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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Infrações e penalidades a ICMS - Crédito presumido a ICMS - Diferencial de alíquotas ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 11/2014 Santa Catarina / a Federal IPI Consulta tributária 01 / a Estadual ICMS Crédito acumulado 07 / a IOB Setorial Federal Bebidas - IPI - Registro especial e selo de controle - Disciplina 16 / a IOB Comenta Estadual Preenchimento da EFD por contribuinte que não compensa impostos recuperáveis 17 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Contrato de empréstimo - Recolhimento - Código de receita 18 Incidência - Confissão de dívida 18 Simples Nacional MEI - Opção - Condições 18 ICMS/SC Apuração - ICMS-ST 18 Diferencial de alíquotas - Lançamento parcelado - Ativo Fixo 18

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Infrações e penalidades

a ICMS - Crédito presumido

a ICMS - Diferencial de alíquotas

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 11/2014

Santa Catarina

/a FederalIPIConsulta tributária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSCrédito acumulado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07

/a IOB SetorialFederalBebidas - IPI - Registro especial e selo de controle - Disciplina . . . . 16

/a IOB ComentaEstadualPreenchimento da EFD por contribuinte que não compensa impostos recuperáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

/a IOB Perguntas e RespostasIOFContrato de empréstimo - Recolhimento - Código de receita . . . . . . 18Incidência - Confissão de dívida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Simples NacionalMEI - Opção - Condições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

ICMS/SCApuração - ICMS-ST . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18Diferencial de alíquotas - Lançamento parcelado - Ativo Fixo . . . . . 18

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

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Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : consulta tributária : IOB setorial : bebidas : IPI : registro especial e selo de controle : disciplina. -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2092-3

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-01523 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

11-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

IPI

Consulta tributária SUMÁRIO 1. Introdução 2. Formulação 3. Requisitos 4. Solução 5. Efeitos 6. Recurso especial e representação 7. Solução de consulta vinculada 8. Competência 9. Considerações finais

1. INtrOduçãO

Os contribuintes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) poderão formular consulta sobre a interpretação da legislação tributária e aduaneira, constantes de leis, regulamentos, atos normativos e outras disposi-ções aplicáveis a fato determinado e à classificação de mercadorias.

Além da formulação da consulta diretamente pelo interessado (sujeito passivo), esse expediente poderá também ser utilizado por órgãos da administração pública e entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais, tais como sindicatos de classes, associações, conselhos representativos de atividades profissionais e outros.

Note-se que nenhum procedimento fiscal será ins-taurado, relativamente à espécie consultada, contra o sujeito passivo alcançado pela consulta, a partir de sua apresentação até o 30º dia subsequente à data da ciência da decisão que lhe der solução definitiva.

O processo de consulta está disciplinado pelos arts. 88 a 102 do Decreto nº 7.574/2011, bem como pela Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, que dispõe sobre o processo de consulta relativo à interpretação da legislação tributária e aduaneira e à classificação de serviços, intangíveis e outras operações que produ-zam variações no patrimônio, no âmbito da RFB.

Nos itens seguintes, examinaremos os principais aspectos a serem observados na formulação de consulta, seus efeitos, ineficácia e demais aspectos, acerca da interpretação da legislação tributária, no âmbito da RFB.

(Decreto nº 7.574/2011, arts. 88 a 102; Instrução Normati-va RFB nº 1.396/2013, arts. 1º e 34)

2. FOrMulaçãO

A consulta poderá ser formu-lada por:

a) sujeito passivo de obrigação tributária principal ou aces-sória;

b) órgão da administração pública; ou

c) entidade representativa de categoria econômica ou profissional.

Não será admitida a apresentação de consulta formulada por mais de um sujeito passivo em um único processo, ainda que sejam partes interessadas no mesmo fato, envolvendo a mesma matéria, fun-dada em idêntica norma jurídica.

Considera-se representante do órgão da admi-nistração pública a pessoa física responsável pelo ente perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e a investida de poderes de representação do respectivo órgão.

(Decreto nº 7.574/2011, art. 88; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 2º, caput, §§ 2º e 3º)

a Federal

Considera-se representante do órgão

da administração pública a pessoa física responsável pelo

ente perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e a investida de poderes

de representação do respectivo órgão

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11-02 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.1 Pessoa jurídica

No caso de pessoa jurídica, a consulta será for-mulada pelo estabelecimento matriz.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 2º, § 1º)

3. rEquISItOS

A consulta deve ser formulada por escrito, conforme modelos constantes dos Anexos I a III da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, dirigida à Coordenação-Geral de Tributação (Cosit) e apresen-tada na unidade da RFB do domicílio tributário do consulente.

A consulta poderá ser formulada:

a) por meio eletrônico (Portal e-CAC), mediante uso de certificado digital; ou

b) em formulário impresso, caso em que será di-gitalizada, passando a compor o processo ele-trônico (e-processo), obedecidas as normas específicas relacionadas a este processo.

A consulta deverá atender aos seguintes requisitos:

a) identificação do consulente:

a.1) no caso de pessoa jurídica ou equipara-da: nome, endereço, telefone, endereço eletrônico (e-mail ou caixa postal eletrô-nica), cópia do ato constitutivo e sua úl-tima alteração, autenticada ou acompa-nhada do original, número de inscrição no CNPJ ou no Cadastro Específico do INSS (CEI) e ramo de atividade;

a.2) no caso de pessoa física: nome, endere-ço, telefone, endereço eletrônico (e-mail ou caixa postal eletrônica), atividade pro-fissional e número de inscrição no Ca-dastro de Pessoas Físicas (CPF);

a.3) identificação do representante legal ou procurador, mediante cópia de do-cumento que contenha foto e assinatura, autenticada em cartório ou por servidor da RFB à vista da via original, acompa-nhada da respectiva procuração;

a.4) no caso de órgão da administração pú-blica, além da documentação de iden-tificação do representante legal, cópia do ato de sua nomeação ou de delega-ção de competência, quando não cons-te como responsável pelo órgão público perante o CNPJ;

b) na consulta apresentada pelo sujeito passivo, declaração de que:

b.1) não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou já instaurado para apurar fa-tos que se relacionem com a matéria ob-jeto da consulta;

b.2) não está intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta;

b.3) o fato nela exposto não foi objeto de de-cisão anterior, ainda não modificada, pro-ferida em consulta ou litígio em que foi parte o consulente;

c) circunscrição a fato determinado, descrição detalhada de seu objeto e indicação das in-formações necessárias à elucidação da ma-téria; e

d) indicação dos dispositivos da legislação tri-butária e aduaneira que ensejaram a apresen-tação da consulta, bem como dos fatos aos quais será aplicada a interpretação solicitada.

No caso de consulta formulada por pessoa jurí-dica (veja subitem 2.1), a declaração a que se refere a letra “b” deve ser prestada pela matriz e abrange todos os estabelecimentos.

A citada declaração aplica-se à consulta apre-sentada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional, salvo se formulada em nome dos associados ou filiados.

A entidade representativa de categoria econô-mica ou profissional que formular consulta em nome de seus associados ou filiados deverá apresentar autorização expressa destes para representá-los administrativamente, em estatuto ou documento indi-vidual ou coletivo.

A declaração de que trata a letra “b” aplica-se, ainda, à consulta apresentada por órgão da adminis-tração pública, salvo se versar sobre situação em que este não figure como sujeito passivo.

