investigacao da saiinizacao dos solos irrigados por ...tabela 2-1 evaporacto segundo o aetodo...

81
SERIE TERRA E AGUA DO INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGACAO AGRONOMICA NOTA TÉCNICA No. 51 Investigacao da Saiinizacao dos Solos Irrigados por Aerobombas na Varzea do Baixo Limpopo H J. Pabbruwé 1986 Maputo, Mocambique

Upload: others

Post on 25-Jan-2021

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • SERIE TERRA E AGUA

    DO INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGACAO AGRONOMICA

    N O T A T É C N I C A No. 5 1

    Investigacao da Saiinizacao dos Solos

    Irrigados por Aerobombas na Varzea

    do Baixo Limpopo

    H J . Pabbruwé

    1 9 8 6 Maputo, Mocambique

  • SERIE TERRA E AGUA

    DO INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGACAO AGRONOMICA

    N O T A T E C N I C A No. 5 1

    ISRIC LIBRARY

    H^_ nlngen, Tho Netherlands

    Investigacao da Salinizacao dos Solos

    Irrigados por Aerobombas na Varzea

    do Balxo Limpopo

    H. J. Pabbruw£>

    Scanned from original by ISRIC - World Soil Information, as ICSU World Data Centre for Soils. The purpose is to make a safe depository for endangered documents and to make the accrued information available for consultation, following Fair Use Guidelines. Every effort is taken to respect Copyright of the materials within the archives where the identification of the Copyright holder is clear and, where feasible, to contact the originators. For questions please contact soil.isric(i5)wur.nl indicating the item reference number concerned.

    1 9 8 6 Maputo, Mocambique

    5H15

  • -1-

    INDICE

    pagina

    INDICE i

    Agradeciaentoe do autor v

    RE8UH0 1

    1 INTRODUQftO 3

    2 HE10 AHBIENTE 3

    2.1 Localizacto S

    2.2 Agro-cliaatologia S

    2.3 Solo§ na area do Baixo Liapopo 3 2.3.1 O proceato da foraacto de Fluviaaoloa 5 2.3.2 Foraacto de türfa e ptntanoa 6 ' 2.3.3 Solos aalinoa 7

    1 Agricultura noa solos aalinoa 7 ii Hedicto da concontracto doe aaia 7 iii Salinizacto e eodificacto 7 iv Prevencao de salinizacto e eodificacto 8

    2.3.4 Tipot de aachongot 10

    2.4 Hidrologla 11

    2.4.1 Agua de rega proveniente do rio Liapopo 11 2.4.2 Agua de rega proveniente do rio Luaane 13 2.4.3 Agua de rega proveniente doa aquiferoa 13

    3 HETODOB DE LEVANTAHENTO 14

    3.1 Hetodoa apllcadoa noa locaia doa projectoa pilotoa 14

    3.2 Hetodoa apllcadoa naa ireaa aea aoinhoa de vento 14

    4 RE8ULTA008 NOS PR0JECT08 PIL0T08 15

    4.1 Coca Hiaaava 15

    4.1.1 Introducto 15

    4.1.2 A aituacto actual ea Coca Hiaaava (Agoato 1984) 15

    4.1.3 Poaaibilidadea de aelhoraaanto ee Coca Hiaaava 22

    4.2 Inhaaieea/Cooperativa de Harien Ngouabi 25

    4.2.1 Introducto 25

    4.2.2 A aituacto actual na Inhaeieea (Agoato 1984) 25 4.2.3 Poaaibilidadea de aelhoraaanto na Inhaaieea 27

    4.3 Cooperativa de Voz da Freliao 27 4.3.1 Introducto 27 4.3.2 A aituacto actual na aachaaba de Voz da Freliao

    (Agoato 1984) 28

  • -ii-

    INDICE

    pagina

    3 RESULTAD08 DAS AREA8 ÉSTUDADAS SEH NOINHOS DE VENTO 29

    5.1 A Area Junto dat bordaa do colactor Luaana 29

    5.1.1 Introducto 29 9.1.2 Resultados o recoeendacoes para a Area do

    colactor Luaana 29

    3.2 A araa da Julius Nyerare 35

    5.2.1 Introducto 35 3.2.2 Raaultadoa e recoaendacOea para a araa de

    Juliua Nyarere 35

    5.3 A araa de Inhacutse 36

    5.3.1 Introducto 36 5.3.2 Reaultadoa< e recoaendacOea para a Area de

    Innscutss 36

    6 CONCLUSBES E REC0HENDACQE8 39

    6.1 ConclutOet 39

    6.2 RecoaendacOea 40

    REFERENCIA8

    8L088ARI0

    ANEXOS:

    Anexo A, Claaaificacto e caracteristicas doa aoloa afectados por aala.

    Anexo B, A reaccto da aaidria das culturat As condicOes salinat e/ou sódicas.

    Anexo C, A relacto entre a CEe e a CE(li2,5).

    Anexo D, Efeitoe dat anAlises das aaostrat de solo de Coca Histava

    Anexo E, Efeitoe dat anAlitet dat aaostrat de solo de Inhaaisia

    Anexo F, Efeitot dat anAlitet dat aaottrat de aolo de Voz da Freliao

    Anexo 6, Efeitot dat analitet dat aaottrat da Area de Luaane 4

    Anexo H, Efeitot dat analitet dat aaottrat da Area de Julius Nyerere

    Anexo I, Efeitos das anAlitet das aaostrat da Area de Inhacutse

    Anexo J, Extracto da referenda CU

  • I U "V

    INDICE FIBURAg Pagina

    Figura 1-1 Localizacao da arsa do Baixo Liapopo e de vila de

    Xai-Xai 2

    Figura 1-2 Localizacao das aeroboabas de Coca Hissava e Inhaaissa 4

    Figura 2-1 Corte transversal da vale do Liapopo coa os tipos

    de solos 11

    Figura 2-2 0 planeaaento de drenagea dos aachongos 12

    Figura 4-1 Coca Hissava, a situacao actual 16

    Figura 4-2 A distrlbulcao da X de södio trocavel e de cloreto no perfil do solo da aachaaba de Coca Hissava 17

    Figura 4-3 Planeaaento para ua sisteaa de drenagea superficial para arrozais 24

    Figura 4-4 Cronograaa da exploracSro e da conservatie do parcelaaento de Inhaaissa, terras argilosas 26

    Figura 4-5 A distribuicao da P8T e de cloreto no perfil do solo da aachaaba da Inhaaissa 27

    Figura 5-1 A localizacao da area Luaane e os locais de aaostragea 30

    Figura 5-2 Desenho do planeaaento de ua projecto piloto para cultures regadas por aoinhos de vento do tipo CMO 2740 na area sudeste do colector Luaane 33

    Figura 5-3 A localizacao da area perto da A.C. Julius Nyerere e os locais de aaostragea 34

    Figura 5-4 A localizacao da area de aaostragea perto de Inhacutse 37

    li&liii

    Tabela 2-1 Evaporacto segundo o aetodo Penaan, Eo, e as quantidades aensais de precipitacko para a area dó Baixo Liapopo 5

    Tabela 2-2 Noraas para categorizar a taxa de infiltracto 6

    Tabela 2-3 Classificacfto da qualidade de agua de rega para fins de agricultura ea relacïo a salinidade 11

    Tabela 4-1 A textura, a CEe* e o pH das diferentes caaadas aaostradas na aachaaba de Coca Hissava 16

    Tabela 4-2 Calculo da Area irrigavel coa a Agua doce do colector fornecida pelo aoinho de vento do tipo CND 2740 18

  • -IV-

    INDICE TABELA8 Pagin

    Tabela 4-3 Calculo da 4rea lrrigével coe a agua fornecida pelo aoinho de vento do tipo CMD 2740 (Agua con a salinldade encontrada no colector Angluzane ea Agosto 1984) 20

    Tabela 4-4 A textura, a CEe* e o pH das diferentes caaadas aaostradas na aachaaba da Inhaeissa 26

    Tabela 4-9 A textura, a CEet e o pH das diferentes caaadas aaostradas na aachaaba de Voz da Freliao 28

    Tabela 3-1 A profundidade, a CEe* e o pH das caaadas dos furos de sondagea aaostrados na drea ao noroeste do colector Luaane 31

    Tabela 5-2 A profundidade, a CEe* e o pH das caaadas dos furos de sondagea aaostrados na érea ao sudeste do colector Luaane 32

    jahoia s-3 A CEs* das caaadas diferentes (vaisres sédios) de sondagens na area de Julius Nyerere 35

    Tabela 5-4 A CEe*, CEAr e CEés das aaostras da area de Inhacutse 37

  • V

    A6RADECIHENT0S DO AUTOR

    Os aeus aelhores agradeciaentos sio devidas a

    a ddna Cilia Vonk, o seu esposo o Sr. André Vonk e a sua eapregada a Sra. DeWine Alexander para sua hospitalidade e ajuda.

    o Sr. Rui Barbosa, engenheiro agrónono da OPA e o Sr. Bert Boer da SRBL para seu conselho valioso.

    o Sr. António Manuel Matusse e o Sr. Arlindo Bie para sua ajuda durante a recolha das aaostras e os ensaios.

    o chefe da CHicina de Chicunbanë, o Sr. Lucas Pedro Sarrine para sua ajuda.

    o Sr. Aionso SalafflSro Nhatave, Chefe do laboratório da Esqueaa 6eral e o sëu assistente o Sr. Noe Chipene llacaao e o pessoal do labora-tório do INIA para as analises quioicas.

  • -1-

    RESUHO

    EB aeados de 1983 foram construidas e instaladas cinco aeroboabas do tipo CWD 2740 (tres para fins de regadios e duas para abasteciaento do gado) na drea do Baixo Liflpopo, na Provlncia de 6aza, Hocaabique.

    0 técnico da CWD, Engenheiro Joop van Heel, e o cooperante holandes na DPA, Engenheiro Paul Hassing, elaboraraa UB estudo de viabilidade sobre a introduc&o de aeroboabas, construidas localaente especialaente para fins de regadios. EB Agosto 1984 os resultados nao eraB auito encorajadoresi só uaa aerobonba estava operacional e elevando agua de rega.

    Apds a investigacSo chegou-se d conclus&o de que no futuro a drea regada seré inapta para igricultura porque o ntvel de salinidade e sodicidade no solo aravel esta a aunentar. A salinizacio e causada pela salinidade da agua de rega e pelas aas condicOes de drenagen.

    Nos anos 1950 - 1960 a funcSo dos colectores novos era de drenar as terras inundadas. Na fase actual inpöe-se a funcSo de canal de rega e portanto ha exigências quanto a qualidade da agua interceptada no sopé das encostas.

    COB o objectivo de averiguar a relacSo de causalidade entre a qualidade da agua de rega e a salinidade e sodicidade dos solos regados, recolheran-se aaostras do solo, da agua subterrdnea e da agua de rega. Nediu-se a taxa de infiltrac&o e a conductividade hidrdulica.nos locais das aeroboabas existentes e nas dreas onde existia a possibilidade de instalar novos aoinhos de vento para fins de regadios no futuro. Calculou-se a distancia entre os drenos de canpo.

    Adaitindo uaa liapeza rigorosa e regular dos colectores e uaa proteccao contra a intrusao da agua salina durante a mare alta (coaportas), a qualidade da agua de rega nos colectores seria boa.

    As possibilidades de drenagea dos solos argilosos pesados é t3o dificil que a drenagen artificial do subsolo é inconceblvel por causa dos custos. A unica cultura que se pode cultivar sea grandes investiaentos é o arroz por alaganento na epoca das chuvas (Outubro -Marco). Para as outras culturas sto precisos grandes investiaentos para assigurar rendiaentos a longo prazo.

    Fizeraa-se calculos hipotéticos sobre as quantidadas de agua precisas para aanter UB equilfbrio de sais nos solos. A capacidade da drenagea natural destes solos na-o pode fazer frente a's grandes quanti-dades de agua de lavagea. Ea areas liaitadas, por exeaplo nuaa parte da area do colector Luaane, perto do rio Luaane, desenvolve-se UB subsolo arenoso peraitindo drenagea COB canais abertos. Satisfazendo a necessi-dade de lavagen, a agricultura regada ê posstvel durante todo o ano. Ua levantanento de solos pode fornecer conheciaento sobre outras areas coa possibilidades de drenagen do subsolo e a aptidao da terra para agricultura regada.

