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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Consulta tributária a ICMS - Crédito acumulado a ICMS - Crédito presumido ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 10/2014 Minas Gerais / a Federal IOF Factoring 01 / a Estadual ICMS Crédito fiscal 04 / a IOB Setorial Estadual Bancário - Obrigações acessórias das empresas administradoras de cartões de crédito e débito 20 / a IOB Comenta Federal IOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional 20 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Mútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso 22 Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira 22 Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência 22 ICMS/MG Microcervejaria - Conceito 22 Microcervejaria - Crédito presumido 22

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Consulta tributária

a ICMS - Crédito acumulado

a ICMS - Crédito presumido

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 10/2014

Minas Gerais

/a Federal

IOFFactoring . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Estadual

ICMSCrédito fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB Setorial

EstadualBancário - Obrigações acessórias das empresas administradoras de cartões de crédito e débito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

/a IOB Comenta

FederalIOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional . . . . . 20

/a IOB Perguntas e Respostas

IOFMútuo - Pagamento das parcelas - Implicações no atraso . . . . . . . . 22Mútuo - Pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira . . . . . 22Operações de crédito - Saldos a descoberto - Incidência . . . . . . . . . 22

ICMS/MGMicrocervejaria - Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Microcervejaria - Crédito presumido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

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Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

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Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IOF : factoring. -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2083-1

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-01165 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

10-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

IOF

Factoring SUMÁRIO 1. Introdução 2. Fato gerador 3. Contribuinte 4. Responsabilidade 5. Alíquota 6. Base de cálculo 7. Cobrança e recolhimento 8. Exemplo 9. Soluções de consultas

1. IntrOduçãO

O Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) incide sobre as operações citadas, incluindo-se, entre as de crédito, as realizadas por empresas que exercem as atividades de pres-tação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

Neste texto, examinaremos o tratamento tributário dispensado pela legislação do IOF às mencionadas operações.

(Regulamento do IOF - Decreto nº 6.306/2007, art. 2º, I, “b”)

2. FatO GEradOr

Constitui fato gerador do IOF a entrega do mon-tante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou a sua colocação à disposição do interessado.

A expressão “operações de crédito” compreende as operações de empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos, a alienação, à empresa que exercer as atividades de factoring, de direitos creditórios resultantes de venda a prazo e o mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 3º, caput, § 3º)

3. COntrIBuIntE

O contribuinte é a pessoa física ou jurídica alie-nante do direito creditório resultante de venda a prazo a empresa de factoring.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 4º, parágrafo único)

4. rESpOnSaBIlIdadE

A responsabilidade pela cobrança e pelo recolhimento do imposto é da empresa de factoring adquirente do direito

creditório.

Embora o contribuinte seja a pessoa jurídica ou a pessoa física que aliena o direito

creditório resultante de venda a prazo, a responsa-bilidade pelo recolhimento é atribuída à empresa de factoring, a exemplo do que ocorre nas demais operações de crédito, em que o tomador do financia-mento ou do empréstimo é o contribuinte.

A responsabilidade pelo recolhimento, no entanto, é atribuída pela legislação à instituição financeira.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 5º, caput, II)

5. alíquOta

O imposto incide sobre o valor da respectiva ope-ração, mediante a aplicação das seguintes alíquotas:

a Federal

Constitui fato gerador do IOF a entrega

do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou

a sua colocação à disposição do interessado

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10-02 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) mutuário pessoa jurídica: 0,0041% ao dia;

b) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia.

Nota

Além das alíquotas citadas, há, ainda, a aplicação da alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação, seja o mutuário pes-soa física ou jurídica (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 15).

O IOF não excederá o valor resultante da apli-cação da alíquota diária a cada valor de principal, prevista para a operação, multiplicada por 365 dias, acrescido da alíquota adicional de 0,38%, ainda que a operação seja de pagamento parcelado.

Cálculo: pessoa física ou jurídica: 0,0041 x 365 = 1,4965% + 0,38% = 1,8765%.

Note-se que o IOF incidirá no período compreen-dido entre a data da ocorrência do fato gerador e a data do vencimento de cada parcela do direito credi-tório alienado à empresa de factoring.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, II, §§ 1º e 15)

5.1 pessoa jurídica optante pelo Simples nacional

Quando se tratar de mutuário pessoa jurí-dica optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), em que o valor seja igual ou inferior a R$ 30.000,00, a alíquota será de 0,00137% ao dia.

Para reconhecimento da aplicabilidade da alí-quota reduzida, caberá ao mutuante exigir, no ato da realização da operação, declaração em 2 vias de que se enquadra como pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional e de que o signatário é seu repre-sentante legal e está ciente de que a falsidade na prestação desta informação o sujeitará, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrem, às penalidades previstas na legislação criminal e tribu-tária, relativas à falsidade ideológica (Código Penal, art. 299) e ao crime contra a ordem tributária (Lei nº 8.137/1990, art. 1º).

Nota

Além da alíquota citada, haverá a aplicação da alíquota adicional de 0,38%, independentemente do prazo da operação (Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 15).

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, VI, § 15, e art. 45, II)

6. BaSE dE CálCulO

A base de cálculo do IOF nas operações de fac-toring é o valor líquido entregue ou colocado à dispo-sição do alienante, correspondente ao valor nominal do título ou do direito creditório, deduzindo-se os juros cobrados antecipadamente.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, caput, II, § 4º)

7. COBrança E rECOlhIMEntO

O IOF será cobrado na data da operação de desconto e recolhido por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) até o 3º dia útil subsequente ao decêndio de sua cobrança, utilizando-se o código de receita 6895.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 10, caput, III, parágrafo único)

7.1 recolhimento fora do prazo

O IOF não pago ou não recolhido no prazo legal será acrescido de:

a) juros de mora equivalentes à taxa Selic, acu-mulada mensalmente, calculados a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento até o mês anterior ao pagamento, e de 1% no mês do pagamento; e

b) multa de mora, calculada a partir do 1º dia subsequente ao do vencimento, à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 47)

8. ExEMplO

Suponhamos que uma duplicata de venda mer-cantil, sacada contra determinada pessoa jurídica, decorrente de operações comerciais, no valor de R$ 50.000,00, emitida em 03.01.2014, com vencimento em 05.05.2014, tenha sido negociada, no mesmo dia de sua emissão, pelo credor a uma empresa de factoring no valor líquido de R$ 45.000,00:

0,0041% (alíquota) × 123 dias (de 03.01 a 05.05.2014) = 0,5043% + 0,38%

R$ 45.000,00 × 0,8843% = R$ 397,94

O valor do IOF devido será de R$ 397,94 e deverá ser recolhido até o 3º dia útil subsequente ao decên-dio de sua cobrança (15.01.2014), com utilização do código de Darf 6895.

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10-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

8.1 pagamento parcelado

Conforme o exemplo desenvolvido no item 8, suponhamos que o título fosse emitido para paga-mento em 4 parcelas iguais, no valor de R$ 12.500,00 cada uma, com vencimentos em 05.02, 05.03, 05.04 e 05.05.2014, respectivamente, e que tenha sido nego-ciado com a empresa de factoring pelo valor líquido de R$ 47.000,00.

Sendo que R$ 47.000,00 ÷ 4 = R$ 11.750,00 (cada parcela).

1ª Parcela (05.02.2014)

0,0041% × 34 dias = 0,1394% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,5194% = R$ 61,03

2ª Parcela (05.03.2014)

0,0041% × 62 dias = 0,2542% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,6342% = R$ 74,52

3ª Parcela (05.04.2014)

0,0041% × 93 dias = 0,3813% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,7613% = R$ 89,45

4ª Parcela (05.05.2014)

0,0041% × 123 dias = 0,5043% + 0,38%

R$ 11.750,00 × 0,8843% = R$ 103,91

O total do IOF a recolher será de R$ 328,91 (soma das parcelas de R$ 61,03 + R$ 74,52 + R$ 89,45 + R$ 103,91).

9. SOluçõES dE COnSultaS

Transcrevemos, a seguir, a íntegra da Solução de Consulta nº 345/2010, da Divisão de Tributação da Superintendência Regional da 8ª Região Fiscal, da Receita Federal do Brasil (RFB).

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 345, DE 28.09.2010 - DOU 1 DE 25.10.2010

Assunto: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF

DIREITOS CREDITÓRIOS. AQUISIÇÃO. INCIDÊNCIA.

Não incide o IOF nas operações de crédito relativas às cessões de direitos creditórios resultantes de vendas a prazo, quando o cessionário for instituição financeira, por falta de previsão legal. O imposto somente incidirá quando o cessionário for empresa que executa atividade de factoring.

Dispositivos Legais: Lei nº 4.595, de 1964, art. 17; Lei nº 9.249, de 1995, art. 15, § 1º, inciso III, alínea d; Lei nº 9.532, de 1997, art. 58; Decreto nº 6.306, de 2007 - Riof/07, art. 2º, inciso I, alínea b, art. 3º, § 3º, inciso II, art. 4º e art. 5º; IN RFB nº 907, de 2009, art. 6º; e Resolução nº 2.144, de 1995, do CMN.

SONIA DE QUEIROZ ACCIOLY BURLO

Chefe

A Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), por meio da Solução de Consulta Cosit nº 25/2014, reformulou a Solução de Consulta SRRF/08 Disit nº 110/2008, no sentido de que não incide o IOF nas operações de cessão, sem coobrigação, de direitos creditórios decorrentes de vendas a prazo, quando o cessionário é instituição financeira. Todavia, quando do estabelecimento de cláusula de coobrigação do cedente (ou seja, em operações de cessão de direitos creditórios a instituição financeira com coo-brigação), incide o IOF/Crédito sempre que resta a operação caracterizada como desconto de títulos, na forma estabelecida pela Solução de Divergência Cosit nº 16/2011.

Veja, a seguir, a íntegra dessa Solução de Consulta:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 25, DE 23.01.2014 - DOU 1 de 30.01.2014, RET. DOU 1 DE 04.02.2014

ASSUNTO: Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF)

Ementa: CESSÃO DE CRÉDITOS - INSTITUIÇÃO FINAN-CEIRA - INCIDÊNCIA - REFORMA A SOLUÇÃO DE CON-SULTA SRRF08/DISIT Nº 110, DE 2008.

Não incide o IOF nas operações de cessão, sem coo-brigação, de direitos creditórios decorrentes de vendas a prazo, quando o cessionário for instituição financeira. Todavia, quando do estabelecimento de cláusula de coobrigação do cedente (ou seja, em operações de cessão de direitos creditórios a instituição financeira com coobrigação), incide o IOF/Crédito sempre que restar a operação caracterizada como desconto de títulos, na forma estabelecida pela Solução de Divergência Cosit nº 16, de 2011.

Dispositivos Legais: Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, art. 2º, inciso I, alíneas “a” e “b” e art. 3º, § 3º; Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 58; Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art.15, §1º, inciso III, alínea d.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

Coordenadora-Geral da Cosit Substituta

(Solução de Consulta SRRF Disit nº 345/2010 - 8ª Região Fiscal; Solução de Consulta Cosit nº 25/2014)

N

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10-04 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Crédito fiscal SUMÁRIO 1. Introdução 2. Crédito do imposto 3. Estorno 4. Hipóteses de limitação ao crédito (benefícios fiscais

unilaterais) 5. Hipóteses de vedação ao crédito 6. Crédito presumido 7. Outros créditos 8. Penalidades

1. IntrOduçãO

O ICMS é não cumulativo, desta forma, compensa--se o que for devido em cada operação ou prestação com o anteriormente cobrado por esta ou por outra Unidade da Federação, relativamente à mercadoria entrada ou à prestação de serviço recebida, acom-panhada de documento fiscal hábil, emitido por contribuinte em situação regular perante o Fisco.

