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EDIÇÃO ESPECIAL OS ENSINAMENTOS DE MESTRE ARAMIRIM “Aparências não identificam o saber, a sinceridade, nem as eternas verdades...” (W.W. da Matta e Silva) DESDE 1992 NA PRATICA DA CARIDADE NUMERO:56 “Pratique a caridade, seja lá como for; por intenção ou sentimentos bons, por generosidade e até mesmo por vaidade – faça a caridade, quer material, quer moral, quer astral-espirítica. O único “talão de cheque” que você pode levar quando deixar essa carcaça apodrecendo lá na cova é esse; único pelo qual pode sacar no Banco Cármico do Astral.” (Matta e Silva) Nesta edição especial trazemos os ensinamentos ministrados, entre 2007 e 2010, por Mestre Ara- mirim, Iniciado da Umbanda Esotérica, filho de Mestre Yapacani e grande colaborador do Aba Tin- ga. Nestas páginas os estudiosos dirigentes e médiuns encontrarão uma bússola para nortear seus es- tudos com esclarecimentos sobre a nossa Divina Umbanda, tão maltratada e lograda nos dias de hoje. Em cada abordagem, vamos encontrar a coerência, a lucidez, a humildade, a sabedoria e o carinho que são as marcas sempre deixadas por esse querido mestre. Sigamos estes rastros luminosos que visam o aperfeiçoamento do homem, dentro de uma maior compreensão das Leis Universais e de si mesmo. Bons estudos e boa viagem!

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EDIÇÃO ESPECIAL OS ENSINAMENTOS DE MESTRE ARAMIRIM

“Aparências não identificam o saber, a sinceridade, nem as eternas verdades...” (W.W. da Matta e Silva)

DESDE 1992 NA PRATICA DA CARIDADE NUMERO:56

“Pratique a caridade, seja lá como for; por intenção ou sentimentos bons, por generosidade e até mesmo por vaidade – faça a caridade, quer material, quer moral, quer astral-espirítica.

O único “talão de cheque” que você pode levar quando deixar essa carcaça apodrecendo lá na cova é esse; único pelo qual pode sacar no Banco Cármico do Astral.”

(Matta e Silva)

Nesta edição especial trazemos os ensinamentos ministrados, entre 2007 e 2010, por Mestre Ara-mirim, Iniciado da Umbanda Esotérica, filho de Mestre Yapacani e grande colaborador do Aba Tin-ga. Nestas páginas os estudiosos dirigentes e médiuns encontrarão uma bússola para nortear seus es-tudos com esclarecimentos sobre a nossa Divina Umbanda, tão maltratada e lograda nos dias de hoje. Em cada abordagem, vamos encontrar a coerência, a lucidez, a humildade, a sabedoria e o carinho que são as marcas sempre deixadas por esse querido mestre. Sigamos estes rastros luminosos que visam o aperfeiçoamento do homem, dentro de uma maior compreensão das Leis Universais e de si mesmo. Bons estudos e boa viagem!

AQUI, MESTRE ARAMIRIM FALA SOBRE DEUS, JESUS, HIERARQUIA CRÍSTICA, CORRENTE ASTRAL UMBANDA E SOBRE A CORRENTE DAS SANTAS ALMAS DO CRUZEIRO DIVINO.

Discípulo: A Umbanda é monoteísta? Ela é cristã? Mestre: Sim, é monoteísta e cristã Discípulo: Ela pode definir Deus? Como ela representa Deus em seus templos? Mestre: Ninguém e nem ela pode definir o indefinível. Deus não tem nenhuma representação material. Discípulo: A Umbanda tem culto dedicado a Deus? Mestre: Não! Deus só é cultuado no coração e na mente e até mesmo na conduta intocável dos seres humanos. Discípulo: Os umbandistas acreditam que Deus é inacessível? Mestre: Cremos que todo mundo pode alcançá-lo através da prece sincera, como súplica. Tudo vindo lá do fundo do es-pírito, da nossa Essência. Discípulo: Os umbandistas esotéricos usam de outros termos para denominar Deus? Mestre: Sim, usamos: “Senhor dos Mundos e de Todos Nós”; “Pai Supremo”, “Espírito Supremo”, “Senhor de todas as Realidades”, “Pai nosso”, além de Deus, é lógico. Discípulo: Quem é Zambi ou Zamby? Mestre: O mesmo e único Deus. Esta palavra pertence à língua dos nossos nobres irmãos africanos. Quem fala muito este nome são os nossos carinhosos e inesquecíveis Pretos-Velhos, assim como Tupã é na linguagem de nossos nobres Caboclos de Umbanda. Pelas raças e culturas deste nosso mundo terráqueo têm tantos nomes quanto os desejados, mas na verdade Ele é a Suprema Consciência, Onipotente, Onipresente. Nada nem ninguém é maior do que Ele. Discípulo: Quem rege o destino de nosso planeta? Mestre: Nosso Pai Supremo que É o Senhor dos Mundos e de todos nós. O chamado Deus dos cristãos, o chamado de Zamby dos Pais-Velhos e Tupã dos Caboclos. Discípulo: Se Deus comanda tudo, o que comanda o Senhor Jesus? Mestre: Ele é o Deus da Terra, o seu Regente. É nosso Tutor Máximo. É o Luminar de todos os Iluminados. Discípulo: Como ele consegue controlar tudo sobre este planeta? Mestre: Ele é o Regente Maior e para controlar tudo e todos faz uso de Sua Sagrada Hierarquia Crística, constituídas de espíritos altamente evoluídos, Iluminados e pertencentes aos mais diversos graus de consciência espiritual. Discípulo: Como é dividida a Hierarquia Crística na Terra? Mestre: Assim: Confraria dos Espíritos Ancestrais, Governo Oculto do Mundo, Corrente Astral de Umbanda, Corrente das Santas Almas Benditas do Cruzeiro Divino e outras, mais ligadas aos ramos da Filosofia, Religião, Ciência e Artes do nos-so mundo. Quem a comanda é o Cristo Jesus, o Senhor Regente do nosso planeta, o Tutor Máximo de todos nós. Permita-me recordá-lo que a Corrente Astral de Umbanda é uma Confraria Espiritual que reúne os Ancestrais da Terra. Seres espirituais que em primitivas eras foram grandes condutores dessas Raças-Raízes da humanidade. Discípulo: Quem são os formadores dessas hierarquias Mestre: Na Confraria, no Governo Oculto e na Corrente Astral de Umbanda temos os maiores líderes nos campos da Reli-gião, Filosofia, Ciência e Arte. São iluminados das quatro raças humanas: vermelha, negra, branca e amarela. Discípulo: Quem formou a Confraria dos Espíritos Ancestrais? Mestre: Sob o comando do Cristo Jesus, foram os membros do Governo Oculto do Mundo. Discípulo: Sobre esta Hierarquia Crística, tão falada nos meios esotéricos de Umbanda, é composta só por espíritos ligados a Umbanda Esotérica? Ela tem ligação com o Movimento Popular de Umbanda? Mestre: Esta Hierarquia não é privilégio do Esoterismo de Umbanda. Nela estão Espíritos ligados as quatro raças huma-nas: vermelha acobreada, negra, branca e amarela e está ligada aos mais diferentes movimentos filo-religiosos do plane-ta Terra. Discípulo: Como é constituída a Corrente Astral de Umbanda? Mestre: Ela é uma Confraria Astral, Espiritual, que reúne em si espíritos de vários graus de evolução, mas todos empe-nhados numa só razão que é o “renascer” do ser humano comum num novo ser fraterno, leal, digno, respeitoso, justo e generoso, de fácil entendimento, portador de sabedoria humilde, prudente e o mais possível puro de pensamentos, senti-mentos e de ações. Ela então é uma benção especial que através de seus Orixás, Guias e Protetores nos ensinam a ter-mos força de vontade para vencer os obstáculos de nossas vidas, frutos muitas vezes de nosso passado. Discípulo: Por que os Espíritos de alta evolução espiritual são chamados de Genitores Divinos? Mestre: Porque seriam na verdade os genitores de ordem astral de cada um de nós aqui na Terra, eles coordenam por cima, de forma abstrata os protótipos das formas humanas. Discípulo: Por favor, fale um pouco mais sobre a Corrente das Santas Almas Benditas do Cruzeiro Divino. Mestre: É sempre muito bom falar sobre a mesma. Esta é uma corrente espiritual, com ligação aqui no nosso plano, de forma velada, junto a todas as religiões. É uma espécie de Grande Confraria de Espíritos Ancestrais, do planeta Terra,

oriundos das raças: vermelha acobreada, negra, branca e amarela. Esses são grandes líderes, patriarcas, mestres, avatares, verdadeiros guias da humanidade em todos os tempos. Fundaram na Terra várias religiões positivas, escolas esotéricas e colegiados. Citaremos no momento como exemplo: Rama, Melquisedec, Moisés, Buda, Maomé, Krisna, Lao Tse, Gandhi, Chico Xavier, São Francisco de Assis, Ramatis, Zarthu, José de Arimatéia, alguns Pajés, Babalawôs e outros grandes condutores do es-pírito humano. Devemos recordar sempre que elitismo, dogmatismo, separação, vaidade, orgulho, fanatismo doentio é coisa da Terra. Lá, no Mundo da Paz e da Luz, não existe isto, todos comungam uma só Lei, a de Deus, Nosso Pai Supremo, confirmada pelas palavras do Cristo - Jesus: “Os meus discípulos são conhecidos por muito se amarem”. Discípulo: Então todas as Entidades de Umbanda dela fazem parte? Mestre: Não. Nem todo nossos queridos irmãos do Astral que trabalham dentro da Umbanda, a ela pertencem, como membros efetivos. Somente as entidades da vibratória de Xangô estão ligadas diretamente a ela. Esta Corrente, de ex-trema Luz, apóia os que na Umbanda doam Paz, Luz e Amor, exemplificam o perdão, e não fazem de nossa querida mãe um trampolim para as alturas materiais, um palco de ilusões e um festival de formas. Sabem usar o necessário com pre-caução e inteligência, iluminadas pelo Astral, para sermos escolhido e depois aceitos. Discípulo: Qual é a função do Arcanjo Mikael, neste contexto? Mestre: Ele é um dos diretores superiores do Karma terráqueo. Corrente das Santas Almas Benditas do Cruzeiro Divino, possui as falanges de Ação e Reação deste Karma, ao comando deste citado Arcanjo, que por sua vez é comandado pelo Orixá Xangô e é lógico que recebe ordens do Cristo Planetário, o Senhor Jesus. Discípulo: Como o Universo é regido? Mestre: Por leis matemáticas, quantitativas e qualificativas reguladas pelas Hierarquias dos Espíritos Superiores. Ele sur-giu de uma Luz, um Som e um Movimento. Interessante é que as crianças quando nascem normalmente vêem primeira-mente a luz, choram e se movimentam.

MESTRE ARAMIRIM RESPONDE DE FORMA MUITO CLARA SOBRE MANTRA, LEMÚRIA, SAMANY E AUMBHAN-DAM.

Discípulo: O nome de Umbanda é realmente um mantra? Mestre: Sim. O termo mantra é definido por nós da Umbanda Esotérica como veículo (condutor) do som sagrado. Veja-mos: man=pensamento e tra=veículo, instrumento. É o conjunto de palavras ou de sons com tom e ritmo tais que lhe permitem atuar como instrumento criador, invocar e canalizar energias. Vejamos: Aumbhandan, o mais famoso mantra no mundo é AUM pode ser pronunciado ÔM. Pai da Matta e Silva (Mestre Yapacani) nos ensinou que esta palavra se refere a Deus, o Supremo Espírito. BAN significa princípio ou conjunto e DAN ou DA significa Lei, natureza e ligação. Na sua forma ancestral (primitiva) Aumbhandan significa Conjunto das Leis de Deus. Veja os livros de nosso Pai da Matta e Silva. Pode-se também colher esclarecimentos no livro Pemba, A Grafia Sagrada dos Orixás, do Mestre Itaoman. Se a-char que deve pesquisar mais sobre o tema rogo que busque um dos livros mais famosos: o Bhadavad Gita, que significa a “Sublime Canção” da Índia, do tempo dos Vedas e que surgiu a mais ou menos 5.000 anos antes da Era Cristã. Seu uso entre nós é voluntário. Poucos são os que utilizam deste veículo do som. Discípulo: Por favor, fale mais sobre o significado da Umbanda e do Aumbhandam. Mestre: Exotericamente (popularmente) temos: Aum = Deus e Banda = Lado de Deus. Ou seja, a que está sempre do lado de Deus. Aumbhandam: Segundo Pai da Matta e Silva (Mestre Yapacani) nos ensinou pessoalmente, é um termo esotérico, mais interno. É a chave que abre os portais da perdida Lei do Verbo, representada por sinais cabalísticos de força mágica po-sitiva, tradutores de sons divinos, essa é chamada de Lei de Pemba, a quem o nobre Mestre Itaoman chama de Grafia Sagrada dos Orixás.

Discípulo: Por que ora o Aumbhandam é chamado, ora de Proto Síntese Cósmica e ora de Proto Síntese Relí-gio-Científica? Mestre: Como Proto Síntese Cósmica significa a reunião inteligente de tudo neste Universo Astral, onde vivemos. É sem dúvida o Amor atrelado a Sabedoria. Permita-me lembrá-lo que conhecimento só, não traz sabedoria. Sabedoria sem a-mor é coisa “gelada” anticristã. O Amor sem Sabedoria leva a paixão, esta leva ao câncer da alma - o egoísmo, este leva ao fanatismo, o dogmatismo, o sectarismo, doenças graves do espírito. A Proto Síntese Religio Científica é a reunião, também inteligente, da Religião, Filosofia, Ciência e Arte, aqui no nosso planeta. Foi muito bem simbolizada e deixada como marco para o futuro, as pirâmides e seus quatro lados, os pontos cardeais e seus mistérios milenares.

Discípulo: Já ouvi certo ponto cantado, no Aumbhandam, que fala Samany. O que significa? Mestre: Refere-se ao Senhor Jesus – O Verbo Divino, o enviado que trouxe para nós o Pensamento Divino, ou seja: Je-sus é Samany.

Discípulo: O Aumbhandan, quando no seu auge desapareceu de repente? Mestre: Não. Ele foi se extinguindo pouco a pouco, principalmente na quarta raça-raiz, a Raça Atlante, e deixou alguns resquícios para a quinta a Raça Ariana a que pertencemos. E esses resquícios existentes é que se chama Aumbhandan. Discípulo: Qual a raça humana em que o homem passou pela fase de maior evolução espiritual e material? Mestre: Foi à terceira Raça Lemuriana, principalmente na sua subfase chamada de quarta sub-raça.