    Na a>ea da A.C. Julius Nyerere foi possivel nedir directaaente a quantidade de égua do fluxo das encostas. Na drea da Cooperativa da Coca Hissava calculou-se esta quantidade. Os resultados sa"o sinilares.

  • -3-

    1 INTRQDUCAO

    Origen do estudo

    Através do responsivel da Oficina de Chicuiabane (Provincia de Saza), o Sr. André Vonk fol solicitado ao INIA que elaborasse ua prograaa de recoaendactres sobre a viabilidade de projectos de energia eölica, destinados a bonbagea de dgua de rega, ea colaborac&o coa a DPA de Saza, e os organisaos aciaa aencionados. 0 presente relatörio é o resultado de tal estudo.

    Ea Noveabro e Dezenbro de 1983, o Sr. Joop van Heel do CWD (Holanda) e o Engenheiro Paul Hassing da DPA, Saza, realizaran un estudo da viabilidade sobre as possibilidades de energia eölica na area do Baixo Liapopo (referenda [1], indicada no Anexo J), na vizinhanca de vila de Xai-Xai.

    0 objectivo aais iaportante seria o desenvolviaento dua tooinho de vento para fins de rega e construido localmente.

    Dapois de Julho 1983 tres noinhos de vento do tipo CWD 2740 foraa lnstalados na area para fins de rega dl arrozais, nllho e hortalicas. Ver as figuras 1-1 e 1-2 e o oapa no Anexo J para os locais deBtes aoinhos de vento.

    Ea Agosto de 1984 só a cooperativa de Coca Hissava utilizava o aoinho. A cooperativa de Marien N'gouabi nSo utilizava a . aeroboaba, devido a deficièncias existentes no tanque. A aeroboaba da cooperativa de Voz da Freliao deixiou de ter usada porque a agua de rega no colector tornou-se iaprópria para a agricultura. A agua do colector estava salobra por causa da intrus&o da agua salina durante a aaré alta. Nao houve uaa coaporta para controlar a entrada de agua na foz do colector no aés de Agosto 'BS.

  • - 4 -

    • CANAL PRINCIPAL DISTRIBUiOOR 1 ,

    MAPA DA AHEA DE COCA MISSATA E INHAMISSA

    Base: Beneficiamento hidroagrxcola

    do Baixo lampopo

    ESCALA APROXIMADA 1 : 40 000

    O 400 800

    - 1 -

    2000 m

    moinho de vent o do tipo CWD 2740

    f~ -J JZ — f

    * -. «fi ~ff! , _ z gi /

    p REGAOlO OE GAIOE

    | t f i * n - ^ i w n w J a ^ — / f f , N P U E D E DEFESA

    / I - - •

    $

    ƒ t̂ V'x̂ r̂ V..

    XAI-XAI

    Figura 1-2 Localizacao das aerobonbas de Coca Hissava e Inhaoissa

  • -5-

    2.1

    MEIQ AMBIENTE

    LocalizacSo

    A area do Baixo Linpopo esta localizada no troco inferior do Vale do Linpopo e inclui tanto a varzea entre Chibuto e Xai-Xai e a foz do rio, coso o terreno elevado ao longo da Vale. Ver o napa da area do Baixo Linpopo no Anexo J.

    A varzea do Baixo Linpopo ten una extensao de lado a lado de 10 a 20 kn e situa-se un pouco acina do nivel do nar. E linitada pelas dunas interiores (terras altas arenosas, dunas), con una elevac&o de aproxinadanente 100 n. Na época chuvosa o nivel do rio sobe e as zonas da varzea con cotas baixas s&o cobertas pelas aguas das cheias do rio.

    2.2 Agro-dinatologia

    0 drana da Provincia de Gaza ten sido e continua a ser a falta de chuva, ou por outra sua grande irregularidade ja tSo regular, e portanto o grande risco de ocorrência de un periodo de seca durante o crescinento da cultura.

    A evaporacïo de referenda segündo Pennan (Eo), ultrapassa en todos os neses a precipitacao media. 0 seu valor anual e de 1752 nn (ver tabela 2-1).

    0 apreciavel deficit anual de precipitacSo torna essencial a inplenentacSo de rega para pleno desenvolvinento agricola.

    mês Jan.Fev.Mar.Abr.Mai.Jun.Jul.Ago.Set.Out.Nov.Dez. ano •I- •I-

    Eo (nn) 209 176 148 — I — 79 66

    114 88 75 75 104 137 _ _ _ I _ _ _ ! _ _ _ ! _ _ _ ! - . - ! _ _ _

    189 202 215 1752 — I — I 29 82 872 P (75 X, nn) 50 53 27 25 23

    I _ i i ! 30

    Tabela 2-1 EvaporacSio segundo o nétodo Pennan, Eo, e as quantidades nensais de precipitacao ocorrendo ou superiores en 15 dos 20 anos (quer dizer 75 X) (nn/nes) para a area do- Baixo Linpopo. Dados do INIA, Maputo, da referenda Cl].

    2.3 Solos na érea do Baixo Linpopo

    2.3.1 0 processo de fornacSo de Fluvissolos

    Os nais inportantes factores deterninando a fornacSo de Fluvissolos (ref. [10]) s&oi

    - processos aluvionares de acunulacSo e reacunulacïo dos sedinentosi - substituicfto do processo aeróbico pelo anaeróbico cono cohsequencia

    das inundacbes do aluviao.

    Estas condicöes sto particularnente aptas para o desenvolvinento da sintese da argila constituida por nontnorilonite. Os solos cuja argila

  • -6-

    é constituida por nontnorilonite caracterizan-se pelas seguintes propriedades.

    - ua alto grau de expansao e contraccao; - una quantidade reduzida de égua utilizével para as plantas; - uaa taxa de infiltracao lenta (0 - 25 co/dia, tabela 2-2)f - a acunulacao progressiva dos sais nas canadas superficiais por causa

    de ascensKo capilar e evaporacao de agua subterranea salina torna-se dlficil pelt firntza do solo e por causa duaa alta capacidade de retencao de Agua devido ao predontnio das forcas noleculares sobre as capilares;

    - un alto grau de presenca de natérias organicas no perfil até una profundidade grande;

    - un alto nivel de fertilidade.

    Observacao: a distribuicao vertical e a conposicao da natèria orgdnica é o resultado da base de nontaorilonite das argilas que ocorrea no solo. 0 teor de natéria orgdnica é alto (1,6 - 3,3 X, Anexos 0 e E). Porque a textura e pesada, a oxidacao e a lavagen pela agua 6 diffcil. Existe una ligacao estreita entre as substdncias hdnicas e a argila do tipo nontnorilonite: os agregados carbonacios pretos nuito finos dispersan-se regularnente dentro da natriz argilosa. Todo o perfil do solo (até 2 n de profundidade) é de cor cinzenta escura a preta.

    qualidade taxa de infiltracao

    inundada < 1 cn/dia nuito lenta 1 - 10 cn/dia lenta 10 - 25 cn/dia nttdia 25 - 50 cn/dia rapida 50 - 100 cn/dia nuito rapida I > 100 cn/dia

    Tabela 2-2 Nornas para categorizar a taxa de infiltracao (cono usadas pelo INIA).

    Taxas de infiltracao nedidas na area do Baixo Linpopo pelo autori 0,01 cn/hora ate 7,26 cn/hora. Dados de SEHA (rei. C10]): Inhacutsi 0,10 cn/hora; Maguia: 0,022 cn/hora; Chinbinhanine: 0,38 cn/hora; Ponelai 0,042 cn/hora.

    2.3.2 Fornacao de turfa e pantanos

    "Zon as Aa onde as cotas sïo tüo baixas que a agua pertanece nelas por vezes o atto inteiro, de wodo a nïo peraitir o cultivo das suas terras. 0 proprio pasto ê inaproveitado, nao só pelas condicftes de encharcatento do terreno, coao pela inferior qualidade da vegetatie espontinea" (de rei. [41).

    Os efeitos da na drenagen natural en sinultaneo con o afluxo de éguas subterraneas desde as dunas interiores resultaran na fornacao de solos pantanosos ("nachongo"). (ref. C33)

  • -7-

    Coao é natural, os nachongos sa~o de vérios tipos: alen dos nais puros (e por isso nais desequilibrados), existen os que tenden para o arenoso, a nedida que vSo predominando as areias e, os que tenden para o argiloso, conforme se v&o nisturando con as aluviOes fluviais. SSo estes ültiaos os nais equilibrados e nelhores, cono por exenplo é justanente o da Inhanissa. Depois de drenados, tornan-se nuito apropriados para deterninadas culturat, especialnente as exigentes en agua, cono o arroz, a banana e hortejos (ref. [33>.

    2.3.3 Solos salinos

    i Agricultura nos solos salinos

    Os solos halomórficos sao caracterizados por conteren suficientes teores de sais soluveis, sódio de troca, ou anbos, para interferiren no desenvolvinento da naioria das plantas. 0 abastecinento en dgua pode reduzir-se drasticanente devido ao potencial osnótico elevado da soluc&o salgada do solo (efeito da seca fisiológica). Ha tanbên efeitos tóxicos de varios saisi boro e concentracöes elevadas de cloreto. 0 deficiënte crescinento da cültura é devido tanbén as condicöes fisicas adversas nos solos sódicos restringendo a drenagen e o arejanento. A tolerancia a salinidade de quaisquer espécies de culturas é apresentada no Anexo B. Una classificac&o de solos salinos e sddicos con respeito ao prejuizo previsto devido a concentracSo de sais no crescinento das culturas é apresentada no Anexo A.

    ii Hedicao da concentracSo dos sais

    6eralnente a salinidade do solo é nedida segundo a conductividade elêctrica do extracto da pasta saturada: CEe en nS/cn.

    iii SalinizacSio e sodificacSro

    A salinidade e sodicidade do (sub-)solo na vérzea do Baixo Linpopo ten duas causas (ref. C193).

    - A salinizacao e a sodificacïo prinaria dos solosi quer dizer, a acunulac&o de sais e de sodio trocével durante a fornacfto dos solos. Os sedinentos nos quais os solos da zona estudada foran fornados, ten origen narinha. A sedimentacao deles nun anbiente salgado inplica conteren ninerais, que ao neteorizaren-se, poden produzir elevados teores de sais e de sódio trocavel tanto nos solos cono na agua subterranea.

    - SalinizacSro secundéria dos solos.

    En periodos posteriores.

    Depois de salinizac&o prindria os sais sao redistribuidos através de fluxos de agua que ocorren no solo. A agua de chuva causa un fluxo para baixo, lavando as canadas

  • -8-

    superficiais. Porén, quando nïo ha chuva, a evapotranspiracSo causa un fluxo de agua ascendente, podendo-se acunular os sais nas canadas superficiais. Dependendo da direccao do fluxo de agua acorrera salinizacSo secundaria ou dessalinizacao. UBI factor deterninante neste equilibrio é a profundidade e a qualidade da agua subterranea. Se existe una ligacao entre a agua que se evapora da superflcie do perf il e o lencol freatico, o fluxo capilar de agua con sais para ei ma sera alinentado pela agua subterranea. Portanto o fluxo sera nuito naior se o lencol freatico se encontra a una profundidade grande, fora da alcance das forcas da evaporacSo: o nfvel do lencol freatico critico. Para a argila pesada este nivel é estinado a 1,2 n.

    Todos os processos de nelhoramento ou recuperacao destes solos incidem, na essencia, nuna estabilizacao do lencol freatico a una profundidade tal, de nodo que nao favoreca a ascensSo capilar da solucao salina, ate a zona radicular ou até a zona da influéncia da evaporacao, alen da remocao do excesso de sais que ja existem na dita zona (lavagen). Isso inplica a realizacdo duna eficiente drenagen, i n t r i nsi c assen t s relacionada cosi o controio do lenrol freatico, para nanter um balanco de sais favoravel na zona radicular.

    A sodicidade (riqueza de sódio no conplexo de adsorca.o, a qual é suficiente para provocar a dispers&o da argila e o aperecinento duna estrutura nacica e de grande conpacidade) do (sub-)solo reduz a perneabilidade, dini-nuindo a capacidade de drenagen e o arejanento. Hedidai introduc&o de gesso no solo con o objectivo de trocar o sódio do conplexo de adsorcSto por catiCres de célcio.

