 86Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro . 3922 de MarçoBombeiros Municipais de Viana do Castelo . 23323 de MarçoBombeiros Voluntários de Vendas Novas . . . . 8724 de MarçoBombeiros Voluntários de Gonçalo . . . . . . . . 3325 de MarçoBombeiros Voluntários de Barcarena . . . . . 133Bombeiros Voluntários de Albufeira . . . . . . . 3626 de MarçoBombeiros Voluntários Viseenses . . . . . . . . 12729 de MarçoBombeiros Voluntários de Aguda . . . . . . . . . 88Bombeiros Privativos Toyota Caetano . . . . . . 2930 de MarçoBombeiros Voluntários de Mafra. . . . . . . . . . 85Bombeiros Voluntários de Montelavar . . . . . . 30

Fonte: Base de Dados LBP

Tenho aqui à minha frente uma pequena medalha alu-

siva a um acontecimento pas-sado no longínquo ano de 1936. Encontrei-a por acaso guardada numa estante do Mu-seu de Araújo Correia, como é assim conhecido o museu dos bombeiros da Régua.

Chamou-me a atenção tam-bém por ser um objeto com uma incomum simplicidade es-tética, embora o seu valor his-tórico me tenha despertado mais curiosidade.

Antes de aí repousar, como um cadáver que repousa em vala, deve ter sido objeto de culto e um bem precioso que deve ter feito parte do historial do quartel que esteve instalado numa humilde casa, no Cimo da Régua. Se não fosse um ob-jeto de valor histórico, teria tido um destino diferente, não teria chegado com o seu brilho e memória do seu ao nosso tempo.

Por si só, a medalha conta--nos a sua verdadeira história, isto é, revela uma história de uma cerimónia festiva que in-tegrou no, seu programa de atividades, uma Parada de Bombeiros. Como tal, atual-mente, embora pareça ter uma função meramente decorativa, ela certifica um reconhecimen-to público pela participação do Corpo de Bombeiros da Régua.

Pois, era só isto que a meda-lha me deixava entrever do seu passado e, assim, justificava a sua existência no museu dos bombeiros da Régua, até que dia questionei o meu amigo Co-mandante Álvaro Ribeiro, dos Bombeiros da Cruz Branca que, embora desconhecendo da sua existência, tratou de me encon-trar a informação que eu procu-rava para responder a algumas das minhas dúvidas: Quem or-ganizou esta parada? Os bom-beiros de cima ou bombeiros de baixo? Que ruas percorreram? Quantas corporações desfila-ram? Como foi a reação da po-pulação que assistiu?

Tempo mais tarde, a precio-

sa informação veio-me direiti-nha nas páginas digitalizadas do jornal O Vilarealense, nas edições de 26 de maio e de 25 de junho de 1936. A primeira informava que no dia 14 de ju-nho, desse ano, se realizava a “Parada Solene de Bombeiros com a participação de todas as corporações do distrito” e, na segunda lia-se na notícia De-pois das Festas, o seguinte: “Sobre a Parada de Bombeiros, diremos que teve um brilho inexcedível, sendo merecedora de todos os elogios as duas Corporações que a organiza-ram”.

Quem organizou esta parada de bombeiros, pretendeu imitar as primeiras paradas de bom-beiros portugueses realizadas com sucesso no Porto e em Lis-boa. Era moda os bombeiros organizarem estas iniciativas para o público, de forma a des-tacar a sua afirmação e impor-tância no seio da sociedade.

Confesso que, depois de par-tilhar a informação recolhida no velho jornal, não tenho mais nenhuma informação para sa-tisfazer a curiosidade do leitor mais curioso pelo passado dos bombeiros. Quem a tiver, peço aqui que nos ajude a completar as memórias que evoca esta medalha rara, que vai voltar,

outra vez, a ocupar o seu lugar no silêncio do museu dos bom-beiros da Régua.

Talvez, a partir de agora, não seja mais observada como uma raridade de um momento de glórias esquecidas na grande história dos Bombeiros da Ré-gua, mas como um verdadeiro e singelo documento que recor-da uma inédita Parada de Bom-beiros, realizada na cidade de Vila Real, por ocasião das Fes-tas da Cidade de 1936.

Digo inédita parada de bom-beiros, mas deveria dizer a úni-ca que aconteceu na capital do nosso “reino maravilhoso”, o que prova a ousadia dos bom-beiros de Vila Real, que foram capazes de se unirem e de mostrarem à sociedade a sua força e o seu exemplo de altru-ísmo, generosidade e de verda-deiro serviço público.

Uma parada de bombeiros que fez história, se bem que te-nha ficado até hoje esquecida, mas que será sempre uma ad-mirável realização dos bombei-ros transmontanos - durienses.

Toda esta história, devo di-zer, me conta a medalha que já não tenho diante de mim. Vol-tou ao seu museu para refazer uma nova página da História dos Bombeiros da Régua.

