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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Infrações e penalidades ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 11/2014 Paraná / a Federal IPI Consulta tributária 01 / a Estadual ICMS Crédito acumulado 07 / a IOB Setorial Federal Bebidas - IPI - Registro especial e selo de controle - Disciplina 13 / a IOB Comenta Estadual ICMS - Margens de valor agregado nas operações com materiais de limpeza 14 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Contrato de empréstimo - Recolhimento - Código de receita 16 Incidência - Confissão de dívida 16 Simples Nacional MEI - Opção - Condições 17 ICMS/PR ICMS - Crédito presumido - Obra de infraestrutura - Montante em 2014 17 ICMS - Recolhimento em atraso - Redução de multa 17

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Infrações e penalidades

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 11/2014

Paraná

/a FederalIPIConsulta tributária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSCrédito acumulado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07

/a IOB SetorialFederalBebidas - IPI - Registro especial e selo de controle - Disciplina . . . . 13

/a IOB ComentaEstadualICMS - Margens de valor agregado nas operações com materiais de limpeza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

/a IOB Perguntas e RespostasIOFContrato de empréstimo - Recolhimento - Código de receita . . . . . . 16Incidência - Confissão de dívida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Simples NacionalMEI - Opção - Condições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

ICMS/PRICMS - Crédito presumido - Obra de infraestrutura - Montante em 2014 . . . 17ICMS - Recolhimento em atraso - Redução de multa . . . . . . . . . . . . 17

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : consulta tributária : IOB setorial : bebidas : IPI : registro especial e selo de controle : disciplina. -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2092-3

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-01523 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

11-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 PR

IPI

Consulta tributária SUMÁRIO 1. Introdução 2. Formulação 3. Requisitos 4. Solução 5. Efeitos 6. Recurso especial e representação 7. Solução de consulta vinculada 8. Competência 9. Considerações finais

1. INtROduçãO

Os contribuintes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) poderão formular consulta sobre a interpretação da legislação tributária e aduaneira, constantes de leis, regulamentos, atos normativos e outras disposi-ções aplicáveis a fato determinado e à classificação de mercadorias.

Além da formulação da consulta diretamente pelo interessado (sujeito passivo), esse expediente poderá também ser utilizado por órgãos da administração pública e entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais, tais como sindicatos de classes, associações, conselhos representativos de atividades profissionais e outros.

Note-se que nenhum procedimento fiscal será ins-taurado, relativamente à espécie consultada, contra o sujeito passivo alcançado pela consulta, a partir de sua apresentação até o 30º dia subsequente à data da ciência da decisão que lhe der solução definitiva.

O processo de consulta está disciplinado pelos arts. 88 a 102 do Decreto nº 7.574/2011, bem como pela Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, que dispõe sobre o processo de consulta relativo à interpretação da legislação tributária e aduaneira e à classificação de serviços, intangíveis e outras operações que produ-zam variações no patrimônio, no âmbito da RFB.

Nos itens seguintes, examinaremos os principais aspectos a serem observados na formulação de consulta, seus efeitos, ineficácia e demais aspectos, acerca da interpretação da legislação tributária, no âmbito da RFB.

(Decreto nº 7.574/2011, arts. 88 a 102; Instrução Normati-va RFB nº 1.396/2013, arts. 1º e 34)

2. FORMulaçãO

A consulta poderá ser formu-lada por:

a) sujeito passivo de obrigação tributária principal ou aces-sória;

b) órgão da administração pública; ou

c) entidade representativa de categoria econômica ou profissional.

Não será admitida a apresentação de consulta formulada por mais de um sujeito passivo em um único processo, ainda que sejam partes interessadas no mesmo fato, envolvendo a mesma matéria, fun-dada em idêntica norma jurídica.

Considera-se representante do órgão da admi-nistração pública a pessoa física responsável pelo ente perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e a investida de poderes de representação do respectivo órgão.

(Decreto nº 7.574/2011, art. 88; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 2º, caput, §§ 2º e 3º)

a Federal

Considera-se representante do órgão

da administração pública a pessoa física responsável pelo

ente perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e a investida de poderes

de representação do respectivo órgão

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11-02 PR Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.1 Pessoa jurídica

No caso de pessoa jurídica, a consulta será for-mulada pelo estabelecimento matriz.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 2º, § 1º)

3. REquISItOS

A consulta deve ser formulada por escrito, conforme modelos constantes dos Anexos I a III da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, dirigida à Coordenação-Geral de Tributação (Cosit) e apresen-tada na unidade da RFB do domicílio tributário do consulente.

A consulta poderá ser formulada:

a) por meio eletrônico (Portal e-CAC), mediante uso de certificado digital; ou

b) em formulário impresso, caso em que será di-gitalizada, passando a compor o processo ele-trônico (e-processo), obedecidas as normas específicas relacionadas a este processo.

A consulta deverá atender aos seguintes requisitos:

a) identificação do consulente:

a.1) no caso de pessoa jurídica ou equipara-da: nome, endereço, telefone, endereço eletrônico (e-mail ou caixa postal eletrô-nica), cópia do ato constitutivo e sua úl-tima alteração, autenticada ou acompa-nhada do original, número de inscrição no CNPJ ou no Cadastro Específico do INSS (CEI) e ramo de atividade;

a.2) no caso de pessoa física: nome, endere-ço, telefone, endereço eletrônico (e-mail ou caixa postal eletrônica), atividade pro-fissional e número de inscrição no Ca-dastro de Pessoas Físicas (CPF);

a.3) identificação do representante legal ou procurador, mediante cópia de do-cumento que contenha foto e assinatura, autenticada em cartório ou por servidor da RFB à vista da via original, acompa-nhada da respectiva procuração;

a.4) no caso de órgão da administração pú-blica, além da documentação de iden-tificação do representante legal, cópia do ato de sua nomeação ou de delega-ção de competência, quando não cons-te como responsável pelo órgão público perante o CNPJ;

b) na consulta apresentada pelo sujeito passivo, declaração de que:

b.1) não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou já instaurado para apurar fa-tos que se relacionem com a matéria ob-jeto da consulta;

b.2) não está intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta;

b.3) o fato nela exposto não foi objeto de de-cisão anterior, ainda não modificada, pro-ferida em consulta ou litígio em que foi parte o consulente;

c) circunscrição a fato determinado, descrição detalhada de seu objeto e indicação das in-formações necessárias à elucidação da ma-téria; e

d) indicação dos dispositivos da legislação tri-butária e aduaneira que ensejaram a apresen-tação da consulta, bem como dos fatos aos quais será aplicada a interpretação solicitada.

No caso de consulta formulada por pessoa jurí-dica (veja subitem 2.1), a declaração a que se refere a letra “b” deve ser prestada pela matriz e abrange todos os estabelecimentos.

A citada declaração aplica-se à consulta apre-sentada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional, salvo se formulada em nome dos associados ou filiados.

A entidade representativa de categoria econô-mica ou profissional que formular consulta em nome de seus associados ou filiados deverá apresentar autorização expressa destes para representá-los administrativamente, em estatuto ou documento indi-vidual ou coletivo.

A declaração de que trata a letra “b” aplica-se, ainda, à consulta apresentada por órgão da adminis-tração pública, salvo se versar sobre situação em que este não figure como sujeito passivo.

Na hipótese da letra “a.4”, quando o órgão da administração pública não dispuser de procurador em seu quadro funcional, o profissional contratado poderá formular consulta quando investido de man-dato de representação mediante procuração pública.

Quando a consulta versar sobre situação deter-minada ainda não ocorrida, o consulente deverá demonstrar a sua vinculação com o fato, bem como a efetiva possibilidade da sua ocorrência.

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11-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 PR

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Ressalvada a hipótese de matérias conexas, a consulta deverá referir-se somente a um tributo admi-nistrado pela RFB.

