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Respostas anti-predatórias em Hyla - 1 - Introdução A perda de biodiversidade A perda de biodiversidade é uma das maiores preocupações da Biologia da Conservação 1 . O grupo de Vertebrados mais afectado por esta perda de diversidade é o grupo dos anfíbios 2 que apresenta actualmente muitas populações em declínio 3-4-5-6 . Este grupo é particularmente susceptível devido aos seus constrangimentos fisiológicos, à sua fraca mobilidade e à sua extrema filopatria 7 . O declínio das populações de anfíbios é um assunto particularmente interessante não só devido ao valor intrínseco das próprias espécies de anfíbios, mas também porque estes constituem bons indicadores ambientais, isto é, os anfíbios reagem aos problemas ambientais numa fase bastante prematura e constituem portanto um reflexo dos problemas ambientais nos ecossistemas de água doce 8-9 . Na origem da perda de diversidade dos anfíbios estão diversos factores, com possibilidade de interacções bastante complexas entre eles 3-10 tais como a destruição e alteração do habitat 3-8-10 , as alterações climáticas 11 , as doenças 3-10-12 , a poluição 3-8-10 e a introdução de espécies exóticas 1-5-6-14 . O problema das introduções de espécies exóticas As consequências das introduções de espécies exóticas são particularmente nefastas em ecossistemas de água doce 1-15 . Este tipo de ecossistema é largamente utilizado pelo Homem devido à sua afinidade com sistemas de água doce, muito utilizado em comércio, indústria, transportes e actividades lúdicas, o que o torna portanto muito susceptível a introduções de espécies exóticas, entre outros problemas 16 . As consequências para as espécies nativas são diversas (transmissão de doenças, competição, predação, hibridação) e, podem ser de tal modo graves que podem conduzir à extinção local das populações de anfíbios 1-3-17 . Por estas razões as introduções são indicadas como a segunda maior causa para a perda de diversidade entre os anfíbios 1-17 .

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 1 -

Introdução

A perda de biodiversidade

A perda de biodiversidade é uma das maiores preocupações da Biologia da

Conservação1. O grupo de Vertebrados mais afectado por esta perda de diversidade é o

grupo dos anfíbios2 que apresenta actualmente muitas populações em declínio 3-4-5-6.

Este grupo é particularmente susceptível devido aos seus constrangimentos fisiológicos,

à sua fraca mobilidade e à sua extrema filopatria 7.

O declínio das populações de anfíbios é um assunto particularmente interessante não só

devido ao valor intrínseco das próprias espécies de anfíbios, mas também porque estes

constituem bons indicadores ambientais, isto é, os anfíbios reagem aos problemas

ambientais numa fase bastante prematura e constituem portanto um reflexo dos

problemas ambientais nos ecossistemas de água doce 8-9.

Na origem da perda de diversidade dos anfíbios estão diversos factores, com

possibilidade de interacções bastante complexas entre eles 3-10 tais como a destruição e

alteração do habitat 3-8-10, as alterações climáticas 11, as doenças 3-10-12, a poluição 3-8-10 e

a introdução de espécies exóticas 1-5-6-14.

O problema das introduções de espécies exóticas

As consequências das introduções de espécies exóticas são particularmente nefastas em

ecossistemas de água doce 1-15. Este tipo de ecossistema é largamente utilizado pelo

Homem devido à sua afinidade com sistemas de água doce, muito utilizado em

comércio, indústria, transportes e actividades lúdicas, o que o torna portanto muito

susceptível a introduções de espécies exóticas, entre outros problemas 16.

As consequências para as espécies nativas são diversas (transmissão de doenças,

competição, predação, hibridação) e, podem ser de tal modo graves que podem conduzir

à extinção local das populações de anfíbios 1-3-17. Por estas razões as introduções são

indicadas como a segunda maior causa para a perda de diversidade entre os anfíbios 1-17.

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A extinção local é um problema sobretudo grave neste grupo devido à dificuldade que

os anfíbios têm para recolonizar os locais onde ocorreu este tipo de extinção 7.

Procambarus clarkii – uma espécie de lagostim introduzida em Portugal

Em Portugal é de assinalar a introdução, em 1979, da espécie exótica Procambarus

clarkii (Girard, 1852) 18. Esta espécie está classificada de acordo com o decreto-lei

565/99 de 21 de Dezembro de 1999 como uma “espécie de risco ecológico”, ou seja

com um impacte negativo potencial, susceptível de causar uma modificação

significativa nos ecossistemas de um dado território (alínea l) do Artigo 2º 19-20. P.

clarkii é ainda incluindo na lista de espécies que mais ameaçam a biodiversidade na

Europa no âmbito do “EEA/SEBI2010 Expert Group on trends in invasive alien

species” e “EEA/ETC Biological Diversity” 21.

Procambarus clarkii, vulgarmente designado por Lagostim-vermelho-americano, é uma

espécie proveniente do Sul dos Estados Unidos da América e Norte do México.

Actualmente, a sua distribuição não se restringe ao seu habitat natural. O lagostim

expandiu-se naturalmente através de migrações mas, a sua vasta expansão global actual

deve-se essencialmente a introduções propositadas realizadas pelo Homem 22. Na

Europa, esta espécie foi introduzida deliberadamente com o objectivo de compensar os

baixos stocks das espécies nativas de lagostim e é neste momento a espécie de

macroinvertebrado dominante nos ecossistemas de água doce em muitos países

europeus 16-22.

Em Portugal, a introdução terá resultado da expansão de populações do Sudoeste de

Espanha 18. Os primeiros indivíduos foram detectados em Março de 1979 no rio Caia e

daí alastraram-se a praticamente todas as bacias hídrográficas de Portugal 18.

Mais a Norte do país as populações de P. clarkii têm uma menor relevância o que está

relacionado com a diminuição da temperatura e com o aumento do escoamento de água 19-23.

Esta foi uma introdução que teve bastante sucesso no sul do país, não só porque o clima

do habitat de onde o lagostim é nativo é muito semelhante ao clima do Mediterrâneo 24

mas também devido a características intrínsecas à própria espécie: o lagostim-vermelho-

americano é uma espécie extremamente oportunista, capaz de tolerar uma vasta gama de

condições ambientais 16-22-25, mesmo quando se tratam de condições extremas (p. ex. a

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sua capacidade de escavar refúgios permite-lhe sobreviver aos períodos de seca 26),

muito prolífica e extremamente agressiva 16-22-25.

Possui ainda uma estratégia alimentar bastante flexível, ocupando por isso um amplo

nicho trófico. Alimenta-se de vegetação, de detritos orgânicos e também de outros

animais, tais como moluscos, insectos, larvas, pequenos peixes e girinos 24-27.

Um estudo realizado por Correia, A.M. (2003) 27demonstrou que a maior fracção dos

conteúdos estomacais do lagostim eram de origem animal. Para detectar as suas presas o

lagostim recorre essencialmente a quimiorreceptores visto que possui uma fraca visão,

sendo o seu pico de actividade predatória durante a noite, embora possa também estar

activo durante o dia 23-25. A grande voracidade deste macroinvertebrado acarreta

obviamente impactos nas comunidades, quer animais, quer vegetais.

Em termos reprodutivos trata-se de uma espécie extremamente prolífica. Atinge a

maturidade bastante cedo e tem uma alta fecundidade 16-24. Em climas quentes como o

mediterrânico, uma fêmea pode produzir até três gerações no mesmo ano e, pode

produzir em cada geração cerca de 600 indivíduos viáveis 28.

Um estudo realizado por Cruz e Rebelo (2005) 29demonstrou que as consequências da

introdução desta espécie são negativas para todas as espécies de anfíbios do sul do país,

pois o lagostim é um predador de massas de ovos e girinos de todas as treze espécies de

anfíbios desta região. Cruz et al. (2006) 30 voltaram a incidir o estudo sobre estas 13

espécies de anfíbios, tendo concluído que o lagostim tem a capacidade para eliminar

populações de anfíbios dos seus locais de procriação, predando ovos e girinos ou

tornando as massas de água impróprias para ovoposição, ou seja, a presença deste

predador exótico é responsável pelo decréscimo da riqueza específica de anfíbios nos

seus locais de reprodução. Finalmente outro estudo com relevância foi levado a cabo

por Cruz e Rebelo (2007) 31 onde concluíram que este predador tem a capacidade de

ocupar a maior parte das massas de água, até mesmo as de menores dimensões e menos

profundas. Os autores referem ainda que, num futuro próximo a maior parte dos lagos

permanentes do Sudoeste Ibérico serão colonizados por esta espécie exótica e que os

lagos efémeros, embora corram um menor risco de colonização, poderão ser várias

vezes recolonizados se estiverem localizados perto de um rio ou lago permanente.

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Apesar de actualmente a única espécie de lagostim presente em Portugal ser P. clarkii,

até à década de 1980 era possível encontrar no Nordeste do país a espécie nativa

Austropotamobius pallipes (Lereboullet, 1858), o Lagostim-de-patas-brancas. P. clarkii

é apontado entre outras causas, como responsável pela extinção local desta espécie

nativa 32-33.

Respostas anti-predatórias

A predação tem um papel fundamental nos processos de co-evolução de tal forma que, é

dada como uma das forças evolutivas mais fortes. Como resultado deste tipo de co-

evolução presa-predador, as presas desenvolvem adaptações anti-predatórias que,

segundo Kats e Ferrer (2003) 6 são fundamentais para que a coexistência seja possível

pois, se não adoptarem nenhum tipo de mecanismo que impeça a predação, as presas

acabarão por se extinguir.

As adaptações antipredatórias são de diversas naturezas - morfológicas,

comportamentais, de desenvolvimento, entre outras. É de salientar que as alterações

comportamentais surgem com uma maior facilidade e mais rapidamente que alterações

morfológicas ou nos padrões de desenvolvimento ou seja, a plasticidade é maior para

características comportamentais 34-35-36.

Porém, tem-se verificado que algumas espécies têm a capacidade de desenvolver, em

períodos relativamente curtos de tempo, adaptações anti-predatórias face à introdução

de predadores exóticos. No caso particular do lagostim-vermelho-americano, Gonçalves

e Rebelo (2006) 37 verificaram que a espécie nativa Alytes cisternasii apresenta já

alterações comportamentais anti-predatórias quando na presença de P.clarkii 37, embora

essas alterações sejam menos acentuadas quando comparadas com a resposta anti-

predatória ao predador nativo Natrix maura 38.

As características anti-predatórias são consideradas como adaptativas no sentido em que

aumentam a sobrevivência da espécie, tornando-a menos vulnerável à predação 29-34-35-

39-40-41 e podem ser específicas para cada tipo de predador 35-42-43-44-45.

