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Ano I - edição 3 - 2012
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Invasão estrangeIra
• Compras públicas: como vender para o governo?
• Boas vendas no setor automobilístico
• Caderno de Classificadosal
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Revista do aço – Ano I – Número 03 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.
Editor-chefe Marcelo Lopes ([email protected])
Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) ([email protected])
Projeto Editorial Revista do AÇO Projeto Gráfico Elbert Stein ([email protected])
Capa Elbert Stein Colaboradores desta edição Débora Patrícia Moreira, Gislaine Vicente, Laura Calado, Paulo Silva Sobrinho Imagem de capa sxc.hu e ilustração RA Cadastro Marcia Corazzim ([email protected])
Publicidade e Comercial Claudio Araújo – (11) 9 9943-4648 ([email protected])
Luiz Cortez – (11) 9 9125-8489 ([email protected]) Marcelo Lopes – (11) 9 7417-5433
Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda Tiragem 10.000 exemplares
Redação, Publicidade, Administração e Correspondência:
Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo
Cep: 04230-030 – SP – Brasil – Telefone: +55 (11) 2062-1231
A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos
As matérias assinadas são de inteira de responsabilidade dos autores e não expressam necessariamente a opinião da revista. As matérias
publicadas poderão ser reproduzidas, desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.
índiceNotícias do Aço .............................................................................................................................. 04Licitação Compras públicas: como vender para o governo? ...........................................12Técnica Corrosão de vergalhão ...............................................................................................18Óleo & Gás Petrobras participa da Protection Offshore 2012 ...............................................24Evento 23º Congresso do Aço ................................................................................................26Siderurgia ArcelorMittal destina aço verde a obra sustentável .........................................32Capa Invasão estrangeira .....................................................................................................34Gestão Vida digital facilita administração de empresas ................................................... 45Perfil Naturaço: empresa voltada ao cliente ..................................................................46Construção Civil Uso de Estruturas Tubulares .....................................................................................48Feira Mecânica 2012..............................................................................................................52Máquinas & Equipamentos Andorinha ......................................................................................................................58Mercado Boas vendas no setor automobilístico ..................................................................60Caderno de Classificados do Aço..........................................................................63
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4 • Revista do Aço
Fusão A danieli Centro Combustion s.p.A. adquiriu recentemente a olivotto Ferré s.p.A., uma das maiores especialistas em instalações de tratamen-to térmico de metais ferrosos e não ferrosos. A expectativa é que a fu-são de danieli Centro Combustion e Ferrè olivotto aument a gama de equipamentos e serviços oferecidos no mercado, entre eles:
■ Fornos de reaquecimento de produtos longos, planos e tubos (viga móvel, soleira móvel, empurrador, túnel com soleira de rolos, steckel, soleira rotativa, viga móvel para o aquecimento de tubos, fornos mandril bogie)
■ Tratamento térmico e instalações para têmpera (viga móvel, soleira com rolos, tipo sino, soleira bogie, fornos poço)
■ Fornos de recozimento para linhas de processamento de tiras (horizontal/vertical para CGL/CAL, seca-gem/cura para CCL)
A danieli Centro Combustion possui escritórios no mundo todo, incluindo a sede em Milão, e escritórios técnicos em Gênova, na Itália. A Centro Combustion Furnaces Pvt. Ltd., com sede em Pune, na Índia foi criada em 2007. A danieli Centro Combustion também possui uma filial em Pittsburgh, Estados Unidos (danieli Corporation). A olivotto-Ferré continuará a operar a partir de seus escritórios em Torino, Itália e também com o escritório localizado na cidade de são Paulo, Brasil.
A parceria com a olivotto-Ferrè transforma as duas empresas em uma nova força agora capaz de fornecer soluções turnkey globais para a faixa de mercado mais ampla possível na produção contínua, semicontí-nua e em bateladas.
Giulio Napoli, da Olivotto Ferrè e Stefano Deplano, da Danieli Combustion após assinarem o acordo
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BomBas suBmersíveisUm dos players na área de bombas e sistemas de bombeamento, a Grundfos aproveitou a Fenasan que aconteceu em são Paulo, no começo de agosto, para apresentar ao mercado o rotor s-tube dotado de um novo conceito hidráulico. Recém-lançado no mercado mundial, o produto equipa as bombas submersíveis das linhas s e sL. Fechado e de canal único, o rotor s-tube é indicado para o bombeamento de efluentes e resíduos. Graças aos novos design de rotor e da voluta, a operação é feita suavemente desde a sucção ao recalque, sem obstruções de sólidos em suspensão. o índice de eficiência do rotor s-tube atinge 84% e não comprome-te a passagem livre de sólidos com diâmetros de até 160 mm. domingos Alves, gerente nacional de vendas da Grundfos, afirma que no bombeamento de águas residuais o novo rotor s-tube proporciona aumento da eficiência, redução de gas-tos com perdas no processo, diminuição do consumo de energia elétrica, bem como dos níveis de ruído e da vibração, além da ausência de entupimentos. ¨são atributos que evitam a necessidade de intervenções na bomba¨, diz.
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Portal de integraçãoA partir de 22 de agosto, empresas nacionais e inter-nacionais, representantes comerciais e vendedores autônomos, trades, importadoras, distribuidores e atacadistas estarão todos conectados em uma rede profissional de desenvolvimento de novos negócios. É o Portarc (www.portaldaareacomercial.com.br) que será o principal polo de Integração da área comercial no Brasil. Constituído de uma equipe de profissionais com larga experiência no setor comercial, o portal dis-ponibilizará um banco de dados atualizado com pro-fissionais específicos para a área comercial, represen-tantes comerciais, com registros no sircesp e Corcesp, e vendedores autônomos devidamente legalizados. Possuindo modernos filtros de triagem que possibili-tam a seleção de profissionais de forma focada, segu-ra e sem desperdício de tempo, assegurando a contra-tação e reposição de profissionais quando necessária. Com um cadastro inicial atualizado de mais de 10.000 representantes comerciais e vendedores autôno-mos no Estado de são Paulo, divididos em regiões e cobrindo assim todas as cidades do estado, em um futuro breve disponibili-zará cadastros de repre-sentantes comerciais em todo Brasil.
alcoa investe em santa catarinaFranklin L. Feder, presidente da Alcoa América Latina e Caribe, anunciou ao governador de santa Catarina, Raimundo Colombo, que a companhia pretende fa-zer investimentos em curto e médio prazos da ordem de R$ 40 milhões. Em curto prazo será implementada uma nova prensa industrial, que permitirá um acrésci-mo mensal na produção de 800 toneladas e a criação de 60 postos de trabalho diretos e outros 220 indire-tos. No médio prazo haverá instalação de mais uma prensa. A Alcoa aplicará ainda R$ 2 milhões para a criação do Centro de Educação e Preservação da Na-tureza (CECN), que além de preservar a biodiversidade em área de 37 hectares, será usado para a realização de visitas e atividades de educação ambiental da co-munidade local. Além da unidade fabril em Tubarão, a empresa possui no Estado um centro administrativo, participação acionária em duas usinas hidrelétricas em operação, Machadinho e Barra Grande, que juntos ge-ram cerca de 1,5 mil empregos diretos e indiretos . A companhia investe ainda em proje-tos comunitários na região, que be-neficiaram cerca de 88 mil pessoas no ano passado.
Informações: www.alcoa.com.br.
PerFis soldados A divisão de perfis soldados da empresa FAM Cons-truções Metálicas Pesadas Ltda, fabrica os perfis H. e I – séries Cs, CVs, Vs - até 2.500 mm de altura x até 1000 mm de largura de aba. A empresa é certifi-cada pela norma Iso 9001/2008 e também pela Pe-trobras através do CRCC. A fabricação pode ser sob desenho (P.s.) ou de acordo com a norma NBR 5884.
Informações:
www.perfilsoldado.com.br
Tel.: (11) 4538-7848/4894-8033
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vale mantém Piso do minérioNo final do mês de junho, a companhia Vale avaliou que a China, o maior mercado para o seu principal produto, o minério de ferro, terá um crescimento sustentado. Com isso, a companhia reafirmou a previsão de piso para o preço da commodity a des-peito da crise internacional. o preço do minério de ferro não será menor que 120 dólares a tonelada, segundo declaração do diretor financeiro da mi-neradora, Tito Martins. A Vale é a maior produtor global de minério de ferro, enquanto a China é a maior importadora mundial do produto.
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indústria nacional do coBre cai 22,2%A balança comercial da indústria do cobre, con-dutores elétricos e produtos semimanufaturados apresenta sinais de recuperação nos primeiros quatro meses de 2012 e, mesmo fechando no vermelho, os resultados são positivos. de acordo com um levantamento realizado pelo sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de são Paulo (sindicel), de janeiro a abril, o déficit re-gistrado é de Us$ 137,4 milhões. o saldo negativo, no entanto, é 22,2% menor do que o registrado no mesmo período de 2011, quando chegou aos Us$ 176,7 milhões.
de acordo com o estudo, as exportações apresen-taram um crescimento considerável e chegaram aos Us$ 231,7 milhões. No mesmo período de 2011, o número era de Us$ 199,4 milhões. Índice que representa um aumento de 16,1%. Já as im-portações, mantêm o ritmo dos quatro primeiros meses do ano passado ao atingirem Us$ 369,1 milhões.
conversão de Fornos industriaiso Grupo Combustol & Metalpó fechou parceria com a Aperam para converter fornos para gás natural. Além dos benefícios ambientais como a redução da emissão de carbono, os novos fornos têm como objetivo tornar a produção mais sim-ples e competitiva no mercado. Além do projeto de migração, o grupo implantou uma linha piloto de fornos de recozimento, descarbonetação e ni-tretação no centro de pesquisas da empresa para o desenvolvimento de novos processos de produ-ção de aço elétrico de grão orientado - material que possui excelentes propriedades magnéticas, capazes de garantir maior eficiência dos equi-pamentos elétricos e economia de energia. Com capacidade para operar com temperaturas de 1000ºC-75kW, os fornos são utilizados para trata-mento térmico de tiras de Aço silício. Com a conversão da matriz energética, a produção torna-se mais simples e mais competitiva. “o Gás Natural é 34% mais barato que o GLP (gás liquefeito de Petróleo), o que proporciona uma economia anual de cerca de Us$ 20 milhões. os ganhos ambientais também são grandes, pois há uma diminuição da emissão de Co2 em 37 mil toneladas por ano”, comenta o diretor da Aperam, Marcos Antonio Araújo.
www.combustol.com.br
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assemBleia geral da vallourec aPro-va nome de Brasileiro no conselho de administração
A Assembleia Geral ordinária e Extraordinária da Vallourec que aconteceu em maio aceitou as nomeações de olivier Bazil e do brasileiro José Carlos Grubisich, como membros do Conselho de Administração por um período de quatro anos. os dois são membros independentes, confor-me definido pelo código francês de governança corporativa AFEP-MEdEF. Para Jean-Paul Parayre, presidente do Conselho de Administração da Vallourec, “olivier Bazil e José Carlos Grubisich são profissionais com experiências profissionais internacionais e diversificadas que chegaram a um alto nível de responsabilidade nas empresas em que construíram suas carreiras. seu profundo conhecimento do setor, experiência empresarial e perfis internacionais contribuirão para a qualidade do trabalho e da governança do Conselho de Admi-nistração da Vallourec”.
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riBeirão Pires receBerá rodada Para negócios em agostoEmpresários interessados em participar do evento devem fazer pré-inscrição no site da Rodada até 30 de julho
Ribeirão Pires receberá no mês de agosto importante ação para aquecer a economia da cidade. No dia 23 será realizada a Rodada para Negócios, evento que reunirá indústrias, comércios e serviços no Ribeirão Pires Futebol Clube para abrir o leque de contatos e criar entre os participantes novas oportunidades de negócios.
sete grandes empresas – chamadas de empresas-âncora – terão postos fixos durante a Rodada. As âncoras estarão divididas em sete mesas, por onde passarão outras 49 pequenas e médias empresas dos setores da indústria, comércio e serviços, também separadas em sete grupos.
Em cada rodada, os pequenos e médios empresários apresentarão seus produtos e serviços para as empre-sas âncoras e aos outros participantes. Cada um terá um minuto para se apresentar em cada mesa. Ao final de todas as apresentações, os participantes trocam de mesa, conhecendo novas empresas a cada rodada – serão sete no total. o tempo será mediado por coordenadores – haverá um em cada mesa.
Participante de Rodadas de Negócio em cidades como são Bernardo do Campo e Campinas, o empresário Ernesto Pacheco Moniz, sócio-proprietário da Indústria e Comércio Metalúrgica Moniz, considera a ação importante para que as empresas da cidade se conheçam. “Alguns empresários do município não conhecem nosso trabalho, na área de usinagem, e buscam empresas de fora. A troca de contato e informações é de extrema importância para os negócios na cidade”, opinou Moniz.
“Esse é o primeiro passo que damos no sentido de formar uma rede de negócios e contribuir para que a cidade comece a se conhecer coorporativamente. Além disso, com a participação de empresas-âncora de fora da cidade, Ribeirão Pires se coloca no cenário regional com empresas que possuem estrutura e boas oportunidades”, afir-mou o secretário-adjunto de desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Marcelo Liochi.
Empresários interessados em participar da Rodada para Negócios devem fazer pré-inscrição até o dia 30 de julho pelo site www.ribeiraopires.portalparanegocios.com.br. Até o momento, já há 58 empresas pré--inscritas. A seleção dos participantes será feita através de cruzamento de oferta e necessidade de produtos e serviços no evento.
de acordo com o secretário de desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Marcelo dantas Fonseca, a Rodada de Negócios é mais uma ação para fomentar e fortalecer a economia local. “somada a outras ações, como as orientações e apoio aos empreendedores e até mesmo a intermediação entre empregadores e moradores em busca de emprego, pretendemos manter a economia aquecida na cidade”, afirmou dantas.
A Rodada para Negócios de Ribeirão Pires será realizada pela Prefeitura e pela Associação Comercial, Indus-trial e Agrícola de Ribeirão Pires, em parceria com a oBd Eventos. o sEBRAE são Paulo, a CIEsP santo André, Mastermind, Ribeirão Pires Futebol Clube e ACIARP TV apóiam o evento.
siderurgia deve ter caPacidade ins-talada de 55 mi de t
o recém-empossado presidente do Conselho diretor do Instituto Aço Brasil (IABr), Albano Chagas Vieira, disse que a capacidade instalada do setor siderúrgico no Brasil deverá alcançar 55 milhões de toneladas em 2016, após inves-timentos que deverão somar Us$ 16 bilhões. Atualmente a capacidade instalada brasileira é de 48 milhões de toneladas anuais. segundo o executivo, a ociosidade da capacidade mundial, estimada em 20%, preocupa
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Cerimônia de posse.
