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Introdução ao Trimestre – O Deus de toda

provisão

- Trimestre temático – “O Deus de toda

provisão – esperança e sabedoria divina

para a Igreja em meio às crises”.

- Estudaremos a “doutrina da provisão”

ou “teologia da provisão” – ensino

bíblico a respeito do cuidado de Deus

com relação aos Seus servos na vida

sobre a face da Terra


provisão

As teologias dos 3 P’s:

Teologia da Prosperidade – sem base bíblica –

falsa – a vida material expressa a vida espiritual.

Salvação implica em enriquecimento material.

Teologia da Pobreza – sem base bíblica – falsa – a

posse de bens materiais impede a salvação. Salvação

implica em despojamento total de bens.

Teologia da Provisão – bíblica – verdadeira – Deus

cuida do sustento do homem. A posse de bens

materiais é necessária e visa criar meios para que o

homem glorifique o nome de Deus sobre a terra.


provisão

Estrutura do trimestre

Introdução – lições 1 e 2 – os parâmetros da

doutrina da provisão

Bloco único – lições 3 a 13 – casos bíblicos

exemplificativos da doutrina da provisão

e o homem glorifique o nome de Deus sobre a

terra.


provisão

Capa do trimestre

- Um campo com fartura de trigo, com

u’a mão ao fundo fazendo uma colheita –

imagem evoca Sl.65:13.

- Deus dá as condições para que

tenhamos o necessário enquanto

estivermos nesta dimensão terrena.


provisão

Comentarista

- Pastor Elienai Cabral - Membro do

Conselho da FAETAD, da Academia

Evangélica de Letras do Brasil e da

Casa de Letras Emílio Conde.

Lição 1 – A sobrevivência em tempos de crise

INTRODUÇÃO

- Deus criou o homem para que

ele vivesse sobre a face da Terra.

- Deus garante a sobrevivência do

homem, mas o pecado a ameaça.


I – O HOMEM FOI CRIADO PARA

VIVER SOBRE A FACE DA TERRA

- “Prover” - “abastecer(-se) do que for

necessário”.

- Toda a doutrina da provisão é

construída dentro da circunstância de que

o Senhor criou o homem para viver sobre

a face da Terra e, portanto, criou as

condições para que ele pudesse continuar

vivendo no planeta.


- O cuidado divino com a sobrevivência do homem,

i.e., continuidade da vida, fica patente na plantação

de um jardim no Éden, onde Deus tratou de dar

condições de uma vida plena do homem:

a) toda árvore agradável à vista – saúde psíquica e

mental

b) toda árvore boa para comida – sustento material

c) árvore da vida – vida espiritual, comunhão com

Deus e manutenção da incorruptibilidade

d) árvore da ciência do bem e do mal – obediência

como condicionante da manutenção da vida plena

e) rio – pressuposto para a vida física


II – A SOBREVIVÊNCIA DO HOMEM APÓS O

PECADO

- Com o pecado, o homem rompeu com a condição

de obediência que mantinha o acesso do ser humano

a todas as benesses postas no Éden para que o

homem tivesse uma vida plena, abundante e

satisfeita.

- O homem, por primeiro, perdeu o livre acesso que

tinha à árvore da vida, deixando de ter comunhão

com Deus e de ter condições de manter seu corpo

imune à corrupção.


- A sobrevivência passou a depender do

esforço humano, do trabalho penoso, não mais

tendo a natureza como sua “parceira”, mas

como obstáculo à sua existência.

- Apesar desta mudança substancial de

condições, Deus não deixou de cuidar do

homem, pois continuou a dar chuva e sol,

condições indispensáveis para que o homem

pudesse obter o seu sustento pelo trabalho

(Mt.5:45).


- Ao manter os pressupostos para a

sobrevivência do homem, Deus prova que Seu

objetivo era permitir ao homem a restauração

da comunhão perdida com o Senhor.

- O objetivo de Deus não é o de matar o ser

humano, pois não tem Ele prazer na morte do

ímpio (Ez.18:23; 33:11) mas leva-lo a ter

novamente comunhão com Ele, inclusive

levantando profetas para isso (Hb.1:1).


- A provisão divina é a criação de condições

para que se torne possível a missão salvífica

de Cristo Jesus.

- O Senhor não tem interesse algum em dar ao

ser humano uma vida regalada que esteja

dissociada da salvação e da tarefa cometida ao

homem de ser um instrumento da glória de

Deus.