No que diz respeito às respostas comportamentais, a diminuição da actividade natatória

e de alimentação 35-36-39-41-42-46-47-48, a maior utilização de refúgios 39-46-49, alteração do

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microhabitat e o afastamento em relação ao predador 41-46-49-50-51-52-53, parecem ser as

mais frequentes.

Relativamente às características morfológicas e de desenvolvimento verifica-se que os

girinos alteram a forma e tamanho do corpo e cauda 35-40-42-43-44-54-55-56-57 ou o período

larvar, que passa a ser mais reduzido (a metamorfose ocorre mais cedo) o que leva a

uma diminuição do tempo de contacto com o predador 41-50-58-59.

Qualquer resposta anti-predatória depende da capacidade das presas para detectarem o

predador 36. Para detectarem os predadores, os girinos recorrem essencialmente a três

tipos de pistas: químicas, mecânicas e visuais 46-49. No entanto são as pistas químicas

aquelas que assumem um papel mais importante, pois em ambientes aquáticos, onde a

visibilidade é reduzida, são mais fáceis de identificar 36-46-49-60-61. Kats et al. (1988)

verificaram que em pelas menos duas ordens e quatro famílias de anfíbios o risco de

predação era identificado principalmente através de pistas químicas 49. Estas pistas

podem ser libertadas pelo próprio predador mas também por conspecíficos feridos 49-54 e

podem permanecer na água durante vários dias 62.

As pistas libertadas por conspecíficos feridos são aquelas que assumem uma maior

importância na avaliação do risco de predação 63. Ao serem feridos, os girinos libertam

feromonas de alarme, dando assim indicação aos seus conspecíficos da existência de

perigo 64. Estas pistas assumem um papel fundamental na “aprendizagem” para

reconhecimento de predadores o que tem um enorme valor em termos de sobrevivência

face a predadores introduzidos 64

Numa segunda fase os girinos podem adquirir a capacidade de reconhecer não só pistas

químicas de conspecíficos feridos mas também o próprio predador 64.

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Objectivos do estudo

Com este estudo pretende-se verificar de que modo as duas espécies de Hyla em estudo

(Hyla arborea e Hyla meridionalis) respondem à presença do predador exótico

Procambarus clarkii por comparação com as respostas a um predador autóctone –

larvas da família Aeshnidae - com as quais os girinos apresentam já uma longa história

de co-evolução.

Para avaliar este tipo de respostas estudou-se a plasticidade comportamental e fenotípica

das duas espécies. Para avaliar a plasticidade comportamental estudou-se o nível de

actividade dos girinos e a sua tendência ou não para se manterem afastados do predador

e de estruturas que podem funcionar como refúgio. Para avaliar a plasticidade fenotípica

estudaram-se variações no desenvolvimento e na morfologia.

Este melhor conhecimento do modo como os girinos respondem à presença da espécie

introduzida é fundamental para traçar planos de combate a este problema e melhor

compreender o porquê do declínio das populações de Hyla 9-16. Permite também prever

quais as espécies que melhor suportarão, no futuro, a predação por parte de P. clarkii.

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Metodologia

Espécies em estudo

Anfíbios

Este estudo teve incidência nas duas espécies europeias do Género Hyla - Hyla

meridionalis e Hyla arborea. Ambas as espécies pertencem à ordem Anura, família

Hylidae 65.

Hyla arborea (Linnaeus, 1758) é vulgarmente conhecida por rela ou rela-comum. Esta

espécie tem uma ampla distribuição Paleártica: em Portugal apenas não é detectada a

sua presença no interior alentejano e no Algarve 65-67-68 (Figs.1 e 2 - Anexo I). Em 2008,

Hyla arborea foi classificada como “Não ameaçada” segundo a lista vermelha da IUCN

embora haja uma tendência para o decréscimo nas suas populações 65.

É uma espécie de baixas altitudes, com uma altitude máxima verificada de 2300 metros.

No que diz respeito ao seu habitat, os adultos são encontrados em locais ricos em

vegetação e húmidos. A época de reprodução ocorre entre Abril e Junho e as posturas

são colocadas em zonas de água parada ou com pouca corrente e com alguma vegetação

aquática 67-68.

Hyla meridionalis (Boettger, 1874) é vulgarmente conhecida por rela-meridional. Esta

espécie tem uma distribuição que abrange alguns países do Sul da Europa (Portugal,

Espanha e França) e Norte de África. Em Portugal, pode ser encontrada a Sul do rio

Tejo 66-67-68 (Figs.3 e 4 – Anexo I). Esta espécie foi em 2008 classificada como “Não

ameaçada” segundo a lista vermelha da IUCN 66.

À semelhança da Hyla arborea também esta espécie habita locais com vegetação

abundante e húmidos 67-68. A época de reprodução ocorre entre Fevereiro e Abril e, os

ovos são depositados entre vegetação aquática 67-68.

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Predadores

O predador exótico alvo deste estudo foi o lagostim-vermelho-americano (Procambarus

clarkii).

O predador autóctone alvo deste estudo foram ninfas de Odonatos (libélulas) da família

Aeshnidae 69.

As ninfas desta família de insecto são aquáticas e caracterizam-se pela sua enorme

voracidade. Os seus hábitos alimentares incluem girinos, peixes e até mesmo outras

ninfas de Aeshna 69.

Trata-se de um predador com uma estratégia de caça sit-and-wait, ou seja permanece

parado sob a vegetação e quando a presa se aproxima projecta o lábio e imobiliza-a com

os palpos labiais (obs.pess.).

Captura e manutenção dos indivíduos

Os girinos de Hyla foram capturados manualmente recorrendo a camaroeiros de rede

fina, de cor verde e malha de 1 mm.

A captura de girinos foi feita com vista a três objectivos: para a experiência em si e para

alimentação dos predadores.

A tabela seguinte resume os locais de captura dos indivíduos:

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Tabela 1 – Locais de captura de girinos

Experiência

Alimentação de

predadores

Hyla arbórea

Ulme

Ribatejo

Melides (arrozais)

Baixo Alentejo

Hyla meridionalis

Herdade da Ribeira

Abaixo Grândola Baixo Alentejo

Herdade da Ribeira

Abaixo Grândola Baixo Alentejo

Os girinos em experiência foram alimentados de quatro em quatro dias com comida

comercial para peixe TETRA (28% proteínas; 3,5% gordura; 2% fibra; 7% cinza; 7%

humidade; 52,5% hidratos de carbono), flocos de comida para peixe (peixes e sub-produtos

de peixes, cereais, leveduras, subprodutos de origem vegetal, extractos de proteínas vegetais,

óleos e gorduras, algas e substâncias minerais) e ainda com alface previamente fervida.

Os girinos utilizados na alimentação de predadores foram mantidos em caixas de PVC

(40 cm x 60 cm x 37,5 cm) e alimentados ad libitum com o mesmo tipo de alimento

utilizado com os girinos em experiência.

Os indivíduos de Procambarus clarkii foram capturados em vários locais onde era

conhecida a sua presença (e.g. Herdade da Ribeira Abaixo – Grândola, Comporta,

Melides, entre outros locais).

As capturas foram feitas recorrendo a armadilhas de funil, que eram colocadas no final

da tarde e recolhidas no dia seguinte, utilizando comida comercial para gato como isco.

Os indivíduos foram mantidos em piscinas montadas no exterior e alimentados com

pescada, comida comercial para peixe, comida comercial para gato e com possíveis

detritos que caíssem no interior da piscina.

As larvas de Aeshna foram capturadas recorrendo a camaroeiros de rede fina e foram

mantidas em caixas individuais para evitar canibalismo.

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Estas capturas foram realizadas em diversos locais tais como na Herdade da Ribeira

Abaixo – Grândola, Comporta, Melides, Santa Margarida do Sado entre outros.

Os indivíduos que permaneceram fora da experiência foram alimentados com girinos

semanalmente.

Experiência

A experiência decorreu em laboratório, na Ecoteca do Centro de Biologia Ambiental

(CBA) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, localizada na Herdade da

Ribeira Abaixo (Grândola).

Unidade experimental

A unidade experimental consistiu numa

caixa de PVC (altura 28 cm x largura 39

cm x profundidade 28 cm) contendo 10

litros de água desclorada. No canto direito

da caixa foi colocada uma estrutura a

simular vegetação (fitas plásticas presas a

uma pedra)

e no centro uma gaiola suspensa num fio

de nylon.

As gaiolas foram construídas a partir de garrafas de água de 1,5L para os lagostins e

0,33 L para as ninfas de Aeshna, com ambos os lados cortados de modo a formar um

cilindro. Nas extremidades foram colocadas redes de malha fina, no caso das ninfas de

Aeshna e de arame no caso dos lagostins. As gaiolas foram ainda forradas com plástico

preto de modo a evitar o contacto visual entre os predadores e os girinos.

Fig.1- Esquema da unidade experimental

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Estas gaiolas permitiram a circulação de água e consequentemente a libertação de sinais

químicos, evitando no entanto o contacto físico e directo entre girinos em experiência e

predadores.

Datas, número de réplicas e tratamentos experimentais

A experiência com Hyla meridionalis iniciou-se no dia 8 de Abril de 2008 e com Hyla

arborea no dia 17 de Junho de 2008. A entrada dos girinos na experiência deu-se

quando estes atingiram o nível de desenvolvimento 25 da tabela de desenvolvimento de

Gosner 70.Ambas as experiências terminaram no dia 6 de Outubro de 2008.

Foram realizados 5 tratamentos distintos para cada espécie, com 5 réplicas cada um.

Cada réplica incluiu 10 girinos e um ou nenhum predador. As réplicas foram dispostas

em grupos (cada grupo incluiu uma réplica de cada tratamento), denominados “blocos”.

A disposição dos blocos dentro do laboratório e dos tratamentos dentro de cada bloco

foi feita aleatoriamente. A posição de cada uma das réplicas nas estantes e no

laboratório foi gerada aleatoriamente recorrendo ao EXCEL ®.

Todos os aquários foram mantidos num fotoperíodo de 12 horas (garantido através da

utilização de luz artificial) e sob as mesmas condições de temperatura (T ar: 19,5ºC a

25ºC; T água: 16ºC a 25ºC).

De maneira a garantir as boas condições de oxigenação da água, todas as semanas foram

substituídos 5 litros de água por água nova desclorada.

Os tratamentos experimentais foram os seguintes:

1) Tratamento com pistas químicas libertadas pelo predador exótico e pelos

conspecíficos feridos (LA – “lagostim alimentado”).