Na hipótese da letra “a.4”, quando o órgão da administração pública não dispuser de procurador em seu quadro funcional, o profissional contratado poderá formular consulta quando investido de man-dato de representação mediante procuração pública.

Quando a consulta versar sobre situação deter-minada ainda não ocorrida, o consulente deverá demonstrar a sua vinculação com o fato, bem como a efetiva possibilidade da sua ocorrência.

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11-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Ressalvada a hipótese de matérias conexas, a consulta deverá referir-se somente a um tributo admi-nistrado pela RFB.

(Decreto nº 7.574/2011, art. 91; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 3º e 7º, caput, Anexos I a III)

3.1 Classificação de serviços

Sem prejuízo das orientações contidas no item 3 precedente, no caso de consulta sobre classificação de serviços, intangíveis e outras operações que pro-duzam variações no patrimônio, deverá o consulente informar:

a) a classificação adotada e pretendida, com os correspondentes critérios utilizados;

b) o enquadramento do serviço, do intangível ou de outras operações na legislação do Impos-to sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) ou do Imposto so-bre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), quando for o caso; e

c) a descrição do serviço, do intangível ou da operação objeto da consulta.

As informações e os documentos necessários para a correta caracterização técnica de serviços, intangíveis e outras operações objeto da consulta, quando expressos em língua estrangeira, serão acompanhados de tradução para o idioma nacional.

O consulente poderá ser intimado para apresen-tar outras informações ou elementos que se fizerem necessários à apreciação da consulta.

A consulta sobre classificação de serviços, intan-gíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio deverá referir-se a um único serviço, intangível ou operação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 4º a 6º)

4. SOluçãO

A solução da consulta compete à Cosit.

A ineficácia da consulta poderá ser declarada pela Divisão de Tributação das Superintendências Regionais da Receita Federal do Brasil (Disit) e pela Cosit.

A consulta será solucionada em instância única, não cabendo recurso nem pedido de reconsideração

da solução de consulta ou do despacho decisório que declarar sua ineficácia, ressalvados os casos de divergências de que tratam os arts. 19 e 20 da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013.

Na solução da consulta, serão observados os atos normativos, as soluções de consulta e de divergência sobre a matéria consultada proferidas pela Cosit, bem como as soluções de consulta interna da Cosit e os demais atos e decisões a que a legislação atribua efeito vinculante.

A solução de consulta, bem como a solução de divergência deverão conter:

a) identificação do órgão expedidor, número do processo, nome, CNPJ, CEI ou CPF, e domicí-lio tributário do consulente;

b) número, assunto, ementa e dispositivos legais;

c) relatório;

d) fundamentos legais;

e) conclusão; e

f) ordem de intimação.

A solução de consulta Cosit e a solução de diver-gência, a partir da data de sua publicação, têm efeito vinculante no âmbito da RFB, respaldam o sujeito passivo que as aplicar, independentemente de ser o consulente, desde que se enquadre na hipótese por elas abrangida, sem prejuízo de que a autoridade fiscal, em procedimento de fiscalização, verifique seu efetivo enquadramento.

(Decreto nº 7.574/2011, art. 92; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 7º a 9º)

4.1 Simples Nacional

A competência para a solução de consultas relati-vas ao Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) é da RFB quando se referir a tributos administrados por esse órgão.

Por outro lado, o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013 não se aplica às consultas rela-tivas ao Simples Nacional, quando a competência para solucioná-las for dos Estados, do Distrito Federal ou dos municípios, e ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 40; Decreto nº 7.574/2011, art. 93; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 31)

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11-04 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5. EFEItOS

A consulta eficaz, formulada antes do prazo legal para o recolhimento de tributo, impede a aplicação de multa e de juros moratórios relativamente à matéria consultada, a partir da data de sua protocolização até o 30º dia seguinte ao da ciência, pelo consulente, da solução de consulta.

Quando a solução de consulta implicar paga-mento, este deve ser efetuado no prazo anteriormente referido ou no prazo normal de recolhimento do tributo, o que for mais favorável ao consulente.

Observe-se que a consulta não suspende o prazo para o recolhimento de tributo retido na fonte ou autolançado, antes ou depois de sua apresentação, nem para a entrega de declaração de rendimentos ou cumprimento de outras obrigações acessórias.

Ressalvada a hipótese ora descrita, nenhum pro-cedimento fiscal será instaurado contra o sujeito pas-sivo, relativamente à espécie consultada, a partir da apresentação da consulta até o 30º dia subsequente à data da ciência da solução da consulta.

Os efeitos da consulta que se reportar à situação não ocorrida somente se aperfeiçoarão se o fato con-cretizado for aquele sobre o qual versara a consulta previamente formulada.

Os efeitos da consulta formulada pela matriz da pessoa jurídica serão estendidos aos demais estabe-lecimentos.

No caso de consulta formulada por órgão da administração pública que versar sobre situação em que este não figure como sujeito passivo, seus efeitos não alcançarão o sujeito passivo da obrigação tribu-tária principal ou acessória.

Na hipótese de consulta formulada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional em nome dos associados ou filiados, seus efeitos somente os alcançarão depois de cientificada a con-sulente da solução da consulta.

Quando houver alteração de entendimento expresso em solução de consulta sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira, a nova orientação alcança apenas os fatos geradores que ocorrerem depois da sua publicação na imprensa oficial ou depois da ciência do consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais favorável, caso em que esta atingirá, também, o período abrangido pela solução anteriormente dada.

Os efeitos produzidos pela consulta cessarão após 30 dias da data de publicação na imprensa oficial, posteriormente à apresentação da consulta e antes de sua solução, de ato normativo que discipline a matéria consultada.

(Decreto nº 7.574/2011, arts. 89 e 90; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 10 a 17 e 18, § 4º)

5.1 Ineficácia da consulta

Não produz efeitos a consulta formulada:

a) com inobservância ao disposto nos arts. 2º a 6º da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013;

b) em tese, com referência a fato genérico ou, ainda, que não identifique o dispositivo da le-gislação tributária e aduaneira sobre cuja apli-cação haja dúvida;

c) por quem estiver intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta;

d) sobre fato objeto de litígio, de que o consulen-te faça parte, pendente de decisão definitiva nas esferas administrativa ou judicial;

e) por quem estiver sob procedimento fiscal, ini-ciado antes de sua apresentação, para apurar os fatos que se relacionem com a matéria con-sultada;

f) quando o fato houver sido objeto de decisão anteriormente proferida em consulta ou litígio em que tenha sido parte o consulente, e cujo entendimento por parte da administração não tenha sido alterado por ato superveniente;

g) quando o fato estiver disciplinado em ato nor-mativo publicado na imprensa oficial antes de sua apresentação;

h) quando versar sobre constitucionalidade ou legalidade da legislação tributária e adua-neira;

i) quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal de lei;

j) quando o fato estiver definido como crime ou contravenção penal;

k) quando não descrever, completa e exatamen-te, a hipótese a que se referir ou não contiver os elementos necessários à sua solução, sal-vo se a inexatidão ou omissão for escusável, a critério da autoridade competente;

l) quando versar sobre procedimentos relati-vos a parcelamento de débitos administrados pela RFB;

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11-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

m) sobre matéria estranha à legislação tributária e aduaneira; e

n) quando tiver por objetivo a prestação de as-sessoria jurídica ou contábil-fiscal pela RFB.