Discípulo: Onde ficava a citada Lemúria? Mestre: Estava radicada nos continentes da África, Ásia e América juntos e que era extremamente desenvolvida, alcan-çando altos níveis de evolução. Discípulo: Como era formada esta civilização? Mestre: Era formada por uma minoria de seres evoluidíssimos vindos de outras Pátrias Siderais, que vieram a Terra para prestar um auxílio ao novo planeta que se formava e a sua nova população, e que, em sua maioria era formada por ter-ráqueos. Discípulo: Qual a missão desses seres? Mestre: Vieram a Terra para, passar os ensinamentos divinos, já assimilados por eles, em outros tempos e em outras pátrias siderais. Liderar a sociedade até que os terráqueos tivessem condições da fazê-lo sozinhos. Discípulo: Esses estrangeiros vieram em naves? Mestre: Não. Autorizados pelo Cristo Jesus, o Senhor Regente do Planeta Terra, eles vieram de modo normal, por inter-médio da encarnação, usando o sagrado templo do Pai Supremo – Deus, ventre de uma mulher, onde se forma a vida. Discípulo: como chamavam a esses ensinamentos divinos? Mestre: AUM-BHAN-DAN. Vocábulo Trino, Mântrico e Sagrado, extraído do Alfabeto mais antigo da Raça Humana o ABA-NHEEGA, que significa Língua Sagrada das Almas, velado até hoje, e que, deu origem o NHEENGATU, a Língua Sagrada do Povo Tupi, língua falada pelos índios quando a aqui chegaram os colonizadores, chamado de Tupi Antigo pelos bran-cos. AUM que se pronuncia Om, Um ou mesmo Aum que traduz Deus ou Supremo Espírito. BAN que se pronuncia assim mesmo significando Princípio ou Conjunto. DAM que se pronuncia assim mesmo significando Lei, Natureza, Ligação. DEUS – CONJUNTO - LEIS, ou seja, CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS. OBS: Esta é a palavra perdida buscada através dos milênios por todos os Iniciados das mais diversas escolas esotéricas do mundo (que a tradição e os Iniciados falam, mas que não dizem como “perdeu-se”, isto é, foi esquecida a sua grafia, som, origem e significado.). Discípulo: O que continha esse Aumbhandan de importante? Mestre: Ensinava a existência de um Senhor dos Mundos e de todos nós, Espírito Supremo que enviava Emissários na Terra. Deveriam entender que um de Seus mais iluminados e expressivos Emissários tinha se responsabilizado pela “Tutela Es-piritual” do novo Planeta em formação - O Cristo Jesus, nosso Pai Orixalá, como nós os umbandistas o chamamos cari-nhosamente. Era o Religare, isto é, o reencontro com Deus, a primeira Religião - a Religião Primeva. Ele, não era só uma religião, mas sim todos os pilares da Gnose Humana reunidos. Que são as Religiões, a Filosofia, as Ciências e as Artes. Era toda a base do Conhecimento Humano e era calcado em duas verdades universais: o AMOR e a SABEDORIA. Discípulo: Como eram esses seres humanos daquela época? Mestre: Possuíam a pele meio avermelhada e ao mesmo tempo meio acobreada. Discípulo: O que aconteceu exatamente com este Aumbhandan? Mestre: Com o passar do tempo veio uma nova Raça chamada Atlante. No princípio tudo ia bem, mas com a partida da maioria dos instrutores para seus mundos siderais houve uma queda da moral e então os ensinamentos do Aumbhandan começaram a ser deturpados. Como conseqüências desta insanidade humana, começaram a ocorrerem as grandes cismas da história terráquea, sendo o mais famoso o de Yrschú, o filho mais moço do imperador Ugra, da Índia que lutou contra seu irmão que era o rei, de nome Tarak’ya, numa luta terrível entre as Ordens Dórica e Yônica, só resolvida com presença marcante de Rama. Esse cismas fizeram com que o real e o mais puro fundamento do Aumbhandan fossem velados em Templos Iniciáticos, foi ali que nasceu as chamadas Ciências Ocultas que passaram a existir só para aqueles que tivessem em sua cabeça e em seu coração os sinceros e verdadeiros sentimentos de aprendizado e evolução espiritual. Esses cismas trouxeram a inversão de valores morais e intelectuais, todos os seres começaram a deixar de lado o Con-junto das Leis Divinas, para criarem suas próprias Leis. Era um caos. Tudo estava agora muito longe do Amor e Sabedoria do Aumbhandan, Cada vez mais o Conhecimento se tornava restrito alguns poucos iniciados, fazendo com que se ficassem cada vez mais difíceis a propagação e a dissemina-ção de tais conhecimentos que compunham toda a Gnose Humana... Com isso surgiriam as chamadas “Ciências Ocultas” ou Ciências Herméticas, que nada mais são do que retalhos e partes dilaceradas do Aumbhandam, fruto de interpolação e transmissão de conhecimentos feitos de forma inadequada por se-res não aptos a guardarem em seus âmagos resquícios do mais puro fundamento. Mesmos assim estes Conhecimento conseguiu sair da Atlântida antes do caos total, com os que emigraram para outros continentes, fazendo com que uns que tiveram acesso aos reais fundamentos, pudessem da melhor forma possível, pas-sarem para os escolhidos. E assim, alguma coisa ficou algum conhecimento daquele Tempo de Ouro. Ficou, e, é este bom pedaço do Aumbhandan que nós da chamada Umbanda Esotérica temos e conservamos e passamos para os iniciados.]

AQUI O MESTRE ESCLARECE SOBRE ESOTERISMO, UMBANDA ESOTÉRICA, ITACURUÇÁ E NOS DÁ UMA LIÇÃO SOBRE INICIAÇÃO E MESTRADO.

Discípulo: Falamos em Umbanda Esotérica. O que é Esoterismo? Mestre: Escrito com a letra “S” significa o que é velado, oculto, secreto. O que é permitido ser divulgado somente para um grupo de nomeados. O que é escrito com “X” é aberto para todos que se interessarem. O motivo vem sendo afirmado há séculos e que é o seguinte: há certos poderes e mistérios que não podem ser passados para pessoas não preparadas espiritual e/ou psiquicamente para obtê-los e usá-los. É mais ou menos como dar uma arma nas mãos de quem não sabe como deve e quando usá-la, e assim sendo, pode ferir alguém gravemente ou a si mesmo. Discípulo: Por favor, fale-me um pouco sobre Iniciação e iniciados da Umbanda Esotérica. Mestre: Em primeiro lugar: A Iniciação é uma Luz Maior na vida da pessoa que é médium. Quem não é médium, no caso da Umbanda Esotérica, não precisa ser obrigatoriamente iniciado. Lembre-se que aqui só estamos dando opinião sobre Iniciação e iniciados na Umbanda de forma aberta exotérica Então, a Iniciação tem de ser conquistada após rigorosa mu-dança do neófito para melhor no modo de pensar, sentir e agir em tudo e isto no lar, na sociedade, na profissão. Quem não muda não pode ser iniciado. É preciso que o Mestre observe suas mudanças, com o passar de um bom tempo. Por isso não se inicia ninguém como se fabrica em série automóveis, e etc. Nunca existiu e nem existe “trabalhos” e oferen-das para Orixás, guias e protetores que abram portas para o candidato chegar a Iniciação. Tudo é um trabalho interior, do espírito do candidato e para isso leva tempo. Muito sãos os fatores que desviam o candidato do caminho da evolução e logicamente da Iniciação. É preciso orar muito mas vigiar muito mais. É preciso o abandonos de certos prazeres e apegos materiais pois esses são entraves a Iniciação Real que é bem diferente de certas iniciações que existem por aí. Não tem Lei de Salva e nem Ritual que forme Iniciado de verdade. Rito é apenas a concretização do que é totalmente interno e espiritual. O Neófito tem de ser tolerante e paciente. Correria só leva aos braços das ilusões. Disciplina é a regra e mudanças cons-tantes para melhorar seu modo de pensar, sentir e agir são avalistas para futura Iniciação. É preciso um equilíbrio maior na interação da vida templária com a vida cotidiana. Nesta temos de buscar o necessário, pois no Templo devemos respirar a Pureza das Crianças, a Simplicidade dos Caboclos e A Sabedoria dos Pais-Velhos e aplicar tudo isto na nossa vida diária em qualquer lugar ou situação. Discípulo: Pensando numa situação sobre Mestres e Discípulos na Umbanda Esotérica, mas que, de certa for-ma deve existir em todas as outras escolas esotéricas. A questão é a seguinte: o Mestre com uma missão kár-mica de divulgar algo, altamente positivo do Astral Superior, desencarna após anos de dedicação e como fica o seguimento desta filosofia? Mestre: Infelizmente com o passar do tempo, alguns discípulos desses Mestres, por um motivo ou outro manipulados pelos seus próprios egos, começam a distorcer o que eles deixaram e aquilo que ficou. Discípulo: Como é um rito na Umbanda Esotérica? Mestre: É algo muito sério pela responsabilidade de traçar, dar metas e direções aos irmãos que a procuram, respeitan-do o nível de entendimento de cada pessoa. Nele vemos a prática da verdadeira alquimia o transformar o chumbo em ouro, isto é transformar o cidadão e a cidadão comum preocupados consigo mesmo, e com seus próprios problemas em cidadãos do mundo, verdadeiros cristãos universalistas e grandes brasileiros. Ele funciona como um lapidador de pedras brutas fazendo surgir, com o tempo, jóias preciosas de amor ao próximo. Discípulo: Fale sobre a sua formação Espiritual e Esotérica? Mestre: Nosso Pai Orixalá, o Cristo Jesus, nos permitiu encontrar o caminho com 19 anos de idade e minha esposa com 16 anos. Nesta época vivíamos quase que diariamente com nossos irmãos kardecistas e umbandistas e foi assim que vi-vemos um bom tempo, mais ou menos 17 anos, trabalhando, na teoria e na prática, nessas duas correntes espirituais. Fiz Campanhas do Quilo, pertenci a uma Juventude Espírita de nome “Casimiro Cunha”, participei ativamente do Grupo Social André Luiz, na Fraternidade Victor Hugo. Fui membro iniciado Rosa-Cruz (AMORC). Fui membro da Ponte para a Liberdade ligada a Grande Fraternidade Branca. Fui divulgador da prática da Chama Violeta do Mestre Saint Germain. Em 1985 entrei para a Maçonaria e lá fiquei muitos anos, isto muito me honra. Por esses Caminhos de Luz, aprendi muita coisa importante também. Tivemos um terreiro durante anos e por lá nunca tivemos nada absolutamente nada que fosse contra os ensinamentos do Evangelho de Jesus. Honra dignidade, cristianismo foi o tripé de mais de 30 anos que tudo sustentou. Tivemos de dispen-sar somente três médiuns por não seguirem os ideais do nosso grupo. Pelos idos de 1977, passamos por muitos ensinamentos velados; fomos agraciados por Iniciações e Consagrações condu-zidas pelas “mãos” de um verdadeiro Mago Branco do Astral, Pai Guiné (Mestre Yoshanan), um Venerável dirigente em ação, na faixa vibracional de Yorimá, juntamente tivemos, por um bom período, as atenções do ilustre W. W. da Matta e Silva (Yapacani), como instrutor e amigo e iniciador. Gostaria de alertá-lo que aqui só demos uma pálida explicação sobre Umbanda. Não existe um fim para este Conheci-mento, para este tema. Os séculos virão e serão muito poucos ainda para se falar do Aumbhandan - O Conjunto da Lei de Deus que começou praticamente no princípio deste nosso mundo, está vivo no nosso meio e com o passar do tempo será a Idade de Ouro citada no mais antigos livros da Índia e de outros povos. Discípulo: Vejo sua serenidade, sua vivência familiar e social. Sinto como o senhor ama o nosso Brasil e o ca-rinho com que fala dos nossos irmãos planetários e do orgulho, não vicioso, quando fala do Aumbhandan e dos seus anos de terreiro. Mestre: O tempo é o Grande Instrutor, o Juiz e o alertador. Tudo que sinto e faço não nasceu de um dia para o outro. Minha vida ainda na juventude me levou aprender cedo as regras cristãs verdadeiras, sem fanatismos absurdos. Isso se deu com a ajuda de meus familiares e professores, nos colégios que estudei.

Aprendi muito cedo o que era e ainda é e será o nosso Brasil com este nosso povo valoroso. Recordo-me sempre da frase que ouvi: “Brasil Coração do Mundo e Pátria do Evangelho de Jesus” e esta marcou muito a minha vida. Foi e é uma ver-dadeira bússola que norteou e norteia os passos de vários jovens espíritas da minha época e que orientou a muita gente. E eu como era membro de uma Juventude Espírita também adotei esta afirmação e a trago comigo até hoje. Aprendi muito cedo que o principalmente o egoísmo, o ódio, a inveja, o orgulho maior, a ganância por dinheiro, são de-formações espirituais perigosas e criadoras de Karma altamente negativo, construtores de doenças, infelicidades, desem-prego, miséria, dor, de várias vulnerabilidades. Estes males do espírito são formadores de males diversos, principalmente de desgaste físico e espiritual trazendo uma velhice anormal e doentia. Então, apesar de eu ser um espírito ainda muito devedor, procurei me firmar no cristianismo, no universalismo e na Umbanda e ainda tenho procurado de todas as formas possíveis não perder a fé e a vontade de ajudar, sem pensar em retornos a meu favor. Assim é e pensa também minha esposa: uma Luz no meu caminho, de minha família e de todos os filhos iniciados ou não. Discípulo: Mestre o senhor se lembra de seus irmãos da Raiz de Pai Guiné? Mestre: Sim, apesar da passagem dos anos me lembro de muitos rostos e não dos nomes de todos. Recordo-me com muito carinho e respeito e profunda gratidão. Recordo-me com saudades da Mãe Salete (Hyaná), dos Mestres Auxiliares de Iniciações.

Discípulo: Como o senhor define de forma simples Itacuruçá? Mestre: Uma terra bendita, dentro de um país em forma de coração e iluminado diretamente pelo Cruzeiro do Sul. É uma Kabala viva. Lá tem Sítios Sagrados da Natureza por todo lado que se vá: matas, mar, riacho, cachoeira, praia, um céu maravilhoso, montanhas e ainda, com presente, pontos mágicos pertencentes aos irmãos Exus Guardiões. E ali no Bairro Brasilinha, na Rua Boa Vista nº. 157 tinha fisicamente e astralmente um ponto de Luz doada pelos Sagra-dos Orixás. É preciso também citar que ali perto tem a chamada Cachoeira de Coroa Grande de Itaguaí. Saudades! Que me emociona muito. Caro neófito se saber pedir é um dom, agradecer é divino. E eu sou muito grato por tudo que ali vivi e passei.

Discípulo: Porque o senhor não dá seu nome iniciático publicamente? Mestre: Porque sou apenas um pequeno ser humano, com um pouco mais de vidas do que outros seres, conhecedor de algumas coisas de minhas reencarnações repletas de erros. O Mestrado que foi dado a mim por Pai Guiné, confirmado pelo Astral, foi e é apenas um alerta, uma bondade, uma mise-ricórdia e uma responsabilidade muito grande que merece sempre reflexão e muita humildade. Jamais pode ser uma pla-ca ou uma manchete de exposição da minha pessoa. Agradeço muito ao Pai Supremo, ao Cristo Jesus, e toda espiritualidade de Umbanda.

