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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Consulta tributária a ICMS - Crédito acumulado a ICMS - Crédito presumido ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 10/2014 Pará / a Federal IOF Factoring 01 / a Estadual ICMS Crédito fiscal 04 / a IOB Setorial Estadual Editorial - ICMS - Regime especial para emissão de NF-e por edito- ras, distribuidores e comerciantes de revistas e periódicos 10 / a IOB Comenta Federal IOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional 12 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Mútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso 13 Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira 13 Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência 13 ICMS/PA Denúncia espontânea - Apresentação após o início de fiscalização - Impossibilidade 14 Programa Nota Fiscal Cidadã - Prazo para inclusão de documentos fiscais 14 Sucatas - Conceito 14

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Consulta tributária

a ICMS - Crédito acumulado

a ICMS - Crédito presumido

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 10/2014

Pará

/a FederalIOFFactoring . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSCrédito fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB SetorialEstadualEditorial - ICMS - Regime especial para emissão de NF-e por edito-ras, distribuidores e comerciantes de revistas e periódicos . . . . . . . . . 10

/a IOB ComentaFederalIOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional . . . . . 12

/a IOB Perguntas e RespostasIOFMútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso . . . . . . . . 13Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira . . . . . 13Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência . . . . . . . . . 13

ICMS/PADenúncia espontânea - Apresentação após o início de fiscalização - Impossibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Programa Nota Fiscal Cidadã - Prazo para inclusão de documentos fiscais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Sucatas - Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IOF : factoring. -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2083-1

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-01165 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

10-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 PA

IOF

Factoring SUMÁRIO 1. Introdução 2. Fato gerador 3. Contribuinte 4. Responsabilidade 5. Alíquota 6. Base de cálculo 7. Cobrança e recolhimento 8. Exemplo 9. Soluções de consultas

1. IntrOduçãO

O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) incide sobre as operações citadas, incluindo-se, entre as de crédito, as realizadas por empresas que exercem as atividades de pres-tação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

Neste texto, examinaremos o tratamento tributário dispensado pela legislação do IOF às mencionadas operações.

(Regulamento do IOF - Decreto nº 6.306/2007, art. 2º, I, “b”)

2. FAtO gErAdOr

Constitui fato gerador do IOF a entrega do mon-tante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou a sua colocação à disposição do interessado.

A expressão “operações de crédito” compreende as operações de empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos, a alienação, à empresa que exercer as atividades de factoring, de direitos creditórios resultantes de venda a prazo e o mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 3º, caput, § 3º)

3. COntrIBuIntE

O contribuinte é a pessoa física ou jurídica alie-nante do direito creditório resultante de venda a prazo a empresa de factoring.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 4º, parágrafo único)

4. rESPOnSABIlIdAdE

A responsabilidade pela cobrança e pelo recolhimento do imposto é da empresa de factoring adquirente do direito

creditório.

Embora o contribuinte seja a pessoa jurídica ou a pessoa física que aliena o direito

creditório resultante de venda a prazo, a responsa-bilidade pelo recolhimento é atribuída à empresa de factoring, a exemplo do que ocorre nas demais operações de crédito, em que o tomador do financia-mento ou do empréstimo é o contribuinte.

A responsabilidade pelo recolhimento, no entanto, é atribuída pela legislação à instituição financeira.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 5º, caput, II)

5. AlíquOtA

O imposto incide sobre o valor da respectiva ope-ração, mediante a aplicação das seguintes alíquotas:

a Federal

Constitui fato gerador do IOF a entrega

do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou

a sua colocação à disposição do interessado

10-02 PA Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;

b) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia.

Nota

Além das alíquotas citadas, há, ainda, a aplicação da alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação, seja o mutuário pes-soa física ou jurídica (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 15).

O IOF não excederá o valor resultante da apli-cação da alíquota diária a cada valor de principal, prevista para a operação, multiplicada por 365 dias, acrescido da alíquota adicional de 0,38%, ainda que a operação seja de pagamento parcelado.

Cálculo: pessoa física ou jurídica: 0,0041 x 365 = 1,4965% + 0,38% = 1,8765%.

Note-se que o IOF incidirá no período compreen-dido entre a data da ocorrência do fato gerador e a data do vencimento de cada parcela do direito credi-tório alienado à empresa de factoring.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, II, §§ 1º e 15)

5.1 Pessoa jurídica optante pelo Simples nacional

Quando se tratar de mutuário pessoa jurí-dica optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), em que o valor seja igual ou inferior a R$ 30.000,00, a alíquota será de 0,00137% ao dia.

Para reconhecimento da aplicabilidade da alí-quota reduzida, caberá ao mutuante exigir, no ato da realização da operação, declaração em 2 vias de que se enquadra como pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional e de que o signatário é seu repre-sentante legal e está ciente de que a falsidade na prestação desta informação o sujeitará, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrem, às penalidades previstas na legislação criminal e tribu-tária, relativas à falsidade ideológica (Código Penal, art. 299) e ao crime contra a ordem tributária (Lei nº 8.137/1990, art. 1º).

Nota

Além da alíquota citada, haverá a aplicação da alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 15).

