introduÇÃo ao estudo dos poliedros na ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – na...

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1. FICHA DE IDENTIFICAÇÃO _______________________________________________________________

Título: Introdução ao Estudo dos Poliedros na perspectiva da Educação

Matemática Realística

Autor: Marcos Paulo Sabião

Disciplina/Área: Matemática

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização:

C. E. Profª Lúcia Barros Lisboa

Município da escola: Londrina

Núcleo Regional de Educação: Londrina

Professor Orientador: Profª Drª Regina Luzia Corio de Buriasco

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Relação Interdisciplinar:

Resumo: Apresenta uma proposta de Intervenção

Pedagógica a respeito de Poliedros,

pautado na metodologia da Resolução de

Problemas na perspectiva da Educação

Matemática Realística – RME, de modo a

fundamentar uma proposta de prática

docente que ofereça aos estudantes a

oportunidade de elaborar conhecimentos

matemáticos por meio da reinvenção-

guiada.

Palavras-chave: Educação Matemática. Trajetória de

Ensino e Aprendizagem. Resolução de

Problemas. Poliedros.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos do 2º ou 3º anos do Ensino Médio

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_______________________________________________________________

2. APRESENTAÇÃO _______________________________________________________________

Caro(a) Professor (a)

É com grande satisfação e entusiasmo que compartilhamos com

você, profissional conectado com a realidade de nossos estudantes, uma

proposta para o ensino de Poliedros dentro dos princípios gerais da Educação:

aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Esta Produção Didático-Pedagógica é voltada para alunos do

Ensino Médio e se preocupa em tornar o conhecimento matemático

“real/imaginável” na mente do aluno.

Assim, o papel central do processo de ensino-aprendizagem é

focado por um lado, no aluno, participante ativo na medida em que desenvolve

suas próprias ferramentas matemáticas, confronta soluções, verifica

regularidades, faça conjecturas, tira conclusões e, por outro lado, no professor

que acompanha toda a trajetória do aluno fazendo intervenções. Para isso, os

conceitos matemáticos aqui introduzidos por situações-problema são

trabalhados de maneira mais intuitiva, evitando o formalismo excessivo e

contribuindo para que o aluno perceba a aplicabilidade do conhecimento

matemático na resolução de problemas do mundo real.

As sugestões e críticas que visem ao aprimoramento deste

trabalho serão sempre bem-vindas.

Cordialmente,

Marcos Sabião

“Não há ramo da matemática, por mais abstrato que seja, que não possa

um dia vir a ser aplicado aos fenômenos do mundo real.”

Nicolai Lobachevsky

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3. PROCEDIMENTOS _______________________________________________________________

CONSTRUÇÃO DO CONTRATO DIDÁTICO

Tempo previsto: 02 aulas

Conteúdos:

- Contrato didático.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

Estabelecer regras atitudinais e comportamentais necessárias para o bom

desenvolvimento das tarefas em sala de aula.

Recursos:

Papel craft, canetas esferográficas coloridas e papel sulfite.

Um contrato didático (conjunto de regras atitudinais e

comportamentais constituídos de forma colaborativa) procura refletir e definir

responsabilidades e comportamentos, tanto do professor como dos alunos nas

práticas do dia-a-dia em sala de aula durante o processo de ensino e

aprendizagem. Nesse sentido, o contrato didático pode ser utilizado como

recurso para auxiliar no estabelecimento e na análise das relações entre o

professor, o aluno e o saber.

Estratégias de ações para a realização da tarefa:

1 – Inicialmente provoca-se uma conversa para apresentação da Unidade

Didática e, a seguir discute-se a necessidade da elaboração de um conjunto de

regras que deverão ser seguidas durante o trabalho. Os alunos podem ser

divididos em grupos (de 3 a 5 participantes) e estimulados a refletirem sobre

quais regras básicas devem ser adotadas para o bom funcionamento da

dinâmica em sala de aula. Num primeiro momento, os grupos anotam no sulfite

todas as ideias levantadas. O grupo deve escolher um representante para

apresentar as ideias elaboradas nessa discussão.

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2 – Cada grupo apresenta as regras elaboradas por seus participantes e a

turma toda discute se a regra deve ser adotada para o contrato didático ou não.

As sugestões são anotadas no quadro negro e depois de toda a negociação do

contrato didático finalizada, estas regras poderão ser registradas no papel craft

que será fixado num lugar visível a todos dentro da sala de aula.

Sugestões do que poderiam ser incluídas nesse contrato didático:

a forma de relacionamento dos alunos dentro de sala de aula entre eles

e com o professor;

a garantia do direito de falar e de ouvir de cada uma das partes;

a distribuição de responsabilidades;

a determinação de prazos;

a utilização ou não do uso de determinados recursos.

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TAREFA 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

..

Tempo previsto: 02 aulas

Conteúdos:

Introdução à Geometria Espacial: estudo dos sólidos geométricos.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Ampliar e aprofundar os conhecimentos de Geometria Espacial;

- Relacionar objetos tridimensionais aos sólidos geométricos.

Recursos:

Objetos tridimensionais do cotidiano e a folha de tarefa.

Estratégias de ações para a realização da tarefa:

1 – A turma deve ser dividida em grupos de 3 ou 4 alunos e receber um dos

objetos sugeridos na Figura 1 (ou outros objetos similares). O professor

entrega a tarefa solicitando aos grupos que respondam às questões.

Observando atentamente o objeto que seu grupo recebeu, responda às seguintes

questões:

a) O que é e para que serve esse objeto?

b) É possível observarmos formas retas e curvas nesse objeto? Quantas faces ele

possui?

c) Quais características desse objeto você pode associar com o conhecimento

matemático que você possui?

d) Existe algum modelo matemático que se assemelharia a este objeto ?

e) É possível fazer um paralelo entre os modelos matemáticos geométricos que

conhecemos com algum outro objeto do cotidiano? E com outros exemplos

das construções civis? E com elementos da natureza?

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2 – O professor caminha pela sala observando a discussão de cada grupo e se

necessário, intervindo na interação entre os alunos, usando principalmente o

questionamento de modo a serem eles próprios a fazerem as conexões entre o

objeto na posse do grupo e um dos modelos matemáticos que possam

conhecer. Concomitantemente a esta ação, o professor deve também recolher

informações sobre as resoluções apresentadas por cada grupo, selecionando e

sequenciando as estratégias que serão utilizadas na plenária.

3 – Ao iniciar a discussão da tarefa (plenária) procurar criar um ambiente

propício à discussão, apoiando os alunos a explicarem suas ideias e

raciocínios com a maior clareza possível sem dizer se algo está correto ou não.

Todas as respostas a convite do professor devem ser apresentadas ao restante

da turma.

4 – Na sistematização das respostas dessa tarefa procura-se introduzir os

conceitos iniciais da Geometria Espacial, a discussão da importância do seu

estudo e de sua aplicabilidade em nosso cotidiano. Essa tarefa tem o objetivo

de levar o aluno a interagir com o mundo real, relacionando objetos

tridimensionais aos sólidos geométricos. Em todo campo científico, inclusive na

Fonte: o próprio autor

Figura 1 - Relação: objetos tridimensionais e os sólidos geométricos

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Geometria, estabelecer ideias e conceitos são necessários para tentar

compreender a realidade e modificá-la, sempre que necessário.

Ao manusear objetos, tais como caixas e embalagens de vários tamanhos e

formas, objetiva-se desenvolver melhor no aluno sua noção de espaço. Com a

exploração desses objetos (nº de faces, formas retas ou curvas, suas

semelhanças com algum modelo matemático etc.) dá a possibilidade de o

aluno perceber quanta geometria há nas construções humanas (formas retas e

curvas das estradas, a utilização de modelos geométricos na arquitetura e

construção civil, como em casas e prédios etc.), nos objetos do cotidiano e na

natureza (cilindro do caule das plantas, a forma geométrica do favo nas

colmeias das abelhas, a simetria das flores etc.)

Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a) Conhecer o objeto e sua utilidade em nosso cotidiano;

(b) e (c) Reconhecer formas e nº de faces do objeto, bem como suas

dimensões (altura, largura e comprimento). Discutir também a ideia de arestas

e vértices (cantos) dos objetos;

(d) e (e) Sistematizar junto aos alunos os conceitos de Geometria Espacial e

sólidos geométricos.

OBS: Alguns importantes conceitos em que as tarefas dessa Produção

Didático-Pedagógica foram pautados se encontram no Anexo 1 deste

documento.

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TAREFA 2 – ESTUDOS DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

...

pág 1

Observe os modelos de sólidos geométricos de acrílico que seu grupo recebeu,

atentando-se para as características físicas de cada um deles, tais como, o tipo de

figura geométrica que forma suas faces, a medida de suas dimensões etc.

a) Existem objetos do seu dia-a-dia que se assemelham a algum destes modelos

matemáticos?

b) Com base nas observações que seu grupo obteve, complete o quadro a seguir

sobre os sólidos geométricos estudados:

Nº Nº DE FACES

PLANAS Nº DE VÉRTICES Nº DE ARESTAS NOME DO SÓLIDO

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

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.....

Tempo previsto: 02 aulas

Conteúdos:

Introdução ao estudo dos Sólidos Geométricos.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Ampliar os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;

- Diferenciar poliedros de corpos redondos;

- Reconhecer as características principais dos poliedros (prismas e pirâmides).

Recursos:

Modelos de sólidos geométricos de acrílico e a folha de tarefa.

Estratégias de ações para a realização da tarefa:

1 – A dinâmica da aula é a mesma da tarefa anterior. A turma deve ser dividida

em pequenos grupos.