Não se considera cobrado, ainda que destacado em documento fiscal, o montante do imposto que corresponder a vantagem econômica decorrente da concessão de qualquer subsídio, redução da base de cálculo, crédito presumido ou outro incentivo ou benefício fiscal em desacordo com a legislação.

Neste texto, veremos as regras para apropriação do crédito do ICMS, previstas no RICMS-MG/2002.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 62)

2. CrédItO dO IMpOStO

Trataremos, neste item, das hipóteses de aprovei-tamento de crédito, das condições para a sua apropria-ção, do seu valor, dos momentos em que este deverá ser escriturado e de outros aspectos a ele relativos.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 69)

2.1 Mercadorias e insumos

Para a compensação do crédito, é assegurado, portanto, ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao Ativo Permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

Essa regra de crédito aplica-se à aquisição de mercadorias, inclusive material de embalagem, adqui-ridas ou recebidas no período para comercialização.

Assim, geram direito ao crédito a matéria-prima, o produto intermediário ou o material de embalagem, adquiridos ou recebidos no período, para emprego diretamente no processo de produção, extração, industrialização, geração ou comunicação, obser-vando-se que:

a) incluem-se na embalagem todos os elementos que a componham, a protejam ou lhe assegu-rem a resistência;

b) são compreendidos entre as matérias-primas e os produtos intermediários aqueles que se-jam consumidos ou integrem o produto final na condição de elemento indispensável à sua composição.

Também geram crédito as mercadorias adqui-ridas ou recebidas para integração ou consumo em processo de produção de produtos industrializados, inclusive os semielaborados, destinados à exportação para o exterior.

NotaDe acordo com a Instrução Normativa Sutri nº 4/2013, foi esclarecido,

para as atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca, aqui-cultura e de extração mineral e para as atividades a elas complementares não caracterizadas como industriais, o seguinte:

a) crédito de energia elétrica - é vedado o aproveitamento de créditos de ICMS relativo à aquisição de energia elétrica, exceto na hipótese de seu emprego como insumo energético na produção de mercado-rias destinadas ao exterior, na proporção que estas saídas represen-tem do total das saídas realizadas pelo estabelecimento;

b) crédito de insumos - deverão ser adotados os mesmos critérios dispostos na Instrução Normativa SLT nº 1/1986, salvo disposição especial da legislação tributária.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, IV)

2.2 Mercadoria destinada ao ativo permanente

Na legislação mineira, há permissão para crédito do ICMS relativo à entrada de bem destinado ao Ativo Permanente do estabelecimento, desde que seja observado o seguinte:

a) o crédito será efetuado à razão de 1/48 por mês, devendo a 1ª fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada do bem no es-tabelecimento;

b) a fração de 1/48 será proporcionalmente au-mentada ou diminuída, pro rata die, caso o pe-ríodo de apuração seja superior ou inferior a um mês civil;

a Estadual

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10-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) na hipótese de alienação do bem antes do tér-mino do 48º período de apuração, contado a partir daquele em que tenha ocorrido a sua en-trada no estabelecimento, não será admitido, a partir do período em que ocorrer a alienação, o aproveitamento do crédito em relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio;

d) para fins de aproveitamento de crédito, o bem destinado ao Ativo Permanente deve satisfazer, de forma cumulativa, os seguintes requisitos:d.1) ser de propriedade do contribuinte;d.2) ser utilizado nas atividades operacionais

do contribuinte;d.3) ter vida útil superior a 12 meses;d.4) a limitação de sua vida útil deve decorrer

apenas de causas físicas, tais como o uso, o desgaste natural ou a ação dos elemen-tos da natureza, ou de causas funcionais, como a inadequação ou o obsoletismo;

d.5) não integrar o produto final, exceto se de forma residual;

d.6) ser contabilizado como Ativo Imobilizado.

Nota

A Instrução Normativa Sutri nº 2/2009 dispõe sobre a vedação à apro-priação do crédito do ICMS em relação aos bens destinados à incorporação ao Ativo Permanente do estabelecimento, nas situações em que estes forem objeto de comodato.

Incluem-se, também, no conceito de bem do Ativo Imobilizado:

a) o bem fabricado no próprio estabelecimento do contribuinte;

b) a parte de bem principal imobilizado em par-tes, devido à vida útil diferenciada das partes;

c) a parte de bem principal a ser utilizada exclu-sivamente como sobressalente, desde que a parte tenha sido imobilizada individualmente;

d) a parte de um bem principal que será agre-gada a este, desde que essa parte melhore as condições e amplie a vida útil econômica originalmente estimada para o bem principal;

e) a mercadoria originária do estoque do Ativo Circulante que for imobilizada para utilização nas atividades operacionais do contribuinte.

Não se enquadra no conceito de bem do Ativo Imobilizado a parte de um bem principal não definida nas letras “b”, “c” e “d” anteriores e utilizada para fins de restaurar ou manter o padrão original de desempe-nho do bem.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, II e §§ 5º, 12 e 13)

2.2.1 Crédito de partes e peças

Será, ainda, admitido o crédito, relativo à aquisição de partes e peças empregadas nos bens, desde que:

a) a substituição das partes e peças resulte au-mento da vida útil prevista no ato da aquisição ou do recebimento do respectivo bem por pra-zo superior a 12 meses; e

b) as partes e peças sejam contabilizadas como Ativo Imobilizado.

O crédito aqui referido será admitido, também, em relação às partes e peças empregadas em bem de propriedade de terceiro e que se encontre na posse do contribuinte, desde que:

a) o bem satisfaça aos seguintes requisitos:a.1) seja utilizado nas atividades operacio-

nais do contribuinte;a.2) tenha vida útil superior a 12 meses;a.3) a limitação de sua vida útil decorra ape-

nas de causas físicas, tais como o uso, o desgaste natural ou a ação dos elemen-tos da natureza, ou de causas funcionais, como a inadequação ou o obsoletismo;

a.4) não integre o produto final, exceto se de forma residual;

b) as partes e peças atendam aos requisitos do Ativo Permanente.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, II e § 6º)

2.2.2 ativo em construçãoO valor do ICMS do componente de bem do Ativo

Imobilizado fabricado no próprio estabelecimento do contribuinte somente será passível de apropriação no momento em que a fabricação do bem estiver conclu-ída e ele estiver pronto para ser utilizado.

Para fins desse crédito, considera-se componente a mercadoria utilizada na fabricação de bem do Ativo Imobilizado no próprio estabelecimento do contribuinte.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, §§ 14 e 15)

2.2.3 ativo permanente - Crédito integral desde 1º.08.2011

NotaEssa sistemática de crédito pôde ser utilizada no período de 1º.08.2011

a 31.12.2012.

O Fisco mineiro alterou o Regulamento para incluir a possibilidade do crédito integral do ICMS destacado no documento fiscal de aquisição de bens para integrar o Ativo Imobilizado dos estabelecimentos industriais cuja atividade esteja relacionada no ato legal. Para que o contribuinte possa se creditar de uma única vez

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10-06 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

do valor constante no documento fiscal de aquisição, devem ser observados os seguintes requisitos:

a) o adquirente deve estar em situação regular perante o Fisco;

b) o adquirente não deve possuir, por qualquer de seus estabelecimentos:b.1) débitos fiscais inscritos em dívida ativa;b.2) débitos do imposto declarados e não pa-

gos no prazo de até 30 dias da data do vencimento;

b.3) débito de ICMS decorrente de autuação em relação a qual não caiba mais recur-so ou defesa administrativa e não pago no prazo fixado para o seu recolhimento;

b.4) débito do qual decorra impugnação ainda não julgada definitivamente na esfera ad-ministrativa, relativo a crédito de imposto destacado no documento fiscal sem am-paro em convênio ou protocolo de ICMS.

Nas situações em que o contribuinte não cumprir o descrito na letra “b”, ele poderá realizar o crédito integral, desde que os débitos que possua:

a) estejam garantidos por depósito, judicial ou administrativo, fiança bancária, seguro de obri-gações contratuais ou outro tipo de garantia, conforme parecer aprovado pelo Advogado--Geral do Estado, se inscritos na dívida ativa, ou pelo Secretário de Estado de Fazenda, caso ainda pendentes de inscrição na dívida ativa;

b) sejam objeto de pedido de parcelamento re-gularmente cumprido, quando declarados ou apurados pelo Fisco;

c) sejam garantidos por depósito administrativo, fiança bancária, seguro de obrigações contra-

tuais ou outro tipo de garantia, conforme pa-recer aprovado pelo Secretário de Estado de Fazenda, quando objeto de impugnação ain-da não julgada definitivamente na esfera ad-ministrativa.

Nota

O contribuinte mineiro, para fins de crédito integral, deverá apresentar requerimento na administração fazendária de sua circunscrição, instruído com oferecimento de fiança bancária ou seguro-garantia, seguro de obriga-ções contratuais ou outro tipo de garantia, conforme parecer aprovado pelo Advogado-Geral do Estado, se inscritos na dívida ativa, ou pelo Secretário de Estado de Fazenda, caso ainda pendentes de inscrição na dívida ativa.

Neste caso, os autos serão encaminhados para análise e decisão do Secretário de Estado de Fazenda ou, no caso de débito inscrito em dívida ativa, do Advogado-Geral do Estado.

Aos estabelecimentos que estiverem em fase pré-operacional ou que não tiverem débitos de ICMS suficientes para absorverem de forma integral o crédito do ICMS, poderá ser concedido regime especial para autorizar que o ICMS incidente na saída do bem do esta-belecimento fabricante seja diferido para o momento em que ocorrer a saída do produto industrializado.

Caso o contribuinte cumpra todos os requisitos e as condições para a realização do crédito integral e não permaneça com o bem do ativo por 48 meses, deverá recolher aos cofres públicos o ICMS relativo às parcelas restantes para completar o quadriênio, independente de o crédito ter sido efetivado de forma integral ou diferido mediante regime especial.

Cumpre observar que o Fisco mineiro editará as demais normas regulamentadoras dessa sistemática de crédito.

