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Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a Trabalhadores contratados para prestar serviços no exterior a Trabalho noturno a Trabalho temporário Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 37/2014 / a Previdência Social Cadastramento de empresas e segurados no INSS 01 / a IOB Setorial Serviços Fiscalização das normas de proteção ao trabalho doméstico 10 / a IOB Comenta A obrigatoriedade e as consequências da concessão da carta de refe- rência ao ex-empregado 11 / a IOB Perguntas e Respostas Cadastramento de empresas e segurados no INSS Contrato social - Alteração - Comunicação 12 Obra de construção civil - Matrícula - Encerramento 12 Obra de construção civil - Matrícula - Utilização 13 Obra de construção civil executada no exterior - Matrícula - Obriga- toriedade 13 Pessoa jurídica - Inscrição no INSS - Formalização 13 Titular de cartório - Matrícula - Obrigatoriedade 13

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Page 1: IOB - Legislação Trabalhista - nº 37/2014 - 2ª Sem Setembro · 3. do tipo de ocupação do titular de acordo com tabela do Código Bra-sileiro de Ocupações - CBO; 4. da forma

Boletimj

Manual de Procedimentos

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Veja nos Próximos Fascículos

a Trabalhadores contratados para prestar serviços no exterior

a Trabalho noturno

a Trabalho temporário

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Fascículo No 37/2014

/a Previdência SocialCadastramento de empresas e segurados no INSS . . . . . . . . . . . . . . 01

/a IOB Setorial

ServiçosFiscalização das normas de proteção ao trabalho doméstico . . . . . . . 10

/a IOB ComentaA obrigatoriedade e as consequências da concessão da carta de refe-rência ao ex-empregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB Perguntas e Respostas

Cadastramento de empresas e segurados no INSSContrato social - Alteração - Comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Obra de construção civil - Matrícula - Encerramento . . . . . . . . . . . . 12Obra de construção civil - Matrícula - Utilização . . . . . . . . . . . . . . 13Obra de construção civil executada no exterior - Matrícula - Obriga-toriedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Pessoa jurídica - Inscrição no INSS - Formalização . . . . . . . . . . . . . 13Titular de cartório - Matrícula - Obrigatoriedade . . . . . . . . . . . . . . 13

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Legislação trabalhista e previdenciária : procedimentos : cadastramento de empresas e segurados no INSS.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2248-4

1. Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série.

CDU-34:368.4(81)(094)14-09068 -34:331(81)(094)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

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Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista e Previdenciária

Boletimj

37-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 CT

A inscrição dos segurados contribuinte individual, empregado

doméstico, segurado especial e facultativo será feita uma única vez,

perante o INSS, observadas as normas por este estabelecidas, e o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) a eles atribuído deverá ser utilizado

para o recolhimento de suas contribuições

a Previdência Social

Cadastramento de empresas e segurados no INSS SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceitos 3. Cadastros gerais 4. Cadastro Específico do INSS (CEI) 5. Matrícula de obra de construção civil 6. Matrícula de estabelecimento rural de produtor rural

pessoa física 7. Matrícula de estabelecimento rural de segurado

especial 8. Encerramento de matrícula do CEI 9. Inscrição de segurado contribuinte individual, de

empregado doméstico, de segurado especial e de facultativo

10. Encerramento da atividade de segurado contribuinte individual, de empregado doméstico e de segurado especial

11. Senhas eletrônicas

1. INtrodução

A Instrução Normativa RFB nº 971/2009, da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dispõe sobre normas gerais de tributação previden-ciária e de arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e as destinadas a outras entidades ou fundos (terceiros), estabelece procedimentos aplicáveis à arrecadação dessas contribuições pela RFB, bem como sobre o cadastramento dos sujeitos passivos, objeto deste texto.

2. CoNCeItoS

2.1 empregador doméstico

É a pessoa, a família ou a entidade familiar que admite empregado doméstico a seu serviço, mediante remuneração e sem finalidade lucrativa.

2.2 empresa

É o empresário ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e as entidades da administração pública direta ou indireta.

2.3 Segurado obrigatório

É a pessoa física que exerce atividade remune-rada abrangida pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) na qualidade de empregado, traba-lhador avulso, empregado doméstico, contribuinte individual e segurado especial.

2.4 Segurado facultativo

É a pessoa física maior de 16 anos de idade que, por ato volitivo,

se inscreva como contribuinte da Previdência Social, desde que não exerça atividade remu-nerada que implique filiação obrigatória a qualquer regime de

Previdência Social no País.

2.5 Cadastro

É o banco de dados contendo as infor-mações de identificação dos sujeitos passivos na

Previdência Social.

2.6 Matrícula

É a identificação dos sujeitos passivos perante a Previdência Social, podendo ser o número do:

a) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para as empresas e equiparados a ele obriga-dos; ou

b) Cadastro Específico do INSS (CEI) para:b.1) equiparados a empresas desobrigados

da inscrição no CNPJ;

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37-02 CT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

b.2) obra de construção civil;b.3) produtor rural contribuinte individual;b.4) segurado especial;b.5) titular de cartório;b.6) adquirente de produção rural; eb.7) empregador doméstico.

3. CadaStroS geraIS

Os cadastros da Previdência Social são consti-tuídos dos dados das empresas, dos equiparados a empresas e das pessoas físicas seguradas.

Notas

(1) Os arts. 38, 39, 40, 41 e 42 da Instrução Normativa INSS nº 45/2010 dispõem:

“Art. 38. Considera-se inscrição, para os efeitos na Previdência Social, o ato pelo qual a pessoa física, é cadastrada no Cadastro Nacional de Infor-mações Sociais - CNIS, mediante informações prestadas dos seus dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis à sua caracterização.

Parágrafo único. A pessoa física é identificada no CNIS por intermédio de um NIT - Número de Identificação do Trabalhador, que poderá ser NIT Previdência ou NIT PIS/PASEP/SUS ou outro NIS - Número de Identificação Social, emitido pela Caixa Econômica Federal - CEF.

Subseção I

Do filiado

Art. 39. Filiado é aquele que se relaciona com a Previdência Social na qualidade de segurado obrigatório ou facultativo, mediante contribuição.