Discípulo: Fiquei sabendo que o senhor dia 6 de Janeiro faz aniversário de sua primeira ida a Itacuruçá para sua segunda iniciação, pois a primeira foi em Minas Gerais. Quantos anos o senhor tem de trabalhador nas lides de Umbanda e quantos anos de iniciado da Raiz de Pai Guiné? Mestre: De Umbanda fiz 52 anos ininterruptos como trabalhador e de Iniciado por Pai Guiné e Pai da Matta e Silva em 12 de Junho de 2011 farei 33 anos. Discípulo: O senhor faria tudo de novo? Mestre: Sim. A Umbanda me deu a chance de resgatar muitos erros de vidas passadas e desta também através do tra-balho regenerador. Discípulo: O senhor tem alguma magoa ou decepção como iniciado? Mestre: Espiritualmente não. Um pouco com alguns irmãos que passaram pelo que eu passei e se esqueceram disto muito facilmente e dos conselhos pessoais de Mestre Matta e Silva. Discípulo: Fale um pouco sobre o tema candidatos, aceitos, iniciados e Mestres, por favor. Mestre: O candidato, meu filho, é aquele que no nosso meio se sentiu a vontade, bem e feliz, ou seja, se afinou com o que viu e sentiu. Este deve esperar mais ou menos uns 90 dias para ser Aceito na corrente mediúnica do terreiro. A este deve se dar rigorosas instruções usando o processo mais elementar possível acostumando-o a num novo mundo que vai viver tanto no terreiro como na vida lá fora. O Iniciado é diferente. Gasta-se tempo e tempo observando-o no terreiro e em toda sua vida profana: no lar, na profissão e na sociedade. Não é raro o caso de termos “santos” no templo e verdadeiros quiumbas no mundo profano. É só verificar com atenção e constatará esta verdade. O Mestre já é caso profundo. Não é qualquer médium iniciado que veio com este aval. Não são rituais bonitos, que após seu término são comemorados como festa de aniversário que faz iniciados, o que dirá Mestres. É preciso trazer isto de vidas passadas e não vai ser através só de oráculos e de animismo repleto de formas que vai afirmar isto. O ser humano que traz isto na alma é um ser diferente em muitos pontos. Para ele a honra, o caráter, a dignidade e su-prema honestidade estão em primeiro lugar e isto vai de sua vida sexual até de sua vida pública. O Mestrado é cargo de confiança do Astral Superior. É preciso ver que muitos grandes homens e grandes mulheres médiuns que vieram a Terra e já partiram nunca passaram por rituais Iniciáticos e foram exemplos de Mestres e Mestras de Iniciação, doando Amor ao próximo e respeito a tudo e a todos. Vidas exemplares como cidadãos e como médiuns, verdadeiras “bússolas” a nor-tear nossos caminhos. Eu mesmo conheci e vivi com esses cumes da Luz Divina no nosso planeta. Receber entidades, conhecer oráculo, fazer “trabalhos”, falar bonito e outras coisas não forma iniciados e Mestres. A coisa é tão profunda que muito poucos conseguem enxergá-la e assim confundem as coisas. Como dizia o Mestre Ya-pacani; “pobres almas que das brumas não saíram.” Encerro tão delicado tema...

Discípulo: É possível citar uma regra para se um tornar um Mestre, com “M” maiúsculo, na Umbanda? Mestre: Sim. Aqui lhe dou algo muito antigo, mas muito válido extraído de autor desconhecido: Não nos transformamos em Mestres porque sabemos repetir e copiar aquilo que os verdadeiros Mestres fazem ou fize-ram. Para tal é preciso mudar tudo, absolutamente tudo, em nossas vidas, para melhor no campo Espiritual, mental e sentimental. É preciso refletir, analisar e pensar em nossa vida atual. Quem somos? Qual o exemplo que dou para minha família e pa-ra a sociedade que faço parte? Como sou dentro da minha profissão? Como sou no fundo do coração e de Espírito? Estou realmente ajudando as pessoas ou estou inventando o que não existe? Ajudo quem me procura sem cobranças monetárias e bajulações? Sou sincero mal, educado? Que tipo de palavras uso no terreiro, na rua, na sociedade, na profissão e no meu lar? Sou pessoa tranqüila, calma, ou um descontrolado e desequilibrado? Que tipo de trabalhos de Umbanda prego e faço no terreiro e na natureza? A minha vida sexual é normal? Sou ou não, um cristão na pura expressão da palavra? Invento macumbas onde elas não existem? Minha mediunidade é uma profissão? Digo que todo mundo é médium? Invento obsessão e “encostos” onde eles não e-xistem? Minha parte consciente não anda falando mais do que os espíritos que recebo? Até onde posso pagar karmicamente por este tipo de erro grave? Caro discípulo é necessário descobrir nossa própria Paz e Luz ou então passaremos o resto de nossas vidas aqui e tam-bém lá do “outro lado” como uma cópia mal feita, um pálido reflexo do que fazem os verdadeiros Mestres e Médiuns ilu-minados.

MESTRE ARAMIRIM INSTRUI SOBRE HIERARQUIA, ORIXÁS, RA-ANGÁS, VIBRAÇÕES E ARUANDA.

Discípulo: Há realmente uma hierarquia entre as Entidades de Umbanda? Mestre: Sim. No nosso Plano Astral temos. A partir do que é mais sutil em ordem decrescente: a) Orixás Intermediários ou menores (primeiro, segundo e terceiro graus). b) Guias, de segundo plano (quarto grau) c) Protetores de quinto, sexto e sétimo graus. Abaixo disto temos os Sub-agrupamentos que estão sendo abarcados pela Umbanda os (Auxiliares) Povos Baianos, mari-nheiros, boiadeiros etc. Discípulo: Quem são os Orixás? Mestre: Potestades Espirituais. Espíritos de maior evolução possível, só ficando abaixo do Cristo Jesus e dele recebem ordens. Discípulo: O que significa a palavra ORIXÁ? Mestre: Orixá ou Orishá é uma palavra muito antiga e que vem da nobre e portentosa Raça Negra. Ori significa cabeça (aqui como uma concretização do abstrato Entendimento) Xá ou Shá significa Senhor. Senhor do Entendimento. Sabemos que na milenar Raça Vermelha-acobreada, desde os tempos da Raça Lemuriana, era Arashá e que tem o mesmo significado. Discípulo: O termo Orixá tem outro significado talvez mais ligado a função especial do Espírito altamente e-voluído? Mestre: Sim. É “Senhor da Luz” ou “Cabeça da Luz”, ou seja, Senhor de uma Vibração Original – Um Orixá.

Discípulo: Qual a origem primeira deste nome? Mestre: É oriundo da primitiva língua abanheenga que era falada pelos vermelhos acobreados, os primeiros habitante do Brasil - A Sagrada Terra das Estrelas. Discípulo: É possível me ensinar algo a mais sobre os orixás? Mestre: Sim. Os Orixás são os Senhores das Vibrações Originais. O Orixá Ancestral e Kármico é a Guarda da pessoa e é lógico que a nível iniciático existem mais coisas a serem ditas sobre isto. Está ligada a data de nascimento da pessoa e vamos encontrar o planeta regente do Signo que regem as pessoas. O Signo Zodiacal a qual a pessoa está ligada recebe influência vibratória de um planeta regente que por sua vez é a con-cretização do poder deste Orixá. Exemplo: pessoa do signo de Peixes está ligada ao planeta Júpiter que é a concretização do Orixá Xangô, tendo seus dia semanal mais sagrado na 5ª feira, no horário de 15 às 18 horas. Discípulo: Os chamados Orixás Kármicos Planetários onde são localizados no Astral? Mestre: Estão mais perto de nós, no campo astral de nosso planeta.

Discípulo: Além de comandarem os espíritos do Bem o que fazem os 7 Orixás Planetários? Mestre: Eles presidem as Forças Sutis da Natureza também chamadas de Linhas de Forças que são produzidas pela von-tade dos mesmos, sob as ordens do Cristo Jesus, o Regente de nosso planeta e o Tutor Máximo de todos nós.

Discípulo: Qual o melhor culto ou ritual que podemos fazer para os Orixás? Mestre: Primeiro: Mente e coração puros com ações que não ferem os outros nem a nós mesmos. Não adianta fazer ofe-

rendas nos sítios sagrados da natureza (praias, cachoeiras, rios, montanhas, pedreiras, matas etc.) se coração, mente e ações são ou estão “sujos” e maus. Segundo: Ter sempre o coração, a mente e as ações apoiadas no Evangelho do Cristo Jesus e praticá-lo sempre, sem buscar recompensas.

Discípulo: O que são os Ra-Angás? Mestre: Grandes Almas ou Grandes Espíritos ou ainda Potestades Espirituais. São os nossos próprios Orixás Ancestrais. Eram assim chamados pelos Babaguaçús - os líderes da raça vermelha acobreada - os Grandes Condutores e Sacerdotes do Aumbhandan milenar. Discípulo: O Senhor pode repetir para mim o nome dos Sete Orixás? Mestre: Sim. Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yorimá, Yori e Yemanjá. Discípulo: Mestre, fale um pouco sobre vibrações, por favor. Mestre: As vibrações são “filhas” do Mundo Astral, o chamado mundo espiritual. Elas são as freqüências das Forças Sutis da Natureza que se concretizam no nosso mundo. Elas são comandadas pelos Sete Orixás Planetários e se manifestam aos nossos olhos como número, cor, som e forma. Discípulo: Como o senhor define de forma bem objetiva a Vibratória de Oxalá? Mestre: A Grande Detentora da Luz Espiritual e esta ilumina toda a Corrente Astral de Umbanda.

Discípulo: O que é Aruanda? Mestre: No meio dos nobres irmãos kardecistas temos as colônias de Nosso Lar, Os Mensageiros, Campos da Paz e Ou-tras. Na área relativa ao universalismo, da Confraria do Triângulo e da Cruz, onde milita o portentoso espírito de Ramatís e outros,temos a Colônia do Grande Coração. Na Umbanda, temos a Aruanda – a Cidade de Luz, que abriga sete cidades, e em cada uma, tem um Templo Sagrado com seus profundos mistérios, só revelados aos iniciados, que realmente deram provas, de competência, honra, dignida-de, no trabalho diário no templo-terreiro, no lar, na profissão e na sociedade. Não basta se dizer Mestre ou Iniciado para ali ter acesso. Os Guardiões dos 7 Portais não permitem a entrada dos que dizem, mas não são, ou que tenham deixados de ser.

O MESTRE ABORDA ASSUNTOS IMPORTANTES LIGADOS AO MOVIMENTO UMBANDISTA E AOS PRO-CESSOS DE MUDANÇA INTERIOR QUE DEVE PASSAR TODO UMBANDISTA.

Discípulo: fale sobre as diferenças existentes na Umbanda? Mestre: Podemos ver a Umbanda como se fosse uma moeda, em nossas mãos, com duas faces: Cara e Coroa. A Coroa é o Fundamento Hermético de Umbanda (Umbanda Esotérica) e a Cara o Movimento da Umbanda Popular (Umbanda Exoté-rica). Discípulo: Qual a finalidade do Movimento Umbandista? Mestre: Não é só combater o mal, desmanchar trabalhos de magia negra, repelir espíritos negativos ou kiumbas, ou a-fastar os chamados encostos, mas, também agir sempre como escola de bons costumes, de trabalho e restauração do indivíduo e da sociedade. O homem é a primeira célula da humanidade. Ele encontrando o caminho correto não agredirá a natureza, os seus semelhantes e a si mesmo.

Discípulo: Como o senhor vê os 100 anos da Umbanda do Brasil? Mestre: De forma muito feliz e agradecido por tudo que Umbanda religiosa trouxe para nós através do portentoso Cabo-clo das 7 Encruzilhadas, Pai Antônio e Orixá Male. Eu seria ainda mais feliz se pudesse ter tido a honra de conhecer e vi-ver alguns minutos ao lado do inesquecível Zélio Fernandino de Moraes. Tenho um profundo respeito e admiração por tudo que eles fizeram e um orgulho imenso de ver a senhora filha do valoroso Zélio ainda trabalhando exemplarmente no seu terreiro. Desejo a ela a todos os irmãos daquela Tenda de Luz tudo realmente de bom, tanto no espiritual como no material.

Discípulo: porque o senhor disse Umbanda religiosa? Mestre: O Sagrado Movimento Umbandista Brasileiro foi revelado religiosamente em 1908 e o milenar e Sagrado Aum-bandam (Conjunto das Leis de Deus) foi revelado aos pouco pelas Entidades Astrais de Aruanda, extraídos que foram dos arquivos akashicos a Pai da Matta e Silva, mais ou menos pelos idos de 1956.

Discípulo: Então o senhor tem carinho pelas duas maneiras de praticar a Umbanda? Mestre: Sim, Muito mesmo. Eu e familiares começamos na chamada Umbanda Popular e lá fiquei por muitos valiosos anos. Vivi com uma plêiade de grandes homens e fantásticas irmãs, exemplos de honra, lucidez, honestidade, capacidade e dignidade. E foi entre eles que aprendi as Leis Divinas Reais, principalmente o amor solidário e o perdão. Discípulo: Por que existem tantas variações de rituais na Umbanda? Mestre: Por causa da grande variação de graus de consciência e entendimento, de nossos irmãos praticantes e freqüen-tadores. Todos praticam e recebem de acordo com que merecem. E isto está ligado, de certa forma, as palavras do Se-nhor Jesus: “A cada um de acordo com suas obras.” No campo mediúnico, e de comando, a lei diz: “O homem deve renunciar aos apegos materiais deste mundo e transfor-mar sua mente e sentimentos para melhor. Se realmente, quer ter acesso as verdades esotéricas.” Meu filho, é preciso deixar bem claro que o que lhe passo é sempre como um monitor, pois os Instrutores são outros, que gostaria de citar alguns como exemplos: André Luiz, Emmanuel, Néio Lucius, Sheila, Ismália, Allan Kardec, Chico Xavier,

Ramatis, Mahatma Gandhi, Dr e Mestre Philippe de Lyon, Dr. Jorge Adoum (Mago Jefa), Mabel Collins, Paul Bruton, Yogue Ramacháraca, Thich Nhat Hanh, Dalai Lama, Dion Fortune, Annie Besant, Trigueirinho, Krishnamurti, Hoberto Rohden. No campo da Umbanda Esotérica: Dimantino F. Trindade (Hanamatan), Rivas Neto (Arapiagha), Ivan H. Costa (Itaoman). Na área do Movimento Umbandista Brasileiro, merecem todo meu carinho e admiração Zélio Fernandino de Moraes, Ben-jamin Figueiredo, Leal de Souza e muitos irmãos que semeiam o Evangelho de Jesus ao vivo em seus terreiros. No campo do Esoterismo de Umbanda sem dúvida alguma, o Eminente W. W. da Matta e Silva (Grão Mestre Yapacani) e seu Guia Pai Guiné foram importantíssimos para mim. Muitos Espíritos me esclareceram bastante e todos, com sua extre-ma humildade, se apresentam como: Mãe Catarina, Mãe Firmina, Pai Pedro, Pai Antônio de Angola, Pai José da Costa da África, Pai Manoel de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Chico Preto, Pai Arruda, Pai Caminheiro, Pai Antônio das Ondas Cla-ras, Caboclo Maranhão, Caboclo Zé da Montanha, Pai Benedito, Pai Joaquim, Pai Arruda, Caboclo Beira Azul, Caboclo Ser-ra Negra, Caboclo Pedra Preta e outros. Os meninos de Yori e os Senhores Exus de lei. Não posso me esquecer de dois guias sendo um irmão e uma irmã da área kardecista: Luiz Roberto e Lúcia. Veja que o que lhe passo quase nada tem de mim mesmo a não ser mais cinqüenta anos de trabalhos espiritualistas na prática, trabalhos mediúnicos, muito estudo e dedicação.