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veolia Water Brasil na Fenasan 2012divisão de água da multinacional francesa Veolia Environnement, a Veolia Water Brasil participará da Feira Nacional de saneamento e Meio Ambiente (Fenasan) soluções tecnológicas para tratamento de água, efluentes líquidos e reuso que acontece entre os dias 6 e 8 de agosto, no Expo Center Norte, em são Paulo. dentre as tecnologias aplicadas ao trata-mento de água, efluentes e reúso, a Veolia Water Bra-sil evidenciará os processos físico-químicos de alta--taxas Actiflo® e Multiflo®, com ampla aplicação em sistemas industriais e municipais. “Nossa expectativa é fortalecer a presença da Veolia Water no mercado brasileiro, sendo que a Fenasan é uma ótima opor-tunidade, uma vez que fornecemos soluções para instituições privadas e públicas. Esperamos estreitar relacionamento com nossos atuais clientes e expan-dir novos negócios”, afirma Joelcio saturnino, geren-te de desenvolvimento de Negócios da Veolia Water solutions & Technologies.
senai Fecha acordo com mito serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial (senai) assinou um acordo de coopera-ção industrial com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) para operação dos 23 institutos de novação que serão instalados até 2014. A instituição norte-americana, con-siderada uma das melhores do mundo em tecnologia, dará apoio ao senai com inter-câmbio, seminários e pesquisas conjuntas na elaboração dos projetos de implantação das unidades.
Com este acordo, firmado pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e pelo repre-sentante do MIT para o Brasil, Anthony Knopp o senai atuará como ponte na colaboração do MIT com a indústria brasileira. A institui-ção dos Estados Unidos dará suporte tanto na capacitação de professores e técnicos quanto no desenvolvimento de soluções para o se-tor produtivo nacional. o investimento na parceria será de Us$ 180 mil anuais, recursos que serão utilizados, inclusive, no intercâm-bio de profissionais. os 23 Institutos senai de inovação atuarão em pesquisas aplicadas com base nas necessidades da indústria em oito áreas estratégicas – produção, materiais e componentes, engenharia de superfícies, microeletrônica, tecnologia da comunicação e da informação, tecnologia da construção, energia e defesa.
Além do apoio do MIT, o senai fechou parce-ria com objetivo semelhante com a socieda-de Fraunhofer, da Alemanha.
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açoBril em novo endereço A empresa AÇoBRIL acabou de se mudar para uma nova planta, com uma área fabril mais ampla, melhor estruturada e equipada. Com esta transferência de local a empresa ganhou mais agilidade em seus processos nos serviços de corte em oxicorte e plasma com siste-mas modernos de cnc, além de cortes em serra de fita, além das já tradicionais linhas de distribuição de Cha-pas Grossas e Extragrossas, Perfis Laminados I, H e U e na fabricação de Perfis soldados.
A logística também foi um dos pontos principais para a escolha desta planta, pois agiliza e traz mais fluidez a lo-gística de entrega e recebimento, por estar na Rodovia Fernão dias e próxima da dutra, Airton senna.
Para maiores informações: www.acobril.com.br
Telefone (11) 2207 6700
Rodovia Fernão dias, Km 86, nº 14.591
Cep 02283 000, são Paulo, sP
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Compras públicas: como vender para o governo?Como a máquina públiCa adquire produtos e serviços para manutenção da ordem soCial? por meio do proCesso de liCitação(*)Débora Patrícia Moreira
Ogoverno é formado por
administração direta, fun-
dos especiais, autarquias, fundações
públicas, empresas públicas, socieda-
des de economia mista e demais en-
tidades. Estes órgãos são controlados
direta ou indiretamente pela União,
Estados, distrito Federal e Municípios
que precisam comprar produtos e ser-
viços para viabiizar a administração
pública em todas as suas esferas.
Por que o empresário teme
vender para o governo brasileiro?
ocorre que antes da Lei Comple-
mentar 101/00 – Lei de Responsabili-
dade Fiscal e Lei nº 4.320/64, os forne-
cedores temiam vender para o gover-
no devido a atrasos de pagamento e,
muitas vezes, até do não pagamento,
o que significava grandes perdas, pois
não se podia ter a certeza do adimple-
mento da despesa pública.
A boa notícia é que esta fase de
venda de risco passou, haja vista que
por força das leis anteriormente cita-
das, o governo tem por obrigatorieda-
de o pagamento ao fornecedor, através
do empenho. “o empenho da despesa
é o ato emanado de autoridade com-
petente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento pendente ou não
de implemento de condição” (Art. 58
da Lei 4.320/64), incorrendo inclusive
o administrador em responder penal-
mente pelo não adimplemento.
O que é licitação?
Licitação é a maneira pela qual a
administração pública pode adqui-
rir bens e serviços, visando selecio-
nar a proposta mais vantajosa para o
contrato de seu interesse. Para tanto,
deve obedecer a uma sucessão orde-
nada de atos (artigo 3° da Lei Federal n°
8.666/93). Pode-se dizer que o governo
compra e contrata serviços conforme
as regras de lei, deste modo a licita-
ção é um processo formal onde há
a competição entre os interessados/
proponentes. Atualmente, qualquer
empresa pode participar de uma lici-
tação. Assim, é importante saber como
funciona a licitação pública no Brasil.
Quem participa?
As empresas que fornecem ao
governo em todas as esferas vêm au-
mentando significativamente, pois
quanto maior o número de fornece-
dores, maior é a competição entre os
proponentes e os valores fechados
no contrato serão menores, o que
gera economia ao erário público.
Participação da micro e peque-
na empresa no mercado. Registra-se
ainda que as pequenas empresas têm
muita força nas vendas ao governo.
Esse não é um filão de mercado desti-
nado exclusivamente a fornecedores
de grande porte. A Lei Geral para Mi-
cro e Pequenas Empresas trouxe uma
série de vantagens, entre as facilida-
des, está a exclusividade de participa-
ção das micro e pequenas empresas
em licitações de pequeno valor.
A participação só tende a crescer
nos próximos anos já que sua impor-
tância é cada vez mais reconhecida
com o crescimento de modalidades
de licitação. o pregão, por exemplo,
que é um processo menos burocráti-
co e mais rápido, fornece a participa-
ção de empresas menores, e é possí-
vel que elas conquistem um espaço
maior nas licitações do poder público.
Como se inicia uma licitação?
Primeiramente deve haver uma ne-
cessidade da administração pública e,
por isso, inicia o planejamento do que
e como contratar e comprar, denomi-
nada fase interna. A fase externa inicia
com a publicação da licitação em sites
do próprio governo, nos sites especiali-
zados e no diário oficial, ou seja, dá-se
o conhecimento ao público. E termina
com o objetivo central, o contrato. Nes-
sa fase cabe à contratada executar e à
administração, fiscalizar essa execução.
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Fases do Procedimento
• Só participarão da 2ª fase as empresas habilitadas na fase documental.• Haverá o julgamento das propostas dos licitantes habilidados.• Na modalidade pregão há inversão das fases.
Primeiramente são abertos os envelopes das propostas comerciais e depois de vencida a etapa de lances é aberto o envelope de habilitação.
2ª Fase classiFicação
• Análise dos documentos exigidos no edital (ato convocatório).• Na modalidade Carta Convite, os documentos e propostas podem ser entregues em um único
envelope devidamente identificado com o nome da empresa, CNPJ, e dados do processo lici-tatório.
1ª Fase haBilitação
AdjudicaçãoEfetivação do licitante vencedor
HomologaçãoA autoridade superior ratifica (con-
firma) todo o processo licitarório.
Empenho e contratação
Elaboração do editalPublicação do Edital
Escolha da modalidade de licitação: Eletrônico ou Presencial
Eletrônico:Presencial:
Entrega dos documentos (Envelope 1) e propostas (Envelope 2)
Cadastramento da Proposta no site especificado no edital e efetiva
particpação na fase de lances
Abertura dos envelopes
Abertura do processo administrativoFase interna ao qual a área demandante do órgão faz pedido com da descrição do objeto que se pretende contratar
Pesquisa de mercado, denominada estimativa de preços, sendo realizada a média dos valores encontrados para definição do preço e, consequentemente, a reserva de recursos
licitação
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O que assegura que todos os participantes de um processo licitatório estarão em pé de igualdade?
serão os princípios da Administração Pública:
Princípios
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
A administração somente pode fazer o que a lei determina ou permite
Tratamento igual aos fornecedores
A atuação da administração deve seguir os padrões éticos, com lealdade, honestidade, boa fé e probidade.
Ampla divulgação de TODOS os atos do processo licitatório
Otimização da atuação nas compras
Todov processo licitatório não poderá ser realizado aleatoriamente. A administração somente poderá fazer o
que a lei determinar ou permitir, dentro das seguintes esferas:
Lei 8.666/93Lei 10.520/02Lei Geral 123
Decretos e Regulamentos
Constituição Federal
Leis Federais
Quais as modalidades e tipos de licitação?
o que define a escolha da modalidade e do tipo de licitação é a compra a ser realizada e o valor de bens a serem
adquiridos. Alguns produtos ou serviços só podem ser adquiridos por uma modalidade específica, enquanto outros
podem ser comparados por diferentes sistemas.
A Lei Nacional de Licitações estabeleceu cinco mo-
dalidades de licitação que podem ser utilizadas pelos
órgãos públicos: a concorrência, a tomada de preços, o
convite, o concurso e o leilão (para venda a terceiros de
mercadorias que não servem mais). o pregão é uma
nova modalidade de licitação, instituída em 2000 e a
única com legislação específica Lei 10.520/02.
Concorrência
Tomada de Preços
Concurso
Convite
Leilão
Pregão
Lei 8.666/1993
Lei 10.520/2002
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modalidade de licitação Principais características obras e serviços
de engenhariacompras e
outros serviços
concorrência
Modalidade mais ampla, pois permite a participação de qualquer empresa interes-sada, desde que cumpra os requisitos do ato convocatório (edital). É utilizada para comprar de maior valor, para obras e serviços, e para licitações internacionais.Prazo para publicação do edital, em regra, 30 dias
Acima de R$ 1.500.000,00
Acima de R$ 650.000,00
tomada de
Preços
Utilizada para a compra de bens e serviços de empresas já cadastradas na administração pública.Prazo para publicação do edital, quanto for tipo melhor técnica ou melhor técnica e preço, 30 dias. Caso não seja estes tipo ou for leilão o prazo será de 15 dias.
Até R$ 1.500.000,00
Até R$ 1.500.000,00
convite
É utilizado para compras de pequeno valor, mais destinadas às microem-presas, em que os órgãos públicos convidam pelo menos três empresas for-necedoras a participar do processo licitatório.Prazo para publicação do edital, que se dará via mural dos órgãos públicos, será de 5 dias úteis.
Até R$ 150.000,00 Até 80.000,00
dispensa de licitação
Ocorre quando, embora viável a competição, sua realização mostra-se con-trária ao interesse público, art. 24, Lei. 8.666/93 Até R$ 15.000,00 Até R$ 8.000,00
concurso É a modalidade destinada à contratação de trabalhos intelectuais, técnicos e artísticos. Prazo para publicação do edital, 45 dias.
Pregão
Criada em 2000, possui procedimentos ainda mais simples, usada para a compra de bens e serviços comuns no mercado. Seu procedimento é mais célere, na forma de pregão eletrônico e presencial.Prazo para publicação do edital 8 dias úteis.
leilão Quando a administração pública quer vender a participantes produtos que não lhe servem mais.
os tipos de licitação são quatro: menor preço, melhor técnica, melhor técnica e preço e maior lance ou oferta (este
último sendo utilizado apenas em leilões). o tipo de licitação mais usual é a do menor preço, que funciona como regra
geral para as compras dos órgãos públicos.
as PrinciPais diFerenças entre os tiPos de licitação
menor preço Principal objetivo da administração pública é comprar pelo menor preço. O critério básico e mais adotado em qualquer licitação, inclusive o pregão. Vence quem apresentar o menor preço entre os proponentes.
melhor técnica É usado quando o bem ou serviço a ser adquirido pela administração pública é específico e não pode ser avali-ado apenas pelo preço, como no caso de trabalhos intelectuais, por exemplo.
técnica e Preço É o critério que alia os dois tipos de licitação anteriores, levando em conta a técnica para pontuação do licitante.
licitação
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O que é um edital?
o edital contém todos os requisi-
tos para participar da licitação. Nele
deverá conter o objeto da lictação,
em descrição clara e sucinta, número
de ordem, órgão ou repartição lici-
tante, modalidade e tipo de licitação,
local, dia e horário para entrega dos
envelopes ou cadastramento das
propostas nos casos de pregões ele-
trônicos.
É de suma importância, que um
dos primeiros passos é avaliar se
objeto social de sua empresa está
em consonância com o item a ser
licitado. o segundo é avaliar se a
empresa possui estoque ou estru-
tura para atender determinado
objeto (produto ou serviço). E o
terceiro passo é providenciar toda
a documentação exigida no item
habilitação do edital, para efetiva
participação.
Quais os documentos necessá-
rios para habilitação?
• Habilitação Jurídica (artigo 28)
• Regularidade Fiscal (artigo 29)
• Qualificação Técnica (artigo 30)
• Qualificação Econômico-Finan-
ceira (artigo 31)
• Regularidade perante o Ministé-
rio do Trabalho (artigo 27 inciso
V – Lei 9.854/99)
Boa parte dos documentos pode
ser obtida por download na internet.
Como cadastrar-se?
Para participar das licitações é
preciso efetuar seu cadastro, nos ca-
sos de pregões eletrônicos ou apre-
sentar os documentos no envelope
de habilitação nos casos dos pregões
presenciais.
Recorrentemente estes cadas-
tros são denominados como CRC
– Certificado de Registro Cadas-
tral, CRF – Certificado de Registro
de Fornecedores, CR Certificado
de Registro e CRCC para o caso da
Petrobrás.
Já o Governo Federal criou o
sistema Integrado de Cadastro de
Fornecedores (sicaf ) para unificar
um único cadastro para todas as
suas unidades licitantes no País.
o sicaf constitui o registro cadas-
tral do Poder Executivo Federal e
é mantido pelos órgãos e entida-
des que compõem o sistema de
serviços Gerais (sIsG), decretos
nº 1.094, de 23 de março de 1994
e nº 4.485, de 25 de novembro de
2002. o cadastramento no sicaf é
realizado sem ônus, em qualquer
Unidade Cadastradora (UAsG) lo-
calizada nas diversas unidades da
Federação. o acesso a todas as
informações estão disponíveis no
portal ComprasNet, no sítio eletrô-
nico www.comprasnet.gov.br.
o cadastro efetuado em uma das
unidades de sua região tem validade
de um ano e passa a ser consultado
on-line para confirmar se sua empre-
sa está com o sicaf atualizado. Ape-
nas as certidões negativas devem
sempre ser atualizadas conforme sua
validade.
outro cadastro unificado muito
importante é o do governo do es-
tado de são Paulo, o Cadastro Uni-
ficado de Fornecedores do Estado
de são Paulo (Caufesp). o acesso é
feito pelo portal www.bec.sp.gov.
br – opção Caufesp e sua utilização
é obrigatória para a administração
pública do estado de são Paulo.
Ainda tem o cadastro perante o
site do Banco do Brasil. Pelo portal,
os entes compradores já contrata-
ram mais de R$ 84 bilhões, nos 330
mil processos licitatórios concluídos.
diariamente, centenas de novas li-
citações são abertas e disputadas,
numa estrutura pautada pela trans-
parência, lisura e igualdade de con-
dições para todos. Para esse cadastro
existe uma taxa que poderá ser afe-
rida no link: http://www.licitacoes-e.
com.br/aop/index.jsp
Por fim não podemos deixar de
citar o cadastro da Petrobras que
mantém um sistema de cadastro
de fornecedores de bens e serviços
cuja finalidade é permitir a avaliação
prévia das empresas que pretendem
participar dos processos de aquisi-
ção.
o primeiro passo para negociar
com a Petrobras é cadastrar-se. As-
sim, sua empresa poderá compro-
var aptidão para participar de lici-
tações e processos de contratação.