2) Tratamento com pistas químicas libertada pelo predador exótico (LNA – “lagostim

não alimentado”)

3) Tratamento com pistas químicas libertadas pelo predador autóctone e pelos

conspecíficos feridos (AA – “Aeshna alimentada”).

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4) Tratamento com pistas químicas libertada pelo predador autóctone (ANA – “Aeshna

não alimentada”)

5) Controlo, sem predador (C)

Houve uma rotação dos predadores a cada 15 dias entre os vários aquários, de modo a

excluir qualquer variável que se pudesse relacionar com características do próprio

predador. Os predadores dos tratamentos LA e AA foram alimentados de dois em dois

dias com girinos conspecíficos dos presentes na experiência. Os predadores dos

tratamentos LNA e ANA não foram alimentados durante os 15 dias que durou a rotação.

Monitorização de parâmetros comportamentais, de desenvolvimento e morfológicos

Alterações comportamentais

No sentido de avaliar a existência ou não de respostas comportamentais por parte dos

girinos procedeu-se a 4 sessões de registo de actividade. A primeira sessão de registo do

nível de actividade coincidiu com a entrada dos girinos na experiência (poucas horas

após o início), a segunda sessão ocorreu uma semana mais tarde, a terceira sessão foi

realizada a meio do desenvolvimento larvar dos girinos e finalmente a quarta sessão foi

realizada quando os girinos iniciaram a metamorfose.

Cada sessão de registo incluiu observações diurnas e nocturnas. Foi efectuada a

contagem do número de indivíduos activos/inactivos, o número de indivíduos perto da

gaiola e também o número de indivíduos perto da vegetação simulada. Cada sessão foi

repetida 5 vezes.

Estas observações foram feitas tentando sempre reduzir ao máximo perturbações por

parte dos observadores.

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Alterações morfológicas e no desenvolvimento

Os girinos foram pesados e fotografados em quatro fases distintas do seu

desenvolvimento:

- no início da experiência

- a meio do desenvolvimento larvar

- no início da metamorfose

- no fim da metamorfose

Nestas quatro fases os girinos foram pesados individualmente recorrendo a uma balança

electrónica centesimal. O excesso de água foi retirado por passagem rápida de cada

girino por papel absorvente.

Foram também registadas as datas de início e fim de período larvar assim como início e

fim de período de metamorfose para avaliar as durações destes períodos.

Também nas quatro fases acima referidas, os girinos foram fotografados contra uma

escala milimétrica.

Os parâmetros morfológicos medidos foram aqueles que, segundo fontes bibliográficas,

estão sujeitos a uma maior plasticidade 56-58 e são os seguintes:

Meio do período larvar:

1) Comprimento Total do Corpo 2) Comprimento da Cabeça 3) Altura da Cabeça

(início da membrana caudal) 4) Comprimento da Membrana Caudal 5) Comprimento

do músculo caudal 6) Altura Máxima da Cauda 7) Altura Máxima do Músculo Caudal

Início da metamorfose:

1) Comprimento Total 2) Comprimento do Corpo 3) Altura do Corpo 4) Altura

Máxima do Corpo 5) Comprimento da Membrana Caudal 6) Comprimento do músculo

caudal 7) Altura Máxima da Cauda 8) Altura Máxima do Músculo Caudal

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Fim da metamorfose:

1) Comprimento do Corpo (SUL) 2) Largura da Cabeça 3) Comprimento do Fémur

Direito 4) Comprimento do Fémur Esquerdo 5) Largura Máxima do Fémur Direito 6)

Largura Máxima do Fémur Esquerdo 7) comprimento da tíbia direita 8) comprimento

da tíbia esquerda 9) largura máxima da tíbia direita 10) largura máxima da tíbia

esquerda

Tratamento estatístico dos dados

Comparação dos tratamentos “controlo” entre as duas espécies de Hyla

Para comparar quer o nível de actividade quer as zonas do aquário ocupadas entre os

tratamentos “controlo” para as duas espécies de Hyla, os dados foram convertidos em

proporções (de girinos activos em relação a 10, o total de girinos presente em cada

aquário). Para testar as diferenças entre estas proporções, foi necessário transformar os

dados recorrendo à transformação “arco-seno da raiz quadrada”, após o que se realizou

testes t. O mesmo teste foi utilizado para despistar diferenças entre as duas espécies nos

períodos larvar e de metamorfose das duas espécies.

Dados referentes a alterações comportamentais

Os resultados referentes à actividade dos girinos foram convertidos em proporções (de

girinos activos em relação a 10, o total de girinos presente em cada aquário). Para testar

as diferenças entre estas proporções, foi necessário transformar os dados recorrendo à

transformação “arco-seno da raiz quadrada”. As comparações foram depois realizadas

recorrendo a análises de variância univariadas.

Quando os pressupostos de homogeneidade de variâncias e normalidade não foram

cumpridos recorreu-se à abordagem não-paramétrica: teste de Kruskal-Wallis para

comparar os diferentes tratamentos e teste de Mann-Whitney para avaliar variações

circadianas.

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 15 -

Sempre que foram observadas diferenças significativas procedeu-se a testes se testes a

posteriori LSD (Least Significant Distance) para verificar que tratamentos eram

significativamente diferentes entre si.

Dados referentes a alterações morfológicas e do desenvolvimento

Os dados relativos a pesos e duração dos períodos larvar e de metamorfose foram

testados recorrendo a uma análise de variância factorial na qual foram testados os

tratamentos e os blocos.

Sempre que foram observadas diferenças significativas procedeu-se a testes se testes a

posteriori LSD (Least Significant Distance) para verificar que tratamentos eram

significativamente diferentes entre si.

Os pressupostos foram sempre verificados (homogeneidade de variâncias e

normalidade) e quando não foram cumpridos, a informação sobre os blocos não foi

considerada e recorri a testes não-paramétricos: teste de Kruskal-Wallis.

Os dados morfológicos foram obtidos através de medições com o auxílio do programa

de medição de imagens SigmaScanPro – Image Analysis Versão 5.0.0. Para analisar os

dados referentes às medições morfológicas procedeu-se primeiro a uma PCA (análise de

componentes principais) com o objectivo de reduzir a dimensionalidade. Após obter as

componentes principais, as análises de variância foram realizadas utilizando os resíduos

de regressão entre cada parâmetro morfológico e o primeiro factor da PCA.

Os pressupostos foram sempre verificados e quando não foram cumpridos, a informação

sobre os blocos não foi considerada e recorri a testes não-paramétricos: teste de

Kruskal-Wallis.

Para realizar as análises estatísticas recorri ao programa StatSoft -STATISTICA (versão

7.0) e considerei um nível de significância α = 0,05.

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 16 -

Resultados Diferenças entre Hyla meridionalis e Hyla arborea

Para detectar diferenças entre as duas espécies testaram-se os dados referentes aos

tratamentos controlo para garantir que os dados não eram afectados pelos predadores

e/ou indícios de predação de conspecíficos.

Nível de actividade e zonas do aquário ocupadas

Início da experiência

O nível de actividade não variou significativamente entre as duas espécies (t18 = -1,830,

p> 0,05) assim como a proximidade à gaiola (t18 = -0,060, p> 0,05).

Os girinos de H. meridionalis aproximaram-se significativamente mais da vegetação

simulada que os girinos de H. arborea (t18 = 2,146, p<0,05) (Gráf.1).

Gráfico 1 – Proporção de indivíduos próximos da vegetação simulada nas duas espécies de

Hyla, no início da experiência. A caixa representa um erro padrão, e os limites representam a

média ±1,96*erro padrão.

1 2

Hyla meridionalis / Hyla arborea

0,48

0,50

0,52

0,54

0,56

0,58

0,60

0,62

0,64

0,66

0,68

0,70

0,72

0,74

0,76

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os p

róxi

mos

da

vege

taçã

o si

mul

ada

H. meridionalis H. arborea

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 17 -

A meio do período larvar

O nível de actividade não variou significativamente entre as duas espécies (t18 = 0,850,

p> 0,05) assim como a proximidade à vegetação simulada (t18 = 0,245, p> 0,05) e a

proximidade à gaiola (t18 = -1,442, p> 0,05).

Início do período de metamorfose

O nível de actividade não variou significativamente entre as duas espécies (t18 = -0,879,

p>0,05) assim como a proximidade à vegetação simulada (t18 = 1,232, p>0,05) e a

proximidade à gaiola (t18 = 1,672, p>0,05).

Fim do período de metamorfose

O nível de actividade não variou significativamente entre as duas espécies (t18 = 0,987,

p>0,05) assim como a proximidade à gaiola (t18 = -0,111, p>0,05).

Os girinos de H. meridionalis voltaram a aproximar-se significativamente mais da

vegetação simulada que os girinos de H. arborea (t18= 0,987, p<0,05) (Gráf.2).

Gráfico 2 – Proporção de indivíduos próximos da vegetação simulada nas duas espécies de

Hyla no fim do período de metamorfose. A caixa representa um erro padrão, e os limites

representam a média ±1,96*erro padrão.

1 2

Hyla meridionalis / Hyla arborea

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

0,55

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os p

róxi

mos

da

vege

taçã

o si

mul

ada

H. meridionalis H. arborea

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 18 -

Desenvolvimento

Duração do período larvar

O período larvar de H. meridionalis foi significativamente mais longo que o período

larvar de H. arborea (t210=2,970, p <0,05). Os girinos de H. meridionalis tiveram um

período larvar de aproximadamente 95 dias ao passo que os girinos de H. arborea

tiveram um período larvar de aproximadamente 68 dias (Gráf. 3).

Gráfico 3 Duração do período larvar, em dias, nas duas espécies de Hyla. A caixa representa

um erro padrão, e os limites representam a média ±1,96*erro padrão.

1 2

Meridionalis / Arborea

40

50

60

70

80

90

100

110

Dur

ação

do

perío

do la

rvar

(dia

s)

H. meridionalis H. arborea

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 19 -

Duração do período de metamorfose

A duração do período de metamorfose foi significativamente mais longa em H.

meridionalis (aproximadamente 5 dias) que em H. arborea (aproximadamente menos de

1 dia) (p182=6,273, p<0,0000) (Gráf. 4).

Gráfico 4 - Duração do período de metamorfose, em dias, nas duas espécies de Hyla . A caixa

representa um erro padrão, e os limites representam a média ±1,96*erro padrão.

Pesos

Início da experiência

Os girinos de H. meridionalis eram significativamente mais pesados que os girinos de

H. arborea no início da experiência (t48=5,950, p<0,0000), pesando aproximadamente 3

vezes mais que os girinos de H. arborea (Gráf.5).