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, VI, § 15, e art. 45, II)

6. BASE dE CálCulO

A base de cálculo do IOF nas operações de fac-toring é o valor líquido entregue ou colocado à dispo-sição do alienante, correspondente ao valor nominal do título ou do direito creditório, deduzindo-se os juros cobrados antecipadamente.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, II, § 4º)

7. COBrAnçA E rECOlhIMEntO

O IOF será cobrado na data da operação de desconto e recolhido por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) até o 3º dia útil subsequente ao decêndio de sua cobrança, utilizando-se o código de receita 6895.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 10, caput, III, parágrafo único)

7.1 recolhimento fora do prazo

O IOF não pago ou não recolhido no prazo legal será acrescido de:

a) juros de mora equivalentes à taxa Selic, acu-mulada mensalmente, calculados a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento até o mês anterior ao pagamento, e de 1% no mês do pagamento; e

b) multa de mora, calculada a partir do 1º dia subsequente ao do vencimento, à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 47)

8. ExEMPlO

Suponhamos que uma duplicata de venda mer-cantil, sacada contra determinada pessoa jurídica, decorrente de operações comerciais, no valor de R$ 50.000,00, emitida em 03.01.2014, com vencimento em 05.05.2014, tenha sido negociada, no mesmo dia de sua emissão, pelo credor a uma empresa de factoring no valor líquido de R$ 45.000,00:

0,0041% (alíquota) × 123 dias (de 03.01 a 05.05.2014) = 0,5043% + 0,38%

R$ 45.000,00 × 0,8843% = R$ 397,94

O valor do IOF devido será de R$ 397,94 e deverá ser recolhido até o 3º dia útil subsequente ao decên-dio de sua cobrança (15.01.2014), com utilização do código de Darf 6895.

10-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 PA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

8.1 Pagamento parcelado

Conforme o exemplo desenvolvido no item 8, suponhamos que o título fosse emitido para paga-mento em 4 parcelas iguais, no valor de R$ 12.500,00 cada uma, com vencimentos em 05.02, 05.03, 05.04 e 05.05.2014, respectivamente, e que tenha sido nego-ciado com a empresa de factoring pelo valor líquido de R$ 47.000,00.

Sendo que R$ 47.000,00 ÷ 4 = R$ 11.750,00 (cada parcela).

1ª Parcela (05.02.2014)

0,0041% × 34 dias = 0,1394% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,5194% = R$ 61,03

2ª Parcela (05.03.2014)

0,0041% × 62 dias = 0,2542% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,6342% = R$ 74,52

3ª Parcela (05.04.2014)

0,0041% × 93 dias = 0,3813% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,7613% = R$ 89,45

4ª Parcela (05.05.2014)

0,0041% × 123 dias = 0,5043% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,8843% = R$ 103,91

O total do IOF a recolher será de R$ 328,91 (soma das parcelas de R$ 61,03 + R$ 74,52 + R$ 89,45 + R$ 103,91).

9. SOluçõES dE COnSultAS

Transcrevemos, a seguir, a íntegra da Solução de Consulta nº 345/2010, da Divisão de Tributação da Superintendência Regional da 8ª Região Fiscal, da Receita Federal do Brasil (RFB).

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 345, DE 28.09.2010 - DOU 1 DE 25.10.2010

Assunto: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF

DIREITOS CREDITÓRIOS. AQUISIÇÃO. INCIDÊNCIA.

Não incide o IOF nas operações de crédito relativas às cessões de direitos creditórios resultantes de vendas a prazo, quando o cessionário for instituição financeira, por falta de previsão legal. O imposto somente incidirá quando o cessionário for empresa que executa atividade de factoring.

Dispositivos Legais: Lei nº 4.595, de 1964, art. 17; Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, § 1º, inciso III, alínea d; Lei nº 9.532, de 1997, art. 58; Decreto nº 6.306, de 2007 - Riof/07, art. 2º, inciso I, alínea b, art. 3º, § 3º, inciso II, art. 4º e art. 5º; IN RFB nº 907, de 2009, art. 6º; e Resolução nº 2.144, de 1995, do CMN.

SONIA DE QUEIROZ ACCIOLY BURLO

Chefe

A Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), por meio da Solução de Consulta Cosit nº 25/2014, reformulou a Solução de Consulta SRRF/08 Disit nº 110/2008, no sentido de que não incide o IOF nas operações de cessão, sem coobrigação, de direitos creditórios decorrentes de vendas a prazo, quando o cessionário é instituição financeira. Todavia, quando do estabelecimento de cláusula de coobrigação do cedente (ou seja, em operações de cessão de direitos creditórios a instituição financeira com coo-brigação), incide o IOF/Crédito sempre que resta a operação caracterizada como desconto de títulos, na forma estabelecida pela Solução de Divergência Cosit nº 16/2011.

Veja, a seguir, a íntegra dessa Solução de Consulta:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 25, DE 23.01.2014 - DOU 1 de 30.01.2014, RET. DOU 1 DE 04.02.2014

ASSUNTO: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF)

Ementa: CESSÃO DE CRÉDITOS - INSTITUIÇÃO FINAN-CEIRA - INCIDÊNCIA - REFORMA A SOLUÇÃO DE CON-SULTA SRRF08/DISIT Nº 110, DE 2008.

Não incide o IOF nas operações de cessão, sem coo-brigação, de direitos creditórios decorrentes de vendas a prazo, quando o cessionário for instituição financeira. Todavia, quando do estabelecimento de cláusula de coobrigação do cedente (ou seja, em operações de cessão de direitos creditórios a instituição financeira com coobrigação), incide o IOF/Crédito sempre que restar a operação caracterizada como desconto de títulos, na forma estabelecida pela Solução de Divergência Cosit nº 16, de 2011.

