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SIMONE BROCK SILVEIRA EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MUNICIPIO DE RIO VERDE

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SIMONE BROCK SILVEIRA

EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MUNICIPIO DE RIO VERDE

RIO VERDE DE MT – MS 2011

SIMONE BROCK SILVEIRA

EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MUNICIPIO DE RIO VERDE

Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família.Orientadora: Prof. Enf. Ana Marta de Almeida Ponce

RIO VERDE DE MT – MS 2011

RESUMO

Este TCC tem como foco central a Atenção Básica, especificamente a Educação Permanente para os Agentes Comunitários de Saúde do município de Rio Verde. A educação Permanente tem sido considerada ferramenta para mudanças e transformações em uma sociedade, sendo assim, a educação dos Agentes Comunitários de Saúde é fator essencial para o desenvolvimento de suas funções, como desenvolver atividades de educação em saúde, individuais e coletivas, estimulando a população a promoção da saúde e a prevenção de doenças, bem como ampliar suas ferramentas para a prestação do cuidado.

Palavras-chaves: Educação Permanente, Agente Comunitários de Saúde, Educação em Saúde

INTRODUÇÃO

Este TCC tem como foco central a Atenção Básica em saúde,

especificamente a Educação Permanente para os ACS, esta é uma área que

desperta motivação, visto que atua na promoção, atenção e prevenção de doenças

através da educação em saúde realizada pelos multiplicadores de informações: os

Agentes Comunitários de Saúde.

Optei por realizar este projeto para que pudesse atuar em cooperação com a

Secretaria Municipal de Saúde e Coordenação da Atenção Básica, já que atuo nesta

coordenadoria. Esta foi uma necessidade identificada ao longo do tempo, observo a

necessidade da atualização dos ACS, para que possam realmente realizar seu

trabalho com êxito; realizando educação em saúde para toda a população.

Considerando a aprovação da Política Nacional de Educação Permanente em

Saúde, aprovada por meio da Portaria nº 198 do Ministério da Saúde (MS), em

2004, que tem como estratégia a formação e desenvolvimento dos trabalhadores

para o setor, para consolidar o esforço daquele Ministério em promover constantes

processos educativos aos trabalhadores da saúde. Visa “contribuir para transformar

e qualificar: a atenção à saúde, a organização das ações e dos serviços, os

processos formativos, as práticas de saúde e as práticas pedagógicas”. (BRASIL,

2004)

A educação e a disseminação da informação, portanto, são as bases para a

tomada de decisão e componentes importantes da promoção de saúde, que podem

fortalecer a Atenção Básica e, conseqüentemente, a implementação do Sistema

Único de Saúde (SUS). (BRASIL, 2006)

De forma mais ampla, a Educação Permanente aos ACS pode ser

compreendida como um processo de transformação, onde este deve ser

instrumentalizado para desenvolver ações de educação em saúde e apoiar a

comunidade na melhoria das suas condições de vida.

Desempenha, portanto, papel relevante de interlocutor com a comunidade.

Pode contribuir para identificar suas necessidades e ainda estimular a participação

dos usuários no controle de suas condições de saúde e de qualidade de vida.

A proposta foi apresentada a Secretária Municipal de Saúde, com o intuito de

sensibilizar sobre a importância da ação para melhorar a qualidade das atividades

dos ACS durante as visitas domiciliares. Com o apoio, pude programar e planejar

esta atividade juntamente com as enfermeiras das Unidades de Saúde, sendo que

as mesmas aprovaram a proposta.

A partir destes encontros, foi programado a 1ª reunião com os 49 Agentes

Comunitários de Saúde do município para expor a proposta da Educação

Permanente, todos acharam muito importante esta iniciativa, pois há muito tempo

não vem recebendo capacitações e muitas vezes não sabem passar informações

aos moradores. Relataram também que as visitas acabam sempre sendo a mesma

coisa, uma rotina. Com isso, todos decidiram participar.

O objetivo deste trabalho é de realizar atividades de Educação Permanente

mensalmente, e a cada encontro um tema diferente será abordado e este tema

devera ser trabalhado durante o mês nas visitas domiciliares (ex. oficinas sobre

câncer de mama e colo de útero, durante este mês todos os ACS irão trabalhar nas

visitas domiciliares, em palestras etc.), alem de trabalhar com a questão da

humanização e acolhimento com os mesmos.