A efetivação do crédito do ICMS relativo a aqui-sições do ativo pode ser realizada pelos seguintes estabelecimentos:

ATIVIDADE CNAEFabricação de aguardente de cana-de-açúcar 1111-9/01Fabricação de outras aguardentes e bebidas destiladas 1111-9/02Fabricação de vinho 1112-7/00Fabricação de malte, inclusive malte uísque 1113 -5/01Fabricação de cervejas e chopes 1113-5/02Fabricação de águas envasadas 1121-6/00Fabricação de refrigerantes 1122-4/01Fabricação de chá-mate e outros chás prontos para consumo 1122-4/02Fabricação de refrescos, xaropes e pós para refrescos, ex-ceto refrescos de frutas 1122-4/03

Fabricação de outras bebidas não alcoólicas não especifi-cadas anteriormente 1122-4/99

Preparação e fiação de fibras de algodão 1311-1/00Preparação e fiação de fibras têxteis naturais, exceto algodão 1312-0/00Fiação de fibras artificiais e sintéticas 1313-8/00Fabricação de linhas para costurar e bordar 1314-6/00Tecelagem de fios de algodão 1321-9/00

ATIVIDADE CNAETecelagem de fios de fibras têxteis naturais, exceto al-godão 1322-7/00

Tecelagem de fios de fibras artificiais e sintéticas 1323-5/00Fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico 1351-1/00Fabricação de artefatos de tapeçaria 1352-9/00Fabricação de artefatos de cordoaria 1353-7/00Fabricação de tecidos especiais, inclusive artefatos 1354-5/00Fabricação de outros produtos têxteis não especificados anteriormente

1359-6/00

Confecção de roupas íntimas 1411-8/01Facção de roupas íntimas 1411-8/02Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida

1412-6/01

Confecção, sob medida, de peças do vestuário, exceto roupas íntimas

1412-6/02

Facção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 1412-6/03Confecção de roupas profissionais, exceto sob medida 1413-4/01

LIsTA DE ATIVIDADEs pAssíVEIs Ao CréDITo INTEgrAL DEsDE 1º.08.2011

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10-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ATIVIDADE CNAEConfecção, sob medida, de roupas profissionais 1413-4/02Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para segu-rança e proteção

1414-2/00

Fabricação de meias 1421-5/00Fabricação de artigos do vestuário, produzidos em malha-rias e tricotagens, exceto meias, 1422-3/00Fabricação de artigos para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer material 1521-1/00

Fabricação de artefatos de couro não especificados an-teriormente 1529-7/00

Fabricação de calçados de couro 1531-9/01Acabamento de calçados de couro sob contrato 1531-9/02Fabricação de tênis de qualquer material 1532-7/00Fabricação de calçados de material sintético 1533-5/00Fabricação de calçados de materiais não especificados anteriormente 1539-4/00

Fabricação de papel 1721-4/00Fabricação de cartolina e papel-cartão 1722-2/00Fabricação de embalagens de papel 1731-1/00Fabricação de embalagens de cartolina e papel-cartão 1732-0/00Fabricação de chapas e de embalagens de papelão on-dulado 1733-8/00

Fabricação de formulários contínuos 1741-9/01Fabricação de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado para uso comercial e de escritório 1741-9/02

Fabricação de fraldas descartáveis 1742-7/01Fabricação de absorventes higiênicos 1742-7/02Fabricação de produtos de papel para uso doméstico e higiênico-sanitário não especificados anteriormente 1742-7/99

Fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, car-tolina, papel-cartão e papelão ondulado não especificados anteriormente

1749-4/00

Fabricação de produtos petroquímicos básicos 2021-5/00Fabricação de intermediários para plastificantes, resinas e fibras 2022-3/00

Fabricação de produtos químicos orgânicos não especifi-cados anteriormente 2029-1/00

Fabricação de sabões e detergentes sintéticos 2061-4/00Fabricação de produtos de limpeza e polimento 2062-2/00Fabricação de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal 2063-1/00

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas 2071-1/00Fabricação de tintas de impressão 2072-0/00Fabricação de impermeabilizantes, solventes e produtos afins 2073-8/00Fabricação de adesivos e selantes 2091-6/00Fabricação de pólvoras, explosivos e detonantes 2092-4/01Fabricação de artigos pirotécnicos 2092-4/02Fabricação de fósforos de segurança 2092-4/03Fabricação de aditivos de uso industrial 2093-2/00Fabricação de catalisadores 2094-1/00Fabricação de chapas, filmes, papéis e outros materiais e produtos químicos para fotografia 2099-1/01

Fabricação de outros produtos químicos não especifica-dos anteriormente 2099-1/99

Fabricação de medicamentos alopáticos para uso humano 2121-1/01Fabricação de medicamentos homeopáticos para uso humano 2121-1/02Fabricação de medicamentos fitoterápicos para uso humano 2121-1/03Fabricação de medicamentos para uso veterinário 2122-0/00Fabricação de preparações farmacêuticas 2123-8/00Fabricação de pneumáticos e de câmaras de ar 2211-1/00Reforma de pneumáticos usados 2212-9/00Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente 2219-6/00

Fabricação de laminados planos e tubulares de material plástico 2221-8/00

ATIVIDADE CNAEFabricação de embalagens de material plástico 2222-6/00Fabricação de tubos e acessórios de material plástico para uso na construção 2223-4/00

Fabricação de artefatos de material plástico para uso pes-soal e doméstico 2229-3/01

Fabricação de artefatos de material plástico para usos in-dustriais 2229-3/02

Fabricação de artefatos de material plástico para uso na construção, exceto tubos e acessórios 2229-3/03

Fabricação de artefatos de material plástico para outros usos não especificados anteriormente 2229-3/99

Fabricação de vidro plano e de segurança 2311-7/00Fabricação de embalagens de vidro 2312-5/00Fabricação de artigos de vidro 2319-2/00Fabricação de estruturas pré-moldadas de concreto arma-do, em série e sob encomenda 2330-3/01

Fabricação de artefatos de cimento para uso na construção 2330-3/02Fabricação de artefatos de fibrocimento para uso na construção 2330-3/03

Fabricação de casas pré-moldadas de concreto 2330-3/04Preparação de massa de concreto e argamassa para construção 2330-3/05

Fabricação de outros artefatos e produtos de concreto, ci-mento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes 2330-3/99

Fabricação de produtos cerâmicos refratários 2341-9/00Fabricação de azulejos e pisos 2342-7/01Fabricação de artefatos de cerâmica e barro cozido para uso na construção, exceto azulejos e pisos 2342-7/02

Fabricação de material sanitário de cerâmica 2349-4/01Fabricação de produtos cerâmicos não refratários não es-pecificados anteriormente 2349-4/99

Britamento de pedras, exceto associado à extração 2391-5/01Aparelhamento de pedras para construção, exceto asso-ciado à extração 2391-5/02

Aparelhamento de placas e execução de trabalhos em mármore, granito, ardósia e outras pedras 2391-5/03

Fabricação de cal e gesso 2392-3/00Decoração, lapidação, gravação, vitrificação e outros tra-balhos em cerâmica, louça, vidro e cristal 2399-1/01

Fabricação de outros produtos de minerais não metálicos não especificados anteriormente 2399-1/99

Produção de semiacabados de aço 2421-1/00Produção de laminados planos de aço ao carbono, reves-tidos ou não 2422-9/01

Produção de laminados planos de aços especiais 2422-9/02Produção de tubos de aço sem costura 2423-7/01Produção de laminados longos de aço, exceto tubos 2423-7/02Produção de arames de aço 2424-5/01Produção de relaminados, trefilados e perfilados de aço, exceto arames 2424-5/02

Produção de alumínio e suas ligas em formas primárias 2441-5/01Produção de laminados de alumínio 2441-5/02Metalurgia dos metais preciosos 2442-3/00Metalurgia do cobre 2443-1/00Produção de zinco em formas primárias 2449-1/01Produção de laminados de zinco 2449-1/02Produção de soldas e anodos para galvanoplastia 2449-1/03Metalurgia de outros metais não ferrosos e suas ligas não especificados anteriormente 2449-1/99

Fundição de ferro e aço 2451-2/00Fundição de metais não ferrosos e suas ligas 2452-1/00Fabricação de estruturas metálicas 2511-0/00Fabricação de esquadrias de metal 2512-8/00Fabricação de obras de caldeiraria pesada 2513-6/00Produção de forjados de aço 2531-4/01Produção de forjados de metais não ferrosos e suas ligas 2531-4/02

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10-08 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ATIVIDADE CNAEProdução de artefatos estampados de metal 2532-2/01Fabricação de produtos da metalurgia do pó 2532-2/02Serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais

2539-0/012539-0/02

Fabricação de artigos de cutelaria 2541-1/00Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias 2542-0/00Fabricação de ferramentas 2543-8/00Fabricação de embalagens metálicas 2591-8/00Fabricação de produtos de trefilados de metal padronizados 2592-6/01Fabricação de produtos de trefilados de metal, exceto pa-dronizados 2592-6/02

Fabricação de artigos de metal para uso doméstico e pessoal 2593-4/00Serviços de confecção de armações metálicas para a construção 2599-3/01

Fabricação de outros produtos de metal não especificados anteriormente 2599-3/99

Fabricação de aparelhos e equipamentos de medida, teste e controle 2651-5/00

Fabricação de cronômetros e relógios 2652-3/00Fabricação de geradores de corrente continua e alternada, peças e acessórios 2710-4/01

Fabricação de transformadores, indutores, conversores, sincronizadores e semelhantes, peças e acessórios 2710-4/02

Fabricação de motores elétricos, peças e acessórios 2710-4/03Fabricação de aparelhos e equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica 2731-7/00

Fabricação de material elétrico para instalações em circui-to de consumo 2732-5/00

Fabricação de fios, cabos e condutores elétricos isolados 2733-3/00Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico, peças e acessórios 2751-1/00

Fabricação de aparelhos elétricos de uso pessoal, peças e acessórios 2759-7/01

Fabricação de outros aparelhos eletrodomésticos não es-pecificados anteriormente, peças e acessórios 2759-7/99

Fabricação de eletrodos, contatos e outros artigos de car-vão e grafita para uso elétrico, eletroímãs e isoladores 2790-2/01

Fabricação de equipamentos para sinalização e alarme 2790-2/02Fabricação de outros equipamentos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente 2790-2/99

Fabricação de motores e turbinas, peças e acessórios, ex-ceto para aviões e veículos rodoviários 2811-9/00

Fabricação de equipamentos hidráulicos e pneumáticos, peças e acessórios, exceto válvulas 2812-7/00

Fabricação de válvulas, registros e dispositivos semelhan-tes, peças e acessórios 2813-5/00

Fabricação de compressores para uso industrial, peças e acessórios 2814-3/01

Fabricação de compressores para uso não industrial, pe-ças e acessórios 2814-3/02

Fabricação de rolamentos para fins industriais 2815-1/01Fabricação de equipamentos de transmissão para fins in-dustriais exceto rolamentos 2815-1/02

Fabricação de fornos industriais, aparelhos e equipamentos não elétricos para instalações térmicas, peças e acessórios 2821-6/01

Fabricação de estufas e fornos elétricos para fins indus-triais, peças e acessórios 2821-6/02

Fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de pessoas, peças e acessórios 2822-4/01

Fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas, peças e acessórios 2822-4/02

Fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ven-tilação para uso industrial e comercial, peças e acessórios 2823-2/00

Fabricação de aparelhos e equipamentos de ar-condicio-nado para uso industrial 2824-1/01

Fabricação de aparelhos e equipamentos de ar-condicio-nado para uso não industrial 2824-1/02

ATIVIDADE CNAEFabricação de máquinas e equipamentos para saneamen-to básico e ambiental, peças e acessórios 2825-9/00

Fabricação de máquinas de escrever, calcular e outros equi-pamentos não eletrônicos para escritório, peças e acessórios 2829-1/01

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso geral não especificados anteriormente, peças e acessórios 2829-1/99

Fabricação de máquinas e equipamentos para a prospec-ção e extração de petróleo, peças e acessórios 2851-8/00

Fabricação de outras máquinas e equipamentos para uso na extração mineral, peças e acessórios, exceto na extra-ção de petróleo

2852-6/00

Fabricação de tratores, peças e acessórios, exceto agrícolas 2853-4/00Fabricação de máquinas e equipamentos para terraple-nagem, pavimentação e construção, peças e acessórios, exceto tratores

2854-2/00

Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para ca-minhões 2930-1/01

Fabricação de carrocerias para ônibus 2930-1/02Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para ou-tros veículos automotores, exceto caminhões e ônibus 2930-1/03

Fabricação de peças e acessórios para o sistema motor de veículos automotores 2941-7/00

Fabricação de peças e acessórios para os sistemas de marcha e transmissão de veículos automotores 2942-5/00

Fabricação de peças e acessórios para o sistema de freios de veículos automotores 2943-3/00

Fabricação de peças e acessórios para o sistema de dire-ção e suspensão de veículos automotores 2944-1/00

Fabricação de material elétrico e eletrônico para veículos automotores, exceto baterias 2945-0/00

Fabricação de bancos e estofados para veículos automotores 2949-2/01Fabricação de outras peças e acessórios para veículos au-tomotores não especificados anteriormente 2949-2/99