Cada um dos grupos deve receber ao menos dois dos sólidos geométricos

destacados na Figura. A tarefa está pautada no grupo de sólidos geométricos

de acrílico que foi enviado às escolas estaduais pelo MEC como material

didático de apoio. Intitulado de “Kit de sólidos geométricos para Ensino Médio“,

o material é formado por 20 modelos de sólidos geométricos em acrílico (Figura

2). São eles: (1) Paralelepípedo; (2) Prisma quadrangular oblíquo; (3)

Dodecaedro; (4) Prisma hexagonal reto; (5) Pirâmide reta triangular; (6) Prisma

de base trapezoidal; (7) Pirâmide oblíqua; (8) Prisma regular triangular; (9)

Octaedro; (10) Tronco do cone; (11) Cubo ou hexaedro regular; (12) Cilindro

oblíquo; (13) Cone reto; (14) Cilindro equilátero; (15) Icosaedro; (16) Esfera;

pág 2

c) Sobre os modelos investigados, é possível indicar semelhanças e/ou diferenças entre suas características observadas?

d) É possível rolar cada um destes sólidos sobre um plano (sobre a mesa, por exemplo)? Que características eles possuem que permitem ou não essa ação?

e) É possível agrupar esses sólidos levando em consideração características comuns? Em quais características se pautaria essa classificação?

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(17) Pirâmide regular hexagonal; (18) Pirâmide quadrangular; (19) Tetraedro;

(20) Tronco da pirâmide.

2 – Durante o tempo de discussão dos alunos nos grupos, o professor caminha

pela sala de aula recolhendo informações sobre as resoluções da tarefa,

sequenciando as estratégias que serão apresentadas na próxima fase. Neste

momento, o professor deve encorajar seus alunos a resolverem a tarefa de

maneira que faça sentido para eles e também a se prepararem para explicar

sua proposta para os outros alunos da sala.

3 – Na fase de discussão da tarefa (plenária) o professor deve incentivar seus

alunos a explicar suas ideias e raciocínios com a maior clareza possível. Deve

destacar também a importância de ouvir respeitosamente os raciocínios de

todos os grupos, do começo ao fim.

4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a

discussão dos conteúdos relacionados ao Estudo dos Sólidos Geométricos:

sua classificação em poliedros e corpos redondos; noções de faces, arestas

e vértices; nomenclatura dos sólidos estudados; classificação dos poliedros

em prismas e pirâmides.

Figura 2 - Modelos de Sólidos Geométricos

Fonte: Disponível em : http://www.lojadoprofessor.com.br/solidosgeometricos- 1/solidos-geometricos-em-acrilico-20-pecas-1.html, com acesso em 29/10/16.

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Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a) Relembrar o conceito de sólido geométrico e sua aplicabilidade;

(b) Recordar as noções de polígono, face, aresta, vértice e conhecer a

nomenclatura dos sólidos em questão;

Nº Nº DE FACES

PLANAS Nº DE VÉRTICES Nº DE ARESTAS NOME DO SÓLIDO

1 6 8 12 Paralelepípedo

2 6 8 12 Prisma quadrangular oblíquo

3 12 20 30 Dodecaedro

4 8 12 18 Prisma hexagonal reto

5 4 4 6 Pirâmide reta triangular

6 6 8 12 Prisma de base trapezoidal

7 5 5 8 Pirâmide oblíqua

8 5 6 9 Prisma regular triangular

9 8 6 12 Octaedro

10 2 - - Tronco do cone

11 6 8 12 Cubo ou hexaedro regular

12 2 - - Cilindro oblíquo

13 1 1 - Cone reto

14 2 - - Cilindro equilátero

15 20 12 30 Icosaedro

16 - - - Esfera

17 7 7 12 Pirâmide regular hexagonal

18 5 5 8 Pirâmide quadrangular

19 4 4 6 Tetraedro

20 6 8 12 Tronco da pirâmide

(c), (d) e (e) Apresentar a divisão dos sólidos geométricos em Poliedros e

Corpos redondos e conceituá-los. Discutir a classificação dos poliedros em

prismas e pirâmides.

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TAREFA 3 – POLIEDROS CÔNCAVOS E CONVEXOS

.....

Tempo previsto: 02 aulas

Conteúdos:

Estudos dos Poliedros.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Classificar os poliedros em regular e irregular;

- Classificar os poliedros em côncavo e convexo.

Recursos:

Espetinhos de madeira, modelos de sólidos geométricos feitos de espuma

floral, fita adesiva colorida, estilete e a folha de tarefa.

Nesta tarefa vamos tomar cada um dos espetinhos de madeira como se fossem

retas e as espumas florais como sólidos geométricos. Então, a partir dos poliedros

que seu grupo recebeu, verifique:

a) É possível afirmarmos algo sobre as formas, medidas e ângulos das faces destes

poliedros?

b) É possível agruparmos esses poliedros a partir de características comuns levando

em conta as informações testadas na questão anterior?

c) Exercitando a imaginação e considerando a parede próxima de você como um

enorme plano (ou plano infinito) do espaço, tente encostar todas as faces desses

poliedros nesse plano (na parede). Quais os resultados obtidos?

d) É possível traçarmos (furarmos) uma reta num destes poliedros cortando apenas

duas de suas faces? E cortando mais duas faces?

e) É possível reagruparmos esses poliedros a partir de características

comuns levando em consideração as informações acerca do no nº de

faces cortadas por uma reta num poliedro?

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Estratégias de ações para a realização da tarefa:

1 – Novamente, a turma deve ser dividida em grupos (de preferência com

formação diferente dos grupos formados nas tarefas anteriores). O professor

deve garantir que cada grupo tenha em mãos ao menos 3 espetinhos de

madeira e 1 modelo de cada sólido geométrico (feitos a partir de espuma floral)

em destaque na Figura logo a seguir: (1) poliedro regular convexo – cubo; (2)

poliedro irregular convexo; (3) poliedro irregular não convexo. Nesta etapa da

tarefa é importante instigar os alunos a participarem da discussão dentro de

seus grupos.

FONTE: o próprio autor

1

3 2

Será necessário:

Espuma floral;

espetinhos de madeira;

fita adesiva colorida e

estilete.

Figura 3 - Desenvolvimento da Tarefa 3: Classificando os Poliedros a partir de algumas de suas características

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FONTE: o próprio autor

A sugestão é que o professor já leve os poliedros recortados na espuma para

que os alunos não tenham contato com o estilete. Pode ser utilizada fita

adesiva colorida para dar cor e destaque ao espetinho de madeira ou utilizá-lo

ao natural. É preciso cuidado no manuseio da espuma floral pois se trata de um

material delicado que deforma com facilidade.

2 – As próximas etapas (monitoramento, seleção e sequenciamento) ocorrem

buscando explorar ao máximo o material e as relações estabelecidas pelos

alunos.

3 - Nas plenárias, ocorrem as discussões e a sistematização das ideias gerais

da tarefa, cujo objetivo é levar os alunos a fazerem conexões entre as ideias

matemáticas apresentadas pelos grupos e o reconhecimento das principais

características da classificação de um poliedro (convexo ou não

convexo/côncavo e em regular ou irregular).

Figura 4 - Poliedros Côncavos e Convexos

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Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a) e (b) Relembrar o que é um poliedro. Introduzir o conceito de poliedro

regular (aquele que possui faces com forma de polígonos regulares

congruentes entre si e que possui ângulos poliédricos congruentes entre si) e

poliedro irregular, a partir da observação das formas e medidas das faces e

ângulos desses poliedros;

(c), (d), (e) e (f) Apresentar a noção de poliedro convexo e/ou não convexo

(côncavo). Para esta Produção Didática-Pedagógica assumiu-se como

definição que poliedros convexos são aqueles que podem ter todas as suas

faces encostadas na parede [todas as faces pertencentes a um mesmo plano],

têm todos os seus vértices direcionados pra fora da figura e que quando

seccionados por uma reta tem apenas duas de suas faces interceptadas. Já os

poliedros côncavos (não convexos) são aqueles que podem possuir vértices

direcionados para o interior da figura e que quando seccionados por uma reta

tem mais de duas de suas faces interceptadas.

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TAREFA 4 – RELAÇÃO DE EULER

..........

Pág 01

pág 1

a) Observando as figuras dos poliedros convexos a seguir, determine o nº de faces (F), o nº

de vértices (V) e o nº de arestas (A) que cada um deles apresenta, preenchendo as três

primeiras colunas da tabela.

(A) (B) (C)

(D) (E) (F)

POLIEDRO F V A F + V A + 2

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

(F)

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Pág 01

Tempo previsto: 02 aulas

Conteúdos:

Relação de Euler.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Deduzir e conhecer a Relação de Euler;

Recursos:

Apenas as folhas de tarefa.

Estratégias de ações para a realização da tarefa:

1 –As primeiras etapas da tarefa (apresentação, monitoramento, seleção e

sequenciamento) deverão ser realizadas como foi feito nas tarefas anteriores.

Durante as discussões em grupo o professor deve visitá-los individualmente,

incentivando-os a utilizar sua intuição para o reconhecimento da relação

matemática em questão. As duas páginas podem ser entregues juntas. O

professor deve orientar os alunos a iniciar a resolução da tarefa observando a

pág 2

b) Complete a quarta coluna da tabela somando o nº de faces que cada poliedro apresenta

com seu nº de arestas.

c) Agora preencha a quinta coluna da tabela acrescentando sempre duas unidades ao nº de

vértices que cada poliedros apresentou.

d) Ao observar a tabela toda preenchida é possível afirmar que existe uma relação entre

estes poliedros. O matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783) foi o primeiro a observá-la

e a sistematizá-la. Qual seria essa relação?

e) Como escrever algebricamente essa relação?

f) Com base nessa relação, encontre o nº de faces de um poliedro convexo que possui

5 vértices e 10 arestas. Indique também o nome deste poliedro.

g) Um poliedro convexo apresenta 4 faces triangulares e 6 faces quadrangulares.