    Na fase actual

    A introduciio pelo honen de regadios nuna area significa a ad ie Si o duna grande volune de agua nesta area, desequilibrando o balanco existente entre afluxo (agua de chuva) e eflexo para o rio (agua de drenagen). 0 lencol freatico sobe e atinge o nivel de onde - pela ascensao capilar - existe a possibilidade de evapotranspirac&o, e portanto dun fluxo de agua e sais solüveis para cima.

    iv Prevencao de salinizacao e sodificaclo

    SSo principalnente nedidas de um nanejo adequado de sais e de agua que lavarao è renocSo por neio de lavagen dos sais adicionados ao perfil.**

    **0bs. Algun adicSto de agua inplica a adicSo de sais ao perfil, porque toda agua natural conten quantidades de sais (nesno agua de chuva ten una CE de 0,03 - 0,05 nS/cn). Exenploi quando a agua de rega ten una concentracSo de 250 ng de sais solilveis por litro (CEar = 0,5 nS/cn, boa qualidade), aplicacoes que se sonan a 1000 na no ano, aunentan (se nao ha lavagen) 2500 toneladas de sais por ha ao canpo (a agua sendo evapotranspirada).

  • -9-

    Isso indicia uma necessidade duo reservataorio ("sink") apropriado para os sais lavados desta naneira, porque doutro modo o aal renovido nover-se-é para qualqutr outra parte con a égua subterranea, o que implica nudar o problena dun sitio para urn outro. Usualnente a descarga é feita pelo rio levando a égua salgada para o mar.

    A intensidade con que a salinizacao dos solos vai ocorrer depende da composicfto da agua de rega e do balanco entre o abastecimento de agua de rega no solo e a remocao de égua de drenagen do limite inferior da zona radicular deste solo. Ooutro nodo o lencol freético subira.

    A necessidade de lavagen (a fraccSo da agua de rega devendo passar através da zona radicular para nanter o equilibrio de sais), N.L., pode calcular-se (ver ref. E9] e [15]):

    CEér N.L. " - — — (2a)

    f(PS/CC)CEe + (1 - f)CEér

    en que: CC • capacidade de canpo (X) (pF = 2,0) PS = percentages! saturada (X) (pF = - ilinitado) CEér = CE da agua de rega (mS/cm) CEe = valor da CEe (e = extracto da pasta saturada)

    tolerado pela cultura (nS/cm) f 8 eficiência de lavagem: a fracc&o da égua que

    lava Biicientenente os sais para fora da zona radicular (-)

    1-f = a fraccSo da Agua que percola o solo sem lavar e levar os sais

    A "N.L." deve dar-se acina da quantidade de égua de rega necesséria para a evapotranspiracao da cultura (ET actual). A taxa de infiltracao da terra deternina a quantidade de égua que se pode adicionar ao solo.

    A lavagen ocorre nuitas vezes naturalnente pelo excesso de égua de rega devido a falta de eficiência de aplicacao de rega (" e-a).

    0 canpo cultivado e regado precisa duna infraestrutura de drenos para a descarga da égua superflua e os sais nocivos no rio.

    A drenagen, natural ou artificial, duna area regada, deve satisfazer as seguintes exigências.

    - 0 escoanento superficial da égua de chuvas e de rega. - A descarga da égua de rega excessiva. - A drenagen do subsolo (filtracSro profunda, infiltracSo de

    qualquer outra érea). - 0 controlo do lencol freatico en vista dun regine favoré-

    vel de hunidade e de sais.

  • -10-

    E evidente que o arroz alagado n&o precisa de drenagen do

  • 1

    •11-

    50 -

    A: terras altas arenosas B: encostas C: tipo arenoso e machongo D: tipo argiloso forte E: tipo argila limosa

    r i o /Kl,,,.,.^.- mu 10

    Tabela 2-3 Classifica;8o da qualidade de agua de rega para fins agricultura em relacSo é salinidade

  • •12-

    XAI-XAI>

    S Ponela / J

    .S /

    t acao de bombagem / • do Ponela

    (drenagem)

    /

    Parcelamento

    da Inhamissa /

    ^ . JSV

    . 0 /

    *7 o°

    N secundar.ias^'

    \ Terras altas

    colector corte-aguas/ arenosas vala de rega

    Figura 2-2 0 planeamento de drenagem dos machongos. Oesenho do autor.

  • •13-

    Para jusante de Vila de Xai-xai ha que ter aais cuidados no aproveitaaento das aguas, alturas de salinidade havendo ea que serlo apenas de utilizar na ware baixa".

    2.4.2 Agua de rega proveniente do rio Lunane

    0 rio Lufflane recebe Agua (CE • 0,5 - 0,7 nS/cn) da lagoa Paive e corrt todo o ano con una taxa de descarga de 3 - 25 netros cübicos/s (ref. C13).

    2.4.3 Agua de rega proveniente dos aqufferos (ver o Anexo D, fontei ref. [10]).

    - 0 aquifero das actuais aluviöes (a espessura é cerca de 20 n) desenvolve-se en toda a planicie aluvionar do rio Linpopo. Infiltracio das precipitacóes atnosféricas, Agua de rega, afluxo de agua subterranea dos depósitos eólicos • penetracfco de aguas subterraneas do aquifero coat pressao dos depósitos aluvionares narinhos alinentan este aquifero.

    A agua neste aquifero corre das dunas para o leito e ao longo do leito do rio Linpopo. 0 teor de sais das aguas subterraneas varia; a CE ten un valor de 0,3 (na area dos nachongos, apta para rega) até 44 nS/cn (inapta para rega).

    - 0 aquifero dos depósitos eólicos quaternérios superiores. A espessura depende da altura das dunas. As dunas das areias eólicas fornan as nargens do vale do rio Linpopo. InfiltracSo das chuvas nas dunas alinenta este aquifero. A agua escorre na direccao do rio. 0 declive do lencol freético varia desde 0.007 até 0,03, dependendo do declive das encostas. A descarga da Agua dos depdsitos eólicos ocorre através da sua saida A superffcie nas nargens dos nachongos situados nas bases das encostas, e do escoaaento subterraneo para os sedinentos fluviais. Esta agua é duna qualidade boa a médiocre para rega (CEar = 0,4 - 1,3 nS/cn).

    Os canais de enxugo e drenagen paralelos As encostas (colectores principais, ver as napas de fig. 1-2 e no Anexo Jt Inhancungo, Ponela, Unbapi, Ngluzane e Lunane) receben a agua na sua naior parte deste aquifero. Queira ver a figura 2-2 para o sistena de drenagen. As aerobonbas existentes aproveitan a Agua deitei colectores para fins de regadios.

    - Aquifero nos depösitos aluvionares marinhos quatirnArios nédios. Este aquifero desenvolve-se nas canadas arenosas cujo tecto se encontra a una profundidade de 12 - 44 n. E un aquifero coat pressao. A Agua dos depósitos eólicos alinenta este aquifero. A descarga faz-se para as Aguas subterraneas através dos depósitos aluvionares e para o rio através de canadas relativanente inperneAvel. A CE da Agua varia entre 1 e 7 nS/ca (pouco apta para rega).

  • -14-

    3 METODOS DE LEVANTAMENTO

    3.1 Métodos aplicados nos locais dos projectos pllotos

    Nos locais con aerobombas (Coca Hissava, Inhaaissa/Marien N'gouabi e a Voz da Frelino)i i Nediran-se a CEar e o pH da agua de rega do colector. ii A area regada pela aerobomba calculou-se na ref. [1] en

    cerca de 2 ha. Fizeraa-se 8 sondagens eo cada hectare.

    Para investigar a distribuicSo vertlcal dos sais no solo acina da toalha freatica foran anostradas as seguintes caoadast 0 - 1 0 en, 20 - 30 co, 40 - 50 ca e 100 - 110 ca. A CE(1:2,S) e o pH de 188 amostras, e o conteudo de cloreto de 173 aaostras (ne/100 g de solo) aediraa-se no laboratório da Esquena Seral en Xai-Xai. A CEe, o pH e a quantidade da aaioria dos elenentos mediran-se ent 33 amostras no laboratório do INIA em Maputo. Das 33 aaostras forao nedidas a CE(li2,5) e a CEe. A CEe da pasta saturada geralaente adopta-se coao escala preferida - e escala oficial de referenda - para uso geral estinando a salinidade do solo. Por esta razao o aultiplicador calculou-se entre a CE(1i2,5) e a correspondente CEe da oesma anostra. Con ëste factor os valores da CE(1:2,5) aedidos en 665 amostras converteran-se en valores de CEe*. queira ver o Anexo C. {• quer dizer CEe calculada da CE(1:2,5) aedida).

    iii Fora» deterninadas a profundidade da toalha freatica, a perneabilidade hidraulica K (raétodo do furo de sondageoi), a CEas e o pH da agua subterranea e a taxa de infiltracSo vertical (oétodo de enchinento nos aneis coo un anel de guarda/Hdouble ring nethod") deterninaran-se.**

    3.2 Hetodos aplicados nas areas sem noinhos de vento

    As éreas escolhidas para estudar a possibilidade de rega ligada a uaa drenagea adequada localizan-se ao longo do colector Lunane, perto da cooperativa de Julius Nyerere e ea Inhacutse (aapa no Anexo J). Nestas areas fez-se o seguinte:

    i Mediu-se a CEar e o pH da agua do colector. il 0 solo foi amostrado nun furo en cada hectare.

    0 resto e identico aos nüaeros ii e iii de ponto 3.1.

    A aedicSo da taxa de infiltracüo n3o se aediu na nachaaba de Voz da Frelino por falta de transporte.

    *• Obs. Os valores da CEas da agua subterranea só representan a qualidade da agua do nivel freatico porque as aaostras de agua colheran-se de furos de sondagea duaa profundidade de 2 aetros. A agua doce correndo no aquifero (infiltracSo de chuva e afluxo de agua dos depósitoB eólicos) é mais leve que a agua salina das caaadas aais profundas.

  • -15-

    4 RESULTADOS NOS PROJECTOS PILOTOS

    4.1 Coca Hissava

    4.1.1 IntroducSo

    Ja houve un levantanento topografico no ano 1953i Parcelanento do Angluzane/Angluzangue (ref. [4]). A obra de enxugo e drenagen foi principalnente a construcSo do colector geral de drenagen.

    4.1.2 A situac&o actual eo Coca Hissava (Agosto 1984)

    0 noinho de vento de Coca Hissava (do tipo CWD 2740) bonbava agua en Agosto 1984, apesar de o tanque de ansazenageiB estar a vazar e a terra en volta do tanque estar encharcada. Una valinha de drenagen foi feita do tanque para este, descarregando a sua agua no colector Angluzane (vede fig. 4-1).

    Ven-se eflorescencias brancas de sal en volta do tanque e ao longo da valinha. Esta valinha desagua nun sitio colocado a nontante da aerobonba (caso que ha qualquer corrente nun colector obstrüido por denso canical). Oesta naneira a agua de drenagen salina passa através do colector na direccSo da aerobonba, e bonbada outra vez e assin por diante. A nachanba regada sö se drena superficialnentB por neio desta valinha.

    Na tabela 4-1 e figura 4-2 d&o-se os valores da salinidade e sodicidade do solo da nachanba de Coca Hissava (ver para pornenores o Anexo E). A textura e argilosa até argila-arenosa (até una profundidade de 2 netros).

    Devido a textura argilosa pesada, a na estrutura e porosidade, especialnente no subsolo, caracterizanos a drenagen deste solo cono na. A perneabilidade baixa do subsolo - drenagen interna na - causa a saturacao exsessiva con agua na canada superficial nos periodos de rega e chuva.

    0 solo' ten un teor de nateria organica satisfatorio, sendo 2 a 3,5 X na canada superficial. 0 valor da CTC (capacidade de troca cationica) fica acina de 40 me/100 g de solo, quer dizer o solo ten un alto grau de fertilidade.

    No horizonte superficial n&o se constatou salinidade elevada. 0 grau de salinizac&o é naior nas canadas nais profundas, a partir de 40 até 110 en, con una CE entre 2 e 9 nS/cn, classificanos este nivel cono salino. A conclus&o é que existe una tendència para salinizac&o.

    Deterninou-se no laboratório un elevado nivel de sódio de troca. 0 seu valor en percentagen (PST) aunenta con a profundidade (desenho 4-2). A PST da canada de 0 - 110 en de profundidade vale 7,3 X, quer dizer naior que 6 (ver os Anexos A e F). Este solo classifica-se cono nao salino, fase sodica.

    0 nivel do lencol freatico en baixo da superficie do solo situa-se a 41 en.