Discípulo: Como a massa humana freqüentadora dos terreiros vê a Umbanda? Mestre: A maioria a vê como um balcão de negócios, um supermercado aonde todos que ali vão podem servir-se do a-cham que precisam. Querem e pronto. Jamais cogitam se possuem ou não merecimento para determinados pedidos, al-guns no mínimo absurdos. Isto prova o índice de ignorância espiritual e dureza de coração. As verdadeiras Entidades doam a tolerância e a paciência, ouvem e procuram ajudá-los, auxiliá-los, a reencontrarem-se e não mais viver fugindo da realidade da vida e de suas responsabilidades cristãs e fraternais. Com muita calma vão burilando as pessoas na esperança que acordem e saiam do mundo das ilusões. Mostram o que po-demos chamar de “outro lado da moeda”. Infelizmente existem aqueles que para manter ou buscar status e terreiro cheio não medem conseqüências e aí... nem é bom falar no que acontece por este nosso Brasil afora. As minorias dos freqüentadores vêem a Umbanda como um meio e não um fim, uma escola de bem-viver, iniciando assim uma verdadeira restauração de suas vidas mudando aos poucos, mas de forma constante, seu modo de pensar, sentir e agir, sempre para melhor e dentro das Leis de Deus.

Discípulo: Como devemos ver as Entidades de Umbanda? Mestre: Irmãos maiores. Devem ser o nosso ideal de Paz e Luz, devemos procurar imitá-las sem perder nossa individuali-dade. Isso não nos leva a copiá-las literalmente. Discípulo: Mestre me diga, por favor, em que nossa Umbanda não está interessada. Mestre: Em ficar presa as formas externas, exotéricas. Ela está sempre apresentando para “quem tem olhos de ver e ouvidos de escutar”, como disse o Senhor Jesus, nosso Pai Orixalá, a Essência, o Espiritual, o que está por trás daquilo que todo mundo vê em muitos terreiros. Ela não está interessada em efeitos que a possam promover e sim em causas; na razão se SER de tudo e de todos. Como não fica ostentando o seu conhecimento e sabe bem aplicá-lo com Sabedoria Humilde, no momento exato e preci-so, sempre no intuito de esclarecer as pessoas que lhe pedem ajuda e jamais humilhando que quer que seja. Também não se interessa em agredir ou criticar outras religiões ou ordens iniciáticas Discípulo: Como a Umbanda pratica seus trabalhos para o bem das pessoas? Mestre: É um culto melhorado que atende a todo mundo e que fala a todos os presentes respeitando os seus níveis de consciência, isso nos verdadeiros terreiros de Umbanda onde existe honestidade, sinceridade e conhecimentos para tal. Tudo é feito visando somente o bem e a evolução de todos. Jamais, sob hipótese nenhuma, nesses cultos ouvimos críticas as outras religiões, a outros médiuns da própria Umbanda. Discípulo: Mestre, o que os umbandistas buscam, além da prática da caridade, nos terreiros de Umbanda? Mestre: Unir a médio e longo prazo, as partes separadas, a milênios, da Proto Síntese Relígio-Científica: Religião, Filoso-fia, Ciência e a Arte, tão bem representada na simbologia da Pirâmide de Quéops e na própria Esfinge e tudo sob os aus-pícios do Astral Superior e sob as bênçãos de Cristo - Jesus. Discípulo: Poderia me falar algo sobre a virtude de Caridade? Mestre: Sim. Mas vamos aqui lhe dizer aquilo que disse um dos Espíritos mais nobre e iluminado, o Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, através de excepcional mediunidade do inesquecível irmão Zélio Fernandino de Moraes: “A prática da Caridade no sentido do Amor Fraterno será a característica principal deste culto, que tem como base o EVANGELHO DE JESUS, E COMO MESTRE SUPREMO, O CRISTO”. Quem tem um pouquinho de amor cristão e amor umbandista, sem dúvida alguma, se emociona só em pensar nos exem-plos de tanta honra e tanta dignidade deste Grande Mestre Astral que veio até nós na forma de caboclo de Umbanda e de seu médium, ambos Mestres Espirituais, de grau missionário autêntico e não como vemos por aí.

Discípulo: Qual o maior ideal Umbandista? Mestre: Servir! Nos momentos atribulados que vivemos, a Umbanda tem sido um lenitivo para muita gente que sofre. Isto é fato real em milhares de terreiros aonde os espíritos quem vêm na forma de Crianças, Caboclos e Pais-velhos orien-tam, consolam, ajudam dentro de mérito de cada um, fazendo assim com que o Grande Amor do Senhor Jesus, de Mãe Mariah de Nazaré, da hierarquia de Umbanda fiquem mais próximo a todos.

Discípulo: É possível o cidadão comum fazer uma análise correta sobre nós, os umbandistas? Mestre: Certa vez uma Entidade do Astral Superior nos disse que a maior dificuldade para se fazer uma análise rigorosa sobre o que somos e quem somos está numa terrível resistência que portamos, devido aos nossos apegos exagerados as coisas, as pessoas e ao prazeres do mundo material e, assim, nem sempre podemos ser exemplos vivos daquilo que pre-gamos oralmente dentro do terreiro e até fora dele. O que nos rege muitas vezes é: “Façam o que mando mas não façam

o que eu faço”. Existem também os que juram de boca para fora pois lá no seu mundo interior, no seu espírito, é muito comum a prefe-rência de ficarmos mesmo da maneira que somos, de preferência idolatrando nosso Eu, aplaudindo nosso câncer da alma – o Egoísmo. Não existem os chamados milagres na Umbanda real. As mudanças diárias são necessárias e sempre para melhor, em nossas vidas, isso no campo mental, astral (sentimental) e físico. Elas devem começar, a todo o momento, em todos os minutos. Nós temos um inimigo que mora dentro da gente, comum, feroz, implacável contra qualquer melhoria de nosso espírito, é o nosso famigerado inimigo de Deus e do amor ao próximo, o Egoísmo, o pai da vaidade e do orgulho, da maldade, da indiferença, da ambição tresloucada, do ódio, da mágoa, do rancor e dos vícios. É um amante do dinheiro e do sexo des-vairado. Aquele que vem aos nossos terreiros, ouve e presta atenção nas mensagens e guarda as mesmas no fundo do coração conseguem mudar bastante . Ao fazer isso entra em sintonia fina com o Espiritual e a Lei do semelhante atrai semelhante consegue ajudá-lo e aí por efeito do equilíbrio nos três planos: mental, astral e físico vem as graças, as curas e aberturas de caminhos. A verdadeira Umbanda não fica pregando e mostrando só formas para provar “incorporações”. Então em vários terreiros vemos médiuns sugestionados, anímicos, querendo provar que estão incorporados. É bebida pra lá e pra cá. Espíritos que comem coisas materiais para provar que são exus e têm forças. Tem até “pretos velhos” que só faltam almoçar ou jantar. A maior difamação está nas Pomba Giras. Existem coisas que é preferível nem comentar. O que médiuns homens fazem dizendo-se incorporados por elas é de arrepiar. Se fosse assim então toda médium mulher que recebe caboclo teria que virar “mulher macho”. Jesus foi claro e preciso: “O homem não pode servir a dois senhores, a Deus e Manon...” E como tem gente que faz isto diariamente dando mau exemplo na rua, no mundo, lá fora e leva suas deformidades para o terreiro.

Discípulo: Mestre, qual é a grande Magia de Umbanda? Mestre: A Umbanda é uma universidade de processos de mudança interior, esta é sua grande Magia, sua alquimia. A Senhora Iluminada aponta a nossa falta de vigilância que nos leva aos mais diferentes erros. Às vezes, até aos mes-mos, que sempre atraem pela lei da ação e reação, sofrimentos para nós e para a família. Esse lapso, age como ímã e pode atrair coisas ruins como doença, falta de sorte e obsessão. Pode também ser a porta para a entrada de magia negra em nossa vida. Ela (a Senhora Iluminada) nos doa processos de correções de pensamentos, sentimentos e ações que devem sempre co-meçar de dentro de nós mesmos. Infelizmente, a maioria freqüentadora de nossos sagrados rituais, ainda não entende que eles são um meio e não um fim que resolve tudo. Valendo-se de um conhecimento milenar cultivado e protegido pelos Mestres Astrais, aliado ao Cristianismo e por ele ilu-minado, a Umbanda é sem dúvida a Grande Mãe que acolhe, aconselha, ajuda, mostra e guia o retorno do filho pródigo à casa do Pai. Discípulo: Mestre, por que o senhor falou que a Umbanda usou de conhecimento milenar? Mestre: A Corrente Astral de Umbanda é uma Confraria de Espíritos muito antigos. Nos tempos de ouro das raças Lemu-riana, Atlante e até mesmo da Raça-Raiz Ariana (a nossa), surgiram os grandes condutores da humanidade, os Iniciados. Esses seres humanos, expoentes das raças vermelha, negra, amarela e branca até hoje estão tentando nos ajudar, para isso seguem e exemplificam as ordens do Cristo Planetário – o Senhor Jesus – e vêm se apresentando nos terreiros, nas formas humildes de crianças, caboclos e preto-velhos - lógico que obedecendo a graus intransferíveis de evolução. São verdadeiros caminheiros da Paz e da Luz, respeitam nosso livre arbítrio, e, não cansam de nos dizer que o Sermão da Montanha é a bússola que aponta o norte da felicidade humana. Com extrema bondade, eles pregam o tempo todo, de “mil maneiras”, que só o amor, o respeito às Leis do Pai Supremo e o seu devido cumprimento podem nos levar, seus irmãos menores do caminho da evolução, a um porto seguro. E isto com verdadeiro sucesso, paz, luz, saúde, prosperidade e felicidade, tudo a médio ou longo prazo, pois dependerá da ba-gagem Kármica negativa que carregamos. Com amor, perdão e participação conseguiremos coisas boas para nós, nossa família e a humanidade em geral, sem nos preocuparmos se fulano ou sicrano faz ou não a parte dele. Ainda atrelados ao nosso karma negativo, gerado em vidas passadas e muitas vezes fortalecido nesta também, só nos resta lutar, lutar e lutar diariamente. Vencer a guerra contra nós mesmos e assim conseguiremos o sucesso pretendido. T udo, caro filho, é questão de nível de consciência, desapegos e não egoísmo. Rogo reflita sobre o que dissemos. Recorde-se sempre de que esta verdade não é minha, ela é de todos, aqueles que de vestimentas próprias não são apenas túmulos caiados de branco.

Discípulo: Seus ensinamentos me fazem muito bem, pois são para serem usados por todos que realmente pretendem transformar suas vidas para melhor. Como vimos a Lei de Ação e Reação se faz presente em tudo. Daqui sempre levo o melhor e procuro na prática aplicá-los e por isto me sinto feliz e com saúde física e espi-ritual. Mestre: Recorde-se sempre, meu filho, só os tolos que vivem de segundas intenções se arvoram em dizer que seus espí-ritos trouxeram isto ou aquilo, neste caminho principalmente. Neste mundo nada se cria e tudo se copia já nos alertava o Grão-Mestre Matta e Silva. Somos nada, mais nada menos que transmissores das leis mais antigas que já existiam há milênios e hoje adaptadas para nosso entendimento. Não somos dono de nada. Nunca se esqueça disto, por favor. Eu sou apenas mais um na multidão de transmissores das Gotas de Luz da meiga Mãe Umbanda a que chamamos também de Aumbhandam – A Senhora da Luz Velada para a maioria e desvelada para seus filhos que não a traem por nada neste mundo de ilusões.

MESTRE ARAMIRIM ESCLARECE SOBRE AS VALOROSAS ENTIDADES DA UMBANDA, LEI DO VERBO, EGUNS, EXUS E POMBAS GIRAS

Discípulo: Por que as Entidades de Umbanda tomam somente as formas de Crianças, Caboclos e Pais-velhos? Mestre: Elas vêm nessas únicas formas de apresentação nos seus trabalhos nos terreiro e na natureza por serem espíri-tos bastante elevados e iluminados. Longe estão da vaidade e do orgulho e para cumprir os dizeres do Cristo Jesus, Pai Orixalá: “Somente os humildes serão exaltados”. Essas formas fazem parte da raiz brasileira. Elas são símbolos da vida: criança (início), caboclos (meio) e pais-velhos (fim). Elas estão contidas de certa forma nos mistérios do número três. Discípulo: Fala-se nos Terreiros de Umbanda Esotérica que a Crianças trazem a alegria, os Caboclos a simpli-cidade e os Pretos-velhos a humildade, e como essas virtudes agem em nós os encarnados? Mestre: Pois bem a Pureza é o oposto da vaidade, luxo e ostentação; a Simplicidade é o não complicar as coisas e a Hu-mildade carrega em si o amor ao próximo, o espírito de sacrifício e prol das boas causas, a paciência com tudo e com to-dos, ou seja, é a negação aos poderes e apegos extremados de nossa vida terrena, principalmente de certos médiuns de Umbanda que se consideram “fora de série”. Discípulo: As Entidades de Umbanda trabalham sozinhas, se preciso for? Mestre: Nunca estão só. São sempre acompanhadas e assistidas por outras entidades só que não incorporam naquele momento. Discípulo: Os Guias e Protetores da Umbanda de vez em quando reencarnam na Terra? Mestre: Não. É raríssimo acontecer o caso de uma ou outra Entidade Espiritual, afins a Umbanda, reencarnar, pois elas já cumpriram seus karmas neste ponto. Existem raríssimas que reencarnam de forma missionária, ou seja, por necessidade do próprio Astral. Discípulo: As Entidades espirituais de Umbanda surgiram de repente? Todas de uma vez só? Mestre: Não. Primeiramente vieram os donos do Astral Brasileiro, os Guardiões do Cruzeiro do Sul, símbolo da Cruz do Senhor Jesus, que abrilhanta as noites deste Brasil, possuidor da forma de um coração, os Senhores Caboclos. Depois vieram os pretos velhos e finalmente as crianças apareceram. Foi assim o início de uma grande luta contra as forças do mal. A Luz contra as trevas, luta silenciosa, firme, diária, derru-bando obstáculos de todos os tipos, principalmente de médiuns deturpadores da Lei. Discípulo: O que é a Lei do Verbo? Mestre: Era, e, é uma lei representada por sinais cabalísticos de enfoque mágico, tradutores dos sons divinos. Só a Um-banda usa esses sinais que nós chamamos de Lei de Pemba, pois são riscados a giz, por nossas entidades espirituais e por alguns iniciados que possuem ordens e direitos para tal – a outorga do Astral Superior.

Discípulo: O que são eguns? Mestre: Espíritos desencarnados – alma dos chamados mortos. Discípulo: Que tal o senhor falar um pouco sobre exus e pombas-gira? Mestre: Para nós eles são citados muitas vezes como Guardiões e elas Guardiãs. Guarnecem seus médiuns e familiares e também o terreiro onde trabalham. Esses e essas, também conhecidos como de Lei, são os executores das Leis que vem do Alto Astral e são todos comanda-dos pelos Orixás, Guias e Protetores e auxiliam muito a todos nós, mas isto tem um limite que é não podem mudar o que temos dentro de nós mesmos geralmente incrustações de outra vidas. O Senhor Jesus bem avisou: “A cada de acordo com suas obras.”