Quantas arestas e quantos vértices tem esse poliedro ?

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representação tridimensional da cada poliedro proposto e identificando o

número de faces, vértices e arestas de cada um deles simplesmente contando.

2 – Nas plenárias e na sistematização do conteúdo desta tarefa a intenção

principal do professor deve ser o de levar o aluno a consolidar os conceitos

geométricos trabalhados até o momento e a percepção do padrão existente na

relação observada por Euler.

Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a), (b), (c), (d) e (e) Através da intuição levar à dedução da Relação de Euler:

o nº de vértices mais o nº de faces é igual ao nº de arestas mais dois, ou seja,

V + F = A + 2.

POLIEDRO F V A F + V = ? A + 2 = ?

(A) 5 5 8 5 + 5 = 10 9 + 2 = 10

(B) 6 8 12 6 + 8 = 14 12 + 2 = 14

(C) 7 10 15 7 + 10 = 17 15 + 2 = 17

(D) 8 6 12 8 + 6 = 14 12 + 2 = 14

(E) 12 20 30 12 + 20 = 32 30 + 2 = 32

(F) 16 13 27 16 + 13 = 29 27 + 2 = 29

(f) Operar com a Relação de Euler: retirando os dados do problema tem-se 5

vértices (V=5) e 10 arestas (A=10). Aplicando na Relação de Euler

encontramos 5 + F = 10 + 2 F = 12 – 5, então obtemos F = 7. O nome

deste poliedro é heptaedro;

(g) Operar com a Relação de Euler: retirando os dados do problema tem-se

4 faces triangulares e 6 faces quadrangulares. Para encontrar o nº de arestas

multiplica-se a quantidade de faces de cada tipo de polígono pelo nº de arestas

que o polígono possui (4x3 = 12 e 6x4 = 24). Como cada aresta foi contada

duas vezes é necessário fazer A = (12+24) / 2 obtendo-se 18 arestas.

Aplicando a Relação de Euler encontra-se V + 10 = 18 + 2 V = 20 – 10

V=10. Obtém-se então 10 vértices e 18 arestas.

Page 20: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

TAREFA 5 – POLIEDROS DE PLATÃO

pág 1

Dentre os poliedros temos um grupo com características próprias:

(...) Na verdade não existem muitos poliedros regulares e não é possível construir senão poucos tipos destes poliedros – apenas o suficiente para uma correspondência com os dedos de uma mão! (...) Essa constatação (...) chamou, há séculos, a atenção de muitos filósofos. Platão, por exemplo, um filósofo grego que viveu por volta do século VI antes de Cristo, sabia disso e estudou algumas interessantes propriedades dos poliedros. Ele tratou especialmente de uma classe bem caracterizada de poliedros, conhecidos hoje como poliedros de Platão.

Fonte: MACHADO, Nilson J. Os poliedros de Platão e os dedos da mão – ColeçãVivendo a Matemática, São Paulo: Scipione, 2000. p. 18–19.

Conta-se que para Platão o Universo teria sido criado a partir da combinação entre

elementos da natureza e alguns sólidos geométricos com características especiais. São eles:

Fonte: http://www.matematica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/listaEventos.php . Acesso em 07/11/2016.

Seu grupo recebeu no material de apoio: uma régua, um transferidor, fita crepe e poliedros

variados já recortados em papelão.

a) Com o auxílio da régua e do transferidor calcule as medidas dos lados e dos ângulos

internos de cada um destes polígonos.

b) Diante dessas informações é possível afirmar algo sobre estes polígonos?

c) Agora, unindo os lados desses polígonos com fita crepe, seu grupo deve construir um

modelo de poliedro utilizando todos os polígonos disponíveis em seu material de apoio,

levando em consideração que, ao final da construção, seu modelo de poliedro deve ter:

(____) LADOS (____) ARESTAS (____) VÉRTICES

Obs: Independente do polígono utilizado serão necessários pelo menos três formas poligonais para formar um “bico” (um ângulo poliédrico)

Tetraedro - FOGO Cubo - TERRA Icosaedro - ÁGUA Octaedro - AR Dodecaedro - UNIVERSO

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Tempo previsto: 04 aulas

Conteúdos:

Poliedros de Platão.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Conhecer as características dos Poliedros de Platão.

pág 2

Observando atentamente o modelo de poliedro que seu grupo construiu responda:

d) Como é o formato de cada face de seu modelo de poliedro? Cada uma dessas

faces possui o mesmo número de arestas? Quantas arestas possui cada face?

e) Quantos vértices tem o modelo de poliedro de seu grupo? De cada um desses

vértices partem quantas arestas?

f) Confira se a Relação de Euler é válida ou não para esse modelo de poliedro.

g) O modelo de poliedro que seu grupo construiu faz parte do grupo de modelo de

poliedros regulares chamado de Poliedros de Platão. Diante da discussão e

compreensão de seu grupo nesta tarefa, o que esses poliedros possuem que

chamaram tanto a atenção de Platão?

h) O poliedro que seu grupo recebeu é um Poliedro de Platão. Completando a tabela

a seguir sobre as principais características desse poliedro e socializando suas

conclusões com os outros grupos, teremos o conjunto dos 5 sólidos geométricos

conhecidos com Poliedros de Platão:

POLIEDRO FORMATO DAS FACES Nº FACES Nº ARESTAS Nº VÉRTICES RELAÇÃO DE EULER

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Recursos:

Régua, transferidor, fita crepe e polígonos (quadrados e triângulos equiláteros)

cortados em papelão.

Estratégias de ações para a realização da tarefa:

1 – Esta tarefa foi adaptada do livro Os poliedros de Platão e os dedos da

mão do autor Nilson José Machado, Coleção Vivendo a Matemática, Editora

Scipione, São Paulo, ano de 2000, páginas 15 a 33. A atividade deve ser

iniciada com a entrega do material para cada grupo: régua, transferidor, fita

crepe e modelo de polígonos regulares cortados em papelão paraná, numa

gramatura que lhe dê alguma rigidez, no formato de triângulo equilátero,

quadrado e pentágono regular. Cada grupo receberá um número específico de

polígonos, de acordo com o poliedro regular destinado a cada um deles sem

que saiba qual é de antemão. Será necessário o mínimo de 5 grupos na sala:

Grupo (1) – Tetraedro: receberá 4 modelos de triângulos equiláteros; Grupo (2)

– Hexaedro (cubo): receberá 6 modelos de quadrados; Grupo (3) – Octaedro:

receberá 8 modelos de triângulos equiláteros; Grupo (4) – Dodecaedro:

receberá 12 modelos de pentágonos regulares; Grupo (5) – Icosaedro:

receberá 20 modelos de triângulos equiláteros. Se forem formados mais de 5

grupos repetir alguns poliedros. É necessário também indicar na folha da

tarefa, no item (c), o número de lados, arestas e vértices referentes ao polígono

que o grupo construirá.

2 – Durante a realização da tarefa pelos alunos, segue as mesmas etapas de

monitoramento, seleção e sequenciamento. No primeiro momento, trabalha-se

com a página 01 da tarefa e depois dos modelo de poliedros construídos, o

grupo parte para a reflexão da página 02. Outro aspecto que deve chamar

atenção é que por se tratar de uma tarefa que requer trabalho manual e estar

lidando com adolescentes, o barulho em sala será inevitável. Será necessário

aqui o trabalho com contrato didático consistente. Nessas etapas o professor

deve promover principalmente o questionamento dos alunos de modo a serem

eles próprios a fazerem as conexões entre o modelo de poliedro construído e

os conceitos geométricos pretendidos.

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3 – Na fase de discussão da tarefa (plenária) o professor deve incentivar seus

alunos a apresentarem suas ideias e raciocínios com clareza. Cabe também ao

professor destacar o importante papel da História da Matemática. Na

sistematização das ideias gerais a intenção é promover a conexão entre o

poliedro construído com os conceitos relacionados à Introdução ao Estudo

dos poliedros: conceito de poliedros regulares e a ideia de Poliedros de

Platão.

Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a) e (b) Relembrar as características de um polígono regular.

(c) Construção dos 5 modelos de poliedros regulares conhecidos como

Poliedros de Platão: tetraedro, hexaedro (cubo), octaedro, dodecaedro e

icosaedro. Utilizar a fita crepe para unir os lados dos polígonos. Atentar-se que,

independente do polígono utilizado, serão necessários pelo menos três

modelos de polígonos para formar um bico (um ângulo poliédrico) e que a

soma dos ângulos internos dos polígonos em torno do bico seja menor que

360°. O modelo resultante deve seguir as características do poliedro que cada

grupo recebeu: n° de lados, arestas e vértices.

(d), (e) e (f) Conferir se o modelo de poliedro que o grupo recebeu satisfaz as

condições necessárias para ser classificado como Poliedro de Platão: todas as

faces possuem o mesmo número de arestas (d); de cada vértice parte o

mesmo número de arestas (e) e a validade da Relação de Euler (f);

(g) e (h) Apresentar e sistematizar o conceito de um Poliedro de Platão.

POLIEDRO FORMATO DAS FACES Nº FACES Nº VÉRTICES Nº ARESTAS RELAÇÃO DE EULER

Tetraedro Triangular 4 4 6 4 + 4 = 6 + 2

Cubo ou hexaedro regular

Quadrangular 6 8 12 6 + 8 = 12 + 2

Octaedro Triangular 8 6 12 8 + 6 = 12 + 2

Dodecaedro Triangular 12 20 30 12 + 20 = 30 + 2

Icosaedro Triangular 20 12 30 20 + 12 = 30 + 2

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TAREFA 6 – ÁREA DE SUPERFÍCIE DE UM PRISMA

Pág 01

pág 1

Seu grupo recebeu como material de estudo duas caixas diferentes de formatos de prismas e folhas de papel de presente. Nessa tarefa queremos saber quanto de papel se utiliza para embrulhar cada uma dessas caixas.