A regra da letra “d” não se aplica à consulta formulada por órgão público, tendo em vista que a resposta terá caráter meramente informativo.

A disposição contida na letra “e” não se aplica à consulta apresentada em unidade da RFB no período em que o consulente houver readquirido a esponta-neidade em virtude de inobservância, pelo Auditor Fiscal da RFB encarregado do procedimento fiscal, do disposto no § 2º do art. 7º do Decreto nº 70.235/1972, ainda que a fiscalização não tenha sido encerrada.

Quanto à regra citada na letra “l”, ela não se aplica à hipótese de consulta sobre a interpretação das normas acerca do parcelamento de débitos admi-nistrados pela RFB, ressalvadas as competências previstas em leis e atos normativos específicos.

(Decreto nº 70.235/1972, art. 7º, § 2º; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 2º a 6º e 18, caput, §§ 1º a 3º)

6. rECurSO ESPECIal E rEPrESENtaçãO

Havendo divergência de conclusões entre solu-ções de consulta relativas à mesma matéria, fundadas em idêntica norma jurídica, caberá recurso especial, sem efeito suspensivo, para a Cosit.

Se a divergência se verificar entre soluções de consulta proferidas pela Cosit, a decisão será por esta revista, aplicando-se, neste caso, o disposto no art. 17 da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, o qual estabelece que, se houver alteração de entendimento expresso em solução de consulta sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira, a nova orientação alcança apenas os fatos geradores que ocorrerem depois da sua publicação na imprensa oficial ou depois da ciência do consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais favorável, caso em que esta atingirá, também, o período abrangido pela solução anteriormente dada (veja final do item 5).

O recurso especial poderá ser interposto pelo destinatário da solução divergente no prazo de 30 dias, contado da ciência da solução que gerou a divergência, cabendo-lhe comprovar a existência das soluções divergentes sobre idênticas situações, mediante a juntada dessas soluções publicadas.

Sem prejuízo do disposto no art. 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013 (efeito vinculante), o sujeito passivo que tiver conhecimento de solução divergente daquela que esteja observando, em decorrência de resposta à consulta anteriormente formulada sobre idêntica matéria, poderá adotar o procedimento do recurso especial no prazo de 30 dias, contado da respectiva publicação.

Da solução de divergência será dada ciência imediata ao destinatário da solução de consulta refor-mada, aplicando-se seus efeitos a partir da data da ciência, observado, conforme o caso, o disposto no art. 17 (veja o 2º parágrafo deste item).

Qualquer servidor da administração tributária federal deverá, a qualquer tempo, formular represen-tação à Cosit, encaminhando as soluções divergentes sobre a mesma matéria, de que tenha conhecimento, e indicando as divergências por ele observadas.

O juízo de admissibilidade do recurso especial e da representação será feito pela Disit ou pela Cosit.

Não cabe pedido de reconsideração do despa-cho que concluir pela inexistência de divergência interpretativa.

Na apreciação de recurso especial ou de repre-sentação, deverá ser emitida solução de divergência pela Cosit.

Reconhecida a divergência, a solução de diver-gência acarretará a edição de ato específico de caráter geral, uniformizando o entendimento, com imediata ciência ao destinatário da solução reformada, aplicando-se seus efeitos a partir da data da ciência.

Durante a elaboração da solução de consulta, verificando-se a existência de soluções de consulta divergentes, a Disit proporá a solução de divergência e a edição do ato específico, conforme o parágrafo anterior.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 9º, 17 e 19 a 21)

7. SOluçãO dE CONSulta vINCulada

Existindo solução de consulta Cosit ou solução de divergência, as consultas com mesmo objeto serão solucionadas por meio de solução de consulta vincu-lada.

A solução de consulta vinculada, assim entendida como a que reproduz o entendimento constante de

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11-06 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

solução de consulta Cosit ou de solução de divergên-cia, será proferida pelas Disit ou pelas coordenações de área da Cosit.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 22)

8. COMPEtêNCIa

O preparo do processo de consulta compete à unidade da RFB do domicílio tributário do consulente e consiste em:

a) verificar se, na formulação da consulta, foram observados, conforme o caso, a legitimidade a que se refere o art. 2º e os requisitos de que tratam os arts. 3º a 6º, constantes do Anexo IV à Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013;

b) orientar o consulente quanto à maneira correta de formular a consulta, no caso de inobservân-cia de algum dos requisitos exigidos;

c) intimar o consulente para o cumprimento das exigências contidas na referida Instrução Nor-mativa ou por demanda das autoridades com-petentes da Disit ou da Cosit;

d) organizar o processo e encaminhá-lo à Cosit;

e) dar ao consulente ciência da decisão da auto-ridade competente e adotar as medidas ade-quadas à sua observância;

f) encaminhar à Cosit os recursos especiais in-terpostos contra decisões proferidas nos pro-cessos de consulta; e

g) encaminhar à Cosit a representação interposta por qualquer servidor da administração tribu-tária a ela subordinado.

No caso de consulta formulada por meio eletrônico (Portal e-CAC), a ciência ao consulente de que trata a letra “e” será dada por meio do Domicílio Tributário Eletrônico.

A competência a que nos referimos no início deste item será exercida pelas Divisões de Orien-tação e Análise Tributária (Diort), pelos Serviços de Orientação e Análise Tributária (Seort) e pelas Seções de Orientação e Análise Tributária (Saort), conforme o caso.

Compete às Disit e às coordenações de área da Cosit:

a) proceder ao exame do processo;

b) elaborar a solução de consulta ou de diver-gência;

c) declarar a ineficácia da consulta;

d) declarar a vinculação da solução de consul-ta; e

e) realizar o juízo de admissibilidade do recurso especial e da representação.

Compete à Cosit gerenciar os processos de con-sulta, o que será exercido por grupo de trabalho a ser instituído por ato da Cosit.

A autoridade competente da Disit ou da Cosit poderá solicitar diligência ou perícia por ocasião da análise da consulta.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 2º e 23 a 26, Anexo IV, arts. 3º a 6º)

9. CONSIdEraçõES FINaIS

As soluções de consulta Cosit e as soluções de divergência serão publicadas da seguinte forma:

a) no Diário Oficial da União (DOU), o número, o assunto, a ementa e os dispositivos legais; e

b) na Internet, no site da RFB, http://www.receita.fazenda.gov.br, com exceção do número do e--processo, dos dados cadastrais do consulen-te, do relatório ou de qualquer outra informa-ção que permita a identificação do consulente e de outros sujeitos passivos.

O despacho decisório que declarar a ineficácia da consulta não será publicado.

A solução de consulta vinculada será publicada na forma da letra “a”, acrescida da indicação de sua vinculação e do número da solução vinculante.

As soluções de consulta não convalidam informa-ções nem classificações fiscais apresentadas pelo consulente.

As Disit e a Cosit poderão propor ao Secretário da RFB a expedição de ato normativo sempre que a solução de uma consulta tiver interesse geral.

A publicação, na imprensa oficial, de ato normativo superveniente modifica as conclusões em contrário constantes em soluções de consulta ou em soluções de divergência, independentemente de comunicação ao consulente.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 27 a 30)

N

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11-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

DESCRIÇÃO DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES

Hipóteses de transferência Observações

1) Operações e prestações destinadas ao exterior, de que trata o RICMS-SC/2001, art. 6º, II, e seus §§ 1º e 2º.