1 2

Meridionalis / Arborea

-1

0

1

2

3

4

5

6

Dur

ação

do

perío

do d

e m

etam

orfo

se (d

ias)

H. meridionalis H. arborea

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 20 -

1 2

Meridionalis / Arborea

0,10

0,12

0,14

0,16

0,18

0,20

0,22

0,24

0,26

0,28

Peso

s no

mei

o da

exp

eriê

ncia

(gra

ma)

H. meridionalis H. arborea

Gráfico 5- Pesos dos girinos no início da experiência, em grama, nas duas espécies de Hyla. A

caixa representa um erro padrão, e os limites representam a média ±1,96*erro padrão.

Meio do período larvar

Os girinos de H. meridionalis continuaram a apresentar pesos significativamente superiores (1,67 vezes superiores) aos de H. arborea (t84=4,234, p< 0,0000) (Gráf.6).

Gráfico 6 - Pesos dos girinos no meio do período larvar, em grama, nas duas espécies de Hyla.

A caixa representa um erro padrão, e os limites representam a média ±1,96*erro padrão.

1 2

Meridionalis / Arborea

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0,07

Peso

s no

iníc

io d

a ex

periê

ncia

(gra

ma)

H. meridionalis H. arborea

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 21 -

Início do período de metamorfose

Os girinos de H. meridionalis continuaram a apresentar pesos significativamente

superiores (aproximadamente 1,6 vezes superiores) aos de Hyla arborea (t32 = 4,484, p <

0,0000) (Gráf.7).

Gráfico 7 - Peso dos girinos no inicio do período de metamorfose, em gramas, nas duas

espécies de Hyla. A caixa representa um erro padrão, e os limites representam a média

±1,96*erro padrão.

Fim do período de metamorfose

No fim da metamorfose deixaram de se verificar diferenças significativas entre os pesos

das duas espécies (t26 = 1,743, p> 0,05).

1 2

Meridionalis / Arborea

0,12

0,14

0,16

0,18

0,20

0,22

0,24

0,26

0,28

0,30

Peso

s no

iníc

io d

a m

etam

orfo

se (g

ram

a)

H. meridionalis H. arborea

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 22 -

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,05

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os a

ctiv

os =

Arc

Sin

(Sqr

t (x)

)

LA LNA AA ANA C

Comparação entre tratamentos espécies

Alterações comportamentais em H. meridionalis

Início da experiência

Comparação dia / noite Comparando os resultados obtidos durante as observações diurnas e as observações

nocturnas verificou-se que os girinos foram em geral menos activos durante o dia (F (1,48)

=86,076, p <0,0001); porém não houve qualquer variação circadiana no que diz respeito à

proximidade à vegetação simulada (F (1,48) =0,291, p> 0,05) nem à proximidade em

relação à gaiola (F (1,48) =0,256, p> 0,05).

Observações diurnas Os girinos submetidos aos tratamentos com Aeshna (Aeshna alimentada e Aeshna não

alimentada) foram significativamente menos activos que os dos restantes tratamentos (F

(4,20) =5,89, p <0,01) (Gráf. 8)(Tab.1, AnexoII).

Gráfico 8 – Comparação da proporção de indivíduos activos por tratamento no início da

experiência, no período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam

o intervalo de confiança de 95%.

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 23 -

Quanto à proximidade à vegetação simulada, os girinos sujeitos ao tratamento com

Aeshna alimentada aproximaram-se significativamente menos da vegetação que os

girinos dos restantes tratamentos (F (4,20) =3,621, p <0,05) (Gráf. 9) (Tab.2, Anexo II).

Gráfico 9 – Comparação da proporção de indivíduos na vegetação simulada, no início da

experiência durante o período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais

indicam o intervalo de confiança de 95%.

No que diz respeito à proximidade dos girinos à gaiola não houve qualquer diferença

significativa entre tratamentos (F (4,20) =0,712, p> 0,05).

Observações nocturnas

Durante o período nocturno os girinos sujeitos aos tratamentos “Lagostim alimentado” e

“Aeshna alimentada” apresentaram um nível de actividade significativamente menor em

relação aos dos restantes tratamentos (F (4,20) =4,989, p <0,05) (Gráf.10) (Tab.3, AnexoII).

1 2 3 4 5Tratamento

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

Núm

ero

de in

dídu

os n

a ve

geta

ção

= A

rcS

in (S

qrt(x

))

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 24 -

Gráfico 10– Comparação da proporção de indivíduos activos no início da experiência durante o

período nocturno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de

confiança de 95%

No caso das observações referentes à proximidade à vegetação simulada e à

proximidade à gaiola não foram verificadas quaisquer diferenças significativas entre

tratamentos (F(4,20)=0,427, p>0,05 e F(4,20) = 0,477, p>0,05 , respectivamente).

A meio do período larvar

Comparação dia / noite

O nível de actividade dos girinos foi significativamente menor durante o dia do que

durante a noite (F(1,48)=4,834, p<0,05). Quer para a proximidade à vegetação simulada

quer para a proximidade à gaiola não houve quaisquer diferenças significativas entre

tratamentos (F(1,48)=0,054, p>0,05 e F(1,48)=0,01, p>0,05) .

1 2 3 4 5

Tratamento

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

0,55

0,60Pr

opor

ção

de in

diví

duos

act

ivos

= A

rcSi

n (S

qrt (

x))

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 25 -

Observações diurnas

Não foram verificadas diferenças significativas para qualquer um dos parâmetros

analisados (nível de actividade – teste de Kruskal-Wallis, H(4,25)=5,980, p>0,05;

proximidade à vegetação simulada – F(4,20)=0,572, p>0,05 ; proximidade à gaiola –

F(4,20)=0,815, p>0,15)).

Observações nocturnas

À semelhança do que se havia observado no período diurno também aqui não foram

verificadas diferenças significativas (nível de actividade – F(4,20)=0,163, p>0,05;

proximidade à vegetação simulada – F(4,20)=0,200, p>0,05 ; proximidade à gaiola –

F(4,20)=1,628, p>0,15)).

Início da metamorfose

Comparação dia / noite

O único parâmetro para o qual houve uma variação entre as observações diurnas e

nocturnas foi para a proximidade à gaiola - os girinos mantiveram-se significativamente

mais afastados da gaiola durante a noite (F(1,48)=4,342, p<0,05). Quer para o nível de

actividade (F(1,48)=2,896, p>0,5) quer para a proximidade à vegetação simulada

(F(1,48)=0,692, p<0,5) não foram verificadas diferenças significativas entre tratamentos.

Observações diurnas

Relativamente ao nível de actividade não foram verificadas diferenças significativas

entre tratamentos (F(4,20)=1,451, p>0,05).

Já no que diz respeito à utilização da vegetação simulada, os girinos submetidos ao

tratamento “Aeshna alimentada” aproximara-se menos que os restantes girinos

(F(4,20)=4,607, p<0,05) (Gráf. 11) (Tab. 4, AnexoII).

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 26 -

Gráfico 11 – Comparação da proporção de indivíduos na vegetação simulada no início da

metamorfose, durante o período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais

indicam o intervalo de confiança de 95%

Os girinos sujeitos aos tratamentos com Aeshna (“Aeshna alimentada” e “Aeshna não

alimentada”) aproximaram-se significativamente menos das gaiolas dos predadores que

os girinos dos restantes tratamentos (F(4,20)=5,807, p<0,005) (Gráf. 12) (Tab. 5, AnexoII).

1 2 3 4 5

Tratamento

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7P

ropo

rção

de

indi

vídu

os n

a ve

geta

ção

= A

rcS

in (S

qrt (

x))

LA LNA AA ANA C

1 2 3 4 5

Tratamento

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Prop

orçã

o in

diví

duos

na

gaio

la =

Arc

Sin

(Sqr

t (x)

)

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 27 -

Gráfico 12 – Comparação da proporção de indivíduos próximos das gaiolas no início da

metamorfose , durante o período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais

indicam o intervalo de confiança de 95%

Observações nocturnas

Os girinos sujeitos ao tratamento “Aeshna alimentada” são significativamente menos

activos que os girinos sujeitos aos tratamentos “controlo”, “lagostim não alimentado” e

“Aeshna não alimentada” (F (4,20) =4,540, p> 0,05) (Gráf. 13) (Tab. 6, AnexoII).

Gráfico 13– Comparação da proporção de indivíduos activos no início da metamorfose durante

o período nocturno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo

de confiança de 95%

Quer para a proximidade à vegetação simulada (F(4,20)=1,455, p>0,05) quer para a

proximidade à gaiola (F(4,20)=0,807, p>0,5) não houve quaisquer diferenças significativas

entre tratamentos.

1 2 3 4 5

Tratamento

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os n

a ga

iola

= A

rcSi

n (S

qrt (

x))

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 28 -

Fim da metamorfose

Comparação dia / noite

Para qualquer um dos três parâmetros analisados não houve qualquer variação

circadiana (nível de actividade – F (1,48) = 1,296, p> 0,05; proximidade à vegetação

simulada – F(1,48)= 0,0861, p>0,05; proximidade à gaiola F(1,48)= 0,1626, p>0,05).

Observações diurnas

Para os três parâmetros nível de actividade e não houve qualquer diferença significativa

entre tratamentos (nível de actividade – F(4,20)= 2,706, p>0,05; proximidade à vegetação

simulada F(4,20)=2,230, p>0,05 proximidade à gaiola F(4,20)= 0,332, p>0,05)

Apesar de não existirem diferenças significativas parece haver uma tendência para os

girinos do sujeitos ao tratamento “Aeshna alimentada” serem menos activos que os

restantes. (Tab. 7, AnexoII).

Observações nocturnas

Os girinos sujeitos ao tratamento “Aeshna alimentada” foram significativamente menos

activos que os submetidos aos tratamentos “controlo” e “Aeshna não alimentada”

(F(4,20)=4,182, p<0,05) (Gráf. 14)( Tab. 8, AnexoII).