Para que essa medida possa ser encontrada precisamos calcular então o valor da área total da superfície de cada uma dessas caixas (modelos de prismas). Para isso, vamos considerar que estamos procurando o menor valor possível dessa medida, imaginando que não sobraria nenhuma borda ao redor das faces. Lembre-se que no cálculo da área é preciso levar em consideração duas dimensões: medidas de comprimento e de largura.

a) Debata com os integrantes de seu grupo possíveis estratégias de resolução para o cálculo da medida de quanto de papel seria utilizado para embrulhar cada uma dessas caixas.

b) Feita a escolha da estratégia que o grupo considerou mais adequada para esta tarefa, calcule a área total de superfície de cada um desses modelos de prismas.

c) Preencha a tabela abaixo detalhando alguns valores que vocês podem ter encontrado durante o cálculo da área da superfície de cada um dos modelos de prismas (caixas) propostos:

CAIXA NOME DO

PRISMA

QUANTIDADE E

FORMATO DAS FACES ÁREA DAS FACES

SOMA

AB COM

AL

ÁREA

TOTAL

DO

PRISMA

(1)

Base (B) Lateral (L)

AB AL

Cada

face

Todas

as

faces

Cada

face

Todas

as

faces

(2)

Base (B) Lateral (L)

AB AL

Cada

face

Todas

as

faces

Cada

face

Todas

as

faces

d) Descreva a estratégia utilizada por seu grupo para o cálculo da área total de superfície

desses prismas.

e) Qual a unidade de medida de área encontrada? Justifique.

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Pág 01

pág 2

f) Como poderia então ser representado algebricamente o cálculo da área total de superfície

desses prismas?

Com base nessas reflexões sobre o cálculo da área de superfície de um prisma, resolva as

questões a seguir:

g) Uma indústria de produtos de limpeza precisa fabricar 5 000

caixas de sabão em pó para armazenamento, transporte e

venda desse produto. Desprezando as abas, calcule quantos

centímetros quadrados de papelão serão gastos para satisfazer

toda essa demanda, considerando cada uma das caixas de

sabão em pó do tipo e tamanho indicados ao lado.

h) João é metalúrgico e precisa cobrir a superfície total de uma peça sextavada de aço com

papel adesivo. Quantos centímetros quadrados desse papel adesivo João precisará,

considerando a forma e as medidas indicadas abaixo? Obs: considere a base desse prisma

um hexágono regular.

FONTE IMAGEM: http://rodmancomercial.com.br/acabamento/

i) Ana trabalha em uma gráfica e recebeu uma encomenda de 120 unidades de uma

determinada embalagem de papelão para uma pequena empresa de sua cidade. O tipo e as

medidas da estrutura dessa embalagem estão representados nas figuras abaixo.

Desprezando as abas, calcule quanto de papelão, em m2, Ana irá utilizar para atender toda

essa encomenda. Obs: considere a base desse prisma um triângulo equilátero.

FONTE IMAGEM: http://kdexatas.blogspot.com.br/

22 cm

2,5 cm

5 cm

15 cm

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Tempo previsto: 04 aulas

Conteúdos:

Área de superfície de um prisma .

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Compreender o conceito de área de superfície de um prisma;

- Resolver situações problema envolvendo a medida de superfície de um

prisma.

Recursos:

Duas caixas em formato de prisma, papel de presente e a folha da tarefa.

Ações para a realização da tarefa:

1 – Para esta tarefa o professor deve preparar para cada grupo o seguinte

material: uma caixa de formato de hexaedro (cubo ou paralelepípedo), outra

caixa de formato de um prisma de base triangular ou hexagonal e uma folha de

papel de presente. Durante a fase de discussões em grupo o professor deve

incentivar os alunos a utilizarem da observação e da intuição para o

reconhecimento de padrões matemáticos envolvidos nas questões. A utilização

da régua e da calculadora podem agilizar os processos esperados, já que o

objetivo principal é o reconhecimento e deduções das relações matemáticas

relacionadas ao cálculo da área de superfície e não a simples utilização de

fórmulas e algoritmos das operações utilizadas.

2 – A sugestão é que se realize primeiro as seis questões iniciais da tarefa e

promova uma primeira plenária com parte da sistematização do conteúdo

discutido até o momento, incluindo a dedução das fórmulas utilizadas para o

cálculo da área de superfície dos poliedros apresentados. Somente depois

disso é que se sugere a apresentação das três últimas questões, que servirão

para a amarração dos pontos ainda não compreendidos pelos alunos.

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Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a) Oportunizar aos alunos a possibilidade de confrontarem soluções

diferentes, verificarem regularidades, fazerem conjecturas e tirarem suas

referidas conclusões acerca do cálculo da área de superfície dos prismas.

(c), (d), (e) e (f) Reconhecer a planificação dos prismas. Revisar área de

figuras planas. Revisar o conceito de unidade de medida de área. Deduzir

fórmulas para o cálculo da área de superfícies dos prismas: algebricamente,

essa relação pode ser expressa por AT = AB+ AL , ou seja, a área total da

superfície de um prisma é igual a soma da área da base com a área lateral do

prisma.

(g) Cálculo da área da superfície de um paralelepípedo: todas as faces desse

prisma são retangulares. A área de um retângulo é dada por A = B.h.

Considerando como bases os dois retângulos de dimensões 18cm e 20cm e

ainda como laterais dois retângulos de dimensões 5cm e 18cm e outros dois

retângulos de dimensões 5cm e 20cm, pode-se calcular a área da superfície da

base por AB = 2.(18.20) AB = 720cm2 e a área da superfície das laterais

por AL = 2.(5.20) + 2.(5.18) AL = 200 + 180 AL = 380cm2. Então a área

da superfície total desse prisma é dada por AT = AB + AL AT = 720 + 380

AT = 1100 cm2 ou ainda AT = 1,1 m2 de papelão.

(h) Cálculo da área da superfície de um prisma hexagonal:

Resol.1 por ser um hexágono regular a base pode ser decomposta em 6

triângulos equiláteros de lado 2,5cm. Como a área de um triângulo equilátero

de lado l é dada por A = √

, a área da base desse prisma é dada por AB =

, utilizando √ = 1,73 AB = 6.2,7 AB = 16,21cm2. Como são

duas bases hexagonais tem-se AB = 2.16,21cm2 AB = 32,42cm2.

A superfície lateral é formada por 6 retângulos de dimensões 2,5cm e 22cm.

Como a lateral desse prisma é formado por 6 retângulos o cálculo da área da

superfície lateral pode ser dado por AL = 6 . (2,5.22) AL = 330cm2. Então, a

área da superfície total desse prisma de base hexagonal é dada por AT = AB +

AL AT = 32,42 + 330 AT = 362,42 cm2 ou ainda AT 362cm2 de papel

adesivo.

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Resol.2 utilizando a relação A = √

para o cálculo da área de um

hexágono pode-se calcular a área de superfície da base desse prisma por

AB = √

AB =

AB = 16,21 cm2 (utilizando √ = 1,73). Como são

duas bases hexagonais calcula-se AB = 2.16,21cm2 AB = 32,42cm2. Como a

lateral desse prisma é formado por 6 retângulos o cálculo da área de sua

superfície lateral pode ser dado por AL = 6 . (2,5.22) AL = 330cm2. Então a

área da superfície total desse prisma de base hexagonal é dada por

AT = AB + AL AT = 32,42 + 330 AT = 362,42 cm2 ou ainda

AT 362cm2 de papel adesivo.

(i) Cálculo da área da superfície de um prisma de base triangular: o enunciado

da questão informa que a base desse prisma é formada por dois triângulos

equiláteros. Assim, a área de superfície de cada um desses triângulos pode ser

obtida por A = √

. Considerando que a medida do lado do triângulo equilátero

é de 5cm, tem-se AB = √

, utilizando √ = 1,73 AB =

AB = 10,81cm2. Como o prisma possui duas bases triangulares

conclui-se que AB = 2 . 10,81 AB = 21,62cm2. As laterais desse prisma são

formadas por 3 retângulos de dimensões 5cm e 15cm. Então o cálculo

da área da superfície lateral do prisma pode ser dado por AL = 3 . (5.15)

AL = 225cm2. Logo, a área da superfície total desse prisma de base

triangular pode ser obtida por AT = AB + AL AT = 21,62 + 225

AT = 246,62 cm2 ou ainda AT 247cm2 de papelão.

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TAREFA 7 – VOLUME E CAPACIDADE DE UM PRISMA

Pág 01

pág 1

Seu grupo recebeu como material de estudo duas caixas de acrílico de formatos diferentes e

um copo medidor de capacidade.

a) Observando essas duas caixas apenas a olho nú, responda: Qual das duas caixas cabe

mais líquido? Por quê?

Assim como podemos medir o comprimento de um terreno, a massa de um objeto ou a

superfície de uma quadra de esportes, podemos também medir o espaço ocupado por um

corpo qualquer. Neste caso, estamos determinando o volume deste corpo.

Pensando desta forma vamos refazer a pergunta anterior de uma forma diferente: Qual das

duas caixas tem maior volume?

b) Qual a estratégia de resolução que seu grupo sugere para que essa medida possa ser

encontrada? É possível verificar a validade da estratégia escolhida por vocês?

Como visto, para calcular o volume de cada uma dessas caixas é necessário levar em

consideração a media de suas dimensões, a área da figura plana que forma a base do prisma

e a altura desse poliedro.

c) Ao completar a tabela abaixo podemos entender melhor o cálculo para a medida do

espaço ocupado por cada caixa.