(Decreto nº 7.574/2011, art. 91; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 3º e 7º, caput, Anexos I a III)

3.1 Classificação de serviços

Sem prejuízo das orientações contidas no item 3 precedente, no caso de consulta sobre classificação de serviços, intangíveis e outras operações que pro-duzam variações no patrimônio, deverá o consulente informar:

a) a classificação adotada e pretendida, com os correspondentes critérios utilizados;

b) o enquadramento do serviço, do intangível ou de outras operações na legislação do Impos-to sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) ou do Imposto so-bre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), quando for o caso; e

c) a descrição do serviço, do intangível ou da operação objeto da consulta.

As informações e os documentos necessários para a correta caracterização técnica de serviços, intangíveis e outras operações objeto da consulta, quando expressos em língua estrangeira, serão acompanhados de tradução para o idioma nacional.

O consulente poderá ser intimado para apresen-tar outras informações ou elementos que se fizerem necessários à apreciação da consulta.

A consulta sobre classificação de serviços, intan-gíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio deverá referir-se a um único serviço, intangível ou operação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 4º a 6º)

4. SOluçãO

A solução da consulta compete à Cosit.

A ineficácia da consulta poderá ser declarada pela Divisão de Tributação das Superintendências Regionais da Receita Federal do Brasil (Disit) e pela Cosit.

A consulta será solucionada em instância única, não cabendo recurso nem pedido de reconsideração

da solução de consulta ou do despacho decisório que declarar sua ineficácia, ressalvados os casos de divergências de que tratam os arts. 19 e 20 da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013.

Na solução da consulta, serão observados os atos normativos, as soluções de consulta e de divergência sobre a matéria consultada proferidas pela Cosit, bem como as soluções de consulta interna da Cosit e os demais atos e decisões a que a legislação atribua efeito vinculante.

A solução de consulta, bem como a solução de divergência deverão conter:

a) identificação do órgão expedidor, número do processo, nome, CNPJ, CEI ou CPF, e domicí-lio tributário do consulente;

b) número, assunto, ementa e dispositivos legais;

c) relatório;

d) fundamentos legais;

e) conclusão; e

f) ordem de intimação.

A solução de consulta Cosit e a solução de diver-gência, a partir da data de sua publicação, têm efeito vinculante no âmbito da RFB, respaldam o sujeito passivo que as aplicar, independentemente de ser o consulente, desde que se enquadre na hipótese por elas abrangida, sem prejuízo de que a autoridade fiscal, em procedimento de fiscalização, verifique seu efetivo enquadramento.

(Decreto nº 7.574/2011, art. 92; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 7º a 9º)

4.1 Simples Nacional

A competência para a solução de consultas relati-vas ao Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) é da RFB quando se referir a tributos administrados por esse órgão.

Por outro lado, o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013 não se aplica às consultas rela-tivas ao Simples Nacional, quando a competência para solucioná-las for dos Estados, do Distrito Federal ou dos municípios, e ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 40; Decreto nº 7.574/2011, art. 93; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 31)

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11-04 PR Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5. EFEItOS

A consulta eficaz, formulada antes do prazo legal para o recolhimento de tributo, impede a aplicação de multa e de juros moratórios relativamente à matéria consultada, a partir da data de sua protocolização até o 30º dia seguinte ao da ciência, pelo consulente, da solução de consulta.

Quando a solução de consulta implicar paga-mento, este deve ser efetuado no prazo anteriormente referido ou no prazo normal de recolhimento do tributo, o que for mais favorável ao consulente.

Observe-se que a consulta não suspende o prazo para o recolhimento de tributo retido na fonte ou autolançado, antes ou depois de sua apresentação, nem para a entrega de declaração de rendimentos ou cumprimento de outras obrigações acessórias.

Ressalvada a hipótese ora descrita, nenhum pro-cedimento fiscal será instaurado contra o sujeito pas-sivo, relativamente à espécie consultada, a partir da apresentação da consulta até o 30º dia subsequente à data da ciência da solução da consulta.

Os efeitos da consulta que se reportar à situação não ocorrida somente se aperfeiçoarão se o fato con-cretizado for aquele sobre o qual versara a consulta previamente formulada.

Os efeitos da consulta formulada pela matriz da pessoa jurídica serão estendidos aos demais estabe-lecimentos.

No caso de consulta formulada por órgão da administração pública que versar sobre situação em que este não figure como sujeito passivo, seus efeitos não alcançarão o sujeito passivo da obrigação tribu-tária principal ou acessória.

Na hipótese de consulta formulada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional em nome dos associados ou filiados, seus efeitos somente os alcançarão depois de cientificada a con-sulente da solução da consulta.

Quando houver alteração de entendimento expresso em solução de consulta sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira, a nova orientação alcança apenas os fatos geradores que ocorrerem depois da sua publicação na imprensa oficial ou depois da ciência do consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais favorável, caso em que esta atingirá, também, o período abrangido pela solução anteriormente dada.

Os efeitos produzidos pela consulta cessarão após 30 dias da data de publicação na imprensa oficial, posteriormente à apresentação da consulta e antes de sua solução, de ato normativo que discipline a matéria consultada.

(Decreto nº 7.574/2011, arts. 89 e 90; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 10 a 17 e 18, § 4º)

5.1 Ineficácia da consulta

Não produz efeitos a consulta formulada:

a) com inobservância ao disposto nos arts. 2º a 6º da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013;

b) em tese, com referência a fato genérico ou, ainda, que não identifique o dispositivo da le-gislação tributária e aduaneira sobre cuja apli-cação haja dúvida;

c) por quem estiver intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta;

d) sobre fato objeto de litígio, de que o consulen-te faça parte, pendente de decisão definitiva nas esferas administrativa ou judicial;

e) por quem estiver sob procedimento fiscal, ini-ciado antes de sua apresentação, para apurar os fatos que se relacionem com a matéria con-sultada;

f) quando o fato houver sido objeto de decisão anteriormente proferida em consulta ou litígio em que tenha sido parte o consulente, e cujo entendimento por parte da administração não tenha sido alterado por ato superveniente;

g) quando o fato estiver disciplinado em ato nor-mativo publicado na imprensa oficial antes de sua apresentação;

h) quando versar sobre constitucionalidade ou legalidade da legislação tributária e adua-neira;

i) quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal de lei;

j) quando o fato estiver definido como crime ou contravenção penal;

k) quando não descrever, completa e exatamen-te, a hipótese a que se referir ou não contiver os elementos necessários à sua solução, sal-vo se a inexatidão ou omissão for escusável, a critério da autoridade competente;

l) quando versar sobre procedimentos relati-vos a parcelamento de débitos administrados pela RFB;

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11-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 PR

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

m) sobre matéria estranha à legislação tributária e aduaneira; e

n) quando tiver por objetivo a prestação de as-sessoria jurídica ou contábil-fiscal pela RFB.

A regra da letra “d” não se aplica à consulta formulada por órgão público, tendo em vista que a resposta terá caráter meramente informativo.

A disposição contida na letra “e” não se aplica à consulta apresentada em unidade da RFB no período em que o consulente houver readquirido a esponta-neidade em virtude de inobservância, pelo Auditor Fiscal da RFB encarregado do procedimento fiscal, do disposto no § 2º do art. 7º do Decreto nº 70.235/1972, ainda que a fiscalização não tenha sido encerrada.

Quanto à regra citada na letra “l”, ela não se aplica à hipótese de consulta sobre a interpretação das normas acerca do parcelamento de débitos admi-nistrados pela RFB, ressalvadas as competências previstas em leis e atos normativos específicos.