O saldo credor acumulado, nesta hipótese, poderá também:a) ser compensado com o imposto devido na entrada de máquinas e equipamentos importados diretamente do exterior do País, destinados ao Ativo Permanente do importador;b) ser alienado a outros contribuintes deste Estado, de acordo com a disponibilidade financeira do Erário para apropriação em conta-gráfica.c) ser transferido a outro estabelecimento do mesmo titular, localizado neste Estado, para compensar com o imposto devido na entrada de máquinas e equipamentos importados diretamente do exterior do País, desti-nados ao Ativo Permanente do importador.NotaNas compensações, a liberação do bem importado através de recinto alfandegado localizado em outra Uni-dade da Federação ou com DSI dependerá da obtenção de visto prévio na Guia para Liberação de Merca-doria Estrangeira sem Comprovação do Recolhimento do ICMS, na Gerência Regional da Fazenda Estadual, conforme previsto no RICMS-SC/2001, Anexo 6, art. 192.

2) Isentas ou não tributadas. O saldo credor acumulado, nesta hipótese, poderá também ser alienado a outros contribuintes deste Estado para apropriação em conta-gráfica, de acordo com a disponibilidade financeira do Erário.

ICMS

Crédito acumulado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Crédito acumulado 3. Transferência de crédito acumulado 4. Retransferência de saldo remanescente 5. Outras transferências - Integralização do capital 6. Produtos agropecuários 7. Outros créditos 8. Utilização posterior do crédito 9. Energia elétrica 10. Procedimentos para transferência de créditos 11. Competência 12. Casos de não autorização da transferência 13. Reserva dos créditos transferíveis 14. Transferência dos créditos reservados 15. Autorização para utilização do crédito 16. Transferência de créditos decorrentes de contribuição

a fundos de incentivo 17. Modelos 18. Infrações e penalidades

1. INtrOduçãO

O crédito acumulado do ICMS difere do saldo credor registrado na escrita fiscal do contribuinte, uma vez que o saldo credor decorre do princípio da não cumulatividade do imposto, ou seja, da diferença a maior de crédito (oriundo das aquisições do contri-buinte) sobre os débitos (saídas tributadas).

O crédito acumulado do ICMS é um crédito bene-ficiado, ou seja, decorre de algum tipo de incentivo, concedido pela legislação, referente a uma situação que normalmente não geraria crédito.

A legislação catarinense reconhece o crédito acumulado, bem como dispõe sobre as hipóteses específicas em que os contribuintes detentores deste crédito podem utilizá-lo. Veremos neste texto, com base no RICMS-SC/2001, quais são essas hipóteses.

2. CrédItO aCuMuladO

Consideram-se acumulados os saldos credores decorrentes de manutenção expressamente auto-rizada de créditos fiscais relativos a operações ou prestações subsequentes isentas ou não tributadas.

O crédito transferível deve corresponder à pro-porção que as operações ou prestações isentas ou não tributadas representem do total das operações ou prestações realizadas pelo estabelecimento.

Os créditos acumulados serão utilizados priori-tariamente para compensação de débitos próprios do estabelecimento, com base no princípio da não cumulatividade.

(RICMS-SC/2001, arts. 28 e 40, §§ 1º e 2º)

3. traNSFErêNCIa dE CrédItO aCuMuladO

Os saldos credores acumulados por estabele-cimentos que realizem as operações e prestações descritas na tabela a seguir poderão ser transferidos a qualquer estabelecimento do mesmo titular ou para estabelecimento de empresa interdependente neste Estado.

a Estadual

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11-08 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

São consideradas interdependentes 2 empresas quando uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, for titular de mais de 50% do capital da outra.

(RICMS-SC/2001, art. 40, §§ 3º a 6º e 10)

4. rEtraNSFErêNCIa dE SaldO rEMaNESCENtE

Mediante regime especial concedido pelo Diretor de Administração Tributária à cooperativa central ou federação de cooperativas, será autorizada a retrans-ferência de eventual saldo remanescente, decorrente de operações e prestações destinadas ao exterior e isentas ou não tributadas, com base no RICMS--SC/2001, art. 40, § 3º, e decorrente de diferimento ou suspensão, com base no RICMS-SC/2001, art. 42, II:

a) entre estabelecimentos da mesma coopera-tiva;

b) do estabelecimento de cooperativa filiada para estabelecimento de cooperativa central ou de federação de cooperativas, podendo ser estendida à cooperativa de produtores não associada à cooperativa central;

c) do estabelecimento de cooperativa central ou de Federação de cooperativas para outras co-operativas filiadas situadas no Estado.

(RICMS-SC/2001, art. 40-A)

5. OutraS traNSFErêNCIaS - INtEgralIzaçãO dO CaPItal

O saldo credor acumulado decorrente das ope-rações destinadas ao exterior (previstas no RICMS--SC/2001, art. 6º, II, e seus §§ 1º e 2º) poderá ser transferido para integralização de capital de nova empresa ou modificação de sociedade existente, desde que do ramo industrial, mediante regime espe-cial, que estabeleça os mecanismos formais de verifi-cação e compensação dos créditos e que considere os impactos relativos à concentração econômica e à repercussão fiscal.

(RICMS-SC/2001, art. 40-B; Portaria SEF nº 81/2009)

6. PrOdutOS agrOPECuárIOS

As operações tributadas posteriormente às saídas de produtos agropecuários isentos ou não tributados dão ao estabelecimento que as praticar o direito de creditar-se do imposto cobrado nas operações ante-riores.

O estabelecimento que promover as saídas isentas ou não tributadas deverá apresentar os documentos fiscais relativos aos créditos fiscais correspondentes na Gerência Regional da Fazenda Estadual que o jurisdiciona, a qual:

a) carimbará e vistará os documentos fiscais, in-dicando que não mais poderão ser utilizados para fins de crédito do imposto;

b) efetuará um ou mais pedidos de transferência de crédito, que resultarão na geração de uma ou mais Autorizações de Utilização de Crédito, as quais servirão para o lançamento do crédito na escrita fiscal do destinatário, observando--se que o valor do crédito solicitado não pode-rá ser superior a 10% do valor da operação.

Note-se que deverá ser elaborada uma relação dos documentos fiscais apresentados, que será entregue na Gerência Regional da Fazenda Estadual, para fins de controle, indicando número da nota fiscal, data de emissão, identificação do emitente, valor da operação e valor do crédito.

As transferências de crédito de produtos agro-pecuários atenderão, no que couber, ao disposto nos procedimentos para transferência de créditos, previstos nos itens 11 a 14.

O procedimento de transferências de crédito de produtos agropecuários aplica-se nas saídas de produtos agropecuários promovidas pelo próprio pro-dutor com diferimento do imposto, relativamente ao crédito fiscal correspondente aos insumos, máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária.

O produtor primário que se enquadre na condição de microprodutor rural, tal como definido na Lei nº 14.267/2007, poderá transferir a terceiros, até o mon-tante de R$ 5.000,00 por ano, eventual crédito relativo à aquisição de bens destinados à utilização direta na produção rural, de forma integral.

Devem ser observados requisitos para os aspec-tos do microprodutor rural.

(RICMS-SC/2001, art. 41)

7. OutrOS CrédItOS

Os estabelecimentos que promoverem operações alcançadas pelo diferimento ou com suspensão do imposto, descritos na tabela a seguir, poderão trans-ferir eventuais saldos acumulados em decorrência desse tratamento.