Caixa Compri

mento Largura

Figura plana

da Base Área da Base Altura

Área da Base

multiplicado pela

Altura

Espaço

ocupado

(1)

(2)

d) Se pensarmos que o espaço ocupado por um corpo é o mesmo que seu volume, quais

medidas foram levadas em consideração para o cálculo do volume da cada uma dessas

caixas?

e) É possível escrevermos uma relação algébrica genérica para o cálculo de volume

de um prisma qualquer? Como seria essa relação?

Page 30: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

Pág 01

Pág 01

pág 2

f) Agora, comparando as medidas de volume encontrados nas questões anteriores responda:

Qual das duas caixas tem maior volume?

Assim, como as medidas de comprimento, largura e altura dessas caixas foram medidas em

centímetros, a medida de volume que encontramos para as elas é dada em centímetros

cúbicos (cm3), pois usamos para o seu cálculo três dimensões.

Porém, em nossa linguagem usual, seria estranho dizermos que nessas caixas cabem

1000cm3 de líquido. Normalmente, para medirmos qualquer líquido como óleo, leite, água,

suco etc, expressamos essas medidas em mililitros (ml) ou litros (l).

Portanto, ao retornarmos para nossa pergunta original “Qual das duas caixas cabe mais

líquido?” estamos procurando saber qual é o volume interno desses recipientes, ou seja,

estamos querendo calcular sua capacidade.

g) Utilizando o medidor entregue no início da tarefa, meça quanto de capacidade tem cada

uma dessas caixas, colocando água dentro delas. Obs: Para conversão de unidade de medida

utilize a relação 1000cm3 = 1 dm3 = 1 l (litro)

h) Afinal, qual das duas caixas cabe mais líquido?

pág 3

Com base nas reflexões sobre o cálculo do volume e de capacidade de um prisma, resolva as

questões a seguir:

i) O esquema ao lado representa as dimensões de uma

piscina de um determinado clube de campo. Qual é a

quantidade máxima de água, em litros, que essa piscina

pode conter sabendo que por determinação da direção

do clube os empregados da empresa só podem enchê-la

com 95% de sua capacidade ?

Obs: Utilize a relação 1m3 = 1000 l

j) Um metalúrgico precisa produzir uma peça sextavada

de liga metálica, conforme esquema e medidas ao lado.

Calcule o volume de liga metálica necessário para a

produção dessa peça.

2,5m

10m

7m

10cm

15cm

5cm

Fon

te:

o p

róp

rio

au

tor

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Tempo previsto: 04 aulas

Conteúdos:

Volume e capacidade de um prisma.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Compreender o conceito de volume de um prisma;

- Revisar as unidades de medida de capacidade;

- Resolver situações problema envolvendo as medidas de volume e capacidade

de um prisma.

Recursos:

Duas caixas de acrílico (em formato de paralelepípedos), um copo medidor de

capacidade (plástico ou acrílico), água e a folha de tarefa.

Ações para a realização da tarefa:

1 – Cada grupo deve receber o seguinte material: uma caixa de acrílico no

formato do modelo de um cubo com medida de 10cm cada aresta, uma

segunda caixa de acrílico no formato do modelo de um paralelepípedo com

dimensões 10cm, 5cm e 20cm e um copo medidor de capacidade (plástico ou

acrílico) de no mínimo 1 litro. Se necessário o material de acrílico pode ser

substituído por vidro ou algum outro material impermeável.

Nas plenárias e na sistematização o professor deve guiar os alunos a

deduzirem eles mesmos as relações e fórmulas envolvidas no cálculo do

volume e capacidade de um prisma qualquer.

2 –As páginas devem ser entregues uma de cada vez para os alunos. Um

Grupo só inicia a página 02 quando terminar a página 01. Parte-se para uma

plenária inicial, discutindo as conclusões que os grupos tiveram até o momento.

Somente após a dedução algébrica das relações utilizadas para o cálculo do

volume é que se entrega a terceira página da tarefa. Numa plenária final se

sistematiza o conteúdo que o professor julgar necessário e se aproveita o

momento para tirar as dúvidas finais dos alunos.

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Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a) Trabalhar com a observação e intuição do aluno acerca de sua concepção

de espaço geométrico.

(b) Oportunizar aos alunos a possibilidade de confrontarem soluções

diferentes, verificarem regularidades, fazerem conjecturas e tirarem suas

referidas conclusões acerca do cálculo do volume de prismas.

(c), (d), (e) e (f) Conceito, dedução de fórmulas e cálculo de volume de um

prisma qualquer. Algebricamente, essa relação pode ser expressa por

V = AB . h , ou seja, o volume de um prisma é dado pelo produto da área da

base do prisma com a altura desse prisma.

Caixa Compri

mento

Largura Figura plana

da Base

Área da Base Altura Área da Base

multiplicado pela

Altura

Espaço

ocupado

(1)

cubo 10 cm 10 cm Quadrado

AB = l2

AB = 102

AB = 100cm2

10 cm 10 . 100 1000

cm3

(2)

para

lelepí

pedo

20 cm 10 cm Retângulo

AB = B.h

AB = 20.10

AB = 200cm2

5 cm 200 . 5 1000

cm3

(g) e (h) Conceito de Capacidade e conversão de medidas.

(i) Com as medidas de 10m de comprimento, 7m de largura e 2,5m de

profundidade o cálculo do volume total dessa piscina inicia-se pela área de sua

base multiplicada por sua profundidade, ou seja, AB = 10 . 7 AB = 70m2

V1 = AB . h V1 = 70 . 2,5 V1 = 175 m3.Como o enunciado da questão

pede apenas 95% desse volume tem-se V2 = 175 . 0,95 V2 = 166,25 m3.

Convertendo volume em capacidade tem-se VF = 166,25 . 1000

VF = 166 250 l (litros) de água.

(j) No caso desta questão deve-se considerar que a base desse prisma é

formado por um hexágono regular. Inicia-se calculando o volume dos dois

prismas envolvidos na peça: o 1º (externo) com medidas de 10cm para as

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arestas da base e altura de 15cm; o 2º (interno) com medidas de 5cm para as

arestas da base e altura também de 15cm. Adotando o cálculo da área da base

hexagonal pela relação A = √

(onde √ = 1,73) e o cálculo do volume

V = AB . h, tem-se V = √

.h. Para o cálculo do 1º prisma (externo):

V1 = √

.15 V1 = =

. 15 V1 = 259,5 . 15 V1 = 3892,5 cm3. Para

o cálculo do 2º prisma (interno): V2 = √

.15 V2 = =

. 15

V2 = 64,875 . 15 V2 = 973,125 cm3. Para o cálculo do volume final tem-se

VF = V1 – V2 VF = 3892,5 – 973,125 VF = 2 929,375 VF 2 929 cm3

de liga metálica.

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TAREFA 8 – ÁREA DE SUPERFÍCIE DE UMA PIRÂMIDE

Pág 01

pág 1

Estudaremos agora outro tipo de poliedro: a Pirâmide.

Uma construção que lembra muito este poliedro são as Pirâmides do Egito, construídas há

milhares de anos para abrigar tumbas de faraós.

Considerando uma pirâmide regular de base quadrada com medidas de arestas laterais e da

base com 15cm e 18cm, respectivamente, determinar:

(a) os formatos e as medidas das faces (d) a área da lateral da pirâmide

(b) a apótema da lateral (e) a área total da pirâmide

(c) a área da base da pirâmide

f) Em seguida, revisando todos os cálculos utilizados para a resolução das

questões anteriores, indique algebricamente a ideia geral do cálculo da área de

superfície de uma pirâmide.

g = apótema da lateral h= altura da pirâmide

m = apótema da base

aresta da base

aresta da lateral

A

V

D

M O

C

B

pág 2

g) Roberto e seu filho vão acampar e querem saber quanto

de lona precisarão para montar uma barraca de formato de

uma pirâmide de base quadrangular de 2m de

comprimento de arestas da base e 2,5m como medida da

aresta lateral. Ajude-os a calcular a quantidade de lona, em

m2, que eles precisarão para isso, sabendo que a parte

debaixo da barraca também será forrada com lona para que

os ocupantes dela não fiquem em contato direto com o

chão. 2m

2,5m

Fon

te:

o p

róp

rio

au

tor

Fon

te:

o p

róp

rio

au

tor

Page 35: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

Tempo previsto: 03 aulas

Conteúdos:

Área de superfície de uma pirâmide.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Compreender o conceito de área de superfície de uma pirâmide;

- Resolver situações problema envolvendo a medida de superfície uma

pirâmide.

Recursos:

Folha da tarefa e equipamento multimídia para áudio e vídeo.

Ações para a realização da tarefa:

1 – Nesta tarefa sugere-se que o professor forme grupos juntando alunos que

demonstram certo conhecimento em Geometria com aqueles que apresentam

maior dificuldade, com base no desenvolvimento das tarefas anteriores. O

vídeo “5 Fatos Incríveis (que você não sabia) sobre as Pirâmides Egípcias”, do

canal Fatos Desconhecidos do site YouTube e disponível no link

https://www.youtube.com/watch?v=q0BxKF2RGzI, com acesso em 21/11/2016,

pode ser utilizado como introdução ao tema por trazer à tona curiosidades a

respeito das pirâmides do Egito e informações de como o conhecimento

matemático contribuiu na construção dessas maravilhas da humanidade.

2 – A falta de conhecimento de geometria plana, por parte dos alunos, poderá

trazer certa dificuldade ao início da tarefa. Ao caminhar pela sala atendendo os

alunos, o professor precisará guiá-los no sentido de recordarem conceitos

fundamentais de geometria (como apótema, altura, teorema de Pitágoras, ideia

de área de superfície etc). Sugere-se entregar a página 02 da tarefa somente

quando o grupo conseguir deduzir a forma algébrica do cálculo da área de

superfície da pirâmide (questão g).