§ 1º A inscrição do filiado será formalizada:

I - para o empregado e trabalhador avulso: pelo preenchimento, de res-ponsabilidade do empregador, dos documentos que os habilitem ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho no caso de empregado, observado o disposto no art. 42, e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso, com inclusão automática no CNIS proveniente da declaração prestada em GFIP;

II - para o empregado doméstico:

a) que ainda não possui cadastro no CNIS, a inscrição em NIT Previ-dência será feita pelas informações prestadas pelo segurado, decla-rando sua condição e exercício de atividade;

b) que já possui cadastro no CNIS em NIT PIS/PASEP ou SUS, me-diante inclusão de atividade/ocupação em seu cadastro com base nas informações que ele prestar para identificação e classificação nessa categoria, observado o disposto no inciso V do art. 55; e

c) para o cadastramento do empregado doméstico, decorrente de re-clamatória trabalhista, inexistindo a inscrição, esta deverá ser feita considerando como início de atividade a data da inscrição, gerada pelo sistema de cadastramento de pessoa física, na impossibilidade de comprovação para fins da retroação da Data de Início das Contri-buições - DIC;

III - para o contribuinte individual:

a) que ainda não possui cadastro no CNIS, a inscrição em NIT Previdên-cia será feita pelas informações prestadas pelo filiado ou pela pessoa jurídica tomadora dos serviços, declarando sua condição e exercício de atividade, nos termos do § 2º do art. 4º da Lei nº 10.666, de 2003; e

b) que já possui cadastro no CNIS em NIT PIS/PASEP ou SUS, me-diante inclusão de atividade/ocupação em seu cadastro e havendo contribuições já recolhidas, deverá ser observado o primeiro paga-mento sem atraso;

IV - para o segurado especial:

a) a inscrição será feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação:

1. da forma do exercício da atividade, se individual ou em regime de economia familiar;

2. da condição no grupo familiar, se titular ou componente;

3. do tipo de ocupação do titular de acordo com tabela do Código Bra-sileiro de Ocupações - CBO;

4. da forma de ocupação do titular vinculando-o à propriedade ou à embarcação em que trabalhe; e

5. da propriedade em que desenvolve a atividade, se nela reside ou o município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo grupo familiar, podendo ser exigida pelo INSS a documentação que comprove estas informações para fins de homologação do período de atividade na condição de segurado especial;

b) as informações sobre o segurado especial constituirão o Cadastro do Segurado Especial, observadas as demais disposições deste inciso, podendo o INSS firmar convênio com órgãos federais, es-taduais ou do Distrito Federal e dos Municípios, bem como com entidades de classe, em especial as respectivas confederações ou federações;

c) na impossibilidade da inscrição do Segurado Especial ser efetuada pelo próprio filiado, ela poderá ser providenciada por Entidade Re-presentativa por meio da Internet no portal eletrônico www.previden-cia.gov.br, em módulo próprio, com senha de acesso específica, mediante convênio firmado entre o INSS e a Entidade, observadas as demais disposições deste inciso;

d) as informações contidas no cadastro de que trata a alínea ‘b’ deste inciso não dispensam a apresentação dos documentos previstos no inciso II do § 2º do art. 62 do RPS, exceto as que forem obtidas e acolhidas pela Previdência Social diretamente de banco de dados disponibilizados por órgãos do poder público;

e) a aplicação do disposto neste inciso não poderá resultar nenhum ônus para os segurados, sejam eles filiados ou não às entidades conveniadas;

f) as informações obtidas e acolhidas pelo INSS, diretamente de ban-cos de dados disponibilizados por órgãos do poder público, serão utilizadas para validar ou invalidar informação para o cadastramento do segurado especial, bem como quando for o caso, para deixar de reconhecer no segurado essa condição;

g) o segurado especial integrante de grupo familiar que não seja pro-prietário do imóvel rural ou embarcação em que desenvolve sua ati-vidade deve informar, no ato da inscrição, conforme o caso, o nome e o Cadastro de Pessoa Física - CPF do parceiro ou meeiro outorgan-te, arrendador, comodante ou assemelhado;

h) para a manutenção do cadastro o segurado especial ou a entidade representativa poderá declarar anualmente o exercício da atividade rural, por meio de aplicativo próprio disponibilizado no sítio da Previ-dência Social, em www.previdencia.gov.br;

i) para aquele que já possui cadastro no CNIS, o próprio segurado ou a entidade representativa poderá efetuar a complementação ou manutenção dos dados cadastrais, a fim de caracterizá-lo como Se-gurado Especial; e

j) nos locais onde não esteja disponível o acesso a Internet, para o cadastramento, complementação das informações e manutenção da atividade do segurado especial, poderão ser utilizados pelas en-tidades representativas os Anexos XXXV e XXXVI e pela Fundação Nacional do Índio - Funai, o Anexo XXXVII, para posterior inclusão dos dados no Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS; e

V - para o facultativo: mediante cadastramento via NIT Previdência ou por intermédio da inclusão dessa condição em NIT PIS/PASEP/SUS e haven-do contribuições já recolhidas, deverá ser observado o primeiro pagamento em dia.

§ 2º Após efetivada a inscrição no CNIS, será emitido e fornecido ao filiado o comprovante de inscrição, que tem por finalidade consolidar as in-formações do cidadão, orientá-lo quanto a seus direitos, deveres e sobre o cadastramento de senha para auto atendimento.

§ 3º Na impossibilidade de a inscrição ser efetuada pelo próprio filiado, ela poderá ser providenciada por terceiros, sendo dispensado o instrumento de procuração no ato da formalização do pedido, observado o previsto na alínea ‘c’ do inciso IV do § 1º deste artigo.

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37-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

§ 4º Nos casos dos incisos II, III e IV do § 1º deste artigo, o INSS poderá solicitar a comprovação das informações prestadas a qualquer tempo, caso necessário, para atualização de dados de cadastro.

Art. 40. Observado o disposto nos incisos II a V do art. 39, as inscrições do empregado doméstico, contribuinte individual, segurado especial e facul-tativo, poderão ser efetuadas no INSS:

I - nas Agências da Previdência Social - APS;

II - pela Central de Atendimento Telefônico 135; ou

III - por meio da Internet no portal eletrônico www.previdencia.gov.br.

Art. 41. A inscrição formalizada por segurado em categoria diferente daquela em que a inscrição deveria ocorrer, deve ser alterada para a catego-ria correta mediante apresentação de documentos comprobatórios, inclusive alterando-se as respectivas contribuições, quando pertinente.

Art. 42. Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a inscrição post mortem do segurado especial, obedecidas as condições para sua ca-racterização.

§ 1º A inscrição post mortem será solicitada por meio de requerimento pelo dependente ou representante legal, sendo atribuído o NIT Previdência somente após comprovação da atividade alegada.

§ 2º Não serão consideradas a inscrição post mortem e as contribui-ções vertidas após a extemporânea inscrição para efeito de manutenção da qualidade de segurado, salvo na hipótese de inscrição no PIS, autorizada e incluída pela CEF.

§ 3º Na situação prevista no § 1º deste artigo, quando não comprovada a condição de segurado especial, poderá ser atribuído NIT junto à Previdên-cia na qualidade de ‘não filiado’, para fins de requerimento de pensão por morte pelos seus dependentes. (NR)”

(2) A Circular Caixa nº 659/2014 estabelece os procedimentos pertinen-tes ao cadastramento do trabalhador no Cadastro Número de Identificação Social (NIS/PIS).