As empresas interessadas po-
dem inscrever-se no cadastro de
fornecedores de bens e serviços
da Petrobras de acordo com a atu-
ação e porte da empresa, compre-
endendo as etapas de avaliação
nos critérios definidos pela Petro-
bras. A escolha dos itens de forne-
cimento, sendo estes bens ou ser-
viços, completos ou simplificados,
define se a empresa fará parte do
Cadastro Corporativo e/ou Regis-
tro simplificado. http://www.pe-
tronect.com.br
licitação
Revista do Aço • 17
Quais os benefícios?
A atual gestão federal incentiva
a participação dessas entidades, fa-
zendo surgir um mercado promissor
para elas. Por outro lado, grandes
empresas que até então não parti-
cipava das licitações – ou por pro-
blemas fiscais ou por julgarem que
licitação não vale a pena – estão mu-
dando de ideia. Com os programas
de parcelamento de débitos fiscais
criados pelo governo federal nos úl-
timos anos, várias empresas que até
então não estavam aptas a vender
ao governo, agora podem participar
legalmente.
A demanda do governo é enor-
me e ele é o maior comprador do
País. Estima-se mais de 700 bilhões
de reais por ano. o governo compra
e contrata de tudo, de uma obra a
materiais, de papel a alimentos, de
limpeza a ferroviários, de saúde a
transportes, de confecções a mó-
veis, de veterinários a navios, de
informática a eventos, de químicos
a consultoria, de segurança a paisa-
gismo…
Como o ramo da metalurgia e
siderurgia pode atuar nas vendas
do segmento?
Primordialmente focando nos
cadastros, eles serão a sua porta
de entrada para os negócios den-
tro do governo. Não é novidade
que um dos maiores compradores
atualmente é a Petrobras, então
invista no cadastro corporativo é
uma base de dados que contém o
registro de empresas habilitadas e
interessadas na prestação de ser-
viços ou fornecimento de bens à
Petrobras, sendo tal cadastro dis-
ponibilizado com fonte de consul-
ta a todos os órgão e unidades da
Petrobras e afiliadas (Transpetro).
Por fim, vale a iniciativa de cadas-
tre-se em um dos diversos sites de
busca de negócios, que oferecem
serviços completos conforme cada
tipo de fornecimento em licitações
públicas, desta forma, otimizando
tempo e oportunizando acompa-
nhamento das oportunidades ne-
gociais disponíveis no mercado.
Cadastre-se no site http://www.
conlicitacao.com.br/cadastro/ e re-
ceba gratuitamente por 15 dias as
licitações de seu segmento, bem
como no http://licitacao.uol.com.
br/faleconosco.asp recebendo os
avisos por 10 dias.
Case de sucesso
A Usiminas foi vencedora em
uma licitação internacional para
fornecimento de 7,7 mil tonela-
das para o estaleiro Mauá Petro
Um (RJ). o aço será utilizado na
construção de navios para trans-
porte de produtos através da Trans-
petro, subsidiária da Petrobras.
(*) Débora Patrícia Moreira é con-
sultora independente na área de lici-
tação e vendas governamentais, for-
mada em direito e especialização na
área empresarial.
(11) 97311-5267.
licitação
De uma forma geral, a corrosão dos vergalhões é
responsável por cerca de 62% das patologias do
concreto armado. Pior ainda quando se trata de lajes de
cobertura de tanques de armazenagem de água clora-
da, cujo vapor concentrado em cloro ataca impiedosa-
mente as armaduras do concreto. Por mais de 50 anos,
de modo econômico e eficaz, os revestimentos de zinco
obtidos por meio de galvanização por imersão a quente
têm sido usados ao redor do mundo para proteger os
vergalhões da corrosão.
o concreto é um material poroso constituído de
pequenos poros e capilares, por meio dos quais os
elementos corrosivos como a água, os íons cloretos,
o oxigênio, o dióxido de carbono e outros gases in-
filtram-se na matriz de concreto, eventualmente atin-
gindo os vergalhões. Para cada mistura de concreto,
em alguns níveis críticos de elementos corrosivos,
o aço despassiva-se e a corrosão começa. o concre-
Corrosão de vergalhãoproblema oCasiona mais de 60% das patologias do ConCreto armado(*) Paulo Silva Sobrinho
18 • Revista do Aço
SXC
.hu
TéCnICA
Revista do Aço • 19
to por si só exibe boa resistência à compressão, mas
possui pouca resistência à tração, geralmente cerca
de um décimo da resistência à compressão. Quando
o ferro enferruja, os produtos resultantes da corrosão
são 2-10 vezes mais volumosos do que o aço original,
o que gera tensão que excede a capacidade de tração
do concreto ao seu redor, fazendo-o rachar e frag-
mentar-se. Após a rachadura ter ocorrido, a capacida-
de estrutural do elemento pode ser comprometida,
podendo ser necessários reparos caros para ampliar
sua vida útil.
Como prevenir a corrosão dos vergalhões
Uma linha de defesa importante é proteger o pró-
prio vergalhão por galvanização por imersão a quente.
os revestimentos obtidos através de galvanização por
imersão a quente formam uma barreira constituída de
camadas intermediárias de zinco-ferro e zinco metálico
ao redor do aço, que isola a superfície do aço do con-
creto ao redor. os vergalhões galvanizados oferecem
muitas vantagens sobre os vergalhões convencionais
sem proteção, incluindo:
■ O zinco possui limite de concentração de cloreto mais alto
para corrosão que o aço descoberto. Isso retarda significativa-
mente o início da corrosão, a partir da infiltração de cloretos,
na superfície dos vergalhões galvanizados.
■ A velocidade de corrosão do zinco no concreto é menor que
a do aço, e os produtos de corrosão que o zinco forma não
provocam tensões internas tão prejudiciais como as que o
aço produz, quando sofre corrosão dentro do concreto.
■ Os revestimentos de zinco proporcionam uma proteção
de sacrifício ao aço, o que significa que se ocorrer alguma
imperfeição ou rachadura no revestimento expondo o aço,
a corrosão se concentrará preferencialmente na camada e
zinco circundante, proporcionando assim uma proteção ele-
troquímica ao aço exposto. Desta forma, o revestimento gal-
vanizado não pode ser debilitado pelos produtos resultantes
da corrosão do ferro, como ocorre no caso de outros revesti-
mentos tipo barreira, como por exemplo, o epóxi.
■ A maior resistência à corrosão dos vergalhões galvanizados
permite uma maior tolerância à diversidade e aplicações do
concreto.
■ O revestimento de zinco fornece proteção contra a corrosão
dos vergalhões antes de serem embutidos no concreto.
Essas características dos vergalhões galvanizados redu-
zem sensivelmente o risco de que sejam afetados pela cor-
rosão, que é a responsável pelo aparecimento de manchas
de óxido, de rachaduras e de fragmentação do concreto. o
uso de vergalhões galvanizados prolonga os intervalos de
manutenção das estruturas de concreto e reduz substan-
cialmente o custo de manutenção como um todo.
técnica
Fotos com efeitos da corrosão nas armaduras de aço em lajes e estruturas de reservatórios de água, devido a ação dos vapores de cloro
FOtO
S: D
Ivu
lGa
çã
O
20 • Revista do Aço
Vergalhões galvanizados por
imersão a quente
A ABNT NBR 6118 – Projeto de es-
truturas de concreto – Procedimento
– prevê, no item 7.7, a galvanização
como uma das medidas especiais de
proteção e conservação do vergalhão.
de uma forma geral, os verga-
lhões galvanizados podem ser tra-
tados do mesmo modo que os ver-
galhões sem revestimento e não
exigem precauções especiais para
proteger o revestimento durante o
manuseio, transporte e instalação na
obra. Assim mesmo, a aderência dos
vergalhões galvanizados ao concreto
não é menor do que a dos vergalhões
sem revestimento; e em muitos casos
é ainda melhor. Isso permite utilizar
as mesmas especificações de projeto
no concreto armado (tamanho das
barras, comprimentos das sobrepo-
sições etc.), que se aplicam no caso
dos vergalhões sem proteção.
Aplicações do vergalhão gal-
vanizado
o uso dos vergalhões galvaniza-
dos e outros acessórios (incluindo
parafusos, amarras, âncoras, barras
de segurança e tubulações) está am-
plamente generalizado em diversas
estruturas e elementos de concreto
reforçado.
Além das infraestruturas para sa-
neamento básico, outras aplicações
em que a galvanização das estrutu-
ras leva a uma decisão de engenharia
rentável são as seguintes:
■ infraestrutura de transporte, incluindo
pisos de pontes, pavimentos de estra-
das e barreiras de segurança;
■ os elementos de proteção pré-molda-
dos leves para fachadas e outros ele-
mentos arquitetônicos de construção;
■ vigas e pilares exteriores e forjados, ex-
postos às intempéries;
■ construções pré-fabricadas incluindo
elementos tais como módulos de co-
zinhas e banheiros e barracões móveis;
■ elementos submersos ou enterrados
sujeitos aos efeitos da água subter-
rânea e às flutuações das marés;
■ estruturas costeiras e marítimas;
■ estruturas de alto risco instaladas em
ambientes agressivos.
Existem muitos exemplos ao re-
dor do mundo onde os vergalhões
galvanizados têm sido usados com
sucesso em diversos tipos de edifi-
cações, estruturas e construções de
concreto reforçado. Alguns exem-
plos de países que possuem estru-
turas importantes utilizando o ver-
galhão galvanizado são: Alemanha,
Austrália, Nova Zelândia, Índia, Ja-
pão, Estados Unidos, Chile, Canadá,
Londres, Itália, Holanda, Bermudas.
Como o zinco protege o verga-
lhão no concreto
A proteção contra corrosão ofe-
recida pela galvanização aos verga-
lhões do concreto armado deve-se
a uma combinação de vários efeitos
benéficos. de primordial importân-
cia é o limite de cloretos que de-
termina o início da corrosão, que é
substancialmente mais alto (2-4 ve-
zes) no caso do aço galvanizado, em
comparação ao aço sem revestimen-
to. Além disso, o zinco tem um limite
de pH de passivação muito maior do
que o aço, o que faz com que o verga-
lhão galvanizado resista melhor aos
efeitos da redução do pH produzidos
pela carbonatação, à medida que o
concreto envelhece. Mesmo quando
se inicia a corrosão do revestimento
de zinco, sua velocidade de corrosão
é consideravelmente menor do que
a do aço não revestido.
Foto vergalhões galvanizados no canteiro de obras e na galvanizadora
FOtO
S: D
Ivu
lGa
çã
Otécnica
Revista do Aço • 21
Porque o vergalhão galvani-
zado mantém a integridade do
concreto
os produtos resultantes da
corrosão do zinco são compostos
minerais mais pulverulentos e me-
nos volumosos do que os produtos
resultantes da corrosão do ferro e
são capazes de migrar da superfí-
cie do vergalhão galvanizado para
a matriz do concreto adjacente.
Como resultado, a corrosão do re-
vestimento de zinco provoca muito
poucas rupturas físicas no concreto
ao seu redor.
Também há evidências que suge-
rem que a difusão dos produtos re-
sultantes da corrosão do zinco ajuda
a preencher os espaços porosos na
interface concreto/vergalhão, tor-
nando essa área menos permeável
e ajudando a reduzir o transporte de
substâncias agressivas (como os clo-
retos) através desta interface, que dá
acesso ao revestimento de zinco. As
reações entre o zinco e o concreto e a
difusão dos produtos de corrosão re-
sultantes também explicam por que
os vergalhões galvanizados têm uma
aderência tão boa ao concreto.
Reação inicial do zinco no con-
creto fresco
Quando o zinco reage com o
concreto úmido ocorre a formação
de hidroxizincato de cálcio, acom-
panhado pela evolução do hidro-
gênio. Este produto da corrosão é
insolúvel e protege a camada de
zinco subjacente (sempre e quan-
do o pH da mistura de concreto cir-
cundante esteja abaixo de 13,3). As
pesquisas têm demonstrado que
durante este período de reação
inicial e até que a passivação do re-
vestimento e o endurecimento do
técnica
22 • Revista do Aço
concreto ocorram, parte da camada de zinco puro do
revestimento é dissolvida.
Entretanto, esta reação inicial cessa quando ocor-
re o endurecimento do concreto e há a formação
da camada de hidroxizincato. As análises dos ver-
galhões galvanizados, recolhidos de estruturas em
campo, indicam que o revestimento permanece nes-
te estado de passivação por períodos de tempo mais
longos, mesmo estando expostos aos altos níveis de
cloreto do concreto circundante. No caso de concre-
to com pH elevado ou quando se espera a presen-
ça de uma certa concentração residual de cloretos,
a superfície do zinco pode ser passivada, usando-se
vários pós-tratamentos comerciais, com o intuito de
protegê-Ia contra a evolução excessiva de hidrogê-
nio, o que pode, em casos mais extremos, reduzir a
força de aderência dos vergalhões. Quando o concre-
to se encontra em condições normais, as pesquisas
têm demonstrado que não existe nenhuma diferença
estatística na força de aderência do vergalhão galva-
nizado, tanto no caso de ter sido passivado como no
caso de não ter sido.
Aspectos econômicos dos vergalhões galvani-
zados
A galvanização por imersão a quente é um inves-
timento pequeno, mas muito importante. É usada
exaustivamente em todo o mundo, todos os anos,
para proteger milhões de toneladas de aço contra a
corrosão. A galvanização por imersão a quente é, por-
tanto, um serviço amplamente disponível, com um
custo muito competitivo em relação a outros sistemas
de proteção dos vergalhões de aço. Quando compara-
do ao custo total da construção ou da edificação, e aos
enormes custos potenciais associados à manutenção
prematura do concreto danificado ou falhas da estru-
tura, o custo adicional pago pelo vergalhão qalvaniza-
do é muito pequeno e plenamente justificado.
Foto da construção com vergalhão galvanizado da estação de tratamento de água de Bermudas
DIv
ulG
aç
ãO
SXC
.hu
SXC
.hu
técnica
Revista do Aço • 23
Custo Final - considerando du-
rabilidade mínima do aço galva-
nizado três vezes a durabilidade
do aço normal, é possível prever
uma redução de custo da ordem
de 50%, se considerarmos o custo
inicial mais o custo de manutenção
(custo total) (nunca se esquecer
dos custos indiretos sociais com a
diminuição de paralisações) ao lon-
go da vida útil de uma nova laje de
reservatório de água por exemplo.
Usar aço galvanizado também
em reparos, em construções com
porcentagens elevadas de anoma-
lias com corrosão de armaduras, é
benéfico e vantajoso financeira-
mente.
FoNTE: Vergalhão galvanizado
por imersão a quente – um investi-
mento concreto. International Zinc
Association IZA
(*) Paulo Silva Sobrinho é coordena-
dor técnico do Instituto de Metais não
Ferrosos (ICZ)
usar aço galvanizado também em reparos, em Construções Com porCentagens elevadas de anomalias Com Corrosão de armaduras, é benéfiCo e vantajoso finanCeiramente.
técnica
24 • Revista do Aço
“A Petrobras segue normas e padrões internacionais
em suas operações e utiliza, em suas unidades, recur-
sos de primeira linha. A natureza de nossas operações
exige constante evolução neste sentido e fóruns que
propõem debates sobre a questão da segurança esta-
rão sempre na lista de interesses da companhia. Para
Petrobras participa da Protection Offshore 2012evento reúne espeCialistas do merCado para disCutir novas teCnologias para o setor de segurança offshoreFotos: Divulgação
Joelson Falcão Mendes, gerente geral da unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Campos (uO-BC)
nós, participar deste evento é uma grande oportunida-
de de alinhar os esforços”. Essas foram as palavras de
Joelson Falcão Mendes, gerente geral da Unidade de
operações de Exploração e Produção da Bacia de Cam-
pos (Uo-BC), durante a abertura do Protection Offshore
2012, conferência voltada para a discussão da seguran-
ça nas operações offshore no Brasil.