(Decreto nº 70.235/1972, art. 7º, § 2º; Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 2º a 6º e 18, caput, §§ 1º a 3º)

6. RECuRSO ESPECIal E REPRESENtaçãO

Havendo divergência de conclusões entre solu-ções de consulta relativas à mesma matéria, fundadas em idêntica norma jurídica, caberá recurso especial, sem efeito suspensivo, para a Cosit.

Se a divergência se verificar entre soluções de consulta proferidas pela Cosit, a decisão será por esta revista, aplicando-se, neste caso, o disposto no art. 17 da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, o qual estabelece que, se houver alteração de entendimento expresso em solução de consulta sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira, a nova orientação alcança apenas os fatos geradores que ocorrerem depois da sua publicação na imprensa oficial ou depois da ciência do consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais favorável, caso em que esta atingirá, também, o período abrangido pela solução anteriormente dada (veja final do item 5).

O recurso especial poderá ser interposto pelo destinatário da solução divergente no prazo de 30 dias, contado da ciência da solução que gerou a divergência, cabendo-lhe comprovar a existência das soluções divergentes sobre idênticas situações, mediante a juntada dessas soluções publicadas.

Sem prejuízo do disposto no art. 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013 (efeito vinculante), o sujeito passivo que tiver conhecimento de solução divergente daquela que esteja observando, em decorrência de resposta à consulta anteriormente formulada sobre idêntica matéria, poderá adotar o procedimento do recurso especial no prazo de 30 dias, contado da respectiva publicação.

Da solução de divergência será dada ciência imediata ao destinatário da solução de consulta refor-mada, aplicando-se seus efeitos a partir da data da ciência, observado, conforme o caso, o disposto no art. 17 (veja o 2º parágrafo deste item).

Qualquer servidor da administração tributária federal deverá, a qualquer tempo, formular represen-tação à Cosit, encaminhando as soluções divergentes sobre a mesma matéria, de que tenha conhecimento, e indicando as divergências por ele observadas.

O juízo de admissibilidade do recurso especial e da representação será feito pela Disit ou pela Cosit.

Não cabe pedido de reconsideração do despa-cho que concluir pela inexistência de divergência interpretativa.

Na apreciação de recurso especial ou de repre-sentação, deverá ser emitida solução de divergência pela Cosit.

Reconhecida a divergência, a solução de diver-gência acarretará a edição de ato específico de caráter geral, uniformizando o entendimento, com imediata ciência ao destinatário da solução reformada, aplicando-se seus efeitos a partir da data da ciência.

Durante a elaboração da solução de consulta, verificando-se a existência de soluções de consulta divergentes, a Disit proporá a solução de divergência e a edição do ato específico, conforme o parágrafo anterior.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 9º, 17 e 19 a 21)

7. SOluçãO dE CONSulta vINCulada

Existindo solução de consulta Cosit ou solução de divergência, as consultas com mesmo objeto serão solucionadas por meio de solução de consulta vincu-lada.

A solução de consulta vinculada, assim entendida como a que reproduz o entendimento constante de

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11-06 PR Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

solução de consulta Cosit ou de solução de divergên-cia, será proferida pelas Disit ou pelas coordenações de área da Cosit.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 22)

8. COMPEtêNCIa

O preparo do processo de consulta compete à unidade da RFB do domicílio tributário do consulente e consiste em:

a) verificar se, na formulação da consulta, foram observados, conforme o caso, a legitimidade a que se refere o art. 2º e os requisitos de que tratam os arts. 3º a 6º, constantes do Anexo IV à Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013;

b) orientar o consulente quanto à maneira correta de formular a consulta, no caso de inobservân-cia de algum dos requisitos exigidos;

c) intimar o consulente para o cumprimento das exigências contidas na referida Instrução Nor-mativa ou por demanda das autoridades com-petentes da Disit ou da Cosit;

d) organizar o processo e encaminhá-lo à Cosit;

e) dar ao consulente ciência da decisão da auto-ridade competente e adotar as medidas ade-quadas à sua observância;

f) encaminhar à Cosit os recursos especiais in-terpostos contra decisões proferidas nos pro-cessos de consulta; e

g) encaminhar à Cosit a representação interposta por qualquer servidor da administração tribu-tária a ela subordinado.

No caso de consulta formulada por meio eletrônico (Portal e-CAC), a ciência ao consulente de que trata a letra “e” será dada por meio do Domicílio Tributário Eletrônico.

A competência a que nos referimos no início deste item será exercida pelas Divisões de Orien-tação e Análise Tributária (Diort), pelos Serviços de Orientação e Análise Tributária (Seort) e pelas Seções de Orientação e Análise Tributária (Saort), conforme o caso.

Compete às Disit e às coordenações de área da Cosit:

a) proceder ao exame do processo;

b) elaborar a solução de consulta ou de diver-gência;

c) declarar a ineficácia da consulta;

d) declarar a vinculação da solução de consul-ta; e

e) realizar o juízo de admissibilidade do recurso especial e da representação.

Compete à Cosit gerenciar os processos de con-sulta, o que será exercido por grupo de trabalho a ser instituído por ato da Cosit.

A autoridade competente da Disit ou da Cosit poderá solicitar diligência ou perícia por ocasião da análise da consulta.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 2º e 23 a 26, Anexo IV, arts. 3º a 6º)

9. CONSIdERaçõES FINaIS

As soluções de consulta Cosit e as soluções de divergência serão publicadas da seguinte forma:

a) no Diário Oficial da União (DOU), o número, o assunto, a ementa e os dispositivos legais; e

b) na Internet, no site da RFB, http://www.receita.fazenda.gov.br, com exceção do número do e--processo, dos dados cadastrais do consulen-te, do relatório ou de qualquer outra informa-ção que permita a identificação do consulente e de outros sujeitos passivos.

O despacho decisório que declarar a ineficácia da consulta não será publicado.

A solução de consulta vinculada será publicada na forma da letra “a”, acrescida da indicação de sua vinculação e do número da solução vinculante.

As soluções de consulta não convalidam informa-ções nem classificações fiscais apresentadas pelo consulente.

As Disit e a Cosit poderão propor ao Secretário da RFB a expedição de ato normativo sempre que a solução de uma consulta tiver interesse geral.

A publicação, na imprensa oficial, de ato normativo superveniente modifica as conclusões em contrário constantes em soluções de consulta ou em soluções de divergência, independentemente de comunicação ao consulente.

(Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, arts. 27 a 30)

N

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11-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 PR

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ICMS

Crédito acumulado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Crédito acumulado 3. Sistema de Controle da Transferência e Utilização de

Créditos Acumulados (Siscred) 4. Observações para transferência e utilização 5. Projeto de investimento 6. Liquidação de débitos 7. Penalidades

1. INtROduçãO

De acordo com o princípio da não cumulatividade, é assegurado ao contribuinte do imposto o direito ao crédito do ICMS devido em cada operação ou presta-ção cobrado anteriormente.

Quando o contribuinte apurar o imposto devido pelo seu estabelecimento e resultar um saldo a ser transportado para o período seguinte, esse valor poderá ser considerado um “saldo credor” ou um “crédito acumulado”.

O saldo credor é caracterizado pelo simples confronto entre créditos e débitos, em que o valor do crédito é superior ao do débito. Já o crédito acumulado é decorrente de operações beneficiadas fiscalmente, em que a legislação prevê a manuten-ção de crédito do ICMS por ocasião da entrada da mercadoria ou da utilização dos serviços nelas inclu-ídas ou decorrentes de operações com alíquotas diversificadas.

Nesta matéria, o enfoque será dado aos créditos acumulados, sua formação e procedimentos para sua utilização.