Assim, fortalecer a capacidade de mobilizar e articular conhecimento,

habilidades, atitudes e valores requeridos pelas situações de trabalho, realizando

ações de apoio e orientação, acompanhamento e educação em saúde, como

promoção da qualidade de vida e desenvolvimento da autonomia diante da própria

saúde, interagindo com a equipe de trabalho e com os indivíduos, grupos e

coletividades.

OBJETIVO

Implantar a Educação permanente em saúde junto aos Agentes Comunitários

de Saúde do município de Rio verde de MT, a fim de instrumentalizar suas práticas

em saúde para a produção de cuidado. Sensibilizar os Agentes Comunitários de

Saúde, da importância do desenvolvimento de práticas educativas e promocionais

com a comunidade, bem como ampliar suas ferramentas para a prestação do

cuidado.

JUSTIFICATIVA

A educação tem sido considerada ferramenta para mudanças e

transformações em uma sociedade. Neste enfoque, a educação dos Agentes

Comunitários de Saúde é fator essencial para o desenvolvimento da sociedade que

vive em constantes transformações. No mundo do trabalho, a possibilidade de

educação permanente deve contemplar a incorporação de novas tecnologias, e a

própria pressão social deve desencadear processos que assegurem a cidadania

(RICALDONI; SENA, 2006). A ESF têm como objetivo a aproximação, o

acolhimento, o vínculo dos usuários de saúde. Dentre os profissionais que atuam

nessas estratégias, destaca-se o ACS visto possuir um papel específico, convivendo

com a realidade e as práticas de saúde do bairro onde reside, tornando-se mediador

entre o sistema de saúde e a comunidade, e uma das suas funções é desenvolver

atividades de educação em saúde, individuais e coletivas, estimulando a população

a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Neste sentido, os agentes

comunitários de saúde, são essenciais, pois ampliam a eficiência das ações de

saúde, tentando consolidar as diretrizes e princípios do SUS e mobilizando a

participação social da comunidade (MALFITANO, LOPES 2009).

As transformações sociais e educacionais têm repercussões nos modos de

produzir, nos diferentes campos do saber e de produção de bens e de serviços. A

formação contínua promove a construção das habilidades e competências dos ACS,

consolidando as diretrizes da ESF e quando empregada como norteadora de um

trabalho coletivo no qual existem relações concretas possibilita a discussão dos

problemas enfrentados no cotidiano com elaboração de intervenção e posterior

avaliação. Neste sentido, ressalta-se a Educação Permanente em Saúde como

estratégia fundamental às transformações do trabalho no setor saúde para que

venha a ser lugar de atuação crítica, reflexiva, compromissada e tecnicamente

competente (CECCIM, 2005).

DESENVOLVIMENTO

Segundo a UNESCO (2000), o desenvolvimento científico tornou-se um fator crucial para o bem-estar social a tal ponto que a distinção entre ricos e pobres é feita pela capacidade de criar ou não o conhecimento científico. Nenhum país pode ter assegurado um desenvolvimento adequado, sem instituições de educação superior, ciência e tecnologia e, em pesquisa, com uma massa crítica de pesquisadores. Por sua vez, as universidades além decontribuírem com intervenções sociais, devem tematizar e criar conhecimentos novos a partir da realidade.

“No limiar do século, nosso quotidiano dá sinais de exaustão de um modelo de conhecer e participar do mundo. Modelo este que, ao direcionar o pensar e o fazer de forma hegemônica, nos fez acreditar ser a única fórmula válida de produzir conhecimento e resolver os problemas postos”. A racionalidade, imperativa, limitou todo sentimento e subjetividade do homem moderno, reprimiu o desejo, o afeto e, conseqüentemente, disciplinou o social. Este novo modelo de perceber o mundo trouxe grandes mudanças à vida das pessoas, que passaram a aceitar o produtivismo e progresso como meta única. (REZENDE, 1995, p. 19)

A ciência, no entanto, não consegue produzir verdades suficientes para um mundo acelerado, que carece continuamente de respostas. Perdeu espaço nas utópicas verdades absolutas e criou um constante desafio ao pensamento científico. Abriram-se lacunas na resolução dos problemas, a partir do momento em que ocorreu a massificação do pensamento e controle do trabalho, surgindo crises no mundo contemporâneo. (PIRES, 2005)

A evolução científica atingiu todos os segmentos do mundo, desde os mais simples aos mais complexos. A área da saúde participou de todo esse processo evolutivo. Participação esta que se implementou por meio de mudanças radicais no pensamento e na prática assistencial e de gestão

por parte dos profissionais, influenciando na qualidade de assistência aos usuários.