Dispositivos Legais: Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, art. 2º, inciso I, alíneas “a” e “b” e art. 3º, § 3º; Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 58; Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art.15, §1º, inciso III, alínea d.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral da Cosit Substituta

(Solução de Consulta SRRF Disit nº 345/2010 - 8ª Região Fiscal; Solução de Consulta Cosit nº 25/2014)

N

10-04 PA Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Crédito fiscal SUMÁRIO 1. Introdução 2. Princípio da não cumulatividade 3. Direito ao crédito fiscal 4. Condição para aproveitamento do crédito 5. Prazo para apropriação do crédito 6. Hipóteses de não aproveitamento de crédito 7. Estorno do crédito fiscal 8. Manutenção do crédito fiscal 9. Crédito presumido 10. Homologação do crédito 11. Penalidades

1. IntrOduçãO

O contribuinte do imposto tem o direito de creditar o ICMS destacado nos documentos fiscais relativos às entradas de mercadorias e às aquisições de serviços de transporte intermunicipal e interestadual face ao princípio da não cumulatividade do imposto, conforme veremos neste procedimento.

(RICMS-PA/2001, arts. 50 a 70)

2. PrInCíPIO dA nãO CuMulAtIvIdAdE

O imposto é não cumulativo, portanto, compensa--se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante anteriormente cobrado por esta ou outra Unidade da Federação.

(RICMS-PA/2001, art. 50)

3. dIrEItO AO CrédItO FISCAl

Ao contribuinte paraense é assegurado, salvo dis-posição expressa em contrário, o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado e destacado em documento fiscal hábil, relativamente à mercadoria entrada, real ou simbólica, em seu estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao Ativo Permanente, ou ao recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comu-nicação, em razão de prestações tributadas.

Documento fiscal hábil é aquele que atenda a todas as exigências da legislação pertinente e esteja acompanhado, quando exigido, de comprovante do recolhimento do imposto.

(RICMS-PA/2001, art. 51, caput, § 1º)

3.1 Energia elétrica

O contribuinte somente terá direito ao crédito do imposto na entrada de energia elétrica, nas seguintes hipóteses:

a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica;

b) quando consumida no processo de industriali-zação;

c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na propor-ção destas sobre as saídas ou prestações to-tais; e

d) a partir de 1º.01.2020, nas demais hipóteses.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 33, II; RICMS-PA/2001, art. 51, § 2º, II)

3.2 Serviço de comunicação

Somente dará direito ao crédito o recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabeleci-mento:

a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza;

b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na pro-porção desta sobre as saídas ou prestações totais; e

c) a partir de 1º.01.2020, nas demais hipóteses.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 33, IV; RICMS-PA/2001, art. 51, § 2º, III)

3.3 Mercadorias destinadas ao Ativo Permanente

Para fins de apropriação dos créditos decorrentes de aquisições de bens destinados ao Ativo Perma-nente, deverá ser observado que:

a Estadual

10-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 PA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a) a apropriação dos créditos será feita à razão de um 1/48 por mês, devendo a 1ª fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;

b) para aplicação do disposto na letra anterior, o montante do crédito a ser apropriado será ob-tido multiplicando-se o valor total do respec-tivo crédito pelo fator igual a 1/48 da relação entre o valor das operações de saídas e pres-tações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período, equiparando--se às tributadas as saídas e prestações com destino ao exterior;

c) a fração do crédito será abatida no Contro-le de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (Ciap) e lançada no livro Registro de Apura-ção do ICMS, na linha “007 - Outros Créditos” do quadro “Crédito do Imposto”, antecedido da expressão “Apropriação de Crédito do Ati-vo Permanente”.

Em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento de que trata este tópico em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período.

(RICMS-PA/2001, art. 82, I, II, III, § 1º)

3.4 Crédito extemporâneo

O direito ao crédito está condicionado à escritu-ração do respectivo documento fiscal no período em que se verificar a entrada da mercadoria no estabele-cimento ou a utilização do serviço.

A escrituração fora dos momentos aludidos somente poderá ser feita:

a) pelo Fisco, decorrente da reconstituição da escrita do contribuinte;

b) pelo contribuinte, relativamente aos créditos a que tiver direito, não apropriados na época própria, desde que não esteja sob ação fiscal;

c) pelo contribuinte, quando detectado erro que não resulte em recolhimento atrasado de im-posto.

O contribuinte deverá comunicar a apropriação extemporânea, prevista nas letras “b” e “c”, à repar-tição fazendária a que estiver circunscrito, até o 10º

dia do mês subsequente ao da apropriação, devendo anotar, na coluna “Observações” do livro Registro de Entradas, os motivos do não lançamento tempestivo.

(RICMS-PA/2001, arts. 53 e 54)

3.5 Serviço de transporte

Constitui crédito fiscal o valor do imposto ante-riormente cobrado relativo aos serviços da mesma natureza contratados pelos prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, nas seguintes situações:

a) no transporte por redespacho efetuado entre empresa transportadora e transportador autô-nomo ou entre empresas transportadoras;

b) no transporte intermodal.

(RICMS-PA/2001, art. 55, I)

3.6 diferencial de alíquotas

Constitui também crédito fiscal o valor do imposto anteriormente cobrado a título de diferença de alí-quotas, de bens ou materiais destinados ao seu Ativo Imobilizado, assim entendidos os bens destinados à manutenção das atividades do estabelecimento.

(RICMS-PA/2001, art. 55, II)

3.7 Crédito presumido

Constitui crédito fiscal o valor dos créditos presumidos e dos créditos mantidos por disposição expressa da legislação.