2. CRédItO aCuMuladO

O crédito acumulado em conta-gráfica oriundo de ICMS cobrado nas operações e prestações ante-riores, por esta ou por outra Unidade da Federação (UF), poderá ser transferido, desde que previamente habilitado, e será passível de transferência, desde que não compensado em decorrência de:

a) operação e prestação destinada ao exterior, de que trata o RICMS-PR/2012, art. 3º, II e pa-rágrafo único;

b) operação de saída abrangida pelo diferimento do pagamento do imposto;

c) operação de saída com a suspensão do im-posto na hipótese prevista no RICMS-PR/2012, art. 105, II;

d) operação de saída beneficiada por redução na base de cálculo do imposto, que decorra de saída de bem de capital de fabricante esta-belecido neste Estado;

e) operação com o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, a que se refere a Lei Complementar nº 120/2005.

Nos casos em que o crédito for acumulado em virtude das operações previstas nas letras “b”, “c”, “d” e “e”, a transferência deste poderá ser efetuada para:

a) estabelecimento destinatário, até o limite do valor do imposto diferido ou suspenso na ope-ração;

b) outro estabelecimento da mesma empresa;c) estabelecimento de empresa interdependen-

te, coligada ou controlada;

Nota

Em relação à letra “c”, considera-se empresa interdependente, coliga-da ou controlada, respectivamente, quando:

a) uma das empresas, por si, seus sócios ou acionistas e respectivo cônjuge e filhos menores, seja titular de mais de 50% do capital da outra;

b) uma das empresas participe com 10% ou mais do capital da outra, sem controlá-la;

c) a empresa controladora, diretamente ou por meio de outras contro-ladas, seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

d) estabelecimento de fornecedor, a título de pa-gamento de:d.1) bens, exceto veículos leves produzidos

em outras UF;d.2) mercadorias e serviços de comunicação

e de transporte intermunicipal e interes-tadual de cargas;

Nota

O disposto na letra “d” não se aplica às operações de venda à ordem ou para entrega futura.

e) destinatário com inscrição baixada no Cadas-tro de Contribuinte do ICMS (CAD/ICMS), que o utilize na liquidação de débitos inscritos em dívida ativa ou que seja objeto de lançamento de ofício;

a Estadual

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f) estabelecimento industrial com projeto de in-vestimento a que se refere o RICMS-PR/2012, art. 48;

g) qualquer contribuinte habilitado no Siscred, por estabelecimento industrial com proje-to de investimento a que se refere o RICMS--PR/2012, art. 48.

(RICMS-PR/2012, art. 41, I a V, e art. 43, I a VII, §§ 1º e 2º)

2.1 Operações e prestações destinadas ao exterior

Nas hipóteses em que o crédito for acumulado em virtude de operação e prestação destinada ao exterior, hipótese de que trata a letra “a” do item 2, a transferência deste poderá, na proporção que estas saídas representem do total daquelas que forem reali-zadas pelo estabelecimento, ser efetuada:

a) para outro estabelecimento da mesma em-presa;

b) para qualquer estabelecimento de contribuinte deste Estado, havendo saldo remanescente, após ser efetuada a transferência de que trata a letra anterior;

c) para destinatário com inscrição baixada no CAD/ICMS, que o utilize na liquidação de dé-bitos inscritos em dívida ativa ou objeto de lan-çamento de ofício;

d) para estabelecimento industrial com proje-to de investimento a que se refere o RICMS--PR/2012, art. 48;

e) para qualquer contribuinte habilitado no Sis-cred, por estabelecimento industrial com pro-jeto de investimento a que se refere o RICMS--PR/2012, art. 48.

(RICMS-PR/2012, art. 42, I a V)

3. SIStEMa dE CONtROlE da tRaNSFERêNCIa E utIlIzaçãO dE CRédItOS aCuMuladOS (SISCREd)

O Siscred é o sistema para o credenciamento de contribuinte interessado em transferir ou receber em transferência os créditos acumulados para a habilita-ção daqueles que forem passíveis de transferência e para o controle das transferências e da utilização dos créditos acumulados.

(RICMS-PR/2012, art. 44, caput)

3.1 Solicitação

O contribuinte deverá:

a) solicitar previamente, mediante requerimen-to próprio interposto na Agência de Rendas (ARE) de seu domicílio tributário, o seu cre-denciamento no Siscred;

b) para obter o credenciamento, requerer a habi-litação ou receber créditos, adotar os seguin-tes procedimentos:

b.1) estar cadastrado como ativo no regi-me normal de apuração do imposto e com os dados cadastrais atualizados no CAD/ICMS, sem prejuízo do disposto na letra “c” do subitem 2.1 e na letra “e” do subitem 2.2;

b.2) não estar na condição de estabelecimen-to centralizado, no caso de a empresa ter optado pelo regime de apuração centra-lizada do imposto, para obter credencial como transferente;

b.3) emitir nota fiscal, escriturar livros e gerar arquivos por processamento de dados, atendendo aos dispositivos do RICMS--PR/2012, Capítulo XX do Título III, em relação a todos os estabelecimentos, sendo facultado ao destinatário do cré-dito a utilização do sistema apenas para escrituração de livros fiscais, autorizada ao contabilista responsável nos termos do RICMS-PR/2012, art. 443, § 5º;

b.4) ter sócio, diretor ou administrador cadas-trado como usuário da AR.Internet, com endereço eletrônico atualizado para re-cebimento de correspondência;

b.5) não possuir pendências quanto ao cum-primento de obrigações acessórias.

(RICMS-PR/2012, art. 44, §§ 1º e 2º)

3.2 vedação

Fica vedada a concessão de credencial para ins-crição especial de substituto tributário e para inscri-ção auxiliar de estabelecimento autorizado a parcelar ICMS incremental nos Programas Paraná Competitivo - ICMS, Bom Emprego e de Desenvolvimento Tecnológico e Social do Paraná (PRODEPAR).

(RICMS-PR/2012, art. 44, § 3º)

3.3 Habilitação

O contribuinte credenciado que pretenda habili-tar créditos acumulados no Siscred, para efeitos de transferência, deverá:

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a) requerer a habilitação dos créditos acumu-lados, em conformidade com o disposto em norma de procedimento fiscal (NPF nº 1/2009);

b) emitir nota fiscal no valor total do crédito a ser habilitado;

c) lançar o valor, referido na letra “b” anterior, a débito na conta-gráfica, no mês da emissão da nota fiscal.

A conta-corrente no Siscred será criada por inscrição no CAD/ICMS, para fins de disponibilização e controle dos créditos habilitados, transferidos ou recebidos em transferência.

(RICMS-PR/2012, art. 44, §§ 4º e 5º)

3.4 Suspensão

Será suspensa a credencial no caso de:

a) cancelamento da inscrição no CAD/ICMS de qualquer estabelecimento da empresa;

b) o estabelecimento credenciado como trans-ferente de crédito tornar-se estabelecimento centralizado no CAD/ICMS, podendo os cré-ditos já habilitados ou em processo de análise ser transferidos ao centralizador, mediante re-querimento;

c) inobservância de quaisquer procedimentos previstos na legislação que regula a utilização do crédito acumulado ou a utilização de expe-diente fraudulento.

(RICMS-PR/2012, art. 44, § 6º)

3.5 Cancelamento

A credencial deverá ser cancelada:

a) a pedido do credenciado;

b) de contribuintes baixados, sem créditos habi-litados em conta-corrente ou com pedidos de habilitação pendentes.

(RICMS-PR/2012, art. 44, § 7º)

3.6 Competência para deferir

A competência para deferir os pedidos de creden-ciamento, habilitação e transferência de créditos acu-mulados, bem como os de utilização ou apropriação em conta-gráfica de créditos acumulados recebidos em transferência, será do Diretor da Coordenação da Receita do Estado (CRE), que poderá delegá-la.