Com a expansão do setor petroleiro nos últimos
anos, em especial com a descoberta e o início das ati-
vidades de exploração e produção do pré-sal, os olhos
do segmento no Brasil se voltaram para as questões li-
gadas à operação, segurança, meio ambiente e saúde
(sMs). do setor. os procedimentos adotados pela com-
panhia também atendem integralmente às exigências
feitas pelos órgãos reguladores. Essa política se aplica
a todos os segmentos e áreas de atuação e faz parte da
cultura da companhia, que trabalha preventivamente e
investe em treinamento intensivo, integridade das ins-
talações e segurança de processo, e exige o mesmo das
empresas fornecedoras.
Além dos constantes investimentos, a companhia
também promove o desenvolvimento técnico dos pro-
fissionais voltados para a área de sMs. Também realiza
periodicamente, simulados ambientais e de segurança,
com o objetivo de testar as estruturas de resposta à
disposição da empresa. “A necessidade de atualização
é constante, tanto dentro quanto fora das empresas. os
debates sobre as questões de segurança ultrapassaram
os muros da indústria e estão presentes na sociedade,
que passou a se envolver mais e cobrar uma resposta
aos riscos da atividade”, disse Joelson Falcão Mendes.
Em sua quinta edição, a Protection Offshore traz
como temas de foco: prevenção, segurança, gestão de
abertura do evento contou com a participação de represen-tantes de órgãos regulamentadores, do Poder Público e da Marinha do Brasil, além da Petrobras
óleO &
gás
Revista do Aço • 25
riscos, respostas a emergência e integridade de ativos
do setor offshore. A abertura do evento, realizado pela
Reed Exhibitions Alcantara Machado e o Instituto Bra-
sileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), contou
com a participação de representantes de órgãos regu-
lamentadores, do Poder Público e da Marinha do Brasil,
além da Petrobras.
A Protection Offshore ainda teve rodada de negócios
organizada pela organização Nacional da Indústria do
Petróleo (onip) com o objetivo de fomentar parcerias
e viabilizar novos projetos neste segmento. As reuni-
ões aconteceram entre os fornecedores de serviços e
tecnologia do segmento com os seus principais com-
pradores. No último dia do evento, representantes da
Petrobras apresentaram as experiências da Companhia
em controle de poços e o Projeto de ordenamento
Costeiro do Arquipélago de santana, área de
fundeio localizada na costa de Macaé, onde
também está presente a atividade pesqueira.
Compromisso
durante os três dias da Protection offsho-
re, a Petrobras reafirmou seu compromisso
com os investimentos em segurança, Meio
Ambiente e saúde (sMs). A estatal também
reforçou suas práticas de procedimentos,
que atendem integralmente às exigências
feitas pelos órgãos reguladores. Essa políti-
ca se aplica à todos os segmentos e áreas de
atuação da estatal, além de fazerem parte da
cultura da Companhia, que trabalha preven-
tivamente e investe em treinamento intensi-
vo, para alcançar integridade nas instalações
de segurança dos processos, exigindo sem-
pre o mesmo das empresas fornecedoras.
“A Petrobras segue normas e padrões in-
ternacionais em suas operações e utiliza, em
suas unidades, recursos de primeira linha. A
natureza de nossas operações exige cons-
tante evolução neste sentido e fóruns que
propõem debates sobre a questão da segu-
rança estarão sempre na lista de interesses
Com mais de um
milhão de visitas, o
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dos maiores sites de
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óleo &
gás
da Companhia”, disse Joelson Falcão Mendes, gerente
geral da Unidade de operações de Exploração e Pro-
dução da Bacia de Campos (Uo-BC).
Estande da Petrobras na Offshore 2012
26 • Revista do Aço
Desindustrialização e competividade foram temas no 23º Congresso do Açosurge um novo termo que preoCupa os empresários do setor: a desnaCionalizaçãoGislaine vicente imagens: Divulgação - adri Felden/argosfoto
Termo difícil de pronunciar, mas
de entendimento um pouco
mais fácil, a desindustrialização con-
tinua a fazer parte das rodas de con-
versa e de negócios no Brasil. Na ver-
dade, o tema vai ganhando cada vez
mais espaço. Tanto que ele foi tema
de um dos painéis do 23º Congresso
Brasileiro do Aço e ExpoAço 2012,
que ocorreu em são Paulo, entre os
dias 26 e 28 de junho de 2012. Res-
ponsável pelo evento, o Instituto Aço
Brasil (IABr) reuniu, no Transamérica
Expo Center, destaques da indústria,
ministros e especialistas brasileiros
e do Exterior. Participaram dos de-
bates a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira; o economista de
renome mundial Raghuram Rajan e
o ministro do desenvolvimento, In-
dústria e Comércio Exterior, Fernan-
do Pimentel, que abriu o evento com
uma palestra, entre outros nomes de
destaque.
abertura do Expoaco 2012: Jorge Gerdau Johannpeter , ministro Fernando Pimentel, albano Chagas vieira,
Marco Polo de Mello lopes e andre B. Gerdau Johannpeter eVenTO
Revista do Aço • 27
o aço no cenário mundial foi de-
batido pelos principais representantes
do setor. o painel “desindustrialização
no Brasil: como reverter o processo”
teve no presidente da Associação Bra-
sileira da Indústria de Máquinas e Equi-
pamentos (Abimaq) Luiz Aubert Neto,
um dos mais combativos debatedores.
Aubert levantou o surgimento de um
novo problema no setor da indústria:
a desnacionalização. segundo ele, o
posicionamento da presidenta dilma
Roussef, ao discursar que é preciso “eli-
minar as amarras” que tiram a compe-
titividade do Brasil vai totalmente ao
encontro do pensamento da Abimaq.
“Existe a necessidade de resolver o que
passamos a denominar de “tripé do
mal”, ou seja, câmbio, juros e tributos.
Inclusive, esses foram os temas trata-
dos no movimento “Grito de Alerta”, re-
alizado recentemente. Acreditamos ter
contribuído para sensibilizar o gover-
no”, disse. Em breve, o tema estará em
discussão no Congresso. Aubert Neto
também pediu atenção à desnaciona-
lização das empresas. “Estão levando
nossos insumos e trazendo produtos
mais baratos de qualidade inferior,
além de desvalorizarem nossas má-
quinas e equipamentos. A culpa é da
China, principalmente”, resumiu. Além
de Aubert Neto, também participaram
do painel que teve a coordenação do
presidente executivo do Instituto Aço
Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, o
deputado federal, Paulo Pereira da sil-
va (PdT-sP), do diretor-executivo do
Instituto de Estudos para o desenvol-
vimento Industrial (IEdI), Júlio sérgio
Gomes de Almeida.
o presidente executivo do Ins-
tituto Aço Brasil, Marco Polo de
Mello Lopes, ressaltou que para o
setor industrial e para os trabalha-
dores, a desindustrialização é uma
realidade e revertê-la é prioridade
absoluta. “o volume de importação
de aço supera a capacidade de pro-
dução de nossas maiores empre-
sas”, alertou Lopes.
Público lotou o auditório para acompanhar as palestras
aubert Neto falou dos efeitos da desin-dustrialização
Marco Polo: preocupação com volume de importações
Já o debate comandado por An-
dré Gerdau Johannpeter, presidente
do Conselho diretor do Instituto Aço
Brasil, contou com as presenças de
Edwin Basson, diretor geral da World
steel Association, Raúl Gutiérrez Mu-
guerza, presidente da Alacero (anti-
go Ilafa), Thomas A. danjczek, presi-
dente da steel Manufacturers Asso-
ciation e A. sun, sócio da McKinsey
& Co shanghai. Gerdau destacou ser
importante investir no crescimento
econômico do País. “Para se ter uma
ideia, o consumo per capita do bra-
sileiro é de 140 quilos por habitan-
te, enquanto na China chega a 400
quilos. Aumentar o consumo de aço
brasileiro: esse é nosso desafio”, asse-
verou. Para ele, excesso de aço é uma
das causas da crise. “É um dos fato-
evento
28 • Revista do Aço
res que afetam a competitividade. A
importação indireta de aço também
causa a desindustrialização no Bra-
sil”, destacou Gerdau. “É necessário
o combate à assimetria comercial,
como com a China”, concluiu.
Para estimular a indústria do
aço, e o setor industrial brasileiro
como um todo, o ministro enume-
rou algumas iniciativas que o go-
verno tem tomado: “o cenário mais
recente é animador, com redução
da taxa de juros, viabilizando o
crescimento da economia indus-
trial. A redução do IPI de linha bran-
ca, e o impulso efetivo à construção
civil – grande compradora dos pro-
dutos da cadeia siderúrgica – são
outras iniciativas. Há um esforço do
país como um todo na direção do
crescimento econômico”, afirmou.
Debates
“Economia Verde, desafios e
oportunidades” foi o tema do de-
bate que reuniu a ministra do Meio
o ministro do desenvolvimen-
to, Indústria e Comércio Exterior
Fernando Pimentel, também parti-
cipou da ExpoAço 2012, a feira de
negócios que aconteceu junto à
23ª edição do Congresso Brasileiro
do Aço, organizado pelo Instituto
Aço Brasil. “Quero saudar esse con-
gresso. É um evento extremamen-
te importante não para o setor
mas para o Brasil. Esse é um dos
maiores eventos da área siderúr-
gica no mundo”, destacou o minis-
tro. segundo Pimentel, a indústria
siderúrgica é objeto de atenção do
governo. “Temos diálogo constan-
te com o setor. sabemos todos os
sacrifícios que a conjuntura eco-
nômica mais recente têm impos-
to à nossa indústria. Hoje o nos-
so desafio é retornarmos todos a
competitividade que já tivemos”,
completou.
andre B. Gerdau Johannpeter comandou debate durante evento
Ministra discursa no painel “Economia verde: desafios e oportunidades”
Ministro Pimentel discursa durante abertura
Ambiente Isabela Teixeira, o eco-
nomista e ex-ministro da Fazenda
delfim Neto e o diretor geral da
V&M do Brasil Alexandre Lyra. Para
a ministra, o foco está voltado para
o consumo sustentável em todos
os níveis. “A palavra é essa mesmo:
consumo. A questão da sustenta-
bilidade não é mais restrita à área
ambiental. É necessário pensar de
forma geopolítica, com outro olhar,
que deve virar um novo tipo de
engajamento. É preciso inovar na
maneira de debater esse assunto”,
sustentou.
Antonio delfim Neto, econo-
mista e ex-ministro da Fazenda,
deu sua visão sobre a questão am-
biental: “o aumento do PIB produ-
zido é associado e indissolúvel do
crescimento de Co2. ou seja, não
há possibilidade de se enfrentar
a questão ambiental com redu-
ção de consumo, com uma volta
ao Neolítico”, disse. “A questão é:
há limitação de recursos e não é
possível impedir o crescimento.
É uma ingenuidade se achar que
o mercado pode ser substituído
por um novo modelo. A solução é
desenvolver tecnologias que redu-
zam as unidades de Co2”, concluiu.
o economista e professor de fi-
nanças na Booth school of Busi-
ness, da Universidade de Chicago,
Raghuram Rajan foi um dos con-
vidados internacionais do evento.
Ex-economista-chefe do Fundo
Monetário Internacional (FMI), Ra-
jan é autor do livro “Fault Lines:
Como fraturas ocultas ainda ame-
açam a economia mundial”, consi-
evento
Revista do Aço • 29
30 • Revista do Aço
Informações e inscrições www.construmetal.com.br
SAN
SEI
Público de 3500 visitantes:
Participantes internacionais, Arquitetos e Engenheiros.
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Frei Caneca Shopping & Convention Center
Construindo o Futuro em Aço
CONSTRUMETAL2012Congresso Latinoamericano da Construção Metálica
Revista do Aço • 31
vila do aço
Promovida pelo Instituto Aço Brasil, mais uma vez a Vila do Aço foi apresentada durante o 23º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2012. Os visitantes puderam conhecer as aplicações do aço no dia a dia, atendendo às aspirações humanas. Através da apresentação de protótipos em tamanho real, os visitantes poderão visualizar como o aço transforma e colabora para a melhoria dos espaços urbanos e rurais. Serão mostrados exemplos de estruturas de aço e de concreto em hotéis, estações, pontes, passarelas e infraestrutura, além das aplicações na construção seca como o light steel framing. A Vila mostrou também as aplicações do aço em coberturas e fachadas assim como no mobiliário urbano.O visitante teve a oportunidade de ver o andamento da aplicação do aço nas obras dos estádios brasileiros para a Copa de 2014. Na “Escola” da Vila foi possível conferir a
importância estratégica do aço para a economia brasileira. O enfoque dessa edição foi a sustentabilidade ambiental: o aço pode ser infinitamente reciclado sem perder nenhuma de suas qualidades e ainda permite o aproveitamento dos materiais gerados em seu processo produtivo. A utilização dos “coprodutos” economiza recursos naturais não renováveis e sua aplicação se dá na indústria da construção, pavimentação, setor cerâmico, agricultura e fabricação de cimento. Em sua oitava montagem e englobando, a cada nova edição, novas aplicações, a Vila do Aço já teve mais de 31 mil visitantes. A primeira montagem ocorreu em paralelo ao 21º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2010, em São Paulo, e depois seguiu para Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, e Rio de Janeiro. A última edição aconteceu na Construction Expo 2011, em São Paulo.
derado pelo Financial Times o livro
do ano de 2010. Conhecido como
um dos primeiros economistas
a antecipar a crise financeira de
2008, Rajan debateu a situação da
economia mundial e perspectivas
com o presidente da Confedera-
ção Nacional das Indústrias (CNI),
Robson Andrade, com o coorde-
nador geral da Ação Empresarial,
Josué Cristiano Gomes da silva e
com o economista-chefe do Bra-
desco, octavio de Barros. Eles par-
ticiparam do painel “Indústria do
Aço: fatores limitativos à compe-
titividade e situação da economia
mundial e perspectivas” foram os
temas de debate.
durante sua participação, Ra-
jan falou sobre a atual situação
dos Estados Unidos, da Europa,
da China e das economias emer-
gentes, com foco no Brasil. os
países emergentes também estão
em plena transição de crescimen-
to, segundo Rajan. “os mercados
emergentes estão vendo que suas
fórmulas, como a dependência da
exportação, estão no fim. A China
está passando por uma transição
entre o crescimento por meio do
investimento para o crescimento
por meio do consumo, mas deve
enfrentar questões culturais e po-
líticas internas. o Brasil e a Índia
precisam fazer o inverso: focar
agora o investimento em infraes-
trutura e capital humano, em de-
trimento do consumo”, analisou.
Entre os palestrantes estiveram
o diretor geral da World steel As-
sociation, Edwin Basson, o pre-
sidente da steel Manufacturers
Association, Thomas A. danjczek,
o presidente da Associação Latino-
americana do Aço (Alacero), Raúl
Gutiérrez Muguerza, o presidente
da Vale, Murilo Ferreira , o diretor
comercial da MMX, Chequer Han-
na Bou Habib, o presidente da Usi-
minas/Musa, Julián Eguren, o re-
presentante da Força sindical Pau-
lo Pereira da silva, o consultor do
IEdI —Instituto de Estudos para o
desenvolvimento Industrial, Julio
Gomes de Almeida e o deputado
federal Arnaldo Jardim.