3 - Nas plenárias e sistematização dos conteúdos, o principal papel do

professor é conduzir o processo para que os próprios alunos deduzam as

relações e fórmulas envolvidas no cálculo da área de superfície de uma

pirâmide.

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Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a) até (f) Compreender o conceito e deduzir a fórmula para o cálculo da área

da superfície de uma pirâmide.

OBS: exercício adaptado de IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e

aplicações, v2. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. pág 206.

(a) Face da base: quadrado de lado 18cm; Face da lateral: triângulo isósceles

de base 18cm e lados 15cm.

(b) Para o cálculo da apótema da lateral (g)

pelo Teorema de Pitágoras tem-se que

ltriângulo2 = g2 + (

)

152 = g2 + 92

g2 = 225 –81 g = √ g = 12cm.

(c) Como a base é um quadrado de lado 18cm então área da base é igual a

AB = l2 AB = 182 AB = 324cm2.

(d) Como a lateral da pirâmide é formada por quatro triângulos com 15cm de

base e 18cm de lado, tem-se que a área da lateral é 4 vezes a área do

triângulo (ATriângulo =

). Já a altura do triângulo é dada, no caso, pela apótema

da lateral. Então, AL = 4 . ATriângulo AL = 4.

AL = 4.108 AL = 432cm2.

(e) Para o cálculo da área total da superfície dessa pirâmide tem-se

AT = AB+ AL, ou seja, AT = 324 + 432 AT = 756cm2.

(f) Algebricamente, essa relação pode ser expressa por AT = AB+ AL , ou seja,

a área total da superfície de uma pirâmide é igual a soma da área da base com

a área lateral da pirâmide.

(g) Para o cálculo da área total da superfície dessa pirâmide tem-se

AT = AB+ AL. Como a base é um quadrado de lado 2cm então área da base é

igual a AB = l2 AB = 22 AB = 4m2. A altura dada (2,5m) é a altura da

pirâmide. Enquanto, a altura do triângulo pode ser dada pela apótema da

lateral. Assim, para se encontrar a medida da apótema da lateral (g) aplica-se

o Teorema de Pitágoras, tal que

B M

C

V

18cm

ltriângulo

lquadrado g

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ltriângulo2 = g2 + (

)

2,52 = g2 + 12

g2 = 6,25 –1 g = √ g = 2,29m.

Como a lateral da pirâmide é formada por quatro

triângulos isósceles com 2m de base e 2,5m de lado,

tem-se que a área da lateral da pirâmide é 4 vezes

a área do triângulo (ATriângulo =

). Portanto AL = 4 . ATriângulo AL = 4.

AL = 4 . 2,29 AL = 9,16m2. Então, para o cálculo da área total da

superfície dessa pirâmide, tem-se que AT = AB+ AL, ou seja, AT = 4 + 9,16

AT = 13,16m2, ou ainda, aproximadamente 13,5m2 de lona.

B M

C

2cm

g

V

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TAREFA 9 – VOLUME E CAPACIDADE DE UMA PIRÂMIDE

3

pág 1

Seu grupo recebeu como material de estudo duas folhas em papel cartão com as

planificações de dois poliedros que utilizaremos para a realização desta tarefa.

a) Com o auxílio de cola e tesoura monte essas planificações: um paralelepípedo e uma

pirâmide de base quadrada.

Lembre-se que, seguindo as orientações das folhas das planificações entregues pelo

professor, as bases de cada um dos poliedros precisam ser vazadas (abertas).

b) A partir das medidas das arestas desses poliedros pode-se afirmar que eles possuem algo

em comum?

c) Utilizando grãos de arroz cru como conteúdo desses poliedros, faça uma comparação

entre eles e indique quantas vezes o conteúdo da pirâmide cabe dentro do prisma.

d) Dentro dos limites do erro experimental, qual a relação existente entre o volume da

pirâmide e o volume do prisma?

e) Escreva essa relação algebricamente.

Agora, conhecendo um pouco mais sobre prismas e pirâmides trazemos uma questão para o

grupo pensar:

f) Qual a razão da indústria dar maior preferência para embalagens prismáticas,

como o cubo e o paralelepípedo por exemplo, e não para as piramidais?

Fonte: o próprio autor

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Tempo previsto: 04 aulas

Conteúdos:

Volume e capacidade de uma pirâmide.

Expectativa(s) de Aprendizagem:

- Compreender o conceito de volume de uma pirâmide;

- Revisar as unidades de medida de capacidade;

- Resolver situações problema envolvendo as medidas de volume e capacidade

de uma pirâmide.

Recursos:

Cola, tesoura, régua, folhas em papel cartão com as planificações dos

poliedros (um paralelepípedo e uma pirâmide de base quadrada) e um

punhado de grãos de arroz cru.

Ações para a realização da tarefa:

1 – Esta tarefa foi adaptada da comprovação experimental sobre volume de

pirâmides apresentada na página 173 do livro Matemática Aplicada

(volume3), dos autores Fernando Trotta, Luiz Márcio Pereira Imenes e José

Jakubovic, da editora Moderna, ano de publicação 1980. A comprovação

pág 2

g) O ouro 18 quilates é uma liga metálica formada por 75%

de ouro, 13% de prata e 12% de cobre. Sua vantagem em

relação ao ouro puro é que esse metal é macio e pode ser

facilmente riscado. Além disso, a liga mantém as

propriedades desejadas do ouro, como brilho, dureza

adequada e para a joia a durabilidade.

(Disponível em http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/ligas-

metalicas.htm , com acesso em 23/11/2016)

Sabendo que a densidade do ouro 18 quilates é de 16g/cm3 e a densidade de um objeto é

obtida pela razão entre sua massa e seu volume, calcule a massa, em gramas, de um

pingente de ouro 18 quilates que possui formato de um octaedro regular, com arestas

medido 2cm e altura total do pingente de aproximadamente 3cm.

2cm

3cm

Fon

te:

o p

róp

rio

au

tor

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científica é o ato de confirmar através de experimentos, evidências ou

demonstrações a veracidade de alguma teoria ou hipótese, com base no

método científico. Partindo de seu conhecimento prévio e informal, o aluno

poderá ser (co)autor do objeto matemático em estudo. Ações de reinvenção

como esta, contribui com os alunos na compreensão do objeto ou conceito

matemático estudado, o qual se tornará num conhecimento formal com maior

significado.

2 – A melhor forma de compreender um poliedro e suas características

individuais é construindo-o. Portanto, cada grupo deve receber folhas em papel

cartão com as planificações de um paralelepípedo e de uma pirâmide de base

quadrada, conforme Anexos 2 e 3 desta Produção Didático-Pedagógica. Com a

manipulação das planificações desses poliedros o professor pode revisar a

diferença entre prismas e pirâmides. Os materiais para a comprovação

experimental proposta podem ser trocados, se necessário: arroz cru por

serragem ou água e/ou papel cartão por acrílico. O importante nestas

planificações é que suas bases sejam equivalentes e que possuam alturas

iguais, uma vez que as conclusões as quais se desejam chegar estão

baseadas no Princípio de Cavalieri.

Ideias a serem discutidas em cada questão:

(a) e (b) Estudo das planificações dos prismas e pirâmides. Discussão sobre os

limites do erro experimental. Com o auxílio de cola, tesoura e régua os alunos

devem montar os referidos poliedros, a partir de suas planificações,

determinando também as medidas de suas arestas e altura. A ideia da tarefa é

de que os alunos identifiquem a equivalência das bases desses poliedros e a

igualdade de suas alturas. Estas questões também servirão para a discussão e

compreensão de que em uma medição se cometem erros experimentais.

(c), (d) e (e) Dedução da relação e fórmula do volume de uma pirâmide. Ao

encher o prisma com grãos de arroz cru os alunos devem perceber que será

necessário repetir a operação três vezes. Assim, baseando-se também no

Princípio de Cavalieri, pode-se afirmar que o volume da pirâmide é a terça do

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volume do prisma que tem a mesma base e a mesma altura que ela, ou seja,

V =

.

(f) As embalagens poliédricas tem destaque na preferência das indústrias para

acondicionar seus produtos. As formas mais utilizadas são as embalagens do

tipo prismático (cubo e paralelepípedo-reto) pelo fato de trazer certa

comodidade e facilidade de locomoção, acomodação, armazenamento e

segurança dos produtos. Normalmente os lados econômico e de aparência

ficam num segundo plano, entretanto também possuem sua importância no

processo de escolha.

(g) O octaedro pode ser dividido em duas pirâmides de base quadrada com

arestas de 2cm e altura aproximada de 1,5cm. Área da base: AB = l2

AB = 22 AB = 4cm2. Volume da pirâmide: V =

V =

V = 2cm3.

Como o pingente de formato octaédrico pode ser decomposto em duas

pirâmides, o volume total do pingente é dado por VT = 2.2 VT = 4cm3. Para o

cálculo da massa (M) dessa peça é preciso levar em consideração a densidade

(d) do ouro 18 quilates, ou seja, d = 16g/cm3. Então, a massa pode ser dada

por M = V . d M = 4.16 M = 64g de ouro 18 quilates.

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AVALIAÇÃO

Tempo previsto: 04 aulas (02 aulas Prova escrita e 02 aulas Recuperação)

Na perspectiva adotada para este trabalho a avaliação é vista

como parte integrante do processo de ensino e de aprendizagem, como forma

de regular e guiar esse processo. A avaliação deve contribuir para que o

professor possa checar os resultados das ações do processo como um todo e

ajudar na tomada de decisões futuras, melhorando suas práticas de ensino. Ao

estudante, a avaliação deve fornecer um feedback sobre o seu próprio

processo de aprendizagem, proporcionando-lhe a oportunidade de identificar

suas próprias dificuldades e de buscar a sua superação.