O crédito presumido é benefício fiscal o qual, salvo disposição em contrário, será utilizado somente no momento da apuração do imposto, no livro Regis-tro de Apuração de ICMS, com vedação dos demais créditos fiscais. As hipóteses de apropriação são as relacionadas no RICMS-PA/2001, Anexo IV.

O imposto destacado nos documentos fiscais de saída em operações ou prestações com crédito pre-sumido será calculado pela alíquota correspondente à operação ou à prestação e escriturados normalmente no livro fiscal próprio.

(RICMS-PA/2001, arts. 7º, 12 e 55, III, Anexo IV)

10-06 PA Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3.8 Produtos agropecuários

O imposto cobrado nas operações anteriores às isentas ou não tributadas, relativamente a produtos agropecuários, constitui crédito fiscal, sempre que as saídas posteriores a estas forem tributadas.

A utilização do crédito dependerá de prévia autorização da autoridade competente, sendo conce-dida à vista de cópia autenticada da 1ª via da nota fiscal relativa à aquisição anteriormente tributada da mercadoria e da nota fiscal relativa à aquisição da mercadoria isenta.

(RICMS-PA/2001, art. 55, IV, §§ 1º e 2º)

3.9 Mercadoria não entregue

Constitui, ainda, crédito fiscal o valor do imposto relativo à mercadoria em retorno ao estabelecimento de origem, não entregue ao destinatário por qualquer motivo.

(RICMS-PA/2001, art. 55, V)

3.10 Arrendamento mercantil

Nas operações de arrendamento mercantil, ao ser exercida a opção de compra pelo arrendatário antes do final do contrato ou na hipótese de contrato cele-brado em desacordo com a legislação federal, para efeitos de aplicação do RICMS-PA/2001, art. 548, § 4º, a arrendadora poderá utilizar como crédito fiscal o valor do imposto correspondente à aquisição anterior do bem objeto da operação de venda.

(RICMS-PA/2001, art. 55, § 3º)

3.11 devolução de mercadorias

Na devolução de mercadoria, realizada entre con-tribuintes do ICMS, será permitido o crédito do ICMS recolhido, relativamente à sua entrada, observados os procedimentos estabelecidos no RICMS-PA/2001.

Será permitido, também, o aproveitamento do crédito quando a devolução for feita por pessoa física ou jurídica não obrigada à emissão de nota fiscal, devendo a mercadoria ser acompanhada de declara-ção expedida pelo comprador, contendo:

a) a discriminação da mercadoria devolvida;

b) o motivo da devolução;

c) o número e a data de emissão da nota fiscal originária, exceto quando a declaração for prestada na própria nota fiscal;

d) a identificação do comprador.

O direito ao aproveitamento do crédito no caso de devolução feita por pessoa não obrigada a emitir nota fiscal somente será reconhecido se a devolução da mercadoria ocorrer:

a) em virtude de garantia, dentro do prazo deter-minado no documento respectivo;

b) nos demais casos, dentro do prazo de 30 dias, contado da data efetiva da saída.

Na hipótese de devolução de mercadoria por inadimplemento do comprador:

a) não se aplica o prazo previsto na letra “b” do parágrafo anterior;

b) quando as prestações, inclusive o valor da en-trada ou início de pagamento, não forem de-volvidas ao comprador, o aproveitamento do crédito fiscal será proporcional ao valor por quanto retornou a mercadoria.

O disposto neste tópico não se aplica às opera-ções para as quais foram emitidos Cupons Fiscais sem discriminação das mercadorias, bem como à devolução da mercadoria, pertencente a terceiro, ao estabelecimento do vendedor, exclusivamente para conserto.

(RICMS-PA, arts. 57 e 58, I a IV, §§ 3º, 4º e 6º)

3.12 Erro na escrituração dos livros e/ou no preparo do documento de arrecadação

O contribuinte pode creditar, independentemente de autorização, o valor dos estornos de débitos, inclu-sive no caso de imposto recolhido indevidamente, em virtude de erro de fato ocorrido na escrituração dos livros fiscais ou no preparo do documento de arreca-dação. Esse crédito será lançado no período de sua constatação, na linha “007 - Outros Créditos” do livro Registro de Apuração do ICMS, anotando-se a origem do erro.

(RICMS-PA/2001, art. 59, I)

3.13 destaque a maior

O contribuinte pode creditar, independentemente de autorização, o valor do imposto indevidamente recolhido em razão de destaque a maior em do-cumento fiscal, mediante lançamento no livro Registro de Apuração do ICMS, na linha “007 - Outros Crédi-tos”, com a expressão “Recuperação de ICMS - art. 59, II, RICMS-PA”.

10-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 PA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Esse crédito somente poderá ser efetuado à vista de autorização firmada pelo destinatário do documento fiscal, com declaração sobre a não utiliza-ção do valor excedente, devendo tal documento ser anexado à respectiva nota fiscal.

(RICMS-PA/2001, art. 59, II, parágrafo único)

3.14 documento fiscal complementar

Quando o imposto não estiver destacado no documento fiscal ou o seu destaque tiver sido feito a menor, a utilização do crédito fiscal restante ou não destacado ficará condicionada à regularização me-diante emissão de documento fiscal complementar, pelo remetente ou prestador.

(RICMS-PA/2001, art. 60)

3.15 Importação

Quando se tratar de mercadoria importada, que deva ser registrada com direito ao crédito, o imposto recolhido no momento do desembaraço aduaneiro poderá ser escriturado no período de apuração em que tiver ocorrido o seu recolhimento, ainda que a entrada efetiva da mercadoria se verifique em período posterior.