Raghuram Rajam falou sobre situação econômica mundial
evento
32 • Revista do Aço
A ArcelorMittal Aços Longos
está presente na primeira
construção com selo green building
de Minas Gerais. A empresa é a res-
ponsável pelo fornecimento de 2,5
mil toneladas de aço para o prédio
da Fundação Forluminas de seguri-
dade social (Forluz), em Belo Hori-
zonte. A obra, que tem previsão de
ficar pronta em 2013, tem um con-
junto de produtos e soluções em
aço que proporcionam maior pro-
dutividade e economia para a edi-
ficação: belgo pronto, pré-armação,
recozido, vergalhão, prego, cordoa-
lha e tela soldada.
Como o aço é um dos itens mais
consumidos em uma construção,
quando ele chega cortado, dobra-
do e pré-armado, como é o caso, é
possível eliminar etapas que antes
seriam realizadas na obra reduzin-
do o tempo e o número de pro-
fissionais envolvidos. Além disso,
com a utilização do concreto pro-
tendido (concreto, aço e cordoalha
engraxada da ArcelorMittal) nas
lajes e vigas dos pavimentos tipos,
será possível antecipar a finaliza-
ção da estrutura.
ArcelorMittal destina aço verde a obra sustentávelempreendimento da forluz será a primeira edifiCação no ConCeito green building em minas gerais
Informações fornecidas pela assessoria de imprensa da arcelor Mittal
Fotos: divulgação
Forluz é a primeira a usar armaduras prontas
A empresa é fornecedora de
100% do aço empregado no prédio
da Forluz e com isso contribui para
que a obra seja considerada verde.
Isso porque a empresa tem o rótulo
ecológico da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), que
permite aos clientes identificar os
produtos que atendem às necessi-
dades da construção civil sustentá-
vel, e o selo ecológico do Instituto
Falcão Bauer de Qualidade.
Além disso, a obra da Forluz é
considerada sustentável por possuir
o selo Leed (Leadership in Energy and
Environmental Design), certificação
sIderurgIA
Revista do Aço • 33
aço chega dobrado, cortado e pré-armado
internacional que reconhece um
edifício como verde, ou seja, que
utiliza de forma racional os recur-
sos como água, energia e outros.
No caso desse prédio, as posturas
sustentáveis vão desde a concepção
do projeto até o dia a dia, quando
estiver em uso.
Na fase da construção, a água é
reutilizada, os resíduos destinados
à reciclagem e a energia é usada
de forma racional. Nesse estágio, a
ArcelorMittal Aços Longos também
tem um papel importante, a empre-
sa recolhe as pontas das cordoalhas
que contém graxa e restos de pead
(polietileno de alta densidade). Es-
sas sobras retornam à fábrica da
empresa, onde são reciclados ou
reutilizados. No caso do aço, a perda
é zero com a utilização do sistema
Belgo Pronto.
Rótulo Ecológico ABNT
A ArcelorMittal Aços Longos é
a primeira produtora de aço brasi-
leira a receber o rótulo ecológico
da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT). A certificação per-
mite que os clientes identifiquem
os produtos ambientalmente cor-
retos que atendem às necessidades
da construção civil, comprovando
a importância dos investimentos
feitos nas plantas da ArcelorMittal
para garantir o respeito ao meio
ambiente durante todas as etapas
de produção.
o Rótulo Ecológico ABNT, obtido
no final de 2011, foi conferido após
auditorias e análises técnicas nas
unidades da ArcelorMittal de Juiz
de Fora, ArcelorMittal Piracicaba,
ArcelorMittal Cariacica, ArcelorMit-
tal Itaúna e ArcelorMittal são Paulo.
Com validade de três anos, o certi-
ficado contempla vergalhões, telas
soldadas, treliças, pregos, arames
para amarração, perfis leves e fios e
barras laminadas para uso na cons-
trução civil.
o programa de rotulagem am-
biental (ecolabelling) é uma me-
todologia voluntária de certifica-
ção de desempenho ambiental
de produto, concedido por uma
entidade independente, de forma
imparcial. A utilização de material
com essas certificações colabora
para que as chamadas construções
verdes (green building), que bus-
cam alta ecoeficiência e baixo im-
pacto socioambiental, possam ser
reconhecidas por organizações da
área, como o Green Building Coun-
cil Brasil.
siderurgia
34 • Revista do Aço
a invasão estrangeiraprodutos importados dominam merCado de máquinas e governo deCide reagir para dar novo fôlego à eConomiaCarlos alberto Pacheco
Revista do Aço • 35
“Há tempos que não consigo in-
vestir o mesmo recurso como cinco
anos atrás. Minha única opção é fir-
mar parceria com algum importador
de peças de alta precisão para man-
ter a produção dentro de um limite
aceitável. Caso contrário, vou fechar”.
Esse é um desabafo de um pequeno
empresário do ramo de metalurgia,
instalado na região do ABC. o ce-
nário que vive esse empresário (ele
prefere o anonimato, por vergonha,
talvez) é um exemplo fidedigno do
processo de desindustrialização que
afeta o País. os empreendedores na-
cionais, sejam eles quais forem, não
reúnem condições de fabricar todos
os equipamentos para atender às ne-
cessidades de crescimento do setor.
Exatamente por isso, a importação é
fundamental no ato de suprir a de-
manda por máquinas.
Como prova à sociedade brasilei-
ra que a importação “não é um mal
36 • Revista do Aço
CApA
necessário” – como poderiam pen-
sar alguns nacionalistas exacerba-
dos -, e sim uma ação imprescindí-
vel no atual contexto, a Associação
Brasileira dos Importadores de Má-
quinas e Equipamentos Industriais
(Abimei) e a Associação de Comér-
cio Exterior do Brasil (Abracex) de-
linearam as bases de uma parceria
que objetiva traçar medidas em
defesa da modernização e aumen-
to da competitividade industrial.
“Existem empresas fechando as
portas porque estão perdendo
mercado. Nossa política industrial
precisa ser revista”, já havia alerta-
do o diretor da Abracex, Antônio
Carlos Ramalho, autor da proposta
da parceria.
o governo federal já recebeu as
propostas integrantes do plano das
duas entidades. Ainda não se mani-
festou. Em suma, Abimei e Abracex
propõem a adoção de incentivos
como atrativo ao industrial brasileiro
investir na fabricação de produtos
competitivos no mercado internacio-
nal, reformas estruturais (a melhoria
da logística é condição sine qua non),
compensações tributárias e geração
de empregos.
Em comunicado oficial, a Abi-
mei reconhece que o empresário
brasileiro não tem acesso às máqui-
nas de alta tecnologia de dispõe de
poucos recursos para fabricar equi-
pamentos convencionais. segundo
o presidente da associação, Ennio
Crispino, o País consegue produzir
apenas maquinário de “média tec-
nologia” e ainda exporta parte dessa
produção. “Estou convicto de que a
importação impede o Brasil de viver
um pesadelo. A associação funciona
como agente regulador, impedindo
a paralisação da indústria ao manter
empregos e gerar riqueza”, preconiza
Crispino.
de acordo com dados recentes
divulgados pela Abimei, as im-
portações das chamadas máqui-
nas-ferramenta e equipamentos
industriais movimentaram cerca
de Us$ 2,4 bilhões em 2011, 10%
a menos que 1010. o percentual
ficou abaixo da previsão da enti-
dade, ou seja, o prognóstico de
até 20% para o setor. o montante
continua abaixo dos negócios fir-
mados no período de janeiro a se-
tembro de 2008, quando o volume
chegou a Us$ 2,6 bilhões.
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
0%
10%
20%
30%
40%
50%
abr-
10
jun-
10
ago-
10
out-
10
dez
-10
fev-
11
abr-
11
jun-
11
ago-
11
out-
11
dez
-11
fev-
12
abr-
12
Importações (bilhões de US$ FOB)
Média móvel trimestral da capacidade ociosa (%)
Importação
Capacidade Ociosa
CAPACIDADE OCIOSA X IMPORTAÇÕES
Fonte: MDIC/SECEX. Elaboração: Sindipeças.
Crispino: “maquinário de ‘mé-dia tecnologia’”
Foto
s: d
ivu
lgaç
ão
Revista do Aço • 37
o impacto na crise na Europa,
provocada por uma gigantesca
onde de desconfiança do sistema fi-
nanceiro, trouxe apreensão ao mer-
cado industrial doméstico. Como
consequência, foi inevitável a desa-
celeração nas linhas de montagem e
nos galpões. Apesar disso, a Abimei
aponta o setor de máquinas para
corte e o de chapas metálicas como
os melhores desempenhos de 2011,
com alta superior a 10%. os demais
setores não acompanharam esse
crescimento, mantendo, porém, cer-
ta estabilidade, a exemplo dos pro-
cessos de transformação de plástico
e o de usinas.
Ainda segundo esses dados, a
desvalorização do dólar não trou-
xe prejuízos aos fabricantes nacio-
nais de bens de capital. definem-se
bens de capital as fábricas, máqui-
CApA
Corte de chapas metálicas digitalizada: desempenho superior a 10% em 2011
nas, ferramentas, equipamentos
e diversas construções voltadas à
produção de consumo. A Associa-
ção Brasileira de Máquinas e Equi-
pamentos (Abimaq) possui dados
Revista do Aço • 39
semelhantes aos da Abimei. Nos
oito primeiros meses de 2011, te-
ria havido crescimento de 9,7% na
receita bruta da indústria de bens
de capital mecânicos, mas ainda
abaixo 3% do ano de “ouro”, ou seja,
2008. dirigentes das duas entida-
des, contudo, reiteram que o Brasil
precisa investir na produção inter-
na e externa se quiserem fazer fren-
te ao aumento do PIB.
Aumento do IPINa indústria automobilística, o
setor de autopeças depende da im-
portação de componentes, embora
o governo federal tenha adotado
medidas de incentivo, como o Pla-
no Brasil Maior. de qualquer forma,
economistas entendem que duas
variáveis – aumento do Imposto so-
bre Produtos Industrializados (IPI)
sobre carros importados e a exi-
gência de 65% de nacionalização
das peças em carros nacionais irão
trazer reflexos positivos ou não aos
bens de capital até o final de 2012.
É preciso esperar até lá. A Abimei é
contra o reajuste no IPI e defende
abertamente a desoneração de im-
postos nos investimentos em má-
quinas e equipamentos nacionais e
estrangeiros.
o quadro, de fato, não é dos me-
lhores, segundo o último Relatório
de Pesquisa Conjuntural do sindica-
to Nacional da Indústria de Compo-
nentes para Veículos Automotores
(sindipeças) e da Associação Brasi-
leira da Indústria de Autopeças (Abi-
peças). o faturamento do setor no
primeiro quadrimestre deste ano foi
CApA
Var. % 2011/2004 /
+279%Ou
+21% a.a.
Var. % PIB2011/2004
+31,7Ou
+4% a.a.
Saldo da Balança Comercial Exportação ImportaçãoSaldo da Balança Comercial Exportação Importação
200
Var. %2011/2000
160
180
+298%Ou
+13% a.a.
ões 120
140
US$
bilh
õ
80
100 Var. % PIB2011/2000
+46,5Ou
40
60 +3,5% a.a.
0
20
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: FUNCEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
Aumento de custos em ponto CUSTO BRASIL 2010
BALANÇA COMERCIAL DE BENS DE CAPITAL
IMPORTAÇÃO DE BENS INDUSTRIAIS
Custo Brasil 43,85
Componentes do Custo Brasilpercentual da RL
IBKM Ind.Transformação
36,27
1 Impostos não recuperáveis na cadeia produtiva 2,98
2 Encargos sociais e trabalhistas 3,99
2,98
2,84
1 , 90
3 Custos dos insumos básicos (2) 24,01
4 Custos de energia (2) 0,00
1 , 90
18,57
0,51
,
7 Impacto dos juros sobre capital de giro 9,41
6 Burocracia e custos de regulamentação 0,40
,
7,95
0,36
8 Custos de investimento 1,16
(1) Comparativo com Estados Unidos; (2) Comparativo com Alemanha.EXEMPLO: Produção e venda do PRODUTO X
1,16
Receita líquida de venda na Alemanha = 100,0 Receitalíquida de venda no Brasil = 143,8RESULTADO: O “custo Brasil” encarece em 43,8% o preço do PRODUTO X no Brasil
5 Logística (1)
29.780
40.000
30.000
11 901
20.000
11 . 901
7.12110.000
-10.000
0
-20.0002000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
3.081
-4.040
-17.879
40 • Revista do Aço
12% inferior ao registrado no mes-
mo período do ano passado. Houve
recuo nas vendas para montadoras,
da ordem de 15,5%. o mercado de
reposição perdeu 9,1% e no segmen-
to intrassetorial, o recuo bateu 16%.
o alento ficou para a área das expor-
tações, que apresentou variação po-
sitiva de 1,4%. As entidades realizam
essa pesquisa mensalmente com 67
empresas associadas, representando
31,5% do faturamento da indústria
de autopeças.
os dados negativos não param
por aí. Informações do Relatório da
Balança Comercial de Autopeças de
maio último apontam que persiste o
déficit comercial do setor. o acumu-
lado de janeiro a abril atingiu Us$
1,85 bilhão, valor 22,9% superior a
CApA
Ordem País2012
Jan-Abr
2011
Jan-Abr
Var. (%) 2012/2011
Jan-Abr
Part. (%) 2012
Jan-Abr
1 ALEMANHA 660.895.552 570.070.508 15,93 12,53
2 ESTADOS UNIDOS 647.688.700 612.026.268 5,83 12,28
3 JAPÃO 577.258.964 611.643.800 -5,62 10,95
4 CHINA 449.869.589 329.457.467 36,55 8,53
5 FRANÇA 386.368.988 338.749.236 14,06 7,33
6 ARGENTINA 380.778.436 416.584.636 -8,60 7,22
7 ITÁLIA 299.034.803 293.597.686 1,85 5,67
8 TAILÂNDIA 294.950.421 275.214.944 7,17 5,59
9 COREIA DO SUL 273.765.981 170.828.281 60,26 5,19
10 SUÉCIA 189.841.698 222.007.041 -14,49 3,60
11 ESPANHA 167.737.758 96.686.217 73,49 3,18
12 MÉXICO 152.175.266 117.595.002 29,41 2,89
13 ÍNDIA 78.982.713 66.109.090 19,47 1,50
14 REINO UNIDO 74.096.309 70.214.602 5,53 1,41
15 ROMÊNIA 64.207.011 24.621.830 160,77 1,22
16 TURQUIA 57.092.531 51.895.664 10,01 1,08
17 REPÚBLICA TCHECA 49.554.767 74.576.799 -33,55 0,94
18 INDONÉSIA 37.315.521 37.330.933 -0,04 0,71
19 ÁUSTRIA 37.172.860 31.133.078 19,40 0,71
20 SUÍÇA 36.998.585 36.592.499 1,11 0,70
20 principais países 4.915.786.453 4.446.935.581 10,54 93,23
Outros 102 países 356.909.262 326.390.656 9,35 6,77
Total de 122 países 5.272.695.715 4.773.326.237 10,46 100,00Fonte: MDIC/SECEX/DEPLA. Elaboração: Sindipeças.