Segundo Ciani (2012, p. 47), a avaliação

(...) deve fornecer informações para professores e alunos de modo a poderem reorientar suas práticas, assim todos os elementos constituintes da avaliação devem ser pensados e formulados a fim de possibilitarem a aprendizagem de matemática, desde os instrumentos utilizados, os critérios de correção e classificação adotados até a comunicação das informações.

Esta proposta de trabalho segue uma forma de avaliação e

recuperação de conteúdos adaptada do estudo da Profª Aurea de Gouveia Piai,

intitulado Recuperação Paralela em Matemática: uma oportunidade de

aprender, o qual foi apresentado ao Programa de Desenvolvimento

Educacional do Estado do Paraná / PDE no ano de 2007.

Para a elaboração de um instrumento avaliativo significativo

Buriasco (2000) destaca que é preciso definir princípios em função de objetivos

que se pretendem alcançar. Portanto é necessário que o professor tenha claro

o que pretende avaliar em uma prova: objetivos definidos para cada questão da

prova, equilíbrio na complexidade das questões utilizadas, critérios de correção

e dosagem do número de questões adequada ao tempo que o aluno terá para

resolvê-las.

Page 43: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

No momento da aplicação da prova escrita, mediante o que foi

discutido durante a resolução das tarefas em sala, os alunos devem ser

incentivados a resolver os problemas (de forma individual e sem consulta a

nenhum material) de acordo com o que sabem e o que entenderam.

Tanto na correção da prova escrita como também na aplicação de

outros instrumentos avaliativos, deve ser valorizado o que o aluno produzir,

mesmo que ele não apresente uma solução considerada correta para o

problema. O professor deve analisar e valorizar todo o caminho percorrido pelo

aluno, pontuando de acordo com os critérios de correção estabelecidos (

intenções do professor quando formulou a prova escrita).

Na folha da prova escrita e resolvida pelo aluno, o professor não

deve indicar a nota que ele recebeu em cada questão. Para sua organização

deve produzir uma planilha à parte. O professor deve combinar com os alunos

símbolos para indicar solução correta, solução parcialmente correta ou solução

incorreta. Com isso, a intenção é que o aluno perceba o seu próprio modo de

lidar com a questão.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Para a Recuperação de estudos os alunos serão separados em

duplas pelo professor, procurando juntar alunos que obtiveram as maiores

notas na prova escrita com alunos que obtiveram as menores notas. Na

sequência os alunos recebem a prova corrigida (somente com símbolos) e

mais uma folha para registro das novas resoluções com o título Recuperação

Paralela.

Neste momento do processo, os alunos devem ser orientados a

rever cada uma das questões da prova e a sua resolução. Caso a questão

estiver assinalada como correta o aluno deve justificar como pensou e procurar

apresentar uma outra forma de resolução. No entanto, se a questão estiver

assinalada incorreta ou parcialmente correta, ele deverá explicar o quê errou e

apresentar uma forma correta de resolução.

Page 44: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

Com a comparação de variadas formas de resolução e a troca de

ideias pretende-se possibilitar aos alunos a percepção de seus erros e aquilo

que precisa ser aprimorado para um melhorar seu desempenho dentro do

processo de ensino. Ao apresentar uma justificativa os alunos podem

demonstrar seus esforços de reflexão e compreensão daquilo que fizeram de

correto ou incorreto. Conforme Piai (2007) o processo avaliativo não deve se

tratar apenas de uma oportunidade para a correção dos erros, mas sim para

aprender a partir deles.

Nas duas etapas deste instrumento avaliativo as questões terão o

mesmo valor, podendo o aluno atingir o máximo de 2,5 pontos em cada uma

das etapas, perfazendo um total de 5,0 pontos na prova escrita. Desta forma, a

Recuperação de estudos não se resumirá apenas numa outra prova escrita

substitutiva, mas como parte integrante do processo de ensino e de

aprendizagem.

Os outros 5,0 pontos serão voltados para outros instrumentos

avaliativos, distribuídos como nota de participação, envolvimento e registros

dos alunos na resolução das tarefas em sala de aula, durante a aplicação desta

Unidade Didática.

Page 45: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

_______________________________________________________________

4. REFERÊNCIAS _______________________________________________________________

CIANI, Andréia Büttner. O realístico em questões não-rotineiras de matemática. 2011. 166f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ensino de

Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2012.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática contexto e aplicações, v2. 1. ed. São Paulo: Ática, 2011.

IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e aplicações, v2. 6. ed. São Paulo:

Saraiva, 2010.

MACHADO, Nilson José. Os poliedros de Platão e os dedos da mão – coleção vivendo a matemática, 8.ed. São Paulo: Scipione, 2000.

PIAI, Aurea de Gouveia. Recuperação Paralela em Matemática: uma oportunidade de aprender. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, 2007. Curitiba: SEED/PR., 2011. V.1. (Cadernos PDE). Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2007_uel_mat_artigo_aurea_de_gouveia_piai.pdf>. Acesso em 29/09/16. ISBN 978-85-8015-037-7

Portal Mundo Educação - Ligas metálicas. Disponível em:

<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/ligas-metalicas.htm>. Acesso em 23 de novembro de 2016.

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática, v3 : ensino médio.

2. ed. São Paulo: FTD, 2013.

TROTTA, Fernando, IMENES, Luiz Márcio Pereira, JAKUBOVIC, José. Matemática aplicada, v3. 3. Ed. São Paulo: Moderna, 1980.

YouTube. 5 Fatos Incríveis (que você não sabia) sobre as Pirâmides Egípcias. Vídeo Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=q0BxKF2RGzI>. Acesso em 21 de nov. de 2016.

Page 46: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

_______________________________________________________________

5. ANEXOS _______________________________________________________________

Anexo 1

CONCEITOS ADOTADOS NA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Na sequência, apresentamos alguns conceitos com referência à

bibliografia consultada, e que devem ser trabalhados com os alunos na medida

em que o professor regente julgar necessário.

TAREFA 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

GEOMETRIA ESPACIAL: estuda as figuras geométricas (no espaço) que

possuem 3 dimensões (altura, largura e comprimento). O termo Geometria

resulta do grego “Geo” (terra) e “métron” (medir), cujo o significado em geral

é designar propriedades relacionadas com a posição e forma de objetos no

espaço.

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS: região do espaço limitada por uma superfície

fechada. Formas tridimensionais idealizadas pela Geometria.

TAREFA 2 – ESTUDO DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Polígono: linha fechada formada apenas por segmentos de reta (lados) que

não se cruzam. O prefixo poli- indica muitos e o sufixo –gono indica ângulos.

Assim, polígono indica uma figura geométrica de muitos ângulos.

Polígono convexo: polígono em que todos os ângulos internos são menores

do que 180°. Dizemos também que pé um polígono é convexo quando,

tornando-se como referência qualquer um de seus lados, o polígono fica

situado em um mesmo semipleno em relação a esse lado.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática contexto e aplicações, v2. 1. ed. São

Paulo: Ática, 2011. p.354.

Page 47: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

Um Sólido Geométrico é uma região do espaço limitada por uma superfície.

Os Sólidos Geométricos dividem-se em dois grandes grupos: Poliedros e Não

poliedros. Poliedros: São sólidos limitados por superfície planas. Não

Poliedros: São sólidos que tem pelo menos uma das faces que não é plana.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática contexto e aplicações, v2. 1. ed. São

Paulo: Ática, 2011. p.207.

***************

Os poliedros são sólidos geométricos limitados por superfícies planas

poligonais. Em um poliedro, podemos destacar os seguintes elementos:

As faces são os polígonos que limitam os poliedros. A quantidade de

faces de um poliedro é finita.

As arestas são os lados de cada face do poliedro, sendo que cada

aresta é comum a somente duas faces.

Os vértices são os pontos de intersecção de três ou mais arestas,

sendo que os vértices de cada face são também vértices do poliedro.

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar Matemática, v3. 2. ed. São Paulo:

FTD, 2013. p.70.

***************

Quando examinamos as formas tridimensionais idealizadas pela Geometria,

estamos observando sólidos geométricos.

Os sólidos geométricos mais simples podem ser de dois tipos:

Poliedros: sólidos geométricos cujas superfícies são formadas apenas por

polígonos planos (triângulos, quadriláteros, pentágonos etc). A palavra

“poliedro” vem do grego antigo “poli” (vários) e “edros” (faces). Em um

Poliedro podemos distinguir: faces (polígonos planos), quinas (arestas) e

pontas (vértices).

Corpos Redondos: sólidos geométricos cujas superfícies têm ao menos uma

parte que é arredondada (não plana).

Os poliedros podem ser divididos em dois grupos, de acordo com certas

características comuns:

Page 48: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

PRISMAS: poliedros em que duas de suas faces são denominadas bases e as

demais, faces laterais. As bases de um prisma sempre são idênticas e

paralelas entre si. As faces laterais são quadriláteros.

PIRÂMIDES: poliedros que possuem uma face denominada base e as demais

são as faces laterais. Suas faces laterais são triângulos.

IEZZI, Gelson et al. Matemática: ciência e aplicações, v2: ensino médio.

6. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p.183.

TAREFA 3 – POLIEDROS CÔNCAVOS E CONVEXOS

Uma região do plano é convexa quando o segmento de reta que liga dois

pontos quaisquer dessa região está inteiramente contida nela. (...) podemos

dizer também que uma região plana é convexa se qualquer reta r desse plano

intersecta seu contorno em, no máximo, dois pontos.

Um polígono é convexo quando o segmento que liga dois de seus pontos

está sempre contido nele. De modo equivalente, podemos dizer que um

poliedro é convexo se qualquer reta não paralela e nenhuma das faces

intersecta suas faces em, no máximo, dois pontos.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática Contexto e Aplicações: v2. 1. ed. São

Paulo: Ática, 2011. p.207.