(RICMS-PR/2012, art. 44, § 8º)

3.7 apuração centralizadaA empresa que efetue apuração centralizada

do imposto, na condição de centralizadora, deverá considerar os dados dos estabelecimentos sob este regime para a apuração do crédito acumulado, observado o previsto na Norma de Procedimento Fiscal CRE nº 1/2009.

O contribuinte poderá optar por descentralizar o estabelecimento promotor das operações de que decorre a acumulação do crédito, caso em que lhe será facultada a recuperação dos créditos transferidos ao centralizador, desde que ainda remanesça saldo sem utilização. Para a efetivação, o estabelecimento centralizador deverá emitir nota fiscal relativamente ao estorno do crédito recebido do centralizado após o período considerado no último pedido de habilita-ção de créditos, devendo o valor ser lançado pelo estabelecimento centralizado no campo “Estorno de débito” da GIA/ICMS e pelo centralizador no campo “Estorno de crédito” da GIA/ICMS.

(RICMS-PR/2012, art. 44, §§ 9º a 11)

3.8 Habilitação por contribuintes credenciados que tenham encerrado suas atividades

A habilitação de créditos acumulados por con-tribuintes credenciados que tenham encerrado suas atividades fica condicionada à:

a) comprovação de não extinção da pessoa ju-rídica;

b) efetivação de auditoria para fins de baixa no CAD/ICMS, conforme Norma de Procedimento Fiscal específica.

Nota

A Norma de Procedimento Fiscal CRE nº 1/2009 dispõe sobre o Siscred.

(RICMS-PR/2012, art. 44, § 12)

4. OBSERvaçõES PaRa tRaNSFERêNCIa E utIlIzaçãO

Na transferência e na utilização de crédito acumu-lado, deverá ser observado o seguinte:

a) o valor passível de habilitação não poderá ser superior ao saldo credor da GIA/ICMS do últi-mo mês do período de acúmulo e deverá sub-sistir até a data do débito da nota fiscal de que trata o subtópico 3.3, letra “b”;

b) para fins de apuração do valor do crédito acumulado passível de transferência, serão deduzidos os valores dos créditos tributários inscritos em dívida ativa, exceto os que sejam

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objeto de garantia administrativa ou judicial comprovada pelo interessado;

c) o destinatário do crédito acumulado recebi-do em transferência de outra empresa deverá observar, como limite máximo de apropriação mensal em conta-gráfica, o valor que resultar da multiplicação do seu saldo devedor pró-prio, relativo ao mesmo mês do ano anterior ao da apropriação, pelo percentual correspon-dente à faixa em que se enquadre tal saldo devedor na tabela a seguir:

SALDO DEVEDOR PRÓPRIO DO MESMO MÊS DO ANO AN-TERIOR AO DA APROPRIAÇÃO (diferença positiva entre os débitos e créditos - Resultado da subtração entre a soma dos campos 51 a 58 e a soma dos campos 62 a 68 da GIA do mesmo mês do ano anterior)

PERCENTUAL

Até R$ 20.000,00 100,00%

De R$ 20.001,00 até R$ 400.000,00 25,00%

De R$ 400.001,00 até R$ 1.000.000,00 15,00%

De R$ 1.000.001,00 até R$ 5.000.000,00 10,00%

De R$ 5.000.001,00 até R$ 50.000.000,00 5,00%

De R$ 50.000.001,00 até R$ 80.000.000,00 2,00%

De R$ 80.000.001,00 até R$ 150.000.000,00 1,00%

Acima de R$ 150.000.000,00 0,50%

d) sobrevindo desfazimento da operação de que trata o tópico 2:

d.1) o destinatário do crédito deverá estorná--lo na sua conta-gráfica, mediante emis-são de nota fiscal, e comunicar à ARE do seu domicílio tributário, no mês em que ocorrer a devolução;

d.2) o estabelecimento que havia transferido o crédito lançará a nota fiscal de que tra-ta a letra anterior ao crédito na sua conta--gráfica;

e) o destinatário de crédito, inscrito no CAD/ICMS há 12 meses ou menos, deverá obser-var, como limite máximo de apropriação men-sal em conta-gráfica, 20% do saldo devedor próprio da GIA/ICMS do mês anterior.

(RICMS-PR/2012, art. 45, I a V)

5. PROjEtO dE INvEStIMENtO

A legislação paranaense define que as empresas com estabelecimentos industriais que realizem inves-timentos em ampliação, implantação, modernização ou reativação de empreendimento poderão transferir créditos acumulados de ICMS, habilitados no Sis-

cred, nos termos do tópico 2, a outros contribuintes credenciados.

(RICMS-PR/2012, art. 48, caput)

5.1 Condição

Para ser efetuada a transferência de crédito acumulado do ICMS, o estabelecimento industrial fica condicionado a que:

a) o montante total do investimento a ser efetuado seja igual ou superior a R$ 3.000.000,00;

b) a utilização do crédito acumulado, aprovado pela Secretaria de Estado da Fazenda, no li-mite do valor do projeto, obedeça ao crono-grama físico-financeiro de execução do pro-jeto.

Considera-se também como investimento aquele realizado para inovação e aperfeiçoamento de pro-cesso ou de produto.

Poderão se computados, para fins de determina-ção do valor do projeto, as aquisições ou os desem-bolsos financeiros efetuados desde 1º.01.2009.

(RICMS-PR/2012, art. 48, §§ 1º a 3º)

5.2 Pedido

Para fins de utilização do crédito acumulado do ICMS, o contribuinte deverá protocolizar pedido na Secretaria de Estado da Fazenda, contendo:

a) o projeto de investimento;

b) o cronograma de execução;

c) as datas prováveis de seu início e de sua con-clusão;

d) o contrato ou o estatuto social consolidado do contribuinte.

O pedido será avaliado pela Coordenação de Assuntos Econômicos (CAEC) da Secretaria de Estado da Fazenda, que opinará sobre o enquadramento do projeto às hipóteses previstas no item 5.

(RICMS-PR/2012, art. 49 e art. 50)

5.3 Conta de investimento

Estando enquadrado o projeto, caberá ao Secretário de Estado da Fazenda, com fundamento em parecer da CRE, decidir sobre o pedido, deter-

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minando o valor máximo do crédito acumulado a ser transferido à “Conta Investimento” do Siscred, vincu-lada ao investidor, e o cronograma de utilização.

O investidor com crédito acumulado na “Conta Investimento” poderá, observado o limite mensal estabelecido no despacho decisório:

a) utilizá-lo para liquidação de débitos de que trata o tópico 6;

b) apropriá-lo em conta-gráfica ou transferi-lo para outro estabelecimento da mesma empre-sa, observando como limite máximo de apro-priação mensal, em conta-gráfica, o valor que resultar da multiplicação do seu saldo devedor próprio, relativo ao mesmo mês do ano ante-rior ao da apropriação, pelo percentual corres-pondente à faixa em que se enquadre tal saldo devedor na tabela a seguir;

Saldo devedor próprio do mesmo mês do ano anterior ao da apropriação (diferença positiva entre os débitos e os crédi-tos - Resultado da subtração entre a soma dos campos 51 a 58 e a soma dos campos 62 a 68 da GIA do mesmo mês do ano anterior)

PERCENTUAL

Até R$ 50.000,00 100,00%

50.001,00 a 200.000,00 80,00%

200.001,00 a 1.000.000,00 50,00%

1.000.001,00 a 5.000.000,00 25,00%

5.000.001,00 a 50.000.000,00 12,00%

50.000.001,00 a 100.000.000,00 8,00%

Acima de 100.000.000,00 6,00%

c) transferi-los a outros contribuintes credencia-dos no Siscred, que deverão observar como limite máximo de apropriação mensal, em con-ta-gráfica, o valor que resultar da multiplica-ção de seu saldo devedor próprio, relativo ao mesmo mês do ano anterior ao da apropria-ção, pelo percentual correspondente à faixa em que se enquadre tal saldo devedor na ta-bela de que trata a letra anterior.