  • 16-

    Colector Angluzane

    dique

    fvala de drenagem

    vala de rega

    es t rada agr ico la

    N y 'aerobomba

    C Jtanque de armazenagem

    caleira

    area total = 2 ha

    Xai-Xai ± 1 km-

    Figura 4-1 Coca Missava, a situacSo actual. Desenho do autor.

    profundidade en cm classe de textura CEs* es s S/ ca • LI

    0 - 10 cm 20 - 30 en 40 - 50 en 100 - 110 cm

    argila argila argila argila

    1,2 1,5 2,5 4,6

    7 7 7 7

    Tabela 4-1 A textura, a conductividade eléctrica do extracto, a CEe* e o pH das dHerentes camadas anostradas na machamba de Coca Missava

  • -17-

    Distribuicao da PST no perfil de Coca Missava

    profundidade 0. tn en l_

    20 I

    40 L

    60 f I

    80_l !

    100

    120 L

    PST 4 6 8

    en X

    5,3

    7,1

    8,1

    DistribuicSo de cloreto no perfil de Coca Missava

    me Cl-/100 g de solo

    20.

    0 1

    U o, • ' - _

    Do.

    2 3 52

    67 40.

    60. •L3 .11

    80.

    100 3.

    120 I

    Figura 4-2 A distribuic&o da percentages) de södio trocavel (PST) e de cloreto en ne/100 g de solo no perfil do solo da nachanba de Coca Nissava (valores médios, Agosto '84)

    Os valores patentes na tabela 4-1 e figura 4-2 mostra» una distribulcfto dos sais e do södio trocavel con valores baixos nas canadas superficiais do perfil e valores altos a una profundidade de un netro. Esti distribuic&o indica una infiltracïo e una percolacSto da agua de rega e da chuva nais grande que a ascensüo capilar da toalha freatica

  • - 1 8 -

    •es

    "n/ies"

    Jan. Fev. Harco Abr. Haio Jun. Jul. Ago. Set. Outob. Nov. Dez.

    Eo (Penaan)

    •es

    "n/ies" 209 176 148 114 88 75 75 104 137 189 202 215

    Kc (arroz - ailho) - 1,15 1,10 0,95/0,68 0,68 0,68 0,68 0,68 0,68 0,68 0,68/1,05 1,05 1,10

    ETa aa/aès 240 194 121 78 60 51 51 71 '3 164 212 237

    rega preparatoria aa/aès 50 16 16 16 16 16 16 50 50 50 50

    Precipitacïo (75 Z) aa/aes 50 79 66 53 27 25 23 7 6 30 29 82

    Ia ••/•es 190 165 71 41 49 42 44 B0 137 1B4 233 205

    Ib, producto relativa 100 Z producio relativa 90 Z producSo relativa 75 Z producSo relativa 50 Z

    aa/aes aa/aes aa/aès aa/aès

    209 181 78 os aesaos valores os aesaos valores os aesaos valores

    45 todos valores aais pequenos que Ia(bruto)

    Ia(bruto), e-a = 0,85 aa/aès 224 194 84 48 58 •9 52 94 161 216 274 241

    R(bruto), e-c = 0,73; (e-a) x (e-c) - 0,62

    producïo relativa 100 Z producbes relativas

    90, 75 * 50 Z

    M/1È5

    aa/aès

    eetros 'cubicos/

    •es

    307 213 92

    os aesaos valores

    53 64 54 57 103 177 237 301 265

    Rendiaento do aoinbo de vento do tipo CHD 2740

    M/1È5

    aa/aès

    eetros 'cubicos/

    •es 1535 1210 1116 648 809 486 670 1004 1485 1618 1539 1618

    Area cultivada, producio relativa 100 Z producbes relativas

    90, 75 k 50 Z

    . ha/aès

    ! ha/aes

    0,50 0,57 1,21

    ! os aesaos valores

    1,22 1,26 0,90 1,18 0,97 0,84 0,68 0,51 0,61

    necessidade de lavagea calculada

    valor Kncionado na tabela 5.2 (ref. [1], Aneio L, pag. -3-)

    producïo relativa 100 Z

    producbes relativas 90, 75 4 50 Z

    èrea cultivada por ano (ha) •ilho

    2,10

    1,59

    arroz

    0,67

    0,54

    area cultivada aédia (ha)

    os aesaos valores

    0,67 - 1,20

    0,54 - 0,94

    area fisica

    ocupada (ha)

    1,9

    1,5

    Tabela 4-2 Calculo da Area irrigével con a quantidade de égua fornecida pelo eoinho de vento do tipo CHD 2740. A égua é de boa qualidade para fins de rega.

  • -19-

    Con L = 1000 n: q(l) = 1000 x 0,007 x 7,5 = 52,5 Tnetros cübicos/dia

    q(2) = 1000 x 0,03 x 7,5 • 225 netroi cablcos/dia

    A evapotranspiracïo actual (ETa) en Agotto vale 71 an en 31 diat • 0,0023 n/dia. A quantidade de precipitacio neste rae» e insignificante. Supondo que 1,5 ha da superficie da aachanba esta coberta de culturas»

    ETa e 15000 x 0,0023 = 34,5 aetros cübicos/dia

    Una unica aeroboaba precisaria entre 34/52 » 0,7 kn e 34/225 a

    0,15 ka de colector para fornecer a quantidade liquida de égua.

    Este calculo nïo levou en conta as quantidades de agua precisas para a lavagen e a ineficiência de rega.

    Na situacJro actual a rega con a agua salina do colector (CEér • 1,49 nS/ciD), contendo entre outros sddio, causaré salinizacSro e ua auaento da percentagen do sddio trocével (PST) no solo e un degradaca~o da estrutura deste solo. EntSro a taxa de infiltracSro vai diainuir e a lavagea dos sais sera impossivel.

    Esclarecinento da tabela 4-2.

    HA una rotacao de arroz e nilho. Foraa calculadas as dotacoes de agua de rega precisas para a evapotranspiraciro actual (ETa) das plantas (ver ref. C U ) :

    Ia • ETa + rega preparatoria - P (precipitac&o) (aa/aés).

    Ia • a quantidade de Agua levada a zona radicular para o uso consuaptivo da cultura (ETa, en na/nes).

    Nesta rotaclo o arroz é a cultura deterninante para o nlvel de •alinidade pernitiivel, apreientado pela CEe** (nS/cn).

    Na tabela do Anexo B ve-se que o arroz é capaz de produzir una colheita aéxiaa até ua nivel de salinidade no solo do arrozal con ui valor da CEe de 3 aS/ca. Esta producfto chaaa-se producJro relativa de 100 X : nSo hé perdas causadas pelos sais. Ao nfvel da CEe de 3,8 aS/ca hé una perda de 10 X na colheita pelo sais producSro relativa de 90 X, etc.

    Para evitar a salinizacSro e/ou sodificacSo pela égua de rega e preciso incluir a necessidade de lavagea (N.L.) na dotac&o de égua de rega (ver par 2.3.3, ponto iv, e os ref. C9] e £15]).

    **0bs. Nio se fez distincïo entre o periodo con arroz (Noveabro -Fevereiro) ou subsequenteaente nilho na nachaaba. Ua auaento do nlvel da salinidade poderia ser pernitido no periodo do arroz (con uaa tolerancia a salinidade aais elevada). Para a eaergencia do ailho, poréa, o nlvel de salinidade deve baixar-se e uaa dotacio grande de égua deve aplicar-se que n&o pode infiltrar.

  • - 2 0 -

    Ver tabela 4-3 para a calculaclo de Ia.

    •es Jan. Fev. Har. Abr. Haio Jun. Ju l . Ago. Set. Out. Nov. Dez.

    la

    Ib. producSo relativa 100 Z producSo relativa 90 Z producSo relativa 75 Z producSo relativa 50 Z

    Ia(bruto), e-a = 0,85

    Rlbrutol. (e-a) i (e-c) - 0,62 producSo relativa 100 Z producSo relativa 90 Z producSo relativa 75 Z producSo relativa 50 Z

    Rendiiento do •oinho de vento do tipo CHD 2740

    Area cultivada, producSo relativa 100 Z producSo relativa 90 Z producSo relativa 75 Z producSo relativa 50 Z

    ••/•es 190 165 71 41 49 42 44 80 137 184 233 205

    u/ies 339 295 127 73 86 75 75 143 245 329 416 366 •a/aes 292 254 109 63 75 65 68 123 211 283 358 315 aa/aes 257 223 96 55 66 57 59 108 185 249 315 277 aa/aes 235 204 88 51 60 52 54 99 169 227 288 253

    M/lfiS 224 194 84 48 58 49 52 94 161 216 274 241

    2 aa/aes 464 404 174 100 121 103 108 196 336 451 570 501 aa/aes 400 348 149 86 103 89 93 168 289 388 490 432 aa/aes 352 305 132 75 90 78 81 148 253 341 432 379 aa/aès 322 279 121 70 82 71 74 136 232 311 395 347

    aetros cübicos/

    •es 1535 1210 1116 648 809 486 670 1004 1485 1618 1539 1618

    ha/aês 0,33 0,30 0,64 0,65 0,67 0,47 0,62 0,51 0,44 0,36 0,27 0,32 ha/aes ! 0,38 0,35 0,75 0,75 0,79 0,55 0,72 0,60 0,51 0,42 0,31 0,37 ha/aes 0,44 0,40 0,85 0,86 0,90 0,62 0,83 0,68 0,59 0,47 0,36 0,43 ha/aes 0,48 0,43 0,92 0,93 0,99 0,68 0,91 0,74 0,64 0,52 0,39 0,47

    valor aencionado na tabela 5.2 (ref. [11, Anexo L, pag. -3-)

    necessidade de lavagea calculada

    producSo relativa 100 Z producSo relativa 90 Z producSo relativa 75 Z producSo relativa 50 Z

    èrea cultivada por ano (ha) •ilho ! arroz

    2,10

    1,00 1,17 1,34 1,45

    0,67

    0,32 0,37 0,42 0,46

    area cultivada •édia (ha)

    0,67 - 1,20

    0,32 - 0,57 0,37 - 0,66 0,42 - 0,75 0,46 - 0,82

    area f i si ca

    ocupada (ha)

    M 0,89 1,03 1,17 1,28

    Tabela 4-3 Calculo da area irrigavel con a agua fornecida pelo «oinho de vento do tipo CWD 2740 (agua con a salinidade encontrada no colector Angluzane en Agosto 1984).

  • -21-

    CEar N.L. = - — - («7»)

    f(PS/CC)CEe + Ia(bruto), isso quer dizer que a ineficiència na aplicacao de rega chega para incluir a quantidade de agua necessaria para a lavagen e nao é preciso de prosseguir a N.L. na R(bruto).

    R(bruto) = a quantidade de agua de rega bonbada no tanque dé arnazenagen do noinho de vento (nn/nes); e-c, a eficiéncia de transporte da agua de rega ("conveyance efficiency") esté incluida.

    A quantidade de agua a aerobomba sendo capaz de borabar (en netros cilbicos/nés) calculou-se na ref. C U : o rendinento do noinho de vento do tipo CWD 2740.

    Entao calculanos a area cultivével e irrigavel (ha/oés) segundo o Biétodo utilizado na ref. Cl] (ver o anexo J ) . A argunentacao para a utilizacao deste metodo falta nesta referenda. A area cultivada en ha/nês = rendinento do noinho de vento en netros cubicos por nes dividido por R(bruto) en nn por nes x 10.

    A area cultivada média calcula-se para arrozs o valor nédio da area cultivada en hectares durante 5 neses (Jan. - Dez) (tabela 4-2: 0,67), para nilho: o valor nédia da area cultivada en ha durante 7 neses (Marco - Setenbro) (tabela 4-2: 1,20).

    A area cultivada por ano en ha calcula-se para nilho: valor nédio no anoi 1,20 haj 0,10 ha/nés; senenteira durante 7 neses: 0,7 ha; tres culturas por anoi 2,10 ha/ano. para arroz: una cultura por ano, 0,67 ha/ano.

    A area fisica ocupada 6 a sona das areas cultivadas nédias (0,67 + 1,20 o 1,9 ha).

    Cono se vê a area fisica ocupada calculada (ha), induindo todas ai perdas de agua, é aait pequena que a Area dada na ref. C13.

    Na tabela 4-3 estao patentes os valores de Ib, Ia(bruto), e t c , calculados para a nachanba de Coca Missava con a actüal qualidade da aguai CEar = 1,49 nS/cn.

    Cono se vé neste caso, Ib torna-se naior que Ia(bruto), nesno con perdas na colheita na orden dos 50 X pela salinidade do solo. Por esta razao a area fisica ocupada é nais pequena que se a qualidade da agua de rega fosse boa.