Fabricação de móveis com predominância de madeira 3101-2/00Fabricação de móveis com predominância de metal 3102-1/00Fabricação de móveis de outros materiais, exceto madeira e metal 3103-9/00

Fabricação de colchões 3104-7/00Fabricação de instrumentos não eletrônicos e utensílios para uso médico, cirúrgico, odontológico e de laboratório 3250-7/01

Fabricação de mobiliário para uso médico, cirúrgico, odon-tológico e de laboratório 3250-7/02

Fabricação de aparelhos e utensílios para correção de defeitos físicos e aparelhos ortopédicos em geral sob en-comenda

3250-7/03

Fabricação de aparelhos e utensílios para correção de de-feitos físicos e aparelhos ortopédicos em geral, exceto sob encomenda

3250-7/04

Fabricação de materiais para medicina e odontologia 3250-7/05Serviços de prótese dentária 3250-7/06Fabricação de artigos ópticos 3250-7/07Fabricação de artefatos de tecido não tecido para uso odonto-médico-hospitalar 3250-7/08

Fabricação de escovas, pincéis e vassouras 3291-4/00Fabricação de roupas de proteção e segurança e resis-tentes a fogo 3292-2/01

Fabricação de equipamentos e acessórios para segurança pessoal e profissional 3292-2/02

Fabricação de canetas, lápis e outros artigos para escritório 3299-0/02Fabricação de letras, letreiros e placas de qualquer mate-rial, exceto luminosos 3299-0/03

Fabricação de painéis e letreiros luminosos 3299-0/04Fabricação de aviamentos para costura 3299-0/05Fabricação de produtos diversos não especificados ante-riormente 3299-0/99

Abate de aves 1012-1/01

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10-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Também poderão usufruir dessa forma de crédito as operações destinadas aos seguintes estabeleci-mentos:

a) contribuinte classificado no código 2751-1/00 da CNAE, que seja fabricante dos seguintes produ-tos de uso doméstico: congeladores (freezers), combinações de refrigeradores e congeladores (freezers) ou máquinas de lavar louça, classi-ficados nos códigos 8418.10.00, 8418.30.00, 8418.40.00 ou 8422.11.00 da NBM/SH;

b) contribuinte classificado no código 2740-6/01 da CNAE, que seja fabricante de lâmpadas LED, classificadas no código 8543.70.99 da NBM/SH;

c) contribuinte classificado no código 1621-8/00 da CNAE, que seja fabricante de:c.1) painéis de partículas de madeira (MDP)

classificados nos códigos 4410.11.10 a 4410.11.90 da NBM/SH;

c.2) painéis de fibras de madeira de média densidade (MDF) classificados nos códi-gos 4411.12 a 4411.14 da NBM/SH;

c.3) chapas de fibras de madeira classifica-das nos códigos 4411.92 a 4411.94 da NBM/SH;

d) contribuinte classificado nos códigos 0210-1/01 (cultivo de eucalipto) ou 0210-1/03 (culti-vo de pinus) da CNAE, que tenha a sua produ-ção destinada a fabricantes de:d.1) MDP classificados nos códigos

4410.11.10 a 4410.11.90 da NBM/SH;d.2) painéis de fibras de MDF classificados nos

códigos 4411.12 a 4411.14 da NBM/SH;d.3) chapas de fibras de madeira classifica-

das nos códigos 4411.92 a 4411.94 da NBM/SH;

e) contribuinte que seja fabricante de células fo-tovoltaicas em módulos ou painéis, classifica-das nos códigos 8541.40.31 ou 8541.40.32 da NBM/SH;

f) contribuinte classificado no código 3511-5/01 da CNAE (geração de energia elétrica) que gere energia elétrica a partir de biomassa re-sultante da industrialização e de resíduos da cana-de-açúcar e que esteja credenciado perante a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), conforme regulamentação específica.

O Fisco mineiro permite que para a apropriação integral do crédito do ativo, seja considerado o CNAE secundário da empresa, desde que este conste nos

dados cadastrais do estabelecimento no Cadastro de Contribuintes do Estado de Minas Gerais e que o CNAE principal da empresa seja de estabelecimento industrial.

Para gerar o direito ao crédito, o bem ou com-ponente deve satisfazer, de forma cumulativa, os seguintes requisitos:

a) ser de propriedade do contribuinte que o ad-quiriu;

b) ser utilizado nas atividades operacionais do contribuinte;

c) ter vida útil superior a 12 meses;d) ter vida útil limitada apenas em razão de cau-

sas físicas, tais como o uso, o desgaste natural ou a ação dos elementos da natureza, ou de causas funcionais, como a inadequação ou o obsoletismo;

e) não integrar o produto final, exceto se de for-ma residual;

f) ser contabilizado como Ativo Imobilizado;g) não ter destinação alheia à atividade do esta-

belecimento.

Cabe enfatizar que esse procedimento de ajuste não se aplica nas situações em que a alienação ocorrer antes de 12 meses a contar da data de aquisição.

(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, arts. 498 a 500, e Par-te 2; Resolução Conjunta SEF/AGE nº 4.341/2011; Decreto nº 45.787/2011)

2.3 Importação

Na hipótese de importação de serviço, merca-doria ou bem, ou na aquisição de mercadoria ou bem, importados e apreendidos ou abandonados, em leilão promovido pelo Poder Público, o valor correspondente ao crédito será escriturado no período de apuração em que ocorrer o recolhimento do imposto.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 67, § 1º)

2.4 Energia elétrica

A Lei Complementar nº 87/1996, art. 33, II, na redação original, assegurava o direito ao crédito do imposto incidente sobre a energia elétrica consumida pelo estabelecimento a contar de 1º.11.1996, desde que utilizada em função de operações ou prestações alcançadas pela incidência do imposto.

Nota

A Consulta de Contribuinte nº 123/2004, expedida pela Diretoria de Orientação e Educação Tributária da Secretaria de Estado da Fazenda, ma-nifesta entendimento quanto à possibilidade de aproveitamento do crédito do imposto incidente sobre o fornecimento de energia elétrica, por estabeleci-mento que exerce atividade de supermercado.

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10-10 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

A Lei Complementar nº 102/2000, ao introduzir alterações na Lei Complementar nº 87/1996, restrin-giu o direito ao citado aproveitamento em relação à entrada de energia elétrica. De acordo com o art. 7º do referido diploma, as suas disposições deveriam vigorar a desde 1º.08.2000, ou seja, a partir do 1º dia do mês subsequente ao da sua publicação.

Entretanto, os ministros do Supremo Tribunal Fede-ral, ao examinarem a Ação Direta de Inconstitucionali-dade nº 2.325-0, decidiram, em medida liminar, que as modificações decorrentes da citada Lei Complementar somente produziriam eficácia a contar de 1º.01.2001, tendo em vista o princípio constitucional da anteriori-dade, uma vez que, se tais disposições produzissem efeitos desde 1º.08.2000, resultaria em aumento do tributo no mesmo exercício em que a Lei foi publicada.

Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.325-0 - medida liminar (1) - DOU de 11.12.2000

Proced.: Distrito Federal

Relator: Min. Marco Aurélio

Reqte: Confederação Nacional da Indústria

Advdos: Carlos Roberto Miguel e Outros

Reqdo: Presidente da República

Reqdo: Congresso Nacional

Decisão: o Tribunal, apreciando a questão do princípio da anterioridade, emprestou interpretação conforme à Constitui-ção e sem redução de texto, no sentido de afastar a eficácia do art. 7º da Lei Complementar nº 102, de 11 de julho de 2000, no tocante à inserção do § 5º do art. 20 da Lei Comple-mentar nº 87/1996, e às inovações introduzidas no art. 33, II, da referida lei, bem como à inserção do inciso IV. Observar--se-á, em relação a esses dispositivos, a vigência consentâ-nea com o dispositivo constitucional da anterioridade, vale dizer, terão eficácia a partir de 1º de janeiro de 2001. Votou o Presidente o Dr. Leonardo Greco. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Nelson Jobim. Plenário, 29.11.2000.

Diante da decisão em causa, os contribuintes pode-rão efetuar o crédito do ICMS na entrada de bens do Ativo Permanente e de energia elétrica e no recebimento de serviço de comunicação, em relação ao período de 1º.08 a 31.12.2000, de acordo com as disposições de que trata a Lei Complementar nº 87/1996. Note-se, sob esse aspecto, que alguns Estados já haviam se mani-festado no sentido de que as modificações decorrentes da Lei Complementar nº 102/2000 produziriam efeitos somente a contar de 1º.01.2001.

Posteriormente, com as alterações da Lei Com-plementar nº 114/2002 e da Lei Complementar nº 138/2010, o direito ao crédito passou a ser admitido em relação à entrada de energia elétrica no estabele-cimento, nas seguintes hipóteses:

a) até 31.12.2019:a.1) quando for objeto de operação de saída

de energia elétrica;a.2) quando consumida no processo de in-

dustrialização;a.3) quando seu consumo resultar em opera-

ção de saída ou prestação para o exte-rior, na proporção desta sobre as saídas e prestações totais;

b) a partir de 1º.01.2020, nas demais hipóteses.

Nota

De acordo com a Instrução Normativa Sutri nº 4/2013, foi esclarecido, para as atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca, aqui-cultura e de extração mineral e para as atividades a elas complementares não caracterizadas como industriais, o seguinte:

a) crédito de energia elétrica - é vedado o aproveitamento de créditos de ICMS relativo à aquisição de energia elétrica, exceto na hipótese de seu emprego como insumo energético na produção de mercado-rias destinadas ao exterior, na proporção que estas saídas represen-tem do total das saídas realizadas pelo estabelecimento;

b) crédito de insumos - deverão ser adotados os mesmos critérios dispostos na Instrução Normativa SLT nº 1/1986, salvo disposição especial da legislação tributária.

(Lei Complementar nº 87/1996; Lei Complementar nº 114/2002; Lei Complementar nº 122/2006; Lei Complementar nº 138/2010; RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, III e § 4º)

2.5 aquisição de combustíveisv

Os combustíveis propiciam direito ao crédito do imposto, quando adquiridos para consumo, tanto no processo produtivo como no transporte, por veículos próprios, de mercadorias regularmente oneradas pelo imposto.

Assim, é permitido o crédito do ICMS relativo a combustível, lubrificante, pneus, câmaras de ar de reposição ou de material de limpeza, adquiridos por prestadora de serviços de transporte e estritamente necessários à prestação do serviço, limitado ao mesmo percentual correspondente, no faturamento da empresa, ao valor das prestações alcançadas pelo imposto e restrito às mercadorias empregadas ou utilizadas exclusivamente em veículos próprios.

Porém, somente darão direito ao crédito as mer-cadorias destinadas ao uso ou consumo do estabele-cimento, nele entradas a partir de 1º.01.2020.

As operações com combustíveis encontram-se sujeitas ao regime de recolhimento do ICMS por subs-tituição tributária.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, VIII)

2.6 Serviço de transporte

Para a compensação do crédito, é assegurado, portanto, ao sujeito passivo o direito de creditar-se

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10-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

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do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, I)

2.7 Serviço de comunicação

Em relação ao crédito do ICMS incidente sobre a prestação de serviço de comunicação, o direito ao crédito passou a ser admitido em relação aos servi-ços de comunicação utilizados pelo estabelecimento tomador, observadas as seguintes condições:

a) até 31.12.2019, somente por estabelecimento prestador de serviço de comunicação, na exe-cução de serviço desta natureza, e por estabe-lecimento que promova operação que destine ao exterior mercadoria ou que realize prestação de serviço para o exterior, na proporção destas em relação a operações ou prestações totais;

b) a partir de 1º.01.2020, por qualquer estabele-cimento.