Nota

O destinatário de crédito, inscrito no CAD/ICMS há 12 meses ou menos, deverá observar, como limite máximo de apropriação mensal em conta-gráfi-ca, 20% do saldo devedor próprio da GIA/ICMS do mês anterior.

(RICMS-PR/2012, art. 50, parágrafo único, e art. 51)

5.4 Recebedor do crédito

O recebedor do crédito de que trata a letra “c” do subitem 5.3 poderá utilizar os créditos recebidos do investidor para:

a) liquidação de débitos de que trata o tópico 6;b) apropriação em conta-gráfica, observando

como limite máximo de apropriação mensal o valor que resultar da multiplicação do seu sal-do devedor próprio, relativo ao mesmo mês do ano anterior ao da apropriação, pelo percen-tual correspondente à faixa em que se enqua-dre tal saldo devedor na tabela de que trata a letra “b” do subitem 5.3.

(RICMS-PR/2012, art. 52)

5.5 Revisão do cronograma

O investidor poderá solicitar a revisão do crono-grama de execução se, por qualquer motivo, ficar impossibilitado de cumpri-lo.

Caberá à CRE verificar o cumprimento do cronograma estabelecido e, no caso de eventual irregularidade, suspender a transferência e a utili-zação de crédito acumulado, comunicando o fato aos interessados (transferente e destinatário, se for o caso) para pronunciamento destes, encaminhando o processo ao Secretário de Estado da Fazenda para decidir sobre a manutenção desta forma de transfe-rência.

Na hipótese de exclusão por irregularidades, o transferente e o destinatário dos créditos estarão sujeitos às penalidades previstas no art. 55 da Lei nº 11.580/1996.

Assim, sanadas as irregularidades, por despacho do Secretário de Estado da Fazenda, a transferência e a utilização do crédito poderão ser retomadas.

(RICMS-PR/2012, art. 53 e art. 54)

5.6 valores superiores

O Governador do Estado poderá autorizar a apropriação, a transferência e a utilização dos crédi-tos habilitados no Siscred em valores superiores aos limites estabelecidos na legislação.

(RICMS-PR/2012, art. 55)

5.7 Programa Bom Emprego e Prodepar

O estabelecimento com autorização vigente para parcelar ICMS incremental no Programa Paraná Competitivo - ICMS, no Programa Bom Emprego

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e no Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Social do Paraná (PRODEPAR) poderá utilizar cré-dito acumulado habilitado no Siscred, recebido em transferência de outro contribuinte credenciado, para liquidar débito próprio apurado na conta-gráfica da inscrição principal, observados os limites mensais de que trata o RICMS-PR/2012, art. 51, II e parágrafo único.

Ademais, o disposto acima:

a) aplica-se até o momento em que o valor do crédito apropriado em GIA/ICMS atingir o valor do investimento permanente realizado;

b) não se aplica às empresas as quais se refere a Lei nº 13.971/2002.

Nota

A Lei nº 13.971/2002 foi revogada pela Lei nº 17.405/2012.

Cabe observar que poderá o contribuinte acima citado utilizar o crédito recebido em transferência para o pagamento do imposto apurado na inscrição princi-pal antes de lançar o ICMS incremental no campo 65 (quadro 10) da GIA/ICMS, observado o descrito no subtópico 5.3, letra “b” e nota. Em substituição aos procedimentos citados, o crédito recebido poderá ser utilizado para o pagamento do imposto apurado na inscrição principal após o lançamento do ICMS incremental no campo 65 (quadro 10) da GIA/ICMS.

(RICMS-PR/2012, art. 56)

6. lIquIdaçãO dE déBItOS

O contribuinte que possuir crédito acumulado, nas hipóteses de que trata o tópico 2, habilitado pelo Siscred, próprio ou recebido em transferência, poderá utilizá-lo para liquidação integral de débito de ICMS:

a) inscrito em dívida ativa ou objeto de lança-mento de ofício;

b) devido em operações de saídas cujo paga-mento deva ser efetuado de forma desvincu-lada da conta-gráfica;

c) devido em razão da aquisição em licitação pú-blica de mercadorias apreendidas e abando-nadas.

A legislação estadual veda a utilização dos cré-ditos habilitados no Siscred para compensação com imposto devido em razão do regime de substituição tributária subsequente.

Os contribuintes que não possuírem credencial no Siscred para receber créditos e que estejam com inscrição baixada no CAD/ICMS poderão utilizar créditos habilitados no Siscred para liquidar débito inscrito em dívida ativa ou que seja objeto de lança-mento de ofício.

Os débitos acima citados são:

a) o imposto;

b) a correção monetária;

c) a penalidade pecuniária;

d) os juros.

O pedido de liquidação do crédito tributário implica confissão irretratável do débito, expressa renúncia a qualquer defesa ou recurso na esfera administrativa ou judicial, bem como a desistência dos já interpostos.

Nos casos de crédito tributário inscrito em dívida ativa, ajuizado para cobrança executiva, o pedido de liquidação deverá ser instruído com o comprovante do pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios.

(RICMS-PR/2012, art. 57, arts. 59 a 61)

6.1 Importação

O contribuinte que possuir crédito acumulado próprio, nas hipóteses de que trata o tópico 2, habi-litado pelo Siscred, poderá utilizá-lo para liquidação integral de débito de ICMS devido no desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas do exterior por portos e aeroportos paranaenses.

(RICMS-PR/2012, art. 58)

7. PENalIdadES

O contribuinte que não cumprir fielmente as disposições contidas na legislação tributária está sujeito a penalidades, entre as quais destacamos a multa de 60% do valor do crédito do imposto indevidamente transferido ao sujeito passivo que transferir créditos em desacordo com o disposto na legislação.

(RICMS-PR/2012, art. 674, § 1º, III, “b”)

N

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FEdERal

Bebidas - IPI - Registro especial e selo de controle - Disciplina

A Receita Federal baixou a Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, que dispõe sobre o registro especial a que estão sujeitos os produtores, os engar-rafadores, as cooperativas de produtores, os estabe-lecimentos comerciais atacadistas e os importadores de bebidas alcoólicas e sobre o selo de controle a que estão sujeitos esses produtos.

Os contribuintes que exerçam essas atividades estão obrigados à inscrição no registro especial instituído pelo art. 1º do Decreto-lei nº 1.593/1977, sendo vedado exercê-las sem prévia satisfação da exigência legal.

O registro especial, mantido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), será concedido por estabelecimento, de acordo com o tipo de atividade desenvolvida, e será específico para:

a) produtor, quando no estabelecimento indus-trial ocorrer, exclusivamente, operação de fa-bricação ou acondicionamento para venda a granel dos produtos;

b) engarrafador, quando, no estabelecimento in-dustrial, ocorrer operação de engarrafamento dos produtos, próprios ou de terceiros;

c) atacadista, quando, no estabelecimento, ocor-rer, exclusivamente, operação de venda a gra-nel dos produtos; e

d) importador, quando o estabelecimento, ainda que realize outro tipo de operação, efetuar im-portação de produtos com finalidade comer-cial.

As cooperativas de produtores deverão requerer o registro especial da espécie:

a) a que se refere a letra “a” anterior quando realizarem, exclusivamente, operação de fa-bricação ou acondicionamento para venda a granel;

b) de que trata a letra “b” quando, no estabeleci-mento industrial, ocorrer operação de engarra-famento.

Poderão ser concedidos, cumulativamente, a um mesmo estabelecimento mais de um tipo de registro especial dentre os anteriormente citados, devendo, neste caso, ser atribuído um número distinto para cada registro especial.