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11-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

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Manual de Procedimentos

OUTROS CRÉDITOS

Estabelecimentos beneficiados Hipóteses

Estabelecimento encomendante, desti-natário da mercadoria recebida para in-dustrialização.

Diferimento do imposto para a etapa seguinte de circulação da parcela do valor acrescido, na hipótese do retorno de mercadoria recebida para conserto, reparo ou industrialização nas con-dições previstas no RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 27, I, salvo se a encomenda for feita por não contribuinte ou por qualquer empresa para uso ou consumo no seu estabelecimento.(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, X)

Outro estabelecimento da própria coo-perativa de produtores à cooperativa central ou à federação de cooperativas, destinatário das mercadorias.Observação:O saldo credor transferível inclui os cré-ditos relativos aos insumos agropecuá-rios destinados aos seus cooperados.

Diferimento do imposto para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadoria de estabe-lecimento de cooperativa de produtores para estabelecimento da própria cooperativa, de coope-rativa central ou de federação de cooperativas de que a remetente faça parte.(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, II)

Outro estabelecimento do mesmo titular, destinatário das mercadorias

Diferimento do imposto para a etapa seguinte de circulação na saída de mercadorias de estabe-lecimento de contribuinte para outro estabelecimento da mesma empresa.(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, III)

Estabelecimento destinatário da merca-doria.

Diferimento do imposto para a etapa seguinte de circulação na saída de perfumes, cosméticos e produtos de higiene pessoal promovida pelo estabelecimento fabricante com destino a empresa:a) dedicada preponderantemente ao comércio de mercadorias por reembolso postal ou pelo sistema de marketing direto na modalidade de venda porta a porta;b) que opere preponderantemente no ramo de atacado como distribuidora exclusiva de merca-dorias produzidas pelo próprio remetente.(RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, XI)

Em alienação a estabelecimento forne-cedor de Santa Catarina de acordo com a disponibilidade financeira do Erário.Observação:A transferência realizada por essa forma restringe-se ao crédito acumulado em decorrência da realização de operações com mercadorias de que trata o Anexo 6, art. 269, e não se sujeita ao limite men-cionado ao fim do quadro.

Fica diferido o pagamento do imposto devido nas saídas de caminhões e demais implementos rodoviários, produzidos em território catarinense, destinados ao Ativo Imobilizado de prestador de serviço de transporte rodoviário interestadual ou intermunicipal de cargas estabelecido neste Estado.(RICMS-SC/2001, Anexo 6, art. 268)

Em alienação a outros estabelecimentos de contribuintes situados em Santa Ca-tarina, de acordo com a disponibilidade do Erário.

A transferência depende de regime especial concedido pelo Secretário de Estado da Fazenda, que observará os seguintes critérios:a) aplica-se somente quando se tratar de crédito acumulado:a.1) por estabelecimento que atua no setor têxtil; oua.2) decorrente de operação realizada com diferimento previsto no Decreto nº 105/2007, art. 9º;b) a concessão do regime especial:b.1) na hipótese da alínea “a.1”, observará os seguintes critérios:b.1.1) necessidade de revitalização das atividades do remetente ou do destinatário;b.1.2) modernização ou expansão do parque fabril do remetente ou do destinatário; oub.1.3) manutenção do nível de emprego;b.2) na hipótese da alínea “a.2”, fica condicionado:b.2.1) a que o requerente demonstre que as saídas destinadas a contribuinte detentor do tra-tamento tributário com base no Decreto nº 105/2007, art. 9º, realizadas nos últimos 12 meses, representaram mais de 50% do valor total de suas operações de saída; oub.2.2) a que o destinatário do crédito celebre protocolo de intenções com o Estado visando à implementação ou ampliação de empreendimento no Estado;c) no caso da letra “a.1”, fica vedada a transferência de crédito para estabelecimento do ramo de energia elétrica e de comunicações;d) o disposto na letra “b.2” não se aplica ao contribuinte substituído que realize operações de saída exclusivamente com mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária.

A transferência de créditos fiscais será limitada ao valor resultante da aplicação da alíquota do imposto sobre as operações ocorridas em cada período, relativas ao mesmo destinatário, observando-se que será dispensado o limite:

a) nas transferências de crédito acumulado do imposto diferido para outro estabelecimento:a.1) do mesmo titular;a.2) da própria cooperativa de produtores; e

b) na hipótese de outros estabelecimentos de contribuintes situados neste Estado.

(RICMS-SC/2001, art. 42)

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11-10 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

8. utIlIzaçãO POStErIOr dO CrédItO

O não creditamento ou o estorno, previstos no RICMS-SC/2001, arts. 35 e 36, não impedem a utiliza-ção dos mesmos créditos em operações posteriores, sujeitas ao imposto, com a mesma mercadoria:

a) nas operações de que decorra transferência de propriedade do estabelecimento, previstas no RICMS-SC/2001, art. 6º, VI;

b) nas operações com produtos agropecuários, previstas no tópico 6.

(RICMS-SC/2001, art. 43)

9. ENErgIa ElétrICa

O saldo credor acumulado em decorrência do diferimento, previsto nas hipóteses a seguir, pode ser transferido para outros contribuintes deste Estado para apropriação em conta-gráfica:

a) na saída de carvão mineral, quando o desti-natário for empresa concessionária de serviço público, produtora de energia elétrica;

b) na saída de carvão mineral, quando o desti-natário for fornecedor de empresa concessio-nária de serviço público, produtora de energia elétrica, quando a operação for decorrente de contrato expresso celebrado entre as partes.

(RICMS-SC/2001, art. 44, II, Anexo 3, art. 6º, I e III)

10. PrOCEdIMENtOS Para traNSFErêNCIa dE CrédItOS

O controle do crédito acumulado transferível, previsto nos itens 3, 7 e 10, será efetuado pelo esta-belecimento transmitente, em quadro específico da Declaração de Informações do ICMS e Movimento Econômico (Dime), segundo sua origem.

O valor do crédito acumulado transferível será:

a) determinado com base no saldo existente no período de apuração imediatamente anterior;

b) limitado ao saldo credor existente em conta--gráfica.

(RICMS-SC/2001, art. 45)

11. COMPEtêNCIa

O controle das transferências de créditos será feito por meio de sistema eletrônico específico, incluindo:

a) a recepção das seguintes informações presta-das pelo transmitente do crédito acumulado:

a.1) o valor total do crédito disponível para transferência;

a.2) a origem dos créditos;b) a respectiva apropriação:

b.1) no estabelecimento transmitente do crédi-to, do débito referente à reserva do crédi-to acumulado transferível, no período de referência em que for efetuado o pedido;

b.2) no estabelecimento destinatário do cré-dito, no caso de aproveitamento em con-ta-gráfica, no período de referência de-clarado na Dime.

Para compatibilização com o sistema eletrônico de transferência de crédito, os valores relativos aos créditos acumulados serão declarados no quadro específico da Dime:

a) pelo estabelecimento transmitente do crédito no período de referência em que for efetuado o pedido de reserva, informando-se:a.1) a origem do crédito transferível;a.2) o valor da reserva de crédito aprovado

no período de referência;b) pelo estabelecimento destinatário do crédito

em transferência, à vista da Autorização para Utilização de Crédito (AUC), informando-se:b.1) a origem do crédito recebido;b.2) o valor das transferências recebidas lan-

çadas no período de referência;b.3) o número da autorização gerada pelo

sistema da AUC.