IMPORTAÇÃO DE AUTOPEÇAS POR PAÍSEM US$ FOB
igual período de 2011. se, por um
lado, as exportações para 164 países
somaram Us$ 3,42 bilhões e cresce-
ram 4,7%, as importações aumen-
taram 10,5%, totalizando Us$ 5,27
bilhões, vindas de 122 países. os
embarques para a Argentina, que
continua sendo o principal destino
da indústria local, caíram 2,3% no
período.
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42 • Revista do Aço
Resposta oficial à desindustrializaçãorão os de máquinas agrícolas e equi-
pamentos para a saúde e educação,
entre outros.
Um montante de R$ 6,6 bilhões
serão viabilizados por meio de me-
dida provisória autorizada pela pre-
sidente dilma Roussef. No trimestre
julho-setembro, o ministro anunciou,
ainda, a redução de 6% para 5,5% ao
ano da Taxa de Juro de Longo Prazo
(TJLP). Mantega está otimista: “Gos-
taria de lembrar que, com essas me-
didas, o PAC 2012 sobe de R$ 42,6
bilhões para R$ 51 bilhões”. Após o
anúncio, o presidente da Abimaq,
Luiz Aubert Neto, afirmou aos jorna-
listas que o PAC Equipamentos de-
verá mesmo conter as demissões do
setor até o final de 2012. E elogiou
a queda da TJLP – “É excelente para
os investimentos”. o “freio” imposto
pelo governo justifica-se: até agora, a
indústria demitiu 6 mil funcionários.
A iniciativa do governo também
se justifica numa tentativa de mini-
mizar a quase total dependência do
empresário brasileiro das importa-
ções, situação agravada pela dimi-
nuição do consumo. segundo cálcu-
los da Abimaq, a maior entrada dos
importados é identificada no setor
de bens duráveis. o crescimento das
compras nesse segmento chegou a
167% entre 2008 e 2011. Há perda
visível de competitividade, pois a
indústria não acompanha as exigên-
cias da demanda.
Há uma corrente de opinião que
aponta um cenário real e dramático
ao mesmo tempo. Quando os impor-
tados ganharam impulso (leia-se Chi-
na), o setor apresentava capacidade
ociosa e abria mão dos investimentos
para aumentar a produção. Contudo,
houve um revés – a crise europeia
acabou por se intensificar, o dólar
despencou. o investimento ficou só
no plano dos sonhos. segundo essa
análise, o cenário exibe a desindus-
trialização como consequência natu-
ral. E o governo dilma acordou para
o problema e busca agora reverter
esse panorama perverso.
CApA
medidas governamentais farão Com que o paC 2012 avanCe para r$ 51 bilhões
paC equipamentos deverá mesmo Conter as demissões do setor até o final de 2012
o governo federal resolveu rea-
gir frente às derrotas que a indústria
nacional vem sofrendo pelo know-
-how estrangeiro nos últimos anos.
Em anúncio recente, o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, lançou o
PAC Equipamentos, programa de
compras governamentais para esti-
mular a economia brasileira, visando
minimizar os impactos da piora da
crise europeia. A união promete in-
vestir R$ 8,43 bilhões neste segundo
semestre. os setores beneficiados se-
Foto
s: d
ivu
lgaç
ão
Revista do Aço • 43
‘Brasil Maior’ será a tábua de salvação?definida como política industrial,
tecnológica e de comércio exterior
do governo dilma, o Plano Brasil
Maior é das cartadas mais ousadas
do Executivo. Ele se sustenta em dois
pilares: a) sustentar o crescimento
econômico em um cenário de baixo
investimento e b) sair da crise inter-
nacional, redirecionando o foco para
as mudanças estruturais, sobretudo
no “renascimento” do parque indus-
trial brasileiro.
“A estabilidade monetária, a reto-
mada do investimento e crescimen-
to, a recuperação do emprego, os
ganhos reais dos salários e a drástica
redução da pobreza criaram condi-
ções favoráveis para o país dar pas-
sos mais ousados em sua trajetória
rumo a um estágio superior de de-
senvolvimento”. Esse talvez seja uma
definição clássica do plano. o gover-
no deverá cumprir dez metas básicas
até 2014, entre as quais a ampliação
do investimento fixo do PIB para
22,4%, elevar o percentual da indús-
tria intensiva em conhecimento para
31,5% e diversificar as exportações
brasileiras, ampliando a participação
do País no comércio internacional,
de 1,36% (2010) para 1,60% daqui a
dois anos.
“Brasil Maior” é uma continuida-
de da Política de desenvolvimento
Produtivo (PdP), lançada em 2008. o
governo considera o primeiro mais
abrangente e, além da indústria,
“engloba ações e medidas para o
incentivo ao comércio exterior e ao
setor de comércio e serviços”. o pla-
no pretende utilizar as compras go-
vernamentais como incentivo à em-
presa nacional. A referência é a Lei nº
12.349/2010, que institui margem de
preferência de até 25% nos proces-
sos de licitação para produtos ma-
CApA
nufaturados e serviços nacionais que
atendam às normas técnicas brasi-
leiras conforme critérios de geração
de emprego e renda e de desenvolvi-
mento e inovação tecnológica.
o governo promete endurecer
contra a onda dos importados, ao
preparar alguns cortes na lista de
produtos ex-tarifários. o regime ex-
-tarifário serve de estímulo aos in-
vestimentos produtivos por meio da
redução temporária do imposto de
importação de bens de capital, infor-
mática e telecomunicação não pro-
duzidos no Brasil. Na lista, aparecem
reatores para refinaria de petróleo,
turbinas (geração de energia), loco-
motivas de alta potência e linhas de
produção da indústria automobilísti-
ca. o objetivo é oferecer condições
em pé de igualdade ou isonomia en-
tre os produtos brasileiros e os inter-
nacionais.
44 • Revista do Aço
Quando os computadores foram inventados, to-
dos pensavam que sua única utilidade seria fa-
zer contas. Ninguém imaginava, na metade do século pas-
sado, que eles poderiam controlar uma mineração de ferro,
uma cadeia de distribuição de aço ou exibir os limites da
resistência de uma viga. Para uma época em que as poucas
ferramentas da matemática se limitavam a fórmulas, tábuas
de logaritmos e réguas de cálculo, fazer contas já era uma
enorme vantagem. Mas não demorou muito para que se
pudesse também fazer outras coisas com os computadores,
tais como escrever, gravar informações para uso posterior,
conectar dois ou mais computadores em rede e assim por
diante. o resultado todo mundo sabe qual foi.
Para as empresas, uma das melhores utilidades tra-
zidas por essas máquinas foi justamente a possibilidade
de registrar e guardar informações - razão pelas quais
bancos do mundo inteiro se tornaram pioneiros na uti-
lização de computadores. Pouco a pouco, no entanto,
outras utilidades foram sendo encontradas, entre elas al-
gumas muito simples como, por exemplo, comparar dois
números. Comparações são essenciais na administração
de qualquer negócio: comparamos vendas e suas metas,
compras e caixa, número de funcionários hoje e em ou-
tras épocas, assim como quaisquer outras grandezas que
possam ser expressas com números.
Foi a possibilidade de obter essas comparações
instantaneamente, em tempo real, que transformou
os computadores em aliados de gerentes, diretores,
presidentes e tantos outros executivos interessados
em saber se suas empresas estão ganhando ou per-
dendo. setores como a indústria, com problemas dife-
rentes daqueles trazidos pelos bancos, logo tornaram-
-se também clientes dos fabricantes de computadores
e dos produtores de software, para resolver seus pro-
blemas de administração de estoques, planejamento
e controle de produção, custos, logística, tudo. A solu-
ção apareceu sob a forma dos sistemas de ERP (enter-
prise resource planning) que ofereciam aos executivos
dados consolidados sobre todos os aspectos e ativida-
des de uma empresa.
Ao mesmo tempo em que isso acontecia, é claro que
os governos também foram se equipando e automati-
zando as tarefas de arrecadar impostos, fiscalizar a ar-
recadação, distribuir receitas e organizar a prestação de
serviços aos cidadãos. Nos últimos anos, com a implan-
tação das notas fiscais eletrônicas, o público percebeu
que as empresas enviavam ao governo informações em
tempo real. E que estava cada vez mais próximo o mo-
Vida digital facilita administração de empresassistemas de gestão ajudam a Comparar números em tempo real, Controlar Compras e até número de funCionáriosImagens: divulgação
(*) Carlos alberto Comitre da Cruz
gesTãO
Revista do Aço • 45
mento em que todas as informações sobre as transações
seriam de conhecimento do governo. de um lado, isso
inquietou empresários e cidadãos, já que até o que com-
pramos nos supermercados faz parte dos registros - de
modo geral, o governo consegue saber até que marca de
arroz temos em nossa cozinha. Em outras palavras, era o
fim da possibilidade de sonegação ou da manipulação
dos dados. Por outro lado, no entanto, essa integração
trouxe vantagens para empresários.
A integração foi coordenada pelo próprio governo,
que exigiu das empresas, pouco a pouco, a entrega de
suas informações em formato eletrônico: antigamente,
elas eram registradas em livros fiscais ou enviadas em
formulários. depois passaram a ser entregues em fitas
magnéticas e disquetes, mas agora são transmitidas em
tempo real. Até o final deste ano, graças a essa integra-
ção, todas as empresas estarão utilizando o sPEd, o sis-
tema Público de Escrituração digital. Na prática, balan-
ços e declarações deixarão de ser um problema, porque
todos os dados necessários à sua elaboração ficarão dis-
poníveis automaticamente - o próprio ERP das empresas
coleta e envia esses dados à Receita Federal, economi-
zando muito trabalho.
A seis meses do prazo final, certamente são raras as em-
presas de médio porte ou maiores que ainda não tenham
se adequado e implantado ERPs aderentes às exigências
do sPEd. Muitas, no entanto, adotaram ERPs inadequados,
quer pelo porte quer pelas características. Para essas, o pra-
zo está chegando ao fim.
(*) Carlos Alberto Comitre da
Cruz é presidente da Khan Con-
sultoria
gestão
46 • Revista do Aço
Fundada há mais de uma década,
a Naturaço, empresa com expe-
riência profissional e know-how na fa-
bricação de vigas soldadas e estrutu-
ras metálicas, complexas e especiais,
está cada vez mais atenta às necessi-
dades do mercado e, principalmen-
te, de seus clientes. Com uma ampla
gama de produtos e serviços a em-
presa consolida e finca sua bandeira,
ampliando sua participação nos mer-
cados em que atua, bem diferente da
empresa na época da fundação quan-
do o principal negócio era a distribui-
ção de produtos siderúrgicos, oriundo
das principais usinas brasileiras.
Naturaço: empresa voltada ao clienteatenta às neCessidades do merCado, Companhia busCa ofereCer ampla estrutura e boas opções Imagens: Divulgação
perfIl
Após um breve período houve a
necessidade de se diferenciar e ini-
ciou-se a implantação de sua planta
fabril para perfis soldados. Hoje con-
siderada uma das maiores na fabri-
cação de perfis soldados, estruturas
metálicas, a empresa dispõe de uma
estrutura completa para oferecer so-
luções completas aos seus clientes.
A empresa tem duas unidades.
Uma em Rio Grande da serra, onde
fica a divisão de fabricação; a 8 quilô-
metros de distância, já na cidade de
Ribeirão Pires, a sede geral, adminis-
trativa, financeira e de engenharia.
No mesmo local fica o Centro de ser-
viços, de corte e dobra em aço nas
mais diversas medidas e tolerâncias.
o Centro de serviços conta com
equipamentos de alta tecnologia e
precisão que pode atender a rigoro-
sos clientes industriais e aos próprios
Controles de Qualidade Internos ISO
9001:2008. são máquinas de corte
transversal para o desbobinamento
de chapas com espessura de corte de
0,40 mm a 6,35 mm e largura de 500
mm até 1.600 mm; Também corte em
slitter, para rolos, com espessura de
corte de 0,40 mm a 3,00 mm e nas lar-
guras de 20 mm até 1.600 mm; além
de corte e dobra a frio por meio de
Revista do Aço • 47
guilhotinas e dobradeiras que vão de
0,40 mm a 6,35 mm com até 3 metros
de comprimento, com capacidade de
manuseio de até 20 toneladas e de
produção de 5 mil toneladas por mês.
Além de sua especialidade, que
é a fabricação de estruturas metáli-
cas para construção metálica, vigas
e perfis soldados para as mais varia-
das aplicações, a Naturaço também
tem vigas especiais e caixão para
equipamentos diversos e principal-
mente de movimentação de cargas
e pontes rolantes. Além disso, a em-
presa oferece ao mercado da cons-
trução serviços, que vão do projeto,
fabricação, pintura, pré-montagem,
montagem, acabamento final e se
for o caso inclusive o fornecimen-
to de equipamentos para projeto
completo de pontes rolantes. Toda
parte fabril trabalha conforme nor-
ma ABNT NBR 5884, num rígido
processo de qualidade com especi-
ficações e sob tolerâncias restritas.
devido a esta abrangência e varia-
dos núcleos de negócios a empresa
atende, os setores da construção civil,
automobilística, máquinas e equipa-
mentos, autopeças, indústria metal-
-mecânica, hidrelétricas, eletrodomés-
ticos e usinas de açúcar e álcool, dentre
perfil
outras. A empresa também produz
estruturas metálicas industriais tanto
para criação de galpões como para
manutenção dos já em uso.
Além da linha de perfis solda-
dos e centro de serviços, a Naturaço
ampliou a linha de produtos como
perfis laminados, perfis dobrados,
blanks, caldeiraria leve e pesada, oxi-
corte em geral e outros.
mercado
o mercado brasileiro sempre
foi e continuará sendo um desafio
constante. E nesse momento o cená-
rio não é diferente, com o mercado
mundial retraído, uma demanda alta
de produtos siderúrgicos, não so-
mente do Brasil, mas de todos os pa-
íses produtores no mundo querendo
fazer negócios. os clientes acabam
tendo opções por fornecimento. É
aí que a Naturaço se diferencia, pois
pode oferecer uma solução aos clien-
tes já que a empresa tem a capacida-
de de fornecer o material e também
atender no serviço e/ou na fabrica-
ção da estrutura ou projeto especial.
o mercado é dinâmico e a empre-
sa acompanha este dinamismo sem-
pre procurando fazer investimentos
para atender a demanda com agilida-
de e qualidade. Por isso, atualmente
tem sido feito um trabalho para am-
pliar e facilitar os negócios dos clien-
tes e parceiros comerciais por meio de
linhas de crédito junto ao BNdEs.
viga soldada Obra com viga soldada raiada
48 • Revista do Aço
A utilização de aço na constru-
ção civil é imprescindível no
segmento e tem na voestalpine Mein-
col um de seus importantes fornece-
dores no mercado brasileiro. Tradicio-
nal indústria gaúcha com sede em Ca-
xias do sul (Rs), a empresa pertence
ao grupo austríaco voestalpine – líder
europeu em tubos e perfis especiais
de aço – e transcende a simples pro-
dução e fornecimento de aço, firman-
do-se cada vez mais no mercado na-
cional como provedora de soluções.
Nos últimos dois anos, a voestalpine
Meincol consolidou a reestruturação
do seu mix de produtos e visa tornar-
-se o primeiro endereço quando se
pensar em tubos e perfis de aço.