TAREFA 4 – RELAÇÃO DE EULER

O suíço Leonhard Euler (1707-1783) realizou muitas contribuições à

Matemática. Mesmo ficando cego aos 59 anos de idade, Euler continuou seus

estudos. É prováel que nenhum outro matemático tenha produzido tanto quanto

ele, que durante toda a vida publicou cerca de 500 trabalhos, entre livros e

artigos.

Dentre as várias contribuições de Euler, podemos destacar uma importante

relação envolvendo o número de faces (F), aretas (A) e vértices (V) de um

poliedro.

(...) Em cada poliero [convexo] podemos notar que o nº de vértices mais o nº de

faces é igual ao nº de arestas mais dois. Podemos escrever essa relação da

seguinte forma: V + F = A + 2.

Page 49: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

Essa igualdade é conhecida como Relação de Euler e é válida para todo

poliedro convexo. No entanto, essa relação é válida também para alguns

poliedros não convexos.

Os poliedros cuja Relação de Euler é válida são chamdos poliedros eulerianos.

Assim, podemos afirmar que todos os polieros convexos são eulerianos, mas

nem todo poliedro euleriano é convexo.

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática, v3. 2. ed. São Paulo:

FTD, 2013. p.73.

TAREFA 5 – POLIEDROS DE PLATÃO

Um Poliedro de Platão satisfaz simultaneamente as seguintes condições:

Todas as faces têm o mesmo número de arestas;

De cada vértice parte o mesmo número de arestas;

A Relação de Euler é válida.

Em relação aos Poliedros de Platão, temos a seguinte propriedade: Existem 5,

e somente 5, classes de Poliedros de Platão.

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática, v3. 2. ed. São Paulo:

FTD, 2013. p.74.

***************

Só existem cinco tipos de sólidos geométricos que podem ser classificados

como Poliedros de Platão, são eles: o tetraedro, o octaedro e o icosaedro

regulares que possuem faces triangulares; o hexaedro regular formado por

faces quadradas; e o dodecaedro regular que é um poliedro com faces

pentagonais.

Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-sao-

poliedros-platao.htm , com acesso em 29/05/16.

***************

Page 50: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

Platão (427 a.C.–347 a.C.) foi um filósofo grego, discípulo de Sócrates,

nascido em Atenas. Em 387 a.C., após a morte de seu mestre fundou em sua

cidade natal uma escola que ficou conhecida como “Academia”. Na fachada

dessa escola, podia-se ler: “Que ninguém que ignore a Geometria entre aqui”.

Nessa frase, podemos observar que, apesar de Platão não ter dado

contribuições significativas aos resultados matemáticos técnicos da época, ele

tinha uma grande admiração pela Geometria.

Comumente é dito que Platão passou a ter uma visão matemática por

influência de um amigo, Arquitas. Acredita-se também que foi a partir daí que

ele soube da existência de cinco poliedros: o tetraedros, o cubo, o octaedro, o

icosaedro e o dodecaedro. Nessa época, esses poliedros eram associados aos

quatro elementos considerados primordiais: ar, associado ao octaedro; terra,

associado ao cubo; fogo, associado ao tetraedro; e água, associada ao

icosaedro. O quinto e último poliedro foi o dodecaedro, que Platão considerou o

símbolo do Universo.

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática, 3: ensino médio. 2. ed.

São Paulo: FTD, 2013. p.74.

TAREFA 6 – ÁREA DE SUPERFÍCIE DE UM PRISMA

Área da superfície de um prisma

Para iniciar o estudo acerca do cálculo da área da superfície de um prisma,

faremos algumas considerações. Em um prisma:

A superfície lateral corresponde à reunião de todas as suas faces

laterias, sendo a área dessa superfície a área lateral do prisma (AL);

A área da base corresponde a àrea do polígono que constitui cada uma

das bases do prisma (AB);

A superfície total corresponde à reunião da superfície lateral com as

bases, sendo a área dessa superfície a área total do prisma (AT).

Assim, a área total da superfície de um prisma corresponde à área lateral

mais duas vezes a área da base, isto é AT = AL + 2AB.

Área do quadrado: A = l2 Área do triângulo: A =

Área do retângulo: A = b.h Área do triângulo equilátero: A = √

Área do hexágono: A = √

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática, v3. 2. ed. São Paulo:

FTD, 2013. p.79-84.

Page 51: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

TAREFA 7 – VOLUME E CAPACIDADE DE UM PRISMA

Volume de um prisma qualquer: V = AB . h

DANTE, Luiz Roberto. Matemática Contexto e Aplicações: v2. 1. ed. São

Paulo: Ática, 2011. p.224.

***************

Unidades de volume

Medir uma grandeza é compará-la com outra, de mesma espécie, tomada

como unidade. Para obter o volume de um sólido devemos compará-lo com

outro tomado como unidade. Toma-se para unidade o volume de um cubo de

aresta unitária, isto é, o cubo de aresta 1 (um), por convenção. Assim, o cubo

de aresta 1cm terá volume 1cm3.

O cubo de aresta 1m tem volume 1m3 e o cubo de aresta 1dm tem volume

1dm3. Uma unidade de volume muito usada na prática é o litro, sendo que um

litro equivale a um decímetro cúbico, isto é, a capacidade de uma caneca

cúbica de aresta 1dm é 1litro.

Então: 1 metro cúbico (m³) corresponde à capacidade de 1000 litros.

1 decímetro cúbico (dm³) corresponde à capacidade de 1 litro.

TROTTA, Fernando, IMENES, Luiz Márcio Pereira, JAKUBOVIC, José.

Matemática aplicada, v3. 3. Ed. São Paulo: Moderna, 1980. p. 125.

TAREFA 8 – ÁREA DE SUPERFÍCIE DE UMA PIRÂMIDE

Área da superfície de uma pirâmide

Assim como os prismas, temos em uma pirâmide que:

A superfície lateral corresponde à reunião de todas as suas faces

laterias, sendo a área dessa superfície a área lateral da pirâmide (AL);

A área da base corresponde a àrea do polígono que constitui cada uma

das bases da pirâmide (AB);

A superfície total corresponde à reunião da superfície lateral com as

bases, sendo a área dessa superfície a área total da pirâmide (AT).

Assim, a área total da superfície de da pirâmide corresponde à área lateral

mais a área da base, isto é AT = AL + AB.

Page 52: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS POLIEDROS NA ......todos os grupos, do começo ao fim. 4 – Na sistematização das ideias gerais da tarefa, a intensão é promover a discussão dos conteúdos

Área da superfície da pirâmide regular: AT = AL + AB = 4.

+ l2 = 2lg + l2

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo olhar matemática, v3. 2. ed. São Paulo:

FTD, 2013. p.94.

TAREFA 9 – VOLUME E CAPACIDADE DE UMA PIRÂMIDE

Volume da pirâmide:

Comprovação experimental

Utilizando papel cartão faça duas canecas: uma prismática e outra piramidal,

de bases equivalentes e alturas iguais. Encha a caneca piramidal com grãos de

arroz cru e despeje o conteúdo na caneca prismática. Verá que, para encher a

caneca prismática, será necessário repetir a operação três vezes.

É claro que com um pouco de técnica, a qualidade dessa experiência pode ser

melhorada, por exemplo usando canecas metálicas e água em vez de grãos de

arroz. Dentro dos limites do erro experimental, podemos então afirmar que o

volume da pirâmide é a terça parte do volume do prisma que tem a mesma

base e a mesma altura que ela.

As conclusões teóricas que temos tirado então estão baseadas no Princípio de

Cavalieri. Como a experiência vem comprovando essas conclusões,

prosseguiremos usando as ideias do discípulo de Galileu.

Princípio de Cavalieri:

Sejam S1 e S2 dois sólidos quaisquer. Se todo plano horizontal seciona S1 e

S2 segundo figuras planas equivalentes, então os sólidos S1 e S2 são

equivalentes.

Sejam S1 e S2 dois sólidos quaisquer. Se todo plano horizontal seciona S1 e

S2 segundo figuras planas de mesma área, então: volume de S1 = volume de

S2.

TROTTA, Fernando, IMENES, Luiz Márcio Pereira, JAKUBOVIC, José.

Matemática aplicada, v3. 3. Ed. São Paulo: Moderna, 1980. p 140-141-172.

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A massa específica (densidade) do ouro puro (24 quilates) é de 19,32 g/cm³, o

que significa que um cubo com 10 cm de lado (um litro) de ouro puro pesa

quase vinte quilogramas (19,32 kg).

Por outro lado, o ouro 18 quilates não é puro, e sim uma liga feita com 75% de

ouro e 25% de outros metais. Existem muitos tipos de ouro 18 quilates. As ligas

mais comuns pesam aproximadamente 16 kg por litro (densidade de 16 g/cm³).

Disponível em https://ipemsp.wordpress.com/tag/densidade/ , com acesso em

23/11/2016.

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Anexo 2

PLANIFICAÇÃO PIRÂMIDE DE BASE QUADRANGULAR

Base v

azada

Base vazada

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Anexo 3

PLANIFICAÇÃO PRISMA: PARALELEPÍPEDO

PLA

NIF

ICA

ÇÃ

O P

IRÂ

MID

E

DE

BA

SE

QU

AD

RA

NG

ULA

R

PLA

NIF

ICA

ÇÃ

O P

IRÂ

MID

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BA

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QU

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RA

NG

ULA

R

PLA

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ICA

ÇÃ

O P

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BA

SE

QU

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RA

NG

ULA

R

PLA

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NIF

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RA

NG

ULA

R

PLA

NIF

ICA

ÇÃ

O P

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MID

E

DE

BA

SE

QU

AD

RA

NG

ULA

R

Base vazada