(RICMS-SC/2001, art. 46, I e II, e § 1º)

12. CaSOS dE NãO autOrIzaçãO da traNSFErêNCIa

Na data do pedido de transferência ou compen-sação, não se autorizará a transferência de créditos se o estabelecimento transmitente:

a) for devedor da Fazenda Estadual, inclusive com parcelamentos em atraso;

b) possuir crédito inscrito em dívida ativa não ga-rantida.

Essas condições:

a) aplicam-se também ao destinatário da trans-ferência de crédito destinada à compensação do imposto devido na importação de merca-doria ou bem;

b) não se aplicam na hipótese de compensação com os créditos tributários constituídos de ofí-

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11-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

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cio ou não, decorrentes de obrigação tribu-tária vencida até 30.09.2005, bem como na transferência a outros contribuintes deste Es-tado para realizar a compensação.

(RICMS-SC/2001, art. 47)

12.1 retransferência

A retransferência de créditos para o estabeleci-mento de origem ou para terceiros é vedada.

(RICMS-SC/2001, art. 47-A)

13. rESErva dOS CrédItOS traNSFErívEIS

O pedido de reserva para transferência do saldo do crédito acumulado transferível será efetuado pela Internet, por meio da página oficial da Secretaria de Estado da Fazenda, informando-se, no mínimo:

a) o nome e os números de inscrição no CCICMS e no CNPJ do detentor do crédito acumulado transferível;

b) a origem do crédito transferível.

A apreciação do pedido está condicionada à apresentação, na Gerência Regional que jurisdiciona o estabelecimento detentor do crédito acumulado transferível, dos seguintes documentos:

a) protocolo gerado a partir do pedido;

b) cópia dos documentos comprobatórios das operações de saída realizadas em cada mês a que se refiram os demonstrativos de créditos acumulados;

c) outros documentos, a critério do responsável pela análise do pedido de reserva;

d) comprovante de pagamento da taxa de servi-ços gerais.

Atendidas as exigências, o Auditor Fiscal proce-derá à análise conclusiva sobre o pedido de reserva.

Na hipótese de anuência ao parecer favorável do Auditor Fiscal pelo Gerente Regional, automatica-mente, o crédito acumulado passa para a condição de reservado e imediatamente será publicado na página oficial da Secretaria de Estado da Fazenda na Internet.

O protocolo apresentará, como valor reservado, o saldo do crédito acumulado transferível existente no período de apuração imediatamente anterior.

A utilização do saldo reservado de crédito acumu-lado para transferência ou compensação será feita

a partir do período seguinte à sua aprovação e do respectivo lançamento do débito na Dime.

A aprovação do pedido de reserva do crédito acumulado não implica reconhecimento da legitimi-dade do saldo credor acumulado nem homologação dos lançamentos efetuados pelo contribuinte.

Na hipótese de decisão contrária ao pedido de reserva, caberá recurso ao Diretor da Administração Tributária.

(RICMS-SC/2001, arts. 48 e 49)

14. traNSFErêNCIa dOS CrédItOS rESErvadOS

O pedido de transferência ou compensação do saldo reservado do crédito acumulado será efetuado, pela Internet, por meio da página oficial da Secretaria de Estado da Fazenda, informando-se, no mínimo:

a) o nome e os números de inscrição no CCICMS e no CNPJ do transmitente do crédito;

b) a origem do crédito transferível;

c) o número de inscrição no CCICMS e CNPJ do destinatário da transferência ou compensa-ção;

d) o valor da transferência ou compensação soli-citada;

e) a declaração de aceite, se for o caso;

f) a destinação do crédito a ser transferido.

Conforme a destinação do crédito acumulado, poderá ser exigida declaração de aceite.

(RICMS-SC/2001, art. 50, I a VI e § 1º)

14.1 Máquinas e equipamentos importados destinados ao ativo Permanente

Será exigida uma única solicitação e a correspon-dente declaração de aceite para cada Declaração de Importação (DI) ou DSI na compensação do saldo credor acumulado com o imposto devido:

a) na entrada de máquinas e equipamentos im-portados diretamente do exterior do País, des-tinados ao Ativo Permanente do importador;

b) na transferência de saldo credor para outro es-tabelecimento do mesmo titular, localizado em Santa Catarina, para compensar com o imposto devido na entrada de máquinas e equipamen-tos importados diretamente do exterior do País, destinados ao Ativo Permanente do importador.

(RICMS-SC/2001, art. 50, § 2º)

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11-12 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

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14.2 declaração de aceite

Previamente ao pedido de transferência ou com-pensação do crédito, poderá ser exigida declaração de aceite, que, conforme o caso, poderá ser emitida:

a) pelo destinatário do crédito a ser transferido ou pelo transmitente do crédito a ser compensado;

b) pela Diretoria de Administração Tributária, nos casos em que seja exigida autorização especial.

A declaração será efetuada pela Internet, por meio da página oficial da Secretaria de Estado da Fazenda, informando-se, no mínimo, conforme o caso:

a) o nome e os números de inscrição no CCICMS e no CNPJ do declarante;

b) o número de inscrição no CCICMS do transmi-tente do crédito;

c) o valor do crédito aceitado;d) o seguinte de acordo com a destinação dada

ao crédito reservado:d.1) no caso de transferência de crédito

acumulado em decorrência de diferimen-to ou suspensão do imposto, o número da nota fiscal da industrialização ou da entrada das mercadorias, a série, a data, a descrição do serviço ou mercadoria e o valor, pelo destinatário. Somente serão relacionados os documentos que não ex-cedam o montante do crédito que será autorizado para o declarante;

d.2) quando se tratar de compensação de imposto devido na importação, o número da DI ou da DSI, conforme o caso, e a identificação da mercadoria ou do bem importado;

d.3) quando se tratar de compensação de cré-ditos tributários constituídos de ofício ou não, a relação dos créditos tributários, a serem liquidados, total ou parcialmente;

d.4) outras informações que se fizerem ne-cessárias sempre que exigida a declara-ção de aceite.

(RICMS-SC/2001, art. 51)

15. autOrIzaçãO Para utIlIzaçãO dO CrédItO

As transferências e compensações serão autori-zadas por intermédio do sistema eletrônico de trans-ferência de crédito, na data da aprovação do pedido, mediante Autorização para Utilização do Crédito (AUC), que servirá para lançamento do crédito na conta-gráfica, quando cabível, e conterá, no mínimo:

a) o número da autorização gerada pelo sistema;b) a data da autorização;c) o nome e os números de inscrição no CCICMS

e no CNPJ do requerente da transferência ou os números de inscrição no CPP e no CPF, quando se tratar de produtor primário;

d) o nome e os números de inscrição no CCICMS e no CNPJ do destinatário da transferência;

e) o valor do crédito autorizado, sua origem e destinação;

f) outras informações de acordo com a destina-ção do crédito;

g) a identificação do auditor fiscal que analisou o processo e do gerente regional que homolo-gou a informação.

A AUC será:

a) disponibilizada ao destinatário do crédito, na data da autorização, para ser impressa, via In-ternet, por meio da página oficial da Secretaria de Estado da Fazenda;

b) arquivada juntamente com os documentos fis-cais e apresentada ao Fisco sempre que soli-citado.

A AUC será válida para lançamento na Dime entregue até o 10º dia do 4º mês subsequente ao da respectiva emissão.

