introdução a aproximações assintóticas · 2020. 7. 20. · obs: pode-se também usar a...

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Introdução a aproximações assintóticas Capítulo 4

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  • Introdução a aproximações assintóticas

    Capítulo 4

  • Introdução •  Em geral, os termos não lineares das eqs. NS

    são não nulos •  Solução analítica não é possível •  Soluções aproximadas:

    –  soluções numéricas –  aproximações analíticas:

    •  balanços macroscópicos: valores globais (vazão, forças médias, etc)

    •  soluções assintóticas: soluções para parâmetros adimensionais muito grandes ou muito pequenos, tal que termos das eqs. possam ser desprezados

    –  métodos de pertubação –  expansões assintóticas (base dos métodos assintóticos é

    obter aproximações das eqs governantes)

  • Escoamento pulsátil num tubo: soluções assintóticas para altas e baixas frequências •  Relembrando as equações e CC:

    u z =uz

    G0R2 /µ

    ˆ r = rR

    ˆ t = tR2 /µ

    ∂ˆ u z∂ˆ t

    =1+ εsin ωR2

    νRω

    ˆ t

    +1ˆ r ∂∂ˆ r

    ˆ r ∂ˆ u z∂ˆ r

    CC : ˆ r =1 ˆ u z = 0ˆ u z finito em ˆ r = 0 t = 0 u z = 0

    Obtivemos a solução exata (muito trabalhosa) para Rω1 é muito difícil. Vamos obter soluções assintóticas.

    uz = uz0 + εuz

    1

    uz0 =

    14

    1− ˆ r 2( )uz

    1 = Im ˆ u z( )ˆ u z : velocidade complexa complementar

  • •  No limite Rω→0 :

    d2Hdˆ r 2

    +1ˆ r

    dHdˆ r

    = −1

    ⇒ H = 14

    1− ˆ r 2( )

    ˆ u z1 ≡ Im ˆ u z( ) =

    14

    sin ˆ t 1− ˆ r 2( )

    •  O problema se reduz ao escoamento de Poiseuille quasi-permanente, com um gradiente de pressão instantâneo sin t •  Os efeitos de inércia não aparecem na equação acima. Para determinar os efeitos de inércia com Rω→0, vamos procurar uma solução na forma de expansão assintótica do tipo:

    H = H0 ˆ r ( ) + RωH1 ˆ r ( ) + Rω2 H2 ˆ r ( ) + O Rω3( )Perturbução regular ou assintótica (a forma é mantida ao longo do domínio)

  • Substituindo na equação diferencial:

    d2H0dˆ r 2

    + Rwd2H1dˆ r 2

    + Rw2 d2H2

    dˆ r 2+

    1ˆ r

    dH0dˆ r

    +

    Rw1ˆ r

    dH1dˆ r

    + Rw2 1

    ˆ r dH2dˆ r

    − iH0Rw − iHiRw2 + O Rw

    3( ) = −1

    E da CC:

    H0 1( ) + RωH1 1( ) + Rω2H2 1( ) +O Rω3( ) = 0

    Como a eq acima vale para Rw arbitrário,

    H0 1( ) = H1 1( ) = H2 1( ) = 0

  • Assumindo que Rw é assintóticamente pequeno, mas arbitrário, as eqs acima tem que ser satisfeitas para qualquer valor pequeno e arbitrário de Rw. Reescrevendo a eq. anterior:

    1+ 1ˆ r

    ddˆ r

    ˆ r dH0dˆ r

    + Rw 1+

    1ˆ r

    ddˆ r

    ˆ r dH1dˆ r

    − iH0

    +

    Rw2 1+ 1

    ˆ r ddˆ r

    ˆ r dH2dˆ r

    − iH1

    + O Rw

    3( ) = 0

    Os termos a cada nível de Rw são individualmente iguais a zero. Assim, H0 satisfaz a eq. anterior (obtida para o limite Rw 0, com a condição H0(1)=0, e a sua solução é

    H0 =14

    1− ˆ r 2( )

  • As funções H1 e H2 devem satisfazer:

    1+ 1ˆ r

    ddˆ r

    ˆ r dH1dˆ r

    = iH0 H1(1) = 0 e H1(0) finito

    1+ 1ˆ r

    ddˆ r

    ˆ r dH2dˆ r

    = iH1 H2(1) = 0 e H2(0) finito

    Com H0, as CC e integrando chega-se a:

    H1 =i

    16ˆ r 2 −

    ˆ r 4

    4−

    34

    H2 = −1

    256ˆ r 4 −

    ˆ r 6

    9− 3ˆ r 2 + 19

    9

    H = 14

    1− ˆ r 2( ) + Rw i16 ˆ r 2 −

    ˆ r 4

    4−

    34

    Rw2 1

    256ˆ r 4 −

    ˆ r 6

    9− 3ˆ r 2 + 19

    9

    + O Rw

    3( )

  • Método de perturbação no domínio: escoamento num canal ondulado

    - Geometria irregular: superfície não corresponde a nenhuma coordenada de qualquer sistema de coordenadas, mas está próximo - Paredes localizadas a y=+/- h(x) = d/2(1+ε sen2πx/L) - ε pequeno - Escoamento unidirecional

  • Equações de conservação

    µ∂ 2w∂x 2

    +∂ 2w∂y 2

    = −G

    w = 0 em y = ±h(x) = ± d2

    1+ εsin 2πxL

    Obs: pode-se também usar a condição de simetria em y=0,

    ∂w /∂y = 0

    -A geometria depende de x, então w=w(x,y) -Para ε

  • Adimensionalização

    d2

    L2∂ 2w ∂x 2

    +∂ 2w ∂y 2

    = −1

    w = 0 em y = h (x) = 12

    1+ εsin2πx ( )

    ∂w ∂y

    = 0 em y = 0

    w = wGd2 /µ

    x = xL

    y = yd

    Vamos aproximar a CC em y=h(x) a uma CC assintoticamente equivalente aplicada em y=1/2, usando uma aproximação em série de Taylor para w em y=h, em termos de w e de suas derivadas avaliadas em y=1/2

  • w y = h = w y =1/ 2 +∂w ∂y

    y =1/ 2

    ε2sin(2πx )

    +12∂ 2w ∂y 2

    y =1/ 2

    ε2sin(2πx )

    2

    + O ε3( )

    Vamos procurar uma solução da forma:

    w = w0 + εw1 + ε2w2 + O ε

    3( )Substituindo na eq. para a CC w=0 em y=h:

    0 = w0 + ε w1 +∂w0∂y

    12sin(2πx )

    +

    ε2 w2 +∂w1∂y

    12sin(2πx ) + 1

    2∂ 2w0∂y 2

    12sin(2πx )

    2

    + O ε3( ) em y =1/2

    Como ε é pequeno, cada termo da eq. acima tem que ser igual a zero. Assim,

  • O(0) :w0 = 0 em y =1/2

    O(ε) :w1 = −∂w0∂y

    12sin 2πx ( ) em y =1/2

    O(ε2) :w2 = −∂w1∂y

    12sin 2πx ( ) − 1

    2∂ 2w0∂y 2

    12sin 2πx ( )

    2

    em y =1/2

    A CC original em y=h(x) foi transformada em CC assintoticamente equivalentes para as funções w0, w1 e w2 em y=1/2. Resolvendo para estas funções, o problema em O(1), com as CC acima é:

    d2

    L2∂ 2w0∂x 2

    +∂ 2w0∂y 2

    = −1

    ∂w0∂y

    = 0 em y = 0

  • As CC neste nível independem de x, assim w0=w0(y), e a solução é dada por:

    w0 =1214− y 2

    O problema em O(ε) é:

    d2

    L2∂ 2w1∂x 2

    +∂ 2w1∂y 2

    = −1

    ∂w1∂y

    = 0 em y = 0

    w1 =14

    sin 2πx ( ) em y =1/2

  • Vamos procurar uma solução do tipo:

    w1 = F(y )sin 2πx ( )d2Fdy 2

    −2πd

    L

    2

    F = 0

    dF /dy = 0 em y = 0F =1/4 em y =1/2

    F = Aexp 2πdL

    y

    + Bexp −

    2πdL

    y

    ⇒ w1 =14cosh 2πd /L( )y [ ]cosh πd /L( )

    sin 2πx ( )

    Analogamente, podemos obter w2:

    w2 =1161− 2πd

    Ltanh πd

    L

    1−

    cosh 4πd /L( )y cosh 2πd /L( )

    cos 4πx ( )

  • Fluxo volumétrico

    Q = 1Ld

    wdydx−h(x;ε )

    h(x;ε )∫0

    L∫

    Q = Gd2

    12µ1+ 3

    4ε2 +O(ε2)

    Para um mesmo gradiente de pressão, a vazão é maior do que a obtida entre placas paralelas, mas como a primeira correção ocorre com termos de O(ε2), o efeito é pequeno, já que ε