Ao crédito do ICMS relativo ao serviço de comu-nicação aplicam-se as explicações constantes no subitem 2.4.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, I e § 2º)

2.8 Simples nacional

As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo regime do Simples Nacional, previsto na Lei Complementar federal nº 123/2006, via de regra, não geram direito a crédito do ICMS. Porém, a legislação mineira permite o creditamento do imposto incidente sobre essas aquisições desde que a merca-doria adquirida seja destinada a comercialização ou industrialização e que o imposto tenha sido correta-mente informado no documento fiscal.

Para fins de cálculo desse valor, o contribuinte optante pelo Simples Nacional aplicará a alíquota prevista nos Anexos I e II da Lei Complementar nº 123/2006, para a faixa da receita bruta a que o reme-tente estiver sujeito no mês anterior ao da operação, observando-se que:

a) na hipótese da operação ocorrer no mês de início da atividade do contribuinte enquadrado como microempresa ou empresa de pequeno porte, a alíquota a ser informada corresponde-rá ao menor percentual de ICMS previstos nos respectivos anexos;

b) o documento fiscal que acobertar a operação deverá conter, no campo destinado às infor-mações complementares ou, na sua falta, no corpo do documento fiscal, por qualquer meio gráfico indelével, a expressão: “Permitido o aproveitamento do crédito de ICMS no valor de R$....; correspondente à alíquota de ...%, nos termos do art. 23 da Lei Complementar fe-deral nº 123/2006”.

Assim, o imposto corretamente informado no documento fiscal emitido pela microempresa e empresa de pequeno porte poderá ser apropriado pelo destinatário, sob forma de crédito, desde que as aquisições sejam destinadas a comercialização ou industrialização.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 42, § 26, art. 68-A, e art. 70, XV)

2.9 defensivo agrícola

Há, também, na legislação mineira, a previsão para crédito do ICMS incidente nas aquisições de defensivo agrícola adquirido por produtor rural para uso na agricultura.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, IX)

2.10 Material de uso e consumo

O direito ao crédito do ICMS relativo à entrada de mercadoria destinada ao seu uso ou consumo está previsto na Lei Complementar nº 87/1996, art. 20.

Inicialmente, esse direito estava assegurado somente desde 1º.01.1998.

Contudo, posteriormente o mencionado prazo foi prorrogado 5 vezes: a 1ª para 1º.01.2000, por meio da Lei Complementar nº 92/1997, a 2ª para 1º.01.2003, por intermédio da Lei Complementar nº 99/1999, a 3ª para 1º.01.2007 por intermédio da Lei Complementar nº 114/2002, a 4ª para 1º.11.2011, por intermédio da Lei Complementar nº 122/2006, e a 5ª para 1º.01.2020, por meio da Lei Complementar nº 138/2010.

Desse modo, somente darão direito ao aprovei-tamento de crédito as mercadorias, destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, nele entradas a partir de 1º.01.2020.

(Lei Complementar nº 87/1996, arts. 20 e 33, I; Lei Com-plementar nº 92/1997; Lei Complementar nº 99/1999; Lei Com-plementar nº 114/2002; Lei Complementar nº 122/2006; Lei Complementar nº 138/2010; RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, X)

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10-12 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

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2.11 Condições para aproveitamento do créditoO direito ao crédito, para efeito de compensação

com débito do imposto, reconhecido ao estabeleci-mento que tenha recebido as mercadorias ou os bens ou para o qual tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade formal, material e ideológica da documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e nas condições estabelecidos na legislação.

O crédito somente será admitido depois de sanada a irregularidade porventura existente no do-cumento fiscal.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 69)

2.12 Valor a ser escriturado como crédito

O valor a ser apropriado como crédito é o equiva-lente ao imposto pago relativamente às mercadorias entradas e ao serviço de transporte ou de comunica-ção utilizados no respectivo estabelecimento.

Quando a operação ou prestação subsequente estiver beneficiada com redução de base de cálculo, o crédito será proporcional à base de cálculo adotada.

O abatimento do valor do imposto, sob a forma de crédito, somente será permitido mediante apresenta-ção da 1ª via do respectivo documento fiscal, salvo as exceções previstas na legislação tributária.

Cabe ressaltar que, nos casos em que o contribuinte utilizar-se da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o crédito somente será permitido se o documento foi devidamente autorizado e se encontrar em situação regular na base de dados da Secretaria de Estado de Fazenda.

Em relação ao serviço de transporte rodoviário de cargas, somente poderá ser utilizado como crédito pelo tomador do serviço, desde que corretamente identificado:

a) no Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas ou no Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e);

b) no documento de arrecadação utilizado para pagamento do imposto:b.1) pelo transportador autônomo ou pela em-

presa transportadora de outra Unidade da Federação, não inscritos como contri-buinte neste Estado, quando não houver emissão de conhecimento de transporte;

b.2) pelo transportador inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado, na hipótese prevista no art. 9º da Parte 1 do Anexo IX do RICMS-MG/2002;

c) na nota fiscal relativa à operação, quando a responsabilidade pelo recolhimento couber ao alienante ou ao remetente.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 63, § 1º, e art. 70, § 1º; Decreto nº 46.291/2013)

2.12.1 devolução

A apropriação do crédito do imposto decorrente de devolução de mercadoria fica condicionada à comprovação do desfazimento do negócio mediante:

a) restituição pelo cliente da via do documento fiscal a ele destinada;

b) declaração do cliente ou responsável, na 1ª via do documento fiscal, de que devolveu as merca-dorias, com menção do seu documento de iden-tidade ou, tratando-se de contribuinte ou seu preposto, com a aposição de carimbo de CNPJ;

c) visto obrigatório do posto de fiscalização, se existente no itinerário normal que deva ser per-corrido pelo transportador, no documento que acobertar o trânsito da mercadoria.

A apropriação restringe-se às parcelas não rece-bidas da pessoa que promover a devolução, quando se tratar de venda a prestação.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 76, § 1º)

2.12.2 Saldo

O saldo eventualmente verificado a favor do con-tribuinte, em determinado período, transfere-se para o período ou períodos subsequentes.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 65, § 1º)

2.12.3 limite

O crédito do imposto corresponderá ao montante do imposto corretamente destacado no documento fiscal relativo a operação ou prestação.

Quando o imposto destacado no documento fiscal for superior ao devido, o valor a ser abatido não compreenderá o excesso.

Se o imposto destacado no documento fiscal for inferior ao devido, o valor a ser abatido corresponderá ao do destaque, ficando assegurado o abatimento da diferença, desde que feito com base em documento fiscal complementar emitido pelo alienante ou reme-tente da mercadoria ou pelo prestador do serviço.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 68, parágrafo único)

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10-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

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2.13 Manutenção do créditoA legislação do ICMS prevê algumas operações/

prestações em que o imposto não incide ou encon-tram-se amparadas pelo benefício de isenção ou redução de base de cálculo, no entanto, os créditos efetuados por ocasião das entradas de mercadorias, matérias-primas, produtos intermediários, material de embalagem e serviços tomados poderão ser mantidos na sua escrita fiscal.

Não será exigido o estorno do crédito do imposto:a) adquiridos ou recebidos no estabelecimento:

a.1) que venham a ser objeto de operações de exportação para o exterior;

a.2) integrados ou consumidos em proces-so de produção de mercadorias que ve-nham a ser objeto de operação de expor-tação para o exterior;

b) adquiridos ou recebidos por estabelecimento fa-bricante de lubrificantes e integrados ou consu-midos na industrialização de lubrificantes que ve-nham a ser objeto de operação interestadual para o fim de comercialização ou industrialização.

Essas não são as únicas hipóteses de manutenção de crédito. Existem dispositivos legais que concedem isenções e reduções de base de cálculo que também trazem essa possibilidade. Assim, sempre que há um benefício fiscal, o dispositivo concessivo trará essa disposição expressa de manutenção do crédito, pois, se não houver, não será possível a permanência do crédito na escrita, devendo o contribuinte proceder o seu estorno, no período de apuração em que deu a saída da mercadoria sem a tributação.

NotaAs reduções de base de cálculo estão previstas no RICMS-MG/2002,

Anexo IV.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 71, § 3º)

2.14 Crédito extemporâneo

É assegurado ao contribuinte o direito de creditar--se do imposto anteriormente cobrado, relativamente à mercadoria entrada em seu estabelecimento, real ou simbolicamente, ou ao serviço a ele prestado, em razão de operações ou prestações regulares e tributadas.

O RICMS-MG/2002, Parte Geral, arts. 66 e seguin-tes, estabelece as situações em que o contribuinte fará jus ao crédito do ICMS. Geralmente, o direito é asse-gurado nas aquisições de mercadorias/prestações de serviços que gerem saídas subsequentes tributadas pelo ICMS. Assim, cabe ao contribuinte verificar, den-tro da particularidade das atividades desenvolvidas, em quais situações poderá creditar-se do ICMS.

O crédito do ICMS é efetuado pelo contribuinte no momento do lançamento fiscal do documento, ou seja, na sua escrituração fiscal.

A escrituração do crédito será efetuada no período (mês) em que se verificar a entrada da mercadoria no estabelecimento do contribuinte.

Assim, o crédito se realizará ao se efetuar o regis-tro do documento fiscal de aquisição da mercadoria ou da prestação de serviço tributada pelo ICMS no livro Registro de Entradas. Ou seja, o crédito fiscal será realizado neste momento, não sendo possível o contribuinte creditar-se do ICMS sem que haja a escrituração fiscal respectiva.

Portanto, para ser considerado crédito extempo-râneo, necessariamente deverá ser escriturado em período de apuração subsequente ao da entrada da mercadoria ou aquisição do serviço no estabeleci-mento destinatário.

Todavia, se eventualmente o documento fiscal, por qualquer motivo, deixar de ser lançado em ordem cronológica, mas for escriturado no próprio período de apuração a que se referir sua entrada, o crédito lançado não será considerado extemporâneo.

Nos casos em que o crédito não foi apropriado no período de entrada da mercadoria ou aquisição do ser-viço no estabelecimento do contribuinte, temos a deno-minada escrituração ou apropriação extemporânea. Para tanto, somente poderá ser realizada quando forem anotadas as causas determinantes dessa escrituração.

Temos, portanto, 2 situações distintas:

a) contribuinte que escriturou o documento fiscal e não realizou o crédito;

b) contribuinte que não escriturou o documento fiscal.

Nas situações em que o contribuinte efetuou a escrituração do documento fiscal nos momentos aludi-dos na legislação (letra “a”) e, por qualquer motivo, não realizou o crédito do ICMS a que tinha direito, poderá realizá-lo diretamente no livro Registro de Apuração do ICMS, modelo 9, no campo “Outros Créditos” do quadro “Crédito do Imposto”, com a descrição da ocorrência.

Em contrapartida ao procedimento descrito ante-riormente, há o contribuinte que, além de não se creditar do ICMS, também não escriturou o documento fiscal. Nesse caso, poderá escriturá-lo em período posterior, observado o prazo prescricional, mediante a apropriação extemporânea do crédito não efetuado na época própria.

Portanto, o contribuinte efetuará o registro da nota fiscal no livro Registro de Entradas, com crédito do

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ICMS em “ICMS - Valores fiscais”, na coluna “Imposto Creditado”, e, na coluna “Observações”, fará constar a causa da escrituração extemporânea.

Trata-se de procedimento comum, nos casos de apropriação extemporânea de crédito do ICMS, a obri-gação de o contribuinte comunicar o fato à repartição fazendária a que estiver circunscrito, no prazo de 5 dias após o término do período de apuração em que o valor foi apropriado em sua escrita fiscal. Para essa comuni-cação, não há modelo previsto na legislação, podendo o contribuinte elaborá-lo da maneira que lhe convier.