3.1 Inscrição ou matrícula - Prazo - responsabilidade

A inscrição ou a matrícula serão efetuadas, con-forme o caso:

a) simultaneamente com a inscrição no CNPJ, para as pessoas jurídicas ou equiparados;

b) no CEI, no prazo de 30 dias contados do iní-cio de suas atividades, para o equiparado à empresa, quando for o caso, o produtor rural contribuinte individual, o segurado especial e a obra de construção civil, sendo responsável pela matrícula:b.1) o equiparado à empresa isenta de regis-

tro no CNPJ;b.2) o proprietário do imóvel, o dono da obra

ou o incorporador de construção civil, pessoa física ou pessoa jurídica;

b.3) a empresa construtora, quando contratada para execução de obra por empreitada to-tal, observado o disposto no subitem 5.8.3;

b.4) a empresa líder do consórcio, no caso de contrato para execução de obra de cons-trução civil mediante empreitada total ce-lebrado em nome das empresas consor-ciadas;

b.5) o produtor rural contribuinte individual e o segurado especial;

b.6) o titular de cartório, sendo a matrícula emi-tida no nome do titular, ainda que a res-pectiva serventia seja registrada no CNPJ;

b.7) a pessoa física não produtor rural que ad-quire produção rural para venda, no va-rejo, a consumidor pessoa física, nos ter-mos do inciso II do § 7º do art. 200 do Re-gulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999;

b.8) o consórcio, no caso de contrato para execução de obra de construção civil mediante empreitada total celebrado em seu nome.

Nota

O § 7º do art. 200 do RPS dispõe:

“Art. 200. A contribuição do empregador rural pessoa física, em subs-tituição à contribuição de que tratam o inciso I do art. 201 e o art. 202, e a do segurado especial, incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, é de:

[...]

§ 7º A contribuição de que trata este artigo será recolhida:

[...]

II - pela pessoa física não produtor rural, que fica sub-rogada no cum-primento das obrigações do produtor rural pessoa física de que trata a alínea ‘a’ do inciso V do caput do art. 9º e do segurado especial, quando adquire produção para venda, no varejo, a consumidor pessoa física; ou

[...].”

3.2 empregador doméstico

O empregador doméstico, para fins de recolhi-mento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), deverá providenciar sua matrícula no CEI, a qual o identificará como tal para quaisquer vínculos subsequentes nessa condição.

3.3 Constituição do crédito tributário ou parcelamento de débito

Para fins de constituição do crédito tributário ou de parcelamento de débito, inclusive o decorrente de recla-matória trabalhista, de responsabilidade de empregador doméstico, deverá ser lhe atribuída, de ofício, uma matrí-cula CEI vinculada ao NIT já existente do empregado doméstico ou ao NIT a ele atribuído de ofício.

3.4 Cooperativa de trabalho e produção - Pessoa jurídica

As cooperativas de trabalho e de produção e a pessoa jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição, no INSS, dos seus cooperados ou contribuintes indivi-duais contratados, respectivamente, caso esses não

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37-04 CT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

comprovem sua inscrição na data da admissão na cooperativa ou da contratação pela empresa.

3.5 Órgãos da administração pública direta e indireta

Os órgãos da administração pública direta e indireta, bem como as demais entidades integrantes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), que contratarem pessoa física para prestação de serviços eventuais, sem vínculo empregatício, inclusive como integrante de grupo--tarefa, deverão obter dela a respectiva inscrição no INSS ou, caso o trabalhador não seja inscrito, provi-denciá-la, registrando-o como contribuinte individual.

3.6 documentação - Não exigência

Quando da formalização do cadastro não será exigida documentação comprobatória, bastando que o sujeito passivo preste as informações necessárias, observando-se o disposto nos subitens 5.7.1 e 5.8.

3.6.1 Informações - Comprovação

As informações fornecidas para o cadastramento têm caráter declaratório e são de inteira responsa-bilidade do declarante, podendo a RFB ou o INSS, conforme o caso, exigir, a qualquer momento, a sua comprovação.

3.6.2 documentos

A comprovação das informações fornecidas, quando exigida, poderá ser feita mediante a apresen-tação dos seguintes documentos:

a) instrumento de constituição da empresa e res-pectivas alterações ou atas de eleição da dire-toria, registrados no órgão competente;

b) comprovante de inscrição no CNPJ;c) carteira de identidade, número de inscrição no

Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e compro-vante de residência do responsável pessoa fí-sica;

d) contrato de empreitada total celebrado com o proprietário do imóvel, dono da obra ou incor-porador, exigível da empresa construtora res-ponsável pela matrícula;

e) projeto aprovado da obra a ser executada, ou Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) no Conselho Regional de Engenharia e Agro-nomia (Crea), ou Registro de Responsabilida-de Técnica (RRT) no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), ou, sempre que exigível

pelos órgãos competentes, alvará de conces-são de licença para construção;

Nota

A Lei nº 12.378/2010, entre outras providências, deu nova regulamen-tação ao exercício da profissão de arquiteto e urbanista e criou os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e os Conselhos respectivos dos Estados e do Distrito Federal (CAU).

Lembra-se que o exercício da profissão de arquiteto, até então, era fiscalizado e orientado pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura, Agronomia (Confea), o qual passa a denominar-se “Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)”, e pelos Conselhos Regionais de Enge-nharia, Arquitetura, Agronomia (Crea), que também passam a denominar-se “Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Crea)”.

f) contrato com a administração pública e edital, no caso de obra de construção civil vinculada aos procedimentos de licitação previstos na Lei nº 8.666/1993.

3.7 estabelecimento matriz - definição

O sujeito passivo poderá eleger qualquer de seus estabelecimentos como estabelecimento matriz e poderá alterá-lo por meio de requerimento.

A RFB recusará o estabelecimento eleito como matriz quando constatar a impossibilidade ou a dificuldade de realizar o procedimento fiscal neste estabelecimento.

4. CadaStro eSPeCífICo do INSS (CeI)

A inclusão no CEI será efetuada da seguinte forma:

a) verbalmente, pelo sujeito passivo, no Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC) ou na Agência da Receita Federal do Brasil (ARF), independente da jurisdição, exceto o disposto nos subitens 5.8 e 6.4;

b) no sítio da RFB na Internet, no endereço: www.receita.fazenda.gov.br;

c) de ofício, por servidor da RFB.

4.1 Corresponsáveis

Os dados identificadores de corresponsáveis deverão ser informados no ato do cadastramento.

4.2 Profissional liberal - Mais de um estabelecimento

O profissional liberal responsável por mais de um estabelecimento deverá cadastrar uma matrícula CEI para cada estabelecimento em que tenha segurados empregados a seu serviço.

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37-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

4.3 Construção civil - Consórcio

A obra de construção civil executada por empre-sas em consórcio deverá ser matriculada exclusiva-mente na unidade da RFB jurisdicionante do estabe-lecimento matriz da empresa líder ou do endereço do consórcio, na forma do art. 28 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

4.4 Matrícula de ofício

A matrícula de ofício será emitida nos casos em que for constatada a não existência de matrícula de estabelecimento ou de obra de construção civil no prazo previsto no subitem 3.1, letra “b”, sem prejuízo da autuação cabível.