Este novo modelo de saúde no Brasil rompeu um passado de descaso, marcado por exclusão social e fortalecimento de instituições privadas, adequando-se às necessidades reais da população por meio de preceitos constitucionais que levam em conta não somente a racionalidade produtivista, mas também, a subjetividade do ser humano. Percebe-se uma preocupação do Ministério da Saúde para sustentar bases que trabalham a humanização daassistência ao usuário, a qualidade do atendimento, a adequação da linguagem de um sistema ao entendimento dos sujeitos despossuídos de conhecimento. O SUS foi criado para ser um sistema do povo e para o povo. Logo, essa mudança paradigmática da saúde enquanto propriedade de todos foi recebida com profundo impacto social no Brasil. Esta necessita ser trabalhada, discutida e dialogada com afinco entre os usuários, gestores, trabalhadores da saúde e prestadores de serviços da saúde.

Em todas as áreas do conhecimento, a busca por processos educativos permanentes tem sido uma constante. Atualmente, o conhecimento é assunto obrigatório. Educação Permanente, portanto, passa a ser tema importante aos serviços de saúde, na qual novos conceitos da subjetividade vem sendo introduzidos na assistência aos usuários, no fortalecimento do SUS e, ainda, na resolução dos problemas. (ASMANN, 1998)

O próprio usuário, consumidor dos serviços de saúde, tem exigido um olhar mais sensível por parte dos trabalhadores de saúde, no aspecto subjetivo. Quer ser visto como um todo, não somente como um conjunto orgânico que ora precisa de reparos de alguma especialidade. Enquanto alguns profissionais buscam o aprofundamento do conhecimento em áreas afins, a necessidade social que se mostra é o fortalecimento da atenção básica, do atendimento qualificado e humanizado da equipe de saúde, bem como, o respeito aos direitos dos usuários.

Segundo Canini (2002), o mercado de trabalho tem exigido, cada vez mais, profissionais competentes, críticos e criativos, que vem assumido papel importante na produção do conhecimento e na formação de recursos humanos.

Neste sentido, todo e cada um dos trabalhadores do SUS, na atenção e na gestão do sistema, bem como os usuários, têm idéias, conceitos, concepções acerca da saúde, de sua produção, do sistema de saúde, de sua operação e do papel que cada um e cada unidade deve cumprir na prestação dos serviços de saúde. É a partir dessas concepções que cada profissional se integra às equipes ou agrupamentos de profissionais em cada ponto do sistema, que cada profissional opera e que cada usuário e cada coletivo expressa suas expectativas, demandas e necessidades. (BRASIL, 2005)

Superar obstáculos, apesar das limitações, situando os trabalhadores de saúde aos reais problemas da população significa dialogar continuamente as concepções vigentes da organização do sistema, na busca de melhoria da atenção ao usuário e na prática de controle social. Para aproximar a realidade dos princípios do SUS, centrados em ação integral aos sujeitos, é indispensável o contínuo aperfeiçoamento dos profissionais, que muitas vezes, atuam como multiplicadores do conhecimento e, portanto, do modelo de saúde pretendido.

Neste sentido, a Educação Permanente se insere como a alternativa promotora de ações transformadoras na saúde, que implica na superação de conceitos e de práticas sociais que, apesar de predominarem há muito tempo, não tem demonstrado eficácia e eficiência.

A Educação Permanente é um processo dinâmico de ensino e aprendizagem, ativo e contínuo com a finalidade de análise e melhoramento da capacitação de pessoas e grupos, frente à evolução tecnológica, as necessidades sociais e aos objetivos e metas institucionais (OPAS, 1978 apud Lino, 2006).

Ainda, a Política Nacional de Educação Permanente, considera que “a Educação Permanente em saúde é uma das estratégias que possibilita

construir um novo estilo de gestão em que os pactos para reorganizar o trabalho na gestão, na atenção e no controle social são construídos coletivamente”. (BRASIL, 2004)

Acredito que para ser instituída uma Política de Educação Permanente aos ACS, é necessário conhecer a realidade em que trabalham, bem como as necessidades e interesses que estes manifestam em relação ao seu quotidiano na saúde.