- A palavra “vida”, em grego, abrange

duas palavras, ambas encontradas nas

Escrituras:

a) “bios” (βίος) - vida física, material

(Lc.8:41);

b) “dzoé” (ζωή) - . “vitalidade”,

“duração da vida”, “existência” (Jo.3:16;

10:10).


III – A SOBREVIVÊNCIA DO HOMEM QUE SERVE A

DEUS: AS CRISES

- Deus dá, indistintamente, a justos e a ímpios, a bons e a

maus, as condições para a sua sobrevivência, visando a

salvação do ser humano, a obtenção de uma “vida eterna”, a

restauração do “status” perdido com a queda, com o ingresso

do pecado no mundo.

- Cedo vemos Deus abençoando aqueles que resolveram

servi-l’O, para que eles pudessem executar a tarefa que lhes

fora confiada pelo Senhor. É o caso, v.g., dos patriarcas, de

onde veio a nação de Israel.


- O Senhor deu aos patriarcas peregrinos

Abraão, Isaque e Jacó condições materiais

para que pudessem sobreviver na terra de

Canaã, que foi prometida a seus descendentes.

- Nenhum dos patriarcas chegou a possuir a

terra, com a exceção do túmulo que Abraão

comprou de Efrom, filho de Zoar, heteu, que

estava em frente de Manre, a cova de Macpela

(Gn.23:3-20).


- O sustento material que Deus proporcionou

aos patriarcas não significou que os patriarcas

não tenham enfrentado crises, momentos de

dificuldade na sua própria subsistência.

- A terra de Canaã era local de secas sazonais

e, não demorou muito, Abraão sofreu com

uma grande fome na terra (Gn.12:10), o que

também ocorreu com Isaque (Gn.26:1) e Jacó

(Gn.42:1,2).


- “Crise” é um termo médico que, “segundo antigas

concepções, o 7º, 14º, 21º ou 28º dia que, na

evolução de uma doença, constituía o momento

decisivo para a cura ou para a morte”.

- “Crise” - “o momento que define a evolução de

uma doença para a cura ou para a morte., “situação

socioeconômica repleta de problemas; conjuntura

desfavorável à vida material, ao bem-estar da

maioria”; “momento histórico indefinido ou de

riscos inquietantes”.


- Na língua chinesa, a palavra “crise” é a junção de

duas outras palavras, “perigo” e “oportunidade”.

- Este lado ambivalente da crise mostra-nos que a

“crise”, de um lado, mostra o perigo da humanidade

viver sem Deus e sem salvação, pois Jesus está

voltando e eles podem sofrer a iminente ira do

Senhor, que as crises apenas prenunciam.


- As “crises”, para os que servem ao Senhor, é

uma “oportunidade” para, ante o cabal

cumprimento das profecias, aproximarem-se

ainda mais de Cristo e estarem vigilantes para

escapar da ira futura.

- Deus não livra os Seus servos das crises,

como podemos ver com os patriarcas, mas,

em meio às crises, cria oportunidades. Através

da crise, podemos alcançar a cura de tudo

aquilo que pode nos impedir de chegar aos

céus.


- Os patriarcas superaram as crises porque

aproveitaram esta “oportunidade” e passaram a ter

uma visão da pátria celestial (Hb.11:8-10,13-16).,

esperança que não será frustrada, pois estarão,

juntamente conosco, na ceia das bodas do Cordeiro

(Mt.8:11; Lc.13:28).

- Para superarmos as crises deste mundo, temos de

ter a mesma mentalidade que tinham os patriarcas,

ou seja, termos como alvo a pátria celestial, termos

como objetivo as “coisas de cima” (C l.3:1-3), o

“reino de Deus e a sua justiça” (Mt.6:33).


- Mais do que nós mesmos, Deus sabe que temos

necessidades para a nossa sobrevivência física sobre

a face da Terra, que temos de comer, beber e vestir

(Mt.6:31,32).

- Quem está em Cristo, pode, também, estar em

crise, mas tem como alvo a esperança da glória

(Rm.5:2; Cl.1:27), o trono que Cristo nos prometeu e

que se encontra à direita do Pai (Hb.12:1-3;

Ap.3:21), aguarda a cidade que está nos céus, a nossa

glorificação (Fp.3:20,21).


- Deus sustenta o Seu povo e ainda faz com

que as crises sirvam para o propósito de

aperfeiçoar todos quantos O servem, bem

assim para mostrar o Seu poder para aqueles

que Lhe obedecem.

- A desobediência faz com que se tenha uma

crise provocada pelo próprio desobediente e

tal crise faz com que se tenha “perigo” e não

apenas “oportunidade”.

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