A escrituração extemporânea independe de pré-via autorização do Fisco mineiro, sendo necessária apenas a sua informação ao Estado, por meio da comunicação supramencionada.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 67, § 2º)

2.15 prazo para extinção do créditoO direito ao crédito extinguir-se-á após 5 anos

contados da data de emissão do documento fiscal que o originou. Esse prazo, denominado “prescricional”, encontra-se previsto também no Código Tributário Nacional, art. 174.

Podemos descrever o prazo prescricional como o direito de o contribuinte apropriar-se do crédito do imposto em 5 anos, a contar da data de emissão do documento fiscal. Após esse período, o contribuinte perde esse direito.

(Código Tributário Nacional, art. 174; RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 67, § 3º)

3. EStOrnONotas(1) O Decreto nº 45.388/2010 estabelece procedimentos para paga-

mento de crédito tributário, com dispensa ou redução de multa e juros, de-corrente do estorno de crédito do ICMS relativo à entrada do bem de uso ou consumo aplicado no processo produtivo de produto industrializado, inclusi-ve semielaborado, destinado à exportação ou à entrada de insumos empre-gados no transporte do referido produto em veículo próprio.

(2) A Resolução SEF nº 4.229/2010 estabelece procedimentos para demonstração do estorno de crédito do ICMS e da recomposição da conta--gráfica de contribuinte optante pelo Programa de Parcelamento Especial (PPE II) e para pagamento do crédito tributário decorrente do estorno do imposto na aquisição da material de uso e consumo utilizado em processo de industrialização destinado à exportação e de insumo utilizado em veículo próprio para transporte desses produtos.

O contribuinte deverá efetuar o estorno do crédito sempre que o serviço tomado ou a mercadoria ou o bem entrado no estabelecimento:

a) vierem a ser objeto de operação subsequente não tributada ou isenta, observado o disposto no subitem 7.6 desta matéria;

b) vierem a ser integrados ou consumidos em processo de comercialização, industrializa-ção, produção, extração, geração, prestação

de serviço de transporte, interestadual ou in-termunicipal, ou de comunicação, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto;

c) vierem a ser utilizados em fim alheio à ativida-de do estabelecimento;

d) vierem a ser objeto de subsequente operação ou prestação com redução da base de cál-culo, hipótese em que o estorno será propor-cional à redução;

e) vierem a ser objeto de perecimento, deteriora-ção, inutilização, extravio, furto, roubo ou per-da, por qualquer motivo, da mesma mercadoria ou bem, ou de outra dela resultante, dentro do mesmo período em que se verificar o fato, ou no prazo de 30 dias, em se tratando de calamida-de pública, contado de sua declaração oficial;

f) tiverem o imposto destacado na documenta-ção fiscal não cobrado na origem.

O valor escriturado para o abatimento sob a forma de crédito será sempre estornado quando o aproveitamento permitido na data da aquisição ou do recebimento de mercadoria ou bem, ou da utilização de serviço, tornar-se total ou parcialmente indevido por força de modificação das circunstâncias ou das condições anteriores, ressalvadas as disposições em contrário previstas do RICMS-MG/2002.

Tendo havido mais de uma aquisição ou recebi-mento e sendo impossível estabelecer correspondên-cia entre estes e a mercadoria cujo crédito deva ser estornado, o montante a estornar será calculado pela aplicação da alíquota vigente à data do estorno sobre o valor da aquisição ou do recebimento mais recente.

Para efeitos de estorno, será emitida nota fiscal com destaque do imposto e com a observação de que a emissão se deu para fins de estorno do valor do imposto anteriormente creditado, com menção ao fato determinante deste, a qual deve ser escriturada no livro Registro de Saídas.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 71, § 1º, art. 72, art. 73 e art. 74)

4. hIpótESES dE lIMItaçãO aO CrédItO (BEnEFíCIOS FISCaIS unIlatEraIS)Cabe-nos enfatizar que o Estado de Minas Gerais

veda o crédito do ICMS decorrente de aquisições interestaduais de mercadorias ou bens que estejam amparadas por benefícios fiscais unilaterais, ou seja, benefícios fiscais concedidos pela Unidade da Federação de origem, sem amparo em convênio ou protocolo celebrado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

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O Estado de Minas Gerais já se manifestou a respeito da vedação desses créditos ao publicar a Resolução SEF nº 3.166/2001, a qual contém a relação dos produtos e dos respectivos fundamentos legais por Unidade da Federação.

O RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 62, §§ 1º, 4º a 6º, dispõe sobre a vedação do crédito do ICMS nas aquisições interestaduais de mercadorias ou prestações de serviços beneficiados com incentivos unilaterais.

Nesse caso, o destinatário mineiro está autorizado a apropriar o crédito decorrente do recebimento de mercadorias ou serviços em operações ou prestações interestaduais, realizadas desde 1º.01.2012 até o dia imediatamente anterior à data em que o incentivo ou benefício for divulgado em resolução estadual.

Essa autorização também se aplica em relação à apropriação de crédito, assim considerada a dedução do imposto destacado no documento fiscal de aquisição para cálculo do ICMS a ser recolhido a título de substi-tuição tributária, na hipótese em que o substituto tributário for o contribuinte mineiro nas operações interestaduais.

Essas disposições não se aplicam:

a) na entrada decorrente de operação de trans-ferência;

b) na entrada decorrente de operação ou pres-tação promovida por estabelecimento de em-presa interdependente;

c) para dedução do imposto devido pela opera-ção própria no cálculo do ICMS-ST realizado pelo contribuinte substituto de outro Estado nas operações interestaduais com destinatário mineiro, por ter o remetente substituto ciência do incentivo ou benefício fiscal concedido pelo Estado onde está situado seu estabelecimento;

d) nas demais situações em que o destinatário mi-neiro comprovadamente tenha ciência do incen-tivo ou benefício fiscal concedido ao remetente.

Além desse ato legal, foi publicado o Decreto nº 45.218/2009, que permite ao Fisco estadual adotar medi-das de proteção à economia mineira, estabelecendo tratamento tributário diferenciado por setor econômico para equilibrar as condições de competitividade.

As medidas serão tomadas após a comprovação do prejuízo à competitividade das empresas mineiras, seja por parte do contribuinte ou de entidade de classe representativa do setor econômico.

Nesse caso, a SEF encaminhará à Assembleia Legislativa medida concedendo tratamento tribu-tário diferenciado por meio de Regime Especial de

Tributação (RET) a ser concedido pelo Diretor da Superintendência de Tributação, contendo a forma, o prazo e as condições para sua fruição, o qual poderá retroagir à data da situação que lhe deu causa.

Assim, a SEF poderá:a) conceder benefícios, incentivos e facilidades

fiscais, necessários ao equilíbrio da concor-rência, tais como:a.1) diferimento e suspensão da incidência

do imposto;a.2) crédito presumido;a.3) transferência de créditos acumulados;a.4) facilidades no cumprimento de obriga-

ções tributárias acessórias, inclusive apuração simplificada do imposto;

a.5) prazos especiais para pagamento do im-posto;

a.6) redução de base de cálculo;b) assegurará tratamento isonômico entre contri-

buintes que estejam em idêntica situação;c) levará em consideração a manutenção do

equilíbrio fiscal; ed) assegurará tramitação prioritária ao pedido de

RET.

Em relação à competência para concessão des-ses regimes especiais, esta poderá ser concedida ao titular da Superintendência Regional da Fazenda indicada em Portaria da Superintendência de Tributação (Sutri), a qual relacionará, com a devida fundamentação legal, o objeto dos respectivos regi-mes e o setor econômico contemplado com o regime especial. Caso a referida portaria seja revogada, a competência para concessão dos regimes especiais retorna ao Superintendente de Tributação.

O Estado de Minas Gerais poderá celebrar convênio com o município no qual esteja localizado o estabelecimento de contribuinte detentor de RET, especialmente quando se tratar de instalação ou expansão de estabelecimento industrial.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 62, §§ 1º, 4º a 6º, na reda-ção dada pelo Decreto nº 45.931/2012; Decreto nº 45.218/2009; Resolução SEF nº 3.166/2001; Decreto nº 46.314/2013)

4.1 demonstração de estornosO Fisco mineiro regulamentou a demonstração de

estornos de créditos tributários do ICMS e a recompo-sição da conta-gráfica para fins de remissão parcial de créditos tributários prevista no Decreto nº 45.931/2012.

Assim, o contribuinte mineiro deverá apresentar demonstração dos estornos de crédito do ICMS, bem como as respectivas deduções relativas aos créditos tributários resultantes dos estornos e da recomposição

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a conta-gráfica. Esses demonstrativos serão elabora-dos com base em planilhas, a serem disponibilizadas no site da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais, na Internet.

Após a elaboração dos demonstrativos, junta-mente com os arquivos eletrônicos gravados em CD, estes serão entregues na administração fazendária a que estiver circunscrito o estabelecimento matriz ou principal ou na Advocacia Regional responsável pela cobrança do crédito tributário até 30.03.2012.

Ressalta-se que, para a demonstração dos estornos de créditos de ICMS, serão apresentados demonstrativos distintos em relação ao crédito tribu-tário formalizado e em relação aos estornos de cré-ditos espontaneamente efetivados. Para isso, devem ser apresentados os valores dos estornos e os valores resultantes da dedução do crédito tributário relativo às parcelas do imposto recolhido em etapas anteriores à operação beneficiada por incentivo ou benefício fiscal unilateral concedido em outra Unidade da Federação.

Nas situações em que o contribuinte verificar, após a recomposição da conta-gráfica, que o estabelecimento apresentou saldo credor no mês de dezembro/2011, este deverá substituir a Declaração de Apuração e Informação do ICMS (Dapi) relativa a esse período e aos períodos subsequentes afetados pelo saldo credor.

Também deverá ser reapresentada a Dapi no caso de o contribuinte ter entregue a Dapi com saldo devedor e, após a recomposição da conta-gráfica, constatar saldo credor.

Porém, caso os períodos de apuração cujo saldo credor ou devedor seja afetado pelos estornos de créditos, não será exigida a substituição da Dapi.

Os demonstrativos a serem apresentados pelo contribuinte mineiro devem ser mantidos pelo período de 5 anos.

Nos casos de recomposição da conta-gráfica, o contribuinte deverá lavrar termo no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências.

Cumpre observar, também, que a redução ou o cancelamento de multa por descumprimento de obri-gação acessória somente se cumulará com a remis-são parcial de crédito tributário previsto no Decreto nº 45.931/2012 se o pagamento ocorrer até 31.03.2012

(Resolução SEF nº 4.409/2012)

5. hIpótESES dE VEdaçãO aO CrédItOA seguir, apresentamos as hipóteses de vedação

ao crédito contidas na legislação mineira.

5.1 Isenção ou não incidênciaA isenção ou a não incidência, salvo determina-

ção em contrário:a) não implicará crédito para compensação com

o valor devido nas operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações ou às prestações anteriores.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 70, I, e art. 71, I)

5.1.1 ativo permanente em comodatoA legislação mineira expressamente veda a apro-

priação do crédito do ICMS de bens incorporados ao ativo permanente do estabelecimento que sejam objeto de cessão por comodato, ainda que destinados à indus-trialização de mercadorias por encomenda do estabele-cimento comodante (quem cede em comodato).