Freire explanou em entrevista a Pelandré (2002) que “a formação permanente se faz a partir da reflexão sobre a prática. É pensando criticamente a prática que você desembute dessa prática a teoria que você já conhecia ou não”. Ainda, ressalta que esta “fundamenta-se exatamente na descoberta da dificuldade e no esclarecimento dessa dificuldade. Então, necessariamente, ocorria uma discussão sobre as dificuldades”.

Para Salum (2000), a Educação Permanente é um conjunto de práticas educacionais críticas, planejadas no sentido ação-reflexão, ação para promover oportunidades de desenvolvimento do ser-humano trabalhador(a) de forma contínua e sistemática, com a finalidade de mantê-lo atualizado(a) e favorecer questões relativas à satisfação e desenvolvimento das dimensões pessoais, profissionais e institucionais, reconhecendo o caráter de sua totalidade.

De acordo com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: a Educação Permanente em Saúde é uma proposta de ação estratégica que visa a contribuir para transformar e qualificar: a atenção à saúde, a organização das ações e dos serviços, os processos formativos, as práticas de saúde e as práticas pedagógicas. A implantação desta Política implica em trabalho articulado entre o sistema de saúde (em suas várias esferas de gestão) e as instituições de ensino, colocando em evidência a formação e o desenvolvimento para o SUS. (BRASIL, 2004)

Assim, a Educação Permanente no setor de saúde deve ser um processo amplo e abrangente, não deve considerar apenas o processo saúde-doença, mas também questões de cidadania e direitos humanos.

Segundo Backes et al (2003, p. 81), Educação Permanente é um processo educativo, formal ou informal, dinâmico, dialógico e contínuo, de revitalização e superação pessoal e profissional, de modo individual e coletivo, buscando qualificação, postura ética, exercício da cidadania, conscientização, reafirmação ou reformulação de valores, construindo relações integradoras entre os sujeitos envolvidos para uma práxis crítica e criadora..

A Educação Permanente possibilita, ao mesmo tempo, o desenvolvimento pessoal daqueles que trabalham na saúde, o desenvolvimento das instituições e, conseqüentemente, a qualidade da assistência aos usuários. Ela é reforçada pelo Quadrilátero da Formação, que institui relações orgânicas entre estruturas de gestão da saúde, instituições de ensino, órgãos de controle social em saúde e serviços de atenção. O desafio atualmente é fazer com que o Quadrilátero da Formação se efetive de forma articulada para uma eficiente Educação Permanente em todas as instituições de saúde. (BRASIL, 2004)

Conforme Lino (2005, p. 19), o eixo pedagógico norteador para a Educação Permanente deve centrar-se na pedagogia problematizadora, isto é, na indagação-reflexão. Esta proposta de ação inclui o momento de refletir sobre o conhecido, ou seja, a necessidade de conhecer o contexto, a realidade global, institucional e pessoal dos sujeitos envolvidos neste processo.

No trabalho articulado entre o sistema de saúde e as instituições de ensino, a Educação Permanente será capaz de reorganizar, simultaneamente, os serviços e os processos formativos, transformando as práticas educativas, as práticas de saúde e fortalecendo o SUS. (BRASIL, 2005)

A educação deve servir para preencher lacunas e transformar as práticas profissionais e a própria organização do trabalho. O resultado esperado é a democratização dos espaços de trabalho, o desenvolvimento da capacidade de aprender e de ensinar de todos os atores envolvidos, a busca de soluções criativas para os problemas encontrados, o desenvolvimento do trabalho em equipe matricial, a melhoria permanente

da qualidade da atenção à saúde e a humanização do atendimento. (BRASIL, 2005)

A educação em saúde não é feita apenas na elaboração e imposição de um programa de saúde, mas é fundamental que a comunidade se sinta acolhida e participante da ação abordada em tal programa. Para que esta possível atuação da comunidade se torne eficiente, é necessário conhecer o contexto social em que se inserem. É relevante a compreensão das crenças e valores do ser humano, pois de acordo com a teoria das ações, o ser humano atua de determinada maneira de acordo com seus hábitos e crenças, assim como seu comportamento é direcionado a partir das circunstâncias internas. (BRICEÑO-LEÓN, 1996)

A educação deve fomentar a responsabilidade individual, pois esta leva a obtenção de suas próprias realizações sanitárias, e a cooperação coletiva, sendo esta capaz de fomentar a solidariedade, pois senão se tornar impossível à participação em obras que sejam de caráter coletivo. (BRICEÑO - LEÓN, 1996).