  • -22-

    Se o (iiilho deternina o ntvel de salinidade (o valor da CEe), a area ffsica ocupada ainda se torna menor pela oaior quantidade de agua precisa para lavageoi para baixar a CEe até o nivel adequado para nilho.

    Dceoaoes

    0 nivel do lencol freatico a una profurtdidade de 0,4 o da provas da ligacao estreita entre rega e drenagea. 0 risco de salinizacSo pela ascens&o capilar da agua salina é grande.

    Drenar solos argilosos de textura fina e peroeabilidade lenta por oei o duo sistema de drenagem é dificil porque mesmo urn espacaoento estreito e caro entre os drenos n3o resolve o probleoa.

    0 valor medio da peroeabilidade hidraulica oedido, K = 0,2 n/dia, peroite o ceilculo da distancia entre os drenos, L, coo a fóroula de Ernst {rei. C9J). Na ref. [10] pode-se ver a sequência das caoadas no perf il.

    qL.L L 0(0) Fóroula: h = + q In (D < 1/4 L)

    8KD(1) pi.K u

    Coo K ° 0,12 - 0,3 (B/diaj q • 0,04 a/dia) h • 1 op D b » 0,3 o) D(0) » 1,5 - 4,5 O) y ° 0,3 oj u = 1,33 m.#«

    L calculava-se a 6 até 12 m.

    Sendo a distancia entre as valas de iO o, • 50 7. do terreno ê perdido est valas. Portanto a instalacSo de uoa rede de canais abertos de una tal densidade nSo da una solucSo razoavel.

    4.1.3 Possibilidades de oelhoraoento eo Coca Missava

    Durante a recuperacSo dos oachongos nos anos 1950 - 1960 a funcSo principal dos colectores era o enxugo das terras pantanosast drenageo (par 4.1.1). Pela utilizacSo da agua dos colectores para fins de regadios iopOe-se actualoente a func&o de canal de rega e portanto isso ioplica outras exigencias quanto a qualidade da agua interceptada no sopé das encostas.

    ** Obs. u • o perioetro oolhado do dreho. Os valores de b • largura do fundo e s » inclinacSo do talude sfto hipoteticos na calculaclo de u. 0 corte transversal das valas tere uoa foroa variavel por falta de escavadores coo baldes da foroa correcta.

  • -23-

    Coino se pode ver a agricultura regada sen drenos é perigosa nestes solos pesados. Para prolongar a producao agrlcola e para tenporizar a salinizacSo e sodificacao do solo regado, propöen-se as seguintes nedidas:

    i Linpeza do colector Angluzane: corte do canico e correccSo do fundo do leito nos locais onde o povo antiquanente passava o rio a vau e actualmente atravessa o colector sobre barragens pequenas (inpedinento da corrente). A construcSo de passadicos a distancias regulares e reconendavel para prevenir esta pratica. Se a velocidade da corrente da agua de boa qualidade do aquifero no colector é maior a quantidade de sais enlevada pela aerobonba na agua de rega sera mais pequena e a tabela 4-2 é aplicavel en vez de tabela 4-3.

    AdRitindo dades.

    que a nedida -i- e executada ha as seguintes possibili-

    ii Instalacüo dun nétodo do sul "ados"). Este sistena c que os campos (sulcos da part sulcos da part inclinac&o des drenan numa va jusante do moin 0 campo deve-funcionaoi tïo c a neia distanci cifflo). 0 perfil dun "a alagado.

    sistena de drenagen superficial conforne o co da parte traseira ("back-furrow nethod",

    onsiste duna lavoura do solo ten partes altas no mei o e e traseira). A largura dun c e traseira e + 25 m. As part cente para os sulcos da part la, e esta desagua no colect ho de vento. se cultivar con regos e canal omo vala de rega como dreno. a da camalhSro (o naior salini

    con o resultado partes baixas

    arapo entre dois es altas ten una e traseira que or nu» sltio a

    hbes. Os regos As plantas ficam zacSro ocorre no

    dos" nSo ten aptidSto para a cultura de arroz

    iii Linitacüo da agricultura a ün drenagen do subsolo só deve infiltrada pequena {pela can ("puddled layer")}. 0 arroz nivel da percentagen do sódio no arrozal deve renovar-se se estagnante se torna perigoso A rega de arroz con aerobomb baixo (ref. Cl]), como se beneficios liquidos relativos

    ica cultura lutar con a ada encharca ten una tol trocavel (v o nivel de

    pela evapora as ten un re ve na segui por ha por

    arroz milho

    unidades 100 165

    f ei j3o

    de arroz alagado. A quantidade de agua da pouco perneével erancia noderada ao ér Anexo B). A agua salinidade da agua cao. ndinento econónico nte tabela con os cultura»

    ! hortalicas

    625 6487

    A fig. 4-3 da un sistena de drenagen para arrozais.

    Un periodo critico sera a época fria sen cultura de arroz alagado pelo risco de salinizacSo por ascens&o capilar da agua salina (ainda nSo hé una variedade de arroz para este periodo).

  • -24-

    'colector

    aeroboml3a/x:-:---ij ^J\) -fr

    ireno

    vala de rega

    .vala jie_drenagem_

    vala de rega

    yala de rega dreno.

    area total = 2 ha

    _-J_i| |£

    -al k- estrutura de escape

    03 conroorta

    dreno

    Figura 4-3 Planeamento para um sistema de arrozais: area total = 2 ha.

    drenagem superficial para

    Drenageot co ra drenos profundos (para efetuar a descida do nivel freatico) sendo inviavel, propoem-se estas medidas para a prevencSo da ascensao capilar no periodo seco.

    Uma co e/ou p Uma c Depois grande superf Mostra terren rega), vegeta A cob transp

    bertur alha ( obertu da co

    s el icial -se v o cob

    seja cao e ertura iracao

    a do sol "mulchin ra do s lheita u ementos de poeir antajoso erto de legumin

    spontane de plan enxuga

    o coiii g") i oio c ma la

    est a de

    man vege

    osas a res tas f o sol

    rest az pa om po voura rutur solo ter, tacao para ultan az pa o

    olhos. rar a eira d •f avor ais d seco f

    setnp (seoi

    enterr te da rar a

    estru evapora e solo ece o e o sol az para re que dotacoe ar em v existên evapora

    mes, cao.

  • -25-

    A própria rede feita con a charrua topeira descarrega a sua égua en valas confluindo no colector a jusante da aerobonba. Una drenagen senelhante deve realizar-se en prineiro lugar a nivel experinentali a duracao da vida destes furos na argila nontnorilonite (expansao e contraccao) e deiconhecida. Para prolongar esta duracao pode-ie experimontar con urn enchinento doe tubos de terra con areia grossa ou cascalho. 0 investinento para a instalacao de tubos de plastico ou outro naterial parece nao ser renunera-tivo.

    Observacao. E preciso acentuar que estas solucoes só sSo praticaveis para esta unica nachanba. Drenagen no colector deve evitar-se tanto quanto possivel. Cada dreno de una série de nachanbas con aerobonbas tornare a agua no colector a jusante delas mais salina.

    Una solucao alternativa pode ser.

    vi A construcao de un dreno independente, paralelo ao colector e situando-se entre o colector e o rio Linpopo. As valas de drenagen das nachanbas de una série de aerobonbas descarregan a sua agua neste dreno e este próprio descarrega no rio por neio duna conporta (narés e cheias).

    Inhanissa/Cooperativa de Marien Ngouabi

    IntroducSo

    0 local da aerobonba de Inhanissa vé-se na figura 1-2 e na napa no Anexo L e o planeanento da nachanba é aproxinadanente cono nostrado en figura 4-1.

    Da ref.[33i

    0 parcelanento da Inhanissa esta situado na nargen esquerda do rio Linpopo, entre as aluvioes argilosas da sua nargen, que se estenden por parte da vérzea, e as encostas das dunas arenosas, a nontante de Xai-Xai. 0 colector Unbépi e as valas prinarias e secundarias elininaran o aspecto pantanoso dos terrenos adjacentes a lagoa Inhanissa. Hé una conporta geral, a 700 n da foz do Unbépi, para inpedir as narés de entrar no parcelanento, e un descarregador, a nontante, para controlo do nivel de égua da lagoa.

    A figura 4-4 nostra as culturas no ano.

    4.2.2 A situacüo actual na Inhanissa (Agosto 1984)

    En Agosto de 1984 as valas no parcelanento da Inhanissa nïo funcioharan ben por falta de nanutencüo. As obras de arte construidas de nadeira deixaran de existir. 0 nivel do lencol freatico estava alto.

    A aerobonba do tipo CWD 2740 da nachanba de Marien Ngouabi nSo trabalhou en Agosto '84: o tanque de arnazenagen ten fendas e deixa passar a égua. Nesta época seca a nachanba nao foi regada, nas precipitacio ficou nos regos e cebola e repolho cultivaran-se. Nao houve nada senelhante a drenagen artificial.

    4.2

    4.2.1

  • -26-

    Culturas - operagöes cul turais Jan. ta M M

    Few. Margo *br . Mat o Jun. J u l . in »o m

    Ago. S e t . i a n u

    Out. Nov. Oez.

    Trigo ///, '///... ' M Milho / / / / / , '//.... . . . Milho / / / / / , '//.... . . . Feijao uiii...... 1—> ^ M Plantagao de bananeiras VXJtX rxn JPJfJ'J LimDeza de va las ÓJ J J

    Obs. Este harmonograma foi estabelecido para os primeiros anos de explora^ao das terras argilosas e sömente para aplicagao durante o tempo em que nao houver necessidade de pousio.

    Fiqura 4-4 Cronograma da explorac&o e da conservacSo do parcelamento de Inhamissa, terras argilosas.

    A comporta geral para impedir as marés de entrar o colector Umbapi funciona: o valor da CEar da agua do colector equivaleu 0,78 mS/cm e ten uma boa qualidade para fins de regadios. Houve pouco canico no leito.

    A tabela 4-4 e a figura 4-5 apresentam os valores médios da salinidade e sodicidade do solo da machamba (vede para pormenores o Anexo E ) . A textura é argilosa ate argila-arenosa. Os valores encontrados sSo cooparaveis com os da machamba de Coca Missava: este e n i g C1 2 5 5 1 f 1 C2"SS COffiO fSÏO S a l i R O s fSSS S Ó d i C S .

    Os valores da PST s&o mais elevados que em Coca Missava, o que explica a taxa de infiltracSo baixa medida nos sulcos: 0,002 m/dia. A taxa de infiltracao medida na superficie duma camalhao vale 0,105 m/dia. Neste caso a agua nao percorre o perfil para baixo raas sai lateralmente para o sulco pela estrutura ainda pior en baixo.

    profundidade classe de t ex tura CEe* inS/cm

    PH

    0 - 10 cm a rg i l a 1,4 6.6 20 - 30 cm a r g i l a 1.9 6,1 40 - 50 cm a rg i l a 2,"5 6,2

    100 - 110 cm a rg i l a 3,0 6,4

    Tabela 4-4 A textura, a CEe* e o pH das diferentes caoadas amostradas na machamba da Inhamissa (valores médios de 16 furos de sondagem, data: Agosto '84).

    A taxa de infiltracao de 0,002 m/dia nos sulcos significa que as dotacöes de agua de rega devem ser pequenas (alternativa: sulcos profundos) ou/e uma aptid&o do solo para a cultura de arroz alagado.

    Legenda

    Preparagao do terreno ///// Seroehteira Mondas ou sacha , , Colheita mmmm Plantacao de bananeiras xaxsy Limpeza de valas Jrf

  • -27-

    Todas as observacöes de par. 4.1.2 (Coca Missava) concernente a rega e drenagen aplicam-se a situacao na Inhamissa visto que as condicöes fisicas sendo compardveisi o nfvel do lencol freético Hcou a 0,9 in de profundidade, a CEas = 10,9 aiS/cm e a K média = 0,3 ra/dia.

    A conclusao é que existe uoa tendéncia para salinizacao e sodificacüo, aas, actualnente, a salinidade nSo é problematica.

    DistribuicSto da PST no perf il de Inhamissa

    Distribuic&o de cloreto no perfil de Inhanissa

    PST en 7. profundidade 0 _2___4 6__ 8 _10

    15.7 20.

    40.

    60.

    80.

    100.

    120

    7,3

    8,7

    10,9

    20.

    40.

    60.

    80.

    100.