Discípulo: Então, ele e elas não possuem poderes para mudar nosso modo de pensar, sentir e agir, através dos atos de magia, como oferendas, etc.? Mestre: Não mesmo. Nem os que fazem parte da cúpula, nos mais altos graus evolutivos e particulares, os chefes de le-giões, não conseguem mudar. A grande magia nesta situação é feita internamente. Eles podem aconselhar mostrar um caminho, mas nunca através de trabalhos.

Discípulo: Quem é o Exu Pomba Gira na realidade? Mestre: É o Exu Feminino e comanda muitas pombas giras de vários graus. É a grande guardiã de Mãe Yemanjá e do Po-vo das Águas. Recebe e trabalha em todos os graus de sua própria hierarquia: as terciárias acompanham os orixás intermediários, as secundárias prestam serviços aos guias e as primárias aos protetores todas na vibratória de Yemanjá. É uma legião com-posta só de Pombas Giras de vários níveis de evolução. Para nós ela não é e nem foi uma prostituta. Na sua legião há Pombas Giras cultas e educadas, sem perder sua maneira de ser e sua missão. Jamais trabalham para provocar o que é ilícito. Nem todas são espanholas e ciganas, algumas até podem ser. Ela é no meio dos Chefes de Legiões de Exus Guardiões (Senhor 7 Encruzilhadas, Senhor Tranca-Ruas, Senhor Tiriri, Se-nhor Gira Mundo, Senhor Marabô e Senhor Pinga Fogo) a única mulher (Senhora Pomba Gira). Então, ela não é a mulher de seis exus e sim, uma única mulher entre os exus. Atua diretamente na energia mental e no elemento água e ainda na energia hídrica. Controla e desfaz as energias negati-vas oriundas das deturpações dos sentimentos e de sexualidade. Faz o “balanceamento” efetivo/emocional através do saneamento dos distúrbios amorosos e sexuais, contribuindo assim para a harmonia e equilíbrio.

UMBANDA - TRADIÇÃO E FINALIDADE, RITUALÍSTICA E O EVANGELHO DE JESUS SÃO OS ENFO-QUES DADOS POR MESTRE ARAMIRIM NESTES ENSINAMENTOS.

Discípulo: Quais são as outras definições que podemos dar ao nome da Sagrada Umbanda? Mestre: Tradição, Síntese, Gnose, ou seja, a reunião entrelaçada do conhecimento milenar. Discípulo: Esclareça-me, por favor, o que é Tradição. Mestre: É o ponto de ligação do presente com o passado e o presente principalmente das raças humanas, em vários sen-tidos: hábitos, usanças, transmitidas de geração em geração, uma transferência de bens e de direitos. Podemos citar as explicações do Pai Guiné e Pai da Matta e Silva, sobre este tema: “As ordens e direitos de trabalhos”, no nosso caso da Umbanda Esotérica, é passada a quem de direito. É toda uma técnica velada, todo um conhecimento gradativo, doado pelo Mestre de Iniciação, em Ritual Especial, confor-me o grau do iniciando, e não deixa de ser também toda uma postura que irá usar dali para frente na vida templária, fa-miliar, social e mesmo profissional. Essas Ordens e Direitos são uma cobertura, um escudamento Astral e físico, para quem vai mexer de alguma forma com a verdadeira Magia de Umbanda. Sobre este tema, é para Iniciados e Mestres. Discípulo: Mestre me diga, por favor, em que nossa Umbanda não está interessada. Mestre: Em ficar presa as formas externas, exotéricas. Ela está sempre apresentando para “quem tem olhos de ver e ouvidos de escutar”, como disse o Senhor Jesus, nosso Pai Orixalá, a Essência, o Espiritual, o que está por trás daquilo que todo mundo vê em muitos terreiros. Ela não está interessada em efeitos que a possam promover e sim em causas; na razão se SER de tudo e de todos. Como não fica ostentando o seu conhecimento e sabe bem aplicá-lo com Sabedoria Humilde, no momento exato e preciso. Sempre no intuito de esclarecer as pessoas que lhe pedem ajuda e jamais humi-lhando que quer que seja. Também não se interessa em agredir ou criticar outras religiões ou ordens iniciáticas. Discípulo: Como a Umbanda atua como Religião? Mestre: Ela fala aos corações dos humildes, sempre cheia de lógica e razão. Ela está sempre adequada ao nível de cons-ciência de seus filhos. Ela não está nada interessada em honras e honrarias humanas. Ela é simples como Jesus e seus apóstolos eram. Ela tem uma linguagem própria para falar as pessoas mais humildes, mas tudo com muita lógica. Ela não faz alarde de seus conhecimentos milenares. No seu silêncio, nos seus templos-terreiros ajuda a todos sem floreios e sem ostentação. Esta Mãe Umbanda, visa em primeiro lugar ser solidária, em suas práticas, com simplicidade, pureza e sinceridade. Discípulo: A Umbanda é Universalista mesmo? Mestre: Sim, é. Mas é preciso deixar bem claro que isso não significa de salada religiosa. Ela abre os braços a todos co-mo uma Mãe Piedosa, mas tem suas regras como toda mãe tem. Espíritos de vários países, ou regiões brasileiras são sempre bem vindos se vierem somar. No campo esotérico de Umbanda é preciso que eles se manifestem nas três únicas formas: criança, caboclo e pai-velho, ou seja, na imitação da vida: início, meio e fim; criança, jovem e velho; pureza, simplicidade e sabedoria humilde. Quem estuda e entende de geometria e numerologia esotérica vai entender porque é assim. É uma Lei imutável. Pode acontecer em situações especiais a vinda dos sub-planos da Umbanda com seus espíritos. Discípulo: E quem mais incomoda os verdadeiros umbandistas? Mestre: Os que vivem o dia inteiro como juízes e carrascos dos outros. Falam mal de todo mundo, criticam o que não conhecem direito, denigrem a imagem das pessoas e das demais religiões. Tem até os que desrespeitam os mais velhos, tem os que têm nojo de livros e dão mil desculpas para não lerem um bom livro. Por mais incrível que pareça tem os que têm pavor do Evangelho de Jesus. Mas isto faz parte do nível evolutivo do nosso povo planetário e só o tempo, as dores e lágrimas concertarão. Ficamos sabendo de fonte limpa que pelos idos de 1935, uma Preta-Velha de nome Tia Maria, guia da médium Maria Na-zaré, em Juiz de Fora, MG, no Grupo Espírita Amor aos Desencarnados afirmou que Umbanda sem evangelho descamba. É para gente refletir. Discípulo: Como se forma os grupos umbandistas? Mestre: Se forma na união das pessoas interessadas, por profundos laços de afinidade kármica, geralmente por idealis-mo, boa-vontade, mediunísmo, não egoísmo, amor ao próximo e amizade.

Discípulo: Qual é a finalidade da Umbanda? Mestre: Ela combate os trabalhos da magia negra, as bruxarias, o ataque de espíritos negativos e maus, os quiumbas que se aproximam das pessoas atraídos pelos maus pensamentos, maus sentimentos, más ações e palavras chulas ou pornográficas. A Umbanda, é uma Escola de Vida, ensina a prática do amor solidário, a humildade, O não apego às coisas materiais, os princípios de cidadania, a prática do perdão. Também impulsiona seus filhos de fé à participação que ajuda e faz de sua parte para o Brasil e o mundo também reencontrarem o caminho com Deus. Discípulo: Mestre, como são os princípios ritualísticos da Umbanda? Mestre: Eles são milenares, apesar de alguns discordarem disso. Sempre a Umbanda se utilizou de rituais leves e suaves e utilizando flores, ervas, velas, essência florais, altar, preces evocatórias e invocatórias, grafia sagrada chamada de Lei de Pemba com seus pontos riscados, a magia do verbo através de seus pontos cantados, etc. Jamais, sob hipótese nenhuma, usa de material grosseiro e negativo e muito menos de sacrifícios de animais. Só mesmo com muitos anos de dedicação, por parte do umbandista ele conhecerá, aos poucos, os princípios ritualísticos de Umbanda.

Discípulo: Ao cumprimentar o Congá o umbandista deve pedir? Mestre: Tudo de bom e de útil para a Humanidade em primeiro lugar depois para si (dar para ter o direito de pedir), per-dão para as dividas da mesma e perdão para si mesmo por erros cometidos (perdoar para ter o direito de ser perdoado), doar de si as mais sinceras vibrações de Amor, Solidarismo, Bondade para todos e depois para ele mesmo (dar para ter o direito de pedir). Se ele assim não faz não está cumprindo as determinações de nosso Tutor Maior – O Cristo Jesus, Nosso Pai Orixalá. Este deve recordar que o maior inimigo de Deus se chama Egoísmo – o Câncer da Alma. E tem gente que pede só para si e os seus e acha que não é egoísta. Incrível, não?

Discípulo: Porque os nossos uniformes se primam pela cor branca? Mestre: Símbolo da Paz, higiene e pureza. Uniforme das oficinas de moldar filhos de Deus. Mostra como devemos ser por dentro e por fora nos nossos trabalhos mediúnicos. A propósito permita-me lembrá-lo de mais um aviso de Jesus quando aponta os que se vestem de branco só por fora, mas por dentro de si, no meio da família, na profissão, na sociedade não o são “...Por fora túmulos caídos de brancos mas por dentro só podridão”. Caro Mestre, gostaria que me esclarecesse um pouco mais sobre Magia Umbandista, lógico que dentro do meu grau iniciático. Mestre: Magia exige ideação simples mas muito inteligente e totalmente apoiada pelo Astral Superior. Corrente muito fir-me de desejos e vontades, sempre de forma altamente positiva, respeitando o livre arbítrio das pessoas. Outorga para entrar em contato com seres elementares e elementais da natureza. Profundo conhecimento do que vai fazer e do que vai pedir, medindo conseqüências, é lógico. Qualquer deslize pode virar magia negra e com ele virão, sem dúvida nenhuma, as conseqüências como doenças graves e até desastres físicos e morais. Outra coisa, você tem de escolher muito bem quem vai contigo, o tipo de conversa no deslocamento ate o local e na volta dos trabalhos. Discípulo: A Umbanda realmente castiga? Mestre: Antigamente sim. A isso se dava o nome de médium “pembado”, ou seja, aquele que estava levando uma surra de suas próprias Entidades, mas o tempo passou e hoje o que mais vemos são elogios e mais elogios. Eu e minha esposa estávamos num terreiro de Umbanda numa cidade mineira e fomos testemunhas oculares deste tempo onde quando o médium fazia coisa errado a sua Entidade o denunciava na frente de todo mundo, dos médiuns e do públi-co, delatando até adultério, se fosse o caso. Vimos casos de médiuns sofrerem fraturas como castigos e outros problemas. Hoje, quase tudo mudou para felicidade de muita gente. O mais interessante é que as outras Entidades não punham a mão antes deste erro pedir e receber maleime (perdão) publicamente. Quanto maior era o erro maior era o castigo.

Discípulo: O senhor tem algo especial para me dizer juntamente com outras orientações? Mestre: Sim. Gostaria que prestasse bastante atenção no que vou lhe passar. Certa vez o Senhor Jesus estava a beira de um lago. Veio até ele um homem com boa cultura e lhe disse: Mestre, eu se-guir-te-ei para onde quer que vá. Jesus, olhando para ele, respondeu: As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos; porém o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.

Outro discípulo que estava ali por perto, ouvindo a conversa, se aproximou pediu licença e disse então: Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar a meu Pai. E Jesus olhando bem para ele falou: Segue-me e deixa que os mortos sepultem seus mor-tos.

Tenho varias vezes alertado a você, meu filho, que os ensinamentos de Jesus só são compreendidos a luz do espírito. Mui-tas vezes ele avisou: Veja quem tem olhos de ver e escute que tem ouvidos de ouvir. Também, o Apóstolo São Paulo aler-tou para que tomássemos cuidado com a letra que mata e buscássemos nela o espírito que a vivifica. Vejamos então que para seguir ao Senhor é para poucos, pois é preciso renunciar a cobiça, à inveja, à maledicência, ao ódio, à cólera, à vio-lência, aos vícios, os maus pensamentos, as más palavras, as pornografias e os maus atos.

Para acompanhar Jesus é preciso não ser apegado às glórias deste mundo de ilusões e de tanta hipocrisia e desonestida-de. É entender que precisamos sim de bens materiais, mas não podemos deles ser escravos dedicados 24 horas por dia, como hoje faz muita gente comum e até mesmos uma grande maioria de líderes religiosos. Tê-los e não ser possuídos por eles é uma das maiores virtudes.

Jesus mostra nesta passagem mais ou menos o seguinte: Eu, neste mundo, abri mão de tudo. Como vocês querem me seguir se não abrem mão do egoísmo, do orgulho, da vaidade e do desespero para conseguir bens materiais?

Como tem gente neste mundo inventando macumba onde não tem macumba, “trabalhos” onde não tem trabalhos para fazer, obsessões onde não tem encosto nenhum, e principalmente criando médiuns que não possuem mediunidade?

Neste mundo quem tem um pouco de discernimento espírita, espiritualista, umbandista, de verdade sabe e sente que a morte não é um fim e sim um meio evolutivo, mas é também uma realidade.

Os nossos irmãozinhos que não compreendem e por isto sofrem mais do que os que entendem e então se agarram aque-les que lhes foram caros aqui na Terra e não deixam que eles sigam seus caminhos necessários. Fazendo muitas vezes os entes queridos a se tornarem prisioneiros de seus sentimentos e paixões, aprisionando-os dentro de casa, impedindo seu crescimento evolutivo.

Então, meu caro discípulo, todos nós devemos entender aquilo que o Senhor nos avisou “Deixe que os mortos enterrem seus mortos” é um alerta que deve ser aceito enquanto é tempo.

Permita-me, por favor, relembrá-lo de mais algumas lições do maior Mestre de todos os tempos, Jesus: Em João: 3, v. 1 a 12, vemos Jesus mostrando um caminho de luz, um verdadeiro início, um começo, um recomeço de vida: “Em verdade vos digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.

Na passagem que Nicodemos busca Jesus, tarde da noite, ele, o visitante pergunta: “Como pode um homem nascer de novo”? E Jesus afirma: “Não vos espanteis do vos dizer, que é preciso que nasçais de novo...” Em Mateus 11:4 : “Se quereis compreender, João Batista é o Elias que devia voltar.” Em João 8:58: Quando Maria me pôs no mundo, não era eu um estranho para ela na face da Terra.” Caro e jovem irmão, a vida pois é um início, um ré-início, uma verdadeira Iniciação. Cada dia que nasce a vida é um grande ritual iniciático para os que tem olhos de ver e ouvidos de ouvir e principalmente para os que possuem discerni-mento. Discípulo: Peço sua autorização para ir e levando comigo uma das maiores lições que o senhor já me deu. Ela merece sem duvida uma reflexão. Mas antes faço ainda uma pergunta que é a seguinte: por que tanta gente esconde a reencarnação e faz disto um verdadeiro “cavalo de batalha”? Mestre: Porque não conseguem enterrar seus mortos e que não são defuntos. São pedaços deles mesmos. “É como diz Pai Velho de Angola: ‘Filho, meu filho, ouça com seu ouvido de ouvir e veja com seus olhos de ver”. No Evangelho existem muitas coisas que não foram deturpadas. A Essência está ali para quem tem méritos de encontrá-la. Quem é esotérico de verdade lê, encontra e sabe exatamente o que está aberto e o que está velado. O Senhor Jesus alertou e Mateus, Cap.7: V. 6: “Não deis aos cães o que é santo; nem lanceis aos porcos vossas pérolas, para que não suceda que eles lhes ponham os pés em cima e, tornando-se contra vós, vos despedacem.” Vai, meu irmão. Pense em tudo que estudamos hoje e lembre-se de uma coisa no comércio religioso é proibido estes as-suntos. Por lá eles despedaçam pérolas. Por lá, alguns homens que vestem de branco proíbem seus componentes de le-rem o Evangelho de Jesus, alegando que ele foi totalmente alterado pelo catolicismo. Mas na verdade... são como túmu-los caiados, de branco, só por fora.