4.5 alterações no CeI

As alterações no CEI serão efetuadas da seguinte forma:

a) por meio do sítio da RFB na Internet, no ende-reço: www.receita.fazenda.gov.br, no prazo de 24 horas após o seu cadastramento;

b) nas ARF ou nos CAC, mediante documenta-ção; e

c) de ofício.

É de responsabilidade do sujeito passivo prestar informações sobre alterações cadastrais no prazo de 30 dias após a sua ocorrência.

A empresa construtora contratada mediante empreitada total para execução de obra de construção civil deverá providenciar, no prazo de 30 dias conta-dos do início de execução da obra, diretamente na unidade da RFB, a alteração da matrícula cadastrada indevidamente em nome do contratante, transferindo para si a responsabilidade pela execução total da obra ou solicitar o cancelamento da mesma e efetivar nova matrícula da obra, sob sua responsabilidade, mediante apresentação do contrato de empreitada total.

5. MatríCula de oBra de CoNStrução CIvIl

A matrícula de obra de construção civil deverá ser efetuada por projeto, devendo incluir todas as obras nele previstas.

5.1 fracionamento do projeto - Matrícula por contrato

Admitir-se-ão o fracionamento do projeto e a matrí-cula por contrato quando a obra for realizada por mais de uma empresa construtora, desde que a contratação tenha sido feita diretamente pelo proprietário ou dono

da obra, sendo que cada contrato será considerado como de empreitada total, nos seguintes casos:

a) contratos com órgão público, vinculados aos procedimentos licitatórios previstos na Lei nº 8.666/1993, observado, quanto à solidarieda-de, o disposto no inciso IV do § 2º do art. 151 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009;

Nota

O inciso IV do § 2º do art. 151 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 dispõe:

“Art. 151. São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham inte-resse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação previ-denciária principal e as expressamente designadas por lei como tal.

[...]

§ 2º Excluem-se da responsabilidade solidária:

[...]

IV - a partir de 21 de novembro de 1986, as contribuições sociais previdenciárias decorrentes da contratação, qualquer que seja a forma, de execução de obra de construção civil, reforma ou acréscimo, efetuadas por órgão público da administração direta, por autarquia e por fundação de di-reito público.

[...].”

b) construção e ampliação de estações e de re-des de distribuição de energia elétrica (Clas-sificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 4221-9/2002);

c) construção e ampliação de estações e redes de telecomunicações (CNAE 4221-9/2004);

d) construção e ampliação de redes de abaste-cimento de água, coleta de esgotos e cons-truções correlatas, exceto obras de irrigação (CNAE 4222-7/2001);

e) construção e ampliação de redes de trans-portes por dutos, exceto para água e esgoto (CNAE 4223-5/2000);

f) construção e ampliação de rodovias e ferro-vias, exceto pistas de aeroportos (CNAE 4211-1/2001).

5.1.1 outras situações

Admitir-se-á, ainda, o fracionamento do projeto para fins de matrícula e de regularização, quando envolver:

a) a construção de mais de um bloco, conforme projeto, e o proprietário do imóvel, o dono da obra ou o incorporador contratar a execução com mais de uma empresa construtora, fican-do cada contratada responsável pela execu-ção integral e pela regularização da obra cuja matrícula seja de sua responsabilidade, sendo considerado cada contrato como de empreita-da total;

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37-06 CT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

b) a construção de casas geminadas em terreno cujos proprietários sejam cada um responsá-vel pela execução de sua unidade;

c) a construção de conjunto habitacional hori-zontal em que cada adquirente ou condômino seja responsável pela execução de sua uni-dade, desde que as áreas comuns constem em projeto com matrícula própria.

5.2 Copropriedade

Na regularização de unidade imobiliária por coproprietário de construção em condomínio ou construção em nome coletivo, ou por adquirente de imóvel incorporado, será atribuída uma matrícula CEI em nome do coproprietário ou adquirente, com informação da área e do endereço específicos da sua unidade, distinta da matrícula efetuada para o projeto da edificação.

5.3 obras de urbanização

As obras de urbanização, assim conceituadas no inciso XXXVIII do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, inclusive as necessárias para a implan-tação de loteamento e de condomínio de edificações residenciais, deverão receber matrículas próprias, distintas da matrícula das edificações que porventura constem do mesmo projeto, exceto quando a mão de obra utilizada for de responsabilidade da mesma empresa ou de pessoa física, observado o disposto no subitem 5.7.

Nota

O inciso XXXVIII do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 dispõe:

“Art. 322. Considera-se:

[...]

XXXVIII - urbanização, a execução de obras e serviços de infraestrutura próprios da zona urbana, entre os quais se incluem arruamento, calçamen-to, asfaltamento, instalação de rede de iluminação pública, canalização de águas pluviais, abastecimento de água, instalação de sistemas de esgoto sanitário, jardinagem, entre outras;

[...].”

5.4 Cooperativa de trabalho

Na hipótese de contratação de cooperativa de trabalho para a execução de toda a obra, o responsá-vel pela matrícula e pela regularização da obra será o contratante da cooperativa.

5.5 Conjunto habitacional horizontal

Não se aplica o fracionamento previsto no subitem 5.1.1, letra “b”, devendo permanecer na matrícula das

áreas comuns do conjunto habitacional horizontal, as áreas relativas às unidades executadas:

a) pelo responsável pelo empreendimento, con-forme definido nas alíneas “b.2”, “b.3” e “b.4” do subitem 3.1; e

b) por adquirente pessoa jurídica que tenha por objeto social a construção, a incorporação ou a comercialização de imóveis.

5.6 obra executada em outro estado da federação

Na hipótese de execução de obra localizada em outro Estado, a matrícula deverá ficar vinculada ao CNPJ do estabelecimento nele localizado ou, na falta deste, ao CNPJ do estabelecimento centralizador.

5.7 dispensa de matrícula

Estão dispensados de matrícula no CEI:

a) os serviços de construção civil, tais como os destacados no Anexo VII da Instrução Norma-tiva RFB nº 971/2009 com a expressão “SERVI-ÇO” ou “SERVIÇOS”, independentemente da forma de contratação;

b) a construção sem mão de obra remunerada, de acordo com o disposto no inciso I do art. 370 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009;

Nota

O inciso I do art. 370 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 dispõe:

“Art. 370. Nenhuma contribuição social é devida em relação à obra de construção civil que atenda às seguintes condições:

I - o proprietário do imóvel ou dono da obra seja pessoa física, não possua outro imóvel e a construção seja:

a) residencial e unifamiliar;

b) com área total não superior a 70m2 (setenta metros quadrados);

c) destinada a uso próprio;

d) do tipo econômico ou popular; e

e) executada sem mão-de-obra remunerada;

[...].”

c) a reforma de pequeno valor, assim conceituada no inciso V do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

Nota

O inciso V do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 dispõe:

“Art. 322. Considera-se:

[...]