A inscrição no registro especial é dispensada para:

a) as lojas francas que efetuarem a importação de bebidas destinadas exclusivamente à ven-da em suas dependências;

b) os estabelecimentos obrigados à utilização do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) que estejam operando em normal funcionamento e desde que todos os produtos sejam controlados pelo sistema;

c) os estabelecimentos que comercializem ex-clusivamente bebidas, de fabricação nacional ou importada, enquadradas nos critérios de dispensa da exigência de aplicação do selo de controle nos termos do art. 16 da Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013; e

d) os parceiros comerciais da Fédération In-ternationale de Football Association (Fifa) nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.313/2012.

A falta de inscrição no registro especial implica, sem prejuízo da exigência dos tributos devidos e da imposição de sanções previstas na legislação tribu-tária e penal, apreensão de matérias-primas, produtos em elaboração, produtos acabados e materiais de embalagem existentes no estabelecimento e, também, dos selos de controle não aplicados em estoque.

O estoque de matérias-primas, produtos em elaboração, produtos acabados e materiais de emba-lagem apreendido:

a) poderá ser liberado, juntamente com os selos de controle, quando, no prazo de 90 dias, con-tado da data da apreensão, o estabelecimento obtiver o registro especial; ou

b) será objeto de aplicação da pena de perdi-mento, com a consequente destinação por alienação, mediante leilão, ou por destruição.

O registro especial será concedido, a requeri-mento da pessoa jurídica interessada, pelo Delegado

a IOB Setorial

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da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou da Delegacia da Receita Federal de Fiscalização no Município de São Paulo (Defis/SP) ou da Delegacia Especial de Maiores Contribuintes no Município do Rio de Janeiro (Demac/RJ), em cuja jurisdição estiver domiciliado o estabelecimento, mediante expedição de ato declaratório executivo (ADE).

Esse registro deverá ser requerido em dossiê digi-tal de atendimento, na forma do art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.412/2013, a ser apresentado em qualquer unidade de atendimento da RFB.

O registro especial poderá ser cancelado, a qualquer tempo, pela autoridade concedente se, posteriormente à concessão, ocorrer qualquer um dos seguintes fatos:

a) desatendimento dos requisitos que condicio-naram a concessão do registro;

b) não cumprimento de obrigação tributária prin-cipal ou acessória, relativa a tributo adminis-trado pela RFB; e

c) prática de conluio ou fraude, como definidos na Lei nº 4.502/1964, ou de crime contra a or-dem tributária, previsto na Lei nº 8.137/1990, ou de crime de falsificação de selos de con-trole, previsto no art. 293 do Decreto-lei nº 2.848/1940 - Código Penal -, ou de qualquer outra infração cuja tipificação decorra do des-

cumprimento de normas reguladoras da pro-dução, importação e comercialização dos pro-dutos de que trata a Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013, depois da decisão transitada em julgado.

Estão sujeitos ao selo de controle os produtos relacionados no Anexo I da mencionada Instrução Normativa, quando:

a) de fabricação nacional:a.1) destinados ao mercado interno; oua.2) saídos do estabelecimento industrial, ou

equiparado a industrial, para exporta-ção, ou em operação equiparada à ex-portação, para países limítrofes com o Brasil; ou

b) de procedência estrangeira, entrados no País.

Os produtos em referência não poderão sair do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, ser vendidos ou expostos à venda, mantidos em depósito fora dos referidos estabelecimentos, ainda que em armazéns-gerais, ou ser liberados pelas repartições fiscais sem que antes sejam selados.

(Lei nº 4.502/1964; Lei nº 8.137/1990; Decreto-lei nº 2.848/1940, art. 293; Decreto-lei nº 1.593/1977, art.1º; Instru-ção Normativa RFB nº 1.313/2012; Instrução Normativa RFB nº 1.412/2013; Instrução Normativa RFB nº 1.432/2013)

N

a IOB Comenta

EStadual

ICMS - Margens de valor agregado nas operações com materiais de limpeza

Desde 1º.03.2014, é atribuída ao estabelecimento industrial fabricante, importador ou arrematante de mercadoria importada e apreendida que promover a saída dos produtos relacionados na tabela a seguir reproduzida, com destino a revendedores situados no território paranaense, a condição de sujeito passivo por substituição, para efeitos de retenção e

recolhimento do ICMS relativo às operações subse-quentes.

A responsabilidade pela retenção e pelo recolhi-mento do imposto fica também atribuída a qualquer estabelecimento remetente localizado nos Estados de Amapá, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, inclusive em relação ao diferen-cial de alíquotas.

Nas operações com os produtos a seguir rela-cionados, com suas respectivas classificações na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), devem ser considerados os seguintes percentuais de margem de valor agregado (MVA):

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11-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 11 PR

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ITEM NCM DESCRIÇÃO

MARGEM DE VALOR AGREGADO - MVA (%)

INTERNAINTERESTADUAL

Alíquota 12%

Alíquota 4%

1 2828.90.11, 2828.90.19, 3206.41.00 e 3808.94.19

Água sanitária, branqueador ou alvejante 57,60 69,13 84,51

2 3307.41.00, 3307.49.00 e 3307.90.00

Odorizantes/desodorizantes de ambiente e superfície 55,57 55,57 69,71

3 3808.94.19 Odorizantes/desodorizantes de ambiente e superfície 55,57 66,95 82,134 3401.19.00 Sabões em barras, pedaços ou figuras moldados 39,59 39,59 52,285 3401.20.90 Sabões, em pó, flocos, palhetas, grânulos ou outras formas semelhantes 20,90 20,90 31,896 3402.20.00 Detergentes líquidos 28,27 37,66 50,17

7 34.02

Outros agentes orgânicos de superfície (exceto sabões); preparações ten-soativas, preparações para lavagem (incluídas as preparações auxiliares para lavagem) e preparações para limpeza (inclusive multiuso e limpado-res), mesmo contendo sabão, exceto as da posição 34.01

29,87 39,37 52,04

8 3405.10.00 Pomadas, cremes e preparações semelhantes, para calçados ou para couros 67,50 79,75 96,109 3405.40.00 Pastas, pós, saponáceos e outras preparações para arear 56,74 68,21 83,50

10 3505.10.00, 3506.91.20 e 3905.12.00

Facilitadores e goma para passar roupa 68,04 80,34 96,73

11 3809.91.90 Facilitadores e goma para passar roupa 68,04 80,34 96,73

12 3808.50.10, 3808.91, 3808.92.1 e 3808.99

Inseticidas, rodenticidas, fungicidas, raticidas, repelentes e outros produ-tos semelhantes, apresentados em formas ou embalagens exclusivamente para uso domissanitário direto

30,93 40,51 53,28

13 3808.94 Desinfetantes apresentados em quaisquer formas ou embalagens 42,71 53,15 67,0814 3809.91.90 Amaciante/suavizante 35,53 45,45 58,67

15 3924.10.00, 3924.90.00, 6805.30.10 e 6805.30.90

Esponjas para limpeza 57,41 68,93 84,28

16 2207.10.00 e 2207.20.10 Álcool etílico para limpeza 38,86 49,02 62,5717 2710.12.90 Óleo para conservação e limpeza de móveis e outros artigos de madeira 73,90 86,62 103,59

182801.10.00, 2828.10.00, 2933.69.11, 2933.69.19 e

3808.94

Cloro estabilizado, ácido tricloro isocianúrico, nas formas líquida, em pó, granulado, pastilhas ou em tabletes e demais desinfetantes para uso em piscinas; flutuador 3x1 ou 4x

57,94 69,50 84,91

192801.10.00, 2828.10.00, 2933.69.11, 2933.69.19,

3808.94 e 28.28

Dicloro estabilizado, ácido tricloro isocianúrico, hipocloritos, hipoclorito de cálcio comercial, cloritos, hipobromitos, nas formas líquida, sólida, gasosa, em pó, granulado, pastilhas ou em tabletes e demais desinfetantes para uso em piscinas; cloradores flutuantes de qualquer tipo, tamanho ou composição