MESTRE ARAMIRIM DÁ INSTRUÇÕES IMPORTANTES SOBRE MÉDIUNS E MEDIUNIDADE.

Discípulo: O que realmente é um médium? Mestre: Podemos classificá-lo como meio, intermediário entre dois planos: o físico em que vivemos diariamente e o que iremos habitar futuramente quando desencarnados. Muitos dizem que todos são médiuns e é claro que esta regra tem exceções. Antigamente diziam que todos eram médiuns, numa má interpretação das palavras de Allan Kardec. Todos os que afirmam isto é porque leram as letras e não conseguiram ver o espírito dessas letras que as vivificam. Podemos ressaltar dois pontos que classificam a mediunidade: quanto à natureza e quanto aos fenômenos. Quanto a na-tureza encontramos mediunidade natural e mediunidade de prova. Nenhuma delas é feita ou formada nesta vida. Quem é, já diz um velho ditado, “já nasce feito” e apenas vai ser adestrada no terreiro ou na mesa kardecista. Então temos: A Natural surge aos poucos, às vezes quando o indivíduo ainda é uma criança começa apresentar diversos sinais, confor-me a pessoa for evoluindo moral e espiritualmente, vai nele surgindo pontos de destaque de sua mediunidade. Esta tem subdivisão: Grau Missionário, Grau Evolutivo e Grau Probatório. Se a mediunidade real já é difícil imaginemos a Missionária que faz parte da vida e obra dos Grandes Mestres da Humani-dade. A Mediunidade Evolutiva já e mais comum e vista pelo mundo. A Mediunidade Probatória é o mais presente de todas. Esta é chamada também de Mediunidade de Prova. É uma espécie de empréstimo. Um dado ou emprestado pelos Senhores do Karma. Ela pode com o passar dos anos até se transformar em um dom definitivo, tudo conforme o merecimento do indivíduo, mas se isto acontecer será subindo o degrau evoluti-vo. Certa vez uma Mãe Preta, no terreiro, me disse que somos nós que precisamos da assistência física no terreiro e não ao contrário. Disse-nos que os assistentes precisavam de nós, mas em menor proporção do que os médiuns precisam dessas pessoas e é lógico que se não existe assistência não vai existir tarefa a ser cumprida. Os médiuns em prova, que são a maioria, lograrão seu resgate, resolverão suas dúvidas, trabalharão, farão realmente algo e assim terão a oportunidade de esgotarem um pouco suas dívidas kármicas.

Discípulo: Mestre, e nos sentidos dos fenômenos? Mestre: Quanto ao fenômeno, vamos ter: lucidez, “incorporação” e efeitos físicos. Quanto à lucidez vamos ter: telepatia, vidência, psicometria, audição, intuição e outras. A incorporação: Sabemos que espírito não entra dentro do corpo físico do médium. Existe sim uma ligação. Esta chamada incorporação tem uma classificação: total ou parcial. É a mais comum nos terreiros e ela se divide em inconsciente, semi-consciente. Hoje temos grupos que afirmam que a consciência total é também um tipo de mediunidade. No campo da chamada de Efeitos físicos vamos encontrar as materializações de espíritos, as de curas e outras. Hoje em dia é muito raro se ver o que eu e muita gente presenciou em Belo Horizonte quando nas “giras” havia movi-mentação de objetos físicos, sem qualquer truque de cordéis ou de filmagem. Acho que isto raramente poderá ser visto hoje em dia.

Discípulo: O que podemos chamar de lucidez? Mestre: Esta classificação se prende a chamada mediunidade semi-consciente, ou seja, muito parecida em certos pontos com o chamado animismo. A intuição, é as vezes chamada de sexto sentido. É uma espécie de falar do Eu interior do médium, ou da pessoa. A Telepatia, é a que o médium consegue captar idéias e pensamentos, que tanto podem ser de uma pessoa desencarnada e até mesmo de outra encarnada. Vidência nela os médiuns que a possuem realmente podem ver quadros, símbolos, paisagens, entidades astralizadas, ani-mais e até humanos que são totalmente invisíveis à maioria das pessoas. Os grandes autores dizem que esta mediunida-

de pode ser dividida em três formas: vidência do ambiente, vidência astral e vidência no tempo. A Psicometria: o médium estando de posse de um objeto de uma pessoa, quando viva na Terra, através de vibrações nele contidas, fala e descreve tudo sobre o dono mesmo que seja uma relíquia muito antiga de família ou encontrada nas esca-vações feitas pelo homem. Audição: É a captação, pelo médium, de ondas sonoras, em grau vibratório acima do normal ao ouvido humano do que se passa no ambiente. Finalmente, por hoje, recordemos que a Umbanda repousa na prática da mediunidade, sem ela os trabalhos e ritos não existem de verdade. Podemos afirmar que seu ritual é de magia branca. Nada é possível se operar nela sem o apoio dos espíritos. Estes acodem a todas as necessidades por intermédio de seus sacerdotes que revelando causas e efeitos podem apresentar possíveis soluções. No surgimento da verdadeira mediunidade surgem diversos sinais confirmando tal fato e são como sintomas: influências espirituais, perturbações nervosas, problemas psíquicos. Mas é preciso que o detector desses fatos seja bastante experi-ente para distinguir sintomas mediúnicos e sintomas de perturbação mental. Discípulo: Como fracassa um médium? Mestre: Assunto sério e delicado. Ele fracassa na sua missão, pela vaidade e orgulho; disposição anormal para o sexo, julgamento de pessoas, ganância por dinheiro e apegos materiais. Se ele é realmente um médium e recebe realmente um espírito de luz, este espírito não vai concordar com o que ele, o médium, está ou anda fazendo. Sabemos que semelhante atrai semelhante e sabemos que Entidades Verdadeiras de Um-banda não se afinam com isto. Então podemos deduzir que ali não tem mais guia e nem protetor e sim o médium, portador de animismo vicioso, como afirmou Pai da Matta e Silva. A Lei de Umbanda juntamente com a Lei do Karma, dá o perdão e ajuda na recuperação do médium defeituoso se nele houver sincero arrependimento; mudanças urgentes e absolutas de conduta, com ações práticas e não com conversas e justificativas baratas. Se assim não for é como diz o palavreado popular: “Que Deus nos acuda!”. Também diz outro ditado: “Cada povo tem o dirigente que merece.”. Caro discípulo, deixo com você uma Máxima Brahmanista: “Fácil é chegar-se a um acordo com o ignorante, mais facial, ainda, com quem sabe distinguir as coisas, mas, aos homens enfatuados com um saber ignorante, nem Deus, é capaz de convencer.”. Discípulo: Quais são os grandes abusos cometidos ou praticados por uma boa parte pelos médiuns? Mestre: Felizmente existe uma minoria de médiuns de extrema seriedade, honra e dignidade. Mas existe vários que pra-ticam o fanatismo, a desonestidade e inventam trabalhos de magia onde não tem necessidade. Tem os que são capazes de sugestionar pessoas dizendo para as mesmas que todo mundo é médium e que aquele que não desenvolver a mediunidade vai sofrer a vida inteira. Tem os cobradores de consultas e os chamadores de espírito a toda hora.

O mais grave são os que gostam de entrar em cemitérios, tarde da noite e até mesmo de dia e usar as encruzilhadas de ruas e esquinas de cidades para fazerem oferendas ou trabalhos. em também os divulgadores de que os senhores exus são diabos e capetas escolados. Esses é que dão margem para que certa religião acuse a todos nós de filhos do demônio e hereges. Discípulo: Mestre, O que é capaz de fazer o Astral Superior para corrigir os grandes defeitos de muitos mé-diuns? Mestre: Vejamos por etapa: a) Médium orgulhoso: Este se julga infalível e super seguro, pode ser testado a qualquer momento para perder essa de-masiada confiança e adquirir humildade indispensável. Este orgulho pode ser associado à Entidade que atende sua mediu-nidade. Lembremos que os afins se atraem. O negativo ronda este tipo de médium, pois existe o perigo de ser obsedado e até ser subjugado por um kiumba. Nós sabemos que os kiumbas são asseclas dos magos negros e isto não significa que sejam Entidades burras e ignorantes.

b) Médium vaidoso: Este é o tipo de indivíduo que se julga muito esperto, maravilhoso, um “sabe tudo”, um espírito de alto conhecimento, um escolhido para uma missão importante na Terra. Acredita piamente ser capaz de contatar com es-píritos de alto nível moral, intelectual, luzeiros maravilhosos. Porém chega um determinado momento que para sua corre-ção, o Astral, pode enviar-lhe mistificadores que mais cedo ou mais tarde o levarão ao ridículo. Costuma virem duras pro-vas com forma de fazê-lo sofrer e assim acordar e despertar para a realidade.

c) Médium rebelde: O médium que permanece revoltado contra as provações da vida, que lhe cabem por motivo cármico, pode atrair para perto de si elementos espirituais de baixo teor vibratório, que manhosamente lhe insuflam a sensação de injustiças sofridas e o façam descambar para o desequilíbrio psíquico e sofrer graves conseqüências.

d) Médium invejoso: é aquele que não se conforma em concordar que seus companheiros recebam espíritos mais evoluí-dos e através desse doem mensagens mais belas, mais positivas, inteligentes e cheias de luzes. Esses podem encontrar eco em Entidades que alimentem seu vício, dando comunicações com grandes palavreados, mas bastante ocas. O tempo e o vazio acabarão por desmascará-los.

e) Médium ignorante: É o inimigo dos estudos, das pesquisas e das aulas. Esses costumam ter pavor de livros que o po-deriam conduzi-lo nos caminho verdadeiro da luz. Entre os médiuns ignorantes ainda existem os que se acham serem portadores de grande instrução. É mais comum do que pensam serem enganados pelo astral inferior que age sobre ele desanimando-o cada dia mais de buscarem o conhecimento real. Geralmente são portadores de mensagens e até de a-ções que o bom senso repele.

Discípulo: Existem outros tipos negativos de médiuns? Mestre: Sim. Tem médiuns com outros defeitos tais como: preguiça, inércia, indiferença, má vontade, e outros.

Meu filho, esse médiuns podem ser recuperados submetendo-se humildemente aos conselhos que quem realmente sabe mais. Também obedecendo a Hierarquia Astral que todos nós sabemos que existe e fazem parte os legítimos trabalhado-res espirituais de Umbanda. É necessário compreender até onde falam os espíritos e até onde fala ele, o médium. Num sério ato de contrição, arrepen-dimento sincero e pedidos de maleime poderão ainda ser felizes se assim ajudarem aos outros e a si mesmos. Permita-me lembrá-lo de certas regras antigas “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo”. Se o médium é um ser de bem, ou pelo menos se esforça ao máximo para sê-lo, sem dúvida tem a assisti-lo bons e no-bres espíritos. Portanto, o homem no uso de seu livre arbítrio e no exercício de seu comportamento no dia a dia, é quem escolhe de livre vontade a influência espiritual que pretende receber e realmente recebe. Finalmente, quero dizer-lhe ainda que “Semelhante atrai semelhante”. Espírito de Luz não aplaude e não concorda com os constantes erros de seu médium, principalmente quando ele é um dirigente de terreiro. Respeitam o livre arbítrio, mas isso não pode ser confundido com conivência ou cumplicidade. Se sentir que ele está prejudicando o grupo poderá tomar medidas sérias contra esse vaidoso, orgulhoso, teimoso, rebelde, invejoso e ignorante médium. Nunca duvide disso, meu filho. Quando mais alta é a arvore maior é tombo, e isso na hora certa. Finalmente é como diz o nosso amigo exu: “Cuidado! Cuidado! Todo cuidado é pouco. Tenha cautela no que diz e princi-palmente no que faz”. Pai Orixalá o abençoe agora e sempre. Discípulo: Quais são os caminhos que levam as obsessões através dos maus espíritos? Mestre: Vejamos: 1. Cabeça desocupada. 2. Palavra irreverente. 3. Boca maledicente e pornográfica. 4. Conversa inútil e fútil, prolongada. 5. Atitude hipócrita e leviana. 6. Gesto impaciente 7. Uso de pessimismo quase sempre. 8. Conduta errada e palavras a-gressivas. 9. Apego excessivo as coisas materiais e as pessoas. 10. O comodismo exagerado. 11. A falta de solidariedade. 12. Achar que todo mundo é ruim, ingrato e mau. 13. O constante desejo de apreço e reconhecimento. 14. O impulso de exigir mais dos outros do que de nós mesmos. 15. O uso constante e abusivo de álcool. 16. O uso de drogas estupefacien-tes. 16. E os negativos: Ira, leviandade, fobia, egoísmo, imprudência, soberbia, luxúria, mentira, desonestidade, ganância e ambição desmedida, orgulho excessivo, inveja, calúnia e fazer julgamentos errados das pessoas.