V - reforma de pequeno valor, aquela de responsabilidade de pessoa jurídica, que possui escrituração contábil regular, em que não há alteração de área construída, cujo custo estimado total, incluindo material e mão-de-obra, não ultrapasse o valor de 20 (vinte) vezes o limite máximo do salário-de--contribuição vigente na data de início da obra;

[...].”

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37-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 CT

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5.7.1 responsável por obra de construção civil

O responsável por obra de construção civil fica dispensado de efetuar a matrícula no CEI, caso tenha recebido comunicação da RFB informando o cadas-tramento automático de sua obra de construção civil, a partir das informações enviadas pelo órgão compe-tente do município de sua jurisdição.

Os dados referentes ao responsável ou à obra matriculada poderão ser alterados ou atualizados, se for o caso, pelo responsável, na ARF ou no CAC da jurisdição do endereço da obra, se a obra for de pessoa física, ou do estabelecimento matriz, se a obra for de pessoa jurídica.

5.8 Cadastramento - Campo “nome” - Preenchimento

No ato do cadastramento da obra, no campo “nome” do cadastro, será inserida a denominação social ou o nome do proprietário do imóvel, do dono da obra ou do incorporador, devendo ser observado que:

a) na contratação de empreitada total a matrícula será de responsabilidade da contratada e, no campo “nome” do cadastro, constará a deno-minação social da empresa construtora con-tratada, seguida da denominação social ou do nome do contratante proprietário do imóvel, dono da obra ou incorporador;

b) na contratação de empreitada parcial a matrí-cula será de responsabilidade da contratante e, no campo “nome” do cadastro, constará a denominação social ou o nome do proprietário do imóvel, do dono da obra ou do incorporador;

c) nos contratos em que a empresa contratada não seja construtora, assim definida no inciso XIX do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, ainda que execute toda a obra, a matrícula será de responsabilidade da contra-tante e, no campo “nome” do cadastro, consta-rá a denominação social ou o nome do proprie-tário do imóvel, dono da obra ou incorporador;

Nota

O inciso XIX do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 dispõe:

“Art. 322. Considera-se:

[...]

XIX - empresa construtora, a pessoa jurídica legalmente constituída, cujo objeto social seja a indústria de construção civil, com registro no Crea ou no CAU, conforme o caso, na forma prevista no art. 59 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, ou no art. 10 da Lei nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010;

[...].”

d) para a edificação de construção em condomí-nio, na forma da Lei nº 4.591/1964, no campo “nome” do cadastro, constará a denominação social ou o nome de um dos condôminos, se-guido da expressão “e outros” e a denomina-ção atribuída ao condomínio;

e) para a obra objeto de incorporação imobiliá-ria, na forma da Lei nº 4.591/1964, no campo “nome” do cadastro, constará a denominação social ou o nome do incorporador, seguido da denominação atribuída ao condomínio;

f) para a construção em nome coletivo, no cam-po “nome” do cadastro, deverá constar a de-nominação social ou o nome de um dos pro-prietários ou dos donos da obra, seguido da expressão “e outros”.

5.8.1 Coproprietários - Cadastramento

No ato da matrícula, todos os coproprietários da obra deverão ser cadastrados.

5.8.2 Campo “logradouro”

O campo “logradouro” do cadastro deverá ser preenchido com o endereço da obra.

5.8.3 repasse integral do contrato ou da obra

Ocorrendo o repasse integral do contrato ou da obra, conforme disposto no inciso XXXIX do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, manter-se-á a matrícula CEI básica, acrescentando-se no campo “nome” do cadastro a denominação social da empresa construtora para a qual foi repassado o contrato, sendo que deverão constar nos campos próprios os demais dados cadastrais dessa empresa, a qual passará à condição de responsável pela matrícula e pelo recolhimento das contribuições sociais.

Nota

O inciso XXXIX do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 dispõe:

“Art. 322. Considera-se:

[...]

XXXIX - repasse integral, o ato pelo qual a construtora originalmente contratada para execução de obra de construção civil, não tendo emprega-do nessa obra qualquer material ou serviço, repassa o contrato para outra construtora, que assume a responsabilidade pela execução integral da obra prevista no contrato original;

[...].”

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5.9 empreitada total de obra - Consórcio

Tratando-se de contrato de empreitada total de obra a ser realizada por empresas em consórcio, conforme disposto no § 1º do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, a matrícula da obra será efetuada na ARF ou no CAC jurisdicionante do esta-belecimento matriz da empresa líder ou do endereço do consórcio e será expedida com a identificação de todas as empresas consorciadas e do próprio consór-cio, observados os seguintes procedimentos:

Nota

O § 1º do art. 322 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 dispõe:

“Art. 322. Considera-se:

[...]

§ 1º Será também considerada empreitada total:

I - o repasse integral do contrato, na forma do inciso XXXIX do caput;

II - a contratação de obra a ser realizada por consórcio, constituído de acor-do com o disposto no art. 279 da Lei nº 6.404, de 1976, desde que pelo menos a empresa líder seja construtora, conforme definida no inciso XIX do caput;

III - a empreitada por preço unitário e a tarefa, cuja contratação atenda aos requisitos previstos no art. 158.

[...].”

a) a matrícula de obra executada por empresas em consórcio será feita mediante a apresenta-ção de requerimento subscrito pelo seu repre-sentante legal, em que constem:a.1) os dados cadastrais de todas as empre-

sas consorciadas;a.2) a indicação da empresa responsável ou

da administradora do consórcio, denomi-nada empresa líder, ou do próprio con-sórcio, no caso deste ser o responsável pela matrícula da obra;

a.3) a designação e o objeto do consórcio;a.4) a duração, o endereço do consórcio e o

foro eleito para dirimir questões legais;a.5) as obrigações, as responsabilidades e

as prestações específicas de cada uma das empresas consorciadas;

a.6) as disposições sobre o recebimento de receitas, a partilha de resultados, a admi-nistração do consórcio, os procedimen-tos contábeis e a representação legal das empresas consorciadas;

a.7) a identificação da obra;b) o requerimento de que trata a letra “a” deverá

vir acompanhado de cópia dos seguintes do-cumentos:b.1) compromisso público ou particular de

constituição do consórcio, arquivado no Registro do Comércio;

b.2) instrumento de constituição de todas as empresas consorciadas e respectivas al-terações;

b.3) instrumento que identifique o represen-tante legal de cada uma das empresas consorciadas;

b.4) comprovante de inscrição no CNPJ do consórcio e das empresas consorciadas;

b.5) contrato celebrado com a contratante;b.6) projeto da obra a ser executada;b.7) ART no Crea ou RRT no CAU;b.8) alvará de concessão de licença para cons-

trução, sempre que exigível pelos órgãos competentes, observado o disposto no in-ciso III do caput e no § 5º do art. 383 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

Nota

O inciso III do caput e no § 5º do art. 383 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 dispõe:

“Art. 383. Compete ao responsável ou ao interessado pela regulariza-ção da obra, a apresentação da DISO na forma do art. 339 e, quando solici-tado, dos seguintes documentos, conforme o caso:

[...]