(RICMS-PA/2001, art. 61)

4. COndIçãO PArA APrOvEItAMEntO dO CrédItO

O crédito fiscal somente será admitido depois de sanadas as irregularidades contidas em documento fiscal que:

a) não for o exigido para a respectiva operação ou prestação;

b) não contiver as indicações necessárias à per-feita identificação da operação ou prestação;

c) apresentar emenda ou rasura que lhe prejudi-que a clareza.

(RICMS-PA/2001, art. 56)

5. PrAzO PArA APrOPrIAçãO dO CrédItO

O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos 5 anos contados da data de emissão do documento que lhe deu origem.

(RICMS-PA/2001, art. 62)

6. hIPótESES dE nãO APrOvEItAMEntO dE CrédItO

6.1 Isenção e não incidência

A isenção ou a não incidência, salvo determina-ção em contrário na legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o valor devido nas operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações ou prestações anteriores.

(RICMS-PA/2001, art. 52)

6.2 hipóteses de vedação de crédito

É vedado o crédito relativo às entradas de bens ou de mercadorias, inclusive se destinados ao uso, consumo ou Ativo Permanente do estabelecimento, bem como ao serviço tomado:

a) para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto quando se tratar de saída para o exterior;

b) para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação subsequente não forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas ao exterior;

c) resultantes de operações ou prestações isen-tas ou não tributadas;

d) na aquisição de materiais, mercadorias, bens ou serviços por empresa com atividade mista, isto é, contribuinte tanto do ICMS como do ISS, de competência municipal, assegurando-se, no entanto, a recuperação do crédito quando as saídas ou os fornecimentos forem tributa-dos pelo ICMS, atendida a devida proporcio-nalidade;

e) quando a operação de aquisição tiver sido efetuada com recolhimento do imposto por an-tecipação ou substituição tributária, salvo ex-ceções previstas no RICMS-PA/2001;

f) quando a operação de saída da mercadoria em retorno ao autor da encomenda for efe-tuada com diferimento do imposto relativa-mente ao valor acrescido, no caso de estabe-lecimento que exerça exclusivamente ativida-de de industrialização para terceiros sob en-comenda.

10-08 PA Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Uma vez provada que a mercadoria ou serviço mencionados nas letras “a” a “c” ficaram sujeitos ao imposto por ocasião da saída do estabelecimento ou que foram empregados em processo de industriali-zação de que resultaram mercadorias cujas saídas se sujeitam ao imposto, o estabelecimento poderá creditar-se do imposto relativo às respectivas entra-das, na mesma proporção das saídas tributadas.

(RICMS-PA/2001, art. 63)

6.2.1 Serviço alheio à atividade

Não dão direito ao crédito as entradas de merca-dorias ou utilização de serviços alheios à atividade do estabelecimento.

Para os fins do disposto neste tópico, presumem--se alheios à atividade do estabelecimento, exceto quando diretamente vinculados aos seus objetivos sociais:

a) os veículos de transporte pessoal, assim en-tendidos os automóveis ou utilitários de uso in-dividual dos administradores da empresa ou de terceiros, e as mercadorias ou serviços uti-lizados na sua manutenção;

b) as mercadorias ou serviços destinados a be-nefícios sociais de funcionários e seus depen-dentes, inclusive transporte e alimentação;

c) as obras de arte;

d) os bens do Ativo Permanente adquiridos para locação a terceiros ou para fins de investimen-to ou especulação;

e) os artigos de lazer, decoração e embeleza-mento.

(RICMS-PA/2001, art. 64)

6.2.2 documento fiscal

Salvo disposição em contrário, é vedada a apropriação de crédito do imposto destacado em documento fiscal se este:

a) indicar como destinatário da mercadoria ou to-mador do serviço estabelecimento diverso da-quele que o registrar;

b) não for a 1ª via.

(RICMS-PA/2001, art. 65)

6.2.3 uso ou consumo

Somente dará direito a crédito a mercadoria des-tinada ao uso ou consumo do estabelecimento, nele entrada a partir de 1º.01.2020.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 33, I; RICMS-PA/2001, art. 51, § 2º, I)

6.2.4 Imposto destacado a maior

Quando o imposto for destacado a maior do que o devido no documento fiscal, o excesso não será apropriado como crédito.

(RICMS-PA/2001, art. 66)

6.2.5 transferência de saldo credor

O saldo credor do ICMS existente na data de encerramento da atividade de qualquer estabele-cimento não é restituível nem transferível a outro estabelecimento.

(RICMS-PA/2001, art. 67)

6.2.6 Benefícios fiscais unilaterais

O Estado do Pará veda o crédito do ICMS decor-rente de aquisições interestaduais de mercadorias ou bens que estejam amparadas por benefícios fiscais unilaterais, ou seja, benefícios fiscais concedidos pela Unidade de Federação de origem sem amparo em convênio ou protocolo celebrado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

A este respeito, o Fisco paraense se manifestou por meio da Instrução Normativa Sefa nº 23/2009, a qual contém relação de produtos e respectivos fundamentos legais por Unidade de Federação e o percentual de crédito admitido.

(Instrução Normativa Sefa nº 23/2009; Instrução Normativa Sefa nº 21/2010)

7. EStOrnO dO CrédItO FISCAl

O contribuinte deverá proceder ao estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabe-lecimento:

a) for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circuns-tância imprevisível à data da entrada da mer-cadoria ou da utilização do serviço;

b) for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto

10-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 PA

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resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;

c) for objeto de saída com redução de base de cálculo, sendo esta circunstância imprevisível à data da entrada da mercadoria ou da utili-zação do serviço, hipótese em que o estorno deverá ser proporcional à parcela correspon-dente à redução;

d) vier a ser utilizado em fim alheio à atividade do estabelecimento;

e) vier a perecer, deteriorar-se ou ser objeto de roubo, furto ou extravio.