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 29 -

Gráfico. 14– Comparação da proporção de indivíduos activos no fim da metamorfose, durante o

período nocturno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de

confiança de 95%

No que diz respeito à proximidade à vegetação simulada não há qualquer variação entre

tratamentos (teste de Kruskal-Wallis ,H (4,25) =8,394, p> 0,05), o mesmo se verificou para

a proximidade à gaiola (F(4,20)= 0,33201, p>0,05)

1 2 3 4 5

Tratamento

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1Pr

opor

ção

de in

diví

duos

act

ivos

= A

rcSi

n (S

qrt (

x))

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 30 -

Tabela 2 – Resumo - parâmetros comportamentais - Hyla meridionalis

Nível de

actividade

Proximidade à

vegetação simulada

Proximidade à

gaiola

Início da experiência

Dia / Noite

↓dia

Dia

↓AA ↓ANA

↓AA

Noite

↓AA ↓LA

Meio do período larvar

Dia / Noite

Dia

Noite

Início da metamorfose

Dia / Noite

↓noite

Dia

↓AA

↓AA ↓ANA

Noite

↓AA

Fim da metamorfose

Dia / Noite

Dia

↓AA

Noite

↓AA

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 31 -

1 2 3 4 5

Tratamento

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os a

ctiv

os =

Arc

Sin

(Sqr

t (x)

)

LA LNA AA ANA C

Alterações comportamentais - Hyla arborea

Início da experiência

Comparação dia / noite

Os girinos apresentaram um nível de actividade significativamente menor durante o

período diurno (F(1,48)= 11,319, p<0,005).

Para os outros dois parâmetros analisados não houve qualquer tipo de variação

circadiana (proximidade à vegetação simulada - F(1,48)= 0,228, p>0,05; proximidade à

gaiola - F(1,48)= 0,221, p>0,05)

Observações diurnas

Os girinos submetidos ao tratamento “Aeshna alimentada” apresentaram um nível

inferior de actividade em relação aos girinos submetidos aos restantes tratamentos

F(4,20)=3,608, p<0,05) (Gráf. 15)( Tab. 9, AnexoII).

Gráfico. 15– Comparação da proporção de indivíduos activos no início da experiência, durante

o período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de

confiança de 95%

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 32 -

Em relação à proximidade à vegetação não houve diferenças significativas entre

tratamentos (F(4,20)=2,154, p>0,05).

Quanto à proximidade à gaiola, os girinos sujeitos aos tratamentos “Lagostim

alimentado” e “Aeshna alimentada” aproximam-se significativamente menos das gaiolas

que os girinos do tratamento controlo (teste de Kruskal-Wallis ,H (4,25) =12,191 p> 0,02)

(Gráf. 16)( Tab. 10, AnexoII).

Gráfico 16– Comparação da proporção de próximos da gaiola, no inicio da experiência, durante

o período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de

confiança de 95%.

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,15

-0,10

-0,05

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os n

a ga

iola

= A

rcSi

n (S

qrt (

x))

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 33 -

Observações nocturnas

Quanto ao nível de actividade não houve diferenças significativas entre tratamentos (F

(4,20) =0,105, p> 0,05) assim como para proximidade à gaiola (F (4,20) =2,470, p> 0,05).

No que diz respeito à proximidade à vegetação simulada também não foram detectadas

diferenças significativas (F (4,20) =1,304, p> 0,05) porém parece haver uma tendência para

os girinos do tratamento Lagostim alimentado se aproximarem menos da vegetação

simulada (Tab. 11, AnexoII).

A meio do período larvar

Comparação dia / noite

Os girinos apresentam um nível de actividade que varia significativamente do período

diurno para o período nocturno (F (1,48) =14,275, p <0,001). Os girinos de uma forma geral

são mais activos durante a noite.

Quanto à proximidade à vegetação (F (1,48) =0,253, p> 0,05) e à proximidade à gaiola (F

(1,48) =0,263, p> 0,05) não houve quaisquer diferenças significativas.

Observações diurnas

Os girinos sujeitos ao tratamento “Aeshna alimentada” foram significativamente menos

activos que os girinos dos restantes tratamentos (F(4,20)=3,438, p<0,05)(Gráf. 17) (Tab.

12, AnexoII).

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 34 -

Gráfico 17– Comparação da proporção de indivíduos activos no meio do período larvar durante

o período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de

confiança de 95%

Não houve qualquer diferença significativa na proximidade à vegetação simulada entre

tratamentos (F (4,20) =1,719, p> 0,05).

Os girinos submetidos ao tratamento “Aeshna alimentada” mantiveram-se

significativamente mais afastados da gaiola que os girinos dos restantes tratamentos (F

(4,20) =2,980, p <0,05) (Gráf. 18) (Tab. 13, AnexoII).

1 2 3 4 5

Tratamento

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os a

ctiv

os =

Arc

Sin

(Sqr

t (x)

)

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 35 -

Gráfico 18– Comparação da proporção de indivíduos próximos da gaiola no meio do período

larvar, durante o período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais

indicam o intervalo de confiança de 95%

Observações nocturnas

Quer para o nível de actividade (F(4,20)=2,725, p>0,05) quer para a proximidade à

vegetação simulada (F(4,20)=1,235, p>0,05) não houve diferenças significativas entre

tratamentos.

Os girinos submetidos ao tratamento “Aeshna alimentada” aproximam-se

significativamente menos da gaiola que os girinos sujeitos aos tratamentos “Aeshna não

alimentada” e “controlo” (F(4,20)=4,980, p<0,05) (Gráf. 19) (Tab. 14, AnexoII).

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,2

-0,1

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os n

a ga

iola

= A

rcSi

n (S

qrt (

x))

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 36 -

Gráfico. 19 – Comparação da proporção de indivíduos próximos da gaiola no meio do período

larvar , durante o período nocturno. O ponto central representa a média e as barras verticais

indicam o intervalo de confiança de 95%

Início da metamorfose

Comparação dia / noite

Os girinos apresentam um nível de actividade que varia significativamente do período

diurno para o período nocturno (F (1,48) =11,319, p <0,001). Os girinos de uma forma geral

foram mais activos durante a noite.

Quanto à proximidade à vegetação simulada (teste de Mann-Whitney, U (23) =305,500,

p>0,05) e à proximidade à gaiola (F(1,48)=0,221, p>0,05) não houve quaisquer diferenças

significativas.

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,1

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6Pr

opor

ção

de in

diví

duos

na

gaio

la =

Arc

Sin

(Sqr

t (x)

)

LA LNA AA ANA C

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- 37 -

Observações diurnas

Os girinos sujeitos ao tratamento “Aeshna alimentada” foram significativamente menos

activos que os girinos sujeitos aos restantes tratamentos (F (4,20) =3,860, p <0,05) (Gráf.

20) (Tab. 15, AnexoII).

Gráfico 20 – Comparação da proporção de indivíduos activos no inicio da metamorfose,

durante o período diurno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o

intervalo de confiança de 95%

Relativamente à proximidade à vegetação simulada (F(4,20)=2,413, p>0,05) e à

proximidade à gaiola (F(4,20)=1,639, p>0,05) não houve quaisquer diferenças

significativas entre tratamentos.

1 2 3 4 5

Tratamento

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os a

ctiv

os =

Arc

Sin

(Sqr

t (x)

)

LA LNA AA ANA C

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- 38 -

Observações nocturnas

À semelhança do que se havia verificado no período diurno os girinos submetidos ao

tratamento “Aeshna alimentada” foram significativamente menos activos que os girinos

sujeitos aos restantes tratamentos (F (4,20) =6,597, p <0,005) (Gráf. 21) (Tab. 16, AnexoII).

Gráf.íco 21 – Comparação da proporção de indivíduos activos no inicio da metamorfose,

durante o período nocturno. O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o

intervalo de confiança de 95%

Relativamente à proximidade à vegetação simulada (F (4,20) =1,736, p> 0,05) e à

proximidade à gaiola (F (4,20) =1,819, p> 0,05) não houve quaisquer diferenças

significativas entre tratamentos.

1 2 3 4 5

Tratamento

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

Prop

orçã

o de

indi

vídu

os a

ctiv

os =

Arc

Sin

(Sqr

t (x)

)

LA LNA AA ANA C

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- 39 -

Fim da metamorfose

Comparação dia / noite

Os girinos apresentam um nível de actividade que varia significativamente do período

diurno para o período nocturno (F (1,48) =13,312, p <0,001), sendo mais activos durante a

noite.

Quanto à proximidade à vegetação (F (1,48) =0,552, p> 0,05) e à proximidade à gaiola (F

(1,48) =0,016, p> 0,05) não houve quaisquer diferenças significativas.

Observações diurnas

Para qualquer um dos parâmetros analisados não houve diferenças significativas entre

tratamentos (nível de actividade – F (4,20) =1,796, p> 0,05; proximidade à vegetação

simulada – F (4,20) =1,679, p> 0,05; proximidade à gaiola – F (4,20) =0,526, p> 0,05).

Observações nocturnas

Para qualquer um dos parâmetros analisados não houve diferenças significativas entre

tratamentos (nível de actividade – F (4,20) =1,077, p> 0,05; proximidade à vegetação

simulada – F (4,20) =0,173, p> 0,05; proximidade à gaiola – F (4,20) =2,079, p> 0,05).

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 40 -

Tabela 3 – Resumo dos resultados – parâmetros comportamentais - Hyla arborea.

Nível de actividade

Proximidade à

vegetação simulada

Proximidade à

gaiola

Início da experiência

Dia / Noite

↓dia

Dia

↓AA

Noite

Meio do período larvar

Dia / Noite

↓dia

Dia

↓AA

↓AA

Noite

↓AA

Início da metamorfose

Dia / Noite

↓dia

Dia

↓AA

Noite

↓AA

Fim da metamorfose

Dia / Noite

↓dia

Dia

Noite

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 41 -

Alterações no desenvolvimento em Hyla meridionalis

Duração do período larvar

Não houve diferenças significativas na duração do período larvar entre tratamentos

(F(4,140)=1,317, p>0,05).

Duração do período de metamorfose

Não houve diferenças significativas na duração do período de metamorfose entre

tratamentos (F(4,123)=1,637, p>0,05).

Alterações no desenvolvimento em Hyla arborea

Duração do período larvar

Não houve diferenças significativas na duração do período larvar entre tratamentos

(F(4,140)= 1,9768, p>0,05).

Duração do período de metamorfose

Não houve diferenças significativas na duração do período de metamorfose entre

tratamentos (F(4,123)= 1,7723, p>0,05).

Alterações na morfologia em Hyla meridionalis

Pesos no inicio da experiência

Não houve diferenças significativas de pesos entre tratamentos (F(4,100)=0,057, p >0,05).

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 42 -

Pesos a meio do período larvar

Não houve diferenças significativas de pesos entre tratamentos (F(4,217)=1,743, p >0,05).

Pesos no inicio da metamorfose

Houve diferenças significativas de pesos entre tratamentos (F(4,140)=4,675, p <0,05). (Gráf.

22) (Tab.17, Anexo II)

As diferenças foram significativas entre o tratamento controlo e os dois tratamentos com

Aeshna (alimentada e não alimentada). Os tratamentos com lagostim apresentaram

diferenças significativas face a ambos os tratamentos com Aeshna.