III - alvará de concessão de licença para construção ou projeto apro-vado pela prefeitura municipal, este quando exigido pela prefeitura ou, na hipótese de obra contratada com a Administração Pública, não sujeita à fis-calização municipal, o contrato e a ordem de serviço ou a autorização para o início de execução da obra;

[...]

§ 5º A falta dos documentos previstos nos incisos III e IV do caput pode-rá ser suprida por outro documento oficial capaz de comprovar a veracidade das informações declaradas na DISO em relação à área, à destinação e à categoria da obra, conforme incisos XLI e XLII do art. 322.

[...].”

No ato da matrícula, se apresentado o contrato de constituição do consórcio contendo todas as infor-mações dos documentos previstos nas letras “b.3” a “b.6” deste subitem, fica dispensada a apresentação destes, devendo cópia do contrato ficar arquivada na ARF ou CAC jurisdicionante do estabelecimento matriz da empresa líder ou do endereço do consórcio, conforme o caso.

No campo “nome” do cadastro da matrícula, deverá constar a denominação social da empresa líder, seguida das expressões “e outros em CONSÓR-CIO”, ou o nome do consórcio, seguido da expressão “CONSÓRCIO”, caso este seja o contratante da mão de obra, assim como o respectivo número de inscri-ção no CNPJ, conforme o caso.

Quando houver alteração de um ou mais partici-pantes do consórcio, este fato deverá ser comunicado à RFB, no prazo de 30 dias.

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A matrícula de obra executada por empresas em consórcio ficará vinculada ao CNPJ de todas as con-sorciadas e, quando o responsável pela matrícula for o consórcio, ao CNPJ deste e de todas as consorciadas.

5.10 demolição

A matrícula será única, quando se referir à edifica-ção precedida de demolição, desde que a demolição e a edificação sejam de responsabilidade da mesma pessoa física ou jurídica.

5.11 várias obras no mesmo endereço

Para cada obra de construção civil no mesmo endereço será emitida nova matrícula, não se admi-tindo a reutilização da anterior, exceto se a obra já executada, inclusive a constante de outro projeto, não tiver sido regularizada na RFB.

Será efetuada uma única matrícula CEI para a obra que envolver, concomitantemente, obra nova, reforma, demolição ou acréscimo.

5.12 obras executadas no exterior

As obras executadas no exterior por empresas nacionais, das quais participem trabalhadores brasilei-ros vinculados ao RGPS, serão matriculadas na RFB na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 971/2009.

No campo “endereço” do cadastro da obra será informado o endereço completo da empresa cons-trutora, acrescido do nome do país e da cidade de localização da obra.

6. MatríCula de eStaBeleCIMeNto rural de Produtor rural PeSSoa fíSICa

Deverá ser emitida matrícula para cada proprie-dade rural de um mesmo produtor rural, ainda que situadas no âmbito do mesmo município.

Nota

O escritório administrativo de empregador rural pessoa física, que pres-ta serviços somente à propriedade rural do empregador, deverá utilizar a mesma matrícula da propriedade rural para registrar os empregados admi-nistrativos, não se atribuindo a ele nova matrícula.

6.1 Matrícula por contrato

Deverá ser atribuída uma matrícula para cada contrato com produtor rural, parceiro, meeiro, arren-datário ou comodatário, independente da matrícula do proprietário.

6.2 uma propriedade e vários produtores

Na hipótese de produtores rurais explorarem em conjunto, com o auxílio de empregados, uma única

propriedade rural, partilhando os riscos e a produção, será atribuída apenas uma matrícula, em nome do produtor indicado na inscrição estadual, seguido da expressão “e outros”.

NotaDeverão ser cadastrados como corresponsáveis todos os produtores

rurais que participem da exploração conjunta da propriedade.

6.3 venda de propriedade rural

Ocorrendo a venda da propriedade rural, deverá ser emitida outra matrícula para o seu adquirente.

NotaO produtor rural que vender a propriedade rural deverá providenciar o

encerramento da matrícula sob sua responsabilidade relativa à propriedade vendida, mediante solicitação de alteração cadastral.

6.4 Consórcio simplificado de produtores rurais

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014, o consórcio simplificado de produtores rurais é obrigado a se inscrever no CNPJ.

7. MatríCula de eStaBeleCIMeNto rural de Segurado eSPeCIal

O segurado especial responsável pelo recolhi-mento da contribuição incidente sobre a comercializa-ção de sua produção deverá providenciar a matrícula da propriedade rural no CEI.

7.1 Propriedade rural - Segurados especiais - exploração conjunta

Na hipótese de segurados especiais explorarem em conjunto uma única propriedade rural, partilhando os riscos e a produção, será atribuída apenas uma matrícula em nome do produtor indicado na inscrição estadual, seguido da expressão “e outros”.

NotaDeverão ser cadastrados como corresponsáveis todos os produtores

rurais que explorem a propriedade.

Ocorrendo a venda da propriedade rural deverá ser observado o disposto no subitem 6.3.

8. eNCerraMeNto de MatríCula do CeI

O encerramento de atividade de empresa e dos equiparados poderá ser requerido por meio do sítio da RFB na Internet, no endereço: www.receita.fazenda.gov.br, na ARF ou no CAC competente e será efetivado após os procedimentos relativos à confirma-ção da regularidade de sua situação.

NotaRequerido o encerramento de atividade de estabelecimento filial, este

será comandado no sistema informatizado da RFB, pela unidade competen-

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te, da jurisdição do estabelecimento matriz da empresa, independentemente de prévia fiscalização e após a análise da documentação comprobatória.

8.1 Construção civil

O encerramento de matrícula de obra de constru-ção civil de responsabilidade de pessoa física será feito pela unidade da RFB competente jurisdicionante da localidade da obra, após a quitação do Aviso para Regularização de Obra (ARO), e o de responsabili-dade de pessoa jurídica será feito mediante procedi-mento fiscal.

Ocorrendo matrícula indevida, deverá ser provi-denciado seu cancelamento na ARF ou no CAC jurisdi-cionante da localidade da obra de responsabilidade de pessoa física ou do estabelecimento matriz da pessoa jurídica responsável pela obra, mediante requerimento do interessado justificando o motivo e com apresenta-ção de documentação que comprove suas alegações.

Nota

A matrícula em cuja conta-corrente constem recolhimentos ou para a qual foi entregue Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) com informação de fa-tos geradores de contribuições, poderá ser cancelada pela unidade da RFB competente somente após verificação pela fiscalização.