Quando houver mais de uma aquisição ou prestação e não for possível determinar a qual delas corresponde a mercadoria ou o serviço, o valor do crédito a ser estornado deverá ser calculado me-diante a aplicação da alíquota vigente na data do estorno sobre o preço mais recente da aquisição ou do serviço tomado.

(RICMS-PA/2001, arts. 68 e 69)

8. MAnutEnçãO dO CrédItO FISCAl

Não se exigirá o estorno ou anulação do crédito fiscal relativo:

a) às entradas de matérias-primas, material se-cundário, produtos intermediários e material de embalagem, bem como relativo às aquisi-ções de energia elétrica e aos serviços presta-dos por terceiros, para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do produto resultante for para o exterior;

b) às entradas de mercadorias que venham a ser exportadas para o exterior com não incidência do ICMS;

c) à utilização de serviços relacionados com mer-cadorias ou serviços que venham a ser obje-to de operações ou prestações destinadas ao exterior.

(RICMS-PA/2001, art. 70)

9. CrédItO PrESuMIdO

Salvo disposição em contrário, o crédito pre-sumido é um benefício fiscal utilizado somente no momento da apuração do imposto, no livro Registro de Apuração de ICMS, com vedação dos demais créditos fiscais.

Os impostos destacados nos documentos fiscais de saída em operações ou prestações com crédito presumido são calculados pela alíquota correspon-dente à operação ou à prestação e escriturados normalmente no livro fiscal próprio.

As operações com mercadorias e as prestações de serviços beneficiadas pelo crédito presumido estão relacionadas no RICMS-PA/2001, Anexo IV.

(RICMS-PA/2001, arts. 7º e 12, Anexo IV)

10. hOMOlOgAçãO dO CrédItO

O crédito fiscal devidamente escriturado, pro-veniente da entrada de matéria-prima, material de embalagem, outras mercadorias e serviços, adquiri-dos desde 03.07.2000, poderá ser objeto de homolo-gação quando da saída, em operação interestadual, de mercadorias sujeitas à antecipação do ICMS.

A homologação será de competência, exclusiva, da repartição fiscal da circunscrição do contribuinte, mediante a emissão de Certificado de Homologação de Crédito Fiscal, que será disponibilizado pelo Sis-tema Integrado de Administração Tributária (Siat) da Secretaria Executiva de Estado da Fazenda.

(RICMS-PA/2001, arts. 76 e 77)

11. PEnAlIdAdES

Os contribuintes que não respeitarem o disposto na legislação estadual em relação ao crédito do imposto estarão sujeitos a penalidades, dentre as quais, destacamos:

a) deixar de recolher o imposto em decorrência do uso antecipado de crédito fiscal - a multa será equivalente a 40% do valor do crédito an-tecipadamente aproveitado;

b) transferir, para outros estabelecimentos, crédi-to do imposto, nas hipóteses não permitidas pela legislação tributária - a multa será equiva-lente a 40% do valor do crédito irregularmente transferido;

c) falta de estorno, nos casos legalmente previs-tos, de crédito do imposto recebido por oca-sião da entrada da mercadoria ou serviço - a multa será equivalente a 80% do valor do cré-dito não estornado;

d) utilizar crédito indevido ou inexistente desta-cado em documento fiscal:

10-10 PA Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

d.1) que não corresponda a uma efetiva ope-ração de circulação de mercadorias, sal-vo nos casos regularmente permitidos - a multa será equivalente a 80% do valor do crédito indevidamente utilizado;

d.2) que decorra de conluio entre as partes - a multa será equivalente a 80% do valor do crédito indevidamente utilizado;

d.3) emitido com o valor da operação super-valorizado - a multa será equivalente a 80% do valor do crédito indevidamente utilizado;

e) utilizar, dolosamente, como crédito do impos-to, importância resultante de adulteração ou falsificação de comprovante de recolhimento do imposto - a multa será equivalente a 210% do crédito indevidamente utilizado;

f) escriturar crédito a que tiver direito, não apro-priado na época própria, quando estiver sob ação fiscal - a multa será equivalente a 20% do valor do crédito apropriado.

(RICMS-PA/2001, art. 729, II)

N

a IOB Setorial

EStadual

Editorial - ICMS - Regime especial para emissão de NF-e por editoras, distribuidores e comerciantes de revistas e periódicos

O Estado do Pará, com fundamento no Convênio ICMS nº 24/2011, concedeu às editoras, aos distri-buidores, aos comerciantes e aos consignatários enquadrados nos códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) relacionados a seguir, regime especial para fins de emissão de Nota

Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, nas operações realizadas com revistas e periódicos. Contudo, essas disposições não se aplicam às operações realizadas com jornais. As CNAE são:

a) 1811-3/02 - impressão de livros revistas e ou-tras publicações periódicas;

b) 4618-4/03 - representantes comerciais e agen-tes do comércio de jornais, revistas e outras publicações;

c) 4618-4/99 - outros representantes comerciais e agentes do comércio de jornais, revistas e outras publicações;

10-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 PA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

d) 4647-8/02 - comércio atacadista de livros jor-nais e outras publicações;

e) 4761-0/02 - comércio varejista de jornais e re-vistas;

f) 5310-5/01 - atividades do Correio Nacional;

g) 5310-5/02 - atividades de franqueadas e per-missionárias de Correio Nacional;

h) 5320-2/02 - serviços de entrega rápida;

i) 5813-1/00 - edição de revistas;

j) 5823-9/00 - edição integrada à impressão de revistas.