Nessa situação específica, o contribuinte detentor do bem deverá observar os seguintes procedimentos, que variam de acordo com cada situação distinta:

a) o bem seja previamente destinado a posterior saída em comodato:a.1) os valores relativos ao crédito da aquisi-

ção bem como os valores corresponden-tes ao serviço de transporte e ao diferen-cial de alíquotas não deverão ser lança-dos no livro Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (Ciap);

b) a saída do bem em comodato ocorra após a uti-lização nas atividades operacionais da empresa e, antes de decorridos o quadriênio (48 meses):b.1) a partir da data da cessão em comodato,

o crédito do ICMS correspondente à fra-ção do restante do quadriênio não será mais admitido;

b.2) deverá ser escriturado, no livro Ciap, na coluna “Saída, Baixa ou Perda (Dedução do Crédito)”, o valor correspondente ao imposto relativo à aquisição do bem, ora escriturada na coluna “Entrada (Crédito Passível de Apropriação)”;

c) retorno do bem cedido em comodato e este ser reinserido nas atividades operacionais do con-tribuinte, antes de decorrido o período de 48 meses da aquisição: o crédito fiscal poderá ser apropriado, mediante escrituração no Ciap, con-forme as regras gerais de crédito do ativo previs-tas no RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66.

(Instrução Normativa Sutri nº 2/2009)

5.2 Vedação ao créditoNão é admissível o aproveitamento do crédito do

imposto quando:

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10-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a) a operação que ensejar a entrada de mercadoria ou de bem ou a prestação que ensejar o recebi-mento de serviço estiverem beneficiadas por isen-ção ou não incidência, ressalvadas as disposi-ções em contrário previstas no RICMS-MG/2002;

b) a operação subsequente com a mesma mer-cadoria ou com outra dela resultante deva ocorrer com isenção ou não incidência;

c) se tratar de entrada, até 31.12.2019, de bens destinados a uso ou a consumo do estabeleci-mento;

d) os serviços de transporte ou de comunicação recebidos pelo tomador:d.1) não se destinarem a ser por ele utilizados

na execução de serviços de transporte ou de comunicação, na comercialização de mercadorias ou em processo de pro-dução, extração, industrialização ou ge-ração, inclusive de energia elétrica;

d.2) estiverem vinculados ao recebimento de mercadoria ou bem destinados à comer-cialização ou à utilização em processo de produção, extração, industrialização ou geração, inclusive de energia elétrica, cuja operação de que decorra a saída posterior destes, ou de outros dele resul-tantes, ocorra com isenção ou não inci-dência, exceto exportação;

d.3) estiverem vinculados à saída de merca-doria ou bem isenta ou não tributada, promovida pelo tomador, exceto exporta-ção de produtos para o exterior;

d.4) estiverem vinculados à prestação de ser-viço isenta ou não tributada, exceto ex-portação de produtos para o exterior;

e) o imposto se relacionar com a operação ou prestação:e.1) promovida por microempresa ou empre-

sa de pequeno porte, salvo nas hipóte-ses previstas no RICMS-MG/2002;

e.2) com bens ou mercadorias adquiridos ou recebidos por microempresas ou empre-sas de pequeno porte;

f) a operação ou a prestação estiverem acober-tadas por documento fiscal falso, ideologica-mente falso ou inidôneo, salvo prova conclu-dente de que o imposto devido pelo emitente foi integralmente pago;

g) o contribuinte não possuir a 1ª via do do-cumento fiscal, salvo o caso de comprovação da autenticidade do valor a ser abatido, me-diante apresentação de cópia do documento,

com pronunciamento do Fisco de origem e aprovação da autoridade fazendária a que o contribuinte estiver circunscrito;

h) a operação ou a prestação se relacionarem com devolução de mercadoria feita por produ-tor rural, exceto a pessoa não inscrita como contribuinte ou não obrigada à emissão de do-cumento fiscal, ressalvado o disposto no art. 76 da Parte Geral do RICMS-MG/2002;

i) o documento fiscal indicar como destinatário esta-belecimento diverso daquele que o registrar, sal-vo se autorizado pela repartição fazendária a que o estabelecimento destinatário estiver circuns-crito, mediante anotação no próprio documento e no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO) do contribuinte destinatário indicado no documento;

j) o pagamento do imposto na origem não for comprovado, na hipótese de exigência previs-ta na legislação tributária;

k) o valor do imposto estiver destacado a maior no documento fiscal, relativamente ao excesso;

l) deva não ocorrer, por qualquer motivo, ope-ração posterior com a mesma mercadoria ou com outra dela resultante;

m) a operação ou a prestação que ensejarem a entrada de mercadoria ou bem ou o recebi-mento de serviço forem realizadas com dife-rimento, salvo se o adquirente da mercadoria ou do bem ou destinatário do serviço debita-rem-se, para pagamento em separado, do im-posto devido na operação ou na prestação;

n) o imposto se relacionar à entrada de bens ou ao recebimento de serviços alheios à ativida-de do estabelecimento; consideram-se alheios à atividade do estabelecimento todos os bens que não sejam utilizados direta ou indireta-mente na comercialização, industrialização, produção, extração, geração ou prestação de serviço de transporte, interestadual ou inter-municipal, ou de comunicação; salvo prova em contrário, presume-se alheio à atividade do es-tabelecimento o veículo de transporte pessoal;

o) a mercadoria entrada no estabelecimento for destinada à prestação de serviço isenta ou não tributada pelo ICMS;

p) o imposto se relacionar à operação promovi-da por microempresa ou empresa de pequeno porte, quando:p.1) no documento fiscal que acobertar a

aquisição, não for informada a alíquota correspondente ao percentual de ICMS previsto no RICMS-MG/2002; e

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10-18 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

p.2) a operação relativa à aquisição não for tributada pelo ICMS.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 70)

5.3 Vedação ao crédito relativo a operações interestaduais com produtos interestaduais de 4%O Fisco mineiro limitou ao percentual de 4% sobre o

valor da respectiva base de cálculo o crédito a ser apro-priado pelo destinatário ou deduzido na apuração do ICMS devido por substituição tributária, na hipótese de operação com mercadoria ou bem que tenha conteúdo importado cujo documento fiscal acobertador esteja em desacordo com as exigências previstas em ato normativo expedido pelo Confaz, conforme determina a Resolução do Senado Federal nº 13/2012, art. 1º, § 3º.

Essa disposição aplica-se nos casos em que o Fisco constatar que a mercadoria ou o bem possui conteúdo importado superior a 40%.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, §§ 17 e 20, intro-duzido pelo Decreto nº 46.131/2013; Decreto nº 46.368/2013)

6. CrédItO prESuMIdOConstituirão, também, crédito do imposto os valo-

res indicados no RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75.

Normalmente, o crédito presumido é opcional, o que significa que o contribuinte pode escriturar os créditos relativos às entradas de mercadorias e aos serviços tomados ou optar pelo crédito presumido, que substitui aqueles.

Ao optar pelo crédito presumido, o contribuinte, via de regra, deve registrar essa opção no livro RUDFTO, modelo 6, e, a partir do 1º dia do mês ou do período de apuração subsequente, deixar de lançar os créditos relativos a cada entrada de mercadoria ou a cada prestação de serviço tomada.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75)

7. OutrOS CrédItOS

No RICMS-MG/2002, existem outras situações em que o crédito fiscal é admitido, as quais passamos a expor adiante.

7.1 direitos autoraisTambém ensejará o aproveitamento, sob a forma

de crédito, o valor dos direitos autorais, artísticos ou conexos, relativos a discos fonográficos ou a outros suportes com sons gravados, comprovadamente pagos a autores e artistas nacionais ou a empresas que os representem e das quais sejam titulares ou sócios majoritários, ou que com eles mantenham con-tratos de edição ou transferência de direitos autorais,

nos termos da Lei federal nº 9.610/1998, arts. 53 e 49, respectivamente, observando-se que:

a) somente serão lançados a título de crédito os valores pagos durante o período, limitados ao percentual de 40%, até 31.12.2009, aplicáveis sobre o valor do imposto debitado no mesmo período, correspondente às operações efetua-das com discos fonográficos ou com outros suportes com sons gravados, vedado o apro-veitamento de quaisquer outros créditos;

b) é vedado o aproveitamento do crédito exce-dente em quaisquer estabelecimentos do mesmo titular ou de terceiros, ou a transferên-cia de crédito de uma para outra empresa;

c) para apuração do imposto debitado e do limite referido na letra “a” anterior, o contribuinte deverá:c.1) emitir documentos individualizados;c.2) escriturar, em separado, as operações

realizadas com discos fonográficos ou com outros suportes com sons gravados;

c.3) fazer demonstrativo que indique o valor do imposto devido nas referidas operações;

d) o benefício fica condicionado à entrega, até o dia 10 do mês subsequente, à administração fazendária a que o contribuinte estiver circuns-crito, de relação dos pagamentos efetuados no período, a título de direitos autorais, artísticos ou conexos, com a identificação dos beneficiários, seus domicílios, inscrição no Cadastro de Pes-soa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), e de comprovante de entrega da referida relação, à Receita Federal;

e) o aproveitamento do crédito referido nesse item somente poderá ser efetuado até o 2º mês sub-sequente ao mês em que ocorreu o pagamento dos direitos autorais, artísticos ou conexos.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 66, § 1º, na redação dada pelo Decreto nº 43.996/2005; Convênio ICMS nº 40/2004)

7.2 devolução de mercadoriasO estabelecimento que receber mercadoria

devolvida por particular, produtor rural ou qualquer pessoa não considerada contribuinte ou não obrigada à emissão de documento fiscal poderá apropriar-se do valor do imposto debitado por ocasião da saída da mercadoria, nas seguintes hipóteses:

a) se a devolução ocorrer em virtude de garan-tia, considerando-se como tal a que decorrer de obrigação assumida pelo remetente ou fa-bricante de substituir a mercadoria remetida, caso esta apresente defeito dentro do prazo de garantia ou outro prazo legal previsto para a hipótese;

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10-19Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

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Manual de Procedimentos

b) quando se tratar de devolução, dentro de 90 dias, de mercadoria identificável por marca, tipo, modelo, espécie, qualidade, número de série de fabricação e outros elementos que a individualizem;

c) se a devolução se referir à mercadoria recebi-da por repartição pública;

d) quando se tratar de troca, assim considerada a substituição de mercadoria por uma ou mais da mesma espécie ou de espécie diversa, desde que de valor não inferior ao da substituída, dentro do prazo de 30 dias, contado da data da saída.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 76, I a IV)

Nota

A Consulta de Contribuinte nº 93/2004, expedida pela Diretoria de Orientação e Educação Tributária da Secretaria de Estado da Fazenda, ma-nifesta entendimento sobre a possibilidade de crédito na devolução ou troca de mercadorias, cuja venda foi acobertada por Cupom Fiscal.

7.3 rescisão de contratoQuando, por força de decisão transitada em jul-

gado, houver rescisão de contrato do qual decorreu a saída da mercadoria, a reentrada desta no estabe-lecimento dará ensejo ao aproveitamento do imposto debitado por ocasião de sua saída, deduzido aquele incidente sobre a importância já recebida pelo esta-belecimento promotor da saída. O estabelecimento que receber a mercadoria nessas circunstâncias emitirá nota fiscal para documentar a entrada da mer-cadoria, na qual constarão o número, a série e a data do documento fiscal emitido por ocasião da saída.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 76, § 4º, e art. 77)

7.4 Mercadorias não entregues ao destinatário

O estabelecimento que receber, em retorno inte-gral, mercadoria não entregue ao destinatário, para recuperar o imposto anteriormente debitado, deverá:

a) emitir nota fiscal na entrada, fazendo referên-cia à nota fiscal que acobertou o transporte da mercadoria;

b) escriturar a nota fiscal emitida na entrada no li-vro Registro de Entradas, nas colunas “ICMS - Valores Fiscais” e “Operações com Crédito do Imposto”;

c) manter arquivada, pelo prazo legal, a 1ª via da nota fiscal que acobertou o transporte da mer-cadoria, anotando a ocorrência na via fixa.