Gráfico 22 – Comparação dos pesos no início da metamorfose. O ponto central representa a

média e as barras verticais indicam o intervalo de confiança de 95%

1 2 3 4 5

Tratamento

0,22

0,23

0,24

0,25

0,26

0,27

0,28

0,29

0,30

0,31

0,32

0,33

0,34

Peso

iníc

io d

a m

etam

orfo

se (g

)

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 43 -

Pesos no fim da metamorfose

Não houve diferenças significativas de pesos entre tratamentos (F(4,121)=0,391, p >0,05).

Medições morfológicas a meio do período larvar

Nos girinos sujeitos ao tratamento Aeshna alimentada a cabeça apresenta maior

comprimento quando comparado com os dos restantes girinos (F (4,218) =5,350, p <0,001)

(Gráf. 23) (Tab.18, Anexo II).

Gráfico 23 – Diferenças no comprimento da cabeça dos girinos a meio do período larvar

(resíduos). O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de

confiança de 95% A escala dos YY refere-se aos resíduos da regressão entre o comprimento da

cabeça e o 1º factor de uma PCA efectuada sobre todas as medidas biométricas dos girinos

desta espécie.

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,4

-0,3

-0,2

-0,1

0,0

0,1

0,2

0,3

Com

prim

ento

da

cabe

ça (r

esíd

uos)

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 44 -

Para os parâmetros altura da cabeça verificou-se que nos girinos submetidos aos

tratamentos “Aeshna alimentada” e “Aeshna não alimentada”, a altura foi

significativamente menor (F (4,218) =5,167, p <0,001) (Gráf. 24) (Tab.19, Anexo II).

Gráfico 24 – Diferenças na altura da cabeça dos girinos a meio do período larvar (resíduos). O

ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de confiança de 95%

A escala dos YY refere-se aos resíduos da regressão entre a altura da cabeça e o 1º factor de

uma PCA efectuada sobre todas as medidas biométricas dos girinos desta espécie.

Os girinos dos sujeitos aos tratamentos com Aeshna (alimentada e não alimentada)

apresentam uma membrana caudal significativamente mais curta em relação à dos

girinos dos restantes tratamentos (F(4, 218)=5,1669, p=,00054) (Gráf. 25) (Tab.20, Anexo

II).

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,3

-0,2

-0,1

0,0

0,1

0,2

0,3

Altu

ra d

a ca

beça

(res

íduo

s)

LA LNA AA ANA C

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- 45 -

Gráfico 25 – Diferenças no comprimento da membrana caudal a meio do período larvar

(resíduos). O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de

confiança de 95% .A escala dos YY refere-se aos resíduos da regressão entre o comprimento da

membrana caudal e o 1º factor de uma PCA efectuada sobre todas as medidas biométricas dos

girinos desta espécie.

Relativamente ao comprimento do músculo caudal nãos e verificaram diferenças

significativas entre tratamentos (F(4,218)=2,054, p>0,05).

Quanto à altura da membrana caudal verificou-se que para os girinos submetidos a

tratamentos com Aeshna (alimentada e não alimentada) apresentam membranas

significativamente mais altas que as dos restantes girinos (F(4,218)=28,532, p<0,0001)

(Gráf. 26) (Tab.21, Anexo II)

Current effect: F(4, 218)=5,1669, p=,00054

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,3

-0,2

-0,1

0,0

0,1

0,2

0,3

Com

prim

ento

da

mem

b. c

auda

l (re

sidu

os)

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 46 -

Gráfico 26 – Diferenças na altura da membrana caudal a meio do período larvar (resíduos). O

ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de confiança de 95%.

A escala dos YY refere-se aos resíduos da regressão entre a altura da membrana caudal e o 1º

factor de uma PCA efectuada sobre todas as medidas biométricas dos girinos desta espécie.

Os girinos sujeitos aos tratamentos “Aeshna alimentada”, “Aeshna não alimentada” e

“Lagostim alimentado” apresentaram músculos caudais significativamente mais

desenvolvidos que os dos restantes tratamentos (F (4,218) =5,543, p> 0,001) (Gráf. 27)

(Tab.22, Anexo II)

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

Altu

ra d

a m

embr

ana

caud

al (r

esíd

uos)

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 47 -

Gráfico 27 – Diferenças na altura do músculo caudal a meio do período larvar (resíduos). O

ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de confiança de 95%

A escala dos YY refere-se aos resíduos da regressão entre a altura do músculo caudal e o 1º

factor de uma PCA efectuada sobre todas as medidas biométricas dos girinos desta espécie.

Medições morfológicas no início da metamorfose

Para os parâmetros comprimento da cabeça (F(4,138)=2,303, p>0,05), altura e altura

máxima da cabeça (F(4,138)=1,500, p>0,05), comprimento da membrana caudal

(F(1,138)=1,604, p>0,05), comprimento do músculo caudal (F(1,138)=0,990, p>0,05), altura

máxima da membrana caudal (F(1,138)=1,211, p>0,05) e para a altura máxima do músculo

caudal (F(1,138)=0,773, p>0,05) não houve quaisquer diferenças significativas entre

tratamentos.

1 2 3 4 5

Tratamento

-0,10

-0,08

-0,06

-0,04

-0,02

0,00

0,02

0,04

0,06

0,08

0,10

0,12

Altu

ra m

áxim

a do

mús

culo

cau

dal (

resí

duos

)

LA LNA AA ANA C

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 48 -

Medições morfológicas no fim da metamorfose Para os parâmetros largura da cabeça (F (4,121) =2,047, p> 0,05), comprimento do fémur

direito (F(4,120)=0,133, p>0,05), comprimento do fémur esquerdo (F(4,120)=1,062, p>0,05),

largura do fémur direito (F(4,119)=1,137, p>0,05), largura do fémur esquerdo (F(4,119)=0,373,

p>0,05), comprimento da tíbia direita (F(4,120)=0,365, p >0,05), comprimento da tíbia

esquerda (F(4,120)=0,738, p>0,05), largura da tíbia direita (F(4,121)=1,191, p>0,05) e para a

largura da tíbia esquerda (F(4,120)=0,288, p>0,05) ) não houve quaisquer diferenças

significativas entre tratamentos.

Alterações na morfologia em Hyla arborea

Pesos no inicio da experiência

Não houve diferenças significativas de pesos entre tratamentos (F (4,100) =0,391, p> 0,05).

Pesos a meio do período larvar

Não houve diferenças significativas de pesos entre tratamentos (F (4,145) =0,093, p> 0,05).

Pesos no inicio da metamorfose

Não houve diferenças significativas de pesos entre tratamentos (F (1,18) =1,287, p> 0,05).

Pesos no fim da metamorfose

Não houve diferenças significativas de pesos entre tratamentos (F (4,31) =1,772, p> 0,05).

Medições morfológicas a meio do período larvar

No que diz respeito ao comprimento da membrana caudal verificou-se que os girinos do

submetidos ao tratamento “Aeshna alimentada” possuem membranas caudais

significativamente mais longas que os girinos dos restantes tratamentos (H(4,173)=23,122,

p<0,001) (Gráf. 28) (Tab.23, Anexo II)

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 49 -

Gráfico. 28 – Diferenças no comprimento da membrana caudal a meio do período larvar

(resíduos). O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de

confiança de 95% A escala dos YY refere-se aos resíduos da regressão entre a altura da

membrana caudal e o 1º factor de uma PCA efectuada sobre todas as medidas biométricas dos

girinos desta espécie.

Relativamente à altura máxima da membrana caudal verificou-se que os girinos do

submetidos ao tratamento “Aeshna alimentada” possuem membranas mais altas que os

girinos sujeitos aos tratamentos “Lagostim alimentado” e “Controlo” (teste de Kruskal-

Wallis H(4,173)=13,773, p<0,05) (Gráf. 29) (Tab.24, Anexo II)

1 2 3 4 5

Tratamento

-6

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Res

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 50 -

1 2 3 4 5

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-1,8

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0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2R

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máx

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b. c

auda

l

LA LNA AA ANA C

Gráfico 29 – Diferenças na altura máxima da membrana a meio do período larvar (resíduos). O

ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de confiança de 95%

A escala dos YY refere-se aos resíduos da regressão entre a altura máxima da membrana e o 1º

factor de uma PCA efectuada sobre todas as medidas biométricas dos girinos desta espécie.

Não se verificaram diferenças significativas entre tratamentos nos parâmetros:

comprimento da cabeça (teste de Kruskal-Wallis, H(4,173)=5,276 p>0,05), altura da cabeça

(F(4,148)=2,175, p>0,05), comprimento do músculo caudal (F(4,148)=0,486, p>0,05) e altura

máxima do músculo caudal (F(4,148)=1,054, p>0,05).

Morfologias no início da metamorfose

Para os parâmetros comprimento da cabeça (F(4,30)= 0,374, p>0,05), altura e altura

máxima da cabeça (F(4,30)= 0,854, p>0,05), comprimento da membrana caudal

(F(4,30)=1,610, p>0,05), comprimento do músculo caudal (F(4,30)=0,480, p>0,05), altura

máxima da membrana caudal (teste de Kruskal-Wallis, H(4,35)=3,063, p>0,05 ) e para a

altura máxima do músculo caudal (F(4,30)=1,410, p>0,05) não houve quaisquer

diferenças significativas entre tratamentos.

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 51 -

Morfologias no fim da metamorfose

Para os parâmetros largura da cabeça (F (4,25) =1,328, p> 0,05), comprimento do fémur

direito (F(4,25)=0,092, p>0,05), largura do fémur direito (F(4,25)=1,256, p>0,05), largura

do fémur esquerdo (teste de Kruskal-Wallis, H(4,30)=2,264, p>0,05 ), comprimento da

tíbia esquerda (teste de Kruskal-Wallis, H(4,30)=5,502, p>0,05 ) e largura da tíbia

esquerda (F(4,25)=1,259, p>0,05) não houve diferenças significativas entre tratamentos.

Os girinos sujeitos ao tratamento “Lagostim alimentado” apresentaram um menor

comprimento do fémur esquerdo (F(4,25)=2,828, p<0,05) que os girinos sujeitos aos

tratamentos “Lagostim não alimentado” e “Aeshna não alimentada” (Gráf. 30) (Tab.25,

Anexo II).

Gráfico 30 – Diferenças no comprimento do fémur esquerdo no fim da metamorfose (resíduos).

O ponto central representa a média e as barras verticais indicam o intervalo de confiança de

95%. A escala dos YY refere-se aos resíduos da regressão entre o comprimento do fémur

esquerdo e o 1º factor de uma PCA efectuada sobre todas as medidas biométricas dos girinos

desta espécie.