Às hipóteses não mencionadas serão aplicadas as normas previstas na legislação tributária pertinente.

Essas editoras estão dispensadas da emissão de NF-e nas remessas dos exemplares de revistas e peri-ódicos destinados a assinantes. Na venda da assina-tura da revista ou periódico, essas editoras deverão emitir uma única NF-e englobando suas futuras remessas, cujo destinatário é o assinante, indicando no campo “Informações Complementares”: “NF-e emitida de acordo com os termos do Convênio ICMS nº 24/2011” e “Número do contrato e/ou assinatura”. Para fins de consulta da NF-e globalizada, as editoras deverão indicar no contrato da assinatura o endereço eletrônico onde será disponibilizada a “chave de acesso” de identificação da respectiva NF-e.

Nas remessas para distribuição de revistas e periódicos destinados aos distribuidores ou aos Correios, as editoras devem emitir a NF-e a cada remessa, consolidando as cargas para distribuição direta e individual a cada assinante, com os requisitos previstos na legislação tributária, e como destinatário o respectivo distribuidor ou agência dos correios. No campo “Informações Complementares”: “NF-e emitida de acordo com os termos do Convênio ICMS nº 24/2011.” A editora que distribuir as revistas dire-tamente aos assinantes, ao emitir essa NF-e, deverá indicar como destinatário o próprio remetente.

Os distribuidores e os correios ficam dispensados da emissão, individual, de NF-e quando da entrega dos exemplares aos assinantes de revistas e perió-dicos recebidos na forma mencionada anteriormente. Em substituição a essa NF-e, os distribuidores ou os correios deverão emitir até o último dia do mês, NF-e global, englobando as entregas mensais oriundas das vendas de assinaturas por Unidade da Federação, que conterá, sem prejuízo dos demais requisitos previstos na legislação tributária:

a) no grupo de informações do destinatário: os dados do próprio emitente;

b) no campo “CNPJ do Local de Entrega”: o nú-mero do CNPJ do emitente;

c) no campo “Logradouro do Local de Entrega”: diversos;

d) no campo “Bairro do Local de Entrega”: diversos;

e) no campo “Número do Local de Entrega”: di-versos;

f) no campo “Município do Local de Entrega”: ca-pital da UF onde foram efetuadas as entregas;

g) no campo “UF do Local de Entrega”: a Uni-dade da Federação onde foram efetuadas as entregas.

As editoras, para fins de remessa de revistas e periódicos para distribuição, consignação ou venda devem emitir a NF-e, conforme a operação realizada, a cada remessa ou venda, com os requisitos exigidos pela legislação tributária.

Nas operações de distribuição, compra e venda e consignação de revistas e periódicos quando des-tinadas às bancas de revistas e pontos de venda, a NF-e será emitida pelos distribuidores, revendedores e consignatários, ficando dispensados da impressão do Danfe da NF-e, desde que sejam impressos os códigos chave para circulação com a carga.

Em caso de retorno ou de devolução de revistas e periódicos pelas bancas de revistas ou pelos pontos de venda, os distribuidores, revendedores e consig-natários deverão emitir NF-e de entrada, ao recebe-rem essas mercadorias em seu estabelecimento, na qual devem ser indicados no campo “Informações Complementares”, o número da NF-e de remessa e a expressão: “NF-e emitida de acordo com os termos do Convênio ICMS nº 24/2011”, dispensada a impressão do Danfe.

Os procedimentos mencionados anteriormente:

a) não dispensa a adoção e escrituração dos li-vros fiscais previstos na legislação tributária;

b) não se aplica às vendas à vista a pessoa na-tural ou jurídica não contribuinte do ICMS, em que a mercadoria seja retirada no próprio esta-belecimento pelo comprador, hipótese em que será emitido o respectivo documento fiscal.

(RICMS-PA/2001, Anexo I, arts. 246 a 252)

N

10-12 PA Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

FEdERal

IOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional

O fato gerador do IOF ocorre na entrega do mon-tante ou do valor que constitua o objeto da obrigação ou a sua colocação à disposição do interessado nos seguintes momentos:

a) na data da efetiva entrega, total ou parcial, do valor que constitua o objeto da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado;

b) no momento da liberação de cada uma das parcelas, nas hipóteses de crédito sujeito, contratualmente, à liberação parcelada;

c) na data do adiantamento a depositante, assim considerado o saldo a descoberto em conta de depósito;

d) na data do registro efetuado em conta deve-dora por crédito liquidado no exterior;

e) na data em que se verificar excesso de limite, assim entendido o saldo a descoberto ocorri-do em operação de empréstimo ou financia-

mento, inclusive sob a forma de abertura de crédito;

f) na data da novação, composição, consolida-ção, confissão de dívida e dos negócios asse-melhados; e

g) na data do lançamento contábil, em relação às operações e às transferências internas que não tenham classificação específica, mas que, pela sua natureza, se enquadrem como opera-ções de crédito.

Note-se que o débito de encargos não configura entrega ou colocação de recursos à disposição do interessado, exceto quando apurado pela soma dos saldos devedores diários.