(RICMS-SC/2001, art. 52)

16. traNSFErêNCIa dE CrédItOS dECOrrENtES dE CONtrIBuIçãO a FuNdOS dE INCENtIvO

Além das hipóteses previstas no RICMS-SC/2001, Capítulo VI (que trata sobre os procedimentos de transferência e compensação de créditos acumula-dos), poderá ser autorizada a alienação dos créditos acumulados, existindo disponibilidade financeira, ao estabelecimento que contribuir direta ou indiretamente para um dos seguintes fundos:

a) Fundo de Desenvolvimento Social (Fundosocial);b) Fundo Estadual de Saúde;c) Fundo Estadual de Habitação Popular (Fehap);d) Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural;e) entidade sem fins lucrativos;f) projeto de relevância social.

A contribuição prevista neste item deverá ser registrada em termo de compromisso firmado pelo contribuinte com a Secretaria de Estado da Fazenda, cientificado pelo representante da entidade, do fundo ou do projeto beneficiário.

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11-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

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O Secretário de Estado da Fazenda poderá, para assegurar a competitividade das empresas catarinen-ses, autorizar limites adicionais para transferência de crédito.

(RICMS-SC/2001, arts. 52-A e 52-B)

17. MOdElOS

A Portaria SEF nº 24/2008 aprova o aplicativo dis-ponibilizado na página oficial da Secretaria de Estado da Fazenda, na Internet, destinado:

a) ao Pedido de Reserva de Créditos Acumula-dos;

b) à emissão da Ordem de Transferência de Cré-dito;

c) ao preenchimento da declaração de aceite de crédito acumulado.

Aprova também os modelos de Ordem de Trans-ferência de Crédito (OTC), da AUC e da declaração de aceite, os quais reproduzimos a seguir.

(Portaria SEF nº 24/2008)

17.1 Modelo de OtC

OTC

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11-14 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

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17.2 Modelo da auC

AUC

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11-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

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17.3 Modelo da declaração de aceiteDECLARAÇÃO DE ACEITE

18. INFraçõES E PENalIdadES

A seguir, apresentamos algumas infrações e penalidades relacionadas ao crédito fiscal.

INFRAÇÕES E PENALIDADES

Infração Penalidade Fundamento legal

Apropriar crédito de imposto con-siderado indevido pela legislação tributária

Multa de 75% do valor do crédito indevido.A multa prevista será reajustada para:a) 100% do valor do crédito quando o imposto estiver destacado em documento fiscal declarado inidôneo em edital publicado pela administração tributária;b) 150% do valor do crédito quando:b.1) o imposto estiver destacado em documento fiscal fraudulento;b.2) não corresponder a uma entrada efetiva de mercadoria no estabelecimento;b.3) não corresponder a uma efetiva prestação de serviço;b.4) a empresa emitente não existir ou for dolosamente constituída.

Lei nº 10.297/1996, art. 55

Deixar de estornar crédito de im-posto, quando determinado pela legislação tributária

Multa de 75% do valor do crédito indevido. Lei nº 10.297/1996, art. 56

Antecipar o momento de apropria-ção do crédito do imposto

Multa de 10% do valor do crédito antecipado, por mês ou fração, até o limite de 75%.

Lei nº 10.297/1996, art. 57

Transferir ou receber em transfe-rência, irregularmente, crédito do imposto

Multa de 75% do crédito transferido. Lei nº 10.297/1996, art. 58

N

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11-16 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

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FEdERal

Bebidas - IPI - Registro especial e selo de controle - Disciplina

A Receita Federal baixou a Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, que dispõe sobre o registro especial a que estão sujeitos os produtores, os engar-rafadores, as cooperativas de produtores, os estabe-lecimentos comerciais atacadistas e os importadores de bebidas alcoólicas e sobre o selo de controle a que estão sujeitos esses produtos.

Os contribuintes que exerçam essas atividades estão obrigados à inscrição no registro especial insti-tuído pelo art. 1º do Decreto-lei nº 1.593/1977, sendo vedado exercê-las sem prévia satisfação da exigência legal.

O registro especial, mantido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), será concedido por estabelecimento, de acordo com o tipo de atividade desenvolvida, e será específico para:

a) produtor, quando no estabelecimento indus-trial ocorrer, exclusivamente, operação de fa-bricação ou acondicionamento para venda a granel dos produtos;

b) engarrafador, quando, no estabelecimento in-dustrial, ocorrer operação de engarrafamento dos produtos, próprios ou de terceiros;

c) atacadista, quando, no estabelecimento, ocor-rer, exclusivamente, operação de venda a gra-nel dos produtos; e

d) importador, quando o estabelecimento, ainda que realize outro tipo de operação, efetuar im-portação de produtos com finalidade comercial.

As cooperativas de produtores deverão requerer o registro especial da espécie:

a) a que se refere a letra “a” anterior quando rea-lizarem, exclusivamente, operação de fabrica-ção ou acondicionamento para venda a granel;

b) de que trata a letra “b” quando, no estabeleci-mento industrial, ocorrer operação de engarra-famento.

Poderão ser concedidos, cumulativamente, a um mesmo estabelecimento mais de um tipo de registro especial dentre os anteriormente citados, devendo, neste caso, ser atribuído um número distinto para cada registro especial.

A inscrição no registro especial é dispensada para:

a) as lojas francas que efetuarem a importação de bebidas destinadas exclusivamente à ven-da em suas dependências;

b) os estabelecimentos obrigados à utilização do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) que estejam operando em normal funcionamento e desde que todos os produtos sejam controlados pelo sistema;

c) os estabelecimentos que comercializem ex-clusivamente bebidas, de fabricação nacional ou importada, enquadradas nos critérios de dispensa da exigência de aplicação do selo de controle nos termos do art. 16 da Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013; e

d) os parceiros comerciais da Fédération Interna-tionale de Football Association (Fifa) nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012.

A falta de inscrição no registro especial implica, sem prejuízo da exigência dos tributos devidos e da imposição de sanções previstas na legislação tribu-tária e penal, apreensão de matérias-primas, produtos em elaboração, produtos acabados e materiais de embalagem existentes no estabelecimento e, também, dos selos de controle não aplicados em estoque.

O estoque de matérias-primas, produtos em elaboração, produtos acabados e materiais de emba-lagem apreendido:

a) poderá ser liberado, juntamente com os selos de controle, quando, no prazo de 90 dias, con-tado da data da apreensão, o estabelecimento obtiver o registro especial; ou

b) será objeto de aplicação da pena de perdi-mento, com a consequente destinação por alienação, mediante leilão, ou por destruição.

O registro especial será concedido, a requeri-mento da pessoa jurídica interessada, pelo Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou da Delegacia da Receita Federal de Fiscalização no Município de São Paulo (Defis/SP) ou da Delegacia Especial de Maiores Contribuintes no Município do Rio de Janeiro (Demac/RJ), em cuja jurisdição estiver domiciliado o estabelecimento, mediante expedição de ato declaratório executivo (ADE).

Esse registro deverá ser requerido em dossiê digi-tal de atendimento, na forma do art. 4º da Instrução

a IOB Setorial

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11-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Normativa RFB nº 1.412/2013, a ser apresentado em qualquer unidade de atendimento da RFB.