As propostas de Educação Permanente não devem ser geradas em nível central, ou seja, não devem ser construídas isoladamente ou verticalizadas aos serviços de saúde. Devem levar em conta as realidades locais, bem como, os interesses dos sujeitos participantes e, em especial, para que refletindo positivamente sobre o objetivo do trabalho daqueles trabalhadores, como é o caso dos ACS no presente trabalho.

Na atenção básica, é notável a não-incorporação suficiente do conjunto de conhecimentos necessários para ocorrer uma verdadeira mudança na prática dos trabalhadores em saúde. Essa deficiência é ressaltada levando em conta o predomínio da prática assistencial tradicional. Neste âmbito, torna-se necessário ampliar o número de capacitações, não só na dimensão técnica, aos trabalhadores em saúde para a transformação deste quadro. (BRASIL, 2004)

Na Política Nacional de Atenção Básica, aprovada pela Portaria 648/GM de 28 de março de 2006 e, orientada no Pacto pela Vida e Defesa do SUS, há um fortalecimento da atenção básica, cujos princípios gerais caracterizam-se por um conjunto de ações no âmbito individual e coletivo,

que abrange a promoção, proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Dentro desses princípios gerais, é incluída a valorização dos profissionais da saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante na sua formação e capacitação. Ainda, visa realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e programação, com participação popular e controle social. (BRASIL, 2006)

Para que seja possível construir esse novo modo de organizar e praticar a atenção, é necessário um outro perfil de trabalho e de trabalhadores. Neste caso, a educação para o trabalho deverá pensar o trabalho e pensar a produção do mundo. O objetivo não é apenas formar bons técnicos, mas bons profissionais, capazes de serem criativos no pensar, no sentir, no querer e no atuar. (BRASIL, 2005)

Para conquistar esse objetivo, é necessário promover a capacitação e o desenvolvimento das pessoas que trabalham na área da saúde, através da Educação Permanente. (BRASIL, 2004)

METODOLOGIA

Com o objetivo de realizar uma ação diagnóstica para implantar a Educação

Permanente foi proposto a realização de oficinas com os enfermeiros, para que

pudéssemos juntos identificar as principais necessidades apresentadas pelos ACS

durante suas atividades, após a discussão, elencamos as necessidades percebidas

pelo grupo.

Ficou decidido que as oficinas seriam realizadas mensalmente na primeira

semana de cada mês, alem dos assuntos que serão abordados. Os temas ficaram

definidos conforme o cronograma abaixo.

O segundo encontro foi realizado com os 49 Agentes Comunitários de Saúde

do município de Rio Verde. Neste momento foi apresentado o projeto de

implantação da Educação Permanente.

A cada mês um palestrante se responsabilizou por um tema, onde foram

discutidos com os Agentes Comunitários de Saúde através de oficinas com rodas de

conversa, debates, explanações e recursos audiovisuais.

CRONOGRAMA DAS OFICINAS COM OS ACS

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

DENGUE/LEISHMANIOSE X

DST/AIDS X

CANCER DE COLO DE UTERO E MAMA X

SAUDE DO HOMEM X

ACOLHIMENTO X

PLANEJAMENTO FAMILIARX

ALIMENTAÇÃO SAUDAVELX

TABAGISMO X

JANEIRO

Foi realizado no dia 07 de janeiro a primeira oficina de Educação Permanente

com os ACS, tendo como tema para discussão entre os participantes Dengue e

Leishmaniose, onde teve a participação como palestrante o Coordenador de

Endemias e o Coordenador de Vetores, para expor sobre o assunto. A oficina teve

por objetivos fornecer subsídios aos ACS para uma atuação mais eficaz no combate

a Dengue e Leishmaniose. Foram abordados assuntos referentes a estas endemias,

foi colocado pelos palestrantes a situação atual do município que vem enfrentando

sérios problemas a respeito destas endemias. Após a explanação dos referidos

assuntos foi montado um plano de ação juntamente com os ACS, onde ficou

determinado que neste mês todos iriam trabalhar nas visitas domiciliares enfatizando

para os moradores a importância do combate a Dengue e Leishmaniose.