57,94 69,50 84,91

20 2803.00.90 Carbonato de sódio 99% 87,01 100,69 118,94

21 2806.10.20 e 2206.20.20 Cloreto de hidrogênio (ácido clorídrico) e ácido clossulfúrico, em solução aquosa 82,12 95,45 113,21

22 28.15 Limpador abrasivo e/ou soda cáustica em forma ou embalagem para uso direto de conteúdo igual ou inferior a 25 litros ou 25 kg 70,33 82,79 99,41

23 2827.20.90 Desumidificador de ambiente 56,82 68,29 83,59

24 2827.32.00, 2827.49.21, 2833.22.00 e 2924.1

Floculantes clarificantes, decantadores à base de cloretos, oxicloretos, hi-drocloretos; sulfatos de alumínio e outros sais de alumínio; todos na forma líquida, granulada, em pó, pastilhas, tabletes, todos utilizados em piscinas e em embalagem de conteúdo igual ou inferior a 25 litros ou 25 kg

66,70 78,90 95,16

25 2832.20.00, 2901.10.00 e 2836.20.10

Tira-manchas e produtos para pré-lavagem de roupas, barrilha leve, car-bonatos de sódio, carbonato de cálcio, hidrogeno carbonato de sódio ou 67,42 79,67 96

26 2836.30.00 e 2836.50.00 Bicarbonato de sódio, todos utilizados em piscinas e em embalagem de conteúdo igual ou inferior a 25 kg 62,40 74,28 90,13

27 2902.90.20 Naftalina 57,30 68,81 84,1628 2917.11.10 Antiferrugem 58,48 70,08 85,5429 2923.90.90 Clarificante em embalagem de conteúdo igual ou inferior a 25 litros 64,71 76,76 92,8330 2931.00.79 Controlador de metais em embalagem de conteúdo igual ou inferior a 25 litros 54,07 65,34 80,3731 2933.69.19 Flutuador 4x1 57,94 69,50 84,9132 3402.90.39 Limpa-bordas em embalagem de conteúdo igual ou inferior a 25 litros 65,10 77,18 93,29

33 34.03 Preparações lubrificantes e preparações dos tipos utilizados para lubrificar e amaciar matérias têxteis, para untar couros, peleteria e outras matérias 68,73 84,08 97,54

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ITEM NCM DESCRIÇÃO

MARGEM DE VALOR AGREGADO - MVA (%)

INTERNAINTERESTADUAL

Alíquota 12%

Alíquota 4%

34 38.02 Neutralizador/eliminador de odor 70,70 83,19 99,84

35

2815.30.00, 2842.10.90, 2922.13, 2923.90.90,

3808.92, 3808.93, 3808.94 e 3808.99

Algicidas, removedores de gordura e oleosidade, à base de sais, peróxido--sulfato de sódio ou potássio; todos utilizados em piscinas e em embala-gens de conteúdo igual ou inferior a 25 litros 68,82 81,17 97,64

36 3822.00.90 Kit teste pH/cloro, fita-teste 62,70 74,60 90,48

37 3824.90.49 Produtos para limpeza pesada em embalagem de conteúdo igual ou infe-rior a 25 litros ou 25 kg 63,33 75,28 91,22

38 2806.10.20, 2807.00.10, 2809.20.1 e 3824.90.79

Redutor de pH: produtos em solução aquosa ou não, de ácidos clorídricos, sulfúrico, fosfórico, e outros redutores de pH da posição 3824.90.79, todos utilizados em piscinas e em embalagem de conteúdo igual ou inferior a 5 litros

54,89 66,22 81,33

39 3923.2 Sacos de lixo de conteúdo igual ou inferior a 100 litros 52,97 64,16 79,09

40 6307.10.00 Rodilhas, esfregões, panos de prato ou de cozinha, flanelas e artefatos de limpeza semelhante 69,09 81,46 97,96

41 8424.89 e 8516.79.90 Aparelhos mecânicos ou elétricos odorizantes, desinfetantes e afins 67,60 79,86 96,21

42 9603.10.00 Vassouras e escovas, constituídas por pequenos ramos ou outras matérias vegetais reunidas em feixes, com ou sem cabo 71,98 84,56 101,34

43 9603.90.00 Vassouras, rodos, cabos e afins 59,91 71,61 87,21

(RICMS-PR/2012, Anexo X, arts. 142 e 144)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IOF

Contrato de empréstimo - Recolhimento - Código de receita

1) Qual código deve ser utilizado no Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para o recolhimento do IOF em contrato de empréstimo cujo mutuário é pessoa jurídica?

Para recolher o IOF incidente em contrato de empréstimo cujo mutuário é pessoa jurídica, deve ser utilizado o código de Darf 1150.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 10; Listagem de Especifica-ções de Receitas emitida pela SRF/Cosar em 1º.02.2001)

Incidência - Confissão de dívida

2) Na hipótese de 2 empresas que constituíram uma sociedade de propósito específico e somente um dos sócios tenha disponibilizado os recursos financei-ros necessários à constituição da sociedade, enquan-to o outro assumiu compromisso de fazê-lo mediante contrato de confissão de dívida, esta confissão de dívi-da está sujeita à incidência do IOF?

Sim. O contrato de confissão de dívida é caracteri-zado como mútuo entre as pessoas jurídicas, estando sujeito, portanto, à incidência do imposto.

Nesse caso, a base de cálculo do IOF é o valor principal de cada parcela liberada.

(Decreto nº 6.306/2007, arts. 2º, I, e 7º, IV)

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

SIMPlES NaCIONal

MEI - Opção - Condições

3) Quais são as condições para o empresário tor-nar-se um microempreendedor individual (MEI)?

Considera-se MEI o empresário que atenda, cumulativamente, às seguintes condições:

a) tenha auferido receita bruta especificada nos §§ 1º e 2º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006 (até R$ 60.000,00);

b) seja optante pelo Simples Nacional;c) exerça tão somente atividades permitidas para

o MEI, conforme resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional;

d) não possua mais de um estabelecimento;e) não participe de outra empresa como titular,

sócio ou administrador;f) possua um único empregado que receba ex-

clusivamente um salário-mínimo ou o piso sa-larial da categoria profissional.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 18-A, §§ 1º e 2º; Reso-lução CGSIM nº 16/2009, art. 2º)

ICMS/PR

ICMS - Crédito presumido - Obra de infraestrutura - Montante em 2014

4) Qual o montante passível de concessão de cré-dito presumido em razão da realização de obra de in-fraestrutura?

No ano de 2014, o crédito presumido de ICMS passível de concessão em razão da realização de obra de infraestrutura fica limitado ao valor de R$ 392.169.376,59, correspondendo ao montante de 2,5% da parte estadual da arrecadação anual do ICMS relativa ao exercício de 2013.

(Resolução SEFA nº 15/2014)

ICMS - Recolhimento em atraso - Redução de multa

5) Há previsão de redução de multa pelo não reco-lhimento do imposto declarado em GIA-ICMS?

A multa equivalente a 20% do valor do imposto declarado e não recolhido, ao contribuinte que deixar de pagar, no prazo previsto na legislação tributária, o imposto por ele declarado em GIA-ICMS será reduzida:

a) do 1º ao 30º dia seguintes ao dia em que tenha expirado o prazo do pagamento, para 0,33% do valor do imposto declarado, por dia de atraso;

b) a partir do 31º dia seguinte ao que tenha expi-rado o prazo de pagamento, até a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, em 50%.

(RICMS-PR/2012, art. 85, caput e incisos I e II)