Discípulo: Quais são os principais sintomas de obsessão por espíritos? Mestre: Vários. É preciso observar bem: 1. Atração pelo mundo das trevas. Sabemos que existem irmãos que nos trabalhos mediúnicos colocam os exus e pom-bas-gira na frente de Crianças, Caboclos e Pretos Velhos. 2. Influência recíproca de encarnados e desencarnados pertur-bados. 3. Sugestão hipnótica durante o sono com reações quando acordado. 4. Dominação telepática por absoluta sinto-nia e afinidades. 5. Influência sutil, ou seja, o obsessor de maneira direta mina as energias do encarnado. Nestes casos é necessário uma observação a médio ou longo tempo sob a pessoa sobre o que ela está vendo, ouvindo, sentindo, formar então uma espécie de diagnóstico e pedir ajuda a quem realmente pode ajudar. 6. Mediunidade perturbada é sempre fruto de espíritos imperfeitos que “abrem” e adestram a mediunidade e aí ela vem sempre cheia de perturbações e que vão e-xistir se não houver medidas adequadas de disciplina dentro e fora do terreiro. O mais difícil é ajudar esta pessoa se ela for orgulhosa, vaidosa e convencida e, diga-se de passagem, como tem gente assim por aí. 7. Imantação pela cumplicida-de ou conivência produto de erros e crimes cometidos em conjunto unem os espíritos. Discípulo: Como podemos nos livrar de obsessores astrais? Mestre: Os que querem ficar livres de tal incômodo, da companhia dos seres das sombras ou das trevas não podem a-bandonar o seu apuro moral, a leitura de nível espiritual superior e do seu controle emotivo e mental sobre os desejos in-feriores, dos vícios e das paixões violentas. Seus pensamentos, sua conduta na vida, sem dúvida atraem espíritos similares, simpáticos ou iguais e esses conforme suas contexturas espirituais, passam a influenciar para o bem ou para o mal. Aqui nascem e vivem as obsessões ou pro-teções positivas. Disse o Senhor Jesus: “A cada de acordo com sua obra”. Então está confirmado que semelhante atrai mesmo semelhante, pois Jesus nunca mentiu. No campo mediúnico temos alguns médiuns nos quais eclodem ainda os resíduos de velhas paixões que já os conturbaram no passado, em outras vidas: os seus pensamentos, seus sentimentos, suas palavras e suas ações são sempre elementos muito fortes de ligação com espíritos conturbados e conturbadores, uns mais violentos e outros de forma bem sutil, enga-nado a muita gente. Tem até os que usam deste recurso para impedirem o progresso do médium, de alguma forma. Toda imprudência, soberbia, egoísmo, luxúria, fobia, leviandade, ira, orgulho e vaidade traz para os médiuns em prova, no nosso mundo físico, dores e sofrimentos diversos. Podem trazer doenças das mais variadas espécies, brigas, discus-sões, cisões, mágoas, rancores e até ódio. E aí, o que era para ser um “céu estrelado” vira um calvário de dores espirituais e físicas. A Lei é clara: Os homens, os médiuns de forma geral, realmente bons atraem bons espíritos facilmente identificáveis e os maus somente maus espíritos. Lastimavelmente existem os que começaram até bem e com o tempo a vaidade e o estúpi-do orgulho, a ambição desmedida, a prepotência, a cupidez, os levaram a tombos de seus pedestais àqueles que tinham gravados em letra de forma: “Grande Mestre, Mago. Possuo poderes extraordinários. Sei tudo e ninguém sabe nada. Tra-balho diretamente com os Orixás não preciso de Guias e Protetores. Sou vidente e clarividente, faço viagens astrais. Te-nho acesso a toda história universal. Ninguém é melhor do que eu nos oráculos, etc, etc, etc.” Essa é como diz uma Entidade real: não precisam nem lavar os seus uniformes pois esses já estão lavados pela Sétima Lágrima de um Preto-Velho. Encerramos aqui nossa aulinha de hoje. Rogo sua atenção a estes temas. Meus cabelos pratearam com o tempo e os anos de trabalhos umbandistas e praticamente nada mudou. É uma lástima ver o que vemos por aí. Mas ainda bem que a Mi-sericórdia Divina nos doou a Lei através de Jesus: ”Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. “Quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.” “Muitos são chamados, mas poucos e poucos os escolhidos”. “Porquanto todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado.” Não nos consta que o Senhor Jesus mentia. Então...?

Discípulo: Existe obsessão entre pessoas vivas? Mestre: Essas são frutos de ligações por sentimentos enfermiços ou necessidades neuróticas com distúrbios emocionais

da personalidade que leva o doente a um estilo de vida desajustado com neurose e psicose. A pessoa está sempre em conflito consigo mesmo e com o ambiente e luta agressivamente contra fatores externos como se esses constituíssem uma ameaça a sua vida...

Discípulo: Existe obsessão coletiva? Mestre: Sim. Exemplos: brigas, agressões, espancamentos e assassinatos por várias causas e o que vemos mostrado na TV, de vez em quando entre torcidas nos esportes, em alguns movimentos políticos e até familiares, algumas greves, etc.

Discípulo: E a cura como se dá? Mestre: A cura só será possível através da vontade do obsedado em curar-se deste mal, numa renovação de mente, pen-samentos e sentimentos e como reflexo de ações, ou seja, lutando bravamente para se soltar das amarras do obsessor e para isso precisa de ajuda competente e dedicada e muito séria e não através do fanatismo, crenças, crendices e práticas absurdas tudo aliado ao sentimento de amor ao próximo sem cobrar recompensa e muito sentimentos de perdão aos ini-migos. Não é preciso sair por aí abraçando inimigos, mas pelo menos limpando o coração e não ficar “malhando” os mes-mos. É o apagar o ódio do coração. Recordemos sempre que o Senhor Jesus, nosso Pai Orixalá, se apresenta como inimi-go número um dos mortais imperfeitos demais. Aconselho, se me permite, já que sua mente não é bitolada, a leitura e pesquisa em livros dos nossos nobres e eficientes irmãos kardecistas como por exemplo: “Evolução para o Terceiro Milê-nio”, de Carlos Toledo Rizzini da Editora Cultural Espírita, onde desde 1980, também estudo e busco conhecer um pouco mais do mundo que nos cerca. Espero que use e acrescente o que neste estudo puder, pois neste campo nada é totalmente permanente. O mundo vive de transformações.

Discípulo: Mestre poderia conversar mais um pouco sobre médiuns e mediunidades? Mestre: Sim. Este é um tema delicado, pois ao entrarmos neste assunto alguém fica melindrado, mas vamos lá. O seu profundo interesse em buscar as coisas corretas me permite dizer-lhe que o conhecimento simples, real e autêntico nos permite discernir o que é bom e o que é ruim, o que serve e o que não serve neste caminho do mediunismo. Recordemos com carinho de uma respeitável religião espiritual que afirma que todo mundo é médium de alguma forma. O que posso dizer? Calar-me e seguir outra linha de raciocínio e nesta não são todos os seres humanos que são médiuns. O que se tem então é o chamado animismo e que não é crime e nem nenhuma transgressão desde que usado com decoro, discipli-na e muito amor fraterno. O tempo disponível, a boa vontade, o desprendimento a dedicação não fanática são fatores essenciais na formação no mínimo de um bom médium, de um bom cidadão, bom pai de família, um bom profissional e uma pessoa correta no seu meio social e religioso. Isto para se dar é preciso ter bons temperos chamados humildade, amor ao próximo e perdão aos ofensores. Fora disso é ilusão. A não ser que o médium seja dedicado ao trabalho do mal onde por lá se diz: “quanto pior melhor.” A espiritualidade positiva é como a Estrela de Natal que sempre anuncia um renascimento, numa festa de muita Paz e Luz. Uma mediunidade positiva tem a aparência do Senhor Jesus, Nosso Pai Orixalá curando os males do espírito e depois do corpo. Quanto mais vaidoso, irascível, dominador, orgulhoso, prepotente cheio de recalques e traumas é o médium que mais se aproxima do médio Astral, se assim podemos qualificar, pois ele não é luz e nem é escuridão. Nós nunca sabemos ao cer-to para que lado tende no seu relacionamento com o grupo. Ele é exatamente um representante da penumbra. Por isto nós nunca sabemos para que lado está, se da luz ou da névoa. Geralmente é seco, grosso e mal educado e sempre acha que é capaz de resolver tudo por conta própria, pois é todo poderoso. Uma coisa devemos levar em conta é sua educação familiar, pois quem foi educado mesmo o é até o fim da vida. Imagine você caro jovem, com problemas sérios, sem conhecimentos sobre nada ou praticamente nada sobre carma, a-ção e reação e precisando de uma ajuda de um médium assim. Vai escutar o que não precisa ou então vai somente a-prender que precisa fazer trabalhos, oferendas, desenvolver mediunidade, etc., quando nas mãos de um autêntico mé-dium do plano mais alto vai ouvir bons conselhos, orientações a seu nível de entendimento e por isso todo Pai Velho é maleável como água. Um bom observador com um pouco de conhecimento de causa identifica logo o que é bom, o mais ou menos e o que é um péssimo médium. Pois esses não só buscam forma e sim Essência.

Discípulo: Realmente mesmo eu com pouca idade física consigo ver até sentir quando aquele médium está do lado luz ou trevas e agora prestarei atenção para identificar os do meio termo. Mestre: Existem ainda os que vêm até nós e depois de algum tempo é aceito, vira neófito e as vezes atinge a Iniciação de Umbanda. Durante algum tempo se apresentam corretamente e lá fora no mundo profano também. O tempo passa, ele perde o elo. Começam a ficar sonolentos, bocejadores às escondidas, estão ali não sabem nem mais porque pois tudo para ele virou rotina. Então começa faltar as giras e aos poucos voltam a aquela vida de antes, onde o deus dinheiro co-manda, o sexo cambona e a irresponsabilidade é o seu guia chefe. As festas e o alcoolismo viram seus guardiões. E por-que ficam assim? Porque perderam a Paz, a Luz e o Amor real pelo próximo. Mas de todos esses o pior é aquele que com o passar do tempo vira mercenário e galã de novela, vende de tudo e partem para conquista e até para o adultério. Veja caro filho como este tema é difícil. O que nos resta? É termos a coragem de nos vacinarmos contra estes males, pro-curando somente o que é bom para nós e bom para os outros, mas tudo, tudo mesmo de baixo de código de honra e dig-nidade.

Discípulo: Qual o conselho que senhor pode agora nos dar? Mestre: Juízo e maturidade. Honra e dignidade. Moral e respeito a tudo e a todos. Mudança com urgência para melhor em tudo. Entender que o médium é um ser diferente dos outros pela missão. Não sermos apenas mais um na multidão. Não julgar o que não entendemos e não temos certeza. Amar mesmo sem ser amado, como irmão em Jesus Cristo. Lem-brar sempre que toda ação recebe uma reação. E que o Carma existe e cobra independentemente se acreditamos ou não nele. O Senhor avisou: “A cada um de acordo com suas obras”.

Discípulo: Eu estou entendendo porque certos médiuns que conheço passaram o que passaram e alguns ainda passam e sofrem muito. E para terminar peço mais uma resposta a minha pergunta que é: quais são os sinto-mas de “couro” em médiuns sem juízo e discernimento? Mestre: Neurastenia, tristeza, depressão, desânimo, dores de cabeça, irritabilidade, sensação de receber agulhadas pelo corpo, coceiras, manias, ataques histéricos, choros sem aparente motivo, mudança súbita de personalidade, alcoolismo, uso de drogas, perdas financeiras, acidentes, brigas e doenças desconhecidas ou incuráveis. E o remédio é um só: mu-dança urgente do modo de ser e viver. Mudando o modo de pensar, sentir e agir. Parar de criticar a vida alheia, ou seja, de meter o nariz onde não tem nada com isso. Agora se esta pessoa não mudar urgentemente vai continuar sintonizada numa baixa freqüência espiritual e aí tudo de pior pode acontecer e é só questão de tempo. Só podemos nesses casos dizer: “Que Deus tenha piedade dessas pessoas”. Ficamos por aqui, hoje. Que o Mestre Jesus o abençoe a você e todos que ama e traz junto ao seu coração. Parabenizo-o por não ser mais um doidivanas que enfeita terreiros por aí.

Discípulo: Mestre eu quero agradecer por mais estas instruções. Mestre: Nada tem agradecer. Tudo isto como venho lhe falando não é meu. Eu também aprendi com outros instrutores e a eles sou muito grato e os trago no fundo do coração. A maior parte partiu para o mundo astral há bastante tempo. Espero que tudo que lhe tenho passado sirva para que você passe para os outros, guardando as devidas proporções. Pai Velho sempre disse, sobre o ensinar: “Cuidado! Pois que nunca comeu me-lado quando come se lambuza.” Recordemos que o Cristo Jesus assegurou: “A cada um de acordo com sua obra”. E lá em S. Matheus, no capítulo 7, ver-sículo 6: “Não deis aos cães o que é santo; nem lanceis aos porcos vossas pérolas, para que não suceda que eles lhes ponham os pés em cima, e tornando-se contra vós, vos despedacem”. AQUI O MESTRE FORNECE ORIENTAÇÕES SOBRE ASSUNTOS DIVERSOS, TAIS COMO: CORPO MEN-TAL, ASTRAL E ETÉREO-FÍSICO, AURA, CHAKRAS, KUNDALINI, PRANA, KARMA, LIVRE-ARBÍTRIO, ORÁCULOS, PROTEÇÃO, ORAÇÃO E INSTRUÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA REFORMA ÍNTIMA.

Discípulo: O que podemos entender com Personalidade? Mestre: É a expressão, a manifestação, do nosso “Eu Espiritual” aqui neste mundo físico, através da encarnação.

Discípulo: Como é esta expressão? Mestre: É feita através dos chamados Corpos Inferiores: Mental, Astral e Etéreo-Físico. Discípulo: Como eles agem então? Mestre: O Mental é a sede dos pensamentos, o Astral é a sede dos sentimentos e o Etéreo-Físico é a sede de nossas a-ções. A humanidade de uma maneira geral sofre muito por não conseguir equilibrar esta Personalidade. O ideal para uma boa saúde física ou espiritual, uma vida mais feliz, um bom contato com planos espirituais superiores, uma existência a-morosa harmônica e até mais sorte material está neste equilíbrio que é difícil, mas não é impossível. É isto que Umbanda Real ensina e o que chamados de Alquimia Superior do Espírito. Às vezes dezenas de “trabalhos”, oferendas, velas, cânti-cos e algo mais não resolvem porque a pessoa não quer mudar realmente sua vida para melhor. Os humildes, não egoís-tas e prudentes, principalmente se forem médiuns ativos, terão ótima assistência por parte do Astral porque estão equili-brados o melhor possível de mente, sentimentos e ações. Recordemos a Lei: “Semelhante atrai semelhante.” Quantos médiuns perderam suas ótimas mediunidades por serem nervosos, agressivos, desequilibrados e hoje só lhes restam o animismo e uma grande saudade dos bons tempos de uma perfeita simbiose entre eles e seus guias ou protetores. Existem irmãos que se apresentam, ora super alegres, ora muito tristes, ora calados, ora falando muito. Tem os que a-cham que suas entidades espirituais sãos ótimas, maravilhosas, que fazem e desfazem, mas no fundo mesmo... Os desequilíbrios geram doenças, desmanches de casais, desempregos, falta de sorte no amor e na vida e como se não bastasse atraem para junto de nós, se for nosso caso, espíritos idênticos também desequilibrados.