FEVEREIRO

O encontro no mês de fevereiro foi realizado no dia 11. O tema abordado no

mês foi sobre DST/AIDS, este tema foi escolhido devido a proximidade do carnaval,

pois sabemos que nesta época o numero de caso de DST no município aumentam.

A oficina foi mediada pela Enfermeira Fran Coordenadora do Programa de

DST/AIDS no município. Em se tratando de DSTs a prevenção é o melhor remédio,

assim torna-se importante o conhecimento não só das formas de contagio, mas

também dos sintomas. A mediadora usou como metodologia roda de conversa e

vídeos, o que causou muito interesse dos ACS sobre o assunto. Ficou acordado que

este tema seria trabalhado em todas as visitas domiciliares durante o mês. Alem da

distribuição de preservativos para a população.

MARÇO

A oficina de Educação Permanente ocorreu no dia 14 de março, onde foram

tratados dos temas sobre de Câncer de Colo de Útero e Mama, mediado pela

Enfermeira Obstetra Maria Jose. Utilizou-se como recurso didático, a roda de

conversa enquanto estratégia facilitadora de processos de ensino-aprendizagem,

constituindo-se em um espaço de dialogo que permite aos sujeitos se expressarem

e, principalmente, escutarem aos outros e a si mesmos, alem da exibição de vídeos

sobre o assunto. Através da roda de conversa os ACSs apresentaram casos em seu

cotidiano profissional em relação a estes agravos à saúde, trocando experiências e

conhecimentos sobre sintomas, prevenção e tratamento. Destacou-se muito a

importância dos exames preventivos e o auto-exame de mamas. Contamos também

com a presença da Psicóloga Ademilde que sensibilizou os participantes, através do

dialogo, buscando trazer à tona questões relativas às necessidades em seu

processo de trabalho, bem como, em relação à busca de soluções para os

problemas enfrentados pelos ACS, tanto no aspecto técnico quanto psicossocial.

Ficou acordado entre os participantes e a psicóloga que este trabalho será realizado

todos os encontros.

ABRIL

A oficina foi realizada no dia 08 de abril de 2011, destacando-se o assunto

sobre Saúde do Homem, ministrado pela Enfermeira Ozana. É um assunto pouco

lembrado e discutido pelas equipes, sendo assim tivemos a iniciativa de tratar deste

assunto com os ACS, para que pudéssemos realizar um trabalho na comunidade de

conscientização sobre a importância de cuidar da saúde do homem. Foi exibido

vídeos sobre as diversas doenças evitáveis que mais acometem os homens,

houveram discussões sobre o assunto em rodas de conversas das experiências

vividas de cada um. Após a psicóloga Ademilde realizou um trabalho com os ACS

abordando em sua fala a “auto-estima”. Notamos que o trabalho que vem sendo

desenvolvido através da Educação Permanente vem trazendo resultados positivos

no dia-a-dia dos ACS, alem da satisfação de estarem se qualificando para melhorar

a qualidade de suas atribuições.

MAIO

No dia 06 de maio de 2011 foi realizado a Oficina sobre Acolhimento, ou seja,

atendimento humanizado, com a Psicóloga Ademilde. Através da roda conversa,

buscou-se destacar a importância da humanização no atendimento. O acolhimento

como postura e prática nas ações de atenção e gestão nas unidades de saúde

favorece a construção de relação de confiança e compromisso dos usuários com as

equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e

para a legitimação do sistema público de saúde. Favorece, também, possibilidade de

avanços na aliança entre usuários, trabalhadores e gestores da saúde em defesa do

SUS como uma política pública essencial da e para a população brasileira.

JUNHO

A oficina de Educação Permanente ocorreu no dia 16 de junho, onde foi

abordado o tema sobre Planejamento Familiar, mediado pela Enfermeira Obstetra

Maria Jose. Utilizou como recurso didático a apresentação de slides para discussão

do tema, onde levantou-se muitos questionamentos. É importante tratar deste

assunto durante as visitas domiciliares, pois existe muita desinformação e que com

isso acabam ocorrendo a gravidez indesejada, principalmente em adolescentes.

Sabemos que o maior transmissor de informação é o Agente Comunitário de Saúde,

e é com esta visão que estamos levando informação até eles para que possam estar

preparados para repassá-las.