A alíquota máxima do IOF é de 1,5% ao dia, incidente sobre o valor das operações de crédito. A base de cálculo dessas operações e as respectivas alíquotas reduzidas vigentes, de acordo com o tipo de operação, são as indicadas no quadro a seguir, observando-se que deverá ser adicionado às respec-tivas alíquotas o percentual de 0,38%, na forma do § 15 do art. 7º do Decreto nº 6.306/2007.

a IOB Comenta

OPERAÇÃO BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA

a) empréstimo sob qualquer modalidade, in-clusive abertura de crédito:

a.1) valor do principal não definido a ser utili-zado pelo mutuário

soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

a.2) valor do principal definido a ser utilizado pelo mutuário

o principal entregue ou colocado à disposição mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

b) desconto, inclusive alienação de direitos creditórios a empresas de factoring

valor líquido obtido (valor nominal, deduzidos os juros cobrados antecipadamente)

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

c) adiantamento a depositante soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

d) empréstimos, inclusive sob a forma de fi-nanciamento, sujeitos à liberação dos recur-sos em parcelas

valor do principal de cada liberação mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

e) excessos de limite

e.1) valor do principal não definido a ser uti-lizado

valor dos excessos computados na soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

e.2) valor do principal definido a ser utilizadovalor de cada excesso apurado diariamente, resultante de novos valores entregues ao in-teressado

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

f) financiamento para aquisição de imóveis não residenciais valor da operação de crédito (contrato) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia

10-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 PA

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

O art. 8º do Decreto nº 6.306/2007 especifica as operações de crédito tributadas à alíquota zero.

No entanto, diversas dessas operações estão sujeitas à alíquota adicional de 0,38%, independente-mente do prazo da operação, na forma do § 5º do art. 8º do referido Decreto.

Desse modo, sobre a base de cálculo do IOF será aplicada a alíquota correspondente à respectiva ope-ração e, em seguida, a alíquota adicional de 0,38%, conforme o exemplo a seguir:

- mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041 x 30 dias = 0,123 + 0,38 = 0,503%.

Admitindo-se que a base de cálculo corresponda a R$ 10.000,00, teremos: 0,503% x 10.000,00 = R$ 50,30 (IOF a recolher).

(RIOF - Decreto nº 6.306/2007, arts. 3º, §§ 1º e 2º, 6º, 7º, caput, §§ 12 e 15, e 8º, caput, § 5º)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IOF

Mútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso

1) Qual a consequência tributária, em relação ao IOF, no caso de as parcelas de empréstimo pessoal não serem pagas no vencimento?

Do ponto de vista obrigacional, as partes devem cumprir com o que foi contratado.

Assim, o valor da parcela deve ser pago na data de vencimento. Porém, pode acontecer de o mutuário não realizar o pagamento na data prevista.

Em caso de prorrogação ou renovação de ope-ração de crédito sem alteração do devedor, o IOF deverá ser calculado sobre o valor não liquidado da operação anteriormente tributada e será considerado complementar à anteriormente feita com aplicação da mesma alíquota vigente na data da operação inicial.

A alíquota máxima do IOF é de 1,5% ao dia. Assim sendo, se houver prorrogação do prazo superior a 365 dias, não será exigido o IOF complementar sobre o tempo que excedê-lo.

No entanto, deverá ser acrescido ao valor tributá-vel o adicional de 0,38%, previsto no § 15 do art. 7º do Decreto nº 6.306/2007.

(Decreto nº 6.306/2007, arts. 6º e 7º, §§ 1º, 7º e 15)

Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira

2) A pessoa jurídica que realiza operação de mú-tuo é equiparada a instituição financeira?

Sim. A pessoa que realiza operações de mútuo é equiparada a instituição financeira.

Na realização dessa operação, o contrato deverá conter cláusula prevendo as condições de pagamento (prazo, forma de pagamento e acréscimos).

(Constituição Federal/1988, art. 192, § 3º; Lei nº 9.779/1999, art. 13)

Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência

3) Os adiantamentos de valores para suprir saldo a descoberto nas contas-correntes estão sujeitos ao IOF?

10-14 PA Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Sim. Os valores destinados à cobertura de saldos a descoberto nas contas-correntes são fatos gerado-res do IOF.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 3º, § 1º, III)

ICMS/Pa

Denúncia espontânea - Apresentação após o início de fiscalização - Impossibilidade

4) Em que situação não será aceita a denúncia es-pontânea?

A denúncia espontânea não será aceita se já tiver sido instaurado o procedimento administrativo tributário contra o sujeito passivo.

(RICMS-PA/2001, art. 734, § 2º)

Programa Nota Fiscal Cidadã - Prazo para inclusão de documentos fiscais

5) Qual é o prazo-limite da inclusão dos documen-tos fiscais registrados eletronicamente para concorrer ao sorteio da Nota Fiscal Cidadã?

Para efeito de sorteio, somente serão conside-rados os documentos fiscais registrados eletronica-mente na Secretaria de Estado da Fazenda, no prazo previsto na legislação tributária.

(Decreto nº 490/2012, art. 37, I e II)

Sucatas - Conceito

6) Para fins da legislação tributária do Estado do Pará, o que é considerado sucata?

A legislação do Estado do Pará considera sucata:

a) a mercadoria ou parcela de mercadoria que não se preste à mesma finalidade para a qual foi produzida, sendo irrelevante que a merca-doria ou a parcela conserve a mesma natureza originária;

b) a mercadoria ou bem usados, quando destina-dos à utilização como matéria-prima ou mate-rial secundário por estabelecimento industrial.

(RICMS-PA/2001, art. 719, § 2º)