    120

    0 1 2 p0,51

    CZ]0,96

    11.09

    me Cl-/100 g 3 de solo

    1,39

    Figura 4-5 A distribuicao da PST en %, e de cloreto en ne/100 g de solo no perfil do solo da nachanba da Inhamissa (valores médios. datai Agosto '84).

    4.2.3 Possibilidades de nelhoramento na Inhamissa

    Refere-se ao ponto 4.1.3 de Coca Missava para as nedidas possiveis. Só a nedida numero -i- é menos urgente. En Agosto '84, a qualidade da agua de rega no colector era mei hor e o leito do colector tinha nenos obstructies (ha urn passadico de madeira/penguela perto da nachanba).

    A possibi1idade de nelhorar a estrutura do solo (reducao da PST) pela substituicao do sódio adsorvido pelo calcio através da aplicacao de correctlvos qulnicos (vede a rei. [19]) é una solucao duvidosa pelos custos altos (preco e quantidades necessarias dos correctlvos e a profundidade das canadas com PST alta).

    4.3 Cooperativa de Voz da Frelimo

    4.3.1 Introducao

    Para o local da aerobonba da Cooperativa de Voz da Frelino (tipo CHD 2740) vede a napa no Anexo J. A nachanba esta situada na margem direita do rio Linpopo, a jusante de Xai-Xai e existe una influencia aunentada das narde con agua salina. Perto da aerobomba se cultiva bananeiras, abastecida de dgua doce pelo aquiferp das areias eólicas a pouca profundidade

  • -28-

    4.3.2 A situac&o actual na nachanba de Voz da Frelino (Agosto '84)

    0 planeanento da nachanba de Voz da Frelino e aproxinadanente cono se vè na fig. 4-1. A aerobonba esta colocada a cerca de 100 n do rio Lioipopo. 0 moinho de vento nao funcionout no dia de 31/08/'84 una asiostra da agua do colector con a nare alta teve una CEar de 27 mS/cm -inapta para a rega - e 1,0 mS/cn con a nare baixa. Nao ha una conporta na foz do colector para inpedir a entrada das nares. tabela 4-5 apresenta os efeitos das analises das anostras.

    A tabela 4-5 apresenta os efeitos das analises das anostras levantadas no canpo de Voz da Frelino (pornenores no Anexo E).

    profundidade classe de tex tura CEe* nS/cn

    pH

    0 - 10 cn argila 1,2 5,8 20 - 30 cn argila 2,7 5,7 40 - 50 cn argila 3,8 5,9 100 - 110 cn argi la 3,2 6,1

    Tabela 4-5 A textura, a CEe* e o pH das diferentes canadas anostradas na nachanba de Voz da Frelino (valores nedios de 8 sondagens, data: Agosto '84).

    0 valor medio da perneabilidade hidréulica é 0,7 n/dia, a profundidade do lencol freatico - 0,9 n. Os valores da CEe* s&o conparaveis con estes dos locais precedentes. A salinidade do solo provavelnente origina-se da agua subterra-nea (CEas » 6,7 mS/cm)i anteriornente nao havia agricultura regada. Nko ha dados para a calculacao da PST. 0 solo classifica-se como nio salino. Depois das chuvas no fin do mes de Agosto '84, o canpo estava encharcadoi a drenagen é na. A nachanba estava sem culturas.

    4.3.3 Possibilidades de nelhoranento na nachanba de Voz da Frelino

    Refere-se ao ponto 4.1.3 (Coca Missava) para as nedidas possiveis.

    Do valor da CEas é claro que é urgente de executar una barragen con conporta na foz do colector para inpedir as nares de entrar. E necessario cortar canico.

    A agua de drenagen superficial pode-se descarregar a jusahte deste noinho de ventot esta perto do rio.

    0 nivel relativanente baixo da toalha freatica a una profundidade de 0,9 m ten duas causas:

    - a vizinhanca do rioi drenagen natural durante a nare baixa - a perneabilidade hidréulica do subsolo (0,2 - 1,5 n/dia) é

    bastante alta.

    0 nivel da toalha freatica na area das bananeiras (que ten una tolerancia baixa a salihidade) na vizinhanca é senelhante ao da nachanba da Voz da Frelino e elas nüo sofren de salinidade pelo afluxo de agua n8o salina do aquifero.

  • -29-

    5. RESULTADOB NAS AREAS ESTUDADAS SEM M0INH03 DE VENTO

    As areas para a instalacSo de novas aerobonbas escolheran-se levando en consideracSo o vento, a qualidade da agua, a cooperacïo de canponeses e a drenabilidade do campo.

    5.1 A area junto das bordas do colector Lunane

    5.1.1 IntroducSo

    Una napa da area do colector Lumane esta apresentada na figura 5-1 (vede tanbén a napa no Anexo J).

    A parte ao noroeste do colector Lumane é nachongo do tipo turfoso e argiloso: solos pantanosos con grande acunulacao de detritos organicos. A vegetacao e formada pelo canico e papiro e outras Granineas, flora lenhosa falta actualmente. Zonas ha onde as cotas sao tao baixas que a agua pernanece nelas por vezes o ano inteiro. Pequenas parcelas de terra, próxino das dunas e das valas de drenagem sao cultivadas. A restante area forma una zona destlnada a pascigo. As valas de drenagem existentes sao obstruidas pela vegetacao.

    A parte ao sudeste do colector Lunane e nachongo do tipo argiloso forte. Zonas ha onde existem condicoes de encharcanento do terreno con uma vegetacao de canico, zonas com nelhor enxugo ten una vegetacao de capin: pastos, e zonas onde o colector efectua drenagen con parcelas de terra cultivada.

    5.1.2 Resultados e reconendacöes para a area do colector Lunane.

    Foran analisadas 160 anostras do autor e 231 anostras do Sr. lid o Boot do SR8L. Na tabela 5-1 est&o patentes os efeitos das anaiises das anostras da area ao noroeste do colector Lunane (pornenores no Anexo 6).

    Na base dos dados da tabela 5-1 classifican-se estes solos cono nïo salino; só os locais a 250 n do colector indican un solo salino. 0 valor do pH indica una fraca acidez nas canadas superficiais.

    Os locais de anostragen colocados a cerca de 1250 n do colector Lunane fican no sopé das encostas. Cono se pode esperar pela presenca da agua doce do aquifero, torna-se a salinizacSo nais alta quanto naior for a distancia das encostas. Pela drenagen do colector a terra nais pröxina do colector ten un nenor grau de salinizacao. A agua subterranea n3o é nuito salina (CEas = 1,8 - 2,2 nS/cn).

    Os valores da salinidade das canadas superficiais sao (naior que os das canadas nais profundas. Isso indica una ascensSo capilar e evaporacao da agua na superficie que deixa ficar os sais.

    A perneabi lidade hidraulica K (valor nédio de 12 medictses) 6 0,8 n/dia. Drenagen profunda con canais abertos para baixar o nivel do lencol freatico n3o é viêvel

    Reconenda-se a construcüo dun sistena de drenagen superficial e pouco profundo e a escolha das culturas con tolerancia a geralnente abundante disponibilidade de agua. A experiencia ten denonstrado que o arroz se desenvolve e produz ben; que o nilho ten dado producoes con quebras acentuadas; que o feijao produz razoavelnente; que a bananeira,

  • A localizacSo da area Lumane e os locais de amostragem. Desenho do autor a base da oapa do Beneficiamento da regi&o dó Baixo Limpopo. 1983.

  • -31-

    profundidade CEe* mS/cm

    PH

    0 - 10 cm 1,6 6.1 20 - 30 cm 1,7 6.6 40 - 50 cm 1,7 6,6 100 - 110 cm 1,1 7,0 I

    CEe* PH mS/cm

    1,6 6,3 1,5 6,4 1,6 6.6 1,2 7,0

    Tabela 5-1-a Tabela 5-1-b

    profundidade CEe* 1 mS/cm !

    20 cm 50 cm 100 cm

    4,4 ! 5.2 i 3.7 !

    CEe* mS/cm

    3,7 2,9 1,5

    CEe* mS/cm

    2,0 1.4 1,0

    Tabela 5-1-c Tabela 5-1-d Tabela 5-1-e

    Tabela 5-1. A profundidade, a CEe* e o pH das camadas dos furos de sondagem amostrados na area ao noroeste do colector Lumane

  • •32-

    Na tabela 5-2 estao patentes os efeitos das analises das anostras da area ao sudeste do colector Lunane.

    profundidade CEe* nS/cn

    PH

    0 - 10 co 5,0 6,3 20 - 30 cm 2,5 6,4 40 - 50 en 2,6 6,7 100 - 110 en 2,2 6,8

    CEe* ! PH mS/cin 1

    2,0 1 6,3 2,8 ! 6,5 3,3 ! 6,6 2,6 ! 6,8

    Tabela 5-2-a Tabela 5-2-b

    profundidade CEe* nS/cn

    20 en 50 en 100 cm

    3,9 5.2 5,2

    CEe* nS/cn

    5,0 8,2 8,7

    CEe* nS/cn

    5.3 8,5 7,3

    Tabela 5-2-c Tabela 5-2-d Tabela 5-2-e

    Tabela 5-2 A profundidade, a CEe* e o pH das canadas dos furos de sondagen anostrados na area ao sudeste do colector Lunane (pormenores no Anexo 6).

    5-2-a: Valores nédios de 15 locais colocados a + 20 n do colectori o nivel da agua subterranea ° 0,7 n j CEas » 3,4 nS/cn.

    5-2-bi Valores nédios de 9 locais a + 100 m do colectori o nivel da Agua subterranea ° 0,7 n \ CEAs • 4,3 mS/ciB.

    5-2-cs Valores nédios de 11 locais a + 250 n do colector. 5-2-d: Valores nédios de 10 locais a + 750 n do colector. 5-2-e: Valores nédios de 6 locais a + 1250 o do colector.

    A area a sudeste do colector Lunane classifica-se geralnente cono salino, especialnente as canadas a 0,5 - 1 n de profundidade. A salinidade aumenta con a distancia do colector. A distribuicSo da salinidade no perfil da superficie para baixo n&o indica una salinizac&o causada pela ascensao capilar do lencol freatico a 0,7 n. 0 pH indica una fraca acidez nas canadas superficiais.

    A CEas = 3,4 - 4,5 nS/cn, alta denais para agricultura set drenagen profunda e lavagen adequada. Os solos na parte norte da are» sudeste do colector, con una K= 0,4 n/dia (valor nédio de 10 medicöes) tém propriedades desfavoraveis para drenagen profunda.

    Na parte sul (nais perto do rio Lunane) os valores da K aunentan, e K= 2,0 n/dia (valor nédio de 9 medicöes**). A textura arenosa do aquifero a una profundidade de 1,5 até 2 n a baixo da superficie, con una espessura desconhecida (algunas netros), faz viavel una drenagen profunda con canais de drenagen abertos.

    «*0bs. Algunas das medicöes mostris ua valor nais baixo que o valor real pelo colapso do furro na terra arenosa durante o ensaio.

  • -33-

    A qualidade da agua de rega no colector Lumane é boa (0,76 fliS/cm) e depois da limpeza do colector e das valas na area parcelada a qualidade sera ainda mei hor.

    Recoaenda-se a escavac&o do colector do Chicumbane (ver figura 5-1) até una profundidade de 2 - 2,5 m. Este colector vai funcionar cono canal de drenagen principal para a area entre o colector/canal de rega principal Lunane e o dreno do Chicumbane que descarrega a agua de drenagen no rio Lumane. Desta naneira o colector Lumane nao tem una funcio tao de canal de rega cono de canal de drenagen. Na area con propriedades favoraveis para drenagen profunda poden-se cultivar culturas diversasj o resto só ten aptidïo para arroz alagado.

    Na figura 5-2 apresenta-se un plano para un projecto piloto con aerobombas para fins de regadios de culturas diversas na area sudeste do colector Lunane.

    9 terras altas arenosas W . l . l . ^ . l .1 i I • I il i 1 i l i \ i lil . 1,1,1

    canal de drenneein principal do Chicumbane

    Figura 5-2 Desenho do planeanento de urn projecto piloto para culturas regadas por noinhos de vento do tipo CWD 2740 na area sudeste do colector Lunane con uma rede de canais profundos para drenagen. Desenho do autor.

  • A.C.JULIUS NYERERE

    terras altas arenosas

    desegno do\ da napa do Benificianento da regièo do Baixo Limpopo, 1983 Escala 1:50 000 + = s l t i o de anostragen

    PLANICIE LABGUENE

    ^ * t a

    &t*

    Figura 5-3 A localizacSo da area perto da A.C. Julius Nverere e os locais de amostragem.