9. INSCrIção de Segurado CoNtrIBuINte INdIvIdual, de eMPregado doMéStICo, de Segurado eSPeCIal e de faCultatIvo

A inscrição dos segurados contribuinte indivi-dual, empregado doméstico, segurado especial e facultativo, será feita uma única vez, perante o INSS, observadas as normas por este estabelecidas, e o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) a eles atribuído deverá ser utilizado para o recolhimento de suas contribuições.

10. eNCerraMeNto da atIvIdade de Segurado CoNtrIBuINte INdIvIdual, de eMPregado doMéStICo e de Segurado eSPeCIal

Após a cessação da atividade, o segurado contri-buinte individual, empregado doméstico ou segurado especial, deverá solicitar a suspensão da sua inscri-ção no RGPS, perante o INSS, observadas as normas por este estabelecidas.

11. SeNhaS eletrôNICaS

A senha para autoatendimento, que abrangerá todos os estabelecimentos da empresa, deverá ser requerida nas unidades da RFB competentes, ou por meio do sítio da RFB na Internet, no endereço: www.receita.fazenda.gov.br.

O cadastro da senha será efetuado pelo represen-tante legal da empresa ou pessoa autorizada, mediante procuração (pública ou particular com fins específicos), com a apresentação de documento de identificação e do CPF do outorgado, bem como o documento constitutivo da empresa e alterações que identifiquem o(s) seu(s) atual(is) representante(s) legal(is).

(Lei nº 8.212/1991, art. 49, com as alterações introduzidas pela Lei nº 11.941/2009, art. 26; Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, art. 283, I, “b” e “d”; Instrução Normativa RFB nº 971/2009, arts. 1º a 3º, 17 a 44, 165, XIX, 318, 370, 383, III e § 5º, com as alterações introduzidas pela Instrução Normativa RFB nº 1.071/2010, pela Instrução Normativa RFB nº 1.238/2012, pela Instrução Nor-mativa RFB nº 1.453/2014 e pela Instrução Normativa RFB nº 1.477/2014; Instrução Normativa INSS nº 45/2010, arts. 38 a 42, observadas as alterações efetuadas pela Instrução Normativa INSS nº 51/2011 e pela Instrução Normativa INSS nº 61/2012)

N

a IOB SetorialSeRvIçOS

Fiscalização das normas de proteção ao trabalho doméstico

1. INtrodução

O trabalho doméstico é regido pela Lei nº 5.859/1972, observadas as alterações posteriores, e pela Emenda Constitucional nº 72, as quais asseguram a esta cate-goria de trabalhadores vários direitos e garantias, tais como: observância das normas de segurança e saúde no trabalho, registro em CTPS, férias, 13º salário, aviso--prévio, estabilidade gestante, vale-transporte etc.

A verificação do cumprimento das normas de pro-teção ao trabalho doméstico será realizada por Auditor Fiscal do Trabalho (AFT), preferencialmente mediante procedimento de fiscalização indireta, ou seja, aquela realizada por meio de sistema de notificações para apresentação de documentos nas unidades descen-tralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

2. fISCalIzação

A fiscalização indireta será iniciada mediante a emissão de notificação por via postal, com Aviso de Recebimento (AR), que liste a documentação a ser apresentada e indique dia, hora e unidade descen-tralizada do MTE para a apresentação dos referidos

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37-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 CT

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A obrigatoriedade e as consequências da concessão da carta de referência ao ex-empregado

Quando um ex-empregado solicita à empresa a concessão de carta de referência com o objetivo de atender à solicitação de futuro empregador, é muito comum a dúvida não só sobre a obrigatoriedade ou não do atendimento dessa solicitação como também

acerca das consequências que o fornecimento do documento pode trazer.

A carta de referência (também chamada de carta de apresentação ou de recomendação) não constitui documento necessário à contratação ou à rescisão contratual de qualquer empregado, entretanto, algu-mas empresas costumam solicitar a sua apresentação a fim de traçar um perfil profissional do futuro empre-gado.

documentos, fazendo-se constar expressamente a advertência de que o desatendimento à notificação acarretará a lavratura dos autos de infração cabíveis.

Da lista de documentos a ser apresentada, em relação a cada empregado doméstico, constará, necessariamente, cópia da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) onde conste a identificação do mesmo, a anotação do contrato de trabalho domés-tico e as condições especiais, se houver, de modo a comprovar a formalização do vínculo empregatício.

3. IMPoSSIBIlIdade de CoMPareCIMeNto do eMPregador

Em caso de impossibilidade de comparecimento, o empregador poderá fazer-se representar, independen-temente de carta de preposição, por pessoa da família que seja maior de 18 anos e capaz, resida no local onde ocorra a prestação de serviços pelo empregado doméstico e apresente a documentação requerida.

4. aNálISe do CaSo

Comparecendo o empregador ou representante e sendo ou não apresentada a documentação reque-rida na notificação, caberá ao AFT responsável pela fiscalização a análise do caso concreto e a adoção dos procedimentos fiscais cabíveis.

Na hipótese de fiscalização iniciada por denúncia, o AFT deverá guardar sigilo a esse respeito, bem como quanto à identidade do denunciante, em obediência ao disposto na alínea “c” do art. 15 da Convenção nº 81 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), promulgada pelo Decreto nº 41.721/1957.

5. eMPregador - Não CoMPareCIMeNto

Caso o empregador, notificado para apresenta-ção de documentos, não compareça no dia e hora determinados, o AFT deverá lavrar auto de infração,

ao qual anexará via original da notificação emitida e, se for o caso, do AR que comprove o recebimento da respectiva notificação, independentemente de outras autuações ou procedimentos fiscais cabíveis.

6. fISCalIzação do loCal de traBalho

Em caso de necessidade de fiscalização do local de trabalho, o AFT, após apresentar sua Carteira de Identidade Fiscal (CIF) e em observância ao manda-mento constitucional da inviolabilidade do domicílio, dependerá de consentimento expresso e escrito do empregador para ingressar na residência onde ocorra a prestação de serviços por empregado doméstico.

Para fins do consentimento, é considerado emprega-dor qualquer pessoa capaz, pertencente à família para a qual o empregado doméstico preste serviços, que esteja responsável pela residência onde ocorra a prestação, no momento da inspeção a ser realizada por AFT.

Nota

A Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XI, determina:

[...]

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo pene-trar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou de-sastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

[...]

7. víNCulo de eMPrego doMéStICo deClarado eM deCISão judICIal

O vínculo de emprego doméstico declarado em decisão judicial transitada em julgado, comunicado oficialmente por órgão da Justiça do Trabalho, deverá ser considerado como prova documental a ser auditada no procedimento de fiscalização e servirá como elemento de convicção à eventual lavratura dos correspondentes autos de infração.