1 2 3 4 5

Tratamento

-1,0

-0,8

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

Res

iduo

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 52 -

Os girinos sujeitos ao tratamento “Lagostim alimentado” apresentaram uma largura da

tíbia direita (F(4,25)=2,973, p<0,05) superior à verificada nos girinos sujeitos aos

tratamentos “Lagostim não alimentado”, Aeshna alimentada e Aeshna não alimentada

(Gráf. 31).

Gráfico 31 – Diferenças na largura da tíbia direita (resíduos). O ponto central representa a

média e as barras verticais indicam o intervalo de confiança de 95%. O ponto central representa

a média e as barras verticais indicam o intervalo de confiança de 95%. A escala dos YY refere-

se aos resíduos da regressão entre a largura da tíbia direita e o 1º factor de uma PCA efectuada

sobre todas as medidas biométricas dos girinos desta espécie.

1 2 3 4 5

T ratam ento

-0,3

-0,2

-0,1

0,0

0,1

0,2

0,3

Res

iduo

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 53 -

Discussão:

Ambas as espécies de Hyla apresentaram alterações comportamentais e morfológicas

quando na presença conjunta de pistas libertadas pelo predador autóctone e pelos

conspecíficos feridos, ou seja, grande parte das alterações observadas ocorreram em

girinos sujeitos ao tratamento “Aeshna alimentada” (AA).

Embora menos significativas, ocorreram também alterações em girinos do tratamento

“Aeshna não alimentada (ANA)”. Em alguns casos surgiram alterações nos girinos

sujeitos ao tratamento “Lagostim alimentado”. Porém parecem não reconhecer o

predador exótico isoladamente.

Numa fase inicial compararam-se os dados referentes aos tratamentos “controlo” das

duas espécies em estudo para melhor compreender as diferenças em termos de

plasticidade de H. arborea e H. meridionalis. Os períodos larvar e de metamorfose de

foram significativamente mais curtos em H. arborea, o que poderá conferir aos

indivíduos desta espécie uma vantagem em termos de sobrevivência em habitats mais

“perigosos”, ou seja, com maior quantidade ou diversidade de predadores. Segundo

alguns autores, esta maior rapidez a atingir o estado adulto é vantajosa pois os

indivíduos reduzem significativamente o tempo de contacto com os predadores e

consequentemente a probabilidade de serem predados 41,50,58,59.

Relativamente aos pesos, verificou-se que, com excepção dos pesos medidos no fim da

metamorfose, H. meridionalis apresentou pesos superiores o que pode ser explicado

pela maior duração dos seus períodos larvar e de metamorfose.

O nível de actividade não variou significativamente entre as duas espécies; no entanto

verificou-se que os indivíduos de H. meridionalis se aproximaram significativamente

mais da vegetação simulada que os indivíduos de H. arborea.

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 54 -

Analisando isoladamente os dados referentes a alterações comportamentais em H.

meridionalis, verificou-se que a maior parte das respostas comportamentais

aconteceram em girinos sujeitos ao tratamento com “Aeshna alimentada” (AA). De uma

forma geral os girinos diminuíram a sua actividade neste tratamento, o que evidencia

uma resposta anti-predatória ao predador autóctone em conjunto com pistas libertadas

por conspecíficos feridos. Sendo Aeshna um predador do tipo sit-and-wait, a diminuição

da actividade poderá diminuir a probabilidade de detecção. Neste sentido é possível

admitir que esta alteração em termos comportamentais poderá ser uma resposta anti-

predatória, caso aumente a capacidade de sobrevivência dos girinos 29-34-35-39-40-41.

Os girinos foram também menos activos quando submetidos ao tratamento “Aeshna não

alimentada (ANA)” na primeira sessão de monitorização da actividade, o que pressupõe

que terão a capacidade para responder não só a pistas libertadas por conspecíficos

feridos, mas também a pistas libertadas pelo próprio predador.

Um estudo levado a cabo por Mandrillon, A.L. (2005) com Bufo bufo demonstrou que

numa fase inicial do contacto com um predador, os girinos podem associar as pistas do

predador às de conspecíficos feridos, conseguindo mais tarde reconhecer o predador

isoladamente. Este processo pode também estar a ocorrer com H. meridionalis,

explicando-se assim o facto de a maior parte das respostas aconteceram em relação a

Aeshna alimentada.

Outro facto interessante tem que ver com a menor proximidade dos girinos à vegetação

quando sujeitos ao tratamento “Aeshna alimentada (AA)”, na primeira sessão de

monitorização da actividade. As ninfas de libélula são vulgarmente encontradas em

vegetação 69 e é possível que os girinos tenham a capacidade de reconhecer zonas do

corpo de água com este aspecto como um local pouco seguro, e daí manterem-se

afastados.

É ainda importante referir que foram verificadas alterações comportamentais logo no

início da experiência (menos de 12 horas após o seu início), o que evidencia que os

girinos têm a capacidade para responder aos predadores numa fase muito precoce do seu

desenvolvimento, e logo após os primeiros contactos com o predador.

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 55 -

Ainda em relação à análise da actividade de H. meridionalis, verificou-se que no início

da experiência os girinos submetidos aos tratamentos “Aeshna alimentada (AA)” e

“Lagostim alimentado (LA)” apresentaram um menor nível de actividade quando

comparados com os girinos dos tratamentos restantes. Embora tenham ocorrido

diferenças significativas com o tratamento”Lagostim alimentado” (LA), estas não

deverão ser o reflexo de uma resposta ao predador exótico, pois tal resposta não se

voltou a observar nas sessões de monitorização de actividade seguintes. Poderá ser

simplesmente uma resposta a pistas libertadas por conspecíficos.

Analisando os dados referentes à variação circadiana em H. meridionalis (ignorando o

factor tratamento e analisando os dados todos no conjunto) verificou-se que ao longo do

desenvolvimento houve uma tendência para os girinos serem menos activos durante o

dia e mais activos durante a noite. Esta poderá ser uma resposta anti-predatória a ninfas

de odonatos, (como Aeshna sp., usada na experiência), já que se trata de um tipo de

predador que caça essencialmente durante o dia, pois depende da visão para detectar as

presas 69.

O facto dos girinos aumentarem a sua actividade durante a noite poderá ser um indício

de que não estarão a reconhecer o predador exótico pois, este é essencialmente activo

durante a noite. E assim, esta maior actividade nocturna dos girinos, na natureza poderia

representar uma desvantagem em termos de sobrevivência.

Analisando isoladamente os dados referentes a alterações comportamentais de H.

arborea, verificou-se que as diferenças entre tratamentos, quando existentes, eram

sempre relativas a girinos submetidos ao tratamento “Aeshna alimentada”, salvo raras

excepções.

Os girinos ao longo de todo o seu desenvolvimento foram sempre menos activos no

período diurno à semelhança do que foi verificado com H. meridionalis.

Com excepção da última sessão de monitorização de actividade (correspondente ao fim

da metamorfose), os girinos sujeitos ao tratamento “Aeshna alimentada” apresentaram

sempre um nível de actividade inferior. Nas duas primeiras sessões de monitorização de

actividade verificou-se que também os girinos deste tratamento se mantinham mais

afastados da gaiola do predador que os girinos dos restantes tratamentos.

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Respostas anti-predatórias em Hyla

- 56 -

Em termos comportamentais H. meridionalis apresenta uma maior diversificação em

termos de alterações quando comparada com H. arborea.

Ao contrário de H. arborea, os girinos de H. meridionalis parecem ter a capacidade para

reconhecer não só as pistas libertadas pelo predador autóctone em conjunto com as dos

conspecíficos feridos mas também as do predador autóctone isoladamente.

De uma forma geral os girinos das duas espécies parecem não reconhecer o predador

exótico como um potencial perigo à sua sobrevivência pois não se observaram

alterações comportamentais nos tratamentos com lagostim não alimentado salvo uma

única excepção referida anteriormente.

O facto de os girinos não alterarem o seu comportamento quando sujeitos ao tratamento

de “Lagostim alimentado” evidencia que não só não reconhecem o predador como

também não identificam as pistas dos conspecíficos feridos isoladamente.

Estes resultados estão de acordo com um estudo realizado por McCollum (1997) 54 em

que girinos de Hyla chrysoscelis não responderam a predadores não alimentados com

conspecíficos. As respostas só surgiram em predadores alimentados.

Em resumo, os girinos das duas espécies reconhecem o conjunto de pistas libertadas

pelo predador autóctone e conspecíficos feridos alterando os seus comportamentos.

Apenas H. meridionalis parece ter a capacidade de reconhecer o predador autóctone por

si só.

Relativamente a respostas morfológicas verificou-se mais uma vez uma maior

plasticidade em H. meridionalis do que em H. arborea.

As variações morfológicas para ambas as espécies ocorreram a meio do período larvar.

Nos estádios mais avançados, as diferenças anteriormente verificadas desapareceram.

Este facto poderá ser explicado pelas alterações morfológicas que os girinos sofrem no

início da metamorfose, e pela possível canalização do desenvolvimento durante este

processo 71

Os girinos de H. meridionalis apresentaram diferenças entre tratamentos ao nível da

cabeça, da membrana caudal e do músculo caudal. Os girinos sujeitos aos tratamentos

com Aeshna (AA e ANA) apresentaram cabeças mais altas e membranas caudais mais

altas e curtas. As mesmas respostas foram encontradas num estudo realizado com Rana

pirica - na presença de larvas de libélula, estas desenvolveram membranas caudais mais

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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altas 43. Os girinos destes mesmos tratamentos em conjunto com os girinos sujeitos ao

tratamento com “Lagostim alimentado” apresentaram músculos caudais mais

desenvolvidos. Esta característica está associada a uma melhor capacidade natatória dos

girinos, assim como a respostas imediatas mais rápidas perante o contacto táctil com o

predador55. e poderá representar um resposta anti-predatória aos predadores.

Relativamente a Hyla arborea surgiram apenas respostas em termos morfológicos no

fim da metamorfose, para o tratamento com Lagostim alimentado. No entanto, a

amostra na qual se baseou esta análise era mais reduzida que a inicial (devido à morte

de alguns girinos no início da metamorfose), o que retira alguma confiança à

interpretação deste resultado.

Concluindo, verificou-se que a maior parte das alterações foram comportamentais. Este

tipo de alteração é mais comum que alterações morfológicas, ocorrendo com maior

facilidade 34,35,36.