JULHO

Foi realizado no dia 08 de julho, uma oficina sobre “Alimentação e Vida

Saudável”, tendo como facilitador o nutricionista Anderson. Foram colocados na roda

de conversa, os hábitos alimentares, e a partir disto, discutidas questões como:

orientações nutricionais, higienização e conservação de alimentos e os diferentes

grupos de alimentos. A pirâmide alimentar foi apresentada em vídeo, ilustrando

como se constituem os diferentes grupos de alimentos e como estes devem estar

representados proporcionalmente na alimentação diária. Durante as discussões

sobre os hábitos alimentares, cada um se posicionou sobre a importância de uma

alimentação adequada em quantidade e qualidade. Sabemos que quando tratamos

de alimentação saudável com a população é uma questão difícil pois a realidade

social interfere na qualidade da alimentação, sendo assim temos que adaptar com a

realidade de cada um, com certeza nunca iremos conseguir mudar os hábitos

alimentares 100%, mas com o nosso trabalho de formiguinha poderemos chegar

quase lá.

AGOSTO

Foi realizado no dia 12 de agosto, o encontro com os ACS, para a oficina de

Educação Permanente. O assunto abordado foi sobre “Tabagismo”, pois no dia 29

deste mês é o dia de Combate ao Tabagismo. A oficina foi conduzida pela

enfermeira Alcione, que faz parte do grupo de combate ao Tabagismo no município.

A metodologia utilizada foi a discussão em grupos, rodas de conversa e

apresentação de slides. O numero de tabagistas no município é grande, a

conscientização é de suma importância para que este número não aumente mais.

Este assunto devera ser abordado principalmente para adolescentes e jovens,

conscientizando-os dos malefícios e riscos que esta droga traz a saúde do homem.

Assim ficou definido que em todas as visitas durante o mês este assunto será

abordado.

AVALIAÇÃO

Para avaliação do resultado deste trabalho, foi aplicado um instrumento de

Avaliação de Resultados (ANEXO I).

Sendo que, dos 49 ACS do município 38 participaram desta avaliação, pois

alguns estavam em férias ou atestado medico, e os ACS da ESF Rural não

puderam se deslocar ate o município neste dia.

A avaliação foi divida em etapas, conforme mostra os resultados a seguir:

Primeira etapa

Fatores de avaliação OTIMO BOM REGULAR INSUFICIENTEConteúdo Programático 23,7% 55,3% 18% 2%Método de Ensino 28,9% 55,3% 7,9% 7,9%Carga Horária 13,1% 71% 2% 13,1%Instrutores 39,4% 44,7% 13,1% 2%Material Didático 7,9% 44,7% 15,8% 31,5%

Segunda etapa

Auto-AvaliaçãoSIM NÃO MAIS OU MENOS

Participou das aulas? 94,7% 0% 5,2% Assimilou os conteúdos repassados? 84,2% 0% 15,8% Você acha importante a Educação Permanente?

79% 2% 18,4%

Sentiu-se motivado pelos temas? 68,4% 2% 29% A Educação Permanente ampliou seus conhecimentos?

79% 0% 21%

Os conhecimentos adquiridos terão aplicação pratica no seu dia-a-dia?

86,8% 0% 13,1%

A qualidade de suas visitas melhorou? 76,3% 0% 23,6%

A terceira etapa foram questões abertas, onde o ACS pôde colocar os

assuntos que poderiam ser abordados nas próximas oficinas, as respostas foram

importantes para que possamos planejar e dar continuidade a este trabalho junto

aos ACS. Alguns dos assuntos mais citados foram sobre Doenças mentais, Ética,

Álcool e Drogas, Violência Doméstica, Saúde do Adolescente, Vacinas, Saúde Bucal

entre outros.

Na questão onde houve comentários sobre Educação Permanente, a maioria

descreveu sobre a importância destas oficinas para melhorar os conhecimentos para

que fossem aplicados na pratica diária. Alguns relatos importantes dos ACS valem à

pena citar: “Acredito que é fundamental para uma melhor qualidade no desempenho

de nossas atividades. O conhecimento adquirido renova nossa maneira de trabalhar,

ampliando à forma do procedimento diante dos problemas”, “Foi muito importante

aprender mais sobre doenças, tirei algumas duvidas. E contribuiu muito para meu

desenvolvimento no trabalho. E espero que continue, pois nos da segurança no que

falamos em nossas visitas”.