O registro especial poderá ser cancelado, a qual-quer tempo, pela autoridade concedente se, posterior-mente à concessão, ocorrer qualquer um dos seguintes fatos:

a) desatendimento dos requisitos que condicio-naram a concessão do registro;

b) não cumprimento de obrigação tributária prin-cipal ou acessória, relativa a tributo adminis-trado pela RFB; e

c) prática de conluio ou fraude, como definidos na Lei nº 4.502/1964, ou de crime contra a ordem tributária, previsto na Lei nº 8.137/1990, ou de crime de falsificação de selos de controle, pre-visto no art. 293 do Decreto-lei nº 2.848/1940 - Código Penal -, ou de qualquer outra infração cuja tipificação decorra do descumprimento de normas reguladoras da produção, importação e comercialização dos produtos de que trata a Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, depois da decisão transitada em julgado.

Estão sujeitos ao selo de controle os produtos relacionados no Anexo I da mencionada Instrução Normativa, quando:

a) de fabricação nacional:a.1) destinados ao mercado interno; oua.2) saídos do estabelecimento industrial, ou

equiparado a industrial, para exportação, ou em operação equiparada à exporta-ção, para países limítrofes com o Brasil; ou

b) de procedência estrangeira, entrados no País.

Os produtos em referência não poderão sair do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, ser vendidos ou expostos à venda, mantidos em depósito fora dos referidos estabelecimentos, ainda que em armazéns-gerais, ou ser liberados pelas repartições fiscais sem que antes sejam selados.

(Lei nº 4.502/1964; Lei nº 8.137/1990; Decreto-lei nº 2.848/1940, art. 293; Decreto-lei nº 1.593/1977, art.1º; Instru-ção Normativa RFB nº 1.313/2012; Instrução Normativa RFB nº 1.412/2013; Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013)

N

a IOB ComentaEStadual

Preenchimento da EFD por contribuinte que não compensa impostos recuperáveis

O ICMS é regido pelo princípio da não cumulativi-dade; desta forma, o contribuinte pode compensar o valor devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias com o montante cobrado nas anteriores por este ou por outro Estado ou pelo Distrito Federal. A compensação deve ser realizada por meio de crédito do imposto cobrado anteriormente em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao Ativo Permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

O Convênio ICMS nº 143/2006 instituiu a Escritu-ração Fiscal Digital (EFD), implementada ao Anexo 11 do RICMS-SC/2001. A EFD deve conter, entre outras disposições, as informações necessárias à apuração do imposto e ser transmitido ao Sped até o 20º dia do mês subsequente ao da apuração do imposto.

O arquivo digital da EFD é constituído dos seguin-tes blocos:

Bloco Descrição0 Abertura, identificação e referênciasC Documentos fiscais I - Informações sobre mercadorias

(ICMS/IPI)D Documentos fiscais II - Serviços (ICMS)E Apuração do ICMS e do IPIG Controle do Crédito de ICMS do Ativo Permanente (Ciap)H Inventário físicoK Controle da produção e do estoque

NotaO bloco K vigora a partir do período de apuração de ja-neiro de 2015.

1 Outras informações9 Controle e encerramento do arquivo

Por meio da Consulta nº 91/2013, o Fisco catarinense esclareceu, a contribuinte com atividade principal de comércio atacadista de produtos alimentícios em geral, sobre a inclusão ou não do ICMS substituição tributária e o IPI no preenchimento do registro C100, campo 16, e registro C170, campo 07, que tratam, respectivamente, do valor total das mercadorias e valor das mercadorias e do valor do item, já que não compensa estes impostos.

Segundo o Fisco, a informação deve ser prestada sob o enfoque do declarante, assim, mesmo quando o IPI ou ICMS-ST não for restituível, não deverá ser adicionados ao valor da mercadoria, devendo os campos mencionados serem preenchidos como o descritivo no item do corpo da nota fiscal, decorrentes da multiplicação da quantidade x preço unitário.

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11-18 SC Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IOFContrato de empréstimo - Recolhimento - Código de

receita

1) Qual código deve ser utilizado no Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para o recolhimento do IOF em contrato de empréstimo cujo mutuário é pessoa jurídica?

Para recolher o IOF incidente em contrato de empréstimo cujo mutuário é pessoa jurídica, deve ser utilizado o código de Darf 1150.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 10; Listagem de Especifica-ções de Receitas emitida pela SRF/Cosar em 1º.02.2001)

Incidência - Confissão de dívida

2) Na hipótese de 2 empresas que constituíram uma sociedade de propósito específico e somente um dos sócios tenha disponibilizado os recursos financei-ros necessários à constituição da sociedade, enquan-to o outro assumiu compromisso de fazê-lo mediante contrato de confissão de dívida, esta confissão de dívi-da está sujeita à incidência do IOF?

Sim. O contrato de confissão de dívida é caracteri-zado como mútuo entre as pessoas jurídicas, estando sujeito, portanto, à incidência do imposto.

Nesse caso, a base de cálculo do IOF é o valor principal de cada parcela liberada.

(Decreto nº 6.306/2007, arts. 2º, I, e 7º, IV)

SIMPlES NaCIONalMEI - Opção - Condições

3) Quais são as condições para o empresário tor-nar-se um microempreendedor individual (MEI)?

Considera-se MEI o empresário que atenda, cumulativamente, às seguintes condições:

a) tenha auferido receita bruta especificada nos §§ 1º e 2º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006 (até R$ 60.000,00);

b) seja optante pelo Simples Nacional;

c) exerça tão somente atividades permitidas para o MEI, conforme resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional;

d) não possua mais de um estabelecimento;e) não participe de outra empresa como titular,

sócio ou administrador;f) possua um único empregado que receba ex-

clusivamente um salário-mínimo ou o piso sa-larial da categoria profissional.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A, §§ 1º e 2º; Reso-lução CGSIM nº 16/2009, art. 2º)

ICMS/SCApuração - ICMS-ST

4) Na apuração do ICMS-ST no Estado de Santa Catarina, é permitida a compensação com saldo cre-dor da apuração do ICMS próprio?

Não. Os saldos credores ou devedores não podem se misturar, cada apuração deve ser feita individualmente.

(RICMS-SC/2001, art. 54, § 5º)

Diferencial de alíquotas - Lançamento parcelado - Ativo Fixo

5) Um estabelecimento pode lançar no livro Re-gistro de Apuração do ICMS o diferencial de alíquotas relativo à aquisição de um bem para o Ativo Fixo, em 48 parcelas?

Sim. O imposto correspondente ao diferencial de alíquotas devido por ocasião da entrada no estabe-lecimento de máquinas, aparelhos ou equipamentos oriundos de outro Estado, destinados a integração ao Ativo Imobilizado do adquirente, poderá ser lançado em 48 parcelas mensais iguais e sucessivas no livro Registro de Apuração do ICMS, devendo a 1ª ser lançada no mês em que ocorrer a entrada do bem no estabelecimento.

(RICMS-SC/2001, art. 53, § 12)

Conforme esclarecido, o Fisco respondeu a con-sulente:

Diante do exposto, responda-se à consulente que o preen-chimento do campo 16 do registro C100 e o campo 07 do registro C170 da Escrituração Fiscal Digital - EFD, não deve agregar os impostos não recuperáveis.É o parecer que se submete à elevada apreciação da Comissão Permanente de Assuntos Tributários.

Cumpre esclarecer que a versão atual do Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital é 2.0.13; contudo, a consulta foi respondida com base na versão 2.0.12, e o conteúdo dos campos citados não sofreu alteração.

(RICMS-SC/2001, arts. 28 e 29; Anexo 11, art. 24; Consulta nº 91/2013)

N

a IOB Perguntas e Respostas