José Alfredo Almeida

Uma Parada de Bombeiros

A conceção de uma Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários deve consistir e assen-

tar num modelo de resposta integrada, dinâmica e evolutiva, baseado no conhecimento global da realidade onde a intervenção é imprescindível, tendo em conta nomeadamente as características sociais, económicas, ambientais, culturais, as ne-cessidades e os recursos existentes na comuni-dade onde está inserida.

Deverá ser elaborado um diagnóstico aprofun-dado junto da comunidade, o qual irá contribuir para a construção e consolidação da Associação. Este diagnóstico pode ser feito de uma forma simples, sucinto, claro e dinâmico através do le-vantamento participativo dos intervenientes e atualizado para a comunidade à qual se refere.

A subsistência da Associação vai depender de parcerias, apoios governamentais e da sociedade local.

Tem de haver uma responsabilização envolven-te de todas as partes, principalmente do Governo e da comunidade onde está inserida a Associa-ção. Essa responsabilização, refere-se à gestão dos recursos humanos e materiais, mas também tem por obrigatoriedade, manter sempre junto da população local, uma consciência dos proble-mas inerentes à criação e manutenção da Asso-ciação.

A criação da Associação, obedece a princípios e objetivos que têm de ser delineados antes mes-mo da sua criação. O objetivo principal é possibi-litar e proporcionar cuidados totais aos utilizado-res, nas áreas da saúde, incêndios e socorro a náufragos com a participação dos intervenientes, entidades locais e governamentais.

As Associações Humanitárias de Bombeiros Vo-luntários têm um âmbito local, uma área geográ-fica previamente definida mas de algum modo pode abrir-se a outras comunidades, quer locais ou mesmo regionais. Neste caso, são muito im-portantes, o envolvimento de outras Associações, entidades locais e governamentais.

O funcionamento e a localização da Associa-ção, deve ser o mais próximo possível da popula-ção que irá ser servida pela mesma porque deste modo consegue estar atualizada e “atual” em re-

lação aos problemas da comunidade onde está inserida, podendo assim dar resposta, sempre que possível, a esses problemas. Poderá também deste modo “moldar-se” e envolver a comunida-de local nos problemas da mesma.

Os recursos humanos da Associação, deverão basear-se numa equipa de elementos tecnica-mente bem preparados e formados nas diferen-tes áreas de atuação, para responderem diaria-mente às solicitações da população.

A instalação da Associação poderá ser feita uma estrutura de construção de raiz, ou adaptar--se uma estrutura já existente. No entanto, não deverão ser esquecidos os espaços para os meios materiais, as estruturas de apoio aos mesmos e os espaços para os recursos humanos que traba-lham diariamente na Associação.

Luís PicançoComandante do Corpo

dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo

A conceção das associações humanitárias de bombeiros voluntários

O comandante Henri-que Geraldes Mota,

sócio de mérito e Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, foi recentemente agra-ciado com título de “Ci-dadão Honorário” da ci-dade de Balneário – Pi-çarras, no Brasil. O pre-sidente da câmara local, Óscar Francisco Pedro-so, efetuou a entrega do diploma numa cerimónia testemunhada por vere-adores e muito popula-res, mas também pela esposa, filhos e demais familiares do comandan-te Mota.

BRASIL

Homenagemao comandante Geraldes Mota

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32 FEVEREIRO 2013

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: Elemento Visual – Design e Comunicação, Lda. – Apartado 27, 2685-997 Sacavém – Telef.: 302 049 000 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Dizem-me que não foi o combinado com a nossa Liga mas o que é certo

é que aquela portaria que saiu agora é a porta para mandar o código 4000 para as ortigas. Isso quer dizer, segun-do me explicaram, que na emergência pré-hospitalar os CDOS podem deixar de registar esse tipo de serviço. Se isso acontecer, quer dizer que 80 por cento dos serviços que prestamos podem dei-xar de merecer o devido registo. Então porque está na lei que uma das mis-

sões dos bombeiros até é a emergência pré-hospitalar? Já não percebo nada o que se passa. Combinamos uma coisa com o Estado, como me disseram e de-pois passam-nos a perna? Será assim? Só espero que alguém explique por que aqui na nossa associação ficou tudo as-sustado. No papel vamos passar a fazer menos serviços? Na realidade nada mudou mas também ninguém diz que não vai mudar.

Agora outro tema que tem a ver com

o inverno. O presidente lá das Estradas veio dizer outro dia, como me mostra-ram, que há limpa-neve a mais e que também quer acabar como os postos SOS. Não sei se há limpa-neve a mais ou se os que existem estão mais utili-zados. Muitas vezes se calhar só pen-sam nessas viaturas para abrir o cami-nho aos turistas. Mas há muita gente que não é turista, vive cá e que precisa que lhe limpem os caminhos para irem à vida deles, ao trabalho, aos hospitais

ou às escolas. Será que esses não me-recem? E neste caso dizem-me que ainda á falta de equipamentos para chegar às aldeias e aos lugares para le-var as crianças à escol ou as refeições aos velhinhos como outro dia aqui fize-mos durante vários dias.