Podemos observar que a satisfação é em maior percentual, sabemos que

algumas falhas existem, mas sabemos também que alguns ACS não são flexíveis

para mudanças, são resistentes em perceber a importância do saber, do conhecer e

da inovação. Porém acredito que com a continuidade deste trabalho mensalmente,

esta minoria consiga perceber e mudar a sua conduta em relação à Educação

Permanente, com isso melhorando cada vez mais a qualidade de suas visitas

domiciliares.

Outro fator importante que pude perceber após a avaliação foi à falta de

material educativo, ou seja, informativos como folders, apostilas e entre outros, para

que os ACS pudessem utilizar durante as visitas domiciliares para orientações.

Para que tenhamos um processo de continuidade da Educação Permanente

com sucesso,

Para que os entraves sejam corrigidos, pretendo reunir as enfermeiras e

discutir estratégias para dar continuidade à este trabalho. Mostrar aos ACS a

importância deste trabalho na sua pratica diária. Planejar as oficinas conforme as

sugestão de temas apresentados por eles, sendo estas de uma forma dinâmica e

motivadora. A elaboração de material didático, para que possam utilizá-lo como

forma de apoio; outra necessidade é que se providencie a confecção de folders para

a entrega aos moradores durantes as visitas domiciliares

A avaliação dos resultados é de suma importância, para que possamos

analisar a metodologia e o desenvolvimento das oficinas através das respostas de

cada ACS, e assim buscar novas estratégias para a realização da Educação

Permanente, de modo que consigamos atingir nossos objetivos que é de qualificar o

trabalhador para exercer suas atividades diárias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O fruto deste trabalho foi alcançado graças à atuação de uma equipe de

enfermeiros com um único objetivo: qualificar os Agentes Comunitários de Saúde

para uma melhor atuação na promoção e prevenção.

O presente trabalho reafirma a convicção de que o processo educativo é

importante na construção de trabalhadores críticos, criativos e comprometidos com o

SUS e ainda tem intuito de atualizar os profissionais para que estes possam exercer

suas funções com melhor desempenho.

Os resultados da avaliação demonstram a importância da Educação

Permanente para a transformação dos Agentes Comunitários de Saúde, onde foram

oferecidos subsídios para que consigam resolver seus problemas e estabelecer

estratégias que amenizem as necessidades de sua comunidade.

A Educação Permanente justifica-se ainda em função da necessidade de

trabalhar o conceito ampliado de saúde, o que exige que os profissionais participem

de capacitações e oficinas.

Acredito que deva existir um constante movimento no sentido de garantir a

educação permanente para que desenvolvam plenamente suas capacidades,

estimulando-os a realizar um trabalho comunitário participativo, reflexivo e

transformador.

Ainda, percebe-se que os ACS construíram uma nova forma de

visualizar/refletir, pois a metodologia aplicada permitiu maior aproximação e troca de

saberes, na qual puderam expressar as mudanças já percebidas.

O objetivo deste trabalho foi alcançado, pois observamos que a qualidade

das visitas domiciliares dos ACS vem sendo realizadas com maior êxito, qualidade e

satisfação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, V.F., Educação Permanente com Agentes Comunitários de Saúde, 2010, Viçosa,MG.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Política nacional de educação permanente para o controle social no Sistema Único de Saúde – SUS. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006.

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ANEXO I

RIO VERDE DE MT/MSCURSO DE POS GRADUAÇÃO EM ATENÇÃO BASICA EM SAUDE

DA FAMILIA

AVALIAÇÃO DE RESULTADO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

1ª ETAPAFatores de Avaliação Conceitos (assinale o conceito que você considera adequado cada item)

Ótimo Bom Regular Insuficiente1- Conteúdo Programático2- Carga Horária3- Método de Ensino4- Instrutores5- Material Didático

2ª ETAPAAuto-Avaliação Considerações (assinale o que considera adequado a cada

item)1- Participou das aulas? ( ) sim ( ) não ( ) poderia ter participado mais2- Assimilou os conteúdos repassados? ( ) sim ( ) não ( ) poderia te-los assimilado melhor3- Você acha importante a Educação Permanente?

( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos

4- Sentiu-se motivado pelos temas? ( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos5- A Educação Permanente ampliou seus conhecimentos?

( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos

6- Os conhecimentos adquiridos terão aplicação pratica no seu dia-a-dia?

( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos

7- A qualidade de suas visitas melhorou? ( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos

3ª ETAPA1- Quais os temas que você gostaria que fossem abordados?

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2- Comentários sobre a Educação Permanente?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________