Ao contrário do que se sucede com H. meridionalis, H.arborea tem uma longa história

de contacto com a espécie de lagostim nativo (Austropotamobius pallipes) pelo que

seria expectável que tivesse uma maior capacidade de resposta em relação ao lagostim

introduzido, apresentando um maior número de alterações que H. meridionalis. No

entanto, tal história de contacto não se reflectiu em termos de respostas anti-predatórias.

O facto de ambas as espécies não terem a capacidade de desenvolver alterações quando

na presença do predador exótico poderá constituir um enorme problema para as

populações locais das duas espécies de Hyla, podendo conduzir a extinções locais 6 .

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Anexo I – Distribuição geográfica das duas espécies de Hyla estudadas Figura 1 - Mapa de distribuição europeia de Hyla arborea 65

Figura 2 - Mapa de distribuição de Hyla arborea em Portugal 72

Fonte: IUCN

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Figura 3 -Mapa de distribuição europeia de Hyla meridionalis 66

Figura 4 - Mapa de distribuição de Hyla meridionalis em Portugal 72

Fonte: IUCN

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Anexo II – testes post-hoc (LSD – Fisher) As diferenças significativas estão sinalizadas a vermelho.

Tabela 1- Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no início da experiência, no período diurno. Experiência com Hyla merdionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,581504 0,003605 0,009805 0,640787 LNA 0,581504 0,012727 0,032756 0,313446 AA 0,003605 0,012727 0,663047 0,001203 ANA 0,009805 0,032756 0,663047 0,003354 C 0,640787 0,313446 0,001203 0,003354

Tabela 2 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos na vegetação simulada, no início da experiência durante o período diurno. Experiência com Hyla merdionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,804491 0,005422 0,637424 0,908365 LNA 0,804491 0,009531 0,822161 0,717169 AA 0,005422 0,009531 0,015732 0,004157 ANA 0,637424 0,822161 0,015732 0,558415 C 0,908365 0,717169 0,004157 0,558415

Tabela 3 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no início da experiência durante o período nocturno. Experiência com Hyla merdionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,096196 0,686635 0,107971 0,029117 LNA 0,096196 0,196419 0,002660 0,552123 AA 0,686635 0,196419 0,049392 0,066458 ANA 0,107971 0,002660 0,049392 0,000651 C 0,029117 0,552123 0,066458 0,000651

Tabela 4 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos na vegetação simulada no início da metamorfose, durante o período diurno. Experiência com Hyla merdionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,605517 0,009948 0,610160 0,290717 LNA 0,605517 0,003027 0,309512 0,581367 AA 0,009948 0,003027 0,030410 0,000823 ANA 0,610160 0,309512 0,030410 0,124560 C 0,290717 0,581367 0,000823 0,124560

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Tabela 5 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos na vegetação simulada no início da metamorfose, durante o período diurno. Experiência com Hyla merdionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,487339 0,027112 0,033301 0,214913 LNA 0,487339 0,005745 0,007179 0,572910 AA 0,027112 0,005745 0,922398 0,001536 ANA 0,033301 0,007179 0,922398 0,001932 C 0,214913 0,572910 0,001536 0,001932

Tabela 6 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no início da metamorfose durante o período nocturno. Experiência com Hyla merdionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,024653 0,322695 0,060275 0,057519 LNA 0,024653 0,002569 0,665830 0,682928 AA 0,322695 0,002569 0,006991 0,006625 ANA 0,060275 0,665830 0,006991 0,981198 C 0,057519 0,682928 0,006625 0,981198

Tabela 7 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no fim da metamorfose durante o período diurno. Experiência com Hyla merdionalis.

Tabela 8 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no fim da metamorfose durante o período nocturno. Experiência com Hyla merdionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,658725 0,315150 0,015948 0,095876 LNA 0,658725 0,154803 0,040997 0,208644 AA 0,315150 0,154803 0,001544 0,011610 ANA 0,015948 0,040997 0,001544 0,386500 C 0,095876 0,208644 0,011610 0,386500

Tabela 9 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no início da experiência, durante o período diurno. Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,441263 0,026253 0,923162 0,343723 LNA 0,441263 0,004646 0,387538 0,855766 AA 0,026253 0,004646 0,032197 0,003047 ANA 0,923162 0,387538 0,032197 0,298468 C 0,343723 0,855766 0,003047 0,298468

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,242187 0,722105 0,040067 0,054318 LNA 0,242187 0,133054 0,333703 0,411361 AA 0,722105 0,133054 0,018810 0,025976 ANA 0,040067 0,333703 0,018810 0,881037 C 0,054318 0,411361 0,025976 0,881037

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Tabela 10 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número indivíduos próximos da gaiola, no inicio da experiência, durante o período diurno. Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,554062 0,242790 0,018343 0,043463 LNA 0,554062 0,086084 0,063284 0,135886 AA 0,242790 0,086084 0,001199 0,003120 ANA 0,018343 0,063284 0,001199 0,684367 C 0,043463 0,135886 0,003120 0,684367

Tabela 11 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos próximos da vegetação no inicio da experiência, durante o período nocturno. Experiência com Hyla arborea..

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,239723 0,422493 0,569239 0,042437 LNA 0,239723 0,698574 0,533873 0,350599 AA 0,422493 0,698574 0,812633 0,192528 ANA 0,569239 0,533873 0,812633 0,127785 C 0,042437 0,350599 0,192528 0,127785

Tabela 12 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no meio do período larvar durante o período diurno. Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,480949 0,014435 0,895237 0,628448 LNA 0,480949 0,002862 0,565209 0,240518 AA 0,014435 0,002862 0,010766 0,040774 ANA 0,895237 0,565209 0,010766 0,539146 C 0,628448 0,240518 0,040774 0,539146

Tabela 13 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos próximos da gaiola no meio do período larvar, durante o período diurno. Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,224483 0,005989 0,166205 0,822633 LNA 0,224483 0,083703 0,856317 0,316973 AA 0,005989 0,083703 0,117282 0,009969 ANA 0,166205 0,856317 0,117282 0,240468 C 0,822633 0,316973 0,009969 0,240468

Tabela 14 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos próximos da gaiola no meio do período larvar , durante o período nocturno. Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,965977 0,212401 0,015391 0,080755 LNA 0,965977 0,198056 0,016904 0,087590 AA 0,212401 0,198056 0,000814 0,005303 ANA 0,015391 0,016904 0,000814 0,427538 C 0,080755 0,087590 0,005303 0,427538

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Tabela 15 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no inicio da metamorfose, durante o período diurno. Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,108839 0,039641 0,803304 0,819221 LNA 0,108839 0,000933 0,067815 0,163456 AA 0,039641 0,000933 0,065502 0,024501 ANA 0,803304 0,067815 0,065502 0,633657 C 0,819221 0,163456 0,024501 0,633657

Tabela 16 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao número de indivíduos activos no inicio da metamorfose, durante o período nocturno. Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,937541 0,009072 0,185211 0,100770 LNA 0,937541 0,010822 0,162146 0,086982 AA 0,009072 0,010822 0,000382 0,000170 ANA 0,185211 0,162146 0,000382 0,731190 C 0,100770 0,086982 0,000170 0,731190

Tabela 17 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação aos pesos no início da metamorfose. Experiência com Hyla meridionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,793339 0,001185 0,017857 0,923635 LNA 0,793339 0,003422 0,038479 0,879389 AA 0,001185 0,003422 0,392377 0,003159 ANA 0,017857 0,038479 0,392377 0,032954 C 0,923635 0,879389 0,003159 0,032954

Tabela 18 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao comprimento da cabeça dos girinos a meio do período larvar (resíduos). Experiência com Hyla meridionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,605832 0,000624 0,937963 0,876152 LNA 0,605832 0,000077 0,552131 0,721885 AA 0,000624 0,000077 0,000822 0,000379 ANA 0,937963 0,552131 0,000822 0,815560 C 0,876152 0,721885 0,000379 0,815560

Tabela 19 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação à altura da cabeça dos girinos a meio do período larvar (resíduos). Experiência com Hyla meridionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,554037 0,000504 0,001022 0,833960 LNA 0,554037 0,003320 0,006079 0,706196 AA 0,000504 0,003320 0,866636 0,001128 ANA 0,001022 0,006079 0,866636 0,002177 C 0,833960 0,706196 0,001128 0,002177

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Tabela 20 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao comprimento da membrana caudal a meio do período larvar (resíduos). Experiência com Hyla meridionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,554037 0,000504 0,001022 0,833960 LNA 0,554037 0,003320 0,006079 0,706196 AA 0,000504 0,003320 0,866636 0,001128 ANA 0,001022 0,006079 0,866636 0,002177 C 0,833960 0,706196 0,001128 0,002177

Tabela 21 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação à altura da membrana caudal a meio do período larvar (resíduos). Experiência com Hyla meridionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,621062 0,000000 0,000008 0,397469 LNA 0,621062 0,000000 0,000055 0,716250 AA 0,000000 0,000000 0,000024 0,000000 ANA 0,000008 0,000055 0,000024 0,000280 C 0,397469 0,716250 0,000000 0,000280

Tabela 22 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação à altura do músculo caudal a meio do período larvar (resíduos). Experiência com Hyla meridionalis.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,475489 0,000000 0,000000 0,006103 LNA 0,475489 0,000000 0,000001 0,000548 AA 0,000000 0,000000 0,708833 0,000000 ANA 0,000000 0,000001 0,708833 0,000000 C 0,006103 0,000548 0,000000 0,000000

Tabela 23 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao comprimento da membrana caudal a meio do período larvar (resíduos). Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,349467 0,004611 0,233454 0,364250 LNA 0,349467 0,000317 0,807806 0,071034 AA 0,004611 0,000317 0,000121 0,046277 ANA 0,233454 0,807806 0,000121 0,039112 C 0,364250 0,071034 0,046277 0,039112

Tabela 24– Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação à altura máxima da membrana a meio do período larvar (resíduos). Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,203679 0,000111 0,283282 0,367269 LNA 0,203679 0,008328 0,838795 0,697659 AA 0,000111 0,008328 0,004452 0,002313 ANA 0,283282 0,838795 0,004452 0,854232 C 0,203679 0,000111 0,283282 0,367269

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Respostas anti-predatórias em Hyla

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Tabela 25 - Teste post-hoc para avaliar diferenças entre tratamentos, em relação ao comprimento do fémur esquerdo no fim da metamorfose (resíduos). Experiência com Hyla arborea.

Tratamento LA LNA AA ANA C LA 0,023210 0,080903 0,004672 0,478380 LNA 0,023210 0,618438 0,497862 0,259628 AA 0,080903 0,618438 0,254922 0,472864 ANA 0,004672 0,497862 0,254922 0,104181 C