A voestalpine Meincol oferece uma
vasta linha de produtos em aço que
prima pela tecnologia, direcionada
para os mais diversos projetos e seg-
mentos. são tubos, perfis e telhas,
além de projetos com formatos
especiais, produtos com processos
agregados como cortes em ângulo,
chanfros, furações, dobras e aca-
bamentos em laser que podem ser
desenvolvidos para atender as mais
variadas demandas, além é claro, de
tubos “com costura” para o segmen-
to da construção civil que podem ser
empregados em qualquer construção
industrial e comercial, entre elas ae-
roportos, shopping, pontes, estádios,
ginásios, etc. A utilização do produto
é cada vez mais aplicada em obras de
infraestrutura pela durabilidade, pra-
ticidade e rapidez de instalação, além
da finalização de projetos arrojados
por ser um elemento fundamental na
estética do design moderno.
Com capacidade para processar
160 mil toneladas de aço anuais, a
voestalpine Meincol produz tubos
industriais e estruturais, com costu-
ra, de diâmetros até 10 polegadas e
espessura até 9,30 milímetros, para
as mais variadas aplicações em sis-
temas de alta complexidade que ne-
cessitam de resistência e leveza.
os tubos em aço utilizados na
construção civil podem ser “com” ou
“sem costura”. Por costura, entenda-
-se a aplicação de um processo de
soldagem para unir as bordas. A
ilimitada capacidade de produção
de formatos tubos “com costura” é
prova incontestável da moderniza-
ção da tecnologia empregada nos
processos atuais de conformação e
soldagem. A chamada solda longitu-
dinal (ERW) utilizada no processo de
fabricação de tubos, após sucessivos
estudos e avanços tecnológicos, des-
fruta de total aprovação no mercado.
COnsTruÇãO CIVIl
Entre as principais vantagens está
o chamado custo-benefício. os tubos
“com costura” têm menor preço e tempo
de fabricação, maior variedade de pro-
dutos e melhor acabamento superficial.
Não por acaso o consumo deste tipo
de tubo está crescendo rapidamente
em grande parte das obras ao redor
do mundo. Estudos comprovam que a
presença deste “cordão longitudinal”
não apresenta nenhuma desvantagem
ou risco com relação aos tubos sem
costura desde que utilizadas nas pro-
priedades mecânicas conforme normas
pertinentes. A influência dos tubos de
aço no custo final de empreendimentos
deve ser mensurada tirando-se provei-
to das qualidades estruturais próprias
do produto.
Entre as inúmeras vantagens de
sua utilização está a velocidade da
construção, redução de pilares e o
ganho de espaço através de grandes
vãos livres, além de facilitar a adminis-
tração devido a um sistema de mon-
tagem industrial de alta precisão.
Entre alguns exemplos que uti-
lizam tubos voestalpine Meincol
podemos citar inúmeras obras em
todo o país, com destaque para o
pórtico dos Pavilhões da Festa da
Uva em Caxias do sul, aeroporto de
Natal, shopping centers, além da
Uso de Estruturas Tubularesvoestalpine meinCol ofereCe vasta linha de “tubos Com Costura” para o segmentoImagens: Divulgação
Revista do Aço • 49
mais importante obra da engenharia
dos últimos anos no país, o Estádio
Panamericano João Havelange – En-
genhão. As estruturas tubulares in-
crementam o portfólio da voestalpi-
ne Meincol sempre agregando valor
ao produto. Tendência mundial, os
tubos com costura estão presentes
na maioria das obras de infraestru-
tura distinguindo-se pela agilidade
e conseqüente diminuição de custos.
As principais características técni-
cas que devem ser consideradas na
análise dos tubos com ou sem cos-
tura são as propriedades mecânicas
do produto, no caso do aço utilizado
para a fabricação dos mesmos. Am-
bos os processos atendem as nor-
mais nacionais e internacionais do
setor como NBR 8261 e AsTM A500,
nos seus diversos graus, com limites
de escoamento podendo chegar a
500MPa. desta forma o uso dos tu-
bos com costura cresce significativa-
mente na construção civil brasileira,
devido a sua simplicidade de produ-
ção e redução de custos, inclusive
atendendo todos os requisitos das
obras de grande apelo arquitetônico.
As necessidades do mercado
exigem atualmente, além de profis-
sionais cada vez mais especializa-
dos como engenheiros, arquitetos,
projetistas, fabricantes de estruturas
espaciais e fabricantes de tubos que
consigam atender as crescentes exi-
gências do mercado. Neste sentido
poucas empresas estão tão prepara-
das como a voestalpine Meincol.
Investindo constantemente em
tecnologia e inovação, cabe desta-
car a revolucionária tecnologia di-
rectform que a voestalpine Meincol
passará a utilizar na sua nova fábrica
com previsão de inauguração para
o início de 2013. Com área cons-
truída de 21 mil m² a nova unidade
estará localizada em Caxias do sul
(Rs) e será a primeira empresa a uti-
lizar esta tecnologia na América do
sul, oferecendo ao mercado local a
mesma tecnologia já disponível em
outras plantas do grupo e com forte
aplicação no segmento da constru-
ção civil. Para o diretor Administrati-
vo e Comercia da empresa, Manfred
Wuble, “a estratégia é oferecer solu-
ções customizadas ao mercado que
tragam vantagens competitivas aos
clientes em tubos e perfis de aço”.
Wuble destaca a tendência de cres-
cimento do uso do aço na construção
civil. “Nos próximos anos o Brasil, seguin-
do os passos dos países desenvolvidos
que já vivenciaram esta fase há algumas
décadas, importantes eventos como a
Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as
Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro” irão
impulsionar o consumo do aço na cons-
trução civil”. Neste sentido destaca-se a
participação da voestalpine Meincol no
Estádio olímpico Municipal João Have-
lange – Engenhão. Ressalta também
que no empreendimento carioca, sede
principal dos Jogos Pan-Americanos
2007, a empresa foi responsável pelo
fornecimento dos tubos com costura
utilizados na cobertura do estádio que
resultou no fornecimento de aproxi-
madamente mil toneladas de tubos
estruturais.
A construção do estádio reuniu
inovação tecnológica, criatividade e
as mais modernas técnicas de enge-
nharia, representando uma das mais
modernas e grandiosas estruturas já
projetadas no Brasil. seu grande des-
taque é a cobertura metálica circular,
sustentada por quatro grandes arcos
tubulares de aço carbono com 2 me-
tros de diâmetro. A estrutura fabrica-
da com os produtos voestalpine Mein-
col compõe-se de tubos de aço car-
bono de 3 a 8 polegadas e espessuras
até 8 milímetros, produzidos em aço
patinável de alta resistência, seguindo
os mais altos níveis de exigência.
o Engenhão é um exemplo da
utilização que os produtos fornecidos
pela voestalpine Meincol terão nos
próximos anos. os investimentos em
infraestrutura, nos seus mais diversos
aspectos como esportes, saúde, ha-
bitação, estradas, aeroportos e hote-
laria, terão no aço - literalmente - um
de seus mais sólidos alicerces. E os es-
tádios de futebol, além de concentrar
grande parte do público e os olhares
construção civil
Estádio Olímpico João havelange (Engenhão) Rio de Janeiro, RJ
50 • Revista do Aço
Revista do Aço • 51
do mundo, simbolizam em sua com-
plexidade, a realização do sonho de
sediar eventos dessa grandeza.
Aliando o aspecto visual e a grande
eficácia, os tubos de aço “com costu-
ra” sintetizam soluções leves e muito
econômicas graças a alta resistência e
baixo peso. Permitindo planejamento
de obras e orçamentos mais precisos, a
execução dessa modalidade construti-
va passa a ser de alta precisão evitando
desperdícios variados e ganhando no
quesito estético.
sobre a voestalpine meincol:
Com 67 anos de mercado, a Mein-
col tem suas operações no Brasil e
na América do sul controladas pelo
grupo austríaco voestalpine, através
da divisão Metal Forming, o maior fa-
bricante europeu no setor de tubos
e perfis especiais. A transferência das
operações para uma corporação glo-
balizada, referência mundial no seg-
mento do aço, agregou know-how,
tecnologia e qualidade de ponta à
companhia gaúcha, que possui uni-
dade produtiva e matriz administra-
tiva instaladas em Caxias do sul (Rs).
A voestalpine Meincol disponibi-
liza ao mercado um completo mix de
produtos de aço e o mais completo
mix de tubos (de 5/8” a 10”) e perfis
a partir de aços laminados a quente,
a frio e galvanizados, produzidos de
acordo com normas vigentes ou es-
pecificações do cliente.
Com capacidade instalada para
processar aproximadamente 160 mil
toneladas de aço anuais, a empresa
oferece soluções para os segmentos
automotivo, linhas leve e pesada,
autopeças, agrícola, sucroalcooleiro,
moveleiro, construção civil, metal
mecânico, sistemas de armazena-
gem, olé o de gás, entre outros.
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52 • Revista do Aço
No mês de maio aconteceu
a 29ª Feira Internacional da
Mecânica. A feira confirmou o papel
de palco de negócios, troca de co-
nhecimento e descoberta de inova-
ções para o setor industrial. o anún-
cio de medidas governamentais de
incentivo à indústria um dia antes da
feira deu o toque que faltava. o sinal
de redução na taxa de juros, automa-
ticamente incorporada pelos bancos
representados na feira, máquinas e
equipamentos de última geração,
distribuídas pelos 85 mil metros qua-
drados da feira, assim como cente-
nas de curiosidades inovadoras, se
encarregaram de fechar o cenário
positivo. Em clima de comemoração
pelos bons resultados, vários expo-
sitores confirmaram o fechamento
de negócios e a perspectiva de in-
crementar ainda mais as vendas nos
próximos meses graças à presença
na feira.
A feira cobriu aproximadamente
25 setores da indústria, entre eles
automação e controle de processos,
equipamentos para tratamento am-
biental e refrigeração, solda e tra-
tamento de superfícies, máquinas-
-ferramenta, entre outros. Muitos
expositores confirmaram o fecha-
mento de negócios e a perspectiva
de incrementar ainda mais as vendas
nos próximos meses graças à presença
no evento.
Mecânica 2012 foi palco de negóciosreCorde de públiCo e forte presença internaCional Confirmam importânCia do evento para o setor industriallaura CaladoImagens: Divulgação
feIrA
Revista do Aço • 53
ALTA PRECISÃO E QUALIDADETECNOLÓGICA EM TREFILADOS
TUBOS TREFILADOS QUALIFICADOS
ALTO PADRÃO EM TREFILAÇÃO DE METAIS NÃO FERROSOS
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“Hoje a Mecânica representa a
principal ferramenta de marketing
e vendas para a indústria brasileira.
Todo nosso empenho na organiza-
ção desse evento é para construir
um amplo relacionamento entre
o expositor e os compradores do
setor. Além dos negócios fechados
no evento, são esses contatos ini-
ciados na Mecânica que continuam
gerando negócios na indústria, no
mínimo até o fim do ano” explica Li-
liane Bortoluci, diretora do evento.
A Index aproveitou a Mecânica
2012 para fazer o lançamento mun-
dial do torno CNC INdEX IT600, em
duas versões: com cabeçote inferior
Multifuncional e na versão com con-
traponta programável. Fabricada no
Brasil, a máquina apresenta um con-
ceito inovador em torneamento uni-
versal, unindo a renomada tecnologia
alemã com a flexibilidade brasileira.
feira
Muitas vendas foram concretizadas duran-te a feira
Index fez lançamento mundial da It600
A máquina possui dois cabeçotes
revólver para usinagem simultânea; o
cabeçote superior possui 14 estações
de ferramentas, sendo 7 acionadas. o
cabeçote inferior multifuncional pos-
sui 7 estações VdI30 e 3 estações Uni-
flex para usinagem com ferramentas
longas (até 330 mm de profundida-
de). o cabeçote multifuncional realiza
operações como usinagem interna,
função contraponta e manipulação
54 • Revista do Aço
de peças. o torno conta ainda com
um eixo Y Inteligente, gerado através
do sincronismo dos eixos, que pode
executar operações como: furação
excêntrica profunda, fresamento de
superfícies e rasgo de chaveta.
A Atlas Copco apresentou tecno-
logias que ajudam o futuro do plane-
ta e que também trazem resultados
imediatos para a indústria. Entre eles,
sopradores com tecnologia de para-
fuso. segundo a empresa, a economia
de até 40% de energia, aliada a uma
maior vida útil, tamanho compacto
e instalação simplificada são fatores
que tornam esta nova geração de so-
pradores incomparável em termos de
produtividade. No estande da Atlas
Copco, foi apresentado o compres-
sor de parafuso isento de óleo ZR 90,
como representante de sua linha com
certificação Iso 8573-1 Classe Zero.
Máquina da atlas Copco que esteve na Mecânica 2012
A Rayflex mostrou aos visitantes
do seu estande na feira uma solução
operacional para aplicação em docas
de carga e descarga na indústria: o
Conjunto para docas = Porta seccio-
nal + Abrigo Retrátil e Plataforma ni-
veladora.
disponíveis nas versões manual
e motorizada; fabricadas com pai-
néis metálicos isolantes, pintados,
formando um sanduíche de 40 mm,
preenchido com poliuretano; abertu-
ra tipo vertical, high lift ou standard,
que podem variar de acordo com a
altura do galpão; automatizadas ou
não; dimensões sob encomenda (2,50
m altura e 2,60 m largura são as mais
usuais) para operação ágil e segura.
os abrigos retráteis, fabricados em
PVC na espessura de 3 mm e com
malha de poliéster de reforço interno,
isolam as docas, reduzem perdas de
refrigeração e evitam a entrada de in-
setos, chuva e partículas em suspen-
são no processo de carga e descarga
e, assim, danos e contaminações dos
produtos. Possui sistema de abertura
retrátil que se adapta à carroceria do
caminhão. As plataformas nivelado-
ras, eletro-hidráulicas, tem parada de
emergência, relevo antiderrapante
superior, suportam cargas dinâmicas
estáticas até 10 toneladas, destinadas
a compensar a distância entre a doca
e os veículos que fazem a operação
de carga/descarga e nivelam a dife-
rença de altura entre a carroceria do
caminhão e a doca.
durante a feira, a Wafios apre-
sentou a máquina sBM 12 que tem
como base o modelo Wafios B10,
máquina 100% elétrica que curva
à direita e à esquerda. o tempo de
feira
Rayflex apresentou solução para docas
Messer fez lançamento mundial de equi-pamento
setup é reduzido devido ao conjun-
to de ferramentas específicas. A má-
quina versátil e flexível possui várias
opções de ser adaptada e equipada
com acessórios e dispositivos atra-
vés de interfaces , garantindo dessa
forma um sistema completamente
automatizado. os eixos CNC inter-
polados garantem produtividade,
enquanto que a estrutura rígida da
máquina favorece o aumento da re-
petibilidade e precisão.
Máquina da Wafios curva à direita e à esquerda
A Messer do Brasil, empresa do
grupo alemão líder mundial na ven-
da de máquinas de corte térmico, irá
expor seu mais importante modelo
de equipamento de corte térmico.
Trata-se da omniMat, primeira má-
quina de corte em chanfro a plasma
com giro infinito fabricada no País.
Indicada para empresas de médio e
grande porte dos setores de caldei-
raria, estaleiros, offshore, açúcar e ál-
cool, implementos, estruturas metá-
licas, prestadores de serviço e todos
os outros que precisam de cortes em
Revista do Aço • 55
feira
chanfro. A velocidade de posiciona-
mento da omniMat é de até 35 me-
tros por minuto. Já a capacidade de
controle é de até 32 eixos e quantas
ferramentas couberam, de acordo
com o tamanho da máquina.