A nota fiscal ou o Danfe que acobertou a devolu-ção deverá conter o visto do posto de fiscalização, se existente no itinerário normal que deva ser percorrido pelo transportador.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 78)

7.5 Zona Franca de Manaus

É permitido o crédito do imposto nas entradas de matéria-prima, material secundário e de embalagem, empregados na fabricação dos produtos cujas saídas sejam destinadas a estabelecimento de contribuinte do imposto, localizado nos Municípios de Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, no Estado do Amazonas, para comercialização ou industrialização, salvo se:

a) o valor da matéria-prima de origem animal ou vegetal for superior ao despendido com a mão de obra empregada na sua industrialização;

b) o remetente for estabelecimento comercial ou diferente do fabricante.

A manutenção do crédito de que trata este su-bitem somente é aplicável se o remetente abater do preço da mercadoria o valor equivalente ao imposto dispensado na operação, com indicação expressa na respectiva nota fiscal.

(RICMS-MG/2002, Anexo IX, art. 269)

7.6 Exportação

É assegurada a manutenção integral dos créditos do imposto relativo às entradas de mercadorias e aos serviços tomados, quando utilizados em função de operações que destinem ao exterior mercadoria, inclusive produto primário e produto industrializado semielaborado, bem como sobre a prestação de serviços.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 71, § 3º, I)

8. pEnalIdadES

Os contribuintes que infringirem o disposto na legislação tributária estão sujeitos às penalidades pre-vistas nos arts. 209 e seguintes do RICMS-MG/2002, dentre as quais destacamos a utilização de crédito do imposto decorrente de registro de documento fiscal que não corresponda à utilização de prestação de serviço ou ao recebimento de bem ou mercadoria: 40% do valor da operação indicado no documento fiscal.

Aqueles que não cumprirem as disposições pre-vistas na legislação, sendo o fato apurado pelo Fisco, estarão sujeitos à multa.

As penalidades encontram-se relacionadas no RICMS-MG/2002, Parte Geral, arts. 209 a 221.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 216, IV)

N

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10-20 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

EStadual

Bancário - Obrigações acessórias das empresas administradoras de cartões de crédito e débito

O setor bancário, no Brasil, possui grande impor-tância na economia do País, sendo um segmento que não para de crescer.

O Internet Banking é o canal preferencial do cliente bancário e representa 39% do total de tran-sações. O crescimento das transações em Internet Banking e point of sale (POS) é próximo de 25% ao ano, muito superior ao dos canais mais tradicionais. O uso do Internet Banking cresce mais do que o número de usuários de Internet. Isso é uma evidência de que uma maior parcela dos usuários de Internet está usando o Internet Banking. O volume de transa-ções em Internet Banking aumentou 23,7% ao ano, indicando uma maior inclusão digital da população.

Os cartões de crédito, débito e lojistas despontam como meio de pagamento altamente utilizado, com penetração superior nas classes A/B (atuais 88%) e penetração crescente na classe C (atuais 68%). O cres-cimento do número de transações acima do crescimento do número de cartões indica a grande intensificação do uso e a consequente importância da tecnologia neste canal. Os cartões de débito são mais numerosos do que os de crédito e os de rede e loja (38% vs. 26%

e 36% respectivamente), confirmando o aumento da presença dos bancos na ponta do comércio.

No âmbito estadual, considerando a importância de tal setor para a economia, há tratamento tributário diferenciado para diversos segmentos bancários, dentre eles, destacamos as administradoras de car-tões de crédito e débito.

Segundo disposições do RICMS-MG/2002, tais empresas têm como obrigação acessória informar à Secretaria de Estado da Fazenda as operações ou prestações promovidas por estabelecimentos de contribuintes cujos pagamentos sejam realizados por meio de seus sistemas de crédito, débito ou similar, na forma estabelecida no art. 10-A da Parte 1 do Anexo VII do RICMS-MG/2002.

Não sendo cumprida tal obrigação, será aplicada multa de 15.000 UFEMG por deixar de serem fornecidas, no prazo previsto em Regulamento, ou quando intimado pelo Fisco, ou por fornecer em desacordo com a legisla-ção tributária ou com a intimação, informações sobre as operações e prestações realizadas por estabelecimento de contribuinte cujos pagamentos sejam realizados por meio de seus sistemas de crédito, débito ou similar. A penalidade será calculada por infração cometida pela administradora de cartão de crédito, de cartão de débito em conta-corrente e estabelecimentos similares.

(Lei nº 6.763/1975, art. 57, XL; RICMS-MG/2002, Anexo VII, Parte 1, arts. 10-A e 13-A, § 2º; http://www.febraban.org.br)

N

a IOB Setorial

a IOB Comenta

FEdERal

IOF - Operações de crédito - Aplicação da alíquota adicional

O fato gerador do IOF ocorre na entrega do mon-tante ou do valor que constitua o objeto da obrigação ou a sua colocação à disposição do interessado nos seguintes momentos:

a) na data da efetiva entrega, total ou parcial, do valor que constitua o objeto da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado;

b) no momento da liberação de cada uma das parcelas, nas hipóteses de crédito sujeito, contratualmente, à liberação parcelada;

c) na data do adiantamento a depositante, assim considerado o saldo a descoberto em conta de depósito;

d) na data do registro efetuado em conta deve-dora por crédito liquidado no exterior;

e) na data em que se verificar excesso de limite, assim entendido o saldo a descoberto ocorrido em operação de empréstimo ou financiamento, inclusive sob a forma de abertura de crédito;

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10-21Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 MG

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

f) na data da novação, composição, consolida-ção, confissão de dívida e dos negócios asse-melhados; e

g) na data do lançamento contábil, em relação às operações e às transferências internas que não tenham classificação específica, mas que, pela sua natureza, se enquadrem como opera-ções de crédito.

Note-se que o débito de encargos não configura entrega ou colocação de recursos à disposição do

interessado, exceto quando apurado pela soma dos saldos devedores diários.

A alíquota máxima do IOF é de 1,5% ao dia, incidente sobre o valor das operações de crédito. A base de cálculo dessas operações e as respectivas alíquotas reduzidas vigentes, de acordo com o tipo de operação, são as indicadas no quadro a seguir, observando-se que deverá ser adicionado às respec-tivas alíquotas o percentual de 0,38%, na forma do § 15 do art. 7º do Decreto nº 6.306/2007.

opErAÇÃo BAsE DE CÁLCULo ALíQUoTA

a) empréstimo sob qualquer modalidade, in-clusive abertura de crédito:

a.1) valor do principal não definido a ser utili-zado pelo mutuário

soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

a.2) valor do principal definido a ser utilizado pelo mutuário

o principal entregue ou colocado à disposição mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

b) desconto, inclusive alienação de direitos creditórios a empresas de factoring

valor líquido obtido (valor nominal, deduzidos os juros cobrados antecipadamente)

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

c) adiantamento a depositante soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

d) empréstimos, inclusive sob a forma de fi-nanciamento, sujeitos à liberação dos recur-sos em parcelas

valor do principal de cada liberação mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

e) excessos de limite

e.1) valor do principal não definido a ser uti-lizado

valor dos excessos computados na soma dos saldos devedores diários apurados no último dia de cada mês

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041%

e.2) valor do principal definido a ser utilizadovalor de cada excesso apurado diariamente, resultante de novos valores entregues ao in-teressado

mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041% ao dia

f) financiamento para aquisição de imóveis não residenciais valor da operação de crédito (contrato) mutuário pessoa física: 0,0041% ao dia

O art. 8º do Decreto nº 6.306/2007 especifica as operações de crédito tributadas à alíquota zero.

No entanto, diversas dessas operações estão sujeitas à alíquota adicional de 0,38%, independente-mente do prazo da operação, na forma do § 5º do art. 8º do referido Decreto.

Desse modo, sobre a base de cálculo do IOF será aplicada a alíquota correspondente à respectiva ope-ração e, em seguida, a alíquota adicional de 0,38%, conforme o exemplo a seguir:

- mutuário pessoa física ou jurídica: 0,0041 x 30 dias = 0,123 + 0,38 = 0,503%.

Admitindo-se que a base de cálculo corresponda a R$ 10.000,00, teremos: 0,503% x 10.000,00 = R$ 50,30 (IOF a recolher).

(RIOF - Decreto nº 6.306/2007, arts. 3º, §§ 1º e 2º, 6º, 7º, caput, §§ 12 e 15, e 8º, caput, § 5º)

N

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10-22 MG Manual de Procedimentos - Mar/2014 - Fascículo 10 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a IOB Perguntas e Respostas

IOF

Mútuo - pagamento das parcelas - Implicações no atraso

1) Qual a consequência tributária, em relação ao IOF, no caso de as parcelas de empréstimo pessoal não serem pagas no vencimento?

Do ponto de vista obrigacional, as partes devem cumprir com o que foi contratado.

Assim, o valor da parcela deve ser pago na data de vencimento. Porém, pode acontecer de o mutuário não realizar o pagamento na data prevista.

Em caso de prorrogação ou renovação de ope-ração de crédito sem alteração do devedor, o IOF deverá ser calculado sobre o valor não liquidado da operação anteriormente tributada e será considerado complementar à anteriormente feita com aplicação da mesma alíquota vigente na data da operação inicial.

A alíquota máxima do IOF é de 1,5% ao dia. Assim sendo, se houver prorrogação do prazo superior a 365 dias, não será exigido o IOF complementar sobre o tempo que excedê-lo.

No entanto, deverá ser acrescido ao valor tributá-vel o adicional de 0,38%, previsto no § 15 do art. 7º do Decreto nº 6.306/2007.

(Decreto nº 6.306/2007, arts. 6º e 7º, §§ 1º, 7º e 15)

Mútuo - pessoa jurídica - Equiparação a instituição financeira

2) A pessoa jurídica que realiza operação de mú-tuo é equiparada a instituição financeira?

Sim. A pessoa que realiza operações de mútuo é equiparada a instituição financeira.

Na realização dessa operação, o contrato deverá conter cláusula prevendo as condições de

pagamento (prazo, forma de pagamento e acrés-cimos).

(Constituição Federal/1988, art. 192, § 3º; Lei nº 9.779/1999, art. 13)

operações de crédito - saldos a descoberto - Incidência

3) Os adiantamentos de valores para suprir saldo a descoberto nas contas-correntes estão sujeitos ao IOF?

Sim. Os valores destinados à cobertura de saldos a descoberto nas contas-correntes são fatos gerado-res do IOF.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 3º, § 1º, III)

ICMS/MG

Microcervejaria - Conceito

4) Qual é o conceito de microcervejaria para fins de concessão de crédito presumido?

Microcervejaria é a empresa cuja produção anual de cerveja e chope artesanal, correspondente ao somatório da produção de todos os seus estabeleci-mentos, inclusive o das coligadas e o da controladora, não seja superior a 3.000.000 litros.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, § 22, V, “a”)

Microcervejaria - Crédito presumido

5) Há previsão legal de crédito presumido para as microcervejarias estabelecidas no Estado?

Sim. O Fisco mineiro concede crédito presumido, até 31.01.2015, à microcervejaria, nas operações de vendas internas de cerveja e chope artesanais, produzidos pelo próprio estabelecimento, destinadas a contribuinte do imposto, de forma que a carga tribu-tária resulte em 8%. Ressalta-se que o crédito presu-mido é opcional e será concedido por meio de regime especial concedido pelo Diretor da Superintendência de Tributação.

(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XL e § 22)