Discípulo: Sei que temos sete corpos: três superiores e quatro inferiores. Quais são os Orixás que comandam o nosso Espiritual e o nosso Mental superior? Mestre: Os Orixás: Oxalá comanda o Espiritual e Yemanjá o Mental Superior

Discípulo: Como é difícil mudar nossa maneira de pensar, sentir e agir. Com podemos ter mais sucesso na tentativa de mudanças para melhor? Mestre: Muita força de vontade e muita fé em Deus para vencermos nosso Egoísmo e seus “filhos” prediletos: Vaidade, Orgulho, Prepotência, Imprudência, Leviandade, Ira, Luxúria. Quem não consegue, torna-se escravo dos maus espíritos, afins a isto. Não podemos esquecer que toda ação leva a uma reação e então teremos como companheira dileta a reação desses defeitos: brigas, vícios, depressão, doenças e tudo mais de ruim. Também teremos a sociedade com aqueles ir-mãos invisíveis, de má índole, que só nos intuirão para erro e para maldades. Disse Jesus; “A cada de acordo com suas obras.” Outro ditado de cunho popular acrescentou: “Digas-me com quem andas e eu te direi que és”. Então não pode-mos reclamar, não acha Discípulo: Gostaria da saber mais sobre a Aura pois sei que ela é importante na nossa identificação astral co-mo encarnados. Mestre: Algum tempo atrás falei para você sobre este tema. Mas nunca é demais repetir pela sua alta importância em nossas vidas. A Aura é como se fosse uma capa de energia luminosa contornando nosso corpo físico. Ela também está em tudo que é material. Os antigos pintaram em volta das cabeças dos santos ”uma auréola” significado Aura. Geralmente nas pessoas equilibra-das ela se apresenta com se fosse sete véus, sete cores como as do arco-íris. Conforme é a pessoa como, por exemplo,

os intelectuais possuem ótima coloração amarela. Nos espiritualistas predomina o azul celeste. Os muito espiritualizados o violeta. No inverso, as pessoas ruins carregam o negro, o cinza, o grená da cor de sangue venoso, e tem até quem tem uma mistura dessa cores de baixa vibração. Quando desencarnamos e vamos ter com o Sagrado Tribunal Kármico, aque-le citado julgamento de nossas ações, a nossa aura agirá como advogado de defesa ou como promotor de acusação. Re-cordemos Jesus: A Verdade, nada mais do que verdade restará. Discípulo: Por favor, me dê uma definição simples para chakras. Mestre: É uma palavra que vem do Sânscrito que significa “roda” por causa do seu formato externo, exterior. Os chakras são vórtices de energia psíquica, pontos de junção entre o corpo físico e o corpo astral da pessoa. São também denomina-dos de Núcleos de captação da radiação eletromagnética. Discípulo: Qual é a ligação principal de Crianças, Caboclos e Pretos-velhos com os chakras? Mestre: As crianças de Yori agem no chakras cervical (laríngeo) que está localizado na altura da garganta do ser humano e assim conseguem alterar o timbre de voz de seus médiuns, mas esta regra geral tem raras exceções. Os caboclos: de Oxalá agem no chakras Coronal, no alto da cabeça; Os de Yemanjá agem no chakras Frontal, localizado no meio da testa; Os de Xangô agem no chakras Cardíaco, localizado na região do coração; Os de Ogum agem no chakras Solar, localizado na altura do estômago e anexos; Os de Oxossi agem no chakras Esplênico, localizado na região do baço, fígado e pâncreas. Os pais-velhos agem no chakra básico, localizado no baixo-ventre. Discípulo: Mestre, como o senhor define a Kundalini de forma bem simplificada? Mestre: Força magnética telúrica, latente e sutil, responsável pela nossa energia sexual na sua forma mais elevada, su-blimada e evoluída. Quando usada corretamente, é um bem, mas se usada negativamente, leva aos mais cruéis tipos de taras sexuais. Este é um tema templário e próprio para iniciados, na sua profundidade. Discípulo: O que é Prãna? Mestre: É a energia vital, sutil, contida no Sol e no Ar que é absorvida e modificada no organismo humano para governar as funções essenciais. É a própria Força Universal, a Força vital. O alento da vida. A energia vital do universo que tudo envolve. Discípulo: Mestre, por favor me diga mais sobre a Lei do Karma. Mestre: Uma definição muito boa é a que Pai da Matta e Silva gostava de nos citar dentro de extrema sabedoria do espí-rito de Ramatis: “ Toda plantação é voluntária mas toda colheita é obrigatória.” Isto aponta a grande verdade que toda ação tem sua reação correspondente. Dalai certa vez disse: “ Não importa se as pessoas acreditam ou não na Lei do Karma. Ele existe independentemente da vontade de muita gente neste mundo ocidental, principalmente, e cobra mesmo. Mais cedo ou mais tarde, mais hoje ou mais amanhã.” Discípulo: Como funciona a Lei do Livre Arbítrio? Mestre: Quem coloca esta Lei em ação somos nós mesmos. Muita gente usa de forma medrosa, achando que vão se comprometer mais ainda. Não podemos ser pessoas omissas, pois isto só pode nos comprometer mais ainda, pois essa omissão não deixará progredir espiritualmente. Ouvi certa vez uma Entidade autêntica de Umbanda, no Grau de Guia, do quarto grau, do segundo plano dizer: “Deus, O Senhor dos Mundos e de todos nós, poderia colocar suas mãos sobre o planeta Terra e assim retirar as guerras, a fome, o desemprego, as doenças, o ódio, o egoísmo, a miséria, a violência, o crime e até mesmo a morte e por que assim não faz? Porque este Pai Supremo não nos usa como fantoches e sim como seres humanos e seus filhos. Ele nos doou a Lei do Karma, também chamada de Lei de Ação e Reação, mas nos doou também a Lei da Misericórdia e a Lei do Livre Arbítrio. Então cada ser humano individualmente escolhe seu caminho. É como afirmou o Senhor Jesus: “A cada de um de acordo com suas obras.”

Discípulo: O que pode me dizer hoje, sobre oráculos? Mestre: No mínimo são interessantes. No total, podem apontar caminhos. É coisa para poucos. Exige profundos conheci-mentos e anos de estudos além de uma “cobertura” especial, de raras Entidades, especialistas no assunto. E apontam coisas simples. Neles existem regras concretas e abstratas. O jogador tem de possuir, ordens e direitos para tal, para conhecer as abstra-tas ocultas e reservadas mesmo. Oráculos de forma aprofundada é coisa para Iniciados de altos graus. É lógico que muitos podem usá-los na prática, mas, o que está velado está velado, fechado com 7 selos. (temo, aqui e agora, já ter falado demais). O importante para o con-sulente é que ele é dono de sua própria vida e por isto tem ao seu lado a Lei do Livre Arbítrio e é ele mesmo quem vai decidir se vai passar a vida mais feliz ou infeliz. Lastimo que muitas vezes os oráculos estejam sendo usados como bússola para nortear encruzilhadas e doar bens mate-riais aos seus leitores. Discípulo: Com devo proceder para pedir proteção para meu dia de trabalho profano e para minha família? Mestre: Primeiro relaxar-se, Depois fazer uma pequena reflexão e meditação, para assim abrir os portais da Paz e da Luz. Orar com o coração em primeiro lugar e depois com a boca, falando pouco, mas acertado. Nunca se esquecer que Jesus nunca mentiu e nos afirmou que para pedirmos algo a Deus precisamos estar perdoados dos nossos erros e enganos e que devemos dar para poder pedir.

Então comece sua prece perdoando e pedindo pelos que sofrem neste mundo físico e no Mundo Astral. Feito isso peça de coração suas proteções desejadas. Fora disso é pura invencionice. Discípulo: Mestre, como o senhor pode explicar o que é oração ou reza? Mestre: A oração deve ser feita com profundo respeito e pode ser usada como petitório ou como agradecimento. De um modo geral usamos a mesma para motivos variados, nas alegrias e até nas lágrimas. Bem dirigida torna-se um bálsamo para nossas dores físicas, morais e espirituais. Um socorro que vem do Astral Superior, de uma forma geral, para todas as religiões e até para quem não é religioso mas tem fé. Temos usado muito mais para pedir do que agradecer. O Senhor Jesus, quando interrogado legou-nos a Prece do Pai Nosso. Esta exalta e reconhece a grandeza do Senhor dos Mundos e todos nós; traduz humildade, prega o amor solidário e o perdão; mostra a Lei de Ação e Reação, ou seja, a Lei do Karma em Ação.

Na prece rogamos os meios de subsistência, o socorro e proteção contra todo tipo de influências negativas. O Pai Nosso é uma oração perfeita e completa. O interessante que no nosso meio umbandista tem os que não aceitam a mesma, ale-gando ser invencionice de alguém.

No campo religioso e mágico da Umbanda legítima e sem misturas, existem preces trazidas pelos Guias e Protetores de alto valor. São preces de caráter invocativo e evocativo; preces cabalísticas, preces veladas ou esotéricas e também as exotéricas. Parece-nos que elas são presentes doados para satisfazerem os mais variados tipos de irmãos e os mais dife-rentes níveis de consciência. Talvez a idéia maior do Astral seja o agradar “gregos e troianos” para que amanhã na hora do acerto final de nossos espíritos ninguém possa alegar que não concordava com esta que nos foi apresentada como mo-delo único.

Existe uma Escola Esotérica que ensina assim aos seus membros: “Peça ao Seres que formam a Natureza, a Sabedoria que eles possuem. Saiba pedir e receberá. Sabe merecer. Reverencia a vida de Deus dentro deles e eles na Vida de Deus. Se, a cada dia, fizeres um bem a alguém, seja em pensamentos, palavras e atos, mesmo que este alguém seja teu inimi-go entrarás na Lei do Merecimento, na Graça Divina. “Melhor ainda, se for teu inimigo, porque assim fazes tuas boas o-bras: uma a ele e outra a ti”. Discípulo: Quais são os atributos do espírito imortal? Mestre: A Consciência que é a eterna percepção de si mesmo. A Inteligência que é o conhecimento da Divindade – Deus e a Vontade que é o livre arbítrio do uso deste dois atributos aqui citados.

Discípulo: Como eu, como ser humano, posso colaborar para a melhoria deste mundo, deste planeta? Mestre: Estamos atravessando um momento previsto de grande transição, de um ciclo para outro e assim como não e-xiste parto natural sem dor, este nascimento de uma nova Era tem sido bastante dolorosa. Meu filho, o Karma existe com Lei Regulativa e jamais como instrumento de punição. Ele não é estático e sim dinâmico e como tal pode ser alterado, em questão se segundos. As Entidades Astrais, no nível de Guias, afirmam que 15% do mes-mo não pode ser alterado, ou seja, vai acontecer mesmo e os outros 85% podem ser mudados, dependo da pessoa ou do grupo humano e suas ações físicas ou espirituais, se para o bem ou para o mal. Um exemplo disso sãos os casos de pes-soas que ficam curadas após sofridas doenças e até mesmo pessoas realmente boas e que desencarnam após longo perí-odo com doença ou doenças deste tipo. Eu mesmo sou testemunha pessoal de irmãos nossos, umbandistas, de vida cor-retíssima, tanto do terreiro como fora, na sociedade, no mundo profano, reconhecidos pela população de uma cidade com criaturas “fora de série” e que sofreram bastante com doença grave e dolorosa.

O Karma individual está totalmente vinculado ao Karma familiar, grupal e planetário, o que merece um estudo mais apro-fundado com o que aqui fazemos no decorrer de muitos anos.

Para melhorarmos este mundo é necessário que nós também passemos por um reforma moral e espiritual, sempre para melhor, nosso modo de pensar, sentir e agir. Como não temos condições de interferir no livre arbítrio de nossos irmãos planetários só nos resta fazer da nossa parte, como desencargo de consciência e rezar muito, como fazemos todos os di-as, para eles, principalmente as vítimas das guerras, do crime, do trânsito mal dirigido, da fome, de miséria e das diver-sas doenças. E isto não é favor e nem bondade nossa e sim obrigação de cristão, pois o Senhor disse: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”

Nossos ilustres irmãos de Aruanda, a Pátria da Luz, onde se encontra o Cruzeiro das Santas Almas Benditas do Cruzeiro do Sul, afirmam que “nossa ações, que pretendam modificar os outros no modo de ser, pensar e agir revelam-se sempre pouco eficazes, pois sempre existirá resistência a mesma que carregamos conosco e que reage todas ou quase todas as vezes que somos convidados a renovação”.

Para tal é preciso um trabalho nosso, individual, chamado de autoconhecimento. (inimigo número um de nosso egoísmo). Só assim poderemos fazer algo por menor ou maior que seja para o bem da sociedade em que vivemos. Alguém já disse que a Terra é um cárcere para espíritos rebeldes e culpados. Então, se eu consigo aqui ficar em paz comigo mesmo esta-rei em paz com todos que me cercam. Serei exemplo a ser seguido e não apenas mais falastrão que não dá exemplo na família, no trabalho, na sociedade do que prega, como papagaio repetidor.

Olha, meu irmão, filho e amigo, num bom número de templos do mundo, principalmente na nossa área, temos excelentes atores apresentando formas e mais formas, mas poucos umbandistas de fato e direito: exemplos lá e aqui fora que real-mente trabalham dia e noite para modificar o mundo a começar de si próprios. Temos mais duas fases que formam e ele-vação do homem após o autoconhecimento. O conhecimento de meio que vive e finalmente o ENTENDIMENTO atrelado ao SENTIMENTO das Leis de Deus, que Jesus, o Verbo Divino nos doou.

FINALIZANDO, FICAMOS COM AS PALAVRAS DE MESTRE ARAMIRIM

PARA O ENCERRAMENTO DESTA EDIÇÃO ESPECIAL.

Espero apesar de minha humilde e pequena figura na Umbanda, ter-lhe sido útil. Lembre-se que tudo que lhe ensino, com raras exceções vem de muitos autores encarnados e desencarnados. Não sou, pois nenhum monumento e cultura umbandista e espiritualista que deve ser elogiado. Sou um estudante da Lei destas verdades muito antigas mas adaptadas para o mundo moderno. Caro filho, a Verdade é uma só e esta é a VERDADE de Deus, Nosso Supremo Espírito. Nós aqui na Terra vi-vemos de verdades relativas. E então, é preciso deixar claro que o que ensino aqui, numa proporção de mais ou menos 70%, é extraído de livros que falam sobre a Umbanda Esotérica, que li estudei durante muitos e muitos anos. Rogo-lhe então que não pense que sou um Grande Mestre. Nada disto, o valor maior é da Espi-ritualidade que assistiu esses nobres escritores. Agora, 30% vêm do que trago comigo como bagagem de minhas vidas passadas. E da ajuda dos Irmãos Espirituais que abençoam e cobrem “minha” humilde mediu-nidade.

Eu agradeço pela oportunidade de ser-lhe útil. Agora, preste atenção neste aviso: Semelhante atrai seme-lhante, não é? Então responda no seu íntimo, o seguinte: Como pode uma pessoa má, covarde, imoral, hipó-crita, fofoqueira e adúltera receber Orixás Intermediário, Guias, Protetores e Guardiões da Lei? Será que o Astral Superior está errada? Será que o Senhor Jesus mentiu? Pense bem nisto a toda hora e todo momen-to, por favor.

Nós os Mestres temos a obrigação moral de instruir assim como nossos Mestres nos instruíram pois não so-mos imortais fisicamente e é preciso renovação constante.

Companheiro de muitas jornadas do passado e do presente. Espero que você nunca se esqueça que poucas vezes temos encontros nesta vida pois geralmente é só reencontros. Vamos ficando por aqui. Já é tarde e amanhã teremos um dia que procuraremos vive-lo, com a graça de Deus, com a Sinceridade das Crianças, a Simplicidade dos Caboclos e com a ajuda dos nossos irmãos do As-tral Superior com a Sabedoria Humilde dos Pais-Velhos. Que Jesus nos ajude a isto. Que o Cristo Jesus, Mãe Mariah de Nazaré, O Arcanjo Miguel e as Luzes Benditas do Astral Superior bem as-sim como da Corrente das Santas Almas Benditas do Cruzeiro Divino o guardem sempre e o ilumine, pois tenho a esperança que você fará pela sua vida afora muito mais que pude fazer. E que o Pai Supremo, Senhor dos Mundos e de todos nós esteja presente, através das emanações de Orixa-lá, em sua mente, em seu coração e em suas ações. Paz e Luz. Que toda a espiritualidade, ao comando des-te Pai Maior, o abençoe juntamente com sua família, o Brasil e todos os irmãos planetários. Que assim seja!

Tenda de Umbanda Esotérica Caboclo Pena Branca Duvidas e sugestões: contato Tel. (21) 3016-3838 ou [email protected].

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