A Unival Válvulas e Conexões que
atende companhias siderúrgicas, me-
talúrgicas, químicas, petroquímicas,
refinarias, usinas, empresas alimentí-
cias e etc. e representante exclusiva
da BTL Valve Group no Brasil, mostrou
na feira a linha de CPVC Industrial fa-
bricada em dimensões schedule 80, e
destinada principalmente às industrias
em instalações de adução de líquidos
corrosivos. A linha, com elevada re-
sistência química e mecânica, possui
maior resistência à corrosão e menor
perda de carga e baixa condutividade
térmica devido à matéria-prima CPVC.
o padrão das roscas é NPT con-
forme AsTM 1498 e o padrão de fura-
ção das flanges é ANsI B165.
outro estande bem visitado foi
o da Micro Automação que levou o
unival mostrou a linha CPvC industrial
Micro Motion, um produto voltado
a movimentações de alta precisão
e dinamismo. A empresa também
mostrou a Linha de Tratamento de Ar
Comprimido Micro, através de seca-
dores, separadores de condensado e
filtros especiais.
Micro Motion esteve na Mecânica 2012
56 • Revista do Aço
trumpf lançou a puncionadeira truPunch 3000 (S11) na feira
A Alcoa foi outra grande empresa que esteve presen-
te na 29ª edição da Feira da Mecânica. o destaque da
companhia foi a Rede Alumínio & Cia., maior revendedo-
ra de alumínio do Brasil e fornecedora de soluções para
mercados industrial e de construção civil. No estande
da empresa foi exposto todo o portifólio de produtos
da empresa: variedade de perfis extrudados, chapas,
folhas de alumínio, alumínio primário, fixadores, além
da amostra de aplicações do uso do alumínio, tais como
cilindro de roda usinado, bloco hidráulico, componentes
de automação, perfis para luminárias, módulos de po-
tências e máquinas industriais.
os visitantes da feira que passaram pelo estande da
Vastec puderam conhecer a nova linha de talhas elétricas
de cabo de aço, as talhas N5. sua capacidade se estende de
2t a 63t no grupo de serviço 3M (Iso M6). dentre as carac-
terísticas elétricas possui o fim de curso por chave rotativa,
que garante a segurança e a facilidade no ajuste. Painel de
controle acoplado à talha para proteção do motor e freio, é
construído respeitando os requisitos da NR 10, proporcio-
nando um sistema operacional suave e seguro de elevada
vida útil superior a 1.000.000 de manobras.
A Reitz Ferramentas Pneumáticas, de Porto Alegre,
atende o mercado de usinagem com esmerilhadeiras,
lixadeiras, Politrizes e marteletes pneumáticos, dos mais
variados tamanhos e rotações. A empresa trouxe para
o Anhembi a esmerilhadeira ER-140/2” que apresenta
alto desempenho e resistência nos processos de acaba-
mento. A ferramenta possui carcaça em alumínio com
tratamento de anodização que traz mais durabilidade a
ferramenta. seu escape de ar é frontal e o acionamento
é feito por alavanca, o que controla a entrada de ar na
ferramenta e possibilita maior controle da operação.
A Golin também esteve presente na Mecânica 2012.
A empresa que atua no mercado de trefilados, perfilados
e peças e conjuntos tubulares é hoje considerada uma
referência na indústria brasileira. Investindo em expan-
são industrial e tecnológica, a empresa mostrou na fei-
ra sua nova planta industrial, em são João da Boa Vista,
interior de são Paulo, que será dedicada a fabricação de
tubos de aço carbono com costura, que deverá ser inau-
gurada ainda neste ano.
Para comemorar quatro décadas de pesquisa e desen-
volvimento na tecnologia que transformou o mundo, a
Trumpf, companhia líder mundial no campo do laser indus-
trial e sistemas de laser, preparou um estande temático na
Feira da Mecânica com 240 metros quadrados onde foram
expostas as quatro famílias de máquinas Trumpf - corte a
laser TruLaser 5030 Fiber, dobradeira TruBend 3066, marca-
ção TruMark 5000 e o grande lançamento nacional da pun-
cionadeira TruPunch 3000 (s11). “Muitas vezes, a TRUMPF
não é a primeira a trazer uma nova tecnologia no mercado,
mas somos quase sempre os primeiros a desenvolver as no-
vas tecnologias para aplicações industriais. Esta é a nossa
missão e queremos que o caminho que começou no início
dos anos 70 em lasers de estado sólido e no início dos anos
80 com lasers de Co2, continue em outros tipos de laser“,
ressaltou João Carlos Visetti, diretor da empresa.
feira
Produtos da Golin que hoje é referência na indústria
Revista do Aço • 57
58 • Revista do Aço
Cada vez mais o setor de construção tem usado
estruturas metálicas. Elas estão presentes em
construções de vários portes como torres, pontes e edi-
fícios devido a sua versatilidade, economia e até preocu-
pação ambiental, fator que atualmente recebe atenção
de vários setores. Com a proximidade da realização de
grandes eventos esportivos no Brasil e também da neces-
sidade social e de infraestrutura, a demanda por novas
tecnologias e ganho de produção são imprescindíveis.
Pensando nesta nova oportunidade a empresa Andori-
nha que é especialista em soluções para corte de metais com
máquinas e serras de tecnologia e desempenho incompa-
ráveis e que reúne atributos que a posiciona como um dos
principais players do mercado metal-mecânico, prepara-se,
por meio de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.
Para acompanhar a tendência atual do mercado e o
aumento da demanda, a Andorinha passou a focar seus
trabalhos em máquinas e lâminas de serra fita feitas espe-
cialmente para corte de estruturas metálicas.
Na linha de corte estrutural, o destaque é a Cosen, com
máquinas que foram desenvolvidas para corte de material
estrutural reto ou em ângulo. Esta linha possui cabeçote gi-
ratório e inclinado que possibilita executar o trabalho sem
deslocar a base da máquina. A capacidade de corte destas
máquinas vai de 460 a 1500 mm, suficiente para todas as
necessidades do mercado.
Quando o assunto é lâmina de serra fita, a Andori-
nha se destaca com a Amada - linha Protector. são lâmi-
nas especialmente desenvolvidas para corte de perfis,
telhas e tubos, e produzidas exclusivamente para aço
Andorinha aposta no mercado de estruturas metálicasempresa é destaque no segmento de Corte Com nova tendênCia do merCadoImagens: divulgação
estrutural com recurso de prevenção de quebra ou ar-
ranque dos dentes.
Quando se corta material maciço, o impacto do dente
se dá uma única vez – ao iniciar o corte. Porém quando se
corta materiais estruturais, tubos ou perfis, o impacto ocorre
toda vez que a lâmina “entra” no metal. Para estas aplicações
especiais, a Andorinha por meio de resultados de testes,
garante um desempenho pelo menos, 30% superior com a
Protector que qualquer outra lâmina do mercado. o sistema
Protector é uma patente da Amada e uma exclusividade da
Andorinha para o Brasil.
Centro de Solda
Mesmo dispondo de um moderno centro de solda de
serra fita, a Andorinha está ampliando sua produção. Com
a aquisição de mais duas máquinas Ideal - BAs120 e BAs65,
modelos de alta tecnologia e desempenho, a empresa au-
mentou consideravelmente sua capacidade de solda. A
inauguração do centro de solda na cidade de Caxias do sul
(Rs) também é uma mostra do potencial da empresa. Este
centro de solda foi estrategicamente montado para dar
agilidade ao atendimento, mantendo a mesma qualidade
dos produtos Andorinha aos clientes da região sul.
As duas unidades da Andorinha são capazes de produ-
zir, conforme a medida específica de cada cliente, serras de
até 3”. o processo de solda é de extrema confiança, tanto
que a Andorinha fornece Garantia Eterna na solda. Caso
haja quebra da solda, independente da vida útil da lâmina,
o serviço é reparado sem qualquer custo ao cliente.
Informações: F: (19) 3027-7000 / 0800 771 4447
www.andorinhabr.com
máquInAs e
equIpAmenTOs
Revista do Aço • 59
60 • Revista do Aço
A Federação Nacional da dis-
tribuição de Veículos Auto-
motores (Fenabrave), entidade que
representa cerca de 7 mil concessio-
nários de veículos no Brasil, apresen-
tou o desempenho do setor no mês
de junho/2012 e os dados do primei-
ro semestre do ano. o presidente da
entidade, Flávio Meneghetti, os re-
sultados mostram o reflexo das me-
didas adotadas pelo governo para
o setor automotivo. “Houve reflexos
positivos sobre as desonerações
criadas pelo governo para estimular
o setor, que contribuíram para o au-
mento da demanda de automóveis
novos. Apuramos um expressivo au-
mento da média de vendas diárias,
Boas vendas no setor automobilísticoredução do ipi, do iof, das margens da indústria e distribuição automotiva, dos Compulsórios e spreads banCários e melhor aprovação de Crédito para finanCiamentos resultam ajudam na melhora do desempenho Redação*Fotos: divulgação
que passou de 13 mil unidades em
maio para 16 mil em junho, mas vale
considerar que parte das vendas de
automóveis realizadas em maio fo-
ram licenciadas em junho, impac-
tando mais fortemente no resultado
deste mês”, explicou Flávio Mene-
ghetti, presidente da Fenabrave.
outro fator que evidencia a re-
tomada do mercado de automóveis
está relacionado à aprovação cadas-
tral dos consumidores pelos bancos.
“o crédito melhorou. A aprovação ca-
dastral passou de 35% para 55% após
as medidas anunciadas pelo gover-
no”, comenta Meneghetti. de acordo
com o presidente da Fenabrave, o au-
mento das vendas reduziu, também,
os níveis de estoque das concessioná-
rias, que caiu de 39 dias, na média de
maio, para 27 dias em junho.
de acordo com o levantamento
feito pela entidade, o setor de dis-
tribuição de veículos (automóveis,
comerciais leves, caminhões, ônibus,
motos, implementos rodoviários e
outros veículos, como as carretinhas
de transporte) registrou crescimento
de 8,46% no mês de junho na com-
paração com maio (foram emplaca-
dos 493.512 unidades no mês pas-
sado contra 455.007 em maio). Tam-
bém houve crescimento de 2,21%
na comparação entre os meses de
junho 2011(482.850 unidades) e no
mesmo período de 2012.
merCAdO
Revista do Aço • 61
Flávio Meneghetti: aumento nas vendas é reflexo de medidas do governo
mercado
Já no acumulado, o desempe-
nho do primeiro semestre de 2012,
em todo o setor, apresentou queda
de 3,11%. Foram emplacados, nos
primeiros meses do ano, 2.663.114
unidades, contra 2.748.554 no mes-
mo período de 2011. “o resultado
positivo atingiu apenas os segmen-
tos de automóveis e comerciais
leves. os demais segmentos apre-
sentaram queda, tanto em junho de
2012 como no acumulado”, declara
Meneghetti.
Novas Projeções
Apesar do crescimento de empla-
camentos de automóveis e comer-
ciais leves em junho, a revisão do PIB,
admitida pelo mercado, que passou
de 3,5% para os atuais 2%, impactou
nas perspectivas do setor da distri-
buição automotiva. diante da atual
conjuntura da economia, a Fenabra-
ve revisou suas projeções e espera
queda de 1,47% em todo o setor
para este ano. Nos segmentos de
automóveis e comerciais leves, a pre-
visão é de ligeira queda, de 0,40%,
totalizando 3.411.784 unidades (a
previsão anterior era de 3,50%). “sem
as medidas de estímulo, certamente,
as projeções seriam mais negativas.
E, mesmo com esta recuperação, não
podemos garantir que alcançaremos
62 • Revista do Aço
unidades comercializadas. A proje-
ção anterior para o segmento era
de crescimento de 3,1%. “Para este
setor, o problema continua sendo a
falta de crédito. Atualmente, ape-
nas 17% das fichas cadastrais são
aprovadas neste segmento”, sinali-
za Alarico.
No geral, o endividamento das
famílias ainda é um fator preocu-
pante para o resultado de todo o
setor este ano. segundo dados di-
vulgados pela MB Associados, as
Classes d e E usam 88% de sua ren-
da para seus gastos fixos e, como a
maioria compromete mais de 30%
da renda na parcela de um carro, a
situação leva à inadimplência do
setor que, em maio, chegou a 6,1%.
“Porém, um fato novo e positivo é
que a curva da inadimplência já si-
nalizou uma reversão em junho, que
deverá se acentuar a partir de julho”,
explicou Meneghetti.
(*) com informações da assessoria
de imprensa da Fenabrave
mercado
confira, abaixo, o desempenho do setor em cada segmento:
Automóveis e Comerciais leves: O volume de vendas de automóveis e comerciais leves somou 340.706 unidades em junho. Os segmentos registraram crescimento de 24,18% se comparados aos 274.368 veículos comercializados em maio. Na comparação com junho/2011 (286.912 unidades), os segmentos registraram 18,75%.
Caminhões e Ônibus: Os emplacamentos de caminhões apresentaram pequena queda de 0,95% na comparação com maio. Foram licenciados 10.689 unidades em junho, contra 10.792 caminhões no mês anterior. Na comparação com junho de 2011, quando foram negociadas 14.769 unidades, o setor registrou retração de 27,63%.
O segmento de ônibus também apresentou queda no mês de junho. Foram emplacadas 1.806 unidades, contra 2.311 em maio, numa retração de 21,85%. Na comparação com o mesmo período de 2011 (2.638
unidades), o segmento registrou queda de 31,54%.
Os setores de caminhões e ônibus, juntos, apresentaram retração de 4,64%, no comparativo entre maio e junho, e retração de 28,22% na comparação com o mesmo período do ano passado.
motos: O segmento de duas rodas registrou queda de 17,29% em junho no comparativo com maio. Foram emplacadas 123.966 unidades contra 149.885 motos, respectivamente. Em relação a junho de 2011, este setor apresentou retração de 23,38%.
Implementos rodoviários: Foram vendidas 4.059 unidades em junho contra 4.720 em maio. Este setor apresentou queda de 14%.
Outros Veículos: Outros veículos, como carretinhas de transporte, motos, etc, registraram retração de 9,51% em junho. Foram comercializadas 7.280 unidades no mês passado, contra 8.045 em maio.
os mesmos resultados obtidos em
2011. Para se ter uma ideia, para isso,
seria necessário crescer 10% linear-
mente, todos os meses do segundo
semestre”, avalia o presidente da Fe-
nabrave.
o setor de caminhões deverá
contabilizar 160.702 mil unidades,
com retração de 6,93% (2,6% era a
previsão no início do ano), enquan-
to o segmento de ônibus deverá
crescer 16,87% - estimando vender
40.611 mil unidades (previsão ante-
rior era de 13,50%). “Com os incenti-
vos do Prócaminhoneiro e PsI e com
a normalização do abastecimento
de combustível para o EURo5, há
tendência de recuperação para este
setor que, no entanto, depende,
diretamente, do crescimento eco-
nômico. Assim, o que falta agora é
frete”, declara Alarico Assumpção
Júnior, presidente executivo da Fe-
nabrave.
Para ele, a situação do segmen-
to de motos é diferente, e continua
baseada no crédito. segundo as no-
vas projeções da Fenabrave o setor
de duas rodas deve encerrar 2012
com queda de 3,2%, com 1.878.520
Alarico Assumpção também acredito emme-lhora o setor de caminhões
Revista do Aço • 63
Classificados do
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Revista do Aço • 47
46 • Revista do Aço
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