(Instrução Normativa SIT nº 110/2014)

N

a IOB Comenta

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37-12 CT Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 - Boletim IOB

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A finalidade do documento é apresentar o ex--empregado ao novo empregador ou a quem possa interessar. Dessa forma, o signatário, ou seja, a empresa que o emite e assina, atesta as qualidades do ex-empregado, bem como seu bom comportamento profissional (respeito a normas, atribuições, horário de trabalho etc.), e relacionamento com colegas e superiores.

Considerando inexistir na legislação trabalhista qualquer dispositivo que determine a obrigatoriedade do fornecimento do documento em comento ao trabalhador, entendemos que a sua concessão é ato volitivo do ex-empregador, isto é, constitui mera libe-ralidade. O que vale dizer, o empregador concederá o documento solicitado se assim o quiser.

Na hipótese de haver opção pelo fornecimento da carta de apresentação ou de referência, o problema surge quando na vida pregressa profissional do empregado há algum fato que desabone a sua con-duta. A questão é saber se tal fato pode ou não ser informado. Para a solução da questão, é necessário analisarmos os direitos individuais constitucional-mente assegurados aos cidadãos. Assim, vejamos o que segue.

A Constituição Federal/1988, art. 5º, incisos X e XIII, determina serem invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas e, ainda, assegura o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente da violação desse direito e dis-põe ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Dessa forma, considerando que o trabalho é um direito social e, ainda, que a imagem, a intimidade, a honra e a vida privada das pessoas devem ser pre-

servadas, entendemos que, havendo qualquer fato desabonador à conduta do ex-empregado, mesmo que tal fato possa ser cabalmente comprovado, não poderá o ex-empregador inserir tal informação na carta de referência sob pena de vir a ser judicialmente compelido a ressarcir o trabalhador pelo dano moral causado por essa informação.

Algumas categorias profissionais possuem documentos coletivos de trabalho nos quais há cláu-sulas que dispõem sobre a concessão da carta de referência no caso da rescisão contratual sem justa causa. Nessa situação, observa-se a existência de entendimentos divergentes acerca da legalidade da mencionada cláusula. Alguns sustentam que, em havendo a determinação no documento coletivo de trabalho, o fornecimento da carta se torna obrigatório apenas quando inexistir qualquer fato desabonador à conduta do trabalhador, situação em que a carta não lhe seria prejudicial. Nos casos em que constem fatos desabonadores de sua conduta, a empresa não deve emitir a carta prejudicial ao empregado, pois, se assim o fizer, estará sujeita à condenação por danos morais. Estamos filiados a esta corrente.

Outros alegam que o documento coletivo de tra-balho carece de competência para impor ao empre-gador a concessão do documento, por constituir tal fornecimento ato volitivo, discricionário e subjetivo.

Assim, recomenda-se que a empresa, antes de adotar uma das posições mencionadas, consulte o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o sindicato da respectiva categoria profissional sobre o assunto, lembrando que a decisão final da controvérsia caberá ao Poder Judiciário, caso seja proposta ação nesse sentido.

N

a IOB Perguntas e Respostas

CadaStRamentO de emPReSaS e SeguRadOS nO InSS

Contrato social - Alteração - Comunicação

1) A empresa deverá comunicar à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) quando houver qual-quer alteração no seu contrato social?

Não. O Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), por intermédio das Juntas Comer-ciais bem como os Cartórios de Registro Civil de

Pessoas Jurídicas prestarão, obrigatoriamente, à RFB todas as informações referentes aos atos constitutivos e alterações posteriores relativos a empresas e enti-dades neles registradas.

(Lei nº 8.212/1991, art. 49, § 4º, com redação da Lei nº 11.941/2009)

Obra de construção civil - Matrícula - Encerramento

2) Como se encerra a matrícula na obra de cons-trução civil de responsabilidade de pessoa física?

Page 15: IOB - Legislação Trabalhista - nº 37/2014 - 2ª Sem Setembro · 3. do tipo de ocupação do titular de acordo com tabela do Código Bra-sileiro de Ocupações - CBO; 4. da forma

37-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2014 - Fascículo 37 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

O encerramento de matrícula de obra de constru-ção civil de responsabilidade de pessoa física será feito pela unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) competente jurisdicionante da localidade da obra, após a quitação do Aviso para Regularização de Obra (ARO), e o de responsabilidade de pessoa jurídica será feito mediante procedimento fiscal.

(Instrução Normativa RFB nº 971/2009, art. 41)

Obra de construção civil - Matrícula - Utilização

3) Poderá ser utilizado o mesmo número de ma-trícula, no Cadastro Específico do INSS (CEI), para obras de construção civil que estejam no mesmo en-dereço?

Não. Para cada obra de construção civil no mesmo endereço, será emitida nova matrícula, não se admitindo a reutilização da anterior, exceto se a obra já executada, inclusive a constante de outro projeto, não tiver sido regularizada na Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

Será efetuada uma única matrícula no CEI para a obra que envolver, concomitante, obra nova, reforma, demolição ou acréscimo.

(Instrução Normativa RFB nº 971/2009, art. 30)

Obra de construção civil executada no exterior - Matrícula - Obrigatoriedade

4) As obras de construção civil executadas no ex-terior por empresas brasileiras, das quais participem trabalhadores brasileiros vinculados ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), estão obrigadas a se matricular na Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)?

Sim. As obras de construção civil executadas no exterior por empresas brasileiras, das quais partici-pem trabalhadores brasileiros vinculados ao Regime

Geral de Previdência Social (RGPS), deverão ser matriculadas no Cadastro Específico do INSS (CEI).

No campo “endereço” do cadastro da obra, deverá ser informado o endereço completo da empresa construtora, acrescido do nome do país e da cidade de localização da obra.

(Instrução Normativa RFB nº 971/2009, art. 31)

Pessoa jurídica - Inscrição no INSS - Formalização

5) A pessoa jurídica deve formalizar sua inscrição no próprio INSS?

Não. A inscrição ou a matrícula da empresa será feita simultaneamente com a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Caso a empresa ou equiparado esteja isenta de registro no CNPJ, a inscrição deve ser feita no Cadastro Específico do INSS (CEI), no prazo de 30 dias contados do início da sua atividade.

Assim, a empresa ao obter o seu CNPJ já estará automaticamente matriculada no INSS.

(Instrução Normativa RFB nº 971/2009, art. 19, I e II)

Titular de cartório - Matrícula - Obrigatoriedade

6) O titular de cartório com empregados deve-rá possuir matrícula no Cadastro Específico do INSS (CEI) ou poderá utilizar o Cadastro Nacional de Pes-soas Jurídicas (CNPJ) da respectiva serventia?

O titular de cartório é responsável pela matrícula no CEI.

A matrícula no CEI será emitida em nome do titular do cartório, ainda que a respectiva serventia seja registrada no CNPJ.

(Instrução Normativa RFB nº 971/2009, art. 19, II, letra “g”)