  • -35-

    COID a construcdo de drenos profundos aparece a necessidade da captacSo total da agua do aqulfero das areias eólicas para nao perder agua de boa qualidade nos drenos.

    5-2 A area de Julius Nyerere

    5-2-1 IntroducSo

    A localizacao da area do levantamento de solos perto da Aldeia Comunal de Julius Nyere vê-se na mapa no Anexo J e na figura 5-3. No sopé das encostas encontra-se uoia faixa estreita de machongps. Ha areas COR cotas baixas que ficam alagadas na época seca e muitos pocos de abastecimento de agua potavel. A distancia entre o machongo e o colector é cerca de 100 m, o solo é do tipo argila pesada. Nas machambas cultivam-se bananas, milho, batate doce, feijao, etc.

    A area do outro lado do colector tem pasto para pascigo.

    5-2-2 Resultados e recomendacöes para a area de Julius Nyerere

    Os efeitos das analises das amostras levantadas na area de Julius Nyerere estSo patentes na tabela 5-3 (pormenores no Anexo H). A textura varia de argila e argila arenosa perto do colector até areia no sopé das encostas.

    profundidade CEe*

  • -36-

    A taxa de infiltracao medida na area do machongo (tipo machongo: ver ponto 2.3.4) mediu-se a 4,3 cm/hora (muito rapido). A taxa de infiltracao na argila pesada é mais lenta.

    A permeabilidade hidraulica sendo muito baixa considerou-se como provavel que o fluxo subterraneo de agua é insignificante. 0 facto que a profundidade do colector nao chega a uma canada de areia e o valor da CE da agua suptèrranea = 2,2 mS/cm e da CE da agua do colector = 0,3 mS/cm confirma esta suposicao. A quantidade de agua correndo no colector (comprimento de 3 km) foi medida: é de 7,2 l/s (= 2,4 l/s/km de colector » 207 metros cubicos/dia/km) (Agosto '84, ao firn da época seca). Esta roedicao confirma a calculacao do ponto 4.1.2.

    Por consequència urn oioinho de vento do tipo CMD 2740 precisa aqui de pelo menos 0,16 km de colector para abastecer bastante agua para a rega de 1,5 ha de culturas (ETa = 71 mm nos 31 dias de Agosto = 34 metros cübicos/dia).

    Recomenda-se a construc&o dum canal compactado paralelo as encostas para a captacao da agua de rega no sopé das encostas. Pelas cotas altas do fundo deste canal é possivel regar a area até ao colector por gravidade, e torna-se desnecessério elevar a agua com a ajuda de (aero)bombas. 0 colector pode funcionar como dreno.

    A érea de Inhacutse

    5.3.1 Introducao

    A localizacao de Inhacutse ve-se na figura 5-4 e na mapa do Anexo J: a area estudada encontra-se entre o colector Nhancungo e as encostas. Aqui ha o machongo no seu tipo mais puro com acumulacSo progressiva dos restos de plantas: tem uma constituicao fundamentalmente organica. E uma area de agua estagnada e corrente.

    A veoetacao cujos restos formam esses depósitos é constituida por plantas como papiro, gramineas, e t c . por vezes em competicao com algumas especies de porte arbustivo e até arbóreo.

    Verifica-se urn aumento do grau de decomposicao dos restos da vegetacao com a profundidade, sendo os primeiros cm a partir da superflcie fundamentalmente constituidos por material organico ainda pouco alterado.

    Parte da area e parcelada por valinhas de drenagem de 0,6 m de profundidade. As terras com cotas altas e as parcelas tem culturas (mi 1ho e.o.).

    Na area estudada de 5 ha, houve 8 furos de sondagem até uma profundidade de 1.2 m. Corte geologico na ref. [101.

    5.3.2 Resultados e recomendacbes para a Area de Inhacutse

    A tabela 5-4 apresenta os efeitos das andlises das amostras levantadas na area de Inhacutse (pormenores no Anexo I).

  • -37-

    Figura 5-4 A localizacïo da area de amostragem ggrjtp de Inhacutse t ?4

    profundidade CEe* mS/cm

    0 - 10 cm 2,7 20 - 30 cm 2,6 40 - 50 cm 2,0 100 - 110 cm 1,1

    CEdr mS/cm

    0,7

    CEas mS/cf

    1,4

    Tabela 5-4 A CEe*, CEar e CEas em mS/cm das amostras da area de Inhacutse (valores médios de 8 sondagens, Agosto '84) (pormenores no Anexo I).

  • -38-

    A distribuit&o dos sais no perfil do solo pode ser causada por

    - ascensao capilar do lencol freatico (a 0,6 in) e evaporacSto da agua na superficie coa uo residuo de sais. Esta explicacao ê duvidosa, porque a ascensao capilar no solo arganico (com grande porosidade) provavelmente é muito reduzida. A camada superficial da machamba sendo muito seca também é uma indicacao para evaporacSto reduzida Cdustinulch", capa de poeira de solo);

    - as queimadas das ervas e restolhos antes da lavoura; as cinzas sao muito salinas.

    Nesta area nSto houve rega e nao ha necessidade de rega; as culturas e a vegetacSto natural utilizam a égua subterranea doce a pouca profundidade.

    Recoraenda-se a recuperacSto desta area pela extensSto da rede de drenos pouco profundos. Ja em 1950 -foi reconhecido que o cultivo do •achongo deve fazer-se cuidosamente (ref. [21).

  • -39-

    6 CONCLUSOES E RECOHENDACOES

    6.1 Conclusbes

    No aachongo do tipo argiloso forte na Area do Baixo Liapopo (Coca Hissava, Inhaaissa, A Voz da Freliao e Luaane sueste) aeroboabaa só Be devea utilizar para a rega da cultura de arroz alagado. A capacidade de drenagea da caaada superficial t auito fraca e a peraeabilidade do subsolo é auito baixa. A rega de outras cultures tart coao resultado uaa salinlzacio e sodificacfto do solo.

    A juncao de funcao de dreno e canal de rega dos colectores deve ser evitada.

    Na aaior parte da planjcie as condicbes hidrológicas sao dificeis e desfavoraveis para drenagea profunda co» un sistena de valas preciso para a prevencao de salinizacao (causada pela evaporacko da Agua do lencol freAtico a pouca profundidade). Só uaa parte da Area sueste do colector Luaane, perto do rio Luaane, tea propriedades favorAveis para drenagea profunda coa canais pela presenca de canadas arenosas a cerca de ua metro de profundidade.

    Os solos do tipo aachongo (Inhacutse, Luaane noroeste e A.C. Julius Nyerere tea aptidSo para culturas diversas por causa da peraeabilidade do solo (presenca de turfa). Por ua sisteaa de coaportas o lencol freético coa agua de boa qualidade fica suflciente alto para o abasteciaento da cultura coa Agua e a elevacAo da Agua por boabagea nio 6 precisa.

    0 aachongo do tipo arenoso e as dunas altas (eabora de baixa fertilidade) tea aaior aptidao para rega por causa da grande peraeabilidade: n&o precisaa de drenagea supleaentar. Por causa da cota alta e preciso de elevar a Agua de rega para as aachaobas por aeio de boabagea.

    Boabagea da Agua do aqutfero nos depositos eolicos por aeio de aoinhos de vento coa boabas adaptadas (Agua subtsrrtnea a grande profundidade) pode abastecer as aldeias nas dunas altas coa Agua para uso doaAstico.

  • -40-

    6.2 Reconendacöes

    - Corte do cani

  • REFERENCIAS. pag. -1-

    Rtferincias. literatura citada.

    No. Autor(es)

    [13 Heel. J. van. e Hassing, P., 1984

    [23 Bento rapido. H.F., 1990

    C31 Sousa Hontelro. J.F. de, e Fonseca. V.F. da. 19S2

    [43 Sousa Honteiro. J.F. de. 19SS

    [93 Sousa Honteiro. J.F. de. 1999

    [63 U8DA, 1994

    C73 Duchaufour. P., 1977

    C83 FAO, 1977

    [93 Bolt. 6.H., e Bruggenaert, H.8.H., 1976

    [103 SEHA. 1984

    [113 FAO. 1979

    [123 ILRI. 1979

    [133 FAO-UNESCO, 1974

    [143 FAO-Unesco, 1973

    [193 FAO-Unesco, 1989

    Tftulos. etc.

    Mindaills in 6aza Province. Hozaabique, a feasibility study. CWD, Aaersfoort, The Netherlands.

    Os "Hachongos" das regibes de Inharriae e Inhaabana (Separata do Docuaentario "Hocaabiqua" No. 62. de Junho de 1990.

    Breve Noticia sobre o resgate e parcela-aento do Hachongo da Inhaaissa. Iaprensa Nacional de Hocaabique, Lourenco Harques.

    Relatório sobre o Resgate dos "Hachongos11

    do Sul do Save. Referente a 31 de Oezeabro de 1933. Iaprensa Nacional de Hocaabique, Lourenco Harques.

    Relatório sobre o resgate dos "Hachongos" do Sul do Save. Referente a 31 de Dezeabro da 1997. Iaprensa Nacional de Hocaabique. Lourenco Harques.

    Handbook 60. L.A. Richards ed.

    Pedogenese e Classification, Hasson, Paris.

    Crop water requireaents. Irrigation and Drainage paper no. 24.

    Soil cheaistry A. Elsevier Scientific Publ. Co.. Aasterdae.

    Estudo de viabilidade na Eapresa Agraria de Xai-Xai.

    Soil survey investigations for irrigation. Soils bulletin 42.

    Drainage principles and applications. Publication No. 16. Nageningen, Holanda.

    Soil aap of the world, Vol. I.

    Irrigation, drainage k salinity, an international sourcebook, 910 pp., London Naterquallty for agricultura. FAO irrigation and drainage paper 29, Rav. 1, Rone.

  • REFERENCIAS. p«Q. -2-

    C16$ Sé e Helo Harques, A., 1972

    Cl/] Öorreia Soncalvts, 6.. 1972

    C18J Correia Boncalves. J., 1972

    [19] Konstapel, C D . , 1981

    É203 Faria da Fonseca. V., 1960

    Solos haloaórficosi PosicOes sisteadticas e critérios agrológicos. 0 haloaorfisao ei Hocaabique. Coaaunicacöes No. 72, HAM, Lourenco Harques.

    Solos haloadrficosi probleaas ttcnolögicos. Coaunicacöes No. 73, IIAH, Lourenco Harques.

    Solos haloaórficos: contribuicfto para o seu estudo tecnológico (ua caso concreto). Coaunicacöes No. 74, IIAH, Lourenco Harques.

    Probleaas de salinidade-sodicidade no Novo Regadio de Lionde- Nwachicoluane. Vale do rio Liapopo. INIA, SeccSo Pedologia, Maputo.

    Uaa visita de estudo a Israël. Aspectos agricolas e de hidraulica agricola. Edicao da Gazeta do Agricultor. série C, separatas No. 9, Lourenco Harques.

  • 6L0SSARI0, pag. -1-

    ad - agua de rega

    Adsorc&o - a concentrc&o alevada de oioléculas ou iöes nuaia superftcie en parttculas de solo, incluindo catiöes e aniöes trocaveis.

    ar - agua de rega

    Aquifero - una canada de terra perraedvel que pode ter agua no conjunto dela e pernitindo a passagen através dela. Se é linitado inferiormente por uma canada inperneavel, o aquifero funciona de reservatório de arnazenagen para agua subterranea.

    Artesiano: bacia artesiana - una bacia na qual un ou nais aquiferos est&o 1i mi tados por ei ma e por baixo de canadas inperneaveis. poco artesiano - urn poco abaixo dun aquifero nuna bacia artesiana. No caso da saida do poco ficando nun nlvel «ais baixo que o nlvel freatico dentro do aquifero en volta das nargens da bacia, a agua sobe no poco sob oressao hidrostatica.

    Bases de troca - as quantidades dos catiöes (Ca, Hg, Na, K, H, Al) que estSo adsorvidas no conplexo.

    "BulkdensitvVdensidade aparente - a razSo entre a nassa de solo sen agua e o volune da nassa (q/centinetro cübico).

    Cal - CaO. CaC0(3) ou CaOH(2), usado para enendar solos acidos ou sódicos.

    Capacidade de canpo, CC / "field capacitv, F C - o conteudo de hunidade do solo no canpo

    dois ou tres dias depois dun hunedecinento conpleto do perfil do solo (chuva ou rega), en X, base de peso seco, pF » 2,0.