Eu acho que não podemos continuar a vida a ver dar com uma e atirar com a outra. Achava que as coisas quando se desenvolvem é para ir em frente e para não voltar atrás. Agora anda tudo

ao contrário. E esta do código 4000, deus nos livre, não dá para perceber.

[email protected]

Mandaram o 4000 às ortigas?

LOUVOR/REPREENSÃOÀs associações de bombei-

ros, Espinhenses, Aveiro-Ve-lhos e outras, pelos exercícios realizados em hotéis, com os quais acabam também por apoiar e incentivar o turismo.

À Refer pela falta de respos-ta às questões apresentadas pelos bombeiros acerca das condições de segurança para a circulação de comboios na Li-nha de Cascais.

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou, no passado dia 17 de fevereiro, um refor-

ço de “mais cinco ou seis meios” aéreos para o dispositi-vo de combate a incêndios de 2013 e que o DECIF 2013 deverá ser apresentado “dentro de poucas semanas”. “Verificarão na altura, tal como eu tenho prometido, que não haverá nenhum corte, pelo contrário, vai haver um crescimento de apoio às estruturas da proteção civil”, salientou. Miguel Macedo prevê que Portugal possa ter em 2013 “cinco ou seis meios aéreos a mais” em relação àqueles que estiveram disponíveis no ano passado. Em causa, e ao que o ‘BP’ apurou, o ministro deverá estar a

estudar a inclusão de meios de “vigilância” e “preven-ção”, propriedade quer das forças armadas, quer do gru-po Afocelca.

O governante referiu ainda que, até ao final do mês, o Governo possui um calendário “muito exigente” na área da proteção civil. “Temos prontos cinco diplomas que constituem uma alteração importante no domínio da proteção civil”, salientou. O ministro adiantou que, até ao final do mês, serão introduzidas “alterações impor-tantes” na estrutura de formação dos bombeiros, com a reconfiguração daquilo que é a Escola Nacional de Bom-beiros, a plena utilização das unidades locais de forma-

ção, a possibilidade de um sistema de formação que seja mais adequado em relação às exigências de hoje.

Miguel Macedo anunciou também que este fundo “vai finalmente pôr em prática o sistema de vigilância médi-ca” dos voluntários. “Este sistema já estava previsto há muito tempo na lei, nunca foi concretizado. O que ficou acertado foi que será da responsabilidade da Liga a montagem do sistema”, salientou. O Estado, prometeu o governante, dotará o fundo social com os meios neces-sários para que tudo isto possa funcionar sem falhas, em tempo e pagando os compromissos que são pedidos”.

Patrícia Cerdeira

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Mais aeronaves para vigilância

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A Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) vai realizar no

Barreiro o primeiro Conselho Na-cional (CN) de 2013, dos três es-tatutariamente previstos. A reu-nião, que conta com o apoio da Câmara Municipal do Barreiro, vai decorrer nas instalações do museu industrial e centro de do-cumentação criado pela Quimi-parque, atual Baía do Tejo, SA.

O conjunto museológico, onde se enquadra também um núcleo dedicado ao antigo cor-po de bombeiros privativo da CUF, é o registo histórico de um dos mais importantes comple-xos industriais europeus do sé-culo XX. O museu acolhe um

conjunto alargado e diversifica-do de equipamentos industriais de diferentes épocas e um acer-vo documental e iconográfico igualmente importante.

O museu onde vai decorrer o CN da LBP está instalado na an-tiga central a diesel datada de 1935 e recuperada a partir de 1999.

CONSELHO NACIONAL DA LBP

Próxima reunião no Barreiro

Começaram já a dar entrada na Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) as candida-

turas ao Prémio Bombeiro de Mérito 2012, cujo prazo de entrega termina 8 de março próximo, de acordo com o estabelecido no Re-gulamento. Recorde-se que os atos praticados por bombeiros passíveis de candidatura deve-rão ter ocorrido obrigatoriamente no decurso de 2012.

Para a edição do Prémio de 2012 a LBP con-ta novamente com o patrocínio do Montepio Geral. O Prémio tem um valor pecuniário de 5 mil euros, distribuídos pelo vencedor, 3 mil eu-

ros e pelo corpo de bombeiros a que pertence, 2 mil, além do diploma e respetivo troféu.

As candidaturas serão analisadas até final de março pela Comissão de Nomeação e, após a sua seleção, serão presentes até final de abril ao Júri Nacional do Prémio para deci-são.

Além de galardoar o Bombeiro de Mérito, o Prémio prevê Menções Honrosas para Câmara Municipal, Dirigente Associativo, Elemento do Quadro de Comando, Personalidade Empresa-rial ou Empresa e Personalidade da Sociedade Portuguesa.

BOMBEIRO DE MÉRITO 2012

Candidaturas até 8 de março