    Capacidade de troca catiónica, CTC "cation exchange capacity, CEC" - a quantidade néxina de catiöes que o

    material pode reter sob a forna permutavelj expressa-se en nili-equivalentes por 100 g de fase sólida (me/100 g de solo).

    CatiSo trocavel - o catiao que esta adsorvido no conplexo de troca e que e capaz de troca com outros catiöes.

    Coeficiente de enurchinento pernanente. CEP/ "permanent wilting point, PHP" - a percentagen de hunidade do solo na

    qua), as plantas nurchan e nap conseguen a recuperar turgescencia.

    * Esta expressSo só pode ser utilizada para solos n&o salgados (X)..

    Conplexo de adsorcao/ conplexo de troca - os elenentos con superftcie-actividade nos solos

    (tanto organicos cono inorganicos).

  • GLOSSARIO. pag. -2-

    Conductividade electrica. CE/ "electrical conductivitv, EC" - os iOes dos sais tên una carga electrica

    e . da quantidade destes pode originar una conductividade electrica axprinlndo una indicacao da concentracio en equi-valentes. A medicao da CE faz-se de una naneira normalizada. en aili-Sleaens con una distancia entre os eléctrodos de 1 cm e una tenperatura de 25 graus C (nS/cm). 0 valor da CE indica a salini-dade total nuna solucïo. A salinidade dentro do solo varia con a hudiidade, oor isso deve-se nornalizar esta hunidade para quantificar e indicar a concentraeSo dos sais. Na deterainacïo da CE deve-se elaborar una pasta, das seguintes naneirasi . una pasta de saturacao, extracto ao

    vacuo (CEe): . pasta "dois e meia", quer dizer tantas gramas do solo e dois e neia vezes nais o peso de agua destilada {CE(1:2.5)>.

    Separando o extracto ao vacuo desta pasta. deternina-se a conductividade electrica dentro do liquido obtido. CEe* é o valor da CEe calculado con un multiplicador obtido pela nedic&o da CE(li2,5). ver o Anexo C.

    CMO - Consulting Services Mind Energy Developing Countries. Tipos de noinhoB de vento designados pelo CWDi CWD 2740, aeronotor con un rotor dun ditnetro de 2,0 ni CHD 5000, iden, 5,0 n.

    D - quantidade de égua (BB, ca ou n).

    DispersSo. solo dispersado - solo no qual a argila foraa una solucSo coloidal (sol). DispersSo e provocada pelo sódio no conplexo de adsorcao, os colóides do solo pernanecea desfloculados. e, consequentenente, o solo apresenta drenagea e arejanento deficientes. e una reducSo acentuada da oermeabilidade. A afectacSo depende tanbén da quantidade e qualidade dos colóides do solo. Assin. para o nesno nivel de sódio, os seus efeitos serSo tanto nais acentuados ouanto nais fina for a textura e nais expansiva a argila. Acrescente-se que, en solos afectados por sódio, os efeitos deste paden estar canuflados pela existencia de sais solüveis en quantidade apreciavel, o que faz con que as caracteristicas fisicas evidenciadas sejaa assaz próxinas das de un solo nSo sódico.

  • 6L0SSARI0, pao. -3-

    DPA - Direcca Provincial de Agricultura.

    Eficiencia de rega - a fracc&o de agua desviada duo rio ou outra fonte que se consome pela cultura, expressada ea XX. e-at "field application efficiency", a razao

    entre a agua utilizada pelas plantas e a agua fornecidaj incluindo percolacïo profunda e escoaaento superficial.

    e-c» "convevance efficiency", eficiencia nos canais de rega dentro dos conductores principale, desde a captacfto «té a aachaaba própria. Incluindo perdas de agua por causa de percolecao, evaporacao e a quantidade de agua que se eleva aciaa das bordas do canal.

    grau de saturacJto - a percentagem da capacidade de troca satisfeita por bases de troca (X).

    Ia - a quantidade de agua de rega necessaria para satisfazer a evapotranspiracao potencial (ËTp) da cultura, sen a necessidade de lavagea (aa/periodo).

    Ib - a quantidade de agua de rega precisa para satisfazer ETp. incluindo a necessidade de lavagein (aa/periodo).

    Ia(bruto) - quantidade de agua de rega precisa na saida da vala de rega (Ib «ais e-a) (aa/periodo).

    Eficiencia de lavagea, factor f - uaa parte f, eficiente na lavagee de sais, percola o solo; o resto, 1 - f, ineficiente, escoa directanente

    f através das grandes fissuras para o sistema de drenagen (-).

    Eólico - pertence aos efeitos do vento. Transporte e deposicao eólica oiode produzir dunas e loess.

    Evaporacto - Eoi evaporacSo conforme Penaan (an/periodo).

    Evapotranspiracto - ETi o uso consuaptivo da cultura

  • 6L0SSARI0, pag. -4-

    kg/ha - quilograaa por hectare.

    ffle/1 - oiliequivalente por litro.

    ng/1 - niligrana por litro.

    me/h - niliaetro por hora.

    nS/ca - niliSieaens por ca • dS/a - deciSienens por aetro.

    Lavagea/ "leaching" - o processo de reaocao de material soluvel pela passagea de

    agua através do solo. Necessidade de lavagea, N.L. / "leaching requirenent, L.R." a fraccao de agua entrando o solo que deve passar através da zona radicular para prevenir a excedencia dun valor especifico de salinidade (o nlvel depende da tolerancia a sais da cultura). A N.L. deve fornecer Agua acina da quan-tidade precisa para o uso consunptivo das plantas, ETp (aa/periodo).

    Percentagea de sódio trocavel - ver sódio trocavel.

    Percolacao profunda - aquêla parte da agua que pssss per ace 5c da gravidade para aléra da zona onde o sisteaa radi-cular da cultura a pode utilizar.

    pF - a curva do pF quantifica a X de agua do solo ea relacao a forca de ligacao existente entre esta e o solo, ou seja daqui 6 posslvel recolher inforaacbes relativamente a quantidade de agua que un solo e capaz de araazenar contra as forcas de gravidade.

    Peraeabilidade hidraulica - (cunductividade hidraulica)

  • GLQSSARIO. pag. -5-

    Saturacüo, percentage de saturacSo = PS/ "saturation percentage, SP - a percentages de huaidade da pasta saturada

    do solo. expressada na base do peso seco (X. pF = - ilinitada).

    8EHA - Sicrttariado de Estado de Hidraulica Agrlcola.

    Sodio trocAvel - percentagem de sódio trocével . PST/ "exchangeable todiua percentage, ESP" - o grau de saturacao do coaplexo

    de adsorcSo do solo con sódio (X).

    Solos sódicos - designasi -se por solos södicos ou afectados por sódio aquelas e

  • Anexo A. paq. -1-

    Classificacio t caracterlsticas dos solos afectados por sais (ref. [&]. C7], [16] e [17]).

    Classificaclo dos solos afectados por sais. de acordo coa as suas propriedades fisico-qufaicas (USSL).

    grupo da solos I conductividade I electrica do extracto I de saturacïo (CEe) I o I en mS/cm a 25 C

    X de södio da troca no coaplaxo de adsorcïo

    4

    > 4

    < 4

    < 15 X

    > 15 X •

    I > 15 X

    A. SOLOS SALINOS - NAO SODICOS (vulo. salinos)

    Os solos salinos - na-o sódicos contèa sais soldveis ea teores suficientenente elevados para interferirea no desenvolvinento da aaior parte das culturas. Quando estabelecida uaa drenagea adequada é oossivel a renoc&o de sais soldveis pela lavagem. Se a drenagea for iapraticavel. estes solos consideram-se nao recuperaveis. Dada a presenca de sais soldveis neutros, o valor do pH de tais solos e noraalaente lnferior a 8.5.

    B. SOLOS NAO SALINOS - SODICOS (vuig. sódicos)

    Nos solos nao salinos - sódicos, o sódio, no coaplaxo de adsorcSro. apresenta-ss en quantidades suficientes para interferir no desenvolvinento da aaior parte das culturas. Tal accto deve-sa essencialaente ao facto de os colóidas do solo peraanecerea desfloculados e, consequenteaente, o solo aprasentar drenagea e arejaaento deficientes, alêm de que os ioes de sódio acuapanhados de ua elevado pH, noraalaente entre 8,5 e 10, afectaa as plantas pelos efeitos tóxicos.

    A recuperacSo destes solos é dificili cuaulativaaente coa o probleaa da lavagea dos sais por causa da aa drenagen, persistea os problenas con a troca do sódio pelo calcio (Anexo N ) .

    C. SOLOS SALINOS - SODICOS

    Os solos salinos - sódicos apresentan alea do excesso de sais soldveis. uaa elevada percentagen de sódio de troca. Oferecea condicóes fisicas favoréveis. devido è accüo floculante dos sais soldveis. 0 pH raraaente é superior a 8,5.

  • Anexo A. pag. -2

    Lavagea dos sais coa agua de baixo teor salino altera ettet solos ea solos nïo salinos - sddicos. Os colóides desfloculaa. a peraeabilidade ê diainuida, alen de desenvolver una excessiva alcalinidade (pH elevado). Recuperacifo é possfveli lavagen cos ad i ca" o de gesso ou outros aateriais que fornecaa calcio soluvel (Anexo N).

    CLAS8IFICACA0 DO FAO

    Ref. C133• FAO-UNESCOi Hapa de solos do nundo, Vol. I. legenda.

    Fase salina

    A fase salina caracteriza os solos que, en alguns horizontes ate 100 co da superficie, aostran valores da CEe aais elevados que 4 «S/ca a 25 graus C.

    Salinizaciro nua solo pode oostrar variacöes nas estacOes do ano e pode flutuar ea conseguencia de praticas de irrigacSo. Ainda que a fase salina indicasse salinizacSo actual ou potencial, o efeito da salinidade varia auito coa o tipo de sais presentes. da peraeabilidade do solo, das condicoes relativo ao cliaa, e a espécie de culturas cuitivadas.

    Fase sddica

    A fase sódica caracteriza os solos que ten uaa percentagea de sódio trocével aais grande que 6 X (PST > 6 X) ea alguns horizontes até 100 ca da superficie.

  • Anexo B. pig. -1-

    A reaccïo da aaioria das culturas as condicöes salinas e/ou sodicas.

    Dapendente da concentracio dos sais na soluc&o do solo o efeito produzido poda aanifestar-se nuaa variacïo da anatoeia das plantas (a sallnidada induz a caracteristicas tlpicas da suculenciai o grau da sucultncia esta associado coa o grau de tolerancia aos sais na aesaa planta) att a aorta das plantas (ref. C13] a C163).

    Os factores liaitantas da existéncia das plantas aa solos salinos SIOI

    1. 0 efeito aais prejudicial é devido ao increnento da pressio osaótica da solucSo do solo. A elevada concentracSo de sais causa o iapediaento ou restricSro da absorcSro da égua, dando-se o que se pode chaaar secura fisiológica das plantas.

    2. Ua efeito tóxico especifico dos varios sais. Entre os aniOes na generalidade constata-se ua aaior efeito nocivo dos carbonatos. seguidaaenta dos cloretos e ea aenor grau dos sulfatos. Entre oa catibes consideraa-se. por ordea decrescente, o sódio, nagnésio e calcio.

    3. Efeitos ata antagonicos entre os varios sais, o que pode causar uaa escassez de ua ou aais iOes para as plantas.

    A tolerancia relativa das plantas vee indicado na tabela seguinte. Quando se pretende utilizar a tabela é iaportante releabrar que alguaas plantas sao especialaente aais sensiveis a salinidade durante certas fases do desenvolviaento e «ais tolerantes ea outras. A aaioria das culturas sfro aais sensiveis durante a polinizacto do qua aa outraa fases do desenvolviaento.

    Deterainadas priticas culturais pernitea que a culture sobreviva durante as fases de afniaa tolarincia aos sais. Un arrozal e, por vezes. drenado e regado novaaente, para baixar a salinidade durante a altura critica a sanslvel de pollnizacao.

    Tolerancia relativa ao sódio.

    A resposta por parte das plantas ao sódio de troca 6 afectada directaaente pelo efeito tóxico do próprio eleaento. no caso das plantas sensiveis. indirectaaente oela deterioracao estrutural dos solos n3o salinos - sódicos e ainda por efeitos na nutric&o da própria planta. As condicöes fisicas adversas restringeo a peraeabilidade e o arejaae